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Proibição relativa:
Sobre o RJUE:
Para vermos qual o procedimento a aplicar temos que colocar 3 questões: está
a operação urbanística isenta de controlo prévio (resposta no artigo 6.º)? Se
não estiver isenta, está a operação sujeita a comunicação prévia (resposta no
artigo 4.º/4)? Se não, esta sujeita a autorização (resposta no artigo 4.º/5)?
Todo o RJUE está assente na premissa que se vai realizar uma edificação –
onde há edificação, há RJUE, onde não há edificação, não há RJUE;
CASO PRÁTICO N.º 4
Artigo 2 e 4.º;
As tendas não são uma construção que se incorporam no solo com carácter de
permanência, logo não consubstanciam uma construção;
Se não há construção, não está em causa a edificação, por isso o RJUE não
será aplicável;
Alguns autores têm considerado que nos casos em que as ruinas já estejam
em avançado estado de danificação, já não seria necessário a licença
(construções que já perderam todas as suas capacidades edificativas, em
situações extremas);
(iii) Instalação de um stand automóvel que funciona numa “casa pré-fabricada”, rodeada pelas
viaturas expostas;
Por regra, as alterações em partes comuns como sejam as fachadas dos prédios – que
incluem a própria cobertura -, estão sujeitas ao chamado “controlo prévio” das
autarquias, seja através do procedimento de licenciamento, seja através do
procedimento de comunicação prévia;
Assim, estará sujeita a licenciamento, por aplicação do artigo 4.º/2, alínea j);
1. Bento herdou um terreno com a área de 3 hectares, situado numa zona classificada como
solo urbano no PDM. Nessa sequência, tomou de imediato duas ações: (i) vendeu uma parcela
do terreno a um amigo; (ii) com o dinheiro da venda, iniciou a edificação de uma moradia
onde pretende vir a habitar.
Para B vender a parcela do terreno, tem que dividir o terreno para este poder
ser objeto de disposição pelo seu proprietário – assim, B tinha que fazer um
destaque ao terreno, isento de controlo prévio nos termos do artigo 6.º/1,
alínea d). O destaque tem alguns requisitos plasmados no artigo 6.º/4, 5 e 9.
Existe pelo nº 9 um controlo mínimo, ao exigir-se uma certidão da CM;
o A edificação (artigo 2.º, alínea a), RJUE) de uma moradia será uma
obra de construção, adotando as definições do artigo 2.º, alínea b),
RJUE;
2. Passado um ano, por constatar que o dinheiro da venda da parcela não foi suficiente para
concluir as obras, decidiu vender outra parcela do mesmo terreno a outro amigo e, assim,
angariar os fundos de que necessitava para a concluir a obra.
Ónus do não fracionamento – artigo 6.º/7 - impede novos destaques, mas não
impede que o particular faça uma operação de loteamento, esta já estaria
sujeita a procedimento de controlo prévio;
Poderia fazer uma operação de loteamento (artigo 2.º, alínea i) e artigo 4.º/ 2,
alínea a)), sujeita a licenciamento;
3. Concluídas as obras, começou, sem mais, a utilizar a edificação como sua habitação.
Serve para ver se aquilo que foi construído está em conformidade com aquilo
que foi igual;
Artigo 62.º;
4. Após o sucedido, Bento pretende ainda construir uma piscina a cerca de 50 metros da
moradia e uma churrasqueira com 2m de altura.
Quid iuris?
Funciona na cidade de Coimbra o «Hotel Quinta das Lágrimas», cuja edificação se situa
próxima dos emblemáticos jardins e das majestosas fontes situadas nessa mesma quinta.
Todavia, tendo sido realizada a obra urbanística com preterição do necessário ato
administrativo de controlo prévio, a Administração está obrigada, nos termos do artigo
102.º, nomeadamente o nº 1, alínea a), a adotar as medidas adequadas de tutela e
restauração da legalidade urbanística. Neste caso, estamos perante uma ilegalidade
formal, como tal, e sem prejuízo da contraordenação contra o dono da obra, a CM pode
proceder à legalização da operação urbanística em causa, nos termos do artigo 102.º-
A/1;
Nos projetos de especialidade vai-se mostrar ao município como vão ser feitas
as especialidades da casa;
Uma vez que o PU não se encontra aprovado pela entidade competente, não
se encontrando assim em vigor, não será correto inviabilizar o pedido de
licenciamento por a pretensão deste não se encontrar prevista no Plano. Tal
não vem previsto no artigo 24.º que estipula as condições em que pode ser
indeferido o pedido de licenciamento;
Confrontar duas teses: a primeira que defendia que o projeto de arquitetura era
um ato preliminar que não conferia nenhum direito e a segunda que confere
direitos aos particulares através da aprovação do projeto de arquitetura,
cristalizando o direito, pelo que o ato não pode ser revogado explícita ou
implicitamente. Sendo um ato constitutivo de direito é, pelo regime do CPA,
tendencionalmente irrevogável;
A atuação da Câmara é inválida, sendo que houve um ato de revogação
implícita do ato de aprovação do projeto de arquitetura;
Não é possível indeferir comunicação prévia. Esta pode ser de dois tipos: com
prazo (o particular envia a comunicação prévia e o particular tem o poder para
fazer 2 coisas / deferimento tácito) e sem prazo (particular limita-se a fazer a
comunicação e não está prevista nenhuma possibilidade de a Administração se
remeter ao silêncio, nem há deferimento tácito – A QUE ESTÁ REGULADA NO
RJUE);
Vai ver os artigos das contraordenações (aplicável o artigo 98.º, alínea r));
Nº 3 – audiência do interessado;
A nulidade não foi detetada, sendo que o particular construiu a edificação. Obra
formalmente legal, mas substantivamente ilegal;
O MP tem legitimidade para propor a ação administrativa de declaração da
nulidade da licença, nos termos do artigo 69.º/1. O titular da respetiva licença é
citado, nos termos do artigo 103.º, para o qual o nº 2 do 69.º remete. Assim, a
propositura da ação da declaração de nulidade, sem prejuízo do disposto no
nº3 do 69.º, determina a suspensão da eficácia da licença da obra (103.º/2);
Tratando de uma obra sujeita a controlo prévio, nos termos do artigo 4.º/2 ou 6,
a preterição do mesmo consubstancia uma obra ilegal, pelo que a
administração está obrigada a adotar as necessárias medidas de tutela e
restauração da legalidade, nos termos do artigo 102.º/1, alínea C);
Indique quais as atuações municipais a adotar nos seguintes casos, identificando, se aplicável,
as eventuais medidas de tutela da legalidade urbanística a mobilizar:
1. Deteção por parte de um Município da ocorrência de uma obra em curso que é violadora do
PDM e não foi objeto de licenciamento prévio.
Por ser violadora de um plano de ordenamento do território, a não ser que este
fosse alterada, a decisão a tomar definitivamente seria a demolição, nos
termos do artigo 106.º;
1.1. Imagine, agora, que a obra em curso, não obstante violar o PDM, tinha sido licenciada
previamente pelo Município.
Não temos nenhum ato, temos uma obra clandestina que é formal e
materialmente ilegal, sendo que o prazo de 10 anos, por se aplicar apenas a
obras licenciadas, não se aplica aqui;
Se a obra tiver licença, consolida-se após 10 anos. Todavia, neste caso, a obra
nunca teve título;
Ainda que passados 30 anos, a obra, se não for legalizável, terá que ser
demolida;
3. Deteção, passados 11 anos da prolação de um ato de licenciamento, de que tal ato é nulo,
sabendo-se que ao abrigo do mesmo foi construído um edifício.
6. Deteção pelos serviços de fiscalização Municipais de que foi concretizada uma obra de
ampliação sem o necessário licenciamento prévio.
Matéria:
Artigo 49.º/2;
Para existir um loteamento tem que existir uma garantia muito forte que aquele
terreno tem que ser estruturado e urbanizado;
Artigo 24.º;
o Formal;
o Material (acontece quando tem licença, mas esta não devia ter existido,
ou seja, é nula);