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Que bom ter você por aqui!

Nós do M M V, acreditam os que o prim eiro passo para que alguém aprenda a lapidar voz
es, é m ergulhar num a m aior com preensão sobre a biom ecânica vocal .
Desta form a , podem os construir estratégias m ais claras para resultados m ais
incisivos em cada voz abordada , seja na voz de outra pessoa ou na sua própria voz .

professores de canto, cantores ou interessados no processo fisiológico da


voz , poderão beneficiar-se, descobrir e/ ou talvez , aprofundar-se em conhecim
entos sobre os m aravilhosos fenôm enos que diz em respeito a esta .

Fique atento caro leitor, e aproveite cada linha . não espere a perfeição, m as
espere m ovim ento, buscando conosco as m elhores abordagens pedagógicas -
por vez es andragógicas - que os cantores e cantoras do nosso tem po precisam
para m over-se em direção a um m aior desenvolvim ento. Vam os juntos!
a voz hum ana
O processo de fonação

Ressonância (3)
Fonação (2)

Respiração (1)

Como nossa voz é produzida?

1- Respiração:
O processo de respiração é dividido em duas partes: inspiração e expiração. Na inspiração, o ar é
direcionado para dentro dos pulmões. Na expiração o ar é expulso dos pulmões. No caso da
produção da voz, a expiração direciona o ar às pregas vocais que estarão devidamente posicionadas.

2 - Fonação:
Através de um processo muscular, as pregas vocais fecham o "encanamento" por onde o ar passa no
processo de expiração, criando uma resistência a pressão de ar que vem dos
pulmões. As pregas vocais aduzidas (fechadas), quando assumem uma coordenação de certa
permissividade na passagem de ar, devido a pressão de ar que vem dos pulmões e do efeito de
aerodinâmica conhecido por efeito Bernoulli, vibram criando um comportamento de ciclos vibratórios.
Desta coordenação nasce o som que conhecemos como "som fundamental". Este é um som que
pode ser grave ou agudo, mas não tem vogal definida.

3 - Ressonância:
O som é amplificado ou amortecido através do espaço entre as pregas vocais e os lábios. Em alguns
casos a ressonância também ocorre nas cavidades nasais. É nesta etapa que o som fundamental
define-se em uma vogal e assume diferentes características timbrísticas (de identidade percebida).

1
os 3 elem entos
da técnica vocal
na M ix Voice

Form ato do Trato Vocal (Shape)


Consistência M uscular de Pregas vocais

Fluxo de ar

Pensando em uma técnica vocal equilibrada, é impossível dissociar estes três elementos.
Um elemento depende e influencia ao outro. Buscaremos juntos uma harmonia entre estes, com
o objetivo de mínimo esforço e máximo controle. Sobre os elementos:

1- Fluxo de ar
Deve cumprir com a função de "abastecimento" da vibração das pregas vocais, adequando-se a
diferentes níveis de adução, diante de diferentes demandas
de sonoridade e intensidade.

2 - Consistência Muscular de Pregas Vocais


Adução e tensionamento adequados de pregas vocais
diante da sonoridade desejada,
boa "negociação" entre os diferentes registros
(comportamentos mecânicos semelhantes de pregas vocais).

3 - Formato do Trato Vocal (Shape)


Deve filtrar e favorecer adequadamente o som que nasce das pregas vocais e ressoa até os
lábios.

2
Técnica vocal
Destrinchando os elem entos

1 - O Fluxo de ar

A respiração é primordial para nossa sobrevivência. Ela promove a troca gasosa de gás carbônico
por oxigênio. Falar e cantar são apenas funções adaptadas dentro deste processo.

Entendemos por sistema respiratório todos os órgãos responsáveis pela respiração. Alvéolos
pulmonares, bronquíolos, brônquios, traquéia, laringe, faringe, boca, fossas nasais.

E existem músculos ligados a esse processo como o famoso diafragma, os músculos intercostais e
os músculos abdominais.

O processo respiratório tem dois movimentos: A inspiração (ar para dentro dos pulmões) e a
expiração (ar é expulso dos pulmões).

Pensando nesses movimentos em relação a técnica vocal: na inspiração "armazenamos o


combustível", enquanto na expiração conjunta com a resistência de pregas vocais, transformamos
energia aerodinâmica em energia acústica (fonação).

3
Inspiração
Cérebro 1- Diante da necessidade
de oxigênio, o cérebro
convoca os músculos
necessários para
inspiração.

Int
ercost 2- O diafragma contrai e se
ais "achata", expandindo a
caixa torácica de forma
Diafragma
inferior, intercostais
expandem caixa
torácica horizontalmente
inflando os pulmões.

Expiração
1- Cérebro sinaliza a
Cérebro
necessidade de expulsão

do gás carbônico.

Int
erco
stais
2- Diaframa e intercostais
Diafragma relaxam. Diafragma sobe,
caixa torácica volta ao
estado normal, pulmões
desinflam.

4
Inspiração no Canto
Cérebro 1- O cérebro recruta os
músculos inspiratórios a partir
da demanda daquele trecho ou
nota a ser cantada.

Int 2- Músculos inspiratórios são ativados


ercostais proporcionalmente à partir da expectativa
de sonoridade. Para determinadas
notas ou trechos é necessário
Diafragma um menor ou um maior volume
pulmonar, o que influenciará diretamente
na pressão subglótica.

Expiração no
Canto 1- Cérebro sinaliza aos

o músculos a necessidade de
Cé rebr
enviar ar para as pregas vocais.

2- Diferente da expiração normal, o


fluxo aéreo pode ser regulado,
controlando-se gradativamente o
relaxamento do diafragma. E isso é
importante pelo fato de que no canto, o
ciclo é muito mais alongado do que na
Intercostais fala.
Nesta etapa é possível regular o nível de
agm a pressão subglótica (pressão de ar
abaixo das pregas vocais) o que
r

af

Di influenciará diretamente na intensidade


do som, e em menor escala, na
frequência emitida (nota cantada).

O controle da pressão subglótica é


importantíssimo para o controle das
intensidades!

5
r
apoio diaf agm ático
Supo te?

Muitas técnicas e escolas de pensamento defendem a ideia de um "apoio" diafragmático, sobretudo para a
emissão de notas agudas.

O termo apoio diafragmático, por vezes está associado e fazer uma força abdominal "para fora", outras
vezes está associado a fazer uma força abdominal "para dentro"... estas confusões diante de nomenclaturas
e didáticas são muito comuns e suas diferentes interpretações já foram inclusive estudadas por estudiosos
vocais como Johan Sundberg e Hubert Noé. Muitas vezes o que para determinado método é apoio, para
outro é contra-apoio e há realmente muitos desencontros nas nomenclaturas e conceitos.

No MMV, não nos prenderemos a estas nomenclaturas. Não que consideremos que uma forma de ensinar é
melhor do que a outra, mas em nosso método de ensino optaremos por utilizar uma respiração "suficiente",
econômica e equilibrada diante do nível de fechamento glótico. Obviamente em casos de debilidades
técnicas referentes ao fluxo aéreo necessário, serviremos-nos da conscientização e de exercícios para a
coordenação dos músculos respiratórios.

É fato que a respiração diafragmática e intercostal existem, mas dependendo de como forem
pedagogicamente abordadas, podem ser contraproducentes.
Por isso optaremos principalmente por buscar sonoridades e corrigir debilidades, o que ficará mais claro no
decorrer do treinamento Vocal Coach Essencial. Priorizamos para um melhor controle de fluxo aéreo a
consciência fisiológica, uma pressão subglótica adequada e uma boa postura. Veja o exemplo a seguir:

6
Postura
Facilitando a em issão vocal
Uma boa postura resolve uma multidão de problemas, em especial os problemas
oriundos do fluxo aéreo instável. Favorece também um alinhamento do trato vocal e um melhor
funcionamento da voz como um todo. Obviamente há excessões onde não se é possível
manter uma postura perfeita, como por exemplo, em interpretações de teatro musical, onde
existem as mais diversas coreografias.

Mas recomendamos quando


possível e plausível, para Osso esterno
otimização técnica, uma postura
onde a cabeça esteja levemente
baixa (1,5 cm em média), os ombros
estejam relaxados e o osso esterno
esteja posicionado de um modo
mais "para fora".

Além do vocal coach,


do fonoaudiólogo e do otorrinolaringologista,
Cabeça levemente baixa; será de grande valia para o cantor um
acompanhamento com ortopedista,
Ombros relaxados; fisioterapeuta, e com os demais profissionais
que trabalham o corpo na perspectiva da
Osso Esterno para fora. postura. Quando tudo funciona bem, a voz
funciona muito melhor!

Quer uma dica em vídeo sobre o tema? Clique no


botão abaixo :)

ASSISTIR VÍDEO!

Créditos da imagem: freepik.com

7
2 - A Consistência M uscular

Abordaremos agora as principais estruturas responsáveis pela consistência muscular de pregas


vocais.

Laringe (Caixa da Voz)

A laringe, também conhecida como "caixa da voz" é o órgão do sistema respiratório situado entre
a traquéia e a faringe.

Ela é constituída por mucosa, cartilagens, ligamentos e músculos.


Dentro dela estão situadas as pregas vocais.

A coordenação desses músculos e estruturas combinados com o fluxo de ar, geram um som
chamado "som fundamental", que posteriormente será amplificado pelo Trato Vocal (falaremos
sobre isso mais à frente).

A laringe funciona como uma válvula de proteção, que impede a entrada de substâncias e
partículas na via respiratória, sobretudo durante a deglutição (ato ou ação de engolir alimentos
ou substâncias). Também exerce a função de regular a pressão de ar em nossos pulmões.

Sendo assim, além de ser responsável pela produção da voz,


ela é essencial para funções biológicas. Como diria Sundberg, a laringe é um cão de guarda do nosso
sistema respiratório! Ou seja, embora tenhamos controle de estruturas da laringe para emitirmos a voz
quando quisermos, ela também possui movimentos "reflexos" associados a funções vitais, como por
exemplo em tosses ou em sons que fazemos quando ficamos assustados ou surpresos. Quando nos
sentimos ameaçados ela tende a fechar-se! E se meu cérebro interpretar uma nota aguda como
ameaça?
Sim! Ela tende a fechar-se e dificultar o processo. Por essas e outras no MMV costumamos dizer que
a técnica vocal começa na mente!

8
As pregas Vocais

As pregas vocais são tecidos/ dobras


musculares situados dentro da laringe. Com o
auxílio dos músculos da laringe, estas se
distendem e se encurtam.

Quando as pregas vocais estão afastadas, estas


possuem um espaço vazio entre elas. Ao espaço
entre as pregas vocais, damos o nome de glote.

O movimento de fechamento das pregas vocais chama-


se adução. Este movimento fecha a glote.

O movimento de abertura das pregas vocais chama-se


abdução. Este movimento abre a glote.
(pregas vocais: destaque em vermelho)

Visualizando as pregas vocais pelo topo da laringe:


(destaque em azul)

Pregas Vocais Pregas Vocais


(Abdução) (Adução)

Pregas vocais Pregas vocais


abduzidas, aduzidas,
1 2
separadas. fechadas.

Quando as pregas vocais estão aduzidas, estas criam uma resistência à pressão de ar que vem dos
pulmões (pressão subglótica). Quando acontece uma certa permissividade na passagem de ar diante desta
coordenação de fechamento glótico, o fluxo de ar vence a resistência presente e passa por entre as pregas.
Dessa forma, conjuntamente ao efeito Bernoulli (efeito de aerodinâmica) elas se atraem e vibram, gerando
então o som fundamental. Um som até então, sem vogal definida.
9
M úsculos intrínsecos da Laringe

Estes músculos são responsáveis pelo controle das cartilagens da laringe e pelos diferentes
movimentos de nossas pregas vocais.

O controle desses músculos nos possibilita mudar as notas que cantamos, aumentar
a resistência de pregas vocais para um maior volume ou diminuir para um menor
volume, além de influenciar de certa forma o nosso timbre (identidade vocal).

O grupo dos músculos abdutores é responsável pelo afastamento das pregas vocais, ou seja, pela
abertura glótica. Estes são os músculos cricoaritenóideos posteriores (CAP).

O grupo de músculos adutores é responsável pelo fechamento das pregas vocais, ou seja, pelo
fechamento glótico. Estes são os músculos aritenóideos, oblíquos e transverso (AA), cricoaritenóideos
laterais (CAL) e tireoaritenóideos externos (TA externo).

Daremos agora uma atenção especial ao grupo de músculos tensores de pregas vocais.

Músculos tireoaritenóideos internos (TAi)

Estes músculos formam a principal massa das pregas vocais. A contração desse par de músculos
possibilita espessamento e encurtamento de pregas vocais. Como sua contração causa
espessamento, sua atividade é de certa forma também "adutora", pois aproxima mais firmemente as
pregas vocais do ponto de contato no centro.
Portanto torna o som mais denso, mais firme.

Músculos cricotireóideos (CT)

Estes são responsáveis pelo alongamento das pregas vocais. Promovem também
por consequência uma diminuição de massa nas pregas vocais.

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Agora analisemos uma imagem real de pregas vocais, retiradas de uma
videoestroboscopia de laringe:

Predominância de Predominância de
2 Cricotireóideos
Tireoaritenóideos internos
1 (CT).
(TAi).
Nesse comportamento percebemos as
Percebemos nesse comportamento as pregas pregas vocais mais alongadas e finas.
vocais mais curtas e espessas.

ver vídeo

Uma analogia - não levem a ferro e fogo:

Pensemos num violão. As cordas mais grossas geram com maior facilidade um som mais grave. As
cordas mais finas geram com maior facilidade um som mais agudo. Logo, com as pregas vocais mais
espessas, cantamos mais facilmente notas mais graves, enquanto com as pregas vocais mais finas
cantamos mais facilmente notas mais agudas.

Outro detalhe importante: Ao compararmos a massa de pregas vocais de um homem


adulto com as pregas vocais de uma menina de 15 anos, muito provavelmente teremos
diferenças anatômicas significativas em massa e espessura, o que inicialmente tornará
essas vozes bem diferentes em tonalidade e extensão.

Agora imagine as infinitas diferenças anatômicas e as diferentes coordenações


que cada ser humano pode executar! Isso é incrível !!!

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Ciclos vibratórios
Quando a pressão subglótica vence a resistência das pregas vocais,
o som é produzido. A "alquimia" do processo de fonação acontece desta forma.

O que antes era apenas fluxo de ar vindo dos pulmões, após causar pressão e vencer a resistência das
pregas vocais, torna-se som.

Esta vibração é na verdade uma série de ciclos de "abre e fecha"


das pregas vocais. Veja uma representação animada neste link:

https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Vocal_fold_animated.gif#/media/File:Vocal_fold_animated. gif

Pregas vocais mais encurtadas e grossas tendem a vibrar mais lentamente, o que gerará uma
quantidade menor de ciclos vibratórios por segundo. Esta coordenação tende a gerar um som mais grave.

Pregas vocais mais alongadas e finas tendem a vibrar mais rapidamente, o que gera uma quantidade
maior de ciclos vibratórios por segundo. Esta coordenação tende a gerar um som mais agudo.

Os ciclos vibratórios podem ser mensurados pela unidade de medida Hertz, unidade esta que diz respeito
a quantidade de ciclos vibratórios dentro de um segundo.

Um exemplo na realidade das pregas vocais:

440 ciclos vibratórios de pregas vocais em um segundo = 440 Hz (abreviação para Hertz).

Quanto menor o número de Hertz, mais grave será o som.


Quanto maior o número de Hertz, mais agudo será o som.

Observe na imagem abaixo o aumento da quantidade de Hertz na medida em que as notas ficam mais
agudas:

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Os registros v os cai são registros tonstimbrisicamenteemelhantes vocais entrei,

produzidos com mecanismo semelhante. Muitas são as divergências quanto ao assunto, mas
ousamos abordar o tema para uma compreensão acerca dos comportamentos antagônicos
gradativos de pregas vocais citados no treinamento Vocal Coach Essencial MMV.

Tabela de registros vocais


Levemos em consideração a cor vermelha como sendo um comportamento de pregas vocais mais
encurtadas e espessas, e a cor amarela como sendo um comportamento de pregas vocais mais
esticadas e afinadas. Utilizaremos o gráfico para a compreensão da LÓGICA acerca dos
mecanismos. Em nosso método, buscaremos uma boa transição entre estes mecanismos,
gerando uma homogeneidade no som. Utilizaremos as nomenclaturas da Dra. Silvia Pinho.

Pregas vocais mais longas e tensas, menos massa vibratória. OBS: no caso do registro REPRESENTAÇÃO
MAIS ALONGAMENTO DE POSSÍVEL
de assobio, provavelmente não haja mais vibração nas bordas de PPVV, e sim, ESPESSURA DAS
uma constrição esfinctérica. PREGAS VOCAIS

ASSOBIO (WHISTLE)

FLAUTA

ELEVADO (FALSETE)

TÊNUE (também conhecido


como VOZ DE CABEÇA)

MÉDIO (também conhecido como


MODAL
MIX ou VOZ MISTA)

DENSO (também conhecido


como VOZ DE PEITO)

BASAL (VOCAL FRY)

MAIS ESPESSAMENTO Pregas vocais mais espessas, mais massa vibratória

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lhe ensinará a mixar suavemente os subregistros do registro modal:

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grátis MMV!

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Algum as considerações sobre registros vocais e nom enclaturas

Ainda existem muitas divergências entre os especialistas a respeito destes mecanismos


fisiológicos. Diante disso, vamos nos ater ao conhecimento dos principais termos utilizados
em técnica vocal e focar principalmente na sinergia de coordenações para executar uma boa
transição entre regiões e mecanismos de nossa voz.

Até hoje existe confusão a respeito dos registros vocais. Sobretudo pois por muito
tempo, anteriormente à clareza dos exames vocais (como por exemplo a laringoscopia) e das
ciências vocais, não se sabia exatamente como a voz era produzida.

Logo, a pedagogia vocal era construída em boa parte por espelhamento neuronal,
metáforas, sensações físicas e as nomenclaturas eram influenciadas obviamente
pelo contexto histórico e pelas expectativas que o indivíduo tinha em relação ao som
percebido.

Não estou dizendo que essa pedagogia não funcionava! Obviamente as sensações
proprioceptivas e metáforas foram e ainda podem ser muito úteis como ferramentas
pedagógicas.

No entanto, nós do MMV pensamos que uma pedagogia vocal pautada apenas em
sensações de peito e cabeça por exemplo, podem auxiliar a uns e atrapalhar a outros.

Isso porque nem todos tem a mesma capacidade proprioceptiva, e as


interpretações de sensações e metáforas podem ser subjetivas e por vezes mal
interpretadas, causando mal entendidos.

A voz de peito nada mais é do que o som que nasce de pregas vocais encurtadas e
com bastante massa vibratória em atividade. Ou seja, as pregas vocais estão mais
densas e o som é grave.

O som que nasce desta coordenação em nada acontece na região do peito ou do tórax.

Veja este experimento:

https://www.youtube.com/watch?v=wR41CRbIjV4

Apenas com um trato vocal sintético, foi possível a execução de diferentes vogais
em diferentes "registros". Ou seja, mesmo sem um tórax, é possível executar o que
antigamente chamavam de "voz de peito".
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Por isso, evitaremos termos oriundos de sensações
como voz de máscara, voz de cabeça e de peito, por
serem em alguns casos
possivelmente contraproducentes, já que do ponto
de vista científico não fazem muito sentido.

Em nosso método, optamos por apoiar-mos mais


fortemente na compreensão fisiológica do que nas
sensações. Portanto, utilizaremos quando
necessário, as nomenclaturas e definições de
registros vocais como sendo: basal, denso, médio,
elevado, flauta e assobio, da Dra. Silvia Pinho.

Mesmo porque, se analisarmos a fundo, além da voz


não estar nem no peito e nem na cabeça, quase
toda a extensão vocal pode ser mista em
comportamento
TAi x CT, com diferentes proporções, assim como
nossa tabela demonstrou com as cores amarela e
vermelha e diferentes tons de laranja.

Cabe ao cantor (ou ao professor) decidir qual


estética ficará melhor para cada situação. Estas
misturas levarão a uma voz mais leve ou mais
pesada.

E sim, em alguns casos ainda nos valemos das


sensações de peito e cabeça como ferramentas
pedagógicas.

No entanto temos notado a experiência cada vez


menos necessária e eficiente da utilização de tais
termos. Temos então, utilizado esse tipo de
abordagem com pouca frequência e apenas em
casos muito específicos, avaliados refinadamente
por cada vocal coach.

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Passagens - Transitando gradativam ente entre registros

Seth Riggs, pedagogo vocal criador do método SLS (Speech Level Singing), dizia que os
grandes cantores têm uma capacidade de "negociar" as trocas de mecanismos vocais. As
trocas bruscas de registros geram uma diferença de timbre e por consequência uma mudança
estética abrupta, dando a impressão que o cantor "falhou", ou "desafinou".

Passaggio, bridge (ponte), transição, são diferentes termos que se referem a essa mudança
gradativa de atuação entre registros.

Essas transições mudam de região dependendo da fisiologia daquela voz, de quais vogais
utilizamos, da intensidade que cantamos, da atual condição de saúde em que aquela voz se
encontra, feedbacks acústicos e outros motivos.

Este é mais um dos assuntos que gera divergência entre os teóricos. Nós
consideraremos duas principais passagens no registro modal. A primeira passagem acontece
entre o subregistro denso e o médio. A segunda passagem acontece entre o subregistro médio
e o subregistro tênue.[1]

1- Singing for the stars, (1985)


2 - Richard Miller, Training Tenor Voices (Nova York: Schirmer Books, 1993) 7.
Photo on <a href="https://visualhunt.com/re/baccf0">Visualhunt.com</a>

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Classificações Vocais

Para elucidar as passagens de registro precisamos adentrar num outro assunto, as


classificações vocais. Vamos antes aprender alguns conceitos:

Extensão Vocal: Todas as notas que um cantor/a consegue emitir,


confortavelmente ou não.

Tessitura Vocal: Todas as notas que um cantor/a consegue emitir


confortavelmente, com boa qualidade sonora.

Tanto a extensão vocal como a tessitura aumentam com um bom treino técnico vocal.

Nos métodos clássicos existem classificações e subclassificações vocais, medindo a


tessitura e outras características da voz do cantor/a.
Isso porque cada autor de peça clássica, geralmente já faz cada música pensando em um
tipo de voz para interpretá-la. Tanto pela extensão necessária quanto pelas características
de timbre e emissão.

Pense nas classificações vocais do canto erudito como um papel a ser


representado. Existem vozes mais ou menos adequadas para cada peça clássica, cabe ao
maestro escolher a voz que mais combina com a expectativa da sonoridade pretendida.

Photo credit: <a href="https://visualhunt.com/author/f63331">MattusB</a> on <a href="https://visualhunt.com/re/e86bfc">Visualhunt.com</a> / <a


href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/2.0/"> CC BY-NC</a>

17
Classificações Vocais
Outro caso em que as classificações vocais fazem todo sentido é em corais ou
grupos, já que existirão diferentes "papéis" dentro de uma mesma música. Uns para
vozes mais agudas, outros para vozes mais médias ou graves.

Logo, faz sentido colocar uma voz mais aguda para fazer um "papel" onde agudos sejam
exigidos e uma voz mais grave num "papel" onde graves sejam exigidos.

Aí cabe classificar cada voz, pois quer dizer que naquele momento aquela voz é a mais
adequada para determinado "papel", exigindo menos esforço de cada cantor.

No entanto, uma classificação desnecessária, prematura e mal feita, pode limitar


psicologicamente uma pessoa que ainda não teve sua voz treinada, devido aos
paradigmas que causam frases como:

- Você é contralto, não pode cantar agudos!


Resultado possível: Insegurança para cantar agudos.

- Você é Tenor, não deveria cantar graves...


Resultado possível: Insegurança para cantar graves.

Não podemos esquecer-nos que o cérebro tem participação fundamental no


acionamento de mecanismos que produzem a voz. E muito menos devemos nos
esquecer que nossa laringe é um órgão que está sempre pronto a fechar-se ao menor
sinal de "perigo". Uma mente cheia de paradigmas faz com que coloquemos um "freio de
mão" em nossas possibilidades vocais, sobretudo em novas coordenações.

Photo credit: <a


href="https://visualhunt.com/author/97b107">PraveenbenK</a> on <a
href="https://visualhunt.com/re/e86bfc">Visualhunt</a> / <a
href="http://creativecommons.org/licenses/by/2.0/"> CC BY</a>

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"Para um Vocal Coach, Linguagem é tudo!"

Por isso é essencial o cuidado com a linguagem, pois podemos tanto desbloquear como
bloquear extensão e tessitura vocal, de acordo com a forma que "programamos" a
mentalidade de nossos alunos em relação a suas próprias possibilidades vocais.

Em nosso método, abordaremos as classificações vocais básicas, apenas para


compreender funções de passagem, sem subclassificações como no sistema FACH.
Levemos em consideração que a maioria dos arranjos musicais podem ser adaptados em
diferentes tons, com diferentes intensidades e possibilidades, salvo alguns estilos que
exigem uma interpretação fiel em todos os aspectos, como geralmente acontece com
músicas clássicas e eruditas.

Por isso a classificação vocal, de preferência, apenas deve ser dada ao aluno extremamente
treinado, com voz e mentalidade bem resolvidas. Isso caso o aluno nos pergunte ou surja a
necessidade para tal.

Caso contrário, fora do contexto da música clássica e erudita, se faz mais vantajosa a
continuidade no desenvolvimento da tessitura e da extensão, evitando segregar tipos de
vozes.

Vamos compreender de forma bem simples as classificações vocais femininas e masculinas,


das vozes mais agudas para as mais graves:

Femininas Masculinas
- Soprano - Tenor
- Mezzo- Soprano - Barítono
- Contralto - Baixo

Photo credit: <a href="https://visualhunt.com/author/50cf2b">kenneth.mikko</a>


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href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.0/"> CC BY-NC-ND</a>

19
Passagens (Passaggio)
Embora diferentes teóricos considerem a existência de várias passagens de registro,
utilizaremos para fins pedagógicos, apenas duas principais passagens por tipo de
voz, utilizando duas notas centrais como ponto central de referência. Destaque em
azul para Dó central do piano.

Vozes Fem ininas


Soprano: A mais aguda das vozes femininas.
Notas de referência: Primeira passagem Si 3 / Segunda passagem Mi 4.

Mezzo - Soprano: Possui as mesmas referências de passagens da Soprano, no


entanto, o timbre é mais denso e encorpado. Notas de referência: Primeira
passagem Si 3 / Segunda passagem Mi 4.

Contralto: A mais grave das vozes femininas. Classificação rara.


Suas passagens estão na mesma região dos tenores.
Notas de referência: Primeira passagem Mi 3 / Segunda Passagem Lá 3.

20
Seguimos agora com as regiões de passagem nas classificações vocais masculinas.
Destaque em azul para Dó central do piano.

Vozes M asculinas
Tenor: A mais aguda das vozes masculinas.
Notas de referência: Primeira passagem Mi 3 Segunda passagem Lá 3.

Barítono: Possui as mesmas referências de passagem dos tenores, mas timbre é


mais denso e encorpado.
Notas de referência: Primeira passagem Mi 3 / Segunda passagem Lá 3.

Baixo: A mais grave das vozes masculinas. Assim como a contralto. é uma voz
raríssima.
Notas de referência: Primeira passagem Lá 2 / Segunda Passagem Mi 3.

21
3 - O Form ato do Trato Vocal (Shape)

palato duro
cavidade nasal palato mole

lábio superior úvula (campainha)

trato vocal
lábio inferior
língua epiglote (válvula que direciona

para a laringe ou para o esôfago)


laringe pregas vocais

O Trato Vocal é o espaço entre as pregas vocais e os lábios (destaque em verde).

É neste espaço que o som fundamental emitido pelas pregas vocais é moldado,
amplificado ou amortecido, dando formato a vogais, timbres e a diferentes
possibilidades acústicas. O trato vocal também é conhecido como Filtro.

O formato do trato vocal, também conhecido como shape ou formato da vogal, é o


terceiro - e nem de longe o menos importante - elemento da técnica vocal.

O trato vocal compreende a cavidade oral - língua, lábios, palato mole, palato duro e a a
faringe - subdividida em rinofaringe, orofaringe e hipofaringe.

Já parou pra pensar que é o moldar destes elementos que dá toda diferenciação entre um "i"
e um "ô" por exemplo?

Ao processo de enriquecimento e amplificação do som fundamental no trato vocal, dá-


se o nome de ressonância.

O nosso shape também é capaz de facilitar ou dificultar a vibração das pregas vocais,
influenciando registros, devido a pressão retroflexa que este pode causar.
Aprofundaremos este aspecto ao final do treinamento Vocal Coach MMV.

Photo credit: https://en.wikipedia.org/wiki/File:VocalTract.svg

22
A Faringe

Rinofaringe ou Nasofaringe

Orofaringe

Hipofaringe ou Laringofaringe

A faringe é um órgão presente em dois sistemas orgânicos: o sistema respiratório e o digestivo.


Está situada entre o fundo da boca e do nariz, que vai até a laringe (caixa da voz e caminho do
fluxo aéreo) e o esôfago (caminho para o estômago).

Na faringe ocorre a deglutição. Quando o alimento chega a orofaringe, o peso do alimento


associado a musculatura hióidea, faz com que a epiglote (válvula de direcionamento para a
laringe ou para o esôfago) desça, tampe o ádito da laringe e direcione o alimento ou substância
paga o esôfago.

A faringe é subdividida em 3 partes: Rinofaringe, Orofaringe e Hipofaringe.

Estes espaços, quando utilizados no canto como ressonadores, geram diferentes efeitos
acústicos em nossas vozes.

Rinofaringe (antiga Nasofaringe) - pode ser associada ao som de [i]


Orofaringe - pode ser associada ao som de [a]
Hipofaringe (antiga Laringofaringe) - pode ser associada ao som de [u]

O estreitamento ou o alargamento das estruturas da laringe, alteram a amplificação de


harmônicos na voz, valorizando uns e amortecendo outros. Teste as inúmeras coordenações
possíveis do trato vocal, você pode se surpreender com as muitas possibilidades. Dica extra:
Imite muitos cantores e personagens para descobrir novas sonoridades!

Quer ver um vídeo de um cantor aplicando diferentes shapes de trato vocal em uma mesma
música? Surpreenda-se!

Assista ao vídeo!

https://pt.Faringe#/media/File:Illu_pharynx.jpg
Rouvière, H. e Delmas, A. Anatomie Humaine Masson, Paris, 14ª Edição, 1997 ISBN 2-225-85472-6 https://pt.wikipedia.org/wiki/Faringe

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Boca

Lábio Superior

Gengiva

Palato Duro
Arcada Dentária Superior
Palato Mole
Amígdala Faringe

Língua Úvula

Arcada Dentária Inferior


Soalho

Lábio Inferior

Em nossa cavidade bucal temos vários elementos que também moldam o som, trazendo
diferentes possibilidades sonoras. O Palato (céu da boca) possui sua parte dura mais a frente,
chamada palato duro. Mas o palato, possui também uma parte flexível, onde fica
a úvula (campainha) mais atrás. Essa parte chama-se palato mole. Ele pode erguer-se e
abaixar-se durante a fala e durante o canto, trazendo à tona diferentes harmônicos e
ressaltando diferentes frequências.

Outro elemento importante que modifica drasticamente os espaços no trato vocal é a língua. Seu
posicionamento pode mudar drasticamente o resultado sonoro, amplificando ou amortecendo
diferentes harmônicos.

Outros fatores que influenciam o formato do trato vocal:


- A abertura da boca graças a articulação temporomandibular (ATM),
que liga o maxilar inferior ao osso temporal do crânio;
- Músculos da face, abrindo um sorriso largo ou fazendo uma
protrusão frontal, como num bico de [u].

<a href='https://www.freepik.com/free-vector/a-set-of-human-mouth-a

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O Alfabeto Fonético Internacional - AFI / IPA
/ˈmænjʊəl/
Por um acaso você já foi procurar uma palavra no dicionário e encontrou algo assim ao lado
dela?

Neste caso utilizaremos a palavra manual, em inglês: manual /ˈmænjʊəl/

Se já viu algo do tipo, então você já se deparou com o Alfabeto Fonético Internacional (AFI)
ou em inglês The International Phonetic Alphabet (IPA).

Esses símbolos são comumente encontrados em dicionários bilíngues. Isto porque o AFI foi
criado para através de símbolos, remeter a todos os sons fonéticos utilizados em todos os
idiomas do planeta.

Levemos em consideração, que o formato das letras e dos fonemas são apenas diferentes
coordenações no formato do trato vocal. Sendo assim, sugerir vogais do alfabeto fonético
para nossos alunos conquistarem mais leveza, mais densidade ou mais brilho etc, pode ser
uma boa estratégia para alterações no trato vocal de forma simples, prática e rápida.

vogais do alfabeto fonético internacional

Clique AQUI para acessar o site e conhecer os sons!

imagem: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto_fon%C3%A9tico_internacional

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Com preendendo m elhor o AFI / IPA
Logo, compreenda o Alfabeto Fonético Internacional como uma excelente ferramenta para
aprender a pronúncia de palavras em qualquer idioma do mundo, já que ele se atém a
sonoridade e a entonação de sons. Mas ao mesmo tempo pode ser uma "big" ferramenta para
manipularmos o trato vocal a partir do som!

Geralmente os símbolos do AFI aparecem entre colchetes como por exemplo na vogal [i] ou
entre barras como na palavra /ˈmænjʊəl/ .

Quando nos depararmos com estes sinais, saberemos que estamos nos referindo a sons
fonéticos, ou seja, nos sons da fala. E não necessariamente na forma com que a palavra está
escrita, independentemente do idioma. Uma vogal i nem sempre terá som de [i].

Vamos entender na prática?


Cante lentamente este trecho e observe o som de suas vogais. Perceba como são
diferentes da escrita:

"percebe, e entende que os melhores amigos, são aqueles que estão em casa..." (trecho da
música Tua Família, Anjos de Resgate)

É possível que você tenha cantado algo como:


"perceb/i/ /i/ enten/dʒi/ qu/i/ /u/s melhores amig/u/s, são aquel/i/s que estão em cas/ə/..."

Visite agora um site de AFI e clique nos símbolos entre as barras.


http://www.internationalphoneticalphabet.org/ipa-sounds/ipa-chart-with-sounds/

Entendeu? Claro que todas as letras aqui poderiam ser substituídas por símbolos do alfabeto
fonético. Mas aqui só escolhi algumas para que você percebesse as alterações de vogais que já
fazemos no nosso dia a dia, seja cantando ou falando. Já parou pra pensar que os diferentes
sotaques são oriundos de diferentes formatos de trato vocal?

Se fôssemos seguir ao pé da letra a pronúncia das vogais do português, do jeito que


aprendemos no jardim de infância, teríamos que cantar assim este trecho: "percebÊ Ê entendÊ
quÊ os melhores amigÔs ... "

E isso não quer dizer que se cantássemos desta forma estaríamos cantando incorretamente. Em
algumas regiões do Brasil talvez o cantor, devido a um regionalismo ou escolha estética poderia
utilizar estas vogais, ou seja, estes formatos de trato vocal.

<https://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto_fon%C3%A9tico_internacional

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O trato Vocal - Considerações Finais
Existem métodos que servem-se apenas do AFI para moldar o trato vocal, e gerar
determinada sonoridade. Outros métodos se servirão da estratégia do ensino
anatomofisiológico para que o aluno adquira propriocepção (percepção física) do seu trato
vocal.

Ou seja, há quem molde o trato vocal pela referência do som da vogal e há quem molde o som
através da propriocepção.

No nosso caso, teremos as duas ferramentas na maleta. Levemos em consideração que não
existe método definitivo e completo - nem mesmo o nosso. O que existe é um método disposto a
evoluir com as necessidades de cada tempo, atento ao que surgir de novo nas ciências vocais ou até
mesmo na música contemporânea.

Esse é o nosso desafio para com a técnica vocal. Com humildade, devemos nos manter
flexíveis e dispostos a nos "modernizar", para obter sempre melhores, mais rápidos e
incisivos resultados. Afinal esse é o objetivo principal, não é?

Outro fator importante é que cada aluno tem uma forma de aprender. Para uns, a anatomofiosiologia
e as explicações não são tão efetivas.
Para outros - assim como este aluno que vos escreve - esta compreensão é necessária. Cabe ao
professor testar e discernir quais as linguagens mais úteis para aquele aluno ou situação, extraindo
assim os melhores resultados!

Esperamos tê-lo (a) ajudado nestas questões acerca do fenômeno voz! Para uma compreensão mais
prática, contate-nos e conheça o nosso treinamento online Vocal Coach Essencial.
Um forte abraço!

Atenciosamente,
Caio Freire - Vocal Coach fundador MMV.

E você? Gostaria de se aprofundar nos estudos do nosso método? E que tal


tornar-se um Vocal Coach licenciado Modern Mix Voice?
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Sobre o autor:
CaioFreire
@caio__freire

Fundador e master teacher do Modern Mix Voice (MMV), método que


propõe soluções práticas e incisivas para os mais variados tipos de vozes,
à luz da biome-cânica vocal.

Participou de diversos cursos e capacitações na área vocal, tendo


estudado com os principais professores de canto do Brasil.

Foi aluno da técnica IVA (Institute for Vocal Advancement) com o professor
Rafael Barreiros (IVA coordinator) além de ter participado de workshops,
masterclasses e aulas com renomados professores de canto internacionais
como: Spencer Welch, Dean Kaelin, Keneth Bozeman entre outros.

Estudou piano clássico com professora Maria Luiza Zani e atualmente é


aluno de piano MPB/Jazz do professor Eduardo Gobi.

Na área de coaching e desenvolvimento pessoal, é certi cado Leader Full Power.

É professor de canto há 10 anos e atende mais de uma centena de cantores.


É também mentor de vários professores de canto pelo Brasil, presencialmente
e ao redor de todo o mundo através de aulas e projetos online.
Contribuições e revisão:

FernandaLopes
@fernandalopesfono

Graduada pelo Centro Universitário São Camilo. Pós-graduada


em Voz pelo Centro de Estudos da Voz - CEV. Pós-Graduanda
em Fisiolo-gia do Exercício pelo Centro de Estudos de
Fisiologia do Exercício e Treinamento - CEFIT.

Atualizada em cursos nacionais e internacionais, encontrou na


Fono-audiologia a oportunidade de unir sua paixão pela voz
cantada com a ciência. Possui mais de 9 anos de experiência
entre aulas de siolo-gia da voz cantada, atendimento/assessoria à
cantores, palestras, workshops e atendimento clínico nas grandes
áreas de linguagem, motricidade oral e voz.

Idealizadora do projeto Canto Consciente, organizou um curso


voltado para a atualização técnico-cientí ca e desenvolvimento da
perfor-mance e pedagogia vocal de professores de canto.

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