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Art. 3º Fica o Poder Executivo autorizado a estabelecer, delimitar e demarcar, dentro das
diretrizes do Plano Diretor, os limites das seguintes Zonas Urbanas:
Art. 4º A Zona Urbana da Sede será constituída pela delimitação do perímetro urbano,
cujos limites são estabelecidos no mapa I e respectiva Lei Municipal.
Art. 5º A Zona Urbana das Sedes Distritais são aquelas atualmente previstas em Lei
Municipal.
Art. 6º
Art. 6º A Zona Urbana das Agrovilas será instituída por Lei especial que definirá sua
delimitação inicial, infra-estrutura a ser implantada, forma e prazo para parcelamento da
área de ocupação prioritária.
Parágrafo único. Ao instituir a Agrovila, o Município deverá definir a área de interesse social
para ocupação e formação do núcleo central.
Art. 7º Toda vez que se verificar um início de parcelamento do solo e ocupação das áreas
situadas ao longo das estradas, o Município poderá declarar por lei municipal uma faixa útil
necessária, de cada lado da estrada, como Zona Urbana de Interesse Especial para
restringir, regular e ordenar o parcelamento do solo e sua ocupação.
Art. 9ºA Macro Zona de Ocupação é toda área urbana efetivamente ocupada, e que, pelas
condições de uso e ocupação do solo, infra-estrutura, sistema viário, transporte coletivo, é
apropriada para receber densidade populacional maior.
Parágrafo único. As áreas, embora localizadas na Macro Zona de Ocupação, mas ainda em
exploração agrícola e não beneficiadas com infra-estrutura implantadas pelo Poder Público,
terão tratamento para fins desta Lei, como Zona de Expansão Urbana.
Art. 11. Na Macro Zona de Ocupação a propriedade cumprirá sua função social quando:
Parágrafo único. O prazo para ocupação prevista, será de cinco anos, contados do
parcelamento ou da aquisição da propriedade.
Art. 12. Macro Zona de Preservação Ambiental (MP) constitui-se de todas as áreas
urbanas das Sedes, das Sedes Distritais, das Agrovilas, das áreas ao longo das estradas,
que pelas suas condições de solo, declividade, sistema hídrico, instabilidade geológica e
existência de florestas, ficam sujeitas a restrições quanto a sua ocupação.
Art. 14. Será permitida, a ocupação e edificações nas áreas constantes no mapa de
escorregamento integrante da Separata da Revista "Estudos Tecnológicos - número 1 - Ata
Geológica Leopoldensia - Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Volume 1, número 1 -
1976; Mapeamento Geológico preliminar de Santa Cruz do Sul - Visando Obter informações
Básica ao Planejamento Integrado, de Sandor A. Grehs; do Mapeamento Geológico
Estrutural Geotécnico da Zona Urbana de Santa Cruz do Sul - Visando Obter Informações
Básica ao Planejamento Integrado, do Geólogo José Alberto Wenzel e de outros que
vierem a ser definidos dentro de critérios estabelecidos por legislação específica, desde
que além das exigências normais sejam apresentadas:
Art. 16. Na Macro Zona de Preservação Ambiental, a propriedade cumprirá sua função
social quando efetivamente atingir os níveis de preservação ambiental prevista pela
Legislação Federal, Estadual ou Municipal.
Art. 17. A Macro Zona de Expansão Urbana (ME) será integrada por todas as áreas
localizadas no perímetro urbano, não definidas como Macro Zona de Ocupação ou Macro
Zona de Preservação Ambiental.
Art. 18. Macro Zona de Expansão Urbana são áreas de transição entre a atividade
predominante rural e a ocupação urbana e tem como objetivo integrar e conciliar a
atividade rural e urbana dentro das diretrizes propostas pelo Centro de Pesquisa e
Qualidade Urbana e Rural - CIPUR.
Art. 19. Na Macro Zona de Expansão Urbana a propriedade cumprirá sua função social
quando:
Art. 20. Toda a área urbana, existente e localizada na Macro Zona de Expansão Urbana,
que tiver infra-estrutura privilegiada poderá ser decretada área de ocupação prioritária e
tratada sob o ponto de vista da Legislação Fiscal Tributária e Código de Postura, com as
regras aplicadas na Macro Zona de Ocupação.
Art. 21.As áreas urbanas serão divididas nas seguintes Zonas de Desenvolvimento,
conforme mapa II anexo:
Art. 24. Distritos Industriais - DI são áreas destinadas a instalação de pequenas e médias
indústrias que pela sua atividade, níveis de poluição, tenham seu funcionamento
compatível com a transqüilidade exigida nas áreas residenciais.
Parágrafo único. O lote mínimo nos DI e Zona Industrial de Resíduos deverá ter 800 m2
com testada mínima de 20 metros, sendo a área bruta a ser loteada de no mínimo 15.000
m2.
Art. 27.Os projetos especiais deverão apresentar um plano diretor próprio e infra-estrutura
especial, respeitados os princípios desta Lei.
Art. 29. O plano diretor específico da área do projeto especial deverá estabelecer:
§ 3º. As áreas destinadas aos equipamentos urbanos de serviço, lazer e esporte deverão
corresponder a, no mínimo 5% da área, cuja finalidade deverá estar averbada na Matrícula
e poderá ser transferida à Associação representativa dos moradores e/ou ao Poder Público
Municipal, Estadual ou Federal ou entidade que instalar equipamento de uso público geral.
§ 4º. O índice de 5% será calculado sobre a área total, descontando a área destinada à
preservação florestal.
§ 5º. A área destinada ao reservatório de retenção de água será considerada para todos os
efeitos como área verde que deverá corresponder a no mínimo 10% sobre a área total,
descontada aquela destinada à preservação florestal e será doada ao Município que se
encarregará de sua manutenção, controle e fiscalização.
Art. 30. O Plano diretor específico da área poderá estabelecer para cada lote:
§ 1º. O total de índices de aproveitamento atribuído aos lotes deverá ser igual ou inferior a
50% dos potenciais construtíveis da área total do projeto, sendo que o índice de
aproveitamento para cada lote poderá chegar no máximo a 2 vezes o índice do solo da
respectiva área, excetuando-se a área, excetuando-se a área do Cinturão Verde.
§ 3º. A taxa de ocupação não poderá exceder a prevista para cada área, conforme a tabela
dos índices.
§ 4º. Respeitados os limites máximos de cada zona, o Plano Diretor específico poderá
estabelecer limites de altura ou número de pavimentos para cada lote.
§ 5º. Poderá, ainda, o plano diretor específico definir regras gerais para edificações a
serem realizadas no lote, inclusive com limitação do número de unidades.
Art. 31. Se o projeto integrar áreas de Zona com índices diferentes, consideram-se os
índices de cada Zona proporcional à área da mesma.
Art. 32. Podem ser objetos de projetos especial vários imóveis ligados, de forma a
constituir um projeto contínuo, mas de títulos diferentes sem necessidade de unificação,
desde que no seu conjunto sejam atendidas todas as exigências legais.
Art. 33. Mesmo integrando um projeto especial as propriedades dentro do Cinturão Verde
e do anel de proteção do Cinturão Verde, não poderão ultrapassar os limites do total dos
índices previstos para a área.
Art. 34.É vedado aos lotes dos projetos especiais receber qualquer índice transferível de
fora da área do projeto especial, ficando estritamente limitado à melhor redistribuição e
reaproveitamento dos índices globais das áreas.
Art. 35.Aprovado o plano diretor específico este só poderá ser alterado mediante anuência
de 2/3 dos titulares dos lotes e da aprovação do Poder Público Municipal.
Art. 36. A Zona Comercial Preferencial localizada no centro da cidade conforme mapa II e
respectiva Lei de Zoneamento, e nos lotes com testadas para as seguintes ruas: Av.
Independência, Rua Coronel Oscar Jost, Rua Juca Werlang, Av. Euclides Nicolau Kliemann
até o entroncamento com a estrada para Capão da Cruz, Rua Barão do Arroio Grande, Av.
Gaspar Bartholomay, Rua Dona Carlota, Rua Pita Pinheiro, Rua Pedreira, Rua 28 de
Setembro e Rua Júlio de Castilhos.
Art. 37. As atividades preferenciais nesta área serão as comerciais e de serviços, sendo
permitido sua utilização residencial e tolerado industrial, mediante apresentação de Laudo
Técnico e prévia consulta ao Centro de Pesquisas e Qualidade Urbana e Rural - CIPUR.
Art. 38. O Código de Postura deverá definir os limites de ruídos permissíveis, horário de
silêncio e as demais formas de utilização dos espaços públicos e privados, estabelecendo
normas diferenciadas para as Zonas de Desenvolvimento e visando a preservação do
interesse coletivo.
Art. 39.Todas as demais áreas urbanas não especificadas nas atividades anteriores serão
consideradas Zonas Residências Preferenciais.
Art. 40. Na Zona Residencial Preferencial, serão permitidos todos os tipos de edificações
residenciais nos limites do respectivo índice.
Art. 42. Caberá ao Executivo, por decreto, regulamentar os limites das atividades e
Art. 44. As propriedade localizadas na Zona de Expansão Urbana que tiverem atividade
agrícola ou pastoril, destinada prioritariamente à produção de alimentos, de conformidade
com a letra "b", do Artigo 19, terão tratamento diferenciado no Código Tributário do
Município.
Art. 47.O índice florestal poderá ser considerado somente em área de mata nativa primária
e secundária existente a partir de 200 m², contendo no mínimo três espécies de árvores,
integrando um projeto de preservação das espécies arbóreas existentes.
Art. 48. Uma vez utilizado o índice florestal e averbado na matrícula no Registro de
Imóveis, a florestas deverá ser preservada, limitando sua utilização a passeio, lazer e
atividades, culturais e científicas, observando-se a não agressão ao meio ambiente.
Art. 49.
Art. 50.Na área localizada no Cinturão Verde, o lote mínimo deverá ser de 5.000 m2. E
conter um patamar de, no mínimo, 1.000 m2. Com declividade a 25%.
Art. 52. Na área denominada "Anel de proteção ao cinturão verde" a altura máxima dos
prédios será de 04 (quatro) pavimentos tipo mais pilotis e cobertura.
Art. 53.Fica instituída a Zona Residencial Especial delimitada no mapa III e respectiva Lei
de Zoneamento, cujos índices são os estabelecidos na área 3 do anel de proteção ao
Cinturão Verde e sujeitas à Cota Ideal (CI) de 300 metros quadrados.
§ 1º. Cota Ideal (CI) - porção mínima de terreno que corresponde teoricamente a cada
economia residencial do lote.
§ 2º. A área do terreno dividida pela "CI" fornece o número máximo de economias
residenciais no lote.
Art. 54. Os prédios considerados e aprovados pelo Município como sendo integrantes do
Patrimônio Histórico, assim definidos em lei, poderão vender o índice do solo - IS, não
utilizado no próprio terreno, transferindo o potencial construtivo para outros terrenos.
Parágrafo único. A área do terreno ocupada pelo prédio considerado patrimônio histórico
não será deduzido do índice a ser transferido.
Art. 57.Uma vez transferido o potencial construtivo, o proprietário poderá dispor do prédio
para uso próprio, locação ou alienação, mas sem direito de efetuar novas edificações.
Art. 61.A emissão de títulos representativos dos índices poderá ser feita por etapas de
acordo com a necessidade da manutenção.
Art. 62. O limite de transferência corresponderá ao Índice do Solo IS, do terreno, até o
limite necessário para preservação do prédio.
Art. 63. No quarteirão compreendido pelas Ruas Marechal Floriano, Ramiro Barcelos,
Marechal Deodoro e Fernando Abott, onde se situa a Catedral São João Batista, as
construções não poderão ter altura superior a sete metros.
a) Rodovas Intermunicipais - RI
b) Rodovias erimetrais Externas - RPE
c) Avenidas Radiais Municipais - ARM
d) Avenidas Perimetrais Internas - API
e) Ruas
f) Travessas.
Art. 70.
Art. 71.São Rodovias Perimetrais Externas o conjunto das vias existentes e projetadas,
destinadas a formar o anel externo da zona urbana identificados no mapa IV, com a letra
"b".
Art. 72.As RI e RPE definidas nos Artigos 71 e 72 terão largura mínima de 40 metros e
recuo para edificações de 30 metros do eixo.
Art. 73. São Avenidas Radiais Municipais - ARM - todas as Estradas Estaduais e
Municipais destinadas à interligação da Sede com os Distritos, Vilas, Bairros e Municípios
vizinhos, identificados no mapa IV, com as letras "C", "D" e "E".
Art. 74.A largura mínima das ARM para novos fracionamentos será de 22 metros e o
recuo para construção será de:
Art. 75. São Avenidas Perimetrais Internas - API - o conjunto de vias que formam os anéis
internos de interligações das Avenidas Radiais, identificadas no mapa IV, com letra "F".
Art. 76.São consideradas Avenidas Perimetrais Internas: Rua aspar Silveira Martins, Rua
Venezuela, Rua Arthur Germano Fett, Rua Carlos Baumhardt, Rua Thomas Flores e seu
prolongamento projetado até a Rua Joaquim Murtinho, seguindo pela Rua Demétrio Ribeiro
e Rua Daltro Filho e tendo continuidade em seu prolongamento projetado até a Rua Barão
do Arroio Grande, Rua Ernesto Alves, Rua Carlos Trein Filho, Rua São José e seu
prolongamento projetado até a Rua Dona Carlota, Rua Acre, Rua Boaventura Kolberg, Rua
Antônio Kipper, Rua Frederico Rech, pelo Monte Verde até a Rua Jacarandá, Rua Augusta
Spengler, Rua Galvão Costa, Rua Senador Pinheiro Machado e Rua Felipe Jacobus.
A largura mínima prevista para a API será de 22 metros e o recuo para edificações
Art. 77.
de 12 metros do eixo.
Art. 78. São consideradas Ruas todas as vias não definidas nas demais nomenclaturas.
Art. 80. São consideradas Travessas as vias destinadas para ligações de somente duas
outras vias.
Art. 81. O Município construirá um sistema de ciclovias com estacionamento próprio para
bicicletas, a iniciar do Parque da Oktoberfest até a Zona Industrial.
Art. 82.No caso das Rodovias Federais e Estaduais possuírem faixa de domínio superior
aos recuos estabelecidos por esta Lei, prevalecerá o maior.
Art. 83. Nas edificações residenciais condominiais e nos edifícios residenciais ou mistos
serão exigidas garagens ou locais de estacionamento de veículos com capacidade de um
veículo para cada 100 m2 de área privada construída.
- o pavimento térreo deverá ficar, no máximo, um metro e meio do nível do passeio no local
de acesso ao prédio, numa largura mínima de 3 metros.
§ 1º. Não será computada para cálculo de área construída, nem para Taxa de Ocupação,
as garagens de uso específico dos ocupantes do prédio, no caso de edifícios residenciais
e/ou comerciais.
§ 2º. A Taxa de Ocupação do solo poderá ser diferente da permitida na zona, a critério da
Secretária Municipal de Planejamento e Centro de Pesquisas e Qualidade Urbana e Rural -
CIPUR, visando incentivar a construção de edifícios garagem em área adequada dentro de
cada zona.
Art. 85.A localização dos equipamentos sociais no Município (escolas, centros sociais,
postos médicos, hospitais, feiras, postos policiais, capelas mortuárias e outros) deverá ser
submetida à aprovação prévia da Secretaria de Planejamento e do Centro de Pesquisas e
Qualidade Urbana e Rural - CIPUR, a fim de que estas indiquem as áreas mais adequadas
em termos urbanísticos.
Art. 86. Todos projetos e execuções de obras de saneamento básico no Município deverão
ser realizados obedecendo as diretrizes do Plano Diretor de Desenvolvimento Social e
Urbano, submetidos a aprovação da Secretaria Municipal de Planejamento e Centro de
Pesquisas e Qualidade Urbana e Rural - CIPUR.
Art. 87.As determinações sobre o manejo dos resíduos sólidos, esgotos domésticos, bem
como o sistema de abastecimento de água e drenagem urbana obedecerão ao disposto no
Código de Obras do Município e legislação pertinente.
Parágrafo único. Para efeito deste Artigo, poderão ser empregados pelo Município mediante
aprovação de Lei específica, os seguintes instrumentos da Política de Desenvolvimento
Urbano:
Art. 89. O Imposto Predial e Territorial Urbano poderá ser regressivo em função da
Preservação Ambiental, existência de florestas nativas, manutenção particular de vias de
circulação e infra-estrutura básica, retenção e controle dos recursos hídricos, da
Preservação do Patrimônio Histórico e da atividade agrícola pecuária.
Art. 91.O Plano Diretor de Desenvolvimento Social e Urbano deverá ser objeto de análises
com revisões periódicas, a partir de estudos desenvolvidos pelo Centro de Pesquisas
Qualidade Urbana e Rural - CIPUR.
Art. 92. O Poder Executivo poderá estabelecer, por Decreto, normas complementares
necessárias ao detalhamento e aplicação da presente Lei, mediante prévia aprovação do
Centro de Pesquisas e Qualidade Urbana e Rural - CIPUR.