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NOVA LEI DE CALCADAS

DE TERESINA
NOVA LEI DE CALCADAS DE TERESINA
Cria legislação específica para a edificação, manutenção de
calçadas.

Os atuais códigos de direito urbanístico do município não


tratam o tema de modo consolidado, existindo
normatizações acerca da construção e do uso das calçadas
em diversas leis municipais, algumas, inclusive, de conteúdo
contraditório. Atualmente, encontra-se esta matéria nos
atuais Código de Obras, Lei de Parcelamento do Solo, Lei de
Uso do Solo, Lei de Ocupação do Solo e Código de
Posturas.

Tal fragmentação dificulta a apreensão da regulamentação


municipal acerca dos passeios públicos, tanto para os
cidadãos, quanto para a fiscalização da própria
administração municipal. Esta lei vem, portanto,
consolidar a matéria em uma lei específica.
O segundo ponto fundamental da nova lei é que tem por
finalidade central a instituição de padrões construtivos
para as calçadas do município, adequando-as aos princípios
de acessibilidade universal
Define uma estrutura de composição da calçada em faixas
diferenciadas, com dimensionamentos mínimos:

Caracteriza ainda Guia, Subsolo e Esquinas.


As guias de meio fio deverão ter altura entre 12 e 15cm.
Em casos onde seja indispensável a
instalação de mobiliários largos, poderá
proceder o alargamento da faixa de serviço,
mantendo as condições de acessibilidade.

A faixa livre é contínua, com inclinação


longitudinal seguindo o greide da via e
transversal não superior a 2%.

Nas esquinas são admitidas somente as


rampas acessíveis e sinalizações viárias que
sejam indispensáveis. Interferências visuais
e físicas deverão ser instaladas a 5m da
interseção.
Sinais, semáforos, postes de iluminação
devem ser instalados na faixa de serviço, de
modo a não dificultar a circulação de
pessoas;

Poderão ser feitos alargamentos de esquinas


para aumentar a calçadas, diminuir a
travessias e ordenar estacionamentos na
via.

Em situações atípicas, face a declividades


superiores a 8,33% são admitidos degraus e
rampas. Quando a declividade for superior a
12% são admitidas subdivisões em trechos
de 12% combinados a degraus de altura
máxima 17,5cm.
!
Excluem-se dessa classificação as calçadas
situadas em ZC1, Zc4 e ZPs, que deverá seguir
padrão específico a ser orientado pela SEPLUR.

Deverá distar ao mínimo 5m da esquina;

Não podem exceder 50% da testada quando esta for superior a 10m;

Edifícios residenciais – rebaixamento simples 4m | duplo 7m;

Acesso direto às vagas – rebaixamento não superior a 8m com no mínimo 5m de guia elevada
protegida.
!
É obrigatória a execução de caixa e plantio de árvore ao menos 1 por lote.
Deverá sinalizar obstáculos com piso tátil de alerta. Sinalização direcional apenas onde não houver guia
de balizamento.

Nenhum projeto de edificação ou loteamento deverá ser aprovado sem o projeto da calçada
compatível com a nova lei;

O Habite-se das edificações e Certificado de Conclusão de loteamentos fica condicionado à
execução da calçada conforme aprovada;

O pavimento dos passeios deverá ser de superfície firme, regular e antederrapante, evitando
materiais como cerâmicas ou pedras naturais. São orientadas a execução de pisos monolíticos
com juntas regulares e largura coincidente com a faixa, ou peças modulares, preferencialmente
as reaproveitáveis quando da recomposição do pavimento;

Em caso de recomposição do pavimento, a faixa livre deverá ser refeita em toda sua seção
transversal, não sendo admitidas emendas e reparos. No caso de padronagem decorativa, a
mesma deverá ser restituída ao original;

Não será admitido deslocamento de passeio da via pública para o interior do lote;

Em remoções de divisa física do lote, deverá ser indicado no piso através de marcação cromática
de piso diferenciado o limite entre calçada e lote;

Nos casos de passeio executado ou reformado pelo ente público, caberá ao responsável pelo
imóvel o ônus da manutenção;

É competência do proprietário do imóvel ou a seu ocupante, a execução e conservação das
calçadas;

Todo terreno, edificado ou não, localizado em via pavimentada, deve ser dotado de calçada e
fechamentos conforme a nova lei;

A prefeitura pode exigir do proprietário de terreno dotado de calçadas não edificadas que
promova seu adequado aproveitamento, sob pena de edificação compulsória;

Após notificação, o proprietário deverá em 3 meses protocolar pedido de licença para execução
da calçada;

Não solicitada a licença, cabe à prefeitura o pagamento de multas e a execução do serviço
sujeitando o proprietário ao pagamento da obra acrescido de 20% de custos administrativos,
podendo ser cobrados junto ao IPTU);

Em casos de descumprimento da lei, o proprietário está sujeito à aplicação de multas no valor de
R$1.000,00 por metro linear;

A lei apresenta prazo de 01 ano para adequação de passeios existentes e não conforme, sendo
considerada a existência de casos atípicos que impossibilitam a aplicação.
USO DO PASSEIO
Os proprietários devem manter limpas as calçadas relativas aos respectivos imóveis

Durante a execução de obras ou serviços nas calçadas, vias e logradouros públicos, os responsáveis
devem manter limpas as partes reservadas ao trânsito de pedestres e veículos, mediante o
recolhimento de detritos e demais materiais.

É vedado embaraçar ou impedir, por qualquer meio, o livre trânsito de pedestres em passeios e
praças, salvo quando da realização de obras públicas, feiras livres e operação que visem estudar o
planejamento de tráfego, definidas pela Prefeitura Municipal, ou quando exigências policiais o
determinarem.

Só é permitido preparar concreto e argamassa nos passeios públicos mediante a utilização de caixas
apropriadas. Após a descarga, o responsável tem seis horas para remover o material para o interior
dos prédios e terrenos. No caso de não haver possibilidade de depósito no interior do lote é
admitida a descarga permanente no passeio desde que ocupe no máximo 50% da calçada, protegido
por tapume.

Se a calçada for estreita, pode-se usar toda a calçada, desde que sejam colocados protetores
utilizando 1,50m da pista de rolamento, com a devida aprovação do órgão municipal responsável
pelo trânsito.
Dos mobiliarios
Grandes mobiliários, como traillers e bancas de revista, deverão localizar-se a pelo menos 5m
da esquina;

Não é permitida a colocação de TRAILLERS e BANCAS DE REVISTA em calçadas com largura


inferior a 3m.

Bancas de Revista deverão ter comprimento máximo de 5m e permitir faixa livre de 1,5m
adjacente à banca e ter acesso voltado para a faixa livre. A largura da banca não pode
exceder 50% da largura do passeio.

Deve ser observado na lei os dimensionamentos máximos para banca de revista.

publicidade
Fica proibido a colocação de publicidade em calçadas, inclusive em plcas sobre o passeio, e
em qualquer mobiliário urbano, exceto aqueles vinculados a placas de identificação de
logradouros.
NOVA LEI DE CALCADAS DE TERESINA

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