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XII Encontro de Educação Musical do Instituto de Artes da Unicamp 2019

O ARRANJO VOCAL FACILITADO:


ASPECTOS DE EXTENSÃO E TESSITURA NA ELABORAÇÃO
DE MATERIAIS INSTRUCIONAIS PARA ARRANJADORES E
GRUPOS INICIANTES

PROF. DR. PAULO CONSTANTINO


02/05/2019
Resumo

Apresenta aspectos introdutórios para a produção


de arranjos vocais por arranjadores em
treinamento, enfocando pontos sobre extensão
vocal e tessitura das partes nas elaborações para
diferentes formações.

Baseado na trajetória de ensino de Arranjo em


cursos livres, nível técnico e superior.

Erigido sobre pesquisa bibliográfica, justifica-se a


abordagem dos tópicos para seu desenvolvimento
instrucional.
ADES, Hawley. Choral arranging. USA: Shawnee Press Inc.,1966.
ADLER, Samuel. The study of orchestration. 3 ed. New York: Norton &
Company, 2002.
CALLAHAN, Anna. The Collegiate Acapella Arranging Manual. USA:
Contemporary Acapella Publishing, 2000.
CROCKER, Emily; LEAVITT, John. Essential Musicianship – A
comprehensive choral method. Book 1 e 2. USA: Hal Leonard
Corporation,1995.
GUEST, Ian. Arranjo. Vol.1. Rio de Janeiro: Lumiar, 1996.
JANDER, Owen. Tessitura [verbete]. In: OXFORD MUSIC ONLINE. Grove
Music Online. 2001. Disponível em:
<http://www.oxfordmusiconline.com/grovemusic/abstract/10.1093/gmo/978
1561592630.001.0001/omo-9781561592630-e-0000027741>. Acesso em:
02 jan. 2019.
MABRY, Sharon. Exploring twentieth-century vocal music: a practical guide
to innovations in
performance and repertoire. New York: Oxford Press, 2002.
PEASE, Ted; PULLIG, Ken. Modern jazz voicings. Boston: Berklee Press,
2001.
PUERLING, Gene. A Nightingale Sang In Berkeley Square. New York:
Peter Maurice Co., 1985. Partitura.
RIMSKY-KORSAKOV, Nicolas. Principios de orquestracion. Buenos Aires:
Ricordi, 1946.
ROBERTY, Bruno Boechat. A extensão vocal infantil: um estudo sobre a
voz infantil no contexto do ensino regular brasileiro. Rio de Janeiro, 2016.
119fl. Dissertação (Mestrado em Música). Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2016.
SCHOENBERG, Arnold. Fundamentos da composição musical. São
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SEBESKY, Don. The contemporary arranger. USA: Alfred Publishing Co.,
1984.
SHARON, Derek; BELL, Dylan. Acapella arranging. USA: Hal Leonard
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STARK, James A. Bel canto: a history of vocal pedagogy. Toronto: Toronto
University Press, 1999.
SWINGLE, Ward. Swingle singing. USA & Canada: Shawnee Press, Inc.,
1997.
Sobre a extensão vocal
>O termo extensão vocal refere-se às notas mais
graves confortavelmente cantáveis até as mais
agudas que se pode atingir, sobre as quais se
podem produzir exercícios e a execução do
repertório (MABRY, 2002).

> A extensão das vozes deve ser observada desde o


princípio da elaboração do arranjo.

> Reflexão sobre as condições vocais dos


executantes.
classificação vocal é um assunto complexo e que foge do escopo deste
texto. Por certo, pode incluir outras variáveis para além da extensão e
tessitura, como as análises por exames médicos de imagem ou
gravações e análise computadorizada de amostras vocais
Tessitura e os registros vocais no
arranjo
“Um trecho melódico de compassos vocais [ou,
menos comum, instrumentais] na qual uma peça
musical está situada - seja agudo ou grave. A
tessitura de uma peça não é decidida pelos
extremos de sua extensão, mas sim por qual parte
dela é mais empregada” (JANDER, 2001, sn.).

Empregar uma “tessitura ótima cantável” (MABRY,


2002, p.16), adequando-a aos processos criativos e
aos potenciais expressivos da emissão dos
cantores.
RAJATON

https://www.youtube.com/watch?v=eiQl28_55Qg
Possibilidades timbrícas: real uníssono ou
condução em oitavas dentro do arranjo, o
que promoverá contraste em relação à voz
solo em determinadas passagens.

Rimsky-Korsakov (1946) falava sobre os


uníssonos de soprano + contralto e tenor +
baixo como sendo os mais comuns, que
garantem maior destaque à melodia.
classificação vocal é um assunto complexo e que foge do escopo deste
texto. Por certo, pode incluir outras variáveis para além da extensão e
tessitura, como as análises por exames médicos de imagem ou
gravações e análise computadorizada de amostras vocais

Figura: Um trecho em condução por oitavas, entre vozes mistas [soprano,


alto, tenor, baixo]. Extraído do arranjo de “A Nightingale Sang in Berkeley
Square” (PUERLING, 1985, p.02).
É possível empregá-los tradicionalmente em
até duas oitavas de distância [soprano +
baixo, p.ex.], com as vozes intermediárias
realizando a harmonia. Ao empregar o
uníssono em oitavas, reforça-se o acorde,
adensando o seu som, especialmente nas
harmonias em bloco.
Considerações finais

A distribuição das vozes tem grande


influência no equilíbrio formal do
arranjo.
A tendência do arranjador inexperiente é a de usar
todos os recursos disponíveis logo na primeira
seção, reduzindo a possibilidade de
desenvolvimento e surpresa, ou de reorganização
dos elementos estruturais para facilitar a
execução das partes vocais individuais.
Esforço pedagógico para a
formação de arranjadores e a
disseminação da música vocal entre
músicos iniciantes ou em
treinamento.

Ao observar aspectos de extensão


ou tessitura, o arranjador facilitará a
performance, poupando os cantores
de esforços desnecessários e
dificuldades excessivas.
Prof. Dr. Paulo Constantino
Centro Paula Souza / Unesp
pconst2@gmail.com
paulo.constantino@cps.sp.gov.br

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