Você está na página 1de 10

RESENHA

Por
Kátia Gally Calabrez

ARAÚJO, Marconi, Belting contemporâneo – Aspectos técnico-vocais para Teatro Musical


– Volume (1ª. Edição). Brasília/DF: MusiMed, 2013. ISBN 978-85-7092-046-1.

O autor ARAÚJO, é maestro, compositor, vocal coach, diretor musical e cantor; é


pioneiro do Belting contemporâneo no Brasil, um dos mais reconhecidos diretores
musicais e vocais do pais, com trabalho em Teatro Musical, televisão e cinema.
A obra proporciona um guia para o estudo da técnica Belting, é uma fonte única
sobre o tema em português, aborda as variadas sonoridades do belting e como aplica-las
como aprimoramento artístico de profissionais do Teatro Musical e Música Pop.
O uso indiscriminado de vocalizes sem um propósito eficaz e específico não faz
parte deste propósito de ensino. A vocalidade sadia vem do desenvolvimento de
diferentes fatores. A combinação desses vários fatores e seu desenvolvimento individual e
em conjunto são considerações primordiais para a otimização da voz cantada na visão
técnico-vocal.
Os músculos intrínsecos da laringe são adutores, abdutores e tensores das pregas
vocais. Os músculos Cricotireóideos (CT) são os tensores responsáveis pelo alongamento
das pregas vocais durante a emissão de tons agudos e que os músculos tireoaritenóideos
(está) são responsáveis pelo encurtamento das pregas vocais durante a produção de tons
graves. As características físicas destes músculos com relação a suas características
inatas: força de explosão (está) e resistência (CT). Os músculos Cricotireóideos
posteriores (CAP) como únicos abdutores das pregas vocais, a importância destes na
regulagem da pressão subglótica e controle dos registros. Os Cricotireóideos laterais
(CAL), dos Aritenóideos (AA) e dos Tireoaritenóideos externos (TA externo), muito
importantes no fechamento glótico e na regulagem da pressão subglótica.
Sem muito treino em junção de registros possuem uma quebra brusca entre o peito
e a cabeça (clec). Para homens e mulheres: registro basal ou fry (aquele cuja participação
de TA é quase absoluta), registro de peito (o registro modal com mais participação de TA
e menos CT), Registro médio (o registro modal com maior equilíbrio na participação de TA
e de CT, onde normalmente se encontra o clec em cantores não treinados em junção de
registros), registro de cabeça (o registro modal com mais participação de CT e menos de
TA), registro elevado ou falsete (aquele cuja a participação de CT é quase absoluta).
Os músculos extrínsecos da laringe ajudam na elevação ou abaixamento da
mesma, facilitando o seu uso de acordo com o equilíbrio entre altura e intensidade sonora
dentro dos estilos vocais. O posicionamento da laringe no Belting contemporâneo é
completamente diferente do posicionamento da mesma no chamado Belting Tradicional.
O exercício de abaixamento da laringe deixará seu músculo esternotireóideo (ET) sob seu
comando, proporcionando uma sensação de mais conforto sempre que necessário. A
elevação da laringe favorece um aumento da adução glótica por constrição do tipo
esfinctérica, a decida da laringe causa redução da adução glótica. A laringe baixa e
empurrada gera condições fáceis de serem detectadas. A laringe excessivamente elevada
é prejudicial e a laringe abaixada com esforço também o é.
Segundo os teóricos da voz a combinação de fechamentos glóticos, velocidade de
passagem do ar na glote e a pressão subglótica consequente pode gerar timbres
específicos e, o descontrole dos mesmos, o desenvolvimento de patologias. O
conhecimento destes fatores fará com que o cantor tenha toda a maleabilidade para
trocar de estilos, se quiser, sem que haja um descontrole dos outros aspectos. O
conhecimento profundo do chiaroscuro (brilho-escuro de tom, parte escura e bilhante
numa textura complecxa de ressonância vocal), ter a sua caracteristics equilibrada,
resultante da voz, de acordo com a fisióloga particular de cada indivíduo.
Apoio é um conjunto de manobras, associadas e coordenadas para sustentar a voz
cantada. Os pulmões se enchem de ar, o comando é dado não para o diafragma, mas
para a musculatura abdominal e intercostal, para facilitar a expulsão correta do seu ar,
deixar o ar sair, sustentado nas costelas. Apoiar sem dor. A contração excessiva da
musculatura abdominal associada a retenção glótica descontrolada possui um efeito
terrível sobre o som e sua saúde vocal.
Perde-se os graves por fazer força nas notas agudas e estressar a laringe,
tornando difícil o relaxamento necessário para a emissão dos graves, que devem ter
menos pressão e mais ressonância. Perde-se os agudos quando os graves estão
pesados e o cantor tenta levar este peso até as notas altas sem respeitar suas
passagens. Na zoa de passagem deve haver uma acomodação do sopro para facilitar o
equilíbrio dos músculos intrínsecos da laringe.
A voz, em sua formação, é o produto de duas forças: uma de propulsão e uma de
retenção. Uma voz saudável administra bem o equilíbrio dessas duas forças sem
sobrecarregar nenhuma delas. Depois de sua formação, para que a voz tenha projeção e
cor, deve começar o domínio da ressonância, finalizando o que chamamos de voz
otimizada. O estudo do canto em três etapas: propulsão, formação e ressonância.
A propulsão da voz vem do sopro. O domínio de todos os músculos participantes
em um sopro equilibrado é vital para a comunicação do processo fonatório no canto.
Manuseio da respiração e por consequência, apoios diferenciados. A melhor maneira de
não sobrecarregar a pressão glótica, o apoio no floating (flutuando). A voz precisa estar
firmemente sustentada pelo sopro, mas muitas vezes confunde-se sustentação com força.
Incentivar o apoio para minimizar o trabalho da laringe, termina sobrecarregando a glote.
O aumento da pressão subglótica e o aumento significativo do fechamento glótico,
causados por essa tentativa errônea de apoio, podem significar retenção excessiva de ar.
Vozes sem suporte tendem a não afinar, ter frases curtas e perderem a qualidade com o
tempo. A manobra de floating consiste em encontrar o equilíbrio necessário do binômio
propulsão-retenção, sem mais nem menos pressão do que a necessária a uma boa
fonação. Mantendo o osso esterno levemente elevado (respirar elevando os braços acima
da cabeça e manter o esterno nessa posição), ombros baixos, abrir as costelas na direção
horizontal, o cantor deve inspirar sem mudar a postura e em silencio, ficar em apneia por
alguns instantes; durante a expiração tentar manter essa postura e a sensação de apneia,
soltar o ar de uma maneira equilibrada como se esta coluna de ar estivesse flutuando
para fora e não sendo empurrada. A abertura correta das costelas proporciona uma
melhor descida do diafragma. Permitindo à musculatura abdominal trabalhar ajudando no
apoio, mas sem esforço (apoio costal-diafragmático).
A formação do som (retenção / fonte) propriamente dita se encontra na glote. A
retenção que acontece durante a adução, é a força opositora da propulsão do ar. É neste
estágio que a voz se forma, não sobrecarregar o músculo vocal por falta de sopro ou por
excesso. Um dos fatores primordiais para este equilíbrio é o uso do floating na propulsão
e a manutenção do attacco del suono, encontrar o equilíbrio dos músculos intrínsecos
para obter um bom fechamento glótico, equilibrado e sem esforço.
Ressonância (filtro) tem o objetivo de terminar a otimização da voz, amplificando-a,
dando a ela seu timbre particular, com a projeção necessária para a ação dramática.
Basicamente usaremos a laringofaringe, orofaringe e rinofaringe como principais
ressonadores. Usamos a ressonância orofaríngea, mas sem o descarte da ressonância,
próxima ao pescoço e dos ressonadores paranasais. Diversos elementos trabalham no
ajuste dessas ressonâncias: língua, lábios e palato mole e musculatura extrínseca da
laringe, que elevara ou abaixara a laringe, aumentando ou encurtando o espaço
laringofaríngeo. Para cada sub-registro, alguns desses elementos serão trabalhados e
combinados direcionando assim a otimização da voz dentro do estilo vocal pretendido,
buscando a unidade de todos os registros e cores. As importâncias das vogais nos
ajustes das ressonâncias. Não devemos usar mudanças apenas vocálicas, mas também
associá-las à musculatura usada, para que se compreenda o que está fazendo. Não
devemos confundir vogais timbrísticas com vogais articulatórias. O uso do ciclo de vogais
Hellawag (labiais, linguais e mistas) para ajudar o cantor e otimizar o timbre, fazendo que
este articule as vogais por todo o ciclo, sem muita alteração na cor geral da voz. O uso
das vogais tímbricas permite abrir as cavidades, elevar os músculos através das
tentativas de reprodução dessas vogais dentro do trato vocal e não utilizando apenas
línguas e lábios. Não confundir aumentar uma ressonância com o aumento de uma
constrição esfinctéria, ou elevação excessiva da laringe. Buscar o máximo de ressonância
com o máximo de conforto. Para buscar as ressonâncias necessárias a cada sub-registro,
necessitamos de exercícios específicos. Isso deverá ser feito segundo as características
década sub-registro, e sua interação com cada ressonância: laringofaríngea, orofaríngea
e rinofaríngea. Todo e qualquer exercício deve ser adaptado ao trato vocal individual de
cada cantor. O cantor tem que ter conhecimento de todas as possibilidades de sua voz,
poderá ser instrumento mais maleável e imprimir uma interpretação mais ricas de
nuances.
Exercícios: respirar como se estivesse sugando um espaguete, processo de
sensação de apneia; após alguns segundos, deixar o ar sair e não empurrá-lo, como por
inercia (apoio no floating), a quantidade da saída de ar deve ser mínima.
O abaixamento laríngeo causado pelo exercício do espaguete, já é o bastante para
começar a amplificar o som (ressonância laringofaríngea [u]). Com a adição da elevação
velar (ressonância rinofaringea [i]) as cavidades supraglóticas começam a funcionar como
ressonadores; aumente o espaço dos pilares da faringe e também da boca (ressonância
orofaríngea [a]), para que o som saia com mais cor e firmeza, mas ainda sem o aumento
de pressão sobre a glote. Sentir os músculos esticando se torna fácil, mas para mantê-los
esticados; consciência e tônus a estes músculos para serem usados automaticamente.
Mudanças em aspectos específicos como: pressão subglótica, abaixamento laríngeo e
ressonância poderão criar um ambiente favorável ao desenvolvimento de um pretendido
estilo.
Ataques e manutenção do sopro (propulsão/retenção), o ataque vocálico
desempenha papel importante na manutenção deste equilíbrio. O ataque mais comum
seria o semisuave. Quando iniciamos uma nota usando este ataque a pressão na glote é
minimizada para a menor pressão possível para que não haja escape de ar. Sensação de
conforto. A voz é emitida sem que haja retenção excessiva ou escape de ar, favorecendo
a sensação do floating. As circunstancias na vida real podem levar o cantor a fazer uso
dos outros ataques, mas depois que ele já estiver familiarizado com o attacco del suono,
tudo ficará mais fácil. A medida que o volume for aumentado, a sensação correta deve ser
essa. A manutenção dos ataques faz o papel de regulador da pressão subglótica e, por
consequência, da musculatura intrínseca envolvida. O ataque fry, seguido de scoop faz
com que esse relaxamento de pressão se mantenha na nota de chegada. O som desse
recurso é excelente para resolver tensões em notas agudas e para fazer com que
passagens não se tornem aparentes.
O contra-apoio é uma manobra vantajosa no controle de sustentação da voz. Logo
após a inspiração e durante o floating, colocar o abdômen para dentro. A sensação deve
ser de esconder o abdômen e não pressioná-lo. Mezzia di voce é ter certeza de não
tencionar o abdômen, somente escondê-lo. Ao executar o contra-apoio impedirá o
abdômen de fazer força, relaxando ainda mais o sopro e mantendo o epigástrio solto e
livre de tensões. O auxilio que proporciona no aumento do aproveitamento do ar. A
sensação durante a sua execução deve ser a de não estar mais cantando. A voz parece
estar com a ressonância muito alta e sem a participação da laringe.
O belting dentro de suas regiões vocais, são chamadas de registros e sub-
registros. Usaremos todos os ressonadores possíveis para aumentar projeção das
sonoridades, alguns ressonadores favorecerão uma ou outra sonoridade. A sua utilização
e combinações no desenvolvimento dos registros.
O belting antigo está mito mais associado a voz de peito do que registro médio o
Belting contemporâneo há predominância de atividade foi está, embora não seja apenas a
ação do TA que dite o equilíbrio do som do belting. A ação do CT está presente e sua
participação aumenta durante a ascensão da altura. Quando a laringe é elevada e a
faringe ligeiramente estreitada, o resultado acústico é uma elevação nas frequências de
todas as formantes, que então produzem um brilho extra no som (Pure Belting).
Belting, uma voz de laringe um pouco mais alta, de espaço faríngeo mais restrito
resultando acusticamente em um som muito brilhante (Pure Belting). A participação
muscular é predominantemente de TA, mas com muita participação de CT, dentro do
registro modal médio onde o TA já permite mais alongamento pelo CT, e não no registro
de peito! A base da ressonância é orofaríngea. A sua pressão subglótica é intensa,
cuidado com o fechamento excessivo da glote deve ser constante. Diminuir a pressão
subglótica conscientemente aumentara a participação do CT no Belting final, aliviando
tensões e tornando o belting mais saudável, resistente e eficiente. O controle do
abaixamento laríngeo é necessário para a manutenção do posicionamento da laringe.
Esse controle é válido para evitar constrições excessivas e desconforto. O uso das
cavidades supraglóticas interferirá no timbre final desse belting adequando ao tipo de fala.
Em outras palavras, não utilizando apenas a orofaringe como ressonador.
O belting contemporâneo como ajuste de equilíbrio TA/CT, toda e qualquer
produção do registro modal médio sob o comando de TA pode ser considerada Belting
por definição.

Top Belting: sub-registro que possui uma passagem (comum em muitos outros
registros como de peito e cabeça). Ainda dentro do registro modal médio, por volta do
Sol3, o TA precisa fazer um ajuste permitindo mais alongamento do CT, caso contrário o
belting resultante poderá ter muita massa de TA e não subir efetivamente. A diminuição
consciente da pressão subglótica nesta região, garantira que chegue a notas como Do#4
ou até Mi4.
Speaking Belting ou Soft Belt ou Voz Mista. É uma voz de laringe média e espaço
faríngeo maior que o do Belting, resultando em um som um pouco mais redondo. A
participação muscular é predominante de CT, mas com muita participação de TA, dentro
do registro modal médio, mas não mais sob o comando do TA, que já permite maior
alongamento e comando do CT. Não se encontra ainda no registro modal de cabeça. A
base da ressonância é rino-orofaríngea. A pressão subglótica é menos intensa que no
Belting e o seu sopro mais forte, portanto, ao fazer uso desse sub-registro o cantor deve
cuidar do equilíbrio da pressão subglótica aumentando a participação de adutores tais
como TA externo. O aumento da pressão subglótica dará ao timbre uma característica
brilhante se assemelhando ao belting e possibilitando transições mais suaves entre
Belting e Speaking. Poderá haver a necessidade de elevação laríngea principalmente nas
partes mais agudas do sub-registro para que a intensidade do timbre esteja em
conformidade com o belting e não ocorra o risco de se tornar uma voz de cabeça. A cor
geral deste sub-registro deve ser sempre comparada a do Belting, mesmo que a sua
formação seja distinta em borda da prega, massa e comando muscular.
Health Belting é um ajuste do Speaking assim como o Top Belting é um ajuste do
Belting, não havendo realmente mudança de registro (borda da corda vocal). A
necessidade de mais potência se tornar mais estridente e agressiva, alguns ajustes
deverão ser feitos. O aumento do fechamento glótico, a elevação da laringe (em níveis
confortáveis), o aumento da pressão aérea, o aumento de adutores como TA externo,
CAL, AA, poderão resultar numa voz potente semelhante ao Belting (porém muito mais
confortável, pois tem o comando do CT). Não possui tanta massa de TA interno na sua
produção.
Vozes Masculinas: Subgrave (região externa grave da voz, o registro de peito, sob
o aumento de músculos adutores – TA externo, CAL, AA – apresentar mais ponta;
tessitura da nota mais grave até La2). Voz plena (região média podendo se estender até
os médio-agudos, onde o registro modal se estabelece. Associada à região falada do
homem. Uso da meia cobertura, imitantíssimo para o desenvolvimento desta região sem a
perda da característica falada ada voz). Coverd Belting e Pure Belting (voz de laringe
mais alta; possuem o mesmo sopro, diferenciados, pelo uso distinto da ressonância e
posição da laringe. O purê belting som penetrante e metálico. O Coverd Belting, posição
da laringe levemente mais baixa, permite a manobra da cobertura, sonoridade mais
redonda e mais leve). Speaking (falsetone falado) e Health Belting (possuem mesmo
registro médio com comando de CT, diferenciados pela mesma cor vocal e potência. O
Speaking soa como uma voz falada, mas no falsetone, normalmente doce e sem a
cobertura. O Health Belting é um tipo de Speaking que é um som mais metálico, mais
próximo do purê belting, mas ainda com predominância do CT e do TA, a elevação da
laringe é de grande valia, alterando as formates e metalizando o som).
Vozes Femininas: Voz de Peito (registro modal de peito, região mais grave até
médio-grave. Tessitura da nota mais grave até Mi3, nunca passa do Lá3. Registro Rico,
com posição laríngea mais baixa que o belting e mais massa de TA que no registro
médio, mais pesado; ser utilizado para aumentar a cor dos graves, mas sem subir muito).
Coverd Belting e Pure Beting: voz de laringe mais alta. Ambos com o mesmo sopro e
participação predominante de TA, mas com muita participação do CT, diferenciados única
e exclusivamente pelo uso distinto da ressonância e posição da laringe levemente mais
baixa, permitindo a manobra da cobertura, tornando a sonoridade mais redonda e mais
leve. Tessitura de Lá2 até Dó#4). Speaking e Health Belting (mesmo registro modal médio
com comando de CT diferenciados pela cor vocal e potência. O Speaking soa como uma
voz falada, próxima do registro de cabeça. Health belting som mais metálico, mais
próximo do purê belting, com predominância de CT e adição de adutores como TA
externo, CAL e AA; elevação laríngea é imprescindível na caracterização deste som.
Tessitura Mi3 até Fá4/F#4. Top Voice inicia logo quando a voz de cabeça deixa de ficar
falada. Sub-registro do registro modal de cabeça; usado em legit voice (Dó#5). Whistle
tone: som se assemelha a um assovio, pode alcançar até Dó6.
Desenvolvendo os sub-registros: começar pelo Speaking, registro médio sob o
comando de CT, mais próximo do Registro de Cabeça. Começamos pelo Pure Belting e a
medida que a voz de peito se tornar mais leve e saudável, vamos introduzindo o
Speaking. O trabalho do Coverd Belting facilitará o desenvolvimento do Speaking.
Basicamente a voz de peito é uma voz mais pesada, onde a massa de TA é maior, e a
voz de cabeça é uma voz mais débil, onde a massa de TA é menor. Isso torna esses dois
registros muito afastados gerando um Clec, não só sonoro, mas também de intenção
dramática. O trabalho à ser feito é: diminuir a pressão glótica na voz de peito, diminuindo
a massa de TA e aumentando a participação de CT na produção, transformando essa em
Belting (registro médio sob comando de TA). Aumentar o tônus da glote na voz de
cabeça, aumentando a participação de TA e o fechamento glótico, tornando-a mais
potente e transformando-a em Speaking (registro médio sob comando de CT). A medida
que o registro de peito vai se transformando em Belting, o registro de cabeça tende a ter
mais adução, mais tônus, mais participação do TA e se converte em registro médio. A
medida que esse vai ganhando tônus o clec para o belting vai sendo minimizado,
tornando-o cada vez menos perceptível. Começando pelo Speaking, cantar no registro de
cabeça sons mais redondos, sonoridade rica e potente; o espaço faríngeo é muito
importante para esta sonoridade. O tônus se estabelece, mudar a cobertura para meio-
cobertura. O palato mole se eleva, leve elevação do dorso da língua e um abaixamento da
laringe; a sensação do som estar na boca e não elevado para a cabeça (Dó#3-Dó#4 – a-
ha); o mais importante é a cor, mais fechado, aumentar o espaço faríngeo elevado o
palato mole numa direção muito especifica. jogar este som para fora da boca, não
permitindo que fique para dentro, abrir os pilares da faringe. Sonoridade metalizada,
gradualmente, o máximo possível sem a perda de espaço. Uso da passagem de [i] bem
estridente para o [â]; numa nota média aguda. Som oral precisa de abertura bucal ampla,
amplificando, mas sem tensão. Quando o Speaking ficar fluido na fala e com o tônus, a
pressão subglótica terá aumentado, assim como a participação do TA, convertendo o
registro de cabeça ao registro médio com comando de CT e permitindo a ação dos
ressonadores orofaríngeos. A sensação de tônus é gratificante e a sonoridade muito
parecida a um leve Belting. Heltth belting é sequencia do Speaking, estilo heavy metal, o
estiramento da língua para fora da boa e a emissão de um [a] metálico facilmente trará
esse registro à tona. Retornando a posição da língua, ajustando a mesma dentro da boca
relaxadamente sem perder a sonoridade; vocalizes de graus conjunto descendentes de
uma quarta justa, usando o ditongo [Uae] amentara o fechamento glótico através dos
intrínsecos dando tônus ao health belting até o grave; depois escurecer usando [ue].
Melhor momento do desenvolvimento do purê belting. A pressão na glote deve ser
minimizada ao máximo, ataque suave; cantar mais sexy do que forte; facilitando para o
Top Belting, deixando ainda mais seguro o seu uso. A sensação de preguiça, não leva o
registro de peito para agudos. A força dramática do som virá pela amplificação nas
cavidades orofaríngeas. A sensação sonora é de estar achatando o som na boca e não
amplificando. A ponta do som que o amplificará. Vocalize usado também wenhawenha.
Transportar o som para o nariz, tornando-o muito anasalado. A vogal de cat [ae], não
pode soar nasal.
A nasalidade tira a qualidade do som, diminuindo a projeção. A boca no Speaking
tem espaço quadrado, como se amplificar o som em todas as direções. A boca no pure
belting tem aspecto retangular. Risada de bruxa, sensação a boca, com completa
horizontalidade. Coverd belting é muito especifico na voz feminina; parte do purê belting,
usando a cobertura winhawinha, elevando a ressonância um pouco e tentando buscar
conexão como Speaking [i], [u], [ã]. O uso da combinação Coverd belting-Speaking-top
voice cria uma sonoridade final que os americanos chamam de legit voice. O sub-registro
whistle tone ao aumento do espaço faringe na região aguda para a produção do sim
inteiro na cabeça e não somente do whistle tone.
Soul belting – a voz da diva é uma derivação, com alguns ajustes do Pure belting
somando a uma parte aguda em health belting; um destes ajustes será a manipulação do
vibrato, sonoridade afro-americana. É um tipo de pure belting, com meia cobertura
masculina, retarda a elevação laríngea permitindo a cantora subir mais uma quarta na
tessitura de belting, deixando que a sonoridade de purê belting só se estabeleça no limite
agido da mesma. O uso do straith tone associado a meia cobertura leve é essencial para
a maciez de sopro no floating. Esta manobra fara com que a cantora possa controlar seu
sopro e que a voz não pese. A sensação de voz na boca, tom proporções gigantes. Uma
das vantagens desse registro é a conexão mediata que faz com que o registro superior do
Health belting. O resultado do som da meia cobertura masculina, sobrecarregada de
wenha, na certeza de um floating perfeito de belting.
A intensidade de fonação pode ser regulada a nível subglótico, glótico e
supraglótico. Ao nível subglótico um aumento da potência aerodinâmica (aumento do
sopro) resulta em um acréscimo da pressão subglótica, aumentando a intensidade
acústica. A nível glótico o aumento da resistência glótica pode influenciar no controle da
intensidade vocal por meio da contração da musculatura adutora da laringe. Com isso
ocorre um alongamento da fase fechada do ciclo vibratório, aumentando a intensidade
vocal. Ao nível supraglótico a ressonância do trato vocal superior tem efeitos importantes
na distribuição espectral de energia acústica. O trato supraglótico pode ser alterado
voluntariamente para modular suas características de atenuação e amplificação do som
glótico. Projeção se resume a buscar a intensidade a nível supraglótico.
[a],[ae] – associadas ao purê belting – vocalize wenhawenha
[i],[u],[ã] – associadas ao Coverd Belting – vocalize winhawinha
[o],[e],[A] – associadas com meia-cobertura masculina – calling
[A] – associada a meia cobertura feminina. Usar vocalize a-hâ.
[ia] – bem estridente (língua estrada para fora) – associada ao health belting – heavy
metal.
[Uae] - associado com o health belting
Vocal fry + [a] – associado ao subgrave.

Você também pode gostar