Você está na página 1de 31

MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

Dispõe sobre normas relativas ao parcelamento do


solo urbano do Município de Concórdia, Estado de
Santa Catarina, e dá outras providências.

O Prefeito do Município de Concórdia.

Faço saber que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte Lei.

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º. O parcelamento do solo urbano, do Município de Concórdia, reger-se-á por esta Lei,
observadas as diretrizes estabelecidas pela Lei Estadual nº 17.492, de 22 de janeiro de 2018, Lei
Federal nº 13.465 de 11 de julho de 2017 e Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979 e suas
alterações.

§ 1º Somente será permitido o parcelamento do solo para fins urbanos nas zonas urbanas e de
urbanização específica, definidas pela Lei Municipal do Plano Diretor e Lei Municipal de
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

§ 2º Caso a gleba esteja situada parte em área urbana e parte em área rural, considerar-se-á toda no

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
perímetro urbano para fins de parcelamento, se a maior porção estiver em área urbana e a porção que
estiver em área rural for inferior a 30.000m² (trinta mil metros quadrados).

Art. 2º. O parcelamento do solo urbano será efetuado sob a forma de loteamento,
desmembramento, remembramento ou condomínio urbanístico de lotes e de lazer.

Art. 3º. Para fins do disposto nesta Lei, considera-se:

I. loteamento: subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com abertura de novas vias
de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias
existentes;

II. desmembramento: subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com aproveitamento


do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias e logradouros
públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes;

III. remembramento: unificação de dois ou mais lotes urbanos ou rurais contíguos em um único
imóvel;

IV. condomínio urbanístico de lotes: divisão da gleba ou terreno em lotes, caracterizados como
unidades autônomas destinadas à edificação residencial, comercial, empresarial, industrial, de
lazer, de logística e de serviços, às quais correspondem frações ideais das áreas de uso comum
dos condôminos, admitidas as aberturas de vias de domínio privado e vedada a de logradouros
públicos internamente ao seu perímetro.
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 2

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

Parágrafo único. O parcelamento do solo será admitido somente se resultar em lotes edificáveis, de
acordo com a Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

Art. 4º. Nas áreas da sede municipal não serão autorizados novos parcelamentos:

I. em locais em que o acesso esteja a uma distância percorrida, em via pública, superior a
500,00m (quinhentos metros) a partir de loteamentos vizinhos regulares aprovados e
registrados no Ofício de Registro de Imóveis;

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
II. no raio de 500,00m (quinhentos metros) no entorno da gleba a lotear, que possuam menos de
20% (vinte por cento) dos lotes ocupados em loteamentos vizinhos.

Art. 5º. Estão obrigados à obediência às disposições desta Lei o parcelamento do solo realizado
para venda e aqueles resultantes de inventários, divisão amigável ou judicial para extinção da
comunhão de bens ou a qualquer outro título.

SEÇÃO ÚNICA

DOS OBJETIVOS

Art. 6º. Esta Lei tem como objetivos:

I. orientar os projetos de parcelamento do solo;

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
II. adaptar o máximo possível o parcelamento à topografia local;

III. assegurar a observância de padrões mínimos referentes ao tamanho dos lotes;

IV. compatibilizar a hierarquia viária proposta com a hierarquia existente;

V. garantir melhor qualidade de vida individual e coletiva;

VI. assegurar e orientar a ocupação efetiva e o adensamento populacional das áreas urbanizadas, de
urbanização específica, assim como as áreas de expansão urbana, de forma a racionalizar os
recursos disponíveis para estrutura.

CAPÍTULO II

DAS NORMAS GERAIS

Art. 7º. O parcelamento do solo se subordinará às diretrizes do PDM quanto ao arruamento e à


destinação das áreas, de forma a permitir o desenvolvimento urbano integrado.

Art. 8º. Em nenhum caso os arruamentos ou loteamentos poderão prejudicar o escoamento natural
das águas nas respectivas bacias hidrográficas, devendo as obras necessárias serem executadas nas
vias públicas ou em faixas para este fim reservado.

Parágrafo único. Os cursos d`água perenes e intermitentes não poderão ser desconsiderados,
retificados ou canalizados, exceto nos casos de interesse público, e com a apresentação prévia da
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 3

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

justificativa acompanhada de Laudo Técnico, anotação de responsabilidade técnica, e licenciamento


ambiental emitido pelos órgãos ambientais competentes.

Art. 9º. Nos fundos dos vales e talvegues será obrigatória a reserva de faixas sanitárias para
escoamento de águas pluviais e de rede de esgotos.

Art. 10. Não será permitido o parcelamento do solo:

I. em áreas de preservação histórica, ecológica ou paisagística, assim definidas por lei;

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
II. em áreas de preservação permanente, assim definidas pela lei federal;

III. em áreas de proteção especial definidas na legislação, e naquelas onde o parcelamento do solo
possa causar danos relevantes à flora, fauna e outros recursos naturais;

IV. em áreas onde as condições geológicas e topográficas não aconselham edificações;

V. em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se atendidas
exigências específicas das autoridades competentes;

VI. em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam
previamente saneados;

VII. em terrenos alagadiços ou sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
assegurar o escoamento das águas;

VIII. em obras onde as condições ambientais ultrapassem os limites máximos dos padrões de
qualidade ambiental ou onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis;

IX. em terrenos situados em fundos de vale, essenciais para escoamento das águas e abastecimento
público;

X. em áreas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis, até sua correção;

XI. em distância inferior a 50m (cinquenta metros) da margem das estações de tratamento de
esgoto;

XII. em distância inferior a 500m (quinhentos metros) de aterros sanitários, sendo que estes só
podem ser ampliados ou implantados respeitando esse afastamento.

§ 1º Nas áreas previstas nos incisos IV e V deste artigo e nas áreas de risco cadastradas por órgãos
municipais, o interessado deverá submeter à aprovação da Comissão de Aprovação e Recebimento
de Parcelamentos o laudo geológico e os projetos de contenção das encostas, corte e aterro, sob a
responsabilidade técnica do profissional legalmente habilitado pelo Conselho Profissional.

§ 2º Nos casos previstos nos incisos VI e VII deste artigo, o interessado deverá submeter à aprovação
da Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos o projeto de saneamento da área sob a
responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado pelo Conselho Profissional.
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 4

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

§ 3º Nos casos previstos no inciso XI, as distâncias devem ser compatíveis com o tipo do tratamento
do efluente, sendo que nos casos de lagoas anaeróbias, a distância mínima da margem deve ser de
300m (trezentos metros).

Art. 11. Não caberá à Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos qualquer


responsabilidade pela diferença das medidas nos lotes ou quadras que o interessado venha a encontrar,
em relação às medidas constantes dos projetos aprovados.

Art. 12. Embora satisfazendo as exigências da presente Lei, qualquer projeto de parcelamento pode

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
ser recusado, total ou parcialmente, pela Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos,
tendo em vista:

I. as diretrizes para uso do solo municipal, estabelecidas pelo PDM;

II. as diretrizes do desenvolvimento regional, estabelecidas em planos oficiais em vigor;

III. a defesa dos recursos naturais ou paisagísticos e do patrimônio natural do Município.

Art. 13. Não serão aprovados loteamentos ou desmembramentos que possuam lotes encravados,
ainda que comunicáveis, com o sistema de circulação, por meio de servidão predial, legalmente
construída, nos termos do art. 695 do Código Civil Brasileiro.

CAPÍTULO III

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS

SEÇÃO I

DOS LOTEAMENTOS

Art. 14. O loteamento para fins urbanos somente pode ser feito nas modalidades:

I. convencional: parcelamento do solo que resulte em terrenos a partir de 360,00m² (trezentos e


sessenta metros quadrados), com testada mínima de 12,00m (doze metros) para lotes localizados em
meio de quadra e15,00m (quinze metros) para lotes de esquina;

II. de interesse social: cujo parcelamento do solo resulte em terrenos a partir de 200,00m²
(duzentos metros quadrados) com testada mínima de 10,00m (dez metros) para lotes localizados em
meio de quadra e12,00m (doze metros) para lotes de esquina;

III. regularização fundiária: parcelamento do solo que resultará em terrenos a partir de 125,0m²
(cento e vinte e cinco metros quadrados) com testada mínima de 5,00m (cinco metros), em áreas
destinadas à regularização fundiária;

IV. de uso industrial cujo parcelamento do solo resulte em terrenos a partir da área de 5.000,00m²
(cinco mil metros quadrados), tendo, no mínimo, 40,00m (quarenta metros) de testada.

Art. 15. Será reservado e entregue ao Município, sem ônus para este, no mínimo de 35% (trinta e
cinco por cento) da área total da gleba a ser loteada, descontadas as Áreas de Preservação Permanente
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 5

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

– APPs, destinada ao sistema de circulação, à implantação de equipamentos urbanos e comunitários,


áreas verdes, bem como de espaço livre para uso público.

§ 1º Do percentual de 35% (trinta e cinco por cento) será assegurado:

I. 8% (oito por cento) da área total de lotes, para uso institucional (instalação de equipamentos
urbanos e comunitários) em locais que a Comissão de Aprovação e Recebimento de
Parcelamentos definir, tendo em vista a proximidade com outras áreas institucionais e/ou com
menor declividade;

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
II. 10 % (dez por cento) da área total de lotes, para áreas verdes, não sendo consideradas, as Áreas
de Preservação Permanente – APP porventura existentes.

§ 2º Os lotes reservados para os usos referidos neste artigo não poderão ser caucionados para
cumprimento dos dispositivos previstos nesta Lei.

§ 3º A Municipalidade não poderá alienar em nenhuma hipótese as áreas previstas neste artigo,
devendo assegurar-lhe o uso institucional ou recreacional adequado.

§ 4º Exclui-se da obrigatoriedade do parágrafo anterior, as permutas efetuadas para implantação de


equipamentos comunitários em outras áreas.

§ 5º As áreas mencionadas neste artigo deverão ter acesso por via oficial de circulação de veículos,
quando não confrontarem com outras áreas públicas.

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
Art. 16. Nos loteamentos exclusivamente industriais, com lotes maiores que 5.000,00m2 (cinco mil
metros quadrados) ficam permitidas doações de áreas públicas inferiores à 35% (trinta e cinco por
cento), em um mínimo de 4% (quatro por cento) da área total de lotes, para instalação de
equipamentos públicos, acrescidas as áreas verdes, em um mínimo de 15% (quinze por cento), não
sendo consideradas, as Áreas de Preservação Permanente – APP porventura existentes, e mais as
áreas necessárias ao sistema viário.

SEÇÃO II

DOS CONDOMÍNIOS URBANÍSTICOS DE LOTES

Art. 17. Os condomínios Urbanísticos de Lotes serão admitidos somente em áreas que não venham
a prejudicar a mobilidade urbana e integração do sistema viário existente ou a ser projetado.

Art. 18. Para efeito de aplicação da presente Lei, considera-se:

I. propriedade individualizada: a unidade territorial privativa ou autônoma a qual corresponde


uma fração ideal de terreno dentro da gleba condominial;

II. área de uso comum: aquela que for destinada à construção de vias de circulação interna, áreas
verdes, equipamentos públicos, clube recreativo, áreas de lazer, portaria e área administrativa.

Art. 19. Nos empreendimentos localizados na sede ou nos distritos, 12% (doze por cento) da área
privativa deverá ser reservada e entregue ao Município para uso público, assim distribuídos:
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 6

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

I. 8% (oito por cento) para área institucional;

II. 4% (quatro por cento) para área verde, não sendo consideradas, as Áreas de Preservação
Permanente (APP) porventura existentes.

Parágrafo único. As áreas referidas nos incisos I e II deste artigo deverão localizar-se fora dos limites
da área condominial, contíguas a área do condomínio, salvo casos excepcionais, cuja localização será
previamente aprovada pelo Município.

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
Art. 20. Nos Condomínios Urbanísticos de lotes:

I. será permitida a construção de apenas uma unidade residencial unifamiliar em cada unidade
territorial privativa;

II. deverá ser destinado no mínimo 3% (três por cento) da área total do empreendimento à
implantação de áreas lazer e/ou edificações de área de convivência.

Art. 21. O Condomínio Urbanístico de lotes poderá ser cercado com muro de alvenaria ou qualquer
outro tipo de material que garanta a sua integridade e proteção.

Parágrafo único. Deverá ser garantido, nas divisas voltadas para o logradouro público, 50%
(cinquenta por cento) de transparência visual com implantação de grades vazadas até o nível da
calçada, de forma contínua ou intercalada.

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
Art. 22. A área das unidades territoriais privativas obedecerá ao disposto na Lei de Zoneamento de
Uso e Ocupação do Solo, sendo vedado o subfracionamento das mesmas.

Art. 23. O sistema viário interno do Condomínio Urbanístico deverá articular-se com o sistema
viário público existente ou projetado em um único ponto ou local.

Art. 24. Será obrigatória a execução, por parte do proprietário da gleba destinada ao Condomínio
Urbanístico, das seguintes obras e equipamentos urbanos:

I. abertura das vias de circulação, inclusive vias de acesso, quando for o caso, sujeitas à
compactação e pavimentação, conforme normas e padrões técnicos dos órgãos competentes e
exigências legais;

II. vias internas deverão ter pista de rolamento de no mínimo 6m (seis metros) e calçada(s) de 2m
(dois metros), respeitando a inclinação conforme Lei do Sistema Viário Municipal;

III. as vias que tiverem apenas uma face ocupada por lotes será admitida a implantação de calçada
somente em frente aos lotes;

IV. não poderão obstruir o sistema viário existente ou projetado do Município, devendo ser
previsto, se necessário, uma ligação com o mesmo a cada 150,00m (cento e cinquenta metros);

V. sinalização de regulamentação das vias internas, conforme disposto no Código de Trânsito


Brasileiro – CTB;
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 7

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

VI. depósito de lixo e caixa de correspondências centralizados na entrada do condomínio, com


acesso direto à via pública;

VII. obras destinadas ao escoamento de águas pluviais, inclusive galerias, guias, sarjetas, bocas de
lobo e canaletas, conforme normas e padrões técnicos dos órgãos competentes e exigências
legais;

VIII. implantação de sistema de abastecimento de água potável, conforme normas e padrões técnicos
exigidos pelo órgão competente;

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
IX. sistema de esgotamento sanitário conforme art. 57;

X. obras de contenção de taludes e aterros, destinadas a evitar desmoronamentos e o assoreamento


de águas correntes, conforme normas e padrões técnicos dos órgãos competentes e exigências
legais;

XI. implantação de rede de energia elétrica e iluminação interna das vias, conforme normas e
padrões técnicos exigidos pelo órgão, entidade ou empresa concessionária do serviço público
de energia elétrica;

XII. obras e serviços destinados ao tratamento paisagístico das vias e logradouros, conforme normas
e padrões técnicos dos órgãos competentes e exigências legais.

§ 1º As obras previstas neste artigo deverão ser executadas e concluídas, obrigatoriamente, dentro do

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
prazo máximo e improrrogável de 4 (quatro) anos, contados a partir da data de aprovação do
condomínio, devendo cada etapa ser executada dentro do respectivo prazo previsto no cronograma
físico que for aprovado pelo Município.

§ 2º A execução das obras previstas neste artigo, bem como as obras de construção das unidades
residenciais ou qualquer tipo de obra relacionada à construção civil será, necessariamente, vistoriada
pela fiscalização do respectivo órgão competente.

§ 3º Poderão ser penhoradas áreas privativas até a execução das obras previstas neste artigo, sendo
que só serão liberados Alvarás de Habite-se em áreas cuja infraestrutura já esteja concluída.

Art. 25. Cabe ao empreendedor a manutenção das obras de urbanização, do sistema viário, das áreas
destinadas a uso comum dos condôminos da infraestrutura básica e complementar interna, até o
registro do parcelamento do solo ou da instituição do condomínio urbanístico de lotes no Registro de
Imóveis.

Art. 26. Após a aprovação e constituição jurídica do Condomínio Urbanístico, o mesmo tornar-se-
á indissolúvel, ficando sob a sua exclusiva responsabilidade, com relação a suas áreas internas, os
seguintes serviços:

I. coleta de lixo;

II. manutenção da rede e sistema para abastecimento de água potável e esgoto sanitário, no caso
de o mesmo não ser efetuado pela Concessionária, e drenagem pluvial;
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 8

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

III. manutenção da infraestrutura de iluminação interna;

IV. manutenção do sistema viário e das áreas destinadas a uso comum.

Parágrafo único. A responsabilidade dos serviços descritos neste artigo se limita à área do condomínio
e não isenta o mesmo e as unidades territoriais privativas das respectivas taxas de manutenção
municipal ou de concessionárias.

Art. 27. É vedado ao Município estender qualquer serviço público ao interior de condomínio

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
urbanístico de lotes, cuja responsabilidade é exclusiva dos condôminos, salvo contrato firmado entre
as partes.

Art. 28. As edificações a construir nas áreas privadas no Condomínio serão aprovadas pelo órgão
competente do Município, posteriormente à aprovação do projeto do Condomínio, individualmente,
obedecendo os parâmetros e índices construtivos do zoneamento respectivo, constante na Lei de
Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo.

Art. 29. A tramitação dos processos de condomínios, junto aos órgãos municipais, será a mesma
estabelecida para os parcelamentos na forma de loteamentos, conforme estabelecido no Capítulo VI
– Da documentação e aprovação de projetos de parcelamento, desta Lei.

Art. 30. Os condomínios civis implantados anteriormente à entrada em vigor da Lei Estadual nº
17.492, de 22 de janeiro de 2018, cujos moradores sejam proprietários de frações ideais do terreno,
mas exerçam posses localizadas, podem, por decisão de 2/3 (dois terços) dos proprietários das frações,

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
transformá-las em condomínios urbanísticos, observadas as condições para regularização fundiária
de interesse específico previstas na legislação federal e estadual e as devidas compensações
ambientais.

§ 1º Os clubes de campo implantados anteriormente à entrada em vigor da Lei Federal nº 6.766, de


1979, pelas características de ocupação, constituem de fato parcelamento do solo para fins urbanos,
e podem ser regularizados, observados os requisitos previstos com a extinção da associação
proprietária do terreno e a transferência, aos sócios cotistas, das frações ideais do terreno.

§ 2º Os condomínios de que trata este artigo não podem incorporar, como áreas de uso comum dos
condôminos, os logradouros que já estejam afetados ao uso público, nem interromper as projeções de
vias ou quaisquer outras ruas que tenham sido projetadas sobre tais glebas e sejam essenciais à
garantia da mobilidade urbana.

§ 3º Os condomínios fechados regulares registrados no Ofício de Registro de Imóveis, com base no


art. 8º da Lei Federal nº 4.591, de 1964, estão dispensados, a partir da vigência da Lei Estadual nº
17.492, de 22 de janeiro de 2018, da anuência dos demais condôminos para substituição das plantas
e projetos junto ao Ofício de Registro de Imóveis, desde que respeitadas as áreas mínimas e máximas
previstas nas convenções de condomínios registradas.
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 9

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

SEÇÃO III

DOS CONDOMÍNIOS URBANÍSTICOS DE LAZER

Art. 31. Estes empreendimentos serão autorizados somente na Macrozona de Interesse Turístico,
mediante aprovação prévia da Municipalidade, os quais além dos procedimentos exigidos para os
Condomínios Urbanísticos de lotes, deverão apresentar o EIV e licenciamento ambiental nos casos
previstos em Lei.

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
Art. 32. Deverá ser reservada e entregue ao Município para uso público 12% (doze por cento) da
área privativa, assim distribuídos:

I. 4% (quatro por cento) para área institucional;

II. 8% (oito por cento) para área verde, não sendo consideradas, as Áreas de Preservação
Permanente – APP porventura existentes.

Art. 33. Deverão ser atendidos os parâmetros de ocupação dispostos na Lei de Zoneamento de Uso
e Ocupação do Solo.

Art. 34. O terreno deverá ser todo cercado externamente e ter pórtico de acesso principal, em local
de livre acesso, com espaço específico para a localização de medidores, coletores de correspondência
e coletores de lixo.

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
Parágrafo único. Deverá ser garantido, nas divisas voltadas para o logradouro público, 50%
(cinquenta por cento) de transparência visual com implantação de grades vazadas até o nível da
calçada, de forma contínua ou intercalada.

Art. 35. Todas as unidades individuais deverão ter acesso direto e livre às vias de circulação
internas, com quadras de no máximo 500m (quinhentos metros) de comprimento.

Art. 36. O empreendedor arcará com as despesas e será responsável pela execução e manutenção,
quando for o caso, das seguintes obras infraestrutura:

I. sistema de drenagem que garanta o perfeito escoamento das águas pluviais e a sua destinação
para locais convenientes, devendo ser canalizados os trechos que atravessam as vias, a ser
aprovado pela Municipalidade;

II. sistema de abastecimento de água, sendo permitida a utilização de sistema alimentado por poço
artesiano, desde que atendidas as normas vigentes, com o devido tratamento químico, quando
não possível sua interligação com a rede pública;

III. rede de distribuição de energia elétrica de baixa tensão e iluminação pública, conforme as
normas e padrões da concessionária local;

IV. coleta e destinação do lixo domiciliar;

V. sistema viário interno:


MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 10

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

a) as vias de circulação interna terão de largura mínima 6m (seis metros) de leito carroçável e 2m
(dois metros) de calçada;

b) as vias internas devem respeitar o limite de inclinação estabelecido na Lei do Sistema Viário
Municipal, e poderão ser dispensadas:

b.1) da pavimentação, desde que, seja realizado o cascalhamento do leito carroçável das pistas
de circulação e plantio de grama nos passeios, e quando necessário, providos de sarjetas,
ficando a sua manutenção ao encargo do Condomínio;

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
b.2) da execução dos meios-fios e sarjetas, desde que o sistema de drenagem a ser adotado e
aprovado garanta o perfeito escoamento das águas pluviais.

Parágrafo único. O projeto e execução do sistema de tratamento e/ou destinação dos efluentes gerados
são de responsabilidade do adquirente da unidade quando da aprovação e construção da edificação.

SEÇÃO IV
DAS ÁREAS DESTINADAS A PROGRAMAS HABITACIONAIS DE INTERESSE SOCIAL

Art. 37. Nos parcelamentos do solo e loteamentos localizados nas Zonas Especiais de Interesse
Social, além das áreas definidas no art. 15, deverá ser doado à Municipalidade para a implantação de
programas habitacionais de interesse social, 5% (cinco por cento) da área total de lotes, descontadas
as Áreas de Preservação Permanente – APPs, em locais a serem definidos pela Comissão de

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
Aprovação de Parcelamentos.

CAPÍTULO IV

DAS NORMAS TÉCNICAS

SEÇÃO I

DAS VIAS DE CIRCULAÇÃO

Art. 38. A abertura de qualquer via ou logradouro, subordinar-se-á ao disposto nesta Lei e o que
estiver previsto na Lei do Sistema Viário e Código de Obras, e dependerá de aprovação prévia da
Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos.

Art. 39. Todo projeto de loteamento deverá incorporar no seu traçado viário os trechos que a
Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos indicará, para assegurar a continuidade do
sistema viário geral da cidade.

§ 1º O sistema viário do loteamento deverá articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes ou
projetadas pelo Plano de Mobilidade e demais estudos específicos, assim como harmonizar-se com a
topografia local.
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 11

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

§ 2º Quando o acesso público se restringir a uma estrada municipal de pequena largura, que não atinja
as medidas mínimas do prolongamento viário previsto na Lei do Sistema Viário, o empreendedor
deve proceder a sua ampliação até atingir a medida mínima:

I. se o urbanizador for o próprio proprietário das áreas atingidas pela ampliação da estrada, estas
áreas serão doadas ao Município no próprio processo de aprovação do empreendimento;

II. no caso de o proprietário das áreas atingidas pela ampliação da estrada municipal ser um
terceiro, deverá seguir procedimento definido nos § 4º ao 9º, do art. 16, da Lei Estadual nº

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
17.492/2018.

§ 3º A Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos poderá exigir, sempre que julgar


necessário, áreas para construção de escadarias ou vias exclusivas para passagem de pedestres, as
quais deverão ser executadas pelo empreendedor.

Art. 40. As vias de circulação deverão terminar nas divisas da gleba a lotear, quando seu
prolongamento estiver projetado ou, quando a juízo do órgão competente do Município, interessar ao
desenvolvimento urbano do Município.

§ 1º Quando não houver possibilidade ou previsão de continuidade da estrutura viária esta deverá
terminar em praça de retorno.

§ 2º As vias de acesso sem saída deverão ser evitadas, serão autorizadas somente se providas de
praças de retorno.

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
Art. 41. Os loteamentos com testada para rodovias estaduais ou federais deverão ter licença e
acessos previamente concedidos e aprovados pelo órgão competente, sob pena de serem indeferidos.

Art. 42. Todas as vias de circulação a serem projetadas e construídas devem atender aos padrões
estabelecidos na Lei do Sistema Viário.

§ 1º Nos movimentos de terra ocasionados pela implantação das vias, deverão ser previstas obras e
tratamentos de superfície para conter a erosão.

§ 2º Os projetos deverão ser aprovados pela Comissão de Aprovação e Recebimento de


Parcelamentos.

Art. 43. A largura da via que constituir prolongamento de outra já existente, ou constante de plano
de loteamento já aprovado pela Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos, não poderá
ser inferior à largura desta, ainda que pela função e características possa ser considerada de categoria
inferior.

Art. 44. Nos cruzamentos das vias públicas, os dois alinhamentos prediais deverão ser concordados
por um arco de círculo de 5,00m (cinco metros) de raio mínimo.

Art. 45. A identificação das vias e logradouros públicos, antes de sua denominação oficial, só
poderá ser feita por meio de letras.
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 12

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

Art. 46. A denominação e o emplacamento dos logradouros públicos, assim como a numeração das
edificações, são privativos da Municipalidade.

SEÇÃO II

DAS QUADRAS E LOTES

Art. 47. Na área urbana, as quadras não poderão ter comprimento superior a 150,00m (cento e
cinquenta metros), salvo quando para incorporar no traçado do sistema viário existente ou quando as

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
condições topográficas inviabilizarem a implantação de vias, mediante justificativa técnica aprovada
pela Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos.

§ 1º Para as quadras que excederem o comprimento de 150,00m (cento e cinquenta metros), poderão
ser exigidas vias de pedestres localizadas e dimensionadas pela Comissão de Aprovação e
Recebimento de Parcelamentos.

§ 2º Em loteamentos industriais serão admitidas quadras com no máximo 300m (trezentos metros) de
comprimento.

§ 3º Excepcionalmente, quando para incorporar no traçado do sistema viário existente, serão


admitidas dimensões superiores, desde que não ultrapasse 30% (trinta por cento), aprovadas pela
Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos.

Art. 48. O lote mínimo para efeito de novas aprovações de parcelamento no Município de

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
Concórdia é definido para cada zona conforme disposto na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação
do Solo.

Art. 49. Não serão computadas na área mínima do lote as faixas de domínio e non aedificandi,
definidas por legislações municipais, estaduais ou federais.

Art. 50. Para locação de equipamentos urbanos e serviços públicos será permitido o parcelamento
do solo com áreas inferiores às fixadas por esta Lei, desde que com aprovação de uso pela Comissão
de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos.

SEÇÃO III

DAS FAIXAS NON AEDIFICANDI

Art. 51. Entende-se por áreas non aedificandi, aquelas reservadas dentro de terrenos de propriedade
privada, que ficam sujeitas à restrição ao direito de construir, por razões de interesse urbanístico.

Art. 52. Para efeito desta Lei, consideram-se como faixas non aedificandi o que segue:

I. faixa paralela à faixa de domínio nas rodovias conforme definido em legislação;

II. faixa de alta tensão da concessionária local de energia elétrica;

III. faixa de domínio da via férrea;


MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 13

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

IV. faixas sanitárias destinadas à manutenção das canalizações de água, esgoto e rios, respeitando
os afastamentos estipulados na Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo.

Art. 53. As faixas non aedificandi são de posse do proprietário do terreno, podendo este utilizá-las
desde que não com edificação.

§ 1º Na faixa non aedificandi é vedada qualquer edificação, sendo permitida apenas ocupação de
caráter reversível e provisório.

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
§ 2º As faixas sanitárias de rios canalizados a céu aberto devem ser mantidas livres de edificações e
com cobertura vegetal, sendo de responsabilidade do proprietário a manutenção da vegetação,
devendo a construção dos muros obedecer ao recuo estabelecido para o afastamento, sendo autorizado
a instalação de cercas ou gradis que permitam a livre passagem da água.

SEÇÃO IV

DA INFRAESTRUTURA DE SANEAMENTO, DE ENERGIA E ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Art. 54. Será exigido do empreendedor a apresentação de projetos e a implementação de


infraestrutura de saneamento que garantam o abastecimento de água potável, coleta e tratamento de
efluentes residuais e drenagem de águas pluviais do empreendimento, independentemente do número
de unidades planejadas.

Art. 55. Quanto ao sistema de drenagem:

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
I. quando a canalização pública de drenagem for insuficiente ou não existir na via onde o
loteamento desaguar suas águas pluviais, deverá ser apresentada solução técnica, a qual será
avaliada pela Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos e executada pelo
empreendedor.

II. será obrigatória a apresentação de projeto de mecanismos de contenção de cheias, bacias ou


reservatórios de retenção, em empreendimentos localizados na Bacia do Rio dos Queimados,
sob a responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado pelo Conselho
Profissional.

III. em empreendimentos localizados em outras bacias, poderá ser exigida a apresentação de projeto
de mecanismos de contenção de cheias, bacias ou reservatórios de retenção, conforme histórico
de cheias, condições topográficas específicas, ou outros aspectos conforme avaliação da
Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos.

IV. para o dimensionamento, deverá ser considerada a área destinada ao sistema viário (vias de
circulação de veículos, pedestres e passeios).

V. o dimensionamento do volume necessário para o reservatório de detenção deverá ser calculado


mediante a aplicação da seguinte fórmula obtida a partir da aplicação simultânea dos
coeficientes, intensidade pluviométrica e tempo de retorno conforme Plano Municipal de
Saneamento Básico de Concórdia:
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 14

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

15,48 𝑥 𝐴
V= 1000

Onde:

V = volume do reservatório em metros cúbicos (m³)

A = área prevista no inciso IV deste artigo

VI. O diâmetro do orifício regulador de vazão deverá obedecer ao seguinte critério:

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
VOLUME DIÂMETRO

Até 2m3 25mm

3 a 6m³ 40mm

7 a 26m³ 50mm

27 a 60m³ 75mm

61 a 134m³ 100mm

135 a 355m³ 150mm

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
356 a 405m³ 200mm

406 a 800m³ 300mm

801 a 1300m³ 400mm

1301 a 2000m³ 500mm

Art. 56. Quanto ao sistema de abastecimento de água:

I. será realizada pelo interessado, junto à concessionária responsável, a consulta prévia técnica, e
quando da sua implantação, além de realizar as orientações técnicas expedidas, deverá ainda o
interessado levar a rede mestre ou adutora do abastecimento para o perímetro externo ao
empreendimento numa distância de até 500m (quinhentos metros), ao encontro da rede da
concessionária ou caso esta ainda não exista, na direção que a concessionária determinar;

II. onde não existir rede de abastecimento de água, o loteador deverá, com aprovação do órgão
competente, executar o projeto de abastecimento, a partir da captação em manancial existente
na área ou a partir de poços artesianos;

III. caso a Concessionária não assuma a operação do sistema de abastecimento de água, este deverá
funcionar em sistema de condomínio ou atender as diretrizes estabelecidas no Plano Municipal
de Saneamento Básico.

Art. 57. Quanto ao sistema de coleta e tratamento de esgotos:


MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 15

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

I. o loteador deverá apresentar projeto de esgotamento sanitário, aprovado pela Concessionária, e


implantar a rede sob fiscalização da mesma, propiciando condições para ligação à rede pública,
quando esta estiver implantada em frente ou a uma distância de até 500,00m (quinhentos
metros) do empreendimento;

II. os empreendimentos localizados no perímetro urbano da sede, das localidades de Tamanduá e


Planalto deverão instalar rede de coleta de esgoto a ser aprovada pela Concessionária do
serviço, podendo ser exigida solução de tratamento de esgoto coletivo a depender das
especificidades;

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
III. para os empreendimentos localizados nas demais localidades poderão ser exigidos sistema de
coleta e tratamento de esgoto coletivo;

IV. em havendo necessidade da execução da estação de tratamento de efluentes:

a) a solução adotada para o tratamento de esgotos deverá ser aprovada pela Comissão de
Aprovação e Recebimento de Parcelamentos, que emitirá parecer considerando as diretrizes do
Plano Municipal de Saneamento Básico, a infraestrutura implantada e prevista, assim como o
porte dos empreendimentos.

b) as tecnologias adotadas, os padrões e indicadores de qualidade exigidos serão regulamentados


por lei específica.

c) ficará a cargo da Concessionária de serviço público de saneamento a sua operação, manutenção

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
e exploração comercial, desde que observadas e atendidas as orientações e normas da
concessionária, e, especialmente, implantada de acordo com o projeto por ela previamente
aprovado;

V. inexistindo rede pública a uma distância de até 500,00m (quinhentos metros) ou não sendo
possível a construção de estação de tratamento de esgoto, seja por dificuldades técnicas ou
inviabilidade financeira de operação conforme avaliação da concessionária, deve ser utilizada
solução individual de tratamento, obedecendo às exigências determinadas no licenciamento
ambiental;

VI. quando o sistema de tratamento de efluentes for efetuado por meio de sistema individual, tal
obrigação ficará a cargo do adquirente do imóvel, no momento da aprovação do projeto da
edificação, sendo ele responsável por sua instalação, funcionamento e manutenção.

Art. 58. Será exigido do empreendedor a apresentação de projetos de distribuição de energia,


aprovado pela Concessionária e, de iluminação pública em conformidade com os padrões definidos
pela Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos.

Parágrafo único. Visando a eficiência energética, a iluminação pública deverá ser com o uso da
tecnologia LED, conforme padrão definido pela SEPLAN.
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 16

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

CAPÍTULO V

DAS OBRAS DOS LOTEAMENTOS E GARANTIAS

Art. 59. Constitui condição à aprovação de qualquer loteamento, a execução das seguintes obras e
benfeitorias pelo interessado, proprietário ou loteador, após aprovação do respectivo projeto:

I. demarcação dos lotes com marcos conforme padrão estabelecido pela Comissão de Aprovação
e Recebimento de Parcelamentos;

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
II. abertura, terraplenagem e pavimentação com meio-fio, das vias de circulação de veículos,
pedestres e passeios públicos, conforme especificações fornecidas pela Comissão de Aprovação
e Recebimento de Parcelamentos, com os respectivos alinhamentos e nivelamentos, de acordo
com os projetos aprovados;

III. sinalização viária (horizontal e vertical);

IV. rede de coleta de águas pluviais, compreendendo aterros, arrimos, pontes, pontilhões e bueiros
que se fizerem necessários, conforme diretrizes do Plano de Drenagem e padrões definidos pela
Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos;

V. sistema completo de distribuição de água tratada;

VI. sistema/rede de esgotamento sanitário, respeitadas as exigências do art. 56;

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
VII. rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública em LED, conforme padrão
estabelecido em legislação específica;

VIII. quaisquer outras obras oriundas de atendimento dos dispositivos da presente Lei.

Art. 60. O prazo máximo para execução das obras de loteamento é de até 4 (quatro) anos, contados
a partir da data da emissão da licença de execução.

Art. 61. Para os efeitos do disposto nesta Lei, o parcelamento do solo poderá ser dividido em etapas
de execução discriminadas no projeto completo.

Art. 62. Para fins de garantia da execução das obras e serviços de infraestrutura urbana exigida para
o loteamento, antes de sua aprovação, ficará caucionado um percentual da área total de lotes do
loteamento, cujo valor corresponda ao custo dos serviços e obras, acrescido de 10% (dez por cento),
a título de administração da obra.

§ 1º O valor dos lotes será calculado, para efeito deste artigo, pelo preço da área, considerando as
benfeitorias previstas no projeto aprovado.

§ 2º Os lotes projetados a serem dados em garantia deverão estar localizados de preferência em área
contínua, de livre escolha pela Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos.
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 17

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

§ 3º O valor dos serviços e obras a serem executados no loteamento deverão ser apurados mediante
apresentação dos orçamentos das obras considerando os valores praticados nas tabelas referenciais
(SINAPI e SICRO).

§ 4º O instrumento de garantia hipotecária de lotes do empreendimento deve ser registrado na


matrícula.

§ 5º O descaucionamento de lotes pode ser reduzido na proporção da execução das obras e serviços,
mediante solicitação do empreendedor e aceite da municipalidade.

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
CAPÍTULO VI

DA DOCUMENTAÇÃO E APROVAÇÃO DE PROJETOS DE PARCELAMENTO

Art. 63. Para efeito de aprovação de projeto técnico de parcelamento do solo de loteamentos e
condomínios, o interessado deverá encaminhar à Comissão de Aprovação e Recebimento de
Parcelamentos, respectivamente:

I. pedido de consulta prévia de viabilidade técnica;

II. pedido de diretrizes básicas para o parcelamento;

III. pedido de análise de anteprojeto urbanístico;

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
IV. pedido de aprovação do projeto técnico definitivo.

Art. 64. Não serão aprovados novos projetos de parcelamentos de requerente que possuir
parcelamento irregular.

SEÇÃO I

CONSULTA PRÉVIA DE VIABILIDADE TÉCNICA

Art. 65. No pedido de Consulta Prévia de Viabilidade Técnica, o interessado anexará:

I. número da inscrição imobiliária ou cadastro do imóvel;

II. croqui da localização do imóvel a ser parcelado, contendo as suas dimensões, nome da rua mais
próxima e orientação norte;

III. matrícula do imóvel, obtida em Cartório de Registro de Imóveis atualizada.

Art. 66. A Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos, ao informar sobre a


viabilidade técnica, indicará:

I. zona a que pertence o loteamento;

II. dimensões mínimas e índices urbanísticos dos lotes pertinentes para aquela área;
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 18

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

III. indicações do sistema viário principal;

IV. existência ou não de Áreas de Preservação Permanente – APPs, faixas de domínio e faixas
sanitárias e de Áreas de Interesse Ecológico – AIE.

Art. 67. A Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos se pronunciará sobre a


resposta da Consulta de Viabilidade em um prazo máximo de 10 (dez) dias úteis.

Art. 68. O prazo máximo de validade da Consulta Prévia de Viabilidade Técnica será de 6 (seis)

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
meses a contar da data de sua expedição.

SEÇÃO II

DAS DIRETRIZES BÁSICAS PARA O PARCELAMENTO

Art. 69. Após as informações da Consulta Prévia de Viabilidade, antes da elaboração de qualquer
projeto de parcelamento, o interessado deverá solicitar que a Comissão de Aprovação e Recebimento
de Parcelamentos forneça as diretrizes básicas a serem obedecidas, de acordo com as legislações
municipal, estadual e federal vigentes, com os seguintes documentos:

I. consulta prévia de viabilidade técnica com as informações fornecidas pela municipalidade;

II. matrícula do imóvel, obtida em Cartório de Registro de Imóveis atualizada;

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
III. planta do perímetro do terreno na escala mínima de 1:2000, georreferenciada no Sistema de
Referência SIRGAS2000, projeção UTM – Sistema de Coordenadas Universal Transversal de
Mercator – Fuso 22S, na qual conste:

a) discriminação de suas divisas, com indicação das medidas perimetrais e áreas confrontantes, e
das vias lindeiras a seu perímetro;

b) levantamento topográfico com curvas de nível a cada metro, que deverá abranger a totalidade
do imóvel, mesmo que o requerente se disponha a parcelar apenas parte do mesmo;

c) a indicação de localização no interior da gleba e em raio de 50,0m (cinquenta metros): das


APPs, das áreas de manancial e adutoras, das áreas com vegetação arbórea, construções
existentes, linhas de transmissão de energia, rodovias e ferrovias, e demais obras ou instalações
existentes no local;

d) o tipo de uso predominante a que se destina;

e) indicação dos arruamentos contíguos a todo o perímetro, localização dos equipamentos urbanos
e comunitários existentes no local ou em suas adjacências, com a respectiva distância da área a
ser parcelada;

f) estudo preliminar do arruamento com indicação do gabarito;

IV. outras indicações que possam interessar a orientação geral do parcelamento, a critério da
autoridade municipal competente.
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 19

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

§ 1º O interessado deverá apresentar todos os itens acima mencionados, assim como Anotação de
Responsabilidade Técnica expedida pelo Conselho Profissional competente do levantamento
planialtimétrico.

§ 2º Sempre que se fizer necessário, a critério da Comissão de Aprovação e Recebimento de


Parcelamentos, poderá ser exigida a extensão do levantamento altimétrico ao longo do perímetro do
terreno, até o limite de 100m (cem metros), ou até o talvegue ou divisor de águas mais próximo.

§ 3º O encaminhamento de projetos de parcelamento está condicionado à viabilidade de

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
abastecimento de água potável, podendo-se admitir neste caso:

I. laudo baseado em estudo feito pela concessionária local de abastecimento de água, constando
que a área em referência poderá ser conectada ao sistema de abastecimento;

II. parecer favorável da autoridade competente quanto à possibilidade de perfuração de poços ou


sistema semelhante.

§ 4º Encaminhamento da declaração da viabilidade de fornecimento de energia elétrica, fornecida


pela concessionária dos serviços;

Art. 70. O órgão municipal competente, com base na documentação requisitada, fornecerá as
diretrizes básicas, indicando na planta apresentada:

I. as vias de circulação do sistema viário básico do Município, de modo a permitir o

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
enquadramento e entrosamento entre o sistema existente e o proposto;

II. faixa de domínio de rodovias;

III. localização das passagens de pedestres;

IV. definição das faixas non aedificandi;

V. faixas de escoamento de águas pluviais;

VI. Áreas de Interesse Ecológico – AIE, bem como aquelas destinadas à preservação permanente,
conforme previsto pela legislação vigente;

VII. localização aproximada dos terrenos destinados a equipamentos urbanos e comunitários, das
áreas livres de uso público e das áreas verdes;

VIII. as zonas de uso predominante na área, com indicação dos usos compatíveis.

Art. 71. O órgão municipal competente se pronunciará sobre as diretrizes básicas em um prazo
máximo de 20 (vinte) dias úteis.

Art. 72. O prazo máximo de validade das diretrizes básicas para o parcelamento é de 6 (seis) meses,
a contar da sua expedição.
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 20

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

Art. 73. Na análise dos projetos de parcelamento, o Município poderá ouvir outros órgãos federais
e estaduais, na conformidade de suas competências.

SEÇÃO III

DA APROVAÇÃO DO ANTEPROJETO URBANÍSTICO

Art. 74. Cumpridas as etapas da Seção I e Seção II deste Capítulo, o interessado elaborará o
anteprojeto urbanístico, submetendo-o à análise da Comissão de Aprovação e Recebimento de

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
Parcelamentos, devendo apresentar:

I. consulta prévia de viabilidade técnica e diretrizes básicas para o parcelamento, com todas as
informações fornecidas pela Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos;

II. matrícula do imóvel, obtida em Cartório de Registro de Imóveis atualizada;

III. proposta preliminar de loteamento com escala mínima de 1:1000, georreferenciada no Sistema
de Referência SIRGAS2000, projeção UTM - sistema de Coordenadas Universal Transversal
de Mercator – Fuso 22S, na qual conste:

a) divisão e conformação de quadras e lotes, dimensões básicas, arruamento, arranjos das áreas
comuns;

b) indicação das áreas destinadas ao poder público e à implantação de programas habitacionais de

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
interesse social;

c) proposta de tratamento da cobertura vegetal na área dos lotes, contenção de encostas,


escoamento de águas e demais elementos técnicos necessários à perfeita compreensão do
anteprojeto.

d) declaração de viabilidade de abastecimento de água potável, fornecida pelo órgão competente;

e) declaração de viabilidade de coleta de esgotos, fornecida pelo órgão competente, nos locais
atendidos pela rede pública;

f) declaração da viabilidade de fornecimento de energia elétrica, fornecida pelo órgão competente;

g) atestado de viabilidade do órgão competente para empreendimentos que possuam acesso ou


testada para rodovias estaduais ou federais.

Art. 75. Anotação de Responsabilidade Técnica expedida pelo Conselho Profissional competente
do projeto/estudo urbanístico.

Parágrafo único. Após análise do anteprojeto urbanístico, este será devolvido ao interessado contendo
indicações de alterações recomendadas, se for o caso, a fim de que seja elaborado o projeto definitivo.

Art. 76. Com base nos elementos fornecidos, o interessado elaborará o projeto que será analisado
para efeito de liberação do alvará de licença para início das obras.
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 21

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

Art. 77. O prazo para análise será de 20 (vinte) dias úteis.

§ 1º O anteprojeto terá validade de 2 (dois) anos, vencido este prazo o interessado deverá encaminhar
nova consulta prévia de viabilidade.

§ 2º A aprovação do anteprojeto urbanístico não autoriza a execução das obras para, devendo o
interessado aprovar o projeto técnico definitivo e os projetos complementares, bem como obter as
licenças ambientais necessárias

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
SEÇÃO IV

DO PROJETO TÉCNICO DEFINITIVO

Art. 78. O interessado, após a aprovação do anteprojeto urbanístico, deverá solicitar a aprovação de
projeto definitivo do loteamento ou condomínio urbanístico, com os seguintes documentos relativos
ao imóvel:

I. requerimento solicitando licença para aprovação do projeto, assinado pelo proprietário ou seu
representante legal;

II. consulta prévia de viabilidade técnica e o documento que estabelece as diretrizes urbanísticas
para o parcelamento;

III. certidão atualizada da matrícula do imóvel, expedida pelo Ofício de Registro de Imóveis

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
competente;

IV. Certidão Negativa de Débitos do imóvel objeto do desmembramento – débitos totais do imóvel
devem estar quitados;

V. instrumento de liberação pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA,


quando for o caso;

VI. autorização expressa de credor hipotecário, passada em cartório, quando for o caso;

VII. contratos ou outros atos que comprovem a condição de empreendedor;

VIII. anuência expressa da Secretaria do Patrimônio da União ou do órgão estadual competente,


quando o empreendimento for realizado integral ou parcialmente em área, respectivamente, da
União ou do Estado;

IX. autorização do cônjuge do proprietário e do empreendedor, salvo no caso de o matrimônio ter


sido contraído pelo regime de separação de bens e participação final nos aquestos;

X. Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV, nos casos previstos em Lei;

XI. estudo ambiental competente, nos casos previstos em Lei.

XII. cópias dos projetos urbanísticos e complementares e memorial descritivo dos mesmos;
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 22

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

XIII. registro de responsabilidade técnica expedido pelo Conselho Profissional competente;

XIV. laudo geotécnico do loteamento, quando exigido pela Comissão de Aprovação e Recebimento
de Parcelamentos;

XV. orçamento para execução das obras do sistema viário e infraestrutura de saneamento, rede de
energia elétrica e iluminação pública;

XVI. cronograma físico-financeiro das obras do loteamento;

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
XVII. o projeto de parcelamento deverá conter:

a) planta de localização em escala compatível com o entorno;

b) projeto urbanístico na escala de 1:1000, georreferenciado no Sistema de Referência


SIRGAS2000, projeção UTM – Sistema de Coordenadas Universal Transversal de Mercator –
Fuso 22S, indicando:

b.1) norte geométrico ou verdadeiro;

b.2) pontos de amarração ou de referência da obra;

b.3) cursos d`água, áreas alagadiças e mananciais, se houver;

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
b.4) alinhamento das vias públicas existentes e respectivo gabarito;

b.5) edificações existentes;

b.6) subdivisão das quadras em lotes com as respectivas dimensões, metragem quadrada e
numeração;

b.7) afastamentos exigidos, devidamente cotados;

b.8) curvas de nível, com equidistância de 1,00m (um metro);

b.9) sistema de vias com a respectiva hierarquia;

b.10) dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de tangência
e ângulos centrais das vias, bem como dados das curvas de concordância horizontal
(desenvolvimento, raio, tangente, ângulo central e área tomada pela rua);

b.11) perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e praças;

b.12) marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos das curvas e linhas
projetadas;

b.13) em planta e perfis, todas as linhas de escoamento das águas pluviais e respectivas bocas-
de-lobo;
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 23

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

b.14) praças e demais áreas públicas, destinadas a equipamentos comunitários e urbanos,


estabelecidas pela legislação vigente, observados os critérios mínimos previstos nesta Lei;

b.15) áreas de preservação permanente, faixas de drenagem e faixas non aedificandi


estabelecidas pela legislação vigente;

b.16) linhas de transmissão de energia e suas faixas de domínio, se houver;

b.17) áreas destinadas à instalação de bombas de recalque e reservatório de água, se houver;

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
b.18) quadro resumo das diversas áreas indicadas no projeto;

b.19) faixas sanitárias non aedificandi nos locais onde as tubulações não passem pelas vias
públicas;

c) no caso de condomínio urbanístico, deverão ser indicadas as áreas de uso comum;

XVIII. indicação de muros de arrimo quando necessário;

XIX. outras informações necessárias a critério da Comissão de Aprovação e Recebimento de


Parcelamentos;

XX. os projetos complementares deverão constar:

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
a) rede de abastecimento de água

b) rede de coleta e sistema de tratamento de esgoto, quando exigido;

c) rede de energia elétrica;

d) iluminação pública;

e) projeto de rede de drenagem das águas pluviais dimensionadas, conforme cálculo da bacia
contribuinte;

f) projeto de terraplanagem;

g) projeto de pavimentação;

h) projeto de acessibilidade;

i) outras informações necessárias a critério da Comissão de Aprovação e Recebimento de


Parcelamentos.

Art. 79. Os projetos deverão atender as normas da ABNT, ser aprovados pelos órgãos competentes
e ser apresentados completos, com seus respectivos memoriais descritivos e de cálculo,
detalhamentos e orçamentos.

Art. 80. O memorial descritivo do loteamento deverá conter obrigatoriamente, pelo menos:
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 24

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

I. a descrição sucinta do loteamento, com suas características;

II. quadro de estatística contendo todas as áreas;

III. a fixação da zona de uso predominante;

IV. as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e suas
construções, além daquelas constantes das diretrizes fixadas;

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
V. a área total do terreno e indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do Município no
ato de registro do loteamento;

VI. indicação dos espaços livres e das áreas destinadas a equipamentos urbanos e comunitários que
passarão ao domínio público no ato do registro do loteamento;

VII. limites e confrontações dos lotes e áreas públicas;

VIII. a indicação dos equipamentos urbanos e comunitários e dos serviços públicos ou de utilidade
pública, já existentes no loteamento e adjacências, bem como o modo de se estabelecer às
conexões necessárias à sua utilização.

Art. 81. Além do previsto no artigo anterior, o memorial descritivo de condomínio urbanístico deve
conter as condições urbanísticas do empreendimento e as limitações que incidem sobre as unidades
autônomas e suas edificações, bem como deve constar integralmente, na convenção de condomínio.

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
Art. 82. A Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos poderá exigir, ainda, além dos
documentos mencionados nesta seção, a apresentação de outras plantas, desenhos, cálculos,
documentos e detalhes que julgar necessários ao esclarecimento e bom andamento do processo.

Art. 83. O prazo para aprovação do projeto será de 30 (trinta) dias úteis.

Parágrafo único. O projeto aprovado terá validade de 2 (dois) anos, vencido este prazo o interessado
deverá encaminhar nova aprovação.

Art. 84. Os projetos de parcelamento do solo poderão, a qualquer tempo, ser alterados, total ou
parcialmente, mediante proposta do interessado e aprovação da Comissão de Aprovação e
Recebimento de Parcelamentos, ficando estas alterações, entretanto, sujeitas às exigências desta Lei,
sem prejuízos dos lotes comprometidos ou adquiridos, cuja relação deverá ser fornecida com a
proposta.

Parágrafo único. Se a alteração pretendida vier a atingir lotes já vendidos ou prometidos à venda, o
interessado deverá juntar ao processo, declaração firmada pelos respectivos proprietários ou
compradores de que concordam com a respectiva alteração.
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 25

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

SEÇÃO V

DOS PROJETOS DE DESMEMBRAMENTOS E REMEMBRAMENTOS

Art. 85. Para aprovação de projeto definitivo de desmembramento ou remembramento, o


interessado apresentará requerimento à Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos,
acompanhado dos seguintes documentos:

I. título de propriedade do terreno, com certidão atualizada, fornecida pelo Cartório de Registro

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
de Imóveis;

II. autorização expressa de credor hipotecário, passada em cartório, quando for o caso;

III. instrumento de liberação pelo INCRA, quando for o caso;

IV. consulta prévia de viabilidade técnica;

V. Certidão Negativa de Débitos do imóvel objeto do desmembramento – débitos totais do imóvel


devem estar quitados;

VI. memoriais descritivos dos mesmos;

VII. registro de responsabilidade técnica expedido pelo Conselho Profissional;

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
VIII. planta planimétrica na escala de mínima de 1:500, georreferenciado no Sistema de Referência
SIRGAS2000, projeção UTM - sistema de Coordenadas Universal Transversal de Mercator –
Fuso 22S, indicando:

a) norte magnético ou verdadeiro;

b) planta de situação;

c) cursos d`água, áreas alagadiças e mananciais, se houver;

d) alinhamento das vias públicas existentes, contendo as dimensões de caixa e passeio;

e) edificações existentes com seus respectivos afastamentos das divisas, com áreas construídas,
tipo e uso da edificação;

f) subdivisão da área parcelada com as respectivas dimensões, metragem quadrada e numeração;

g) afastamentos exigidos devidamente cotados;

h) áreas de preservação permanente, faixas de drenagem e faixas non aedificandi, estabelecidas


pela legislação vigente;

i) linhas de transmissão de energia e suas faixas de domínio, se houver;

j) áreas destinadas à instalação de bombas de recalque e reservatório de água, se houver;


MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 26

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

k) quadro resumo das diversas áreas indicadas no parcelamento;

l) faixas sanitárias non aedificandi nos locais onde as tubulações não passem pelas vias públicas;

IX. outras informações necessárias a critério da Comissão de Aprovação e Recebimento de


Parcelamentos.

Parágrafo único. Os projetos devem obedecer às características indicadas pela ABNT.

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
Art. 86. A aprovação do projeto pela Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos
será necessária, ainda que se trate de desmembramento de pequena faixa de terrenos e sua anexação
a outro lote adjacente.

Art. 87. Os lotes resultantes de desmembramento não poderão ser inferiores ao lote mínimo e
testadas mínimas previstos na Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo Urbano, conforme a
Zona em que se situarem.

Parágrafo único. As partes restantes dos terrenos, remanescentes de desmembramentos, sujeitam-se


igualmente ao disposto no presente artigo.

CAPÍTULO VII

DA EMISSÃO DO ALVARÁ DE PARCELAMENTO

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
Art. 88. Por ocasião da aprovação de todos os projetos, memoriais e documentação, para emissão
do Alvará de Parcelamento, o proprietário assinará termo de compromisso, obrigando-se:

I. executar, no prazo máximo de 4 (quatro) anos, sem qualquer ônus para a Municipalidade, todas
as obras, conforme cronograma físico-financeiro aprovado com o projeto e estabelecido no
Capítulo V – Das Obras dos Loteamentos e Garantias;

II. facilitar a fiscalização permanente da Municipalidade durante a execução das obras e serviços;

III. não efetuar venda de lotes antes da apresentação dos projetos definitivos da infraestrutura e da
formalização de caução a que se refere o art. 62 desta Lei, para garantia da execução das obras;

IV. anexar modelo de contrato de compra e venda, além de outras cláusulas, contendo:

a) a condição de que só poderão receber construções depois de executadas as obras do art. 58,
exceto obras de pavimentação e passeio, pelo menos em toda a extensão do respectivo
logradouro;

b) as restrições previstas nesta Lei, em especial obrigações pela execução dos serviços a cargo
do vendedor, respondendo solidariamente aos compromissários compradores ou adquirentes
na proporção da área de seus lotes;

c) caucionamento de áreas e outros bens suficientes, a critério da Comissão de Aprovação e


Recebimento de Parcelamentos, para cobertura dos custos de implantação do loteamento.
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 27

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

Art. 89. No termo de compromisso deverão constar especificamente as obras e serviços que o
loteador é obrigado a executar e o prazo fixado para suas execuções.

Parágrafo único. No caso de o projeto de loteamento ser executado em etapas, o termo de


compromisso deverá conter ainda:

I. definição de cada etapa do projeto;

II. definição do prazo de execução de todo o projeto e dos prazos e áreas correspondentes a cada

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
etapa;

III. estabelecimento das condições especiais, se for o caso, para a liberação das áreas
correspondentes a cada etapa;

IV. indicação dos lotes alienados em proporção com as etapas do projeto.

Art. 90. Após a emissão do Alvará de Parcelamento, o interessado deverá submetê-lo ao registro de
imóveis no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade do ato, acompanhado dos
documentos exigidos pelo órgão competente, de acordo com o expresso na Lei Federal nº 6.766, de
19 de dezembro de 1979 e suas alterações.

§ 1º A comprovação da providência mencionada neste artigo será feita mediante certidão do Cartório
de Registro de Imóveis.

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
§ 2º No registro de parcelamento do solo urbano (loteamento ou desmembramento ou condomínio
urbanístico) deverá ser exigida a Licença Ambiental Prévia – LAP e a Licença Ambiental de
Instalação – LAI, expedidas pelo IMA, sendo facultada a apresentação da LAI quando expressamente
dispensada pela LAP.

Art. 91. Nos loteamentos, antes do início de qualquer obra, deverá ser afixada, em local visível na
entrada, placa contendo nome do loteamento, do proprietário, da empresa ou responsável técnico,
número e data do ato da Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos que aprovou a
obra e, antes do início da venda dos lotes, o número do registro do Cartório de Registro de Imóveis.

Art. 92. Não serão expedidos alvarás para construir, demolir, reconstruir, reformar ou ampliar
construções em terrenos resultantes de loteamentos ou desmembramentos não aprovados ou cujas
obras não tenham sido vistoriadas e aprovadas pela Municipalidade e/ou demais órgãos competentes.

CAPÍTULO VIII

DA FISCALIZAÇÃO, DAS VISTORIAS E RECEBIMENTO DO LOTEAMENTO

Art. 93. Uma vez realizadas as obras de que trata o art. 58 desta Lei, a Comissão de Aprovação e
Recebimento de Parcelamentos, a requerimento do interessado e após as competentes vistorias,
liberará as áreas caucionadas.

Art. 94. Mediante laudo de vistoria favorável, elaborado pelo responsável técnico pela fiscalização
das obras e serviços, e atestado de pleno funcionamento das redes de serviço, fornecido pelos órgãos
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 28

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

concessionários de serviços e órgãos públicos responsáveis pela política de meio ambiente, o Poder
Executivo Municipal emitirá o Termo de recebimento do loteamento e liberará as áreas caucionadas.

§ 1º Termo de recebimento do loteamento será emitido mediante apresentação de laudos de qualidade


do asfalto, garantia das obras de infraestrutura.

§ 2º O loteador será responsável pela solidez e durabilidade das obras pelo período mínimo de 60
(sessenta) meses, a contar da data de emissão do termo de recebimento do loteamento.

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
Art. 95. No caso de projetos de loteamento a serem realizadas por etapas, a liberação dos lotes
caucionados será feita proporcionalmente a cada área convencionada.

§ 1º O loteamento poderá ser liberado em etapas, desde que na parcela em questão, esteja implantada
e em perfeito funcionamento toda a infraestrutura exigida por esta Lei.

§ 2º Na imposição de penalidade durante a execução das obras, a fiscalização municipal observará o


que dispõe a legislação municipal referente ao assunto.

Art. 96. Caso as obras de que trata o art. 59 desta Lei, não tenham sido realizadas no prazo de 4
(quatro) anos a contar da data de aprovação do loteamento, a Municipalidade as executará e
promoverá ação competente para adjudicar ao seu patrimônio as áreas caucionadas.

Parágrafo único. Essas áreas se constituirão em bens dominiais do Município, que poderá usá-las
livremente nos casos e na forma que a lei prescrever.

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
CAPÍTULO IX

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 97. Fica sujeito à multa correspondente de 800 (oitocentas) UFIRs, todo proprietário que, a
partir da data da publicação da presente Lei, efetuar parcelamento do solo sem prévia autorização da
Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos e, em dobro, em caso de reincidência.

§ 1º A reincidência específica da infração acarretará ao responsável técnico pelo parcelamento, multa


no valor do dobro da inicial.

§ 2º O pagamento da multa não eximirá o responsável do cumprimento das disposições da presente


Lei.

Art. 98. O parcelamento constituído sem autorização municipal implicará na notificação para
pagamento de multa prevista nesta Lei e fixação de prazo para regularização da situação do imóvel,
ficando proibida a continuação dos trabalhos irregulares.

Parágrafo único. Para o cumprimento do auto de infração poderá ser solicitado, se necessário, o
auxílio das autoridades judiciais e policiais do Estado.

Art. 99. A Prefeitura Municipal, se desatendida pelo loteador a notificação, poderá regularizar
loteamento ou desmembramento não autorizado ou executado sem observância das determinações do
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 29

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

ato administrativo de licença, para evitar lesão aos seus padrões de desenvolvimento urbano e na
defesa dos direitos dos adquirentes de lotes.

§ 1º A Prefeitura Municipal, quando promover a regularização, na forma deste artigo, obterá


judicialmente o levantamento das prestações depositadas, com os respectivos acréscimos de correção
monetária e juros, nos termos do § 1º do art. 38 da Lei Federal nº 6.766, a título de ressarcimento das
importâncias despendidas com equipamentos urbanos ou expropriações necessárias para regularizar
o loteamento ou desmembramento.

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
§ 2º As importâncias despendidas pela Prefeitura Municipal, para regularizar o loteamento ou
desmembramento, caso não sejam integralmente ressarcidas conforme o disposto no parágrafo
anterior, serão exigidas na parte faltante do loteador, aplicando-se o disposto no art. 81 desta Lei.

§ 3º No caso de o loteador não cumprir o estabelecido no parágrafo anterior, a Prefeitura Municipal,


poderá receber as prestações dos adquirentes, até o valor devido.

§ 4º A Prefeitura Municipal, para assegurar a regularização do loteamento ou desmembramento, bem


como o ressarcimento integral de importâncias despendidas, ou a despender, poderá promover
judicialmente os procedimentos cautelares necessários aos fins colimados.

§ 5º A regularização de um parcelamento pela Prefeitura Municipal, ou Distrito Federal, quando for


o caso, não poderá contrariar o disposto nos arts. 10 e 15 desta Lei.

Art. 100. A aprovação do projeto de parcelamento não implica em nenhuma responsabilidade, por

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
parte da Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos, quanto a eventuais divergências
referentes a dimensões de quadras ou lotes, quanto ao direito de terceiros em relação a área parcelada,
nem para quaisquer indenizações decorrentes de traçados que não obedeçam aos arruamentos de
plantas limítrofes mais antigas ou as disposições legais aplicáveis.

Art. 101. Nenhum benefício do Poder Municipal será estendido a terrenos parcelados sem a prévia
aprovação da Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos, principalmente no que diz
respeito a revestimento, pavimentação ou melhoria das vias públicas, canalização de rios, córregos
ou valetamentos, limpeza urbana, serviços de coleta de lixo, de iluminação, serviços de transportes
coletivos, emplacamento de logradouros ou numeração predial.

Art. 102. O proprietário de imóvel, em processo de parcelamento, deverá informar aos compradores
de lotes, sobre as restrições e obrigações a que os mesmos estejam sujeitos, pelos dispositivos desta
Lei.

Parágrafo único. O Município poderá exigir, a qualquer tempo, a comprovação do cumprimento do


disposto neste artigo, aplicando as sanções cabíveis, quando for o caso.

Art. 103. Os anteprojetos urbanísticos com pareceres emitidos poderão ser analisados pela legislação
anterior, e terão prazo de 6 (seis) meses para aprovação do anteprojeto.

Art. 104. Os projetos urbanísticos já aprovados devem respeitar o prazo de 2 (dois) anos da emissão
do documento para finalizar os projetos complementares e demais aprovações nos órgãos
competentes para emissão do Alvará de Parcelamento. Caso seja necessário prorrogação do prazo, a
MUNICÍPIO DE CONCÓRDIA
fls. 30

LEI COMPLEMENTAR Nº 865, DE 3 DE NOVEMBRO DE 2022.

Comissão de Aprovação e Recebimento de Parcelamentos analisará a pertinência e justificativas para


concessão de mais prazo.

Art. 105. O Poder Executivo poderá baixar normas complementares à execução da presente Lei, com
parecer favorável do Conselho da Cidade.

Art. 106. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 107. Ficam revogadas as seguintes Leis:

Para verificar a validade das assinaturas, acesse https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7 e informe o código E479-3662-6FAE-6BF7
I – Lei Complementar nº 187, de 11 de maio de 2001;

II – Lei Complementar nº 481, de 10 de abril de 2007;

III – Lei Complementar nº 581, de 10 de maio de 2011;

IV – Lei Complementar nº 606, de 14 de dezembro de 2011;

V – Lei Complementar nº 723, de 24 de maio de 2016;

VI – Lei Complementar nº 759, de 23 de novembro de 2018;

VII – Lei Complementar nº 760, de 26 de novembro de 2018;

Assinado por 3 pessoas: ROGERIO LUCIANO PACHECO, NEURI COMIN e DANIEL FAGANELLO
VIII – Lei Complementar nº 792, de 18 de março de 2020;

IX – Lei Complementar nº 803, de 14 de maio de 2020;

X – Lei Complementar nº 826, de 11 de junho de 2021;

XI – Lei nº 3.687, de 25 de novembro de 2005.

Centro Administrativo Municipal de Concórdia.

ROGÉRIO LUCIANO PACHECO


Prefeito Municipal

NEURI COMIN
Secretário Municipal de Administração

DANIEL FAGANELLO
Secretário Municipal de Planejamento
VERIFICAÇÃO DAS
ASSINATURAS

Código para verificação: E479-3662-6FAE-6BF7

Este documento foi assinado digitalmente pelos seguintes signatários nas datas indicadas:

ROGERIO LUCIANO PACHECO (CPF 540.XXX.XXX-00) em 03/11/2022 13:50:14 (GMT-03:00)


Papel: Assinante
Emitido por: Autoridade Certificadora SERPRORFBv5 << AC Secretaria da Receita Federal do Brasil v4 << Autoridade
Certificadora Raiz Brasileira v5 (Assinatura ICP-Brasil)

NEURI COMIN (CPF 440.XXX.XXX-34) em 03/11/2022 14:14:53 (GMT-03:00)


Papel: Assinante
Emitido por: Autoridade Certificadora SERPRORFBv5 << AC Secretaria da Receita Federal do Brasil v4 << Autoridade
Certificadora Raiz Brasileira v5 (Assinatura ICP-Brasil)

DANIEL FAGANELLO (CPF 020.XXX.XXX-86) em 03/11/2022 15:19:06 (GMT-03:00)


Papel: Assinante
Emitido por: Sub-Autoridade Certificadora 1Doc (Assinatura 1Doc)

Para verificar a validade das assinaturas, acesse a Central de Verificação por meio do link:

https://concordia.1doc.com.br/verificacao/E479-3662-6FAE-6BF7

Você também pode gostar