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DECRETO nº 1.

365, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1989

Dispõe sobre o funcionamento dos Cemitérios Públicos

de Teresina e dá outras providências.

O PREFEITO MUNICIPAL DE TERESINA, Estado do Piauí, no uso


de suas atribuições legais e, tendo em vista o disposto nos artigos 21, item XVII; 71, item
XXX, ambos da Lei Estadual n° 3.373, de 11.12.75, alterada pela Lei n° 3.784, de 18.12.80
e, no artigo 15, item XIV, da Lei Municipal n° 1.932, de 16 de agosto de 1988,

DECRETA
Art.1º - Os Cemitérios são considerados públicos quando pertencentes
ao domínio municipal e, particulares, quando pertencentes ao domínio privado, mediante
concessão da Prefeitura de Teresina.

Parágrafo único - Os Cemitérios públicos se revestirão de caráter


secular e poderão ser administrados diretamente pelo Município ou explorados mediante
concessão.

Art. 2° - A aquisição de túmulo é gratuita devendo a perpetuidade ser


requerida no prazo de 05 (cinco) anos para adulto e, de 03 (três) anos para crianças; após,
poderá ser reaberto quando se tornar necessário.

Art. 3º- 0 serviço de abertura de sepultura não é gratuito, salvo para os


indigentes e/ou doações a requerimento da Secretaria Municipal do Trabalho e Ação
Comunitária.

Art. 4º- 0 exercício do direito de perpetuar túmulo em cemitérios


pertencentes ã Municipalidade é garantido à família do inumado de acordo com a ordem da
vocação hereditária (art. 1.603 e seguintes do Código Civil pátrio), podendo ser transferido
para outra pessoa física ou jurídica que deseje prestar homenagem à personalidade
inumada, obedecido o disposto neste Decreto.

Parágrafo único - A transferência de perpetuidade será admitida após a


morte do perpetuador, obedecidos os critérios do caput deste artigo, ressalvada a hipótese
de mudança de domicílio.

Art. 5° - A concessão de perpetuidade será precedida pela


apresentação dos seguintes requisitos:
a) requerimento do interessado, com a qualificação de direito, dirigido

ao Secretário Municipal de Serviços Urbanos;


b) apresentação de documentos que comprovem a sua legitimidade,

exigindo-se o grau de parentesco entre o requerente e o falecido;

c) declaração do Administrador do Cemitério, comprovando o

sepultamento;

d) fotocópia da Certidão do óbito.

Art. 6° - Verificada, a qualquer tempo, a falsidade ou inexatidão dos


documentos sobretudo daqueles relativos à transferência de perpetuidade que instruírem o
pedido de concessão, esta será declarada nula de pleno direito, sem prejuízo ao infrator
ou infratores das sanções cíveis, administrativas e/ou penais.

Art. 7° - Os adquirentes da perpetuidade pagarão à Prefeitura uma taxa de


manutenção e conservação correspondente a 01 (um) BTN (Bónus do Tesouro Nacional)
ou aquele que estiver em vigor na data de seu efetivo recolhimento, cobrada uma s6 vez
por ano.

Art. 8° - Os titulares de direitos sobre as sepulturas, ficam obrigados a, - no


prazo de 07 (sete) anos da data do último sepultamento, - construir túmulos com um
mínimo de 03 (três) gavetas nos cemitérios: São José, São Judas Tadeu e Dom Bosco; e de
02 (duas) gavetas nos demais cemitérios, além de responderem pelas suas manutenções e
conservações.

Art. 9° - A administração do cemitério que constatar a existência de


sepultura que não atenda aos preceitos de manutenção, conservação, segurança e
insalubridade, fará comunicação ao Departamento de Serviços Diversos, que procederá
vistoria e, se constatada a infração, noticiará imediatamente o titular de direitos para, no
prazo assinalado no laudo, executar as l obras necessárias.

Parágrafo único - Não sendo encontrado o titular de direitos a notificação


será feita por edital, publicado 01 (uma) vez no órgão oficial do Município e 01 (uma) vez
em jornal de circulação da cidade, com prazo de 30 (trinta) dias, a contar da primeira
publicação, podendo ser dirigido aos eventuais herdeiros ou sucessores do último
sepultado.

Art. 10 - Permanecendo a sepultura pelo prazo de 05 (cinco) anos, sem


atendimento dos preceitos indicados no artigo anterior, terá declarada a caducidade dos
direitos e adotada a providência de que trata o art. 2°, relativamente à sua reutilização.
Art. 11 - As construções tumulares s6 poderão ser executadas nos cemitérios
do Municípios depois de obtido o alvará de licença mediante requerimento do perpetuador
ou com autorização deste.

Art. 12 - As construções tumulares, qualquer que seja sua complexidade,


serão executadas por artífices de obras ou firma registrada na Secretaria Municipal de
Serviços Urbanos.

Art. 13 - As pequenas obras ou melhoramentos, como colocação de lápides


nas sepulturas, assentadas sobre muretas, implantação de cruzes, construção de pequenas
colunas comemorativas, instalação de grades, balaustradas, pilares concorrentes, muretas
de quadros e outras equivalentes, dependerão igualmente de licença, sendo que, para a sua
expedição,basta a apresentação de um "CROQUI" explicativo, acompanhado de
requerimento de perpetuador ou de seu representante legal.

Art. 14 - Quando o projeto de construção tumulares exigir, para sua


execução, conhecimento de resistência e estabilidade será exigível a assinatura, como
responsável pela obra, de profissional devidamente qualificado e registrado no órgão
competente.

Art. 15 - A Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos examinará, à luz da


legislação em vigor aplicável à espécie, os pedidos de interessados de que tratam este
Decreto.

Parágrafo único - Os processos em tramitação, pendentes de exame, não


sofrerão, no que couber prejuízo quanto às exigências anteriormente, neste, mencionadas.

Art. 16 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,


revogando-se as disposições em contrário.

Gabinete do Prefeito Municipal de Teresina, em 21 de dezembro de 1989.

HERÁCLITO FORTES
Prefeito de Teresina

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