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LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO URBANO DE IJUÍ

LEI COMPLEMENTAR N 2. 887

Dispõe sobre o Plano de Uso e ocupação


do solo Urbano de Ijuí e dá outras providências.

PREFEITO MUNICIPAL DE IJUÍ, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 30 da lei Orgânica do Município


Que a Câmara de Vereadores aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte lei:

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE

Art. I - Nos termos do Artigo 5, Incisos XI e XIV, da Lei Orgânica do Município
e atendendo as disposições constantes na Lei n 2.886, de 19 de Julho de 1993, que
institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município, fica
regulamentado o Plano de Uso e Ocupação do solo Urbano de Ijuí.

§ 1º - Esta Lei regulamenta o Zoneamento de usos e de ocupação do solo urbano,


bem Como as limitações urbanísticas convenientes ao ordenamento físico-territorial,
com vistas a assegurar a política de desenvolvimento urbano em consonância com os
objetivos e as diretrizes do Plano Diretor.

§ 2º- Fazem parte integrante desta Lei os seguintes anexos:

I- Mapa do Plano de Uso e Ocupação do solo urbano de Ijuí;


II- Tabela de Regime Urbanístico;
III- Mapa do Sistema Viário;
IV- Tabela das Vagas de Estacionamento;
V- Mapa das Áreas Especiais.
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CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES

Art. 2º- Para efeitos desta Lei ficam definidas as seguintes expressões:

I) Índice de Aproveitamento (IA) é a relação entre a área total da construção e a


área de lote.

Índice de Aproveitamento= Área total de Construção


Área total de lote

II) Taxa de Ocupação (TO) é a relação percentual entre a área da projeção horizontal
da edificação ou edificações e a área total do lote, respeitados os afastamentos
mínimos.

T.O. = Projeção horizontal


Área total do lote

III) Taxa de Permeabilidade é a relação entre a parte do lote ou gleba livra de


qualquer edificação, permitindo a infiltração de água, e a área total do mesmo.

IV) Índice de áreas verdes é a relação entre a parte do lote ou gleba efetivamente
coberta de vegetação e a área total do mesmo.

V) Área não computável é aquela que não computada no cálculo dos limites de
ocupação.

VI) Testada é a medida frontal do lote sempre voltada para via pública

VII) Afastamento – é o afastamento da edificação em relação ao alinhamento do lote


com o passeio público ou com lotes lindeiros.

VIII) Caixa da Via é a medida da via em seção transversal, incluindo a pista de


rolamento e os passeios.

IX) Lote é a fração de terreno resultante de parcelamento do solo para fins urbanos.

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Título II
Da Organização Urbana
Capítulo I
Da zona Urbana

Art. 3º - A Zona Urbana é constituída pelas áreas que apresentam ou se destinam à


ocupação e aos usos compatíveis com a realidade urbana circunscrita aos povoados,
às vilas e à cidade de Ijuí.

§ 1º- A Zona Urbana da cidade de Ijuí e a dos povoados e vilas distritais são
delimitadas em legislação pertinente específica.

§ 2º- A ocupação e os usos permitidos na Zona Urbana de Ijuí são regidos pelos
respectivos zoneamento de uso e regime urbanístico constantes desta lei.

Art. 4º- A ocupação e os usos compatíveis nas zonas urbanas constantes dos
povoados e das Vilas distritais regem-se pelas normas desta lei e da lei do Plano
Diretor de Desenvolvimento Integrado do Município de Ijuí.

§ 1º- As zonas urbanas dos povoados e vilas distritais são de ocupação e urbanização
prioritárias, nos termos do Artigo 5º Inciso I desta lei.

§ 2 º- O Plano de Uso e Ocupação da zona urbana dos povoados e das vilas distritais
deve ser elaborado após estudos específicos e atendendo necessidades locais, e ser
aprovado pela Câmara de Vereadores mediante parecer detalhado do Concelho de
desenvolvimento do Município de Ijuí.

Art. 5º- Para efeitos desta lei, da lei do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado
e da Legislação complementar, a Zona Urbana da cidade de Ijuí subdivide-se em:

I- Zona Urbana I compreende as áreas da cidade efetivamente


ocupadas e ou já arruadas que apresentam ou se destinam a
atividades e usos compatíveis com a realidade urbana;
II- Zona Urbana II compreende as áreas urbanas de ocupação
progressiva, que somente serão incorporadas à malha urbana após
estudo prévio que apresente o zoneamento de usos e o regime
urbanístico;

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III- Zona Urbana III compreende as áreas que somente serão
comprometidas com a ocupação urbana após estudo prévio que
comprove absoluta relevância social urbanístico.

§1º- A Zona Urbana I é de ocupação e urbanização prioritárias, atendendo as dis-


posições desta lei.

§2º- As áreas da Zona Urbana II são tornadas integrantes da Zona Urbana I, de


ocupação e urbanização prioritárias, após aprovação da Câmara de Vereadores e
mediante parecer detalhado do Conselho de Desenvolvimento do Município de Ijuí,
ouvida a Secretaria Municipal de Planejamento.

§3º- As áreas de expansão da Zona Urbana III somente podem ser incorporadas à
malha urbana sob controle rigoroso do poder público municipal atendendo as
exigências constantes do Inciso III deste artigo, mediante estudo e parecer técnico da
Secretaria Municipal de Planejamento, ouvido o Conselho de Desenvolvimento do
Município de Ijuí e após a aprovação da Câmara de Vereadores.

§4º- A delimitação das Zonas Urbanas I, II e III consta do mapa-síntese do Plano de


Uso e Ocupação do Solo Urbano de Ijuí, anexo e parte integrante desta Lei.

Art. 6º- As áreas integrantes das Zonas Urbanas II e III, enquanto não se tornem de
ocupação e urbanização prioritárias, ou seja, integrantes da Zona Urbana I, devem
atender os seguintes requisitos:

I- Índice de aproveitamento igual ou inferior a 0,5, excetuando-se instalações


e edificações destinadas à atividade rural; respeitados os demais limites de
ocupação previstos nesta lei;
II- Área mínima do terreno de 5.000 ( cinco mil ) metros quadrados.

Parágrafo Único: O licenciamento de edificações e de atividades nestas zonas está


condicionado à comprovação de que o sistema de saneamento básico adotado obedece
os critérios e padrões ambientais e de saúde pública vigentes, através de certidões
fornecidas pelos órgãos competentes.

Art. 7º- Executam-se dos requisitos constantes no Artigo 6º as seguintes áreas, que
devem atender as disposições específicas desta lei e da Lei do Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado:
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I- As áreas de Interesse e Proteção Especiais e as Áreas Verdes de
Lazer;
II- As áreas destinadas à implantação de atividades secundárias e
terciárias, comprovadas mediante instrumento público, e localizadas
nos terrenos frente para as vias estruturais.

Parágrafo único- As áreas referidas no Inciso II deste Artigo devem estar localizadas
nas Áreas designadas para tais atividades conforme o mapa- síntese, Anexo I, parte
integrante desta Lei.

Art. 8º- Nas Zonas Urbanas II e III, o parcelamento do solo para fins urbanos pode ser
aprovado e licenciado, obrigando-se o (s) proprietário (s) da gleba a ser parcelada a
realizar (em) previamente todas as obras de infra-estrutura:

I- execução de arruamento;
II- execução da rede de energia elétrica e de iluminação pública;
III- execução do sistema de saneamento básico;
IV- execução da rede de telefonia;
V- implantação de áreas verdes de lazer;
VI- destinação e delimitação de áreas para equipamentos comunitários

§ 1º- Toda e qualquer infra-estrutura a ser instalada e as áreas designadas para


equipamentos comunitários são custeadas integralmente pelo (s) loteador (es) ,
passando ao domínio do Município.

§ 2º- As disposições constantes neste Artigo não desobriga o loteador das


determinações expressas na Lei do Parcelamento do Solo para fins urbanos e na Lei
do Plano Diretor de Ijuí, bem como de autorização prévia do órgão competente e das
exigências legais.

Art. 9º- Na Zona Urbana I, as áreas de intervenção prioritária com vistas a execução
de planos de urbanização específica e para atender os programas municipais de
habitação popular, devem observar as disposições sobre as Áreas Residenciais,
inclusive na localização.

§ 1º- São vedados os programas de habitação popular nas Áreas Industriais e na Área
Mista Especial.

§ 2º- Nas Áreas de Controle Adicional devem ser atendidas as disposições


específicas constantes nesta Lei.
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CAPÍTULO II
DA DESIGNAÇÃO E DELIMITAÇÃO DAS ÁREAS URBANAS

Art. 10- As áreas de usos na zona urbana são as seguintes:

I- Áreas Residenciais;
II- Áreas Mistas;
III- Áreas Industriais;
IV- Áreas Institucionais- Comunitárias;
V- Áreas Verdes de Lazer;
VI- Áreas do Sistema Viário.

§ 1º- As áreas especiais existentes na zona urbana de Ijuí estão relacionadas no Título
III desta Lei, que trata das Áreas de Interesse proteção Especiais.

§ 2º- Para cada área são estabelecidos os usos permitidos e os proibidos, definidos no
Título IV, Capítulo I e constantes da tabela do Anexo II desta Lei.

Art. 11- As áreas são delimitadas por logradouros públicos , acidentes naturais,
divisas de lotes ou, ainda, poderão ser designados os limites por legislação específica.

§ 1º- Na existência de logradouros públicos, a área urbana é constituída de todos os


lotes com frente para os mesmos, nela incluídos.

§ 2º- No caso de um lote ter frente para logradouros públicos compreendidos em áreas
de uso diferentes, passam a prevalecer as normas das Áreas Mistas.

§ 3º- As áreas de uso estão representadas por limites gráficos no mapa-síntese do


Plano do Uso e Ocupação do Solo Urbano de Ijuí, Anexo I, parte integrante desta
Lei .

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CAPÍTULO III
DAS ÁREAS RESIDENCIAIS

Art. 12- As Áreas Residenciais destinam-se predominante ou exclusivamente à


função de habitação permanente, unifamiliar e multifamiliar, que deve ser adequada à
capacidade instalada ou projetada da infra-estrutura urbana, sem prejuízo da utilização
compatível com a qualidade ambiental, com a segurança e a saúde da coletividade.

§ 1º- As Áreas Residenciais, se incluídas em Áreas de Controle Adicional , devem


atender, ainda, as disposições específicas constantes nesta Lei.

Art. 13- Nas Áreas Residenciais, quando a edificação for acima de dois pavimentos,
os usos não residenciais permitidos nesta Lei, conforme o Anexo II, somente podem
estar localizados no pavimento térreo compreendendo loja e sobreloja.

Parágrafo Único- As unidades residenciais da edificação devem ter acesso


independente.

SEÇÃO I
DOS CONDOMÍNIOS

Art. 14- Os condomínios residenciais unifamiliares devem ser constituídos na forma


da legislação federal, cujas unidades autônomas são formadas por residências térreas
ou assobradadas, sendo discriminadas as partes do terreno a ser ocupada pela
edificação e aquela de uso exclusivo, bem como a fração da totalidade do terreno e as
partes comuns correspondentes a cada unidade.

§ 1º- As áreas de uso comum têm proporção mínima de 35% ( trinta e cinco por
cento) da área total.
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§ 2º- Fica destinada obrigatoriamente área não inferior a 10% (dez por cento) da área
de uso comum para implantação de Áreas Verdes de Lazer, cuja declividade deve ser
inferior a 20% (vinte por cento) e não pode estar situada em Áreas de Preservação
Permanente.

Art. 15- Os limites de ocupação das áreas de uso exclusivo dos condomínios
residenciais unifamiliares são os mesmos estabelecidos nesta Lei para as Áreas em
que se localizam, inclusive no tocante à área total do terreno de uso exclusivo.

Art. 16- Os condomínios residenciais unifamiliares devem possuir sistema viário,


sistema próprio de escoamento das águas pluviais, esgotamento sanitário, redes de
água, de energia elétrica e de iluminação, permitindo-se interligação nos pontos
troncais da rede geral, sendo tais serviços implantados e mantidos pelo condomínio
mediante projetos técnicos apresentados pelo interessado e aprovados pelos órgãos
competentes.

§1º- O sistema Viário deve obedecer os requisitos indicados nesta Lei.

§2°- A concessão do alvará de licença para a construção de unidade autônoma é


condicionada à completa execução das obras relativas à infra-estrutura do condomínio
vistoriadas e aprovadas pelo órgão municipal competente e deve atender as
especificações do Código de Obras de Ijuí.

Art. 17- Para aprovação dos projetos de condomínios residenciais unifamiliares


aplicam-se as mesmas disposições estabelecidas na Lei do Parcelamento do Solo para
fins Urbanos de Ijuí.

Art. 18- Os condomínios residenciais multifamiliares obedecem a legislação


federal, além das normas previstas nesta Lei e no Código de Obras de Ijuí.

Parágrafo Único- Os condomínios residenciais multifamiliares com o número de


unidades autônomas acima de 100 (cem) devem prever Áreas Verdes de Lazer na
proporção mínima de 35% (trinta e cinco por cento) do total da área do terreno.

CAPÍTULO IV
DAS ÁREAS MISTAS

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Art.19- As Áreas Mistas destinam-se à multiplicidade de usos, incluindo variadas
atividades econômicas e o uso residencial permanente que, para a convivência
conjunta, devem ser adequados à capacidade instalada ou projetada da infra-estrutura,
sem prejuízo da utilização compatível com a qualidade ambiental, com a segurança e
a saúde da coletividade.

§1°- As Áreas Mistas se incluídas em Áreas de Controle Adicional devem atender,


ainda, as disposições específicas constantes nesta Lei.

§2º- Na Área Mista Especial é vedado o parcelamento do solo para fins habitacionais.

CAPÍTULO V
DAS ÁREAS INDUSTRIAIS

Art.20- As Áreas Industriais são designadas pela expressão “ DISTRITO


INDUSTRIAL” e destinam-se à função industrial e de armazenagem, devendo ser
adequadas à capacidade instalada ou projetada de infra-estrutura, sem prejuízo da
utilização compatível com a qualidade ambiental, com a segurança e a saúde da
coletividade.

§1°- As Áreas do Distrito Industrial se incluídas em Áreas de Controle Adicional


devem atender, ainda, as disposições específicas constantes nesta Lei.

§2º- No Distrito Industrial, o parcelamento do solo para fins habitacionais é vedado e


o uso residencial permanente não deve ser incentivado pelo Poder Público Municipal.

CAPÍTULO VI
DAS ÁREAS INSTITUCIONAIS-COMUNITÁRIAS

Art.21- As Áreas Institucionais-Comunitárias são destinadas às edificações e ás


instalações públicas de administração e segurança, de serviços essenciais, de saúde,

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educação, atendimento ao idoso, à criança e ao adolescente, de cultura, esporte e
lazer, de centro comunitário e de abastecimento.

§1°- As Áreas Institucionais-Comunitárias se incluídas em Áreas de Controle


Adicional devem atender, ainda, as disposições específicas constantes no Título III
desta Lei.

§2°- As Áreas Institucionais-Comunitárias podem localizar-se no interior das


demais áreas, obedecendo as disposições do Código de Obras e do Código de
Posturas do Município de Ijuí, além das normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT).

Art.22- São áreas de serviços essenciais aquelas que asseguram a existência e a


localização adequada dos equipamentos urbanos destinados a:

I- captação, tratamento e abastecimento de água;


II- coleta, tratamento e destinação final de esgotos sanitários e de águas
pluviais;
III- tratamento e destinação final de resíduos urbanos;
IV- geração e distribuição de energia elétrica;
V- telecomunicações.

§1º- As Áreas destinadas a serviços essenciais se integrantes das Áreas de Interesse


ou Proteção Especial atendem as disposições específicas constantes no Título III desta
Lei.

Art.23- A instalação de equipamentos de comunicação pode localizar-se em qualquer


ponto da zona urbana ou rural que objetive a viabilização funcional, desde que
sujeitas à prévia autorização do órgão técnico municipal, observados os critérios de
qualidade ambiental, de segurança e de saúde da coletividade.

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Art.24- As Áreas Institucionais-Comunitárias têm regime urbanístico compatibilizado
obrigatoriamente com o das áreas nas quais se incluem, excetuando-se os casos
previstos no Artigo 26 desta Lei, estando sujeitas à prévia autorização do órgão
técnico municipal.

Parágrafo Único- Desaparecendo o motivo que determinou o estabelecimento de


Área Institucional-Comunitária , o regime urbanístico da área correspondente é
compatibilizado com o zoneamento existente.

CAPÍTULO VII
DAS ÁREAS VERDES DE LAZER

Art.25- As Áreas Verdes de Lazer destinam-se à recreação e ao lazer comunitários e


constituem-se de parques públicos, praças e similares.

§ 1°-Fica vedada qualquer outra destinação das áreas designadas para lazer e
recreação comunitários.

§ 2º-Fica vedado qualquer uso, atividade ou edificação que conflite com a finalidade
principal.

§ 3º-As Áreas Verdes de Lazer se integrantes das Áreas de Interesse ou Proteção


Especiais atendem, ainda, as disposições específicas constantes no Título III desta
Lei.

§ 4°-As Áreas Verdes de Lazer podem situar-se no interior das demais áreas,
persistindo o regime urbanístico daquelas.

Art.26- A instalação dos equipamentos comunitários designados no Inciso I do Artigo


53 da Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado é considerada prioritária
para áreas Verdes de Lazer, ficando sujeita às seguintes exigências :

I- Para áreas inferiores a 1.000 (mil) metros quadrados são obrigatórios:


taxa de ocupação máxima de 5% (cinco por cento), taxa de
permeabilidade e índice de áreas verdes de no mínimo 50% (cinqüenta
por cento), cada um;
II- Para áreas de 1.000 (mil) a 5.000 (cinco mil) metros quadrados são
obrigatórios: taxa de ocupação máxima de 50% (cinqüenta por cento),
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taxa de permeabilidade e índice de áreas verdes de no mínimo 40%
(quarenta por cento), cada um;
III- Para áreas maiores de 5.000 (cinco mil) até 10.000 (dez mil) metros
quadrados são obrigatórios: taxa de ocupação máxima de 40% (quarenta
por cento), taxa de permeabilidade e índice de áreas verdes de no
mínimo 40% (quarenta por cento), cada um;
IV- Para áreas maiores de 10.000 (dez mil) metros quadrados são
obrigatórios: taxa de ocupação máxima de 10% (dez por cento ), taxa de
permeabilidade e índice de áreas verdes de no mínimo 60% (sessenta
por cento ), cada um.

§1°- Além dos equipamentos de lazer ao ar livre podem ser integrantes das Áreas
Verdes de Lazer as edificações de sanitários, vestiários, quiosques, e dependências
necessárias ao serviços de conservação, desde que atendam as exigências deste
Artigo.

§2°- As edificações destinadas a quiosques nas áreas verdes de lazer, têm atividades
comerciais exclusivamente para a venda de jornais, revistas, livros e correlato, bem
como de lanches e refeições.

§3°- As edificações a serem implantadas em áreas com superfície superior a 5.000


(cinco mil) metros quadrados obedecem projetos específicos de implantação
elaborados pelo órgão técnico municipal.

CAPÍTULO VIII
DAS ÁREAS DO SISTEMA VIÁRIO

Art. 27- As Áreas do Sistema Viário são aquelas necessárias à eficiência do sistema
de transporte e à circulação urbana, incluindo as próprias vias, suas faixas de
domínio, terminais de transporte, equipamentos e mobiliário urbano que lhes são
complementares e dividem-se em:

I- Sistema Rodoviário;
II- Áreas de Circulação de Pedestres;
III- Estacionamento.

§1º- As Áreas do Sistema Viário, quando integrantes das Áreas de Interesse Especial,
atendem, ainda, as disposições constantes do Título III, Capítulo I desta Lei.
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§2º- As Áreas do Sistema Viário podem localizar-se no interior das demais áreas,
sendo representadas no mapa do anexo I, parte integrante desta Lei, quando as
dimensões são compatíveis com a escala utilizada.

Art. 28- Os equipamentos do Sistema Viário que exijam edificações, tais como
terminais, oficinas, depósitos e similares, ficam sujeitos aos limites de ocupação da
área em que se localizarem, ressalvadas outras disposições desta Lei e das legislações
Federal e Estadual pertinentes.

Art. 29- São “ non aedificadi ’’ a faixa de domínio e os afastamentos exigidos por
esta Lei, bem como as faixas destinadas à ornamentação do Sistema Viário.

SEÇÃO I
DO SISTEMA RODOVIÁRIO

Art.30- O Sistema Rodoviário é o conjunto de vias hierarquizadas, constituindo-se no


suporte físico da circulação urbana e que, de acordo com a função e capacidade de
cada via, têm a seguinte denominação:

I- Vias Estruturais: São aquelas que têm por função interligar as áreas urbanas e
os núcleos rurais, assegurando a integração regional;
II- Vias Principais: São aquelas que conciliam o tráfego de passagem ao tráfego
local, constituindo-se em rotas preferenciais para o transporte coletivo e em
corredores de comércio e serviços, articulando e orientando a circulação
urbana;
III- Vias Secundárias: São aquelas que coletam os fluxos de tráfego das vias locais
às vias principais, constituindo-se em rotas intermediárias para o transporte
coletivo, assegurando a interligação entre áreas urbanas;
IV- Vias Locais: São as demais vias de circulação urbana, possibilitando o acesso
direto aos lotes e às edificações em cada área urbana.

§1°- As vias secundárias devem ser implantadas a uma distância paralela máxima de
400 ( quatrocentos) metros em relação a outras vias de mesmo porte.

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§2º- O Sistema Rodoviário urbano está representado no mapa do Anexo III desta Lei.

Art. 31- As caixas de via obedecem, no mínimo, os seguintes gabaritos:

I- 20 (vinte) metros nas Vias Principais;


II- 15 (quinze) metros nas Vias Secundárias;
III- 09 (nove) metros nas Vias Locais.

§1°- Nos loteamentos destinados exclusivamente a fins industriais as vias devem ter
caixa mínima de 20 (vinte) metros e os locais de acesso aos lotes industriais,15
(quinze) metros.
§2°- Nos loteamentos destinados exclusivamente a fins industriais, as vias devem
começar e terminar em vias de igual ou maior largura.
§3°- Nas áreas mistas, todas as vias obedecem a caixa mínima das vias principais
para estacionamento ao longo das vias.
§4º- As seções transversais das vias do Sistema Rodoviário estão representadas a
seguir e devem obedecer o projeto final de engenharia desde que aprovado pelo órgão
municipal competente e observados os mínimos dispostos nesta seção.

VIAS PRINCIPAIS

3,00 14,00 3,00 -


20,00

VIAS SECUNDÁRIAS

2,00 11,00 2,00

15,00

VIAS LOCAIS

1,50 6,00 1,50

11,00

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§5°- A caixa mínima das Vias Estruturais é definida pelos órgãos competentes,
estadual ou federal.

Art. 32- A largura de uma nova via que se constituir em prolongamento de outra já
existente ou prevista em Plano aprovado pelo Poder Público Municipal não pode ser
inferior à largura desta ultima, ainda que, pela sua função, possa ser considerada de
categoria inferior.

Parágrafo Único- O prolongamento das vias locais existentes com caixa inferior a 09
(nove) metros devem obedecer a caixa mínima de 09 (nove) metros.

Art.33- A divisão das vias de circulação em pista de rolamento e passeios ou calçadas


deve acompanhar os perfis típicos padronizados pela Prefeitura Municipal,
obedecendo os seguintes critérios:

I- a pista de rolamento é composta de faixas de 03 (três) metros;


II- da largura total das vias, excluída a pista de rolamento e o canteiro
central, se for o caso, o restante é destinado, em partes iguais, aos
passeios ou calçadas, que não podem ter largura inferior à estabelecida
para cada categoria, observado o declive de 3% (três por cento) no
sentido transversal;
III- a largura mínima do acostamento, se necessário, é de 2,50m (dois metros
e cinqüenta centímetros).

Art. 34- Os alinhamentos de vias, nos cruzamentos, devem concordar por um arco de
círculo com raio mínimo de:

I- 05 (cinco) metros entre as Vias Principais;


II- 04 (quatro) metros entre as Vias Secundárias;
III- 03 (três) metros entre as vias locais.

Parágrafo Único- Nos cruzamentos de vias de hierarquia diferente, a concordância


referida no “ Caput ’’ deste artigo, obedece o raio mínimo definido para a via de
maior porte. T vias principais- R 5,00m
vias secundárias- R 4,00m

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T- ponto de tangência Vias locais- R 3,00m
R- raio de curvatura r

Art. 35- Nos cruzamentos de vias já existentes e se houver aquiescência, mediante


instrumento público, do proprietário do terreno da esquina, o Poder Público pode
executar as obras necessárias à ampliação do raio do curvatura da concordância entre
os alinhamentos das ruas.

§ 1°- O proprietário do terreno, como compensação, tem autorizada a transferência


do direito de construir conforme dispõe a Lei do Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado e é dispensado de obedecer o afastamento frontal obrigatório.

§ 2°- O raio de curvatura mínimo obedece as disposições do Artigo 34 desta Lei.

§ 3°- O passeio público deve manter, no mínimo, a mesma largura anterior às obras de
ampliação da via.

Art. 36- Nas intersecções e nos acessos entre vias de hierarquia diferente, devem ser
obedecidos os seguintes critérios :

I- as interseções entre as Vias Principais e as Vias Estruturais são


detalhadas pelo órgão técnico municipal, ouvido os órgãos
competentes, estadual ou federal;
II- é vedado o acesso direto das Vias Locais ou Secundárias às Vias
Estruturais;
III- na Área Mista Especial, os acessos das Vias Locais ou Secundárias às
Vias Estruturais são realizados somente através de Vias marginais e as
interseções são detalhadas pelo órgão técnico municipal, ouvidos os
órgãos competentes, estadual ou federal.

Art. 37- Os terrenos lindeiros às Vias Estruturais somente podem ser edificados se
tiverem acesso por via independente ou marginal, excetuando-se aquelas atividades
de relevância para a circulação viária inter-municipal após aprovação do órgão
competente, federal ou estadual, sempre respeitando a faixa “ non aedificandi’’.

Art.38- Os acessos de veículos ao interior dos lotes devem obedecer os critérios


mínimos representados nos esquemas desenhados a seguir:

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I - acesso de automóveis, com rebaixamento de meio-fio;

Esc/1:50
0,75 3,00 0,75

,, 4,50

II- acesso de caminhões ou ônibus, com rebaixamento de meio-fio;

3,50
*- 0,75
esc/ 1:250

passeio

* 6,00 *
7,50
Art. 39- O acesso direto aos imóveis situados nas interseções de vias deve respeitar
a distância mínima de 10 (dez) metros medida a partir do ponto de tangência,
conforme a seguir:
-----------------------------------
T

10,00
r T T: ponto de tangência

§ 1°- Se a interseção das vias não for por curva de concordância, deve ser respeitada
a mesma distância, simulando-se um arco de círculo imaginário e obedecendo o raio
de curvatura definido no Artigo 34 desta Lei.

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§ 2°- No caso de lote localizado na interseção de Via Principal com Estrutural, a
distância mínima para o acesso deve ser definida em conjunto com o órgão municipal
competente, nunca sendo inferior a 20 (vinte) metros do ponto de tangência.
§ 3 °- Nos seguintes casos, os projetos de acesso a estacionamento devem ser
definidos em conjunto com o órgão municipal competente:

I- estacionamento de automóveis cujo número de vagas é superior a 30


(trinta) metros;
II- o lote é frontal a Via Principal ou Estrutural;
III- terminais rodoviários de transporte coletivo ou de carga;
IV- os acessos que forem projetados com curva horizontal de
concordância.

Art. 40- As vias de circulação sem saída, para receber tráfego de veículos, são
autorizadas se providas de praça de retorno no seu término e se seu comprimento,
incluído o espaço de manobras, não exceder a 20 (vinte) vezes a sua largura.

§ 1°- As praças de retornos para o tráfego de automóveis devem possuir raio mínimo
igual à largura da via e nunca inferior a 08 (oito) metros, com o passeio contornando
todo o perímetro do retorno com largura igual à dos passeios da via de acesso,
conforme o exemplo da figura a seguir:
L = largura da via
C = comprimento da via
R = raio da praça
R
L
C R  6,00 m
C  20 L

§ 2°- As praças de retorno para o tráfego de caminhões ou ônibus devem possuir raio
mínimo de 20 ( vinte ) metros.

§ 3º- As vias de circulação podem terminar nas divisas de gleba a arruar, no caso de
seu prolongamento estiver previsto no Plano Viário da cidade ou a juízo do órgão
competente municipal, se interessar à coletividade.

Art. 41- A rampa máxima permitida nas vias de circulação de veículos é de 15%
(quinze por cento), devendo apresentar abaulamento necessário para direcionar as
águas pluviais às sarjetas.

Art. 42- Nas vias de circulação de veículos cujo leito não estiver no mesmo nível dos
terrenos marginais, são obrigatórios taludes com declividade máxima de 80% ( oitenta
18
por cento) e altura máxima de 1,5m (um metro e cinqüenta centímetros), com
espaçamento mínimo de 50 (cinqüenta) metros entre cada dois níveis ou degraus.

§ 1°- São permitidas alturas de até 03 (três) metros para taludes com declividade
máxima de 60% (sessenta por centro).

§ 2°- Todos os taludes devem ser recobertos por gramíneas.

§ 3º- Os taludes podem ser substituídos por muros de arrimo ou proteção, com
drenagens, às expensas do loteador ou proprietário.

Art. 43- As vias urbanas são obrigatoriamente arborizadas, com vistas a preservação
da qualidade ambiental e urbanística, executadas mediante orientação do setor
competente do Poder Público Municipal.

§ 1°- A localização e a altura das árvores não deve interferir nas redes de execução de
serviços públicos essenciais.

§ 2°- No prazo máximo de 06 ( seis) meses, o Poder Executivo Municipal deve editar
norma disciplinando o Plantio de árvores no perímetro urbano.

Art. 44- Anterior à denominação oficial, a identificação das vias e logradouros


públicos é feita por meio de números ou letras.

SEÇÃO II
DAS ÁREAS DE CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES

Art. 45- Fica obrigatória a construção e a pavimentação dos passeios em todas as vias
urbanas obedecendo-se, no mínimo, os seguintes requisitos:

I- Largura mínima de 03 (três) metros nas Vias Principais de 02 (dois)


metros nas Vias Secundárias e de 1,50m (um metro e cinqüenta
centímetros) nas Vias Locais, respeitada a pista de rolamento existente
ou projetada;
II- Declividade transversal mínima de 02% (dois por cento) e máxima de
04% (quatro por cento);
19
III- Rebaixamento de meio-fio ou curva horizontal de concordância nos
acessos e estacionamentos.

§ 1°- Os passeios devem ter, nas esquinas o meio-fio rebaixado para facilitar o acesso
de deficientes físicos.

§ 2°- O “ Habite-se’’ das edificações e ou o licenciamento das atividades ficam


condicionados à execução dos passeios exigidos neste Artigo.

Art. 46- O Poder Executivo Municipal pode criar vias de circulação exclusiva de
pedestres, utilizando-se do Sistema Viário existente ou projetado.

§ 1°- Nas vias de circulação exclusiva de pedestres caracterizadas pela transformação


de vias urbanas existentes, os usos a serem licenciados devem atender os objetivos
fixados para as referidas áreas.

§ 2°- Os usos de que trata o § 1deste Artigo são licenciados somente após análise do
Porte, localização e horário de funcionamento.

§ 3°- A transformação de vias existentes para a circulação exclusiva de pedestres é


declarada após consulta da população atingida e mediante Decreto Municipal.

Art. 47- Os caminhos e servidões de passagem são de uso público irrestrito, estando
sob guarda e a conservação do Poder Público Municipal.

§ 1°- Os caminhos e servidões obedecem a largura mínima de 04 (quatro) metros.

§ 2°- Excetuam-se da aplicação deste Artigo as vias internas ou caminhos integrantes


das áreas de uso exclusivo dos condomínios residenciais e as servidões que ligam
terrenos encravados.

SEÇÃO III
DO ESTACIONAMENTO

Art. 48- A fim de garantir o estacionamento de veículos particulares fora das vias
públicas, são exigidas vagas de estacionamento em garagens, abrigos ou áreas
descobertas em conformidade com a tabela do Anexo IV desta Lei.
20
§ 1º- Se no mesmo terreno coexistirem mais de um uso ou atividade, o número de
vagas exigido é igual a soma das vagas de cada uso ou atividade.

§ 2º- O número de vagas para o uso ou a atividade não especificados no Anexo IV


desta Lei é calculado por similares, respeitando o mínimo de uma vaga para cada duas
unidades construídas.

Art. 49- Nos usos e atividade que necessitarem de estacionamento frontal,


exclusivamente para automóveis, este deve ter uma profundidade mínima de 06 (seis)
metros , não computados os passeios e incluídos os acessos.

Art. 50- Em todas as edificações, somente são permitidas:

I- obras de ampliação que atendam o número de vagas para


estacionamento equivalente à área total da edificação;
II- instalação de atividades que atendam o número de vagas equivalente
para estacionamento;
III- instalação de atividades que correspondam ao mesmo número de
vagas para estacionamento da atividade anterior.

Parágrafo Único- Ocorrendo falta de área para estacionamento, nos casos referidos
nos Incisos I e II, admite-se a utilização de outra área, com distância máxima de 100
(cem) metros do local da instalação.

Art. 51- Não são exigidas vagas de estacionamento para atividades que utilizem área
construída inferior a 80 (oitenta) metros quadrados se localizadas em Áreas Mistas ou
inferior a 100 (cem) metros quadrados se localizadas no restante da Zona Urbana I.

TÍTULO III
DAS ÁREAS DE INTERESSE E PROTEÇÃO ESPECIAIS
CAPÍTULO I
DAS ÁREAS DE INTERESSE ESPECIAL

21
Art. 52- São de Interesse Especial as áreas localizadas na zona rural ou urbana de Ijuí
que visam a garantia de padrões específicos de uso e ocupação do solo necessários ao
desenvolvimento de atividades peculiares de âmbito regional, subdividindo-se:

I- Áreas do Sistema de Circulação Regional;


II- Áreas de Serviço Público Essencial;
III- Áreas de Segurança Pública Especial;
IV- Áreas de Interesse Científico;
V- Áreas de Interesse Turístico;
VI- Outras que vierem a ser regulamentadas.

§ 1°- As Áreas de Interesse Especial, quando integrantes das Áreas de Proteção


Especial, devem atender as disposições específicas nesta Lei.

§ 2°- As Áreas de Interesse Especial estão representadas nos mapas dos Anexos I e V
desta Lei.

SEÇÃO I
DAS ÁREAS DO SISTEMA DE CIRCULAÇÃO REGIONAL

Art. 53- São Áreas do Sistema de circulação Regional:

I- as rodovias de âmbito federal, estadual e municipal e suas respectivas


faixas de domínio;
II- a ferrovia, suas faixas de domínio e os terminais de transporte;
III- o Aeroporto Municipal João Batista Bós Filho e uma faixa de 1.000 (um
mil) metros à sua volta, reservada como entorno de proteção;
IV- outras que vierem a ser regulamentadas.

Parágrafo Único- As áreas do Sistema de Circulação Regional estão sob a guarda e


a conservação dos órgãos competentes e atendem a legislações federal, estadual e
municipal pertinentes.

Art.54- A ferrovia, incluídas suas faixas de domínio, deve receber isolamento


completo na zona urbana, com vistas à segurança e saúde da coletividade,
excetuando-se as passagens de nível.

22
§ 1°- As passagens de nível devem receber tratamento urbanístico e sinalização
apropriada, atendendo as normas de segurança.

§ 2°- Os terminais ferroviários destinados ao transporte de carga e localizados na


zona urbana , devem atender disposições especiais a serem definidas pelo órgão
técnico municipal, ouvido o órgão competente.

Art. 55- No entorno de proteção do Aeroporto Municipal João Batista Bós Filho, é
vedada a implantação de distrito industrial ou de qualquer atividade industrial.

SEÇÃO II
DAS ÁREAS DE SERVIÇO PÚBLICO ESSENCIAL

Art. 56- São de Serviço Público Essencial, além daquelas indicadas nas Áreas
Institucionais-Comunitárias, as áreas que integram as redes de energia elétrica de alta
tensão, suas faixas de domínio e a sub-estação da Companhia Estadual de Energia
Elétrica ( CEEE ).

Parágrafo Único- As faixas de domínio são “ non aedificandi’’ atendendo as normas


técnicas vigentes.

SEÇÃO III
DAS ÁREAS DE SEGURANÇA PÚBLICA ESPECIAL

23
Art 57- São de segurança Pública Especial as áreas pertencentes ao 27° grupo de
Artilharia de Campanha, à 3º Companhia da Brigada Militar e ao Presídio Regional,
além de outras que vierem a ser instaladas para atender esta finalidade.

Parágrafo Único- As áreas de que trata o “ Caput ’’ deste Artigo atendem as normas
técnicas e de segurança especial emitidas pelas autoridades militares e pelo órgão
estadual competente.

SEÇÃO IV
DAS ÁREAS DE INTERESSE CIENTÍFICO

Art. 58- São de interesse científico, além daquelas integrantes das áreas Institucionais-
Comunitárias, as áreas onde ocorrem atividades de investigação, desenvolvimento e
difusão científica e tecnológica.

Art. 59- São declaradas de interesse científico as áreas:

I- do campus universitário da Universidade de Ijuí;


II- da Escola Fazenda do Instituto Municipal de Educação Assis Brasil;
III- da Sede da Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do
Noroeste do Estado, inclusive suas dependências;
IV- da Estação Florestal de Experimentação do Instituto Brasileiro do Meio-
Ambiente e Recursos Naturais Renováveis;
V- outras que vierem a ser regulamentadas.

§ 1°- As atividades integrantes da classe 5, conforme o Artigo 84, § 1°, Inciso V, são
proibidas a uma distância mínima de 1.000 (um mil) metros no entorno das áreas de
Interesse Científico.

§ 2°- Se as instituições forem extintas ou sofrerem alterações que descaracterizem


sua finalidade precípua, as Áreas de interesse Científico deixem de ser legisladas
segundo a presente classificação, desde que resguardado o bem público.

SEÇÃO IV
DAS ÁREAS DE INTERESSE CIENTÍFICO

24
Art. 60- São Áreas de Interesse Turístico aquelas que devem ser preservadas,
protegidas e valorizadas em seus aspectos naturais e/ou culturais com vistas ao seu
aproveitamento para turismo, cultura, lazer, recreação, feiras e exposições em geral.

Parágrafo Único- O Poder Público Municipal, ao declarar as Áreas de Interesse


Turístico, estabelecerá normas de uso e ocupação do solo, sem prejuízo das
disposições constantes nesta Lei sobre as Áreas de Proteção Especial.

Art. 61- Fica declarada de Interesse Turístico a área do Parque Regional de Feiras e
Exposições Assis Brasil.

§ 1°- Fica vedada qualquer outra destinação da área referida no “ Caput’’ deste
Artigo, bem como qualquer uso, atividade ou edificação que conflite com a finalidade
principal.

§ 2°- Fica vedado qualquer uso ou atividade da classe 05, conforme o Artigo 84, § 1º,
Inciso V, numa faixa marginal de 500 (quinhentos) metros, que se constitui em
entorno de proteção ao Parque Regional de Feiras e Exposições Assis Brasil.

CAPÍTULO II
DAS ÁREAS DE PROTEÇÃO ESPECIAL

Art. 62- São de Proteção Especial as áreas localizadas na zona rural ou urbana de Ijuí
onde o uso e a ocupação do solo devem ser limitados ou proibidos, tendo em vista a
qualidade ambiental e o bem público, subdividindo-se em:

I- Áreas de Preservação Permanente;


II- Áreas de proteção Ambiental;
III- Áreas do Patrimônio Histórico- Cultural e Paisagístico;
IV- Áreas de Controle Adicional;
V- Outras que vierem a ser regulamentadas.

25
§ 1º- O Poder Público Municipal deve garantir livre acesso à circulação de pedestres
mediante caminhos e servidões públicas em áreas declaradas de Preservação
Permanente, de Proteção Ambiental e de Patrimônio Histórico-Cultural e Paisagístico,
que não lesem a finalidade principal.

§ 2°- As Áreas de Proteção Especial estão indicadas nos mapas dos Anexos I e V
desta Lei com exceção das Áreas do Patrimônio Histórico-Cultural e Paisagístico,
que serão definidas num prazo máximo de um ano.

SEÇÃO I
DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

Art. 63- As Áreas de Preservação Permanente são porções do território municipal


destinadas a conservar as florestas, matas e demais formas de vegetação reconhecidas
de utilidade às terras que revestem e constituindo terras de interesse comum a todos
os habitantes do município.

§ 1°- Os direitos de propriedade sobre as áreas e a vegetação nela existentes são


exercidos com as limitações estabelecidas pela legislação pertinente, pelo Código
Florestal ( Lei Federal n° 4. 771, de 15 de novembro de 1965, modificada pela Lei
Federal n° 7. 803 de 18 de julho de 1989 ) ou seu sucedâneo e pelo Código Florestal
do Estado do Rio Grande do Sul ( Lei Estadual nº 9.519, de 21 de janeiro de 1992).

§ 2°- Os usos permitidos para as Áreas de Preservação Permanente devem ser


definidos pelo Código Municipal de Meio Ambiente.

26
Art. 64- As Áreas de Preservação Permanente são “ non aedificandi’’, ressalvos os
usos públicos necessários à vida em coletividade e caracterizam-se pela limitação
total da ocupação.
§ 1°- A supressão total ou parcial de florestas de preservação permanente somente é
admitida com prévia autorização do Poder Executivo Federal, quando for necessária
à execução de obras de utilidade pública e interesse social.

§ 2°- As áreas destinadas à execução de serviços públicos conforme dispõe o § 1º


deste Artigo devem ser recuperadas, com projeto paisagístico ou ajardinamento
aprovado pelo órgão competente, municipal ou estadual.

Art. 65- Nas Áreas de Preservação Permanente, são proibidos depósitos de resíduos
de qualquer natureza e de qualquer origem.

Art. 66- Deve ser implantado, no prazo máximo de dois anos a partir da entrada em
vigor desta Lei, o organismo de monitoramento ambiental de caráter permanente ou o
convênio com instituição qualificada para tal, com obtenção de dados semestrais de
controle, a ser definido no Código Municipal do Meio Ambiente.
Art. 67- São declaradas Áreas de Preservação Permanente, incluindo as situadas na
zona rural:

I- as áreas do Decreto Executivo Municipal n° 1.227-SG, de 26 de dezembro


de1988, isto é, a da “ Reserva Florestal’’ localizado no Distrito de Doutor
Bozano e a do “ Bosque dos Capuchinhos’’, estando ambas sujeitas à
definição dos usos compatíveis com a sua significância;
II- as áreas definidas pelo Código Florestal ( Lei Federal n° 4.771 de 15 de
setembro de1965, modificada pela Lei Federal n° 7.803 de 18 de julho de
1989 ) e ampliadas por esta Lei, que são:

a) a faixa marginal de 100 (cem) metros ao longo do rio Ijuí;


b) a faixa marginal de 100 (cem) metros ao longo da margem esquerda do rio
Potiribú entre o prolongamento da Av. Cel Dico e o prolongamento da rua
Emílio Glitz;
c) a faixa marginal de 50 (cinqüenta) metros ao longo dos rios Conceição,
Caxambú e do restante do rio Potiribú;
d) as faixas de 30 (trinta) metros ao longo dos demais cursos d’agua;
e) as faixas de 30 (trinta) metros de raio ao redor das nascentes, olhos d’agua
naturais ou artificiais;

27
f) a área de 50 (cinqüenta) metros de raios ao redor das nascentes, olhos d’agua e
banhados, qualquer que seja a sua situação topográfica;
g) as encostas ou parte destas com declividade superior a 30% (trinta por cento)
na linha de maior declive;
h) outras que vierem a ser designadas.

SEÇÃO II
DAS ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

Art. 68- São consideradas Áreas de Proteção Ambiental as porções do território


municipal destinadas a assegurar o equilíbrio de paisagens naturais pelo seu interesse
paisagístico, ecológico e educativo, estando registrados a ocupação e o uso.

Art. 69- A regulamentação das áreas declaradas de Proteção Ambiental, com a


delimitação geográfica e a definição do zoneamento e dos usos permitidos, deve ser
estabelecida no prazo máximo de um ano a partir da entrada em vigor desta Lei.

Art. 70- Nas Áreas de Proteção Ambiental são proibidos os empreendimentos


imobiliários, o parcelamento do solo para fins urbanos e as atividades incluídas nas
classes 2b 3, 4 e 5 designadas no Artigo 84, § 1°, Inciso II alínea b e Incisos III, IV
e V, desta Lei, ressalvadas as edificações de interesse turístico.

Parágrafo Único- Qualquer atividade a ser instalada em Áreas de Proteção Ambiental


deve, previamente, ser objeto de estudo de impacto ambiental e de aprovação pelo
órgão estadual competente e depende da comprovação de absoluta relevância social.

Art. 71- São declaradas Áreas de Proteção Ambiental, incluindo as situadas na zona
rural, dependendo de regulamentação complementar:

I- as áreas de raio a 01 (um) quilômetro ao redor das Usinas Hidrelétricas


da Sede ( Usina Velha), das Andorinhas, Passo do Ajuricaba e outras
que venham a ser instaladas, bem como a faixa adicional de 200
(duzentos) metros a cada lado do rio a montante delas pela distância de
01(um) quilômetro, visando amenizar os processos de assoreamento e
poluição das águas e a proteção do Patrimônio Histórico-Cultural e
Paisagístico;

II- as faixas de 200 (duzentos) metros de largura a cada lado e pela distância
de 500 (quinhentos) metros a montante e 500 (quinhentos) metros a
jusante dos rios nos sítios das Cascatas do Wazlawick, das Andorinhas e
28
do rio Caxambú, bem como os outros que vierem a ser designados,
visando a proteção da beleza paisagística;

III- as áreas de raio igual a 01 ( um ) quilômetro ao redor das fontes de águas


minerais Ijuí e Itaí, pela excepcional qualidade das águas;

IV- as áreas com mais de 5.000 (cinco mil ) metros quadrados cobertas de
mata nativa e outras de significância local, dentro da Zona Urbana ,
visando conservar e ou melhorar as condições ecológicas da cidade;

V- as áreas das antigas pedreiras, situadas nos bairros Pindorama e Thomé de


Souza, visando a recuperação ambiental e o seu aproveitamento como área
de lazer e recreação;

VI- outras que vierem a ser designadas.

Parágrafo Único- As Áreas de Proteção Ambiental declaradas nesta lei são


consideradas de proteção integral, proibindo-se qualquer uso e ocupação, até que se
regulamente o zoneamento específico para cada área.

SEÇÃO III
DAS ÁREAS DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO-CULTURAL E
PAISAGÍSTICO

Art. 72- É Patrimônio Histórico-Cultural e Paisagístico o conjunto de bens móveis,


imóveis e ou áreas verdes que esteja vinculado a fatos memoráveis da história ou pelo
seu excepcional valor artístico, arquitetônico, etnográfico, natural e arqueológico.

§ 1°- Nas áreas de Patrimônio Histórico-Cultural e Paisagístico, são proibidos os usos


conflitantes com a finalidade principal ou alterações que invalidem o motivo da
proteção, excetuando-se obras de restauração.

§ 2°- Qualquer atividade a ser instalada em Áreas do Patrimônio Histórico-Cultural e


Paisagístico deve ter licenciamento prévio a cargo do órgão municipal competente
ouvidos os órgãos e instituições indicados no Artigo 73 desta Lei.

29
§ 3°- Consideram-se obra de restauração, para efeitos desta Lei, as intervenções que
restituam ao imóvel as suas feições mais significativas, utilizando-se técnicas
compatíveis com as características do imóvel, de modo ao permitir perfeitas
condições habitabilidade ou aproveitamento condizente com a sua tipologia.

Art. 73- Os sítios, monumentos e edificações devem ser declarados pelo poder
Público Municipal de Proteção ao Patrimônio Histórico-Cultural e Paisagístico,
atendendo a legislação pertinente, mediante proposta e parecer da Fundação Cultural
de Ijuí mais a Secretaria Municipal de Educação e Cultura e o Museu Antropológico
Diretor Pestana, sob a aprovação pelo Conselho de Desenvolvimento do Município
de Ijuí.

Parágrafo Único- Para a preservação das edificações referidas no “Caput’’ deste


Artigo, pode ser adotada a transferência do direito de construir conforme dispõe a Lei
do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado.

SEÇÃO IV
DAS ÁREAS DE CONTROLE ADICIONAL

Art. 74- As Áreas de Controle Adicional são porções de território municipal sob a
ação ou sujeitas a desequilíbrio dos processos naturais ou acidentes causadores de
danos ao meio ambiente e à vida, em conseqüência de ocupação e uso urbanos, onde
se faz necessária a regulamentação de controle e normas específicas.

Parágrafo Único- As normas de uso e o controle específico citados no “Caput’’


deste Artigo estão regulamentadas nesta Lei, na Lei do Plano Diretor de
Desenvolvimento Integrado e no Código Municipal do Meio Ambiente, atendendo as
disposições da legislação sobre a matéria.

Art. 75- São declaradas Áreas de controle Adicional as seguintes, incluindo as


situadas na zona rural:

I- encostas com declividade superior a 20% (vinte por cento) e até 30% (trinta
por cento) inclusive, localizadas na Zona Urbana;

30
II- encostas com declividade superiores a 30% (trinta por cento) efetivamente
ocupadas, na Zona Urbana, até a data de publicação desta Lei;
III- banhados, alagadiços e várzeas parcial ou totalmente ocupados, na Zona
Urbana, até a data de publicação desta Lei;
IV- barrancos e paredões rochosos incluídos na Zona Urbana;
V- pedreiras, locais de extração e beneficiamento de recursos minerais;
VI- depósito municipal e usina de reciclagem de lixo e estação de tratamento de
esgotos sanitários;
VII- outras que vierem a ser designadas.

Art. 76- As Áreas do Inciso I do Artigo 75 são sujeitas aos seguintes requisitos
urbanísticos:

I- taxa de ocupação máxima de 40% do terreno ou lote;


II- taxa mínima de permeabilidade de 20% do terreno ou lote;
III- índice de áreas verdes de, no mínimo, 20% do terreno ou lote.

Art. 77- As áreas dos Incisos II e III do Artigo 75 são sujeitas aos seguintes requisitos
urbanísticos:

I- módulo de parcelamento mínimo com área de 500 (quinhentos) metros


quadrados ou equivalente à categoria MP-3 da Lei do Parcelamento do
Solo para fins Urbanos do Município de Ijuí;
II- taxa de ocupação máxima de 30% (trinta por cento) do terreno ou lote;
III- taxa de permeabilidade mínima de 30% (trinta por cento) do terreno ou
lote;
IV- índice de áreas verdes de , no mínimo, 40% (quarenta por cento) do
terreno ou lote;
V- número máximo de pavimentos igual a dois.
Parágrafo Único- Devem ser regulamentados em lei:

I- o controle de manutenção técnica da pavimentação e do escoamento


pluvial nas vias e passeios;
II- o controle de segurança para as construções e para a infra-estrutura
instalada;
III- o controle permanente através de campanhas de esclarecimento da
população residente e de programas de repovoamento vegetal.

31
Art. 78- As áreas do Inciso V do Artigo 75 devem ser objetos de estudos técnicos e
implantação de obras de contenção ou reparação necessárias e para o controle de
segurança, atendidas as disposições constantes nos Artigos 42, 81 e 82 desta lei.

Art. 79- As áreas do Inciso V do Artigo 75 são sujeitas à concessão de atividade dada
por Alvará Municipal com autorização do Governo Federal, bem como a obrigação de
recuperação do meio ambiente prevista na Lei Orgânica Municipal e na Legislação
Federal, sob a fiscalização do órgão competente.

§ 1°- Não é permitida a realização de atividades de extração e beneficiamento de


recursos minerais na Zona Urbana e em distância menor de 01 (um) quilômetro a
partir dela.

§2°- Fica vedado o uso dos corpos d’agua e suas margens como depositário de
resíduos , como lavadouro de máquinas e equipamentos ou como local das atividades.

§ 3°- Das atividades referidas no § 2° deste Artigo, excetuam-se aquelas de extração


de argila, desde que seja observada a preservação das águas correntes e a legislação
pertinente.

Art. 80- As Áreas do Inciso VI do Artigo 75 devem ser objeto de medidas


mitigadoras e de recuperação ambiental, não podendo ser ocupadas com uso
residencial no prazo mínimo de vinte anos após o cessamento das atividades.

Art. 81- Nas edificações novas, acréscimos ou complementos em edificações já


existentes, se localizadas em encostas, em terrenos acidentados ou que necessitam de
cortes com alturas maiores que 1,5m (um metro e cinqüenta centímetros), a
concessão da licença para construir depende de:

I- sustentação de aterros ou cortes já existentes ou a serem realizados,


incluindo dispositivos de drenagem;
II- proteção de barrancos e paredões, incluindo dispositivos de
drenagem;
III- estabilização de taludes.

Art. 82- Nos terrenos sujeitos a erosão, desmoronamentos ou deslizamentos de terras


blocos de rochas ou outros detritos em direção às sarjetas, corpos e cursos d'agua,
vales, vias e logradouros públicos ou imóveis de terceiros, o Poder Público Municipal

32
exibe do (s) proprietário (s) a execução de medidas de contenção e obras de fixação,
estabilização ou sustentação.

Parágrafo Único- Havendo omissão do (s) proprietário (s) na realização das obras
referidas no '' Caput '' deste Artigo, o poder público pode executá-las , cobrando-lhe
os custos, acrescidos de multa correspondente a 20 unidades Fiscais do Município de
Ijuí.

Art. 83- A faixa de terreno situada entre duas ou mais Áreas de proteção Especial é
considerada Área de Controle Adicional e seu uso é por ela regido, atendendo estudo
técnico detalhado pelo órgão municipal competente.

TÍTULO IV
DO REGIME URBANÍSTICO
CAPÍTULO I
DA ADEQUAÇÃO DOS USOS

Art. 84- Para cada Área urbana, são estabelecidos Usos Permitidos e Usos Proibidos
para classes de atividades, adotando-se as seguintes definições:

I- Uso Permitido: é o uso compatível com a Área Urbana designada,


cumpridas as exigências de controle, de segurança e saúde da coletividade
e de preservação de qualidade ambiental;
II- Uso Proibido: é o uso incompatível com a destinação da área.

§ 1°- A classificação toma como base os setores de atividades econômicas que se


aplicam ao meio urbano, a saber: indústria, comércio, prestação de serviços e
administração e são divididas em 05 (cinco) classes distintas:

I- Classe 1- corresponde ao conjunto de atividades de administração públicas


ou privadas;
II- Classe 2- corresponde ao conjunto de atividades de prestação de serviços,
subdivididos em:
a) serviços – pessoais, sociais, comunitários e telecomunicações.
b) Manutenção.
III- Classe 3- corresponde ao conjunto de atividades econômicas de
subsistência que envolvem comércio, indústria e prestação de serviços,

33
desde que exercidas junto à habitação do agente executor e respeitando
sempre a legislação pertinente;
IV- Classe 4- corresponde ao conjunto de atividades de comércio,
subdividindo-se:
a) vicinal e varejista,
b) atacadista.
V- Classe 5- corresponde às atividades industriais ou de fabricação.

§ 2°- Os usos permitidos e os proibidos nas diversas Áreas urbanas, segundo a classe
de atividades, estão designados no Anexo II desta Lei.

Art. 85- O licenciamento das atividades é fornecido pelo órgão técnico municipal
competente, dentro das Áreas permitidas à classe a que pertencem, indicando-se as
medidas de controle e de segurança a serem adotadas.

§ 1°- O licenciamento das atividades devem respeitar as normas editadas pela


Associação Brasileira de Normas Técnicas, ouvidos os órgãos federal e estadual
competentes e a legislação em vigor, em especial, o Código de Posturas e o Código
Municipal de Meio Ambiente.

§ 2º- O Poder Público deve incentivar a remoção para local adequado daquelas
atividades licenciadas anteriormente à publicação desta Lei e que se encontram em
incompatibilidade com os usos permitidos na Área onde estão instaladas.

§ 3°- Nas edificações e nas instalações em que se exercem atividades de uso proibido
para a Área onde estão localizadas, com licenciamento anterior à data de publicação
desta Lei, é vedada qualquer ampliação, sendo somente admitidas reformas
comprovadamente essenciais à segurança e à saúde da coletividade.

Art. 86- Os usos e as edificações em desacordo com as disposições desta Lei somente
são mantidos observando-se o seguinte:

I- não podem ser substituído por outros em discordância com os usos


designados para cada Área na presente Lei;
II- não podem ser restabelecidos após seis meses de descontinuidade
ou de cessamento da atividade;
III- não podem ser reconstruídos após avaria que tenha atingido 60%
( sessenta por cento) ou mais da sua área total constituída

34
Parágrafo Único- Para o licenciamento de novo uso que altere o uso existente devem
ser obedecidos os limites de ocupação e demais exigências desta Lei, da Lei do Plano
Diretor de Desenvolvimento Integrado, dos Códigos de Obras e de Posturas de Ijuí.

CAPÍTULO II
DOS LIMITES DE OCUPAÇÃO DO SOLO

Art. 87- Com vistas a adequação das edificações ás características de cada Área
Urbana, os limites de ocupação do solo são determinados pela aplicação simultânea
do índice de aproveitamento, da taxa de ocupação, da altura das edificações, dos
afastamentos mínimos e do número de vagas para estacionamento de veículos.

§ 1°- O índice de aproveitamento, a taxa de ocupação e os afastamentos mínimos,


bem como as Áreas onde inclinem, estão definidos no Anexo II desta Lei.

§ 2º- O número mínimo de vagas de estacionamento varia segundo a natureza dos


usos das edificações e está designado no Anexo IV, atendendo as disposições
constantes no Título II, Capítulo VIII, Seção III, desta Lei.

§ 3°- Os limites de ocupação do solo definidos neste capítulo para quaisquer terrenos
não excluem a aplicação de outros constantes das normas específicas presentes nesta
Lei.

§ 4°- Nos novos parcelamentos constam, também, dos limites de ocupação as áreas e
as testadas mínimas dos lotes designadas no Anexo II desta Lei, atendendo as
disposições da Lei do Parcelamento do Solo para fins Urbanos.

SEÇÃO I
DO ÍNDICE DE APROVEITAMENTO

Art. 88- O índice de aproveitamento é estabelecido igual a 1,0 (um) para todas as
edificações da Zona Urbana de Ijuí, conforme consta na Tabela do Anexo II,
excetuando-se os casos previstos em Lei.

35
Art. 89- Não são computadas no cálculo do índice de aproveitamento as seguintes
áreas das edificações:

I- sub-solos, sobreloja e mezaninos;


II- pavimentos sob pilotis abertos e livres no mínimo em 80% (oitenta por cento)
de sua área;
III- pavimentos-garagem e áreas de estabelecimento;
IV- pavimentos de cobertura, se a área não ultrapassar 1/3 (um terço) da superfície
do último pavimento da edificação;
V- casa de máquinas, reservatórios d’agua e centrais de ar condicionado,
substação, gás central, e apart. de zelador com área máxima de 50 m²;
VI- sacadas privativas de cada unidade autônoma, com área inferior a 20% (vinte
por cento) da superfície do pavimento onde se situarem;
VII- play-grounds, jardins e outros equipamentos de lazer ao ar livre, implantados
no nível natural do terreno ou no terraço da edificação;
VIII- sala de festas na proporção de 05m²/unidade;
IX- escada enclausurada a prova de fogo e fumaça.

SEÇÃO II
DA TAXA DE OCUPAÇÃO

Art. 90- A taxa de ocupação em cada área urbana está incluída no Anexo II desta
Lei, excetuando-se os casos previstos em Lei.
Art. 91- Não são computadas no cálculo da taxa de Ocupação as projeções
horizontais das seguintes áreas e dependências:

I- piscina, play-grounds, jardins e outros equipamentos de lazer ao ar


livre, implantados no nível natural do terreno;
II- marquises;
III- beirais de até 1,20 m (um metro e vinte centímetros);
IV- sacadas e balcões com até 1,20 m ( um metro e vinte centímetros) de
profundidade, engastados em até dois lados e com áreas inferiores a
20% (vinte por cento) da área do pavimento;
V- garagens construídas em sub-solo, áreas de estacionamento e vias
internas ao terreno;
VI- pérgolas.

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Art. 92- Os sub-solos, o pavimento-garagem e o pavimento térreo comercial têm taxa
de ocupação diferenciada nas seguintes condições:
I- nas edificações situadas em Área Mista, podem ocupar até 80% ( oitenta
por cento) ,da área do terreno, vedada a ocupação do afastamento frontal;
II- nas edificações situadas em Área Residencial, podem ocupar somente a
área da projeção horizontal da edificação.

SEÇÃO III
DA ALTURA DAS EDIFICAÇÕES

Art. 93- A altura das edificações é determinada pela aplicação conjunta do Índice de
aproveitamento, da taxa de ocupação e dos afastamentos mínimos.

§ 1°- A altura é tomada a partir do nível natural do terreno até o piso de cobertura da
edificação e deve ser medida no ponto médio da fachada situada na menor cota
altimétrica do terreno natural.

§ 2°- Não são computáveis no cálculo da altura das edificações as chaminés, casas de
máquinas, reservatórios d’agua e demais equipamentos de serviços implantados na
cobertura, desde que a sua altura não ultrapasse 7,20 m (sete metros e vinte
centímetros).

§ 3°- A distância máxima entre os pisos é fixada em 3,60m ( três metros e sessenta
centímetro), com exceção do pavimento térreo que poderá Ter altura de 5,50 m
( cinco metros e cinqüenta centímetros) se destinados a uso comercial e ou de
serviços.

§ 4°- Na ocorrência de alturas entre os pisos maiores que as indicadas no § 3º deste


Artigo, a soma dos excessos contará como um ou mais pavimentos, dependendo do
valor obtido.

Art. 94- Consideram-se sub-solo os pavimentos não destinados à habitação cuja face
superior da laje de cobertura não ultrapassar a altura máxima de 1,50m (um metro e

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cinqüenta centímetros) acima do nível natural do terreno, calculada no ponto médio
da fachada situada na menor cota altimétrica do terreno natural.

Parágrafo Único- Os pavimentos situados abaixo da altura definida neste Artigo não
são considerados sub-solos se livres em pelo menos duas fachadas que permitam
insolação e ventilação naturais.

Art. 95- As edificações devem observar, ainda, a limitação de altura decorrente de


normas expedidas pelos órgãos competentes relativas aos serviços de
telecomunicações, aos serviços e instalações de energia elétrica e à navegação aérea.

SEÇÃO IV
DOS AFASTAMENTOS

Art. 96- O afastamento frontal é de , no mínimo, 04 (quatro) metros para todas as vias,
contado a partir do alinhamento do imóvel, excetuando-se os casos previstos em Lei.

§ 1°- Nos lotes de esquina, o afastamento para a via de menor tráfego é de 02 (dois)
metros.

§ 2º- Nas Áreas Mistas e para as edificações destinadas total ou parcialmente ao uso
comercial e de prestação de serviços, o afastamento frontal é de 02 (dois) metros, no
mínimo.

§ 3°- Nas Áreas Mistas e para as edificações destinadas total ou parcialmente ao uso
comercial e de prestação de serviços, no perímetro urbano situado entre as ruas
Álvaro Chaves, 13 de Maio, Av. 21 de Abril e rua Tiradentes, assim como os lotes
localizados nas testadas das vias principais, o afastamento frontal será igual a zero.

Art.97- São dispensadas de afastamento frontal as edificações que se enquadram nos


seguintes casos:

I- situadas em terrenos com profundidade inferior a 10 (dez) metros;


II- situadas a lotes de esquina, quando não residenciais se o proprietário
adotar a curva horizontal de concordância com raio mínimo de 10 (dez)
metros entre os alinhamentos, após aprovação do órgão municipal
competente.

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Parágrafo Único- A dispensa de afastamento prevista no Inciso II deste Artigo é
permitida até a distância máxima de 20 (vinte) metros contada a partir do ponto de
interseção dos alinhamentos, observado o esquema a seguir.

20,00M

AFASTAMENTO

20,00M

Art. 98- Os afastamentos laterais e de fundos devem respeitar a distância de 1,50 m


(um metro e cinqüenta centímetros) das divisas, se na parede existir vãos de
ventilação e/ou iluminação, para edificações de até dois pavimentos. Nas edificações
com mais de dois (2) pavimentos, mantém afastamentos laterais e de fundos em
medida não inferior a 1/6 (um sexto)) da altura máxima da edificação, respeitando
sempre um afastamento mínimo de três (3) metros das divisas, se nas paredes
existirem vãos de iluminação e/ou iluminação. Podem manter, as fachadas laterais,
um afastamento inferior a 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros) da divisa, desde
que não possuam aberturas e os beirais, quando houverem, estejam dentro do lote e
protegidos por calhas, obedecendo sempre a TAXA DE OCUPAÇÃO, ÍNDICE DE
APROVEITAMENTO e AFASTAMENTOS OBRIGATÓRIOS FRONTAL,
conforme tabela Anexo II.

Art. 99- Fica permitida a construção de terraços e sacadas em balanço sobre os


afastamentos frontais , laterais e de fundos, até o máximo de 1/3 (um terço) de largura
do afastamento, desde que seja ocupada menos de 50% (cinqüenta por cento) da
fachada correspondente.

Art. 100- Revogado (Lei Municipal 3013/95, 3559/99 de 19/08/99

Art. 101- São dispensadas de afastamentos as fachadas secundárias de edificações


nos prédios de habitação coletiva, em se tratando de áreas destinadas à guarda de
veículos, à recreação de uso comum e à serviços gerais, desde que a cobertura não

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ultrapasse a 4 (quatro) metros de altura, e observada a taxa de ocupação fixada na
presente Lei.

Art. 102- Na implantação de mais de uma edificação isolada num mesmo terreno, as
construções devem conservar entre si um afastamento equivalente a:

I- 03 ( três) metros para edificações com até dois pavimentos;


II- um mínimo de 06 (seis) metros, para edificações acima de dois
pavimentos, e nunca inferior a 1/3 (um terço) da altura da edificação
mais alta.

Art. 103- As edículas, alpendres e telheiros estão dispensados dos afastamentos


laterais e de fundos, desde que possuam somente um pavimento e profundidade, a
partir da divisa de fundos, inferior a 06 (seis) metros.

§ 1°- O afastamento entre a edificação principal e as referidas no “Caput’’ deste


Artigo é de, no mínimo, 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros).

§ 2°- Fica admitida passagem coberta e aberta ligando a edícula à edificação principal
computando-se, entretanto, na taxa de ocupação.

Art. 104- As rampas de acesso ou escadarias devem ser construídas dentro dos
terrenos, iniciando-se a 1(um) metro do alinhamento frontal.

Art. 105- Os espaços resultantes dos afastamentos exigidos em Lei são não
edificáveis, ressalvado o direito à realização das seguintes obras:

I- muro de arrimo e de vedação dos terrenos, obras de contenção, cercas,


escadarias e rampas de acesso necessárias em virtude da declividade
natural do terreno;
II- abrigo com capacidade máxima para dois veículos em terrenos de alta
declividade e com desnível em relação à rua, para edificações residenciais
de até 02 (dois) pavimentos.

§ 1º- O afastamento frontal deve ser usado com ajardinamento, permitindo-se a


impermeabilização do solo apenas nos acessos à edificação.

§ 2º- Em todos os casos referidos, deve ser respeitada a taxa mínima de


permeabilidade designada para a respectiva área.

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TÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 106- As disposições desta Lei se aplicam a quaisquer pessoas físicas ou


jurídicas, públicas e privadas.

Art. 107- Compete ao Poder Executivo Municipal orientar e fiscalizar a aplicação


desta Lei, bem como executar e supervisionar as disposições aqui estatuídas.

§ 1°- O Poder Executivo Municipal não deve realizar, nem aprovar e licenciar obra,
ainda que a título precário, em discordância com as determinações emanadas desta lei
e da legislação pertinente.

§ 2º- Todos os projetos de edificação ou de instalação de atividades devem ser


autorizados pelo Poder Executivo Municipal.

§ 3°- O Alvará de licença para localização e funcionamento de qualquer atividade


somente pode ser expedido se observadas as disposições desta Lei.

Art. 108- Nenhuma obra de construção, reforma, demolição, reconstrução, ou


acréscimo de edificações pode ser feita na zona urbana sem a prévia aprovação e
licença do Poder Executivo Municipal nos termos desta Lei.

§ 1°- Nos acréscimos, a soma das áreas da edificação existente com a área a ser
construída não pode ultrapassar a área total permitida pelo regime urbanístico.
§ 2°-A edificação já existente que vier a sofrer modificação em mais de 60% (sessenta
por cento) de sua estrutura em virtude de reforma ou reconstrução deve respeitar os
limites de ocupação previstos nesta Lei.

Art. 109- As propriedades localizadas parcial ou totalmente em Áreas de


Preservação Permanente podem ter isenção total do imposto Predial e Territorial
Urbano a ser concedida pelo Poder Executivo Municipal, sendo necessária a
respectiva autorização legislativa, em cada caso.

Art. 110- As propriedades localizadas parcial ou totalmente em áreas de Proteção


Ambiental podem ter redução de até 50% (cinqüenta por cento) na incidência do
Imposto Predial e Territorial Urbano concedida pelo Poder Executivo Municipal,
desde que sejam gravadas e perpetuadas nas formas do Artigo 6° da Lei Federal
nº 4.771/69 e devidamente autorizadas pela Câmara de Vereadores, em cada caso.

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Art. 111- A entrada no órgão municipal competente de projetos de edificação ou de
parcelamento do solo para fins urbanos deve ser precedida de informações
urbanísticas.

§ 1°- O pedido de informações urbanísticas tem por objetivo informar ao responsável


pela elaboração e execução dos projetos as disposições urbanísticas previstas para o
local onde pretende construir, parcelar ou se instalar.

§ 2°- O pedido de informações urbanísticas e sua resposta são emitidos por escrito,
em prazo não superior a 7 (sete) dias.

§ 3°- A resposta ao pedido de informações urbanísticas é válida por seis meses.

Art. 112- A licença para construir ou parcelar pode ser recusada independente das
demais disposições desta Lei, se a ocupação e ou uso do solo urbano:

I- contrariarem os objetivos e as diretrizes do Plano Diretor de


Desenvolvimento Integrado do Município de Ijuí;
II- atentarem contra o Patrimônio Histórico-Cultural, a paisagem natural e
ou urbana, bem como contra a saúde e a segurança dos usuários e da
coletividade;
III- não estiverem claramente definidos ou se a categoria do uso a ser
instalado for alterada após o pedido de informações urbanísticas
indicado no Artigo 111 desta Lei.

Art. 113- Fica condicionada a parecer prévio de Instituição de Proteção do


Patrimônio Histórico-Cultural e Paisagístico a licença para reforma ou demolição de
edificação construída há mais de 50 anos, a ser concedida pelo órgão municipal
competente.

§ 1°- A instituição de Patrimônio Histórico-Cultural e Paisagístico deve encaminhar,


anualmente, ao órgão municipal competente a relação das edificações de valor
histórico-cultural, atendendo, atendendo as disposições da legislação pertinente.

§ 2°- Se constatado valor histórico-cultural do imóvel e na ocorrência de demolição


prevalecem, para a nova edificação:

I- os limites de ocupação desta lei;


II- os parâmetros da edificação demolida caso tenham sido inferiores
aos limites de ocupação determinadas por esta Lei.
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§ 3°- O imóvel declarado de Proteção ao Patrimônio Histórico-Cultural e Paisagístico,
ao ser objeto de obra de restauração devidamente aprovada e licenciada pelos órgãos
competentes da Prefeitura Municipal, fica isento de incidência do Imposto Predial e
Territorial Urbano e contribuição de melhoria pelo prazo de 10 (dez) anos, podendo
ser renovado.

Art. 114- As infrações a esta lei constatadas pelo órgão competente, mediante
fiscalização e Auto de Infração, dão ensejo à interdição da atividade, à cassação do
ato de licença e ou de aprovação, ao embargo administrativo ou à demolição das
obras, conforme o caso, bem como à aplicação de multas que variam de uma a cem
Unidades fiscais do Município de Ijuí, conforme a gravidade da infração, renovável a
cada 30 (trinta) dias, até regularização, independente de outras sanções legais
cabíveis.

Parágrafo Único- Lei específica, que deve ser regulamentada num prazo não superior
a dois meses do início de vigência desta Lei, determina multa pertinente à gravidade
da infração e casos de reincidências.

Art. 115- Esta Lei não se aplica às obras cujas licenças tenham sido autorizadas até a
data da sua publicação, desde que as obras ou instalações sejam iniciadas em prazo
máximo de um mês.

§ 1°- Considera-se iniciado o parcelamento do solo para fins urbanos aquele que
comprove o registro público e que apresente, no mínimo, a demarcação dos lotes e o
arruamento efetivados.

§ 2°- Considera-se iniciada a edificação que estiver aprovada e licenciada nos órgãos
competentes e que apresente, no mínimo, as obras de fundação concluídas.

Art. 116- Esta lei não se aplica aos projetos cujos pedidos de aprovação tenham sido
protocolados até a data de sua publicação, desde que a obra seja licenciada ou
autorizada em prazo máximo de dois meses.

Art. 117- Os casos omissos a esta lei são julgados pelo Conselho de Desenvolvimento
do Município de Ijuí, que define as normas a serem obedecidas em cada caso,
mediante parecer técnico do órgão competente.

Art. 118- Esta Lei somente pode ser alterada pelo voto de 2/3 (dois terços) dos
vereadores em duas sessões legislativas consecutivas e especialmente convocadas
para tal fim.
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§ 1°- A iniciativa da propositura modificativa deve ser subscrita por ao menos 2/3
(dois terços) dos membros da Câmara de Vereadores ou por proposta do Prefeito
Municipal.

§ 2°- As propostas de que trata o parágrafo anterior devem, obrigatoriamente, receber


parecer prévio, detalhado e com posicionamento do Conselho de Desenvolvimento
do Município de Ijuí.

Art. 119- O recurso de decisão originado da aplicação desta Lei é feito em duas
instâncias:

I- Ao Poder executivo Municipal, da decisão do órgão de execução e


fiscalização;
II- Ao Conselho de Desenvolvimento do Município de Ijuí, da decisão
do Poder Executivo Municipal.

Parágrafo Único- O recurso e seu despacho são feitos por escrito e entre um e outro
prazo máximo a ser observado é de 30 (trinta) dias.

Art. 120- Esta Lei entra em vigor após 90 (noventa) dias da data de sua publicação.

Art. 121- Revogam-se as disposições em contrário.

PREFEITURA MUNICIPAL DE IJUÍ, EM 19 (DEZENOVE) DE JULHO DE 1993.

WANDERLEY AGOSTINHO BURMANN


PREFEITO MUNICIPAL

Registre-se e Publique-se

André Schmidt da Rosa


Secretário Municipal de Governo

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