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LEI DE PARCELAMENTO
DO SOLO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 2º - Esta lei complementar tem como objetivo regulamentar a abertura de ruas e
a criação de lotes para fins urbanos.
Art. 3º - Para efeito desta lei complementar são adotadas as seguintes definições:
IV - Área livre de uso público: é a área pública inalienável de uso comum do povo ou de
uso especial, destinada exclusivamente à recreação, lazer ou outras atividades
exercidas ao ar livre;
XI - Faixa de rolamento: é cada uma das faixas que compõem a área destinada ao tráfego
de veículos nas vias de circulação;
XII - Faixa não edificável: é a área do terreno onde não é permitida qualquer construção,
vinculando-se o seu uso a uma servidão;
XIII - Fracionamento: é a divisão em mais de dois e menos de seis lotes edificáveis para
fins urbanos;
XIV - Frente ou testada de lote: é a divisa lindeira ao logradouro público que dá acesso ao
lote;
XVIII- Lote edificável para fins urbanos: é uma porção de terra com localização e
configuração definidas contendo, no mínimo, uma divisa lindeira à logradouro
público e seja resultante de processo regular de parcelamento de solo, para fins
urbanos;
XXII - Recuo: é a distância entre o limite externo da área ocupada por edificação e a divisa
do lote;
XXIV- Termo de verificação: é o ato pelo qual a Prefeitura, após a devida vistoria, certifica
a execução correta das obras exigidas pela legislação competente;
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XXV - Vistoria: é a diligência efetuada pela Prefeitura, tendo por fim verificar as condições
de uma obra ou uso de um edifício ou terreno.
CAPÍTULO II
DA APROVAÇÃO DO LOTEAMENTO
III - a extensão e localização aproximadas das áreas livres de uso público e de uso
institucional;
IV - a localização das faixas de terreno necessárias ao escoamento das águas pluviais, com
estrutura de dissipação das faixas não edificáveis e das áreas de preservação
permanente;
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e) cronograma físico de execução das obras e equipamentos urbanos, que deverão ser
executados pelo loteador dentro do prazo máximo de 720 (setecentos e vinte)
dias, acompanhado de caução para garantia de execução das obras.
I - caução em pecúnia;
II - garantia hipotecária;
IV - seguro-garantia;
* Artigo 9º e §§ de 1º a 5º, com redação determinada através da Lei Complementar nº 740, de 14 de dezembro de 2015.
(1) §§ 1º, 2º e 2º-A do Art. 9º com redação determinada pela Lei Complementar nº 900, de 25 de agosto de
2020.
Art. 12 - Estando o projeto de acordo com esta lei complementar e com a legislação
federal, estadual e municipal pertinente, será aprovado.
Art. 13 - Findo o prazo referido na alínea “e”, inciso V, do artigo 8º, caso não tenham
sido realizadas as obras e serviços exigidos, a Prefeitura as realizará após a venda dos lotes
caucionados através de hasta pública, sem prejuízo de outras medidas legais cabíveis.
Parágrafo único - A autorização para os fins de venda de que trata este artigo deverá
constar expressamente no termo de caucionamento dos lotes.
CAPÍTULO III
DAS NORMAS TÉCNICAS
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Art. 15 - Nenhum parcelamento para fins urbanos será permitido em terrenos baixos,
alagadiços, insalubres ou sujeitos a inundações antes de executados os serviços ou obras de
saneamento ou escoamento de águas.
Parágrafo único - Os parcelamentos para fins urbanos só poderão ser executados nas
zonas urbanas e de expansão urbana, definidas por lei municipal.
a) ao logo dos rios ou qualquer curso d’água desde o seu nível mais alto em faixa
marginal, cuja largura míni ma seja:
2. de 50,00 metros para os cursos d’água que tenham de 10,00 a 50,00 metros de
largura;
3. de 100,00 metros para os cursos d’água que tenham de 50,00 a 200,00 metros
de largura;
c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados “olhos d’água”, qualquer
que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50,00 metros de largura;
e) nas encostas, ou parte destas, com declividade superior a 45º, equivalente a 100%
(cento por cento) na linha de maior declive;
§ 2º - Os lotes lindeiros aos itambés terão, além da área aedificandi mínima legal,
uma área non aedificandi nos fundos de, no mínimo, 50,00m (cinqüenta metros) de lado a
contar da linha de ruptura do relevo, pela largura do lote, que somente poderá ser utilizada
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Art. 19 - Ao longo de cada lado do talvegue, ou eixo de vale seco, será reservada
faixa não edificável com largura não inferior a 4,50 metros.
Art. 20 - Qualquer curso d’água só poderá ser aterrado, retificado ou desviado após
prévia autorização da Prefeitura, do Estado e da União, conforme pareceres técnicos de seus
órgãos competentes.
Art. 21 - Ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público
das rodovias, ferrovias e dutos, é obrigatória a reserva de faixa não edificável de 15,00
metros de largura mínima de cada lado.
*Art. 23 e respectivos parágrafos com redação determinada pela Lei Complementar nº 480, de 09 de outubro de 2006.
§ 2º - As áreas de uso institucional, lazer e dominial deverão ter acesso por via
pública e configuração que permita a instalação de equipamentos públicos, com declividade
máxima de 15% (quinze por cento) para o uso institucional, 20% (vinte por cento) para as de
lazer e 20% (vinte por cento) para as de uso dominial.
§ 5º - A área de lazer deverá ser entregue pronta ao poder público, com bancos,
árvores e jardinagem completa, calçamento do passeio público e postes de iluminação, que
sejam em quantidade suficiente para iluminar adequadamente toda área de lazer, e ainda, de
acordo com o projeto de execução fornecido pela Secretaria Municipal de Planejamento
Urbano.
* § 5º acrescentado pela Lei Complementar nº 706, de 17 de julho de 2014.
Art. 25 - Qualquer gleba, objeto de parcelamento, deverá ter acesso por via com três
faixas de rolamento, no mínimo, conectando a gleba com a via da rede oficial existente,
recaindo sobre o parcelador o ônus das obras eventualmente necessárias para construção ou
alargamento da referida via de acesso.
II - garantir um percurso de 400,00 metros, no máximo, de qualquer lote até uma via com
pelo menos três faixas de rolamento, sendo o percurso medido pelos eixos de
circulação.
Art. 30-A - No que se refere à iluminação pública e à rede de energia elétrica, deverão
ser observadas as seguintes normas:
*Art. 30-A e respectivos incisos acrescentados pela Lei Complementar nº 263, de 21 de agosto de 2000.
I - Nas ruas com largura de até 16,00 metros não poderão ser instaladas lâmpadas do tipo
vapor de mercúrio com potência inferior a 125W ou do tipo vapor de sódio com
potência inferior a 100W.
II - Nas avenidas com largura de 16,00 metros não poderão ser instaladas lâmpadas, de
qualquer tipo, com potência inferior a 150W.
III - Nas avenidas com largura igual ou superior a 18,00 metros deverão ser instaladas redes
de energia e iluminação pública nos dois lados (passeios), devendo as lâmpadas, de
qualquer tipo, terem potência igual ou superior a 150W.
Art. 31 - A maior dimensão do comprimento e/ou largura das quadras não poderá ser
superior a 300,00m (trezentos metros), exceto nos casos de quadras lindeiras a ferrovias,
rodovias, parques urbanos ou quaisquer outros equipamentos urbanos, a critério da Secretaria
Municipal de Planejamento Urbano a sua análise e aprovação. (1)
(1)
Art.. 31 com redação determinada pela Lei Complementar nº 900, de 25 de agosto de 2020.
a) dos lotes, com a colocação de estacas nos quatro cantos de cada um, sendo as da
frente com a respectiva numeração;
c) logradouros;
a) canaletas ou guias;
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IV - drenagem subterrânea:
a) boca de lobo com grade de proteção, bueiros, sangrias, ramais, travessias, galerias
e similares;
VI - arborização de calçadas com uma muda de, no mínimo, 1,50 metros de altura, na
frente de cada lote, cercada por gradil de madeira no padrão da Prefeitura;
VII - tratamento das faixas de rolamento que assegure a prevenção de erosão, correta
drenagem de águas pluviais, o controle de lama ou poeira e a resistência ao tráfego
motorizado, sendo o tratamento mínimo absoluto a compactação, o abaulamento e o
revestimento primário da pista e a pavimentação de rampas com declividade superior
a 6% (seis por cento).
VIII - infra-estrutura e urbanização das áreas de lazer, segundo projeto paisagístico a ser
apresentado pelo loteador, conforme diretrizes fornecidas pela Secretaria Municipal
de Planejamento Urbano.
IV - que parte das áreas destinadas a integrar o domínio do Município seja localizada ao
londo dos fundos de vale.
I - declividade não superior a 50% (cinqüenta por cento) para taludes em corte e 40%
(quarenta por cento) para taludes em aterro;
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II - revestimento com vegetação rasteira apropriada para controle da erosão, podendo ser
dispensado, a critério da Prefeitura, em taludes com altura inferior a 1,00 metro ou
declividade inferior a 33% (trinta e três por cento);
III - canaletas e outros dispositivos de drenagem na crista e na saia, caso o talude tenha
altura superior a 2,00 metros;
IV - taludes de altura superior a 3,00 metros deverão ser interrompidos com bermas
providas de canaletas de drenagem.
CAPÍTULO IV
DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA
CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
a) multa;
b) embargo;
II - o embargo das obras, dos serviços ou do uso do imóvel até sua regularização,
aplicados para outros tipos de infração.
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
anterior a da publicação desta lei complementar, reger-se-á pela legislação em vigor na data
da referida apresentação.
DOMINGOS ALCALDE
Prefeito Municipal
ANEXO I
TIPOS DE VIAS PÚBLICAS