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TRATAMENTO DO QUADRIL SUBLUXADO E LUXADO NA PARALISIA CEREBRAL

Tratamento do quadril subluxado


e luxado na paralisia cerebral*
PATRÍCIA M. DE MORAES BARROS FUCS1, CELSO SVARTMAN2, PAULO F. KERTZMAN3

RESUMO gismo cervicodiafisário; o retarde ou a ausência da marcha;


e, secundariamente, a displasia acetabular. Tudo isso forma
Os autores relatam a experiência no tratamento do qua-
a situação facilitadora para deslocamento progressivo da ca-
dril subluxado e luxado em 15 pacientes (19 quadris) por-
beça femoral em relação ao acetábulo(1,7,9,12,14,16).
tadores de paralisia cerebral espástica mediante a libera-
A deformidade no quadril que mais cedo aparece nesses
ção de partes moles, osteotomia femoral varizante, des-
pacientes é a em flexão e adução. Seu tratamento deve ser
rotativa e de encurtamento associada a osteotomia peria-
iniciado o mais precocemente possível, com fisioterapia atra-
cetabular de Pemberton. Mostram as indicações, méto-
vés de manobras para alongamento dos adutores e flexores
dos de tratamento, resultados e complicações. Relatam
do quadril, cuidados com a postura desses pacientes, procu-
74% de resultados satisfatórios e 26% insatisfatórios.
rando manter sempre os membros inferiores em abdução. Mas
o desequilíbrio muscular prossegue, a despeito do tratamen-
SUMMARY
to fisioterápico, e a maioria desses casos necessita de abor-
Treatment of subluxated and dislocated hips in patients with dagem cirúrgica mediante a tenotomia dos adutores e/ou do
cerebral palsy iliopsoas, com o objetivo de reequilibrar a musculatura atuan-
The authors show their experience in the treatment of sub- te no quadril, isto é, entre adutora-abdutora e flexora-exten-
luxated and dislocated hips in 15 patients (19 hips) with spas- sora. Diversos autores(1,5,6,8,17) mostram que mesmo pacientes
tic cerebral palsy. All patients were submitted to soft tissue adequadamente tratados com a liberação das partes moles
release, varus derotation and shortening osteotomy of the apresentam a progressão da deformidade do quadril.
femur combined with Pemberton periacetabular osteotomy. A subluxação ou luxação do quadril é mais freqüente nos
The surgical indications and techniques utilized, results and pacientes não andadores, tanto diparéticos quanto tetraparé-
complications are shown. Results were satisfactory in 74% ticos, rara nos hemiparéticos; quanto maior o comprometi-
of the cases and unsatisfactory in 26%. mento neurológico, maior sua incidência(1,5,6,13,15). Portanto,
é basicamente nesses dois grupos de pacientes que a atenção
INTRODUÇÃO à articulação do quadril deve ser a mais precoce possível.
O tratamento da luxação do quadril na PC nos pacientes
A etiologia da luxação do quadril na paralisia cerebral tem andadores como nos não andadores tem sido amplamente
origem multifatorial: primeiramente, a contratura espástica estudado(1,4,6,9,10), visando não só a correção das deformida-
da musculatura adutora e flexora do quadril, principalmente des como a prevenção da dor tardia, particularmente tentan-
do músculo iliopsoas; arquitetura óssea imatura representa- do evitar o momento no qual os quadris não mais são passí-
da pela persistência da anteversão do colo femoral e do val- veis de reconstrução, habitualmente pacientes adolescentes
e adultos jovens.
* Trab. realiz. no Dep. de Ortop. e Traumatol. da Santa Casa de Miseric. de Inicialmente, essas articulações são abordadas atuando-se
São Paulo – Pav. Fernandinho Simonsen (Diretor: Prof. Dr. José Soares nas partes moles, isto é, alongamentos tendinosos e tenoto-
Hungria Neto).
mias, associados ou não a neurectomias. Posteriormente, com
1. Profª Assist., Fac. de Ciênc. Méd. da Santa Casa de São Paulo; Chefe do
Grupo de Doenças Neuromusc. do Dep. de Ortop. e Traumatol. – Pav.
o crescimento as deformidades tornam-se ósseas, necessi-
Fernandinho Simonsen, Santa Casa de Miseric. de São Paulo. tando também de correção, compreendendo a osteotomia
2. Prof. Consultor do Grupo de Doenças Neuromusculares. varizante, desrotativa e de encurtamento femoral e da osteo-
3. Prof. Instrutor do Grupo de Doenças Neuromusculares. tomia pélvica, quando necessário(1,3,4,8-10,13).
Endereço para correspondência: Mono
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Fig. 1 – F.S., sexo feminino, 11 anos de idade, aspecto radiográfico pré- Fig. 2 – F.S., sexo feminino, 11 anos de idade, aspecto radiográfico pós-
operatório, incidência ântero-posterior operatório 1 + 2, incidência ântero-posterior

Em nosso serviço temos realizado nos pacientes portado- anos. Os pacientes foram acompanhados por tempo médio
res de paralisia cerebral espástica, com quadris subluxados e de 3 anos e 5 meses, com o mínimo de apenas 10 meses e o
luxados, no mesmo ato operatório: a liberação de partes máximo de 7 anos e 4 meses.
moles, com a tenotomia dos adutores e do músculo iliop- Quanto ao aspecto da dor pré-operatória, os pacientes ou
soas; osteotomia femoral varizante, desrotativa e de encurta- familiares relatavam algum tipo de dor ou desconforto à
mento, com fixação interna com placa e parafusos; e a corre- mobilização da articulação, ou ao posicionamento sentado.
ção da displasia acetabular através da osteotomia periaceta- As indicações cirúrgicas tiveram como objetivos: preve-
bular do tipo Pemberton(10,11), associada à capsuloplastia. E nir ou eliminar a dor, liberar as contraturas articulares, me-
este trabalho tem o objetivo de mostrar a técnica por nós lhorar a postura e facilitar o manuseio desses pacientes.
utilizada, os resultados e nossas complicações. A análise radiográfica foi feita nas radiografias com inci-
dência de frente da bacia nos períodos pré e pós-operatório.
MATERIAL E MÉTODOS Foram medidos: o índice de Reimers(12), isto é, a percenta-
No período compreendido entre setembro de 1989 e no- gem de migração da epífise femoral proximal; o índice ace-
vembro de 1996 foram operados 15 pacientes (19 quadris) tabular(15), para avaliar a displasia do acetábulo e sua corre-
portadores de paralisia cerebral espástica com quadris su- ção com a técnica de Pemberton(10,11).
bluxados e luxados no Grupo de Doenças Neuromusculares O índice de Reimers(12) foi medido tomando-se como base
do Departamento de Ortopedia e Traumatologia da Santa Casa a linha de Perkins, medindo-se a percentagem da epífise fe-
de Misericórdia de São Paulo – Pavilhão Fernandinho Si- moral que permanecia lateral a esta linha. Essa proporção
monsen. variou de 50 a 100% de migração da epífise no pré-operató-
Quanto ao sexo, eram 13 meninas e 2 meninos. Dos pa- rio, com média de 77%. O índice acetabular no pré-operató-
cientes, 13 eram brancos e 2 negros. Quanto à distribuição rio variou de 40º a 25º, com média de 32,8º.
topográfica da lesão paralítica: 1 paciente hemiparético, 10 Na análise dos resultados consideraram-se: satisfatórios –
diparéticos e 4 tetraparéticos, todos não andadores, exceto 1 quadris com movimentação articular livre e indolor, melho-
hemiparético e 1 diparético que eram deambuladores domi- ra da postura do paciente, articulações que permaneceram
ciliares utilizando andador. reduzidas, com índice de Reimers(12) e índice acetabular(15)
Quanto ao lado acometido, 11 foram no quadril direito e 8 normais; insatisfatórios – quadris que evoluíram com dor,
no esquerdo. A luxação do quadril foi bilateral em 2 casos, limitação da mobilidade, perda da redução articular, parâ-
um lado luxado e outro subluxado em 2 casos, luxação uni- metros radiográficos alterados.
lateral em 10 casos e 1 caso de subluxação unilateral. Técnica cirúrgica – Sob anestesia geral, o paciente é co-
A idade média por ocasião da cirurgia foi de 8 anos e 5 locado em decúbito dorsal horizontal com coxim sob o glú-
meses, com a mínima de 5 anos e 6 meses e a máxima de 12 teo do lado a ser operado.
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Fig. 3 – E.A.R., sexo feminino, 11 anos e 5 meses de idade, aspecto radio- Fig. 4 – E.A.R., sexo feminino, 11 anos e 10 meses de idade, aspecto radio-
gráfico pré-operatório, incidência ântero-posterior gráfico pós-operatório 2 meses lado direito e 5 meses lado esquerdo, inci-
dência ântero-posterior

Iniciando com incisão medial longitudinal na região in- RESULTADOS


guinal, realiza-se a tenotomia dos adutores. A seguir, através
De maneira geral, todos os casos foram beneficiados pelo
do método de Smith-Petersen, aborda-se a articulação do qua-
tratamento cirúrgico, pois houve melhora da amplitude de
dril. No plano profundo a cápsula articular é aberta, sendo
movimento articular e da postura, facilitando o posiciona-
retirado o ligamento redondo, o pulvinar e o ligamento trans-
mento sentado e os cuidados com os pacientes. Os dois pa-
verso, preparando o acetábulo para receber a cabeça femo-
cientes andadores no pré-operatório apresentaram melhora
ral.
da marcha, referindo maior estabilidade ao deambular. Não
Pelo mesmo acesso realiza-se a tenotomia intrapélvica do houve mudança no aspecto funcional nos pacientes; nenhum
músculo iliopsoas. paciente não andador passou a deambular no pós-operatório.
Uma terceira incisão lateral no terço proximal da coxa é O aspecto da dor é de difícil caracterização, mas ao exame
feita, aborda-se a região proximal do fêmur, isolando o pe- clínico e relato dos familiares houve melhora em todos os
queno trocanter, que serve como reparo para a osteotomia. É casos após três meses, em média, da retirada do gesso pós-
então realizada a osteotomia do fêmur e retirado fragmento operatório. Dos 19 quadris operados, todos evoluíram indo-
ósseo para o encurtamento femoral (na maioria dos casos, lores até o momento da revisão.
em torno de 1,0 a 1,5cm). A seguir, é feita a desrotação usan- Quanto à mobilidade articular, consideraram-se insatisfa-
do o alinhamento longitudinal do membro inferior e a nor- tórios cinco quadris: um reluxado, dois progressivamente
malização das rotações do quadril; após isso, retira-se a cunha subluxados, um com necrose da epífise femoral proximal e
de varização. A osteotomia é fixada com placa AO DCP de um com anquilose articular.
pequenos fragmentos, moldada conforme a correção obtida A percentagem de migração da epífise femoral(12), que foi
ou por placa AO angulada de 90º. utilizada como critério radiográfico, apresentou mudança em
Após a fixação do fêmur procede-se à osteotomia periace- média de 77% (variou de 50 a 100%) para 9% (variou de 0 a
tabular do tipo Pemberton, obtendo-se o abaixamento do teto 34%). O índice acetabular(15) no pré-operatório variou de 40º
acetabular tanto em sua posição anterior, lateral e posterior, a 25º, com média de 32,8º. Os ângulos pós-operatórios pas-
corrigindo a insuficiência de cobertura da cabeça femoral saram em média para 18º, variando de 32º a 14º. Ambos os
completamente. O preenchimento da abertura no ilíaco de- parâmetros evidenciam as mudanças estruturais promovidas
corrente do abaixamento do teto acetabular é feito com en- pela cirurgia.
xerto ósseo retirado da asa do ilíaco e/ou pelo fragmento Dos 15 pacientes (19 quadris) operados, 11 (14 quadris,
ósseo obtido do encurtamento femoral. 74%) foram considerados resultados satisfatórios e 4 (5 qua-
Procede-se ao fechamento por planos e à confecção de dris, 26%), resultados insatisfatórios.
gesso pelvipodálico. Este gesso permanece por período de Complicações – Ocorreram complicações em 6 pacientes
seis semanas. (6 quadris), correspondendo a 31%. Em 2 pacientes houve
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progressiva subluxação do quadril operado, provavelmente sequilíbrio articular, pois o colo femoral persiste valgo e an-
à custa da não correção adequada do valgismo femoral. Em tevertido, e o teto acetabular vai-se inclinando progressiva-
ambos os casos, ao analisarmos as radiografias pós-operató- mente, tornando-se displásico.
rias imediatas, notamos que houve uma falha na varização/ Esses pacientes gravemente comprometidos e não anda-
desrotação, correspondendo aos casos que permaneceram com dores permaneceram por muitos anos não sendo operados
34% e 30% de migração da cabeça femoral no período pós- ou, quando tratados cirurgicamente, realizavam-se apenas
operatório. Ambos os pacientes estão sem dor na articulação procedimentos nas partes moles. Atualmente, conhece-se
operada. melhor a evolução desses casos que, se não tratados, evo-
Em 1 paciente ocorreu a reluxação da cabeça femoral logo luem com piora progressiva da deformidade em flexão-adu-
após a retirada do gesso, sendo evidenciada radiograficamente ção, dificultando a higiene íntima, o posicionamento senta-
a saída do enxerto no local da osteotomia do ilíaco com per- do e os cuidados com essas crianças, culminando com um
da da correção no acetábulo. O paciente está evoluindo sem quadro doloroso de difícil manuseio.
dor, mas com diminuição da mobilidade articular, porém não A escolha de técnica de acetabuloplastia do tipo Pember-
foi reoperado até o presente estudo. ton(10,11) deve-se ao tipo de insuficiência do teto acetabular
Em 1 paciente ocorreu necrose de epífise femoral, evolu- encontrado no ato operatório, que é anterior, lateral e tam-
indo com dor e atitude em abdução por cerca de seis meses. bém posterior. Na osteotomia periacetabular realizada com
Foi submetido a tratamento fisioterápico com alívio da dor, um formão curvo temos obtido correção satisfatória da dis-
porém persistindo contratura em abdução de 30º; não neces- plasia do acetábulo, que passa a conter melhor a cabeça fe-
sitou de nova intervenção cirúrgica. moral.
Em 1 paciente ocorreu fusão entre a cabeça femoral e o A osteotomia no fêmur com varização, encurtamento e
acetábulo, evoluindo com anquilose fibrosa provocada por desrotação realizados no mesmo ato cirúrgico foi o ponto em
defeito na cabeça femoral. Este paciente evoluiu com desa- que cometemos mais falhas, principalmente nos primeiros
parecimento de dor no quadril com medidas incruentas, mas casos, em que subestimamos a varização. Atualmente, com
pela diminuição da mobilidade articular no pós-operatório o uso de placas anguladas a 90º e auxílio de fluoroscopia,
de um ano e sete meses, ocorreu fratura na diáfise do fêmur, temos procurado manter o ângulo cervicodiafisário em posi-
na transição entre o final da placa de síntese e a diáfise. Foi ção vara (abaixo de 140º) para permitir a melhor centração
então submetido à retirada da placa inicial e nova osteossín- da cabeça femoral.
tese com placa, evoluindo para consolidação sem mais inter- As complicações foram devidas a erros de técnica no fê-
corrências. mur, ora faltando varização, como nos casos que subluxa-
Um paciente, após seis meses de pós-operatório, evoluiu ram, ora faltando encurtamento para relaxar a pressão entre
com diminuição da mobilidade articular acompanhada de dor; a cabeça e o teto acetabular, como no caso em que ocorreu a
nas radiografias evidenciou-se ossificação heterotópica, em necrose da cabeça.
situação inferior pericapsular. O paciente, após estudo labo- No caso em que houve a formação da ponte óssea unindo
ratorial da atividade da ossificação, foi submetido a ressec- a cabeça femoral ao acetábulo, o que ocorreu, provavelmen-
ção, sem mais intercorrências. Atualmente, está sem dor e te, foi a presença de um defeito cartilaginoso na cabeça, por
com recuperação da amplitude de movimento articular; foi nós não valorizado, que acabou por unir-se ao enxerto no
então considerado como resultado satisfatório. ilíaco, levando a anquilose óssea.
Tanto nossos resultados como nossas complicações são
DISCUSSÃO semelhantes aos encontrados na literatura(2,4,9,13) nesse tipo
O tratamento das deformidades do quadril nos portadores de tratamento, inferindo que pacientes portadores de parali-
de paralisia cerebral mostra a necessidade de intervenção sia cerebral representam grande espectro de dificuldades, que
precoce, tanto com fisioterapia como com cirurgias ditas não somente os achados radiográficos de suas articulações
“profiláticas”, como tenotomia dos adutores e do iliopsoas, subluxadas ou luxadas.
pois está determinado que é o desequilíbrio entre as forças Em resumo, nossa recomendação é de que, frente a qua-
atuantes adutora-flexoras que leva estes quadris a progressi- dris subluxados ou luxados da paralisia cerebral espástica,
va subluxação e luxação. Agregada a esse desequilíbrio mus- seja o paciente andador ou não andador, há indicação de re-
cular, a ausência da marcha atua como mais um fator de de- construção dessas articulações com os objetivos de prevenir
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