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STJ-Petição Eletrônica (PET) 00421919/2022 recebida em 19/05/2022 17:12:26 (e-STJ Fl.

2107)

EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA RELATORA DO SUPERIOR


TRIBUNAL DE JUSTIÇA.

Proc. nº 27218

O MUNICÍPIO DE CUIABÁ, já devidamente qualificado nos autos, por


intermédio do Procurador Municipal que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de
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Vossa Excelência, expor e ao final requerer o que segue.

Por se tratar de matéria correlata, reputamos imprescindível para a instrução dos


presentes autos a juntada de medida cautelar deferida recentemente no âmbito da Representação
de nº 000.407/2021-6 em trâmite no Tribunal de Contas da União.

Referida decisão, devidamente referendada pelo Plenário do TCU (sessão


do dia 11/05/2022 – acórdão ainda não disponível), determinou a suspensão de todos os
procedimentos administrativos tendentes à alteração do modal de VLT para BRT (RDCi
Presencial, Edital n. 047/2021, Processo n. 387506/2021), até que o Tribunal decida sobre
o mérito da questão. (doc. Anexo).

No mesmo sentido, entendemos com a devida vênia, deve ser o posicionamento


deste D. Juízo, notadamente diante do fato de que a equipe técnica do Tribunal de Contas da
União, após acurada análise nas informações e estudos apresentados pelo Governo do Estado
visando a substituição do modal, entendeu pela inobservância no processo decisório, da

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necessária participação dos entes integrantes da Região Metropolitana, bem como pela ausência
de estudos técnicos profundos e exaurientes para embasar a decisão de substituição do modal.

Tais análises e conclusões da equipe técnica foram endossadas pelo Ministro


relator (Acórdão 2.809/2021 - Plenário - Relator Min. Jorge Oliveira), que concluiu, que os
estudos técnicos apresentados pelo Estado de Mato Grosso que embasaram a decisão de
substituição do modal de transporte público intermunicipal, não são suficientes para se afirmar
com precisão e certeza, conforme anotou a SeinfraUrbana, qual seria a alternativa de
implantação mais vantajosa e compatível com o interesse público.

Outrossim, restou consignado nas decisões acostadas aos autos da representação


acima citada além da ausência de embasamento técnico preciso e exauriente a total
inobservância a Lei nº 13.089 de 12 de janeiro de 2015 - Estatuto da Metrópole; Lei nº 10.257
de 10 de julho de 2001 – Estatuto das Cidades; Lei nº 12.857 de 03 de janeiro de 2012 - Política
Nacional de Mobilidade Urbana.
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Frisa –se que tal entendimento também restou mantido no Despacho em anexo,
que deferiu a medida cautelar pleiteada pelo Município de Cuiabá, no âmbito do Tribunal de
Contas da União. Em referida decisão, o Ministro Relator assim pontuou:

“(...)

13. Como bem anotado no Voto do Exmo. Ministro Jorge Oliveira, não restou
clara, até a prolação do Acórdão 2.809/2021 – Plenário, qual seria a alternativa
de implantação mais vantajosa e compatível com o interesse público.

14. Ademais, considerando que valores federais de grande vulto já foram


despendidos no empreendimento paralisado há vários anos, privando a
população do importante serviço de transporte coletivo, Sua Excelência propôs,
tendo sido acolhido pelo Colegiado, o endereçamento de recomendação aos entes
envolvidos, para que, no âmbito de suas competências, envidassem “esforços no
sentido de, com observância da legislação pertinente, coordenar suas ações,

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resolver suas divergências e conferir prioridade ao aprofundamento e à posterior


análise dos estudos técnicos necessários ao deslinde da questão e ao
prosseguimento da obra no menor espaço de tempo possível”.

15. No entanto, os elementos constantes dos autos não permitem concluir que o
Estado de Mato Grosso promoveu certame após escorreita avaliação sistêmica e
integrada, com estudos robustos a possibilitar, cumprida toda a legislação
pertinente, a substituição do modal de VLT para BRT com vistas à
implementação do novo serviço de transporte público.

16. Nessa toada, verifico, de modo contrário, certo açodamento na promoção do


certame, inclusive com a tentativa de mitigar a jurisdição desta Corte de Contas
sob o pálio do argumento de que essa etapa final do vultoso empreendimento de
mobilidade urbana, consistente apenas na mudança do modal de Veículo Leve
sobre Trilhos para Bus Rapid Transit, com uma série de dispêndios pretéritos de
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recursos federais no âmbito dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014,


refugiria à competência do TCU, eis que o Governo Estadual teria quitado
antecipadamente a dívida com a Caixa Econômica Federal referente ao
financiamento para as obras do VLT.

17. Consoante reiterado nas petições do município de Cuiabá, cuida-se da


necessidade de fiscalização de uma política pública no âmbito da mobilidade
urbana, de ampla abrangência territorial, para a qual já houve dispêndio de
vultuosos recursos federais, sem a comprovação inequívoca do estabelecimento
de uma coordenação, comunicação e colaboração dos entes públicos envolvidos,
ademais da observância que se faz premente às Leis nº 13.089/2015 (Estatuto da
Metrópole), nº 10.257/2001 (Estatuto das Cidades), nº 12.857/2012 (Política
Nacional de Mobilidade Urbana) e à governança interfederativa, configurando
um dos pressupostos do pedido de medida acautelatória, a qual não exige
cognição exauriente da matéria, bastando um juízo de mera verossimilhança
para a verificação da plausibilidade jurídica que a ampare, consubstanciada na

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não comprovação do atendimento às normas de regência referenciadas e na


ausência de esclarecimentos adequados por parte do Governo Estadual.

18. Com efeito, os autos revelam, desde a fase anterior ao presente recurso,
conforme registrado na petição inicial, a inexistência, por exemplo, do Estudo de
Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental – EVTEA, bem como ausente a
comprovação do alinhamento, à Política Nacional de Mobilidade Urbana, da
decisão de substituição do modal, e aos planos diretores urbanos da região.

(...)

23. De igual modo, na hipótese de eventual prosseguimento da substituição do


modal, de VLT para BRT, inexistiria tempo hábil para esta Corte de Contas
examinar detalhadamente os possíveis vícios e em pormenor o desatendimento de
toda a legislação de regência, de modo a formular um juízo de cognição pleno
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sobre a matéria, capaz de elidir todas as questões levantadas pelo município de


Cuiabá.

(...)”

Conforme restou consignado naqueles autos no âmbito do Tribunal de Contas da


União, tanto pela análise e conclusão da equipe técnica da Secretaria de Fiscalização de
Infraestrutura Urbana – SeinfraUrbana, quanto pelas decisões exaradas nos autos pelos
Ministros, os estudos técnicos apresentados pelo Estado de Mato Grosso que fundamentaram a
decisão pela troca do modal de transporte público intermunicipal, são insuficientes, superficiais
e incompletos, não podendo ser utilizados para embasar a troca do modal.

A ausência de um Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental –


EVTEA aprofundado e exauriente, conforme reconhecido nos autos pelo Tribunal de Contas
da União, por si só seria motivo justificador para se determinar a suspensão de todo processo
de substituição do modal de transporte público intermunicipal, de uma obra paralisada a mais

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de 6 anos, com mais de 60% da obra concluída em que já foram gastos recursos públicos em
montante superior a 1 bilhão de reais.

O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental – EVTEA é o


“Conjunto de estudos desenvolvidos para avaliação dos benefícios diretos e indiretos
decorrentes dos investimentos em implantação de novas infraestruturas de transportes ou
melhoramentos das já existentes. A avaliação apura os índices de viabilidade verificando se os
benefícios estimados justificam os custos com os projetos e execução das obras previstas.”

Com a devida vênia, inexiste qualquer razoabilidade em se permitir a


continuidade de todo um procedimento de substituição de modal de transporte público coletivo
intermunicipal, em que já foram gastos mais de 1 bilhão de reais dos cofres públicos, sem a
existência de estudos técnicos exaurientes e seguros.

Estamos lidando com uma obra pública de grande dimensão e complexidade,


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com aplicação e utilização de vultuosos recursos públicos, qual seja, mais de R$


1.000.000.000,00 – um bilhão de reais, sendo aproximadamente 60% da obra já concluída.

O empreendimento possui 22 quilômetros de extensão, ligando os eixos


Aeroporto-CPA e Porto-Coxipó, com 40 trens com 7 vagões com Capacidade de transporte:
160 mil pessoas por dia. Os trens são movidos a tração elétrica, atingindo a velocidade máxima
70 km/hora, possuem Ar-condicionado, sistema de entretenimento, áudio e vídeo, caixa preta
para registro de eventos e dados de voz, câmeras de vigilância interna e externa Sistema ACR
de economia de energia: baterias e supercapacitores que captam a força nas frenagens,
armazenam essa energia e utilizam na tração do veículo (mais sustentabilidade), sendo a
tecnologia de tais materiais foram importados de países como Espanha, Itália, Alemanha e
Polônia.

Desta feita, serve a presente manifestação para trazer aos autos a novel medida
cautelar deferida pelo Tribunal de Contas da União e de seus relevantes fundamentos, bem
como para reiterar a necessidade de que também este D. Juízo, coadune com tal entendimento
e expeça determinação em sentido similar, afim de se evitar mais desperdício de recursos

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públicos bem como uma implementação de uma política pública que não representa o anseio
da população tampouco a melhor e mais eficiente alternativa no âmbito da mobilidade urbana
da região metropolitana do vale do Rio Cuiabá.

Termos em que,
Pede deferimento.
Cuiabá-MT, 19 de maio de 2022.

Allison Akerley da Silva


Procurador Geral Adjunto do Município
OAB/MT 8.930
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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO


Gabinete do Ministro Aroldo Cedraz

Processo: 000.407/2021-6
Natureza: Representação (com pedido de medida
cautelar em sede de pedido de reexame).
Representante: Município de Cuiabá/MT.
Interessados: Estado de Mato Grosso, Município de
Várzea Grande/MT e Ministério do Desenvolvimento
Regional.
Assunto: Alteração no modal de transporte público
coletivo entre os municípios de Cuiabá/MT e de Várzea
Grande/MT, de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para
Bus Rapid Transit (BRT). Projeto de mobilidade
urbana concebido no âmbito dos preparativos para a
Copa do Mundo de 2014, com dispêndio de recursos
federais. Processo licitatório atual conduzido pelo estado
de Mato Grosso. Empreendimento de amplitude
intermunicipal, com necessidade de atendimento às Leis
nº 13.089/2015 (Estatuto da Metrópole), nº 10.257/2001
(Estatuto das Cidades), nº 12.857/2012 (Política
Nacional de Mobilidade Urbana). Pedido de medida
cautelar para suspensão do processo de alteração do
modal. Necessidade de coordenação de ações entre os
entes federativos. Concessão. Suspensão do
procedimento e da contratação. Oitiva. Ciência.
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DESPACHO

Trata-se, originalmente, de representação do município de Cuiabá (peça 1), com pedido


de medida cautelar suspensiva, referente a possíveis irregularidades de responsabilidade do estado do
Mato Grosso ao anunciar a promoção de processo licitatório com vistas à substituição do modal de
transporte público coletivo intermunicipal, de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o Bus Rapid
Transit (BRT), entre a referida municipalidade e Várzea Grande/MT, projeto de mobilidade urbana
concebido inicialmente com recursos federais no âmbito dos preparativos para a Copa do Mundo de
2014, cuja construção seria custeada parcialmente com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço - FGTS, os quais seriam transferidos mediante contrato de financiamento celebrado entre o
referido Estado e a Caixa Econômica Federal.
2. Por meio do Acórdão 2.809/2021 - Plenário (Relator Min. Jorge Oliveira), esta Corte de
Contas conheceu da representação e considerou-a parcialmente procedente. Entretanto, indeferiu o
pedido de medida cautelar ante a ausência do periculum in mora, e endereçou determinações e
recomendações aos entes federativos envolvidos, bem assim aos órgãos e entidades federais, nos
termos a seguir transcritos:

9. Acórdão:
VISTA, relatada e discutida esta representação formulada pelo Município de Cuiabá/MT para
noticiar possíveis irregularidades praticadas pela Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento
Regional e Urbano do Ministério do Desenvolvimento Regional e pelo Estado de Mato Grosso na
mudança do modal de transporte público intermunicipal entre aquele Município e o Município de Várzea
Grande/MT, concebido por ocasião dos preparativos para a Copa do Mundo de Futebol de 2014 e cuja

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO


Gabinete do Ministro Aroldo Cedraz
construção seria custeada por recursos do FGTS, a serem transferidos mediante contrato de
financiamento celebrado entre aquele Estado e a Caixa Econômica Federal.
ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em sessão do Plenário, ante as
razões expostas pelo Relator e com fundamento nos arts. 235, 237 e 250, II, do Regimento Interno, em:
9.1. conhecer da representação e considerá-la parcialmente procedente;
9.2. indeferir o requerimento de adoção de medida cautelar formulado pelo Município de Cuiabá;
9.3. recomendar à Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbana do
Ministério do Desenvolvimento Regional, à Caixa Econômica Federal, ao Governo do Estado de Mato
Grosso e ao Município de Cuiabá/MT que, no âmbito de suas respectivas competências e esferas de
atuação, envidem urgentes esforços no sentido de, conjuntamente, com observância da legislação
pertinente, coordenar suas ações, resolver suas divergências e conferir máxima prioridade e celeridade
ao aprofundamento e à posterior análise dos estudos técnicos necessários ao deslinde da questão tratada
neste processo e ao prosseguimento e conclusão da correspondente obra no menor espaço de tempo
possível;
9.4. determinar à Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbana do
Ministério do Desenvolvimento Regional, à Caixa Econômica Federal, ao Governo do Estado de Mato
Grosso e ao Município de Cuiabá/MT que:
9.4.1. no prazo de 60 (sessenta) dias, informem a esta Corte as providências adotadas, no âmbito de
suas respectivas competências e esferas de atuação, para coordenar suas ações conjuntas e implementar
a recomendação de que trata o item anterior deste Acórdão, bem como os resultados obtidos com tais
medidas;
9.4.2. caso a alteração do modal de VLT para BRT na região metropolitana de Cuiabá/MT seja
aprovada no âmbito do Conselho Curador do FGTS, não autorizem transferências de recursos federais
e de financiamentos para projetos que não contenham devida avaliação do Estudo de Viabilidade
Técnica, Econômica e Ambiental - EVTEA, acompanhada de manifestação conclusiva sobre sua
suficiência e adequação, com base no art. 2º da Resolução Confea 361/1991 e nos Acórdãos do Plenário
do TCU 408/2021 e 2.835/2015;
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9.5. encaminhar cópia deste Acórdão à Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento


Regional e Urbana do Ministério do Desenvolvimento Regional, à Caixa Econômica Federal, ao
Governo do Estado de Mato Grosso e ao Município de Cuiabá/MT, com a informação de que a íntegra
do Relatório e do Voto que o fundamentam está disponível no endereço eletrônico
www.tcu.gov.br/acordaos.

3. Irresignado, o município de Cuiabá interpôs recurso (peça 63, reiterado pelas peças 104
e 108), almejando a reforma da deliberação, em especial a desconstituição da recomendação constante
do item 9.3, bem como renovou o pedido de concessão de medida cautelar suspensiva, sem oitiva da
parte contrária, na presente fase, objetivando “determinar aos representados (Estado e União
Federal), a suspensão de todo e qualquer ato e/ou processo administrativo em trâmite, tendente a
concretizar a alteração do modal de transporte público coletivo intermunicipal na Região
Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá. No mérito do presente recurso requer ainda, a reforma da
decisão para o fim de determinar que seja elaborado o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e
Ambiental – EVTEA suficiente, adequado, robusto e exauriente, que deverá inclusive contar na sua
elaboração com a participação dos municípios afetados pela execução da obra (governança
interfederativa) bem como de toda a população interessada (democracia participativa).
4. Consta dos autos informação relativa ao estado de Mato Grosso, no sentido de que ocorreu
a quitação antecipada da dívida com a Caixa Econômica Federal referente ao financiamento para as
obras do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) e que o encerramento desse vínculo supostamente
ensejaria a insubsistência do interesse jurídico das entidades de âmbito federal nas demandas do
referido projeto, tendo sido instaurado, ato contínuo, processo licitatório visando à mudança do
modal, em adiantada fase de homologação e de contratação.
5. Ao ter presente o pedido de reexame apresentado pelo município de Cuiabá, proferi
despacho de admissibilidade (peça 91), suspendendo-se os efeitos dos itens 9.1 e 9.4 do Acórdão
2.809/2021 – Plenário, mantendo-se inalterada a recomendação constante do item 9.3, e determinei a
promoção de comunicação aos órgãos e entidades envolvidos, bem assim o encaminhamento dos

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Gabinete do Ministro Aroldo Cedraz
autos à Serur, para exame de mérito.
6. No entanto, no pronunciamento de admissibilidade da unidade técnica não foi avaliado o
novo pedido de concessão de medida cautelar efetuado pelo município de Cuiabá, razão pela qual a
referida municipalidade peticionou reforçando a solicitação (peças 108/110), além de ter sido juntada
aos autos documentação adicional (peça 105) noticiando a reabertura da licitação (26/01/2022),
programada para 17/03/2022 na Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística/SINFRA,
consoante o Aviso publicado em 27/01/2022 no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso.
7. Também verifico ausentes notícias acerca de ações relacionadas à recomendação
constante do item 9.3 da referenciada deliberação, endereçada à Secretaria Nacional de Mobilidade e
Desenvolvimento Regional e Urbana do Ministério do Desenvolvimento Regional, à Caixa
Econômica Federal, ao Governo do Estado de Mato Grosso e ao Município de Cuiabá/MT para que
“no âmbito de suas respectivas competências e esferas de atuação, envidem urgentes esforços no
sentido de, conjuntamente, com observância da legislação pertinente, coordenar suas ações, resolver
suas divergências e conferir máxima prioridade e celeridade ao aprofundamento e à posterior
análise dos estudos técnicos necessários ao deslinde da questão tratada neste processo e ao
prosseguimento e conclusão da correspondente obra no menor espaço de tempo possível”.
8. Rememorando a apreciação inicial da representação, consoante o brilhante Voto
proferido pelo então relator, Exmo. Ministro Jorge Oliveira, verifico que Sua Excelência registrou,
em síntese, relativamente ao feito, a possível inobservância da legislação federal pelo Ministério do
Desenvolvimento Regional – MDR, atraindo a competência desta Corte de Contas. Porém, foi
indeferido o pedido de adoção de medida cautelar, diante da inexistência do perigo da demora,
“uma vez que os fatos apontados não demonstravam eventual irreversibilidade dos procedimentos
até então adotados para a apenas anunciada alteração de modal de transporte”.
9. No pertinente ao escorreito entendimento quanto à causa constante dos autos e aos
requisitos referentes à medida cautelar pleiteada anteriormente, permito-me reproduzir o excerto a
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seguir, do Voto proferido por Sua Excelência (peça 55):

2. Informou o representante que, recentemente, o Governo do Estado de Mato Grosso anunciou a


troca do referido modal de Veículo Leve sobre Trilhos - VLT para Bus Rapid Transit - BRT,
supostamente com base em estudos técnicos realizados por aquele ente estadual e pela SMDRU/MDR.
3. Segundo o autor, a mudança anunciada seria irregular, pois teria sido realizada de forma
unilateral, sem consulta aos entes municipais envolvidos e à sociedade, o que estaria em desacordo com:
(i) os princípios de governança interfederativa previstos nas Leis 13.089/2015 (Estatuto da Metrópole),
12.857/2012 (Política Nacional de Mobilidade Urbana - PNMU) e 10.257/2001 (Estatuto da Cidade) e
na legislação estadual, e (ii) recomendação proferida por esta Corte de Contas no Acórdão 2.430/2015
– Plenário (Relator o Ministro Augusto Nardes), que avaliou a governança da PNMU em âmbito federal.
4. Ao examinar inicialmente a matéria: (i) conheci da representação, uma vez que foi noticiado o
descumprimento da legislação federal pelo MDR, o que atrairia a competência desta Corte; (ii) indeferi
o pedido de adoção de medida cautelar, diante da inexistência de perigo na demora, uma vez que os
fatos apontados não demonstravam eventual irreversibilidade dos procedimentos até então adotados para
a apenas anunciada alteração de modal de transporte; e (iii) determinei a oitiva da SMDRU/MDR, da
Caixa e do Governo do Estado de Mato Grosso acerca dos fatos narrados.
5. Após examinar os esclarecimentos prestados pelos entes ouvidos, e diante de reiteração, pelo
Município de Cuibá/MT, do pedido de cautelar, a Secretaria de Fiscalização de Infraestrutura Urbana –
SeinfraUrbana, em pareceres uniformes, propôs a este Tribunal, em síntese: (i) indeferir o novo
requerimento de adoção de cautelar; e (ii) determinar ao MDR e à Caixa que, caso a alteração do modal
seja aprovada pelo Conselho Curador do FGTS, não autorizem transferências de recursos federais e de
financiamentos para projetos que não contenham devida avaliação do Estudo de Viabilidade Técnica,
Econômica e Ambiental – EVTEA.
6. Endosso as análises e conclusões da unidade técnica, que incluo entre minhas razões de decidir.
7. Preliminarmente, reitero minha convicção de que a representação deve ser conhecida, posto
que foi noticiada possível inobservância da legislação federal por órgão sujeito à jurisdição desta Casa,
o MDR.

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Gabinete do Ministro Aroldo Cedraz
8. No mérito da matéria, anoto, de início, que o TCU, no âmbito de sua competência de
verificar a regularidade dos financiamentos concedidos, já se manifestou sobre a obra em questão em
diversas oportunidades (Acórdãos do Plenário 678/2010, 757/2010, 3.247/2012, 185/2014, 3198/2014,
122/2015 e 2.913/2016).
9. Além disso, no Relatório que embasou o Acórdão 119/2019 – Plenário, foi registrado que,
conforme trabalhos efetuados pela Controladoria-Geral da União – CGU para avaliação das duas
soluções tecnológicas aventadas para a obra em questão, o custo mensal de manutenção do VLT seria
praticamente duas vezes maior do que o custo mensal do BRT.
10. Registro, ademais, que a obra em foco, cujo valor total previsto era de cerca de R$ 1,48 bilhão,
dos quais aproximadamente R$ 424 milhões oriundos do programa Pró-Transporte/FGTS: (i) foi
iniciada em junho de 2012; (ii) estava inserida na Matriz de Responsabilidade da Copa do Mundo de
Futebol de 2014 e no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC; e (iii) foi paralisada em janeiro
de 2015, em razão de denúncias de irregularidades contra os gestores anteriores, cuja apuração pelo
Ministério Público Federal e pela Polícia Federal culminou na rescisão do contrato firmado entre o
Governo do Estado de Mato Grosso e o Consórcio VLT.
11. Em resposta às oitivas promovidas nestes autos, em resumo:
a – a SMDRU/MDR informou que: (i) em 2019, o Governo do Estado de Mato Grosso procurou
o MDR para estudar alternativas para retomada das obras, o que levou à criação do Grupo de Trabalho
Mobilidade Cuiabá, cujos estudos foram concluídos em março de 2020, com a produção de relatórios
que estabeleceram 6 cenários possíveis para retomada do empreendimento e avaliaram os respectivos
riscos; (ii) mesmo ciente de que o cenário de mudança para o modal BRT envolvia riscos maiores do
que o cenário de continuidade da obra do VLT com escopo reduzido, o Governo do Estado de Mato
Grosso, em dezembro de 2020, formalizou ao MDR pedido de alteração do modal de VLT para BRT,
com base em estudos realizados por aquele ente estadual, sem participação do Ministério; (iii) orientou
o Estado a submeter os estudos e as justificativas à Caixa, agente financeiro da operação de crédito e
agente operador do FGTS, para posterior deliberação do Conselho Curador daquele Fundo; (iv) foi
devidamente apontada a ausência do principal instrumento de planejamento e participação social, o
Petição Eletrônica juntada ao processo em 19/05/2022 ?s 17:31:01 pelo usu?rio: SISTEMA JUSTIÇA - SERVIÇOS AUTOMÁTICOS

Plano de Mobilidade Urbana; (v) as recomendações do TCU e da CGU, as atribuições da União e a


legislação federal foram observadas na atuação do Grupo de Trabalho e do MDR; e, finalmente, (vi) que
os estudos realizados pela Pasta não recomendaram a mudança de modal e indicaram a necessidade de
cooperação entre os entes locais e de elaboração dos Planos de Mobilidade Urbana para que essa
alteração tivesse seus riscos mitigados;
b - a Caixa esclareceu que: (i) o Governo do Estado de Mato Grosso encaminhou a proposta de
alteração de modal, com os respectivos subsídios técnicos, em janeiro de 2021; (ii) a mudança de objeto
caracteriza alteração contratual não autorizada pelas normas de gestão de produtos daquela empresa
pública, em especial pela Resolução 288/1998 do Conselho Curador do FGTS; (iii) eventual alteração
do objeto contratual somente poderá ser realizada se autorizada pelo MDR e pelo Agente Operador do
FGTS; e (iv) embora não participe da definição do objeto contratual, está analisando a documentação
recebida, com vistas a subsidiar o MDR;
c – a Procuradoria-Geral do Estado de Mato Grosso, após alegar que a representação foi
formulada com base em suposições forjadas a partir de notícias publicada na imprensa, informou que:
(i) os estudos elaborados pelo Grupo de Trabalho Mobilidade Cuiabá foram encaminhados pelo Estado
ao Município, o que afastaria a hipótese de unilateralidade; (ii) a alteração de modal dependeria de
autorização do MDR, além de a Caixa ainda não haver se manifestado sobre a solicitação encaminhada
pelo Governo do Estado; (iii) foram rejeitados, pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso –
TJMT e pelo Superior Tribunal de Justiça – STJ, pedidos de tutela antecipada formulados em Mandados
de Segurança impetrados pelo Município de Cuiabá/MT contra atos do Governo do Estado e do MDR;
(iv) consoante os estudos do Grupo de Trabalho Mobilidade Cuiabá, a substituição do VLT por BRT,
com otimizações de traçado e uso de ônibus elétricos, estaria entre as alternativas de menor risco para
conclusão da obra; (v) a adoção do BRT teria diversas vantagens em relação ao VLT, inclusive em
termos de custos de conclusão da obra, de manutenção e operação dos serviços e de tarifas para usuários;
e, por fim, (v) que o ato da pessoa jurídica de estatura mais elevada, o Governo do Estado, deve
prevalecer sobre os interesses da Prefeitura Municipal.
12. O Município de Cuiabá, por sua vez, após a conclusão das oitivas acima, reiterou seu pedido
de cautelar com base: (i) em decisão da Justiça Federal, em ação civil pública movida pelo próprio
Município, que determinou ao Governo do Estado a realização de consultas e de audiências públicas
para embasar a proposta de alteração de modal; (ii) na inconsistência e na superficialidade dosdados

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técnicos apresentados pelo ente estadual nas consultas públicas já realizadas; (iii) na
inexistência de projetos básico e executivo da obra, imprescindíveis para verificação da viabilidade
técnica, econômica, social e ambiental da alteração pretendida; (iv) na presença dos requisitos para
adoção da medida, já que a fragilidade dos estudos realizados pelo Governo do Estado caracterizaria o
indício do bom direito e que o perigo na demora estaria configurado pela iminência da prática de atos
administrativos para mudança do modal.
13. Entendo, porém, que a ausência de qualquer perspectiva de decisão dos entes federais
envolvidos, a curto prazo, acerca da autorização para substituição do modal afasta a existência do perigo
na demora, razão pela qual o novo requerimento do Município de adoção de providência acautelatória
deve, tal como o primeiro pedido formulado, ser indeferido. (destaquei)
14. Quanto aos argumentos apresentados pelos entes ouvidos nestes autos, percebe-se, de
imediato, uma contradição entre as informações do Governo do Estado e do MDR, já que aquela Pasta,
além de não respaldar a decisão do ente subnacional de alterar o modal - já que os estudos do Grupo de
Trabalho apontaram que a mudança de VLT para BRT seria mais arriscada e teria maior impacto do que
outras alternativas cogitadas - também recomendou a cooperação entre os governos locais e a elaboração
do Plano de Mobilidade Urbana, consoante exige a Lei 12.587/2012 em seu art. 24.
15. Também não se pode considerar que a mera notificação do Município pelo Governo Estadual,
mediante ofício, possa caracterizar efetiva participação ou colaboração do ente municipal nas
imprescindíveis discussões que devem preceder mudança de tal monta, como demanda a legislação
pertinente.
16. Além disso, ao contrário do afirmado pelo Governo do Estado de Mato Grosso, os entes
federados são autônomos, possuem competências próprias e não possuem relação de subordinação entre
si. Isso afasta o alegado imperativo de submissão do Município às decisões do ente estadual no tocante
ao tema em exame, especialmente quando a matéria é avaliada à luz dos princípios e diretrizes de
governança interfederativa fixados nos arts. 6º e 7º da Lei 13.089/2015 (Estatuto da Metrópole), que
estimulam a cooperação e o compartilhamento de responsabilidades entre aquelas esferas de governo.
17. Assim, como a unidade técnica desta Corte expressou de forma lapidar, “é necessário que os
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entes que serão afetados pela alteração sejam partícipes do processo decisório, para em conjunto
definirem a melhor política pública a ser adotada, sempre tendo como foco o interesse público”, pois,
ainda que se trate de transporte intermunicipal, “cuja exploração e regulamentação é de competência
do Estado de Mato Grosso, não se pode adotar políticas estanques, sem uma avaliação sistêmica e
integrada”. (destaquei)
18. Mesmo que consultas e audiências públicas para debater a alteração de modal já tenham sido
realizadas, é preciso igualmente lembrar que, consoante a jurisprudência desta Corte e as normas
técnicas apontadas pela SeinfraUrbana, é imprescindível que os estudos para fundamentar mudança de
porte similar ao da ora aventada sejam robustos e embasados, especialmente pelo grande volume de
recursos envolvidos, pelo impacto social previsto e pelos significativos e permanentes dispêndios de
operação e de manutenção que serão gerados (Acórdãos do Plenário 2.835/2015, Relator o Ministro-
Substituto André Luís de Carvalho, e 1.079/2019, Relator o Ministro Vital do Rego; bem como a Norma
Técnica ABNT NBR 13.531/1995, a Resolução Confea 361/1991 e o “Guia Geral de Análise
Socioeconômica de Custo-Benefício de Projetos de Investimento em Infraestrutura”, editado pelo
Ministério da Economia).
19. Além disso, conforme as referências jurisprudenciais e técnicas há pouco mencionadas, para
que a decisão acerca de qual seria a melhor alternativa para atender o interesse público seja tomada de
forma fundamentada, é recomendável que os estudos técnicos tenham o mesmo grau de
desenvolvimento, de preferência no nível de projeto executivo.
20. Isso, entretanto, ainda não ocorreu no presente caso, em que o estudo de implantação do VLT
já contemplava o projeto executivo, enquanto a alternativa do BRT ainda está em estudos preliminares,
nos quais estão ausentes, por exemplo, a avaliação ambiental e a aferição da necessidade de novas
desapropriações.
21. Dessa forma, dados os distintos estágios de maturação, não é possível afirmar com precisão e
certeza, conforme anotou a SeinfraUrbana, qual seria a alternativa de implantação mais vantajosa e
compatível com o interesse público. (destaquei)
22. Cabe lembrar, ainda, que, no Acórdão 408/2021 – Plenário (Relator o Ministro Vital do Rego)
– no qual, aliás, o VLT de Cuiabá/MT foi citado como exemplo de empreendimento mal conduzido, em
razão do EVTEA incompleto e da análise deficiente pelo MDR - esta Corte determinou àquela Pasta
que “estabeleça critérios mínimos para a avaliação e manifestação conclusiva sobre a suficiência e

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adequação dos estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental dos empreendimentos de
transporte público de média e alta capacidade a serem contratados nos instrumentos de repasse
federais, bem como nos de financiamento da União, alinhando-os à Política Nacional de Mobilidade
Urbana e aos planos de mobilidade urbana, planos diretores urbanos e planos de desenvolvimento
urbano integrado, considerando a viabilidade durante todo o ciclo de vida, desde a concepção,
passando pela construção até a operação dos empreendimentos”, bem como que, após o
estabelecimento desses critérios mínimos, deixe de “celebrar instrumentos de transferências de
recursos federais, bem como de financiamentos, cujos projetos não contenham devida avaliação do
EVTEA, acompanhada de manifestação conclusiva sobre sua suficiência e adequação”.
23. Assim, embora os critérios acima ainda não tenham sido estabelecidos, consoante informação
da unidade técnica, considerando: (i) as determinações desta Corte acima transcritas; (ii) as já descritas
peculiaridades do caso em exame, em particular as deficiências dos estudos técnicos até o momento
apresentados para subsidiar o pleito de mudança de modal; (iii) a materialidade e a relevância do
empreendimento em foco, bem como os riscos de repetição das falhas que o prejudicaram em etapas
anteriores; (iv) a falta de consenso entre os entes subnacionais envolvidos; e (v) a imprescindibilidade
de exame aprofundado dos EVTEA das alternativas aventadas, considero de todo pertinente a proposta
da instrução de ser determinado ao MDR e à Caixa que, na hipótese de a alteração de modal ser aprovada
pelo Conselho Curador do FGTS, não autorizem transferências de recursos federais ou de
financiamentos para projetos que não contemplem “a devida avaliação do EVTEA, acompanhada de
manifestação conclusiva sobre sua suficiência e adequação”.
24. Pelos mesmos motivos há pouco arrolados, e tendo em vista o fato de que valores federais de
grande vulto já foram despendidos em um empreendimento que se encontra paralisado há vários anos,
o que aumenta os custos de sua recuperação e de sua retomada, além de privar a população destinatária
do respectivo serviço de transporte, penso que também é pertinente formular recomendação a todos os
entes envolvidos para que, no âmbito de suas respectivas competências, envidem esforços no sentido
de, com observância da legislação pertinente, coordenar suas ações, resolver suas divergências e conferir
prioridade ao aprofundamento e à posterior análise dos estudos técnicos necessários ao deslinde da
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questão e ao prosseguimento da obra no menor espaço de tempo possível.

10. Tendo em conta a apreciação anterior desta Corte de Contas, verifico que o quadro fático
foi alterado substancialmente com o adiantamento de ações do Governo Estadual e a possível
irreversibilidade dos procedimentos até então adotados com vistas à contratação integrada de empresa
para a execução dos serviços de elaboração de projetos básicos e executivos de engenharia, projetos
de desapropriação, dentre outros, bem assim execução das obras de infraestrutura para a implantação
do bus rapid tansport (BRT), configurando o requisito autorizador da concessão da medida cautelar
anteriormente ausente na deliberação inicial, qual seja, o periculum in mora.
11. Especificamente quanto ao processamento da licitação, cabe ainda esclarecer que o
certame foi finalizado, com habilitação e declaração do consórcio vencedor, conforme notícia oficial
do Governo do Estado (http://www.sinfra.mt.gov.br/-/21399260-consorcio-e-habilitado-e-declarado-
vencedor-de-licitacao-para-implantacao-do-brt), a saber:

A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) concluiu o julgamento da fase


de habilitação e análise da proposta de preços da licitação para contratação de empresa para realização
das obras do Ônibus de Transporte Rápido (BRT) em Cuiabá e Várzea Grande. O Consórcio Construtor
BRT Cuiabá foi habilitado e declarado vencedor do certame.
O Consórcio, formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos, Heleno & Fonseca
Construtécnica e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia, havia apresentado a menor proposta para
a realização das obras, com um valor de R$ 468.031.500,00.
A licitação foi realizada no dia 17 de março. Após esse processo, a Comissão Permanente de
Licitação da Sinfra-MT realizou a análise da documentação apresentada pelo consórcio e constatou que
as exigências apresentadas no edital da licitação foram atendidas. A ata da sessão de julgamento de
habilitação e da análise de propostas de preço ficará disponível no site da Sinfra-MT.
Após a publicação do resultado no Diário Oficial desta quarta-feira (30.03), os autos ficarão
disponíveis para pedidos de vistas pelo prazo de cinco dias úteis. Decorrido esse prazo, o resultado será
homologado.

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A licitação para implantação do BRT foi realizada pela Sinfra-MT na modalidade de Regime
Diferenciado de Contratação Integrada (RDCi), na qual a empresa vencedora será responsável pela
elaboração dos projetos básicos e executivos de engenharia, de desapropriação, obtenção de licenças,
outorgas, aprovações e execução das obras.
A proposta apresentada pelo Consórcio Construtor BRT Cuiabá representou um desconto de
2,59% em relação ao valor de referência da obra, que era de R$ 480.500.531,82.
Dentre as intervenções propostas no edital, estão as construções de 46 estações, de um terminal
na região do Coxipó e outro no CPA, e a reconstrução do Terminal André Maggi, em Várzea Grande.
Será construído ainda um viaduto para passagem do BRT na rotatória das avenidas Fernando Corrêa da
Costa e Beira Rio, uma nova ponte sobre o Rio Coxipó, a criação de um parque linear na Avenida do
CPA, a requalificação do Largo do Rosário e demais adequações no trânsito.
Segundo o secretário adjunto de Gestão e Planejamento Metropolitano, Rafael Detoni, o BRT vai
promover uma mudança na mobilidade de Cuiabá e Várzea Grande, além de promover a requalificação
da paisagem urbana. “É um ganho em agilidade, velocidade operacional, que se traduz em menor tempo
no trânsito”.

12. Passo a decidir.


13. Como bem anotado no Voto do Exmo. Ministro Jorge Oliveira, não restou clara, até a
prolação do Acórdão 2.809/2021 – Plenário, qual seria a alternativa de implantação mais vantajosa e
compatível com o interesse público.
14. Ademais, considerando que valores federais de grande vulto já foram despendidos no
empreendimento paralisado há vários anos, privando a população do importante serviço de transporte
coletivo, Sua Excelência propôs, tendo sido acolhido pelo Colegiado, o endereçamento de
recomendação aos entes envolvidos, para que, no âmbito de suas competências, envidassem “esforços
no sentido de, com observância da legislação pertinente, coordenar suas ações, resolver suas
divergências e conferir prioridade ao aprofundamento e à posterior análise dos estudos técnicos
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necessários ao deslinde da questão e ao prosseguimento da obra no menor espaço de tempo


possível”.
15. No entanto, os elementos constantes dos autos não permitem concluir que o Estado de
Mato Grosso promoveu certame após escorreita avaliação sistêmica e integrada, com estudos robustos
a possibilitar, cumprida toda a legislação pertinente, a substituição do modal de VLT para BRT com
vistas à implementação do novo serviço de transporte público.
16. Nessa toada, verifico, de modo contrário, certo açodamento na promoção do certame,
inclusive com a tentativa de mitigar a jurisdição desta Corte de Contas sob o pálio do argumento de
que essa etapa final do vultoso empreendimento de mobilidade urbana, consistente apenas na
mudança do modal de Veículo Leve sobre Trilhos para Bus Rapid Transit, com uma série de
dispêndios pretéritos de recursos federais no âmbito dos preparativos para a Copa do Mundo de 2014,
refugiria à competência do TCU, eis que o Governo Estadual teria quitado antecipadamente a dívida
com a Caixa Econômica Federal referente ao financiamento para as obras do VLT.
17. Consoante reiterado nas petições do município de Cuiabá, cuida-se da necessidade de
fiscalização de uma política pública no âmbito da mobilidade urbana, de ampla abrangência
territorial, para a qual já houve dispêndio de vultuosos recursos federais, sem a comprovação
inequívoca do estabelecimento de uma coordenação, comunicação e colaboração dos entes públicos
envolvidos, ademais da observância que se faz premente às Leis nº 13.089/2015 (Estatuto da
Metrópole), nº 10.257/2001 (Estatuto das Cidades), nº 12.857/2012 (Política Nacional de Mobilidade
Urbana) e à governança interfederativa, configurando um dos pressupostos do pedido de medida
acautelatória, a qual não exige cognição exauriente da matéria, bastando um juízo de mera
verossimilhança para a verificação da plausibilidade jurídica que a ampare, consubstanciada na não
comprovação do atendimento às normas de regência referenciadas e na ausência de esclarecimentos
adequados por parte do Governo Estadual.
18. Com efeito, os autos revelam, desde a fase anterior ao presente recurso, conforme
registrado na petição inicial, a inexistência, por exemplo, do Estudo de Viabilidade Técnica,
Econômica e Ambiental – EVTEA, bem como ausente a comprovação do alinhamento, à Política

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Nacional de Mobilidade Urbana, da decisão de substituição do modal, e aos planos
diretores urbanos da região.
19. E conforme aduzido pelo município de Cuiabá, in verbis (peça 108):

O não deferimento da medida cautelar pleiteada poderá ocasionar graves e irreversíveis


prejuízos tanto no que se refere a aplicação dos recursos públicos no modal de transporte coletivo
intermunicipal, quanto na própria implementação da melhor e mais adequada e viável política
pública de mobilidade urbana local.
Por óbvio, a determinação de suspensão de todo o procedimento no atual estágio, privilegia
o princípio da precaução, notadamente porque estamos lidando com uma obra pública de grande
dimensão e complexidade, com aplicação e utilização de vultuosos recursos públicos.
Quanto mais procedimentos realizados, quanto mais avançados os processos
administrativos estiverem, mais prejuízos ocorrerão e mais complicado se tornará qualquer
tentativa de retorno dos fatos ao status quo ante, em total desacordo com o princípio da eficiência
de observância obrigatória pela Administração Pública.
O que se pretende é que não se dê continuidade a um procedimento de troca de modal de
transporte público intermunicipal sem a existência de estudos técnicos exaurientes que
demonstrem a viabilidade técnica e econômica da substituição do modal.
Nesse sentido, mister se faz que a medida cautelar seja deferida por esta Corte de Contas,
sob pena de perecimento do direito e graves prejuízos à toda a população do Município de Cuiabá,
para o fim de suspender todo e qualquer ato e/ou processo administrativo em trâmite, tendente a
possibilitar a troca do modal de transporte público intermunicipal, posto que realizado sem
embasamento técnico preciso e exauriente para tanto e em total inobservância a Lei nº 13.089 de
12 de janeiro de 2015 - Estatuto da Metrópole; Lei nº 10.257 de 10 de julho de 2001 – Estatuto
das Cidades; Lei nº 12.857 de 03 de janeiro de 2012 - Política Nacional de Mobilidade Urbana.

20. Assim, em cognição preliminar, a significativa alteração no quadro fático referente ao


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empreendimento, com adiantado processamento da licitação e da contratação, autoriza, em sede do


pedido de reexame, presentes os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, o
deferimento da medida cautelar suspensiva dos procedimentos tendentes à alteração do modal e, no
que couber, da execução de eventual contratação, até decisão de mérito desta Corte de Contas.
21. Nesse contexto, concordando com a plausibilidade dos argumentos expostos pela
municipalidade, verifico que a adoção da medida, na forma requerida, não configura risco à
Administração Estadual ou a direito subjetivo de terceiros, posto que seria apenas adiado o início da
contratação integrada ou de sua execução, no caso concreto.
22. Nessa seara, reforço, ainda quanto ao risco da demora no processamento da causa, que o
fato de já haver Consórcio vencedor do certame impõe a necessidade urgente de suspensão do
procedimento de contratação, ou do início da execução contratual, por meio da medida acauteladora
na modalidade inaudita altera pars.
23. De igual modo, na hipótese de eventual prosseguimento da substituição do modal, de
VLT para BRT, inexistiria tempo hábil para esta Corte de Contas examinar detalhadamente os
possíveis vícios e em pormenor o desatendimento de toda a legislação de regência, de modo a
formular um juízo de cognição pleno sobre a matéria, capaz de elidir todas as questões levantadas
pelo município de Cuiabá.
24. Diante do exposto, defiro, com fundamento no art. 276 do Regimento Interno/TCU, o
pedido de medida cautelar, sem prévia oitiva da parte, e determino ao Governo do Estado de
Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura Logística/SINFRA, que suspenda
todos os procedimentos administrativos tendentes à alteração do modal de VLT para BRT
(RDCi Presencial, Edital n. 047/2021, Processo n. 387506/2021), até que o Tribunal decida sobre o
mérito da questão, nos termos do art. 45 da Lei n 8.443/1992.
25. Determino também, a teor do § 3º do art. 276 do Regimento Interno do TCU, a promoção
da oitiva do Governo do Estado de Mato Grosso, para que se pronuncie, em até quinze dias, acerca
da presente medida acautelatória e dos pressupostos para sua concessão, além das irregularidades

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Gabinete do Ministro Aroldo Cedraz
apontadas pelo município de Cuiabá.
26. Por fim, determino o envio dos autos à Secretaria de Gestão de Processos, para que
providencie a ciência do presente despacho ao Governo do Estado de Mato Grosso, bem assim ao
município de Cuiabá, na pessoa de seus representantes constituídos nos autos, e encaminhe o processo
posteriormente à unidade técnica especializada para instrução, com a urgência que o caso requer,
27. Em acréscimo, autorizo, com fundamento no art. 157 do Regimento Interno/TCU, a
realização das diligências que se fizerem necessárias, bem como determino o envio de cópia do
presente despacho ao município de Várzea Grande/MT e ao Consórcio Construtor BRT Cuiabá,
franqueando-lhes a oportunidade de manifestação quanto ao processo, cujo inteiro teor também lhes
será concedido o acesso.

À Seproc, para as providências a seu cargo.

Brasília, 6 de maio de 2022

(Assinado eletronicamente)
AROLDO CEDRAZ
Relator
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Central do Processo Eletrônico


Petição Incidental

Autor do Documento
ALLISON AKERLEY DA SILVA
CPF: 71079106120 OAB: MT008930O

Data de Recebimento do Documento no STJ


Data: 19/05/2022 Hora: 17:12:26

Peticionamento
SEQUENCIAL: 6688405
Processo: MS 27218 (2021/0000008-6)
Tipo de Petição: PETIÇÃO
Parte peticionante: MUNICÍPIO DE CUIABÁ

Nome do Arquivo Tipo Hash


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MANIFESTAÇÃO STJ.pdf Petição DFEA9816D57A7DADC3752D7A4C597D998


D4E4EEC
CAUTELAR TCU.pdf Outros Documentos BAFD7D58FB30726D4A4994894FB493D428
C3D07C
Documento assinado eletronicamente nos termos do Art. 1º. § 2º., Inciso III, alínea “b”, da Lei
11.419/2006.

A exatidão das informações transmitidas é da exclusiva responsabilidade do peticionário (Art. 12 da


Resolução STJ//GP N. 10 de 6 de outubro de 2015).

Os dados contidos na petição podem ser conferidos pela Secretaria Judiciária, que procederá sua
alteração em caso de desconformidade com os documentos apresentados, ficando mantidos os
registros de todos os procedimentos no sistema (Parágrafo único do Art. 12 da Resolução STJ
10/2015 de 6 de outubro de 2015)

Documento eletrônico e-Pet nº 6688405 com assinatura digital


Signatário(a): ALLISON AKERLEY DA SILVA CPF: 71079106120
Recebido em 19/05/2022 17:12:26

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