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LEI COMPLEMENTAR N.º 002/2007.

DISPÕE SOBRE O CÓDIGO DE EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE


PONTAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

ANTONIO LUIZ GARNICA, Prefeito Municipal de Pontal, Estado de São Paulo, no


usos de suas atribuições legais, FAZ SABER, que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e
promulga a seguinte Lei:

Código de Edificações da Cidade de Pontal

Normas Administrativas

Capitulo I

Aplicação do Código

Artigo 1º - O Código de Edificações do Município de Pontal, respeitando as exigências


mínimas das Legislações Federal e Estadual, tem por objetivo orientar as edificações, determinar os
processos de utilização, aprovação, construção e fiscalização, assim como as condições mínimas que
satisfaçam a segurança, o conforto e a higiene dos usuários e
demais cidadãos.

Capitulo II

Definições

Artigo 2º - Para todos os efeitos deste Código as seguintes palavras ficam assim
definidas:

I – Alinhamento: é a linha legal, traçada pela Prefeitura, que limita o lote de terreno com o
passeio público.
a) Passeio público – faixa entre o lote e a via publica para trânsito de pedestres.
b) Via publica – faixa ou leito carroçável para transito de veículos,
II – Altura: é a linha vertical traçada do nível do solo até o topo da construção.
III – Área Livre: é o espaço do lote de terreno não ocupado pela construção ou por sua
projeção horizontal.
IV – Afastamento Mínimo ou Faixa Livre: distância mínima entre a edificação e os limites
do lote de terreno.
V – Construir: é de modo geral fazer qualquer obra de Engenharia, Arquitetura ou
Construção.
VI – Edificar: é de modo particular construir edifício destinado à habitação, trabalho ou
qualquer outro fim.
VII – Lote: é a porção de terreno que tem toda a testada para a via pública ou com ela se
comunique por meio de corredor de acesso, limitada pelo passeio público.
VIII – Partes Essenciais da Construção: são aquelas a que são aplicáveis certos limites
previstos neste Código, a saber:

a) Altura das fachadas;


b) Pé-direito dos compartimentos;
c) Superfície mínima dos compartimentos;

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d) Dimensões mínimas dos vãos para iluminação, insolação e ventilação;
e) Dimensões mínimas para insolação;
f) Recuos mínimos obrigatórios;
g) Escadas;
h) Alinhamento e nivelamento com a via pública;
i) Estrutura do edifício.

IX – Pé-direito: é a distância vertical entre o piso e o forro de um compartimento.


X – Reconstruir: é fazer de novo, no mesmo lugar, aproximado da forma primitiva,
qualquer edificação, no todo ou em parte.
XI – Pequenas Reparações ou Consertos: são obras que não alteram as partes
essenciais da construção e que tem por finalidade substituir telhados, investimentos, pisos, esquadrias e
instalações.
XII – Reformar: é alterar a edificação, no todo ou em parte, em suas partes essenciais,
por acréscimo, supressão ou modificação.

Capitulo III

Dos Alvarás e Licenças

Alvará de Construção

Artigo 3º - Nenhuma construção, reconstrução ou reforma será feita sem prévia


autorização ou conhecimento da Prefeitura.

§ 1º - O Alvará dependerá da existência de um projeto aprovado em obediência às


exigências mínimas estabelecidas neste Código.
§ 2º - Para expedição do Alvará deverá haver, no lote de terreno, efetiva ligação de água
com o respectivo hidrômetro; condição mínima para execução de qualquer obra.
§ 3º – Para a ligação de água e esgoto a Prefeitura do Município de Pontal se reserva o
direito de fornecer um único número de imóvel para lotes com 125m².
§ 4º - Nos lotes menores que 250m², serão dados 02 (dois) números, desde que as casas
sejam geminadas e, atendam ao disposto neste código.
§ 5º - No caso de ligação de energia elétrica, o pedido à concessionária será feito em
conformidade com o projeto apresentado na Prefeitura Municipal de Pontal observando a numeração do
imóvel e o tipo de construção.
§ 6º – Os casos de ligação de energia em não conformidade com o projeto apresentado,
não são de responsabilidade do Município, respondendo o proprietário por conseqüências que sobre ela
vierem à existir.
§7º - Nos casos em que a obra ficar paralisada por período superior a 180(cento e
oitenta) dias, a Prefeitura deverá ser notificada para posterior revalidação do Alvará.

Artigo 4º - Dependerá somente de Licença para Construir:


a) Pequenas Reparações e Consertos;
b) Reconstrução de muros, após demolição, desde que não sujeitos a modificações
no alinhamento, e não ultrapassem a 02 (dois) metros de altura.

Parágrafo Único – Para concessão da Licença para Construir será necessário apenas
um Memorial Descritivo dos serviços executados, assinado pelo proprietário do imóvel.

Artigo 5º - Não dependem de Licença de Construção:


a) Construção provisória de compartimentos destinados a armazenamento de
materiais de obra, devidamente licenciada, cuja demolição seja feita logo após o término da referida obra;

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b) Construção de passeios públicos, desde que não estejam sujeitos a modificações
no alinhamento e nivelamento aprovados pela Prefeitura.
Artigo 6º - O Alvará de Construção prescreverá em 02 (dois) anos, caso não seja
iniciada a obra; prescrito o Alvará de Construção poderá o interessado requerer a revalidação do
mesmo.

Parágrafo Único – Para efeito da aplicação deste dispositivo, será considerada iniciada
a obra cujo Alicerce ou Fundação esteja terminado.

Alvará de Demolição

Artigo 7º - Nenhuma demolição total ou parcial de qualquer obra será feita sem
autorização ou conhecimento da Prefeitura.

Artigo 8º - A Licença para demolir será solicitada por requerimento acompanhado de


planta da locação ou projeto.

Parágrafo Único – A Prefeitura poderá exigir, em casos especiais e a seu critério, que as
demolições sejam feitas sob responsabilidade técnica de profissional legalmente habilitado.

Alvará de Reforma

Artigo 9º - Será solicitado Alvará de Reforma a toda e qualquer obra que envolva
Acréscimo, Supressão de Área ou Retirada de Elementos que possam atuar sobre a estrutura do imóvel.

§ 1º – Deverá ser apresentado projeto modificativo devidamente assinado por profissional


habilitado.

§ 2º - A responsabilidade pela limpeza e manutenção da via pública, nos casos de


movimentação de entulho, é exclusiva do proprietário/executor da obra, devendo ao final deixá-la livre de
qualquer resíduo.

Capitulo IV

Da Concessão de Habite-se

Artigo 10 - Terminada a construção, reconstrução ou reforma de edifícios, qualquer que


seja o seu destino, o mesmo somente poderá ser habitado, ocupado ou utilizado após concessão do
“HABITE-SE”.

§ 1º – O “HABITE-SE” será solicitado pelo proprietário ou pelo construtor responsável


pela obra e será concedido pela Prefeitura,satisfeitas as seguintes condições:
a) Estar à obra completamente construída;
b) Ter sido obedecido o projeto aprovado;
c) Ter sido construído o passeio e colocada placa de numeração do prédio em local
visível e caixa de coleta de correspondência em local de fácil acesso.
§ 2º - Os concessionários, departamentos ou serviços responsáveis pelo fornecimento de
água, luz, telefone e outros, somente farão ligações em caráter definitivo, às construções novas que
possuam “HABITE-SE”.

Capitulo V

Dos Profissionais Envolvidos no Projeto e na Edificação

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Artigo 11 - Só poderão projetar, acompanhar e se responsabilizar pela Edificação, dentro
de suas respectivas atribuições, os profissionais devidamente registrados no CREA e devidamente
regularizados junto a Prefeitura Municipal de Pontal.

Artigo 12 - Será obrigatória a colocação de placa com caracteres bem visíveis, no local
da obra, contendo: Nome, Titulo e Endereço dos profissionais envolvidos na obra.

Parágrafo Único – Ao iniciar a obra o proprietário deverá colocar placa identificando:


Quadra, Lote, Tipo de Obra realizada (construção, reforma, etc.), Número do Processo ou Alvará e Data
de Entrada do processo na Prefeitura.

Capitulo VI

Das Infrações e Penalidades

Artigo 13 - As infrações ao presente Código serão punidas com uma ou mais das
seguintes penalidades, sem prejuízo das sanções cabíveis:

a) Notificação;
b) Multas;
c) Embargos;
d) Interdição do prédio ou da atividade;
e) Demolição

Artigo 14 - Havendo recusa do autuado em receber uma via da notificação ou do autode


infração, o teor do auto deverá ser publicado na forma da lei.

Capitulo VII

Das Providências

Notificação

Artigo 15 - Toda e qualquer obra passível de fiscalização será notificada a apresentar


defesa dos itens considerados irregulares, na forma da lei, através da apresentação de documentos ou
execução de serviços.

Artigo 16 - Em caso de não cumprimento da notificação dentro do prazo determinado,


pode a Prefeitura prosseguir na aplicação de sanções como determinadas neste Código.

Multas

Artigo 17 - As multas serão aplicadas pela Fiscalização, à vista do auto de infração, e de


acordo com os valores constantes em tabela própria, cujos valores serão corrigidos, de conformidade
com as variações positivas da UFM (Unidade Fiscal do Município), ou outro índice equivalente que vier a
ser criado pelo Governo Municipal. (ANEXO I)

Artigo 18 - Imposta a multa, a partir desta data,o infrator terá o prazo de 10 (dez) dias
úteis para efetuar o pagamento ou recorrer.

Parágrafo Único – Interposto o recursos e proferida a decisão, o infrator será notificado


por escrito ou por meio de Edital.

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Artigo 19 - O não pagamento da multa após o julgamento do recurso comprovado a
notificação do infrator por escrito ou por meio de edital após 10 (dez)dias, o débito será inscrito na divida
ativa do Município, sujeitando o infrator a cobrança da mesma execução fiscal, sendo retirada somente
após a sua quitação.

Artigo 20 - Os recursos só terão efeito suspensivo na aplicação da multa, sendo


mantidas as demais penalidades até a correção das irregularidades que lhe deram motivo.

Parágrafo Único – Caso as irregularidades persistam, podem ser aplicadas novas


multas de forma acumulativa, passível tanto de recurso quanto de execução fiscal.

Embargos

Artigo 21 - As obras em execução poderão ser embargadas, sem prejuízo das multas,
nos seguintes casos:

a) Por falta de Alvará de Construção, Reforma ou Demolição ou por falta de


apresentação do mesmo à fiscalização;
b) Por inobservância do projeto aprovado;
c) Por inobservância das diretrizes do alinhamento e nivelamento fornecidas pela
Prefeitura;
d) Quando, por constatação da autoridade competente, a obra ofereça perigo para a
saúde, ou para a segurança do publico ou do próprio pessoal empregado na mesma;
e) Quando não houver profissional habilitado responsável, por obra onde haja
movimentação junto à estrutura edificada.

Artigo 22 - O Auto de Embargo será lavrado em duas vias, assinadas pelo autuante e
pelo Autuado (ou representante), sendo uma via entregue a este, e dele constarão as providências
exigidas para o prosseguimento da obra, sem prejuízo das multas aplicadas.

§ 1º - Caso não possa ser entregue ao autuado, ou o mesmo recuse-se a receber, o auto
de embargo será publicado resumidamente na imprensa, seguindo-se processo administrativo e ação
competente para suspensão da obra.

§ 2º - O embargo só será levantado após o cumprimento das exigências consignadas no


auto, e a requerimento do infrator.

Interdições

Artigo 23 - Qualquer edifício, no todo ou em parte, poderá ser interditado, com o


impedimento de sua ocupação, nos seguintes casos:

a) Se for utilizado para fins diversos dos consignados no respectivo projeto;


b) Se não atender aos requisitos de higiene e de segurança estabelecidos na
Legislação Vigente;
c) Se estiver em risco a sua estabilidade;
d) Se estiver em risco a integridade física de seus ocupantes.

Parágrafo Único – A interdição prevista neste artigo será efetivada após vistoria feita por
autoridade municipal competente.

Demolições

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Artigo 24 - A demolição, total ou parcial de qualquer obra, será imposta nos seguintes
casos:

a) Quando houver risco iminente a ruir e o proprietário não queira demolir, ou tomar
as providências que se fizerem necessárias à sua segurança;
b) Por inobservância do alinhamento ou nivelamento determinado pela Prefeitura;
c) Por inobservância do projeto aprovado e a obra não puder ser regularizada com a
aprovação de um novo projeto.
d) Quando se tratar de construção clandestina em local não adequado (Áreas
Verdes, Áreas Institucionais, Áreas de Preservação Permanente) ou que haja impedimento legal pela
Prefeitura Municipal.

§ 1º - A demolição da obra clandestina poderá ser efetivada mediante ordem


administrativa.
§ 2º - A demolição de obra licenciada será pleiteada judicialmente em ação própria.

Capitulo VIII

Das Normas para as Edificações

Projetos

Artigo 25 - Toda construção, reconstrução ou reforma deverá possuir projeto gráfico


executado por profissional habilitado, que será submetido à aprovação da Prefeitura,em 04 (quatro) vias,
obedecendo à padronização regulamentar e compreendendo as seguintes partes:

a) Plantas de todos os pavimentos com a indicação do destino e dimensões de cada


compartimento;
b) Elevação de fachadas voltadas para as vias públicas;
c) Cortes Transversal e Longitudinal;
d) Alinhamento e nivelamento do passeio, indicando acesso de acesso de veículos ou
cadeirantes;
e) Locação de caixa de inspeção de esgoto interna e externa (no passeio) e caixa de
gordura;
f) Locação de Postes de Iluminação, árvores e lixeiras quando houver;
g) Locação de pontos de captação de águas pluviais, quando houver;
h) Locação de Áreas Permeáveis, com indicativo de percentual de ocupação;
i) Indicativo das taxas de ocupação, conforme legislação;
j) Declaração de veracidade das informações existentes na planta;

Declaro para os devidos fins que, sou legítimo proprietário deste imóvel e, que as
informações contidas neste documento são verdadeiras.
Declaro, ainda, que não haverá desvio de utilização do imóvel em relação ao
projeto aprovado.

k) Planta de Locação na qual se indique a posição do edifício a construir, em relação às


divisas do lote e as construções nele existentes e sua orientação;
l) Os perfis longitudinal e transversal do terreno, tomando como referencia de nível, o nível
da via pública, quando houver necessidade de movimentação de terra no mesmo;
m) Memoriais descritivos dos materiais a serem empregados na construção;

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n) Indicação de Sistema de Tratamento de Águas Residuais, óleos, detritos e gases, de
modo evitar contaminações de solo ou ar e prejuízos a ocupações vizinhas, quando se tratar de indústria
ou oficina e postos de serviços;
o) ART de Projeto/Construção devidamente recolhida; (02 cópias)
p) Taxas da Prefeitura devidamente recolhidas.

Parágrafo Único – Alterações no projeto aprovado só poderão ser feitas mediante a


aprovação de um novo projeto.

Artigo 26 - As peças gráficas obedecerão as seguintes escalas: 1:100 para as plantas do


edifício; 1:50 ou 1:100 para cortes e fachadas; 1:200 para planta de locação e perfis do terreno. Outra
escala só será usada quando justificadas tecnicamente.

§ 1º - A escala não dispensa o emprego de cotas para indicar as dimensões dos diversos
compartimentos, pés-direitos e posição das linhas limítrofes.

§ 2º - Nos projetos de reforma, acréscimo ou reconstrução serão representados:


a) à tinta preta, as partes a conservar;
b) à tinta vermelha, as partes a construir;
c) à tinta amarela, as partes a demolir;
d) à tinta azul, os elementos construtivos de ferro e aço.

Artigo 27 - Todas as partes gráficas e memoriais do projeto deverão ter, em todas as


vias, as assinaturas autografadas:
a) do proprietário ou representante legal;
b) do responsável técnico pela construção;
c) do autor do projeto.

§1º – O responsável técnico e o autor do projeto deverão indicar o número do Registro no


Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia e o número do registro na Prefeitura.
§ 2º - O proprietário(s) deverá indicar o número do CPF (Cadastro de Pessoa Física)
junto a assinatura autografada.

Capitulo IX

Das Condições Gerais

Artigo 28 - Deverá ser colocada em local visível à placa de identificação da obra, de


modo a reconhecer sua legalidade mesmo que não haja ninguém no local, quando da fiscalização.

Artigo 29 - Não será permitida a ocupação de qualquer parte da via pública, com
materiais de construção ou mesmo fora dos tapumes quando houver.

Parágrafo 1º - Os materiais descarregados na via publica, ou fora dos tapumes, deverão


ser removidos para o interior da obra dentro de 24(vinte e quatro) horas, contada da descarga dos
mesmos.

Parágrafo 2º - Quando constatado que os materiais se encontram além do prazo


permitido na via pública, fica a proprietária sujeita a seguinte penalidade:
a) Notificação
b) Multa
c) Recolhimento do material por parte da Prefeitura

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Artigo 30 - É vedado o feitio de argamassas, rebocos ou qualquer mistura para execução
de obra na via pública (sem proteção à mesma), sob pena de multa sem a necessidade de notificação
anterior.

Parágrafo Único – Mesmo com a utilização de meios mecânicos (betoneiras e similares),


para a execução das misturas faz-se necessária à devida proteção da via pública, para carga e descarga
da mesma.

Artigo 31 - Toda edificação deverá ser perfeitamente isolada de umidade e emanações


provenientes do solo, mediante impermeabilização entre os alicerces e as paredes e, em todas as
superfícies de contato com o solo.

§ 1º - É vedada a utilização de muros de divisa dos lotes lindeiros para construção de


compartimentos, em qualquer construção sem a devida impermeabilização e sem autorização escrita dos
proprietários dos lotes lindeiros.

§ 2º - Em caso de diferença de nível entre lotes é obrigatório à construção de muro de


arrimo devidamente impermeabilizado.

Artigo 32 - Não será permitida nenhuma construção, ao longo das águas correntes e
dormentes e das faixas de domínio público das rodovias, ferrovias e dutos. Será obrigatório a reserva de
uma faixa “non aedificandi” de 15 (quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências de legislação
especifica.

Artigo 33 - As paredes de divisa terão espessura mínima de 0,20m e as demais de


0,15m. Serão aceitos os materiais que, com menor espessura, apresentem igual resistência mecânica,
impermeabilização e isolamento acústico.

Parágrafo Único – As paredes internas, que constituem divisão entre habitações


residenciais distintas, terão espessura de 0,25m.

Artigo 34 - Todos os edifícios e construções situados no alinhamento da via pública ou


na divisa do lote de terreno deverá dispor de rufos ou calhas e condutores que conduzirão as águas
pluviais até as sarjetas, passando por baixo das calçadas.

Artigo 35 - Não é permitida a ligação de águas pluviais, lavagem de quintais e piscinas,


ou resultantes de drenagem, à rede coletora de esgotos sanitários.

Artigo 36 - Nenhum prédio situado em local provido de rede de distribuição de água e


coletora de esgoto poderá ser habitado, sem que seja ligada a respectiva rede.

Artigo 37 - Cada prédio devera ter um sistema independente de afastamento de águas


residuais.

Parágrafo Único – Toda residência deverá ter, no passeio, caixa de inspeção de esgoto,
próxima a ligação com a rede local.

Artigo 38 - Os tanques de lavagem de roupa, serão obrigatoriamente ligados à rede


coletora de esgotos sanitários, através de um fecho hidráulico.

Artigo 39 - Toda Habitação deverá dispor, pelo menos, de um dormitório, uma sala de
estar uma cozinha e um compartimento sanitário.

Da Iluminação, Insolação e Ventilação dos Prédios.


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Artigo 40 - Para fins de iluminação e ventilação, todo compartimento deverá dispor de
abertura comunicando -o diretamente com o exterior.

§ 1º - Excetuam-se os corredores de uso privativo, os de uso coletivo até 10,00m de


comprimento, as caixas de escadas, poços e hall’s de elevadores, devendo as escadas de uso
obrigatório ter iluminação natural.

§ 2º - Para efeito de ventilação, iluminação e insolação, serão também consideradas as


faixas livres contíguas de imóveis vizinhos, desde que garantido por recuo mínimo de 1,50m entre as
edificações.

§ 3º - Para efeito deste Código, considera-se a hipótese de que exista na divisa do lote,
parede com altura igual à altura máxima das paredes projetadas, salvo no que se referir a recuos legais
obrigatórios.

Artigo 41 - Consideram-se suficientes para insolação dos dormitórios, salas, salões e


locais de trabalho os espaços livres fechados e que contenham em plano horizontal, área equivalente a
H²/4 (H ao quadrado dividido por quatro) onde H representa a diferença entre o nível do piso e o teto do
pavimento mais alto a ser insolado, sendo permitido escalonamento.

Artigo 42 - Os espaços livres abertos em duas faces corredores, quando para insolação
dos dormitórios, salas e locais de trabalho, só serão considerados suficientes se dispuserem de largura
igual ou maior que H/5, com um mínimo de 2,00m.

Artigo 43 - Para iluminação e ventilação das cozinhas domiciliares, despensas e copas


em prédios com até 3 (três) pavimentos, será suficientes o espaço livre fechado com 6,00m²; para cada
pavimento excedente haverá um acréscimo de 2,00m². A dimensão mínima será de 2,00m e, seus lados
guardarão a relação de 1:1,5.

Parágrafo Único - Em qualquer tipo de edifício será admitida à ventilação indireta ou


ventilação forçada de compartimentos sanitários mediante:

a) ventilação indireta por meio de forro falso através de compartimentos contíguos,


com altura não inferior a 0,40m, largura não inferior a 1,00m e extensão não superior a 5,00m.
Comunicação direta com o exterior, tendo as bocas providas de tela, sendo a boca interna removível para
limpeza.
b) Ventilação natural por meio de chaminé de tiragem cuja secção transversal deverá
ser capaz de conter um círculo de 0,60m de diâmetro e ter área mínima correspondente 0,60m² por metro
de altura, tendo na base comunicação com o exterior.

Artigo 44 - Não serão considerados insolados ou iluminados os compartimentos cuja


profundidade, a partir da abertura iluminante, for maior que três vezes seu pé-direito, ou duas vezes e
meia a sua largura, incluída na profundidade a projeção das saliências, pórticos, alpendres ou outras
coberturas.

Artigo 45 - A superfície iluminante dos compartimentos devera ser no mínimo de 1/8 da


área do piso do compartimento, respeitando sempre o mínimo de 0,60m². A ventilação será, no mínimo,
igual à metade da superfície iluminante.

Capitulo X

Das Condições, Dimensões Mínimas para Edificação

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Das Dimensões do Lote

Artigo 46 - Os lotes de terreno deverão ter área mínima de 125,00m², com testada
mínima de 5,00m.

Artigo 47 - No caso de Casas Geminadas o lote de terreno não devera ter menos de
200,00m² com testada mínima de 10,00m.

Artigo 48 - A taxa de ocupação do Lote de terreno não deverá ser superior a:

a) 75% para construção residencial;


b) 80% para construção comercial ou industrial.
c) 75% para construções mistas (residencial-comercial).

Parágrafo Único – Não serão permitidas construções mistas do tipo residencial-


industrial em nenhuma hipótese.

Dos Recuos Mínimos Permitidos

Artigo 49 - Será mantido recuo mínimo de 3,50m em relação ao alinhamento com o


passeio público.

Artigo 50 - Será mantido recuo lateral mínimo de 1,50m em relação ao lote vizinho,desde
que respeitado a altura mínima do muro de divisa dos lotes.

§1º - Será mantido recuo mínimo de 2,00m em relação ao lote vizinho nas construções
de 02 pavimentos.

§ 2º - Nas construções acima de 02 pavimentos será acrescido 0,30m por pavimento, ao


recuo de 2,00m.

Artigo 51 - Nos imóveis Comerciais ou de uso Misto, situados na região central da


cidade, ou corredores principais de acesso (Avenidas) será permitida a utilização dos alinhamentos com
a via publica, sendo mantidas as condições de iluminação ventilação adequadas especificadas neste
Código.

Parágrafo Único – Nos casos de Reforma com acréscimo de área ou Reconstrução


deverão ser observados as taxas de ocupação especificadas neste Código.

Da Taxa de Permeabilidade

Artigo 52 - Toda construção deverá possuir área permeável não inferior a 5% da área
total do Terreno, garantida a drenagem natural de águas pluviais.

Parágrafo 1º – No caso de reformas com modificação de área de construções anteriores


a esse Código, deverá ser respeitada a área de permeabilidade.

Parágrafo 2º - Nas construções acima de 150m2, deverão ser colocadas calhas e


condutores que conduzam as águas pluviais a uma caixa de retardo, devidamente impermeabilizada,
para retardar o acesso das águas de chuva à via pública.

Das Áreas Mínimas dos Compartimentos

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Artigo 53 - Os compartimentos das habitações deverão apresentar as áreas mínimas
seguintes:

a) Salas 8,00m²
b) Closet’s 6,00m²
c) Dormitórios:
I – quando se tratar de um único: 12,00m², além da sala;
II – quando se tratar de mais de dois: 10,00m² para um deles e 8,00m² para cada um dos
demais, sendo permitido um com área de 6,00m² e dimensão mínima de 2,00m.

Artigo 54 - A área mínima das cozinha será de 4,00m² e não se comunicarão


diretamente com compartimentos providos de vasos ou dormitórios.

Parágrafo 1º – Nas habitações que disponham de dois aposentos e banheiro, será


permitido um compartimento de serviços com área mínima de 3,00m²,devidamente ventilado, podendo
conter fogão sem acesso direto a essas dependências.

Parágrafo 2º - O acesso aos banheiros e sanitários sempre se dará por antecâmara ou


voltado para corredores.

Artigo 55 - As copas quando houver, deverão ser passagem obrigatória entre a cozinha
e os demais cômodos da habitação.

Artigo 56 - As despensas deverão ter área mínima de 6,00m² e a menor dimensão não
inferior a 2,00m.

Artigo 57 - Em qualquer habitação as peças destinadas a depósitos ou rouparias tendo


áreas superiores a 3,00m², deverão satisfazer as exigências de insolação e iluminação prescritas para
dormitórios.

Artigo 58 - Nas residências devera haver pelo menos uma instalação sanitária provida de
um vaso, um lavatório e um dispositivo para banhos. Sua área mínima é de 3,00m² e a dimensão mínima
de 1,00m.

Parágrafo Único – Essa instalação sanitária pode ser fracionada em dois


compartimentos, sendo que o de banhos deverá ter área mínima de 2,00m² e o de vaso sanitário 1,00m²,
com dimensão mínima de 1,00m.

Artigo 59 - No caso de agrupamento de aparelhos sanitários da mesma espécie, as


celas destinadas a cada aparelho serão separadas por divisão com altura máxima de 2,20m; cada célula
apresentará a superfície mínima de 1,00m² e acesso mediante corredor de largura não inferior a 0,90m.

Artigo 60 - Os compartimentos sanitários providos de vaso ou mictórios não podem ter


comunicação direta com a sala de refeições, cozinha ou despensas.

Artigo 61 - Nos compartimentos de instalação sanitária devera ser garantida a ventilação


permanente e quando nesses compartimentos e cozinhas, houver aparelhos de aquecimento capaz de
viciar o ar, as aberturas serão duas, uma junto ao teto e outra junto ao piso.

Artigo 62 - Não serão permitidos caixas de madeira, blocos de cimento ou outros


materiais, envolvendo os vasos sanitários ou mictórios.

Artigo 63 - A largura mínima dos corredores internos é de 0,80m. Nos edifícios de


habitação coletiva ou para fins comerciais a largura mínima é de 1,20m, quando de uso comum.

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Das Escadas e Elevadores

Artigo 64 - A largura mínima das escadas será de 0,80m nas casas de habitação
particular; de 1,20m nas habitações coletivas e edifícios comerciais até dois pavimentos e 1,50m nos
edifícios comerciais acima de dois pavimentos.

§1º - Excetua-se das disposições deste artigo às escadas destinadas a fins secundários,
de uso facultativo.

§ 2º - Ficam dispensadas desta largura mínima, as escadas em caracol, admitidas para


acesso a giraus, torres, adegas e para outros casos especiais.

Artigo 65 - As escadas metálicas, tipo marinheiro, de uso externo, utilizadas em caixas


d'água ou paredes externas de edifícios, deverão possuir guarda corpo e trava queda a partir de 2,00m
de altura em relação ao nível do piso mais próximo.

Parágrafo Único – As escadas de manutenção de poços de elevadores ficam


dispensadas do guarda corpo, porém continua sendo obrigatória à instalação de trava queda junto à
escada, quando a profundidade exceder a 2,00m.

Artigo 66 - É obrigatória a instalação de elevadores de passageiros nos edifícios que


apresentem piso de pavimento a uma distância maior que 15,00m, contada a partir do nível da soleira do
andar térreo.

§ 1º - Não será considerado o ultimo pavimento, quando for de uso privativo do


penúltimo, ou quando destinado exclusivamente a serviços do edifício ou habitação do zelador.

§ 2º - Em caso algum os elevadores poderão constituir meio exclusivo de acesso aos


pavimentos do edifício.

§ 3º - Quando o edifício possuir mais de oito pavimentos devera ser provido de dois
elevadores no mínimo.

Dos Pés-Direitos

Artigo 67 - Os pés-direitos mínimos serão os seguintes:

a) em compartimentos de habitações residenciais: 2,70m


b) em compartimentos situados no pavimento térreo e destinados à loja - comércio e
industria: 4,00m
c) em compartimentos de uso misto de um só pavimento: Comercial – 3,00m;
residencial – 2,70m
d) nos porões, o mínimo será de 0,50m e o máximo de 1,20m
e) nas garagens domiciliares ou coletivas: 2,30m

Dos Beirais, Marquises e Sacadas.

Artigo 68 - Os beirais das residências com um ou mais pavimentos não poderão


ultrapassar a 0,50m.

Artigo 69 - As marquises de imóveis residenciais não poderão ultrapassar a 0,50m do


alinhamento aprovado pela Prefeitura.
12
Artigo 70 - As marquises de imóveis comerciais não poderão ultrapassar a 0,70m do
alinhamento aprovado pela Prefeitura.

Parágrafo Único – As marquises, tanto de imóveis residenciais quanto comerciais,


deverão ter sistema de captação de águas pluviais, evitando a queda direta sobre o passeio publico, que
conduzirão direto até as sarjetas, passando por baixo da calçada.

Artigo 71 - As sacadas dos imóveis residenciais, inclusive no centro da Cidade, não


poderão ultrapassar o alinhamento do passeio público aprovado pela Prefeitura.

Parágrafo Único – Em caso de reforma, não poderá ser aproveitada marquise existente
para a criação de sacada.

Artigo 72 - As sacadas de imóveis residenciais, nas demais áreas da Cidade, ou


qualquer construção em balanço não poderá avançar mais que 30% do recuo mínimo permitido neste
Código.

Artigo 73 - Todas as construções em balanço que ultrapassarem o especificado neste


Código, terão sua sombra contada como área construída.

Das Piscinas e Caixas D’água

Artigo 74 – As piscinas e caixas d’água deverão ter estrutura apta para resistir as
pressões da água que incidem sobre as paredes e o fundo, bem como do terreno circundante, quando
enterradas.

§ 1º – Os espelhos d’água, com mais de 0,30m de profundidade, em edificações


residenciais multifamiliares, equiparam-se a piscinas, para efeito desta seção.

§ 2º - Deverá ser indicada em planta a capacidade da caixa d’água para abastecimento


da residência, com no mínimo 500 litros para cada 50,00m² construção ou unidade habitacional.

Artigo 75 – As piscinas de uso coletivo deverão, para sua execução, ter processo de
tratamento da água, renovação e freqüência, obedecer às normas expedidas pela portaria sanitária
competente, submetendo-se o projeto a seu prévio exame e manifestação.

Parágrafo Único – As piscinas residenciais deverão possuir sistema de drenagem


independente da rede coletora de esgotos sanitários, com condutores até as sarjetas,passando por baixo
das calçadas.

Artigo 76 – As piscinas e caixas d’água, elevadas ou enterradas, esteja ou não o local


sujeito a recuo mínimo obrigatório das divisas, deverá observar o afastamento mínimo de 1,50m de todas
as divisas do lote considerando-se para esse efeito sua projeção horizontal.

Parágrafo Único – As caixas d’água elevadas, não sujeitas à limitação de altura e as


taxas de ocupação do lote fixados para construções em geral, deverão guardar o afastamento mínimo
das divisas e do alinhamento de 1/5 da sua altura a contar do nível do terreno onde estiverem situadas,
se o seu ponto mais alto ficar mais de 10,00m acima do solo, observado o mínimo absoluto de 2,00m,
considerando-se, para este efeito, a sua projeção horizontal.

Capitulo XI

13
Das Construções Diversas

Artigo 77 - A classificação do imóvel quanto a seu uso será feito através da


apresentação de projeto ou de vistoria in loco, pela Prefeitura Municipal de Pontal.

Dos Edifícios de Apartamentos e Comerciais

Artigo 78 - Nos prédios destinados a apartamentos ou escritórios é obrigatório à


instalação de área para armazenamento temporário (prazo maximo de 24 horas) e coleta de lixo,
fora da área de circulação.

Artigo 79 - Os prédios comerciais, deverão ter, em cada pavimento, instalações


sanitárias separadas para ambos os sexos, com acesso independente e adaptadas para uso de
deficientes físicos.

§1º - As instalações sanitárias masculinas serão na proporção de um vaso, um mictório e


um lavatório para cada 100,00m² de área útil de salas.

§ 2º - As instalações sanitárias femininas serão na proporção de um vaso e um lavatório


para cada 100,00m² de área útil de salas.

Artigo 80 - Nas habitações coletivas que necessitem de empregados, para conservação


ou garagistas, é obrigatória a existência de vestiários, masculino e feminino, com sanitários e chuveiros
para uso exclusivo dos mesmos.

Artigo 81 - Nos prédios comerciais e residenciais será necessária à construção de rampa


de acesso para deficientes físicos, conforme as normas técnicas em vigência no País.

Artigo 82 - Os prédios destinados a apartamentos ou escritórios, deverão dispor de area


para estacionamento de automóveis de passageiros na proporção de um veículo para cada 100,00m² de
área de construção.

Artigo 83 - Nas habitações coletivas, de apartamentos ou escritórios, não será permitida


a instalação de estabelecimentos de trabalho, que pela sua natureza, sejam prejudiciais à saúde ou
causem incômodos aos vizinhos.

Dos Hotéis e Pensões

Artigo 84 - Nos edifícios destinados a hotéis e pensões e na adaptação de qualquer


edifício para este fim será feito as seguintes exigências complementares às das habitações em geral:

a) Existirão obrigatoriamente “hall” de recepção com serviço de portaria e


comunicações, sala de estar, compartimento próprio para administração, compartimento para rouparia e
guarda de utensílios de limpeza em cada pavimento e copa em cada pavimento;
b) As instalações sanitárias do pessoal de serviço serão independentes, divididas
em masculino e feminino e separadas das destinadas aos hospedes;
c) Os quartos deverão possuir instalações sanitárias e banheiros privativos;
d) Haverá sempre entrada de serviço independente da entrada dos hospedes;
e) Quando houver cozinha, esta devera ser ligada as copas através de elevador
monta-pratos;
f) Área para armazenamento temporário (24 horas) e recolhimento de lixo fora da
área de circulação.

14
Dos Estabelecimentos de Manuseio de Alimentos

Artigo 85 – Os compartimentos destinados ao consumo, trabalho e manipulação,


preparo, retalho, cozinhas e copas deverão dispor de pia com água corrente e, no piso, ralo de
escoamento das águas de lavagem.

§ 1º - Os pisos deverão ser revestidos de material durável, liso, impermeável e


resistentes a freqüentes lavagens.

§ 2º - Paredes, pilares ou colunas deverão ser revestidas até o teto com material liso,
semi-impermeável e lavável.

Artigo 86 – Os estabelecimentos deverão possuir geladeira para a guarda e balcões


frigoríficos para exposição.

Artigo 87 – Depósitos de material de limpeza e sanitários, ou compartimentos de


pernoite e/ou descanso não poderão estar em comunicação direta com os compartimentos de consumo,
cozinha ou manipulação de alimentos ou sua guarda, inclusive com a instalação de antecâmaras.

Artigo 88 – A soma das áreas dos compartimentos destinados a exposição, venda ou


consumação, refeições ligeiras quentes ou frias, deverá ser superior a 15,00m², podendo cada um
desses compartimentos ter área mínima de 7,50m².

Parágrafo Único – No caso de restaurantes, padarias, confeitarias e rotisseries a soma


das áreas dos compartimentos deverá ser igual ou superior a 40,00m², com área mínima de 10,00m² para
cada compartimento.

Das Edificações de Uso Misto

Artigo 89 - Nas edificações mistas, onde houver uso residencial e outros quaisquer,
serão obedecidas as seguintes condições:

a) O acesso a cada pavimento, ou a cada setor, devera ser feito, obrigatoriamente,


de forma independente entre si;
b) No pavimento de acesso ao nível de cada piso as circulações horizontais e
verticais, relativas a cada uso, serão obrigatoriamente, independentes entre si;
c) Além da exigência prevista no item anterior, os pavimentos destinados ao uso
residencial serão agrupados continuamente.

Parágrafo 1º – As construções utilizadas como alojamento, dentro do perímetro urbano,


serão consideradas como de uso Misto (residencial e comercial), e deverão possuir:

a) Área de dormitório não inferior a 15,00m², onde serão instaladas de 02 (duas)


beliches e armários para guarda de roupas e bagagens;
b) Banheiro, composto de 01(um) vaso sanitário, 01(uma) ducha e 01(um) lavatório
não inferior a 3,00m² e dimensão mínima de 1,50m.

Parágrafo 2º - As dependências para serviços (lavagem de roupas) e alimentação


(preparo e consumo), deverão ser localizadas em área própria, separada dos ditos alojamentos.

Estabelecimentos de Trabalho em Geral

Artigo 90 - Antes de iniciada a construção, reforma ou instalação de qualquer


estabelecimento de trabalho, devera ser ouvida a Prefeitura quanto ao local e projeto.
15
Parágrafo Único – Quanto à aprovação de local, a Prefeitura levará em conta a natureza
dos trabalhos a serem executados no estabelecimento, com base nas Legislações Estadual e Federal,
tendo em vista assegurar a saúde e o sossego dos vizinhos.

Artigo 91 - Nos estabelecimentos de trabalho já instalados que ofereçam risco a saúde


ou acarretem incômodos aos vizinhos, os proprietários serão obrigados a executar os melhoramentos
necessários, conforme Legislação Estadual e Federal, ou remover ou fechar os estabelecimentos que
não forem saneáveis.

Parágrafo Único – Na hipótese de remoção ou fechamento será concedido o prazo


máximo de 6 (seis) meses.

Artigo 92 - Depois de regularmente instalado um estabelecimento com projetos e


memoriais descritivos devidamente aprovados na forma deste Código, e da Legislação Estadual e
Federal, não poderão solicitar sua remoção os que vierem a habitar ou construir na vizinhança.

Das Lojas, Armazéns, Depósitos e Estabelecimentos Congêneres.

Artigo 93 - As lojas, armazéns, depósitos em geral e estabelecimentos congêneres estão


sujeitos às prescrições referentes aos estabelecimentos de trabalho em geral (Artigos 92 à
94).

Dos Depósitos de Materiais Recicláveis

Artigo 94 – Os depósitos de materiais recicláveis deverão ser instalados em área de no


mínimo 300,00m², fora de área residencial, nas seguintes condições:

a) construção de escritório com área mínima de 6,00m²


b) área para balança coberta
c) compartimentos, tipo vestiário, com no mínimo 6,00m², contendo 01 ducha e 01 vaso
sanitário, divididos em masculino e feminino

Parágrafo Único – É vedado à utilização de residências para armazenagem de materiais


recicláveis, sob risco de proliferação de vetores e animais peçonhentos.

Artigo 95 – Os depósitos de material reciclável deverão possuir piso de material


apropriado para suportar cargas, com declividade longitudinal e transversal não inferior a 1% nem
superior a 3%, que ofereçam livre escoamento de águas e provido de ralos (águas servidas), ligados a
rede de esgoto através de caixa de decantação.

Parágrafo Único – É vedado à utilização de áreas com piso de terra batida, devido à
incidência de águas contaminadas pelos resíduos dos materiais, “chorume”.

Das Oficinas, Garagens e Postos de Serviço de Veículos

Artigo 96 - As Oficinas, Garagens e Postos de Serviços ou de Abastecimentos de


Veículos, estão sujeitos às prescrições referentes aos estabelecimentos de trabalho em geral (Artigos 92
a 94).

Artigo 97 - Os serviços de pintura nas oficinas de veículos, deverão ser feitos em


compartimentos próprios, de modo a evitar a dispersão de tintas e derivados nas demais seções de
trabalho e terão equipamento próprio para evitar a poluição do ar.

16
Artigo 98 - Os despejos das garagens comerciais e postos de serviço ou abastecimento
de veículos, passarão obrigatoriamente, por uma caixa de decantação.

§ 1º– É vedada toda e qualquer descarga de materiais provenientes da limpeza dos


estabelecimentos diretamente na rede de esgotos e/ou na via pública, devido à presença de óleos,
graxas ou solventes, etc.

§ 2º - Os postos de serviços deverão possuir grelha ou canal de captação, junto ao


alinhamento do passeio, devidamente ligado a caixa de decantação.

Das Edificações para fins Especiais

Artigo 99 - As edificações para fins especiais, tais como Escolas, Igrejas ou Templos,
Cinemas, Teatros, Hospitais, Ambulatórios, Estabelecimentos Comerciais ou Industrias de Gêneros
Alimentícios, Farmacêuticos e de Produtos Dietéticos, de Higiene, Cosméticos e Congêneres, e outros
não previstos neste Código, só serão aprovados se obedecerem rigorosamente à Legislação Sanitária
Estadual, e ao artigo 93 e seu parágrafo único deste Código.

Dos Outdoors e Placas de Propaganda

Artigo 100 – Os elementos utilizados para propaganda e divulgação com área igual ou
superior a 6,00m² que ficarem isoladas de edificações e fixadas ao solo deverão apresentar croqui,
assinado por responsável técnico, com a devida ART recolhida, descrevendo as características de sua
fixação ao solo.

Parágrafo Único – Os elementos de propaganda e divulgação fixados a edificação por


meio de armação de madeira ou estrutura metálica, distante mais de 2,00m de altura em relação ao solo
e com área igual ou superior a 8,00m², também deverão apresentar croqui assinado por responsável
técnico.

Capitulo XII

Das Normas Para Execução das Edificações

Dos Materiais de Construção

Artigo 101 - Os materiais de construção, o seu emprego e a técnica da sua utilização


deverão satisfazer às especificações e normas adotadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
– ABNT.

Dos Tapumes e Andaimes

Artigo 102 - Será obrigatória a colocação de tapume, sempre que se executarem obras
de construção, reforma, reconstrução, reparação ou demolição no alinhamento da via publica.

Parágrafo Único – Excetuam-se da exigência, os muros e gradis de altura inferior a


3,00m.

Artigo 103 - Os tapumes deverão ter altura mínima de 2,20m e poderão avançar até a
metade da largura do passeio.

§ 1º - Nos passeios com largura inferior a 2,00m o tapume poderá avançar até 1,00m.

17
§2º - Serão tolerados avanços superiores aos permitidos neste Artigo, nos casos em que
for tecnicamente indispensável, para execução da obra, maior ocupação do passeio, justificado e
solicitado por Responsável Técnico. Nesse caso deverá o executor fazer passagem protegida para os
pedestres.

Artigo 104 - Durante a execução da estrutura do edifício e alvenaria será obrigatória à


colocação de andaime de proteção, do tipo conhecido como “Bandeja Salva-Vidas”, com espaçamento
de três pavimentos, até o maximo de 9,00m, em todas as fachadas desprovidas de andaimes fixos
externos. Os andaimes de proteção serão de estrado horizontal de 1,20m de largura mínima dotado de
guarda-corpo ate a altura de 1,00m, com inclinação aproximada de 45º.

Artigo 105 - Concluída a estrutura do edifício, poderão ser instalados andaimes


mecânicos móveis, dotados de guarda corpo até a altura de 1,20m.

Parágrafo Único – Nas fachadas situadas no alinhamento da via pública, a utilização de


andaimes mecânicos dependerão da colocação prévia de guarda-corpo de proteção à altura de 2,50m
acima do passeio.

Artigo 106 - As fachadas construídas no alinhamento das vias públicas, nos casos
previstos neste Código, quando não disponham de andaimes de proteção, deverão ter andaimes
fechados em toda a sua altura, mediante tabuado de vedação, com separação máxima de 0,10m entre as
tabuas, ou tela apropriada. A vedação não deverá prejudicar a iluminação pública, a visibilidade de
placas de nomenclatura de ruas e de dísticos ou aparelhos de sinalização de trânsito.

Artigo 107 - Durante o período de construção, o construtor é obrigado a regularizar o


passeio em frente à obra, de forma a oferecer boas condições de trânsito aos pedestres.

Das Escavações

Artigo 108 - É obrigatória a construção de tapume, no caso de escavação junto ao


alinhamento da via pública.

Artigo 109 - Nas escavações deverão ser adotadas medidas de forma a evitar
deslocamento de terra nos limites do lote em construção.

Artigo 110 - No caso de escavação permanente, que modifiquem o perfil do terreno, o


construtor é obrigado a proteger os edifícios lindeiros e a via pública, mediante obras eficientes e
permanentes contra o deslocamento de terra.

Parágrafo Único – A responsabilidade pela limpeza e manutenção da via pública, nos


casos de movimentação de terra, é exclusiva do proprietário/executor da obra, devendo ao final deixa-la
livre de resíduos.

Das Fundações

Artigo 111 - Quando a construção projetada estiver situada em local atingido por obras
publicas, existentes ou projetadas e oficialmente aprovadas, a Prefeitura poderá estabelecer condições
especiais para o projeto e a execução das escavações e fundações, tendo em vista a viabilidade e a
segurança dessas obras e da própria construção,

Capitulo XIII

18
Normas Para os Terrenos Não Edificados

Dos Muros e Fechos

Artigo 112 - Os terrenos não edificados, com frente para via pública, serão
obrigatoriamente limpos e fechados nos respectivamente alinhamentos, de acordo com as seguintes
disposições:

a) com muro de alvenaria, revestido ou de concreto, com a altura de 2,00m dotado


de portão vazado, para fácil inspeção e limpeza, quando situado em via pública dotada de calçamento,
guias, sarjetas e iluminação pública.
b) Com postes de madeira, ferro ou concreto espaçados na distância máxima de
4,00m e com mínimo de 04 (quatro) fios de arame liso espaçados no máximo em 0,30m, quando situado
em via pública dotada de iluminação publica ou de guias e sarjetas.

Parágrafo Único – A Prefeitura poderá determinar, para certos logradouros, tipo


uniforme de fecho, fixado por Lei.

Artigo 113 - A construção de muros, depende, além do Alvará de Construção (nas


condições deste Código), da obediência do nivelamento e alinhamento fornecido pela Prefeitura.

§ 1º - O Alvará de Construção será expedido a requerimento do interessado, pagos os


emolumentos devidos.

§ 2º - Ficam dispensados do Alvará de Construção os proprietários de terrenos situados


em vias publicas sem os melhoramentos como guias e sarjetas, desde que a construção obedeça ao
alinhamento da via publica e aos marcos do loteamento e regularmente aprovado.
Dos Passeios

Artigo 114 – É considerado Passeio Público a faixa existente entre o lote e a via pública,
obedecendo ao alinhamento e nivelamento determinados pela Prefeitura.

Artigo 115 - Os proprietários de terrenos edificados ou não, situados em vias públicas


dotados de guias e sarjetas, são obrigados a construir ou reconstruir os respectivos passeios e mantê-
los em perfeito estado de conservação.

§ 1º - Os passeios deverão ser construídos em material não derrapante, principalmente


quando molhado.

§ 2º - É vedado à utilização de Ladrilhos cerâmicos lisos, cacos de granito polido, tinta


óleo, ou qualquer outro material para acabamento que possa promover queda das pessoas estando o
piso seco ou molhado.

§ 3º - A inclinação máxima dos passeios, não poderá exceder a 1% entre o lote e a guia.

§ 4º - No caso de rebaixamento de guias para entrada de veículos a área inclinada não


poderá exceder a 20% em comprimento da largura total do passeio, tendo como referência o lado interno
da guia rebaixada.
§ 5º - Não serão permitidas rampas de acesso ao imóvel sobre o passeio publico, a
menos que as mesmas sejam para permitir o acesso de cadeirantes ou outros tipos de deficiente físico.

§ 6º - Consideram-se inexistentes os passeios construídos ou reconstruídos em


desacordo com as especificações técnicas regulamentares.
19
§ 7º - Poderá ser ocupada uma faixa não superior a 0,40m junto ao alinhamento da via
pública para instalação de árvores e lixeiras, conservando livre o passeio em sua maior largura.

§ 8º - Em caso de retirada de árvore do passeio público, pelo munícipe, o mesmo deverá


plantar uma nova árvore em frente ao lote.

Artigo 116 - Ficará a cargo da Prefeitura ou concessionários de serviços públicos a


reconstrução dos passeios, no caso de destruição por obras públicas ou estragos causados por
arborização.

Das Rampas para Acesso e Circulação de Deficientes Físicos

Artigo 117 – O acesso à malha viária urbana para o passeio público será feito através de
rampa com inclinação não superior a 20° e largura n ão inferior a 1,00m.

Artigo 118 – Locais de Culto/Reunião, Privados ou Públicos de Espetáculos, Instituições


Públicas ou Privadas de Ensino, Instituições Públicas ou Privadas de Saúde, Bancos e Comércios de
Grande Circulação deverão possuir rampa de acesso para deficientes físicos com inclinação máxima de
25°, largura mínima de 1,00m e barras de corrimão l ateral com altura mínima de 0,80m em toda a sua
extensão em pelo menos um de seus lados.

Da Limpeza dos Terrenos

Artigo 119 - Os proprietários de terrenos não edificados, situados na zona urbana, são
obrigados a mantê-los em perfeito estado de limpeza, capinação e drenagem, de acordo com as
exigências de higiene da estética urbana, de modo a não serem criadouros de vetores e animais
peçonhentos.

Artigo 120 - É expressamente proibido lançar lixo, folhagem ou quaisquer resíduos nos
terrenos situados na zona urbana, murados, cercados ou não, sob pena de multa, cobrável
amigável ou judicialmente.

Parágrafo Único – Qualquer cidadão testemunhando devidamente a infração deste


artigo, poderá dar conhecimento à fiscalização da Prefeitura, para aplicação das penalidades cabíveis.

Da Fiscalização

Artigo 121 - Fica a critério da Fiscalização de Obras da Prefeitura, verificar toda e


qualquer construção, reconstrução ou reforma, de acordo com este Código, sem aviso prévio ao
proprietário ou responsável técnico pela mesma.

Parágrafo Único – Não será vedado o acesso à obra, pela Fiscalização, em nenhum
momento, estando ou não presentes os responsáveis pela mesma, no local.

Artigo 122 - É dever do proprietário/responsável técnico pela obra manter a


documentação necessária ao andamento da obra a disposição da Fiscalização de Obras da Prefeitura, a
ser:
a) Alvará de Construção/Reforma, 01 cópia;
b) ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do Projeto, 01 cópia;
c) ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do Responsável pela execução da
obra, quando não for o autor do Projeto, 01 cópia;
d) Projeto Aprovado pela Prefeitura, 01 cópia;
e) Memorial Descritivo aprovado pela Prefeitura, 01 cópia;
20
f) Diário de Obra, devidamente assinado por Responsável Técnico pela execução
da obra;
g) Cópia do ISSQN, ou cadastro na Prefeitura do Executor da obra.

Parágrafo Único – A falta de quaisquer dos documentos será passível de notificação e


na reincidência ou não cumprimento da notificação, haverá multa e embargo da obra, dentro dos critérios
apresentados neste Código

Capitulo XIV

Das Legalizações e Regularizações das Construções

Artigo 123 - Todas as construções que se encontrarem prontas e/ou habitadas na data
da publicação desta Lei, terá prazo de 360 dias para promover sua Legalização na parte documental, não
sendo esta legalização de natureza estrutural. Após este prazo os interessados deverão regularizar tanto
documental quanto estrutural.

Parágrafo Único – Os valores das taxas cobradas serão os mesmos utilizados para
novas construções.

Artigo 124 - Todas as construções que se encontrarem com os alicerces prontos serão
passíveis de Regularização, desde que adequadas ao exposto neste Código.

Parágrafo 1º – As construções de uso misto terão prazo de 180 dias a contar da


publicação desta Lei, para adequação, tendo como referência este Código e o Código Sanitário do
Estado de São Paulo.

Parágrafo 2º - Depois de vencido o prazo de 360 dias, os projetos de Legalização, terão


acréscimo de 50% sobre os valores das taxas cobrados para novas construções.

Artigo 125 - Durante o período de Legalização e Regularização, ficam as obras sujeitas a


Fiscalização pela Prefeitura e as penalidades da Lei conforme exposto neste Código.

Capitulo XV
Das Disposições Finais

Artigo 126 – A tabela constante do Anexo I será atualizada através de decreto do Poder
Executivo.

Artigo 127 - Esta Lei entrara em vigor na data de sua publicação, surtindo seus efeitos a
partir de (data) de 2007, revogadas as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE PONTAL


Em, 22 de março de 2007

ANTONIO LUIZ GARNICA


Prefeito Municipal

Publicada pela secretaria nos termos da lei


e afixada em local de costume, na data supra.
21
ANEXO I

INFRAÇÃO ARTIGO VALOR DA MULTA


Falta de Alvará de Construção ou Reforma 3.º 50 UFM
Falta de Alvará de Demolição 7.º 50 UFM
Entulho Jogado na Via Pública 9.º § 2.º 80 UFM
Falta de Responsável Técnico 11.º 80 UFM
Falta de Identificação da Obra 13.º 20UFM
Ocupação da Via Pública por Materiais de 30.º 100 UFM
Construção
Ocupação da Via Pública para Feito de 31.º 100 UFM
Argamassa e ou concreto
Falta de Rufos e Calhas no Alinhamento da 35.º 50 UFM
Via Pública
Ligação de Águas Pluviais, Lavagem de 100 UFM
Quintais e Piscinas ou Drenagem à Rede 36.º
Coletora de Esgotos
Falta de Caixa de Inspeção no Passeio 38.º 50 UFM
Falta de Recuos Mínimos 50.º a 53.º 100 UFM
Despejar Resíduos de Industriais, Oficinas 200 UFM
ou Posto de Serviços Diretamente nos 100
Passeios ou nas Vias Públicas
Falta de Tapume 104 e 105 50 UFM
Falta de Muro e ou Passeios em Terreno 114 300 UFM
Vazio
Falta de Passeio ou Má Conservação do 117 200 UFM
Mesmo
Falta de Limpeza de Terrenos Vazios 121 100 UFM
Jogar Lixo em Terrenos Vazios 122 100 UFM
Outras Infrações do Código não - 100 UFM
Discriminadas

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