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Fundação Edson Queiroz

Universidade de Fortaleza
Centro de Ciências da Saúde (CCS)
Curso de Psicologia

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO II


PROCESSOS EDUCATIVOS E SOCIAIS

Alunos:

FRANCISCA TAYHANA DE QUEIROZ OLIVEIRA - Matrícula: 1911917

GABRIEL OLIVEIRA SILVINO - Matrícula: 1712549

Supervisora: Profa. Dra. ALINE MARIA BARBOSA DOMÍCIO SOUSA (CRP – 11/2018)

Junho de 2023
Fortaleza, Ceará.
Francisca Tayhana de Queiroz Oliveira

Gabriel Oliveira Silvino

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO II


PROCESSOS EDUCATIVOS E SOCIAIS

Relatório final de estágio apresentado à coordenação


do curso de psicologia da Universidade de Fortaleza,
como requisito parcial para aprovação na disciplina de
estágio curricular na ênfase de processos educativos e
sociais, supervisão da profa. Dra Aline Maria Barbosa
Domício Sousa.

Junho de 2023
Fortaleza, Ceará.
SUMÁRIO

I - Introdução ..........................................................................................................................04

II – Caracterização da Instituição.........................................................................................06

III – Desenvolvimento do Estágio..........................................................................................07

IV – Avaliação das estagiárias................................................................................................14

V – Considerações finais ........................................................................................................16

REFERÊNCIAS .....................................................................................................................17

ANEXOS .................................................................................................................................18

1. Termo de Compromisso de Estágio

2. Ficha de controle de horas de supervisão e de atividades em campo

3. Declaração da Instituição/contratante

4. Termo de compromisso de estágio assinado


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I – INTRODUÇÃO

Este relatório de estágio foi desenvolvido para apresentar os resultados da disciplina


de Estágio II, na ênfase em Processos Educativos e Sociais do curso de Psicologia da
Universidade de Fortaleza – UNIFOR, a partir da atuação na RAPS (Rede de Atenção
Psicossocial), junto ao CAPS geral visando o cuidado em saúde mental na Atenção Básica de
Saúde na UBS de Patacas, localizados no município de Aquiraz. Este relatório tem como
objetivo apresentar as atividades desenvolvidas durante o semestre 2023.1, bem como refletir
sobre nossa prática em campo, apresentando os aprendizados, desafios e crescimentos dos
envolvidos no processo de investigação e vinculação desenvolvido individualmente ou em
grupo.

O estágio diz respeito à disciplina do curso de Psicologia da Universidade de Fortaleza


(UNIFOR). Todas as atividades desenvolvidas tiveram orientação da professora Dra. Aline
Domício. As atividades desenvolvidas em campo possibilitaram experienciar os desafios dos
trabalhos em grupos, além da atenção individual, o exercício do trabalho interdisciplinar com
profissionais da Atenção Básica de Saúde. Durante as atividades em campo a equipe buscou
aproximação com toda a equipe de funcionários que compõem a rede e foi muito bem
acolhida. Um dos objetivos do estágio, foi justamente possibilitar a experiência do campo
profissional, com todos os seus desafios e limitações reais, possíveis e impossíveis. Contudo,
consideramos que este estágio nos engrandeceu imensamente ao aprender a lidar com as
limitações da prática profissional.

Durante todo o processo da formação no curso de psicologia é fornecido conteúdo


teórico para sustentar a prática profissional, é de extrema importância que o estudante passe
pelo aprendizado prático para fortalecer o conteúdo teórico e proporcionar uma melhor prática
profissional. Com isso é possível perceber que o estágio propicia aos alunos desenvolverem
habilidades e competências necessárias para a prática psicológica, entre elas: acolhimento,
empatia, escuta especializada, exercício da criatividade, um planejamento sério, domínio para
a aplicação de intervenções comunitárias, ética, entre outras. As habilidades mencionadas
contribuem para uma uma prática profissional competente. Considerando as afirmações acima
pode-se perceber que essa experiência é importantíssima para a formação da nossa base
profissional.

De acordo com Artigo 1º da Lei (2008), "estágio é ato educativo escolar


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supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho


produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de
educação superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos
anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens e
adultos". Uma definição clara, concisa e objetiva.

A Lei Nº. 11.788/08, é incisiva e política, pois nos seus itens define as atribuições das
instituições de ensino, das empresas e dos agentes de integração, estes são os responsáveis
pela intermediação dos estágios, bem como pela lotação do estagiário na mesma área de
conhecimento do seu curso. Segundo os regulamentos da Lei, a UNIFOR, enquanto
instituição de ensino responsável por seus estagiários, providenciou o pagamento de um
seguro contra acidentes pessoais, competindo a mim, assinar o Termo de Compromisso,
frequentar o estágio, discutir e sanar dúvidas com o orientador e o supervisor de estágio,
aprender, e elaborar relatório condizente à experiência de campo. A proposta do estágio foi
propiciar, a partir de um contexto de prática psicológica, em processos educativos e sociais, a
ação que almeja ser planejada e desenvolver estratégias que facilitem o desenvolvimento dos
indivíduos dentro do seu contexto atual, levando em consideração suas demandas e
necessidades.

O desenvolvimento da disciplina de Estágio em Processos Educativos e Sociais teve


sua importância no aperfeiçoamento das habilidades de observação participante, a experiência
de visita domiciliar no território, escuta individual qualificada, manejo na condução de grupos
e intervenção comunitária numa organização ou instituição, a saber, no diálogo construtivo
entre o saber acadêmico e a prática discente, num aprofundamento do exercício profissional
do psicólogo com ênfase na atuação comunitária, a saber, diagnóstico, planejamento e
desenvolvimento de estratégias de intervenção; intervenção do psicólogo em processos de
aprendizagem social e em contextos educativos; prática do psicólogo na diversidade de
ambientes institucionais socioeducativos; dinâmica das interações entre os agentes externos e
o psicólogo.

Nesse sentido, a dupla de estagiários realizou atividades conforme as demandas de


cada serviço que compõem a RAPS Aquiraz. As atividades foram distribuídas entre grupo
operativo, abordagens individuais de escuta e acolhimento, visitas domiciliares, participação
em reuniões com os profissionais da RAPS, ações de matriciamento, bem como ações de
mobilização em saúde mental do ponto de vista do município.
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II – CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

O CAPS Geral é um serviço aberto e comunitário inserido no Sistema Único de Saúde


(SUS) e objetiva o acolhimento de pessoas que sofrem com transtornos mentais severos e ou
persistentes, ofertando o cuidado integral promovendo a socialização dos pacientes, a fim de
promover o bem estar bio-psico-social, espiritual e cultural para os moradores das
comunidades dentro do território. Além disso, o CAPS é responsável por organizar a rede de
saúde mental nos distritos, supervisionando e capacitando os profissionais da rede básica de
saúde e das unidades hospitalares, regulando a porta de entrada da rede de assistência e
cadastrando os pacientes que utilizam medicação psiquiátrica (RAMMINGER, BRITO,
2011).

O CAPS Geral, atua como CAPS 1, e é composto por uma equipe multiprofissional,
sendo 04 psiquiatras, 04 psicólogos, 01 assistente social, 02 recepcionistas, 02 agentes
administrativos, 01 coordenadora (formada em psicologia), 01 terapeuta ocupacional, 01
técnica em enfermagem, 01 cozinheira, 01 auxiliar de serviço geral E 01 MOTORISTA. Os
CAPS 1 são destinado a servir locais com população entre 20.000 e 70.000 pessoas, sendo
referência para regiões de até 50.000 habitantes e sem limite de idade para os pacientes,
fazendo acompanhamento, realizando tratamento medicamentoso e psicoterápico, visitas
domiciliares e atendimento às famílias (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). O município de
Aquiraz tem mais de 80 mil habitantes e está em vias de solicitar a habilitação para o CAPS 2.

É válido ressaltar que os Centros de Assistência Psicossocial (CAPS) no Brasil


surgem em lei obrigatória em 2002, fruto do movimento da Luta Antimanicomial que lutou
para desconstruir uma cultura da institucionalização da loucura e buscava dar voz aos sujeitos
desajustados a uma sociedade. Contudo, mesmo com avanços na prática da
desinstitucionalização da loucura ainda há muitos desafios a serem vencidos, como a
repetição de práticas medicalizadas e individualizantes que acontecem nos CAPS. Muitas
vezes, há superaquecimento do sistema, no qual a quantidade de pacientes não é compatível
com o porte do CAPS. Ainda há um foco no indivíduo na instituição (RODRIGUES;
CARVALHO; XIMENES, 2011). Assim, usuário se utiliza do serviço prestado mas fora dali
não há suporte e inserção do sujeito em outras instituições na sociedade como um todo.
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Portanto, as ações realizadas nas UBSs, e em outros componentes da RAPS de


Aquiraz, fazem parte de um modelo de cuidado em Saúde Mental que busca descentralizar os
saberes especificamente dentro do CAPS e potencializar a rede para ofertar cuidados a essa
população, dentro do seu território. Para isso, foram realizadas ações integradas e contínuas
entre as equipes interdisciplinares a partir da participação dos estagiários do CAPS Geral,
bem como do apoio matricial. Dentre os territórios do Município de Aquiraz, ficamos com a
área Patacas/Araças. As ações no território foram realizadas tanto nas UBSs, através de
atividades do tipo sala de espera, grupo operativo, visitas domiciliares (acompanhamento da
equipe profissional) e eventuais projetos pontuais realizados em colaboração entre equipes.

O trabalho efetivado se realizou através de técnicas e práticas comunitárias, com


recursos lúdicos, tais como: a proposta de colagens, músicas e curtigrama, recursos que
facilitaram o desenvolvimento dos usuários do serviço e a troca de experiências entre eles.

III – DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO

A atuação dos estagiários na UBS (Unidade Básica de Saúde) de Patacas e Araçás


ocorreu em três estágios iniciais: mapeamento, matriciamento e busca ativa. Primeiramente
fizemos um mapeamento no CAPS geral da população que reside nessas localidades, visando
compreender as principais necessidades desses usuários, após uma busca feita nos prontuários
identificamos que muitos destes estavam à procura do CAPS para renovação de receitas, com
queixas diagnosticadas na maioria dos prontuários com transtornos ansiosos e depressivos de
nível leve a moderado, acarretando o aumento da fila de espera por atendimento no CAPS
geral. No segundo estágio da nossa ação entramos em contato com a enfermeira chefe da UBS
para uma intervenção coletiva de apoio matricial visando compreender a lógica dos
encaminhamentos indiscriminados.

O apoio matricial, segundo Gonçalves (2011), visa lançar um novo olhar para a lógica
tradicional no qual se baseia o sistema de saúde, por meio de ações mais horizontais, nesse
sentido almeja-se sair dos problemas hierarquizados na verticalidade como, por exemplo, as
transferências de responsabilidade, possíveis falhas de comunicação entre os serviços, o
surgimento das filas de espera e consequentemente uma perda de vínculo dos usuários com a
UBS local. Após uma reunião com a equipe matriciadora composta pela coordenadora
Municipal de saúde mental de Aquiraz, os coordenadores dos CAPS (geral, infantil e AD), a
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equipe da ESF composta por médicos e enfermeiras da UBS, uma estagiária de psicologia e
duas alunas de estágio em práticas comunitárias da UNIFOR, onde todos foram ouvidos,
ressaltou-se a necessidade em pensar nas questões de diagnóstico, encaminhamentos e
excesso de medicalização da população.

Assim, a equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF) revelou o que sabe sobre os
hábitos dos usuários do serviço, informações sobre o contexto familiar dos mesmos, suas
formas de viver em comunidade e sua rede de apoio social ou pessoal. Deste modo, a equipe
de matriciamento contribui com seus conhecimentos sobre saúde mental, possíveis
contribuições nesse sentido e o impacto que a realização desse trabalho pode exercer
positivamente na vida desses usuários (CHIAVERINI, 2011).

Nessa intervenção coletiva as questões que emergiram foram pautadas na


horizontalidade e dentro do campo das possibilidades fomos nos encaminhando para nossa
terceira fase de busca ativa, feita pela equipe da estratégia em saúde da família (ESF) em
parceria com os estagiários de psicologia sobre a supervisão e orientação da coordenadora do
CAPS geral. Em um segundo encontro matricial com a coordenadora do CAPS geral, a
enfermeira chefe da UBS e duas estagiárias de psicologia, foram definidas a criação de dois
grupos, com base nas abordagens individuais, no mapeamento dos usuários do CAPS e as
demandas espontâneas que surgiram na UBS.

Com relação à dinâmica de funcionamento dos grupos, ficou definido que um grupo
aconteceria de forma quinzenal com a facilitação de uma estagiária e co-facilitação dos
estudantes de psicologia comunitária, visando abranger a prevenção às violências contra o
feminino, no entanto, o grupo não conseguiu se formar, foram feitas salas de espera e rodas de
conversa com a população durante um período, porém não obtivemos adesão do público
-alvo. O segundo grupo proposto aconteceu semanalmente e contou com a facilitação de dois
estagiários do CAPS geral. O grupo foi desenvolvido para usuários que já realizaram
tratamento psicológico e/ou psiquiátrico para ansiedade ou ainda em tratamento, cadastrados
na UBS de Patacas e Araçás, e usuários da unidade que fazem uso medicamentoso de
ansiolíticos ou antidepressivos mas que são acompanhados em seu próprio território.

O intuito do projeto tinha como estratégia não somente à criação dos grupos, mas à
facilitação de iniciativas que perdurassem enquanto serviços e conjunto de ações permanentes
dentro da RAPS. Nesse panorama, o projeto Grupo Esperançar: dialogando com a ansiedade,
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ocorreu durante os meses de março a maio de 2023 durante as quartas-feiras, inicialmente


como especificado anteriormente o grupo estava aberto sem distinção de gênero, porém, a
adesão absoluta foi do gênero feminino em todos os nossos encontros.

A organização das atividades do grupo foram divididas em 3 encontros com o grupo


propriamente dito e a realização de 1 rodada mensal de atendimentos individuais dos
membros dos grupos, como uma estratégia de tentar abarcar tanto as demandas e conteúdos
que eram trazidos para o grupo como o acompanhamento de como estava sendo a experiência
ali em desenvolvimento em cada usuários dentro do âmbito individual e particular.

Na nossa dinâmica, buscamos sempre começar pela apresentação de cada um dos


presentes, iniciando, protocolarmente pelos estagiários e facilitadores dos grupos, ao passo
que introduzimos o espaço do grupo e a que ele se propunha: uma espaço de escuta e
acolhimento, de compartilhamento de vivências e protegido pelo sigilo ético. Em seguida,
abriamos para os demais membros para que contasse um pouco de si e dos motivos que
haviam procurado o grupo terapêutico.

De início, perguntamos para as participantes: O que era ansiedade para você? Tendo
em vista que nosso objetivo no grupo também envolvia um trabalho de promoção de saúde.
Nesse sentido, um dos pontos fundamentais que buscamos operar nos primeiros encontros do
grupo era a possibilidade não só de dialogar com os envolvidos sobre a sintomatologia do
transtorno do espectro da ansiedade, mas justamente propiciar as melhores condições para um
elemento que era fundamental dentro daquele processo: a fala.

Desenvolver as discussões na articulação de narrativas de sofrimento cotidiano, seu


mal-estar, de fazer mediação entre aquilo com que as participantes poderiam se escutar e de
reconhecer os afetos e sentimentos que muitas vezes não encontram as condições para serem
autorizadas e reconhecidas. Com isso, acabava que nas nossas dinâmicas, apesar de ter uma
temática delimitada formalmente, as discussões do grupo se abriram para outros temas dos
mais diversos e livres possíveis.

Uma das característica já mencionadas aqui é que os membros dos grupos é que a sua
adesão foi integralmente composta por mulheres, das mais diversas faixas etárias, residentes
da região, algumas migraram para a região tem pouco tempo, de classe sociais menos
favorecidas, muitas ligadas ao mercado de confecção, que é forte do polo industrial no
território, mas também cabeleireira, recepcionista, professora, assistente social, empregadas
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domésticas, donas de casa ou que realizam pequenos serviços. Nesse sentido, todas
apresentavam queixas a respeito de sintomas mais ou menos típicos como dores no corpo,
cansaço, traumas psicológicos, dificuldades para dormir, pensamento acelerado, isso salvo
algumas ocorrência como humor irritadiço, sensação de sufocamento, choro, uma baixa
estima de si e paralisias corporais.

Por contingência, no fato do recorte de gênero, muitas das demandas que elas traziam,
tanto no grupo quanto nos atendimentos individuais e nas entrevistas de acolhimento estavam
também relacionadas às condições ligadas aos papéis socioculturalmente estabelecidos para a
mulher como por exemplo, questões ligadas à maternidade e as dificuldades impostas por
condições estruturais de família menos socialmente favorecidas.

Questões em determinadas faixas etárias a relação aos filhos e a casa também


aparecia e incidia de forma diferente (filhos que moram juntos, filhos que vão nascer, filhos
que já saíram de casa, filhos que moram distante, etc.). Questões ligadas à conjugalidade e
relacionamentos de forma geral, como no âmbito de insatisfações relacionais, de
distanciamento de membros da família ou no caso de lutos de companheiros ou de pessoas
queridas, de perda oriunda do envelhecimento do corpo mas, também, sobretudo, problemas
de ordem cultural que emergiram como casos de violência de gênero, doméstica, no trabalho,
assédios, violência psicológica e abandonos, questões ligadas ao uso de substâncias e de
gênero, no sentido mais amplo do termo .

Por fim, é também algo que surgia de forma categórica e quase unânime era o
sofrimento ligado ao trabalho, desde carga horária excessiva, não conseguir tirar férias ou se
aposentar a angústias agudas ligadas a relação com ter que ir trabalhar (ou não conseguir ir),
precisar se manter firme e muitas vezes silenciada em relação a situações de profunda
insalubridade psíquica.

Nesse contexto, nosso grupo apresentou movimentos em que às vezes havia alguns
membros que viam e ficavam, mas que às vezes acabavam faltando num determinado
momento e que hora retornavam. Algumas viam e não voltavam. Com isso, ocorria um
espécie de revezamento dos membros, onde sempre haviam membros novos, portanto sempre
tínhamos que repetir as dinâmicas de apresentação.

Fora isso, propúnhamos, nas etapas seguintes no caminhar do grupo, introduzir


dinâmicas propícias como estratégias para enriquecimento daquele espaço e favorecer adesão
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entre os membros. Portanto, foram utilizadas atividades como equipamentos de som e


momentos de relaxamento, exercícios de respiração, rodas de colagem, utilização de músicas
com letras dentro do contexto ao que o grupo propunha, contação de história e uso do
curtigrama. Todas atividades que buscavam o restabelecimento dos membros dentro daquele
espaço, na sua presença e do encontro com sua própria temporalidade, tão afetada dentro dos
transtornos ansiosos.

O grupo teve seu encerramento no dia 24 de maio, com a celebração, partição de


lanches e um momento de confraternização, onde os participantes do grupo puderam
compartilhar suas expectativas em relação à continuidade do grupo, seus processos durante o
decorrer dos nossos encontros, e receber um retorno positivo significativo de cada integrante.
Como estagiários, tivemos a oportunidade não apenas de agradecer as integrantes, mas
também de identificar o potencial para a continuidade do grupo. Houve sugestões das
participantes que podem ser aprofundadas no próximo semestre, tais como: aumento do
tempo de duração dos encontros, interesse em atividades que envolvam colagens, pintura e
práticas integrativas como escalda-pés e Reiki. Outro ponto que surgiu em vários encontros
foi o fato de o grupo ter se formado exclusivamente com participantes do gênero feminino.
Segundo as usuárias, essa composição as deixou mais confortáveis e abertas para compartilhar
suas vivências.

Nesse sentido, podemos perceber que o trabalho comunitário na Atenção Primária de


Saúde é potencializado quando fomentamos a criatividade e as expressões artísticas. Essas
podem ser consideradas instrumentos importantes que auxiliam na construção do método de
vivência e análise da atividade comunitária. Na UBS de Patacas, as intervenções criativas se
destacaram, juntamente com a escuta e o acolhimento, recebendo um retorno positivo dos
usuários. Foi observado o quanto essas intervenções ajudaram na promoção da saúde mental
desses indivíduos, proporcionando um ambiente em que eles pudessem ser livres para se
expressar e compartilhar suas experiências pessoais. Esse espaço se constituiu como um lugar
para produzir manifestações subjetivas e valorizar as diversas formas de ser no mundo.

De acordo com Andrade & Morato (2004) quanto mais o sujeito se vê reconhecido
em sua singularidade, mais ele potencializa a sua existência, por isso nota-se a importância
desse trabalho na RAPS junto à atenção básica de saúde, realizando práticas que promovam o
acolhimento ao sofrimento humano e o desenvolvimento compartilhamento de vivências e de
produções simbólicas feitas pelo grupo, pois estas intervenções possibilitam um espaço de
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cuidado, ressignificação de experiências e emoções dos sujeitos a partir do contato com a sua
produção e também ajudam na ampliação de redes sociais, visto que estabelecimento de
vínculos foi uma das demandas que surgiu no grupo. Essas intervenções possibilitaram
momentos de tamanha riqueza nas reuniões grupais.

O planejamento, o estudo e a escrita foram técnicas necessárias neste processo de


trabalho comunitário na RAPS. Além de planejar as intervenções com base nas necessidades
dos usuários do serviço, os estagiários realizaram leituras recomendadas pela supervisora,
para uma melhor capacitação da atuação no campo. Assim como foram realizados registros
semanais, onde continha o planejamento de cada intervenção e como foi o funcionamento do
grupo em cada dia.

Foram realizadas escutas individuais com o objetivo de proporcionar um local de


acolhimento e escuta ativa, com intuito de atender as demandas emergenciais e particulares
das participantes, que não poderiam ser trabalhadas no grupo. Nestes atendimentos foi
realizada a técnica de escuta ativa, como também o acolhimento e encaminhamentos
necessários junto aos profissionais da UBS. De acordo com Schmidt (2004) os atendimentos
emergenciais oferecem acolhimento que dispõe de um cuidado em relação às experiências
emocionais, sendo este atendimento constituído de uma atenção singular para a experiência
que sujeito está trazendo no momento em que busca por ajuda, deve-se estar atento aos
recursos subjetivos e sociais para dispor desse cuidado, sendo uma prática que requer
sensibilidade na sua ação, de acordo com a pluralidade humana.

Os atendimentos individuais emergenciais tem por objetivo amenizar o sofrimento do


indivíduo naquele momento, por tanto, se a demanda pelo atendimento requer questões que
envolvem outros serviços senão o serviço da psicologia, é orientado que encaminhamos esse
sujeito para uma instituição que oferece o serviço que está sendo solicitado na sua demanda,
sendo o encaminhamento um tipo de intervenção necessária em alguns casos, visto que
levamos em consideração todas as demandas para assim, propiciar qualidade de vida para os
indivíduos.

Quadro 01 - Desenvolvimento das Ações do Estágio em Processos Educativos e sociais

Objetivos Descrição da Resultado das ações planejadas


atividade
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Condução de Este objetivo foi alcançado a partir da condução do processo


atendimentos de escutas individuais e acolhimentos, busca ativa de
individuais, prontuários e reuniões de matriciamento. Em seguida, ao
podendo se iniciar os atendimentos foi fornecido uma escuta
caracterizar por Atendimento individualizada ao sujeito, explicando brevemente no
um atendimento individual. começo como funcionaria o procedimento proposto e quais
inicial ou de os objetivos. Ao longo do processo, se deu a escuta e o
acordo com a acolhimento. No final, os atendimentos foram finalizados
necessidade. com a facilitação e promoção de reflexões acerca das
experiências trazidas pelo cliente, ou foi dado
encaminhamentos de acordo com a demanda que o sujeito
solicitou.
Compreender as Este objetivo foi alcançado durante encontros
necessidades interdisciplinares com a equipe e nas escutas e acolhimentos
dos usuários e Levantamento de feitos com os usuários do serviço. Após esse levantamento,
da UBS para necessidades. foram planejadas intervenções para confirmar as
planejar as necessidades expostas nesse contexto. Após a confirmação
melhores iniciou-se o processo de planejamento das intervenções do
intervenções estágio e formação do grupo.
para o grupo.
Realização dos Este objetivo foi alcançado, quando logo após os
registros Alimentação de atendimentos grupais, eram realizados os registros de como
grupais e dos prontuários. o processo se sucedeu naquele dia, relatando a participação
atendimentos dos sujeitos no grupo, considerando a intervenção utilizada e
individuais os objetivos. Os atendimentos individuais também foram
registrados, transcorrendo o nome, a demanda e como
ocorreu esse processo individual.
Proporcionar Este objetivo foi alcançado quando foi planejado técnicas e
momentos de intervenções que abriram espaço para auto reflexão e
autorreflexão e expressão de sentimentos através de uma escuta ativa e
Momento Grupal. acolhedora, técnicas de relaxamento e métodos artísticos.
expressão dos
Assim como, através das atividades sempre divididas em
sentimentos, grupos proporcionou um maior entrosamento entre os
fortalecendo indivíduos ali presentes. O momento de partilha também
vínculos uns proporcionou um maior fortalecimento de vínculo entre os
com os outros. integrantes do grupo e os facilitadores.
Conhecer o Este objetivo foi alcançado quando foi realizada a reunião de
funcionamento Visita de campo matriciamento dos CAPS geral, infantil e AD na UBS de
da RAPS e o às unidades Patacas. Nesse momento foi possível compreender como a
básicas de saúde RAPS trabalha a saúde mental na atenção primária de saúde.
trabalho feito no
de Aquiraz, salas utilizamos da sala de espera para entrar em contato direto
CAPS geral de espera e com os usuários, informá-los e orientá-los sobre nossas
junto à atenção encontros atividades na UBS. Foi realizada, também, encontros
primária de interdisciplinares interdisciplinares com profissionais de outras áreas que
saúde com profissionais atuam nessas unidades, para juntos desenvolvermos um
que compõem a trabalho que respeitasse e abrangesse todos os saberes.
rede.
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IV - AVALIAÇÃO DAS ESTAGIÁRIAS

Francisca Tayhana de Queiroz Oliveira: Fico feliz em concluir neste semestre minha
experiência de estágio na RAPS (Rede de Atenção Psicossocial) e, especificamente, na UBS
(Unidade Básica de Saúde) de Patacas e Araçás. Foi extremamente importante para o meu
crescimento acadêmico, pessoal e social. Compreender a importância da psicologia
comunitária na saúde da população e vivenciar o Sistema Único de Saúde (SUS) em toda a
sua complexidade e grandiosidade é realmente valioso. Aprender na prática o que muitos
alunos só conhecem nos livros é uma oportunidade única. É inspirador encontrar profissionais
que fazem a diferença e acreditam na possibilidade de uma saúde pública para todos,
respeitando as singularidades e subjetividades de cada indivíduo. Os desafios certamente são
grandes nesse caminho, mas é reconfortante saber que há pessoas engajadas na⁷ construção de
uma saúde pública mais inclusiva. Agradeço a parceria dos colaboradores da UBS de Patacas,
que nos acolheram em seu território e contribuíram para a minha formação como futura
profissional em psicologia. Agradeço também meu colega de jornada que por várias vezes se
perdeu comigo no desbravamento do território e me ajudou bastante nas intervenções dos
grupos. Depositei meu estudo, trabalho, dedicação e afeto nessa região, construindo grandes
histórias que deixaram marcas duradouras em minha trajetória. Por fim, expresso meu
reconhecimento à minha supervisora pelo papel fundamental que desempenhou, fornecendo
orientações, ensinamentos e compreensão diante das dificuldades pessoais e acadêmicas que
surgiram ao longo do percurso. É admirável ter uma referência em psicologia comunitária
latino-americana, alguém que está compartilhando conhecimentos que vão além dos livros.
Termino este semestre, sabendo que minha experiência na RAPS e na UBS de Patacas e
Araçás será um alicerce sólido para minha atuação profissional futura. Continuarei fazendo a
diferença e contribuindo para a construção de uma sociedade mais saudável e acolhedora.

Gabriel Oliveira Silvino: Não foi o meu primeiro contato com uma prática dentro da
psicologia comunitária, mas foi a primeira dentro do sistema público de saúde e também o
primeiro contato com RAPS. Destaco dessa experiência um primeiro momento de
desorientação devido a imensidão e a complexidade que envolvem as dinâmicas da rede, das
instituições envolvidas e interligadas, os múltiplos serviços orientados e campos de atuação, a
gama e a diversificação própria em cada território que detém a sua própria particularidade,
que são elementos que, num primeiro contato, podem levar um certo tempo para se ter uma
certo enquadramento. Quero crer que, passado esse primeiro contato, uma maior apreciação
do contexto em que se está inserido torna e tornou a minha experiência vivida dentro da
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RAPS como uma imersão não só dentro de uma realidade, mas em múltiplos palcos que
envolvem não só as instituições, mas as pessoas que compõem essas instituições e que
ocupam os espaços criados por elas.

O mais interessante desse estágio é a possibilidade de entrar em contato com as vidas


envoltas ali. Não só penso que é um privilégio operar junto dos profissionais dos mais
variados campos, de atuar dentro das dinâmicas da rede, mas também de entrar em contato
com histórias de vida. Com muita alegria, tive a oportunidade de acompanhar a formação e
operação de um grupo terapêutico, e em conjunto com colegas queridas para poder contar
essas experiências com a formação desse espaço de acolhimento, de facilitar o próprio
movimentos dos moradores da região ao se articularem em prol de um pequeno mas talvez
importante passo que busca uma melhor qualidade de vida e saúde para dentro da
comunidade. Fora isso, todas visitas e diálogos que tivemos com Acs, as reuniões
comunitárias, das movimentações são enriquecedoras para o entendimento não só da
importância da RAPS, mas o que fundamentalmente essencial é o conhecimento da vida
comunitária, da história que aquelas pessoas tem com sua terra, com seu passado e,
principalmente e talvez o mais importante, é da forma como elas se organizam e se orientam
para o futuro, e de como isso requer um trabalho que é árduo, é desafiador, mas que envolve o
desenvolvimento de um cuidado, com as pessoas mas, também, com aquilo que elas têm em
comum, da realidade que elas compartilham e que precisam se manter atuantes em relação as
formas e transformações que querem dentro dela.

Em suma, queria agradecer a minha professora e supervisora, pela oportunidade de atuação


dentro RAPS, pelas orientações em meio a caminhada e pela confiança. Agradeço aos
funcionários do CAPS geral e da UBS de Patacas/Araçás pelo acolhimento, pela generosidade
e assistência no nosso trabalho conjunto. Às pessoas da comunidade, dos atendimentos e dos
grupos terapêuticos, que tiveram a iniciativa, a coragem e a confiança no nosso trabalho, e do
qual esperamos estar à altura de lhes propiciar um suporte de maneira apropriada. E,
finalmente, queria agradecer as minhas queridas colegas de estágio, pelo apoio, pelas caronas,
pelos momentos de alegria e divertimento, mas também pela presença em momentos de
dificuldade e embaraço, pela solidariedade e compartilhamento de momentos tão ricos sem a
qual talvez não teria sido possível a minha participação nesse estágio.
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V - CONSIDERAÇÕES FINAIS

A proposta deste estágio e os objetivos que fomentaram a produção do plano de


prática foram alcançados de maneira satisfatória, uma vez que foi possibilitado atuar em cada
um dos objetivos no plano elaborado. O estágio possibilitou maior compreensão não só dos
Processos Educativos e Sociais, como também de um conhecimento sobre o funcionamento
da RAPS, sobre o fazer psicologia na prática comunitária e a importância da utilização do
matriciamento, dos grupos e da inserção nas atenção básica para o processo de saúde do
sujeito. Dentro do que é acreditado pactuar em uma postura ética, no exercício discente nessa
disciplina de estágio, houve orientação de forma que oportunizou um aprofundamento na
compreensão da área da psicologia comunitária, o papel do psicólogo dentro da RAPS.
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REFERÊNCIAS

ANDRADE, Ângela Nobre de; MORATO, Henriette Tognetti Penha. Para uma
dimensão ética da prática psicológica em instituições. Natal: Estudos de Psicologia,
2004.
CHIAVERINI, Dulce Helena et al. Guia prático de matriciamento em saúde mental.
2011.
GONÇALVES, Daniel Almeida et al. Guia prático de matriciamento em saúde mental.
Brasília: Ministério da Saúde, Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011.

LIMA. M.R.M.L. MARINHO FILHO. J.F. UM OLHAR SOBRE A APLICAÇÃO DA


NOVA LEI DO ESTAGIÁRIO–LEI Nº 11.788/08. RACE-Revista de Administração do
Cesmac, v. 5, p. 344-360, 2019. Disponivel em:
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MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 336, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2002.


Disponível em:
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RODRIGUES, Dayane Silva; DE CARVALHO, Maria Aparecida Alves Sobreira;


XIMENES, Verônica Morais. A comunidade como espaço de produção de saúde mental:
contribuições da psicologia comunitária ao processo de desinstitucionalização. Estudos e
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SCHMIDT, Maria Luisa Sandoval. Plantão psicológico, universidade pública e política de


saúde mental. Estudos de Psicologia, Campinas, 2004.
18

ANEXOS

1. Termo de Compromisso de Estágio

2. Ficha de controle de horas de supervisão e de atividades em campo

3. Declaração da Instituição/contratante

4. Termo de compromisso de estágio assinado


REGISTROS FORMAIS DO DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO EM CAMPO

SEMESTRE 2023.1

1. FICHA DE CONTROLE DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO

Atividades desenvolvidas FEV MAR ABR MAI JUN


Pesquisa bibliográfica X X X X
Elaboração e Entrega do Plano do Trabalho X X X
Observações no campo X X X
Pesquisa documental X
Participação em supervisões X X X X
Escrita do Relatório Final X
Entrega do Relatório Final X
Conclusão das atividades X

2. CRONOGRAMA DAS SUPERVISÕES TAYHANA

DATA HORÁRIO ATIVIDADES OBSERVAÇÃO


01/02 15:30hs às 17:30hs Supervisão 02hs
08/03 15:00hs às 17:30hs Supervisão 02 hs 30 min
15/03 15:00hs às 17:30hs Supervisão 02hs 30 mim
22/03 15:00hs às 17:30hs Supervisão 02 hs 30 min
29/03 15:30hs às 17:30hs Supervisão 02hs
05/04 15:30hs às 17:30hs Supervisão 02hs
19/04 15:30hs às 17:30hs Supervisão 02hs
26/04 15:00hs às 17:30hs Supervisão 02hs 30 mim
03/05 15:30hs às 17:30hs Supervisão 02hs
10/05 14:00hs às 19:00hs Supervisão 03hs
17/05 15:00hs às 17:30hs Supervisão 02 hs 30 min
24/05 15:30hs às 17:30hs Supervisão 02hs
31/05 15:00hs às 17:30hs Supervisão 02 hs 30 min
30H

CRONOGRAMA DAS SUPERVISÕES GABRIEL

DATA HORÁRIO ATIVIDADES OBSERVAÇÃO


01/02 15:30hs às 17:30hs Supervisão 02hs
08/02 15:00hs às 17:30hs Supervisão 02 hs 30 min
15/02 15:30 hs às 17:30hs Supervisão 02hs
08/03 15:30hs às 17:30hs Supervisão 02hs
15/03 15:00hs às 17:30hs Supervisão 02 hs 30 min
29/03 15:30hs às 17:30hs Supervisão 02hs
05/04 15:00hs às 17:30hs Supervisão 02hs
12/04 15:00hs às 17:30hs Supervisão 02 hs 30 min
19/04 15:30hs às 17:30hs Supervisão 02hs
26/04 15:00hs às 17:30hs Supervisão 02hs 30 mim
03/05 15:30hs às 17:30hs Supervisão 02hs
17/05 15:00hs às 17:30hs Supervisão 02 hs 30 min
24/05 15:30hs às 17:30hs Supervisão 02hs
31/05 15:00hs às 17:30hs Supervisão 02 hs 30 min
30H

REGISTROS FORMAIS DO DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO EM CAMPO

SEMESTRE 2023.1

3. CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO TAYHANA

DIA HORÁRIO ATIVIDADES OBSERVAÇÃO


08/02 12:00h às Conhecimento da equipe de UBS 06h
18:00h Patacas/Apresentação dos estagiários
/Sala de espera e acolhimento
01/03 12:00h às Participação da reunião de 06h
18:00h matriciamento com equipe
interdisciplinar/Levantamento de
necessidades/ sala de espera
08/03 12:00h às Reunião com enfermeira chefe da 06h
18:00h UBS Patacas /Escuta individual
15/03 12:00h às Escuta individual 06h
18:00h
22/03 12:00h às Escuta individual/ sala de espera 06h
18:00h
29/03 12:00h às Escuta individual/ reunião com 06h
18:00h enfermeiras da unidade de Patacas
05/04 12:00h às Intervenção grupal 06h
18:00h
19/04 12:00h às Visita domiciliar 06h
18:00h
26/04 12:00h às Escuta individual com participantes do 06h
18:00h grupo
03/05 12:00h às Intervenção grupal 06h
18:00h
10/05 12:00h às Reunião interdisciplinar com 06h
18:00h enfermeiras sobre projeto Andorinha
Voa/ intervenção grupal
17/05 12:00h às Escuta individual com integrantes do 06h
18:00h grupo
24/05 12:00h às finalização do grupo 06h
18:00h
31/05 12:00h às Finalização do semestre com equipe 06h
18:00h de funcionários
84h

CRONOGRAMA DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO GABRIEL

DIA HORÁRIO ATIVIDADES OBSERVAÇÃO


08/02 12:00h às Conhecimento da equipe de UBS 06h
18:00h Patacas/Apresentação dos estagiários
/Sala de espera e acolhimento
15/02 12h às 18h Primeira reunião de organização/ 06h
divisão das atividades dos estagiários
do CAPS e reunião com Equipe UBS
Patacas
08/03 12:00h às Reunião com enfermeira chefe da 06h
18:00h UBS Patacas /Escuta individual
15/03 12:00h às Escuta individual 06h
18:00h
29/03 12:00h às Escuta individual/ reunião com 06h
18:00h enfermeiras da unidade de Patacas
05/04 12:00h às Intervenção grupal 06h
18:00h
12/04 12:00h às Intervenção grupal 06h
18:00h
19/04 12:00h às Intervenção grupal 06h
18:00h
26/04 12:00h às Escuta individual com participantes do 06h
18:00h grupo
03/05 12:00h às Intervenção grupal 06h
18:00h
17/05 12:00h às Escuta individual com integrantes do 06h
18:00h grupo
24/05 12:00h às finalização do grupo 06h
18:00h
31/05 12:00h às Finalização do semestre com equipe 06h
18:00h de funcionários
78h
4. CRONOGRAMA DA FORMAÇÃO CONTINUADA TAYHANA

DIA HORÁRIO ATIVIDADES OBSERVAÇÃO


02/05/23 19:00h às Nuances da Psicologia Educacional e 02h
21:00h Escolar: entre a prática e a pesquisa
03/05/23 17:00 h às Diversidade nas Experiências de 02h
19:00h Estágio em Psicologia - Processos
Educativos e Sociais
04/05/23 09h às 11:30h SINDPSI e CRP 02h
09/03/23 08h às 12h Violências em diferentes contextos: 04h
conhecer para proteger
13/04/23 9:00h às As possibilidades da psicologia 02h
11:00h ambiental na educação
12h

CRONOGRAMA DA FORMAÇÃO CONTINUADA GABRIEL

DIA HORÁRIO ATIVIDADES OBSERVAÇÃO


02/05/23 19:00h às Nuances da Psicologia Educacional e 02h
21:00h Escolar: entre a prática e a pesquisa
03/05/23 17:00 h às Diversidade nas Experiências de 02h
19:00h Estágio em Psicologia - Processos
Educativos e Sociais
04h

5. OUTRAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS TAYHANA

DIA HORÁRIO ATIVIDADES OBSERVAÇÃO


27/02 09h às 11h Planejamento de intervenção grupal 02h
04/03 18h às 17h Planejamento de intervenção grupal/ 01h
Estudos individuais
05/03 20h às 22h Estudos individuais 02h
06/03 08h às 10h Produção de material 02h
08/03 08h às 09h Produção do Plano de Estágio 02h
09/03 08h às 11h Produção de plano de estagio 02h
10/03 09h às 11h Produção de material 03h
21/03 09h às 16h Registro de prontuários 02h
27/03 09h às 12h Gráfica impressões de materiais 03h
28/03 20h às 22h Produção do Plano de Estágio 02h
30/03 19h às 23h Produção do Plano de Estágio 02h
31/03 09h às 11h Produção do Plano de Estágio 02h
04/04 09h às 11h Planejamento de intervenção grupal 02h
13/04 22h às 23h Registro de prontuários 01h
09/05 17h às 18h Planejamento de intervenção grupal 01h
23/05 20h às 22h Planejamento de intervenção grupal 02h
28/05 20h às 22h Produção do Relatório Final 02h
29/05 19h às 21h Produção do Relatório Final 02h
30/05 19h às 20h Planejamento de intervenção grupal 01h
02/06 11h às 13h Produção do Relatório Final 02h
04/06 08h às 09h Produção do Relatório Final 01h
39h

Centro de Ciências da Saúde


Curso de Psicologia

DECLARAÇÃO

Declaro, para fins de prova junto à Coordenação do Curso de Psicologia desta Universidade,
que os alunos: FRANCISCA TAYHANA DE QUEIROZ OLIVEIRA - Matrícula: 1911917 e
GABRIEL OLIVEIRA SILVINO - Matrícula: 1712549, regularmente matriculados, durante o
semestre 2023.1, na disciplina de Estágio na ênfase de Processos Educativos e Sociais,
cumpriram 90 horas de estágio, sendo distribuídas em 50 horas de atividades junto ao campo
da Pastoral do Povo da Rua no centro da cidade de Fortaleza/Ceará, 04 horas de formação
continuada ofertada na UNIFOR, além de 36 horas de supervisão (teórica/campo), tendo sido
aprovadas na disciplina com nota máxima de 10,00 pontos.

Fortaleza, 05 de junho de 2023.


Aline Maria Barbosa Domício de Sousa (CRP - 11/2018)
Professora Orientadora

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