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PREFEITURA MUNICIPAL DE UMUARAMA

ESTADO DO PARANÁ

LEI COMPLEMENTAR N° 434


De: 19 de junho de 2017.

Dispõe sobre o parcelamento e o remembramento do solo


para fins urbanos e dá outras providências.

A CÂMARA MUNICIPAL DE UMUARAMA, ESTADO DO PARANÁ,


aprovou, e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DAS CONDIÇÕES GERAIS E DEFINIÇÕES

Art. 1°. Esta Lei tem por finalidade disciplinar o parcelamento e o


remembramento do solo para fins urbanos, sendo elaborada na observância da Lei
Federal n° 6.766/79, com alterações posteriores, Código Florestal e suas alterações,
Resolução n° 369 do CONAMA, Lei n° 11.483/07, Lei do Plano Diretor Municipal e
demais normas federais e estaduais relativas à matéria e visando assegurar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade.

Art. 2°. Considera-se parcelamento do solo, para fins urbanos, toda


subdivisão de gleba ou lote em dois ou mais lotes destinados à edificação, chácaras ou
sítios de recreio, sendo realizado através de loteamento, desmembramento ou
desdobro.

Art. 3°. O disposto na presente Lei obriga não só os loteamentos,


desmembramentos, desdobros e remembramentos realizados para a venda, o melhor
aproveitamento dos imóveis, como também os efetivados em inventários, por decisão
amigável ou judicial, para a extinção de comunhão de bens ou a qualquer outro título.

Art. 4°. Para fins desta Lei, são adotadas as seguintes definições:

I- ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;

II - ZONA URBANA - é a área de terra contida dentro do perímetro


urbano, definida em lei especifica complementar ao Plano Diretor Municipal;

III - ÁREA DE EXPANSÃO URBANA - é a área de terra dentro do


perímetro urbano e não parcelada para fins urbanos, constante da Lei de Zoneamento;

IV- ZONA DE. URBANIZAÇÃO ESPECÍFICA - é a área de terra,


delimitada na Lei de Uso e Ocupação do ou por lei específica, destinada para fins
urbanos específicos: chácaras de lazer ou recreio, vila rural, lotes industriais ou outros;
localizada dentro ou fora do perímetro urbano;

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V- ÁREAS PÚBLICAS - são as áreas de terras a serem doadas ao


Município para fins de uso público em atividades culturais, cívicas, esportivas, de
saúde, educação, administração, recreação, praças e jardins;

VI - ÁREA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL - é a área de terra a ser


doada ao Município a fim de proteger o meio ambiente natural, compreendendo, entre
outras, a critério do Poder Executivo Municipal, os fundos de vales e as reservas
florestais;

VII - ÁREA DE PROTEÇÃO PERMANENTE (APP) — é a área definida


nos artigos 2° e 30 do da Lei Federal n° 12.651/2012 — Código Florestal;

VIII - ÁREA DE LAZER - 'é a área de terra a ser doada ao Munióípio


destinada às praças, parques, jardins e outros espaços destinados à recreação da
população;

IX - ARRUAMENTO - considera-se como tal a abertura de qualquer via


ou logradouro destinado à utilização pública para circulação de pedestres ou veículos;

X- ÁREA NÃO EDIFICÁVEL (Non Aedificandi) - é a área de terra onde


é vedada a edificação de qualquer natureza;

XI - DESDOBRO OU DESMEMBRAMENTO - é o parcelamento do solo


urbano efetuado pela subdivisão de um lote em mais lotes, destinados à edificação,
com o aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura
de novas vias ou logradouros públicos nem no prolongamento, modificação ou
ampliação das já existentes;

XII - EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS - são os equipamentos


públicos de educação, cultura, saúde, esportes e lazer;

XIII - EQUIPAMENTOS URBANOS - são os equipamentos públicos de


abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto sanitário, fornecimento
domiciliar e público de energia elétrica, coleta e destinação de águas pluviais,
arborização e pavimentação de vias urbanas;

XIV - GLEBA - área de terra que não foi ainda objeto de parcelamento do
solo para fins urbanos;

XV - LOTE - área de terra resultante de parcelamento do solo para fins


urbanos;

XVI - LOTEAMENTO - é o parcelamento do solo urbano efetuado pela


subdivisão de gleba em lotes destinados edificação, com abertura de novas vias de
circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das
vias existentes;

XVII - LOTEAMENTO FECHADO - é o parcelamento do solo efetuado


pela subdivisão de gleba em lotes destinados a edificações, com abertura de novas
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vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou


ampliação das vias existentes, com fechamento de seu perímetro e controle de acesso
de não moradores;

XVIII - PERÍMETRO URBANO - é a linha de contorno que define a


área ou a zona urbana, de expansão urbana e de urbanização específica;

XIX - PLANO DE LOTEAMENTO - é o conjunto de documentos e


projetos que indica a forma pela qual será realizado o parcelamento do solo por
loteamento;

XX - QUADRA - é a área de terra, subdividida em lotes, resultante do


traçado do arruamento;

XXI - REFERÊNCIA DE NÍVEL - é a cota de altitude tomada como oficial


pelo Município;

XXII - REMEMBRAMENTO - é a unificação de lotes urbanos com


aproveitamento do sistema viário existente.

Art. 5°. Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos
quando o imóvel a ser parcelado localizar-se na Zona Urbana do Município ou em Zona
de Urbanização Específica, assim definida em lei.

Art. 6°. O uso, o aproveitamento, as áreas e as dimensões mínimas e


máximas dos lotes são regulados pela Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano, cujas
normas deverão ser observadas em todo parcelamento e remembramento do solo.

Art. 7°. Não será permitido o parcelamento do solo para fins urbanos,
conforme Lei Federal n° 6.766/79, Código Florestal e Resolução do CONAMA:

I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundação;

II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde


pública;

III - em terrenos com declividade igual ou superior a trinta por cento, salvo
se atendidas as exigências específicas das autoridades competentes;

IV - em terrenos onde as condições geológicas não são aconselháveis à


edificação;

V - em áreas de Preservação Ambiental, assim definidas na Lei de Uso e


Ocupação do Solo Urbano;

VI - em áreas de riscos, assim definidas em lei municipal;

VII - nas proximidades de nascentes, águas correntes e dormentes


sejam qual for a sua situação topográfica;
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VIII - em terrenos situados em fundos de vales, essenciais para o


escoamento natural das águas;

IX - em faixa de 15m (quinze metros) para cada lado das faixas de


domínio ou segurança de redes de alta tensão, ferrovias, rodovias e dutos, salvo
maiores exigências dos órgãos municipais, estaduais e federais competentes;

X - em áreas onde a poluição impeça condições sanitárias adequadas à


vida humana;

XI - na Vila Rural que deverá ser criada por lei especial como área de
urbanização específica e obedecer às características para a qual foi criada;

XII - não será permitido nenhum parcelamento na Zona Rural salvo os


parcelamentos que atendam às exigências do INCRA;

XIII - poderá ser exigido o Estudo de Impacto de Vizinhança — EIV para


os parcelamentos do solo urbano com área superior a 100.000m2 (cem mil metros
quadrados).

Parágrafo único. Na APP do Rio Piava, as regras para autorização de


construção serão regidas por decreto municipal, definido através de critério técnicos
pelas secretarias municipais de Planejamento Urbano, Agricultura e Meio Ambiente,
desde que comprovado através de projeto e laudo, firmado por profissional habilitado,
que não venham prejudicar o manancial do Rio Piava.

CAPÍTULO II
DO PARCELAMENTO DO SOLO POR LOTEAMENTO

SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 8°. O loteamento deverá atender, no mínimo, aos seguintes


requisitos:

I- as áreas a serem doadas ao Município, a título de Áreas Públicas,


serão formadas, no mínimo, por:

a) área para equipamentos comunitários ou urbanos;

b) área de preservação ambiental, quando houver;

c) área de lazer;

d) área de arruamento;

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e) área não edificável, quando houver, inclusive das rodovias e


estradas municipais, nos termos da Lei Federal n°. 10.932/04 e 11.483/07.

II - as áreas públicas não serão inferiores a 35% (trinta e cinco por


cento) da área total a ser parcelada e, em cada caso específico, serão fixadas pelo
órgão competente de planejamento do Poder Executivo Municipal;

III - as áreas verdes, obrigatórias nos loteamentos, poderão ser


incorporadas ao patrimônio público, como forma de compensação à doação dos 35%
(trinta e cinco por cento), ressalvando o percentual mínimo de 5% (cinco por cento)
para equipamentos públicos comunitários e áreas institucionais;

IV - o somatório das áreas de térras destinadas à preservação


ambiental, à implantação de equipamentos comunitários e de lazer não será inferior a
5% (cinco por cento) da área total a ser parcelada;

V- deverá ser executada via marginal de, no mínimo, 15 (quinze)


metros) de largura, se via local e 25 (vinte e cinco) metros, se via coletora, limitando-se
a faixa de preservação de nascentes, fundos de vales, córregos, ao longo das faixas de
segurança das linhas de transmissão de energia e das faixas de domínio das rodovias,
salvo disposição decorrente de estudos específicos;

VI - o arruamento deverá observar as determinações da Lei Municipal


do Sistema Viário, devendo articular-se com as vias adjacentes, existentes ou
projetadas, e harmonizar-se com o relevo do local;

VII - na zona urbana, salvo outra disposição do Plano Diretor Municipal


ou em decorrência de estudos específicos sobre o lençol freático, as áreas de
preservação ambiental ao longo dos cursos d'água e fundos de vales serão de, no
mínimo, 30m (trinta metros) para cada lado das margens e, ao longo das nascentes de
água, no mínimo, 50m (cinquenta metros), salvo os casos previstos na Resolução 369
do CONAMA ou outra resolução vigente, sendo o somatório dessas áreas computado
como área pública a ser doada ao Município, observando-se uma redução de 50%
(cinquenta por cento) no seu total;

VIII - os cursos d'água não poderão ser modificados ou canalizados sem


o consentimento do órgão competente do Poder Executivo Municipal e Estadual;

IX - todos os loteamentos deverão ser dotados e em pleno


funcionamento, pelo loteador, no mínimo, de:

a) guias e sarjetas, rede de galerias de águas pluviais e obras


complementares necessárias à contenção da erosão;

b) pavimentação asfáltica das vias;

c) rede de abastecimento de água atendendo os dois lados da via;

d) rede de coleta de esgoto;


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e) rede de fornecimento de energia elétrica e de iluminação pública,


seguindo o padrão estabelecido pelo Município;

f) projeto de arborização de vias aprovado pelo município e o


recolhimento do valor referente ao custo do plantio, estabelecido pela Secretaria
Municipal de Meio Ambiente;

g) marcação das quadras e lotes;

h) sinalização viária de transito horizontal e vertical;

i) praças: para loteamento com área acima de 100.000 m2 será obrigatório


uma área de, no mínimo, 2.000 m2, sendo que em loteamento com área menor de
100.000m2 ficará sujeito a análise para que seja definido a exigência do tamanho da
área da praça.

X- o comprimento da quadra não poderá ser superior a 250m


(duzentos e cinquenta metros) e 15.000m2 (quinze mil metros quadrados) de área total,
exceto nos loteamentos para fins industriais, chácaras de lazer, quando a extensão da
quadra poderá ser definida pela Prefeitura, atendendo as necessidades do sistema
viário;

XI - as áreas de terras localizadas sob linha de transmissão de energia


elétrica serão computadas como área de arruamento.

§ 1°. Áreas de lazer são aquelas aprovadas, pela Prefeitura, com esta
finalidade e fim específico.

§ 2°. Quando necessário, a Prefeitura, com base em fundamentado e


circunstanciado laudo técnico, determinará as obras e serviços a serem executados
pelo interessado, previamente à aprovação do projeto de parcelamento do solo.

§ 3°. Na execução de obras de terraplanagem, deverão ser implantados


pelo empreendedor, os sistemas de drenagem necessários para preservar as linhas
naturais de escoamento das águas superficiais, prevenindo a erosão, o assoreamento
e as enchentes, conforme diretrizes expedidas pelo órgão municipal competente.

§ 4°. No ato do registro do projeto de loteamento, passa a integralizar ao


patrimônio público, sem qualquer ônus ou encargos para este, as áreas destinadas ao
uso público.

§ 5°. O loteador deverá, para a aprovação do loteamento, abertura de via


ou vias que lhe dê acesso, inclusive a exigência de pavimentação da via ser aberta ou
de já existente.

§ 6°. O loteador deve dar entrada no pedido de viabilidade e/ou consulta


previa do imóvel, onde a Prefeitura fornecerá as diretrizes, no prazo de 30 dias.
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§ 7°. O loteador deverá fazer a ligação de todo a infraestrutura do novo


loteamento até a infraestrutura existente, quando se tratar de loteamentos em área de
expansão urbana.

SEÇÃO II
DAS DIRETRIZES GERAIS PARA O LOTEAMENTO

Art. 90 . Para efetuar a proposta de parcelamento do solo, mediante


loteamento, o proprietário do imóvel deverá solicitar a Secretaria de Planejamento
Urbano e Secretaria de Meio Ambiente, sob o título de DIRETRIZES GERAIS, que
defina as condições para o parcelamento do solo, apresentando para este fim,
acompanhado de requerimento próprio, os seguintes elementos:

I- título de propriedade do imóvel;

II - certidão negativa da Fazenda Federal e Municipal, relativa ao


imóvel;

III - certidão de ônus reais relativos ao imóvel;

IV - certidão negativa de ações reais referentes ao imóvel, pelo período


de 10 (dez) anos;

V- sondagem e percolação de solo, apontando o nível do lençol


freático;

VI - cópia da planilha de cálculo analítico do levantamento topográfico


do imóvel;

VII - esquema preliminar do loteamento pretendido, indicando as vias de


circulação, quadras e áreas públicas;

VIII - plantas do imóvel, na escala 1:1000 (um para mil), sendo uma
cópia em mídia digital e duas cópias apresentadas em papel, sem rasuras ou emendas,
e assinadas pelo proprietário do imóvel e pelo profissional responsável pelos serviços
de levantamento topográfico, contendo, no mínimo, as seguintes informações:

a) divisas do imóvel, perfeitamente definidas e traçadas;

b) localização dos cursos d'água, lagoas e represas, áreas sujeitas a


inundações, bosques e árvores frondosas, pedreiras, linhas de transmissão de energia
elétrica, dutos e construções existentes;

c) curvas de nível, de metro a metro;

d) orientação magnética e verdadeira do norte; mês e ano do


levantamento topográfico;

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e) referência de nível;

f) arruamento vizinho a todo perímetro da gleba, com localização dos


equipamentos urbanos e comunitários existentes no local ou em suas adjacências, bem
como suas respectivas distâncias ao imóvel que se pretende parcelar;

g) pontos onde foram realizados os testes de percolação do solo.

IX - outras informações que possam interessar, a critério do órgão


competente do Poder Executivo Municipal.

Parágrafo único. Sempre que necessário, o órgão competente do Poder


Executivo Municipal poderá exigir a extensão do levantamento topográfico ao longo de
uma ou mais divisas da gleba a ser loteada até o talvegue ou espigão mais próximo.

Art. 10. A Comissão Técnica de Análise de Loteamentos, em


conformidade com as instituições legais federal, estadual e municipal existentes,
expedirá as DIRETRIZES GERAIS de loteamento, as quais fixarão:

I- o imóvel é passível de ser parcelado ou arruado, em todo ou em


partes;

II - as características gerais do loteamento em relação ao uso e


ocupação do solo;

III - as vias de circulação existentes ou previstas que compõem o


sistema viário da cidade e do município, que devem ser respeitadas pelo loteamento
pretendido;

IV - as áreas públicas a serem doadas ao município;

V- os coletores principais de águas pluviais e esgotos, quando eles


existirem ou estiverem previstos;

VI - áreas não edificáveis, se houver;

VII - o traçado e as respectivas dimensões do sistema viário principal do


loteamento;

VIII - as áreas de preservação ambiental de rios e nascentes, as linhas


de alta-tensão e telefônicas, as faixas de domínio de rodovias;

IX - licença prévia ou protocolo de instalação do IAP;

X- as obras de infraestruturas que deverão ser executadas pelo


interessado e os respectivos prazos para execução.

§ 1°. A reserva legal deverá ser averbada à margem da inscrição de


matrícula do imóvel, no registro de imóveis competente, sendo vedada a alteração de
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sua destinação, nos casos de transmissão, a qualquer título, de desmembramento ou


de retificação da área, com as exceções previstas no Código Florestal.

§ 2°. O prazo máximo para o fornecimento das Diretrizes Gerais é de 90


(noventa) dias, contados a partir da data do protocolo de entrega de todos os
documentos exigidos pelo órgão competente do Poder Executivo Municipal.

§ 3°. O parecer favorável das Diretrizes Gerais não implica em aprovação


da proposta do loteamento.

§ 4°. As Diretrizes Gerais expedidas pela Comissão Técnica de Análise de


Loteamentos vigorarão pelo prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, a contar do
dia de sua expedição, após o que estarão automaticamente prescritas e o processo
iniciado arquivado.

SEÇÃO III
DO PROJETO DE LOTEAMENTO

Art. 11. Expedidas as Diretrizes Gerais, o proprietário do imóvel, caso


deseje dar prosseguimentoao loteamento, deverá apresentar requerimento solicitando
análise do PLANO DE LOTEAMENTO para a gleba, anexando para esse fim:

I- LEVANTAMENTO PLANIALTí MÉTRICO — apresentado em


coordenadas UTM em SAD 69;

II- PROJETO DE PARCELAMENTO DO SOLO


GEORREFERENCIADO apresentado através de desenhos na escala 1:1000 (um para
mil), em 2 (duas) vias de cópias em papel e uma em digital (CD/DVD ou outro
autorizado) no formado definido pela Prefeitura, contendo, no mínimo, as seguintes
informações:

a) divisas do imóvel, perfeitamente definidas e traçadas;

b) arruamento vizinho a todo perímetro da gleba, com localização dos


equipamentos urbanos e comunitários existentes no local;

c) vias de circulação, existentes e projetadas, com as respectivas


cotas, dimensões lineares e angulares, raios, cordas, pontos de tangência e ângulos
centrais;

d) perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação,


nas seguintes escalas: Longitudinal - escala horizontal 1:1000 (um para mil), escala
vertical 1:100 (um para cem) e Transversal - escala 1:100 (um para cem);

e) localização dos cursos d'água, lagoas e represas, canalizações


especiais existentes e projetadas, áreas sujeitas a inundações, bosques e árvores
frondosas, pedreiras, linhas de transmissão de energia elétrica, dutos e construções
existentes;
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curvas de nível, atuais e projetadas, com equidistância de um


metro;

g) orientação magnética e verdadeira do norte;

h) mês e ano do levantamento topográfico;

i) referência de nível;

indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados


nos ângulos de curvas e vias projetadas;

k) subdivisão das quadras em lotes georreferenciados, com as


respectivas numerações, áreas, dimensões lineares e angulares, raios, cordas, pontos
de tangência e ângulos centrais;

I) indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do


município no ato do registro do loteamento com as respectivas áreas, dimensões
lineares e angulares, raios, cordas, pontos de tangência e ângulos centrais.

III - QUADRO ESTATÍSTICO DE ÁREAS, em metros quadrados e


percentuais, contendo, no mínimo, as seguintes informações:

a) área total do imóvel a ser loteado;

b) área total do arruamento;

c) área total dos lotes e quadras;

d) área total das áreas públicas;

e) área total das praças.

IV - PROJETOS COMPLEMENTARES - apresentados em duas cópias


impressas em papel, e uma em digital, quando exigido, contendo, no mínimo, os
seguintes elementos:

a) projeto de pavimentação asfáltica das vias;

b) projeto de rede de escoamento das águas pluviais, com indicação


do local de lançamento e projeto das obras de sustentação e prevenção dos efeitos
deletérios;

c) projeto de abastecimento de água potável;

d) projeto de abastecimento de energia elétrica e iluminação pública


das vias;
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e) projeto de arborização de vias e logradouros públicos;

f) projeto de coleta e tratamento de esgotos domiciliares;

g) carta de Consulta Prévia de Viabilidade Técnica de Atendimento do


loteamento, fornecida pelas concessionárias de energia elétrica e de abastecimento de
água potável e coleta de esgotos sanitários.

V- MEMORIAL DESCRITIVO DO LOTEAMENTO - em duas vias


impressas em papel, e uma em digital, quando exigido, contendo, no mínimo, as
seguintes informações:

a) descrição do loteamento contendo suas características;

b) condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem


sobre os lotes e suas futuras edificações;

c) descrição dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços


públicos já existentes e que serão implantados no loteamento e adjacências;

d) memorial descritivo de cada lote, das vias urbanas projetadas e


áreas públicas propostas, indicando a área total, as confrontações e os limites descritos
em relação ao Norte verdadeiro.

VI - MODELO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA -


especificando, entre outras, as seguintes condições:

a) os compromissos do loteador quanto à execução do PLANO DE


LOTEAMENTO, bem como os prazos previstos para sua execução;

b) indicação da condição de que os lotes só poderão receber


edificações após o Poder Executivo Municipal declarar aceite as obras de
abastecimento de água, energia elétrica, iluminação pública, pavimentação asfáltica,
drenagem e rede de esgoto quando exigida, bem como a aprovação no Cartório de
Registro de Imóveis;

c) a possibilidade de suspensão, pelo adquirente, do pagamento das


prestações uma vez não executadas as obras previstas no PLANO DE LOTEAMENTO;

d) o uso do solo previsto para o lote, segundo previsto na Lei de Uso


e Ocupação do Solo Urbano.

Art. 12. Todos os projetos, memoriais de cálculo e especificações


técnicas para realização dos PROJETOS COMPLEMENTARES e do PROJETO DE
PARCELAMENTO DO SOLO devem obedecer às normas da ABNT e dos órgãos
competentes de aprovação e estar assinadas pelo proprietário e pelo responsável
técnico, devendo este apresentar atestado de regularidade junto ao CREA.
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SEÇÃO IV
DOS PARCELAMENTOS EM ÁREA RURAL

Art. 13. A Zona Rural poderá ser parcelada para fins de exploração
agropastoril, agroindústria, comercial, industrial e áreas de lazer, conforme especificado
na Lei de Uso e Ocupação do Solo do Município.

Art. 14. O parcelamento da Zona Rural deverá obedecer ao módulo


mínimo estabelecido para o Município pelo Instituto Nacional de Colonização e
Reforma Agrária- INCRA.

Parágrafo único. O parcelamento em Área Rural deverá atender aos


seguintes requisitos:

I - será registrada uma reserva florestal legal bem como as áreas de


Preservação Permanente dentro do próprio imóvel, conforme preconiza o Código
Florestal Brasileiro;

II — havendo parcelamento do solo, haverá necessidade de aberturas de


estradas de acesso aos novos lotes, estas deverão ser projetadas e construídas pelo
proprietário desmembramento do imóvel, com largura mínima de 20 (vinte) metros,
podendo a referida estrada ser averbada na matricula do imóvel e afetada ao
patrimônio do município ou na forma de servidão de passagem, neste caso, devendo
ser de responsabilidade a manutenção e a conservação pelos proprietários do imóvel
(Lei Complementar 365/2013).

Art. 15. Os lotes em áreas rurais que possuem edificações para fins de
entretenimento e lazer e/ou quaisquer outras que não sejam voltadas para atividades
estritamente rural, devem ser dotados de sistema de tratamento de esgoto, sistema de
abastecimento de água potável, destinação adequada de resíduos sólidos, dentre
outros, devidamente comprovados através de anuência expedida pelo órgão ambiental
responsável.

Parágrafo único. Os lotes rurais que foram executados de forma irregular


deverão ser regularizados atendendo especificações acima mencionadas.

Art. 16. Não será permitida a ocupação de lotes rurais com características
urbanas fora da área de expansão urbana ou de urbanização específica, com exceção
do previsto no Art. 14. Para a construção de indústrias na área rural e nos distritos,
deverão ter o parecer da Comissão Municipal de Urbanismo.

Parágrafo único. Para comprovação da atividade rural, o produtor deverá


possuir Cadastro de Produtor Rural (CADPRO).

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SEÇÃO V
DOS REQUISITOS TÉCNICOS, URBANÍSTICOS, SANITÁRIOS E AMBIENTAIS

Art. 17. O proprietário da área deverá doar ao Município, sem ônus para
este, uma porcentagem de, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) da área a lotear,
sendo no mínimo 5% da área liquida das quadras para área institucional, que
corresponde as áreas destinadas ao sistema de circulação e espaços livres, salvo nos
loteamentos destinados ao uso industrial, caso em que, a porcentagem será de mínimo
5% (cinco por cento), da área liquida dos lotes e nos loteamentos destinados as
chácaras de lazer, caso em que, a porcentagem será de no mínimo 5% (cinco por
cento), da área liquida dos lotes.

§ 1°. As áreas destinadas a equipamentos comunitários serão


proporcionais à densidade de ocupação prevista para a área, observados os
parâmetros mínimos abaixo discriminados.

§ 2°. Os espaços livres de uso público e as áreas de uso institucional


deverão ter acesso por via oficial de circulação sendo, sua localização, vinculada a
parecer da Comissão Municipal de Urbanismo, que poderá opinar por áreas mais
adequadas ao uso público, mediante justificativa, observando-se que o valor médio dos
lotes doados para o Município deverá representar, no mínimo, o valor médio de todos
os lotes do empreendimento.

§ 30. As áreas para equipamentos comunitários ou de uso institucional


deverão respeitar as seguintes condições:

I - 50% (cinquenta por cento) da área deverão ser em terreno único, com
declividade inferior a 15% (quinze por cento);

II - nos 50% (cinquenta por cento) restantes, não serão computadas as


esquinas de terrenos em que não possa ser inscrito um círculo de 20m (vinte metros)
de diâmetro e as áreas classificadas como de proteção ambiental.

§ 40 . Os canteiros associados a vias de circulação bem como os


dispositivos de conexão viária serão computados na área de vias públicas.

§ 5°. Será considerada área útil das quadras, a área remanescente após o
desconto das áreas das vias públicas, áreas de preservação permanente e/ou reserva
legal e áreas de parques e praças previstas no loteamento.

Art. 18. Em desmembramentos de lotes com área superior a 5.000,00 m2


(cinco mil metros quadrados), o proprietário de imóvel deverá ceder ao Município, sem
ônus, 10% (dez por cento) da área total do lote, no momento do seu primeiro
desmembramento, excetuando-se às situações em que o desmembramento for para
fins de loteamento.

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§ 1°. A área a ser doada à Municipalidade deverá ter condições de ser


edificada, ou seja, a área doada deve ser edificável.

§ 2°. A critério da Municipalidade, a área a ser doada poderá ser


transferida para doação em outra localização, desde que tal área seja, no mínimo, o
mesmo valor do original.

Art. 19. Fica proibida a consideração de áreas de preservação


permanente no cômputo da percentagem exigida, podendo excepcionalmente, em
projetos de utilidade pública ou interesse social, computar as referidas áreas em até
10% (dez por cento) do total a ser cedido à Prefeitura no ato de aprovação do
loteamento, sem ônus para a Prefeitura Municipal.

Art. 20. No ato do registro do projeto de loteamento, passa a integralizar


ao patrimônio público do município, sem qualquer ônus ou encargos para este, as
áreas públicas.

Art. 21. Os imóveis constituídos por espaços livres de uso público e por
áreas de equipamentos comunitários não poderão ter a sua destinação alterada pelo
parcelador a partir da aprovação do projeto de parcelamento, salvo na ocorrência das
hipóteses previstas na legislação federal.

Art. 22. Em loteamentos a serem constituídos em áreas onde existam


estradas (vias rurais) inseridas ou lindeiras à área a ser loteada, essas devem estar
compatibilizadas com o projeto do loteamento. Desta forma, as estradas devem ser
transformadas em avenidas e seguirem as diretrizes da Lei Complementar do Sistema
Viário.

Parágrafo único. O tipo de avenida será definido de acordo com seu


zoneamento e função, e erti zonas residenciais é necessário seguir as características
residenciais e, em áreas de trafego industrial, seguir características de avenidas
industriais, conforme Lei Complementar do Sistema Viário e Lei Complementar do
Zoneamento e Uso e Ocupação do Solo.

SEÇÃO VI
DA APROVAÇÃO E DO REGISTRO LOTEAMENTO

Art. 23. Recebidos todos os elementos do PLANO DE LOTEAMENTO,


ouvidas as autoridades competentes, o órgão competente do Poder Executivo
Municipal, no prazo de até 90 (noventa) dias, procederá ao exame das peças
apresentadas, manifestando sua avaliação técnica.

§ 1°. Havendo incorreções nos projetos técnicos apresentados, o


responsável técnico e o proprietário do loteamento serão notificados a promover as
mudanças necessárias.

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§ 2°. O prazo máximo para apresentação das correções é de 90 (noventa)


dias, contados a partir da data da notificação, após o que, não atendido, o processo
iniciado será arquivado.

Art. 24. Uma vez considerado em acordo com as normas dos órgãos
competentes, o Poder Executivo Municipal poderá publicar, em jornais com circulação
local e regional, as condições em que o PLANO DE LOTEAMENTO pretende ser
efetuado.

Art. 25. Decorridos 15 (quinze) dias da publicação a que se refere o artigo


anterior e estando o PLANO DE LOTEAMENTO de acordo com as exigências técnicas
e legais, o proprietário loteador será notificado a apresentar 3 (três) cópias em papel e
uma em mídia digital do referido PLANO e a Anotação de Responsabilidade Técnica
(ART) junto ao CREA ou Registro de Responsabilidade Técnica (RRT) junto ao CAU
dos profissionais responsáveis pelo Projeto de Loteamento e Projetos Complementares
e a licença prévia ou licença de instalação do IAP.

Art. 26. Uma vez cumpridas as exigências contidas nos artigos anteriores,
será assinado, entre o proprietário e o Poder Executivo Municipal, um TERMO DE
COMPROMISSO onde o proprietário se obriga a, no mínimo:

I- transferir, no ato do registro do projeto de loteamento passa a


integralizar ao patrimônio do município, sem qualquer ônus ou encargos para este, as
áreas públicas e a propriedade do conjunto de obras realizadas de arborização,
pavimentação das vias, abastecimento de água, drenagem de águas pluviais,
iluminação pública, abastecimento de energia elétrica e da rede de esgoto;

II - facilitar a fiscalização permanente durante a execução das obras e


serviços;

III - executar, no prazo máximo de 2 (dois) anos, em acordo com o


Cronograma Físico- Financeiro, os PROJETOS COMPLEMENTARES;

IV - não comercializar imóveis antes da emissão do Decreto de


aprovação definitiva e registro no cartório.

§ 1°. Na declaração de aprovação deverão constar as condições em que


o loteamento é autorizado, as obras e serviços a serem realizados e o prazo de
execução, a indicação das áreas que passarão a integrar o domínio do município no
ato de registro do loteamento e a Comissão Técnica designada pelo Poder Executivo
Municipal para a fiscalização dos serviços e obras. Após a conclusão do loteamento
com todas as obras de infraestrutura o Poder Público Municipal expedirá uma
declaração de liberação.

§ 2°. A Comissão Técnica designada pelo Poder Executivo Municipal


responsável pela fiscalização emitirá, periodicamente, um Relatório de
Acompanhamento das Obras e Serviços, assinado pelos seus membros, indicando,
no mínimo, sua evolução gradual, a observância dos projetos técnicos, as
modificações introduzidas nos Projetos Complementares e a observância das normas
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de segurança, podendo em qualquer caso, o órgão municipal, solicitar a fiscalização


do Corpo de Bombeiros.

§ 3°. A comissão técnica designada pelo Poder Executivo Municipal, deve


ser composta de pelo menos um membro das seguintes secretarias: Planejamento
Urbano; Obras; Meio Ambiente; Defesa Social e Procuradoria Jurídica.

Art. 27. Concluídas todas as obras e serviços e estando em perfeito


estado de execução e funcionamento, o proprietário ou seu representante legal
solicitará ao Poder Executivo Municipal a vistoria final do loteamento.

Art. 28. Mediante laudo de vistoria favorável, elaborado pela Comissão


Técnica de Análise de Loteamentos responsável pela fiscalização, e atestado de pleno
funcionamento das redes e serviços, fornecidos pelos órgãos concessionários de
serviços e órgãos públicos responsáveis pela política de meio ambiente, o Executivo
Municipal publicará o Decreto de aprovação definitiva do loteamento.

Parágrafo único. Caso tenha havido necessidade de modificações na


execução dos projetos complementares, o laudo de vistoria deverá ser acompanhado
de desenhos e cálculos retificadores indiCando as alterações realizadas.

Art. 29. Findo o prazo estipulado no cronograma físico-financeiro para a


realização das obras e serviços, caso as mesmas não tenham sido executadas, o
Poder Executivo Municipal executará os serviços, promovendo a ação competente para
adjudicar ao seu patrimônio as áreas caucionadas correspondentes.

Art. 30. O Decreto de aprovação definitiva tem prazo de 180 dias, a partir
da publicação. No caso de solicitação de republicação, incidira taxa equivalente a 20%
(vinte por cento) do valor da taxa de aprovação do mesmo loteamento.

Parágrafo único. O loteamento deverá ser isolado para o acesso da


população em geral, sendo que o mesmo somente será liberado após a emissão do
Decreto de aprovação definitiva.

SEÇÃO VII
DO LOTEAMENTO FECHADO

Art. 31. Aplicam-se ao loteamento fechado os requisitos e procedimentos


prescritos nos Capítulos I, II, V e VI desta Lei, os índices urbanísticos definidos na Lei
de Uso e Ocupação do Solo Urbano e o disposto no Código de Obras e na Lei do
Sistema Viário do Município.

Art. 32. A Prefeitura limitará a área contínua total do loteamento fechado,


com a condição de que, entre 2 (dois) ou mais loteamentos fechados ou qualquer
condomínio fechado, deverá ser respeitada uma distância mínima de 100m (cem
metros), atendendo às leis vigentes, com a finalidade de garantir a continuidade do
sistema vário ou avenida com largura mínima de 40 m (quarenta metros).
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Parágrafo único. Fica limitada em 150.000 m2 (cento e cinquenta mil


metros quadrados) a área máxima a ser loteada.

Art. 33. As áreas públicas totalizarão no mínimo, de 35% (trinta e cinco


por cento), sendo que 5% da área liquida das quadras para equipamentos
comunitários.

Parágrafo único. A totalidade da área de equipamento comunitário


deverá localizar-se externamente à área fechada do loteamento, em qualquer parte do
município, conforme análise da Comissão Técnica.

Art. 34. A implantação do loteamento fechado não poderá interromper


linhas de alta-tensão, fundos de vale e prolongamentos das vias públicas, em especial
àquelas classificadas na Lei do Sistema Viário como de estruturação municipal,
arteriais, coletoras ou marginais.

Art. 35. O loteamento fechado deverá ser contornado, em todo o seu


perímetro, por via pública em dimensão adequada a sua hierarquia, conforme Lei do
Sistema Viário do Município.

§ 1°. As dimensões de passeio e faixa carroçável das vias internas ao


loteamento fechado devem obedecer aos parâmetros estipulados na Lei de Sistema
Viário, integrante do Plano Diretor Municipal.

§ 2°. O comprimento da quadra não poderá ser superior a 250m (duzentos


e cinquenta metros) e 15.000m2 (quinze mil metros quadrados) de área total.

§ 3°. As vias para circulação de veículos e pedestres devem obedecer aos


parâmetros de via local estipulados na Lei de Sistema Viário, se não houver diretriz
superior, conforme a hierarquia viária.

Art. 36. As áreas públicas internas poderão ser objeto de concessão de


direito real de uso, mediante outorga a uma entidade jurídica organizada na forma de
condomínio de proprietários moradores.

§ 1°. Sob pena de nulidade, no prazo de 90 (noventa) dias, a concessão


de direito real de uso deverá constar do Registro do Loteamento no Cartório de
Registro de Imóveis.

§ 2°. A Área de Preservação Ambiental e 50% (cinquenta por cento) da


área de Equipamento Comunitária situada fora da área fechada do loteamento não
poderão, a qualquer pretexto, ser objeto de concessão de direito real de uso.

Art. 37. O instrumento de concessão de direito real de uso deverá constar


todos os encargos do condomínio de proprietários moradores relativos aos bens
públicos em causa, devendo estas ser, sem alteração nas regras de cobranças de
tributos e serviços, no mínimo, a manutenção e conservação de:

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I- arborização de vias;

II - vias de circulação, calçamento e sinalização de trânsito;

III - coleta e remoção de lixo domiciliar e limpeza de vias, os quais


deverão ser depositados em local próprio junto à portaria do loteamento;

IV - prevenção de sinistros;

V- iluminação de vias pública;

VI - drenagem de águas pluviais.

Art. 38. A concessão do direito real de uso poderá ser rescindida


unilateralmente pelo Poder Executivo Municipal, nos seguintes casos:

I- de dissolução da entidade beneficiária;

II - de alteração, sem permissão do Poder concedente, da finalidade


das Áreas Públicas;

III - quando o condomínio de proprietários moradores se omitir dos


serviços de conservação e manutenção;

IV - quando do descumprimento de quaisquer outras condições


estatuídas no instrumento de concessão e nessa Lei.

§ 1°. Quando da rescisão da concessão, as Áreas Públicas bem como as


benfeitorias nelas existentes, situadas dentro do perímetro do loteamento fechado,
serão reincorporadas ao patrimônio público, independentemente de qualquer
pagamento ou indenização.

§ 2°. A perda da concessão do direito real de uso implicará na perda do


caráter de loteamento fechado e determina a demolição dos muros que envolvem a
periferia do loteamento e a eliminação de todo e qualquer sistema de controle de
acesso de não moradores.

Art. 39. Todo loteamento fechado deverá ser circundado por muro de
alvenaria, com altura máxima de 3m (três metros).

§ 1°. O loteamento fechado poderá, dependendo de análise da Comissão


Técnica, em uma de suas facesT ser dotado de lotes diretamente voltados para via
pública externa de interesse comercial ao loteamento e de uso coletivo, respeitando
zoneamento, conforme lei de uso e ocupação do solo, com profundidade, no mínimo,
de 25m (vinte e cinco metros).

§ 2°. Nos locais onde o fechamento do loteamento estiver diretamente


voltado para via pública de uso coletivo, o muro deverá estar recuado, no mínimo, 3m
(três metros) do meio-fio da via pública, sendo estes 3m (três metros) destinados a
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passeio público, sendo que a configuração da construção do passeio deverá respeitar


as determinações do Código de Obras.

§ 3°. Todas as vias de seu perímetro deverão ser pavimentadas e


iluminadas, seguindo padrões do Município.

§ 40 . As obras, serviços e reparos das Áreas Públicas situadas dentro do


perímetro do loteamento fechado somente poderão ocorrer mediante prévia aprovação
e fiscalização de um profissional habilitado indicado pelo Poder Executivo Municipal.

SEÇÃO VIII
DO CONDOMÍNIO FECHADO

Art. 40. A aprovação de condomínio fechado seguirá os parâmetros


urbanísticos desta lei, não podendo ser implantados em área superior a 50.000 m2
(cinquenta mil metros quadrados).

Parágrafo único. Excepcionalmente será admitido condomínio fechado


com dimensões maiores da determinada neste artigo, após parecer da Municipalidade,
e desde que sejam respeitadas as diretrizes de arruamento definidas pela Prefeitura
Municipal.

Art. 41. Em todo condomínio fechado deverão ser obedecidas, para as


áreas de uso exclusivo correspondentes às frações ideais, as dimensões mínimas
definidas para o parcelamento do solo nas respectivas zonas urbanas da Lei Municipal
de Uso e Ocupação do Solo.

Art. 42. Entre 2 (dois) ou mais condomínios fechados, ou qualquer


loteamento fechado, deverá ser respeitada uma distância mínima de 100m (cem
metros), atendendo às leis vigentes, com a finalidade de garantir a continuidade do
sistema vário ou avenida com largura mínima de 40 m (quarenta metros).

Art. 43. Ao redor de todo condomínio fechado, o loteador deverá implantar


vias perimetrais externas as divisas do condomínio fechado seguindo as diretrizes da
Lei Complementar do Sistema Viário e doá-las ao município.

§ 1°. As vias perimetrais ao condomínio fechado devem estar inseridas


no(s) mesmo(s) lote(s) a ser(em) parcelado(s) como condomínio fechado, mas fora da
área fechada pelo condomínio, ou seja, as vias perimetrais devem estar conectadas às
vias públicas existentes ou projetadas externas ao loteamento e deverão seguir as
dimensões e padrões das leis vigentes.

§ 2°. Em caso de ruas perpendiculares ou quaisquer outras não paralelas


às vias perimetrais do condomínio fechado, essas devem estar ligadas às novas vias
perimetrais a serem executadas pelo loteador.
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§ 3°. Apenas em caso de condomínio fechado onde já existir via


perimetral, fica a critério da Comissão Técnica do município a exclusão da via
perimetral a ser executada pelo loteador nesta área, desde que haja a via e em seus
dois lados passeios acessíveis.

§ 4°. Todas as vias externas do condomínio fechado que coincidirem com


áreas limites de cursos d'água ou maciços verdes, deverão ser consideradas como via
ecológica e seguir características específicas, conforme a Lei Complementar do
Sistema Viário.

§ 5°.. Os passeios, as vias ecológicas, assim como todas as outras vias do


condomínio fechado e outras infraestruturas, serão implantadas às expensas do
loteador.

Art. 44. As divisas dos condomínios horizontais fechados deverão ser


cercadas por muros com altura máxima de 3m (três metros) e todas as vias de seu
perímetro deverão ser pavimentadas e iluminadas, seguindo padrões do Município.

Parágrafo único. Nos locais onde o fechamento do condomínio estiver


diretamente voltado para via pública de uso coletivo, o muro deverá estar recuado, no
mínimo, 3m (três metros) do meio-fio da via pública, sendo estes 3m (três metros)
mínimos, destinados ao passeio público e, a configuração da construção do passeio,
deverá respeitar o Código de Obras.

Art. 45. Deverão ser previstas áreas para estacionamento de veículos no


interior dos condomínios fechados.

Parágrafo único. Deve existir pontos de controle e praças externas para


acesso de veículos, com área totalizando, no mínimo, 1% (um por cento) da área da
gleba computável, com um número mínimo de 4 (quatro) vagas de estacionamento
para visitantes além da proporção de 01 (uma) vaga para cada 20 (vinte) lotes.

Art. 46. O projeto de condomínio fechado deverá atender os requisitos


técnicos, urbanísticos, sanitários e ambientais definidos nas leis municipais, estaduais
e federais.

Art. 47. Ao ser registrado no Registro de Imóveis, deverá ser especificada


no projeto do condomínio fechado a condição de uso da área somente para este fim.

Art. 48. O condomínio fechado obterá decreto único de liberação para


registro após executada toda a infraestrutura urbana exigida em lei para o local.

Art. 49. A totalidade da área destinada à preservação ambiental, poderá


ser doada ao município, mas não será computada nos 35% mencionados no art.35.

Art. 50. A totalidade da área de equipamento comunitário deverá localizar-


se externamente à área fechada do loteamento, em qualquer parte do município,
conforme análise da Comissão Técnica.

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SEÇÃO IX,
DO LOTEAMENTO EM ÁREA DE URBANIZAÇÃO ESPECÍFICA

Art. 51. O loteamento destinado a Urbanização Específica, em


condomínio ou não, fechado ou aberto, só será aprovado quando atender ao disposto
nesta Seção, na lei de uso e ocupação do solo e no instrumento que o autorizou.

Art. 52. Os lotes resultantes de loteamento em Área de Urbanização


Específica não poderão ser subdivididos.

Parágrafo único. O instrumento de concessão de uso ou a escritura de


propriedade deverão constar, em destaque, cláusula da impossibilidade de desdobro
dos lotes previstos no caput deste artigo.

Art. 53. São de responsabilidade do loteador a execução, o custeio, a


manutenção e reparos, durante 05 (cinco) anos a partir da data de publicação do
Decreto de aprovação definitiva do Loteamento, as obras de:

I - demarcação dos lotes, das vias, dos terrenos a serem transferidos ao


domínio do Município e das áreas não edificáveis, bem como a demarcação e
sinalização das áreas de fragilidade ou proteção ambiental;

II - abertura das vias de circulação e respectiva terraplenagem;

III - rede de drenagem superficial e profunda de águas pluviais de acordo


com as normas do órgão regulador;

IV - rede de abastecimento de água potável de acordo com as normas da


respectiva concessionária, em pleno funcionamento;

V - rede de saneamento de acordo com as normas da respectiva


concessionária, em pleno funcionamento;

VI - rede de distribuição compacta de energia elétrica e de iluminação


pública dotada de luminárias rebaixadas, conforme padrão da Prefeitura Municipal, em
pleno funcionamento;

VII - pavimentação asfáltica tipo CBUQ (concreto betuminoso usinado a


quente, o qual deve ter a espessura de capa mínima de 4 centímetros), das pistas de
rolamento das vias de acesso e circulação e das praças, incluindo a construção de
guias e sarjetas, de acordo com as normas do órgão municipal competente e o
estabelecido na Lei do Sistema Viário do Município;

VIII - passeios e muretas;

IX - recobrimento vegetal de cortes e taludes do terreno e proteção de


encostas, quando necessário, e implantação e/ou reconstituição da mata ciliar;
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X - manutenção da limpeza e a roçada em todos os lotes do loteamento


onde não haja área construída, pelo prazo de cinco (05) anos a contar da data do
decreto de liberação do loteamento;

XI - expirado o prazo de cinco (05) anos, a responsabilidade passará a ser


do proprietário do lote, desde que informado pelo loteador;

XII — sinalização de trânsito, vertical e horizontal, nos termos das


diretrizes básicas do Sistema Viário do Município e CTB (Código de Trânsito
Brasileiro);

XIII— ajardinamento dos espaços livres de uso público.

§ 1°. Serão construídas rampas de acesso no meio-fio com guia


rebaixada, junto às esquinas, para pessoas com mobilidade reduzida segundo os
padrões definidos na Lei do Sistema Viário do Município e NBR 9050 — Acessibilidade
a edificações e mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.

§ 2°. As galerias de águas pluviais do loteamento deverão


obrigatoriamente ser executadas com emissário até o curso d'água mais próximo, com
dissipador de energia na sua extremidade, conforme projeto aprovado pelo órgão
competente do Município e, se necessário, do Estado; salvo nas condições em que
comprovadamente dimensionada possa ser ligada a rede existente, devendo ser esta
aprovada pela Secretaria Municipal de Obras.

§ 3°. Fica a critério da municipalidade a escolha dos locais para instalação


das luminárias nos loteamentos e seus modelos.

§ 4°. O modelo a ser empregado nas luminárias deverá seguir o padrão


estilizado aplicado em todo município. Mudanças do tipo de luminárias poderão
acontecer se liberados por escrito pela municipalidade.

Art. 54. O loteador deverá elaborar em conjunto com a Secretaria


Municipal de Agricultura e Meio Ambiente o mapa com a arborização do loteamento
(projeto executivo), das vias de circulação, replantio nos fundos de vale e demais áreas
verdes.

Art. 55. O loteador deverá depositar o valor correspondente ao número de


mudas aprovadas no projeto executivo em conta a ser especificada pela Secretaria
Municipal de Agricultura e Meio Ambiente.

§ 1°. O valor, por muda, será determinado por decreto.

§ 2°. É de responsabilidade da Secretaria Municipal de Agricultura e Meio


Ambiente a contratação e disponibilização de mão de obra para a execução do plantio.

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§ 3°. Na ocorrência de danos que comprometam a planta no período da


construção do imóvel, será de responsabilidade do proprietário do lote recolher o valor
de uma nova muda, sem o qual não será emitido laudo para liberação de "Habite-se".

§ 4°. Através de laudo da Secretaria do Meio Ambiente, quando houver


restrição técnica (distância da esquina, postes e iluminação pública, bocas de lobo,
dentre outros), o plantio poderá se dispensado.

Art. 56. Deverá o loteador doar ao Município as obras de pavimentação


asfáltica, rede de iluminação rebaixada, rede de galeria de águas pluviais e demais
infraestruturas com documento comprobatório, firmado pelo loteador, de garantia da
qualidade das referidas obras por um período de 5 (cinco) anos, a partir da execução
da obra.

Art. 57. Caso o loteador não venha cumprir as exigências contidas nos
arts. 55 e 56, dentro de um prazo de 30 (trinta) dias, o Município fará a manutenção e
os reparos, e cobrará do loteador todas as despesas, com acréscimo das taxas de
administração.

Art. 58. As obras e serviços de infraestrutura exigidos para os


parcelamentos deverão ser executados segundo cronograma físico previamente
aprovado pelo órgão competente do Município.

§ 1°. O parcelador terá prazo máximo de 24 (vinte e quatro) meses, a


contar da data de expedição da aprovação da subdivisão por parte do Município, para
executar os serviços e obras de infraestrutura para exigidos, podendo este prazo ser
dilatado por mais 24 meses, mediante requerimento.

§ 2°. Qualquer alteração na sequência de execução dos serviços e obras


mencionados neste artigo deverá ser submetida à aprovação do Poder Público
Municipal, mediante requerimento do parcelador, acompanhado de memorial
justificativo da alteração pretendida.

§ 3°. Concluídas as obras e serviços de infraestrutura do parcelamento, o


interessado solicitará ao órgão municipal competente, ou às concessionárias de
serviços, a vistoria e o respectivo laudo de recebimento do serviço ou obra.

Art. 59. Os taludes resultantes. de movimentos de terra deverão obedecer


aos seguintes requisitos mínimos:

I- declividade ideal, determinada para cada tipo de solo para taludes


em aterro;

II - revestimento apropriado para retenção do solo, preferivelmente


formado por vegetação, podendo este ser dispensado, a critério do Poder Público;

III - canaletas de drenagem para taludes com altura superior a 3m (três


metros).

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Parágrafo único. Os taludes poderão ser substituídos por muros de


arrimo ou proteção, a expensas do loteador e mediante autorização do Poder Público.

Art. 60. Em nenhum caso os movimentos de terra e as obras de


arruamento ou instalação de infraestrutura poderão prejudicar o escoamento das águas
nas respectivas bacias hidrográficas.

Art. 61. A aprovação de projeto de desmembramento de lote urbano pelo


Município ficará condicionada à prévia existência, da seguinte infraestrutura:

I- rede de abastecimento de água potável;

II - rede de esgoto sanitário;

III - sistema de drenagem de águas pluviais;

IV - rede de distribuição de energia elétrica e iluminação pública;

V- vias de circulação pavimentadas.

VI — paisagismo.

§ 1°. lnexistindo, no todo ou em parte, a infraestrutura listada no caput


deste artigo, em qualquer dos logradouros lindeiros ao lote, o proprietário providenciará
às suas expensas a execução da infraestrutura faltante, como pré-condição para a
aprovação do projeto de desmembramento pelo Poder Público Municipal.

§ 2°. A execução dos elementos de infraestrutura deverá obedecer a


projetos previamente aprovados pelos órgãos municipais competentes ou pelas
concessionárias dos respectivos serviços.

CAPÍTULO III
DO PARCELAMENTO DO SOLO POR DESMEMBRAMENTO OU SUBDIVISÃO

Art. 62. O DESMEMBRAMENTO ou SUBDIVISÃO só poderá ser


aprovado quando:

I- os lotes desmembrados ou subdivididos tiverem as dimensões


mínimas para a respectiva zona, conforme Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano;

II - a parte remanescente da gleba ou lote, ainda que edificado,


compreender uma porção que possa constituir lote independente, observadas as
dimensões e áreas mínimas previstas na Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano.

§ 1°. Excetuam-se os lotes ou glebas com dimensões e áreas inferiores


ao previsto no caput desse artigo quando as partes resultantes sejam, em ato contínuo,
objetos de remembramento ao lote vizinho.
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§ 2°. Em casos de terrenos edificados anteriormente à data de publicação


dessa Lei, o desdobro somente poderá ser aprovado quando observar,
cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) as partes resultantes da subdivisão da edificação constituir em


construções independentes umas das outras, observados os requisitos do Código de
Obras, mediante declaração do responsável técnico na apresentação dos mapas e
memoriais de desmembramento;

b) cada um dos lotes resultantes do desdobro estiver reconhecido no


cadastro imobiliário;

c) os mapas deverão conter a locação das edificações no lote,


quando existir.

Art. 63. Para obter o parcelamento do solo, o proprietário do imóvel


deverá requerer a aprovação do projeto de desmembramento ou desdobro respectivo,
anexando em seu requerimento, os seguintes documentos:

I- título de propriedade do imóvel, sem cláusula restritiva quanto à


sua possível alienação, comprovada através de Certidão do Registro de Imóveis;

II - certidão negativa da Fazenda Municipal ou Federal referente ao


Imóvel;

III - quatro cópias do projeto apresentadas em papel e uma cópia em


meio digital, na escala indicada pelo órgão competente do Executivo Municipal,
assinadas pelo proprietário e pelo profissional responsável, contendo, no mínimo, as
seguintes informações:

a) as divisas dos imóveis perfeitamente definidas e traçadas;

b) localização de cursos d'água, lagoas e represas, áreas sujeitas a


inundações, bosques, construções existentes;

c) orientação do norte verdadeiro, dia, mês e ano do levantamento


topográfico realizado;

d) arruamento confrontante a todo imóvel;

e) planta de situação posterior ao parcelamento do solo que pretende


efetuar, contendo as identificações dos lotes, dimensões lineares e angulares, raios,
cordas, pontos de tangência, ângulo central, rumos e outras indicações necessárias
para análise do projeto;

f) quadro estatístico de áreas;

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g) outras informações que possam interessar, a critério do órgão


competente do Poder Executivo Municipal;

IV - ART perante o CREA ou RRT perante o CAU;

V- memoriais descritivos de cada lote ou via pública.

Art. 64. Aplicam-se ao desmembramento, no que couberem, as mesmas


disposições e exigências desta Lei para o loteamento, em especial quanto à doação de
áreas para o município, necessárias para a continuidade ou alargamento de vias e ou
para a implantação de equipamentos urbanos ou comunitários.

CAPITULO IV
DO REMEMBRAMENTO OU UNIFICAÇÃO

Art. 65. Nos casos de remembramento ou unificação, o proprietário do (s)


imóvel (is) deverá requerer a aprovação do respectivo projeto de remembramento,
devendo para tal fim anexar, em seu requerimento, os seguintes documentos:

I- título de propriedade do(s) imóvel(is), sem cláusula restritiva quanto


à sua possível alienação, comprovada através de Certidões do Registro de Imóveis;

II - certidão negativa da Fazenda Municipal referente ao(s) Imóvel(is);

III - quatro cópias do projeto de remembramento apresentadas em


papel e uma cópia em meio digital, sem rasuras, na escala indicada pelo órgão
competente do Executivo Municipal, constando a assinatura do proprietário e do
profissional responsável pelo projeto, contendo, no mínimo, as seguintes informações:

a) as divisas do(s) imóvel(is), perfeitamente definidas e traçadas;

b) localização de cursos d'água, lagoas e represas, áreas sujeitas a


inundações, bosques, construções existentes;

c) orientação do norte verdadeiro e magnético, dia, mês e ano do


levantamento topográfico realizado;

d) arruamento confrontante a todo imóvel;

e) planta de situação posterior do remembramento que pretende


efetuar, contendo as identificações dos lotes, dimensões lineares e angulares, raios,
cordas, pontos de tangência, ângulo central, rumos e outras indicações necessárias
para análise do projeto;

f) quadro estatístico de áreas;

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g) outras informações que possam interessar, a critério do órgão


competente do Poder Executivo municipal;

IV - ART perante o CREA ou RRT perante o CAU;

V- memoriais descritivos de cada lote.

CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES PENAIS

Art. 66. Fica sujeito à cassação de alvará, embargo administrativo de


obras e serviços e à aplicação de multa pecuniária todo aquele que, a qualquer tempo
e modo, der início, efetuar loteamento, desmembramento ou desdobro do solo para fins
urbanos sem autorização do Executivo Municipal ou em desacordo com as disposições
desta Lei, ou ainda, das normas de âmbito federal e estadual pertinentes.

§ 1°. A multa a que se refere este artigo será arbitrada pelo órgão
competente do Poder Executivo Municipal, de acordo com a gravidade da infração,
e seu valor corresponderá ao intervalo entre R$ 500,00 (quinhentos reais) e R$
20.000,00 (vinte mil reais), dobrada em casa reincidência, progressivamente.

§ 2°. O pagamento da multa não eximirá o responsável das demais


cominações legais, nem sana a infração, ficando o infrator na obrigação de
cumprimento no disposto nessa Lei.

§ 3°. A reincidência específica da infração acarretará ao proprietário,


multa em dobro do valor da inicial, além da suspensão de sua licença para o
exercício do parcelamento ou remembramento do solo.

Art. 67. São passíveis de punição, a bem do serviço público, conforme


legislação específica em vigor, os servidores que, direta ou indiretamente, fraudando o
espírito da presente Lei, concedam ou contribuam para sejam concedidas licenças,
alvarás, certidões, declarações ou laudos técnicos irregulares ou falsos.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 68. O Poder Executivo Municipal poderá baixar, por decreto, normas
ou especificações técnicas adicionais referentes à apresentação de peças gráficas e às
obras ou serviços de infraestruturas exigidas por esta Lei.

Art. 69. Os conjuntos habitacionais promovidos pela iniciativa privada ou


pública estão sujeitos à aplicação integral desta Lei.

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ESTADO DO PARANÁ

Art. 70. Para aprovação de qualquer alteração ou cancelamento de


parcelamento do solo para fins urbanos, registrado em cartório, deverão ser atendidas
as disposições contidas nesta Lei, na Lei Federal n° 6.766/70 ou outra que a substitua.

Art. 71. Não será concedido alvará para edificação, reforma, ampliação
ou demolição, em lotes resultantes de parcelamento do solo ou remembramento não
regularmente aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo Municipal, em
conformidade com esta Lei.

Art. 72. A aprovação de projeto de loteamento, desmembramento,


desdobro ou remembramento não implica em nenhuma responsabilidade, por parte do
Poder Executivo Municipal, quanto a eventuais divergências referentes às dimensões
de quadras ou lotes, quanto ao direito de terceiros em relação à área loteada,
desmembrada, desdobrada ou remembrada.

Art. 73. O prazo máximo para a aprovação ou rejeição do PROJETO DE


REMEMBRAMENTO OU DESMEMBRAMENTO será de 15 (quinze) dias após o
proprietário ter cumprido todas as exigências do órgão competente do Poder Executivo
Municipal.

Art. 74. A partir do exercício seguinte à publicação do Decreto de


aprovação definitiva do Loteamento e da aprovação dos Projetos de
DESMEMBRAMENTO, REMEMBRAMENTO OU DESDOBRO, será lançado sobre os
imóveis resultantes o correspondente Imposto Predial e Territorial Urbano, ou
imediatamente após, caso seja de interesse dos proprietários, que deverão se
manifestar por escrito.

Art. 75. Os casos omissos e as dúvidas de interpretações decorrentes da


aplicação desta Lei serão apreciados pelo Conselho de Desenvolvimento de
Umuarama (CDU) e órgão competente do Poder Executivo Municipal, ao qual fica
atribuída também a competência para estudar e definir elementos técnicos necessários
a toda atividade normativa decorrente da presente Lei.

Art. 76. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário, em especial a Lei Complementar n° 127, de 22 de dezembro
de 2004, com as alterações posteriores.

PAÇO MUNICIPAL, em 19 de junho de 2017.

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CELSO L IZ PO BOM
Pref to Municipal

Projeto de Lei Complementar n° 06/2017


Autor: Poder Executivo Municipal
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PUBLICADO NO UMUARAMA ILUSTRADO
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UMUARAM 1 2o2_-_

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