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RESENHA

Por
Kátia Gally Calabrez

LEAL Valéria; PAPAROTTI, Cyrene; Cantonário – Guia prático para o canto. (2ª. Edição).
Brasília/DF: Editora Musimed, 2013. ISBN 978-85-7092-047-8.
A autora PAPAROTTI, é mestra em canto pela New York University (NYU) nos
EUA.
A autora LEAL, é fonoaudióloga graduada pela Pontífica Universidade Católica
(PUC) de São Paulo
O livro integra aspectos fisiológicos, acústicos e artísticos do canto; a teoria
associada a pratica; os tópicos de higiene vocal, aquecimento, treinamento e
desaquecimento; tendo explicações lógicas de sua sequencia e necessidade, trazedo
soluções pra os problemas diários do cantor.
Existem dois aquecimentos: o aquecimento geral que é obtido através de
exercícios que servem para aquecer, relaxar e alongar os grandes musculares,
envolvendo a totalidade do corpo. O aquecimento específico deve ser realizado conforme
a modalidade, aprimorando as habilidades necessárias que exigirão exatidão, sincronia e
movimentos precisos.
Vocalizar é indicar o processo do cnto, munindos-se de conhecimentos fisiológicos
(músculos, cartilagens, ligamentos, ossos, mucosas, outros), acústicos (vibração,
reverberação, ressonância, afinação, percepção dentre outros), artísticos (expressão,
dança, estilo, história da musica e demais aspectos) e práticos (exercícios, aquecimentos,
desauecimentos, higiene vocal). Para preparar a vocalização, sugerimos exercícios de
aquecimento corporal, visando aliviar tensões e corrigir a postura.
É fundamental para o cantor ter uma bela postura. Um corpo mal equilibrado
produz sons desequilibrados. O cantor de postura adequada ganha na sua capacidade
respiratória e no seu potencial de comunicação com o publico (nosso alvo).
O encaixe da bacia: o plexo abdominal deve estar sempre conectado à respiração.
Para conscientização desta musculatura, deve-se fazer movimentos para frente e para
tras. A posição correta é esta em que o abdome está contraído, bacia encaixada.
A inspiração é a fase ativa onde o ar etra os pulmões. A expiração é a fase passiva
onde o ar sai dos pulmões.
Formas de inspiração: nasovascular (o ar é inaldo pelo nariz e praticamente,
somente a parte superior do tórax trabalha); buco-abdominal (a regiaõ abdominal
expande-se melhor com um maior volume de ar inalado, em contrapartida, acarreta o
ressecamento da cavidade oral e uma maior possibilidade de aspirar o ar não filtrado e
resfriado); buconasal, intercostalabdominal (o ar será recolhido, parcialmente filtrado e
aquecido; as partes inferior e superior do tórax serão expandidas e elevadas; resultando
um bom contigente de ar absorvido, e silenciosa).
Formas de expiração: expiração com pressão abdominal para dentro (o diafragma
volta à posição de rpouso,as vísceras se reacomodam e o tórax entra em colapso);
expiração com pressão abdominal para fora (o diafragma e o tórax mantem-se em
tonicidade e a laringe se contrai); expiração de sustentação (o tórax mantem-se em
expandao e o adome trabalha segundo a sua necessidade, resiste em expandão segundo
o apelo necessário. Se a frase não demanda não demanda esforço, permanece em
expandão, porem, se a frase exige um salto ou intervalo ascendente, ou memso uma
variação de dinâmica ou articulação, o diafragma pélvico e o musculo retoabdominal se
contraem).
Appoggio e sustentação: criamos uma cinta abdominal de força; uma ação, ato
continuo. Para uma rica emissão, devemos manter o diafragma distendido e o tórax
dilatado. Appoggio são intercostais em expansão. Nesta expiração, o encaixe da bacia é
fundamental, pois o abdome estará em tonicidade e o tórax em expansão, propiciando um
alinhamenro ideal. O musuclo retoabdominal terá um papel preponderante, cuidando do
nosso alinhamento e uso programado do movimento diafragmático no seu percurso de
retorno à posiçõ neutra incial. O appoggio situa-se na região supra-umbilical, e
asustentação na infra-umbilical.
Quando o diafragma se desloca para baixo, se contraído, diminui a pressão interna,
permite a entrada do ar atmosférico nos pulm~es. Uma vez que as trocas gasosas
tenham ocorrido, o diafragma se descontrai, voltando à posição inicial; aumentando
aumentndo a pressão interna e o ar é expelido, caracterizando um movimento antagônico
de pressão e depressão. O ar ambiente entra pelas narinas, passa pela faringe, laringe e
vai para a traqueia, que bifurca-se no final e cada ramo penetra nos pulmões. O ar
continua sua viagem através dos brônquios, bronquíolos e alvéolos; graças aos vasos
sanguíneos que os envolvem, efetuam-se trocas gasosas. Junto com os músculos
intercostais, o diafragma descontrai-se, expelindo o ar cheio de gas carbônico. A porção
maior do diafragma está na parte posterior e lateral, a parte frontal é pequena.
Músculos da respiração são os músculos que controlam a inspiração e a expiração;
tem uma ponta fixa, a origem e uma ponta móvel.
Os músculos da inspiração são os responsáveis pela alteração do volume da caixa
torácica, permitindo que o ar entre pela traqueia e vá até os pulmões; estão subdivididos
em elevadores e depressores. Os elevadores são aqueles que, durante a inspiração,
suspendem as costelas e as mantem abertas durante a expiração forçada (o canto); são
eles: Diafragma pélvico (se distende desde a espinha ilíaca ate a pelve e é formado pelo
par de músuclos levantador do ânus, associado com o par de músculos obturador
interno); Diafragma abdominal (se contrai através do centro tendilíneo para baixo, para os
lados e para tras; abaixa o assoalho do tórax, permitindo o crescimento da cavidade da
pleura e consequentemente preenchimento do ar nos pulmões; araves do centro
tendilíneo, passam por três orifícios: um contendo a aorta, a veia cava e cardia. O
diafragma é suspenso como uma rede e atado pelas vertebras, cistelas e esterno; e todas
as fibras convergem para o tendão central); peitoal maior (origina-se em osso humeo e
tem a sua inserção na clavícula, no esterno e nas seis costelas superiores), elevadores
costais (originam-se nas vertebras e inserem-se entre cada costela), grande dorsal
(grande cinta desde as seis vertebras torácicas inferiores, lombar e sacra até as quatro
costelas inferiores; tensiona para baixo os músculos elevadores e ajuda indiretamente o
controle da expulsão do ar, durate a expiração). Os depressores são os que tem uma
ação em direção às fibras de contração do diafragma, para baixo; eles movem as bordas
das caixa torácica para fora e para cima durante a inspiração; são eles: Serrato posterior
inferior (origina-se nas vertebras torácicas e lobares, inserindo-se as quatro costelas
inferiores), quadrado lombar (origina-se na pélvis inserindo-se ate a decima segunda
costela); músculos da expiração (a fonação depende do controle destes músculos; a
funao geral deles é de forçar as vísceras para dentro e para cima contra o diafragma
abdominal, o qual esta relaxado durane a expiração; a abóbada do diafragma entra pela
cavidade torácica, as paredes do tórax são forçadas para dentro, os plmoes se esvaziam
e o ar passa pela traqueia e glote vibrando as pregas vocais); reto abdominal (é um
grande músculo vertical defrtonte à parede abdominal responsável pelo equilíbrio
postural, comprime as vísceras abdominais para dentro e se origina no osso esterno e
nas quatro ultimas costelas; a sua inserão é no arco pubiano); transverso abdominal (age
como compressor visceral e torácico; origina-se nas seis costelas inferiores,
posicionando-se horizontalmente ate encontrar o reto abdominal, a pelve e o arco púbico);
obrliquo externo (comprime o abdome, controlando a expiração; insere-se na oitava
costela inferior até a pelve); obloquo interno (comprime o trax; as suas fibras trabalham na
direção opsta do obliquo externo); torácico transverso (comprime as costelas durante a
expiração; origina-se na porção inferior do osso externo, inserindo-se desde a segunda
ate a setxa costela); grande dorsal ou latíssimo dorso (elevador torácico, facilita a
inspiração; durante a expiração forçada comprime o baixo tórax, criando um esfíncter). A
lotta vocale é o controle entre o appoggio e a sustentação; o grande dorsaç ,mantem o
appoggio, e os demais garantem a sustentação.
A produção do som envolve vários órgãos, que conjuntamente fazem soar nossa
voz. O funcionamento do aparelho fonador depede de 04 fatores: o fole (aparelho
respiratório), os vibradores (pregas vocais), os articuladores (língua, dentes, lábios,
palato), os ressonadores (faringe, cavidade oral, nasofaringe, fossas nasais). A voz são
vibrações aéreas executasdas nas pregas vocais durante a expiração; o som é produzido
pelo ar que passa na larige fazendo com que as pregas vocais entrem em atividade
mioelástica (atividade elástica muscular). Os vibradores são formados pelas pregas
vocais. A região triangular formada pelas pregas vocais é chamada de glote. Como
vribrador, em essência, as pregas vocais são formadas peloe musiculo vocal e sua
cobertura mucosa. Somente as bordas se tocam. Os parâmetros acústicos do som
emitido (altura, intensidade e timbre) dependem da pressão infraglótica, massa e tensão
das pregas vocais. O modo aéreo como o fluxo aéreo infraglótico passa pelas pregas
vocais influenciará os parâmetros do som. A variação do fluxo areeo transglotico é que
permitira a ocorrência dos ataques vocais diversos.
Chamamos de ataque vocal a forma como o som é inciciado; e devera ser
responsável pela duração do tempo de abertura e fechamento das pregas vcais; a
finalização é a forma como terminamos o som; obedecendo a mesma lógica do ataque
vocal inicial. Existem três tipos de ataque vocal: o aspirado (o fechamento das pregas
vocais ocorre depois do inicio da fonação; pode ser produzido pela adução atrasada ou
deficiente); o brusco (a pressão infraglótica é maior; e as pregas vocais já se encontram
aduzidas, provocando um movimento explosivo no inicio da fonação); suave ou normal
(faz com que o fluxo aéreo, a aberura e o fechamento ocorram simultaneamente; há uma
perfeita sincronia entre o movimento expiratório e a adução das pregs vocais no inicio do
ciclo glótico).
Os vocalizes trabalham o centro da voz e gradativamente aciona os mecanismos
de registros de peito, médio e cabeça; uma vez tendo passado por estas etapas, pode0-
se proceder aos mecanismos de ajuste de registrso.
O musculo retoabdominal é responsável pelo equilíbrio, músuculo ativo na
respiração. O procedimento será: appoggio (tórax em expanaõ) alternado com a
sustentação (emprego infra-umbilical do grande reto), usando a sustentação e sem perder
o appoggio.
Uso do diafragma pélvico: os dois diafragmas são necessários para produzir tanto
a inspiração como a expiração no canto, porpem com funlões diferentes. O diafragma
abdominal é essencial para a respiraçãovital, no entanto o pélvico estabiliza os músculos
durante a expiração. Podemos acioná-lo no caso de expiração forçada. Quando isto
ocorre, os músculos abdominais d expiração entram em contração; uamos este recurso
quando temos um salto ascendente, ou um ataque agudo, ou a sustentação de uma nota
piano ou diminuendo (fading), contraindo os glúteos. Os musuclos na região das nadegas
apoiam automaticamente os músculos da pélvis, ajudando assim a sustentação do
diafragma e dos musuclos intercostais. Os musuclos pélvicos são contraídos para dentro
e enrijecidos para cima; acarretando a contração do baixo abdome, efetuando a
sustentação; o diafragma contraindo-se para baixo, expande-se para tras e para os lados,
indo contra a parede do corpo e efetuando o apoio.
Ressonadores são as cavidades supragloticas em que o som laríngeo atravessa
antes de chegar ao ar livre. A partir da passagem glótica, o som trafega pelo trato vocal
podendo sofrer efeito de amplificação ou damping (amortecimento), modificando
originalmente os harmônicos produzidos pela fonte glótica em formanes. O modo como
este sinal alringeo é modificado, chamamos de efeito de ressonância ou filtro. O foco
ressonantal é o lugar onde esta amplificação será realizada: na cavidade nasal, faríngea,
laringo-faringea, etc; esta localização da ressonância utilizada produzirá timbres
diversificados, uma nova forma de som. O foco ressonantal é o fator que vai determinar o
seu próprio estilo de canto. São consideradas cavidades de ressonância: larige, caidade
oral (palatal ou ligual), orofaringe, rinofaringe, hipofaringe, fossas nasais e o espaço
labiodental superior.
De forma esquemática, as sensações vubratorias dependem de três fatores: a
posição da laringe (alta, baixa, intermediária); o mecanismo da laringe (registro de peito
cabeça e suas combinações) e o casamento fono-ressonantal (associação da emissão e
as informações do canal auditivo). A vibração laríngea se propaga nas cavidades
superiores encontrando diferentes graus de ressonância. O cantor fara ajustes na
musculatura laríngea e respiratória, além de modificações na cavidae de ressonância;
estes ajustes serçao determinantes para a afinação, intensidade, timbre, estilo, etc.
O sistema articulatório é responsável pela articulação do som supraglórico; este
sistema é compostp peloes escultores do som (língua, lábios, dentes e palato); podendo
variar de acordo com o comprimento, volume, forma das cavidades de ressonâncias. O
maxilar inferior ou mandivula, por ser móvel pde alterar-se em tamanho e forma
influenciando a articulação e a ressonancia.
Os formantes são compreendidos como uma zona reforçada com maior brilho
(singing formant); este fenômeno se dá devido aos ajustes entre as cavidades de
ressonância e os lábios. O trato vocal é a região entre a glote e os lábios, do qual
participam diversas cavidades (laringe, faringe, cavidades oral e nasal). As ressonâncias
do trato vocal são chamadas de formantes, faixas que concentram maior energia acústica.
O rpimeiro formante corresponde à faringe, o segundo é a cavidade oral.
O cantor pode perceber claramente uma mudança de timbre sobre uma nota
especifica; esta é a nota de passagem; é perceptível na quebra da voz e determinante
para o registro do cantor. No registro de peito, há o predomínio da contração do musculo
vocal TA (tireoaritenoideo); na voz de cabea, a contração do musculo tensor CT
(cricotireoideo) e o alongamento do ligamento vocal permitirão emissões agudas. Esstes
músculos sofrem a ação basculantes das cartilagens nnas quais tem siuas inserções,
ajuddos por outros músculos constritores e tensores. No momento deste moviment pivotal
é que pode ocorrer a quebra d evoz, pois acontece literalmente uma troca de
configuração ,muscular laríngea e cartilaginosa. Existe um registro intermediário, o misto;
e existe as extremidades da escala vocal, sendo a voz basal (strobass) e a voz de apito
(sifflet).
O desaquecimento muscular, nas mais variadas atividades físicas, tem como funão
principal tentar levar o organismo aquelas condições de pre-exercicio, reduzindo os níveis
de adrenalina no sangue, a tensão muscular, a temperatura corporal, removendo alguns
catabolicos produzidos durante a atividade, diminuindo a probabilidade de retenão hídrica
ou lesão futura. O desaquecimento ativo ajuda a diminuir taxas desses hormônios,
auxiliando o seu corpo a recuperar-se mais rapidamente. O desaquecimento reduz a
tensão muscular; favorecendo o alongamento dos musuculos mais solicitados durante a
atividade, diminuindo o risco de lesão; uma vez que o desaquecimento ajuda a tora-lo
mais capazes de se recuperarem rapidamente. Facilita o retorno ao ajuste de voz falada
depois do uso prolongado durante o canto. Favorece o restabelecimento do padrão da
fala coloquial, um ajuste mais confortável, diminuindo a frequência, intensidade e a forma
de colocação da voz.

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