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LEI Nº 1813/94, DE 05 DE JANEIRO DE 1994.

DISPÕE SOBRE O DESENVOLVIMENTO URBANO DO MUNICÍPIO DE


TUBARÃO, INSTITUI O PLANO DE DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO FÍSICO
TERRITORIAL URBANO DE TUBARÃO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O PREFEITO MUNICIPAL DE TUBARÃO, SC., FAÇO saber que a Câmara


de Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Art.1º. - A municipalidade será responsável pela promoção e incentivo do


desenvolvimento urbano, de modo disciplinado e integrado, a fim de obter
melhoria da qualidade de vida população, o crescimento e desenvolvimento social
e o aumento do bem estar da comunidade.

Art.2º. - Compete ao Gabinete de Planejamento orientar e controlar a


aplicação do Plano Diretor de Desenvolvimento Físico Territorial, tendo em vista
os dispositivos desta lei, Código de Obras, Código de Posturas e outras normas
que venham a ser estabelecidas.

Art.3º. - O desenvolvimento urbano municipal obedecerá aos objetivos e


diretrizes básicas desta lei. São objetivos gerais:

I - Ordenação e promoção do crescimento, o desenvolvimento urbano do


município, nos setores físico, econômico, social, cultural e administrativo;

II - Aumentar harmonicamente a densidade demográfica na área urbana,


proporcionando economia na distribuição dos serviços à população;

III - Atendimento das necessidades e carências básicas da população quanto


às funções de habitação, trabalho, lazer e cultura, circulação, abastecimento e
convívio com a natureza;

IV - Consolidar Tubarão como cidade pólo, como centro de serviços para a


população de sua região de influência;

V - Conservação do patrimônio ambiental do município, valorizando os


aspectos característicos da paisagem local, através da proteção ecológica,
paisagística e cultural;

VI - Integração da ação governamental municipal com a dos órgãos e


entidades federais, estaduais, e, ainda, com a iniciativa privada;

VII - Racionalização e ordenação do uso e ocupação do solo, para perfeita


adequação entre a estrutura urbana e social e o bem estar da população.
Art.4º. - As atividades governamentais de indução e promoção do
desenvolvimento urbano do município são objeto de planejamento e contínuo,
organizadas sob a forma de conselho e sujeitas à atualização periódica.

CAPÍTULO II
DO PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO FÍSICO TERRITORIAL
URBANO DO MUNICÍPIO DE TUBARÃO

Art.5º. - O Plano Diretor de Desenvolvimento Físico Territorial Urbano do


Município de Tubarão terá validade por prazo indefinido e sua revisão se dará a
cada 2 (dois) anos ou sempre que se fizer necessário.

Art.6º. - Compete à assessoria de planejamento elaborar as alterações


necessárias e submete-las à aprovação do Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano.

Art.7º. - Serão examinados, de acordo com o regime urbanístico vigorante à


época de seu requerimento, os processos administrativos:

I - Licenciamento de construção de edificações já concedidas, desde que no


prazo de 6 (seis) meses seja iniciada a obra;

II - Licenciamento de parcelamento do solo já concedido, desde que no prazo


de 06 (seis) meses e seja promovido o seu registro ou averbação no Registro de
Imóveis.

Art.8º. - Integram esta lei: plantas, mapas e tabelas em anexo, constituídos


de:

Anexo No. 1 - Mapa do Município;


Anexo No. 2 - Mapa do Levantamento Aerofotogramétrico;
Anexo No. 3 - Mapa do Zoneamento e Uso do Solo;
Anexo No. 4 - Mapa de Localização da Zona Industrial;
Anexo No. 5 - Mapa do Sistema Viário Básico.

CAPÍTULO III
DAS ÁREAS TERRITORIAIS E SUAS DIVISÕES

Art.9º. - Para fins legais administrativos, fiscais e do Regime Urbanístico, o


território do município de Tubarão, divide-se em:

I - Área Urbana;

II - Área Rural;

III - Área Funcional.


SEÇÃO I
DA ÁREA URBANA

Art.10. - A área urbana tem os limites conforme lei No. 1.336/87, de 28 de


dezembro de 1987.

Art.11. - Além dos limites mencionados no artigo anterior, também será


considerada como área urbana aquela em que existirem edificações e no mínimo
2 (dois) serviços públicos.

Art.12. - A área urbana possui a seguinte divisão:

I - Zona Urbana

1) Zona Residencial= a)Zona Residencial 1(ZR-1)

b)Zona Residencial 2(ZR-2)

c)Zona Residencial 3(ZR-3)

2) Zona Comercial = a) Zona Comercial 1(ZC-1)

b) Zona Comercial 2(ZC-2)

c) Zona Comercial 3(ZC-3)

3) Zona Industrial

II - Zona de Expansão Urbana

Art.13. - Zona urbana é a parcela da área do município ocupada de forma


mais intensiva.

Art.14. - Zona de expansão urbana é a área de ocupação rarefeita que será


futuramente zona urbana.

SEÇÃO II
DA ÁREA RURAL

Art.15. - A área rural abrange a área territorial compreendida entre os limites


da área urbana e as divisas dos municípios.

SEÇÃO III
DAS ÁREAS FUNCIONAIS

Art.16. - As áreas funcionais são as que requerem regime urbanístico


especial, visando a preservação e a valorização da paisagem e de áreas de
interesse da coletividade, o Plano Diretor de Desenvolvimento Físico Territorial de
Tubarão prevê a fixação de determinadas glebas, bosques, cursos d`água e suas
margens bem como edifícios, logradouros públicos e outros locais como áreas de
tratamento especial.

Art.17. - As áreas funcionais classificam-se em:

I - áreas de interesse público;

II - áreas de interesse ambiental;

a) Área de preservação permanente;

b) Área de interesse paisagístico e cultural.

DAS ÁREAS DE INTERESSE PÚBLICO

Art.18. - As áreas de interesse público são aquelas onde estão e serão


implantados equipamentos urbanos, programas e projetos governamentais tais
como:

I - Edifícios da administração pública;

II - Instalações militares;

III - Equipamentos de transporte e abastecimento público;

IV - Equipamentos de saúde, educação, lazer e cultura;

V - Cemitério;

VI - Equipamentos comunitários.

DAS ÁREAS DE INTERESSE AMBIENTAL

Art.19. - As áreas de interesse ambiental são as que apresentam aspectos


físicos que, pelas suas características devam ter a sua ocupação e utilização
regulada no sentido de conservar o patrimônio ambiental do município.

DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

Art.20. - As áreas de preservação são aquelas que, pelas suas condições


fisiográficas, geológicas, hidrológicas, botânicas e climatológicas, formam um eco
sistema de importância no meio ambiente natural.

Art.21. - As áreas de preservação permanente classificam-se:


I - Área de preservação permanente por instituição legal (Código Florestal -
lei no. 4.771/65 art.2o.);

II - Área de preservação permanente por instituição administrativa (Código


Florestal - Lei no. 4.771/65 art.3o.);

III - Área de preservação permanente por extensão de regime especial


(Código Florestal - lei no. 4.771/65 art.9o.).

DAS ÁREAS DE INTERESSE PAISAGÍSTICO E CULTURAL

Art.22. - Área de interesse paisagístico e cultural é a área de lazer, recreação


e turismo, num trecho contínuo do território municipal, inclusive suas águas
territoriais a serem preservadas e valorizadas no sentido cultural e natural e
destinadas à realização de planos e projetos específicos destinados a:

I - Promover a cultura, através da promoção, preservação, restauração e


valorização do patrimônio ambiental urbano e de seus valores culturais
intrínsecos;

II - Compatibilizar seu regime urbanístico com o das áreas vizinhas.

PARTE II
DO REGIME URBANÍSTICO

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art.23. - Define-se o regime urbanístico através de normas relativas a:

I - Uso e ocupação do solo;

II - Dispositivo de controle das edificações;

III - Parcelamento do solo.

Art.24. - Na aplicação de normas relativas ao regime urbanístico nas


diferentes zonas de uso da área urbana e de expansão urbana, cada zona será
composta de:

I - Atividades permitidas e toleradas;

II - Taxa de ocupação;

III - Índice de aproveitamento;

IV - Recuo mínimo de jardim e afastamento das divisas;


V - Tamanho mínimo de lotes para o parcelamento do solo.

CAPÍTULO II
DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art.25. - O uso do solo é regulado mediante a instituição de zonas de uso,


constantes no mapa No. 03, zonas estas constituídas pelo agrupamento das
atividades, as quais apresentam as mesmas tendências de uso e vocação.

Art.26. - As atividades já implantadas na data de vigência desta lei e que não


se enquadrarem na classificação de atividades da zona de uso a que pertencem,
não poderão sofrer obras de ampliação ou reforma, ressalvadas as hipóteses de
obras essenciais à segurança, estética e higiene das edificações.

Art.27. - Os limites entre zonas urbanas para efeito de zoneamento serão


considerados através de uma faixa de profundidade de 30,00m ao longo dos
logradouros públicos, contada a partir do alinhamento, havendo sempre
predominância do recuo de ajardinamento das zonas residenciais sobre as
comerciais levando-se em consideração os limites frontais das zonas.

SEÇÃO I
DO USO DO SOLO NA ZONA URBANA

SUB-SEÇÃO I
DO USO DO SOLO NA ZONA RESIDENCIAL

- Zona Residencial 1 (ZR-1)

Art.28. - Na zona residencial 1 (ZR-1), busca-se estimular o uso de


residências unifamiliares com baixa densidade.

Art.29. - Na zona residencial 1 (ZR-1), as atividades permitidas e toleradas


são as seguintes:

USOS PERMITIDOS

1) habitação unifamiliar e multifamiliar;

2) comércio de utilização diária: armazéns, padarias, açougues e afins;

3) serviços de reparação domiciliares: lavanderias, salões de beleza,


consertos de calçados, vestuário e aparelhos domésticos em geral;

4) equipamentos de saúde pública: ambulatórios, clínicas, policlínicas,


hospitais;
5) serviços educacionais e culturais: estabelecimentos de ensino em geral,
ligas e associações assistenciais e beneficentes, bibliotecas, templos, cinemas.

USOS TOLERADOS

1) comércio de utilização periódica: bares, restaurantes, supermercados e


congêneres;

- Zona Residencial 2 (ZR-2)

Art.30. - Na zona residencial 2 (ZR-2), busca-se estimular o aumento da


densidade demográfica através da construção de residências unifamiliares e
multifamiliares.

Art.31. - Na zona residencial 2 (ZR-2) as atividades permitidas e toleradas


são as seguintes:

USOS PERMITIDOS

1) habitação unifamiliar e multifamiliar;

2) comércio de utilização diária: armazéns, padarias, açougues e afins;

3) comércio de utilização periódica: bares, restaurantes, farmácias e


supermercados;

4) reparação e serviços domiciliares: lavanderias, salões de beleza, conserto


de calçados, vestuário e aparelhos domésticos em geral;

5) equipamentos de saúde pública: laboratórios, clínicas, ambulatórios,


policlínicas e hospitais;

6) serviços culturais e educacionais: estabelecimentos de ensino em geral,


ligas e associações assistenciais e beneficentes, bibliotecas, templos, cinemas e
congêneres;

7) equipamentos comunitários de lazer: centros sociais urbanos, centros de


comunidade, centros esportivos, ginásios e estádios, clubes e associações
recreativas de caráter privado.

USOS TOLERADOS

1) comércio de utilização periódica: lojas, bazares, postos de abastecimento,


postos de revendas de gás;

2) serviços: comércio atacadista e depósitos, profissional liberal e afins;


3) indústrias leves que não causem desconforto ou interferência para a
vizinhança: indústrias de produtos alimentícios, têxtil e vestuário e editorial e
gráfica.

- Zona Residencial 3 (ZR-3)

Art.32. - Na zona residencial 3 (ZR-3), busca-se estimular o aumento da


densidade demográfica através das implantações de habitações uni e
multifamiliares e conjunto habitacionais.

Art.33. - As atividades permitidas e toleradas são as seguintes:

USOS PERMITIDOS

1) residencial unifamiliar e multifamiliar;

2) comércio de utilização diária: armazéns, padarias, açougues e afins;

3) comércio de utilização periódica: bares, restaurantes, farmácias, lojas,


bazares, supermercados, postos de abastecimento, postos de revenda de gás
classe 1, funerárias;

4) serviços: comércio atacadista e depósitos, profissional liberal e afins,


prestação de serviços gerais;

5) reparação e serviços domiciliares, estética pessoal e congêneres;

6) equipamentos de saúde pública: laboratórios, clínicas, ambulatórios,


policlínicas, hospitais;

7) serviços educacionais e culturais: estabelecimentos ensino em geral, ligas


e associações beneficentes e congêneres, bibliotecas, templos e hospitais,
cinemas e congêneres;

8) equipamentos comunitários de lazer: centro social urbano, centros


esportivos, ginásios, estádios e congêneres.

USOS TOLERADOS

1) postos de abastecimento e lavação, oficinas de conserto em geral;

2) indústrias leves que não causem desconforto ou interferência para a


vizinhança: indústrias de produtos alimentícios, têxtil e do vestuário, editorial e
gráfica, outros.

SUB-SEÇÃO II
DO USO DO SOLO NA ZONA COMERCIAL

- Zona Comercial 1 (ZC-1)

Art.34. - Na zona comercial 1 (ZC-1), busca-se estimular a maior variedade


de oferta de serviços, comércio varejista, atividades financeiras, áreas de lazer
noturno e encontros sociais.

Art.35. - As atividades permitidas são as seguintes:

USOS PERMITIDOS

1) habitação unifamiliar e multifamiliar;

2) comércio de utilização diária: armazéns, padarias, açougues e afins;

3) comércio de utilização periódica: bares, hotéis, restaurantes, farmácias,


lojas bazares, postos de abastecimento, funerárias, postos de abastecimento de
gás classe 1;

4) serviços: comércio atacadista e depósitos, profissional liberal e afim,


prestação de serviços gerais;

5) serviços de diversão noturna, discotecas, boliches, etc;

6) reparação e serviços domiciliares, estética pessoal e congêneres;

7) serviços educacionais e culturais: estabelecimentos de ensino em geral,


ligas e associações beneficentes e congêneres, bibliotecas, templos, cinemas e
congêneres;

8) equipamentos de saúde pública: ambulatórios, consultórios, hospitais,


clínicas, etc.;

9) serviços comunitários e de lazer: agências de serviço social, entidades de


classe e sindicais, clubes sociais;

10) serviços de comunicação: agência de correio e telégrafos, agência


telefônica, agência de sonorização, estações de radiodifusão, estações de
televisão;

11) serviços bancários: bancos, financeiras.

- Zona Comercial 2 (ZC-2)


Art.36. - Na zona comercial 2 (ZC-2), busca-se estimular a concentração de
atividades comerciais e serviços que se desenvolvem na área e tolerar a
instalação de indústrias de pequeno e médio porte, desde que:

a) Não sejam consideradas nocivas ou incômodas, que possam prejudicar a


segurança ou o sossego e a saúde dos habitantes dos prédios situados nas
vizinhanças, ou poluírem o meio ambiente através de:

- produção de sons e ruídos, trepidação, poeira, gases, exalações, detritos e


resíduos ou de perturbação do tráfego;

- na utilização de matéria-prima, com ingredientes ou componentes de


processos industriais que apresentem periculosidade ou prejuízo à saúde da
população;

- pela possibilidade de incêndio ou explosões.

Art.37. - As atividades permitidas e toleradas são as seguintes:

ATIVIDADES PERMITIDAS

1) habitação unifamiliar e multifamiliar;

2) comércio de utilização diária: armazéns, padarias, açougues e afins;

3) comércio de utilização periódica: bares, hotéis, restaurantes, farmácias,


lojas, bazares, postos de abastecimento, funerárias, postos de abastecimento de
gás classes 1, 2, 3, 4 e 5;

4) serviços: comércio atacadista e depósitos, profissionais liberais e afins,


prestação de serviços gerais, serviços de diversão noturna, discotecas, boliches,
etc.;

5) reparação e serviços domiciliares, estética pessoal e congêneres;

6) equipamentos de saúde pública: ambulatórios, consultórios, hospitais,


clínicas, etc.;

7) serviços culturais e educacionais: estabelecimentos de ensino em geral,


ligas e associações beneficentes e congêneres, bibliotecas, templos, cinemas e
congêneres;

8) serviços comunitários e de lazer: agências de serviço social, entidades de


classe e sindicais, clubes sociais;
9) serviços de comunicação: agência de correios e telégrafos, agência
telefônica, agência de sonorização, estações de radiodifusão, estações de
televisão;

10) serviços bancários: bancos, financeiras.

ATIVIDADES TOLERADAS

1) indústrias de produtos alimentícios;

2) indústria do vestuário;

3) indústria gráfica e editorial;

4) indústria diversa: produtos farmacêuticos, bebidas, artigos de construção,


material elétrico e comunicações, jóias e bijuterias, peles, madeira e mobiliário,
mecânica, outras.

Art.38. - Na Zona Comercial 3 (ZC-3), busca-se estimular a concentração de


atividades comerciais e serviços que já se desenvolvem na área e permitir a
instalação de indústrias.

Art.39. - As atividades permitidas são as seguintes:

ATIVIDADES PERMITIDAS

1) Habitação unifamiliar e multifamiliar;

2) Comércio de utilização diária: armazéns, padarias, açougue e afins;

3) Comércio de utilização periódica: bares, hotéis, restaurantes, farmácias,


lojas, bazares, postos de abastecimento, funerárias, postos de abastecimento de
gás classe 1;

4) Serviços: comércio atacadista e depósitos, profissional liberal e afins,


prestação de serviços gerais;

5) serviços de diversão noturna, discotecas, boliches, etc.;

6) Reparação e serviços domiciliares, estética pessoal e congêneres;

7) Serviços de comunicação: agência de correio e telégrafos, agência


telefônica, agência de sonorização, estações de radiodifusão, estações de
televisão.

ATIVIDADES TOLERADAS
1) indústria de produtos alimentícios;

2) indústria do vestuário;

3) indústria gráfica e editorial;

4) indústrias diversas: produtos farmacêuticos, bebidas, artigos de


construção, material elétrico e comunicações, jóias bijuterias, peles, madeira e
mobiliário, mecânica, outras.

SUB-SEÇÃO III
DO USO DO SOLO NA ZONA INDUSTRIAL

Art.40. - Com o estabelecimento das zonas industriais busca-se estimular a


concentração das atividades econômicas, visando maximizar os resultados e
minimizar os custos de produção.

Art.41. - Fica vedada a implantação de indústrias nas zonas residenciais e


comerciais que sejam identificadas como nocivas ou incômodas pelo Conselho de
Desenvolvimento Urbano de Tubarão.

Parágrafo Único - Consideram-se nocivas ou incômodas, as indústrias cuja


localização espacial possam prejudicar a segurança, o sossego e a saúde dos
habitantes dos prédios situados na sua vizinhança ou poluir o meio ambiente:

1) pela produção de sons e ruídos, trepidação, poeira, gases, exalações,


detritos e resíduos, ou de perturbação de tráfego;

2) pela utilização de matérias primas, ingredientes, componentes e processos


industriais que apresentem periculosidade ou prejuízo à saúde da população;

3) pela possibilidade de incêndios ou explosões.

Art.42. - Na zona industrial não será permitido o uso residencial.

Art.43. - Na área da zona industrial 1 deverá ser implantado um cinturão


verde de no mínimo 10,00m de largura, com árvores de médio e grande porte.

Art.44. - Para efeito de qualidade de vida deverão ser adotados os critérios


estabelecidos pela SEMA, quanto à proteção do meio ambiente, principalmente no
que tange à poluição do ar e poluição hídrica.

Art.45. - A zona industrial - ZI é destinada à implantação e/ou re-localização


de indústrias de médio e grande porte que apresentem um grau alto de nocividade
e desconforto às zonas residenciais e comerciais, e com grande potencial de
polarização de tráfego pesado, periculosidade ou poluição do meio ambiente e por
decisão do Conselho de Desenvolvimento Urbano de Tubarão para os casos de
indústrias de pequeno porte.

Art.46. - As atividades permitidas são as seguintes:

ATIVIDADES PERMITIDAS

1) comércio de utilização periódica: bares, restaurantes, postos de


abastecimentos, depósitos ou postos de revenda de gás - classe 1;

2) comércio atacadista e depósitos;

3) serviços de reparação e conservação, oficinas em geral;

4) serviços de transportes, agências de locação, máquinas e equipamentos,


transportadoras e garagens em geral;

5) serviços de construção civil em geral;

6) indústrias em geral.

SEÇÃO II
DO USO DO SOLO NA ZONA DE EXPANSÃO URBANA

Art.47. - A zona de expansão urbana é uma parcela da área do município que


envolve a área urbana e para o qual está prevista ocupação e urbanização a curto
e médio prazo.

Art.48. - As atividades permitidas e toleradas na zona de expansão são as


mesmas utilizadas na área da qual está expandindo-se.

Art.49. - Cabe ao Conselho de Desenvolvimento de Tubarão decidir sobre


dúvidas quanto ao uso e ocupação do solo na área de expansão urbana.

SEÇÃO III
DO USO DO SOLO NA ÁREA RURAL

Art.50. - A área rural fica caracterizada pela predominância das atividades de


exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal ou agro-industrial.

Art.51. - Serão permitidas na área rural as habitações unifamiliares e as


atividades complementares às rurais desde que não impliquem em parcelamento
do solo para fins urbanos.

Art.52. - As atividades, serão permitidas na área rural, mediante a aprovação


do Conselho de Desenvolvimento Urbano de Tubarão, na forma do art. 4o.,
parágrafo único, do decreto federal No. 62.504, de 08/04/1968.
Art.53. - O município, em acordo com órgãos e entidades públicas, federais e
estaduais, quando se tratar de medidas não abrangidas pela competência
municipal, estabelecerá:

I - normas quanto ao zoneamento e uso do solo agrícola, bem como,


mediante prévio levantamento agrícola de terras sujeitas a intempéries ou
calamidades;

II - planos, programas e projetos setoriais, com vistas ao:

a) levantamento das propriedades rurais bem como da situação sócio-


econômica da população ativa vinculada à produção agropecuária;

b) estímulo às atividades de produção hortigranjeira e de reflorestamento, em


especial com espécies nativas;

c) estímulo à melhoria de produtividade e rentabilidade das atividades


agropecuárias em geral, em especial através da disciplina e racionalização do
processo de comercialização da produção.

SEÇÃO IV
DO USO DO SOLO NAS ÁREAS FUNCIONAIS

a) Do uso do solo nas áreas de interesse público

Art.54. - As áreas de interesse público terão regime urbanístico próprio,


compatibilizando obrigatoriamente com as das áreas vizinhas.

Art.55. - As áreas de interesse público poderão ser ampliadas ou relocadas


por decreto do Executivo Municipal mediante proposta do Conselho de
Desenvolvimento de Tubarão, observadas as disposições a elas relativas
constantes desta lei.

Art.56. - Desaparecendo a razão que determinou o estabelecimento da área


de interesse público, o regime urbanístico da área correspondente será
compatibilizado com a estrutura urbana existente.

b) Do uso do solo nas áreas de interesse ambiental

Art.57. - Nas áreas de interesse ambiental, o município estimulará as culturas


permanentes, respeitadas a vocação natural do solo, em especial o
reflorestamento com espécies nativas.

Art.58. - As áreas de interesse ambiental poderão ser ampliadas, tombadas


ou alteradas por decreto do Executivo mediante proposta do Conselho de
Desenvolvimento Urbano de Tubarão, ouvida a Comissão Municipal de
Preservação do Meio Ambiente.

Art.59. - Nas áreas de interesse ambiental, as de preservação permanente


são as seguintes: instituídas pêlos artigos 2o., 3o. e 9o. do Código Florestal e a
área mapeada no prolongamento da Avenida Marcolino Martins Cabral.

Art.60. - Nas áreas de interesse ambiental, as de interesse paisagístico e


cultural são as seguintes:

- estância hidromineral da Guarda e Rio do Pouso, tendo, essas áreas,


regime urbanístico próprio, compatibilizando-se com as disposições das leis
federais;

- sítios arqueológicos de Congonhas;

- Centro Administrativo Municipal, antiga Vila dos Engenheiros.

Art.61. - As áreas das estâncias hidrominerais da Guarda e Rio do Pouso,


referidas no artigo anterior destinando-se ao lazer, esportes e recreação sendo
vedada a instalação de qualquer espécie de indústria.

Parágrafo Único - Serão toleradas as instalações de caráter industrial


existente na data de aprovação desta lei, desde que estejam vinculadas ao ramo
de exploração e comercialização das riquezas hidrominerais da região.

Art.62. - O traçado e as características funcionais, geométricas, infra-


estruturais e paisagísticas das vias que compõem a rede viária das estâncias
hidrominerais da Guarda e Rio do Pouso, obedecerão a padrões urbanísticos
próprios.

Art.63. - As atividades permitidas nas áreas de interesse paisagístico e


cultural são as seguintes:

ATIVIDADES PERMITIDAS

1) habitação unifamiliar e multifamiliar;

2) comércio de utilização diária: armazéns, padarias, açougues e afins;

3) comércio de utilização periódica: bares, restaurantes, hotéis, farmácias,


lojas, postos de abastecimento, supermercados, depósitos ou postos de revenda
de gás - classe 1;

4) serviços: reparação e conservação, oficinas, pessoais e domiciliares;


5) equipamentos de saúde pública: ambulatórios, consultórios, hospitais e
clínicas;

6) serviços educacionais e culturais: estabelecimento de ensino em geral,


associações beneficentes, ligas e congêneres, bibliotecas, templos, cinemas;

7) serviços comunitários e de lazer: clubes e locais privados de uso


recreativo ou esportivo, centro social urbano, centro de comunidade, local para
camping;

8) serviços bancários: bancos, financeiras.

CAPÍTULO III
DOS DISPOSITIVOS DE CONTROLE DAS EDIFICAÇÕES

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art.64. - Com vistas a sua adequação às características da zona de


implantação, a edificação para atividades permitidas e toleradas é regulada
através dos seguintes instrumentos de controle urbanístico:

I - Taxa de Ocupação;

II - Índice de Aproveitamento;

III - recuo para Ajardinamento, Laterais e de Fundos.

Art.65. - Sem prejuízo do disposto no artigo 26, ficam vedadas quaisquer


obras de ampliação ou reforma das edificações, instalações e equipamentos, com
ou sem mudança da sua atividade originária, em desacordo com o regime
urbanístico estabelecido para a Zona de Uso onde se situa o imóvel.

TAXA DE OCUPAÇÃO - TO

Art.66. - Taxa de Ocupação é o instrumento de controle urbanístico o qual


estabelece a relação entre as projeções horizontais máximas de construção
permitidas e as áreas dos terrenos sobre as quais se situam as construções.

Art.67. - As taxas de ocupação têm por função:

I - incentivar áreas de lazer e recreação nas construções situadas na área


urbana;

II - preservar áreas livres em razão de seus aspectos visuais, de composição


de paisagem urbana ou da ocorrência de elementos naturais, em especial, de
vegetação existente;
III - adequar as construções às condições físicas do solo, no que se refere a
sua permeabilidade e relevo;

IV - estabelecer espaços entre as edificações, com vistas a lhes criar


melhores condições de areação e insolação.

Art.68. - No cálculo das projeções horizontais máximas de construção


permitidas, não serão computadas:

I - as áreas construídas em terrenos em aclive, destinadas a garagens ou


dependências de serviço, desde que a sua cobertura:

a) esteja situada até o nível médio do passeio;

b) não ultrapasse, em qualquer ponto das divisas do terreno 2,50 (dois


metros e meio) de altura, em relação ao nível natural do terreno;

c) receba tratamento sob forma de jardim;

II - as áreas construídas em terrenos em declive destinadas a garagens ou


dependências de serviço, desde que a sua cobertura esteja situada abaixo do
nível natural do terreno e receba tratamento sob forma de jardim;

III - as áreas construídas em balanço ou formando saliência, sobre os recuos


de ajardinamento;

IV - as marquises, quando obrigatórias nas zonas comerciais.

Parágrafo Único - As áreas construídas, referidas nos incisos I e II, não


deverão coincidir com os recuos para ajardinamento.

ÍNDICES DE APROVEITAMENTO - IA

Art.69. - Índice de Aproveitamento é o instrumento de controle urbanístico


que traduz a maior ou menor capacidade de construir sobre a área de
determinado terreno.

Art.70. - O índice de aproveitamento tem por função controlar a distribuição


da população no espaço urbano, isto é, controlar a densidade demográfica.

Art.71. - Para o cálculo de índice de aproveitamento nas edificações


localizadas em Zona Comercial, não serão computados:

I - as áreas de uso comum: garagens, circulações, escadas, elevadores,


casas de máquinas, casas de gás, zeladorias, depósitos, acessos, saguões,
salões de festa, etc.
II - as áreas privadas de caráter externa abertas: sacadas, terraços, pátios e
jardins.

Art.72. - Para o cálculo do índice de aproveitamento nas edificações


localizadas em Zona Residencial, não serão computados:

I - garagens, quando construídas no subsolo e tenham tratamento


paisagístico na sua cobertura e garagens construídas no pavimento térreo, desde
que não ultrapassem 60% (sessenta por cento) da área do lote;

II - as áreas de uso comum: circulações, escadas, elevadores, casas de


máquinas, casas de gás, zeladorias, depósitos, acessos, saguões, salões de
festas;

III - as áreas privadas de caráter externo descobertas: sacadas, terraços,


pátios e jardins.

DOS RECUOS PARA AJARDINAMENTO, AFASTAMENTOS LATERAIS E


DE FUNDOS

Art.73. - Afastamentos são as distâncias mínimas que as construções devam


observar relativamente ao alinhamento com a via pública e as demais divisas do
terreno sobre os quais acederam.

Art.74. - Os recuos para ajardinamento têm por função a valorização da


paisagem urbana.

Art.75. - Fica vedada a construção em área de recuo para ajardinamento,


executados:

I - muros de arrimo decorrentes dos desníveis naturais dos terrenos, portões,


muros de divisa.

II - garagens para automóveis particulares, nos casos de terreno fortemente


acidentados, com aclive ou declive superior a 2,50m a faixa de recuo, desde que a
cobertura seja constituída por terraço plano, com tratamento paisagístico ou
terraços;

IV - garagens para automóveis construídas no subsolo cuja cobertura seja


plana e com tratamento paisagístico ou terraços.

Art.76. - Quando os recuos para ajardinamento já existentes forem


absorvidos por alargamentos viários, poderá o município elimina-los total ou
parcialmente, mediante proposto do Conselho de Desenvolvimento Urbano de
Tubarão, da mesma forma, quando eliminados os recuos viários, estes poderão
ser transformados em recuos para ajardinamento.
Art. 77 - Os afastamentos laterais e de fundos têm por função criar melhores
condições de isolação e areação na relação da vizinhança entre as edificações.

Art. 78 - O dimensionamento dos afastamentos laterais e de fundos, fez-se


proporcionalmente à altura do total de pavimentos da construção projetada.

Art. 79 - Para o cálculo da altura máxima da edificação deverá ser observado


o seguinte:

I - a altura máxima da edificação será contada a partir da cota altimétrica do


passeio ou do terreno natural do plano de fachada, coincidindo com o centro da
mesma;

II - quando ocorrer edificações com acessos em níveis diferentes será


considerado para efeito de cálculo da altura máxima, a cota altimétrica do passeio
ou do terreno natural da via de menor nível;

III - no caso de mais de uma edificação no mesmo lote, os afastamentos


entre as edificações corresponderão à soma dos recuos determinados pelas
medidas de afastamento das divisas, relativamente a cada prédio.

Art. 80 - No cálculo da altura das edificações, não serão computáveis:

I - pavimentos em subsolo;

II - construções em terraços destinadas a salões de recreação, como


dependências de uso comum do edifício ou de utilização exclusiva de cada
unidade autônoma, desde que sua área não ultrapasse 25% (vinte e cinco por
cento) da área do pavimento inferior;

III - pavimento destinado a cada de máquinas, elevadores, reservatórios e


outros serviços do prédio.

SEÇÃO I
DOS DISPOSITIVOS DE CONTROLE NAS ZONAS RESIDENCIAIS

ZONA RESIDENCIAL 1 - ZR-1

Art.81. - Na zona residencial 1 - ZR-1, os índices de controle urbanístico são


os seguintes:

I - a Taxa de Ocupação (TO) será igual a 60% (sessenta por cento) da área
do terreno;

II - o Índice de Aproveitamento (IA) será igual a 2 (duas) vezes a área do


terreno;
III - o recuo para ajardinamento será igual a 4m (quatro metros);

IV - para edifícios multifamiliares e comerciais o recuo lateral e de fundos


será igual a 1/8 (um oitavo) da altura da edificação, sendo este no mínimo igual a
2,50 (dois metros e meio);

V - para residências o recuo lateral e de fundos será de no mínimo 1,50 (um


metro e meio) para fachadas que tenham abertura e nas divisas, para fachadas
cegas.

ZONA RESIDENCIAL 2 - ZR2

Art.82. - Na zona residencial 2 - ZR2, os índices de controle urbanístico são


os seguintes:

I - a Taxa de Ocupação (TO) será igual a 70% (setenta por cento) da área do
terreno;

II - o Índice de Aproveitamento (IA) será igual a 3 (três) vezes a área do


terreno;

III - o recuo para ajardinamento será igual a 4m (quatro metros);

IV - para edifícios multifamiliares e comerciais o recuo lateral e de fundos


será igual a 1/8 (um oitavo) da altura da edificação, sendo no mínimo igual a
2,50m (dois metros e meio);

V - para residências o recuo lateral e de fundos será no mínimo de 1,50m


(um metro e meio) para fachadas que tenham abertura e nas divisas para
fachadas cegas.

ZONA RESIDENCIAL 3 - ZR-3

Art.83. - Na zona residencial 3 - ZR-3, os índices de controle urbanístico são


os seguintes:

I - a Taxa de Ocupação (TO) será igual a 80% (oitenta por cento) da área do
terreno;

II - o Índice de Aproveitamento (IA) será igual a 4 (quatro) vezes a área do


terreno;

III - o recuo para ajardinamento será igual a 4m (quatro metros);

IV - o recuo lateral e de fundos será igual a 1/8 (um oitavo) da altura da


edificação, sendo no mínimo igual a 2,5m (dois metros e meio);
V - para residências o recuo lateral e de fundos será no mínimo de 1,50m
(um metro e meio) para fachadas que tenham abertura e nas divisas para
fachadas cegas.

SEÇÃO II
DOS DISPOSITIVOS DE CONTROLE NAS ZONAS COMERCIAIS

ZONA COMERCIAL 1 - ZC-1

Art.84. - Na zona comercial 1 - ZC-1, os índices de controle urbanístico são


os seguintes:

I - a Taxa de Ocupação (TO) será igual a 90% (noventa por cento) da área do
terreno;

II - o Índice de Aproveitamento (IA) será igual a 5 (cinco) vezes a área do


terreno;

III - não haverá recuo para ajardinamento, exceto nas seguintes vias onde o
recuo será de 4m (quatro metros):

a) avenida Marcolino Martins Cabral, trecho compreendido entre as ruas


Teodoto Tonon e Lauro Muller;

b) na rua Conselheiro Mafra, trecho entre as ruas Prudente de Moraes e


Vidal Ramos;

c) rua Felipe Schmidt;

d) avenida José Acácio Moreira, trecho entre as ruas Padre Geraldo


Spettmann e Pio XII;

IV - Para edificações de até 12,00 (doze) metros de altura, os recuos laterais


e de fundos serão iguais a no mínimo 1,50 (um vírgula cinqüenta) metros quando
houver aberturas, não sendo exigido recuos para fachadas cegas. Para
edificações com mais de 12,00 (doze) metros de altura, os recuos laterais e de
fundos serão iguais a 1/8 (um oitavo) da altura da edificação, sendo no mínimo
igual a 2,50 (dois vírgula cinqüenta) metros a partir da sobre loja.

Dada nova redação conforme art. 6º da Lei 1.929/95 de 18-10-1995.

ZONA COMERCIAL 2 - ZC-2

Art.85. - Na zona comercial 2 - ZC-2, os índices de controle urbanístico são


os seguintes:
I - a Taxa de Ocupação (TO) será igual a 80% (oitenta por cento) da área do
terreno;

II - O Índice de Aproveitamento (IA) será igual a 4 (quatro) vezes a área do


terreno;

III - não haverá recuo para ajardinamento, exceto nas seguintes vias onde o
recuo será de 4m (quatro metros):

a) rua Prudente de Moraes;

b) rua Minas Gerais e estrada Geral do Passo do gado;

c) avenida Pedro Zapeline;

d) rua Chile e avenida Tancredo Neves;

e) avenida Patrício Lima, trecho ao norte da BR 101 e rodovia SC-438;

f) rua São João;

g) rua Manoel Miguel Bittencourt.

IV - O recuo lateral e de fundos será igual a 1/8 (um oitavo) da altura da


edificação a partir da altura de 7,50m (sete metros e meio), constituídos por loja e
sobre-loja, onde o recuo poderá ser de 1,50m (um metro e meio), havendo
aberturas ou nas divisas nas fachadas cegas.

ZONA COMERCIAL 3 - ZC-3

Art.86. - Na zona comercial 3- ZC-3, os índices de controle urbanístico são os


seguintes:

I - a Taxa de Ocupação (TO) será igual a 60% (sessenta por cento) da área
do terreno;

II - o Índice de Aproveitamento (IA) será igual a 3 (três) vezes a área do


terreno;

III - o recuo para ajardinamento será de 15m (quinze metros)- faixa "non
edificandi";

IV - o recuo lateral e de fundos será igual a 1/8 (um oitavo) da altura da


edificação, sendo no mínimo 2,50m (dois metros e meio).

SEÇÃO III
DOS DISPOSITIVOS DE CONTROLE NAS ZONAS INDUSTRIAIS
ZONA INDUSTRIAL - ZI

Art. 87. - Os índices urbanísticos da zona industrial nos casos omissos, serão
determinados pelo Conselho de Desenvolvimento de Tubarão.

Art.88. - Na zona industrial (ZI) os índices de controle urbanístico são os


seguintes:

I - a Taxa de Ocupação será igual a 70% (setenta por cento) da área do


terreno;

II - o Índice de Aproveitamento (IA) será igual a 2 (duas) vezes a área do


terreno;

III - o recuo para ajardinamento será igual a 10,00m (dez metros);

IV - o recuo lateral e de fundo será igual a 5,00m (cinco metros).

SEÇÃO IV
DOS DISPOSITIVOS DE CONTROLE NAS ZONAS DE EXPANSÃO
URBANA

Art.89. - Os índices de controle urbanístico nas zonas de expansão urbana


são os mesmos utilizados na área da qual está expandindo-se.

Art.90. - Cabe ao Conselho de Desenvolvimento de Tubarão decidir sobre as


dúvidas quanto ao uso dos índices urbanísticos nas zonas de expansão urbana.

SEÇÃO V
DOS DISPOSITIVOS DE CONTROLE NAS ÁREAS FUNCIONAIS

Art.91. - Os índices de controle urbanístico nas áreas funcionais serão


determinados pelo Conselho de Desenvolvimento de Tubarão.

CAPÍTULO IV
DO PARCELAMENTO DO SOLO

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art.92. - O parcelamento do solo é a divisão da terra em unidades


juridicamente independentes, dotadas de individualidade cuja finalidade é a
edificação.

TIPOS DE PARCELAMENTO DO SOLO


Art.93. - O parcelamento do solo será realizado sob forma de: Loteamentos
Urbanos, Rurais e Populares; Desmembramentos; Reloteamentos.

Art.94. - Loteamento Urbano é a subdivisão da área urbana ou de expansão


urbana em lotes para edificação residencial normal, regulamentado na Lei Federal
No. 6.766/79.

Art.95. - Loteamento Rural é a subdivisão da área rural e está regido pelas


Leis Federais No.s 4.504 de 30/11/64 (Estatuto da Terra), 4.947 de
06/04/66(IBRA) e pela Lei No. 5.868 de 12/02/72, instrução normativa 17-A/77 do
INCRA.

Art.96. - Loteamento Popular é a subdivisão da área urbana em lotes para


edificação residencial de padrão popular e interesse social e são de iniciativa e
exclusiva competência do poder público, sujeito a regime urbanístico próprio e
dimensões das unidades básicas diferenciadas.

Art.97. - Desmembramento é a subdivisão da área urbana em lotes para


edificação, no qual seja aproveitado o sistema viário oficial da cidade, sem que se
abram novas vias ou logradouros públicos e sem que se prolonguem ou se
modifiquem os existentes e está regulamentado pelo Decreto Federal No. 62.504,
de 08 de abril de 1.9968 e Lei Federal No. 6.766/79.

Art.98. - Reloteamento é a unificação feita pela Prefeitura do loteamento


irregular, para o seu posterior desmembramento em lotes de dimensões ou
organizações diferentes da original.

Art.99. - Lotes são unidades básicas do parcelamento do solo,


individualizadas e passíveis de comercialização, cuja finalidade é a edificação.

Art.100.- Sistema Viário ou Áreas de Circulação são as faixas de terras de


parcelamento do solo de uso público. Sua finalidade é dotar a gleba parcelada de
infra-estrutura e permitir o escoamento de pessoas e bens, bem como, propiciar a
expansão urbana. Classificam-se em avenidas, ruas, passagens e pedestres, vias
especiais, escadarias, vielas sanitárias, alamedas e bulevares.

Art.101.- Áreas Verdes são as áreas reservadas ao poder público, na forma


da lei, para uso comum. Sua finalidade é a dotação ao parcelamento de áreas
para recreação, esportes, paisagismo e contemplação.

Art.102.- Áreas Institucionais são as áreas reservadas ao poder público para


desenvolvimento de programas institucionais. Sua finalidade é a edificação de
equipamentos de interesse comunitário, tais como escolas, edifícios públicos,
centros de serviços, postos de saúde, etc.

Art.103. - Áreas de Preservação são as áreas non aedificandi. Sua finalidade


é a preservação permanente de aspectos considerados relevantes ao interesse
público, tais como: encostas íngremes, fundos de vale, paisagens notáveis,
patrimônio histórico, reservas biológicas, áreas de segurança, etc..

Art.104.- São os seguintes os terrenos que não podem ser parcelados:

I - Terrenos localizados fora do perímetro urbano e que por suas


características e pelo desenvolvimento da Sede Municipal não são consideradas
áreas urbanas e nem estejam incluídas em planos de urbanização (Art.96 do
Decreto Federal No. 482/66); salvo os passíveis de loteamento por módulos rurais
(Lei No. 4.504/04).

II - Terrenos alagadiços ou sujeitos a inundações, antes de tomadas às


providências para assegurar o escoamento das águas (item I, do parágrafo único
da Lei No. 6.766/79 e art. 30 da Lei No. 477APROVA O PLANO PRELIMINAR E
AS DIRETRIZES PARA O PLANO DIRETOR URBANÍSTICO DE TUBARÃO, E
DÁ OUT .../69).

III - Terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde
pública, sem que sejam previamente saneados (item II, do parágrafo único da Lei
No. 6.766/79).

IV - Terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento) (item
III, do parágrafo único da Lei No. 6.766/79, e art. 31 da Lei No. 477APROVA O
PLANO PRELIMINAR E AS DIRETRIZES PARA O PLANO DIRETOR
URBANÍSTICO DE TUBARÃO, E DÁ OUT .../69).

V - Terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação


(item IV, do parágrafo único da Lei No. 6.766/79).

VI - Áreas de preservação ecológica ou aquelas onde a poluição impeça


condições sanitárias suportáveis (item V, do parágrafo único da Lei No. 6.766/79 e
art. 61 da Lei No 5.793/80).

VII - Áreas de proteção especial (item I, do art.61da Lei No. 5.793/80).

VIII - Áreas de preservação permanente (art.1 da Lei No. 4.771/65).

IX - Terrenos tombados pelo poder público (Morro do Formigão, Morro do


Camisão acima da cota 100 e uma faixa de 30,00m ao longo do rio Tubarão) (Lei
Municipal No. 947/80).

X - Terrenos decretados de utilidade pública (Lei No. 4.657/42).

XI - Faixa de 15,00m ao longo das linhas de transmissão de energia elétrica


(alta tensão) e das Rodovias e Ferrovias Federais e Estaduais, dutos e águas
(Leis No. 6.766/79 e 477APROVA O PLANO PRELIMINAR E AS DIRETRIZES
PARA O PLANO DIRETOR URBANÍSTICO DE TUBARÃO, E DÁ OUT .../69).
SEÇÃO II
LOTEAMENTOS

Art.105.- Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado deverá


solicitar à Prefeitura, que defina as diretrizes do uso do solo, o traçado do sistema
viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para equipamentos urbano e
comunitário, apresentado, para este fim, requerimento acompanhado da planta do
imóvel na escala 1:2.000 contendo,pelo menos:

I - as divisões e a linha perimetral da gleba a ser loteada;

II - as curvas de nível de metro em metro;

III - localização dos cursos d`água, bosques, construções existentes e


acidentes notáveis;

IV - a indicação dos arruamentos contíguos a todo perímetro, a localização


das vias de comunicação, das áreas livres, dos equipamentos urbanos e
comunitários existentes no local ou em suas imediações com as respectivas
distâncias da área a ser loteada;

V - o tipo de uso predominante a que o loteamento se destina;

VI - as características, dimensões e localização das zonas de uso contíguas.

Art.106.- Os terrenos localizados em áreas de interesse especial definidos


pela legislação estadual e federal, localizados em zona limítrofe do Município ou
que pertençam também, a outros Municípios, bem como os com mais de
1.000.000,00m², deverão ter o exame e anuência prévia do Estado.

Art.107.- O projeto definido será elaborado por um técnico devidamente


habilitado e deverá ser incorporado ao processo original em 03 (três) vias,
acompanhado dos seguintes documentos:

I - Requerimento de juntada;

II - Título de propriedade do imóvel acompanhado de certidão vintenária do


Registro de Imóveis;

III - Certidões Negativas:

a) de tributos federais, estaduais e municipais incidentes sobre o imóvel nos


últimos 05 (cinco) anos;

b) ações com respeito ao crime contra o patrimônio e contra a Administração


Pública nos últimos 10 (dez) anos;
c) de protestos de títulos nos últimos 5 (cinco) anos;

d) de ações pessoais e ações penais nos últimos 10 (dez) anos.

IV - Memorial descritivo do projeto contendo:

a) denominação, situação, dimensão e área dos lotes;

b) limites e confrontações;

c) topografia;

d) arruamento: áreas e percentagens sobre a área total;

e) quadras e lotes: áreas e percentagens sobre a área total;

f) espaços para área verde e/ou de uso Institucional:

g) áreas e percentagens sobre a área total;

h) serviços ou obras: tipo e classe dos materiais empregados.

V - Enumeração e descrição dos equipamentos urbanos, comunitários e de


serviços públicos ou de utilidade pública, já existentes no loteamento e
adjacências;

VI - Planta de situação na escala de 1:5.000;

VII - Planta de localização em escala compatível, com amarrações em pontos


de referência (escolas, pontes, igrejas, rodovias federais e estaduais, etc.);

VIII - Planta planialtimétrica na escala de 1:1.000 ou 1:2.000 acompanhado


da respectiva planilha de cálculo analítico da área contendo:

a) divisão da gleba em quadras com respectivas vias de comunicação;

b) curvas de nível de metro em metro;

c) orientação magnética e verdadeira;

d) indicação do RN oficial a ser fornecido pela Prefeitura;

e) indicação dos Rns intermediários.

IX - Planta planimétrica na escala 1:1.000 ou 1:2.000 contendo:


a) projeto de fracionamento das quadras na escala de 1:1000 ou 1:2.000 com
respectiva numeração e dimensão;

b) sistema de vias de comunicação com respectivas hierarquias;

c) as dimensões lineares e angulares do projeto com raios, cordas, arcos,


pontos de tangênias e ângulos centrais das vias;

d) projeto completo de arborização das vias de comunicação, quando houver.

X - Projeto completo da rede esgoto pluvial;

XI - Projeto completo das vias de comunicação com perfil horizontal nas


escalas de 1:100 ou 1:200, com especificação dos revestimentos;

XII - Projeto completo das obras de arte (quando houver);

XIII - Projeto completo da rede de distribuição de água potável de acordo


com padronização da concessionária;

XIV - Projeto completo da rede de energia elétrica de acordo com


padronização da concessionária;

XV - Orçamento de cada um dos projetos;

XVI - Cronograma físico-financeiro de cada um dos projetos.

Art.108.- A documentação deverá ser assinada pelo proprietário e pelo


técnico com anotação de responsabilidade técnica conforme Art.1o. da Lei 6.496
de 07/09/77.

Art.109.- Desmembramento para o projeto de desmembramento o


interessado deverá proceder da mesma forma do loteamento urbano,
apresentando requerimento acompanhado da planta do imóvel a ser
desmembrado na escala de 1:2.000 contendo:

I - a indicação das vias existentes e dos loteamentos próximos (quando


houver);

II - a indicação do tipo de uso predominante no local;

III - a indicação da divisão de lotes pretendida na área.

Art.110. - O projeto definitivo será elaborado por um técnico devidamente


habilitado e deverá ser incorporado ao processo original em 03 (três) vias,
acompanhado dos seguintes documentos:
I - Requerimento de juntada;

II - Título de propriedade do imóvel acompanhado de certidão vintenária do


Registro de Imóveis;

III - Certidões negativas:

a) de tributos federais, estaduais e municipais incidentes sobre o imóvel nos


últimos 05 (cinco anos);

b) ações com respeito ao crime, contra o patrimônio e contra a Administração


Pública nos últimos 10 (dez) anos;

c) de protestos de títulos nos últimos 05 (cinco) anos;

d) de ações pessoais e ações penais nos últimos 10 (dez) anos.

IV - Planta de situação na escala de 1:5.000.

LOTEAMENTO URBANO EM ZONA RURAL

Art.111. - Antes da elaboração do projeto de loteamento, o interessado


deverá requerer a descaracterização da área com respeito à exploração extrativa
agrícola e pecuária, através de laudo fornecido por órgão público especializado
em agricultura, por vistoria do INCRA ou por atestado firmado por engenheiro
agrônomo registrado no CREA (Art. 96. do Decreto No. 59.428/66).

Este documento deverá ser remetido ao órgão técnico da Prefeitura de


requerimento através de requerimento solicitando licença para parcelar o terreno
para fins urbanos, acompanhado de todos os documentos exigidos para
loteamento urbano, conforme Art.107. e Art.108. desta Lei.

Art.112. - Os loteamentos por módulo rural não são passíveis de aprovação


pelo Município, sendo da competência do INCRA, salvo nos casos de interesse
direto de programas municipais na área do desenvolvimento rural.

PROJETO DE LOTEAMENTO POPULAR

Art.113. - O parcelamento do solo para programas habitacionais de interesse


social será promovido por entidade que tem como função organizar, implantar,
promover a acompanhar o desenvolvimento dos programas a cargo do BNH, a
saber:

I - Companhia de Habitação Popular - COHAB;

II - COUDETU - Companhia de Urbanização e Desenvolvimento de Tubarão;


III - Caixas Econômicas;

V - Cooperativas Habitacionais assessoradas pelo INOCOOP.

Art.114. - A tramitação do processo deste loteamento deverá obedecer às


mesmas normas para loteamento urbano, com a exigência de requerimento por
ofício à Prefeitura por parte da entidade promotora pela planta do imóvel contendo
as mesmas indicações exigidas para o loteamento urbano.

Art.115. - Esse loteamento será analisado em condições especiais levando-


se em consideração o aspecto social do empreendimento. Os lotes terão
dimensões reduzidas ao mínimo de 150,00 m2 de área e de 10,00m de testada e
os serviços públicos exigidos serão:

I - Abertura das vias de comunicação e execução de sarjetas e meio fio;

II - Tratamento das áreas de recreação;

III - Instalação da rede d`água e esgoto pluvial;

IV - Instalação da rede de energia elétrica e iluminação pública.

PARCELAMENTO CLANDESTINO

Art.116. - Os parcelamentos clandestinos são passíveis de regularização,


desde que o interessado enquadre-se dentro das exigências mínimas da Lei, ou
por determinação do C.D.U.T. sujeite-se a regime especial. Para regularização do
parcelamento clandestino deverá proceder-se da mesma forma que o
parcelamento urbano normal, apresentando ainda:

I - Levantamento do parcelamento constando à divisão em lotes e


respectivas benfeitorias (construções existentes);

II - Levantamento do sistema viário constando às obras de infra-estrutura já


executadas;

III - Indicação dos lotes já comercializados, sua situação jurídica e


qualificação dos adquirentes.

RELOTEAMENTO

Art.117. - A Prefeitura poderá promover o reloteamento das áreas, para


melhor aproveitamento do solo urbano.

SEÇÃO III
DA APROVAÇÃO, EXECUÇÃO E CANCIONAMENTO
Art.118. - Para aprovação de projeto de parcelamento do solo, sob a forma
de loteamento, é obrigatória a instalação pelo loteador de pelo menos 03 (três)
obras de infra-estrutura que são: redes e equipamentos para o abastecimento de
água potável, energia elétrica e iluminação das vias públicas ou condominiais e
colocação do meio fio, sendo optativas as seguintes: redes de drenagem pluvial,
esgotos sanitários, estes regulados por lei específica e obras de pavimentação e
tratamento das áreas de uso comum.

Parágrafo Único - Os projetos de infra-estrutura devem ser aprovados pelas


concessionárias dos serviços públicos competentes.

Art.119. - A aprovação municipal do projeto de loteamento valerá pelo prazo


de 03 (três) meses.

§ 1º. - Dentro do prazo, o proprietário deverá proceder à inscrição do


loteamento no Registro Imobiliário e iniciar as obras constantes do projeto
aprovado, enviando à Prefeitura certidão do respectivo Registro.

§ 2º. - As obras deverão ser concluídas no prazo de 02 (dois) anos.

§ 3º. - O prazo estabelecido poderá ser prorrogado, a pedido dos


interessados, por períodos nunca superiores à metade do prazo concedido
anteriormente, a critério dos órgãos técnicos do Município.

Art.120. - O proprietário deve assinar um Termo de Compromisso, do qual


constarão especificamente todas as obrigações assumidas relativas a urbanização
da área e prazos de conclusão das mesmas, sujeitando-se à permanente
fiscalização da Prefeitura.

Art.121. - Para a garantia do cumprimento das obrigações assumidas pelo


proprietário, será exigida uma caução em lotes, cujo valor será igual ao do
montante das obras. A liberação dos lotes caucionados se fará total ou por etapas,
à medida que forem sendo executadas as obras programadas. A liberação será
feita através do aditamento ao Termo de Compromisso assinado pelas partes, em
número suficiente até sua total conclusão. O loteador perderá a caução em favor
da Prefeitura a título de penalidade pelo não cumprimento de qualquer das
obrigações previstas na lei.

Art.122. - A execução total das obras e serviços relativos ao projeto, deverá


ser realizada com recursos do proprietário, dentro do cronograma estabelecido no
Termo de Compromisso.

Art.123. - O prazo estipulado para execução das obras não poderá


ultrapassar a 02 (dois) anos.
Art.124. - Esgotado o prazo de execução, a Prefeitura poderá,
excepcionalmente prorrogá-lo por até mais um ano, desde que justificáveis as
razões de atraso.

Art.125. - Nenhuma edificação será permitida em loteamento antes de


satisfeitas todas as exigências legais.

SEÇÃO IV

DAS EXIGÊNCIAS URBANÍSTICAS

DOS ARRUAMENTOS (VIAS DE COMUNICAÇÃO)

Art.126. - As vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes


oficiais existentes ou projetadas, e harmonizar-se com a topografia do terreno.

Art.127. - A área do sistema de circulação do loteamento somada às áreas


verdes deverão ter no mínimo 35% (trinta e cinco por cento) da área total do
loteamento.

Art.128. - As dimensões do leito e passeio das vias públicas, deverão ajustar-


se ao Sistema Viário Básico e terão no mínimo:

I - Ruas Locais:

a) largura mínima da pista: 7,00 metros

b) largura mínima do passeio: 2,50 metros

c) declividade máxima: 12%

II - Ruas Principais/Avenidas:

a) largura mínima da pista: 12,00 metros

b) largura mínima do passeio: 3,00 metros

c) declividade máxima: 10%

Art.129. - As vias sem continuidade deverão ter extensão máxima de


100,00m e ser arrematada em CUL-DE-SAC, com grau mínimo de 20,00m.

Art.130. - Serão permitidas servidões, becos ou ruelas com largura de 6,00m


nos parcelamentos sob forma de desmembramento, sempre que não for possível
a implantação do sistema viário padrão.
Art.131. - Fica sempre a critério da Prefeitura Municipal, qualquer que seja o
caso de abertura de logradouros por iniciativa particular, independente de sua
zona de localização ou categoria, a aceitação ou recusa integral de anteprojeto ou
de qualquer de seus detalhes.

Parágrafo 1º. - Poderá o poder público municipal, tendo em vista as diretrizes


básicas do Plano Diretor, as conveniências de circulação e desenvolvimento
provável da região interessada, ou outro motivo de interesse da cidade, impor
exigências no sentido de melhorar os arruamentos projetados.

Art.132. - Nas áreas urbanas ou de expansão urbana as seções transversais


das ruas terão as larguras previstas na Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento
Urbano de Tubarão.

DOS LOTES

Art.133. - Os lotes terão testada mínima de 12,00 metros e a área mínima de


360,00m², exceto os que se referem nos artigos 114 e 134.

Art.134. - Para os lotes de esquina, o lado menor deverá ter no mínimo


(quinze) metros e a área mínima será de 450,00m2.

Art.135. - A critério da Prefeitura Municipal de Tubarão e do C.D.U.T. será


permitido testada de 10,00m e área mínima de 250,00m², quando não houver
outra solução do parcelamento, na ZC1 e ZR3.

DAS QUADRAS

Art.136. - As quadras terão no máximo 400,00 metros de comprimento por


70,00 metros de largura.

Art.137. - As quadras com mais de 200,00 metros de comprimento deverão


ter passagens para pedrestes, no seu terço médio com no mínimo 6,00 metros de
largura.

Art.138. - As quadras serão condicionadas em suas dimensões às exigências


mínimas do traçado básico do sistema viário principalmente definido pela
Prefeitura.

Art.139. - A Prefeitura não se responsabiliza pelas diferenças que se


verificarem, tanto nas áreas como nas dimensões dos lotes e quadras indicadas
no projeto aprovado.

DAS ÁREAS VERDES E/OU DE USO INSTITUCIONAL


Art.140. - Em todo loteamento deverá ser reservado uma área de no mínimo
15% (quinze por cento) da área total do loteamento para os espaços verdes e/ou
de uso institucional.

Art.141. - A localização da área que preferencialmente não deverá ser


parcelada, ficará a critério da Prefeitura.

Art.142. - Estas áreas, bem como as das vias de comunicação, perfazendo


no mínimo um total de 35% (trinta por cento) da área total do loteamento,
passarão à Prefeitura sem ônus para esta.

Art.143. - Todo o imóvel no Município com área superior a 4.320,00m²,


quando parcelado, ficará obrigado à reserva de uma área verde ou de uso
institucional de no mínimo 15% (quinze por cento) do total.

Art.144. - Não serão considerados para efeito de cálculo da área verde ou de


uso institucional as faixas non aedificandi, salvo as destinadas e equipamentos
urbanos julgados necessários pela Prefeitura.

PARTE III
DOS EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS DE INTERESSE MUNICIPAL

CAPÍTULO I
DO TRAÇADO DO PLANO DIRETOR

Art.145. - O Sistema Viário Municipal compõem-se de uma rede de vias


hierarquizadas que, conforme as suas funções e capacidades de fluxo,
classificam-se em:

I - Via Arterial

II - Via Principal

III - Via Coletora

IV - Via Local.

Art.146. - O Sistema Viário Municipal está definido no Mapa No. 05 e os


detalhes na tabela No. 07, que passam a fazer parte integrante desta Lei.

Art.147. - As especificações técnicas das vias, quanto à faixa-do-domínio,


caixa mínima, largura de pista, faixa de rolamento por pista, largura mínima do
canteiro central, do acostamento ou estacionamento e dos passeios, estão
definidas na tabela No. 07 (Especificações Técnicas das Vias).

Art.148. - Para fins de interpretação, são dotadas nesta Lei, as seguintes


definições:
I - Faixa-de-Domínio - é a área de terreno necessária à construção, e
operação de uma estrada, que se incorpora ao domínio público.

II - Seção Transversal - é a representação gráfica, em corte, da caixa da via.

III - Caixa da Via - é a soma das larguras das pistas, dos passeios e dos
canteiros centrais.

IV - Pista de Rolamento - é a superfície tratada das vias públicas sobre a qual


circulam veículos.

V - Faixa de Rolamento - é a subdivisão de uma pista de rolamento, por onde


flui uma única fila de veículos.

Art.149. - O Sistema Viário Arterial, cuja função é interligar áreas urbanizadas


ou núcleos rurais, assegurando a integração regional, é composto pelas vias:

I - BR-101 que corta longitudinalmente o Município.

II - SC-438, que liga Tubarão/Gravatal/Braço do Norte, etc.

III - SC-440, que liga Tubarão/Treze de Maio, passando pela Estância


Hidromineral da Guarda.

IV - Rua Cândido Darella que liga Centro à Estância Hidromineral do Rio do


Pouso e Rua Padre Itamar até SC-438.

V - Rua Sílvio Búrigo trecho entre a BR-101 e Rua Sílvio Cargnin.

VI - Rua José Bressan.

VII - Rua Rui Barbosa trecho entre a Rua José Nicolau de Carvalho e a
localidade de Congonhas.

VIII - Rua Minas Gerais, acesso à localidade da Madre.

IX - Continuação da Rua Lauro Muller.

X - Estrada Geral da Madre (ligação Ponte Andrino -Campestre).

XI - As estrada municipais constantes do Plano Rodoviário do município.

Art.150. - O Sistema de Vias Principais tem a função de conciliar o tráfego de


passagem e o tráfego local, facilitando a circulação de veículos e do transporte
coletivo, composto pelas vias:
I - Rua Manoel Miguel Bittencourt - VP 1;

II - Marginais a BR 101 - VP 2 e VP 3;

III - Rua Januário Alves Garcia - VP 4;

IV - Rua Expedicionário José Pedro Coelho - VP 5;

V - Rua José Acácio Moreira e Getúlio Vargas -VP 6;

VI - Rua Marechal Deodoro e Rua Lauro Muller - VP 7;

VII - Avenida Marcolino Martins Cabral - VP 8;

VIII - Rua Altamiro Guimarães - VP 9;

IX - Rua Anita Garibaldi - VP 10;

X - Rua Conselheiro Mafra - VP 11;

XI - Rua paralela ao Campo de Pouso - VP 12;

XII - Rua José Nicolau de Carvalho - VP 13;

XIII - Avenida Visconde de Barbacena - VP 14;

XIV - Estrada Geral da Passagem - VP 15;

XV - Rua Sílvio Cargnin - VP 16;

XVI - Rua São João - VP 17;

XVII - Rua Sílvio Búrigo - trecho entre Altamiro Guimarães e Rua José
Bressan - VP 18;

XVIII- Rua Princesa Isabel - VP 18;

XIX - Rua Rui Barbosa - VP 20;

XX - Rua P. de Oliveira - VP 21;

XXI - Rua Oswaldo Cruz e Rua Luiz Martins - VP 22;

XXII - Rua Padre Geraldo Spettmann - VP 23;

XXIII - Rua Cel. Cabral, Rua 15 de Novembro - VP 24;


XXIV - Rua Prudente de Moraes - VP 25;

XXV - Avenida Patrício Lima - VP 26;

XXVI - Rua paralela a Rua A.J. Knabben - VP 27;

XXVII- Rua Cândido Leão - VP 28

XXVIII - Avenida Presidente Tancredo Neves - VP 29;

XXIX - Rua Chile - VP 30.

Art.151. - O Sistema de Vias Coletoras tem a função de encaminhar o tráfego


das vias locais para as vias principais e é composto pelas seguintes vias:

I - Rua Wenceslau Alves dos Santos - VC 1;

II - Rua Simeão Esmeraldino de Menezes - VC 2;

III - Rua Duque de Caxias - VC 3;

IV - Rua Antonio Hülse - VC 4;

V - Rua São José - VC 5;

VI - Avenida Rodovalho - VC 6;

VII - Rua Manoel Antunes Corrêa - VC 7;

VIII - Rua Ver. João Praxedes Teixeira - VC 8;

IX - Avenida Pedro Zapeline - VC 9;

X - Rua dos Ferroviários - VC 10;

XI - Rua Padre da Cunha - VC 11;

XII - Rua Capitão Alexandre de Sá - VC 12;

XIII - Rua Jorge Lacerda - VC 13;

XIV - Rua Vidal Ramos - VC 14;

XV - Rua Carlos Gomes - VC 15;

XVI - Rua Wenceslau Braz - VC 16;


XVII - Rua Afonso Pena - VC 17;

XVIII- Rua Canadá - VC 18.

Art.152 - O Sistema de Vias Locais é formado por todos os trechos, da malha


viária não incluída nas categorias mencionadas nos artigos anteriores.

Art.153. - Os afastamentos necessários para a preservação das faixas-de-


domínio e alinhamento das edificações serão exigidos tendo por base o eixo
central da via.

Art.154. - As vias locais de novos loteamentos, arruamentos e


prolongamentos de vias existentes terão caixa mínima de 12,00m (doze metros).
Na interligação de trechos na mesma via, a caixa mínima será aquela do maior
comprimento.

Art.155. - É proibido o entroncamento de vias locais com as rodovias federais


e estaduais.

Parágrafo 1º. - As Vias Locais, a que se refere o presente artigo deverão


terminar em vias marginais, ou em retorno com raio mínimo de 9,00m (nove
metros).

Art.156. - Nas edificações atingidas pelo traçado do Plano Diretor de


Desenvolvimento Urbano de Tubarão, não serão permitidas obras de reforma ou
ampliação, ressalvados os serviços de conserto ou manutenção.

CAPÍTULO II
DO REGIME DOS EQUIPAMENTOS URBANOS

Art.157. - São equipamentos urbanos, públicos ou privados:

I - Os equipamentos de administração e de serviço público:

a) os de segurança pública;

b) os de infra-estrutura urbana;

c) os cemitérios;

d) os administrativos de uso comum e uso especial.

II - Os equipamentos comunitários e de serviço ao público:

a) lazer e cultura;

b) saúde pública e ambiental;


c) abastecimento da população;

d) depósitos e postos de revenda e gás liquefeito do petróleo.

III - Os equipamentos de circulação urbana e rede viária, guarda e


abastecimento de veículos:

a) públicos;

b) de serviço ao público;

c) privados de interesse comunitário.

SEÇÃO I
DOS EQUIPAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE SERVIÇO PÚBLICO

SUBSEÇÃO I
DOS EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA PÚBLICA

Art.158. - Consideram-se equipamentos de segurança pública:

I - Prédios e instalações vinculados às polícias civil e militar, tais como órgãos


centrais de polícia, delegacias distritais, quartéis, postos de guarda, e instalações
vinculadas ao sistema penitenciário do Estado.

II - Prédios e instalações vinculadas aos Corpos de Bombeiros.

SUBSEÇÃO II
DOS EQUIPAMENTOS DE INFRA-ESTRUTURA URBANA

Art.159. - Consideram-se serviços de infra-estrutura urbana os de:

I - Abastecimento de água;

II - Coleta e disposição de esgotamento sanitário;

III - Coleta e circulação das águas pluviais;

IV - Coleta e disposição dos resíduos sólidos e limpeza urbana;

V - Abertura, pavimentação e conservação de vias;

VI - Suprimento de energia elétrica, de iluminação pública, telefones e


correios.
Art.160. - Os equipamentos urbanos de infra-estrutura vinculados aos
serviços públicos, obedecerão à legislação municipal específica.

SEÇÃO II
DOS EQUIPAMENTOS COMUNITÁRIOS E DE SERVIÇO PÚBLICO

SUBSEÇÃO I
DOS EQUIPAMENTOS DE LAZER E CULTURA

Art.161. - Equipamentos de lazer e cultura são os logradouros públicos, as


edificações e instalações com usos específicos, as glebas e lotes de terreno ainda
não edificados, destinados ao lazer ativo e passivo, bem como aqueles, públicos e
privados, destinados à atividade de caráter cultural e educacional.

Parágrafo Único - Equiparam-se aos equipamentos de lazer e cultura as


associações e clube culturais, recreativos e esportivos, os teatros, os cinemas, as
igrejas, os templos e similares.

Art.162. - Os equipamentos de lazer e cultura, com base na periodicidade de


sua utilização, classificam-se em:

I - Equipamentos de uso permanente, cujas atividades serão objeto de


localização, implantação, administração e programação pelo Poder Público, tais
como: praças em geral, praças de recreação, os lotes de recreação, parque
urbano local, as creches, as escolas maternais, as pré-escolas, os
estabelecimentos de ensino, os centros sociais e de comunidade, os Centros
Sociais Urbanos, nas bibliotecas, os museus e pinacotecas, os locais de
exposições, os teatros.

II - Equipamentos de uso periódico, compreendendo glebas ou lotes de


terreno ainda não edificados e trechos do espaço urbano tratados adequadamente
e postos à disposição do público para atividades espontâneas ou de programação
por iniciativa particular.

Parágrafo Único - Nos equipamentos de lazer e cultura de uso permanente


que se constituírem em praças e parques somente serão permitidas edificações
estritamente complementares às atividades de lazer ao ar livre, de acordo com a
programação estabelecida para os mesmos logradouros e na forma de
regulamentação própria.

SUBSEÇÃO II
DOS EQUIPAMENTOS DE SAÚDE PÚBLICA E AMBIENTAL

Art.163. - Constitui equipamentos de saúde pública o conjunto de serviços e


atividades ligados à saúde, que visam a atender à população de forma preventiva,
curativa ou reabilitadora, desde a forma primária a mais especializada.
Art.164. - O Município promoverá a realização de acordos ou convênios com
órgãos federais ou estaduais, com vistas à elaboração de plano local de saúde
para a implantação, na estrutura urbana, de uma rede hierarquizada dos
equipamentos referidos no artigo acima.

Parágrafo Único - O plano local de saúde será articulado com os planos


federais e estaduais.

Art.165. - O Município zelará pela Saúde Ambiental, como medida


fundamental de proteção à saúde individual e coletiva, mediante:

I - Obras de infra-estrutura que visem à melhoria das condições ambientais;

II - Criação de áreas verdes;

III - Definição das medidas necessárias a prevenir ou corrigir os


inconvenientes e prejuízos da poluição e da contaminação do meio ambiente,
respeitados os critérios, normas e padrões fixados pelo Poder Público.

IV - Proteção dos recursos hídricos, através de:

a) fixação dos usos preponderantes dos recursos hídricos e respectiva


determinação dos padrões de qualidade de suas águas, na forma de legislação
específica;

b) disciplina das atividades na orla dos cursos de água, de forma que os


resíduos nela lançados não venham alterar sua qualidade, incompatibilizando com
o uso preconizado;

V - Elaboração de planos setoriais referentes à limpeza urbana, nos quais


fiquem estabelecidas normas e locais para a implantação de usinas de
compostagem e de reaproveitamento de plásticos, fora de núcleos urbanos,
localização de aterros sanitários e destinação final dos resíduos hospitalares e
congêneres.

SUBSEÇÃO III
DOS EQUIPAMENTOS DE ABASTECIMENTO DA POPULAÇÃO

Art.166. - Equipamentos de abastecimento da população são os seguintes:

I - Hortomercados - unidade de abastecimento compostas por áreas


destinadas a conjunto de bancas de comercialização de produtos
hortifrutigranjeiros;

II - Supermercados - unidades de abastecimentos compostas por


estabelecimentos de comercialização de produtos alimentícios de uso doméstico,
em regime de auto-serviço;
III - Centros Comerciais - unidades de abastecimento integradas de
comercialização de produtos e mercadorias essenciais de consumo e uso da
população;

IV - Lojas de Departamentos - unidade de abastecimento isolada de


comercialização de produtos variados e mercadorias de consumo e uso da
população.

Art.167. - O abastecimento relativo a produtos e mercadorias essenciais de


consumo e uso da população, por iniciativa pública e particular, será objetivo de
planejamento e coordenação governamental, com vistas a:

I - Instituição de Sistema Municipal de Abastecimento na forma de


regulamentação própria;

II - Implantação, na estrutura urbana, de uma rede hierarquizada de


hortomercados, inclusive através de coordenação inter governamental, quando se
tratar de integrar unidades de abastecimento vinculados à Administração Pública
Federal e Estadual, direta ou indireta.

SUBSEÇÃO IV
DOS DEPÓSITOS DE POSTOS DE REVENDA DE GÁS LIQUEFEITO
DO PETRÓLEO

Art.168. - Depósitos de postos de revenda de gás liquefeito do petróleo são


as instalações destinadas ao armazenamento de recipientes transportáveis do
referido gás.

Art.169. - Os padrões relativos aos afastamentos de segurança das áreas de


armazenamento e à capacidade de armazenamento decorrem de normas
expedidas pelo Conselho Nacional do Petróleo.

Art.170. - Nos depósitos e postos de revenda de gás liquefeito do petróleo, a


área destinada ao armazenamento dos recipientes do produto deverá ficar em
local completamente se parado daquele destinado a outras mercadorias com as
quais seja comercializado.

Art.171. - Os depósitos e postos de revenda de gás liquefeito do petróleo,


embora vinculados à outra atividade comercial, dependerão de alvará de
funcionamento próprio, do qual constará a capacidade máxima de armazenamento
autorizada.

Art.172. - Os depósitos e postos de revenda de gás liquefeito do petróleo


terão, entre si, uma distância mínima, de 500,00m (quinhentos metros).
SEÇÃO III

SUBSEÇÃO I
DOS EQUIPAMENTOS DE CIRCULAÇÃO URBANA E REDE VIÁRIA,
GUARDA E ABASTECIMENTO DE VEÍCULOS

Art.173. - Postos de abastecimento são os equipamentos destinados à venda


de combustíveis para veículos, incluídos os demais produtos e serviços afins.

Art.174. - O Município, através do Conselho de Desenvolvimento Urbano de


Tubarão, exigirá a adoção de medidas especiais de proteção e isolamento na
instalação de posto de abastecimento próximo a estabelecimentos ou áreas de
freqüência pública intensa, sem prejuízo da observância de normas expedidas
pelo Conselho Nacional do Petróleo.

Art.175. - A aprovação municipal para a instalação deposto de abastecimento


será precedida de consulta quanto à viabilidade de sua localização.

Parágrafo Único - A consulta referida no caput desde artigo será apreciada


pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano de Tubarão, com vistas a evitar a
ocorrência de conflitos com o entorno de localização do equipamento, em
especial, quanto à:

I - Sistema viário e possibilidades de perturbação do tráfego;

II - Possibilidades de prejuízo à segurança, sossego e saúde dos habitantes


dos prédios situados em sua vizinhança;

III - Efeitos poluidores e de contaminação e degradação do meio ambiente.

SUBSEÇÃO II
DAS GARAGENS

Art.176. -Equipamentos de guarda de veículos são as garagens comerciais e


as garagens nas edificações em geral.

Art.177. - A disposição das vagas no interior das garagens deverá permitir


movimentação e estacionamento independente para cada veículo.

Art.178. - Garagens comerciais são as edificações exclusivamente


destinadas a estacionamento de veículos e aos serviços afins.

Art.179. - Garagens nas edificações em geral são os espaços destinados a


estacionamento de veículos, com função complementar a atividades principal da
edificação.
Art.180. - É obrigatória a construção de garagens nos edifícios destinados à
habitação multifamiliar.

Parágrafo Único - A construção de garagens, poderá ser substituída pela


previsão equivalente de vagas para estacionamento em áreas não construídas.

Art.181. - O número de vagas para estacionamento, em garagens ou em


áreas não construídas, em prédios de habitação multifamiliar, deverá guardar
proporção com a área residencial igual a 70% da quantidade das unidades
autônomas.

Parágrafo Único - A proporção estabelecida nos padrões urbanísticos será


reduzida pela metade, quando se tratar de prédios de habitação multifamiliar,
definidos como habitação tipo popular em cuja construção sejam aplicados
recursos do Sistema Financeiro de habitação de Interesse Social, com a
interveniência do Poder Público ou das entidades referidas no artigo 8o., inciso IV,
da Lei Federal No. 4.380, de 21 de agosto de 1964.

Art.182. - Nas edificações destinadas a atividades comerciais e de serviços,


não é obrigatória a previsão de espaços para estacionamento de veículos, salvo
relativas a:

I - supermercado;

II - centro comercial e escritórios;

III - loja de departamentos;

IV - comércio atacadista;

V - oficinas de reparos de veículos e similares;

VI - hospitais, clínicas e policlínicas;

VII - estabelecimento de ensino de 2o. e 3o. graus;

VIII - hotel e motel;

IX - auditórios e teatros.

Parágrafo Único - O número de vagas deverá guardar uma proporção de


50% na quantidade de unidades autônomas.

IV PARTE
DO CONSELHO DE DESENVOLVIMENTO DE TUBARÃO

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art.183. - A Coordenação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, será


feita pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano de Tubarão.

Art.184. - O Conselho de Desenvolvimento Urbano de Tubarão, compor-se-á


de 7 (sete) membros, sendo:

1 - Prefeito Municipal;

2 - um representante do Corpo Técnico do Órgão de Planejamento da


Prefeitura Municipal;

3 - um representante da Câmara de Vereadores;

4 - um representante da Unisul;

5 - um representante da Associação de Engenheiros e Arquitetos;

6 - um representante do Sindicato da Construção Civil;

7 - um representante da Associação Comercial e Industrial.

Art.186. - São objetivos do Conselho de Desenvolvimento de Tubarão:

I - Instituir processo permanente e sistematizado de atualização do Plano


Diretor de Desenvolvimento Urbano de Tubarão;

II - Assegurar, mediante normas de procedimentos orçamentários, a


aplicação de critérios técnicos, econômicos de prioridades entre as atividades
governamentais atinentes ao desenvolvimento urbano do Município;

III - Modernizar as estruturas e procedimentos dos órgãos e entidades da


Administração Pública Municipal, direta ou indireta dele componentes, objetivando:

a) o contínuo aperfeiçoamento e maior eficácia na execução dos planos e


programas de desenvolvimento urbano;

b) assegurar à comunidade orientação clara e precisa sobre a aplicação da


legislação urbanística.

Art.187. - Ao Conselho de Desenvolvimento Urbano de Tubarão caberá:

I - Orientar e dirigir a elaboração e revisão dos planos e programas atinentes


ao desenvolvimento urbano do município, visando à sua permanente atualização;
II - Coordenar a revisão e consolidação dos planos e programas setoriais,
quando implicarem no desenvolvimento urbano do Município;

III - Coordenar a programação dos investimentos necessários à implantação


de plano, programas e projetos gerais e setoriais de desenvolvimento urbano.

Art.188. - O órgão encarregado de propor planos, programas, projetos gerais


e setoriais de desenvolvimento urbano e da atualização e/ou complementação do
Plano Diretor de Desenvolvimento de Tubarão, afim de submetê-lo, a apreciação e
à aprovação do Conselho de Desenvolvimento Urbano de Tubarão, será
constituído pêlos assessores técnicos da Administração Pública Municipal.

Parágrafo Único - Compete aos Assessores Técnicos da Administração


Pública Municipal:

I - Aplicar a legislação do Município atinente ao desenvolvimento urbano,


estabelecendo-lhe interpretação uniforme;

II - Elaborar os projetos de Lei de Decretos necessários à atualização e


complementação do Plano Diretor de Desenvolvimento de Tubarão e do Código
de Obras;

III - Elaborar as alterações dos padrões urbanísticas estabelecidas pelo


Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Tubarão;

IV - Outras atribuições que lhes venham a ser conferidas.

IV PARTE
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art.189. - A presente Lei será regulamentada por ato do Executivo, a contar


da data da sua publicação.

Art.190. - Os casos omissos na presente Lei serão resolvidos pelo Conselho


de Desenvolvimento Urbano de Tubarão.

Art.191. - Revogam-se todas as disposições em contrário, particularmente a


Lei No. 477APROVA O PLANO PRELIMINAR E AS DIRETRIZES PARA O
PLANO DIRETOR URBANÍSTICO DE TUBARÃO, E DÁ OUT .../69, e Legislação
Complementar.

Tubarão, SC, 05 de janeiro de 1994.

ESTENER SORATTO
Prefeito Municipal

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