Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nível Básico
Aluno:_________________________
TEORIA APLICADA
( ) Vibrato X Falsete
TEORIA GERAL
( ) Canto – visando vivenciar na prática as mais diversas técnicas vocais, bem como o
conteúdo teórico que vem sendo abordado , com repertório a ser escolhido pelo aluno
e professora.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS.
Parece que assistimos, nos dias de hoje, à recuperação do interesse pelos problemas
ligados à voz e à educação vocal. Descobre-se, ou melhor, se redescobre, a
importância da função vocal na estrutura da personalidade. Descobrir a própria voz
torna-se, algumas vezes, sinônimo de encontrar o próprio equilíbrio psicológico.
O canto é uma arte difícil e seu ensino permanece como um trabalho delicado e
complexo. Muitos cantores e professores de canto já escreveram a este respeito,
tentando compartilhar suas próprias experiências.
A voz humana é um instrumento único, desde que o cantor saiba torná-la ágil, dócil e
expressiva. E não há dúvida que o talento do cantor depende de sua personalidade,
estilo, poder de expressão, gosto e ritmo. Todas estas qualidades são dons naturais
que só irão progredir se praticados e treinados à exaustão.
Apesar do nosso curso ser inicialmente direcionado àqueles que se dedicam a arte de
cantar e que sonham em se profissionalizar, ele também é direcionado todos que
ainda sejam iniciantes e para os que querem cantar somente como uma Terapia ou
Hobby .
Aparelho respiratório
Aparelho Fonador
Aparelho Ressonador
Respiração
Apoio
Não se pode ser um bom cantor sem possuir um perfeito controle de sua respiração. A
boa respiração é um dos grandes "segredos" da arte do canto.
Na inspiração, que deverá ser sempre nasal, se procura dilatar em todas as direções as
costelas inferiores. Ao mesmo tempo, as paredes do abdomen se enchem de ar. Pode
se controlar o movimento colocando uma mão no abdomen e outra nas costelas. É
importante que a clavícula e os ombros não se movam. Utilizar o espelho é útil para
vigiar e impedir movimentos desnecessários de tensão. Deve-se exercitar a inspiração
nasal ainda que seja de boca aberta. Deve-se também praticar a inspiração rápida,
quer dizer, inspirar a maior quantidade de ar em menor tempo possível, após ter
dominado esses movimentos corretamente.
Apoio Vocal
Exercícios Respiração:
Muitas pessoas fazer muito barulho ou forçam a inspiração numa tentativa de encher
mais o pulmão de ar. Muitas vezes a musculatura está muito tensa e impede uma livre
circulação de ar. Solte todo o ar murchando a barriga. Fique alguns instantes sem ar.
Relaxe a musculatura deixando então o ar entrar, mas sem forçar sua entrada. Faça
isso algumas vezes e você vai perceber que não há necessidade de fazer esforço para
que o ar entre. Ele entrará sozinho, pois a entrada do ar é algo que acontece
naturalmente quando sentimos necessidade de inspirar. Esse exercício serve também
para exercitarmos a elasticidade da musculatura abdominal para dentro e para fora.
Quando temos uma nota mais aguda de repente, ou precisamos fazer um som com
uma intensidade mais forte, precisamos utilizar mais o apoio respiratório para não
sobrecarregar as cordas vocais. Tomando como base o exercício anterior, vamos, na
saída do ar, fazendo movimento abdominais com pressão alternada. Na saída do ar
com um "sssss" prolongado, vamos fazer ora uma pressão no abdômen e ora
diminuindo essa pressão. Isso num mesmo sopro, sem interrupção. Você vai observar
que quando aumenta a pressão do abdômen aumenta a pressão do ar. Não se esqueça
de manter as costelas abertas.
Uma das formas para sentir a abertura lateral das costelas no canto é da seguinte
maneira: Vá inspirando lentamente e ao mesmo tempo levantando os braços na lateral
até que ele chegue à altura dos ombros. Mantenha alguns segundos a inspiração e
observe que suas costelas estarão mais abertas na lateral. Solte o ar e tente manter as
costelas abertas. Faça uma vez a expiração com os braços ainda na lateral e depois
tente fazê-la soltando os braços mas mantendo as costelas abertas.
OBS: Cuidado para não tensionar os ombros enquanto faz o exercício e também
cuidado para não direcionar o ar para a parte alta do pulmão.
Outros exercícios para sentir a abertura das costelas, mas na sua região costal faça o
seguinte: sente na ponta de uma cadeira, deixe seu corpo cair todo para frente,
inclusive sua cabeça. Inspire nesta posição e vai perceber que o ar se direciona para a
lateral e para as costas.
Muitas pessoas quando tentam fazer a respiração intercostal a fazem de forma muito
"alta", ou seja, utilizando pouco os músculos abdominais. Existem diversas técnica de
respiração. Acredito que deve-se inspirar desde a base do abdômen abrindo em
seguida as costelas. Em alguns momento ou para algumas pessoas torna-se difícil fazer
a respiração mais baixa, principalmente para indivíduos com tendência a ansiedade e
vida muito agitada.
Impostação vocal
Parâmetros da voz
Afinação.
Determinada frequência é emitida quando na mente se elabora um conceito,
uma imagem tornada possível pela audição e visualização interior. O valor da
frequência desejada é concebido pelo “córtex auditivo”. Quando este valor
está mal indicado não há nada a fazer.
Mas a desafinação tem, por vezes, outras causas. Por exemplo, um aluno que
emite acima da nota desejada pode fazê-lo por inspirar demasiado ar e não o
controlar bem na expiração. A nota, originalmente bem pensada, resulta
“alta”. Isto também acontece quando o aluno canta excessivamente forte.
Quando a afinação é abaixo da nota desejada, pode haver um desajuste entre
a frequência, a cor da vogal e a superfície dos bordos das cordas vocais em
vibração. O aluno pode estar a “pesar” demasiado, emitindo a pensar em
demasiadas ressonâncias na boca, faringe e laringe. Neste caso, o som
pode tornar-se mais leve ao utilizar mais ressonâncias de cabeça e menos
faringo-bucais. A expiração deve ser muito bem controlada, deixando fluir o
mínimo de ar necessário ao transporte das vibrações até aos ressonadores.
Deve tentar-se induzir a intensificação da energia neuro-muscular, sinônimo
de tonicidade e adversária de esforço e bloqueio.
Existem casos de desafinação momentânea que podem apenas traduzir
desatenção esporádica ou cansaço vocal; este último pode ser um normal
cansaço neuro-muscular, que desaparece após restabelecido o equilíbrio bio-
elétrico das células nervosas e após o relaxamento das cordas vocais e dos
outros músculos da laringe (fatores que se conseguem com descanso
vocal). Se a fadiga persiste, é conveniente verificar junto de um
otorrinolaringologista se a laringe se encontra em boas condições. As
fadigas de longa duração podem ser causadas por disfunções, como
esgotamentos, depressões; por disfunções cardíacas, pulmonares,
gástricas; alterações hormonais; hipotonia ou hipertonia laríngea, escape
glótico; presença de pólipos, nódulos, edemas; entre outras razões.
1. Duração.
Um som sem um mínimo de duração não consegue tornar-se audível. Para
manter a duração do som durante uma ou várias unidades de tempo é preciso
que a musculatura implicada no processo suporte a tensão necessária.
O mecanismo vocal necessita então de reunir duas condições:
- ser capaz de manter e aguentar a posição e tensão durante algum
tempo;
- possuir a flexibilidade suficiente para alterar a posição rapidamente,
nas mudanças de altura, intensidade, vogais, consoantes, etc.
Publicado em: junho 24, 2007
Percepção Musical
O que é percepção para você? Vou dar algumas dicas. Tudo o que nossos ouvidos
conseguem captar, todos os tipos de sons imagináveis, correspondem a uma
capacidade muito importante do ser humano, a capacidade da percepção auditiva.
Graças a ela, você pode se situar e se adaptar num ambiente escuro, ou perceber
acontecimentos que estão longe de nosso campo de visão, por exemplo. Nossos
ouvidos devem funcionar como anteninhas que detectam tudo o que acontece á
nossa volta, nos tornando assim pessoas mais alertas. Tente imaginar uma situação
em que você está sozinho, numa rua escura e deserta; uma boa percepção auditiva
pode auxiliá-lo a tomar uma atitude diante de um possível perigo. Portanto, fique
ligado! Agora, vamos falar da percepção que você, músico consciente, precisa ter
na ponta da língua, ou melhor, na ponta da orelha! Falo da percepção musical, a
arte de perceber ritmos e melodias.
Quando escutamos um cantor que não está afinado de acordo com a harmonia da
música que está cantando, isso nos deve soar, no mínimo, estranho. Tente
comparar esta situação á de uma pessoa que deseja ir para a Zona Norte de São
Paulo, mas que por falta de informação acaba tomando o caminho rumo á Zona Sul.
Este exemplo ilustra a importância de se pensar numa aula de canto para corrigir
esta falha gravíssima de percepção. Se somos capazes de guardar tantas
informações do cotidiano, por que não podemos também gravar os sons musicais?
Digo isto por que conheço muitas pessoas que não conseguem perceber que o que
elas cantam não corresponde ao que escutam. Essas pessoas precisariam aprender
a comparar o que cantam com o que escutam. Por exemplo: se você quer cantar
uma música de seu cantor favorito, procure ouvi-la atentamente por várias vezes,
não tente cantar com a gravação logo de cara, pois isto não permite que você
perceba detalhes essenciais da música. Quando cantar junto á gravação, cante num
volume de voz baixo, para que consiga escutar o cantor e você simultaneamente, e
possa, assim, fazer a comparação entre ambos. Depois de um tempo, tente gravar a
sua voz e compará-la com a gravação profissional.
Profª Graziela Pires
Raios de Sol – Escola de música
Apostila de Teoria Aplicada de Técnica Vocal para nível básico
É lógico que este exercício não tem a profundidade de uma aula de canto, mas já o
ajudará a perceber melhor a sua voz. A percepção rítmica também é muito
importante, pois indica as acentuações e prolongamentos necessários para uma
boa interpretação.
Desta forma, dá para se perceber que sem percepção musical rítmica e melódica,
você levaria no máximo o 'troféu abacaxi', como diria nosso saudoso Chacrinha!
II
..__
Estágios da Percepção
Por último, temos aqueles que ouvem, memorizam e reproduzem um som, além de
conseguirem entendê-lo musicalmente.
Esses estágios são individuais e a mesma pessoa pode apresentar estágios diferentes
para conceitos musicais diferentes (por exemplo, ouvir e entender musicalmente todos
os intervalos e não conseguir reconhecer o timbre de um instrumento musical).
Timbre
Arte, Estudo da Voz no Canto e na Oratória", escrito pelo médico Francisco Eiras,
datado de 1901.
Mara Behlau, em seu livro Higiene Vocal define o termo como sendo "algumas normas
básicas que auxiliam a preservar a saúde vocal e a prevenir o aparecimento de
alterações e doenças".
Mara Behlau alerta em seu livro que "as normas de Higiene Vocal devem ser seguidas
por todos, particularmente por aqueles que se utilizam mais da voz ou que
apresentam tendência a alterações vocais". Esses são chamados os profissionais da
voz. Silvia Rebelo Pinho em seu livro "Manual de Higiene Vocal para Profissionais da
Voz" explica que os "professores, atores, cantores, locutores, advogados, telefonistas,
entre outros, são considerados profissionais da voz. Entretanto, muitas das atividades
verbais utilizadas por eles são incompatíveis com a Saúde Vocal, podendo danificar os
delicados tecidos da laringe e produzir um distúrbio vocal decorrente do abuso ou mal
uso da voz." É alarmante o fato de quase não haver, nas universidades, uma
preocupação em preparar estes profissionais para lidar com a voz no seu dia à dia, já
que ela é parte fundamental como instrumento de trabalho.
( Este texto foi tirado do livro " Manual de Higiene Vocal para Profissionais da Voz"
Silvia Rebelo Pinho. Editora PRÓ- FONO 1997)
( Este texto foi tirado do livro " Manual de Higiene Vocal para Profissionais da Voz"
Silvia Rebelo Pinho. Editora PRÓ- FONO 1997)
"A voz deve ser sempre pensada em relação à saúde geral do paciente, em relação ao
seu corpo todo, ao seu estado de saúde geral. Segundo Sataloff (1991), todo o sistema
corporal afeta a voz; Souza Mello (1988) afirma que todo o corpo colabora na
produção da voz; Bloch (1979) refere que as condições ideais para uma boa produção
vocal adequada correspondem a um estado de saúde geral dentro das melhores
condições possíveis. Portanto, deve-se pensar não apenas nos aspectos que
prejudicam as pregas vocais, mas sim no trato vocal integrado na saúde geral de cada
paciente. Desta forma, podemos pensar que, apesar de as orientações serem gerais, as
necessidades, assimilações e repercussões são absolutamente singulares. Por exemplo:
o gelado, geralmente, prejudica a voz, mas a quantidade e a forma deste prejuíso se
manifestam diferentemente em cada pessoa, dependendo do momento e da maneira
em que este abuso foi cometido. As reações do corpo humano são únicas e dependem
de cada indivíduo em cada momento." (Extraído do artigo " Saúde Vocal" de Marta
Assumpção de Andrada e Silva do livro Fundamentos em Fonoaudiologia-Tratando os
Distúrbios da Voz. Sílvia M. Rebelo Pinho. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro,
1998)
Profª Graziela Pires
Raios de Sol – Escola de música
Apostila de Teoria Aplicada de Técnica Vocal para nível básico
Higiene Vocal
Como manter a saúde do Sistema Fonatório
11. Evite pigarrear, pois este ato é extremamente agressivo para a mucosa
da região.
A área da voz humana é rica em mitos, devido não somente à natureza artística que
a envolve, mas também por ela ser um produto considerado abstrato, quase etéreo,
por vezes divino. Esta concepção e o atraso da ciência na compreensão e explicação
da produção da voz fizeram com que vários mitos se perpetuassem até nossos dias.
3. Não usar falsete, pois é uma voz falsa e faz mal. Além disso, mulheres não
têm falsete.
Existem regiões intermediárias entre os registros vocais, quer seja entre o basal e
o modal, ou entre o modal e o elevado nas quais ocorrem as principais mudanças
nas ações musculares. Essas regiões são conhecidas como zonas ou notas de
passagem. Alguns cantores não mostram suas notas de passagem, enquanto
outros apresentam verdadeiras quebras de sonoridade entre a última nota de um
registro e a primeira nota do registro seguinte. Na verdade, a mudança entre os
ajustes musculares sempre ocorre, o que varia é o quanto ela é evidente ou não
para o ouvinte.
pessoas geralmente referem que fica mais fácil cantar sob o efeito do álcool. A
ação imediata do álcool sobre as paredes da boca e da faringe é o de uma
anestesia temporária, o que significa que as sensações nessa região ficam
reduzidas. Assim, todo o esforço que se pode estar fazendo para cantar não é
percebido e o cantor pode erroneamente acreditar que está cantando melhor.
Além disso, o efeito do álcool sobre o sistema nervoso nos deixa mais desinibidos,
mais soltos e, portanto, o medo de uma apresentação pode diminuir. Contudo, a
partir de uma segunda dose (ou até mesmo da primeira, em pessoas mais
sensíveis) pode-se perder o controle fino da afinação e do volume de voz,
produzindo-se também uma articulação pouco precisa e com desvios nos sons da
fala. A qualidade vocal fica pastosa, comprometida para o canto. Um outro fator
importante é o edema (inchaço) nas pregas vocais causado pela ingestão de
várias doses de bebida, principalmente destiladas.
6. Usar sprays
Medicações em forma de spray devem ser usadas apenas quando prescritas pelo
médico e em casos específicos, como por exemplo, de inflamações das vias
aéreas, situações onde se deve evitar o uso da voz cantada. Cantar quando não se
está em condições de saúde vocal pode ser muito arriscado e corre-se um alto
risco de se produzir lesões no aparelho fonador, incluindo edema e disfonias
hemorrágicas das pregas vocais. Tais fórmulas em spray geralmente incluem um
componente analgésico e anestésico que atua como o álcool sobre as paredes da
boca e da faringe. Tais preparados, por serem apresentados em forma de aerosol,
chegam a atingir a laringe e os pulmões, podendo reduzir as próprias sensações
da laringe e da árvore respiratória, o que prejudica ainda mais o canto.
8. Mastigar gengibre
Embora muito usado no meio do canto popular e no teatro, não existe nenhum
estudo científico sobre sua eficácia. Do mesmo modo, não há estudos
controlados sobre os componentes e os efeitos da própolis, porém, parece haver
ação antiinflamatória e lubrificante da boca e da faringe.
Profª Graziela Pires
Raios de Sol – Escola de música
Apostila de Teoria Aplicada de Técnica Vocal para nível básico
Caso deseje experimentar as receitas caseiras que lhe são sugeridas, procure
verificar, de modo crítico, quais os efeitos produzidos em seu aparelho fonador e
em sua voz; porém, não faça tais testes antes das apresentações, a fim de evitar
surpresas desagradáveis.
Vibrato
Falsete
Falsete (< italiano falsetto = "tom falso") é técnica vocal por meio da qual o
cantor emite, de modo controlado (não natural, por isso "falso"), sons mais
agudos que os da sua faixa de freqüência acústica natural (tessitura).
Anatomia
Sob o aspecto anatômico, falsete é um modo particular de vibração das
cordas vocais que permite ao cantor emitir a nota mais aguda com menor
esforço, ou, alternativamente, emitir uma nota mais aguda que se
conseguiria com esforço normal, técnica usada exclusivamente pelo sexo
masculino. Produz-se por estiramento das cordas vocais em seguida à
inclinação da cartilagem tireóidea, que gera vibração por justaposição das
cordas ao invés de por batimento.
Harmonia
Deve-se considerar que o som de uma voz [com emissão em] falsete, por
ser mais agudo e menos potente que o correspondente em voz [com
emissão em tom] normal, é mais sibilante e, em conseqüência, menos rico
em sonoridade (contém menos harmônicos), donde acertadamente
chamada de falsete, a lembrar emissão falsa.
Curiosidade:
surgiram da necessidade de vozes agudas nos coros das igrejas e a proibição de mulheres
nesta função, o que levou os eclesiásticos a uma solução, no mínimo, extravagante: castrar
os meninos com idade próxima aos 8 anos. Desta forma, não passavam pela natural
alteração vocal masculina. Período: renascimento, fim do século XV, início do XVI.
Coro de castrati
do M Diversidades
Ferramental de castração
Sua extensão e flexibilidade vocal eram muito diferentes, tanto da voz feminina, quanto da
voz mais aguda dos contratenores e bem distante do que seria a voz de um menino.
Haendel compôs um grande número de papéis para estes cantores. Obras da época levadas
a público hoje são apresentadas por mulheres ou contratenores. Entretanto, papéis escritos
especificamente para eles são, muitas vezes, impraticáveis.
que aboliu definitivamente este costume. Mas somente em 1913 o último castrato,
Alessandro Moreschi, abandonou o coro da Capela Sisitina. É dele o único registro que se
tem da voz de um castrato, uma vez que ele gravou dez discos.
do Lisboa City
A voz de Farinelli,
dizem, alcançava 3.4 oitavas (Lá2 ao Ré6), com capacidade de sustentar 150 notas em um
só fôlego. No filme, foram necessários dois cantores, um contratenor e uma soprano
coloratura, para recriar a voz do castrato. Curiosamente, seu corpo foi exumado em
out./2006, para estudos.
Classificação vozes
Anexos
Dicas
1 -- Ter aulas de canto. assim você pode melhorar e manter sua saúde vocal e prevenir
nódulos ou cicatrizes que, se surgirem, poderão encurtar sua carreira.
2 -- Se você cantar pop, gospel, soul, rock, blues, jazz ou até mesmo a lição de voz
ocasional de um professor bem qualificado pode ficar à frente da concorrência.
3 -- A maioria dos cantores precisam ter algum tipo de base warm-up de rotina, mesmo
muito básico. Certifique-se de sua rotina inclui sempre as mesmas passagens de base ou
de exercícios de modo que você será capaz de julgar se a sua voz é em relação ao que
normalmente é.
4 - Pratique cantar na frente de um espelho. Isso ajudará você observar a postura, o fluxo
de ar, expressões faciais e, em geral como você aparecer para um público-alvo.
5 - Considere a cantar como parte de um grupo, mesmo que o seu principal interesse é o
trabalho solo. Ela pode realmente abrir seus ouvidos para cantar melhor em campo e
mistura a sua voz para combinar com outros sons.
7 - Abra a boca! Sim, sim, eu sei ... a maioria das pessoas estão tentando fazer você
calar a boca. Bem, se você pode aprender a cantar com a boca "muito" aberta, você irá
atingir notas mais claras e cantar melhor.
8 - Como qualquer outra disciplina musical, eu acho que ouvir grandes executores ajuda a
aprimorar o seu som e técnica. Eu mesma canto junto com as gravações grande, tentar
igualar o vocalista exatamente. Então, depois que você aprendeu o seu caminho, você tem
algumas novas técnicas e a capacidade de criar a sua própria interpretação da peça de
música.
10 - Embora seja divertido para copiar alguém do estilo de cantar, não se esqueça de fazê-
lo em detrimento da sua voz física. Poucas pessoas têm cordas vocais que cantam como
James Brown, Luciano Pavarotti, ou Mariah Carey.
Microfones
Partes: I - II - III - IV
Parte I
Função/Transdutor
Tipos de Microfone
Embora existam vários tipos de microfones com aplicações das mais variadas,
vamos nos concentrar nos principais utilizados na sonorização - Os microfones
direcionais (conhecidos por cardióides, supercardióides e hipercardióides), os
não direcionais (conhecidos por onidirecionais), e veremos, as principais regras
de emprego dos mics para que você consiga o melhor som ao trabalhar com
eles.
Antes de mais nada vamos deixar claro que não nos interessa, em aplicações de
sonorização que tem como padrão de qualidade profissional, qualquer microfone
que não seja balanceado e de baixa impedância (low Z). As virtudes de sistemas
balanceados já foram ligeiramente comentados e o serão com mais atenção em
edição futura.
Utilização
captar o som das suas palmas e nunca o oriente na direção de qualquer caixa de
retorno ou PA)
Analogia de Direcionalidade
Assim como uma lanterna ilumina aquilo que está à sua frente com uma
intensidade que vai diminuindo a medida que se afasta deste seu eixo central,
assim os microfones direcionais dão preferência maior aos sons que estão à sua
frente preferindo menos os que chegam dos seus lados, e praticamente
rejeitando os que chegam da sua parte posterior (onde se liga o cabo).
É importante que se saiba como é feita esta distinção para que ela não seja
neutralizada por meio do manuseio errado do microfone. Para que esta distinção
ocorra, o microfone toma por referência a pressão sonora existente na parte
posterior de sua cápsula (setas azul e verde na ilustração abaixo)
pois isto torna o microfone um onidirecional que captará sons de todos os lados
geralmente dando inicio à microfonia.
Parte II
Ondas e distâncias
Na parte superior vemos a colocação das vozes que nos parece normal. O
problema aparece se eles estiverem segurando os microfones como no meio da
figura. Note que a voz do cantor B estará chegando não somente no microfone 2
como também nos microfones 1 e 3; e como a distância entre estes e o cantor B
é maior que entre ele e o seu microfone (mic 2), os sons emitidos por ele
chegarão após um tempo maior nos mics 1 e 3 e, portanto, estarão defasados
ou fora de fase com referência ao mic 2 como nos mostra a figura 3.
Embora o espaço destinado a este artigo não permita uma abordagem mais
profunda, digamos sucintamente que o termo fase se refere à quantidade de
energia positiva ou negativa que uma onda sonora tem em determinado
momento em que é comparada com outra onda. Como as ondas têm
comprimentos diferentes, que completam o seu ciclo em tempos diferentes
conforme sua freqüência, em situações com múltiplos microfones é impossível se
prever quais freqüências chegarão em fase e quais fora de fase em certo
microfone num determinado momento. O que se pode afirmar é que sempre que
o cancelamento decorrente desta defasagem ocorrer, é irremediável pois o corte
será tão profundo que uma tentativa de recuperar o timbre normal da voz ou
instrumento através da equalização do canal na mesa de som só irá piorar a
situação, pois ao se buscar aumentar a freqüência cancelada, somente as
freqüências vizinhas serão aumentadas deixando ainda mais perceptível o
cancelamento.
Parte III
Fase e captação
Por isto, então, não se deve deixar abertos dois microfones captando a mesma
fonte (se estes forem mixados e dirigidos à mesma caixa ou gravador). Um caso
típico de erro é quando um operador deixa um microfone fixo aberto no púlpito
além de abrir o volume do microfone de lapela utilizado pelo preletor. À medida
que o preletor se movimenta, o microfone de lapela o acompanha, enquanto que
o do púlpito continua estático. A cada movimento a relação de distância entre o
microfone fixo e o da lapela será alterado fazendo com que um conjunto
diferente de freqüências seja cancelado ou somado.... Se os microfones tiverem
destinos diferentes (PA e gravação), não haverá cancelamento por não serem
combinados.
Outra dica é instruir a pessoa que usar o microfone que ela deve sempre mantê-
lo alinhado entre si mesma e a platéia para que as freqüências direcionais de sua
voz não sejam perdidas fora do ângulo de captação do microfone.
microfones.
Em segundo lugar, note que os microfones estarão bem mais distantes das
vozes do que se estivessem sendo utilizados por um cantor que os segurasse.
Isto é desejável pois captam a massa sonora resultante da mesclagem das vozes
do coral e não as vozes de apenas 3 ou 4 pessoas. Há que se lembrar, porém,
que ao nos afastarmos de uma fonte sonora, a sua intensidade irá diminuindo.
Portanto, em casos como este, é muito interessante empregar-se os microfones
a condensador que, por serem mais sensíveis, evitarão que se tenha que abrir
muito o ganho como aconteceria com microfones dinâmicos comuns,
aumentando a chance de microfonia.
Linearidade
Por fim um último dado a ser observado na aquisição dos microfones. Observe
sempre o gráfico de linearidade de resposta do microfone (figura acima). Este
deve ser o mais linear, horizontal e uniforme possível, demonstrando que o
microfone reproduzirá por igual todas as freqüências que captar.
Parte IV
Dicas de microfonação
Posicionamento
Coral - A colocação destes microfones pode ou não ser beneficiada pela acústica
do local. Se não houver perigo de se captar caixas de retorno e instrumentos,
Profª Graziela Pires
Raios de Sol – Escola de música
Apostila de Teoria Aplicada de Técnica Vocal para nível básico
etc., uma colocação mais distante (tipo X/Y) dos microfones captará mais a
mescla das vozes. Caso seja necessário aproximar mais os mics, angule-os como
uma ducha a 45 cm acima da cabeça da última fileira (normalmente, a mais
elevada) e a 45 cm à frente da primeira.
Violão - Se tiver bom captador, use. Senão, mire o mic para captar o som do
dedilhado, evitando pegar em cheio os graves que provém do furo no tampo. Se
for tipo lapela, fixe-o ao furo no tampo.
Flauta - Mire o microfone no corpo da flauta entre o bocal e a posição dos dedos.
Cuidado para não captar o sopro do músico. Se isto ocorrer experimente
alterando o ângulo de posicionamento para evitar este ruído.
Piano de Cauda - Por baixo da tampa aberta, busque captar o som mais
completo (o máximo de notas). Se dispuser de dois mics separe um para
agudos/médios e outro para médios/graves.
Bateria - Embora bem audível, vale a pena microfonar para gravações e para
que todos os sons cheguem ao mesmo tempo nos ouvidos da congregação. Siga
a seqüência: Dois mics superiores a cada lado da bateria. Com 3, microfone
também o bumbo; com 4, o ximbau; com 5 a caixa.
Guitarra e Contrabaixo - Para reduzir o número de mics abertos recomendo a
utilização de direct box se existem problemas já com microfonia no ambiente.
Trabalhando-se com bons instrumentos e boa equalização na mesa, há como se
conseguir bons resultados sonoros sem precisar se adicionar microfones. Se a
captação do amplificador de palco for essencial por gerar uma distorção ou
timbre desejado, ou se problemas elétricos gerarem ruídos não elimináveis no
direct box, então use um microfone experimentando com a posição até achar o
melhor som. Observe que, via de regra, este melhor som não vai acontecer
colocando-se um microfone de voz à frente do amplificador mas sim um
microfone com características mais lineares destinado à captação de
instrumentos.