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LEI Nº 835, DE 30 DE JUNHO 2015

DISPÕE SOBRE A ALTERAÇÃO DA LEI MUNICIPAL Nº


294/2003 QUE DISPÕE SOBRE O PARCELAMENTO DO
SOLO URBANO DO MUNICÍPIO DE NOVA MARINGÁ/MT E
DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

JOÃO BRAGA NETO, Prefeito de Nova Maringá, Estado do Mato Grosso, no uso das atribuições legais que
lhe confere o Artigo 47, inciso IV da Lei Orgânica Municipal faz saber que a Câmara de Vereadores
aprovou e ele sanciona a seguinte Lei:

Art. 1ºFicam acrescidos os seguintes parágrafos no Artigo 1º da Lei Municipal nº 294/2003 que dispõe
sobre o Parcelamento do Solo Urbano do Município de Nova Maringá/MT, com a seguinte redação:

§ 1º O parcelamento do solo para fins urbanos, em qualquer modalidade, bem como a regularização
fundiária de áreas urbanas no Município de Nova Maringá/MT, seja ele efetuado por particulares ou por
entidades públicas, observarão os requisitos urbanísticos previstos pela da Lei de Parcelamento do Solo
Urbano e dependerá de licença prévia e aprovação do Poder Público Municipal.

§ 2º Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas que
estiverem inseridas no perímetro urbano, ou em zonas de expansão urbana ou que forem aprovadas por
lei municipal específica.

§ 3º Será admissível a utilização, de forma simultânea ou consecutiva, de mais de uma espécie de


parcelamento ou de suas modalidades, no mesmo imóvel ou em parte dele, desde que sejam atendidos
os requisitos da Lei de Parcelamento do Solo Urbano.

§ 4º Nenhum parcelamento do Solo Urbano do Município poderá ser autorizado sem consulta prévia
ao órgão competente da Prefeitura
de Nova Maringá/MT, observadas as exigências da legislação federal, estadual e municipal que regula a
matéria.

Art. 2º Ficam acrescidos os seguintes parágrafos no Artigo 5º da Lei Municipal nº 294/2003, com a
seguinte redação:

§ 4º Não poderão ser contabilizadas para áreas livres de uso público ou áreas institucionais, as áreas
integrantes do sistema viário, tais como: trevos, canteiros, rótulas e outros.

§ 5º As áreas correspondentes a faixa de proteção ambiental não poderá ser consideradas no


computo da percentagem exigidas no caput deste artigo.

§ 6º Todas as áreas mencionadas no caput deste artigo deverão estar localizadas nas regiões centrais
dos loteamentos, salvo nos loteamentos destinados ao uso industrial, caso em que a percentagem poderá
ser reduzida, a critério da Prefeitura;

§ 7º O Poder Público Municipal poderá ampliar a faixa de proteção ambiental estabelecidas na


legislação federal, por critério devidamente justificado e fundamentado, bem como exigir vias públicas
marginais, paralelas e contínuas à faixa de proteção;

§ 8º O parcelamento do solo urbano deverá ocorrer de forma anterior à autorização da construção de


unidades habitacionais individuais ou coletivas, horizontais ou verticais e de forma individualizada.

Art. 3º Fica alterado o artigo 6º na Lei Municipal nº 294/2003, passando a ter a seguinte redação:

"Art. 6º Os projetos de loteamentos somente serão aprovados, nos termos desta Lei de Parcelamento
de Solo Urbano pelo Poder Executivo Municipal, caso sejam cumpridos e contemplados, no mínimo, os
seguintes requisitos:

I - Abertura de todas as ruas, demarcação dos lotes, quadras e logradouros públicos, dentre outros;

II - Projeto e execução de escoamento das águas pluviais, com colocação de meio-fio, sarjetas, bocas
de lobo, dentre outros;

III - Pavimentação asfáltica em todas as ruas e avenidas, de acordo com as normas técnicas emitidas
pelo setor competente da Prefeitura e as normas da ABNT;

IV - Projeto e execução de rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública, para todos os
lotes e logradouros públicos, de acordo com as normas da empresa concessionária de energia elétrica;

V - Projeto e execução de toda a rede de água para todos os lotes e logradouros públicos conforme as
normas da ABNT;

§ 1º As execuções do projeto de Pavimentação asfáltica previsto nos incisos III, deste artigo, poderão
ser feitas por etapas, conforme o estabelecido no Art. 16 da Lei de Parcelamento do Solo Urbano.

§ 2º As obras de pavimentação e drenagem serão fiscalizadas e recebidas pelo Poder Público


Municipal, sendo que a pavimentação deverá ser executada na forma de tratamento superficial duplo -
TSD e seu recebimento condicionado a apresentação de ensaios técnicos a serem exigidos pelo órgão
municipal competente.

§ 3º Os loteamentos deverão apresentar o devido licenciamento ambiental expedido pelo órgão


ambiental competente."

Art. 4º Fica alterado o inciso VI do Artigo 7º da Lei Municipal nº 294/2003, passando a ter a seguinte
redação:

"Art. 7º (...)

IV - Declaração com indicação do atendimento dos requisitos exigidos no artigo 6º da Lei de


Parcelamento do Solo Urbano."

Art. 5º Fica alterado o Artigo 11 da Lei Municipal nº 294/2003, passando a ter a seguinte redação:

"Art. 11. O projeto final de loteamento, contendo 03 (três) vias impressas e 01 (uma) digitalizada,
deverá ser protocolado na Prefeitura de Nova Maringá/MT e deverá conter no mínimo os seguintes
requisitos:

I - Plantas de Implantação e Situação em cópias impressas e gravadas em meio digital, contendo:

a) curvas de nível originais e os níveis de projeto, de metro em metro;


b) arruamento de acordo com as normas legais;
c) áreas de preservação permanente, se existir;
d) áreas institucionais, destinadas aos equipamentos públicos e comunitários;
e) bosques naturais ou artificiais e árvores frondosas que serão preservadas;
f) construções existentes;
g) subdivisão das quadras em lotes com as respectivas dimensões, áreas e numeração;
h) as dimensões lineares e angulares do projeto;
i) os perfis longitudinais e transversais de toadas as vias de circulação e praças;
j) a indicação em planta e perfis de todas as linhas de escoamento das águas pluviais;

I - a indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de curvas e vias
projetadas;

II - Memorial descritivo, contendo, obrigatoriamente:

a) denominação do loteamento;
b) descrição sucinta do loteamento, com as suas características e fixação das zonas de uso
predominante;
o) indicação das áreas institucionais públicas que passarão ao domínio do Município, no ato do
registro do loteamento;
d) condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e suas
construções, além daquelas constantes das diretrizes fixadas;
e) enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços públicos e de utilidade
públicas já existentes no loteamento e adjacências;
f) limites e confrontações, área total do loteamento, área total dos lotes, área pública total,
discriminando áreas do sistema viário, área das praças e demais espaços destinados a equipamentos
comunitários, total das áreas de utilidades públicas, com suas respectivas porcentagens.

III - Certidão de ônus reais e Certidão Negativa de Impostos municipais, estaduais e federais, relativos
ao imóvel;

IV - Recolhimento de taxas;

V - Certidão de inteiro teor expedida pelo Registro de Imóveis, referente à área a ser loteada, em
nome da imobiliária ou proprietário/requerente da área a ser loteada;

VI - Projeto das infraestruturas existentes no local;

VII - Projeto da rede de abastecimento de água devidamente aprovado pelos órgãos competentes;

VIII - Projeto de drenagem de águas pluviais e pavimentação asfáltica;

IX - Projeto de rede de energia elétrica do loteamento devidamente aprovado pelos órgãos


competentes;

X - Planta geral do loteamento com orientação magnética;

XI - Relatório de impacto ambiental, quando exigido na licença prévia;


XII - Cronograma físico-financeiro da execução das obras de infraestrutura urbana;

XIII - Avaliação prévia de todos os lotes do loteamento;

XIV - Minuta da Escritura Pública de Compra e Venda dos lotes a serem alienados, para posterior
averbação e Registro no Cartório de Imóveis dos lotes quando forem alienados pelo proprietário;

XV - Mencionar na Escritura Pública de Compra e Venda que o comprador do lote, não poderá alienar
o lote a terceiros, sem antes transferir o IPTU na Prefeitura Municipal para o novo proprietário do lote.

caso não transfira, será responsável solidário pelo débito do imposto mencionado;

§ 1º Os projetos deverão obedecer rigorosamente às normas de desenho arquitetônico e técnico,


estabelecidas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

§ 2º Os projetos do empreendimento, incluindo os projetos de infraestrutura ou de edificações que


farão parte do mesmo, deverão ser elaborados por profissional(ais) devidamente habilitado(s) e
registrado(s) no CREA ou no CAU e deverão estar acompanhados das respectivas ARTs ou RRTs de
elaboração e execução.

§ 3º Não caberá ao Poder Público Municipal a responsabilidade pela diferença de medidas dos lotes
ou quadras que o interessado venha encontrar, em relação às medidas dos loteamentos aprovados.

§ 4º São condições necessárias para a aprovação de qualquer arruamento ou loteamento, a execução


pelo interessado, sem qualquer ônus ao Poder Público Municipal, de todas as obras de terraplenagem e
proteção de aterros inerentes ao projeto.

§ 5º Os cursos d`água não poderá ser aterrados ou tubulados, sem prévia anuência dos órgãos
ambientais competentes, que deverão emitir licenciamentos oficiais."

Art. 6º Fica alterado o artigo 16 da Lei Municipal nº 294/2003, passando a ter a seguinte redação:

"Art. 16. Atendidas as exigências técnicas e legais, o projeto será aprovado pelo Poder Público
Municipal mediante lei específica e expedirá o Alvará de Loteamento, no qual constará a indicação das
áreas que passarão a integrar o domínio do Município no ato do seu registro.

§ 1º O prazo máximo para aprovação do projeto definitivo, depois de cumpridas pelo interessado
todas as exigências do Poder Público
Municipal, será de 60 (sessenta) dias, inclusive para aceitação ou recusa fundamentada das obras de
urbanização

§ 2º O prazo para a execução das obras e serviços quando da aprovação do Projeto de Loteamento,
não podendo ser superior a 180 (cento e oitenta dias) dias, conforme cronograma, com exceção dos
serviços de pavimentação asfáltica, drenagem de águas pluviais, cujo prazo, poderá ser de até 02 (dois)
anos.

§ 3º A execução do projeto de Pavimentação asfáltica previsto nos incisos III do Artigo 6º da Lei de
Parcelamento do Solo Urbano, com anuência da Administração Pública, através do Técnico responsável,
poderá ser dividido em até 04 parcelas, conforme cronograma de execução da obra.

§ 4º Esgotado o prazo de execução das obras mínimas de infraestrutura exigidas através da Lei de
Parcelamento do Solo Urbano e do cronograma de execução da obra, caberá a administração pública
aplicar as sanções previstas no Art. 36 da Lei de Parcelamento do Solo Urbano ao loteador.

§ 5º Aprovado o projeto de parcelamento do solo, o loteador deverá submetê-lo ao Registro


Imobiliário dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação, conforme
expresso no Artigo 18 da Lei Federal nº 6766/79 e alterações."

Art. 7º Ficam acrescidos os seguintes parágrafos no artigo 17º da Lei Municipal nº 294/2003, passando a
ter a seguinte redação:

"Art. 17. (...)

§ 1º Para aprovação do desmembramento e remembramento o interessado apresentará


requerimento ao Poder Público Municipal, acompanhado dos seguintes documentos:

I - Projeto geométrico do remembramento, no mínimo em 5 (cinco) vias;

II - Memorial descritivo, com as devidas confrontações;

III - ART ou RRT de profissional legalmente habilitado;

§ 2º Para aprovação do desdobro ou fracionamento, o interessado apresentará requerimento ao


Poder Público Municipal, acompanhado dos seguintes documentos:

I - Requerimento assinado pelos proprietários do lote a ser fracionado;

II - Escritura Pública ou Contrato de Compra e Venda;

III - Croquis (1º via) do lote original e do lote resultante do fracionamento, atendendo as seguintes
exigências:

a) Divisas definidas da propriedade, não podendo ter área mínima inferior a 200 m², exceto nas áreas
definidas como de interesse social;
b) Indicação do arruamento, não podendo ocorrer mudança no sistema viário existente;
c) Localização, indicação de equipamentos públicos e índice urbanístico das construções existentes;
d) Planta baixa das construções existentes no lote originário;
e) Plano de regularização, no mínimo em 5 (cinco) vias;
f) ART ou RRT de profissional legalmente habilitado.

§ 3º Após emissão do documento regularizando o parcelamento do solo urbano por


desmembramento, remembramento ou desdobro, ficam os proprietários responsáveis em providenciar o
registro dos imóveis, junto ao Cartório de Registro de Imóveis."

Fica revogado o parágrafo único do no Artigo 25, bem como acrescido os seguintes parágrafos, na
Art. 8º
Lei Municipal nº 294/2003, passando a ter a seguinte redação:

§ 1º Qualquer alteração ou cancelamento parcial do loteamento registrado dependerá de


formalização de um termo entre o loteador e os adquirentes de lotes atingidos pela alteração, bem como
a aprovação pelo Poder Público Municipal e deverá ser registrada no Cartório de Registro de Imóveis, em
complemento ao projeto original, com a devida averbação.

§ 2º Em se tratando de simples alterações de perfis ou medidas resultantes em consequência de


localização das ruas, o interessado apresentará novas plantas, de conformidade com o disposto nesta Lei
Complementar, para que lhe seja fornecido novo Alvará de Loteamento pela Prefeitura Municipal.
§ 3º Quando houver mudança substancial do plano, o projeto será examinado no todo ou na parte
alterada, observando as disposições desta Lei e aquelas constantes do Alvará ou da Lei de Aprovação,
expedindo-se então, o novo Alvará e alteração da respectiva lei.

Art. 9ºFica acrescido o parágrafo único no Artigo 30 da Lei Municipal nº 294/2003, passando a ter a
seguinte redação:

"Art. 30. (...)

Parágrafo único. Os loteamentos e arruamentos não poderão receber denominação igual àquelas já
utilizadas na identificação de outros setores da cidade, e as demarcações das ruas devem ser nos padrões
adotados pelo Poder Público Municipal."

Art. 10. Fica alterado no Artigo 32 na Lei Municipal nº 294/2003, passando a ter a seguinte redação:

"Art. 32. O cumprimento dos quarteirões não poderá ser superior a 200 (duzentos) metros e a largura
máxima permitida será de 100 (cem) metros, exceto quando houver interesse social, ambiental e
industrial devidamente demonstrados."

Art. 11. Fica alterado o Artigo 33 da Lei Municipal nº 294/2003 com Redação dada pela Lei Municipal nº
354/2004, passando a ter a seguinte redação:

"Art. 33. Os Lotes terão testada mínima de 10 (dez) metros e área mínima de 200 m² (duzentos
metros quadrados), exceto quando se tratar de área de interesse social que deverá ser observado a
legislação específica.

§ 1º A Edificação não poderá ser construída nas divisas laterais com os vizinhos, devendo afastar no
mínimo 90 cm (noventa centímetro) das linhas limítrofes, independentemente de paredes com ou sem
janelas.

§ 2º As fossas sépticas e sumidouros deverão ser obrigatoriamente dentro dos limites do terreno, não
sendo permitidos nos passeios públicos (calçadas).

§ 3º Qualquer edificação a ser construída em área desprovida de rede pública de esgotamento


sanitário, deverá atender as normas técnicas oficiais da ABNT, e conterá no mínimo, fossa séptica e
sumidouro, observado os limites de 1,5 m (um metro e meio) das linhas limítrofes e 3 m (três metros) da
edificação."

Art. 12. Fica alterado o artigo 35 da Lei Municipal nº 294/2003, passando a ter a seguinte redação;

"Art. 35. Fica instituída a taxa de aprovação de loteamento desmembramento e remembramento.

§ 1º A taxa deverá ser paga pelo loteador e correspondente ao ressarcimento dos trabalhos técnicos
de fixação das diretrizes básicas do loteamento e do projeto de desmembramento.

§ 2º O valor desta taxa será fixado de acordo com o Código Tributário Municipal."

Art. 13. Fica alterado o Artigo 36 da Lei Municipal nº 294/2003, passando a ter a seguinte redação:

"Art. 36. A inobservância de qualquer dispositivo da Lei de Parcelamento do Solo Urbano acarreta
sem prejuízo das medidas de natureza civil prevista na
Lei Federal nº 6766/79 e alterações, a aplicação das seguintes sanções:
I - Embargo que determina a paralisação imediata de uma obra de parcelamento, quando constatada
desobediência às disposições desta Lei ou aos projetos aprovados;

II - Interdição, que determina a proibição do uso e da ocupação de parte ou da totalidade da área


objeto do parcelamento, quando for constatada irreversibilidade iminente da ocupação, que possa
provocar danos ou ameaças ao meio ambiente, à saúde ou à segurança de terceiros;

III - Multa de 0,05 UPF/NM`S por metro quadrado;

a) será aplicada em dobro a multa em caso de reincidência da infração;


b) aceita a defesa apresentada pelo infrator, o município arquivará o auto de infração;

IV - Cassação de licença para parcelar.

§ 1º Será aplicada a simples advertência, quando a infração for de pequena gravidade e puder ser
corrigida imediatamente.

§ 2º A aplicação e o pagamento da multa, não eximem o infrator da imposição de embargo e da


interdição, ou da cassação da licença para parcelar.

§ 3º O embargo ou a interdição serão comunicados aos interessados mediante notificação."

Art. 14. suprimido.

Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando disposições em contrário.

Gabinete do Prefeito Municipal de Nova Maringá-MT em 30 de junho de 2015.

JOÃO BRAGA NETO


Prefeito de Nova Maringá/MT

Nota: Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial.

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 13/03/2020

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