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PREFEITURA MUNICIPAL DE TRÊS LAGOAS - ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

CÓDIGO DE OBRAS

LEI Nº 698, DE 14.05.85


(com as alterações da Lei número 1.171, de 29.12.93)

“Dispõe sobre o Código de Obras do Município de Três Lagoas-


MS, altera dispositivos, a redação, e dá outras providências.”

FAÇO SABER QUE A CÂMARA MUNICIPAL DE TRÊS LA-


GOAS-MS, APROVOU E EU, NA QUALIDADE DE SEU
PRESIDENTE, PROMULGO A PRESENTE LEI:

TÍTULO I profissões de engenheiro e arquiteto e as das legis-


DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES lações complementares do CREA - Conselho Regi-
onal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, e o
CAPÍTULO I CONFEA.
DAS CONDIÇÕES GERAIS § 1º - As firmas e os profissionais autô-
nomos, legalmente habilitados, deverão, para o
Art. 1º - Este código dispõe sobre o proje- exercício de suas atividades em Três Lagoas, estar
to, a execução e a utilização das edificações, fixan- inscritos na Prefeitura.
do normas e padrões de segurança, higiene, salu- § 2º- A Prefeitura manterá um registro da
bridade e conforto a serem observadas no Municí- inscrição referida no parágrafo anterior, no qual
pio de Três Lagoas, sem prejuízo das exigências serão anotadas as seguintes informações:
previstas na legislação de parcelamento, uso e ocu- I- número e data do requerimento da inscrição;
pação do solo. II- nome da pessoa, firma ou empresa;
Art. 2º - Qualquer construção, edificação III- endereço da pessoa, firma ou empresa;
ou outras obras, de qualquer natureza, somente po- IV- nome e endereço do responsável técnico da
derão ser executadas, após aprovação de projeto e empresa;
concessão de Alvará de Licença de Construção pela V- indicação de diploma ou título, com registro
Prefeitura Municipal. comprovado no MEC;
§ 1º- Para obter a aprovação do projeto e o VI- número da carteira do CREA - Conselho Regi-
Alvará de licença de construção, deverá o interes- onal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia;
sado submeter à Prefeitura Municipal, responsável VII- assinatura do responsável técnico;
pelo projeto e ou execução da obra. VIII- taxas cobradas;
§ 2º - Os projetos deverão estar de acordo IX- observações.
com a legislação de parcelamento, uso e ocupação § 3º- Os profissionais não diplomados, já
do solo, e respeitar integralmente este Código. licenciados pelo órgão fiscalizador do exercício
§ 3º - Excetuam-se deste artigo, as cons- profissional, para projetar ou construir na área do
truções e execuções de obras que, por sua natureza, município, serão registrados na Prefeitura com as
independam legalmente de responsabilidade dos limitações consignadas em suas licenças;
profissionais por força das legislações Federal e § 4º - Somente o profissional autor dos
Estadual. projetos ou responsável pela execução da obra po-
derá tratar, junto a Prefeitura dos assuntos técnicos
CAPÍTULO II relacionados com as obras sob sua responsabilida-
DA HABILITAÇÃO PROFISSIONAL de.
§ 5º- Os registros serão revalidados anu-
Art. 3º - São considerados profissionais almente por requerimento do interessado, mediante
legalmente habilitados a projetar, construir, calcu- a comprovação de quitação das anuidades correntes
lar e orientar obras e construções, os que satisfize- do CREA e do Imposto Sindical.
rem as exigências da legislação do exercício das
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Art. 4º- Os autores dos projetos submeti- § 1º- O cancelamento de responsabilidade


dos à aprovação da Prefeitura assinarão todos os técnica pelo prosseguimento de uma obra, não exi-
elementos que os compõe, assumindo sua integral me o responsável técnico de suas responsabilidades
responsabilidade. anteriores, e será concedido pela Prefeitura, após
§ Único - A autoria do projeto poderá ser vistoria do cumprimento do projeto aprovado até o
assumida ao mesmo tempo por dois ou mais profis- ponto em que estiverem as obras.
sionais, que serão solidariamente responsáveis. § 2º- Simultaneamente, com a concessão
Art. 5º - Os responsáveis técnicos pela de cancelamento de responsabilidade técnica, a
obra respondem pela fiel execução dos projetos e Prefeitura intimará expressamente o proprietário a
suas implicações pelo eventual emprego de materi- apresentar novo responsável técnico dentro do pra-
al de má qualidade; por incômodo ou prejuízo às zo de 5(cinco) dias, sob pena de embargo da obra.
edificações vizinhas, durante os trabalhos; pelos Art. 10- O profissional que substituir ou-
inconvenientes e riscos decorrentes da guarda de tro deverá comparecer ao órgão municipal compe-
modo impróprio de materiais; pela deficiente insta- tente, para assinar o projeto ali arquivado, munido
lação do canteiro de serviço; pela falta de precau- de cópia aprovada que também será assinada, sub-
ção e consequentes acidentes que envolvam operá- metendo-a ao visto do responsável pelo referido
rios e terceiros; por negligência ou imperícia, e órgão.
ainda pela inobservância de quaisquer das disposi- Art. 11- É facultado ao proprietário da
ções deste Código e demais legislações pertinentes, obra embargada por motivo de suspensão de seu
referente a execução de obras. executante, concluí-la desde que faça substituição
Art. 6º- Quando o profissional assinar o do profissional punido.
projeto como autor e responsável técnico da obra,
assumirá, simultaneamente, a responsabilidade pela CAPÍTULO III
elaboração do projeto, pela sua fiel execução, e por DAS PENALIDADES
toda e qualquer ocorrência no decurso das obras.
Art. 7º- A Prefeitura, pela aprovação de SEÇÃO I
projetos, inclusive apresentação de cálculos, me- DAS MULTAS
moriais ou detalhes de instalação complementares,
não assume qualquer responsabilidade técnica pe- Art. 12- As multas, independentemente de
rante proprietários, operários ou terceiros, não im- outras penalidades previstas pela legislação em ge-
plicando o exercício da fiscalização da obra pela ral e as do presente Código, serão aplicadas:
Prefeitura, no reconhecimento de sua responsabili- I- quando o projeto apresentado estiver em evi-
dade por qualquer ocorrência. dente desacordo com o local, ou forem falsea-
Art. 8º- A Prefeitura poderá, desde que das cotas e indicações do projeto de qualquer
devidamente apurada a responsabilidade do(s) pro- elemento do processo;
fissional(ais), sustar o exame e a aprovação de pro- II- quando as obras forem executadas em desacor-
jetos, até que seja sanado o procedimento irregular, do com o projeto aprovado e licenciado ou com
cujos autores ou responsáveis técnicos tenham: a licença fornecida.
I- falseado indicações essenciais ao exame do pro- III- quando a obra for iniciada sem projeto aprova-
jeto, como orientação, localização, dimensões e do ou sem licença;
outras de qualquer natureza; IV- quando o prédio for ocupado sem que a Prefei-
II- executado obra em desacordo com o projeto tura tenha fornecido a respectiva Carta de Habi-
aprovado; tação;
III- prosseguido na execução da obra embargada. V- quando decorridos 30 (trinta) dias da conclusão
§ 1º- A sustação prevista neste artigo não da obra, não for solicitada vistoria;
poderá em cada caso, ter duração a 6 (seis) meses. VI- quando não for obedecido o embargo imposto
§ 2º - A Prefeitura comunicará sempre, pela autoridade competente;
tais ocorrências ao órgão federal fiscalizador do VII- quando vencido o prazo de licenciamento,
exercício profissional, solicitando as medidas cabí- prosseguir a obra sem a necessária prorrogação
veis. do prazo.
Art. 9º - O responsável técnico pela exe- Art. 13- A multa será imposta pelo Poder
cução de obras poderá solicitar o cancelamento de Executivo Municipal, à vista do auto de infração,
sua responsabilidade pelo prosseguimento da obra, lavrado pela autoridade fiscal que apenas registrará
mediante requerimento a falta verificada, devendo o encaminhamento do
à Prefeitura. auto ser feito pela sua chefia imediata que deverá,
na ocasião, propor o valor da mesma.
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Art. 14- O auto de infração será lavrado Art. 20 - As multas são estabelecidas em
em três vias, assinado pelo autuante, sendo as duas Unidade Fiscal Municipal - UFIM e terão os se-
primeiras retidas pelo autuante e a última entregue guintes valores:
ao autuado. I- multas de 50(cinquenta) UFIM para infrações
§ Único - Quando o autuado não se encon- do artigo 12, incisos II, III, IV e VII e das dis-
trar no local da infração ou se recusar a assinar o posições para as quais não haja indicação ex-
auto respectivo, o autuante anotará neste o fato, que pressa de penalidades;
deverá ser firmado por testemunhas. II- multas de 100 (cem) UFIM para as infrações do
Art. 15- O auto de infração deverá conter, artigo 12, incisos I, V, VI;
obrigatoriamente: III- multas de 200 (duzentas) UFIM quando a obra
I- a designação do dia e lugar em que se deu a in- for projeto, ou executada estando o projeto in-
fração, ou em que ela foi constatada pelo autu- deferido.
ante; § Único - Comprovada a reincidência das
II- o fato ou ato que constitui a infração; infrações, ao infrator será impostas as multas em
III- nome e assinatura do infrator, ou denominação dobro.
que o identifique, residência ou sede;
IV- nome e assinatura do autuante e sua categoria SEÇÃO II
funcional; DOS EMBARGOS
V- nome, assinatura e residência das testemunhas,
se for o caso. Art. 21 - As obras em andamento, sejam
Art. 16- A última via do auto de infração, elas de reparos, reconstrução, construção ou refor-
quando o infrator não se encontrar no local em que mas, serão embargadas sem prejuízo das multas,
a mesma foi constatada, deverá ser encaminhada ao quando:
responsável técnico pela construção, sendo consi- I- estiverem sendo executadas sem o Alvará de
derado para todos os efeitos como tendo sido, o Licença, nos casos em que for necessário:
infrator, cientificado da mesma. II- não forem observadas as indicações de alinha-
Art. 17- Lavrado o auto de infração, o in- mento ou nivelamento, fornecidas pelo órgão
frator poderá apresentar defesa escrita no prazo de municipal competente;
8 (oito) dias, a contar de seu recebimento, findo o III- for desrespeitado o respectivo projeto em qual-
qual será encaminhado à decisão do órgão munici- quer de seus elementos essenciais;
pal competente. IV- estiverem sendo executadas sem a responsabili-
Art. 18- Imposta a multa será dado conhe- dade de profissional inscrito na Prefeitura,
cimento da mesma ao infrator, no local ou em sua quando for o caso;
residência, mediante a entrega da segunda via do V- o profissional responsável sofrer suspensão ou
auto de infração, da qual deverá constar o despacho cassação de Carteira pelo Conselho Regional de
da autoridade competente que a aplicou. Engenharia, Arquitetura e Agronomia;
§ 1º- Da data de imposição da multa terá o VI- estiver em risco sua estabilidade, com perigo
infrator o prazo de 8 (oito) dias para efetuar o pa- para o público ou para o pessoal que executa.
gamento ou depositar o valor da mesma, para efeito
de recurso. Art. 22 - Os agentes de fiscalização darão
§ 2º- Decorrido o prazo, sem interposição na hipótese de ocorrência dos casos supra citados,
de recurso, a multa não paga se tornará dívida ati- notificação por escrito ao infrator, dando ciência da
va, e será cobrada por via executiva. mesma à sua chefia imediata.
§ 3º- Não provido o recurso, ou provido Art. 23 - Verificada, pela autoridade
parcialmente, da importância depositada será paga competente, a procedência da notificação, a mesma
a multa imposta. determinará o embargo “em termo” que mandará
Art. 19 - Terá andamento sustado o pro- lavrar e no qual fará constar as providências exigí-
cesso de construção cujos profissionais respectivos veis para o prosseguimento da obra, sem prejuízo
estejam em débitos com o município, por multas de imposição de multas, de acordo com o estabele-
provenientes de infração ao presente Código, rela- cido nos artigos anteriores.
cionadas com a obra em execução. Art. 24 - O termo de embargo será apre-
sentado ao infrator para que assine; em caso de não
(Art. 20, com a nova redação que lhe foi dada pelo localização, será o mesmo encaminhado ao respon-
Artigo 1º da Lei nº 1.171, de 29.12.93) sável técnico pela construção, seguindo-se o pro-
cesso administrativo e a ação competente de parali-
zação da obra.
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Art. 25 - O embargo só será levantado § Único - A aprovação e licenciamento de


após o cumprimento das exigências consignadas no que tratam os ítens “II” e “III” poderão ser requeri-
respectivo termo. dos de uma só vez.

SEÇÃO III SEÇÃO I


DAS INTERDIÇÕES DA APROVAÇÃO DO PROJETO

Art. 26 - Qualquer edificação ou suas de- Art. 31 - O processo de aprovação do pro-


pendências, poderá ser interditada, em qualquer jeto será constituído dos seguintes elementos:
tempo, com impedimento de sua ocupação, quando I- requerimento de aprovação do projeto, o qual
oferecer iminente perigo de caráter público. será dispensado quando o projeto estiver acom-
Art. 27 - A interdição prevista no artigo panhado de requerimento solicitando o Alvará
anterior será imposta por escrito, após vistoria efe- de Licença para Construção;
tuada pelo órgão municipal competente. II- plantas baixas, cortes e fachadas;
§ Único - Não atendida a interdição, não III- planta da situação e localização;
interposto recurso ou indeferido este, tomará o IV- memorial descritivo global da obra;
Município as providências cabíveis. V- projeto estrutural;
VI- projeto de instalação elétrica e hidro-sanitária;
SEÇÃO IV VII- título de propriedade do lote ou documento
DA DEMOLIÇÃO equivalente.
§ 1º- Os requerimentos serão assinados
Art. 28 - A demolição total ou parcial do pelo proprietário e pelos responsáveis técnicos do
prédio ou dependência será imposta nos seguintes projeto e execução da obra.
casos: § 2º- A planta de situação deverá caracte-
I- quando a obra for clandestina, entendendo-se rizar:
por tal a que for executada sem alvará de licen- a) a posição do lote relativamente a quadra a que
ça, ou prévia aprovação do projeto e licencia- pertence;
mento de construção; b) as dimensões do lote;
II- quando executada sem observância de alinha- c) as distâncias deste até a esquina mais próxima;
mento ou nivelamento fornecidos ou com des- d) sua orientação magnética.
respeito ao projeto aprovado nos seus elemen- § 3º- A planta de localização deverá carac-
tos essenciais; terizar a posição da obra em relação as linhas divi-
III- quando julgada com risco iminente de caráter sórias do lote e de outras edificações por ventura
público, e o proprietário não quiser tomar as nele existentes.
providências que a Prefeitura determinar para a § 4º- As plantas baixas deverão indicar os
sua segurança. destinos, as dimensões e as áreas de cada compar-
timento, bem como as dimensões dos vãos. Caso se
Art. 29 - A demolição não será imposta, trate de obra multi-familiar, com repetição de plan-
nos casos dos ítens I (um) e II (dois) do artigo ante- ta baixa, bastará a apresentação de uma planta bai-
rior, se o proprietário, submetendo à Prefeitura o xa do andar-tip.
projeto da construção, demonstrar: § 5º- Os cortes serão apresentados de ma-
I - que a mesma preenche os requisitos regulamen- neira a dar um perfeito entendimento do projeto,
tares: nunca inferior a dois cortes, um transversal e outro
II- que embora não preenchendo, serão executadas longitudinal à edificação, sendo que um deles pelo
modificações que a tornarão de acordo com a menos deverá passar nos banheiros, cozinha e es-
legislação em vigor. cada, e serem convenientemente cotados.
§ 6º- Será livre a composição de fachada.
CAPÍTULO IV § 7º- O memorial descritivo deverá conter
DOS PROJETOS E CONSTRUÇÕES todas as etapas da construção, discriminando os
tipos de materiais empregados desde as fundações
Art. 30 - A execução de qualquer edifica- até o acabamento.
ção será precedida dos seguintes atos administrati- § 8º- Os projetos estruturais, quando a edi-
vos: ficação for composta de mais de um pavimento,
I- consulta para requerer alvará de construção; serão sempre anexados ao processo e obedecerão
II- aprovação do projeto; as normas e recomendações técnicas oficiais.
III- licenciamento da construção.
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§ 9º- Os projetos de instalação elétrica se- dos pelo Corpo de Bombeiros, nos seguintes ca-
rão sempre anexados ao processo quando a edifica- sos65:
ção ultrapassar a 200,00 m² e obedecerão às nor- I- edifícios com mais de três pavimentos acima do
mas e recomendações técnicas oficiais. nível da rua;
§ 10º- Os projetos hidro-sanitários farão II- edifícios com mais de 750 m² (setecentos e cin-
parte integrante do processo, a critério do órgão quenta metros quadrados) de área construída;
competente. III- quaisquer edifícios destinados às seguintes ati-
§ 11º- Todos os elementos do projeto ar- vidades:
quitetônico poderão ser agrupados em uma única a) hotéis;
prancha. b) escolas;
§ 12º- Os desenhos obedecerão às seguin- c) hospitais;
tes escalas mínimas: d) mercados e supermercados;
a) plantas baixas, cortes e fachadas................1/50 e) casas de reuniões de qualquer nature-
b) plantas de situação...................................1/500 za;
c) plantas de localização e cobertura............1/200 f) indústrias, oficinas e depósitos;
§ 13º- As escalas indicadas no parágrafo g) garagens coletivas;
anterior poderão ser alteradas sempre que as pran- h) outros a critério da administração Mu-
chas resultarem em tamanhos exagerados ou pouco nicipal.
práticos (superior a 110 x 78 centímetros).
§ 14º- A escala não dispensará a indicação SEÇÃO II
de cotas, as quais prevalecerão nos casos de diver- DO LICENCIAMENTO DA CONSTRUÇÃO
gências entre a mesma e as medidas tomadas nos
desenhos. Art. 37- O licenciamento da construção
Art. 32- O papel empregado no desenho será concedido mediante:
do projeto e nas especificações deverá obedecer I- requerimento solicitando licenciamento de edi-
aos formatos e à dobragem indicados pela ABNT. ficação onde conste nome e assinatura do pro-
Art. 33- A Prefeitura elaborará e fornece- prietário, CPF, endereço da Obra, endereço pa-
rá projetos de construção populares desde que obe- ra correspondência, área da construção e prazo
decida a legislação em vigor. para conclusão da mesma;
Art. 34- Na apreciação dos projetos em II- pagamento das taxas de licenciamento para a
geral, os órgão competentes farão, no prazo de execução dos serviços;
3(três) dias úteis, o exame detalhado dos elementos III- apresentação de projeto aprovado ou a aprovar.
que os compõem, e as exigências decorrentes desse
exame serão notificadas de uma só vez. Art. 38- O profissional responsável pela
§ 1º- Os projetos de construções serão execução da obra deverá comparecer ao órgão
examinados em função da utilização lógica da competente da Municipalidade, após o encaminha-
mesma e não apenas pela sua denominação em mento do pedido, para atendimento das exigências
planta. decorrentes do exame do processo, quando neces-
Art. 35- O prazo para o despacho decisó- sário.
rio dos projetos, pela Municipalidade, será de § Único- Não sendo atendidas as exigên-
15(quinze) dias. cias no prazo de 60 ( sessenta) dias, o processo será
§ Único - O prazo estipulado no presente indeferido e arquivado.
artigo será acrescido do tempo que decorrer entre a
anotação das exigências no processo e o cumpri- § Único- Satisfeitas as exigências o alvará
mento das mesmas. deverá ser fornecido ao interessado, dentro do pra-
Art. 36- Os projetos de edificações, cons- zo de 3 (três) dias úteis.
trução, reforma ou instalação de estabelecimentos
que possam causar riscos à qualidade do meio- SEÇÃO III
ambiente, deverão ser submetidos à aprovação pe- DA VALIDADE, REVALIDAÇÃO E PROR-
los órgãos estaduais e federais. ROGAÇÃO DE PRAZO E LICENCIAMENTO
§ 1º- Os projetos de edificações situadas
na zona de proteção do Aeroporto de Três Lagoas, Art. 39- A aprovação de um projeto e o
deverão obedecer às normas previstas no Decreto alinhamento concedidos, serão considerados váli-
Federal Nº 68.920 de 15 de julho de 1997. dos pelo prazo de 1 (um) ano após a retirada dos
§ 2º- Os projetos de construção ou de ins- mesmos, caso esta ocorra dentro do prazo máximo
talações de estabelecimentos, deverão ser aprova- de 30 (trinta) dias da data do despacho deferitório.
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§ 1º- Em caso que tal não ocorra, o prazo Art. 46- Independem da apresentação de
de validade será contado a partir da data do despa- projeto, ficando contudo sujeitos à concessão de
cho deferitório. licença, os seguintes serviços e obras:
§ 2º- Poderá entretanto, ser solicitado a I- galpões, viveiros e telheiros de uso doméstico,
revalidação desde que a parte interessada requeira, de até 18,00 m² ( dezoito metros quadrados) de
sujeitando-se porém as determinações legais vigen- área coberta;
tes na época do pedido da revalidação. II- fontes decorativas;
Art. 40- Não sendo iniciada no prazo III- estufas e coberturas de tanques de uso domésti-
mencionado no artigo anterior, a execução da obra, co;
o licenciamento perderá o seu valor. IV- serviços de pintura;
§ Único- Para efeito do presente Código, V- conserto de pavimentação de passeios;
uma edificação será considerada como iniciada VI- rebaixamento de meios-fios;
quando for promovida a execução dos serviços com VII- construção de muros no alinhamento dos lo-
base no projeto aprovado, sendo este indispensável gradouros;
à sua implantação imediata. VIII- reparos no revestimento de edificações;
Art. 41- Após a caducidade do primeiro IX- reparos internos e substituição de aberturas em
licenciamento, se a parte interessada quiser iniciar geral.
as obras, deverá requerer e pagar novo licencia- § Único- Independem de licença os servi-
mento, desde que ainda válido o projeto aprovado. ços de remendos ou substituição de reves-
Art. 42- Se dentro do prazo fixado a cons- timentos de muros, substituição de telhas,
trução não for concluída, deverá ser requerida a calhas e condutores e construção de pas-
prorrogação de prazo e pagamento da taxa de li- seios internos.
cenciamento correspondente a essa prorrogação.
SEÇÃO VI
SEÇÃO IV DAS OBRAS PARCIAIS
DA MODIFICAÇÃO DE PROJETO APRO-
VADO Art. 47- Nas obras de reforma, reconstru-
ção ou acréscimo, nos prédios existentes, os proje-
Art. 43- As alterações de projeto a serem tos serão apresentados com indicações precisas e
efetuadas após o licenciamento da obra, devem ter convencionais, a critério do profissional, de manei-
a sua aprovação requerida previamente. ra a possibilitar a identificação das partes a conser-
Art. 44- As modificações que não impli- var, demolir ou acrescer.
quem em aumento de área, não alterem a forma ex- § Único - Sendo utilizadas cores, as con-
terna da edificação nem o projeto hidráulico- venções serão as seguintes: amarelo para as partes
sanitário, independem de pedido de novo licencia- a demolir, vermelho para as partes a construir e
mento de construção. preta para as existentes que serão conservadas.
Art. 45- As modificações a que se refere o Art.48- Os prédios existentes atingidos
artigo anterior, poderão ser executados independen- por recuos de alinhamento, chanfrados de esquinas
temente de aprovação prévia (durante o andamento ou galerias públicas, não poderão sofrer obras de
da obra), desde que não contrariem nenhum dispo- reforma, reconstrução ou acréscimo, sem a obser-
sitivo do presente Código e da Lei de parcelamen- vância integral dos novos alinhamentos, recuos ou
to, uso e ocupação do solo. galerias.
§ Único- No caso previsto neste artigo, Art. 49- Nos prédios existentes, sujeitos à
durante a execução das modificações permitidas, exigências de maior número de pavimentos, não
deverá, o autor do projeto ou responsável técnico serão permitidas obras de acréscimo ou reconstru-
pela execução da obra, apresentar diretamente ao ção, a menos que se enquadrem nos gabaritos pre-
órgão competente, planta elucidativa (em duas vi- vistos.
as) das modificações propostas, a fim de receber o Art. 50- As construções que não satisfize-
visto do mesmo, devendo ainda, antes do pedido de rem quanto a utilização, as disposições deste Códi-
vistoria, apresentar o projeto modificado (em duas go, só poderão sofrer obras de reconstrução, acrés-
vias) para a sua aprovação. cimos ou reforma, quando a construção resultante
atender às exigências da presente lei.
SEÇÃO V
DAS ISENÇÕES DE PROJETOS OU DE LI- CAPÍTULO V
CENÇAS DAS OBRAS PÚBLICAS
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Art. 51- De acordo com o que estabelece


a Lei Federal nº 125 de 03 de dezembro de 1935, SEÇÃO II
não poderão ser executadas, sem licença da Prefei- DA CONSERVAÇÃO E LIMPEZA DOS LO-
tura, devendo obedecer as determinações do pre- GRADOUROS
sente Código, ficando entretanto isentas de paga-
mento de emolumentos, as seguintes obras: Art. 57- Durante a execução das obras, o
I- construção de edifícios públicos; profissional responsável deverá por em prática to-
II- obras de qualquer natureza em propriedade da das as medidas necessárias para que o leito dos lo-
União ou Estado; gradouros, no trecho fronteiro à obra, seja mantido
III- obras a serem realizadas por instituições ofici- em estado permanente de limpeza e conservação.
ais ou paraestatais, quando para a sua sede pró- § Único - O responsável pela obra colocará em
pria. prática todas as medidas necessárias no sentido de
Art. 52- O processamento do pedido de evitar o excesso de poeira e de detritos nas propri-
licença para obras públicas será feito com prefe- edades vizinhas.
rência sobre quaisquer processos. Art. 58- Nenhum material poderá perma-
Art. 53- O pedido de licença será feito por necer no logradouro público, senão o tempo neces-
meio de ofício dirigido ao Prefeito, pelo órgão inte- sário para a sua descarga e remoção, salvo quando
ressado, devendo este ofício ser acompanhado do se destinar a obras a serem executadas no próprio
projeto completo da obra a ser executada, nos mol- logradouro.
des exigidos no capítulo IV deste título.
§ Único- Os projetos deverão ser assina- SEÇÃO III
dos por profissionais legalmente habilitados, sendo DAS OBRAS PARALIZADAS
a assinatura seguida de indicação do cargo quando
se tratar de funcionário; o profissional responsável Art. 59- No caso de se verificar a parali-
deverá satisfazer as disposições do presente Códi- sação de uma construção por mais de 180 (cento e
go. oitenta)dias, deverá ser feito o fechamento do ter-
Art. 54- Os contratantes ou executantes reno no alinhamento do logradouro, por meio de
das obras públicas estão sujeitos aos pagamentos um muro, cerca de madeira, ou similar, dependendo
das licenças relativas ao exercício da respectiva da localização.
profissão, a não ser que se trate de funcionário que
deve executar as obras em função do seu cargo. Art. 60- Os andaimes e tapumes de uma
Art. 55- As obras pertencentes à Munici- construção paralisada por mais de 180 (cento e oi-
palidade ficam sujeitas na sua execução, à obediên- tenta) dias, deverão ser demolidos, desimpedindo o
cia das determinações do presente Código, quer passeio e deixando-o em perfeitas condições de
seja a Prefeitura que as execute ou sob cuja res- uso.
ponsabilidade estejam as mesmas.
SEÇÃO IV
CAPÍTULO VI DAS DEMOLIÇÕES
DAS OBRIGAÇÕES DECORRENTES DA
EXECUÇÃO DE OBRAS Art. 61- Nenhuma demolição de edifica-
ção ou obra permanente de qualquer natureza, pode
SEÇÃO I ser feita sem prévio requerimento à Prefeitura, que
DO ALVARÁ E PROJETO expedirá a necessária autorização após a indispen-
sável vistoria.
Art. 56- A fim de comprovar o licencia- § 1º - Se a demolição for de construção
mento da obra para os efeitos de fiscalização, o al- localizada, no todo ou em parte, junto ao alinha-
vará será mantido no local da obra, juntamente com mento da via pública, será expedida concomitante-
o projeto aprovado e conservados em bom estado. mente a autorização relativa a andaimes e tapumes.
§ Único - Esses documentos serão acessí- § 2º- Quando se tratar de demolição de
veis à fiscalização municipal durante as horas de edificação com mais de dois pavimentos, deverá o
trabalho, não podendo ser durante esse período, proprietário indicar um profissional legalmente ha-
encerrados em gavetas, em cofres ou qualquer de- bilitado, responsável pela execução dos serviços.
pósito trancado, salvo se as chaves se encontrarem
em poder de pessoas que a qualquer momento, e CAPÍTULO VII
sem demora, possam apresentá-los quando recla- DA CONCLUSÃO E ENTREGA DAS OBRAS
mados.
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Art. 62- Terminada a execução da obra de tapume ser recuado para o alinhamento do logra-
um prédio, qualquer que seja o seu destino, o mes- douro, removendo-se a instalação ou construção do
mo somente poderá ser habitado, ocupado ou utili- anterior. Deverá ser reconstruído o piso do passeio
zado, após a concessão do “habite-se”. e feita uma cobertura com pé-direito mínimo de
§ Único - O “habite-se” será concedido 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros) para a
pelo órgão competente da Prefeitura, depois de ter proteção dos pedestres e veículos. Os pontaletes do
sido verificado: tapume poderão permanecer nos locais primitivos e
I- estar a construção ou unidade isolada, em con- servindo de apoio à cobertura e ao andaime fixo
dições mínimas de segurança e habitabilidade; que forem mantidos na parte superior.
II- ter sido obedecido o projeto aprovado; § Único - O tapume poderá voltar a avan-
III- ter sido colocada a numeração do prédio; çar sobre o passeio, observado o disposto neste ar-
IV- ter muro e calçada, quando houver guia ou pa- tigo, pelo prazo estritamente necessário ao acaba-
vimentação asfáltica. mento da fachada localizada no alinhamento e a
Art. 63- Os elementos que deverão inte- menos de 4,00 m (quatro metros) acima do nível do
grar o pedido do “habite-se” serão definidos pelo passeio do logradouro.
órgão competente da Prefeitura Municipal. Art. 69- Por todo o tempo dos serviços de
Art. 64- Após a vistoria, obedecendo as construção, reforma ou demolição até a conclusão
obras o projeto arquitetônico aprovado, a Prefeitura de alvenaria externa, visando a proteção contra
fornecerá ao proprietário a Carta de Habitação no queda de trabalhadores, de objetos e materiais so-
prazo de 10(dez) dias a contar da data do pagamen- bre pessoas ou propriedades, será também obriga-
to dos emolumentos e impostos (ISS). tória a colocação de plataformas de segurança, com
espaçamento vertical de 8,00m (oito metros) em
TÍTULO II todas as faces da construção onde não houver ve-
DAS NORMAS GERAIS DAS EDIFICAÇÕES dação externa aos andaimes, conforme dispõe o ar-
tigo seguinte. A plataforma de segurança constituir-
CAPÍTULO I se-á em um estrado horizontal com largura mínima
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS de 1,20 m (um meto e vinte centímetros) dotado de
guarda corpo todo fechado, com altura mínima de
Art. 65- O alinhamento do lote será for- 1,00m (um metro) e inclinação em relação à hori-
necido pela Prefeitura, mediante requerimento do zontal de aproximadamente 45 graus.
proprietário ou profissional. Art. 70 - Para a proteção a que se refere o
Art. 66- Será obrigatório, a critério do artigo anterior poderá ser adotado, em substituição
órgão competente da Prefeitura, a colocação de ta- às plataformas de segurança, vedação fixa externa
pumes, sempre que se executarem obras de cons- aos andaimes, com resistência a impactos em toda a
trução, reformas e demolição. altura da construção.
§ Único - Os tapumes deverão ser cons- Art. 71 - Na face do acabamento externo
truídos de forma a resistirem impactos e observar a das construções ou reformas, poderão ser utilizados
altura -mínima de 2,00 m (dois metros) em relação andaimes mecânicos, desde que apresentem condi-
ao nível do passeio. ções de segurança de acordo com a técnica apro-
Art. 67- Nenhuma construção ou demoli- priada.
ção poderá ser feita no alinhamento das vias públi- Art. 72 - Serão permitidas instalações
cas sem que haja em toda a testada do terreno, um temporárias, desde que necessárias à execução da
tapume provisório de pelo menos 2,00 m (dois me- obra, tais como barracões, depósitos, escritórios de
tros) de altura. campo, compartimentos de vestiários, bem como
§ 1- O canteiro de obras poderá ocupar escritórios de exposição e divulgação de venda ex-
até a metade da largura do passeio desde que tenha clusivamente das unidades autônomas da constru-
mais de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) ção a ser feita no local.
de largura, devendo a metade restante ser pavimen- § 1º- As dimensões dessas instalações se-
tada e mantida limpa para uso dos transeuntes. rão proporcionais ao vulto da obra, e permanecerão
§ 2º- A critério do órgão competente da apenas durante os serviços de execução.
Prefeitura quando o passeio tiver menos de 1,50 m § 2º- A distribuição dessas instalações no
(um metro e cinquenta centímetros) de largura, o canteiro da obra observará os preceitos de higiene,
tapume provisório poderá atingir a sua totalidade. salubridade, segurança e funcionalidade.
Art. 68- No prazo máximo de quinze dias Art. 73- O tapume e a plataforma de segu-
após a execução do pavimento situado a mais de rança, bem como a vedação fixa externa aos an-
4,00 (quatro metros) do nível do passeio, deverá o daimes ou andaimes mecânicos e suas vedações,
9

deverão ser utilizadas exclusivamente nos serviços \ / área bruta do pavimento


de execução de obra, não podendo ser aproveitados 2x \ / nº de unidades do pavi-
para exposição, venda de mercadorias ou ativida- \ / mento
des estranhas à execução.
Art. 74- Durante o período da execução § 1º- Se existirem no andar, compartimen-
da obra, deverão ser mantidos revestimentos ade- to com mais de uma destinação, será tomado o ín-
quados do passeio fronteiro, de forma a oferecer dice de maior população entre os usos previstos.
boas condições de trânsito aos pedestres. § 2º- Quando ocorrer uma das destinações
§ Único - As plataformas de proteção, a abaixo referidas, a lotação resultante do cálculo
vedação fixa externa aos andaimes mecânicos e as previsto neste artigo será acrescida da lotação cor-
instalações temporárias poderão ocupar espaço aé- respondente ao uso específico, segundo a seguinte
reo sobre o passeio do logradouro, respeitadas as relação da área bruta do compartimento por pessoa:
normas dos artigos 68 e 69. I- escolas de que trata o Capítulo IX do Título III:
Art. 75- Os tapumes, as plataformas de a) salas de aulas de exposição oral............1,50m²
segurança, a vedação fixa externa, os andaimes me-
b) laboratórios ou similares.......................4,00m²
cânicos e as instalações temporárias não poderão
prejudicar a arborização, a iluminação pública, a c) salas de pré-escolar...............................3,00m²
visibilidade de placas, avisos ou sinais de trânsito, II- locais de reuniões esportivas, sociais, recreati-
e outras instalações de interesse públicos. vas, culturais e religiosas de que trata o Capítu-
Art. 76 - Após o término das obras ou no lo XXII:
caso de sua paralisação por tempo superior a seis a) com assento fixo....................................1,50m²
meses, quaisquer elementos que avancem sobre o b) sem assento fixo....................................0,80m²
alinhamento dos logradouros, deverão ser retirados c) em pé....................................................0,30m²
desimpedindo-se o passeio e reconstruindo-se ime- § 3º- Poderão ser excluídas da área bruta
diatamente o seu revestimento. dos andares as áreas dos espaços destinados exclu-
§ Único - Se não for providenciada retira- sivamente ao escoamento da lotação da edificação
da dentro do prazo fixado pela Prefeitura, esta tais como: antecâmaras, escadas ou rampas, átrios,
promoverá sua remoção, cobrando as despesas, corredores e saídas.
com acréscimo de 100% (cem por cento) sem pre- § 4º - Em casos de edificações para as ati-
juízo da multa devida. vidades relacionadas no ítem IX deste artigo, a re-
lação do m²/pessoa basear-se-á em dados técnicos
CAPÍTULO II justificados no projeto das instalações, sistema de
DA CIRCULAÇÃO E SEGURANÇA mecanização ou processo industrial.
Art. 77 - As edificações deverão apresen- SEÇÃO I
tar os requisitos mínimos exigidos e dispor dos DAS ESCADAS E RAMPAS
equipamentos indispensáveis para garantir as con-
dições mínimas de circulação e de segurança na sua Art. 79 - A largura da escada de uso co-
utilização. mum ou coletivo, ou a soma das larguras, no caso
Art. 78 - Para o cálculo de lotação das de mais de uma, deverá ser suficiente para propor-
edificações com o fim de proporcionar saída ou es- cionar o escoamento do número de pessoas que de-
coamento adequado, será tomada a área bruta de la dependam, no sentido da saída, conforme fixado
andar, por pessoa, conforme a destinação, assim a seguir:
indicada: I- para determinação desse número tomar-se-á lo-
I- escritórios.................................9,00 m²/pessoa; tação do andar que apresentar maior população
II- lojas.........................................3,00 m²/pessoa; mais a metade da lotação do andar que lhe é
III- comércio..................................9,00 m²/pessoa; contíguo, no sentido inverso da saída.
IV- hotéis,pensionatos e similares.15,00 m²/pessoa; II- a população será calculada conforme o disposto
V- hospitais, clínicas e similares..15,00 m²/pessoa; no artigo 78.
VI- escolas....................................15,00 m²/pessoa; III- a edificação deverá ser dotada de escadas, com
VII- locais de reuniões................... 9,00 m²/pessoa; larguras proporcionais à população calculada
VIII- terminais rodoviários............. 3,00 m²/pessoa; no artigo 78 em conformidade a com a tabela
IX- indústria, depósito e oficinas..10,00 m²/pessoa; abaixo:
X- restaurantes............................. 9,00 m²/pessoa; Largura (M) População máxima
XI- edifícios de apartamentos:
1,20 90 pessoas
_____________
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1,50 120 pessoas IV- estarão afastados das paredes, no mínimo


1,80 150 pessoas 0,04m (quatro centímetros).
2,10 180 pessoas Art. 83- As escadas de uso comum ou
2,40 210 pessoas coletivo só poderão ter lances retos. Os patamares
2,70 240 pessoas intermediários serão obrigatórios, sempre que hou-
3,00 270 pessoas ver mudança de direção ou quando o lance da es-
cada precisar vencer altura superior a 2,90 m (dois
IV- a largura mínima das escadas de uso comum ou metros e noventa centímetros), o comprimento do
coletivo será de 1,20m (um metro e vinte cen- patamar não será inferior à largura adotada.
tímetros). Art. 84- No caso de emprego de rampas,
V- a largura máxima permitida para uma escada em substituição às escadas da edificação, aplicar-
será de 3,00 m (três metros). Se a largura neces- se-á as normas relativas a dimensionamento, classi-
sária ao escoamento, calculada conforme o dis- ficação e localização, resistência e proteção ineren-
posto neste artigo, atingir dimensão superior a tes às escadas.
3,00 m (três metros) deverá haver mais uma es- § 1º- Para as rampas com declividade
cada, as quais serão separadas e independentes igual ou inferior a 6% (seis por cento) a capacidade
entre si; de escoamento referida no artigo 79, poderá ser
VI- as medidas resultantes dos critérios fixados aumentada de 20% (vinte por cento), respeitadas as
neste artigo entende-se como larguras livres larguras mínimas fixadas na tabela do ítem III do
medidas nos pontos de menor dimensão, permi- mesmo artigo.
tindo-se apenas a saliência no corrimão com a § 2º- As rampas não poderão apresentar
projeção de 0,10 cm (dez centímetros), no má- declividade superior a 12% (doze por cento), se a
ximo, que será obrigatório de ambos os lados; declividade exceder a 6% o piso deverá ser revesti-
VII- a capacidade dos elevadores, escadas rolantes do de material antiderrapante.
ou outros dispositivos de circulação por meios
mecânicos, não será levada em conta para efeito SEÇÃO II
de cálculo do escoamento da população do edi- DOS ÁTRIOS, PASSAGENS E CORREDORES
fício;
VIII- as escadas de uso privativo ou registro do Art. 85- Os átrios, passagens ou corredo-
compartimento ambiente ou local terão largura res, bem como as respectivas portas, que corres-
mínima de 0,80 m (oitenta centímetros). ponderem às saídas das escadas ou rampas para o
exterior da edificação, não terão dimensões inferio-
Art. 80- As escadas serão dispostas de tal res às exigidas para as escadas ou rampas, respecti-
forma que assegurem a passagem com altura livre vamente, nos artigos 79 e 84.
igual ou superior a 2,5 m (dois metros e cinquenta
centímetros. Art. 86- As passagens, ou corredores, bem
Art. 81- As alturas e as larguras dos de- como as portas utilizadas na circulação de uso co-
graus das escadas admitidas são: mum ou coletivo, em qualquer andar das edifica-
I- quando de uso privativo: ções, deverão ter largura suficiente para o escoa-
a) altura máxima 0,17 m (dezessete centímetros); mento da lotação dos compartimentos ou setores
b) largura mínima 0,30 m (trinta centímetros); para os quais dão acesso. A largura livre, medida
II- quando de uso comum ou coletivo: no ponto de menor dimensão, deverá corresponder,
a) altura máxima de 0,17 (dezessete centímetros); pelo menos a 0,01m (um centímetro) por pessoa da
b) largura mínima de 0, 35m (trinta e cinco centí- lotação desses compartimentos.
metros). § 1º- As passagens ou corredores de uso
Art. 82- As escadas de uso comum ou co- comum ou coletivo, com extensão superior a
letivo terão obrigatoriamente corrimão de ambos os 10,00m (dez metros), medida a contar da parte de
lados, obedecidos os requisitos seguintes: acesso à caixa de escada ou à antecâmara desta, se
I- manter-se-ão a uma altura constante situada en- houver, terão a largura mínima exigida para o esco-
tre 0,75 m (setenta e cinco centímetros) e 0,85 amento, acrescida de pelo menos 0,10m (dez cen-
m (oitenta e cinco centímetros) acima do nível tímetros) por metro de comprimento e excedente de
da borda do piso dos degraus; 10,00m (dez metros).
II- somente serão fixados pela sua face inferior; § 2º- Os espaços de acesso ou circulação
III- terão largura máxima de 0,06 m (seis centíme- fronteiros às portas dos elevadores, em qualquer
tros); andar, deverão ter dimensões não inferior a 1,50m
11

(um metro e cinquenta centímetros), medida per- des, bem como as situadas na soleira de ingresso da
pendicularmente ao plano onde se situam as portas. edificação, deverão abrir no sentido da saída e, ao
§ 3º- A largura mínima das passagens ou abrir, não poderão reduzir as dimensões mínimas
corredores de uso comum ou coletivo será de exigidas para o escoamento.
1,20m (um metro e vinte centímetros). § 1º- Essas portas, terão larguras padroni-
§ 4º- A largura mínima das passagens de zadas, com vãos que constituam módulos adequa-
corredores de uso privativo será de 0,80m (oitenta dos à passagem de pessoas, conforme as normas
centímetros. técnicas oficiais.
§ 5º- Os átrios, passagens ou corredores de § 2º- As portas de saída dos recintos com
uso comum ou coletivo, servindo compartimento lotação superior a 200 pessoas deverão ter ferra-
situados em andar correspondente ao da soleira de gens antipânico.
ingresso, e nos quais para alcançar o nível das áreas
externas ou do logradouro, haja mais de três de-
graus para descer, a largura mínima exigida para o
escoamento do setor servido será acrescido de 25%
(vinte e cinco por cento). Se houver mais de três CAPÍTULO III
degraus para subir, a largura exigida será acrescida DOS AFASTAMENTOS, FACHADAS E SA-
de 50% (cinquenta por cento). LIÊNCIAS
Art. 87- Ainda que a largura necessária ao
escoamento, nos termos do artigo 85 ou calculada SEÇÃO I
conforme o disposto no parágrafo 5º do artigo ante- DOS AFASTAMENTOS
rior, permita dimensão inferior, os átrios, passagens
ou corredores de circulação geral, do andar corres- Art. 89- Para efeito das implantações das
pondente à soleira principal de ingresso da edifica- edificações de um modo geral no lote, visando fa-
ção deverão apresentar, pelo menos, as larguras se- vorecer a paisagem urbana e assegurar a insolação,
guintes: a iluminação e a ventilação dos logradouros públi-
I- de 1,80 m (um metro e oitenta centímetros), cos, dos compartimentos da própria edificação e
quando servirem às escadas e aos elevadores, dos imóveis vizinhos, ficam estabelecidos os se-
simultaneamente, nas edificações não obrigadas guintes afastamentos mínimos, conforme sua loca-
à instalação de elevadores, nos termos dos arti- lização dentro do zoneamento estabelecido pela Lei
gos 112, 113 e 114 e com destinações para de parcelamento, uso e ocupação do solo:
apartamentos, escritórios, serviços especiais e I- as edificações destinadas ao comércio deverão
consultórios; situar-se em relação às divisas:
II- de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), a) frontal - no alinhamento dos logradouros ou
quando servirem, simultaneamente, às escadas e afastadas delas 4,00 m (quatro metros);
aos elevadores nas edificações que devem dis- b) lateral - na divisa ou afastada dela 1,50m (um
por de elevadores, nos termos dos artigos 112, metro e cinquenta centímetros)no mínimo;
113 e 114 e que tenham as destinações referidas c) fundos - 5,00m (cinco metros);
no ítem anterior; II- As edificações destinadas a fins residenciais
III- de 1,80m (um metro e oitenta centímetros) deverão situar-se em relação às divisas:
quando derem acesso exclusivamente às esca- a) frontal - afastamento de 4,00m (quatro metros)
das ou de 1,50m (um metro e cinquenta centí- no mínimo;
metros) quando servirem exclusivamente aos b) lateral - na divisa, ou afastada dela, 1,50m (um
elevadores, no caso de edificações que devem metro e cinquenta centímetros) no mínimo;
dispor de elevadores, nos termos dos artigos c) fundos - na divisa, ou afastada dela, 5,00 m
112, 113 e 114 e que tenham as destinações re- (cinco metros) no mínimo;
feridas no ítem I; III- as edificações destinadas à serviços deverão
IV- de 1,80m (um metro e oitenta centímetros) para obedecer os afastamentos do ítem I deste artigo;
acesso às escadas e mais de 1,50m(um metro e IV- as edificações destinadas a fins industriais de-
cinquenta centímetros), quando servirem aos verão obedecer os seguintes afastamentos:
elevadores no caso de edificações não referidas a) frontal - 7,00m (sete metros);
no ítem I. b) lateral - 5,00m (cinco metros);
Art. 88- As portas das passagens e corre- c) fundos - 7,00m (sete metros).
dores que proporcionam escoamento à lotação dos § 1º- No caso de prédios não será exigido
compartimentos de uso coletivo ou dos setores da o afastamento frontal especificado na letra a do
edificação, excluídas aquelas de acesso às unida- ítem II e se este possuir mais de dois pavimentos, o
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afastamento lateral a partir do segundo pavimento b) esteja situada a altura de 3,00m (três metros)
será de 2,00 m (dois metros). acima de qualquer ponto do passeio;
§ 2º- em todos os casos deverão ficar as- c) não oculte ou prejudique árvores, semáforos,
segurados, a insolação e ventilação necessárias, de postes, luminárias, fiação aérea, placas ou ou-
acordo com o capítulo V, deste título. tros elementos de informação, sinalização ou
Art. 90- Em qualquer hipótese de mais de instalação pública;
uma edificação no mesmo lote ou de blocos sobre- d) seja executada de material durável e incombus-
levados de uma mesma edificação, será observado, tível e dotada de calhas e condutores para águas
entre eles a distância mínima de 3,00 m (três me- pluviais, estes embutidos nas paredes e passa-
tros). dos sob o passeio até alcançar a sarjeta, através
§ Único - O acesso ao prédio dos fundos de gárgulas;
será feito por meio de passagem lateral aberta, com e) não contenham grades, peitoris ou guarda-
a largura mínima de 1,50m (um metro e cinquenta corpos;
centímetros). III- quando situadas nas esquinas de logradouros,
Art. 91- Nas edificações, permitidas situ- poderão ter seus pavimentos superiores avançados
arem-se nas divisas, não será permitida aberturas de apenas somente o canto chanfrado, que formem
janelas, beirais, terraços ou desaguamento de águas corpo saliente, em balanço sobre os logradouros.
pluviais, ou ainda qualquer tipo de artifício devas- Esse corpo saliente sujeitar-se-á aos seguintes re-
sador do imóvel vizinho. Nos demais casos serão quisitos:
rigorosamente observados os afastamentos próprios a) deverá situar-se a altura de 3,00m (três metros)
e legalmente previstos. acima de qualquer ponto do passeio;
b) nenhum de seus pontos poderá ficar a distância
SEÇAO II inferior a 0,90 m (noventa centímetros) de árvo-
DAS FACHADAS res, semáforos, postes, luminárias, fiação aérea,
placas ou outros elementos de informação, sina-
Art. 92 - Composição e pintura das facha- lização ou instalação pública;
das bem como os objetos fixos, anúncios e dizeres IV- serão executadas no alinhamento do logradouro
neles constantes são livres, nos limites do bom sen- ou então deverão observar o recuo mínimo de
so estético, salvo nos casos de locais onde as leis 4,00m (quatro metros) não podendo situar-se
especiais estabelecerem restrições em benefício de em posição intermediária entre a linha de recuo
uma solução conjunta. e o alinhamento.
§ Único - As edificações serão dotadas de
SEÇÃO III marquises ou colunatas ao longo do alinhamen-
DAS SALIÊNCIAS to(galerias de pedestres) nos logradouros onde es-
ses requisitos forem obrigatórios, por disposições
Art. 93- Nos logradouros onde forem de leis especiais.
permitidas as edificações no alinhamento, estas de- Art. 94- Poderão avançar sobre as faixas
verão observar as seguintes condições: de recuo obrigatório do alinhamento dos logradou-
I- somente poderão ter saliências, em balanço com ros:
relação ao alinhamento dos logradouros, que: I- as molduras ou motivos arquitetônicos, que não
a) formem molduras ou motivos arquitetônicos e constituam área de piso e cujas projeções em
não constituam área de piso; plano horizontal não avancem mais de 0,40m
b) não ultrapassem, com suas projeções no plano (quarenta centímetros) sobre a linha do recuo
horizontal, o limite máximo de 0,25m (vinte e paralela ao alinhamento do logradouro.
cinco centímetros) em relação ao alinhamento II- os balcões ou terraços, quando abertos, que
do logradouro; formem corpos salientes a altura não inferior a
c) estejam situadas a altura de 3,00m (três metros) 3,00m (três metros) do solo e cujas projeções
no mínimo, acima de qualquer ponto do pas- no plano horizontal:
seio; a) não avancem mais de 1,20m (um metro e vinte
II- marquises, em balanço com relação ao centímetros) sobre a mencionada linha de re-
alinhamento dos logradouros, quando: cuo;
a) na sua projeção vertical sobre o passeio avance b) não ocupem mais de 1/3 de extensão da fachada
somente até 2/3 (dois terços) da largura deste e onde se localizam;
em qualquer caso, não ultrapasse 4m (quatro III- as marquises, em balanço, quando:
metros); a) avançarem, no máximo, até a metade do recuo
obrigatório de frente;
13

b) respeitarem os recuos obrigatórios das divisas III- depósito para guarda de materiais, utensílios ou
do lote; peças, sem a possibilidade de qualquer ativida-
c) forem engastadas na edificação e não tiverem de no local;
colunas de apoio na parte que avança sobre o IV- troca e guarda de roupas;
recuo obrigatório. V- lavagens de roupas e serviços de limpeza.
Art. 95- Não serão permitidas saliências § 1º- Consideram-se compartimentos de
ou balanços nas faixas de recuos obrigatórios das permanência transitória entre outros com destina-
divisas e nas áreas ou faixas mínimas estabelecidas ções similares, os seguintes:
para efeito de iluminação e ventilação. I- escadas e seus patamares(caixa de escada) e as
rampas e seus patamares, bem como as respec-
CAPÍTULO IV tivas antecâmaras;
CLASSIFICAÇÃO E DIMENSÃO DOS COM- II- patamares de elevadores;
PARTIMENTOS III- corredores e passagens.
IV- átrios e vestíbulos;
SEÇAO I V- banheiros, lavabos e instalações sanitárias;
DA CLASSIFICAÇÃO DOS COMPARTI- VI- depósitos, despejos, rouparias e adegas;
MENTOS VII- vestiários e camarins de uso coletivo;
VIII- lavandeiras, despejos e áreas de serviço.
Art. 96- Os compartimentos da edifica- § 2º- Se o compartimento comportar uma
ções, conforme sua destinação assim se classificam: das funções ou atividades mencionadas no artigo
I- de permanência prolongada; 97, será classificado como de permanência longa
II- de permanência transitória; ou prolongada.
III- especiais; Art. 100- Compartimentos especiais são
IV- sem permanência. aqueles que embora podendo comportar as funções
Art. 97- Compartimentos de permanência ou atividades relacionadas nos artigos 97 e 98,
prolongada são aqueles que poderão ser utilizados apresentam características e condições adequadas à
para uma, pelo menos, das funções ou atividades sua destinação especial.
seguintes: § Único - Consideram-se compartimentos
I- dormir ou repousar; especiais entre outros com destinações similares, os
II- estar ou lazer; seguintes:
III- trabalhar, ensinar ou estudar; I- auditórios e anfiteatros;
IV- preparo e consumação de alimentos; II- cinemas, teatros, salas de espetáculos;
V- tratamento ou recuperação; III- museus e galerias de arte;
VI- reunir ou recrear. IV- estúdios de gravação, rádio e televisão;
Art. 98 - Consideram-se compartimentos V- laboratórios fotográficos, cinematográficos e de
de permanência prolongada, entre outros, com des- som;
tinação similar, os seguintes: VI- centros cirúrgicos e salas de Raio-X;
I- dormitórios, quartos e salas em geral; VII- salas de computadores, transformadores e tele-
II- lojas, escritórios, oficinas e indústrias; fonia;
III- salas de aula, estudo ou aprendizado e laborató- VIII- locais para duchas e saunas;
rios didáticos; IX- garagens.
IV- enfermarias e ambulatórios; Art. 101- Compartimentos sem permanên-
V- salas de leitura e biblioteca; cia são aqueles que não comportam permanência
VI- copas e cozinhas; humana ou habitabilidade, assim perfeitamente ca-
VII- refeitórios, bares e salões de restaurantes; racterizados no projeto.
VIII- locais de reuniões e salões de festas; § Único - Compartimento para outras des-
IX- locais fechados para prática de esportes ou gi- tinações ou denominações não indicadas nos arti-
nástica. gos precedentes desta seção, ou que apresentem
Art. 99- Compartimentos de permanência peculiaridades especiais, serão classificados com
transitória são aqueles que poderão ser utilizados base nos critérios fixados nos referidos artigos,
para uma, pelo menos, das funções ou atividades tendo em vista as exigências de higiene, salubrida-
seguintes: de e conforto correspondente à função ou atividade
I- circulação e acesso de pessoas; pertinente.
II- higiene pessoal;
SEÇÃO II
14

DO DIMENSIONAMENTO DOS COMPAR- timento ou espaços de usos comum ou coletivo,


TIMENTOS serão providos de anteparo que impeça devas-
samento de seu interior ou de antecâmara, cuja
Art. 102- Os compartimentos deverão ter menor dimensão será igual ou maior do que
conformação e dimensões adequadas à função ou 0,80 m (oitenta centímetros).
atividades que possam comportar. Art. 106- Para vestiários das edificações,
Art. 103- Os compartimentos em geral, serão observadas as exigências:
mencionados nos artigos 97, 98, 99 e 100 deverão I- terá área mínima de 4,00 m² (quatro metros
ter no plano do piso, formato capaz de conter um quadrados) condição que prevalecerá mesmo
círculo, com diâmetro mínimo proporcional à área quando em edificações para as quais não são
mínima exigida para o compartimento, conforme a obrigatórias;
tabela seguinte: II- quando a área dos vestiários, obrigatória para
edificação, fixada na tabela própria prevista
Áreas mínimas exigidas pa- Para diâmetro mínimo de neste Código, for igual ou superior a 8,00 m²
ra compartimento (m²) círculo no plano de piso (m) (oito metros quadrados), os vestiários serão dis-
até 2,00 0,90 tribuídos em compartimentos separados para os
de 2,01 até 4,00 1,50 dois sexos, cada um com área mínima de 4,00
de 4,01 até 8,00 2,00 m² (quatro metros quadrados).
de 8,01 até 16,00 2,50
de l6,01 até 32,00 3,05? CAPÍTULO V
acima de 32,00 4,50 DISPOSIÇÕES GERAIS SOBRE COMPAR-
TIMENTOS
§ Único - As áreas mínimas dos compar-
timentos são fixadas segundo a destinação ou ativi- SEÇÃO I
dades. A área mínima dos compartimentos de per- INSOLAÇÃO, ILUMINAÇÃO E VENTILA-
manência prolongada será de 6,00 m² (seis metros ÇÃO
quadrados).
Art. 104- O pé direito mínimo dos com- Art. 107- Para efeito de insolação, ilumi-
partimentos será: nação e ventilação, todo o compartimento deverá
I- de 2,70m (dois metros e setenta centímetros) dispor de abertura direta para logradouro, espaço
para os compartimentos de permanência pro- externo, espaço interno ou espaço corredor.
longada; § Único - A abertura poderá ser, ou não,
II- de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros) em plano vertical e estar situada a qualquer altura
de permanência transitória. acima do piso do compartimento, desde que satis-
§1º- Ressalvam-se exigências maiores fi- faça as condições mínimas à finalidade a que se
xadas para a destinação ou atividades, neste Códi- destina.
go. Art. 108- Serão consideradas suficientes
§2º- Os compartimentos especiais terão os para insolação, ventilação e iluminação, dos com-
respectivos pés direitos fixados neste Código. partimentos em geral, as aberturas voltadas para os
Art. 105- Para banheiros, lavabos e insta- recuos previstos no artigo 89, onde estes forem
lações sanitárias das edificações serão observadas exigidos.
as exigências seguintes: § Único - Quando ocorrer a não exigência
I- qualquer edificação que dispuser de comparti- de recuos, os compartimentos em geral, poderão ser
mento para instalação sanitária, este terá área dotados de iluminação artificial e ventilação indire-
mínima de 2,00 m² (dois metros quadrados) e ta, ou ainda ventilação especial, observadas as
conterá, pelo menos, uma bacia sanitária, um normas técnicas aplicáveis.
lavatório e um dispositivo para banho;
II- se a edificação dispuser de mais de um compar- SEÇÃO II
timento para instalação sanitária, cada área mí- RELAÇÃO PISO-ABERTURAS
nima será de 1,20 m² (um metro e vinte centí-
metros quadrados) e conterá, pelo menos, uma Art. 109- Os compartimentos de perma-
bacia sanitária e um lavatório; sendo que um nência prolongada, para serem suficientemente
deles deverá ser dotado de, no mínimo, um dis- iluminados, deverão satisfazer as condições seguin-
positivo para banho; tes:
III- os banheiros, lavabos e instalações sanitárias I- ter profundidade inferior ou igual a três vezes o
que tiverem comunicação direta com o compar- seu pé direito, sendo a profundidade contada a
15

começar da abertura iluminante ou da projeção


da cobertura ou saliência do pavimento superi- SEÇÃO II
or; DOS ELEVADORES DE PASSAGEIROS
II- ter profundidade inferior ou igual a três vezes a
sua largura, sendo a profundidade contada a Art. 112- Deverá ser obrigatoriamente
começar da abertura iluminante ou do avanço servida por elevador de passageiros a edificação
das paredes laterais do compartimento. que tiver o piso do último pavimento situado a altu-
Art. 110- As aberturas para iluminação e ra superior a 10,00 m do piso do andar mais baixo
ventilação dos compartimentos de permanência qualquer que seja a posição deste em relação ao
prolongada e dos de transitória, deverão apresentar nível do logradouro.
as seguintes condições mínimas: § Único - Para efeito do disposto neste
I- área correspondente a 1/6 da área do comparti- artigo, não serão considerados:
mento, se este for de permanência prolongada, e I- o andar enterrado desde que nenhum ponto de
a 1/10 da área do compartimento, se for de sua laje de cobertura fique acima de 1,20 m do
permanência transitória; terreno natural quando:
II- em qualquer caso, não terão áreas inferiores a a) seja destinado exclusivamente ao estacionamen-
0,70 m² e 0,20 m², para compartimentos de to de carros e respectivas dependências, tais
permanência, respectivamente prolongada e como: vestiários, instalações sanitárias e depó-
transitória; sitos;
III- metade, no mínimo, da área exigida para a b) constituir porão ou sub-solo sem aproveitamen-
abertura deverá permitir a ventilação. to para qualquer atividade ou permanência hu-
§ Único - Nos compartimentos utilizados, mana;
parcial ou totalmente, para dormitórios, repouso ou II- As partes sobrelevadas quando destinadas ex-
funções similares, previstas no ítem I do artigo 97, clusivamente a:
as aberturas deverão ser dotadas de dispositivos a) casa de máquinas de elevador;
que permitam simultaneamente o escurecimento e a b) caixa d’água;
ventilação do ambiente. c) outras construções sem aproveitamento ou sem
qualquer atividade ou permanência humana.
CAPÍTULO VI Art. 113- Nos casos obrigatórios da insta-
DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS lação de elevadores, além das normas técnicas ofi-
ciais, será observado o seguinte:
SEÇÃO I I- todos os pavimentos da edificação deverão ser
DOS RECIPIENTES DE LIXO servidos por elevador, sendo permitidas as ex-
clusões dos ítens I e II do parágrafo 1º do art.
Art. 111- Toda edificação de uso coletivo 112;
deverá ser dotada de abrigo ou depósito para reci- II- para efeito de cálculo do tráfego, prevalecerão
piente de lixo, situado no alinhamento da via públi- os índices de população previstos nas normas
ca, na entrada ou pátio de serviço, ou em outro lo- técnicas oficiais.
cal desimpedido e de fácil acesso, apresentando Art. 114- Os elevadores ficam sujeitos às
capacidade apropriada e detalhes construtivos que normas técnicas oficiais e ainda às desta Seção,
atendam à regulamentação própria fixada pela au- sempre que a sua instalação for prevista, mesmo
toridade competente. não obrigatoriamente para a edificação, nos termos
§ 1º- A instalação de caixas de despejos e dos artigos 112 e 113.
de tubos de queda livre, bem como de equipamen- § Único - A existência do elevador não
tos especiais para recolhimento de lixo, será regu- dispensa a existência de escada.
lamentada pela autoridade competente. Art. 115- A casa de máquinas deverá ser
projetada para o fim específico a que se destina.
§ 2º- Não será permitida a instalação de uso parti-
cular de incinerador para lixo. Em casos excepcio- SEÇÃO III
nais, quando a incineração se impuser por medida DOS ELEVADORES DE CARGA
de segurança, sanitária ou de ordem técnica, em
que os resíduos não possam ser recebidos nos inci- Art. 116- Os elevadores de serviço e car-
neradores públicos, sua instalação poderá ser auto- ga deverão satisfazer as normas previstas para ele-
rizada mediante prévio exame e manifestação de vadores de passageiros, no que lhes for aplicável, e
autoridade competente. com as adaptações adequadas, conforme as condi-
ções específicas.
16

§ 1º- Os elevadores de carga deverão dis- V- os espaços para carga e descarga terão pé direi-
por de acesso próprio, independente e separados to mínimo de 4,00.
dos corredores, passagens ou espaços de acesso dos Art.119- Cada estacionamento, garagem
elevadores dos passageiros. ou espaço para carga e descarga, deverá prever no
§ 2º- Os elevadores de carga não poderão mínimo:
ser utilizados no transporte de pessoas, a não ser de I- uma instalação sanitária;
seus próprios operadores. II- depósito para material de limpeza.
Art. 120- Serão permitidos abrigos des-
CAPÍTULO VII montáveis e garagens em residências unifamiliares,
ESTACIONAMENTO, GARAGENS, CARGA desde que satisfeitas as seguintes condições:
E DESCARGA I- terão pé direito mínimo de 2,30m e máximo de
3,00m;
Art. 117- Os estacionamentos, garagens, II- o comprimento máximo será de 6 metros;
espaços para carga e descarga, bem como os seus III- os abrigos poderão ocupar o recuo lateral desde
acessos deverão satisfazer as seguintes exigências: que obedecido o recuo frontal;
I- os espaços para acesso de movimentação de IV- os abrigos desmontáveis poderão ocupar o re-
pessoas serão sempre separados e protegidos cuo frontal, desde que caracterizada a desmon-
das faixas para acesso a circulação de veículos; tabilidade do mesmo;
II- junto aos logradouros públicos, os acessos de V- não serão permitidas aberturas de compartimen-
veículos: tos de permanência prolongada voltadas para a
a) terão a sinalização de advertência para os que área de garagem.
transitam no passeio público; Art. 121- As pérgulas poderão ser execu-
b) deverão cruzar o alinhamento em direção per- tadas sobre a faixa do recuo obrigatório desde que
pendicular a este; a parte vazada, uniformemente distribuída por me-
c) terão as guias do passeio rebaixadas; tro quadrado, corresponda a 50% (cinquenta por
d) poderão ter o rebaixamento das guias, esten- cento) no mínimo, da área de sua projeção horizon-
dendo-se até além da abertura dos acessos, até tal.
um máximo de 75 cm de cada lado, desde que o Art. 122- São admitidas passagens cober-
rebaixamento resultante fique inteiramente den- tas, sem vedação laterais, ligando blocos ou prédios
tro do passeio fronteiro ao imóvel; entre si, desde que observados os seguintes requisi-
e) terão a rampa de concordância vertical entre o tos:
nível do passeio e o da soleira da abertura, situ- I- terão largura mínima de 1,00 m e máxima de
ada inteiramente dentro do alinhamento do 3,20m;
imóvel; II- terão pé direito mínimo de 2,30m e máximo de
f) deverão situar-se a uma distância mínima de 3,20m.
6,00 m das esquinas, contada a partir do início § Único - Serão permitidas coberturas pa-
da curva de concordância ou do centro chanfra- ra tanques do tipo desmontável e pequenos telhei-
do no seu ponto situado no mesmo alinhamento ros, com área máxima de 4,00 m² e dimensões má-
do acesso; ximas de 2 metros.
III- quando os acessos tiverem aberturas separadas
para entradas e saídas, terão a soma de suas lar- CAPÍTULO VIII
guras, totalizando no máximo 7,00 m. DAS GUIAS, PASSEIOS E MUROS
Art. 118- Os estacionamentos ou gara-
gens, espaços para carga e descarga, deverão pre- Art. 123- Os rebaixamentos de guias para
encher os seguintes requisitos: acesso de veículos ao interior do imóvel deverão
I- terão declividade máxima de 20% (vinte por ser previamente autorizados pela Prefeitura.
cento) tomada na parte mais desfavorável do Art. 124- Nos logradouros onde forem
trecho; executados passeios, os lançamentos de águas plu-
II- o início das rampas ou entradas dos elevadores viais poderão ser executados através de condutores
para movimentação dos veículos não poderá fi- passando sob os passeios.
car a menos de 5,00 m do alinhamento dos lo- Art. 125- Em casos especiais de inconve-
gradouros; niências ou impossibilidade de conduzir as águas
III- as rampas terão pé direito mínimo de 2,30 m, e pluviais às sarjetas, será permitido o lançamento
largura mínima de 3,00 m; dessas, em galerias de águas pluviais, após aprova-
IV- os espaços para guarda e estacionamento de ção pela Prefeitura de esquema gráfico indicando
veículos terão pé direito de 2,10 m no mínimo;
17

onde serão lançadas aquelas águas, apresentado pe- Art. 133- Consideram-se residências ge-
lo interessado. minadas, (duas) unidades de moradia contíguas,
§ 1º- As despesas com a execução da liga- que possuam uma parede em comum.
ção às galerias pluviais correrão integralmente por § 1º- Em cada lote será permitida a cons-
conta do interessado. trução de no máximo 2 (duas) casas geminadas,
§ 2º- A ligação será concedida a título desde que:
precário, cancelável a qualquer momento pela Pre- I- constituam um único motivo arquitetônico;
feitura, se dela puder resultar qualquer prejuízo ou II- respeitem todas as disposições deste Código,
inconveniência. que lhes forem aplicáveis (cada unidade resi-
Art. 126- Deverão ser executados fecha- dencial) e a legislação referente ao uso do solo.
mentos ou muro no alinhamento do logradouro pú- III- a parede comum às residências seja de alvena-
blico para os terrenos não edificados, bem como ria com espessura mínima de 0,25(vinte e cinco
passeio pavimentado na extensão da sua testada, centímetros), alcançando o ponto mais alto da
em ruas pavimentadas ou não, desde que exista cobertura;
meio fio. IV- seja devidamente indicado no projeto a fração
Art. 127- A altura mínima para muros e ideal de terreno de cada unidade, que não pode-
fechamentos das divisas laterais, e de fundos, será rá ser inferior a 180,00 m² (cento e oitenta me-
de 1,80m (um metro e oitenta centímetros). tros quadrados).
§ 2º- O terreno poderá ser desmembrado
TÍTULO III quando:
DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS I- resultar para cada lote 10,00 (dez metros) de
testada mínima e área mínima de 300,00m² (tre-
CAPÍTULO I zentos metros quadrados);
DAS EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS II- atender às condições estabelecidas na Lei de
Uso do Solo.
Art. 128- Serão consideradas para efeito Art. 134- Consideram-se residências em
deste artigo as edificações residenciais unifamilia- série o agrupamento de 3(três) ou mais moradias.
res. § 1º- O conjunto deverá atender às exigên-
Art. 129- As escadas deverão atender aos cias estabelecidas pela Lei de Uso do Solo, e cada
seguintes requisitos: unidade obedecer às normas estabelecidas neste
I- largura mínima será de 0,80m; Código.
II- a altura máxima do degrau será de 0,18m; § 2º- As edificações de residência em sé-
III- quando com mais de 19 degraus deverão ter rie, conforme suas características, são:
patamares intermediários, os quais não terão I- transversais ao alinhamento predial: cuja dispo-
qualquer dimensão inferior a 0,80m, no plano sição exige a abertura de corredor de acesso,
horizontal; não podendo o número de unidades de moradia
IV- quando em curva, a menor dimensão dos pisos no mesmo alinhamento ser superior a 10(dez);
dos degraus não poderá ser inferior a 0,07 II- paralelas ao alinhamento predial: dispensam a
m(sete centímetros). abertura do corredor de acesso às unidades re-
Art. 130- Toda casa deverá contar, pelo sidenciais, devido à situação ao longo do logra-
menos, com ambientes para repouso, alimentação, douro público oficial.
serviços e higiene. § 3º- As construções de residências em
Art. 131- As instalações sanitárias deve- série, transversais ao alinhamento predial, deverão
rão conter bacia sanitária, lavatório e dispositivos obedecer às seguintes condições:
para banho. I- o acesso se fará por um corredor com largura
Art. 132- Não serão permitidas comunica- mínima de:
ções diretas entre: a) 4,00 m (quatro metros) quando as edificações
I- compartimentos sanitários providos de mictó- estiverem situadas em um só lado do corredor
rios ou latrinas, com sala de refeições, cozinhas de acesso:
ou dispensas; b) 6,00 m (seis metros) quando as edificações esti-
II- garagens fechadas com dormitórios e cozinhas; verem dispostas em ambos os lados do corre-
III- dormitórios com cozinhas. dor;
§ Único - Os casos especiais de habitação II- quando houver mais de 5 (cinco) unidades no
de baixa renda ficam a critério da Prefeitura a mesmo alinhamento, será feito um bolsão de re-
aprovação. torno cujo diâmetro deverá ser igual a 2 (duas)
vezes a largura do corredor de acesso;
18

III- para cada unidade residencial deverá haver no só pessoa ou em condomínio desde que cada
mínimo uma área livre, equivalente à área de parcela desmembrada atenda às determinações
projeção da residência não sendo computada a fixadas pela lei de zoneamento, e o todo satisfa-
área do recuo da frente; ça demais normas e leis que lhe forem aplicá-
IV- cada conjunto de 5(cinco) unidades terá uma veis.
área correspondente à projeção de uma residên-
cia, destinada a “playground” de uso comum. CAPÍTULO II
§ 5º- O terreno deverá permanecer em DOS APARTAMENTOS
nome de um só proprietário ou em condomínio.
§ 6º- As construções de residências em Art. 136- Serão considerados para efeito
série, paralelas ao alinhamento predial, deverão deste artigo, as edificações residenciais multifami-
obedecer às seguintes condições; liares, sem prejuízo das exigências da Lei de parce-
I- não poderão ser em número superior a lamento, uso e ocupação do solo.
20(vinte); § 1º- Todos os apartamentos deverão ob-
II- cada unidade possuirá área livre igual à área de servar as disposições contidas nos ítens I, II, III e
projeção de moradia; IV do artigo 129 e o ítem I do artigo 132.
III- para cada 10 (dez) unidades haverá área igual § 2º- A residência do zelador, quando
ao dobro da área de projeção de uma nova mo- houver, deverá satisfazer as mesmas condições de
radia, destinada a “playground” de uso comum. unidade residencial unifamiliar, previstas neste ar-
§ 7º- A propriedade do imóvel só poderá tigo.
ser desmembrada quando cada unidade estiver de Art. 137- As edificações para apartamen-
acordo com as exigências da Lei do Uso do Solo. tos, com número igual ou inferior a 12 unidades,
Art. 135- Consideram-se conjuntos resi- deverão ter, com acesso pelas áreas de uso comum
denciais aqueles que tenham 50 (cinquenta) ou ou coletivo e independentes da eventual residência
mais unidades de moradia, respeitadas as seguintes para o zelador, pelo menos os seguintes comparti-
condições: mentos de uso dos encarregados dos serviços da
I- o conjunto deverá atender ao estabelecido na edificação:
Lei do Uso do Solo, e as edificações deverão I- instalação sanitária com área mínima de 1,50
obedecer às normas estabelecidas neste Código; m².
II- o terreno deverá ter 10.000 m² (dez mil metros II- depósito para material de limpeza com área mí-
quadrados), no mínimo; nima de 4,00 m².
III- a largura dos acessos às moradias será determi- § Único - Nas edificações para apartamen-
nada em função do número de moradias a que tos com mais de 12 unidades, deverá ser previsto
irá servi, sendo 6,00 m (seis metros) a largura um vestiário com 4,00 m² além das exigências
mínima; constantes deste artigo.
IV- o acesso às casas deverá ser pavimentado;
V- cada habitação terá área livre igual à área de CAPÍTULO III
projeção da mesma; DO COMÉRCIO
VI- para cada 20 (vinte) unidades de moradia ou
fração haverá “play ground” comum, com área Art. 138- As edificações especiais para
equivalente a 1/5 (um quinto) da soma das áreas comércio destinam-se às seguintes atividades:
de projeção das moradias;; I- restaurantes e congêneres;
VII- será obrigatória a construção de salas de aula e II- lanchonetes, bares e congêneres;
outras dependências necessárias na proporção III- confeitarias, padarias e congêneres;
de 3 (três) salas por 150 (cento e cinquenta) re- IV- açougues e peixarias;
sidências; V- mercearias e quitandas;
VIII- além de 100 (cem) unidades residenciais, será VI- mercados e supermercados.
reservada área para comércio vicinal; Art. 139- Os compartimentos destinados a
IX- o terreno será convenientemente drenado; preparo de alimentos, higiene pessoal e outros que
X- serão previstas redes de iluminação e de água e necessitam de maior limpeza e lavagens, apresenta-
esgoto; rão piso e as paredes até a altura mínima de 2,00m
XI- os conjuntos poderão ser constituídos de pré- revestidos de material durável, liso, impermeável e
dios de apartamentos e/ou moradias isoladas ou resistente a frequentes lavagens.
ainda geminadas; § Único - Os pisos de que trata o presente
XII- o terreno, no todo ou em partes, poderá ser artigo, serão dotados de ralos para escoamento das
desmembrado em várias propriedades, de uma águas de lavagens.
19

Art. 140- Os compartimentos destinados a c) dependência para guarda de utensílios de lim-


trabalho, fabrico, manipulação, cozinha e despensa, peza e serviços;
não poderão ter comunicação direta com compar- d) rouparia;
timentos sanitários providos de mictórios ou bacias e) vestiário para cada sexo na proporção de um
sanitárias. para cada 50 quartos ou fração;
Art. 141- Os compartimentos destinados a f) sanitários providos de um lavatório, uma bacia
consumação, trabalho, manipulação, preparo, reta- sanitária e um dispositivo para banho, na pro-
lho, cozinha e copas deverão dispor de pia com porção de dois para cada 50 quartos ou fração,
água corrente e, no piso, de ralo para escoamento que deverão estar situados no mesmo andar, ou
das águas de lavagem. no máximo em dois andares, sendo um imedia-
Art. 142- Os estabelecimentos deverão tamente superior ou inferior ao outro;
possuir geladeiras para a guarda de gêneros alimen- g) estacionamento para autos na proporção de um
tícios perecíveis e balcões frigoríficos para exposi- “box” para cada 04 (quatro) hóspedes.
ção destas mercadorias, quando for o caso, com II- quando o hotel servir refeições será obrigatória
capacidade adequada. a existência de:
Art. 143- As edificações deverão dispor a) sala de refeições;
de instalações sanitárias para uso dos empregados e b) cozinha;
do público, em número correspondente à área do c) copa e despensa;
andar, mais a dos eventuais andares contíguos, d) câmaras frigoríficas ou geladeiras para conser-
atendidos pela instalação, conforme o disposto na var gêneros alimentícios perecíveis.
tabela seguinte: III- as dependências a que se referem as letras “a”,
“b”, “c”, do ítem II e a letra “c” do ítem I deve-
área dos andares instalação míni- obrigatória rão ter cada uma:
servidos ma a) área mínima de 12,00 m² se o total das áreas
empregados público dos compartimentos que possam ser utilizados
Lav ba- mic Lav ba- mic para hospedagem for igual ou inferior a 250,00
cia cia
sanit sanit m².
até 50 m² 1 1 - - - - b) a área mínima fixada será acrescida de 1,00 m²
de 50 a 119 m² 1 1 1 1 1 -
para cada 30,00 m² ou fração, da área total dos
de 120 a 249 m² 2 2 1 2 2 -
compartimentos de hospedagens que exceder
de 250 a 549 m² 2 2 2 2 2 1
250,00 m².
de 550 a 999 m² 3 3 3 3 3 1
de 1000 a 1999 m²
IV- os quartos de hóspedes terão:
4 4 4 3 3 2
de 2000 a 3000 m² 6 5 5 4 4 2
a) área mínima de 8,00 m² quando destinados a
acima de 3000 m² 1/500 1/50 1/60 1/750 1/75 1/15 uma pessoa;
m²ou 0 0 m²ou 0 0
fraç. m²ou m²ou fraç. m²ou m²ou
b) área mínima de 10,00 m² quando destinados a
fraç. fraç. fraç. fraç. duas pessoas;
c) dimensões mínimas de 2,50m.
V- os banheiros privativos, corredores, escadas e
SEÇÃO I galerias de circulação terão larguras mínimas de
DOS HOTÉIS, PENSÕES E SIMILARES 1,50m.
VI- quando os quartos não possuírem banheiros
Art. 144- Quando constituídas edificações privativos, deverá haver um em cada andar, pa-
que comportem também outras destinações, nos ra cada grupo de 05 quartos, tendo no mínimo
casos previstos neste Código, os hotéis, pensões e uma bacia sanitária, um lavatório e dispositivo
similares terão sempre acesso próprio independente para banho para cada sexo.
e fisicamente separado do acesso de uso comum, Art. 146- Serão consideradas pensões, as
coletivo, da edificação. moradias coletivas, semelhantes a hotéis, que con-
Art. 145- Além das disposições gerais tiverem até 10 (dez) quartos e fornecerem alimen-
deste Código que lhe forem aplicáveis, as constru- tação em refeitório coletivo.
ções destinadas a hotéis deverão satisfazer as se- § 1º- As pensões ficam dispensadas dos
guintes condições: ítens: I- a, I- d, I- e, I- g, e II- d do artigo 145.
I- além das peças destinadas à habitação, deverão § 2º- Deverão prever as áreas mínimas de
no mínimo possuir as seguintes dependências: acordo com o ítem III do artigo 145 deste Código.
a) serviços de portaria, recepção e comunicação; § 3º - Os quartos de hóspedes terão:
b) sala de estar; a) área mínima de 6,00 m², quando destinados a
uma pessoa;
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b) área mínima de 8,00 m², quando destinados a desses compartimentos ter a área mínima de 10,00
duas pessoas; m².
c) dimensão mínima de 2,00 m. § 1º- Se os compartimentos ou ambientes,
Art. 147- Os motéis se caracterizam pelo que possam ser utilizados para a venda ou consu-
estacionamento dos veículos próximos às respecti- mação, apresentarem área cujo total seja superior a
vas unidades distintas e autônomas destinadas a 40,00 m², deverão satisfazer as exigências previstas
hospedagem e deverão satisfazer as seguintes con- para restaurantes, nos artigos 148 e 149.
dições: § 2º- Se o total das mencionadas áreas for
I- cada unidade distinta e autônoma para hospeda- igual ou inferior a 40,00 m², o preparo dos alimen-
gem será constituída de: tos poderá ser feito em ambiente apenas separado
a) área mínima de 8,00 m², quando destinada a da parte da venda ou consumição por instalações
uma pessoa ou com área de 10,00 m², quando adequadas. O ambiente terá instalações para exaus-
destinada a duas pessoas; tão de ar para o exterior, com tiragem mínima de
b) instalação sanitária com bacia sanitária, lavató- um volume de ar do compartimento, por hora ou
rio e dispositivo para banho com área mínima sistema equivalente, aplicável esta medida ao “Ca-
de 1,50 m². put” do artigo 149.
II- terão compartimento para recepção com área Art. 151- Os compartimentos destinados
mínima de 8,00 m²; ao preparo ligeiro de alimentos, denominados co-
III- terão espaço para estacionamento de um veícu- pas-quentes, terão área mínima de 4,00 m².
lo para cada unidade autônoma utilizada para Art. 152- Havendo compartimentos para
hospedagem, com área mínima de 13,00 m²; despensa ou depósito de gêneros alimentícios, de-
IV- quando houver serviço de refeições, deverá es- verá estar ligado diretamente à copa ou cozinha e
tar de acordo com o disposto no ítem III do ar- ter área mínima de 4,00 m².
tigo 145. Art. 153- Nas confeitarias, padarias, mas-
sas e sorveterias, a soma das áreas dos comparti-
SEÇÃO II mentos destinados à exposição, venda, trabalho e
DOS RESTAURANTES, LANCHONETES, manipulação, deverá ser igual ou superior a 40,00
CANTINAS E CONGÊNERES m² podendo cada um desses compartimentos ter a
área mínima de 10,00 m².
Art. 148- Nos restaurantes, pizzarias, Art. 154- Havendo compartimentos para
churrascarias, casas de chá e cantinas, os compar- despensa ou depósito de matéria-prima, fabrico de
timentos destinados a consumação deverão apre- pão, massas doces e confeitos, deverá estar ligado
sentar áreas na relação mínima de 1,20 m² por pes- diretamente ao compartimento de trabalho ou ma-
soa. A soma das áreas desses compartimentos não nipulação e ter área mínima de 8,00 m², devendo
poderá ser inferior a 40,00 m², devendo, cada um ainda ter instalações de exaustão de ar ou sistema
ter o mínimo de 8,00 m². equivalente.
Art. 149- Além da parte destinada a con-
sumação, os restaurantes deverão dispor de cozi- SEÇÃO III
nha, com área correspondente, no mínimo, à rela- DOS AÇOUGUES E PEIXARIAS
ção a de 1,50 de área total dos compartimentos que
possam ser utilizados para consumação e que não Art. 155- Os açougues, peixarias bem
será inferior a 10,00 m². como os estabelecimentos de comércio de aves e
§ 1º- Havendo copa em compartimento ovos, deverão dispor de um compartimento desti-
próprio, a área deste poderá ser descontada da área nado à exposição e venda, atendimento ao público
exigida para a cozinha, nos termos deste artigo, ob- e desossa, com área não inferior a 15,00 m².
servada para a copa a área mínima de 4,00 m². § 1º- O compartimento de que trata este
§ 2º- Deverão ser previstos sanitários para artigo, deverá ter pelo menos, uma porta de largura
empregados na proporção de dois sanitários, um não inferior a 2,00 m, amplamente vazada, de mo-
para cada sexo, para cada 20,00 m² de área de con- do a assegurar ampla ventilação.
sumação. § 2º- Quando o compartimentos se locali-
Art. 150- Nos bares, lanchonetes, pastela- zar no interior da edificação, a ventilação natural
rias e aperitivos, a soma das áreas dos comparti- exigida por este artigo poderá ser substituída pela
mentos destinados à exposição, venda ou consuma- instalação de renovação de ar no compartimento ou
ção, refeições ligeiras, quentes ou frias, deverá ser sistema equivalente.
igual ou superior a 20,00 m², podendo cada um
21

§ 3º- As paredes deverão ser revestidas IX- reservatório de água com capacidade mínima
com material impermeável, liso e resistente à fre- correspondente a 30 (trinta) litros por m² (metro
quentes lavagens, até o teto. quadrado) de área construída.
Art. 156- Nas mercearias, empórios e qui- Art. 160- Cada um dos locais destinados à
tandas, a soma das áreas dos compartimentos desti- venda dos diversos tipos de mercadorias, deverão
nados à exposição, venda, atendimento ao público, satisfazer as exigências deste Código, conforme o
retalho ou manipulação de mercadorias, deverá ser gênero de comércio, no que lhes for aplicável.
igual ou superior a 20,00 m², podendo cada um § Único - Estes compartimentos deverão
desses compartimentos ter área mínima de 10,00 ter área mínima de 6,00 m² e largura mínima de
m². 2,00 m (dois metros).
Art. 157- Nos estabelecimentos onde se
trabalhe com produtos “in natura” ou se efetua a SEÇÃO VI
manipulação ou preparo de gêneros alimentícios, DOS SUPERMERCADOS
deverá haver compartimento exclusivo para esse
fim. Art. 161- Os supermercados caracterizam-
Art. 158- Havendo compartimento para se pela venda de produtos variados, distribuídos em
despensa ou depósito de gêneros alimentícios, de- balcões, estantes ou prateleiras, sem formação de
verá estar ligado diretamente ao compartimento de bancas ou boxes e com acesso somente para pesso-
trabalho ou manipulação e ter área mínima de 4,00 as.
m². § 1º- Os supermercados deverão ter seções
para comercialização, pelo menos de cereais, le-
SEÇÃO V gumes, verduras e frutas frescas, carnes, laticínios,
DOS MERCADOS VAREJISTAS conservas, frios e gêneros alimentícios enlatados.
§ 2º- A área ocupada pelas seções para
Art. 159- Os estabelecimentos destinados comercialização de gêneros alimentícios, mencio-
à venda de gêneros alimentícios e, subsidiariamen- nados no parágrafo anterior, não será inferior a:
te, de objetos de uso doméstico, também chamados a) 60% da área total destinada a comercialização,
“mercados”, deverão satisfazer as seguintes exi- quando esta for igual ou inferior a 1.000 m².
gências: b) 600,00 m² mais 20% da área de comercializa-
I- portas e janelas gradeadas e dotadas de tela, de ção excedente de 1.000 m² e até a 2.000,00 m²;
forma a permitir franca ventilação e impedir a c) 40% da área total destinada à comercialização,
entrada de roedores e insetos; quando for superior a 2.000,00 m².
II- pé direito mínimo de 4,00 m(quatro metros), Art. 162- Os supermercados deverão sa-
contados do ponto mais baixo da cobertura; tisfazer os seguintes requisitos:
III- abastecimento de água e rede interna para es- I- os balcões, estantes, prateleiras ou outros ele-
coamento de águas residuais e de lavagem, pre- mentos para exposição, acomodação ou venda
vendo, no mínimo, um ponto de água e um ralo de mercadorias serão espaçados entre si, de
para cada unidade em que se subdividir o mer- modo que formem corredores compondo malha
cado; para proporcionar circulação adequada às pes-
IV- permitir a entrada e fácil circulação de cami- soas;
nhões por passagens pavimentadas, de largura II- a largura de qualquer trecho de malha de circu-
não inferior a 4,00 m (quatro metros); lação interna (corredor entre corredores trans-
V- quando possuírem área interna, estas não pode- versais) deverá ser igual, pelo menos, a 1/10
rão ter largura inferior a 4,00m (quatro metros) (um décimo) do seu comprimento e nunca me-
e deverão ser pavimentadas com material im- nor do que 1,50 m;
permeável e resistente; III- não poderá haver menos de duas portas de in-
VI- área total dos vãos de iluminação não inferior a gresso, e cada uma deverá ter a largura mínima
1/5 (um quinto) da área construída, devendo, os de 2 m (dois metros);
vãos disporem de forma a proporcionar aclara- IV- o local destinado a comércio, onde se locali-
mento uniforme; zam os balcões, estantes, prateleiras e outros
VII- sanitários separados para os dois sexos, um similares, deverá ter:
para cada 100,00 m² (cem metros quadrados) de a) área não inferior a 250,00 m²;
área construída; b) pé direito mínimo de 5,00 m, que poderá ser
VIII- metade da área de iluminação utilizada para reduzido para o mínimo de 4,00 m, quando
ventilação mecânica; houver equipamento para condicionamento de
ar;
22

c) aberturas uniformemente distribuídas para pro- DAS EDIFICAÇÕES PARA SERVIÇOS


porcionar ampla iluminação e ventilação;
d) instalações frigoríficas com capacidade adequa- Art. 164- Nos estabelecimentos destina-
da para a exposição de mercadorias perecíveis, dos aos serviços de saúde sem internamento; far-
tais como: carnes, peixes, frios e laticínios; mácias, drogarias; hidro-fisioterapia; barbearias e
e) o piso, as paredes, os pilares ou colunas, até a salões de beleza; compartimentos destinados ao
altura mínima de 2,00 m (dois metros) revesti- público, trabalho, manipulação, exame, tratamento,
dos de material liso, durável, impermeável e re- aplicações, banhos, massagens e similares; deverão
sistente a constantes lavagens; dispor de pia com água corrente, bem como satisfa-
V- haverá sistema completo de suprimento de água zer o artigo 103, deste Código.
corrente, que consiste em:
a) reservatório, com capacidade mínima corres- SEÇÃO I
pondente a 40 litros por m² da área total de co- DOS SERVIÇOS DE SAÚDE SEM INTER-
mercialização; NAMENTO
b) instalação de torneira e pia nas seções em que
se trabalhar com carnes, peixes, laticínios e Art. 165- Nas clínicas médicas e dentá-
frios, bem como na manipulação, preparo, reta- rias, laboratórios de análises clínicas, radiologias,
lhamento e atividades similares; ambulatórios, oficinas de prótese e bancos de san-
c) instalação ao longo do local de comercialização gue, a soma das áreas dos compartimentos destina-
de registros apropriados à ligação de manguei- dos à recepção, espera, atendimento, exame, trata-
ras para lavagem, na proporção de um para cada mento e manipulação deverá ser igual ou superior a
100,00 m² ou fração de área de piso; 20,00 m², podendo cada compartimento ter área
VI- as instalações sanitárias, que obedecerão ao mínima de 10,00 m².
disposto no artigo 143 serão distribuídos de § Único - Os compartimentos destinados a
forma que nenhum balcão, estante ou prateleira radiografias, guarda de material ou de produtos,
fique dela distante menos de 5,00 m, nem mais deverão ter área mínima de 4,00 m².
de 80,00 m; Art. 166- Os compartimentos onde se lo-
VII- se houver seção incumbida da venda e desos- calizarem equipamentos que produzem radiações
samento de carnes ou peixes, deverá ter com- perigosas (raios-x, cobalto e outros) deverão ter
partimento próprio, que satisfaça o disposto no paredes, piso e teto em condições adequadas de
artigo 155; isolamento para proteger os ambientes vizinhos.
VIII- outros compartimentos ou recintos, ainda que
semi-abertos, destinados a comércio ou depósi- Art. 167- Os bancos de sangue deverão
to de gêneros alimentícios, deverão: ter:
a) ter área não inferior a 8,00 m² e contar, no pla-
no do piso, um círculo de diâmetro mínimo de I- salas de coletas de sangue com área mínima de
2,00 m; 6,00 m²;
b) dispor de iluminação e ventilação de comparti- II- laboratórios de imuno-hematologia e sorologia
mento de permanência prolongada; com área mínima de 12,00 m²;
c) dispor de instalação para exaustão de ar para o III- salas de esterilização com área mínima de
exterior, com tiragem mínima de um volume de 10,00 m².
ar do compartimento, por hora, ou sistema
equivalente; SEÇÃO II
IX- haverá compartimento próprio para depósito DAS FARMÁCIAS E DROGARIAS
dos recipientes de lixo, com área mínima de
6,00 m². Art. 168- Nas farmácias, a soma das áreas
§ Único - Os compartimentos destinados a dos compartimentos destinados à recepção, aten-
administração e outras atividades, deverão satisfa- dimento ao público, manipulação e aplicação de
zer as exigências relativas aos compartimentos de injeções, deverá ser igual ou superior a 20,00 m²,
permanência prolongada. podendo cada compartimento ter área mínima de
Art. 163- Deverá ser prevista área de es- 10,00 m².
tacionamento, no mínimo com área igual a área de § 1º- A manipulação e preparo de medi-
vendas. camentos ou aviamentos de receitas será, obrigato-
riamente, feito em compartimento próprio, que
atenda as exigências deste artigo.
CAPÍTULO IV
23

§ 2º- A aplicação de injeções será feita em


compartimentos próprios, com área mínima de 2,00 CAPÍTULO V
m² e capaz de conter, no plano do piso, um círculo DOS ESCRITÓRIOS
de diâmetro mínimo de 1,20 m.
§ 3º- Os compartimentos destinados à
guarda de materiais ou produtos deverão ter área Art. 171- Para efeito deste Código, serão
mínima de 4,00 m². considerados como locais para escritórios, as cons-
truções destinadas, exclusivamente, à realização de
SEÇÃO III atividades administrativas, prestação de serviços
DAS HIDRO-FISIOTERAPIAS profissionais, técnicos e burocráticos.
§ 1º- As salas de trabalho terão, no míni-
Art. 169- Nos serviços de fisioterapia, clí- mo, 10,00 m² (dez metros quadrados) de área.
nicas de beleza, saunas, massagens e ginásticas, a § 2º- Os corredores, saletas de espera, ves-
soma das áreas dos compartimentos destinados à tíbulos, “hall” de elevadores ou sanitários não são
recepção, espera, atendimento do público, exercí- considerados salas de trabalho.
cios e tratamento, deverá ser igual ou superior a Art. 172- É obrigatório instalação de um
40,00 m², podendo cada compartimento ter área sanitário provido de uma bacia e um lavatório para
mínima de 10,00 m². cada sala ou grupo de salas utilizadas na relação de
§ 1º- Esses compartimentos deverão satis- 50,00 m² (cinquenta metros quadrados) ou fração,
fazer as condições de compartimento de permanên- para cada instalação.
cia prolongada, bem como ter o piso, as paredes e § Único - Para efeito deste artigo, deverá
pilares, revestidas com material liso, durável e im- ser considerado cada pavimento uma unidade autô-
permeável até a altura de 2,00 m. noma.
§ 2º- Os compartimentos individuais des-
tinados a banho e vestiários deverão ter: Art. 173- As edificações para escritórios,
I- para banho de chuveiro ou banho parcial, com com área total de construção superior a 750,00 m²,
meia banheira, área de 2,00 m²; deverão ainda ter, com acesso pelas áreas de uso
II- para banho de imersão completo, com banheira, comum ou coletivo e independente da eventual re-
área de 3,00 m². sidência do zelador, pelo menos, os seguintes com-
§ 3º- Se as instalações para banho e vestiá- partimentos para uso dos encarregados do serviço
rios forem agrupadas em compartimentos, as divi- da edificação:
sões internas de cada agrupamento deverão ter altu- I- instalação sanitária, com área mínima de 1,20
ra mínima de 1,80 m, manter a distância livre, até o m²;
teto, de 0,40 m, no mínimo, e formar recintos com II- depósito ou armário para guarda de material de
as áreas e dimensões mínimas fixadas nos ítens I e limpeza, de conserto ou outros fins;
II. III- vestiários, com área mínima de 4,00 m².
§ 4º- No caso de cada agrupamento de ins- § Único - Nas edificações com área total
talações apresentar celas para banhos e para vestiá- de construção igual ou inferior a 750,00 m², serão
rios, separadamente, a área mínima de cada sela obrigatórios apenas os compartimentos menciona-
será de 1,00 m² e a menor dimensão será de 0,80 m. dos nos ítens I e II deste artigo.
CAPÍTULO VI
SEÇÃO IV DAS LOJAS
DAS BARBEARIAS E SALÕES DE BELEZA Art. 174- As edificações para lojas desti-
nam-se às atividades comerciais relacionadas abai-
Art. 170- Nas barbearias, salões de beleza xo:
e cabeleireiros, a soma das áreas dos compartimen- I- armarinhos e artigos para presentes;
tos destinados à recepção, espera, atendimento ao II- eletrodomésticos;
público e trabalho, deverá ser igual ou superiora III- armas e munições;
20,00 m², podendo cada compartimento ter área IV- tecidos;
mínima de 10,00 m². V- artigos esportivos;
§ Único - Esses compartimentos deverão VI- brinquedos;
satisfazer as condições de compartimentos de per- VII- vestuários;
manência prolongada e ter o piso de pavimento re- VIII- casa lotérica;
vestido de material liso, impermeável e resistente à IX- instrumentos médicos e dentários;
frequentes lavagens. X- instrumentos musicais;
XI- lustres;
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XII- papelaria, livraria, revistas e jornais; zelador ou vigia, pelo menos, os seguintes compar-
XIII- perfumaria e cosméticos; timentos, para uso dos empregados da edificação:
XIV- artigos para construção; I- instalação sanitária, com área mínima de
XV- móveis; 1,20m²;
XVI- reparos de eletrodomésticos de pequeno por- II- depósito de material de limpeza, de consertos e
te; outros fins, com área não inferior a 4,00 m².
XVII- galeria de arte e antiquários;
XVIII- agências de veículos motorizados e acessó-
rios (sem oficina); CAPÍTULO VII
XIX- casas de pássaros e peixes;
XX- floricultura; DAS EDIFICAÇÕES PARA HOSPITAIS E
XXI- implementos agrícolas; CONGÊNERES
XXII- pneus (vendas);
XXIII- artigos religiosos; SEÇÃO I
XXIV- ótica, foto e filmes;
XXV- joalheria e relojoaria; DAS NORMAS COMUNS
XXVI- tabacaria;
XXVII- molduraria e vidraçaria
XXVIII- tinturaria e lavanderia. Art. 180- As edificações para hospitais,
Art. 175- As áreas de vendas e atendi- clínicas, pronto-socorros, ambulatórios de análises,
mentos ao público terão, no mínimo 10,00 m² (dez asilos e congêneres, destinam-se a prestação de as-
metros quadrados). sistência médico-cirúrgica, com inclusive interna-
Art. 176- É obrigatória a instalação sani- mento de pacientes.
tária para uso dos empregados e do público, con-
forme disposto na tabela seguinte: § Único - As edificações de que trata este
artigo serão sempre de alvenaria.
área dos andares instalação míni- obrigatória
servidos ma Art. 181- Conforme as características e
empregados público finalidades das atividades relacionadas nos parágra-
Lav ba- mic Lav ba- mic fos deste artigo, das edificações de que trata o arti-
cia cia
sanit sanit go anterior poderão ser:
até 50 m² 1 1 - - - - I- hospitais;
de 50 a 119 m² 1 1 1 1 1 - II- clínicas e laboratórios de análises com interna-
de 120 a 249 m² 2 2 1 2 2 -
mento de pacientes;
de 250 a 499 m² 2 2 2 2 2 1
III- asilos, orfanatos, albergues e congêneres;
de 500 a 999 m² 3 3 3 3 3 1
1/300 1/30 1/30 1/600 1/60 1/30 § 1- Atividades hospitalares:
acima de 999 m² m² 0 0 m² 0m² 0 I- hospitais;
m² m² m²
II- sanatórios;
§ Único - Para efeito deste artigo deverá
III- maternidades;
ser considerado cada pavimento como uma unidade
IV- casas de saúde;
autônoma.
V- pronto-socorros;
Art. 177- As lojas com área total de cons-
VI- postos de saúde;
trução superior a 250 m² deverão ser dotadas de
VII- centros de saúde;
vestiário, com área na proporção de 1/60(um ses-
senta avos) da área da loja.
§ 2- Atividades clínicas e de pronto-
Art. 178- Nas lojas de 5,00 m (cinco me-
socorro:
tros) ou mais de pé direito, será permitida a cons-
trução de sobreloja ou jirau, ocupando área inferior
I- clínicas;
a 50% (cinquenta por cento) da área da loja, desde
II- ambulatórios;
que não prejudique as condições de iluminação e
III- dispensários.
ventilação, sendo mantido o pé direito mínimo de
2,50m (dois metros e cinquenta centímetros).
§ 3º- Atividades de coleta e armazenamen-
Art. 179- As edificações para lojas, com
to de sangue:
área total de construção superior a 750,00 m², de-
I- bancos de sangue;
verão ter, com acesso pelas áreas de uso comum ou
II- serviços de hemoterapia.
coletivo e independente da eventual residência do
25

§ 4º- Atividades de análises clínicas: de 500 a 999 6 6 - 6


I- laboratório de análises clínicas; de 1.000 a 1.999 8 8 - 8
II- serviços de radiologia. de 2.000 a 3.000 10 10 - 10
acima de 3.000 1/300 1/300 - 1/300
§ 5º- Atividades de fisioterapias e reabili- m² ou m² ou m² ou
tação: fraç fraç fraç
I- centro de fisioterapias;
II- institutos de hidroterapias; ÁREA DOS AN- EMPREGADOS
III- centros de reabilitação. DARES SERVI-
DOS
§ 6º- Atividades de atendimento geral de m² lavat bacia mict. chuv.
pacientes: sanit.
I- asilos e casas de repouso; até 119 1 1 - 1
II- orfanatos; de 120 a 249 1 1 1 1
III- creches; de 250 a 499 2 2 1 1
IV- albergues. de 500 a 999 2 2 2 2
de 1.000 a 1.999 3 3 2 2
de 2.000 a 3.000 3 3 2 2
Art. 182- As edificações mencionadas no acima de 3.000 1/ 1/ 1/ 1/
artigo anterior deverá dispor, pelo menos, de com- 1000 1000 1500 1500
partimentos, ambientes ou locais para: m² ou m² ou m² ou m² ou
I- recepção, espera e atendimentos; fraç fraç fraç fraç
II- acesso e circulação;
III- instalação sanitária; ÁREA DOS AN- PÚBLICO
IV- refeitório, copa e cozinha; DARES SERVI-
V- serviços; DOS
VI- administração; m² lavat bacia mict. chuv.
VII- quartos de pacientes ou enfermarias; sanit.
VIII- serviços médicos-cirúrgicos e serviços de até 119 -- - - -
análises ou tratamento; de 120 a 249 1 1 1 -
IX- acesso e estacionamento de veículos; de 250 a 499 1 1 1 -
X- reservatório de água com capacidade calculada de 500 a 999 1 1 1 -
na base de 250 litros por leito. de 1.000 a 1.999 2 2 2 -
de 2.000 a 3.000 3 3 3 -
Art. 183- As edificações de que trata este acima de 3.000 1/ 1/ 1/
capítulo terão próximo à porta de ingresso um 1000 1000 1000
compartimento ou ambiente para recepção, espera m² ou m² ou m² ou -
ou portaria, com área mínima de 16,00 m². fraç fraç fraç
Art. 184- Deverão dispor de instalações
sanitárias para uso dos pacientes, dos empregados e § Único - Nas edificações de que tratam as
do público, em número correspondente a área do Seções II e III deste Capítulo, com área total de
andar, mais a dos eventuais andares contíguos construção superior a 750,00 m², as instalações sa-
atendidos pela instalação, conforme o disposto na nitárias para uso dos pacientes deverão dispor de
tabela seguinte: banheiras para banho de imersão, em número cor-
respondente a 1/600 (um seiscentos avos) ou fração
da área do andar.
INSTALAÇÕES MÍNIMAS OBRIGATÓRIAS Art. 185- As edificações de que trata este
Capítulo deverão ter, com acesso pelas áreas de uso
ÁREA DOS AN- PACIENTES comum ou coletivo, pelo menos os compartimentos
DARES SERVI-
DOS
a seguir indicados:
m² lavat bacia mict. chuv. I- refeitório para pessoal de serviço, com área de
sanit. proporção mínima de 1,00 m² para cada 40,00
até 119 2 2 - 2 m² ou fração da área total dos compartimentos
que possam ser utilizados para internamento,
de 120 a 249 3 3 - 3
alojamento ou tratamento de pacientes;
de 250 a 499 4 4 - 4
26

II- copa e cozinha, tendo em conjunto, área na Art. 186- Todos os compartimentos de
proporção mínima de 1,00 m² para cada 20,00 permanência prolongada ou transitória referidos no
m² ou fração da área total prevista no ítem ante- artigo anterior deverão receber insolação, ilumina-
rior; ção e ventilação, por meio de espaços, previstos
III- despensa ou depósito de gêneros alimentícios nas normas gerais.
com área na proporção mínima de 1,00 m² para § Único - Nas salas de cirurgia, obstetrícia
cada 50,00 m², ou fração da área total prevista e curativos, a relação entre a área da abertura ilu-
no ítem I; minante e a área do compartimento não será inferi-
IV- lavanderia, com área na proporção mínima de or a 1:4.
1,00 m² para cada 50,00 m² ou fração da área Art. 187- Os compartimentos para quartos
total prevista no ítem I; de pacientes, enfermarias, alojamentos, recupera-
V- vestiário para o pessoal de serviço, com área na ção, repouso, cirurgia e curativos terão pé direito
proporção mínima de 1,00 m² para cada 60,00 mínimo de 3,00 m e portas com largura de 0,90 m,
m² ou fração da área total prevista no ítem I; no mínimo.
VI- espaço descoberto próximo à lavanderia, espe- Art. 188- Os compartimentos destinados a
cificamente destinado à exposição ao sol, de alojamentos, enfermarias, recuperação, repouso,
roupas, cobertores e colchões, com área na pro- curativos, consultas, refeitórios e cantinas, depósi-
porção mínima de 1,00 m² para cada 60,00 m² tos e serviços, terão o piso e as paredes satisfazen-
ou fração da área total prevista no ítem I; do as condições previstas no artigo 103.
§ 1º- Deverão ter, ainda, com acesso pelas § 1º- Os acessos, como corredores, passa-
áreas de uso comum ou coletivo, as seguintes de- gens, átrios, vestíbulos, antecâmaras, escadas ou
pendências: rampas, compartimentos ou portarias, bem como os
I- depósito para guarda de material de limpeza, de quartos ou apartamentos de pacientes e similares,
conserto e outros fins, com área mínima de 4,00 terão pelo menos, o piso satisfazendo as condições
m²; previstas no artigo 103.
II- compartimento para serviço com área mínima § 2º- Os compartimentos destinados à ci-
de 4,00 m²; rurgia, obstetrícia, ambulatórios, copas, cozinhas,
III- compartimento devidamente equipado, destina- despensas e similares, deverão ter o piso, as pare-
do à guarda e desinfecção de roupas, cobertores des e pilares, os cantos e as aberturas satisfazendo
e colchões; as condições previstas no artigo 103.
IV- compartimentos para administração, registro, Art. 189- Os compartimentos destinados a
secretaria, contabilidade, gerência e outras fun- curativos, laboratórios, esterilização, colheita de
ções similares. A soma das áreas desses com- material, refeições, copas e cozinhas, bem como os
partimentos não poderá ser inferior a 50,00 m², quartos que não tiverem instalação sanitária em
no caso das edificações da Seção II, deste Capí- anexo, deverão ser providos de pia com água cor-
tulo e de 16,00 m² no caso das edificações das rente.
Seções III e IV. A área mínima de cada compar- Art. 190- As cozinhas, copas ou despen-
timento será de 8,00 m²; sas deverão ser dotadas de geladeiras ou instala-
V- compartimento para posto de enfermagem, com ções frigoríficas com capacidade adequada.
área mínima de 10,00 m²; Art. 191- Os compartimentos ocupados
VI- sala de curativos ou emergência, com áreas mí- por equipamentos que emitam irradiação perigosa
nima de 10,00 m²; (raio-x, cobalto e outros) deverão ter paredes, piso
VII- nas edificações com área construída superior a e teto em condições adequadas de isolamento para
750,00 m², é obrigatória a instalação de farmá- proteger os ambientes vizinhos.
cia, tendo em anexo, compartimento próprio pa- Art. 192- As instalações de fornos ou re-
ra aviamento de receitas com área mínima de cipientes de oxigênio, acetileno e outros combustí-
10,00 m². veis deverão obedecer às normas próprias de prote-
§ 2º- Em cada caso, a distância de qual- ção contra acidentes, especialmente no tocante ao
quer quarto ou enfermaria de paciente até a instala- isolamento adequado.
ção sanitária, a copa e o posto de enfermagem, não Art. 193- As edificações destinadas ao
deverá ser superior a 30,00 m. internamento de pacientes portadores de doenças
§ 3º- Os centros cirúrgicos ou obstetrícia, infecto-contagiosas ou psíquicas deverão ficar afas-
deverão dispor, no mínimo, de duas salas de opera- tadas 15,00 m, das divisas do imóvel, inclusive dos
ção, sépticas e assépticas, bem como de anestesia, alinhamentos, bem como de outras edificações, no
expurgo, esterilização, lavabos dos cirurgiões e sala mesmo imóvel.
das enfermeiras auxiliares.
27

§ Único - As edificações de que trata este e) os vestiários terão área mínima de 8,00 m²;
artigo, deverão, ainda, dispor de espaços verdes, f) os espaços descobertos para exposição de rou-
arborizados e arejados, ajardinados, com área igual pas terão área mínima de 8,00 m² e a menor di-
à área total dos compartimentos que possam ser uti- mensão não inferior a 2,50m;
lizados para quartos, apartamentos ou enfermarias III- terão compartimento de triagem ou imediato
de pessoa portadora das mencionadas doenças. atendimento, com ingresso próprio e possibili-
dade de acesso direto de carros. A área mínima
SEÇÃO II desse compartimento será de 16,00 m²;
DAS EDIFICAÇÕES HOSPITALARES IV- se houver serviço completo de triagem e aten-
dimento (pronto-socorro), deverão ser observa-
Art. 194- As edificações para hospitais das as exigências próprias dessa atividade, pre-
destinam-se às atividades relacionadas no parágrafo vista na Seção III do Capítulo VII, deste título;
1º do artigo 181, deste Código. V- terão quartos ou apartamentos para pacientes
Art. 195- Os hospitais deverão satisfazer, com:
ainda, as seguintes condições: a) área de 8,00 m², quando destinados a um só pa-
I- os espaços de acesso e circulação, deverão ob- ciente;
servar os requisitos seguintes: b) área de 12,00 m², quando destinados a dois pa-
a) nos locais de ingresso e saída, a largura mínima cientes;
será de 3,00 m; VI- terão enfermarias ou alojamentos com as se-
b) nos vestíbulos, corredores e passagens de uso guintes condições mínimas:
comum ou coletivo, a largura mínima será de a) área correspondente a 6,00 m², por leito, quan-
2,00 m; do destinados a paciente de mais de 12 anos de
c) nos corredores e passagens de uso exclusivo das idade;
dependências de serviço, a largura mínima será b) área correspondente a 3,50m², por leito, desti-
de 1,20m; nados a pacientes até 12 anos de idade;
d) nas escadas a largura mínima será de 1,50m, e VII- cada enfermaria não poderá comportar mais de
os degraus terão largura mínima de 0,31 e altura 24 leitos, distribuídos em ambiente com não
de 0,16m; mais de 04 leitos e deverá ter, ainda, no mesmo
e) nas rampas de uso comum ou coletivo, a largura andar:
mínima será 1,50m e a declividade não superior a) um quarto para um paciente, conforme letra “a”
a 8%; do ítem V;
f) nas escadas os pisos dos degraus poderão apre- b) um quarto para dois pacientes conforme letra
sentar saliência até 0,02m, mas que não será “b” do ítem V;
computada na dimensão mínima exigida; c) um posto de enfermagem, de que trata o ítem V
g) serão obrigatórios patamares intermediários do parágrafo 1º do artigo 185;
quando o lance da escada precisar vencer altura d) uma sala de tratamento, de que trata o ítem VI
superior a 3,00m. O comprimento do patamar do parágrafo 1º do artigo 185;
não será inferior à largura adotada; e) um compartimento para serviços, de que trata o
h) nas escadas de uso coletivo deverão ter corri- ítem II do parágrafo 1º do artigo 185;
mãos de ambos os lados afastados das paredes f) uma copa, com área mínima de 8,00 m²;
no mínimo 0,04m; VIII- para o serviço médico-cirúrgico exigir-se-ão:
i) os hospitais e maternidades até 3 pavimentos a) salas de cirurgia, com área mínima de 20,00 m²;
serão providos de rampas com declividade má- b) conjuntos de dependências auxiliares da cirur-
xima de 8% ou elevadores para o transporte de gia com área mínima de 16,00 m²;
pessoas, macas e leitos, com dimensões internas c) salas de curativos, com área mínima de 12,00
mínimas de 2,20m x 1,10m. m²;
II- Sem prejuízo do disposto nos ítens I, II, III, IV, IX- para o serviço de obstetrícia, quando houver,
V e VI do artigo 185, dever-se-á observar o se- exigir-se-ão:
guinte: a) uma sala de pré-parto com área mínima de
a) os conjuntos de copa e cozinha terão área mí- 16,00 m²;
nima de 30,00 m²; b) uma sala de parto, com área mínima de 16,00
b) os refeitórios terão área mínima de 20,00 m²; m²;
c) as despensas terão área mínima de 20,00 m²; c) uma sala própria para cirurgia, nas condições da
d) as lavanderias terão área mínima de 15,00 m² e letra “a” do ítem anterior;
obrigatoriamente, equipamentos para lavar e se- d) uma sala de curativos, com área mínima de
car; 12,00 m²;
28

e) uma sala para puérperas portadoras de infecção IV - cada conjunto de salas de cirurgia, ortopedia
com área mínima de 16,00 m²; ou recuperação, terá área mínima de 20,00 m²;
f) uma sala para puérperas operadas, com área V - as salas de laboratórios de análises e de Raio-
mínima de 16,00 m²; X, terão cada uma, área mínima de 12,00 m².
g) berçário, com área correspondente a 2,00 m² § Único - Os compartimentos de cozinha e
para cada berço; despensa, na proporção estabelecida, respectiva-
X- terão um quarto ou enfermaria para isolamento, mente, nos ítens II e III do artigo 185, serão obriga-
dotado de abertura envidraçada voltada para tórias apenas nas edificações de que trata este arti-
passagem ou vestíbulo. Esse quarto será provi- go, que tiverem área total de construção superior a
do de instalação sanitária tendo, pelo menos, 750,00 m².
lavatório, bacia sanitária e chuveiro, com área Art. 199 - Os banco de sangue, serviços
mínima de 1,50 m²; de hemoterapia e congêneres, deverão, ainda, satis-
XI- terão um quarto especial para paciente portador fazer os seguintes requisitos:
de distúrbios nervosos; I- terão compartimento de acordo com o disposto
XII- deverão observar os seguintes recuos míni- no ítem I do artigo 198;
mos: II- observarão o disposto no ítem II do artigo 198,
a) 5,00m dos alinhamentos para logradouros de sem prejuízo da obediência às exigências dos ítens
uso público; II, IV, V e VI do artigo 185;
b) 3,00m das demais divisas do lote. III- terão quartos ou apartamentos de acordo com o
Art. 196 - Todo hospital deverá ser provi- disposto nas letras “a” e “b” do ítem III do artigo
do de instalação para coleta e eliminação de lixo 198;
séptico a critério da autoridade sanitária competen- IV- as salas de coletas de sangue terão área mínima
te. de 6,00 m²;
Art. 197 - Em todo hospital deverá haver: V- os laboratórios de imuno-hematologia e sorolo-
I - compartimento para velório, na forma da legis- gia terão área mínima de 12,00 m²;
lação própria; VI- as salas de esterilização terão área mínima de
II - espaços verdes arborizados e ajardinados, com 10,00 m².
área mínima igual a um décimo da área total cons- Art. 200 - Os laboratórios de análises clí-
truída. nicas e congêneres deverão satisfazer, ainda, os se-
guintes requisitos:
SEÇÃO III I- terão compartimento de consulta, triagem ou
DAS EDIFICAÇÕES PARA CLÍNICAS, atendimento com ingresso próprio e área míni-
PRONTO-SOCORROS E CONGÊNERES ma de 10,00 m²;
II- observarão o disposto nas letras “b” e “c” e “d”
Art. 198 - As clínicas, prontos-socorros e do ítem II do artigo 198 sem prejuízo da obedi-
congêneres deverão satisfazer aos seguintes requi- ência às exigências dos ítens I, II, III, IV, V e
sitos: VI do artigo 185;
I - o compartimento de consulta, triagem ou ime- III- os quartos ou apartamentos obedecerão ao dis-
diato atendimento terá ingresso próprio e possibili- posto nas letras “a” e “b” do ítem III do artigo
dade de acesso por ambulância. A área mínima 198;
desse compartimento será de 16,00 m²; IV- a sala de coleta de material terá área mínima de
II - sem prejuízo do disposto nos ítens I, II, III, IV, 6,00 m²;
V e VI do artigo 185, observar-se-á: V- as salas de análises terão área mínima de 12,00
a) copas com área mínima de 10,00 m²; m².
b) lavanderias, com área mínima de 4,00 m²; Art. 201 - Os institutos de fisioterapia e
c) vestiário, com área mínima de 4,00 m²; clínicas congêneres deverão satisfazer, ainda, os
d) espaços descobertos para exposição de roupa seguintes requisitos:
com área mínima de 8,00 m² e a menor dimen- I- terão compartimentos de acordo com o disposto
são não inferior a 2,50 m; no artigo 198;
III - os quartos ou apartamentos para pacientes te- II- observarão o disposto na alínea “b”, “c” e “d”
rão: do ítem II do artigo 198, sem prejuízo às exi-
a) área mínima de 8,00 m², quando destinados a gências dos ítens IV, V e VI do artigo 185;
um só paciente; III- os quartos ou apartamentos obedecerão aos
b) área mínima de 12,00 m², quando destinados a dispostos nas letras “a” e “b” do ítem III, do ar-
dois pacientes; tigo 198.
29

Art. 202 - As salas de exame ou consulta Art. 205 - As edificações de que trata esta
terão área mínima de 10,00 m², e as salas de aplica- seção, deverão dispor de:
ção, banhos privativos ou fisioterapia, área de I- compartimento para velório, de acordo com as
12,00 m² no mínimo. condições mínimas estabelecidas nesta lei;
Art. 203 - Os compartimentos de refeitó- II- espaços verdes, arborizados ou ajardinados,
rio, cozinha e despensa, na proporção estabelecida, com área mínima igual a um décimo da área to-
respectivamente, nos ítens I, II e III do artigo 185, tal da construção;
serão obrigatórios apenas nas edificações de que III- espaço coberto para lazer, com galpão ou terra-
tratam os artigos 199, 200 e 201 que tiverem área ço, com área não inferior a ¼ da área exigida no
total de construção superior a 750,00 m². ítem anterior, para os espaços verdes, da qual
poderá ser reduzida;
SEÇÃO IV IV- salas de aula, de trabalhos e leitura, com área
DAS EDIFICAÇÕES PARA ASILOS, ORFA- em conjunto, não inferior à prevista no ítem an-
NATOS, ALBERGUES E CONGÊNERES terior, para o espaço coberto, observada a área
mínima de 16,00 m².
Art. 204 - Os asilos, orfanatos, albergues § Único - Se houver locais para atividades
e congêneres deverão satisfazer os seguintes requi- escolares, deverão satisfazer as condições previstas
sitos: no Capítulo próprio destas normas.
I- os espaços de acesso e circulação deverão ob-
servar os mínimos fixados no ítem I do artigo CAPÍTULO VIII
195; DAS EDIFICAÇÕES PARA CINEMAS E TE-
II- os compartimentos para refeitórios, copa e co- ATROS
zinha, despensa, lavanderia, vestiário e espaço
descoberto para exposição de roupas, obedece- Art. 206- Os estabelecimentos destinados
rão aos mínimos fixados, respectivamente, nas a cinemas e teatros deverão satisfazer as seguintes
letras “a”, “b”, “c”, “d”, “e” e “f” do ítem II do exigências:
artigo 195 sem prejuízo da obediência às pro- I- deverá ser apresentado o gráfico demonstrativo
porções mínimas estabelecidas no artigo 185; da perfeita visibilidade de tela ou palco, por
III- terão quartos ou apartamentos de acordo com parte do espectador situado em qualquer das
as condições mínimas estabelecidas no ítem V poltronas de acordo com os seguintes critérios:
do artigo 195; a) tomar-se-á para esta demonstração a altura de
IV- terão alojamento de acordo com as condições 1,125 m para a vista do espectador sentado;
mínimas estabelecidas no ítem VI do artigo b) nos cinemas, a linha ligando a parte inferior da
195; tela à vista de um observador, deverá passar
V- os serviços médicos e odontológicos, quando 12,5 centímetros acima da vista do observador
houver, deverão satisfazer os seguintes requisi- da fila seguinte;
tos: c) nos teatros, o ponto de visão para construção do
a) sala de consultas e exame médicos, com área gráfico de visibilidade será tomado 50 cm aci-
mínima de 16,00 m²; ma do piso do palco e a 3,00 m de profundida-
b) sala para consultas e exame odontológicos, com de, além da boca de cen;
área mínima de 10,00 m²; II- o pé direito livre, mínimo, será no centro da
c) sala para curativos e tratamento, com área mí- platéia de 6,00 m;
nima de 16,00 m²; III- as salas de espetáculos poderão ser colocadas
d) enfermaria que observem o disposto no ítem VI em pavimento superior ou inferior, desde que
do artigo 185 e o disposto no ítem VII, parágra- tenham o “hall” de entrada e a sala de espera
fo 1º do mesmo artigo, e cuja área seja corres- que lhes sirva de acesso situados no pavimento
pondente a 1/10 da soma das áreas dos compar- térreo.
timentos que possam ser utilizados para inter- Art. 207- Os estabelecimentos destinados
namento, como quartos, apartamentos ou alo- a cinemas obedecerão às seguintes exigências:
jamentos; I- a largura da tela não deverá ser inferior a 1/6 da
VI- terão um quarto ou enfermaria para isolamento, distância que a separa da fila mais distantes da
nas condições estabelecidas no ítem X do artigo poltrona;
195; II- nos cinemas, as poltronas não poderão ser loca-
VII- terão um quarto especial para paciente afetado lizadas fora de zona compreendida, na planta,
de distúrbio nervoso. entre duas retas, que partem das extremidades
30

da tela e formam com esta ângulo de 120º (cen- b) dimensões em planta, capazes de conter um cír-
to e vinte graus); culo de 1,50m de diâmetro;
III- nenhuma poltrona poderá estar colocada além c) pé direito mínimo de 2,40m;
do perímetro poligonal definido pelas linhas d) janela comunicando para o exterior ou serem
que ligam três pontos, afastados da tela por dis- dotadas de dispositivos para ventilação forçada;
tância igual a largura desta e situados, respecti- III- os camarins individuais deverão ser servidos
vamente, sobre as retas de 120º (cento e vinte por compartimentos sanitários devidamente se-
graus) de que trata o artigo anterior e a normal parados, para uso de um e de outro sexo, e do-
ao eixo da tela; tados de latrinas, chuveiros e lavatórios em nú-
IV- em nenhuma posição das salas de espetáculo mero correspondente a um conjunto para cada
poderá o feixe luminoso de projeção passar a cinco camarins;
menos de 2,50m (dois metros e cinquenta cen- IV- deverão os teatros ser dotados de camarins ge-
tímetros) do piso; rais ou coletivos, pelo menos um para cada se-
V- as cabinas de projeção deverão ter, pelo menos, xo, com área mínima de 20,00 m²; suas dimen-
área suficiente para duas máquinas de projeção sões serão capazes de conter um círculo de 2,00
e dimensões mínimas seguintes: m de diâmetro; serão dotados de lavatórios na
a) profundidade de 3,00 m na direção da projeção; proporção de um para cada 5,00 m² da área;
b) 4,00 m de largura; a largura deverá ser acresci- V- os camarins gerais ou coletivos serão servidos
da de 1,50 m para cada máquina excedente a por compartimentos sanitários com vaso e chu-
duas; veiro, na base de 1 conjunto para cada 10,00
VI- as cabinas obedecerão ainda aos requisitos se- m², ou fração, devidamente separados para um e
guintes: outro sexo;
a) serão inteiramente construídas com material in- VI- os compartimentos destinados a depósitos de
combustível, inclusive as portas de ingresso que cenários e material cênico, tais como guarda-
deverá abrir para fora; roupas e decoração não poderão ser localizados
b) o pé direito livre não será inferior a 2,50 m; sob o palco.
c) a escada de acesso à cabina será dotada de cor-
rimão; CAPÍTULO IX
d) a cabina será dotada de chaminé de concreto ou DAS EDIFICAÇÕES ESCOLARES
alvenaria de tijolos, comunicando diretamente
com seção útil mínima de 0,09 m², elevando-se Art. 209- Os estabelecimentos destinados
1,50 m, pelo menos, acima da cobertura; ao ensino de 1º e 2º graus ou equivalentes, deverão
e) as cabinas serão servidas de compartimento sa- satisfazer as seguintes exigências:
nitário, dotado de latrina e lavatório, com porta I- deverão ter comunicação direta e obrigatória
de material incombustível, quando com aquelas entre a área de fundo e logradouro público por
se comunicarem diretamente; uma passagem de largura mínima de 2,50m
f) contíguo à cabina haverá um compartimento (dois metros e cinquenta centímetros) e altura
destinado à enroladeira, com dimensões míni- mínima de 3,00 m;
mas de 1,00 x 1,50 m dotado de chaminé co- II- não poderão ocupar área superior a 1/3 (um ter-
municando diretamente com o exterior e com ço) da área do lote, excluídos os galpões cober-
seção útil de 0,09 m²; tos destinados a recreios;
g) além das aberturas de projeções e visores, estri- III- será obrigatória a construção de áreas de re-
tamente necessárias, não poderão as cabinas ter creio cobertas nas escolas primárias ou ginasiais
outras comunicações diretas com as salas de es- com área correspondente a no mínimo, 1/3 da
petáculos; soma das áreas das salas de aula e, no máximo a
h) as aberturas para projeção e os visores deverão 1/3 da área não ocupada pela edificação;
ser protegidos por obturadores manuais de ma- IV- as escadas e rampas internas deverão ter na sua
terial incombustível. totalidade, largura correspondente, no mínimo,
Art. 208- Os estabelecimentos destinados a um centímetro por aluno previsto na lotação
a teatros obedecerão comutativamente às seguintes do pavimento superior, acrescido de 0,50 cm
exigências: (meio centímetro) por aluno de outro pavimento
I- a parte destinada aos artistas deverá ter acesso que delas dependa;
direto do exterior, independente da parte desti- V- as escadas deverão ter a largura mínima de 1,50
nada ao público; m e não poderão apresentar trechos em leque.
II- de dimensionamento deverão ter: As rampas não poderão ter largura inferior a
a) área útil mínima de 4,00 m²;
31

1,50 m e nem apresentar declividade superior a XVII- as escolas deverão ter compartimentos sani-
10% (dez por cento); tários devidamente separados, para uso de um e
VI- os corredores deverão ter largura correspon- de outro sexo; estes compartimentos, em cada
dente, no mínimo, a um centímetro por aluno pavimento, deverão ser dotados de bacias sani-
que deles dependa, respeitando o mínimo de tárias e lavatórios em número correspondente,
1,80 m; no mínimo, a um para cada grupo de 25 alunos;
VII- no caso de ser prevista a localização de armá- uma bacia sanitária, um mictório e um lavatório
rios ou vestiários ao longo dos corredores, será para cada grupo de 40 alunos previstos na lota-
exigido o acréscimo de meio metro por lado uti- ção do edifício; as portas das celas em que esti-
lizado; verem situadas as bacias sanitárias deverão ser
VIII- as portas das salas de aula terão largura mí- colocadas de forma a deixar um vão livre de
nima de 0,90 m e máxima de 2,00 m; 0,15 m de altura na parte inferior, a 0,30 m no
IX- as salas de aula, quando de forma retangular, mínimo, na superior, acima da altura mínima de
terão comprimento igual a, no máximo, uma vez 2,00m;
e meia a largura; XVIII- nas escolas, as cozinhas e copas, quando
X- as salas de aula especializadas ficam dispensa- houver deverão satisfazer as exigências míni-
das das exigências deste artigo, devendo entre- mas estabelecidas para tais compartimentos em
tanto, apresentar condições adequadas à finali- hotéis;
dade da especialização; XIX- as escolas deverão ser dotadas de reservató-
XI- a área da sala de aula corresponderá, no míni- rios d’água com capacidade correspondente a
mo, a 1 m² por aluno lotado em carteira dupla e 40 litros no mínimo, por aluno previsto na lota-
a 1,35 m² quando em carteira individual; ção do edifício;
XII- os auditórios ou salas de grande capacidade XX- próximo às salas de aula, de trabalho, de re-
das escolas ficam sujeitos especialmente ao se- creação e outros fins, deverá haver ainda bebe-
guinte: douros, providos de filtros, na proporção míni-
a) a área útil não será inferior a 0,80m² por pessoa; ma de um para cada grupo de 40 alunos.
b) será comprovada a perfeita visibilidade para
qualquer espectador da superfície da mesa do CAPÍTULO X
orador, bem como dos quadros ou tela de proje- DAS EDIFICAÇÕES INDUSTRIAIS
ção por meio de gráficos justificativos; SEÇÃO I
c) a ventilação será assegurada por meio de dispo- DAS INDÚSTRIAS EM GERAL
sitivos que permitam abrir pelo menos uma su- Art. 210- Os edifícios destinados a fábri-
perfície equivalente a 1/10 da área da sala, sem cas ou oficinas de 3(três) ou mais pavimentos, de-
prejuízo da renovação mecânica de vinte metros verão ter, obrigatoriamente, estrutura de concreto
cúbicos de ar por pessoa, no período de uma armado ou metálica.
hora; Art. 211- As fábricas e oficinas, quando
XIII- o pé direito médio da sala de aula não será construídas junto às divisas do lote, deverão ter as
inferior a 3,20m, com o mínimo, em qualquer paredes confinantes de tipo contra-fogo, elevadas 1
ponto, de 2,70 m; (um) metro, no mínimo, acima da calha ou rufo.
XIV- não serão admitidas nas salas de aula ilumi- Art. 212- Deverão ser de material incom-
nação do tipo unilateral direta e bilateral adja- bustível a estrutura do edifício, as paredes externas
cente, devendo as aberturas de iluminação se- e as escadas.
rem obrigatoriamente dispostas no lado maior, e Art. 213- Nas fábricas ou oficinas que
a superfície iluminante não poderá ser inferior a produzam ou utilizam matérias primas ou substân-
1/5 da do piso; a área dos vãos de ventilação cia de fácil combustão, as fornalhas ligadas a estu-
deverá ser de no mínimo a metade da área da fas ou chaminés deverão ser localizadas externa-
superfície iluminante; mente à edificação ou quando internas, em compar-
XV- as paredes das salas de aula e dos corredores timentos próprio exclusivo.
deverão ser do piso ao teto revestidos com ma- Art. 214- Deverão ser de 3,00 m o pé di-
terial liso, impermeável e resistente a frequentes reito dos compartimentos situados:
lavagens, e a pintura será de cor clara; I- em pavimento superior ou em subsolos;
XVI- os pisos das salas de aula serão obrigatoria- II- em pavimento térreo, quando destinados à ad-
mente revestidos de material que proporcione ministração e quando não constituírem local de
adequado isolamento térmico tais como: madei- trabalho.
ra, borracha ou cerâmica; Art. 215- Os pisos dos compartimentos
que assentem diretamente sobre a terra deverão ser
32

constituídos, obrigatoriamente, de base de concreto rios


de espessura mínima de 5 cm e ter revestimento homens 01 a 10 1 1
adequado a natureza do trabalho. 11 a 24 2 6
§ Único - Excetuam-se da exigência men- 25 a 49 3 9
cionada neste artigo: 50 a 100 4 15
I- as fundições; mais de 100 +1 por +1 por

II- as serrarias e outras atividades que devam ser cada 30 cada 30

exercidas sobre pisos não revestidos. mulheres 01 a 05 1 -

Art. 216- Em compartimentos destinados 06 a 24 2 -


a ambulatórios, refeitórios e sanitários, o piso e as 15 a 30 3 -
paredes deverão ser revestidos de material liso, im- 31 a 50 4 -
permeável e resistente a lavagens frequentes. 51 a 80 5 -
Art. 217- As fábricas e oficinas com mais mais de 80 +1 p/cada -
de um pavimento deverão dispor de, pelo menos, 20
uma escada ou rampa, com largura livre proporcio-
nal, na razão de 1 cm por pessoa prevista na lota- Art. 222- Os compartimentos sanitários
ção do local do trabalho a que servirem, observan- não poderão ter comunicação direta com o local de
do o mínimo absoluto de 1,20m e atendidas as se- trabalho.
guintes condições: Art. 223- Quando o acesso aos comparti-
I- a altura máxima dos degraus será de 17 cm e a mentos sanitários depender de passagem ao ar li-
largura mínima de 28 cm, não sendo computada vre, este deverá ser coberto e ter largura mínima de
a projeção dos rebordos; 1,20m.
II- sempre que a altura a ser vencida exceder a Art. 224- As fábricas e oficinas deverão
3,30m de comprimento, haverá patamares; dispor de compartimentos de vestiários, dotados de
III- nos trechos em leque, o raio de curvatura mí- armários devidamente separados para uso de cada
nima interior será de 1,00 m e largura mínima sexo, com área útil não inferior a 0,35m² por operá-
dos degraus, na linha do piso de 28 c; rio previsto na lotação do respectivo local de traba-
IV- será de 40,00m, em cada pavimento, a distância lho, observando o afastamento mínimo de 1,35m,
máxima entre a escada ou rampa e o ponto mais entre as frentes dos armários e a área mínima de
distante do local de trabalho por ela servido. 8,00 m².
Art. 218- Os compartimentos que consti- § Único - Os vestiários deverão servir de
tuírem local de trabalho deverão dispor de abertu- passagem obrigatória.
ras de iluminação perfazendo área total não inferior Art. 225- Os compartimentos destinados a
a 1/6 da área do piso. refeitórios e os destinados a ambulatórios, deverão
§ 1º- A área iluminante será formada pelas ter os pisos e as paredes revestidas de material liso,
janelas inclusive as localizadas na cobertura, tais impermeável e resistente a frequentes lavagens.
como lanternins e “sheds”. Art. 226- Os compartimentos destinados a
§ 2º- Poderá, também, ser computada no depósitos ou manipulação de materiais inflamáveis
cálculo a área das clarabóias, até no máximo 20% deverão ter forros construídos de material incom-
da área iluminante exigida. bustível e todos os vãos de comunicação interna,
§ 3º- As aberturas de iluminação expostas inclusive os de acesso a escadas, vedados por por-
diretamente à luz solar deverão ser protegidas ade- tas tipo contra-fogo.
quadamente contra a ofuscação. § Único - Quando situados imediatamente
Art. 219- A área de ventilação será de, no abaixo do telhado, o forro incombustível poderá ser
mínimo ½ da área iluminante. dispensado, passando a ser exigida a construção de
Art. 220- Em casos justificados será per- paredes do tipo contra-fogo, elevadas no mínimo,
missível a adoção de ventilação e iluminação artifi- um metro acima de calha ou rufo.
ciais. Art. 227- As instalações industriais, cujo
Art. 221- Os compartimentos sanitários funcionamento produzir ruído ou vibrações dano-
em cada pavimento deverão ser devidamente sepa- sos à saúde ou ao bem estar da vizinhança, não po-
rados para cada sexo. O número de aparelhos obe- derão ser localizados a menos de um metro das di-
decerá a seguinte tabela: visas do lote e deverão ser dotadas de dispositivos
destinados a suprimir este inconvenientes.
lotação da fábri- quantidade de Art. 228- As chaminés de estabelecimen-
especificação ca ou oficina aparelhos tos industriais deverão elevar-se no mínimo 5,00m
nº de operários bacia sanit mict.
e lavató-
33

acima da edificação mais alta situada dentro de um I- pisos de cores claras, resistentes, inabsorventes
raio de 50,00 m. de gordura, inatacáveis pelos ácidos e dotados
§ Único - Para efeito deste artigo conside- de ralos com a necessária declividade.
rar-se-á a altura das edificações a cota do forro do II- paredes revestidas de azulejos brancos vidra-
último pavimento. dos, do piso ao teto;
Art. 229- As chaminés deverão ser dota- III- pia com água corrente;
das de câmaras de lavagem dos gases e combustão IV- bancas destinadas à manipulação, revestidas de
e detentores de fagulhas. material apropriado, de fácil limpeza e resisten-
tes a ácidos.
SEÇÃO II § Único - As exigências deste artigo não
DAS INDÚSTRIAS ALIMENTÍCIAS são obrigatórias para os escritórios e as salas de
Art. 230- Os compartimentos destinados a acondicionamento e expedição.
laboratórios anexos a fábricas de produtos alimen- Art. 236- Os laboratórios de indústrias
tícios deverão apresentar, em planta, dimensões ca- farmacêuticas que fabricarem ou manipularem
pazes de conter um círculo de 2,00m de raio e não quaisquer produtos ou especialidade injetáveis são
poderão ter comunicação direta com a via pública. expressamente obrigadas a possuir salas ou câma-
Art. 231- Os edifícios destinados à usina ras assépticas onde manipulam tais substâncias ou
de beneficiamento de leite serão isolados ou recua- produtos.
dos, no mínimo 5,00 m das divisas do lote, salvo as Art. 237- Para os efeitos desta lei, consi-
que confinarem com a via pública, onde será ob- dera-se sala ou câmara asséptica o compartimento
servado o recuo de frente, estabelecido em lei, independente que, além de satisfazer as exigências
quando exceder a 6,00 m, se não houver recuos do artigo 230 tenha as paredes revestidas de azule-
maiores previstos na lei de uso do solo. jos e o teto pintado a óleo, ou esmalte, cantos arre-
Art. 232- As usinas de beneficiamento de dondados e sem arestas vivas.
leite deverão dispor de compartimentos em número Art. 238- A indústria química ou farma-
suficiente ao funcionamento independente das se- cêutica está sujeita, além das exigências acima, às
guintes atividades: recebimento de leite, laborató- prescrições referentes aos estabelecimentos de tra-
rio, beneficiamento, expedição, lavagem e esterili- balho em geral, no que elas lhe forem aplicáveis.
zação de vasilhame, câmaras frigoríficas e depósi- Art. 239- Os estabelecimentos destinados
tos de vasilhames, além de vestiários e comparti- à farmácia deverão obedecer às seguintes disposi-
mentos sanitários. ções:
§ Único - Os compartimentos sanitários e I- possuírem, no mínimo, as seguintes dependên-
vestiários deverão ser localizados fora do corpo da cias e destinadas a:
edificação em que estiver instalada a usina. a) salão de venda, mostruários e entrega de produ-
Art. 233- As dependências destinadas à tos;
moradia deverão ficar isoladas dos compartimentos b) laboratório;
destinados ao preparo de produtos alimentícios. c) instalações sanitárias e vestiários dos emprega-
dos sem comunicação direta com as demais de-
SEÇÃO III pendências;
DAS INDÚSTRIAS QUÍMICAS E FARMA- II- os pisos serão ladrilhados ou de cerâmica, dota-
CÊUTICAS dos de ralo;
III- as paredes serão revestidas de material liso, re-
Art. 234- As fábricas de produtos quími- sistente, impermeável e não absorvente, pinta-
cos e farmacêuticos possuirão, no mínimo, as se- das em cores claras;
guintes dependências: IV- as paredes da sala destinada ao laboratório se-
I- salão de manipulação, elaboração e preparo dos rão revestidas do piso ao teto com azulejos
produtos; brancos vidrados;
II- acondicionamento e expedição; V- a superfície mínima do laboratório será de
III- laboratórios; 12,00 m², permitindo a inscrição de um círculo
IV- vestiários e instalações sanitárias separadas por com o raio mínimo de 1,50 m;
sexo e sem comunicação com as dependências VI- os vãos de iluminação do laboratório deverão
dos ítens I e III; ter uma superfície mínima total equivalente a
V- escritórios. 1/5 da área do piso;
Art. 235- As fábricas de produtos quími- VII- a sala destinada a laboratório será dotada de
cos e farmacêuticos deverão satisfazer, nas suas filtro e pia com água corrente;
diferentes dependências, as condições seguintes:
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VIII- a banca destinada a preparo de drogas será cantação. Somente depois poderão ser encami-
revestida de material apropriado de fácil limpe- nhadas a galerias ou cursos d’água próximos;
za e resistente a ácidos. III- no recinto da exploração será construído, à dis-
Art. 240- As drogarias satisfarão as dispo- tância conveniente, um muro de pedra seca ou
sições relativas às farmácias, nos compartimentos dispositivo equivalente para retenção da terra
comuns. carregada pelas águas, a fim de impedir dano às
Art. 241- Os laboratórios de análises e propriedades vizinhas;
pesquisas deverão satisfazer as seguintes condi- IV- se, em consequência da exploração forem feitas
ções: escavações que determinem a formação de ba-
I- terão o piso em cores claras, resistentes, inab- cias, onde se possam acumular águas pluviais
sorventes de gordura, inatacável pelos ácidos e ou de outra origem, serão executadas as obras
dotado de ralo com a necessária declividade; ou trabalhos necessários para garantir o escoa-
II- as paredes serão revestidas de azulejos brancos mento destas águas;
vidrados, do piso ao teto; V- as bacias referidas no ítem anterior serão obri-
III- possuirão pia com água corrente; gatoriamente aterradas, na proporção que o ser-
IV- as bancas destinadas às pesquisas serão reves- viço de exploração for progredindo;
tidas de material apropriado de fácil limpeza e VI- se o imóvel tiver acesso por logradouro público
resistente a ácidos. dotado de pavimentação, as faixas de circulação
dos veículos, do alinhamento do logradouro até
SEÇÃO IV o local da exploração, serão revestidas e provi-
DAS INDÚSTRIAS EXTRATIVAS das de sarjetas laterais.
Art. 245- Além do disposto nos artigos
Art. 242- As edificações para indústrias anteriores, as pedreiras deverão obedecer às se-
extrativas destinam-se às seguintes atividades: guintes disposições:
I- pedreiras; I- contarão com os seguintes compartimentos ou
II- argileiras, barreiras e saibreiras; locais:
III- areais. a) depósito de materiais e máquinas;
§ Único - Por sua natureza, deverão contar b) oficina de reparos;
com edificações e instalações em imóvel de uso c) depósito de explosivos,
exclusivo, completamente isoladas e afastadas das II- os compartimentos e locais mencionados no
edificações e instalações vizinhas. ítem anterior não poderão ficar situados a me-
Art. 243- Nos locais de exploração de pe- nos de 250,00 m (duzentos e cinquenta metros)
dreiras, argileiras, barreiras e saibreiras, bem como da frente da lavra;
de pedregulhos, areia e outros materiais, a Prefeitu- III- o depósito de explosivo das pedreiras deverá
ra poderá determinar a qualquer tempo, a execução atender às exigências referentes a inflamáveis e
de obras e serviços ou a adoção das providências explosivos contidas neste Código e às normas
consideradas necessárias ao saneamento da área do emanadas da autoridade competente;
ambiente ou a proteção de pessoas, logradouros IV- a frente da lavra não poderá situar-se a menos
públicos, rios ou cursos d’água e propriedades vi- de 200,00 m (duzentos metros) das divisas do
zinhas. imóvel;
§ Único - Os resíduos resultantes das es- V- o equipamento da pedreira deverá ficar afastado
cavações para a retirada de pedras, saibros, argilas, no mínimo, 50 m (cinquenta metros) de qual-
pedregulhos e areias ou a da extração de quaisquer quer divisa do imóvel, inclusive ao alinhamento
outros materiais, não poderão ser lançados nos rios dos logradouros públicos;
e cursos d’água. VI- o equipamento da pedreira não deverá produzir
Art. 244- Na exploração de pedreiras, bar- ruído acima dos limites admissíveis. A medição
reiras, saibreiras ou areais deverão ser observadas, será efetuada no ponto mais desfavorável junto
ainda, as seguintes disposições: à divisa do imóvel, no período noturno;
I- a terra carregada pelas enxurradas não poderá VII- não poderá ser feita exploração a fogo, a me-
ser carreada para galerias ou cursos d’água, nos de 200,00m (duzentos metros) de edifica-
nem se acumular nos logradouros públicos exis- ções, instalações ou logradouros públicos;
tentes nas proximidades; VIII- não são atingidas pelo disposto no ítem ante-
II- as águas provenientes das enxurradas serão cap- rior as edificações, instalações e depósitos ne-
tadas no recinto da exploração e dirigidas a cai- cessários à exploração da pedreira, nem os bar-
xas de areia de capacidade suficiente para a de- racões ou galpões destinados à permanência de
operários em serviço;
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IX- a exploração a frio, a fogacho, ou a fogacho e a Art. 247- Nas olarias, os fornos de cozi-
frio poderá ser feita a qualquer distância de edi- mento deverão ficar afastados, pelo menos, 30m
ficações, instalações ou logradouros públicos, (trinta metros) das edificações ou instalações e
tomadas as cautelas necessárias, de modo a não mais de 20,00m (vinte metros) do alinhamento dos
oferecer risco às pessoas e propriedades. logradouros.
Art. 246- Na exploração de argileiras, Art. 248- A extração de pedregulhos,
barreiras e saibreiras, além do disposto nos artigos areia ou outros materiais dos rios ou cursos d’água
anteriores, deverão ser satisfeitas as seguintes con- não poderá ser feita:
dições: I- quando puder ocasionar modificação do leito do
I- será vedada a exploração quando houver cons- rio ou do curso d’água ou o desvio das mar-
truções próximas situadas acima, abaixo ou ao gens;
lado da barreira, que possam ser prejudicadas II- quando puder ocasionar a formação de bacias,
em sua segurança ou estabilidade. De qualquer lodaçais ou causar a estagnação de água;
modo, somente será permitida a exploração III- quando oferecer riscos ou prejuízo a pontes,
quando: pontilhões, muralhas e quaisquer outras obras
a) havendo construção colocada em nível ao da no leito ou nas margens do rio ou curso d’água;
exploração, as distâncias horizontais mínimas, IV- em local próximo e a jusante do despejo de es-
contadas da crista, forem de 15,00m (quinze gotos.
metros), 25,00m (vinte e cinco metros) e § 1º- A extração de areia nas proximidades
45,00m (quarenta e cinco metros), conforme a de pontes, muralhas ou quaisquer obras no leito ou
diferença de nível máximo entre a mesma crista nas margens dos rios ou cursos d’água, dependerá
e a construção for, respectivamente, de 10,00 m sempre de prévia fixação, pela autoridade compe-
(dez metros), 20,00 m(vinte metros), 30,00 tente, das distâncias, condições e normas a serem
(trinta metros) e 40,00 m (quarenta metros); observadas.
b) havendo construção colocada abaixo da explo- § 2º- A extração de areia ou de outros ma-
ração as distâncias horizontais mínimas, até a teriais nas várzeas e proximidades dos rios ou cur-
base, forem de 30,00m (trinta metros), 50,00m sos d’água, somente será permitida quando ficar
(cinquenta metros), 60,00m (sessenta metros) e plenamente assegurado que os locais escolhidos
100,00m (cem metros), para diferenças de nível receberão aterro, de modo a eliminar os buracos e
menores, respectivamente de 5,00m (cinco me- depressões, executado na mesma progressão do an-
tros), 10,00m (dez metros), 20,00m (vinte me- damento dos serviços de escavação.
tros), 30,00m (trinta metros) e 40,00m (quaren-
ta metros). CAPÍTULO XI
c) havendo desnível superior a 40,00m (quarenta DAS EDIFICAÇÕES PARA DEPÓSITOS
metros), forem devidamente verificadas as con-
dições locais e adotadas cautelas especiais; SEÇÃO I
II- as escavações serão feitas sempre de cima para DOS DEPÓSITOS DE LIXO
baixo, por banquetas que não excedam de
3,00m (três metros) de altura por 3,00m (três Art. 249- Os depósitos de lixo deverão ter
metros) de largura. Os taludes serão executados compartimentos fechados com capacidade suficien-
em função da coesão do solo; te para armazenar vasilhames coletores de lixo; es-
III- o emprego de fogachos para a exploração de tes compartimentos deverão ter comunicação direta
barreiras não deverá apresentar inconvenientes com o exterior, ser totalmente revestidos de materi-
ou riscos a pessoas e propriedades. al liso, impermeável e resistente a frequentes lava-
§ 1º- As distâncias estabelecidas nas letras gens e ser providos de ralo.
“a” e “b” do ítem I deverão ser reduzidas ou au-
mentadas, conforme a natureza do terreno, median- SEÇÃO II
te comprovação das condições locais, por exames DOS DEPÓSITOS DE CARBURETO DE
oficiais. O avanço da exploração poderá ultrapassar CÁLCIO
os limites fixados com base na verificação oficial.
§ 2º- São excluídos das prescrições das Art. 250- Os depósitos para armazena-
letras “a” e “b” do ítem I deste artigo, os galpões mento de carbureto de cálcio deverão obedecer ao
ou barracões destinados, exclusivamente, a depósi- seguinte:
to de material e sem permanência diurna ou noturna I- serem instalados em edifícios térreos, isentos de
de pessoas. umidade e suficientemente arejados;
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II- a iluminação elétrica far-se-á mediante lâmpada Art. 254- Quando os depósitos se destina-
incandescentes, instalações embutidas ou em rem ao armazenamento de explosivos de peso supe-
cabos armados e com interruptores colocados rior a 100 kg da primeira categoria, 200 kg da se-
externamente ao depósito; gunda categoria ou 300 kg da terceira categoria,
III- é proibido ter armazenamento, conjuntamente deverão satisfazer o seguinte:
com carbureto de cálcio de qualquer substância a) as paredes defrontantes com propriedades vizi-
inflamável; nhas ou outras seções do mesmo depósito serão
IV- quando de capacidade entre 10.000kg e feitas de tijolos comprimidos de boa fabricação
25.000kg, as paredes que separam o depósito e argamassa rica em cimento ou concreto resis-
dos edifícios contíguos deverão ser do tipo tente. A espessura das paredes será de 0,45 cm
“corta-fogo”. As portas deverão ser de material quando em concreto;
incombustível, de fechamento automático em b) o material de cobertura será o mais leve possí-
caso de incêndio, sempre que o depósito estiver vel, resistente, impermeável, incombustível e
localizado a menos de 4,00m de outras edifica- deverá ser assentado em vigamento metálico.
ções; Art. 255- Será permitido guardar ou ar-
V- quando de capacidade superior a 25.000 kg, de- mazenar qualquer categoria de explosivos desde
verão obedecer no afastamento de 15,00m, no que pesos líquidos seja proporcionais ao volume
mínimo, de qualquer construção ou propriedade dos depósitos admitindo-se:
vizinha; I- 2 quilos de explosivos de 1ª categoria/m3;
VI- deverão ser dotados de aparelhos extintores de II- 4 quilos de explosivos de 2ª categoria/m3;
incêndio, do tipo adequado; III- 8 quilos de explosivos de 3ª categoria/m3.
VII- ficam reservados apenas para carbureto de Art. 256- Nos depósitos compostos de
cálcio os depósitos que armazenarem quantida- várias seções instaladas em pavilhões separados, a
de superior a 1.000kg. distância separativa entre as seções será correspon-
dente, no mínimo, à metade do perímetro da maior
SEÇÃO III delas.
DOS DEPÓSITOS DE EXPLOSIVOS § Único - Esses depósitos estarão afasta-
dos dos limites das propriedades vizinhas por dis-
Art. 251- Os depósitos de explosivos de- tância mínima igual a duas vezes o perímetro do
verão satisfazer o seguinte: depósito propriamente dito.
I- pé direito de no mínimo 4,00m e, no máximo
5,00m; SEÇÃO IV
II- todas as janelas deverão ser providas de venezi- DOS DEPÓSITOS DE FITAS CINEMATO-
anas de madeira; GRÁFICAS
III- as lâmpadas elétricas deverão ser protegidas
por tela metálica; Art. 257- Os depósitos de fitas cinemato-
IV- dispor de proteção adequada contra descargas gráficas à base de nitro-celulose deverão satisfazer
atmosféricas; o seguinte:
V- o piso será resistente, impermeável e incombus- I- para quantidade até 500 kg do peso líquido;
tível; a) serem subdivididos em células com capacidade
VI- as paredes serão construídas de material in- de 1,00 m3 e volume mínimo de 3,00 m3 por
combustível e terão revestimento em todas as quilograma de fita armazenada;
faces internas. b) a célula será feita de material resistente e bom
Art. 252- Serão considerados depósitos, isolante térmico; terá em uma de suas faces uma
para os efeitos desta Seção, quaisquer locais onde porta independente e será provida de um pulve-
houver acumulação ou armazenamento de explosi- rizador de água de funcionamento automático
vos. em caso de incêndio;
Art. 253- Os explosivos classificam-se c) as bobinas serão armazenadas em posição verti-
em: cal.
a) 1ª categoria: os de pressão específica superior a II- para quantidade superior a 500 kg de peso lí-
6.000 kg/cm²; quido:
b) 2ª categoria: os de pressão específica inferior a a) serem subdivididos em câmaras ou cofres de
6.000 kg/cm² e superior ou igual a 3.000 capacidade máxima correspondente a 500 kg de
kg/cm²; peso e de volume máximo de 20,00 m3;
c) 3ª categoria: os de pressão específica inferior a
3.000 kg/cm².
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b) os cofres serão de material resistente, bom iso- a) inferior a 500 litros e superior ou igual a 40 li-
lante térmico e de modelo previamente aprova- tros de inflamável de primeira categoria;
do pela Prefeitura; b) inferior a 5.000 litros ou superior a 400 litros de
c) os cofres serão providos de condutor destinado inflamáveis de segunda categoria;
ao escapamento dos gases de eventual explosão, c) inferior a 25.000 litros e superior ou igual a
satisfazendo o seguinte: 2.000 litros de inflamáveis de terceira categoria;
1. seção normal mínima de 1,00 m²; III- 3ª classe - serão considerados depósitos de ter-
2. comunicação direta com o ar livre, desembo- ceira classe os que contiverem:
cando à distância mínima de 8,00m de qualquer a) menos de 40 litros de inflamáveis de primeira
saída de socorro; categoria;
3. serão feitos de material resistente e bom isola- b) menos de 400 litros de inflamáveis de segunda
mento térmico; categoria;
4. a abertura de comunicação com o exterior pode- c) menos de 2.000 litros de inflamáveis de terceira
rá ser provida de tampa ou fecho, desde que categoria.
constituído de painéis de área não inferior a 30 Art. 260- O compressor de acetileno não
decímetros quadrados de material leve e bom deve funcionar quando se verificar uma excessiva
isolamento térmico. Na parte dessa abertura se- baixa de pressão nos compartimentos ligados à sua
rá admitida rede metálica protetora com malha compressão. Para esse fim devem ser adotados dis-
de, pelo menos, 1 decímetro quadrado de área, positivos automáticos ou de sinalização por meio
instalada de modo a não prejudicar o funciona- de campainhas, etc., sendo que, nesse caso, devem
mento da rampa ou fecho; ser colocados em locais protegidos e de fácil acesso
d) os cofres serão dotados de pulverizador de água os desligadores do compressor. Dispositivos de efi-
de funcionamento automático em casos de in- ciência similar poderão ser aprovados a juízo da
cêndio; Prefeitura.
e) as bobinas serão armazenadas em posição verti- Art. 261- A percentagem de acetileno no
cal; gás a ser comprimido não deve ser inferior a no-
f) as prateleiras ou subdivisões internas deverão venta por cento; esta porcentagem deve ser verifi-
ser de material resistente e bom isolante térmi- cada no mínimo uma vez por dia por pessoa idônea
co; e o resultado da análise anotada em registro especi-
g) as portas de acesso ao depósito serão de materi- al.
al que impeça a passagem de chama; Art. 262- Cada tomada deve possuir vál-
h) deverão ter dispositivo de fechamento automá- vulas de segurança que impeçam o retorno de gás
tico em caso de incêndio, todas as portas de co- em caso de diminuição eventual de pressão nos
fres e bem assim as de acesso ao depósito. condutores de gás comprimido.
Art. 258- Nos depósitos de fitas cinema- Art. 263- Os depósitos de 1ª classe deve-
tográficas, a iluminação artificial será elétrica, me- rão satisfazer os seguintes requisitos:
diante lâmpadas incandescentes, sendo vedado o I- serem divididos em seções, contendo cada uma
uso de cordões extensíveis. Os motores elétricos o máximo de 200.000 (duzentos mil) litros, ins-
porventura instalados serão blindados. talados em pavilhão que obedeça aos requisitos
do artigo 251;
SEÇÃO V II- os recipientes serão resistentes, ficarão distan-
DOS DEPÓSITOS DE INFLAMÁVEIS tes, um metro no mínimo, das paredes; a capa-
cidade de cada recipiente não excederá 210 li-
Art. 259- Pela categoria dos inflamáveis tros, a não ser para armazenar álcool quando
dos depósitos serão eles determinados nas seguin- poderá atingir 600 litros.
tes classes: § 1º- Neste depósito não será admitida,
I- 1ª classe - serão depósitos de primeira classe os mesmo em caráter temporário, a utilização de qual-
que contiverem: quer aparelho, instalação ou dispositivo produtor
a) 500 litros ou mais de inflamáveis de primeira de calor, chama ou faísca.
categoria; § 2º- Será obrigatória a instalação de apa-
b) 5.000 litros ou mais de segunda categoria; relhos sinalizadores de incêndio ligados de guarda.
c) 25.000 litros ou mais de inflamáveis de terceira Art. 264- Os pavilhões deverão ser térreos
categoria; e ter:
II- 2ª classe - serão considerados depósitos de se- I- materiais de cobertura e do respectivo vigamen-
gunda classe, os de capacidade: to, incombustíveis;
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II- as vigas de sustentação do telhado apoiado de por sua natureza, possam apresentar perigo quando
maneira a, em caso de queda, não provocar a armazenados em conjunto, bem como os requisitos
ruína das mesmas; e exigências adequadas a esse fim.
III- as paredes circundantes construídas em materi- Art. 267- Os depósitos do 2º tipo serão
al incombustível com espessura que impeça a construídos de tanques semi-enterrados ou com ba-
passagem do fogo pelo menos durante uma ho- se, no máximo, a meio metro acima do solo, e de-
ra; verão satisfazer o seguinte:
IV- as paredes impermeáveis ou impermeabilizadas I- a capacidade de cada reservatório ou tanque
em toda a superfície interna; não poderá exceder a 6.000.000 (seis milhões)
V- as paredes que dividem as seções entre si, do de litros;
tipo contra-fogo, elevando-se, no mínimo, até II- os tanques ou reservatórios serão de aço ou de
um metro acima da calha ou rufo, não poderá ferro galvanizado fundido ou laminado. A utili-
haver continuidade de beirais, vigas, terças e zação de qualquer outro material dependerá de
outras peças construtivas; aprovação prévia da Prefeitura;
VI- o piso protegido por uma câmara de, no míni- III- os tanques ou reservatórios metálicos serão
mo, cinco centímetros de concreto, impermeabi- soldados e, quando rebitados, calafetados de
lizado e isento de fendas ou trincas, e com de- maneira ou forma a tornar-se perfeitamente es-
clividade suficiente para o escoamento dos lí- tanques; serão protegidos contra a ação dos
quidos, com um dreno para recolhimento destes agentes atmosféricos por camadas de tinta
em local apropriado; apropriada para esse fim;
VII- portas de comunicação entre as seções de de- IV- a resistência dos tanques ou reservatórios deve-
pósitos ou com outras dependências do tipo cor- rá ser comprovada em provas de resistência à
ta-fogo dotados de dispositivos de fechamento pressão, a ser realizada em presença de enge-
automático e dispositivo de proteção, que evite nheiros da Prefeitura especialmente designados;
entraves no seu funcionamento; V- os tanques metálicos estarão ligados eletrica-
VIII- soleiras das portas internas de material in- mente à terra. Nos de concreto armado, as ar-
combustível com 15 cm de altura acima do pi- maduras serão ligadas eletricamente à terra;
so; VI- as fundações e os suportes dos tanques deverão
IX- iluminação natural; a artificial, se houver, de- ser inteiramente de material incombustível;
verá ser feita por lâmpadas elétricas incandes- VII- os tanques providos de sistema próprio e espe-
centes; nos casos de armazenamento do infla- cial de proteção e extinção do fogo deverão dis-
mável líquido de 1ª e 2ª categorias, as lâmpadas tar das divisas do terreno e uns dos outros, no
deverão ser protegidas por globos impermeá- mínimo uma vez e meia a sua maior dimen-
veis aos gases e providas de tela metálica prote- são(diâmetro, altura e comprimento) ainda no
tora; caso do imóvel vizinho ser do mesmo proprietá-
X- as instalações elétricas embutidas nas paredes e rio; com relação a divisa confinantes com a via
canalizadas nos telhados; nos casos de armaze- pública, será suficiente a distância correspon-
namento de inflamáveis líquidos de 1ª e 2ª cate- dente a uma vez a referida maior dimensão; em
gorias, os acessórios elétricos, tais como cha- qualquer caso, será suficiente o afastamento de
ves, comutadores e motores deverão ser blinda- 35,00 m;
dos contra penetração de vapores ou colocados VIII- os tanques não providos de sistema próprio
fora do pavilhão; especial da produção e extinção de fogo deve-
XI- ventilação natural: quando o líquido armazena- rão distar das divisas do terreno e um dos ou-
do for inflamável de 1ª categoria, que possa tros, no mínimo o dobro de sua maior dimensão
ocasionar produção de vapores, ter ventilação (diâmetro, altura e comprimento), ainda no caso
adicional, mediante aberturas ao nível do piso, de o imóvel vizinho ser do mesmo proprietário.
em oposição às portas e janelas; Com relação à divisa confinante com a via pú-
XII- em cada seção, aparelhos extintores de incên- blica, será suficiente a distância correspondente
dio. a uma vez e meia a referida maior dimensão;
Art. 265- Os pavilhões deverão ficar afas- em qualquer caso será suficiente o afastamento
tados, no mínimo, quatro metros entre si, de quais- de 45m;
quer outras edificações do depósito e das divisas do IX- quando destinados a armazenar inflamáveis, em
terreno, ainda no caso do imóvel vizinho ser do volume superior a vinte mil litros, os tanques e
mesmo proprietário. reservatórios deverão ser circundados por muro,
Art. 266- A Prefeitura poderá determinar muretas, escavação ou aterro, de modo a formar
o armazenamento em separado de inflamáveis que,
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uma bacia com capacidade livre mínima corres- a) espessura de 10 cm (dez centímetros) quando
pondente a do próprio tanque ou reservatório; de concreto, ou 25 cm (vinte e cinco centíme-
X- os muros da bacia não deverão apresentar aber- tros) quando de alvenaria;
tura ou solução de continuidade e deverão ser b) as paredes laterais devem ultrapassar o topo do
capazes de resistir à pressão dos líquidos even- tanque, no mínimo, 30 cm (trinta centímetros);
tualmente extravasados; c) as paredes de caixa devem distar, no mínimo,
XI- no interior da bacia não é permitida a instala- 10 cm (dez centímetros) dos tanques;
ção de bombas para abastecimento dos tanques d) serem cheias de areia ou terra apiolada até o
ou para esgotamento de águas pluviais; topo da caixa.
XII- os muros da bacia construídos de concreto, Art. 268- Os tanques ou reservatórios sub-
deverão, quando necessário, ter juntas de dila- terrâneos deverão obedecer ao seguinte:
tação, de metal resistente à corrosão; I- serem construídos em aço ou ferro galvanizado,
XIII- os tanques deverão distar das paredes das ba- fundido ou laminado, ou outro material previa-
cias 1,00 no mínimo. mente aprovado pela Prefeitura;
§ 1º- Os tanques e reservatórios de líqui- II- serem construídos para resistir, com segurança à
dos que possam ocasionar emanação de vapores pressão a que forem submetidos;
inflamáveis, deverão observar o seguinte: III- serem dotados de tubo respiratório, terminado
I- ser provido de respiradouro equipado com vál- em curva e com a abertura voltada para baixo
vulas de pressão e de vácuo, quando possam os protegida por tela metálica. Este tubo deverá
líquidos ocasionar emanação de vapores infla- elevar-se 3,00 m acima do solo e distar, no mí-
máveis; nimo, 1,50m (um metro e cinquenta centíme-
II- a extremidade do cano de enchimento deverá tros) de qualquer porta ou janela.
ser feito de modo a impossibilitar derramamen- Art. 269- Quando o tanque ou reservató-
to de inflamáveis; rio se destinar ao armazenamento de inflamáveis de
III- o abastecimento do tanque será feito diretamen- 1ª categoria, a capacidade máxima de cada um será
te pelo cano de enchimento, por meio de man- de 200.000 (duzentos mil) litros.
gueira, ligando-o no tambor, caminhão tanque, Art. 270- Deverá haver uma distância mí-
vagão ou vasilhame utilizado no transporte de nima igual a metade do perímetro de maior seção
inflamáveis; do tanque, entre o costado deste e o imóvel vizi-
IV- os registros deverão ajustar-se nos respectivos nho, ainda que pertença ao mesmo proprietário.
corpos e ser providos de esferas indicativas da Art. 271- Deverá haver uma distância mí-
posição em que estejam abertas ou fechadas; nima entre dois tanques igual ou maior a 1/20 da
V- os encaminhamentos deverão, sempre que pos- prevista no artigo anterior, com o mínimo de 1,00
sível, ser assentes em linhas retas e em toda a m.
instalação previstos os meios contra expansão e Art. 272- Os tanques subterrâneos devem
vibração; ter seu topo, no mínimo, a 50 cm (cinquenta centí-
VI- é proibido o emprego de vidro nos indicadores metros) abaixo do nível do solo.
de nível. § Único - No caso de tanques com capaci-
§ 2º- Serão admitidos tanques elevados dade superior a 5.000 (cinco mil) litros, esta pro-
propriamente ditos, desde que satisfaçam ao se- fundidade será contada a partir da cota mais baixa
guinte: do terreno circunvizinho dentro de um raio de
I- só poderão armazenar inflamáveis de 3ª catego- 10,00 m.
ria;
II- devem ficar afastados, no mínimo, 4,00 m de CAPÍTULO XII
qualquer fonte de calor, chama ou faísca; DAS EDIFICAÇÕES PARA PEQUENAS OFI-
III- devem ficar afastados da divisa do terreno, CINAS
mesmo no caso de o terreno vizinho ser do
mesmo proprietário, a uma distância não inferi- Art. 273- Borracheiro, oficina mecânica
or a maior dimensão do tanque (diâmetro, altura de veículos em geral, conserto e aluguel de bicicle-
ou comprimento); tas e motocicletas, estofamento de carros, funileiro,
IV- o tanque, ou conjunto de tanques, com capaci- funilaria e pinturas de carros, serviços de colocação
dade superior a 4.000 (quatro mil) litros, deve de freios e molas, auto-elétrico, carpinteiros, esto-
ser protegido externamente por uma caixa com fador, empalhador, colchoaria, eletricista, encana-
os requisitos seguintes: dor, consertos de fogões e aquecedores, limpa-
fossa, tinturaria (auto-serviço), tinturaria e lavande-
ria, moldureiro e vidraceiro, laqueação e lustração
40

de assoalhos, consertos de instrumentos musicais, I- depósito, armazenamento, trabalho ou outras


pintura de geladeiras e móveis de aço, pintura de atividades, venda ou atendimento do público;
cartazes, embalagem, rotulagem e encaixotamento, II- acesso e circulação de pessoas;
anúncios luminosos, e outros similares. III- instalações sanitárias e vestiários;
§ Único - As atividades relacionadas nos IV- serviços;
Capítulos V e VII deste Título são permitidas nas V- acesso e estacionamento de veículos;
edificações de que trata este artigo. VI- pátios de carga e descarga.
Art. 274- As atividades referidas no artigo § Único - O compartimento para depósito,
anterior e seu parágrafo deverão obedecer às exi- armazenamento, trabalho ou atendimento do públi-
gências seguintes: co terão as paredes, pilares ou colunas revestidas,
I- se utilizarem força motriz, esta não será superi- até a altura de 2,00 m, bem como o piso, de materi-
or a 3 HP para cada 16,00 m² (dezesseis metros al liso, impermeável e resistente a constantes lava-
quadrados) de área dos compartimentos de gens.
permanência prolongada da unidade, observado Art. 277- Na edificação de uso exclusivo
ainda o limite máximo admitido pela legislação ou em cada parte da edificação que possa constituir
de uso e ocupação do solo; unidade distinta e autônoma, de uso exclusivo, de
II- produzam ruído que não ultrapasse os limites conformidade com o disposto no artigo 275, serão
máximos admissíveis, medido no local mais observadas as seguintes exigências:
desfavorável, junto à face externa da edificação I- deverão ter, pelo menos, um compartimento
ou parte da edificação de uso exclusivo; destinado a local de venda, atendimento ao pú-
III- eventuais vibrações não sejam perceptíveis jun- blico, trabalho, ou outra equivalente, com área
to às paredes perimetrais ou no pavimento, do não inferior a 16,00 m² (dezesseis metros qua-
lado externo da edificação de uso exclusivo; drados);
IV- não produzam fumaça, poeira ou odor acima II- outros compartimentos destinados a trabalho,
dos limites admissíveis. recepção, espera, escritório, reuniões, armaze-
§ Único - Quando superarem as condições namento, embalagem, expedição ou outras ati-
fixadas neste artigo, tais atividades somente pode- vidades de permanência prolongada poderão
rão instalar-se, segundo sua modalidade, nas edifi- ter área mínima de 4,00 m² (quatro metros qua-
cações de uso exclusivo previstas nos demais capí- drados).
tulos deste título, especialmente edificações para § Único - A soma da área de todos os
oficinas e indústrias e dependerão de autorização compartimentos de permanência prolongada que
prévia dos órgãos sanitários e ambientais compe- integram a edificação não poderá ser inferior a
tentes. 40,00 m² (quarenta metros quadrados).
Art. 275- A edificação ou parte da edifi- Art. 278- Deverão dispor de instalações
cação destinada às atividades referidas no artigo sanitárias para empregados, em número correspon-
273, respeitando o disposto no artigo 274, caracte- dente à área do andar mais as dos eventuais andares
riza-se por: contíguos atendidas pela instalação, conforme a
I- ser uso exclusivo da atividade; tabela seguinte:
II- ter acesso separado independente e direto para instalações mínimas obri-
logradouro ou espaço externo do imóvel, de uso área dos andares servidos gatórias
exclusivo, com largura mínima de 1,50 m (um la- latr. mict chuv
vat
metro e cinquenta centímetros), quando consti-
de 40 a 119 m² 1 1 - 1
tuírem unidades distintas autônomas de edifica- de 120 a 249 m² 1 1 1 1
ção. de 250 a 499 m² 2 2 2 2
§ 1º- Os locais dessas atividades não po- de 500 a 999 m² 3 3 3 3
derão utilizar acesso que seja de uso comum ou co- de 1000 a 1999 m² 4 4 4 4
letivo de outras atividades. de 2000 a 3000 m² 6 6 5 5
acima de 3000 m² 1/500 1/500 1/600 1/600
§ 2º- As atividades mencionadas no “ca- m² ou m² ou m² ou m² ou
put” do artigo 273, quando ocuparem área superior fraç. fraç. fraç. fraç.

a 500,00 m² (quinhentos metros quadrados) deve- Art. 279 - Deverão dispor de comparti-
rão localizar-se em edificação de uso exclusivo, mento de vestiário para empregados, atendendo as
não podendo constituir edificação, mista. disposições deste código, com área na proporção
Art. 276- A edificação deverá dispor, pelo de 1:60 da área dos andares servidos.
menos, de compartimentos, ambientes ou locais pa- § Único - O compartimento de vestiário
ra: não será obrigatório em edificação com área total
41

de construção igual ou inferior a 250,00 m² (duzen- b) para testada de terreno de 24,00m (vinte e qua-
tos e cinquenta metros quadrados). tro metros), poderá haver mais aberturas que
Art. 280- As edificações para depósito e observarão o disposto na letra “a”;
pequenas oficinas com área total de construção su- c) os intervalos entre as aberturas serão permanen-
perior a 750,00 m² (setecentos e cinquenta metros temente fechados por meio de mureta executada
quadrados), deverão ter com acesso pelas áreas de de alvenaria ou de concreto, resistente a coli-
uso comum ou coletivo e independente de eventual sões, com altura mínima de 0,50m (cinquenta
residência do zelador ou vigia, pelo menos um de- centímetros) e espessura mínima de 0,45 m
pósito de material de limpeza, de consertos e outros (quarenta e cinco centímetros). O restante da
fins, com área não inferior a 4,00 m²(quatro metros testada do imóvel para logradouro público será
quadrados). também fechado com mureta ou jardineira apre-
§ Único - As edificações com área total de sentando os mesmos requisitos;
construção superior a 250,00 m²(duzentos e cin- II- nas faces internas das muretas, jardineiras ou
quenta metros quadrados) e até 750,00 m² (setecen- eventuais construções no alinhamento do imó-
tos e cinquenta metros quadrados) deverão ter o vel, haverá canaleta para coleta das águas su-
depósito de que trata este artigo, apenas com área perficiais que, acompanhando a testada, se es-
mínima de 2,00 m² (dois metros quadrados). tenderão ao longo das aberturas de acessos, de-
vendo, nestes trechos, serem providas de gre-
CAPÍTULO XIII lhas;
DAS EDIFICAÇÕES PARA POSTOS DE III- quaisquer aparelhos ou equipamentos, tais co-
SERVIÇOS mo bombas para abastecimento, conjuntos para
testes ou medição, elevadores, bem como valas
Art. 281- Os postos de serviços automobi- para troca de óleo, deverão ficar pelo menos a
lísticos destinam-se às atividades de abastecimento, 4,50m (quatro metros e cinquenta centímetros)
lubrificação, lavagem e lavagem automática, que do alinhamento dos logradouros, sem prejuízo
podem ser exercidas em conjunto ou isoladamente. da observância de recuos maiores exigidos para
Art. 282- Os terrenos para instalação de o local;
quaisquer dos postos de que trata o artigo anterior IV- a posição e as dimensões dos aparelhos ou
não poderão ter área inferior a 500,00 equipamentos, dos boxes de lavagem, bem co-
m²(quinhentos metros quadrados), sendo que: mo de outras construções ou instalações deve-
I- os localizados em esquina devem ter a menor rão ser adequadas à sua finalidade, oferecer a
dimensão não inferior a 15,00 m (quinze me- necessária segurança e ainda possibilitar a cor-
tros); reta movimentação ou parada de veículos;
II- os não localizados em esquina, devem ter testa- V- as bombas para abastecimento deverão observar
da não inferior a 24,00 m (vinte e quatro me- a distância mínima de 4,00m (quatro metros) de
tros); qualquer ponto da edificação e das divisas late-
III- a distância mínima entre 2 (dois) postos será de rais e de fundo;
500 m (quinhentos metros). VI- os pisos das áreas de acesso, circulação, abas-
Art. 283- Os postos deverão dispor, pelo tecimentos e serviços, bem como dos boxes de
menos, de compartimentos, ambientes ou locais pa- lavagens deverão ser impermeáveis, resistentes
ra: ao desgaste e a solventes e anti-derrapantes, e
I- acesso e circulação de veículos; ter declividade mínima de 1% (um por cento) e
II- serviços de abastecimento e/ou lavagem e/ou máxima de 3% (três por cento). Serão dotados
lubrificação; de ralos para escoamento das águas de lavagem
III- administração; e de torneiras de água corrente;
IV- sanitários; VII- os equipamentos para lavagem ou lubrificação
V- vestiários. deverão ficar em compartimentos exclusivos,
Art. 284- Aos postos aplicar-se-ão, ainda, dos quais:
as seguintes disposições: a) as paredes serão fechadas em toda altura, até a
I- a abertura de acesso para veículo deve ter a lar- cobertura, ou providas de caixilhos fixos para
gura mínima de 3,50m (três metros e cinquenta iluminação;
centímetros) e máxima de 7,00m(sete metros), e b) as faces internas das paredes serão revestidas de
distância mínima de 1,00m (um metro) das divi- material durável, impermeável e resistente a
sas, sendo que: frequentes lavagens, em toda a altura;
a) a distância entre duas aberturas será de 5,00m
(cinco metros), no mínimo;
42

c) o pé direito será fixado de acordo com o tipo de II- local de descanso ou espera próximo à sala de
equipamento utilizado, observado o mínimo de vigília, coberto ou descoberto, com área mínima
4,00m (quatro metros); de 40,00 m² (quarenta metros quadrados);
d) os compartimentos deverão ficar afastados das III- instalações sanitárias para o público, próximas
divisas do lote no mínimo 3,00m (três metros) e à sala de vigília, em compartimentos separados
quando o vão do acesso estiver voltado para a para homens e mulheres cada um dispondo, pe-
via pública ou para a divisa do lote deverão dis- lo menos de 1(um) lavatório e 1(uma) bacia sa-
tar dessas linhas 6,00 m(seis metros), no míni- nitária e com área mínima de 1,50m² (um metro
mo. e cinquenta centímetros quadrados).
§ Único - Quando se tratar de postos de Art. 290- A autoridade sanitária compe-
lavagem automática, os mesmos serão dispensados tente poderá fixar outros requisitos e normas a se-
do disposto nas letras “a”, “b” e “c” do ítem VII. rem observadas nas edificações de que trata este
Art. 285- Os postos deverão, também, capítulo.
dispor de:
I- compartimentos ou ambientes para administra- TÍTULO IV
ção, serviços e depósitos de mercadorias com
área total não inferior a 20,00m² (vinte metros DA FISCALIZAÇÃO, DAS INFRAÇÕES E
quadrados), podendo cada um ter a área mínima DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FI-
de 6,00 m² (seis metros quadrados); NAIS
II- instalação sanitária (W.C.) para o público, com
área mínima de 1,20m² (um metro e vinte cen- CAPÍTULO I
tímetros quadrados) cada. Para empregados, as DA FISCALIZAÇÃO
instalações sanitárias deverão ser providas de
chuveiros e ter área mínima de 2,00m² (dois Art. 291- A Prefeitura, pelas suas reparti-
metros quadrados); ções e agentes fiscalizadores, fiscalizará a execução
III- compartimento para vestiário, com área mínima das construções a fim de que elas sejam executadas
de 4,00m² (quatro metros quadrados); de acordo com os planos aprovados e as exigências
IV- depósito de material de limpeza, de consertos e deste Código.
outros fins com área mínima de 2,00m² (dois § 1º- Os responsáveis pelas construções,
metros quadrados). independentemente de qualquer providência da fis-
Art. 286- A edificação terá estrutura, pa- calização, deverão notificar o órgão competente da
redes e pavimentos conforme as normas de segu- Prefeitura, do início e da conclusão da obra ou de-
rança que lhe forem aplicáveis. As paredes situadas molição.
nas divisas do imóvel deverão elevar-se, pelo me- § 2º- Juntamente com o aviso de conclu-
nos, 1,00 m (um metro) acima da cobertura. são da obra, o responsável pela mesma entregará à
Art. 287- Os postos de serviços automobi- repartição competente os elementos necessários, a
lísticos deverão dispor de instalações ou constru- juízo da mesma repartição, para a vistoria de veri-
ções de tal forma que as propriedades vizinhas ou ficação de conclusão de obra que, constatada, po-
logradouros públicos não sejam atingidos pelos ru- derá o proprietário utilizá-la para a finalidade que a
ídos, vapores, jatos e aspersão de água ou óleo ori- mesma foi aprovada.
ginados dos serviços de abastecimento, lubrificação Art. 292- Ao órgão de fiscalização de
ou lavagem. obras, compete:
Art. 288- As instalações e depósitos de I- aplicar este Código, ressalvada a competência
combustíveis ou inflamáveis deverão obedecer as das autoridades superiores nos casos específi-
normas de segurança que lhes forem aplicáveis. cos;
II- aplicar as normas complementares a este Códi-
CAPÍTULO XIV go;
DAS EDIFICAÇÕES PARA VELÓRIOS E III- fiscalizar o cumprimento das disposições deste
NECROTÉRIOS Código e a perfeita execução dos projetos apro-
Art. 289- As edificações para velório de- vados, podendo, em qualquer época, multa, em-
verão conter os seguintes compartimentos ou insta- bargar, interditar, ou solicitar a demolição da
lações mínimas: obra;
I- sala de vigília, com área mínima de 20,00 m² IV- emitir parecer sobre quaisquer problemas rela-
(vinte metros quadrados); cionados com suas atividades;
43

V- relacionar e apresentar ao Prefeito observações Lei, solicitando a aplicação da penalidade a que o


sobre a aplicação deste Código, para efeito de profissional estiver sujeito.
sua revisão.
Art. 293- Os responsáveis pelas obras, CAPÍTULO III
quaisquer que elas sejam, são obrigados a facilitar DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
por todos os meios aos agentes fiscalizadores do
município o desempenho de suas funções. Art. 302- Entende-se por:
I- canto chanfrado ou arredondado: obrigatório
CAPÍTULO II nas edificações de esquina situados no alinha-
DAS INFRAÇÕES mento, sendo que o canto chanfrado ou a tan-
gente externa da parte da arredondada deve
Art. 294- Constitui infração a este Código concordar com a normal à bissetriz do ângulo
além da desobediência a qualquer de seus disposi- dos dois alinhamentos e ter o comprimento mí-
tivos o desacato aos encarregados de sua aplicação. nimo de 2,50m (dois metros e cinquenta centí-
§ Único - Todas as infrações serão autua- metros);
das pela Prefeitura através do órgão encarregado da II- comércio varejista:
aplicação das penalidades correspondentes. a) de pequeno porte: pequenos estabelecimentos
Art. 295- Sem prejuízo da disposições re- de comércio que ocupam área inferior a 180,00
lativas a infrações e penas constantes de outras Leis m² (cento e oitenta metros quadrados) e menos
e Códigos Municipais, as infrações a este Código de 5(cinco) pessoas, e que não tem menção
serão punidas com as seguintes penas: própria no quadro da Lei do Uso do Solo;
I- intimação; b) de médio porte: estabelecimentos de comércio
II- embargo ou interdição; que ocupam área superior a 180,00 m² (cento e
III- multa pecuniária; oitenta metros quadrados) e de 5 (cinco) a 50
IV- demolição. (cinquenta) pessoas, e que não tem menção
Art. 296- A Prefeitura, pelas repartições própria no quadro da Lei do Uso do Solo;
competentes, expedirá intimação para cumprimento III- Subsolo ou subterrâneo: andar enterrado, com
de disposições deste Código, endereçadas ao pro- ou sem divisões, situados abaixo do pavimento
prietário, responsável pelo imóvel ou pela obra. térreo de um edifício, cujo piso esteja, em rela-
§ Único - A intimação fixará, sempre, o ção ao terreno circundante, a uma distância
prazo dentro do qual deverá ser cumprido. maior que a metade do pé direito.
Art. 297- Esgotado o prazo fixado na in- Art. 303- Nas zonas consideradas de Mé-
timação sem que a mesma seja atendida, a reparti- dia Densidade as áreas construídas destinadas a es-
ção competente aplicará ao infrator a multa corres- tacionamento e recreação não serão computadas no
pondente e embargará a obra, conforme o disposto cálculo de coeficiente de aproveitamento do terre-
na Seção seguinte. no.
Art. 298- Aos embargos, interdições, mul-
tas e demolições, aplicam-se as disposições do Ca- CAPÍTULO IV
pítulo III, Título I, deste Código. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 299- A Prefeitura poderá, a juízo de
seu órgão competente, determinar condições espe- Art. 304- As escadas rolantes são conside-
ciais, inclusive honorários, para execução de servi- radas como aparelhos de transporte vertical. A sua
ços que possam prejudicar e perturbar a terceiros existência não será levada em conta para efeito de
ou os serviços públicos, inclusive o tráfego de veí- cálculo do escoamento das pessoas da edificação,
culos. nem para o cálculo de largura mínima das escadas
Art. 300- Verificada pela repartição com- fixas.
petente a remoção da causa do embargo, será o § Único - Os patamares de acesso, sejam
mesmo levantado. de entrada ou saída, deverão ter qualquer de suas
Art. 301- Constatado pela fiscalização que dimensões, no plano horizontal, acima três vezes,
o responsável pela obra não atendeu ao embargo, da largura da escada rolante, com o mínimo de
solicitará esta, diretamente, as medidas necessárias 1,50m (um metro e cinquenta centímetros).
ao cumprimento das mesmas. Art. 305- Será obrigatória a existência de
§ Único - O Poder Executivo Municipal pára-raios instalados de acordo com as normas téc-
denunciará a ocorrência ao órgão encarregado da nicas oficiais, nas edificações:
fiscalização do exercício da profissão dos enge- I- cujo ponto mais alto fique a mais de 15,00m
nheiros, arquitetos e construtores, de acordo com a (quinze metros) acima do nível do passeio;
44

II- destinadas a mercados varejistas, supermerca- Capítulo, uma vez que o mesmo se ache construído
dos nas lojas de qualquer natureza, nas escolas, sobre espaços reservados para vielas sanitárias, re-
nos depósitos de carbureto de cálcio, de explo- cuos ou faixas necessárias a alargamento e abertura
sivos, de fitas cinematográficas e de inflamá- de ruas e logradouros públicos.
veis; Art. 313- Somente gozarão os direitos
III- que ocupem área de terreno em projeção hori- deste Capítulo os clandestinos existentes atualmen-
zontal superior a 3.000,00 m² (três mil metros te no Município, e cujos proprietários ou responsá-
quadrados). veis, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias após a
§ Único - O órgão competente municipal, publicação deste Código encaminharem, à Prefeitu-
poderá a seu critério, determinar, em outras cir- ra, plantas dos mesmos, anexadas em requerimento
cunstâncias não especificadas neste artigo, a insta- dirigido ao Prefeito Municipal no qual solicite os
lação de pára-raios. favores desta Lei.
Art. 306- Não será permitido o uso de § Único - A Prefeitura aprovará todas as
fossas nas construções servidas por rede de esgoto plantas de clandestinos, com base neste Capítulo,
sanitário. independente de assinatura de responsável técnico
§ Único - Para a abertura de fossas deverá habilitado, encampando para seus órgãos técnicos,
ser observado o afastamento mínimo de 1,50m (um a responsabilidade dessas obras.
metro e cinquenta centímetros) de qualquer edifica- Art. 314- Todas as aprovações de plantas,
ção ou divisa. alvarás e “habite-se” concedidos às construções
Art. 307- As águas pluviais das coberturas clandestinas com base neste Capítulo estão isentas
deverão escoar dentro dos limites do imóvel, e nas de quaisquer multas ou acréscimos de taxas e emo-
fachadas situadas no alinhamento dos logradouros lumentos.
públicos os condutores serão embutidos ou afixa- Art. 315- Para efeito deste Código, enten-
dos nestas, até o nível do passeio, pelo menos, e de-se por:
sob estes até às sarjetas. I- H - Altura limite que será contada do piso do
Art. 308- Não serão permitidas ligações andar mais baixo até o teto do andar mais alto
de esgotos sanitários e lançamento de resíduos in- do edifício;
dustriais em rede de águas pluviais, bem como li- II- Hi - Altura do piso do pavimento considerado
gações de águas pluviais em redes de esgotos. em relação ao piso do andar baixo;
Art. 309- Os casos omissos e as dúvidas, III- AI - Faixa livre com largura mínima de 3,00 m
porventura suscitadas, serão submetidas à aprecia- contada a partir das divisas do lote;
ção do órgão municipal competente, que estabele- IV- Li - Extensão horizontal da fachada;
cerá as normas aplicáveis. V- A2 - Afastamento de valor H/4 contado no pla-
Art. 310- Ficará a critério do órgão com- no horizontal;
petente da Prefeitura Municipal, a exigência do VI- Acréscimo - Aumento de obra ou edificação,
projeto de instalações contra incêndios aprovado concluída ou não; aumento, ampliação;
pelo Corpo de Bombeiro, para qualquer tipo de VII- Alinhamento - Linha estabelecida como limite
edificação. entre os lotes e o respectivo logradouro público;
Art. 311- A Prefeitura poderá, pela repar- VIII- Alinhamento de Construção - Linha estabele-
tição competente, autorizar a utilização de partes cida como limite das edificações com relação
concluídas dos edifícios, desde que estas partes ao respectivo logradouro público;
possam ser utilizadas de acordo com o destino pre- IX- Alvará - Documento expedido pelas autorida-
visto, e sem oferecer perigo para os seus ocupantes des competentes, autorizando a execução de
ou para o público. obras sujeitas à fiscalização; licença, licencia-
§ Único - A licença de que trata este arti- mento;
go será cancelada quando o proprietário não con- X- Apartamento - Qualquer unidade autônoma de
cluir as obras dentro do prazo estipulado na autori- uma edificação multifamiliar;
zação. XI- Aprovação do Projeto - Ato administrativo que
Art. 312- Todas as construções clandesti- precede o licenciamento de uma construção;
nas que satisfaçam as exigências deste Código XII- Área Construída - Soma da área útil e da área
quanto à insolação, ventilação, dimensões horizon- ocupada pela edificação, considerada por sua
tais e verticais, áreas e requisitos sanitários, ficam projeção horizontal; não serão computadas as
considerados regularizadas perante as repartições projeções de beirais, pérgulas, sacadas, ou ou-
municipais. tras saliências semelhantes;
§ Único - A Prefeitura não regularizará XIII- Área Útil - Área ou superfície utilizável de
nenhuma construção clandestina com base neste uma edificação;
45

XIV- Aumento - Acréscimo, ampliação, alteração, terior incorporação ao logradouro para alarga-
para mais da área construída; mento do mesmo;
XV- Compartimento - Cada uma das divisões in- XXXII- Recuo de Ajardinamento - área do lote
ternas de uma edificação; divisão, dependência, proveniente de recuo obrigatório destinado ex-
recinto, ambiente; clusivamente para ajardinamento;
XVI- Demolição - Destruição; desmonte de uma XXXIII- Sobreloja - Pavimento ou andar entre a
edificação; decréscimo, alteração para menos loja ou andar térreo e o primeiro andar, de uso
da área construída; exclusivo daquele;
XVII- Embargo - Ato administrativo que determina XXXIV- Telheiro - construção coberta, fechada
a paralisação de uma obra; em pelo menos duas faces;
XVIII- Escala - Relação de dimensões existente XXXV- Vistoria - Diligência efetuada por órgão
entre o desenho e o que ele representa; competente com a finalidade de verificar as
XIX- Fachada - Face principal de uma edificação, condições de uma edificação.
frente; Art. 316- O Poder Executivo Municipal,
XX- Galpão - Edificação coberta, fechada total ou por ato próprio, baixará os regulamentos que se fi-
parcialmente em pelo menos três de suas faces; zerem necessários e expedirá as normas técnicas no
XXI- Iluminação - Distribuição de luz natural ou que couber e se for o caso.
artificial em um compartimento; Art. 317- Este Código entrará em vigor na
XXII- Licença - Ato administrativo, com realidade data de sua publicação, revogadas as disposições
determinada, que autorize o início de uma edifi- em contrário.
cação ou obra, licenciamento; Câmara Municipal,
XXIII- Memorial - Especificação, discriminação Sala das Sessões,
dos materiais, mão-de-obra e serviços emprega- Três Lagoas (MS), 30 de maio de 1.985
dos na edificação, memorial descritivo;
XXIV- Modificação - Obras que alterem ou deslo- Lázaro Ferreira Dutra Altair Cabral Trannin
cam divisões internas; que abrem, aumentem, Presidente Primeiro Secretário
reduzem, desloquem ou suprimem vãos e que
alteram a fachada;
XXV- Pavimento - Plano que divide as edificações
no sentido da altura; conjunto de compartimen-
tos situados no mesmo nível; piso;
XXVI- Pé Direito - Distância ou medida vertical
entre o piso e o forro de um compartimento;
XXVII- Poço de Ventilação - Área de pequenas
dimensões destinadas a ventilação de compar-
timentos de utilização transitória ou especial;
XXVIII- Reconstrução - Construir novamente, total
ou parcialmente uma edificação, sem alterar sua
forma, tamanho, estética ou outros elementos
essenciais;
XXIX- Reforma - Alteração parcial de uma edifi-
cação, visando mudar ou melhorar suas condi-
ções de uso, sem alteração de forma ou tama-
nho;
XXX- Recuo - Afastamento entre o alinhamento do
logradouro e outro alinhamento estabelecido;
área do lote proveniente deste afastamento;
XXXI- Recuo de Alargamento - Área do lote pro-
veniente de recuo obrigatório, destinado a pos-

CÓDIGO DE OBRAS
ÍNDICE FL. 1
ARTIGOS NOME
TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
46

Capítulo I 1e2 Das Condições Gerais


Capítulo II 3 a 11 Da Habilitação Profissional
Capítulo III Das Penalidades
Seção I 12 a 20 Das Multas
Seção II 21 a 25 Dos Embargos
Seção III 26 a 27 Das Interdições
Seção IV 28 e 29 Da Demolição
Capítulo IV 30 Dos Projetos e Construções
Seção I 31 a 36 Da Aprovação do Projeto
Seção II 37 e 38 Do Licenciamento da Construção
Seção III Da Validade, Revalidação e Prorrogação de Prazo e Licenci-
39 a 42 amento
Seção IV 43 a 45 Da Modificação de Projeto Aprovado
Seção V 46 Das Isenções de Projetos ou de Licenças
Seção VI 47 a 50 Das Obras parciais
Capítulo V 51 a 55 Das Obras Públicas
Capítulo VI Das Obrigações decorrentes da Execução das Obras
Seção I 56 Do Alvará e Projeto
Seção II 57 e 58 Da Conservação e Limpeza dos Logradouros
Seção III 59 e 60 Das Obras Paralisadas
Seção IV 61 Das Demolições
Capítulo VII 62 a 64 Da Conclusão e Entrega das Obras

TÍTULO II DAS NORMAS GERAIS DAS EDIFICAÇÕES


Capítulo I 65 a 76 Das Disposições Gerais
Capítulo II 77 e 78 Da Circulação e Segurança
Seção I 79 a 84 Das Escadas e Rampas
Seção II 85 a 88 Dos Átrios, Passagens e Corredores
Capítulo III 92 Dos Afastamentos, Fachadas e Saliências
Seção I 89 a 91 Dos Afastamentos
Seção II 93 a 95 Das Fachadas
Seção III 93 a 95 Das Saliências
Capítulo IV Classificação e Dimensão dos Compartimentos
Seção I 96 a 101 Da Classificação dos Compartimentos
Seção II 102 a 106 Do Dimensionamento dos Compartimentos
Capítulo V Disposições Gerais sobre Compartimentos
Seção I 107 e 108 Insolação, Iluminação e Ventilação
Seção II 109 e 110 Relação Piso-Aberturas
Capítulo VI Das Instalações e Equipamentos
Seção I 111 Dos Recipientes de Lixo
Seção II 112 a 115 Dos Elevadores de Passageiros
Seção III 116 Dos Elevadores de Cargas
Capítulo VII 117 a 122 Estacionamentos, Garagens, Carga e Descargas
Capítulo VIII 123 a 127 Das Guias, Passeios e Muros

CÓDIGO DE OBRAS
ÍNDICE
Fl. 2
ARTIGOS NOME
TÍTULO III DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS
47

Capítulo I 128 a 135 Das Edificações Residenciais


Capítulo II 136 a 137 Dos Apartamentos
Capítulo III 138 a 143 Do Comércio
Seção I 144 a 147 Dos Hotéis, Pensões e Similares
Seção II 148 a 154 Dos Restaurantes, Lanchonetes, Cantinas e Congêneres
Seção III 155 Dos Açougues e Peixarias
Seção IV 156 a 158 Das Mercearias, Empórios e Quitandas
Seção V 159 a 160 Dos Mercados Varejistas
Seção VI 161 a 163 Dos Supermercados
Capítulo IV 164 Das Edificações para Serviços
Seção I 165 a 167 Dos Serviços de Saúde sem Internamento
Seção II 168 Das Farmácias e Drogarias
Seção III 169 Das Hidrofisioterapias
Seção IV 170 Das Barbearias e Salões de Beleza
Capítulo V 171 a 173 Dos Escritórios
Capítulo VI 174 a 179 Das Lojas
Capítulo VII Das Edificações para Hospitais e Congêneres
Seção I 180 a 193 Das Normas Comuns
Seção II 194 a 197 Das Edificações Hospitalares
Seção III 198 a 203 Das Edificações para Clínicas,Pronto-Socorros e Congêneres
Seção IV 204 e 205 Das Edificações para Asilos, Orfanatos, Albergues e Cong.
Capítulo VIII 206 a 208 Das Edificações para Cinemas e Teatros
Capítulo IX 209 Das Edificações Escolares
Capítulo X Das Edificações Industriais
Seção I 210 a 229 Das Indústrias em Geral
Seção II 230 a 233 Das Indústrias Alimentícias
Seção III 234 a 241 Das Indústrias Químicas e Farmacêuticas
Seção IV 242 a 248 Das Indústrias Extrativas
Capítulo XI Das Edificações para Depósitos
Seção I 249 Dos Depósitos de Lixo
Seção II 250 Dos Depósitos de Carbureto de Cálcio
Seção III 251 a 256 Dos Depósitos de Explosivos
Seção IV 257 e 258 Dos Depósitos de Fitas Cinematográficas
Seção V 259 a 272 Dos Depósitos de Inflamáveis
Capítulo XII 273 a 280 Das Edificações para Pequenas Oficinas
Capítulo XIII 281 a 288 Das Edificações para Postos de Serviços
Capítulo XIV 289 e 290 Das Edificações para Velórios e Necrotérios
TÍTULO IV DA FISCALIZAÇÃO, DAS INFRAÇÕES E DAS DISPOSIÇÕES
TRANSITÓRIAS E FINAIS
Capítulo I 291 a 293 Da Fiscalização
Capítulo II 294 a 301 Das Infrações
Capítulo III 302 e 303 Das Disposições Transitórias
Capítulo IV 304 a 317 Das Disposições Finais
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CÓDIGO
DE
O B R A S

LEI Nº 698, DE 14/05/1985

(com as alterações da Lei 1.171,


de 29.12.93)

29.964 palavras
5.656 linhas
159.880 caracteres

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