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PSICOLOGIA — BACHARELADO

GABRIEL HENRIQUE NUNES FRANCO

ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO


TRABALHO

CORUMBÁ

2023
GABRIEL HENRIQUE NUNES FRANCO

ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL E DO


TRABALHO

Estágio em Psicologia Organizacional e do Trabalho


realizado no 9º semestre do Curso de Psicologia na
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul —
Campus do Pantanal.

CORUMBÁ

2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO............................................................................................................................
1.1 Da instituição..........................................................................................................................
2. METODOLOGIA....................................................................................................................................................
3. ASPECTOS DA ANÁLISE E PROPOSTA DE INTERVENÇÃO......................................................................
3.1. Proposta de intervenção....................................................................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................................
APÊNDICE..................................................................................................................................................................
OBSERVAÇÕES....................................................................................................................................................
IMAGENS...............................................................................................................................................................
1. INTRODUÇÃO

Conforme o Regulamento de Estágio do Curso de Psicologia da Universidade Federal


de Mato Grosso do Sul — Campus do Pantanal. O estágio está ancorado pela Lei
n.º11.788/2008 descrito como um ato educativo e definido como “uma atividade de
aprendizagem profissional, social e cultural”, proporcionando ao acadêmico uma preparação
para a futura profissão. Seguindo a vertente de ensino teórico-prático, o estágio garante ao
estudante vivenciar e aplicar os conhecimentos adquiridos durante a graduação.

O Estágio Obrigatório em Psicologia Organizacional e do Trabalho é um núcleo de


aprofundamento que oportuniza a atuação dos estagiários na área de saúde do trabalhador,
suas demandas e respectivas condições de trabalho. Por meio desse contato com empresas
públicas e/ou privadas, é possível articular teoria e prática para compreender o papel e as
prerrogativas do psicólogo organizacional e repensar os hábitos tradicionais em psicologia do
trabalho e explorar as novas formas de atuação.

Desse modo, o estágio em Clínica do Trabalho pode ser desenvolvido nas áreas de saúde,
educação, assistência social (instituições públicas ou privadas), onde o estagiário deve
cumprir com todos os pré-requisitos exigidos pela Comissão de Estágios (COE) e pelo
concedente, sendo este a instituição a ser realizado o estágio.

1.1 Da instituição

 Quais serviços o CREAS oferece?


 Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos — PAEFI

O objetivo do programa PAEFI é orientar e acompanhar famílias que possuem mais


de um membro em situação de ameaça e violação de direitos. A atenção é voltada para a
preservação e fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais, para que a função
protetiva das famílias sejam efetivas diante de vulnerabilidades pessoais e sociais. O
atendimento é pensado na subjetividade familiar, uma vez que há uma enorme
heterogeneidade social em relação a valores morais, crenças, identidade de gênero e
composição familiar. Além disso, articula suas atividades juntamente com os demais serviços
socioassistenciais.

● Serviço de Proteção Social à Adolescentes em Cumprimento de Medida Socioeducativa de


Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC)
O objetivo desse programa é prover atenção socioassistencial e acompanhar
adolescentes/jovens em cumprimento de medidas socioeducativas previamente determinadas
judicialmente. O serviço de proteção deve contribuir para o acesso de direitos aos sujeitos e a
ressignificação de valores na vida social dos mesmos. Da mesma forma, deve observar a
responsabilização ante ao ato infracional praticado, visando direitos e obrigações consoante a
legislação para o cumprimento da medida.

Para o seu funcionamento, é necessário a elaboração do Plano Individual de


Atendimento (PIA) com a colaboração do adolescente e sua família, plano esse que deve
conter os objetivos e metas a serem alcançados durante o processo de cumprimento da
medida. Deve conter inclusive a perspectiva de vida futura, conforme os interesses e
necessidades do adolescente. O acompanhamento deve ser presencial e com visita semanal,
garantindo o acompanhamento contínuo e possibilitando o desenvolvimento do PIA. Nos
casos de Prestação de Serviços à Comunidade, a prestação do serviço é gratuita e de interesse
geral, com jornada máxima de oito horas semanais, sem trazer prejuízos no ensino regular do
indivíduo.

● Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos e suas famílias

É um programa de atendimento especializado a famílias com pessoas com deficiência


e idosos com algum grau de dependência, que tiveram suas condições agravadas pela violação
de direitos como: confinamento, isolamento, descriminação e preconceito no ambiente
familiar; falta de cuidados básicos por parte do cuidador; desvalorização das potencialidades
dos sujeitos e comprometimento de sua autonomia.

O serviço de proteção tem como finalidade promover a autonomia, a inclusão social e


apresentar uma melhor qualidade de vida. Isso inclui o cuidador, que muitas vezes vive em
altos níveis de estresse por demandar cuidados diários prolongados. Após a identificação das
necessidades, é possível viabilizar o acesso a benefícios, programas de transferência de renda,
acesso a serviços de políticas públicas setoriais, atividades de inclusão que promovem a
cultura e lazer, sempre priorizando a autonomia dos cuidados e do dependente.

2. METODOLOGIA

A coleta de dados ocorreu em três momentos. Primeiro, o grupo se reuniu com a


Psicóloga coordenadora da equipe do CREAS para obter as informações da grade de horário e
distribuição do serviço entre elas, bem como obter acesso aos nomes, quantidade de casos
com que cada uma trabalhava naquele momento e questões da própria estrutura do local. Em
seguida o grupo de acadêmicos partiu para observação na sala das técnicas, denominação
utilizada pela própria equipe para designar a sala onde ficam algumas das psicólogas e a
assistente social. Foram dois dias observando a relação entre elas para assim entender a
dinâmica de trabalho, as discussões de casos, o diálogo. Este processo forneceu ao estudo
informações relevantes ao método de organização entre as psicólogas e assistente social para
poder lidar com as demandas e quantidade de serviços atribuídos a cada uma delas. Por Fim
um questionário social, elaborado pelos próprios acadêmicos, foi aplicado. Nele continham
informações relevantes a faixa salarial, estado civil, se possui filhos, alguma doença ou
comorbidade, etc., assim pudemos levantar informações básicas para estabelecer um bando de
dados preliminar sobre as psicólogas, pedagogas e assistentes sociais do CREAS. No entanto,
um dos objetivos dessa entrevista era poder gravar o áudio no intuito de poder transcrevê-lo,
mas algumas das entrevistadas não permitiram a gravação da entrevista.

Outro elemento presente durante o processo de elaboração do projeto de observação


do estágio, foi a supervisão de estágio, oferecido pela professora Vanessa Figueiredo.
Fornecendo material e suporte como proceder durante as observações na instituição. O uso de
relatórios também dos dias que estivemos presentes também foi utilizado para a construção
das perguntas, e um elemento central das supervisões do estágio, fornecendo material para
discussões e aprofundamento do núcleo técnico-teórico necessário para a execução a primeira
parte do estágio. Foram considerados os seguintes critérios para a elaboração do diagnóstico
clínico da instituição:

A. Relação interpessoal entre as servidoras públicas que trabalham na instituição.


B. Carga de serviço em relação à quantidade de servidoras presentes na unidade.
C. Quantidade mínima exigida de servidoras pelas normas que regem o
funcionamento do CREAS em relação à demanda do público.
D. Elementos relativos à estrutura do local, elementos de acessibilidade a PCDs e
Idosos.
E. A condição mental e de saúde das servidoras do CREAS.

3. ASPECTOS DA ANÁLISE E PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Este trabalho parte do ponto de vista da clínica psicodinâmica do trabalho que visa
analisar como os processos do psiquismo são atravessados pelo trabalho e sua organização e
como este processo influencia na vida do sujeito. É a partir do contato com as servidoras que
se evidenciam os pormenores do desgaste da relação entre elas e o trabalho ali executado,
como o sofrimento é desencadeado indicando a presença de sobrecarga e estresse para se
desdobrar durante a jornada de trabalho. Outro ponto agravante é falta de servidoras para o
atendimento da demanda, extremamente elevada de casos que chegam ao CREAS, fato
evidenciado durante o período que estivemos lá, onde uma das servidoras da assistência social
acabou por pedir a saída do cargo. Elementos ambientais também se somam aos fatores do
excesso da carga laboral exigido das servidoras, como exibido na figura 02 nos anexos, a falta
de acesso adequado entre os locais da instituição atrapalha o trânsito das pessoas, seja para a
comunicação ou acesso das próprias servidoras caso seja necessário. Este problema reflete
também no atendimento ao público, que enfrentará dificuldades para participar de eventos no
próprio local. Os relatos também oferecem ponto relevantes a convivência entre as servidoras,
elementos relativos a experiências passadas são também levantadas como um ponto de atrito
entre as mesmas. Experiencias que envolvem questões que ferem a segurança quanto aos
pertences pessoais, ou, onde a colega já houve relação de chefia e subordinado que resultou
em atrito e desgaste da saúde mental de uma das partes.

Quanto aos aspectos de avaliação de casos e suas discussões e as demandas que eles
exigem, é possível notar através das observações que há uma ausência que há desse momento,
levando um esquema de acúmulo de casos, levando a uma espécie de discussão informal
durante o dia de serviço. Assim a coordenadora discute de maneira informal com as
psicólogas e assistente social as demandas exigidas para cada caso. A falta de um momento
dedicado para a discussão de casos, bem como a falta de uma formulação de caso (avaliação
funcional; análise funcional molar e molecular) impende um registro acurado e sofisticado
das variáveis que interferem e influenciam no cotidiano dos usuários atendidos pelas
psicólogas. Ferramentas de formulação de caso serviriam, aqui, como uma ferramenta,
baseada em evidências, indispensável para um trabalho eficiente e coeso, levando as
idiossincrasias de cada sujeito como principal elemento para se construir um trabalho
exemplar. Assim como uma ferramenta capaz operacionalizar de maneira coerente as
demandas e mandatos terapêuticos exigidos de cada caso.

3.1. Proposta de intervenção

Ao levantar as informações durante o semestre, pode-se levantar as seguintes


informações, importante para a elaboração de um projeto de intervenção. A falta de uma
rotina de organização para a discussão do trabalho, e dos casos, a sobrecarga, a falta de
mão de obra e constante atritos internos, velados, diminuem a efetividade do serviço ali
oferecido. Um ponto importante que deve ser considerado na elaboração deste projeto é
o atraso dos trâmites legais para a liberação estágio por parte do concedente, o que
atrasou o início das atividades na instituição. Consequente atrasando a elaboração do
documento subsequentes necessários para a conclusão do estágio em detrimento do
maior valor de carga-horária necessário para a conclusão.

Então será no segundo semestre que será iniciado o processo de intervenção ,


contando com a execução da clínica do trabalho, onde o foco estará no debate do
excesso de trabalho, tendo como possível alvo o grupo das psicólogas da sala técnica.
Uma avaliação dos indicadores de estresse e ansiedade será realizada a partir de
inventários que fornecerão os dados necessários para a criação destas palestras. A
aplicação dos inventários seguirá um modelo de aplicação pré-intervenção, ou seja,
antes do início das atividades, e outro ao término das atividades, buscando comparar os
dados pré e pós-intervenção. Vale ressaltar que este projeto se trate de um piloto, e que
sujeito a alterações entre o primeiro semestre e segundo semestre, período no qual ele
será efetivamente executado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CARTA DE SERVIÇOS AO CIDADÃO. Prefeitura de Corumbá, 2023. Disponível em:


https://corumba.ms.gov.br/locais/5. Acesso em: 26 de junho de 2023.
APÊNDICE

OBSERVAÇÕES

03/05

No dia 03 de maio de 2023 foi a nossa primeira ida ao CREAS, onde conversamos com
a coordenadora do local. Penélope, passou as informações básicas sobre como o estágio
funcionaria. Fizemos nossa apresentação como alunos da instituição UFMS e
entregamos nossa carta de apresentação, avisamos também que o estágio só iria iniciar
assim que os documentos (termo de compromisso e termo aditivo de estágio) fossem
devidamente assinados. Porém, a coordenadora do CREAS fez aos alunos o convite de
participar de uma palestra ministrada por ela mesma no dia seguinte no prédio de
Gerências Públicas da cidade de Corumbá, com a temática “diferenças entre escuta
especializada e atendimento especializado.”.

04/05

Os alunos participaram da palestra ministrada pela coordenadora do CREAS Penélope,


onde participaram outros profissionais do CREAS e também de alguns CRAS da
cidade, a palestra também contou com a presença e participação de outras alunas
também da UFMS, que fazem estágio básico no mesmo lugar. Nessa palestra, a
coordenadora Penélope apresentou as diferenças encontradas entre a escuta
especializada e o atendimento especializado, apontando suas principais características
como meio de informar os participantes. Levantou aspectos como quais eram as
orientações técnicas para a realização da escuta especializada, desde o modo de registro
das informações passadas até a montagem de relatório.

11/05

Segundo a assinatura do termo de compromisso, o estágio obrigatório dos alunos no


CREAS começou efetivamente no dia 11/05, e foi quando começamos a fazer as
primeiras observações no local. Para a coleta de dados inicial, realizamos uma conversa
com a coordenadora Penélope, onde nos foram passadas diversas informações a respeito
do CREAS. Nos foi passada a informação de que o CREAS na cidade de Corumbá não
possui sede própria, ou seja, é um prédio alugado e a instituição funciona nesse local
desde outubro de 2021. Ainda que a coordenadora tenha mencionado a respeito, os
alunos puderam perceber a falta de acessibilidade que o prédio onde o CREAS atua
possui, pois como se trata de um local que oferece atendimento aos idosos e às pessoas
com deficiência. O ideal era que houvesse uma maior acessibilidade até mesmo de
adentrar no prédio. O CREAS conta com apenas um veículo dividido entre as técnicas
(assistentes sociais, psicólogas, pedagogas e educadoras sociais), possui 15 pessoas no
geral e não possuem trabalhadores terceirizados, apenas possuem o projeto ELO em
parceria com o sistema carcerário. Conforme a coordenadora responsável, a escolha do
prédio é feita em um conjunto da coordenação e da prefeitura. A jornada de trabalho das
técnicas do CREAS é de 6 horas diárias e 30 horas semanais, mas o horário de trabalho
é feito conforme a demanda pessoal de cada profissional. O horário era de 8 horas
corridas, mas desde a pandemia, o horário de trabalho de 6 horas corridas ficou
estabelecido, porém, o prédio do CREAS fica aberto das 07h30min até 15h30min. As
discussões de caso são geralmente realizadas em conjunto, não há um dia específico na
semana para discussões de caso.

A equipe de abordagem social fica responsável pela observação nas feiras livres,
mercados, festas da cidade, no lixão e na rua para ver se há indícios de exploração
sexual e infantil. Ao encontrarem crianças e adolescentes nessas condições, as
educadoras sociais levantam a documentação necessária, vão até à casa fazer orientação
com a família e se houver reincidência de casos, acionam o conselho tutelar. A equipe
de abordagem social faz hora extra nos finais de semana e feriados, mas agora são
remuneradas por isso, já que nos foi passada a informação de que antes não recebiam
hora extra pelo trabalho realizado.

16/05

Os alunos participaram de uma palestra realizada no Centro de Apoio Infanto Juvenil de


Corumbá e Ladário (CAIJ). Também a convite de coordenadora do CREAS, onde
haveria uma palestra de tema “A Escola que Previne”, que fazia parte do ciclo de
palestras alusivas ao 18 de maio, mês de conscientização e combate ao Abuso e
Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A palestra foi realizada por Guilherme
Cechelero, especialista na Área da Criança e Adolescente, assessor de formação da
Rede Salesiana do Brasil (RSB). O palestrante levantou aspectos interessantes acerca do
tema, falando sobre naturalização do abandono, da falta de olhar de proteção para a
criança e o adolescente. Falou sobre esses problemas serem de ordem pública, sobre a
importância da educação e do fato da educação ser algo de cunho moral e não político.
O palestrante também suscitou a importância da escola ao proteger o aluno não sendo
omissa, sendo parte da rede de identificação dos fatores de risco que podem ser
encontrados nas crianças e nos adolescentes.

18/05

Após algum tempo de observação no CREAS, os alunos foram convidados a


participarem com a equipe de uma blitz de conscientização ao “Maio Laranja”, mês que
faz alusão à conscientização e combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e
Adolescentes. Os alunos se dirigiram ao centro da cidade em condução própria para
participarem da blitz, onde auxiliaram a equipe do CREAS em conjunto com a
Secretaria de Assistência Social de Corumbá na distribuição de materiais informativos
sobre a temática do mês para a população que parava o carro no sinaleiro.

22/05

Os alunos seguiram fazendo observações no CREAS, como horário de chegada dos


funcionários, suas disposições de atendimentos, assim como uma análise de todo prédio
e suas dependências.

23/05

Os alunos foram convidados a participar de uma capacitação da Rede de Proteção da


Criança e do Adolescente, ministrada pela Procuradora do Trabalho a convite do MPT
(Ministério Público do Trabalho) e da Prefeitura de Corumbá. A palestrante explicou a
todos os profissionais presentes no que consistia o MPT, em como ele combate o
trabalho infantil (umas das temáticas principais abordadas no trabalho do CREAS).
Falou sobre a inserção correta do adolescente no mundo do trabalho e sobre as medidas
de combate ao trabalho infantil, e quais são os principais projetos do MPT (o resgate à
infância, por exemplo).

26/05

Por convite da coordenadora do CREAS, os alunos foram convidados a participar de um


evento interno realizado pela equipe, onde seria um dia alusivo ao dia das mães. Foi
realizada uma palestra por uma das psicólogas do corpo de trabalho da instituição a
respeito da alienação parental e negligência infantil para a população que recorre ao
serviço do CREAS. Todas as famílias que fazem parte do CREAS receberam o convite
para participar desse evento, onde após a palestra, houve um sorteio de brindes para
todas as mães presentes. Os brindes foram comprados pela própria equipe, não houve
uso de verba para isso. Após o sorteio, todos participaram de um lanche oferecido pela
equipe.

01/06

Foram realizadas com todos os trabalhadores do CREAS que estavam presentes no


momento rápidas entrevistas pessoais após a observação inicial, onde os alunos
perguntaram aos entrevistados qual era seu nome completo, a função que desempenhava
no local e há quanto tempo trabalhavam no CREAS, infelizmente não conseguimos
entrevistar todos, já que tivemos a notícia que uma das educadoras sociais havia deixado
o cargo e o CREAS.

02/06

Após a observação inicial, os alunos participaram em conjunto da equipe do CREAS e


de profissionais da Casa de Acolhimento e do CREPOP, de uma capacitação sobre
“Trabalho Análogo à Escravidão do Brasil”. Os alunos, após a capacitação, marcaram
horário com algumas profissionais para dar início às entrevistas pessoais, que serviriam
de base para a montagem das entrevistas de cunho profissional e organizacional.

05/06

A coordenadora separou uma das duas salas de atendimento para os alunos poderem
aplicar sua entrevista com algumas das profissionais que haviam marcado horário
anteriormente. Assim a entrevista poderia ser realizada com direito a um ambiente
seguro e onde estariam somente os alunos e a profissional a ser entrevistada, lhe sendo
garantido o sigilo das informações passadas ali. Foram perguntadas questões de cunho
pessoal como: nome, idade, identidade de gênero, orientação sexual, cor, estado civil, se
possui filhos e se sim, quantos, se exerce a função na qual se formou, qual a renda
salarial, qual a jornada de trabalho, cidade e estado de nascimento, se mora com alguém,
bairro onde vive, se possui algum problema de saúde, se está realizando psicoterapia no
momento, há quanto tempo atua no CREAS e se faz ou não uso de medicamentos.
Foram realizadas cinco entrevistas de anamnese pessoal nesse dia, porque alguns outros
profissionais não estavam presentes para realizar o restante das entrevistas.

06/06

Foram realizadas mais duas entrevistas de anamnese pessoal, pois os outros


trabalhadores do CREAS não se encontravam disponíveis no momento da presença dos
alunos. Após a coleta das informações passadas nas entrevistas, os alunos debateram
entre si as informações, tentando analisar quais componentes seriam interessantes de
serem abordados na entrevista de aspecto organizacional realizada posteriormente.

15/06

A prefeitura de Corumbá decretou feriado prolongado do dia 08/06 até o dia 14/06,
desse modo, o CREAS precisaria seguir o protocolo e por isso, os alunos voltaram à
instituição para darem continuidade nas entrevistas faltantes, mas não havia
disponibilidade de horário das profissionais que ainda precisavam ser entrevistadas,
então os alunos apenas continuaram a fazer as observações costumeiras.

16/06

Para finalizar os relatos, os alunos deram prioridade para uma observação minuciosa do
local, analisando todos os pontos mediante fotos feitas para uma melhor explicação
acerca do prédio de sede do CREAS. Foram analisados os detalhes desde a
acessibilidade da entrada do prédio, onde só existe uma rampa que serve de entrada de
carros na garagem, o portão de acesso que fica aberto à população contém um degrau.
Para adentrar nas duas unidades do prédio do CREAS, existem degraus. As portas de
acesso são estreitas, então isso dificultaria, por exemplo, o acesso ao CREAS de um
cidadão que utilize cadeira de rodas para se locomover. Para acessarem suas salas, tanto
a coordenadora quanto as técnicas que possuem suas salas precisam subir por uma
escada extremamente estreita e com risco de queda. Os alunos até mesmo já
presenciaram a queda de uma profissional por conta da escada. Por se tratar de um
prédio alugado e antigo, algumas adaptações deveriam ser realizadas, mas isso
demandaria outras questões que fogem do poder dos alunos. Foi passada também a
informação de que uma das psicólogas que trabalha no CREAS e é a responsável pelo
atendimento aos idosos e aos portadores de deficiência, que em alguns casos onde é
impossível que esses possam vir até ao CREAS e serem atendidos. Que a mesma se
desloca até a residência deles para realizar os atendimentos.

20/06

Foram realizadas algumas entrevistas faltantes, pois alguns trabalhadores não quiseram
participar da entrevista no horário de disponibilidade dos alunos. Assim que a entrevista
foi realizada com cada uma das profissionais que se dispuseram a responder às
perguntas feitas pelos alunos. Os mesmos receberam a notícia de que naquele dia,
chegaria um novo carro para o CREAS para as técnicas do “medidas socioeducativas”,
já que o CREAS contava apenas com um carro para realizar as visitas necessárias que
era dividido entre todas as profissionais que precisassem. Esse também havia sido o
último dia de um funcionário do CREAS por meio do ELO e que havia sido contratado
para função de motorista, mas não realizava tal função e sim a de serviços gerais.

26/06

No último dia de observação no local de estágio, os alunos comunicaram à


coordenadora e às técnicas de equipe que aquele seria o último dia da presença deles ali,
que entrariam de férias desse primeiro semestre em breve. Novamente, a maioria das
funcionárias demonstrara ansiedade e curiosidade acerca da entrevista de cunho
organizacional, quando os alunos comentaram que essa parte ficaria para o segundo
semestre do ano. Com as assinaturas do controle de atividade em mãos, os alunos
encerraram a primeira parte do estágio obrigatório em Psicologia Organizacional e do
Trabalho I.

Como observação no local, os alunos perceberam uma certa curiosidade das servidoras
do CREAS a respeito de como seria a entrevista organizacional. Se elas poderiam ter
acesso ao conteúdo da entrevista antes da mesma ser realizada, se haveria de fato o
sigilo por parte dos alunos para o não vazamento de informações, etc. Os alunos sempre
frisaram que toda informação coletada dentro do CREAS é somente para fins
educacionais, de modo que façam o melhor trabalho possível na área organizacional,
que possam também auxiliar em uma possível melhora no ambiente de trabalho

IMAGENS

figura 1: pátio do CREAS figura 2: interior do


CREAS

figura 3: portão do CREAS figura 4: entrada do CREAS

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