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Por
Kátia Gally Calabrez
Top Belting: sub-registro que possui uma passagem (comum em muitos outros
registros como de peito e cabeça). Ainda dentro do registro modal médio, por volta do
Sol3, o TA precisa fazer um ajuste permitindo mais alongamento do CT, caso contrário o
belting resultante poderá ter muita massa de TA e não subir efetivamente. A diminuição
consciente da pressão subglótica nesta região, garantira que chegue a notas como Do#4
ou até Mi4.
Speaking Belting ou Soft Belt ou Voz Mista. É uma voz de laringe média e espaço
faríngeo maior que o do Belting, resultando em um som um pouco mais redondo. A
participação muscular é predominante de CT, mas com muita participação de TA, dentro
do registro modal médio, mas não mais sob o comando do TA, que já permite maior
alongamento e comando do CT. Não se encontra ainda no registro modal de cabeça. A
base da ressonância é rino-orofaríngea. A pressão subglótica é menos intensa que no
Belting e o seu sopro mais forte, portanto, ao fazer uso desse sub-registro o cantor deve
cuidar do equilíbrio da pressão subglótica aumentando a participação de adutores tais
como TA externo. O aumento da pressão subglótica dará ao timbre uma característica
brilhante se assemelhando ao belting e possibilitando transições mais suaves entre
Belting e Speaking. Poderá haver a necessidade de elevação laríngea principalmente nas
partes mais agudas do sub-registro para que a intensidade do timbre esteja em
conformidade com o belting e não ocorra o risco de se tornar uma voz de cabeça. A cor
geral deste sub-registro deve ser sempre comparada a do Belting, mesmo que a sua
formação seja distinta em borda da prega, massa e comando muscular.
Health Belting é um ajuste do Speaking assim como o Top Belting é um ajuste do
Belting, não havendo realmente mudança de registro (borda da corda vocal). A
necessidade de mais potência se tornar mais estridente e agressiva, alguns ajustes
deverão ser feitos. O aumento do fechamento glótico, a elevação da laringe (em níveis
confortáveis), o aumento da pressão aérea, o aumento de adutores como TA externo,
CAL, AA, poderão resultar numa voz potente semelhante ao Belting (porém muito mais
confortável, pois tem o comando do CT). Não possui tanta massa de TA interno na sua
produção.
Vozes Masculinas: Subgrave (região externa grave da voz, o registro de peito, sob
o aumento de músculos adutores – TA externo, CAL, AA – apresentar mais ponta;
tessitura da nota mais grave até La2). Voz plena (região média podendo se estender até
os médio-agudos, onde o registro modal se estabelece. Associada à região falada do
homem. Uso da meia cobertura, imitantíssimo para o desenvolvimento desta região sem a
perda da característica falada ada voz). Coverd Belting e Pure Belting (voz de laringe
mais alta; possuem o mesmo sopro, diferenciados, pelo uso distinto da ressonância e
posição da laringe. O purê belting som penetrante e metálico. O Coverd Belting, posição
da laringe levemente mais baixa, permite a manobra da cobertura, sonoridade mais
redonda e mais leve). Speaking (falsetone falado) e Health Belting (possuem mesmo
registro médio com comando de CT, diferenciados pela mesma cor vocal e potência. O
Speaking soa como uma voz falada, mas no falsetone, normalmente doce e sem a
cobertura. O Health Belting é um tipo de Speaking que é um som mais metálico, mais
próximo do purê belting, mas ainda com predominância do CT e do TA, a elevação da
laringe é de grande valia, alterando as formates e metalizando o som).
Vozes Femininas: Voz de Peito (registro modal de peito, região mais grave até
médio-grave. Tessitura da nota mais grave até Mi3, nunca passa do Lá3. Registro Rico,
com posição laríngea mais baixa que o belting e mais massa de TA que no registro
médio, mais pesado; ser utilizado para aumentar a cor dos graves, mas sem subir muito).
Coverd Belting e Pure Beting: voz de laringe mais alta. Ambos com o mesmo sopro e
participação predominante de TA, mas com muita participação do CT, diferenciados única
e exclusivamente pelo uso distinto da ressonância e posição da laringe levemente mais
baixa, permitindo a manobra da cobertura, tornando a sonoridade mais redonda e mais
leve. Tessitura de Lá2 até Dó#4). Speaking e Health Belting (mesmo registro modal médio
com comando de CT diferenciados pela cor vocal e potência. O Speaking soa como uma
voz falada, próxima do registro de cabeça. Health belting som mais metálico, mais
próximo do purê belting, com predominância de CT e adição de adutores como TA
externo, CAL e AA; elevação laríngea é imprescindível na caracterização deste som.
Tessitura Mi3 até Fá4/F#4. Top Voice inicia logo quando a voz de cabeça deixa de ficar
falada. Sub-registro do registro modal de cabeça; usado em legit voice (Dó#5). Whistle
tone: som se assemelha a um assovio, pode alcançar até Dó6.
Desenvolvendo os sub-registros: começar pelo Speaking, registro médio sob o
comando de CT, mais próximo do Registro de Cabeça. Começamos pelo Pure Belting e a
medida que a voz de peito se tornar mais leve e saudável, vamos introduzindo o
Speaking. O trabalho do Coverd Belting facilitará o desenvolvimento do Speaking.
Basicamente a voz de peito é uma voz mais pesada, onde a massa de TA é maior, e a
voz de cabeça é uma voz mais débil, onde a massa de TA é menor. Isso torna esses dois
registros muito afastados gerando um Clec, não só sonoro, mas também de intenção
dramática. O trabalho à ser feito é: diminuir a pressão glótica na voz de peito, diminuindo
a massa de TA e aumentando a participação de CT na produção, transformando essa em
Belting (registro médio sob comando de TA). Aumentar o tônus da glote na voz de
cabeça, aumentando a participação de TA e o fechamento glótico, tornando-a mais
potente e transformando-a em Speaking (registro médio sob comando de CT). A medida
que o registro de peito vai se transformando em Belting, o registro de cabeça tende a ter
mais adução, mais tônus, mais participação do TA e se converte em registro médio. A
medida que esse vai ganhando tônus o clec para o belting vai sendo minimizado,
tornando-o cada vez menos perceptível. Começando pelo Speaking, cantar no registro de
cabeça sons mais redondos, sonoridade rica e potente; o espaço faríngeo é muito
importante para esta sonoridade. O tônus se estabelece, mudar a cobertura para meio-
cobertura. O palato mole se eleva, leve elevação do dorso da língua e um abaixamento da
laringe; a sensação do som estar na boca e não elevado para a cabeça (Dó#3-Dó#4 – a-
ha); o mais importante é a cor, mais fechado, aumentar o espaço faríngeo elevado o
palato mole numa direção muito especifica. jogar este som para fora da boca, não
permitindo que fique para dentro, abrir os pilares da faringe. Sonoridade metalizada,
gradualmente, o máximo possível sem a perda de espaço. Uso da passagem de [i] bem
estridente para o [â]; numa nota média aguda. Som oral precisa de abertura bucal ampla,
amplificando, mas sem tensão. Quando o Speaking ficar fluido na fala e com o tônus, a
pressão subglótica terá aumentado, assim como a participação do TA, convertendo o
registro de cabeça ao registro médio com comando de CT e permitindo a ação dos
ressonadores orofaríngeos. A sensação de tônus é gratificante e a sonoridade muito
parecida a um leve Belting. Heltth belting é sequencia do Speaking, estilo heavy metal, o
estiramento da língua para fora da boa e a emissão de um [a] metálico facilmente trará
esse registro à tona. Retornando a posição da língua, ajustando a mesma dentro da boca
relaxadamente sem perder a sonoridade; vocalizes de graus conjunto descendentes de
uma quarta justa, usando o ditongo [Uae] amentara o fechamento glótico através dos
intrínsecos dando tônus ao health belting até o grave; depois escurecer usando [ue].
Melhor momento do desenvolvimento do purê belting. A pressão na glote deve ser
minimizada ao máximo, ataque suave; cantar mais sexy do que forte; facilitando para o
Top Belting, deixando ainda mais seguro o seu uso. A sensação de preguiça, não leva o
registro de peito para agudos. A força dramática do som virá pela amplificação nas
cavidades orofaríngeas. A sensação sonora é de estar achatando o som na boca e não
amplificando. A ponta do som que o amplificará. Vocalize usado também wenhawenha.
Transportar o som para o nariz, tornando-o muito anasalado. A vogal de cat [ae], não
pode soar nasal.
A nasalidade tira a qualidade do som, diminuindo a projeção. A boca no Speaking
tem espaço quadrado, como se amplificar o som em todas as direções. A boca no pure
belting tem aspecto retangular. Risada de bruxa, sensação a boca, com completa
horizontalidade. Coverd belting é muito especifico na voz feminina; parte do purê belting,
usando a cobertura winhawinha, elevando a ressonância um pouco e tentando buscar
conexão como Speaking [i], [u], [ã]. O uso da combinação Coverd belting-Speaking-top
voice cria uma sonoridade final que os americanos chamam de legit voice. O sub-registro
whistle tone ao aumento do espaço faringe na região aguda para a produção do sim
inteiro na cabeça e não somente do whistle tone.
Soul belting – a voz da diva é uma derivação, com alguns ajustes do Pure belting
somando a uma parte aguda em health belting; um destes ajustes será a manipulação do
vibrato, sonoridade afro-americana. É um tipo de pure belting, com meia cobertura
masculina, retarda a elevação laríngea permitindo a cantora subir mais uma quarta na
tessitura de belting, deixando que a sonoridade de purê belting só se estabeleça no limite
agido da mesma. O uso do straith tone associado a meia cobertura leve é essencial para
a maciez de sopro no floating. Esta manobra fara com que a cantora possa controlar seu
sopro e que a voz não pese. A sensação de voz na boca, tom proporções gigantes. Uma
das vantagens desse registro é a conexão mediata que faz com que o registro superior do
Health belting. O resultado do som da meia cobertura masculina, sobrecarregada de
wenha, na certeza de um floating perfeito de belting.
A intensidade de fonação pode ser regulada a nível subglótico, glótico e
supraglótico. Ao nível subglótico um aumento da potência aerodinâmica (aumento do
sopro) resulta em um acréscimo da pressão subglótica, aumentando a intensidade
acústica. A nível glótico o aumento da resistência glótica pode influenciar no controle da
intensidade vocal por meio da contração da musculatura adutora da laringe. Com isso
ocorre um alongamento da fase fechada do ciclo vibratório, aumentando a intensidade
vocal. Ao nível supraglótico a ressonância do trato vocal superior tem efeitos importantes
na distribuição espectral de energia acústica. O trato supraglótico pode ser alterado
voluntariamente para modular suas características de atenuação e amplificação do som
glótico. Projeção se resume a buscar a intensidade a nível supraglótico.
[a],[ae] – associadas ao purê belting – vocalize wenhawenha
[i],[u],[ã] – associadas ao Coverd Belting – vocalize winhawinha
[o],[e],[A] – associadas com meia-cobertura masculina – calling
[A] – associada a meia cobertura feminina. Usar vocalize a-hâ.
[ia] – bem estridente (língua estrada para fora) – associada ao health belting – heavy
metal.
[Uae] - associado com o health belting
Vocal fry + [a] – associado ao subgrave.