Você está na página 1de 1

$ Santa Helena/PR

! Conectar " Pesquisa Nacional

# Página inicial

http://leismunicipa.is/bwkp

LEI Nº 2341 DE 01 DE JULHO DE 2014

Dispõe sobre o
parcelamento do solo
urbano no Município de
Santa Helena nos Termos
de Lei Complementar do
Plano Diretor e dá outras
providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE SANTA HELENA,


ESTADO DO PARANÁ, APROVOU E EU,
PREFEITO EM EXERCÍCIO SANCIONO A
SEGUINTE; LEI:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

A presente Lei destina-se a disciplinar


Art. 1º

os projetos de loteamento, desmembramento


e remembramento do solo para fins urbanos
do Município de Santa Helena, sendo
elaborada nos termos da Lei Federal nº 6.766,
de 19 de dezembro de 1979, e demais
disposições sobre a matéria.

Parágrafo único. O disposto nessa Lei


obriga não só os loteamentos,
desmembramentos e remembramentos
realizados para venda ou para melhor
aproveitamento de imóveis, como também os
efetivados em inventários, por decisão
amigável ou judicial, para extinção de
comunhão de bens ou qualquer outro título.

Art. 2ºO parcelamento do solo urbano poderá


ser feito mediante loteamento ou
desmembramento, admitindo-se ainda o
remembramento para conformação de
unidades imobiliárias maiores, observadas as
disposições dessa Lei e as exigências da
legislação federal, estadual e municipal, bem
como as demais leis urbanísticas municipais.

CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES

Para efeitos desta Lei consideram-se


Art. 3º

as seguintes definições:

I - Desmembramento: Subdivisão de
gleba em lotes destinados à edificação, com
aproveitamento do sistema viário existente,
desde que não implique na abertura de novas
vias ou logradouros públicos, nem no
prolongamento, modificação ou ampliação
das vias já existentes;

II - Loteamento: Subdivisão de gleba em


lotes destinados à edificação, com abertura
de novas vias de circulação, de logradouros
públicos, prolongamento, modificação ou
ampliação das vias existentes;

III - Lote: Terreno servido de infraestrutura


básica cujas dimensões atendam aos índices
urbanísticos definidos pela Lei do
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo;

IV - Remembramento: É o agrupamento
de lotes ou glebas, edificadas ou não, para
formação de unidades imobiliárias maiores
com aproveitamento do sistema viário
existente.

CAPÍTULO III
DAS ÁREAS PARCELÁVEIS E NÃO
PARCELÁVEIS

Art. Somente
4º será admitido o
parcelamento do solo para fins urbanos em
área urbana devidamente definida pela Lei
dos Perímetros Urbanos.

Art. 5º Não será permitido o parcelamento do


solo:

I - em terrenos alagadiços, antes de


tomadas as medidas saneadoras e
assegurado o escoamento das águas;

II - nas nascentes, corpos d`água e nas


demais áreas de preservação permanente;

III - em terrenos que tenham sido


aterrados com material nocivo à saúde
pública, sem que sejam previamente
saneados;

IV - em terrenos com declividade igual ou


superior a 30% (trinta por cento);

V - em terrenos onde as condições


geológicas não aconselhem a edificação,
podendo o Município exigir laudo técnico e
sondagem sempre que achar necessário;

VI - em áreas onde a poluição impeça


condições sanitárias suportáveis, até a sua
correção;

VII - em terrenos situados em fundos de


vale, essenciais para o equilíbrio ambiental,
escoamento natural das águas e
abastecimento público, a critério do Município
e, quando couber, do órgão ambiental
competente;

VIII - em terrenos onde exista degradação


da qualidade ambiental, até sua correção;

IX - em terrenos onde for necessária a sua


preservação para o sistema de controle de
erosão urbana;

X - em terrenos situados fora do alcance


dos equipamentos urbanos, notadamente das
redes públicas de abastecimento de água
potável e de energia elétrica, salvo se
atendidas exigências específicas dos órgãos
competentes.

Parágrafo único. É vedado ao loteador


desmatar ou alterar a morfologia do terreno
fora dos limites estritamente necessários à
abertura das vias de circulação, salvo se
ocorrer a critério do órgão público.

CAPÍTULO IV
DOS REQUISITOS TÉCNICOS E DAS OBRAS
DE INFRAESTRUTURA

Seção I
DOS REQUISITOS TÉCNICOS

Art. 6ºOs loteamentos deverão atender aos


seguintes requisitos:

I - só poderá ser parceladas glebas com


acesso direto a via pública;

II - a localização das áreas verdes e


institucionais será determinada pelo órgão
municipal competente na expedição das
diretrizes urbanísticas, levando em
consideração a distribuição equilibrada das
áreas públicas na cidade;

III - as vias dos loteamentos deverão


articular-se com as vias adjacentes oficiais
existentes, lançadas como diretrizes ou
projetadas, respeitando-se as faixas de
domínio previstas na Lei do Sistema Viário.

Art. 7ºAs áreas destinadas ao sistema viário,


à implantação de equipamentos urbanos e
comunitários, bem como aos espaços livres
de uso público corresponderão ao percentual
mínimo de 35% (trinta e cinco por cento) da
área total da gleba a ser loteada, obedecidos
às seguintes reservas mínimas e obrigatórias:
I - 5% (cinco por cento) da gleba para
equipamentos urbanos e comunitários;
II - 10% (dez por cento) da gleba para
praças e áreas verdes.
Parágrafo único. Os imóveis destinados à
implantação de equipamentos urbanos e
comunitários, sistemas de circulação e
espaços livres de uso público constituirão
patrimônio do Município a partir do registro
imobiliário do parcelamento, nos termos da
legislação federal.

Art. 7ºAs áreas destinadas ao sistema viário,


à implantação de equipamentos urbanos e
comunitários, bem como aos espaços livres
de uso público corresponderão ao percentual
mínimo de 35% (trinta e cinco por cento) da
área total da gleba a ser loteada, obedecidos
às seguintes reservas mínimas e obrigatórias:

I - 5% (cinco por cento) da gleba para


equipamentos urbanos e comunitários;

II - 10% (dez por cento) da gleba para


praças e áreas verdes.

§ 1º Os imóveis destinados à implantação


de equipamentos urbanos e comunitários,
sistemas de circulação e espaços livres de
uso público constituirão patrimônio do
Município a partir do registro imobiliário do
parcelamento, nos termos da legislação
federal.

§ 2º nos loteamentos para uso industrial


as áreas dos incisos I e II poderão ser
dispensadas ou utilizar de percentual menor
que o descrito conforme interesse público
e/ou coletivo, quando o loteador for o próprio
Município. (Redação dada pela Lei nº
2914/2021)

Art. 8º Ao longo das águas correntes e


dormentes será obrigatória a reserva de uma
faixa não edificável, com largura mínima de 15
(quinze) metros de cada lado.

Parágrafo único. Eventual diferença entre


a área de preservação permanente prevista
pelo Código Florestal e a área exigida pela
presente lei, poderá passar ao domínio
público quando do parcelamento, podendo
ser computada como praças e áreas verdes.

Art. 9º As áreas destinadas a equipamentos


públicos e comunitários, praças e áreas
verdes deverão ser preferencialmente áreas
contínuas, com testada mínima de 20 (vinte)
metros e proporção de no mínimo um (1) para
dois (2) entre testada e profundidade.

O órgão municipal competente deverá


Art. 10

aprovar a localização da área institucional,


levando em conta os seus interesses futuros
para instalação de equipamentos
comunitários visando a economicidade das
obras e a racionalização de acessos.

Art. Os
11 imóveis destinados a
equipamentos urbanos e comunitários não
poderão ter a sua destinação alterada pelo
parcelador ou pelo poder público municipal a
partir da aprovação do projeto de
parcelamento, salvo na ocorrência das
hipóteses previstas na legislação federal.

Art. 11. Os imóveis destinados a


equipamentos urbanos e comunitários não
poderão ter a sua destinação alterada a partir
da aprovação do projeto de parcelamento,
salvo pelo poder público Municipal, a fim de
atender interesse público e/ou coletivo ou na
ocorrência das hipóteses previstas na
legislação federal.

Parágrafo único. A alteração da


destinação dos imóveis de que trata o caput
deste artigo poderá ser realizada mediante
Decreto. (Redação dada pela Lei nº
2914/2021)

Art. As quadras terão as seguintes


12

dimensões máximas:

I - área de 15.000,00m² (quinze mil metros


quadrados);

II - comprimento linear de uma sequência


de testadas de lotes entre uma esquina e
outra de uma via será de no máximo 150
(cento e cinquenta) metros;

III - os terrenos terão área mínima de


300,00m² (trezentos metros quadrados) e
testada mínima de 10 (dez) metros.

§ 1º Não será permitida a unificação de


lotes de uma mesma quadra para uma nova
subdivisão, que modifique para menos as
áreas originais dos lotes constantes do
parcelamento aprovado.

§ 2º Os desmembramentos ou
remembramentos não poderão implicar na
formação de quadras urbanas com
dimensões superiores às fixadas neste artigo.

Seção II
DA INFRAESTRUTURA

Art. 13 As obras mínimas de infraestrutura


exigidas para a implantação de loteamentos
são as seguintes:

I - abertura, terraplenagem e
pavimentação das ruas do loteamento, com
sub-base de brita graduada de 0,15 (quinze)
centímetros, base de brita, revestimento
asfáltico do tipo Camada Betuminosa Usinada
Quente - CBUQ, definido em memorial
descritivo, implantação de hidrante de
passeio para combate de incêndio por
loteamento;

II - sinalização de trânsito horizontal e


vertical de acordo com o Manual Brasileiro de
Sinalização de Trânsito, elaborado pelo
Departamento Nacional de Trânsito -
DENATRAN;

III - demarcação de quadras, lotes,


logradouros públicos e áreas destinadas a
equipamentos urbanos e comunitários;

IV - delimitação das Áreas de Preservação


Permanente - APP com piquetes de concreto
e placas indicativas contendo os telefones da
Secretaria Municipal de Agricultura e Meio
Ambiente e do Instituto Ambiental do Paraná -
IAP para denúncias;

V - execução de calçamento com blocos


de concreto intertravados, colocação de
meios-fios e sarjetas e rampas de
acessibilidade conforme NBR 9050, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas -
ABNT;

VI - recobrimento vegetal de cortes e


taludes do terreno;

VII - contenção de encostas, quando


necessário;

VIII - sistema de drenagem de águas


pluviais, de acordo com as especificações
técnicas indicadas pelo órgão municipal
competente;

IX - implantação da rede coletora de


esgoto sanitário;

X - ligação à rede de esgoto existente,


quanto esta estiver na mesma bacia; órgão
competente; competente; competente;

XI - rede de abastecimento de água,


conforme exigências do XII - rede de energia
elétrica, conforme exigências do órgão XIII -
iluminação pública, conforme exigências do
órgão

XIV - paisagismo e arborização dos


logradouros públicos, na proporção de uma
árvore por lote nas vias, plantadas na linha de
equipamentos urbanos conforme especificado
na lei do sistema viário.

§ 1º O órgão municipal competente


poderá definir outras exigências quanto à
infraestrutura mínima para loteamentos
situados em áreas especiais, de acordo com a
Lei do Zoneamento de Uso e Ocupação do
Solo Urbano.

§ 2º Quando não existir no terreno a rede


para conexão da infraestrutura solicitada, o
loteador deverá instalá-la de modo que se
conecte a rede existente no município, de
acordo com as especificações do órgão
municipal competente e da empresa
responsável pelo serviço.

§ 3º A rede coletora de esgoto interna ao


loteamento deverá ser executada
independente da distância do loteamento à
rede existente, sendo obrigatório ao loteador,
neste caso, implantar soluções alternativas
para seu armazenamento e tratamento.

§ 4º As obras de que cogita o presente


artigo e seus incisos deverão ser previamente
aprovadas e ter sua execução fiscalizada pelo
órgão municipal competente.

CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS PARA
MODALIDADES ESPECIAIS DE
PARCELAMENTO

Seção I
DOS PARCELAMENTOS INDUSTRIAIS

Art. 14Os loteamentos industriais somente


poderão ser implantados em locais previstos
na Lei do Plano Diretor e na Lei do
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo
Urbano.

Art. Os loteamentos industriais terão


15

quadra com área máxima de 62.500,00m²


(sessenta e dois mil e quinhentos metros
quadrados) e comprimento linear máximo de
uma sequência de testadas de lotes entre
uma esquina e outra de uma via de 250
(duzentos e cinquenta) metros.

Art. 16A pavimentação nos loteamentos


industriais poderá ser definida pelo loteador e
estará sujeita a aprovação pelo órgão
municipal competente.

Seção II
DOS PARCELAMENTOS EM CONDOMÍNIO E
VILAS RESIDENCIAIS

Os condomínios horizontais, somente


Art. 17

poderão ser implantados em imóveis com as


dimensões máximas de uma quadra urbana,
de conformidade com o artigo 12 desta lei.

Art. 18Os condomínios horizontais, além das


demais disposições desta Lei que couberem,
atenderão, pelo menos, aos seguintes
requisitos urbanísticos:

I - as vias internas de circulação terão as


dimensões mínimas das vias locais indicadas
na Lei do Sistema Viário;

II - haverá áreas livres internas de uso


comum e de recreação e lazer dos
condôminos de, no mínimo 10% (dez por
cento) da área total do imóvel, ou, no mínimo,
1.000,00m² (mil metros quadrados), excluídas
deste percentual as vias de circulação interna;

III - as áreas privativas de cada


condômino deverão atender aos parâmetros
de ocupação e às dimensões mínimas de
lotes definidas para a zona qual se
localizarem, de acordo com a Lei do
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo
Urbano;

IV - a instalação, o funcionamento e a
manutenção do condomínio, inclusive os
serviços de varrição das vias internas e coleta
de resíduos sólidos, será de responsabilidade
dos condôminos;

V - os demais requisitos urbanísticos para


ocupação do solo seguirão o estabelecido
pela Lei do Zoneamento de Uso e Ocupação
do Solo Urbano para a zona a que pertence o
terreno.

§ 1º No caso da extinção do condomínio,


as áreas comuns e o sistema viário, inclusive
com as respectivas benfeitorias, serão
doados sem qualquer ônus ao Município, que
passará a encarregar-se de sua manutenção.

§ 2º A aprovação de um condomínio
horizontal residencial deve ser sempre
precedida de aprovação pelo Conselho
Municipal do Plano Diretor.

Seção III
DOS PARCELAMENTOS DESTINADOS À
URBANIZAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Art. 19 Poderão ser adotados padrões de


projetos urbanísticos especiais para
parcelamento do solo urbano quando a
iniciativa envolver a regularização fundiária, o
reassentamento de habitações ou em
programas habitacionais para população de
baixa renda dos quais o Poder Público
participe.

§ 1º Os parcelamentos de que trata este


artigo deverão, em qualquer caso, atender às
exigências de áreas mínimas para
equipamentos urbanos e comunitários, às
vedações referentes a áreas não parceláveis
contidas na presente Lei; a continuidade das
vias arteriais e perimetrais, e respeito às
diretrizes do sistema viário municipal.

§ 2º Os lotes terão as dimensões mínimas


de 150,00m² (cento e cinquenta metros
quadrados) de área e 10 (dez) metros de
testada e a largura das vias locais de no
mínimo 12 (doze) metros obedecidas aos
demais requisitos da legislação federal,
estadual e municipal sobre as Zonas
Especiais de Interesse Social (ZEIS).

§ 3º Os Lotes que estão subdivididos e


não possuem a devida documentação,
poderão ser regularizados após a publicação
da presente Lei, para isto, o Poder Executivo
vai regulamentar prazo para as devidas
regularizações.

Art. 20 As regularizações fundiárias deverão


ser promovidas através de Zonas Especiais
de Interesse Social - ZEIS, e seu plano
urbanístico deve prever, no mínimo:

I - sistema adequado de drenagem;

II - rede para o abastecimento de água


potável, energia elétrica e iluminação pública;

III - sistema adequado de esgotamento


sanitário;

IV - abertura, terraplenagem e
pavimentação poliédrica das vias; com
cobrança de contribuição de melhoria dos
proprietários dos imóveis beneficiados;

V - sinalização de trânsito horizontal e


vertical de acordo com o Manual Brasileiro de
Sinalização de Trânsito.

CAPÍTULO VI
DOS PROCEDIMENTOS E EXIGÊNCIAS PARA
APRESENTAÇÃO E APROVAÇÃO DE
PROJETOS DE PARCELAMENTO

Seção I
DO PROJETO

Art. 21 Antes da elaboração do projeto de


parcelamento, o interessado deverá
apresentar ao órgão municipal competente
requerimento de Consulta Prévia de
Viabilidade Técnica, instruído com os
seguintes documentos:

I - croquis do terreno que será loteado,


com a denominação, situação, limites, área e
demais elementos que identifiquem e
caracterizem o imóvel;

II - título de propriedade do imóvel.

Art. 22Após a análise, verificada a viabilidade


do loteamento, o interessado deverá solicitar
a fixação de diretrizes para parcelar,
apresentando requerimento assinado pelo
proprietário do imóvel ou seu representante
legal e por profissional legalmente habilitado,
instruído com os seguintes documentos:

I - documentos apresentados no
momento da Consulta Prévia de Viabilidade
Técnica;

II - Consulta Prévia de Viabilidade Técnica


emitida há no máximo 180 (cento e oitenta)
dias;

III - planta georreferenciada do imóvel, em


duas vias, na escala 1: 1.000 (um para um mil)
contendo, pelo menos:

a) traçado do sistema viário com


identificação de novas ruas, inclusive vias
oficiais lançadas como diretrizes ou
projetadas;
b) descrição da propriedade com
denominação topográfica, situação, divisas e
outras características essenciais;
c) localização exata dos cursos d`água,
nascentes, fundos de vale, bosques, árvores
de porte e construções nas suas adjacências;

Você também pode gostar