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M1V1
Obs.: não desanime e tenha paciência, cada voz é única e cada pessoa tem o seu tempo para
desenvolver e descobrir sua voz. Valorize-a, pois sua voz é única!
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Respirar corretamente no canto é 50% de todo o trabalho! Dá base (apoio) a tudo o que
precisamos.
1. Faça alongamento:
2. Após, inspire e solte com som de F com boca em posição de sopro como que
“fuuuuu...”
3. Encha o abdômen de ar, ocupando todo o espaço: inspiração enchendo o abdômen de
ar e soltando o ar pela boca (o abdômen expandirá e encolherá) – solte com o som de
F soprando
Sustentação
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Alongamento
1. Inspire fundo e solte todo o ar. Estique os braços para cima; olhe para cima e olhe para
baixo; jogue os braço para a direita e depois para a esquerda.
2. Solte os braços e gire os ombros; puxe um braço, após, puxe o outro
3. Levante a cabeça e após abaixe, encostando o queixo no peito
4. Puxe a cabeça para um lado, após para o outro, para cima e para baixo
5. Gire a cabeça devagar, para a esquerda, depois para a direita; após, levante e depois
abaixe a cabeça devagar
6. Faça massagens no rosto com a ponta dos dedos, desça para o pescoço
7. Faça movimentos fortes de mastigação
8. Relaxe a mandíbula e faça novamente o AAAAAA longo... nota a diferença!
Após o alongamento
Percepção Musical
Propriedades do Som
Altura: define se o som é grave ou agudo. (aumentar ou baixar o tom de uma música é um uso
dessa propriedade – no caso de transferir uma nota mais grave para uma mais aguda, nota-se
a movimentação (subida) do palato – portanto, no caso de “subida” de nota, é necessário
impostação vocal, ou seja, a respiração precisa de mais apoio e a articulação precisa ser maior,
abrindo mais a boca para o palato ter mais espaço. A altura tem o sentido de direção.
Exercício de altura: imaginar e uma nota semelhante a uma sirene, que fará um
movimento circular: começará grave, ficará bastante aguda e voltará para a nota inicial;
inspirar e executar esse exercício.
Intensidade: define-se como forte ou fraco, peso, voz potente ou não potente; entende-se
também como “volume”.
Duração: entende-se por notas curtas ou longas. No caso da voz, é necessário trainar o
músculo para ter agilidade.
Timbre: é a singularidade, a “cor” do som. No canto, uma mesma pessoa pode usar diferentes
tipos de voz , de acordo com a mensagem que deseja passar.
Obs.: vale lembrar que o canto popular é diferente do canto clássico/erudito/antigo em uso de
ressonância, pois o canto popular conta com o apoio de aparelhos (microfones etc) e o canto
clássico não (óperas, corais etc), portanto, o estudo toma uma direção diferente.
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Treino de Ressonância
Os espaços
Exercício 1: ao som da nota A (Lá) no violão ou A2 no teclado, vocaliza-la com a boca aberta,
procurando em que região está a nota está vibrando (estará vibrando no peito). O som sairá
com “aaaaa...” Após, inspirar, criar espaço, imaginando que a cabeça é um espaço vazio e
somente terá a voz lá dentro que aos poucos vai preenchendo o espaço; fechar a boca (quiusa)
e vocalizar a mesma nota A, porém sem forçar a vocalização. O som sairá como
“ummmmmm...”. Para que o exercício de boca quiusa seja eficaz, é necessário inspirar, pegar o
apoio do diafragma, fazendo a contração e trazendo para a máscara*. Fazer a vocalização por
5 segundos ininterruptamente. É normal sentir uma “coceira” nos lábios durante o exercício.
Note que nos exercícios realizados no sentido horizontal (1 e 3), a voz sai mais clara e,
com o exercício 2, no sentido horizontal, a voz sai mais redonda e encorpada. Apenas com a
posição da mandíbula mudando, notam-se dois espaços usados.
Exercício 4: realizar o exercício 1, porém, subindo de meio em meio tom até chegar a 3
semitons, do mais grave para o mais agudo. Quanto mais agudo fica, a tendência é ficar
horizontal; faça o último semitom sorrindo.
Exercício 5: vocalizar, sorrindo, a vogal ‘i’ com as notas B2 e D#3 (Si e Ré sustenido), sempre
subindo de tom (pode ser executado no violão). Quanto mais as notas ficam agudas, mais
espaço é exigido. É, automaticamente, necessário abrir mais a boca.
Observe a colocação de cada nota, como a cor de cada voz e cada vibração muda. Nota-se a
troca de espaços e regsitros.
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Registros são os espaços que a voz ocupa dentro de nosso corpo e dentro de nossas cavidades
de ressonância. Ressonância trata-se de como nossa voz será projetada e ouvida. Existem 6
registros vocais os quais podemos nomear de uma maneira geral.
Pode-se dizer que todos os ossos do nosso corpo vibram quando estamos cantando. E são as
cavidades que influenciarão em nosso timbre de voz, porém o timbre pode ser mudado
através de articuladores; podemos, voluntariamente e como desejarmos, mudar nosso timbre
(mais aberto, mais fechado, suave, rasgado etc), porém isso depende de como usaremos a
ressonância.
Os registros serão trabalhados de acordo com a altura das notas, ou seja, médio, agudo e
grave em relação a nossa voz. Cada registro tem a ver com a movimentação da musculatura.
Com exercícios e preparação, nossa musculatura ganhará novas habilidades e adaptações. Por
exemplo, notas graves encontram-se na região da voz falada e, para atingir um grave no canto,
é necessário relaxar a mandíbula.
Exercício 1: imaginar que sua voz é uma escada muito comprida. No primeiro degrau começará
a primeira e mais grave nota de sua extensão vocal. Cada vez que se sobe um degrau,
aumenta-se a altura da nota. A cada nota desse degrau é necessário um espaço interno
diferente para ressoar cada nota.
Exercício 2: fry - vocalizar o registro vocal mais básico, chamado fry. Esse registro possui uma
frequência clara e nã é claramente compreendido. Seria semelhante a uma vogal “a” com
ronco. Usa-se muito em música americana, pop, rock, em técnicas como rock gutural, drive
etc. Veja exemplos de canto fry na internet. Ao fazer o exercício, note que são como ‘bolinhas
de ar’ que saem aos poucos ao fazer o som. É mais fácil para a voz masculina executar a
técnica, pois se encontra em uma região mais grave. No verso “i heard that your dreams came
true” de Adele, percebe-se o uso da técnica. O fry, além de ser um ornamento para o canto,
serve como aquecimento para limpar preparar e relaxar a voz.
(São exemplos de registros de voz mais usados em nossos dias, os quais possuem frequências
de notas bem definidas)
Voz de peito: é o registro mais grave, onde estarão as notas mais graves de nossa extensão
vocal. Está localizada entre a clavícula e o diafragma. Alcança até certa altura, após não é mais
possível executar pelo peito e é necessário conduzi-la para outro espaço. É a sensação de que
faltou ar e não é mais possível cantar a nota.
Exercício de voz de peito 1: vocalizar ‘aaaaa’ em G3 colocando a mão sobre o peito e sentindo
a vibração. Após, medir onde começa e até onde vai sua voz de peito, ou seja, até onde vibra
dentro de sua região mais grave.