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VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Enfermeira Cristiane
CONCEITO
• O conceito inicial de “Vigilância em Saúde” se
relacionava com conceito de saúde e doença
presentes em cada época e lugar, às práticas de
atenção do doentes e aos mecanismos adotados para
tentar impedir a disseminação das doenças.
• Com o desenvolvimento das investigações no campo
das doenças infecciosas e o advento da bacteriologia,
resultaram no aparecimento de novas e mais eficazes
medidas de controle das doenças. Surgindo, então, na
saúde pública o conceito de “vigilância”, sendo limitada
na função de observar contatos de pacientes atingidos
pelas denominadas “doenças pestilenciais”.
CONCEITO
• A partir da década de 50 o conceito de “vigilância” vem
sendo modificado, atingindo um cenário mais amplo no
campo da saúde.
• Tem-se a Vigilância em Saúde como o
acompanhamento sistemático de eventos adversos à
saúde na comunidade.
• No campo da saúde, a vigilância está relacionada às
práticas de atenção e promoção da saúde dos cidadãos
e aos mecanismos adotados para prevenção de
doenças.
• Integra diversas áreas de conhecimento e aborda
diferentes temas, tais como política e planejamento,
territorialização, epidemiologia, processo saúde-doença,
condições de vida e situação de saúde das populações,
processo de trabalho e ambiente e saúde.
CONCEITO
• A VIGILÂNCIA EM SAÚDE constitui-se de
ações de promoção da saúde da população,
vigilância, proteção, prevenção e controle
das doenças e agravos à saúde,
abrangendo de FORMA ARTICULADA:
CONCEITO
• (a) vigilância epidemiológica;
• (b) promoção da saúde;
• (c) vigilância da situação de saúde;
• (d) vigilância em saúde ambiental;
• (e) vigilância da saúde do trabalhador;
• (f) vigilância sanitária (Portaria do MS nº
3.252/20).
CONCEITO
• De acordo com o Ministério da Saúde, a
vigilância em saúde deve ser entendida
• como um modelo assistencial alternativo,
que deve ser desenvolvido a partir de
• problemas reais de uma área delimitada, em
uma perspectiva de intersetorialidade.
CONCEITO
• Ela está fundamentada nos princípios da
universalidade, integralidade e equidade das
ações de promoção da saúde entre os
indivíduos e grupos familiares, das ações
das vigilâncias epidemiológica, ambiental e
sanitária dirigidas à prevenção de riscos e
danos; e da atenção primária, na moradia e
nas unidades de saúde, com ênfase em
grupos populacionais específicos e na
reorientação da demanda a serviços,
envolvendo vários programas.
OBJETIVO
• A VIGILÂNCIA em SAÚDE tem por objetivo
a observação e análise permanente da
situação de saúde da população,
articulando-se em um conjunto de ações
destinadas a controlar determinantes, riscos
e danos à saúde de populações que vivem
em determinados territórios, garantindo a
integralidade da atenção, o que inclui tanto a
abordagem individual como coletiva dos
problemas de saúde
OBJETIVO
• A Vigilância em Saúde é responsável por
todas as ações de vigilância, prevenção e
controle de agravos, prioritariamente com
ações de promoção à saúde, com o
monitoramento epidemiológico das doenças
transmissíveis e não transmissíveis, de
atividades sanitárias programáticas, de
vigilância em saúde ambiental e saúde do
trabalhador, elaboração e análise de perfis
demográficos epidemiológicos, proposição
de medidas de controle etc.
ORGANIZAÇÃO
• A Vigilância encontra-se distribuída em
patamares hierárquicos
técnicoadministrativos, nas esferas federal,
estadual, municipal e regional, sendo que a
base de todas as informações é a região,
mais precisamente a micro área.
• Diante da ampliação do conceito de
Vigilância em Saúde e das inovadoras
propostas administrativas para a área da
saúde, focando a Saúde da Família e
Comunidade, a equipe de profissionais da
Vigilância desencadeou uma reforma na
logística de seu processo de trabalho e
fluxograma de informações com os
equipamentos de prestação de serviços em
saúde sob sua responsabilidade regional,
mantendo como princípios norteadores:
• a manutenção da qualidade na coleta de
dados;
• a consolidação desses dados em
informações fidedignas;
• a ampla disseminação dessas referidas
informações a todos aqueles que as geraram e
que delas necessitam tomar conhecimento,
servindo de ferramenta para:
Processo de trabalho em saúde
• O trabalho é uma atividade humana de
transformação da natureza de forma
consciente e proposital, através da qual os
homens criam e recriam a sua existência.
Processo de trabalho em saúde
• Uma das características fundamentais do
trabalho humano é ser uma atividade racional,
pois antes mesmo de executar seu trabalho, o
homem já tem a ideia do que irá fazer, isto é,
possui um projeto do produto final de seu
trabalho. Por exemplo: a costureira antes de
confeccionar um vestido já tem ideia do modelo
de vestido que irá produzir, com a previsão dos
materiais que irá necessitar.
Processo de trabalho em saúde
• A finalidade do trabalho é atender às necessidades
humanas, quer sejam de natureza biológica,
cultural, social, econômica, afetiva, lúdica, estética,
tanto individual como coletiva.
• Convivemos com diferentes processos de trabalho,
desde as sociedades primitivas, onde os homens
colhiam os frutos e produtos da caça e pesca, até
os dias atuais, onde os avanços tecnológicos e a
sofisticação, cada vez mais acentuada dos
produtos oferecidos para consumo, mudam
substancialmente as características das atividades
humanas.
• No que diz respeito ao cuidado em saúde,
Cecílio (2005) reconhece como
necessidades em saúde as que se referem
às boas condições de vida, ao acesso às
tecnologias que melhoram e/ou prolongam a
vida, criação de vínculos efetivos entre
usuários e profissionais de saúde e
autonomia dos sujeitos no modo de viver.
• No processo de trabalho em saúde temos
que considerar três aspectos fundamentais:
• Em primeiro lugar, que ele é um exemplo de
trabalho em geral e, portanto, compartilha
características comuns com outros
processos de trabalho que se dão na
indústria e outros setores da economia.
• Segundo, que é um serviço – toda
assistência à saúde é um serviço e, no
entanto, tem a especificidade de realizar-se
sobre pessoas e não sobre objetos.
• Terceiro, que é um serviço que se fundamenta
numa inter-relação pessoal muito intensa, ou
seja, o consumidor (usuário) contribui para o
processo de trabalho e é parte desse processo,
fornecendo informações a respeito do que se
passou com ele, qual a história de sua queixa ou
doença, exigindo-se dele participação ativa para
que sejam corretamente aplicadas as normas e
prescrições. Ele participa conjuntamente do
processo de trabalho e, frequentemente, é
responsável, juntamente com os profissionais de
saúde, pelo êxito ou fracasso das ações de
saúde.
• Assim, na saúde, o objeto de trabalho é o
ser humano com sentimentos, emoções,
vontades e necessidades a serem
atendidas.
• O trabalhador da saúde comanda a forma como se
dará o atendimento ao usuário, podendo esta ser
orientada por parâmetros humanitários, acolhedores,
de respeito às singularidades e diversidade humana
ou por parâmetros burocráticos, impessoais,
hierarquizados e desumanizados. Isto demonstra que
o trabalhador tem autonomia para ser criativo e propor
soluções para as necessidades apresentadas,
conjuntamente com o usuário. Este, ao sentir-se
participante do processo de atendimento, tornar-se-á,
co-responsável pelos objetivos a serem alcançados,
isto é, protagonista do seu processo de saúde-doença.
• Na atualidade, há uma crescente
coletivização no processo de trabalho em
saúde, isto é, um número elevado de
profissionais atuando na área, levando ao
surgimento de um trabalho associado,
interdependente, em regime de cooperação.
O conjunto de categorias profissionais
procura agir coerentemente, compartilhando
os conhecimentos científicos
contemporâneos, com a finalidade de
atender integralmente as necessidades em
saúde do usuário.
• O trabalho multiprofissional precisa ser
exercido sob a ótica da atenção integral à
saúde, contemplando a
multidimensionalidade do processo saúde-
doença. As situações de trabalho e as
necessidades dos usuários demandam
intervenções técnicas, que nenhuma área
profissional consegue, isoladamente,
realizar a totalidade das ações necessárias
à qualidade do cuidado.
• A finalidade dos processos de trabalho refere-se à
satisfação de necessidades. Num campo
complexo como o da promoção, prevenção e
recuperação da saúde, as ações precisam estar
mais próximas do que é esperado eticamente, na
perspectiva da cidadania e da emancipação de
todos os sujeitos – usuários e agentes do
trabalho. Também é essencial o desenvolvimento
de gestões participativas que construam pactos
ético-políticos para favorecer um trabalho coletivo
ancorado com as necessidades de saúde/direitos
dos usuários e com os princípios do SUS.
DESENVOLVIMENTO DAS
ATIVIDADES
• Individualmente, refletir e registrar:
• O que significa o trabalho para você?
• Quais os motivos que o (a) levaram a
trabalhar na saúde?
• O que significa trabalhar na saúde?

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