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LEI COMPLEMENTAR Nº 205/2022

DE 09 DE NOVEMBRO DE 2022

INSTITUI O NOVO CÓDIGO DE OBRAS E


EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE IGUABA
GRANDE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE IGUABA GRANDE, Estado do Rio de Janeiro, faz


saber que a CÂMARA MUNICIPAL aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

LEI COMPLEMENTAR:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º. A presente lei aplica-se a todo o município de Iguaba Grande, disciplinando o uso
da terra e estabelecendo normas para todas as obras e edificações, visando assegurar condições
adequadas de habitação, circulação, trabalho e recreação, bem como aspectos culturais e
paisagísticos.
Art. 2º. O interesse da localização da edificação residencial perto dos centros de trabalho
industrial ou comercial será sempre condicionado à necessidade de assegurar à morada humana os
requisitos de segurança, higiene e sossego, indispensáveis à saúde física e mental de seus ocupantes.
Art. 3º. Todos os projetos de loteamento, desmembramento e demais formas de
parcelamento de solo devem seguir os ditames da Lei Federal nº6.766/1979, regulamentada por lei
municipal específica.
Art. 4º. Aplica-se a obras e edificações no âmbito municipal, além das disposições desta lei,
as normas e legislações pertinentes à matéria publicadas em âmbito da União e/ou Estado, com ênfase
na Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
Art. 5º. Consideram-se empresas e profissionais legalmente habilitados para projetar,
calcular, orientar e executar obras, aqueles que estiverem cadastrados e com os tributos municipais
devidamente quitados junto à fazenda municipal.
Art. 6º. Para efeitos desta Lei, as empresas e os profissionais legalmente habilitados deverão
requerer seu cadastramento na sede da Prefeitura, mediante processo administrativo próprio, junto à
Secretaria de Fazenda.
Art. 7º. A assinatura do profissional nos desenhos, projetos, cálculos ou memoriais
submetidos à Secretaria de Obras, será obrigatoriamente precedida da indicação da função, que no
caso lhe couber, por exemplo: “Autor do Projeto”, “Autor do Cálculo”, “Responsável pela Execução
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da Obra”, e sucedida do título, assim como do número do registro no devido conselho de classe:
CREA, CAU, CFT e/ou outros com atribuição similar.
Art. 8º. Enquanto durar a execução de uma obra, instalação ou serviço de engenharia e
arquitetura é obrigatório a colocação e manutenção da placa perfeitamente visível e legível ao público,
de tal modo que:
I. Cada placa deverá ter as dimensões mínimas de 1,00m x 1,00m (um metro por um metro) e
será afixada no local da obra. (Modelo Padrão no Anexo 1);
II. A placa deverá conter no mínimo os seguintes dados:
a) Prefeitura de Iguaba Grande (PMIG);
d) Número do processo e da respectiva Licença de Obras;
c) Proprietário, Responsável Técnico e documento de responsabilidade técnica (ART, RRT e
TRT);
b) Endereço da obra;
e) Área do Terreno e da Edificação;
g) Tipo da Edificação.

III. Uma mesma placa deverá conter os dados exigidos nesta Lei, bem como os dados
exigidos pelos conselhos de classe competentes, desde que tenha as dimensões mínimas necessárias
admitidas pelos órgãos simultaneamente;
IV. A fixação e manutenção de placas em obras é de responsabilidade de pessoa jurídica ou
física contratante ou administradora da obra;
V. As placas serão afixadas no primeiro dia da execução das obras, instalações ou serviços,
e somente poderão ser retiradas após a última vistoria técnica para emissão do Habite-se.
Parágrafo Único. A ausência da respectiva placa ou a omissão de qualquer informação
constante no presente artigo ensejará notificação ao responsável técnico e ao proprietário, imediata
paralisação da obra, e multa em caso de reincidência ou não correção no prazo de 15 (quinze) dias.
Art. 9º. Ficam dispensadas das exigências de autoria por profissionais habilitados, em obras
de habitação cujos projetos sejam fornecidos pela Prefeitura de Iguaba Grande, desde que o
proprietário apresente atestado de residência ou trabalho fixo no Município e satisfaça as seguintes
exigências:
I. Seja comprovado o estado de carência financeira, atestado pela Secretaria de Ação Social;
II. Sejam executadas num mesmo pavimento;
III. Não exijam estrutura especial.
Parágrafo único. Quando o projeto não for executado pela própria Prefeitura, o proprietário
deverá contratar profissional devidamente cadastrado junto aos respectivos órgãos de classe e
habilitado junto à municipalidade, para assinatura do Termo de Responsabilidade Técnica para
execução da obra ou serviço.
Art. 10. O disposto no artigo anterior também se aplica aos servidores públicos municipais,
com renda familiar bruta de até dois salários mínimos.
Art. 11. As pequenas reformas são dispensadas da exigência legal, contanto que não
resultem em reconstrução, acréscimo ou demolição superior a 6m² (seis metros quadrados), exceto
no caso de obras ou edificação em imóveis com alinhamento junto aos logradouros públicos, que
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deverão obedecer às normas de segurança vigentes.
§1º. O disposto neste artigo também se aplica a obras relacionadas à construção, adequação
ou demolição de calçadas e muros, independentemente da respectiva dimensão, bem como para
quaisquer serviços de limpeza, restauração e substituição de revestimentos dos muros,
impermeabilização de terraços e lajes, substituições de telhas danificadas, pavimentação do terreno e
similares.
§2º. A construção de barracões de obras também fica dispensada, desde que comprovada a
existência de projetos aprovados para o local.
§3º. Ficam os proprietários de imóveis residenciais, comerciais, industriais, condomínios e
terrenos baldios, obrigados a promover a delimitação de suas propriedades, construindo e mantendo
conservados os muros e calçadas;
§4º. O descumprimento do parágrafo anterior acarretará aos proprietários ou usuários dos
imóveis, multas precedidas de notificação com prazo de cumprimento de no mínimo 30(trinta) dias,
conforme segue:
I. Ausência Parcial de Muros e/ou Calçadas: 0,5(meia) UFIR, por metro linear ausente;
II. Ausência Total de Muros e/ou Calçadas: 1,0(Uma) UFIR, por metro linear ausente;
III.Com Muro com mato acima de um metro de altura: 1,5(uma e meia) UFIR, por metro
quadrado;
IV. Com Muros com acúmulo de Resíduos Sólidos: 2,0(Duas) UFIR, por metro quadrado;
V. Sem Muro com mato acima de um metro de altura: 2,5(Duas e meia) UFIR, por metro
quadrado;
IV. Sem Muros com acúmulo de Resíduos Sólidos: 3,00 (Três) UFIR, por metro quadrado;
§5º. As multas previstas neste artigo serão aplicadas se a notificação não for atendida no
respectivo prazo, não tendo sido interposto recurso por parte do sujeito passivo, podendo ser aplicadas
cumulativamente sempre que transcorrido o dobro do prazo inicial.
Art. 12. Quando houver substituição do responsável pela execução parcial ou total da obra
no decurso da mesma, o fato deverá ser comunicado aos Órgãos da Prefeitura, com a descrição da
obra e até que ponto houve responsabilidade do anterior e do seu sucessor, bem como deve ser
anexado um requerimento de substituição no processo, firmado pelo proprietário, pelo responsável
anterior e atual.
Art. 13. Além das penalidades previstas no Código Civil, os profissionais registrados na
sede da Prefeitura ficam sujeitos a:
I. Suspensão da matrícula na sede da Prefeitura pelo prazo de 06(seis) meses a 02(dois) anos,
a critério do órgão competente e de acordo com a infração quando:
a) omitirem nos projetos a existência de curso d’água ou de topografia acidentada que exija
obras de contenção de terreno;
b) apresentarem projetos em evidente desacordo com o local ou falsearem medidas, cotas e
demais indicações do desenho;
c) executarem obras em flagrante desacordo com o projeto aprovado;
d) modificarem os projetos aprovados, introduzindo alterações na forma geométrica, sem a
necessária licença;
e) falsearem cálculos, especificações e memoriais em evidente desacordo com o projeto;
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f) acobertarem o exercício ilegal da profissão;
g) revelarem imperícia na execução de qualquer obra, verificada por comissão de técnicos
nomeados pelo Prefeito Municipal;
h) iniciarem a obra sem projeto aprovado; e
i) entrevarem ou impedirem a atuação da equipe de fiscalização.
II. Suspensão da matrícula pelo prazo de 01 (um) ano a 04 (quatro) anos, a critério do órgão
competente, e de acordo coma infração, em caso de reincidência.
Art. 14. É facultado ao proprietário da obra embargada por motivo de suspensão de seu
executante, concluí-la, desde que faça a substituição do profissional punido.
Art. 15. Uma edificação é considerada unifamiliar quando for constituída de uma única
unidade residencial autônoma, e multifamiliar quando for constituída por duas ou mais unidades
residenciais autônomas.

CAPÍTULO II
DAS VIAS DE CIRCULAÇÃO

Art. 16. Fica proibida a abertura de vias de circulação nas áreas urbanas do Município sem
prévia autorização da Prefeitura de Iguaba Grande.
§1º. A implantação de redutores de velocidades em logradouros públicos somente ocorrerá
após análise e autorização específica da Prefeitura de Iguaba Grande.
§2º. A desobediência ao parágrafo anterior acarretará ao infrator a responsabilidade por
danos causados a terceiros, independentemente da multa estipulada nesta Lei.
Art. 17. As dimensões do leito e do passeio nas vias de circulação devem se ajustar aos
perfis viários definidos no Plano Diretor - Lei Complementar nº182/2020.
Parágrafo Único. Nos projetos de obras relativos a condomínios ou conjuntos habitacionais,
com vias particulares que não atendam às dimensões previstas no respectivo Plano Diretor, deve ser
incluída declaração de responsabilidade do empreendedor e responsável técnico, podendo ainda haver
exigência de adequação durante o processo de análise por parte da Secretaria de Obras.
CAPÍTULO III
DOS PROJETOS DE CONDOMÍNIOS

Art. 18. Quando houver duas ou mais edificações residenciais unifamiliares dentro de um
lote, elas constituirão um agrupamento de edificações residenciais, que deverão ser legalizadas na
forma de condomínio, seja ele horizontal ou vertical, salvo quando for possível o desmembramento
do lote.
Art. 19. O conceito de “vila” existente no antigo Código de Obras - Lei Complementar
nº010/1998, deixa de existir, passando a ser tratado como parcelamento de solo ou condomínio,
mesmo que na condição de condomínio de lotes;
Art. 20. Uma vez aprovado o projeto de um condomínio, só poderão ser feitas modificações

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isoladas ou contínuas na gleba fechada e dotada de infraestrutura e serviços em comum, sob
administração privada eleita pelos condôminos e onde não serão permitidos novos fracionamentos
em lotes autônomos, nem alteração da destinação das unidades fracionadas.
§1º O projeto previsto no artigo anterior deve satisfazer as seguintes exigências mínimas:
I. Ter portaria com local para correspondência;
II. Ter área para cada unidade autônoma, de no mínimo 50,00m² (cinquenta metros
quadrados);
III. Ter área interna de uso comum para lazer e/ou desporto de 3% (três por cento) da gleba;
IV. Memorial descritivo de implantação do condomínio;
V. Projeto paisagístico.

§2º O projeto de condomínio não será aprovado se houver unidade fracionada com testada
para a área externa ou acesso para qualquer via ou logradouro público;
§3º O sistema de tratamento de esgoto sanitário a ser adotado pelo condomínio deverá ser
previamente avaliado e aprovado pelos órgãos técnicos competentes, em que se verificará as
características do empreendimento, localização, natureza do solo, número de unidades e outros
requisitos que visem a proteção do meio ambiente;
§4º Nos projetos de condomínios, as calçadas e ruas não poderão ter larguras inferiores a
1,00m (um metro) e 6,00m (seis metros), respectivamente, exceto nos casos de ruas secundárias onde
se admite a largura de 5,00m (cinco metros);
§5º Os condomínios localizados às margens da lagoa deverão manter passagem livre com
largura mínima de 3,00m (três metros), destinada ao livre acesso dos pedestres às praias. Excetua-se
desta determinação o condomínio situado entre vias públicas de traçado perpendicular à orla da lagoa
ou que tenha um dos seus limites laterais distantes, no mínimo, 150,00m (cento e cinquenta metros)
de via pública que permita o livre acesso às praias;
§6º Os proprietários de fração ideal em condomínio ficam dispensados de projeto para
aprovação quando for utilizado o modelo de “casa padrão” previamente aprovado no processo de
implantação do condomínio, devendo solicitar a licença de execução de obras, munida da cópia do
projeto pré-aprovado;
§7º Nos projetos de obras descritos no parágrafo anterior, quando houver qualquer tipo de
alteração no projeto de “casa padrão” pré-aprovado, o proprietário ou responsável pela obra deverá
submeter o projeto a todos os ditames descritos nesta lei, anexando ao processo cópia da convenção
do condomínio que comprove a prévia autorização de alterações no mesmo.
Art. 21. As edificações residenciais multifamiliares constituídas em condomínio vertical
possuirão sempre:
I. Caixa de distribuição de correspondência em lugar centralizado segundo norma da
concessionária;
II. Instalação central de coleta de lixo domiciliar ordinário, assim classificado o lixo
constituído dos resíduos produzidos em imóveis, residenciais ou não, que possam ser acondicionados
em um recipiente com volume igual a 100g/m³ e tubo de coleta, cujo compartimento deverá ter, por
andar, no mínimo a largura de 70,00cm (setenta centímetros) ou diâmetro mínimo do duto de 50,00cm
(cinquenta centímetros);
III. Quando tiverem mais de dois pavimentos, deverão ser dotados de instalação de coleta de
lixo. Esta instalação deverá ser perfeitamente vedada com dispositivo de fechamento automático e
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apresentar boas condições de limpeza e lavagem. As paredes e os pisos do local de armazenamento
do lixo deverão ser revestidos de material impermeável, liso e lavável;
IV. Ficam excluídas das disposições deste artigo as edificações domiciliares com mais de
um pavimento, componentes de uma única unidade habitacional, bem como os prédios de dois
pavimentos cujas unidades habitacionais possuam entradas independentes;
V. É proibida a instalação de equipamentos de incineração de resíduos domiciliares;
VI. A Prefeitura de Iguaba Grande poderá determinar, estipulando o prazo, a obrigação ou a
proibição de instalação de determinado processo ou tipo de equipamento destinado a redução,
compactação e eliminação dos resíduos domiciliares;
VII. Os instaladores e conservadores de equipamentos de coleta e redução de resíduos
domiciliares deverão ser inscritos na sede da Prefeitura de Iguaba Grande, bem como seus produtos
aprovados, registrados e catalogados pela Secretaria de Obras;
VIII. O cadastramento terá validade de um ano, findo o qual a firma interessada deverá
renová-lo dentro de trinta dias, sob pena de cancelamento do seu cadastramento;
IX. A taxa anual de cadastramento obedecerá ao seguinte critério:
a) Fabricantes: 500(quinhentos) UFIR’s;
b) Instaladores: 300(trezentos) UFIR’s;
c) Conservadores: 200(duzentos) UFIR’s.
X. A concessão do habite-se em qualquer edificação na dependência de vistoria, que
comprovará o cumprimento das exigências feitas por este regulamento, será efetuada pela fiscalização
sanitária da Prefeitura de Iguaba Grande;
XI. O pedido de licenciamento de qualquer obra de reforma de equipamento de redução de
resíduos domiciliares só será deferido se o interessado comprovar a contratação de firma cadastrada
junto à Prefeitura de Iguaba Grande;
XII. Os equipamentos de coleta e redução de resíduos sólidos de qualquer edificação poderão
ser interditados pela Prefeitura de Iguaba Grande, desde que não atendam rigorosamente a suas
finalidades ao produzirem a limpeza e higiene ambiental;
XIII. Local centralizado para a sala da administração do prédio, com área equivalente a 0,5%
(meio por cento) do total da área construída, sendo aceitáveis os limites mínimos de 4,00m² (quatro
metros quadrados);
XIV. Quando tiverem um mínimo de quatro pavimentos ou de dezesseis unidades, deverão
ser dotados de um apartamento de no mínimo 35,00m² (trinta e cinco metros quadrados) para o
zelador;
XV. A taxa máxima de ocupação para um condomínio vertical seguirá as seguintes
diretrizes:
a) condomínio vertical residencial: 60% (sessenta por cento);
b) condomínio vertical comercial: 70% (setenta por cento);
c) condomínio vertical misto (residencial e comercial): 70% (setenta por cento);
XVI. Juntamente com o projeto deverá ser apresentado memorial descritivo de implantação
do condomínio;
XVII. Cada apartamento deverá constar no mínimo de uma sala, um dormitório, cozinha,
banheiro, circulação e área de serviço; e
XVIII. Ter no mínimo uma vaga de estacionamento para cada unidade, nas condições
previstas nesta Lei.

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XIX. Área de recreação ou salão de jogos proporcional ao número de compartimentos
habitáveis, conforme segue:
a) proporção mínima de 2,00m² (dois metros quadrados) por compartimento habitável, não
podendo, no entanto, ser inferior a 30,00m² (trinta metros quadrados);
b) ser contínua, de forma que o seu dimensionamento não possa ser realizado por adição de
áreas parciais isoladas;
c) deverá ter formato que permita, em qualquer ponto, a inscrição de uma circunferência
com raio mínimo de 3,00m (três metros); e
d) ter acesso através de partes comuns, ou circulação afastada dos depósitos de lixo, ser
isolado das faixas de tráfego de veículo e que não faça limite com áreas de estacionamento.

Parágrafo Único. A área de recreação de que trata este artigo poderá ser localizada no
pavimento térreo ou intermediário das edificações, não podendo a cobertura ser utilizada para esse
fim.
Art. 22. Os procedimentos administrativos e as condições gerais para aprovação do projeto
de Condomínios são equivalentes aos projetos de parcelamento de solo, disciplinados por lei
especifica, respeitadas as peculiaridades enumeradas nesta lei.
§1º. O condomínio horizontal fechado e contínuo não poderá ter área territorial inferior a
2.000m² (dois mil metros quadrados);
§2º. Nos projetos de condomínio horizontal, cuja área territorial seja igual ou superior a
10.000m² (dez mil metros quadrados), deve constar área correspondente a 10%(dez por cento) da área
total para implementação de espaços públicos, mediante registro imobiliário competente, sem
qualquer ônus ou encargo para o ente público;
§3º. Sem prejuízo do exigido no parágrafo anterior, o projeto de condomínio horizontal com
área territorial superior a 33.400m² (trinta e três mil e quatrocentos metros quadrados), deverá, quando
necessário, apresentar vias públicas de circulação externa, que garanta a interligação com o sistema
viário existente, observando-se o traçado linear do empreendimento proposto;
§4º. Aplica-se o disposto na legislação relativa ao parcelamento de solo aos parágrafos 2º e
3º deste artigo.
Art. 23. As edificações em Condomínio Horizontal só poderão ser unifamiliares e não
poderão ser geminadas e nem superpostas.
Art. 24. O condomínio Horizontal não pode prejudicar o acesso público às praias, margens
de rios e lagoas naturais, ou interromper a livre circulação ao longo das restingas do litoral ou margens
da lagoa.
CAPÍTULO IV
DAS EDIFICAÇÕES PRELIMINARES

Art. 25. Qualquer construção, reconstrução, demolição, modificação, reforma ou ampliação,


somente poderá ser executada após a aprovação do Projeto e concessão de Licença de Obras pela
Prefeitura de Iguaba Grande e sob a responsabilidade de profissional legalmente habilitado.
Parágrafo Único. Eventuais alterações em projetos aprovados serão consideradas projetos
novos para efeitos desta Lei.
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Art. 26. Os projetos deverão estar em consonância com esta Lei, respeitadas ainda a
Legislação Ambiental, de Parcelamento do Solo e demais normas em vigor na data de sua aprovação.
Art. 27. Deverá ser requerido à Secretaria de Obras o conjunto de informações necessárias
e suficientes para atender às exigências desta Lei, com o preenchimento do formulário adequado,
fornecido pela Prefeitura de Iguaba Grande.
Art. 28. Sem a prévia anuência do órgão Federal, Estadual ou Municipal competente, não se
expedirá nem se renovará licença para qualquer obra, para afixação de anúncios, cartazes e letreiros
ou para instalação de atividade comercial ou industrial em imóvel tombado.
Parágrafo Único. O disposto neste artigo aplica-se também às licenças referentes aos imóveis
situados nas proximidades do bem tombado e a aprovação, modificação ou renovação de projetos de
obras que possam repercutir de alguma forma na segurança, na integridade estética, na ambiência ou
na visibilidade do bem tombado, assim como em sua inserção no conjunto panorâmico ou urbanístico
circunjacente.
Art. 29. Os pedidos de aprovação de obras em terrenos da União ou do Estado deverão ser
encaminhados aos Órgãos da Prefeitura acompanhados de parecer favorável dos Órgãos técnicos
competentes.
Art. 30. O pedido de aprovação de obras referentes a diques, decks, marinas, canais
artificiais, estaleiros ou similares, deverão ser encaminhados aos Órgãos da Prefeitura acompanhados
de parecer favorável dos órgãos técnicos Estatuais e Federais pertinentes.
Art. 31. O pedido de aprovação de obras situadas às margens das rodovias estaduais deverá
vir acompanhado de parecer do Departamento de Estradas e Rodagens do Estado do Rio de Janeiro
– DER, ou outro que o substitua.

CAPÍTULO V
DO PROCESSO DE APROVAÇÃO

Art. 32. É facultado ao proprietário solicitar previamente a Certidão de Zoneamento e/ou


Certidão Ambiental para obtenção das normas e possíveis restrições aplicáveis à área do projeto,
mediante o pagamento de taxa específica, que poderá ser utilizada no processo de aprovação do
projeto de construção, no prazo máximo de 01(um) ano.
Art. 33. Para efeito de aprovação de projeto de construção, reconstrução total ou parcial,
acréscimo, demolição ou reformas, o proprietário deverá apresentar junto ao processo de aprovação
de projeto, os seguintes documentos:
I. Requerimento padrão da Prefeitura de Iguaba Grande dirigido ao órgão competente
solicitando a aprovação do projeto, assinado pelo proprietário, promitente comprador (neste caso
anexando autorização do promitente vendedor), ou seu procurador legal;
II. Certidão de Ônus Reais emitida até 90 (noventa) dias da abertura do processo, expedida
pelo Registro Geral de Imóveis competente;
III. Certidão de Quitação Fiscal, expedida pela Prefeitura de Iguaba Grande;
IV. Taxa de expediente paga em banco autorizado;

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V. Declaração do proprietário e/ou responsável pelo projeto, quanto à existência ou não de
quaisquer corpos hídricos, como rios, lagos, valões e similares, num raio de até 15,00m (quinze
metros) dos limites da propriedade;
VI. Cópias autenticadas do ART com a certidão de regularidade junto ao conselho de classe;
VII. Certidão de regularidade do responsável técnico e/ou autor do projeto, junto à Fazenda
municipal;
VIII. Planta baixa do projeto: Escala 1:100, 1:75 ou 1:50 determinando o uso de cada
compartimento, devidamente cotada e com a indicação das áreas;
IX. Cortes: Escala 1:100, 1:75 ou 1:50, no mínimo dois, longitudinal e transversal às
dependências sanitárias e serviços (cozinha, banheiro e escadas);
X. Fachada: Escala 1:100,1:75 ou 1:50, uma para cada logradouro público;
XI. Planta de Cobertura: Escala 1:100,1:75,1:50 ou 1:200, com a indicação dos caimentos e
cotas do beiral e da projeção da edificação, indicação de calhas etc.;
XII. Planta de situação: Escala mínima 1:5000, 1:500 ou 1:200 no formato A4 incluindo:
a) norte magnético;
b) localização do imóvel no lote, devidamente incluídas as cotas de construção (perímetro);
c) localização do sistema sanitário (fossa, filtro e sumidouro);
d) identificação dos confrontantes e logradouros;
e) quadro de áreas contendo áreas do terreno, áreas construídas e taxa de ocupação, fração
ideal quando necessário; e
f) identificação visual da posição georreferenciada do imóvel.
XIII. Esquema hidrossanitário: Escala 1:100, 1:75 ,1:50 ou 1:125, com pontos de utilização
e ramais de esgoto.
XIV. Projeto do sistema sanitário (fossa, filtro e sumidouro) de acordo com a norma da
Associação Brasileira de Normas Técnicas –ABNT, com ênfase à NBR nº7. 229/1982, ou a que vier
a lhe substituir;
XV. Memorial Descritivo da Obra quando se tratar de incorporação imobiliária;
XVI. Outros detalhes, quando solicitados, para melhor elucidação do projeto, tais como:
memória de cálculo da contribuição de despejos, volume, coeficiente de redução de volume, forma e
dimensionamento do sistema sanitário, projeto e cálculo estrutural.
Art. 34. Os projetos de obras em terrenos que possuam desnivelamento acima de 5m
(metros) em uma distância inferior a 30m (trinta metros), além das exigências desta Lei, deverão
conter plantas e seções transversais e longitudinais (escala mínima 1:200), com indicação dos arrimos
previstos, cortes e aterros a serem executados com os respectivos volumes, tipo de material a escavar
e prazo para execução das obras de estabilização, bem como:
I. Projeto ou memorial de cálculo de muros de arrimo e cortinas;
II. Projeto para coleta de águas pluviais e de drenagem;
III. Suavização de taludes ou demonstração de sua estabilidade;
IV. Replantio da vegetação nativa;
V. Método de desmonte a empregar, quando se tratar de material rochoso;
VI. Cópia autenticada da autorização concedida pelas autoridades militares, quando se tratar
de desmonte com utilização de explosivos.
Art. 35. No caso de reforma ou ampliação deverá ser indicado no projeto o que será
demolido, construído ou conservado, de acordo com as seguintes convenções de cores e normas de
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desenho pertinentes da ABNT:
I. Cor natural da cópia heliográfica ou preta para as partes existentes e a conservar;
II. Cor amarela para as partes demolidas; e
III. Cor vermelha para as partes novas ou acrescidas.
Art. 36. Os desenhos dos projetos na abertura do processo serão sempre apresentados em
uma única via, impressa dos jogos completos, todos devidamente assinados pelo proprietário ou seu
procurador e responsável técnico da obra e/ou autor, que ficará arquivado digitalmente nos registros
da Secretaria de Obras.
§1º O meio magnético no formato utilizado para sua elaboração deverá sempre ser
apresentado quando solicitado pelo setor de análise.
§2º. Sempre que houver a necessidade de retificação de quaisquer partes do projeto, seja para
correções solicitadas pela Secretaria de Obras, ou pelo interessado, uma nova planta deverá ser
anexada ao processo, devidamente assinada e com o respectivo arquivo digital atualizado, sendo
expressamente proibido a qualquer servidor público, no exercício de suas atribuições, fazer qualquer
alteração no projeto apresentado.
§3º. Após a análise técnica, não sendo apontadas incorreções e/ou adequações ao projeto, ou
após sanadas as irregularidades, deverão ser apresentadas 03(três) novas cópias dos jogos completos,
todas devidamente assinadas, para que sejam acostados os carimbos (modelo de carimbo: Anexo 2)
e assinaturas relativas à aprovação. Destas cópias, duas vias serão entregues ao interessado.
§4º. Não serão permitidas emendas ou rasuras nos traços do projeto, salvo para correção de
cotas e dados numéricos contidos na legenda, que poderão ser efetuadas em tinta na cor da cópia
heliográfica pelo profissional responsável, que indicará em ressalva especificando as emendas e as
rubricará no final. Nestes casos, as vias finais já deverão ter sido atualizadas, bem como o respectivo
arquivo digital.
Art. 37. Nos casos de projetos para a construção de edificações de grandes proporções, as
escalas descritas nesta lei poderão ser alteradas, devendo, contudo, ser previamente consultada a
Secretaria de Obras.
Art. 38. Qualquer modificação no projeto deverá ser submetida a uma nova avaliação, e
somente poderá ser executada se aprovada, e depois de assinadas e retiradas as cópias do respectivo
projeto junto ao processo de aprovação de projetos.
§1º. A licença para a realização de obras de modificações será concedida sem emolumentos
se for requerida antes do embargo das obras e se as mesmas não implicarem em aumento da área
construída.
§2º. Havendo modificação do projeto aprovado durante a execução da obra, sem a devida
aprovação, a obra deverá ser paralisada até a aprovação das respectivas alterações.
Art. 39. Após a provação do projeto, a Prefeitura de Iguaba Grande, mediante o pagamento
das taxas devidas, fornecerá um Alvará de Licença para Construção.
Parágrafo Único. Os pedidos para demarcação de alinhamento de muro deverão ser
requeridos em processo específico.
Art. 40. Os projetos aprovados, cujas construções não forem efetivadas no prazo de até 02
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(dois) anos da data da aprovação, deverão ser revalidados e submetidos a possíveis alterações legais,
não cabendo à Prefeitura de Iguaba Grande nenhum ônus ou indenização por qualquer alteração que
se fizer necessária.
§1º. Após o reexame do projeto, das normas vigentes e das atuais condições da sua
localização, será emitido novo Alvará de Licença de Obras, com o mesmo prazo previsto neste artigo,
uma única vez.
§2º. Se não houver um pedido de reexame para validação do projeto inicial vencido, este
será arquivado em definitivo tendo seu Alvará de Licença de Obras cancelado e o interessado deverá
iniciar um novo processo administrativo, se assim desejar.
§3º. Quando forem apontadas exigências a serem cumpridas pelo proprietário e/ou pelo
responsável Técnico, estes deverão saná-las no prazo máximo de 180(cento e oitenta) dias, a contar
do respectivo apontamento, vencido este prazo o processo será arquivado e um novo projeto deverá
ser apresentado em processo administrativo próprio.
Art. 41. De acordo com a Legislação Federal pertinente, a construção de edifícios públicos
Federais ou Estaduais não poderá ser executada sem licença da Prefeitura de Iguaba Grande, devendo
obedecer às Normas e Deliberações Municipais.
Parágrafo Único. Os contratantes ou executores de obras públicas estarão sujeitos ao
pagamento de todos os emolumentos relativos ao exercício da profissão e demais normas pertinentes
à matéria.

CAPÍTULO VI
DO ACEITE DE OBRAS E HABITE-SE
Art. 42. Uma obra é considerada concluída quando tiver condições de habitabilidade,
estando em funcionamento as instalações hidrossanitárias e elétricas, cumpridas as exigências
impostas pela legislação vigente à época de sua conclusão.
Art. 43. Após a conclusão das obras, o proprietário ou responsável técnico, mesmo que por
meio de procuradores, deverá requerera vistoria técnica da Secretaria de Obras, no prazo máximo de
60 (sessenta) dias.
Art. 44. O Aceite de Obras poderá ser dado total ou parcialmente, nos seguintes casos:
I. Quando se tratar de prédio composto de parte comercial e parte residencial, e puder ser
utilizada cada parte independentemente da outra;
II. Quando se tratar de mais de uma construção feita no mesmo lote;
III. Quando o sistema de tratamento de efluentes estiver totalmente concluído;
IV. Em obras destinadas a qualquer atividade econômica, com pelo menos 50% (cinquenta
por cento) da obra concluída, para fins de lançamento do IPTU e posterior registro comercial da futura
empresa.
Art. 45. Quando o Aceite de Obras for total, junto deste será emitido o respectivo Habite-
se, quando da emissão de Aceite de Obras Parcial, o Habite-se só será fornecido após conclusão da
obra.
Parágrafo Único. Nenhuma edificação poderá ser ocupada sem que seja precedida de vistoria
pela Prefeitura de Iguaba Grande e expedidos os respectivos Aceite Total e Habite-se.
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Art. 46. Em condomínios só poderá ser dado o Aceite de Obras Parcial quando concluídas
todas as obras de uso comum, tais como: vias de circulação internas, esgotamento sanitário,
abastecimento interno de água potável e rede elétrica de iluminação interna, bem como o esgotamento
de águas pluviais.
Art. 47. Por ocasião de vistoria, se for constatado que a edificação não foi construída de
acordo com o projeto aprovado, o responsável técnico ou o proprietário será notificado de acordo
com as disposições desta Lei e obrigado a regularizar o referido projeto no prazo de até 15(quinze)
dias, mantendo a obra paralisada até o reexame das alterações.
§1º. Quando da vistoria para emissão do Aceite de Obras, for constatada alteração de projeto,
o requerente deverá abrir um processo de aprovação de projeto de legalização de obra, submetido a
todas as normas previstas nesta Lei, com aplicação dos tributos inerentes e o arquivamento do
processo original;
§2º. O responsável técnico ou o proprietário poderá repor a obra em consonância com o
projeto aprovado demolindo ou realizando as modificações necessárias, a seu critério, de forma a
realizar o enquadramento da situação anterior, solicitando, neste caso, nova vistoria técnica para
emissão do Aceite de Obras.
Art. 48. Concluídas as obras conforme projeto arquitetônico aprovado, antes de solicitar a
última visita para expedição do Habite-se, o passeio público fronteiro ao imóvel deverá estar
pavimentado e o imóvel completamente murado, respeitadas as normas previstas nesta Lei.

CAPÍTULO VII
DA EXECUÇÃO OU PARALISAÇÃO DAS OBRAS
Art. 49. Nenhuma construção ou demolição poderá ser iniciada junto ao alinhamento frontal
do terreno, sem que seja obrigatoriamente protegida por tapumes que garantam a segurança de quem
transita no logradouro público.
§1º. Considera-se a obra iniciada quando em fase de escavação para fundações e início de
serviços preliminares.
§2º. Tapumes e andaimes não poderão ocupar mais que a metade da largura do passeio,
deixando a outra inteiramente livre e desimpedida para os transeuntes.
§3º. Os tapumes para a construção de edifícios de altura superior a 9,00m (nove metros)
deverão ser protegidos por tela de arame ou proteção similar de modo a evitar a queda de ferramentas
ou materiais nos logradouros e imóveis vizinhos.
Art. 50. Não será permitida, sob pena de multa ao responsável pela obra, a permanência de
qualquer material de construção na via pública, salvo na parte limitada pelo tapume, por tempo maior
que 24h (vinte e quatro horas), para sua descarga e remoção.
§1º. O material depositado em via pública durante 03 (três) dias ou mais poderá ser recolhido
pela Prefeitura, sem direito a ressarcimento, e sem prejuízo da respectiva multa.
§2º. Fica expressamente proibido o depósito de resíduos da construção civil e entulho em
vias ou passeios públicos, de modo que o proprietário ou responsável pela obra deverá promover a
contratação de caçambas para a correta destinação destes resíduos.
§3º. Havendo o depósito indevido, previsto no parágrafo anterior, o proprietário ou
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responsável pela obra será notificado a promover a remoção imediata, sob pena de multa de 10 (dez)
UFIR por metro cúbico por dia de permanência, e não sendo removido o material no prazo de 3 (três)
dias da notificação, a Secretaria de Obras providenciará a retirada e a aplicação em dobro da
penalidade;
§4º. Não sendo possível identificar o autor do depósito de que trata este artigo, as multas
serão aplicadas ao titular do IPTU relativo ao imóvel em que foi identificada a infração.
Art. 51. Durante a execução das obras, o proprietário e/ou o profissional responsável deverá
adotar todas as medidas para a segurança dos operários de acordo com legislação pertinente, em
especial a NBR nº18 ou outra que venha substituí-la, bem como no tratamento dos transeuntes e das
propriedades vizinhas.
Art. 52. O corte e/ou poda de árvores em propriedades particulares ou logradouros públicos
deverá ser requerido no Setor de Protocolo Geral da Prefeitura e só poderá ser feito mediante
expedição de licença, concedida após vistoria ao local.
Art. 53. No caso de paralisação da obra, o proprietário deverá comunicar à Secretaria de
Obras a ocorrência dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias contados da paralisação, ficando
obrigado a tomar as providências necessárias para promover a segurança nas obras já executadas.
Art. 54. No caso de paralisação da obra com prazo superior a 60 (sessenta) dias, será feita
visita técnica ao local, a fim de constatar se a mesma oferece perigo, ficando o proprietário
responsável por tomar as medidas cabíveis.
§1º. Decorrido o prazo fixado pelo artigo anterior, o proprietário da obra deverá promover a
remoção de andaimes, tapumes e qualquer outro elemento que constituir risco de segurança quanto a
sua estabilidade, mesmo que a construção esteja afastada do alinhamento, desimpedindo o passeio e
em perfeitas condições de conservação.
§2º. Permanecendo a obra paralisada por mais de 180 (cento e oitenta) dias, deverá ser feito
o fechamento do terreno no alinhamento definitivo, com muro dotado de portão.
Art. 55. A descoberta fortuita quando da escavação, de quaisquer elementos de interesse
arqueológico ou pré-histórico, artístico ou numismático, deverá ser imediatamente comunicada aos
órgãos oficiais, pelo autor do achado ou pelo proprietário do local onde tiver ocorrido, já que a posse
e a salvaguarda dos bens de natureza arqueológica ou pré-histórica constituem-se, em princípio,
direito imanente ao Estado.
§1º. A infringência desta obrigação implicará na apreensão sumária do achado, sem prejuízo
da responsabilidade do autor pelos danos que vier a causar ao Patrimônio Nacional, em decorrência
da omissão.
§2º. Feita a devida comunicação, até a manifestação final do órgão oficial competente quanto
à confirmação ou não de um achado compatível com o caput deste artigo, as obras devem permanecer
paralisadas.
CAPÍTULO VIII
DA EXIGÊNCIAS TÉCNICAS MÍNIMAS
Art. 56. A execução das fundações, bem como as respectivas sondagens, exames de
laboratório e provas de carga, quando necessárias, serão feitas de acordo com as normas
recomendadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

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Art. 57. A execução das fundações será feita de maneira que:
I. Não invadam o leito da via pública;
II. Não invadam e/ou afetem os imóveis vizinhos;
III. Sejam totalmente independentes das edificações vizinhas já existentes;
IV. Sejam integralmente situadas dentro dos limites do lote;
V. Estejam no mínimo a 50cm (cinquenta centímetros) abaixo do nível do logradouro
calçado e no mínimo 30cm (trinta centímetros) do logradouro não calçado.
VI. O topo das cintas esteja no mínimo a 30cm (trinta centímetros) acima do nível do
logradouro calçado e no mínimo 50cm (cinquenta centímetros) do logradouro não calçado.
Art. 58. As paredes de alvenaria das edificações deverão ter os respaldos sobre os alicerces,
devidamente impermeabilizados, tal qual as respectivas paredes externas e principalmente as
empenas das edificações serão sempre impermeáveis.
Art. 59. As paredes divisórias entre unidades independentes, mas contíguas, assim como as
adjacentes às divisas do lote, deverão garantir perfeito isolamento térmico e acústico, ser de alvenaria
ou material não combustível e ter a espessura mínima de 22cm (vinte e dois centímetros) caso sejam
de alvenaria.
Art. 60. As paredes de gabinetes sanitários, banheiros e cozinhas junto ao fogão e pia,
deverão ser de material impermeabilizante, lavável, liso e resistente ou revestidas de material com as
características citadas, em até 1,50m (um metro e meio) de altura no mínimo.
Art. 61. As edificações executadas sem estrutura de sustentação, em estrutura metálica ou
concreto armado, caso venham a possuir dois pavimentos ou mais, obrigarão o responsável técnico a
especificar no projeto o sistema a ser empregado.
Art. 62. A movimentação dos materiais e equipamentos necessários à execução de uma
estrutura será feita exclusivamente dentro do espaço aéreo delimitado pelas divisas do lote e, não
sendo possível, deverá ser solicitada a anuência dos confrontantes afetados.
Art. 63. As circulações horizontais de utilização coletiva terão sua largura calculada
conforme os seguintes critérios:
I. Construções de edifícios em geral: largura mínima de 1,20m (um metro e vinte
centímetros) para a extensão máxima de 10,00m (dez metros);
a) em edificações não residenciais deverão ser acrescidos 2,00cm (dois centímetros) na
largura para cada metro ou fração;
b) em edificações residenciais deverão ser acrescidos 5,00cm (cinco centímetros) na largura
para cada metro ou fração de excesso.
II. Construções de uso específico:
a) em áreas destinadas ao público com metragem igualou inferior a 500m² (quinhentos
metros quadrados) o acesso terá largura mínima de 2,50m (dois metros e meio);
b) em áreas destinadas ao público com metragem superior a 500m² (quinhentos metros
quadrados), deverão ser acrescidos de 5,00cm (cinco centímetros) na largura para cada 10m²
(dez metros quadrados) de excesso;
c) nos hotéis a largura mínima será de 2,00m (dois metros); e
d) nas galerias e lojas comerciais terão largura mínima de 3,00m (três metros) para cada
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15,00m (quinze metros) de extensão, para cada 5,00m (cinco metros) ou fração de excesso essa
largura será aumentada em, 10% (dez por cento).
§1º. São consideradas galerias as passagens que tiverem como finalidade acesso público para
3 (três) ou mais estabelecimentos comerciais.
§2º. Os corredores de uso exclusivo em residências unifamiliares deverão ter largura mínima
de 90,00cm (noventa centímetros).
§3º. As rampas para uso coletivo de pedestres deverão obedecer à Lei nº10.098/2000, NBR
9050 ou normas que as substituam.
Art. 64. É obrigatório que os projetos permitam a fácil locomoção e utilização de
equipamentos para deficientes físicos em construções de uso público nos hotéis, pousadas, motéis,
lojas, shopping e similares, conforme Lei nº10.098/2000, NBR 9050 ou normas que as substituam.
Parágrafo Único. Não poderão haver objetos que se tornem obstáculos para o trânsito de
cadeirantes e demais transeuntes nos locais mencionados nos artigos precedentes, tais como: orelhões,
jardineiras, latões de lixo, ou similares.
Art. 65. As escadas obedecerão às seguintes dimensões e normas:
I. As escadas de uso privativo dentro de uma unidade familiar, bem como as de uso
nitidamente secundário e eventual, poderão ter sua largura reduzida até 80,00cm (oitenta
centímetros);
II. O dimensionamento dos degraus será feito de acordo com a fórmula 2h + b: 53,00cm a
64,00cm, onde h é a altura máxima igual a 18,50cm (dezoito centímetros e meio) e b é a largura
mínima igual a 25,00cm (vinte e cinco centímetros);
III. Nas escadas de uso coletivo, sempre que o número de degraus exceder a 16 (dezesseis),
será obrigatório intercalar um patamar com a extensão mínima de 90,00cm (noventa centímetros) e
com a mesma largura dos degraus;
IV. As escadas circulares terão largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) de
diâmetro e ainda:
a) Profundidade mínima dos pisos dos degraus de 20,00cm (vinte centímetros) nos bordos
internos e de 40,00cm (quarenta centímetros) nos bordos externos;
b) As escadas do tipo marinheiro, caracol ou em leque só serão admitidas para acesso a
torres, adegas, jiraus, casas de máquinas ou entrepisos de uma mesma unidade residencial.
Parágrafo único. A escada de uso coletivo deverá seguir o Decreto nº042/2018 - CBMERJ
ou norma que venha a substituí-lo.
Art. 66. Qualquer edificação multifamiliar, mista e comercial com mais de 04 (quatro)
pavimentos, deverá ser provida de elevadores e antecâmaras nas escadas com portas corta-fogo.
Art. 67. A existência de elevador na edificação não dispensa a construção de escada.
Art. 68. Nas edificações residenciais privadas com elevadores, os saguões dos pavimentos
deverão obedecer às normas determinadas pelo Corpo de Bombeiros, o saguão de acesso aos
elevadores deve ter metragem mínima de 1,80m² (um metro e oitenta centímetros quadrados) e as
seguintes dimensões:
I. Até 5 (cinco) pavimentos, 1 (um) elevador: Saguão de até 8,00m² (oito metros quadrados);
II. Até 5 (cinco) pavimentos, 2 (dois) elevadores: Saguão de até 10,00m² (dez metros
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quadrados);
III. Até 5 (cinco) pavimentos, 3 (três) elevadores: Saguão de até 18,00m² (dezoito metros
quadrados).
Art. 69. Nas edificações não residenciais providas de elevadores os saguões dos pavimentos
deverão obedecer ao dobro das dimensões estabelecidas no artigo anterior.
Art. 70. No dimensionamento dos elevadores, as paredes dos pavimentos constituídos em
pilotis, garagens e sobrelojas não poderão ser consideradas como paredes de elevadores.
Art. 71. Nos saguões e áreas de circulação não será permitida a existência de quaisquer
obstáculos de caráter permanente ou transitório.
Art. 72. Os pisos, quando assentados diretamente sobre o solo, deverão ser
impermeabilizados atendendo às normas técnicas pertinentes.
Art. 73. Os pisos de banheiros, cozinhas, lavanderias, garagens, depósitos e áreas de serviço
deverão ser impermeáveis e laváveis, sendo tolerado o uso de madeira ou similar nas escadas, quando
devidamente impermeabilizada.
Art. 74. O material adotado para revestimento dos pisos deverá ser de material não
combustível, permitido o uso de madeira ou similar quando devidamente impermeabilizada e tratada,
segundo normas pertinentes.
Art. 75. Nas construções de madeira, os pisos do primeiro pavimento, quando de madeira,
deverão ser apoiados sobre pilares ou barrotes de madeira com altura mínima de 20,00cm (vinte
centímetros) do solo permitindo a circulação de ar.
Art. 76. Todos os imóveis territoriais, com ou sem projeto de aprovação de obras,
localizados na macrozona urbana consolidada, deverão ser fechados por muros de alvenaria, cercas
vivas, ou similares, sendo terminantemente proibida a utilização de arame farpado.
Parágrafo Único. Quando os imóveis de que tratam este artigo estiverem localizados em
logradouros públicos, com pavimentação de qualquer natureza, os proprietários deverão ainda
promover a confecção de calçadas, nos moldes descritos nesta Lei.
Art. 77. A Prefeitura de Iguaba Grande poderá exigir dos proprietários a construção de
muros e de calçadas, inclusive obras de arrimo como proteção, sempre que o nível do terreno for
superior ao logradouro público ou quando houver desnível entre os lotes que possa ameaçar a
segurança das construções vizinhas.
Art. 78. A Prefeitura de Iguaba Grande, quando identificado um imóvel territorial no
perímetro urbano, considerado como baldio, abandonado ou que de alguma forma não cumpra a
função social da propriedade, notificará seus proprietários para que, no prazo de 30 (trinta) dias,
promovam a limpeza e a manutenção dos mesmos.
§1º. Além da limpeza de que trata o caput deste artigo, o proprietário deverá providenciar o
fechamento do imóvel, nos moldes descritos nesta lei, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias após a
notificação, sob pena de multa mensal na ordem de 50 (cinquenta) UFIR por mês quando não atendida
a notificação.
§2º. Nos logradouros pavimentados, além do fechamento, preferencialmente em alvenaria,
o proprietário deverá providenciar também as confecções das respectivas calçadas no prazo máximo

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de 60(sessenta) dias após a notificação, sob pena de multa mensal na ordem 75 (setenta e cinco) UFIR
por mês de não atendimento da notificação.
Art. 79. Só é permitida a construção de uma unidade residencial autônoma em cada lote,
excetuando-se os casos de condomínios, e demais disposições contidas na respectiva legislação.
Art. 80. Os afastamentos mínimos, laterais e de fundos, quando houver abertura, devem
obedecer ao disposto no artigo nº1.301 do Código Civil, e o afastamento frontal deve ser adequado
ao perfil viário definido no Plano Diretor, nunca inferior a 3,00m (três metros).
Art. 81. As obras e edificações em áreas residenciais, incluindo térreo, cota máxima e
cumeeira, não poderão exceder a 15,00m (quinze metros) ou deverão seguir a Lei de Zoneamento
(quando vigente).
§1º. Projetos de edificações com dimensões superiores ao previsto neste artigo poderão ser
apresentados, mas estão sujeitos à prévia aprovação de um plano urbanístico específico, elaborado
pela Prefeitura de Iguaba Grande, para a região na qual se enseja o empreendimento.
§2º. Os planos urbanísticos específicos elaborados antes da Lei de Uso e Ocupação de Solo
deverão ser considerados por esta, e após a aprovação da referida Lei de Zoneamento, deverão ser
elaborados em consonância com aquela.
§3º. O disposto neste artigo não se aplica às áreas de proteção e/ou conservação ambiental,
previstas em legislação própria do Estado e/ou União, de modo que os projetos devem ser elaborados
respeitando a legislação aplicável à área abrangida pelo respectivo projeto.

CAPÍTULO IX
DOS ELEMENTOS DA CONSTRUÇÃO
Art. 82. É livre a composição de fachadas que, no entanto, deverão apresentar bom
acabamento em todas as partes dos logradouros públicos, excetuando-se as localizadas em zonas
tombadas, devendo, neste caso, ser ouvido o órgão Federal, Estadual ou Municipal competente.
Parágrafo Único. Fica expressamente vedada na composição das fachadas laterais, frontais
e de fundos, instalações hidráulicas e elétricas aparentes.
Art. 83. Nas fachadas com assentamento no alinhamento da calçada, de acordo com a
presente Lei, não poderão haver saliências maiores do que 20,00cm (vinte centímetros) até a altura
de 3,00m (três metros), nem poderão abrir para fora persianas ou qualquer outro tipo de vedação.
Art. 84. Da mesma forma, não serão permitidos nos imóveis citados no artigo anterior, as
construções de marquises nas testadas das edificações, desde que obedecidas as seguintes condições:
I. Devem ser em balanço, sem estrutura ou pilares sobre o passeio público;
II. Nenhum dos seus elementos componentes, estruturais ou decorativos, poderá estar a
menos de 3,00m (três metros) acima do passeio público;
III. Não ter profundidade menor que 1,20m (um metro e vinte centímetros) nem apresentar
reentrâncias;
IV. Não possuir o escoamento das águas pluviais para fora dos limites da propriedade;
V. Não prejudicar a arborização e a iluminação pública, assim como não ocultarem placas
de sinalização, nomenclatura ou numeração;
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VI. Devem ser de material impermeável e não combustível.
Art. 85. Serão permitidos toldos retráteis nas testadas das edificações em que a Lei permite
assentamento no alinhamento, desde que obedecidos os incisos do artigo anterior, sendo admitida a
redução para 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) a altura destes.
Art. 86. As fachadas dos prédios comerciais que ficarem recuadas do alinhamento poderão
ser balanceadas a partir do segundo pavimento até 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) da
testada do lote.
Art. 87. As instalações de vitrines, balcões e mostruários serão permitidas quando não
ocorram prejuízos para a ventilação e a iluminação dos locais em que são colocados e quando não
perturbarem a circulação do público.
Art. 88. Nas galerias e saguões serão permitidas as utilizações de vitrines, balcões e
mostruários quando não reduzirem as dimensões mínimas estabelecidas para os mesmos nesta Lei.
Art. 89. A realização periódica de autovistoria deve ser realizada pelos condomínios ou
por proprietários dos prédios residenciais, comerciais e pelo poder público, nos prédios
públicos, incluindo estruturas, fachadas, empenas, marquises, telhados e obras de contenção de
encostas, bem como todas as suas instalações e observada a Lei Estadual nº6.400/2013 e suas
atualizações.
Art. 90. As coberturas das edificações serão construídas com materiais que permitam
perfeita impermeabilização e isolamento térmico.
Parágrafo Único. Quando constituídas de laje de concreto e em todos os casos em que o
material empregado não for considerado impermeável, as coberturas deverão receber tratamento
impermeabilizante.
Art. 91. As águas pluviais provenientes das coberturas serão esgotadas dentro do limite do
lote, não sendo permitido o deságue sobre lotes vizinhos ou logradouros.
Parágrafo Único. Os edifícios situados no alinhamento deverão dispor de calhas e condutores
de águas pluviais que deverão ser canalizadas sob o passeio público até a sarjeta.
Art. 92. Nas edificações destinadas a locais de reuniões e de trabalho, as coberturas serão
construídas com material não combustível.
Art. 93. Quando a estrutura da cobertura for comum às edificações contíguas, deverá haver
parede corta-fogo.
CAPÍTULO X
DOS CRITÉRIOS E CONCEITOS DOS COMPARTIMENTOS
Art. 94. Os compartimentos, em função de sua utilização, classificam-se em compartimentos
de permanência prolongada e compartimentos de permanência transitória.
§1º. Considera-se:
I. Compartimentos de longa permanência: dormitório, sala, copas e locais de reunião;
II. Compartimentos de permanência transitória: hall, banheiro, cozinha, áreas de serviço,
circulação, pilotis e garagem.
§2º. Os compartimentos obedecerão aos limites mínimos para os seguintes elementos da
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construção:
I. Área do piso;
II. Largura;
III. Vão de iluminação e ventilação;
IV. Altura;
V. Vãos de acesso.
§3º. Os limites mínimos de dimensões dos compartimentos referidos no artigo anterior, para
cada tipo de utilização dos compartimentos referente ao tipo de permanência, estão estabelecidos nas
especificações seguintes:
I. Dormitórios, classificados como de utilização prolongada:
a) Área: 9,00m² (nove metros quadrados);
b) Largura: 2,50m (dois metros e meio);
c) Altura: 2,60m (dois metros e sessenta centímetros);
d) Largura dos vãos de acesso: 70,00cm (setenta centímetros);
e) Vãos de iluminação e ventilação: 1/6 (um sexto da área do compartimento).
II. Salas, classificadas como de utilização prolongada:
a) Área: 12,00m² (doze metros quadrados);
b) Largura: 2,50m (dois metros e meio);
c) Altura: 2,60 m (dois metros e sessenta centímetros);
d) Largura dos vãos de acesso: 80,00cm (oitenta centímetros);
e) Vãos de iluminação e ventilação: 1/6 (um sexto da área do compartimento).
III. Escritório residencial:
a) Área: 7,00m² (sete metros quadrados);
b) Largura: 2,00m (dois metros);
c) Altura: 2,60m (dois metros e sessenta centímetros);
d) Largura dos vãos de acesso: 80,00cm (oitenta centímetros);
e) Vãos de iluminação e ventilação: 1/6 (um sexto da área do compartimento).
IV. Lojas, escritórios e salas de uso comercial:
a) Área: 15,00m² (quinze metros quadrados);
b) Largura: 3,00m (três metros);
c) Altura: 2,90m (dois metros e noventa centímetros);
d) Largura dos vãos de acesso: 80,00cm (oitenta centímetros);
e) Vãos de iluminação e ventilação: 1/6 (um sexto da área do compartimento).
V. Jirau, mezanino e similares:
a) Área: no máximo 50% (cinquenta por cento) da área onde será instalado;
b) Largura: 3,00m (três metros);
c) Altura: 2,50m (dois metros e meio);
d) Largura dos vãos de acesso: 80,00cm (oitenta centímetros);
e) Vãos de iluminação e ventilação: 1/6 (um sexto da área do compartimento).
VI. Cozinha, copas e despensas, com utilização transitória:
a) Área: 4,00m² (quatro metros quadrados);
b) Largura: 2,00m (dois metros);
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c) Altura: 2,60m (dois metros e sessenta centímetros);
d) Largura dos vãos de acesso: 70,00cm (setenta centímetros);
e) Vãos de iluminação e ventilação: 1/8 (um oitavo da área do compartimento).
VII. Banheiros:
a) Área: 3,00m² (três metros quadrados);
b) Largura: 1,20m (um metro e vinte centímetros);
c) Altura: 2,60m (dois metros e sessenta centímetros);
d) Largura dos vãos de acesso: 60,00cm (sessenta centímetros);
e) Vãos de iluminação e ventilação: 1/8 (um oitavo da área do compartimento).
VIII. Áreas de serviço, internas ou externas:
a) Área: 3,00m² (três metros quadrados);
b) Largura: 1,50m (um metro e meio);
c) Altura: 2,50m (dois metros e meio);
d) Largura dos vãos de acesso: 80,00cm (oitenta centímetros);
e) Vãos de iluminação e ventilação: 1/8 (um oitavo da área do compartimento).
IX. Garagens, internas ou externas:
a) Área: 12,00m² (doze metros quadrados);
b) Largura: 2,80m (dois metros e oitenta centímetros);
c) Altura: 2,60m (dois metros e sessenta centímetros);
d) Largura dos vãos de acesso: 2,50m (dois metros e meio);
e) Vãos de iluminação e ventilação: 1/15 (um quinze avos da área do compartimento).
X. Circulação comum em edificações residenciais:
a) Área: 2,00m² (dois metros quadrados);
b) Largura: 1,00m (um metro);
c) Altura: 2,60m (dois metros e sessenta centímetros);
d) Largura dos vãos de acesso: 80,00cm (oitenta centímetros).
XI. Salas de espera para o público:
a) Área: 3,00m² (três metros quadrado), e/ou 1,00m² por pessoa em espera;
b) Altura: 2,60m (dois metros e sessenta centímetros);
c) Largura dos vãos de acesso: 90,00cm (noventa centímetros);
d) Vãos de iluminação e ventilação: 1/15 (um quinze avos da área do compartimento).
XII.Vestiários de uso coletivo:
a) Área: 3,00m² (três metros quadrado), e/ou 1,00m² por pessoa em uso;
b) Altura: 2,60m (dois metros e sessenta centímetros);
c) Largura dos vãos de acesso: 90,00cm (noventa centímetros);
d) Vãos de iluminação e ventilação: 1/8 (um oitavo da área do compartimento);
XIII. Casas de máquinas, canis, bombas e similares:
a) Área: 1,50m² (um metro quadrado e meio) por equipamento ou animal;
b) Altura: 1,50m (um metro e meio), exceto casa de máquinas, com 2,00m(dois metros);
c) Largura dos vãos de acesso: 80,00cm (oitenta centímetros);
d) Vãos de iluminação e ventilação: 1/15 (um quinze avos da área do compartimento).
XIV. Local de despejo de resíduos domésticos:
20
a) Área: 50,00cm² (cinquenta centímetros quadrados), por pessoa a ser atendida;
b) Altura: 2,50m (dois metros e meio);
c) Largura dos vãos de acesso: 80,00cm (oitenta centímetros);
d) Vãos de iluminação e ventilação: 1/8 (um oitavo da área do compartimento).
§4º. Os limites mínimos estabelecidos no §3º somente poderão ser reduzidos quando os
projetos forem fornecidos e/ou executados pela Prefeitura de Iguaba Grande.
Art. 95. As cozinhas não poderão ter comunicação direta com dormitórios e/ou banheiros.
Art. 96. Os compartimentos sanitários que contiverem apenas um vaso sanitário e um
lavatório poderão ter uma área útil mínima de 1,50m² (um metro quadrado e meio) com uma largura
mínima de 90,00cm (noventa centímetros).
Art. 97. As dimensões estabelecidas como altura de um compartimento deverão ser mantidas
acima do limite mínimo em toda a sua área, não sendo admitidos rebaixos ou saliências no teto que
possam alterar essa dimensão para menos que o limite mínimo 2,60m (dois metros e sessenta
centímetros).
Art. 98. Será permitida a edificação de jirau ou mezanino nas lojas, desde que não ocupe
área superior a 50% (cinquenta por cento) da área da loja, reduzindo neste caso a altura da loja para
2,60m (dois metros e sessenta centímetros) e a altura mínima do jirau 2,40m (dois metros e quarenta
centímetros).
Art. 99. Os prismas de iluminação e ventilação e os prismas apenas de ventilação terão suas
faces verticais definidas:
I. Pelas paredes externas de edificação;
II. Pelas paredes externas da edificação e divisa, ou divisas do lote;
III. Pelas paredes externas e de divisas do lote e linha de afastamento, quando existir;
IV. Pelas paredes da edificação e linha de afastamento, quando existir.
Art. 100. As seções horizontais mínimas dos prismas a que se refere esta lei serão
proporcionais à altura da edificação, conforme segue:
I. Até 2(dois) pavimentos: Ventilação e Iluminação 1,50m x 3,00m ou ventilação 1,50m x
2,00m;
II. Até 3(três) pavimentos: Ventilação e Iluminação 3,00m x 3,00m ou ventilação 2,00m x
2,00m;
III. Até 4(três) pavimentos: Ventilação e Iluminação 3,20m x 3,20m ou ventilação 2,00m x
2,00m;
IV. Até 5(cinco) pavimentos: Ventilação e Iluminação 3,80m x 3,80m ou ventilação 2,00m
x 2,00m.
Art. 101. As dimensões estabelecidas no artigo anterior são válidas para compartimentos de
até 3,00m (três metros) de altura, para cada metro ou fração de acréscimo na altura do compartimento,
as dimensões mínimas estabelecidas serão aumentadas de 10% (dez por cento).
§1º. No caso de compartimentos destinados a reuniões ou eventos, estes deverão prever
equipamentos mecânicos de renovação de ar, independentemente de sua lotação máxima e nas
unidades destinadas ao comércio, negócios e atividades profissionais, os dutos dos compartimentos
serão horizontais não podendo ter comprimento superior a 30,00m (trinta metros).
21
§2º. Nenhum vão será considerado como iluminado e ventilado se os pontos dos
compartimentos dele distem mais de duas vezes e meia o valor da altura desses compartimentos,
quaisquer que sejam as características dos prismas de iluminação e ventilação ou somente ventilação.
§3º. Quando a iluminação do compartimento se verificar por uma só de suas faces, não
deverá existir em situação frontal a esta face qualquer anteparo ou parede que tenha largura maior
que a metade do vão.

CAPÍTULO XI
DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, HIDRÁULICAS E HIDROSSANITÁRIAS
Art. 102. Todas as instalações elétricas, telefônicas e de águas a serem executadas, deverão
obedecer às normas e especificações estabelecidas pelas concessionárias de água, luz e telefonia,
independentemente do tipo de edificação.
Art. 103. As instalações hidrossanitárias deverão ser aprovadas pela Prefeitura de Iguaba
Grande, através de sua Secretaria de Meio Ambiente, respeitadas as normas vigentes e as
características da localização do empreendimento.
Art. 104. Aos imóveis localizados em logradouros públicos atendidos pelo sistema de tempo
seco, será permitida a ligação do extravasor do sumidouro na rede de drenagem de águas pluviais, até
que seja implantada a rede separativa de esgotamento sanitário, mediante prévia análise da Secretaria
de Meio Ambiente.
§1º. Os imóveis de que trata o caput deste artigo deverão, obrigatoriamente, possuir sistema
de fossa, filtro e sumidouro, ou outro tecnologicamente mais eficiente, desde que aprovado pela
ABNT, compatível com o empreendimento, antes de obter a autorização para ligação na rede de
drenagem pluvial.
§2º. Só será concedido o Habite-se quando instalado o equipamento para o tratamento de
efluentes conforme normas da ABNT.
§3º. As águas inservíveis, objeto do esgoto secundário, deverão ser encaminhadas
diretamente ao sumidouro, bem como as águas servíveis oriundas de pia de cozinha passarão por
caixas de gordura e após canalizadas, ligadas diretamente ao sumidouro.
§4º. A fossa séptica e o filtro devem ser inspecionados e limpos no mínimo anualmente e os
seus respectivos resíduos devem ser destinados para local adequado, preferencialmente por empresa
especializada.
§5º. As fossas, filtros e sumidouros deverão ficar a uma distância mínima de 15m (quinze
metros) de raio do poço de captação de água ou qualquer outro manancial quando houver nas
proximidades do imóvel.
Art. 105. Em qualquer edificação a capacidade mínima do sistema hidrossanitário deve ser
projetada considerando no mínimo 05 (cinco) ocupantes.
Art. 106. As águas inservíveis, depois de lançadas na fossa séptica, passarão pelo filtro
anaeróbico e posteriormente serão lançadas no sumidouro, todos dimensionados e construídos de
acordo com a NBR nº7229 e suas atualizações.
Art. 107. As águas provenientes de pias de cozinhas e copa deverão passar por uma ou mais
caixas de gordura antes de serem lançadas no sumidouro, que deverá estar locado a uma distância
mínima de 2,00m (dois metros) dos limites vizinhos.
22
Art. 108. Fica expressamente proibido efetuar esgotamento ou despejo de águas inservíveis
ou não, mesmo que oriundas de piscinas ou cisternas, diretamente nos logradouros públicos.
Art. 109. Uma vez implantado o sistema de saneamento básico, na forma de rede separativa
de esgotamento sanitário, será obrigatório a ligação dos ramais domiciliares à rede pública, de todos
os prédios situados nos logradouros atendidos por esta infraestrutura.
Art. 110. Em processo de aprovação de legalização de obras, onde os sistemas
hidrossanitários e/ou reservatórios de água potável já estejam concluídos e que não seja possível fazer
a devida vistoria, o proprietário e/ou responsável técnico deverá assinar Termo de Responsabilidade,
a ser emitido pela Secretaria de Meio Ambiente.

CAPÍTULO XII
QUITINETE E EDIFICAÇÕES DE OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA

Art. 111. Quitinetes são unidades residenciais unifamiliares, singulares, normalmente


servidas por vias privadas, constituídas em condomínio, com área útil de no mínimo 20m²(vinte
metros quadrados) e no máximo 40m²(quarenta metros quadrados).
§1º As quitinetes devem satisfazer as seguintes exigências mínimas:
I. Salas/Quarto (conjugado);
a) Área: 12,00m² (doze metros quadrados);
b) Largura: 2,50m (dois metros e meio);
c) Altura: 2,60m (dois metros e sessenta centímetros);
d) Largura dos vãos de acesso: 80,00cm (oitenta centímetros);
e) Vãos de iluminação e ventilação: 1/6 (um sexto da área do compartimento);
II. Cozinha:
a) Área: 2,00m² (dois metros quadrados);
b) Largura: 1,20m (um metro e vinte centímetros);
c) Altura: 2,60m (dois metros e sessenta centímetros);
d) Largura dos vãos de acesso: 70,00cm (setenta centímetros);
e) Vãos de iluminação e ventilação: 1/8 (um oitavo da área do compartimento);
III. Banheiro, lavado e/ou similares:
a) Área: 3,00m² (três metros quadrados);
b) Largura: 1,20m (um metro e vinte centímetros);
c) Altura: 2,60m (dois metros e sessenta centímetros);
d) Largura dos vãos de acesso: 60,00cm (sessenta centímetros);
e) Vãos de iluminação e ventilação: 1/8 (um oitavo da área do compartimento).
§2º. Respeitadas as dimensões mínimas descritas neste artigo, as quitinetes deverão possuir
no mínimo, um quarto, que poderá ser usado como sala, uma cozinha e um banheiro.
§3º. Quando não houver área de serviço individual, para cada 5(cinco) unidades autônomas,
o projeto deverá prever área de serviço comum com as medidas mínimas definidas para os banheiros,
conforme inciso III deste artigo.
§4º. Os condomínios residenciais compostos exclusivamente por quitinetes poderão ter no
máximo dois pavimentos, respeitada a taxa de ocupação e demais normas previstas nesta lei.
23
§5º. Quando atendidas por vias privadas, estas deverão possuir passeio com no mínimo
1,00m(um metro) de largura, e rolamento com no mínimo 4,00m(quatro metros).
§6º. Quando o condomínio de quitinetes for atendido por logradouro público, deverá
respeitar todas as normas pertinentes as demais obras, especialmente quanto aos recuos e
afastamentos estabelecidos em Lei.
§7º. Os “lofts” poderão ter área edificada de 20m² (vinte metros quadrados) até
50m²(cinquenta metros quadrados).
Art. 112. São considerados projetos de edificações de permanência temporária, os
destinados à implantação de hotéis, motéis, pousadas, albergues e apart-hotéis, ou similares, os quais
devem possuir no mínimo os seguintes compartimentos:
I. Hall de recepção, com serviços de atendimento e comunicações;
II. Sala de estar e/ou espera;
III. Copa e/ou cozinha;
IV. Compartimento para administração;
V. Compartimento para Rouparia e/ou guarda de utensílios de limpeza;
VI. Compartimento para guarda de bagagens dos hóspedes;
VII. Área para Refeições, exceto para motéis; e
VII. Dormitórios.
Art. 113. Os compartimentos das edificações de permanência temporária, previstos no artigo
anterior, deverão possuir no mínimo as medidas mínimas previstas nesta Lei, e ainda as seguintes
definições:
I. Os dormitórios para dois leitos deverão ter área mínima de 12,00 m² (doze metros
quadrados), com largura mínima de 2,50m (dois metros e meio);
II. Todos os quartos deverão ser servidos de banheiros privativos;
III. Área de entrada, instalações sanitárias e acomodações, destinadas exclusivamente para
os funcionários e demais serviços de apoio.

CAPÍTULO XIII
DAS EDIFICAÇÕES NÃO RESIDENCIAIS

Art. 114. Os projetos de edificações não residenciais referem-se à futura instalação dos
seguintes serviços e/ou atividades:
I. Estabelecimento de permanência temporária;
II. Estabelecimentos industrial, comercial e/ou empresarial;
III. Estabelecimento para negócio e/ou atividades profissionais;
IV. Prédios públicos destinados à administração, saúde, educação entre outros;
V. Centros de convenções, reuniões, eventos e similares;
VI. Demais empreendimentos de uso especial.
Art. 115. O nível do ruído aceitável para as diversas atividades deve permitir o mínimo de
conforto à maioria dos ocupantes de um determinado ambiente.
Parágrafo Único. Os valores máximos de somem decibéis deverão obedecer às normas
24
definidas na NBR nº95/68, bem como à Lei Estadual nº126/1977, Resolução SSP nº071/1995, ao
Decreto Lei nº3.688/1941 ou às normas que vierem a lhes substituir.
Art. 116. Todas as unidades não residenciais deverão ter instalação sanitária privativa
proporcional às suas dimensões e/ou ao público para o qual se destina o atendimento.
Art. 117. Os projetos para edificações destinadas ao uso industrial deverão possuir parecer
prévio favorável dos órgãos competentes, especialmente dos relacionados aos impactos ambientais,
de possível destinação especial dos efluentes, objeto de qualquer processo industrial, principalmente
quando se tratar de substâncias tóxicas, venenosas, explosivas ou inflamáveis.
Art. 118. Não será permitida a ligação do esgotamento sanitário de qualquer procedência
e/ou despejos industriais, nos dutos coletores de águas pluviais, salvo quando precedidos de
tratamento próprio autorizado e certificado pelo órgão ambiental competente.
Art. 119. Os resíduos industriais deverão ser transportados pelas próprias indústrias ou
empresas especializadas, ambas devidamente legalizadas, e destinados conforme legislação
pertinente.
Art. 120. É vedada a construção de unidades habitacionais nos lotes industriais, salvo as
destinadas aos funcionários que, por imperativo da própria indústria, devem residir nas proximidades,
apresentando para tal memorial justificativo detalhado que será submetido aos Órgãos da Prefeitura
para a devida avaliação.
Art. 121. Os reservatórios de água para edificação industrial deverão ser dimensionados para
conter, no mínimo, o volume de água correspondente a dois dias de consumo.
Art. 122. As edificações para uso industrial podem ser dotadas de guarita para portaria junto
ao acesso principal, desde que possuam área mínima de 6,00m² (seis metros quadrados).
Art. 123. São considerados empreendimentos destinados à grande concentração de público,
os projetos de obras e edificação destinados para os seguintes casos:
I. Estádios, centros desportivos e similares;
II. Auditórios, salões de convenção e salões de exposição;
III. Templos religiosos de qualquer natureza, como Igrejas e similares;
IV. Cinemas, Teatros, Salões de Eventos e similares;
VI. Parques de diversões, Circos e similares.
Art. 124. Os projetos de obras e edificações descritos no artigo anterior deverão seguir as
exigências pertinentes às respectivas atividades, demais normas atinentes à matéria e ao Decreto
Nº042/2018-CBMERJ ou norma que venha a substituí-lo.
Art. 125. Nos projetos de obras e edificações para empreendimentos para grande
aglomeração de pessoas, as circulações de acesso em seus diferentes níveis obedecerão à disposição
constante nesta Lei, independentemente dos respectivos níveis, salvo quando houver maiores
restrições designadas por outros órgãos de controle e/ou fiscalização, além das seguintes definições:
I. Quando a saída ou escoamento de galerias forem direcionados diretamente para
logradouros públicos, a largura mínima deve ser de 2,50m (dois metros e meio) até o alinhamento do
logradouro ou igual a soma das larguras dos vãos das portas que para elas se abrem;
II. Se a galeria a que se refere o inciso anterior tiver comprimento superior a 20,00m(vinte

25
metros), sua largura será aumentada em 10% (dez por cento) para cada 10,00m(dez metros) ou fração
de excesso;
III. Quando o escoamento da lotação se fizer através de galerias de lojas comerciais, as
larguras previstas não poderão ser inferiores ao dobro da largura mínima estabelecida nesta Lei para
aquele tipo de galeria;
IV. As folhas das portas de saída destes projetos deverão abrir de dentro para fora do
ambiente na direção das respectivas galerias, mas nunca diretamente sobre o passeio dos logradouros
públicos ou privados;
V. Além do afastamento frontal previsto para o respectivo logradouro, quando houver a
previsão de bilheterias, estas deverão ter afastamento de mínimo 20% (vinte por cento) além do recuo
padrão;
Art. 126. Aos projetos de obras e edificações para empreendimentos destinados à
apresentação de filmes, espetáculos, eventos desportivos e similares, deverá ser assegurada uma
perfeita visibilidade para todos os assentos, além das seguintes diretrizes:
I. Cada fila de assentos, ou série, pode possuir no máximo 15(quinze) assentos, contínuos;
II. Entre cada série, o espaçamento mínimo é de 1,20m (um metro e vinte centímetros);
III. Além das áreas de circulação, devem prever uma área de espera, com no mínimo
1,00m²(um metro quadrado) para cada assento projetado;
IV. Instalações sanitárias para o público em cada nível e/ou setor, independentes daquelas
destinadas aos empregados, bem como instalações apropriadas aos portadores de necessidades
especiais.
Art. 127. Para o estabelecimento das relações e dimensões de área comuns, circulação,
instalações sanitárias e áreas de espera, será sempre considerada a lotação completa prevista para o
empreendimento, além das seguintes exigências, além das já previstas nesta Lei:
I. As entradas e saídas em rampas de acesso terão sua largura mínima proporcional a 1,50m
(um metro e meio) para cada 1000(mil) espectadores, nunca inferior a 2,50m (dois metros e meio);
II. Para cálculo da capacidade das arquibancadas, assentos ou série de assentos, serão
admitidas para cada 1,00m² (um metro quadrado), 02(dois) assentos;
III. Tomando como base os incisos anteriores, deverão ser projetadas as instalações
sanitárias calculadas segundo ocupação máxima projetada, na ordem de 45%(quarenta e cinco por
cento) para o sexo feminino e masculino, e 10%(dez por cento) para instalações sanitárias destinadas
aos portadores de necessidades especiais, as quais poderão ser compartilhadas por gêneros distintos.
Art. 128. Quanto às diretrizes de segurança, além daquelas definidas pelo Corpo de
Bombeiros e/ou demais órgão de controle e fiscalização, os projetos de obras e edificação para os
empreendimentos de grande concentração de pessoas, deverão:
I. Ter no mínimo 2(duas) portas de saída, nunca com largura inferior a 2,00m(dois metros);
II. A largura mínima total de todas as portas de saída deve ser no mínimo proporcional a
1,00m (um metro) para cada 100(cem) assentos e/ou espectadores;
III. O dimensionamento das portas de saída deve ser feito independentemente do utilizado
para as portas de entrada;
IV. As portas de saída, de emergência ou não, deverão obrigatoriamente possuir
identificação luminosa, não apenas no seu acesso, mas também na orientação do caminho até ele;
V. O “guarda-corpo” das áreas elevadas deve ter altura mínima de 75,00cm (setenta e cinco
26
centímetros).
Art. 129. Os projetos de que trata o artigo anterior, quando possuírem capacidade de público
superior a 300(trezentas) pessoas, deverão incluir sistema para renovação do ar ambiente.
Art. 130. Os projetos de obra e edificação destinados, em todo ou em parte, à fabricação
e/ou manufatura de gêneros alimentícios, deverão atender a todas as normas exigidas pela Secretaria
Estadual de Saúde, além de outras disposições desta Lei que lhes forem aplicáveis.
Parágrafo Único. Em se tratando de edificações destinadas a açougues, peixarias,
abatedouros e/ou similares, deverão ainda atender aos seguintes critérios:
I. As paredes deverão ser revestidas de material liso, impermeável e lavável até a altura de
no mínimo 2,00m (dois metros);
II. Os pisos deverão ser revestidos com material liso, impermeável e lavável, não sendo
permitido o piso com acabamento cimentado liso ou áspero;
III. Os depósitos de lixo e materiais, independentemente de suas dimensões, deverão ser
revestidos respectivamente de azulejos e ladrilhos ou de material similar adequado, com revestimento
das paredes até a altura de 2,00m (dois metros).
Art. 131. Os projetos de obras e edificações destinadas a estabelecimentos hospitalares,
laboratórios de análise e/ou similares, obedecerão às condições estabelecidas pelos órgãos de controle
e fiscalização pertinentes, além das disposições contidas nesta Lei e nas normas Federais e Estaduais
Pertinentes.
Art. 132. Os projetos de obras e edificações destinadas a estabelecimentos escolares
obedecerão às normas estabelecidas pelos órgãos de controle e fiscalização pertinentes, além das
disposições desta Lei que lhes forem aplicáveis.

CAPÍTULO XIV
DAS EDIFICAÇÕES PARA USO ESPECIAL

Art. 133. Os projetos de obras e instalação para estabelecimentos de uso especial, além das
condições gerais previstas nesta lei, deverão atender às normas aplicáveis pela União, Estado e/ou
demais órgãos de controle, sendo estes destinados ao:
I. Depósito de explosivos, munições e similares;
II. Depósito e/ou manufatura de produtos inflamáveis;
III. Depósito e/ou manufatura de produtos considerados radioativos, ou similares;
III. Depósito de veículos automotores e os postos de abastecimento dos mesmos.
Art. 134. As edificações para depósitos de explosivos, munições e similares, deverão seguir
às normas estabelecidas em regulamentação própria do Ministério do Exército, e demais normas
editadas pela União, Estado ou demais órgãos competentes.
Art. 135. Além de outras disposições desta Lei que lhes forem aplicáveis, os projetos de
obras e edificação de empreendimentos para uso especial deverão obedecer às seguintes diretrizes:
I. Apresentação de laudo do Corpo de Bombeiros, e demais órgãos de controle e/ou
fiscalização;
27
II. Na planta de localização deverá constar a edificação, a implantação dos equipamentos e
a posição dos depósitos dos produtos inflamáveis e/ou explosivos;
III. Especificação da instalação, mencionando o tipo de inflamável, natureza e capacidade
dos depósitos, dispositivos de proteção contra incêndio, aparelhos de sinalização, assim como todo
aparelhamento empregado na instalação.
Art. 136. Até a edição da Lei de Uso e Ocupação do Solo, que definirá o zoneamento
municipal, os empreendimentos para uso especial, salvo nos casos de postos de abastecimento de
veículos automotores, devem preferencialmente ser instalados na Macrozona de Expansão Urbana
e/ou Rural, sempre a uma distância mínima de 50m(cinquenta metros) de qualquer outra edificação,
residencial ou não.
§1º. Os projetos para instalação de postos de abastecimento de veículos automotores deverão
ter distância mínima de 100m (cem metros) de hospitais, escolas, templos religiosos e qualquer outro
empreendimento destinado a concentração de pessoas.
§2º. As edificações instaladas para tais finalidades, antes da publicação desta Lei, que não
atendam às respectivas exigências mínimas, terão o prazo de 180(cento e oitenta dias) para promover
as devidas adequações, isentas de qualquer tributação, desde que efetivadas dentro do respectivo
prazo.
§3º. Para qualquer empreendimento de uso especial, salvo nos casos de postos de
abastecimento de veículos automotores, será obrigatória o cercamento do imóvel por muros de
alvenaria, com altura mínima de 2,50m (dois metros e meio), preferencialmente, com espaço interno
para carga e descarga das respectivas mercadorias.
§4º. Os empreendimentos previstos neste artigo deverão possuir sistema de aterramento,
para-raios, e todas as demais medidas de proteção dos respectivos sistemas elétricos, sempre
primando a máxima proteção das respectivas instalações.
Art. 137. Nos projetos de obras e edificações para postos de abastecimento de veículos
automotores, além das normas que lhes forem aplicáveis por esta Lei, serão observadas as
concernentes à Agência Nacional de Petróleo - ANP, e demais normas aplicáveis a atividade, sejam
da União, Estado e/ou Municipal.
Art. 138. A limpeza, lavagem e a lubrificação de veículos devem ser realizadas de modo a
impedir que a poeira e as águas sejam levadas para o logradouro ou neste se acumule. A água utilizada
será conduzida para caixas, separando-as do equipamento de tratamento de efluentes, dentro dos
padrões estabelecidos pela PMIG, antes de serem lançadas na rede coletora geral.
Art. 139. A autorização, com prazo preestabelecido, para construção de postos de
abastecimento de combustível poderá ser concedida pela Secretaria de Obras, desde que estudadas as
características peculiares a cada caso e observadas as seguintes condições:
I. Para terrenos de esquina, a testada mínima deve ser de 16,00m (dezesseis metros);
II. Para terrenos de meio de quadra, a testada mínima deve ser de 25,00m (vinte e cinco
metros).
Art. 140. O rebaixamento dos meios-fios para o acesso aos postos só poderá ser feito
obedecidas às seguintes condições:
I. Em postos de meio de quadra, o rebaixamento será feito em dois trechos de, no máximo
8,00m (oito metros) cada, a partir das divisas laterais do terreno;
28
II. Em postos situados nas esquinas poderá haver mais de um trecho de 8,00m (oito metros)
de meio-fio rebaixado, desde que a uma distância de 5,00m (cinco metros) um do outro, não podendo
haver trecho com meio-fio no local correspondente à curva de concordância de duas ruas.

CAPÍTULO XIV
DAS EDIFICAÇÕES MISTAS E ESTACIONAMENTOS

Art. 141. As edificações mistas são aquelas que desenvolvem atividades relativas a dois ou
mais usos diversos, inclusive uso residencial, nestes casos devendo seguir as seguintes condições:
I. No compartimento de acesso ao nível de cada piso, os saguões, halls ou circulações
horizontais e verticais relativas a cada uso, serão obrigatoriamente independentes entre si;
II. Os pavimentos destinados ao uso comercial serão agrupados continuamente, não se
admitindo a dispersão pela edificação;
III. Qualquer que seja o tipo de cobertura do último pavimento, deverá também obedecer ao
recuo frontal determinado neste Código;
IV. É facultada a ocupação do térreo com estacionamento, desde que não ocupe a faixa de
recuo do alinhamento determinado no respectivo perfil viário, nunca inferior a 3,00m, em sendo
ocupado tal recuo, este será considerado como temporário e precário;
V. As edificações mistas deverão ser analisadas previamente pela Secretaria de Obras
segundo legislação específica Municipal, Estadual e Federal, para fins de sua localização e
funcionamento, visando garantir a convivência entre as atividades diversificadas sem provocar
comprometimento da circulação tanto interna quanto externa;
VI. A disposição das vagas de estacionamento deverá, além de atender as normas vigentes,
estar disposta nos moldes do Modelo padrão Anexo a esta Lei. (Anexo 3).
Art. 142. Os locais para estacionamento ou guarda de veículos podem ser cobertos ou
descobertos, podendo se destinar, em ambos os casos, à utilização para fins privativos ou comerciais,
com número mínimo de vagas calculadas de acordo com as normas estabelecidas na Lei de
Zoneamento.
Art. 143. Nos casos de acréscimo em edificações existentes, a obrigatoriedade da reserva de
estacionamento ou guarda de veículos só incidirá sobre as áreas ou unidades acrescidas. Em todos os
casos, tanto as novas vagas quanto as anteriores devem ser claramente vinculadas às respectivas
unidades, residenciais e/ou comerciais a que pertencerem.
Art. 144. As plantas baixas das áreas destinadas aos estacionamentos deverão indicar os
elementos construtivos como colunas, paredes, e similares, que possam impedir ou prejudicar o
estacionamento ou a circulação dos veículos.
Art. 145. Excluídas as áreas destinadas à recreação e à circulação horizontal de veículos e
pedestres, situadas no nível do pavimento de acesso, as demais áreas livres poderão ser consideradas
no cômputo geral para fins de cálculo das áreas de estacionamento.
Art. 146. Os locais destinados à estacionamento ou guarda de veículos, deverão atender às
seguintes exigências:

29
I. Quando os pisos forem impermeáveis, deverão possuir sistema que permita um perfeito
escoamento de águas superficiais;
II. As paredes que os delimitarem devem ser compostas de materiais não combustíveis, e os
locais de lavagem de veículos deverão ser revestidos com material impermeável;
III. A passagem de pedestres, de exigência obrigatória, terá largura mínima de 1,20m (um
metro e vinte centímetros) e será separada das passagens destinadas aos veículos;
IV. O material para suporte da cobertura, quando houver, deverá ser de material não
combustível;
V. A altura mínima para áreas cobertas destinada ao estacionamento, deverá ser de 2,40m
(dois metros e quarenta centímetros) e a área de ventilação e iluminação equivalente no mínimo a
1/8(um oitavo) da área total;
VI. A renovação do ar ambiental deverá ser garantida por meio de dispositivos mecânicos
com seção equivalente a 1/6(um sexto) da área do piso, quando não houver possibilidade de
ventilação direta;
VII. A área de entrada poderá ser computada como área de ventilação, desde que corresponda
à área mínima de ventilação prevista, e seja equipada com venezianas;
VIII. A área mínima para cada vaga de estacionamento deve ter no mínimo 12,00m² (doze
metros quadrados), largura 2,40m (dois metros e quarenta centímetros) não computada a área de
manobras;
IX. As rampas, quando houver, deverão obedecer às seguintes condições:
a) Quando forem retas devem ter largura mínima de 2,50m (dois metros e meio), quando em
curva, o raio não poderá inferior a 6,00m (seis metros);
b) Ter inclinação máxima de 20% (vinte por cento), ressalvado o caso de acesso apenas a
um pavimento, com desnível máximo de 2,50m (dois metros e meio), em desníveis inferiores,
poderão ser apresentados projetos com inclinação proporcionais.

CAPÍTULO XV
DA FISCALIZAÇÃO E OBRAS IRREGULARES

Art. 147. A fiscalização da obra, licenciada ou não, será exercida pela Secretaria de Obras
durante toda a sua execução até a expedição do respectivo habite-se, onde serão observados, sem
prejuízo de outros que se façam necessários, os seguintes procedimentos:
I. Alinhamento relativo ao logradouro público determinado para a edificação;
II. Compatibilidade da obra em execução com o projeto de aprovação;
III. Notificar, interditar, embargar, multar e apreender materiais de construção das obras
irregulares, aplicando as penalidades previstas para cada caso;
IV. Realizar vistoria em todas as fases das obras, especialmente antes da expedição de
habite-se.
Art. 148. Qualquer obra, em qualquer fase, sem a respectiva licença, será imediatamente
notificada e paralisada, podendo ser submetida ao embargo, interdição, multa e demolição.
Art. 149. A fiscalização, no âmbito de sua competência, expedirá notificações para
cumprimento das disposições desta Lei, endereçadas ao proprietário da obra e/ou responsável técnico,

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para cada ato fiscalizatório, salientando os seguintes pontos:
I. As notificações contendo as exigências a serem cumpridas, como alteração do projeto
aprovado, falhas na identificação das respectivas placas e outros descumprimentos da presente Lei,
com prazo mínimo de 05(cinco) dias e no máximo 15(quinze) dias;
II. O não cumprimento da notificação no prazo nela descrito, ensejará abertura de um Termo
Inicial de Autuação Fiscal – TIAF, com prazo mínimo de 15(quinze) dias e prazo máximo de
30(trinta) dias;
III. Esgotado o prazo fixado na TIAF, sem que a mesma seja atendida, lavrar-se-á o Auto de
Infração e Multa - AIM, lançado com prazo de atendimento de 30(trinta) dias. Todavia, impetrado e
aceito recurso no respectivo prazo, poderá ser cancelada a multa prevista no AIM;
Art. 150. A obra em andamento, seja ela de reparo, reconstrução, reforma, demolição ou
construção, será embargada, sem prejuízos de multas e outras penalidades, quando:
I. Estiver sendo executada sem a licença ou alvará da Prefeitura de Iguaba Grande, nos casos
em que o mesmo for necessário, nos ditames desta Lei;
II. Estiver sendo executada em desconformidade com o projeto previamente aprovado;
III. Quando o proprietário e/ou responsável pela obra recusar-se a atender qualquer
notificação da Prefeitura de Iguaba Grande referente às disposições desta Lei;
IV. Não forem observados os alinhamentos, recuos e/ou cota da soleira;
V. For iniciada sem a placa de identificação ou em desconformidade com esta Lei;
VI. Quando sua execução oferecer perigo ao público ou para os operários que a executam.
Art. 151. Emitido o respectivo Termo Inicial de Autuação Fiscal – TIAF,
independentemente das infrações apontadas, a obra deve permanecer paralisada até que sejam
atendidas as respectivas exigências.
Parágrafo Único. A paralisação de qualquer obra, em face da imputação do respectivo TIAF,
deverá ocorrer de forma voluntária. O não atendimento das exigências nele contidas ensejará embargo
da obra extrajudicial junto ao Auto de Infração e Multa.
Art. 152. A paralisação voluntária ensejada pelo TIAF, e/ou o embargo da Obra apontado
no AIM, poderá ser total ou parcial, sendo parcial, o respectivo embargo deverá especificar as áreas
afetadas.
§1º. A interdição prevista neste artigo será imposta por escrito, após vistoria efetuada por
técnicos da Prefeitura de Iguaba Grande, com os vistos do Diretor e/ou Secretário da Secretaria de
Obras;
§2º. Até cessarem os motivos da interdição, será proibida a ocupação permanente ou
provisória, sob qualquer título, da edificação, podendo as obras ficarem sob a vigilância do poder de
polícia;
§3º. Não atendida a interdição e não interposto e/ou indeferido o respectivo recurso, iniciar-
se-á a competente ação judicial e demolição das obras realizadas sem licença, ou realizadas em
desacordo com a licença emitida.
Art. 153. A pena de multa será aplicada nos casos previstos neste Código e dentro dos limites
quantitativos previstos no Código Tributário do Município e demais legislações pertinentes.
Art. 154. Verificada a infração punível com multa, não sendo atendido o TIAF, a
fiscalização lavrará o auto de infração e multa – AIM, em três vias, que será apresentado ao infrator
31
para assinatura, juntamente com o fiscal atuante.
Parágrafo Único. Estando o infrator ausente no momento ou recusando-se a assinar o auto
lavrado, será o fato registrado por duas testemunhas, que o assinarão, reputando-se legalmente
perfeito o documento para os efeitos a que se destina.
Art. 155. O Auto de Infração e Multa a ser lavrado deverá conter no mínimo:
I. Nome e qualificação do infrator;
II. Anotação do dia, hora e local em que se verificar a infração;
III. Individualização da falta cometida;
IV. Nome e qualificação das testemunhas, quando for o caso; e
V. Especificação do prazo de defesa.
Art. 156. Nenhum recurso ou apelação apresentados contra uma Notificação, Termo Inicial
de Autuação Fiscal – TIAF ou Auto de Infração e Multa – AIM terão efeito suspensivo, produzindo
seus efeitos somente após cumprida a exigência que lhe deram origem, ou quando deferidos ou
indeferidos em última instância.
§1º. São consideradas instâncias administrativas para direcionamento e apreciação dos
recursos de que tratam este artigo:
I. Primeira: Diretor do Departamento ou Setor ao qual o fiscal responsável pela ação esteja
subordinado;
II. Segunda: Secretário e/ou Ordenador de Despesa responsável pelo cumprimento da norma
que tenha sido descumprida;
III. Terceira: O Chefe do Executivo, após parecer da Procuradoria Geral do Município, sendo
a última instância administrativa a ser ouvida quando as demais instâncias tenham, justificadamente,
indeferido os respectivos recursos.
§2º. Mantida a decisão por parte do Chefe do Executivo, após análise da Procuradoria do
Município, e não havendo concordância por parte do infrator, este poderá recorrer à esfera judicial,
sendo mantidas todas as penalidades impostas até o transitado e julgado da respectiva ação.
§3º. Cada instância terá prazo máximo de 30(trinta) dias para análise do recurso, sendo
considerado acatado quando não recusado neste prazo.
§4º. A contagem dos prazos previstos neste artigo é interrompida durante fins de semana,
feriados e pontos facultativos, bem como, quando no aguardo de providências e/ou ciência por parte
do infrator, neste caso até o prazo máximo de 15(quinze) dias, quando o recurso será considerado
recusado.
§5º. O infrator recorrente a uma instância superior deve, no respectivo pedido de
reconsideração, além das razões iniciais, refutar as alegações e/ou razões que ensejaram o não
provimento na instância anterior, e juntar as provas que entender serem necessárias e suficientes.
Art. 157. Os recursos indeferidos por qualquer das instâncias, sem nova manifestação do
infrator à autoridade superior, para o qual haja previsão de multa, esta será lançada após o decurso do
prazo recursal.
Parágrafo Único. Caso o recurso venha a ser provido por uma instância superior, tendo sido
recolhida a multa, restituir-se-á ao recorrente o valor pago.
Art. 158. As multas a serem aplicadas por infrações decorrentes da presente Lei serão
32
classificadas e dimensionadas segundo seu grau de abrangência, impacto urbano, custos de reparação
e/ou reincidência ou persistência, conforme segue:
§1º. Infração Leve: por descumprimento, total ou parcial, de dispositivo, notificação ou
Termo Inicial de Autuação Fiscal, que não haja execução de obras ou edificações, ou que essas
possuam área inferior à 5m²(cinco metros quadrados);
I. Constatada a Infração: 20(vinte) UFIR´s, expedida por meio do Auto de Infração e Multa
- AIM, com prazo recursal de 5(cinco) dias;
II. Na Reincidência ou Persistência da Infração: 40(quarenta) UFIR´s, expedida por meio do
Auto de Infração e Multa - AIM, com prazo recursal de 10(dez) dias;
§2º. Infração Grave: Por descumprimento, total ou parcial, de dispositivo, notificação ou
Termo Inicial de Autuação Fiscal, abrangendo obras ou edificações, com área entre 5m²(cinco metros
quadrados) e 15m²(quinze metros quadrados);
I. Constatada a Infração: 45(quarenta e cinco) UFIR´s, expedida por meio do Auto de
Infração e Multa - AIM, com prazo recursal de 10(dez) dias;
II. Na Reincidência ou Persistência da Infração: 90(noventa) UFIR´s, expedida por meio do
Auto de Infração e Multa - AIM, com prazo recursal de 15(quinze) dias;
§3º. Infração Muito Grave: Por descumprimento, total ou parcial, de dispositivo, notificação
ou Termo Inicial de Autuação Fiscal, abrangendo obras ou edificações, com área entre 15m²(quinze
metros quadrados) e 30m²(trinta metros quadrados);
I. Constatada a Infração: 100(cem) UFIR´s, expedida por meio do Auto de Infração e Multa
- AIM, com prazo recursal de 15(quinze) dias;
II. Na Reincidência ou Persistência da Infração: 150(cento e cinquenta) UFIR´s, expedida
por meio do Auto de Infração e Multa - AIM, com prazo recursal de 20(vinte) dias;
§4º. Infração Gravíssima: Por descumprimento, total ou parcial, de dispositivo, notificação
ou Termo Inicial de Autuação Fiscal, abrangendo obras ou edificações, com área superior a
30m²(trinta metros quadrados);
I. Constatada a Infração: 200(duzentas) UFIR´s, expedida por meio do Auto de Infração e
Multa - AIM, com prazo recursal de 25(vinte e cinco) dias;
II. Na Reincidência ou Persistência da Infração: 300(trezentas) UFIR´s, expedida por meio
do Auto de Infração e Multa - AIM, com prazo recursal de 30(trinta) dias;
Art. 159. Além das classificações anteriores são consideradas inaceitáveis as seguintes
infrações:
§1º. Obra ou edificação concluída, habitada ou não, colocada à venda ou não, sem licença
de obra e/ou projeto aprovado, com área entre 30m²(trinta metros quadrados) e 100m²(cem metros
quadrados);
I. Constatada a Infração: 300(trezentas) UFIR´s, expedida por meio do Auto de Infração e
Multa - AIM, com prazo recursal de 30(trinta) dias;
II. Na Reincidência ou Persistência da Infração: 500(quinhentas) UFIR´s, expedida por meio
do Auto de Infração e Multa - AIM, com prazo recursal de 40(quarenta) dias;
§2º. Obra ou edificação concluída, habitada ou não, colocada à venda ou não, sem licença
de obra e/ou projeto aprovado, com área entre 100m²(cem metros quadrados) e 300m²(trezentos
metros quadrados);
I. Constatada a Infração: 600(seiscentas) UFIR´s, expedida por meio do Auto de Infração e
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Multa - AIM, com prazo recursal de 50(cinquenta) dias;
II. Na Reincidência ou Persistência da Infração: 800(oitocentas) UFIR´s, expedida por meio
do Auto de Infração e Multa - AIM, com prazo recursal de 60(sessenta) dias;
§3º. Obra ou edificação concluída, habitada ou não, colocada à venda ou não, sem licença
de obra e/ou projeto aprovado, com área superior a 300m²(trezentos metros quadrados);
I. Constatada a Infração: 1000(mil) UFIR´s, expedida por meio do Auto de Infração e Multa
- AIM, com prazo recursal de 60(sessenta) dias;
II. Na Reincidência ou Persistência da Infração: 1200(mil e duzentas) UFIR´s, expedida por
meio do Auto de Infração e Multa - AIM, com prazo recursal de 80(oitenta) dias.
Art. 160. Será considerado persistente, para fins de aplicação dos artigos anteriores, o
infrator que, decorrido o dobro do prazo previsto no Auto de Infração e Multa – AIM, que imputou a
penalidade, não tiver cumprido a exigência que deu causa ao respectivo lançamento.
Parágrafo Único. Nos casos de persistência, se no ato de expedição do Auto de Infração e
Multa – AIM, for apurada a execução de obras ou edificação que envolva agravamento do volume
edificado, a multa será aplicada considerando a nova classificação da penalidade.
Art. 161. Será considerada reincidência, a nova prática de infração do mesmo dispositivo
legal registrada anteriormente, cometida pela mesma pessoa física, jurídica ou entidade.
Art. 162. A aplicação das multas e demais penalidades descritas nos artigos anteriores, não
isenta os infratores ao pagamento dos tributos incidentes sobre a regularização dos respectivos
projetos.
Art. 163. Quando a aplicação cumulativa das penalidades, sem interposição de recurso ou
sem a manifestação de vontade, para adequação das normas por parte do infrator, resultar em custo
igual ou superior a 90% (noventa por cento) da obra ou edificação já executada, o Poder Executivo
determinará a expropriação do bem imóvel.
§1º. Constatado o atingimento do percentual previsto no caput deste artigo, o Poder
Executivo promoverá, por meio de processo administrativo próprio, a avaliação mercantil do imóvel,
e os custos relativos a adequação das obras executadas sem a devida licença.
§2º. Havendo interesse público na propriedade afetada, para fins de instalação de
equipamentos urbanos, se dará o devido processo de desapropriação, revestido nas normas afetas a
esta modalidade, inclusive com a devida e prévia indenização, após o abatimento dos impostos e
penalidades devidas.
§3º. Não havendo o interesse público em implantação de equipamento urbano na propriedade
afetada, o Poder Público poderá publicar edital de leilão em hasta pública, visando a obtenção de
oferta privada, que venha a cobrir os custos inerentes à devida indenização e adequação do respectivo
imóvel.

CAPÍTULO XVI
DOS PROCESSOS DE LEGALIZAÇÃO DE OBRAS

Art. 164. As obras e edificações executadas sem interposição de notificações, autuações, ou


quaisquer outras ações fiscais e/ou denúncias, habitadas ou não, comercializadas ou não, concluídas
em terrenos ocupados de forma mansa e pacífica até 31 de dezembro de 2016, receberão tratamento
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próprio e diferenciado para sua regularização.
§1º. Para obtenção do tratamento próprio e diferenciado de que trata o caput deste artigo,
são considerados como sujeitos passivos: os proprietários, responsáveis pelas obras, cessionário do
direito de uso, promissário comprador, possuidor ou a quem de alguma outra forma tiver o domínio
útil do respectivo imóvel.
§2º. Os sujeitos passivos descritos no parágrafo anterior que promoverem voluntariamente
a abertura de processo administrativo para regularização de obras ou edificações já construídas,
conforme caput deste artigo, estarão imunes às penalidades descritas no capítulo anterior.
Art. 165. A imunidade das penalidades prevista no artigo anterior só alcançará aqueles que
protocolarem o respectivo processo de legalização de obras até 31 de dezembro de 2023, caso
contrário, estarão submetidos, não apenas às respectivas penalidades como também à respectiva
tributação.
Art. 166. No tocante à tributação relativa aos processos de legalização de obras descritos no
artigo anterior que forem protocolados voluntariamente dentro do respectivo prazo, apesar da
imunidade das penalidades, perceberão tratamento tributário próprio.
§1º. Quando a legalização de obras e edificações for feita em imóveis com parte da
edificação legalizada, tributada e averbada, estas áreas serão desconsideradas para fins de aplicação
deste artigo.
§2º. Quando da legalização de obras e edificações, resultarem novas unidades autônomas,
residenciais ou não, acima do número permitido para o respectivo terreno, será considerado o total
das áreas edificadas de cada nova unidade autônoma.
§3º. Não estão sujeitas à legalização, obras e edificações que contrariem explicitamente as
normas ambientais aplicáveis ao imóvel atingido, considerando para tais efeitos as normas Federais,
Estaduais e/ou Municipais vigentes até a análise do projeto.
Art. 167. No processo de aprovação de projetos de legalização de obras e edificações, sendo
constatada a ausência ou desatualização de legislação municipal, que permita a melhor análise do
projeto, a Secretaria competente poderá utilizar-se de normas Estatuais/ou Federais, no tocante à
matéria pertinente, em todo ou em parte, primando sempre pela função social da propriedade.
Art. 168. A partir de 01 de janeiro de 2025, todas e quaisquer obras e edificações em
execução na data de publicação desta Lei, serão consideradas como sendo licenciadas, bem como as
obras concluídas serão consideradas aceitas, passíveis de obtenção do respectivo habite-se.
§1º. Sendo consideradas concluídas, passíveis de aceite de obra total, as obras e edificações
que no máximo restam a execução de acabamentos relacionados ao fechamento da unidade, ligação
de água, energia elétrica ou quaisquer outros requisitos não relacionados à estrutura básica do projeto
arquitetônico.
§2º. Serão consideradas habitáveis, as obras e edificações que garantam a plena e confortável
convivência permanente nas unidades munidas de toda a segurança, serviços e instalações que
permitam a habitabilidade plena no interior no imóvel edificado.
§3º. Para as obras concluídas, mesmo que não habitáveis, poderão ser emitidos aceite de
obras, visando a averbação das respectivas edificações junto ao Registro Geral de Imóveis.
Art. 169. Os projetos de legalização de obras e edificações, passíveis de regularização,
executados antes de 31 de dezembro de 2016, nos quais seja apurado o descumprimento dos limites
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edificantes, tais como taxa de ocupação, número de unidades autônomas por lote, gabarito e ou
quaisquer outras normas pertinentes, antes de sua aprovação deverão pagar a contrapartida financeira
proporcional à infringência apurada.
Parágrafo Único. Não haverá incidência de contrapartida financeira quando o proprietário
e/ou responsável pela obra promover a demolição da área excedente antes da aprovação do projeto
de legalização.

CAPÍTULO XVI
DA TRIBUTAÇÃO INCIDENTE SOBRE OBRAS E EDIFICAÇÕES

Art. 170. O artigo 234 da Lei Complementar nº012/1998 – Código Tributário Municipal,
seus incisos e parágrafos passam a vigorar com a seguinte redação:
(...)Artigo 234. A base de cálculo da taxa é determinada em função da natureza e da
dimensão da obra, independentemente do pagamento da taxa de expediente devida:
I. Aprovação de parcelamento de solo, Loteamentos, Condomínios e similares:
a) Projetos com menos de 10.000m² (dez mil metros quadrados): 10(vinte) UFIR por
unidade;
b) Projetos de 10.000m² até 50.000m²(cinquenta mil metros quadrados): 20(vinte) UFIR por
unidade;
c) Projetos acima de 50.000m² (cinquenta mil metros quadrados): 30(trinta) UFIR por
unidade.
II. Renovação de parcelamento de solo, Loteamentos, Condomínios e similares:
a) Projetos com menos de 10.000m² (dez mil metros quadrados): 5(cinco) UFIR por
unidade;
b) Projetos de 10.000m² até 50.000m² (cinquenta mil metros quadrados): 10(dez) UFIR por
unidade;
c) Projetos acima de 50.000m² (cinquenta mil metros quadrados): 15(quinze) UFIR por
unidade.
III. Aprovação de Desmembramentos e/ou Remembramentos:
a) Projetos com menos de 1.000m² (mil metros quadrados): 5(cinco) UFIR por unidade;
b) Projetos de 1.000m² até 5.000m² (cinco mil metros quadrados): 10(dez) UFIR por
unidade;
c) Projetos acima de 5.000m² (cinco mil metros quadrados): 20(vinte) UFIR por unidade.
IV. Licença Ambiental de parcelamento de solo, previstos nos incisos anteriores:
a) Projetos com menos de 10.000m² (dez mil metros quadrados): 2(duas) UFIR por unidade;
b) Projetos de 10.000m² até 50.000m² (cinquenta mil metros quadrados): 5(cinco) UFIR por
unidade;
c) Projetos acima de 50.000m² (cinquenta mil metros quadrados): 10(dez) UFIR por
unidade.
V. Aprovação de projeto de Obras e Edificações, obras não iniciadas:
a) Com até 100m² (cem metros quadrados): 2(duas) UFIR por metro quadrado;
36
b) Entre 100m² e 300m² (trezentos metros quadrados): 3(três) UFIR por metro quadrado;
c) Entre 300m² e 600m² (seiscentos metros quadrados): 4(quatro) UFIR por metro
quadrado;
d) Entre 600m² e 1.000m² (mil metros quadrados): 5(cinco) UFIR por metro quadrado;
e) Acima de 1.000m² (mil metros quadrados): 6(seis) UFIR por metro quadrado.
VI. Licença Ambiental para projeto de Obras e Edificações, obras não iniciadas:
a) Com até 100m² (cem metros quadrados): 1(uma) UFIR por metro quadrado;
b) Entre 100m² e 300m² (trezentos metros quadrados): 2(duas) UFIR por metro quadrado;
c) Entre 300m² e 600m² (seiscentos metros quadrados): 3(três) UFIR por metro quadrado;
d) Entre 600m² e 1.000m² (mil metros quadrados): 4(quatro) UFIR por metro quadrado;
e) Acima de 1.000m² (mil metros quadrados): 5(cinco) UFIR por metro quadrado.
VII. Aprovação de projeto de Legalização Obras e Edificações, obras iniciadas e/ou
concluídas:
a) Com até 100m² (cem metros quadrados): 3(três) UFIR por metro quadrado;
b) Entre 100m² e 300m² (trezentos metros quadrados): 4(quatro) UFIR por metro quadrado;
c) Entre 300m² e 600m² (seiscentos metros quadrados): 5(cinco) UFIR por metro quadrado;
d) Entre 600m² e 1.000m² (mil metros quadrados): 6(seis) UFIR por metro quadrado;
e) Acima de 1.000m² (mil metros quadrados): 7(sete) UFIR por metro quadrado.
VIII. Licença Ambiental para projeto de Legalização Obras e Edificações, obras iniciadas
e/ou concluídas:
a) Com até 100m² (cem metros quadrados): 2(duas) UFIR por metro quadrado;
b) Entre 100m² e 300m² (trezentos metros quadrados): 3(três) UFIR por metro quadrado;
c) Entre 300m² e 600m² (seiscentos metros quadrados): 4(quatro) UFIR por metro
quadrado;
d) Entre 600m² e 1.000m² (mil metros quadrados): 5(cinco) UFIR por metro quadrado;
e) Acima de 1.000m² (mil metros quadrados): 6(seis) UFIR por metro quadrado.
IX. ISSQN sobre de Obras e Edificações, Base de Cálculo da alíquota de 3%(três por
cento):
a) Com até 100m² (cem metros quadrados): 100(cem) UFIR por metro quadrado;
b) Entre 100m² e 300m² (trezentos metros quadrados): 200(duzentas) UFIR por metro
quadrado;
c) Entre 300m² e 600m² (seiscentos metros quadrados): 300(trezentas) UFIR por metro
quadrado;
d) Entre 600m² e 1.000m² (mil metros quadrados): 600(seiscentas) UFIR por metro
quadrado;
e) Acima de 1.000m² (mil metros quadrados): 900(novecentas) UFIR por metro quadrado.

X. Aceite de Obras, total ou parcial, expedido antes do habite-se, por Unidade Autônoma:
a) Com até 100m² (cem metros quadrados): 3(três) UFIR por metro quadrado;
b) Entre 100m² e 300m² (trezentos metros quadrados): 4(quatro) UFIR por metro quadrado;
c) Entre 300m² e 600m² (seiscentos metros quadrados): 5(cinco) UFIR por metro quadrado;
d) Entre 600m² e 1.000m² (mil metros quadrados): 6(seis) UFIR por metro quadrado;
e) Acima de 1.000m² (mil metros quadrados): 7(sete) UFIR por metro quadrado.

37
XI. Habite-se, expedido após o Aceite de Obras já tributado, por Unidade Autônoma:
a) Com até 100m² (cem metros quadrados): 3(três) UFIR por metro quadrado;
b) Entre 100m² e 300m² (trezentos metros quadrados): 4(quatro) UFIR por metro quadrado;
c) Entre 300m² e 600m² (seiscentos metros quadrados): 5(cinco) UFIR por metro quadrado;
d) Entre 600m² e 1.000m² (mil metros quadrados): 6(seis) UFIR por metro quadrado;
e) Acima de 1.000m² (mil metros quadrados): 7(sete) UFIR por metro quadrado.
XII. Aceite de Obras e Habite-se, expedidos concomitantemente, por Unidade Autônoma:
a) Com até 100m² (cem metros quadrados): 5(cinco) UFIR por metro quadrado;
b) Entre 100m² e 300m² (trezentos metros quadrados): 6(seis) UFIR por metro quadrado;
c) Entre 300m² e 600m² (seiscentos metros quadrados): 7(sete) UFIR por metro quadrado;
d) Entre 600m² e 1.000m² (mil metros quadrados): 8(oito) UFIR por metro quadrado;
e) Acima de 1.000m² (mil metros quadrados): 9(nove) UFIR por metro quadrado.
Parágrafo Único. Nos casos de projetos de legalização de obras e edificações, sujeitos ao
pagamento de contrapartida financeira, por descumprimento das normas edificantes, antes da
emissão dos tributos previstos neste artigo, deverão ser apresentadas estas contrapartidas pagas,
nas seguintes condições.
I. Em projetos unifamiliares, na Macrozona Urbana Consolidada, por área excedente:
a) Até 20m² (vinte metros quadrados): 2(duas) UFIR por metro quadrado;
b) De 20m² a 40m² (quarenta metros quadrados): 3(três) UFIR por metro quadrado;
c) De 40m² a 60m² (sessenta metros quadrados): 4(quatro) UFIR por metro quadrado;
d) De 60m² a 100m² (cem metros quadrados): 5(cinco) UFIR por metro quadrado;
e) Acima de 100m² (cem metros quadrados): 6(seis) UFIR por metro quadrado.
II. Em projetos unifamiliares, na Macrozona de Expansão Urbana ou Rural, por área
excedente:
a) Até 20m² (vinte metros quadrados): 1(uma) UFIR por metro quadrado;
b) De 20m² a 40m² (quarenta metros quadrados): 2(duas) UFIR por metro quadrado;
c) De 40m² a 60m² (sessenta metros quadrados): 3(três) UFIR por metro quadrado;
d) De 60m² a 100m² (cem metros quadrados): 4(quatro) UFIR por metro quadrado;
e) Acima de 100m² (cem metros quadrados): 5(cinco) UFIR por metro quadrado.
III. Em projetos multifamiliares ou mistos, na Macrozona Urbana Consolidada, por área
excedente:
a) Até 20m² (vinte metros quadrados): 3(três) UFIR por metro quadrado;
b) De 20m² a 40m² (quarenta metros quadrados): 4(quatro) UFIR por metro quadrado;
c) De 40m² a 60m² (sessenta metros quadrados): 5(cinco) UFIR por metro quadrado;
d) De 60m² a 100m² (cem metros quadrados): 6(seis) UFIR por metro quadrado;
e) Acima de 100m² (cem metros quadrados): 7(sete) UFIR por metro quadrado.
IV. Em projetos multifamiliares ou mistos, na Macrozona de Expansão Urbana ou Rural,
por área excedente:
a) Até 20m² (vinte metros quadrados): 2(duas) UFIR por metro quadrado;
b) De 20m² a 40m² (quarenta metros quadrados): 3(três) UFIR por metro quadrado;
c) De 40m² a 60m² (sessenta metros quadrados): 4(quatro) UFIR por metro quadrado;
d) De 60m² a 100m² (cem metros quadrados): 5(cinco) UFIR por metro quadrado;
e) Acima de 100m² (cem metros quadrados): 6(seis) UFIR por metro quadrado.
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V. Em projetos não residenciais, na Macrozona Urbana Consolidada, por área excedente:
a) Até 20m² (vinte metros quadrados): 4(quatro) UFIR por metro quadrado;
b) De 20m² a 40m² (quarenta metros quadrados): 5(cinco) UFIR por metro quadrado;
c) De 40m² a 60m² (sessenta metros quadrados): 6(seis) UFIR por metro quadrado;
d) De 60m² a 100m² (cem metros quadrados): 7(sete) UFIR por metro quadrado;
e) Acima de 100m² (cem metros quadrados): 8(oito) UFIR por metro quadrado.
VI. Em projetos não residenciais, na Macrozona de Expansão Urbana ou Rural, por área
excedente:
a) Até 20m² (vinte metros quadrados): 3(três) UFIR por metro quadrado;
b) De 20m² a 40m² (quarenta metros quadrados): 4(quatro) UFIR por metro quadrado;
c) De 40m² a 60m² (sessenta metros quadrados): 5(cinco) UFIR por metro quadrado;
d) De 60m² a 100m² (cem metros quadrados): 6(seis) UFIR por metro quadrado;
e) Acima de 100m² (cem metros quadrados): 7(sete) UFIR por metro quadrado.
§1°. Todos os atos praticados na forma dos incisos anteriores resultarão na emissão da
certidão de aprovação de projeto para a qual, além dos respectivos tributos, será cobrada a respectiva
taxa de emissão na ordem de 20(vinte) UFIR.
§2°. Nos projetos de aprovação de obras de demolição, a respectiva certidão deverá ser
expedida e paga antes da execução das obras. Ocorrendo a demolição sem a expedição de certidão e
pagamento, a cobrança desta será de 50(cinquenta) UFIR.

CAPÍTULO XVII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 171. É obrigatória a implantação de sistema para a captação e retenção de águas


pluviais, coletadas por telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos, em lotes, edificados
ou não, que tenham área impermeabilizada superior a 1.000m² (mil metros quadrados), com os
seguintes objetivos:
I. Reduzir a velocidade de escoamento de águas pluviais para as bacias hidrográficas em
áreas urbanas com alto coeficiente de impermeabilização do solo e dificuldade de drenagem;
II. Controlar a ocorrência de inundações, amortecer e minimizar os problemas das vazões
de cheias e, consequentemente, a extensão dos prejuízos;
III. Contribuir para a redução do consumo e o uso adequado da água potável tratada.
Parágrafo único. O disposto no caput é condição para a obtenção das aprovações e licenças
e para os parcelamentos e desmembramentos do solo urbano, por meio de termo de anuência nos
projetos de aprovação de obras, instalações e outros empreendimentos.
Art. 172. O sistema de que trata esta lei será composto de:
I. Reservatório de acumulação com capacidade calculada com base na ordem de no
mínimo 10% (dez por cento) da área impermeabilizada;
II. Condutores de toda a água captada por telhados, coberturas, terraços e pavimentos
descobertos ao reservatório mencionado no inciso I;

39
III. Condutores de liberação da água acumulada no reservatório para os usos mencionados
nesta lei.
Parágrafo único. No caso de estacionamentos e similares, 30% (trinta por cento) da área total
ocupada deve ser revestida com piso drenante ou reservado como área naturalmente permeável.
Art. 173. Ficam explicitamente revogados os valores previstos na Tabela 1 da Lei
nº817/2007 e suas alterações, no que se refere aos tributos relativos ao licenciamento ambiental.

Art. 174. Os processos administrativos para aprovação de obras e edificações, bem como
para legalização das mesmas, abertos antes da publicação desta Lei, em benefício aos respectivos
requerentes, poderão ser analisados e tributados segundo a legislação vigente à época da sua abertura
por requerimento do contribuinte.
Parágrafo Único. Os processos de que tratam o caput deste artigo, abertos há mais de
5(cinco) anos, sem a respectiva aprovação, serão considerados frustrados e arquivados, salvo se com
posterior manifestação das partes que justifiquem a não conclusão dos mesmos.
Art. 175. Fica expressamente revogada a Lei Complementar n°010/1998 – Código Municipal
de Obras, bem como o art. 28 da Lei nº 553/2003, e demais disposições em contrário.

Art. 176. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação com efeitos produzidos a partir
de sua publicação.

Iguaba Grande, 09 de novembro de 2022.

VANTOIL MEDEIROS MARTINS


PREFEITO

40
MODELO DE PLACA PARA OBRA

IGUABA GRANDE -RJ.

1,00
0,40

PROJETO

1.00
0,13

Uso
0,18

0,03
L
I
DE
exo
MO
an

PRANCHA

ESCALA
S/E
DATA
Abril 2022
DESENHO
Setor de Analise de Obras
01
PROJETO DE (ARQUITETURA OU SIST. HIDROSSANITARIO OU ETC)

exo O
E L
II
D
MO

RESP. TEC. E AUTOR DO PROJETO


an

VISTOS (USO EXCLUSIVO DA PMIG)


0,10

PRANCHA

ESCALA (N:NN) DATA (DD/MMM/AA)

NOME DA(s) PLANTA(s) NESTA PRANCHA


DESENHO (AUTOR)

03/ 03
5.20 5.20 5.20 5.20
BANQUETA

4.60

5.00 2.40

2.40 2.40 2.40 2.40 2.40 2.40 2.40 BANQUETA

5.00

3.40 3.40 3.40 3.40 3.40 BANQUETA

5.20

5.00
2.40

MODELO
anexo III PRANCHA

ESCALA
S/E
DATA
Abril 2022
DESENHO
Setor de Analise de Obras
01 /03
PARALELA5.00 5.00 5.00 5.00
BANQUETA

2.40

6.00 6.00 6.00 6.00

3.65 3.65 3.65 3.65 3.65 3.65 3.65 BANQUETA

6.05

5.08

2.40

2.40 2.40

2.40

2.40

6.30 2.40

5.00

16.30

MODELO
anexo III PRANCHA

ESCALA
S/E
DATA
Abril 2022
DESENHO
Setor de Analise de Obras
02 /03
5.20
5.00
4.80 3.00 4.80

4.80 4.80
2.40

2.80
MODELO
0.78

5.00

5.50
anexo III
5.10 16.30
13.20
TIPO CIRCULAR
12.00
TIPO PEINE
12.00

3.00

5.00

3.55

2.50 2.50

14.00

9.00 3.00 5.30


9.00 3.00 5.30
PRANCHA

ESCALA
S/E
DATA
Abril 2022
DESENHO
Setor de Analise de Obras
03 /03

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