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Versão consolidada, com alterações até o dia 13/12/2022
O PREFEITO MUNICIPAL DE MASSARANDUBA, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela
legislação em vigor, faz saber a todos os habitantes deste Município que a Câmara Municipal de
Vereadores aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei Complementar:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta lei, parte integrante do Plano Diretor de Massaranduba, disciplina loteamentos,
desmembramentos, unificações de terrenos e condomínios na Zona Urbana do Município de
Massaranduba, assegurando as observâncias das normas federais e estaduais relativas à matéria e
visando assegurar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade.
Art. 2º A execução de qualquer parcelamento do solo para fins urbanos dependerá sempre de licença e
fiscalização do órgão municipal de Planejamento, obedecidas as normas desta Lei, da Legislação Federal
(Lei nº 6.766/79) e Estadual (Lei nº 17.492/2018) pertinente.
Art. 3º Somente será admitido parcelamento do solo para fins urbanos quando o imóvel a ser parcelado
localizar-se em área urbana determinada pelo perímetro urbano.
Art. 4ºO Parcelamento, para fins urbanos, de imóvel rural localizado em zona urbana, assim definida por
lei municipal, rege-se pelas disposições desta Lei, da Lei nº 6.766/79, e das demais legislações estaduais e
municipais pertinentes.
Art. 5º O Parcelamento, para fins urbanos, industrialização de imóvel rural localizado fora da zona
urbana, assim definida por lei municipal, rege-se pelas disposições do art. 96, do Decreto Federal nº
59.428, de 27/10/66, e do art. 53, da Lei Federal nº 6.766/79.
Este artigo encontra-se ampara nas duas Leis ora citadas para tal cito.
Parágrafo único. Em tal hipótese de parcelamento, caberá, quanto ao INCRA, unicamente sua prévia
audiência.
Art. 6ºO parcelamento do solo urbano pode ser feito por meio de loteamento ou desmembramento,
observadas as disposições desta Lei e da legislação estadual e federal pertinente.
§ 1º Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com abertura
de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das
vias existentes.
§ 3º Considera-se lote o terreno servido de infraestrutura básica, cujas dimensões atendam aos
índices urbanísticos definidos pela Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo do Município de
Massaranduba.
§ 6º Para novos loteamentos, é obrigatória a utilização das lâmpadas de LED (Diodo Emissor de Luz)
no projeto da iluminação pública. Os materiais utilizados deverão estar de acordo com as normas da
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas e sua eficiência comprovada por órgão técnico
credenciado pelo INMETRO.
I - Em terrenos naturais com declividade igual ou superior a 45% (quarenta e cinco por cento);
II - Em terrenos terraplanados, com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento);
III - Em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo a saúde pública ou onde a poluição
impeça condições sanitárias suportáveis, sem que sejam preliminarmente saneados;
§ 1º Nos casos previstos no inciso II será permitido parcelamento de solo com glebas contendo
declividade superior a 30% (trinta por cento) após terraplanagem, desde que seja atendido os seguintes
requisitos:
a) Os taludes não devem ocupar área superior a 1/3 da área mínima da gleba para o zoneamento em
que o parcelamento esteja inserido;
b) A declividade em 2/3 da área mínima da gleba (segundo o zoneamento) deverá conter no máximo
20% (vinte por cento) de declividade estando em área contínua.
§ 2º Nos casos previstos no inciso III deste artigo, o interessado deverá submeter a aprovação da
Prefeitura o Projeto de Saneamento da área, sob responsabilidade técnica de profissional legalmente
habilitado.
Art. 8º Nenhum curso d`água poderá ser canalizado, alterado, retificado ou desviado sem o
licenciamento dos órgãos competentes.
Art. 9º As áreas em que haja riscos geológicos, nos terrenos baixos e alagadiços sujeitos a inundações,
em áreas que tenham sido aterradas com material nocivo à saúde pública e em encostas com declividade
igual ou superior a 30% (trinta por cento) até o limite de 45% (quarenta e cinco por cento) deverão ser
objeto de estudos e investimentos em infraestrutura complementares conforme exigido nesta Lei,
devendo ser acompanhados de projetos que apresentem soluções tecnicamente viáveis e de laudo do
responsável técnico comprovando a viabilidade de se edificar no local, além de autorização dos órgãos
competentes.
Parágrafo único. Os projetos e o laudo técnico a que se refere o caput deste artigo devem estar
acompanhados da anotação de responsabilidade técnica feita por profissional habilitado junto ao
respectivo Conselho.
CAPÍTULO II
DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS PARA LOTEAMENTO
II - São admitidos lados de quarteirões com extensão superior à prevista no inciso I deste artigo nos
casos em que a natureza do empreendimento demande grandes áreas contínuas e desde que suas vias
circundantes se articulem com as adjacentes, observados os critérios estabelecidos para o parcelamento
vinculado;
III - Os lotes devem ter área mínima de acordo com a zona urbana em que se insere, seguindo os
índices urbanísticos definidos pela Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo;
IV - Nos casos de urbanização específica de regularização fundiária promovida pelo próprio Poder
Público, deverá ser seguido o disposto pelo Plano Diretor Participativo, no que trata da regularização de
parcelamentos;
V - Os lotes devem confrontar-se com via pública veicular, exceto nos casos de loteamentos ocorridos
em regiões nas quais há interesse público em ordenar a ocupação, por meio de urbanização e
regularização fundiária, ou em implantar ou complementar programas habitacionais de interesse social e
que se sujeitam a critérios especiais de parcelamento, ocupação e uso do solo;
VI - As servidões de passagem, que ligam lotes à via pública, terão no mínimo 5m (cinco metros) de
largura e no máximo 100m (cem metros) de comprimento. Deverão atender somente 1 (uma) Edificação
Residencial Privativa Unifamiliar por lote, cabendo concordância expressa e textual de todos os usuários
na hipótese de destinação diversa e atender no máximo 3 (três) lotes, além dos que tiverem testada para
a via pública oficial, vedado o desdobramento ou fracionamento posterior dos mesmos;
VII - Nos parcelamentos realizados ao longo das faixas de domínio público de rodovias, ferrovias e
dutos, deve-se reservar a faixa non aedificandi com no mínimo 15 (quinze) metros de cada lado das faixas
de domínio, ou conforme determinação dos órgãos competentes;
VIII - Nos parcelamentos realizados ao longo de redes de energia deve-se observar a reserva de faixa
non aedificandi:
IX - As tubulações que não passarem pelas vias públicas terão faixas sanitárias non aedificandi com
largura variável conforme diâmetro da tubulação, segundo fórmula: Faixa Sanitária = 5 vezes o maior
diâmetro da tubulação, com mínimo de 3 (três) metros, sendo o eixo da faixa sanitária coincidindo com o
eixo da tubulação, sempre que possível;
XI - Nos lotes de esquina será obrigatória a concordância dos dois alinhamentos prediais em um raio
mínimo de 5 (cinco) metros.
Art. 11. As vias previstas no plano de arruamento do loteamento devem ser articuladas com as vias
adjacentes oficiais, existentes ou projetadas, e harmonizadas com a topografia local.
§ 3º Será obrigatória a hierarquização das vias nos projetos de loteamento, e a aprovação se dará de
acordo com o que estipula a Lei do Sistema Viário.
§ 4º As vias locais sem saída somente serão admitidas em zonas residenciais de baixa densidade
populacional, desde que atendam aos padrões mínimos estipulados na Lei do Sistema Viário e tenham
rotatória com diâmetro mínimo de 18m (dezoito metros).
§ 5º Nos loteamentos, toda via que venha a ser prolongamento de via oficial, existente ou projetada,
terá a dimensão definida na Lei Complementar que Consolida e padroniza a nomenclatura dos
logradouros públicos, define as localidades da área rural, define extensão dos logradouros públicos, cria
padrões para novas denominações dos logradouros públicos, cria regras para novos parcelamentos de
solo, cria regras para novas numerações imobiliárias, cria regras para a alimentação do cadastro
multifinalitário do município de Massaranduba e dá outras providências.
O escoamento natural das águas nas respectivas bacias hidrográficas não poderá ser prejudicado
Art. 12.
pelo parcelamento do solo, e as obras necessárias deverão ser feitas, obrigatoriamente, nas vias públicas
ou em faixas reservadas para esse fim.
A Prefeitura Municipal deverá analisar ainda a destinação e a utilização pretendidas para a área,
Art. 13.
tendo em vista um desenvolvimento local adequado.
Art. 14 Fica facultado ao loteador utilizar a área de Garantia de Cobertura Florestal prevista na Lei
Federal nº 11.428/2006, sobrepondo-a a Área de Preservação Permanente estipulada na Lei Federal nº
12.651/2012, observadas as disposições desta Lei.
§ 1º O quinhão de Garantia de Cobertura Florestal, nas condições deste artigo, poderá ser utilizada
em no máximo 50% (cinquenta por cento) sobre a Área de Preservação Permanente eventualmente
sobreposta.
§ 2º Somente será aceita a condição prevista neste artigo, se a área de preservação permanente
estiver ocupada por vegetação no estágio de sucessão idêntico ou superior ao que se pretende garantir a
cobertura florestal, esta condição deverá ser comprovada por meio de inventário florestal, nos termos da
Resolução CONAMA, e estará sujeita a avaliação e análise do órgão ambiental.
§ 3º Em todas as condições previstas neste artigo, deverá ser feita a averbação na matrícula do
imóvel junto ao Registro de Imóveis competente, de que as áreas envolvidas compreendem a Garantia de
Cobertura Florestal prevista na Lei Federal nº 11.428/2006, a ser realizado no ato do registro do
parcelamento de solo.
§ 4º Quando a área de preservação permanente for utilizada para os fins de sobreposição de
Garantia de Cobertura Florestal, a respectiva proporção utilizada não será computada para todos os fins
como área útil para apuração dos índices urbanísticos referentes aos percentuais mínimos destinados ao
arruamento e equipamentos urbanos, área pública institucional e área verde de lazer. (Revogado pela Lei
Complementar nº 173/2022)
Art. 15. Fica facultado ao loteador propor que a Garantia de Cobertura Florestal prevista na Lei Federal nº
11.428/2006 seja sobreposta a Área Verde, observadas as disposições desta Lei.
§ 1º Somente será aceita a sobreposição prevista neste artigo, se a Área Verde de Lazer estiver
ocupada por vegetação no estágio de sucessão idêntico ou superior ao que se pretende garantir a
cobertura florestal, esta condição deverá ser comprovada por meio de inventário florestal, nos termos da
Resolução CONAMA, e estará sujeita a avaliação e análise do órgão ambiental.
§ 2º A sobreposição de que trata este artigo somente será permitida na proporção da Área Verde que
for ocupada originariamente por vegetação no estágio de sucessão idêntico ou superior ao que se
pretende garantir a cobertura florestal, vedada a reposição florestal para tais fins.
§ 3º No caso da Área Verde que não estiver integralmente coberta por vegetação, a sobreposição
prevista neste artigo, poderá ser feita apenas no quinhão da Área Verde, que estiver coberta por
vegetação no estágio de sucessão idêntico ou superior ao que se pretende garantir a cobertura florestal,
conforme previsão do parágrafo anterior.
§ 5º A sobreposição prevista neste artigo pode compreender 100% (cem por cento) de Área Verde,
desde que atenda as disposições deste artigo.
Art. 16. Todo projeto de loteamento, cuja área compreenda importantes aspectos paisagísticos ou
pontos panorâmicos, deverá prever a adoção de medidas que visem assegurar a sua apreensão.
Qualquer loteamento, para aprovação final, fica sujeito a licenciamento ambiental expedido pelo
Art. 17.
órgão competente.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo não se aplica para os projetos de
desmembramentos.
Art. 18. As publicações de registro do loteamento de que trata a Lei Federal 6.766/79, alterada pela Lei
Federal 9.785/99, deverão ocorrer, necessariamente, em jornais de circulação local em 3 (três) edições
consecutivas.
CAPÍTULO III
DAS ÁREAS PÚBLICAS
Nos loteamentos é obrigatória a transferência ao Município de, no mínimo, 35% (trinta e cinco
Art. 19.
por cento) da gleba, distribuídos para instalação de equipamentos urbanos, sistema de circulação,
equipamentos comunitários e espaços livres de uso público, devendo seguir a seguinte distribuição:
I - Mínimo de 12% (doze por cento) da área transferida para domínio público se destinará para
sistema de circulação;
II - Mínimo de 8% (oito por cento) da área transferida para domínio público se destinará para
equipamentos comunitários, identificados pela nomenclatura A.U.P.E. (Áreas de Utilização Pública
Especial);
III - Mínimo de 7% (sete por cento) da área transferida para domínio público se destinará para áreas
verdes de lazer e espaços livres de uso público, respeitando a proporção de 8m² por habitante no mínimo,
conforme dispositivos da Legislação Estadual;
IV - Não alcançando 35% (trinta e cinco por cento) em áreas anteriormente citadas, o saldo deve ser
distribuído obrigatoriamente em áreas destinadas à implantação de equipamentos comunitários
(A.U.P.E.), até completar os 35% (trinta e cinco por cento) da área loteável.
I - A distribuição das Áreas de Utilização Pública Especial (AUPE) dar-se-ão da seguinte maneira:
a) Em loteamentos com até 100 (cem) lotes comercializáveis, a área correspondente a AUPE deverá
estar situada em apenas um lote;
b) Loteamentos de 101 (cento e um) a 150 (cento e cinquenta) lotes, a área
II - Quando a totalidade da área transferida possuir declividade inferior a 30% (trinta por cento), as
áreas corresponderão a, no mínimo, 8% (oito por cento) do total do loteamento e devem ter, no mínimo,
30m (trinta metros) de frente para logradouro público;
III - Quando parte ou a totalidade da área transferida possuir declividade entre 30% (trinta por cento)
e 45% (quarenta e cinco por cento), inclusive, respeitadas as condições e os limites previstos nos artigos
7º e 9º desta Lei, as áreas corresponderão à, no mínimo, 10% (dez por cento) da área total do loteamento
e devem ter, no mínimo, 50m (cinquenta metros) de frente para logradouro público;
§ 5º Não são aceitas no cálculo do percentual de terrenos a serem transferidas áreas não parceláveis
e non aedificandi previstas no artigo 7º desta Lei.
§ 6º Espaços livres de uso público são as áreas verdes, as praças e similares e devem ser localizadas
de modo a aproveitar ao máximo a vegetação existente.
§ 7º Não são computados como áreas verdes as áreas de preservação permanentes e os canteiros
centrais ao longo das vias.(Revogado pela Lei Complementar nº 180/2022)
§ 10 Deverá haver pontos de acesso para cada área verde e Área de Preservação Permanente (APP)
constante do loteamento, por via pública devidamente pavimentada, com largura mínima de 5,0m (cinco
metros).
§ 11 Na divisa dos lotes com áreas verdes, inclusive APPs - Áreas de Preservação Permanente,
deverão ser instalados marcos divisórios, de difícil remoção e notória percepção.
Art. 20. Não será permitida a implantação de vias públicas ao longo das linhas divisórias do terreno do
interessado, sem que o proprietário do terreno confrontante expressa e textualmente o consinta.
CAPÍTULO IV
DO PROJETO DE LOTEAMENTO
Parágrafo único. Nenhum projeto de parcelamento do solo poderá ser aprovado sem a apresentação
da anotação de responsabilidade técnica assinada por profissional registrados e habilitados no Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU).
Art. 22. A relação dos documentos e projetos necessários para cada processo de parcelamento será
disponibilizada pelo Órgão Municipal de Planejamento por meio de Instrução Normativa.
Art. 23.Os projetos deverão ser organizados de modo a não atingir nem comprometer propriedades de
terceiros ou de entidades governamentais.
Art. 24. Todas as plantas do projeto de parcelamento serão assinadas pelo proprietário ou
representantes legais, e por responsáveis técnicos legalmente habilitados com indicação do respectivo
registro no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e ou no Conselho de Arquitetura e
Urbanismo (CAU), devendo ser apresentada a guia de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) ou
Registro de Responsabilidade Técnica (RRT).
Art. 25. São considerados projetos complementares:
V - Projeto de terraplanagem;
Parágrafo único. Todos os projetos complementares deverão ser aprovados pelos órgãos
competentes.
Art. 26. Todas as plantas do loteamento devem ser entregues também em meio digital (formato .dxf,
.dwg, .dgn, .shp ou similar), além de estarem georreferenciadas no sistema de coordenadas SIRGAS-2000.
Art. 27.Quando o interessado for proprietário de área maior que aquela a ser loteada, a Prefeitura
poderá exigir a planta que abranja a totalidade do imóvel.
Art. 28. Os projetos que estiverem em desacordo com a legislação vigente, que contiverem erros
técnicos, os processos com documentação incompleta ou que apresentarem erros em algum item da
documentação, serão indeferidos e o processo será paralisado, acompanhado do parecer da Secretaria de
Planejamento e Meio Ambiente com a indicação dos motivos do indeferimento.
Art. 29. O requerente poderá reapresentar toda a documentação com as devidas correções, reabrindo o
processo paralisado, sem cobrança de taxa, até 2 (duas) vezes.
Art. 30. Antes da elaboração dos projetos complementares do loteamento e da sua execução, o
interessado deverá requerer à Municipalidade a aprovação da proposta urbanística, que consiste na
aceitação do traçado do sistema viário, do dimensionamento dos lotes e da localização dos espaços livres
de uso público e das áreas reservadas para equipamento urbano e comunitário.
Parágrafo único. As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo máximo de 4 (quatro) anos.
CAPÍTULO V
DA EXECUÇÃO DAS OBRAS DOS LOTEAMENTOS
Art. 32. O loteador deverá executar os seguintes serviços conforme os projetos já liberados, entre outros:
V - Obras de consolidação e arrimo, pontilhões e qualquer obra de arte necessária à conservação das
ruas;
VI - Rede de abastecimento de água potável, com sistema de captação e tratamento, se for o caso;
VII - Rede de eletrificação e iluminação pública com a tecnologia LED (sigla LED, em inglês: light-
emitting diode);
VIII - Rede de esgotamento de águas pluviais, com bocas de lobo em alvenaria de tijolo maciço e
grelha de ferro ou concreto armado ou bocas de lobo com abertura embutida no meio fio;
IX - Pavimentação das vias (asfalto, lajota, paver ou concreto), incluindo leito e passeio (calçada);
XII - Plantio de vegetação no passeio público (de pelo menos uma muda a cada dois lotes, protegida
por gradil, sem prejudicar a mobilidade urbana);
XIV - Sistema preventivo de incêndio, quando necessário, de acordo com as normas técnicas.
Parágrafo único. A Prefeitura Municipal, pelo Órgão Municipal de Planejamento, promoverá vistoria
no local, e, desde que seja constatado o cumprimento do disposto no presente artigo, expedirá o Termo
de Verificação de Infraestrutura, oficializando-se também, na oportunidade, o recebimento das áreas
públicas.
Art. 33.As canalizações poderão ser recobertas mediante apresentação de laudo/relatório fotográfico
assinado pelo responsável técnico da obra, para o Órgão Municipal de Planejamento.
CAPÍTULO VI
DO PROJETO DE DESMEMBRAMENTO
I - Requerimento à Prefeitura;
CAPÍTULO VII
DA APROVAÇÃO FINAL DO PARCELAMENTO
(LOTEAMENTO OU DESMEMBRAMENTO)
Art. 36. Após a aprovação do loteamento ou desmembramento, no prazo máximo de 1 (um) ano, a
contar da data da aprovação do parcelamento, o interessado o protocolará no Cartório de Registros de
Imóveis da Comarca, sob pena de caducidade da aprovação.
Parágrafo único. O sistema viário do loteamento, as áreas livres de uso público e as destinadas a
equipamentos urbanos e comunitários passarão a integrar o Patrimônio Público Municipal, automática e
gratuitamente, quando do ato de registro em cartório competente.
Art. 39. É condição para aprovação a realização de vistoria "in loco" da Municipalidade, a qualquer
tempo, no loteamento, para verificar se a execução do mesmo segue as diretrizes expedidas e o projeto
definitivo apresentado.
CAPÍTULO VIII
DOS REQUISITOS PARA REGULARIZAÇÃO DE LOTEAMENTOS
CLANDESTINOS
Art. 40. Consideram-se clandestinos todos os parcelamentos do solo não aprovados, implantados em
desacordo com as leis precedentes ou com esta Lei.
Art. 41.A regularização de parcelamentos e ocupações irregulares deve atender ao que regulamenta a
Lei do Plano Diretor Participativo, e nos casos omissos, ao que regulamenta a Lei Federal 13.465/2017,
que dispõe sobre a regularização fundiária rural e urbana.
CAPÍTULO IX
DO CONDOMÍNIO DE LOTES
§ 2º Os direitos e deveres dos condôminos deverão ser estabelecidos por meio de Convenção
Condominial, bem como, as limitações edilícias e de uso do solo relacionadas com cada unidade,
observados o Código de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo e o Código de Obras.
§ 4º O Condomínio de Lotes deverá ser registrado com esta nomenclatura no Cartório de Registro de
Imóveis, com registro independente para cada lote, indicação da sua fração ideal, área de uso comum e
área privativa, sem necessidade de vinculação com edificação.
§ 5º Uma vez registrado o Condomínio de Lotes no Cartório de Registro de Imóveis, não será
permitido o desmembramento, o desdobramento ou a divisão das áreas privativas dos lotes, sendo
possível a unificação de dois ou mais lotes como forma de desmembramento. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 180/2022)
I - em terrenos naturais com declividade igual ou superior a 45% (quarenta e cinco por cento);
II - em terrenos terraplanados, com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento);
III - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo a saúde pública ou onde a poluição
impeça condições sanitárias suportáveis, sem que sejam preliminarmente saneados;
VI - em áreas maiores que 20.000m² (vinte mil metros quadrados) e/ou com testada superior a 100m
(cem metros);
VII - em contiguidade a outro condomínio de lotes existente quando a soma da área de implantação
ou das testadas ultrapassarem os limites do inciso VI.
§ 1º Nos casos previstos no inciso II será permitido parcelamento de solo com glebas contendo
declividade superior a 30% (trinta por cento) após terraplanagem, desde que seja atendido os seguintes
requisitos:
a) Os taludes não devem ocupar área superior a 1/3 da área mínima da gleba para o zoneamento em
que o parcelamento esteja inserido;
b) A declividade em 2/3 da área mínima da gleba (segundo o zoneamento) deverá conter no máximo
20% (vinte por cento) de declividade estando em área contínua.
§ 2º Nos casos previstos no inciso III deste artigo, o interessado deverá submeter a aprovação da
Prefeitura o Projeto de Saneamento da área, sob responsabilidade técnica de profissional legalmente
habilitado (Redação dada pela Lei Complementar nº 180/2022)
Art. 44 Na apresentação do projeto de condomínio de lotes, pelo empreendedor deverão ser definidos:
I - o sistema viário interno;
II - as uniddes autônomas, com as respectivas dimensões, área, fração ideal e numeração;
III - as áreas destinadas a uso comum dos condôminos, incluindo as áreas de lazer;
IV - as áreas destinadas ao uso público, observado o previsto no art. 45.
IV - as faixas não edificáveis, as áreas de preservação permanente e outras áreas com vegetação a
ser preservada;
V - o fechamento do perímetro do empreendimento, com muro, cerca, tela ou similar;
VI - a infraestrutura urbana a ser instalada, consistente no mínimo de:
a) Abertura das vias de circulação interna;
b) Demarcação das unidades autônomas, áreas de uso comum, vias de circulação interna e
logradouros públicos externos, além das áreas de uso público especial e áreas verdes;
c) Implantação da rede de energia elétrica para atendimento domiciliar;
d) Instalação do sistema de drenagem pluvial;
e) Instalação do sistema de abastecimento de água;
f) Instalação do sistema de coleta e tratamento de esgoto;
g) Pavimentação das vias de circulação interna, inclusive em relação às calçadas, na forma do art. 6º
da presente lei;
h) Iluminação das vias de circulação interna;
i) Paisagismo e equipamentos das áreas comuns;
j) Guarita, identificação do condomínio e outras obras adjacentes as vias públicas;
k) Sistema preventivo contra incêndio;
l) Outros critérios pertinentes, a critério da Municipalidade.
VII - o memorial descritivo do condomínio, que deve conter as condições urbanísticas do
empreendimento e as limitações que incidem sobre as unidades autônomas e suas edificações, bem
como refletir-se integralmente na convenção de condomínio.
§ 1º Os empreendimentos deverão atender aos requisitos urbanísticos fixados pela Lei de
Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo, inclusive no que diz respeito à área mínima do lote (unidade
autônoma), taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento.
§ 2º O sistema viário do condomínio deverá respeitar as seguintes dimensões mínimas:
a) 7,50m (sete metros e meio) de largura, quando os lotes estiverem dispostos em um só lado da via,
sendo 6,00m (seis metros) de pista de rolamento e 1,50m (um metro e meio) de passeio;
b) 9,00m (nove metros), quando os lotes estiverem dispostos em ambos os lados da via, sendo
6,00m (seis metros) de pista de rolamento e 1,50m (um metro e meio) de passeio para cada lado;
§ 3º O recuo frontal mínimo das edificações deve ser de 3 (três) metros em relação às vias de
circulação internas, devendo ser respeitados os recuos em relação às vias públicas previstos na Lei de
Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo;
§ 4º A localização das unidades autônomas será realizada de modo a garantir que todas elas tenham
acesso direto às vias de circulação internas ou às vias públicas;
§ 5º As áreas comuns de recreação e lazer deverão ter área mínima de 5% (cinco por cento) da área
objeto da implantação do condomínio, podendo as mesmas serem construídas ou não;
§ 6º Município, antes da aprovação final, deverá realizar vistoria no empreendimento a fim de
comprovar o atendimento dos requisitos da presente Lei, do projeto aprovado e do memorial descritivo,
especialmente o disposto no inciso VII deste artigo.
§ 7º A execução das obras previstas nos projetos mencionados e a sua manutenção será de
responsabilidade do empreendedor, ou após sua conclusão, do próprio condomínio.
§ 8º As áreas destinadas ao uso comum dos condôminos e as de uso público não poderão ser
inferiores a 35% (trinta e cinco por cento) da área total.
Art. 44. Na apresentação do projeto de condomínio de lotes, pelo empreendedor deverão ser definidos:
III - as áreas destinadas a uso comum dos condôminos, incluindo as áreas de lazer;
IV - as faixas não edificáveis, as áreas de preservação permanente e outras áreas com vegetação a ser
preservada;
a) 7,50m (sete metros e meio) de largura, quando os lotes estiverem dispostos em um só lado da via,
sendo 6,00m (seis metros) de pista de rolamento e 1,50m (um metro e meio) de passeio;
b) 9,00m (nove metros), quando os lotes estiverem dispostos em ambos os lados da via, sendo 6,00m
(seis metros) de pista de rolamento e 1,50m (um metro e meio) de passeio para cada lado;
§ 3º O recuo frontal mínimo das edificações deve ser de 3 (três) metros em relação às vias de
circulação internas, devendo ser respeitados os recuos em relação às vias públicas previstos na Lei de
Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo;
§ 4º A localização das unidades autônomas será realizada de modo a garantir que todas elas tenham
acesso direto às vias de circulação internas ou às vias públicas;
§ 5º As áreas comuns de recreação e lazer deverão ter área mínima de 5% (cinco por cento) da área
objeto da implantação do condomínio, podendo as mesmas serem construídas ou não;
§ 7º A execução das obras previstas nos projetos mencionados e a sua manutenção será de
responsabilidade do empreendedor, ou após sua conclusão, do próprio condomínio.
§ 8º Não será necessária a apresentação do Estudo de Impacto da Vizinhança (EIV). (Redação dada
pela Lei Complementar nº 180/2022)
II - a manutenção e a infraestrutura das áreas de uso comum dos condôminos, inclusive as destinadas
à recreação e lazer;
III - a coleta interna de lixo e disposição em local adequado fora do perímetro para a coleta externa;
§ 1º Deverá ser garantido às concessionárias de serviços públicos acesso livre à leitura do consumo
dos serviços prestados.
§ 2º Deverá ser garantido acesso às autoridades públicas responsáveis pela segurança, fiscalização e
bem-estar dos moradores do condomínio.
Art. 47. O controle de acesso ao condomínio deverá ser feito por meio de guarita, construída na entrada
do condomínio de lotes, recuada, no mínimo, 05 (cinco) metros do alinhamento predial, de modo a
minimizar a interferência do tráfego de veículos na via pública.
Parágrafo único. A Municipalidade atribuirá numeração única ao empreendimento, cabendo a
identificação interna das unidades ao condomínio.
Art. 48 Fica vedada a implantação de condomínios de lotes de casas geminadas. (Revogado pela Lei
Complementar nº 180/2022)
Art. 49. A critério da Municipalidade poderão ser exigidas melhorias na infraestrutura da(s) via(s)
pública(s) de acesso ao empreendimento e a implantação de vagas de estacionamento externas.
Art. 50. Para fins tributários, inclusive no que diz respeito ao lançamento de tributos, cada unidade
autônoma será considerada separadamente.
§ 1º Cada condômino será responsável, na proporção de suas frações ideais, pelos tributos incidentes
sobre as áreas de uso comum do condomínio.
§ 2º O empreendedor será responsável pelo pagamento dos tributos mencionados neste artigo, em
relação às unidades autônomas não alienadas.
Art. 51. Após aprovação do projeto de Condomínio de Lotes, o órgão municipal competente emitirá
licença para início das obras de infraestrutura pelo empreendedor, que deverá estar concluída no prazo
máximo de 24 (vinte e quatro) meses a contar da data de expedição do Alvará.
Art. 52. Depois de cumpridas todas as exigências desta lei, o órgão municipal competente emitirá a
Certidão de Conclusão do Empreendimento.
Art. 53.As edificações privativas a serem implantadas nos condomínios de lotes somente poderão ser
licenciadas após a averbação da Certidão de Conclusão do Empreendimento no registro de imóveis
competente.
CAPÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 54. Todos os parcelamentos de terrenos no município de Massaranduba, a qualquer título, deverão
ser aprovados pela municipalidade na forma desta Lei.
Art. 55.O registro dos parcelamentos, os contratos a ele vinculados, as infrações e as penalidades em
geral, obedecerão aos artigos 18 a 52 da Lei Federal nº 6.766/79.
Art. 56. É vedado vender ou prometer vender parcela ou lote de parcelamento não aprovado pela
Municipalidade e não registrado no Registro de Imóveis competente, impondo-se a quem o fizer as
penalidades da legislação federal em vigor.
§ 3º Nas reincidências a multa será aplicada em dobro, sucessivamente, até a solução pelo
responsável das irregularidades verificadas.
Art. 57. A aplicação das penalidades obedecerá às normas gerais constantes da Lei do Plano Diretor ou
da Lei Federal nº 6.766/79, conforme o caso.
CAPÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 59.Os parcelamentos do solo aprovados sob o regime da legislação anterior permanecerão válidos
pelo prazo determinado no documento emitido.
CAPÍTULO XII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 61. A responsabilidade do loteador pela segurança e solidez das obras de urbanização persistirá pelo
prazo de 5 (cinco) anos, nos termos do Código Civil Brasileiro e do Código de Defesa do Consumidor.
Art. 62. Todos os projetos de que trata esta Lei serão executados por profissionais habilitados,
comprovando-se esta habilitação pela apresentação da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica
e/ou Registro de Responsabilidade Técnica.
Art. 63.As normas aqui estabelecidas não isentam da elaboração das legislações complementares a esta
Lei, especialmente aquelas relativas a meio ambiente, uso, ocupação do solo e edificações.
Art. 64. Os casos omissos e aqueles que necessitarem de avaliações específicas, além da revisão e
atualização desta Lei, serão analisados pela Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente.
Art. 65.A responsabilidade pelas diferenças constatadas entre dimensões existentes nos lotes e a planta
aprovada ou pelos custos de compatibilização das ruas com o sistema viário existente ou planejado será
exclusivamente do responsável pelo parcelamento.
Art. 67. O Executivo expedirá os decretos, portarias e demais atos administrativos que se fizerem
necessários à fiel observância das disposições desta Lei.
Fica revogada a Lei Municipal nº 211, de 03 de dezembro de 1984, a Lei Municipal nº 750/2001,
Art. 69.
de 29 de junho de 2001 e a Lei Municipal nº 1153, de 26 de fevereiro de 2010.
Massaranduba (SC), 21 de dezembro de 2021.
VIVIANE HAFEMANN
Secretária do Planejamento e Meio Ambiente
Publicação oficial