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LEI COMPLEMENTAR Nº 6, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998.

INSTITUI O PLANO DIRETOR DE


DESENVOLVIMENTO SOCIAL E URBANO
DO MUNICÍPIO DE SANTA CRUZ DO SUL
E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

SÉRGIO IVAN MORAES, PREFEITO MUNICIPAL DE SANTA CRUZ DO SUL. FAÇO


SABER, em cumprimento ao disposto no inciso V do Artigo 61 da Lei Orgânica do Município
que o Poder Legislativo aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei:

CAPÍTULO 1 - DOS OBJETIVOS

Fica instituído, por esta Lei, o PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL


Art. 1º
E URBANO do Município de Santa Cruz do Sul, com a finalidade de:

a)regular e ordenar a ocupação do solo, a expansão urbana e a preservação ambiental da


Zona Urbana da Sede, das Sedes Distritais, das Agrovilas e das áreas ao longo das
estradas municipais asfaltadas ou com infra-estrutura de água e energia elétrica;
b)estabelecer diretrizes para as Leis complementares que regulam as atividades e o
desenvolvimento social como: Código de Postura, Código Tributário, Código de Obras, Lei
do Loteamento, Lei de Preservação Ambiental, Lei de Desenvolvimento Industrial, Lei de
Uso do Solo e outras.

Art. 2º O Objetivo básico do PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL E


URBANO é facilitar o acesso da população aos bens sociais e econômicos como trabalho,
habitação, transporte, saneamento básico, educação, saúde, patrimônio histórico e cultural,
integrados em um meio ambiente equilibrado

CAPÍTULO 2 - DAS ZONAS URBANAS

Art. 3º Fica o Poder Executivo autorizado a estabelecer, delimitar e demarcar, dentro das
diretrizes do Plano Diretor, os limites das seguintes Zonas Urbanas:

a)Zona Urbana da Sede;


b)Zona Urbana das Sedes Distritais;
c)Zona Urbana das Agrovilas;
d)Zona de Interesse Especial, definidas como as áreas ao longo das estradas asfaltadas e
ou com infra-estrutura de água e energia elétrica.

Art. 4º A Zona Urbana da Sede será constituída pela delimitação do perímetro urbano,
cujos limites são estabelecidos no mapa I e respectiva Lei Municipal.

Art. 5º A Zona Urbana das Sedes Distritais são aquelas atualmente previstas em Lei
Municipal.

Art. 6º

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Art. 6º A Zona Urbana das Agrovilas será instituída por Lei especial que definirá sua
delimitação inicial, infra-estrutura a ser implantada, forma e prazo para parcelamento da
área de ocupação prioritária.

Parágrafo único. Ao instituir a Agrovila, o Município deverá definir a área de interesse social
para ocupação e formação do núcleo central.

Art. 7º Toda vez que se verificar um início de parcelamento do solo e ocupação das áreas
situadas ao longo das estradas, o Município poderá declarar por lei municipal uma faixa útil
necessária, de cada lado da estrada, como Zona Urbana de Interesse Especial para
restringir, regular e ordenar o parcelamento do solo e sua ocupação.

Art. 8ºTodos os perímetros urbanos serão divididos, considerando-se a ocupação do solo,


a expansão urbana, a preservação ambiental, o potencial construtivo, o interesse social de
desenvolvimento, existência ou possibilidade de implantação e ampliação da infra-
estrutura, em Macro Zona de Ocupação (MO), Macro Zona de Expansão Urbana (ME) e
Macro Zona de Preservação Ambiental (MP).

Art. 9ºA Macro Zona de Ocupação é toda área urbana efetivamente ocupada, e que, pelas
condições de uso e ocupação do solo, infra-estrutura, sistema viário, transporte coletivo, é
apropriada para receber densidade populacional maior.

A Macro Zona de Ocupação (MO) situa-se na planície central da Zona Urbana da


Art. 10.
Sede, delimitada a leste pelo Cinturão Verde, a oeste pelas zonas de preservação da
várzea do Rio Pardinho, ao norte pela estrada RST/287 e ao sul pelo Arroio Levis Pedroso,
conforme mapa I anexo e toda área declarada de ocupação por lei municipal.

Parágrafo único. As áreas, embora localizadas na Macro Zona de Ocupação, mas ainda em
exploração agrícola e não beneficiadas com infra-estrutura implantadas pelo Poder Público,
terão tratamento para fins desta Lei, como Zona de Expansão Urbana.

Art. 11. Na Macro Zona de Ocupação a propriedade cumprirá sua função social quando:

a)estiver devidamente parcelada na forma da Lei e com infra-estrutura implantada pelo


loteador;
b)tiver ocupação mínima exigida pelas diretrizes urbanas para a micro região, bairro ou
zona;
c)conciliar adequadamente a ocupação com a preservação ambiental.

Parágrafo único. O prazo para ocupação prevista, será de cinco anos, contados do
parcelamento ou da aquisição da propriedade.

Art. 12. Macro Zona de Preservação Ambiental (MP) constitui-se de todas as áreas
urbanas das Sedes, das Sedes Distritais, das Agrovilas, das áreas ao longo das estradas,
que pelas suas condições de solo, declividade, sistema hídrico, instabilidade geológica e
existência de florestas, ficam sujeitas a restrições quanto a sua ocupação.

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Art. 13. Constitui área de preservação regulamentada por esta Lei:

a)a área demarcada como Cinturão Verde;


b)todas as áreas com declividade superior a 25%;
c)toda a área ao longo das margens do Rio Pardinho e de seus afluentes sujeitos à
inundações;
d)as margens dos arroios ainda não drenados e urbanizados, na largura prevista em Lei
Federal, Estadual ou Municipal;
e)as áreas comprovadamente impróprias para edificação por estarem sujeitas a
deslizamentos nos termos do laudo previsto na letra "b" do Artigo 14.

Art. 14. Será permitida, a ocupação e edificações nas áreas constantes no mapa de
escorregamento integrante da Separata da Revista "Estudos Tecnológicos - número 1 - Ata
Geológica Leopoldensia - Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Volume 1, número 1 -
1976; Mapeamento Geológico preliminar de Santa Cruz do Sul - Visando Obter informações
Básica ao Planejamento Integrado, de Sandor A. Grehs; do Mapeamento Geológico
Estrutural Geotécnico da Zona Urbana de Santa Cruz do Sul - Visando Obter Informações
Básica ao Planejamento Integrado, do Geólogo José Alberto Wenzel e de outros que
vierem a ser definidos dentro de critérios estabelecidos por legislação específica, desde
que além das exigências normais sejam apresentadas:

a)laudo geológico, hidrológico, sondagem e cobertura vegetal, acompanhados por


anotação de responsabilidade técnica de profissional devidamente habilitado;
b)laudo conclusivo indicando as áreas edificáveis, os tipos de fundações recomendadas e
aquelas efetivamente impróprias para ocupação acompanhadas de anotação de
responsabilidade técnica, de profissional devidamente habilitado;
c)projeto definindo o tipo de fundação a ser utilizada para obra específica com análise
acompanhada por anotação de responsabilidade técnica de profissional devidamente
habilitado.

Art. 15.As áreas de preservação destinam-se, prioritariamente, à preservação ambiental


sendo permitido:

a)sua ocupação restritiva nos patamares com declividade inferior a 25%;


b)sua exploração extrativa devidamente autorizada pelo Departamento do Meio Ambiente
da Prefeitura após apresentação de projeto que comprove não afetar significativamente o
meio ambiente;
c)abertura e ampliação de ruas e vias de circulação;
d)atividade agrícola e pastoril nas áreas onde não existir floresta;
e)implantação de projetos residenciais, turísticos, esportivos e recreativos, compatíveis e
integrados com a preservação ambiental nas áreas com declividade inferior a 25%.

Parágrafo único. Nas áreas de preservação ambiental sujeitas à inundação, especialmente


a Várzea do Rio Pardinho, serão permitidas apenas atividades agropecuárias, turísticas e
lazer, sendo as edificações limitadas a estas finalidades estabelecidas e localizadas em
pontos elevados acima da cota de enchente.

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Art. 16. Na Macro Zona de Preservação Ambiental, a propriedade cumprirá sua função
social quando efetivamente atingir os níveis de preservação ambiental prevista pela
Legislação Federal, Estadual ou Municipal.

Art. 17. A Macro Zona de Expansão Urbana (ME) será integrada por todas as áreas
localizadas no perímetro urbano, não definidas como Macro Zona de Ocupação ou Macro
Zona de Preservação Ambiental.

Art. 18. Macro Zona de Expansão Urbana são áreas de transição entre a atividade
predominante rural e a ocupação urbana e tem como objetivo integrar e conciliar a
atividade rural e urbana dentro das diretrizes propostas pelo Centro de Pesquisa e
Qualidade Urbana e Rural - CIPUR.

Art. 19. Na Macro Zona de Expansão Urbana a propriedade cumprirá sua função social
quando:

a)estiver racionalmente ocupado ou parcelada nos termos da Lei com infra-estrutura


implantada pelo loteador;
b)destinar-se à atividade de exploração agrícola ou pastoril, prioritariamente na produção
de alimentos;
c)conciliar o desenvolvimento com a preservação ambiental.

Art. 20. Toda a área urbana, existente e localizada na Macro Zona de Expansão Urbana,
que tiver infra-estrutura privilegiada poderá ser decretada área de ocupação prioritária e
tratada sob o ponto de vista da Legislação Fiscal Tributária e Código de Postura, com as
regras aplicadas na Macro Zona de Ocupação.

CAPÍTULO 3 - DO ZONEAMENTO DE DESENVOLVIMENTO

Art. 21.As áreas urbanas serão divididas nas seguintes Zonas de Desenvolvimento,
conforme mapa II anexo:

a)Zona Industrial - ZI;


b)Distritos Industriais - DI;
c)Zona de Projetos Especiais - ZPE;
d)Zona Comercial Preferencial - ZCP;
e)Zona Residencial Preferencial - ZRP;
f)Zona de Processamento de Resíduos - ZPR.

A Zona Industrial é constituída pela área delimitada no mapa II e respectiva Lei de


Art. 22.
Zoneamento, como Zona Industrial.

Art. 23. A Zona Industrial destina-se à instalação de atividades industriais de qualquer


porte e natureza, sendo permitida a implantação de atividades de comércio e serviço de
suporte, mediante apresentação de justificativa.

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Parágrafo único. Fica assegurada a permanência, ampliação e reforma das unidades


residenciais unifamiliares existentes nesta área, sendo vetada a construção de novas
unidades, excetuando-se as construções feitas em loteamentos regularizados até a
promulgação da presente Lei:

Art. 24. Distritos Industriais - DI são áreas destinadas a instalação de pequenas e médias
indústrias que pela sua atividade, níveis de poluição, tenham seu funcionamento
compatível com a transqüilidade exigida nas áreas residenciais.

Os DI poderão ser criados e implantados na Macro Zona Urbana de Ocupação, e


Art. 25.
de Expansão Urbana, mediante apresentação de um projeto de novo loteamento, com um
Laudo Técnico.

Parágrafo único. O lote mínimo nos DI e Zona Industrial de Resíduos deverá ter 800 m2
com testada mínima de 20 metros, sendo a área bruta a ser loteada de no mínimo 15.000
m2.

Art. 26. A zona de projetos especiais compreende:

a)toda a área demarcada como Cinturão Verde;


b)toda a área acima do Cinturão Verde que integrar a Bacia Hidrográfica dos Arroios:
Lajeado, do Retiro, do Jucuri, da Gruta, do Moinho, Grande e Levis Pedroso;
c)toda área que pelas características de topografia, geologia, cobertura florestal seja
considerada de preservação Ambiental.

Art. 27.Os projetos especiais deverão apresentar um plano diretor próprio e infra-estrutura
especial, respeitados os princípios desta Lei.

Art. 28. A infra-estrutura mínima exigida nos projetos especiais será:

a)sistema viário compatível com a circulação de veículo previsto para a área;


b)vias de circulação pavimentadas;
c)rede de abastecimento de água;
d)rede de esgotos pluviais;
e)sistemas de tratamento de esgotos primário;
f)iluminação pública;
g)reservatórios ou outros mecanismos de absorção e retenção de água pluviais nos limites
de não acelerar vazão de água, numa precipitação pluviométrica acentuada.

Art. 29. O plano diretor específico da área do projeto especial deverá estabelecer:

a)área destinada e demarcada como áreas de preservação florestal;


b)área destinada a equipamentos urbanos de serviços, de lazer e esporte;
c)área destinada ao sistema viário;
d)área destinada aos reservatórios de retenção de água pluviais, resultantes de
precipitações intensas e efluentes líquidos tratados;

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e)área destinada à ocupação individual ou condominal.

§ 1º. As áreas de preservação florestal poderão integrar determinados lotes, constituir em


parte ou no todo um lote em separado com área não edificável ou serem transferidas ao
Município, nos termos de respectivo projeto.

§ 2º. Em todos os casos deverá constar na averbação da Matrícula do lote a área de


preservação florestal, a síntese das restrições de uso e a menção ao Plano Diretor
específico.

§ 3º. As áreas destinadas aos equipamentos urbanos de serviço, lazer e esporte deverão
corresponder a, no mínimo 5% da área, cuja finalidade deverá estar averbada na Matrícula
e poderá ser transferida à Associação representativa dos moradores e/ou ao Poder Público
Municipal, Estadual ou Federal ou entidade que instalar equipamento de uso público geral.

§ 4º. O índice de 5% será calculado sobre a área total, descontando a área destinada à
preservação florestal.

§ 5º. A área destinada ao reservatório de retenção de água será considerada para todos os
efeitos como área verde que deverá corresponder a no mínimo 10% sobre a área total,
descontada aquela destinada à preservação florestal e será doada ao Município que se
encarregará de sua manutenção, controle e fiscalização.

Art. 30. O Plano diretor específico da área poderá estabelecer para cada lote:

a)o índice de aproveitamento;


b)taxas de ocupação;
c)altura máxima;
d)número de unidades, estilos, padrões e modelos de edificações.

§ 1º. O total de índices de aproveitamento atribuído aos lotes deverá ser igual ou inferior a
50% dos potenciais construtíveis da área total do projeto, sendo que o índice de
aproveitamento para cada lote poderá chegar no máximo a 2 vezes o índice do solo da
respectiva área, excetuando-se a área, excetuando-se a área do Cinturão Verde.

§ 2º. Considera-se potencial construtivo da área do projeto, o total do índice do solo da


área bruta a ser loteada, mais total do índice da floresta demarcada a ser averbada.

§ 3º. A taxa de ocupação não poderá exceder a prevista para cada área, conforme a tabela
dos índices.

§ 4º. Respeitados os limites máximos de cada zona, o Plano Diretor específico poderá
estabelecer limites de altura ou número de pavimentos para cada lote.

§ 5º. Poderá, ainda, o plano diretor específico definir regras gerais para edificações a
serem realizadas no lote, inclusive com limitação do número de unidades.

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Art. 31. Se o projeto integrar áreas de Zona com índices diferentes, consideram-se os
índices de cada Zona proporcional à área da mesma.

Art. 32. Podem ser objetos de projetos especial vários imóveis ligados, de forma a
constituir um projeto contínuo, mas de títulos diferentes sem necessidade de unificação,
desde que no seu conjunto sejam atendidas todas as exigências legais.

Art. 33. Mesmo integrando um projeto especial as propriedades dentro do Cinturão Verde
e do anel de proteção do Cinturão Verde, não poderão ultrapassar os limites do total dos
índices previstos para a área.

Art. 34.É vedado aos lotes dos projetos especiais receber qualquer índice transferível de
fora da área do projeto especial, ficando estritamente limitado à melhor redistribuição e
reaproveitamento dos índices globais das áreas.

Art. 35.Aprovado o plano diretor específico este só poderá ser alterado mediante anuência
de 2/3 dos titulares dos lotes e da aprovação do Poder Público Municipal.

Art. 36. A Zona Comercial Preferencial localizada no centro da cidade conforme mapa II e
respectiva Lei de Zoneamento, e nos lotes com testadas para as seguintes ruas: Av.
Independência, Rua Coronel Oscar Jost, Rua Juca Werlang, Av. Euclides Nicolau Kliemann
até o entroncamento com a estrada para Capão da Cruz, Rua Barão do Arroio Grande, Av.
Gaspar Bartholomay, Rua Dona Carlota, Rua Pita Pinheiro, Rua Pedreira, Rua 28 de
Setembro e Rua Júlio de Castilhos.

Art. 37. As atividades preferenciais nesta área serão as comerciais e de serviços, sendo
permitido sua utilização residencial e tolerado industrial, mediante apresentação de Laudo
Técnico e prévia consulta ao Centro de Pesquisas e Qualidade Urbana e Rural - CIPUR.

Art. 38. O Código de Postura deverá definir os limites de ruídos permissíveis, horário de
silêncio e as demais formas de utilização dos espaços públicos e privados, estabelecendo
normas diferenciadas para as Zonas de Desenvolvimento e visando a preservação do
interesse coletivo.

Art. 39.Todas as demais áreas urbanas não especificadas nas atividades anteriores serão
consideradas Zonas Residências Preferenciais.

Art. 40. Na Zona Residencial Preferencial, serão permitidos todos os tipos de edificações
residenciais nos limites do respectivo índice.

Art. 41. Na Zona Residencial Preferencial, poderão ser autorizadas a instalação de


atividades comerciais, industriais e de serviços, mediante apresentação de Laudo Técnico,
que comprove que esta atividade seja compatível em todos seus aspectos não causando
incomodidades às residências instaladas.

Art. 42. Caberá ao Executivo, por decreto, regulamentar os limites das atividades e

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exigências que devam constar no Laudo Técnico.

Art. 43. Para receber o alvará de funcionamento de micro e pequenas empresas é


necessário um relatório especificando:

a)atividade a ser exercida;


b)área a ser ocupada;
c)fluxo de pessoas e veículos estimados;
d)tipo, quantidade e destino de resíduos produzido;
e)horário de funcionamento previsto;
f)previsão de número de máquinas e equipamentos a serem instalados e respectivos
especificações técnicas;
g)quantidade máxima de funcionários;
h)ruído máximo em decibéis a ser produzido, medido externamente ao prédio;
i)uma planta de implantação especificando tipo de construção, distância das aberturas entre
o prédio a ser instalado, a atividade e os prédios vizinhos.

§ 1º. O Município poderá solicitar informações complementares antes de liberar o alvará de


funcionamento.

§ 2º. O alvará de funcionamento (licença) será emitido pela Secretaria Municipal de


Planejamento e Coordenação, com visto de profissional habilitado.

Art. 44. As propriedade localizadas na Zona de Expansão Urbana que tiverem atividade
agrícola ou pastoril, destinada prioritariamente à produção de alimentos, de conformidade
com a letra "b", do Artigo 19, terão tratamento diferenciado no Código Tributário do
Município.

Parágrafo único. Se parte ou total da propriedade for beneficiada com infra-estrutura


realizada pelo Poder Público, a parte beneficiada poderá ter lançados tributos com
alíquotas normais das propriedades urbanas.

CAPÍTULO 4 - DOS ÍNDICES

Art. 45. Vetado.

Art. 46. Vetado.

Art. 47.O índice florestal poderá ser considerado somente em área de mata nativa primária
e secundária existente a partir de 200 m², contendo no mínimo três espécies de árvores,
integrando um projeto de preservação das espécies arbóreas existentes.

Art. 48. Uma vez utilizado o índice florestal e averbado na matrícula no Registro de
Imóveis, a florestas deverá ser preservada, limitando sua utilização a passeio, lazer e
atividades, culturais e científicas, observando-se a não agressão ao meio ambiente.

Art. 49.

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Art. 49. Na área do Cinturão Verde fica limitada a altura em 4 pavimentos.

Art. 50.Na área localizada no Cinturão Verde, o lote mínimo deverá ser de 5.000 m2. E
conter um patamar de, no mínimo, 1.000 m2. Com declividade a 25%.

Art. 51. Os lotes já individualizados e matriculados no Cartório de Registro de Imóveis que


não tiverem as dimensões exigidas no Artigo 50, poderão ser destinados para construção
de residências unifamiliares com área máxima construída de 250m2. Com taxa de
ocupação de 50% do lote.

Art. 52. Na área denominada "Anel de proteção ao cinturão verde" a altura máxima dos
prédios será de 04 (quatro) pavimentos tipo mais pilotis e cobertura.

Art. 53.Fica instituída a Zona Residencial Especial delimitada no mapa III e respectiva Lei
de Zoneamento, cujos índices são os estabelecidos na área 3 do anel de proteção ao
Cinturão Verde e sujeitas à Cota Ideal (CI) de 300 metros quadrados.

§ 1º. Cota Ideal (CI) - porção mínima de terreno que corresponde teoricamente a cada
economia residencial do lote.

§ 2º. A área do terreno dividida pela "CI" fornece o número máximo de economias
residenciais no lote.

CAPÍTULO 5 - DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO

Art. 54. Os prédios considerados e aprovados pelo Município como sendo integrantes do
Patrimônio Histórico, assim definidos em lei, poderão vender o índice do solo - IS, não
utilizado no próprio terreno, transferindo o potencial construtivo para outros terrenos.

Parágrafo único. A área do terreno ocupada pelo prédio considerado patrimônio histórico
não será deduzido do índice a ser transferido.

A comercialização do índice do Patrimônio Histórico depende da prévia autorização


Art. 55.
do Município.

Art. 56.Para receber autorização o proprietário deverá requerer o tombamento do prédio,


apresentando um levantamento geral do imóvel com especificações técnicas solicitadas
pelo Centro de Pesquisa e Qualidade Urbana e Rural CIPUR com projeto de restauração e
manutenção da arquitetura original.

Art. 57.Uma vez transferido o potencial construtivo, o proprietário poderá dispor do prédio
para uso próprio, locação ou alienação, mas sem direito de efetuar novas edificações.

Art. 58. Se houver deterioração ou destruição do prédio, não haverá possibilidade de


recuperação ou de aquisição do índice, ficando limitada qualquer construção à restauração
do projeto original.

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Art. 59. Considera-se Patrimônio Comunitário o Prédio de Valor Arquitetônico, Histórico e


Cultural de utilização publica.

Art. 60. O Município poderá autorizar a emissão de títulos de transferências de índices


relativos a Patrimônio Históricos Comunitários desde que:

1 - haja tombamento do prédio histórico com delimitação da área do seu terreno;

2 - todos os recursos sejam aplicados na recuperação do prédio e manutenção do mesmo;

3 - que a comunidade proprietária do patrimônio contribua com 50% das despesas de


recuperação.

Art. 61.A emissão de títulos representativos dos índices poderá ser feita por etapas de
acordo com a necessidade da manutenção.

Art. 62. O limite de transferência corresponderá ao Índice do Solo IS, do terreno, até o
limite necessário para preservação do prédio.

Art. 63. No quarteirão compreendido pelas Ruas Marechal Floriano, Ramiro Barcelos,
Marechal Deodoro e Fernando Abott, onde se situa a Catedral São João Batista, as
construções não poderão ter altura superior a sete metros.

Art. 64. Vetado.

CAPÍTULO 6 - DO ÍNDICE DA CRIAÇÃO DE PARQUES

Art. 65. Vetado.

Art. 66. Vetado.

Art. 67. Vetado.

Art. 68. Vetado

CAPÍTULO 7 - DO SISTEMA VIÁRIO

Art. 69. O sistema Viário será composto por:

a) Rodovas Intermunicipais - RI
b) Rodovias erimetrais Externas - RPE
c) Avenidas Radiais Municipais - ARM
d) Avenidas Perimetrais Internas - API
e) Ruas
f) Travessas.

Art. 70.

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Art. 70. São Rodovias Intermunicipais as Estradas Federais, Estaduais ou Municipais de


ligação intermunicipal e interestadual, destinadas ao transporte de cargas e de passageiros
assim consideradas a BR/471, RST/287, RST/471, RS/409 e Avenida Castelo Branco,
identificadas no mapa IV, com a letra "a".

Art. 71.São Rodovias Perimetrais Externas o conjunto das vias existentes e projetadas,
destinadas a formar o anel externo da zona urbana identificados no mapa IV, com a letra
"b".

Art. 72.As RI e RPE definidas nos Artigos 71 e 72 terão largura mínima de 40 metros e
recuo para edificações de 30 metros do eixo.

Art. 73. São Avenidas Radiais Municipais - ARM - todas as Estradas Estaduais e
Municipais destinadas à interligação da Sede com os Distritos, Vilas, Bairros e Municípios
vizinhos, identificados no mapa IV, com as letras "C", "D" e "E".

Art. 74.A largura mínima das ARM para novos fracionamentos será de 22 metros e o
recuo para construção será de:

I) - 16 metros do eixo para:


Av. Prefeito rlando Oscar Baumhardt, Av. Dom Alberto Etges, Estrada de Linha Áustria,
Estrada de Linha Travessa, representadas pela letra "C",

II) - 14 metros do eixo para:


Av. Independência, Av.Melsin Jones e seu prolongamento projetado, Rua Coronel Oscar R.
Jost, Acesso Grasel, Rua Juca Werlang, Rua Carlos Maurício Werlang, Rua Vereador
Beno João Kist e seu prolongamento projetado, Av. Léo Kraether (entre o Acesso Grasel e
o trevo de acesso a Linha João Alves), Estrada de Linha João Alves, Rua Barão do Arroio
Grande, Corredor Frey, Av. Deputado Euclides Nicolau Kliemann, (a partir do
entroncamento com a Rua Maurício Cardoso até a Estrada para Capão da Cruz), Estrada
para Capão da Cruz, Av. Castelo Branco, Rua Victor Frederico Baumhardt, Rua Carlos
Swarowsky até a Av. Deputado Euclides Nicolau Kliemann, Estrada Dona Carlota, Rua
Dona Carlota, Rua Pita Pinheiro, Av. Gaspar Bartholomay, Rua Jacarandá e seu
prolongamento projetado até Linha João Alves, representadas pela letra "D",

III) - 12 metros do eixo para:


Rua Capitão Pedro Werlang e seu prolongamento projetado até a Av.Léo Kraether, Rua
João Werlang, Rua Lindolfo Grawunder, Av. Leo Kraether (entre a Rua Lindolfo Grawunder
e o trevo de acesso a Linha João Alves), Rua Dona Cristina, Rua Edmundo Baumhardt, Av.
Dom Guilherme Mueller, Rua Louro (entre a Av. Dom. Guilherme Mueller e Rua
Jacarandá), Av. Paul Harris e Av. Deputado Euclides Nicolau Kliemann (entre o
entroncamento com a rua Mal. Floriano e a Rua Maurício Cardoso), representadas pela
letra "E".

Art. 75. São Avenidas Perimetrais Internas - API - o conjunto de vias que formam os anéis
internos de interligações das Avenidas Radiais, identificadas no mapa IV, com letra "F".

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Art. 76.São consideradas Avenidas Perimetrais Internas: Rua aspar Silveira Martins, Rua
Venezuela, Rua Arthur Germano Fett, Rua Carlos Baumhardt, Rua Thomas Flores e seu
prolongamento projetado até a Rua Joaquim Murtinho, seguindo pela Rua Demétrio Ribeiro
e Rua Daltro Filho e tendo continuidade em seu prolongamento projetado até a Rua Barão
do Arroio Grande, Rua Ernesto Alves, Rua Carlos Trein Filho, Rua São José e seu
prolongamento projetado até a Rua Dona Carlota, Rua Acre, Rua Boaventura Kolberg, Rua
Antônio Kipper, Rua Frederico Rech, pelo Monte Verde até a Rua Jacarandá, Rua Augusta
Spengler, Rua Galvão Costa, Rua Senador Pinheiro Machado e Rua Felipe Jacobus.

A largura mínima prevista para a API será de 22 metros e o recuo para edificações
Art. 77.
de 12 metros do eixo.

Art. 78. São consideradas Ruas todas as vias não definidas nas demais nomenclaturas.

Art. 79. As Ruas terão largura mínima de 16 metros.

Art. 80. São consideradas Travessas as vias destinadas para ligações de somente duas
outras vias.

Art. 81. O Município construirá um sistema de ciclovias com estacionamento próprio para
bicicletas, a iniciar do Parque da Oktoberfest até a Zona Industrial.

Art. 82.No caso das Rodovias Federais e Estaduais possuírem faixa de domínio superior
aos recuos estabelecidos por esta Lei, prevalecerá o maior.

CAPÍTULO 8 - DO ESTACIONAMENTO E MANOBRAS DE VEÍCULOS

Art. 83. Nas edificações residenciais condominiais e nos edifícios residenciais ou mistos
serão exigidas garagens ou locais de estacionamento de veículos com capacidade de um
veículo para cada 100 m2 de área privada construída.

Art. 84. Será permitida construção de garagem, mencionadas no Artigo anterior, no


subsolo, ocupando até 80% do terreno, respeitando o seguinte requisito:

- o pavimento térreo deverá ficar, no máximo, um metro e meio do nível do passeio no local
de acesso ao prédio, numa largura mínima de 3 metros.

§ 1º. Não será computada para cálculo de área construída, nem para Taxa de Ocupação,
as garagens de uso específico dos ocupantes do prédio, no caso de edifícios residenciais
e/ou comerciais.

§ 2º. A Taxa de Ocupação do solo poderá ser diferente da permitida na zona, a critério da
Secretária Municipal de Planejamento e Centro de Pesquisas e Qualidade Urbana e Rural -
CIPUR, visando incentivar a construção de edifícios garagem em área adequada dentro de
cada zona.

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CAPÍTULO 9 - DOS EQUIPAMENTOS SOCIAIS

Art. 85.A localização dos equipamentos sociais no Município (escolas, centros sociais,
postos médicos, hospitais, feiras, postos policiais, capelas mortuárias e outros) deverá ser
submetida à aprovação prévia da Secretaria de Planejamento e do Centro de Pesquisas e
Qualidade Urbana e Rural - CIPUR, a fim de que estas indiquem as áreas mais adequadas
em termos urbanísticos.

§ 1º. A localização dos equipamentos sociais obedecerá aos seguintes critérios:

a) distribuição uniforme em toda a malha urbana, atendendo a todos os bairros;


b) localização integrada com outros equipamentos, preferencialmente nos centros de
bairros;
c) descentralização;
d) prevenção de conflitos com a circulação de veículos;
e) atendimento das áreas de expansão da cidade;
f) condições adequadas à segurança de pedestres.

§ 2º. A localização de capelas mortuárias, além dos requisitos estabelecidos no parágrafo


primeiro deste Artigo, obedecerá os seguintes critérios:

a) localização em área próxima aos cemitérios;


b) distância de equipamentos sociais, como hospitais, escolas, centros sociais e feiras, em
que sejam desenvolvidas atividades que conflitem com o velório de mortos.

CAPÍTULO 10 - DO SANEAMENTO BÁSICO

Art. 86. Todos projetos e execuções de obras de saneamento básico no Município deverão
ser realizados obedecendo as diretrizes do Plano Diretor de Desenvolvimento Social e
Urbano, submetidos a aprovação da Secretaria Municipal de Planejamento e Centro de
Pesquisas e Qualidade Urbana e Rural - CIPUR.

Art. 87.As determinações sobre o manejo dos resíduos sólidos, esgotos domésticos, bem
como o sistema de abastecimento de água e drenagem urbana obedecerão ao disposto no
Código de Obras do Município e legislação pertinente.

CAPÍTULO 11 - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 88. O Município atualizará suas Normas Administrativas, Tributárias, Posturas e


demais Leis Complementares de modo a criar mecanismos para execução do Plano Diretor
de Desenvolvimento Social e Urbano e desestimular os usos desconformes com as
diretrizes e proposições aprovadas nesta Lei.

Parágrafo único. Para efeito deste Artigo, poderão ser empregados pelo Município mediante
aprovação de Lei específica, os seguintes instrumentos da Política de Desenvolvimento
Urbano:

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a) Imposto Predial Territorial Urbano progressivo e regressivo;


b) Contribuição de melhorias;
c) Parcelamento, edificações ou utilização compulsória;
d) Incentivos fiscais;
e) Redução ou ampliação do potencial construtivo conforme interesse de Preservação
Ambiental e do Patrimônio Histórico;
f) Transferências de Índices Construtivos.

Art. 89. O Imposto Predial e Territorial Urbano poderá ser regressivo em função da
Preservação Ambiental, existência de florestas nativas, manutenção particular de vias de
circulação e infra-estrutura básica, retenção e controle dos recursos hídricos, da
Preservação do Patrimônio Histórico e da atividade agrícola pecuária.

O Imposto Predial e Territorial Urbano poderá ser progressivo em função do não


Art. 90.
cumprimento da Função Social da propriedade ou de sua ocupação inadequada como:

a) falta de construção de passeios públicos e demais benfeitorias;


b) impermeabilização superior ao permitido;
c) edificações não aprovadas enquanto não demolidas;
d) má conservação do Patrimônio Histórico.

Art. 91.O Plano Diretor de Desenvolvimento Social e Urbano deverá ser objeto de análises
com revisões periódicas, a partir de estudos desenvolvidos pelo Centro de Pesquisas
Qualidade Urbana e Rural - CIPUR.

Art. 92. O Poder Executivo poderá estabelecer, por Decreto, normas complementares
necessárias ao detalhamento e aplicação da presente Lei, mediante prévia aprovação do
Centro de Pesquisas e Qualidade Urbana e Rural - CIPUR.

Art. 93. Ficam revogadas as Leis nº 2.976, de 23 de dezembro de 1996 e nº 2.996, de 17


de janeiro de 1997 e demais disposições em contrário.

Art. 94. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Gabinete do Prefeito, 02 de fevereiro de 1998.

SÉRGIO IVAN MORAES


Prefeito Municipal

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