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Tribunal

PJe - Processo Judicial Eletrônico

08/09/2021

Número: 0555046-69.2018.8.05.0001
Classe: APELAÇÃO CÍVEL
Órgão julgador colegiado: Terceira Câmara Cível
Órgão julgador: Desa. Rosita Falcão de Almeida Maia
Última distribuição : 07/11/2019
Valor da causa: R$ 0,00
Processo referência: 0555046-69.2018.8.05.0001
Assuntos: Urbana (Art. 48/51)
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
Almir Nunes de Oliveira (APELANTE) LIGIA MARTINS OLIVEIRA (ADVOGADO)
FREDERICO CARLOS BINDERL GASPAR DE MIRANDA
(ADVOGADO)
ALAN JOSE BINDERL GASPAR DE MIRANDA (ADVOGADO)
JAIRO ANDRADE DE MIRANDA (ADVOGADO)
Fundação Petrobras de Seguridade Social Petros CARLOS FERNANDO DE SIQUEIRA CASTRO (ADVOGADO)
(APELADO) DANIELLE NASCIMENTO NERES D EL REY ECA
(ADVOGADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
18521 28/08/2021 19:00 Certidão de conclusão de Juntada Certidão de conclusão de Juntada
907
18521 28/08/2021 19:00 Certidão Certidão
906
18521 28/08/2021 19:00 Despacho Despacho
905
18521 28/08/2021 19:00 Conclusão Conclusão
904
18521 28/08/2021 19:00 Embargos de Declaração Embargos de Declaração
903
18521 28/08/2021 19:00 Certidão Certidão
902
18521 28/08/2021 18:59 Acórdão Acórdão
901
18521 28/08/2021 18:59 CERTIDÃO DE JULGAMENTO CERTIDÃO DE JULGAMENTO
900
18521 28/08/2021 18:59 Relatório Relatório
899
18521 28/08/2021 18:59 Conclusão Conclusão
898
18521 28/08/2021 18:59 Documentação Documentação
897
18521 28/08/2021 18:59 Petição Petição
896
18521 28/08/2021 18:59 Despacho Despacho
895
18521 28/08/2021 18:59 Certidão de Devolução de Mandado Certidão de Devolução de Mandado
894
18521 28/08/2021 18:59 Certidão Certidão
893
18521 28/08/2021 18:59 Certidão de Devolução de Mandado Certidão de Devolução de Mandado
892
18521 28/08/2021 18:59 Outros documentos Outros documentos
891
18521 28/08/2021 18:59 CERTIDÃO CERTIDÃO
890
17869 05/08/2021 17:11 Petição Petição
114
17869 05/08/2021 17:11 CONTRA MINUTA AOS EMBARGOS DE Petição
569 DECLARAÇÃO -REGULAMENTO APLICAVÉL -
REPACTUAÇÃO -ALMIR NUNES DE OLIVEIR
17869 05/08/2021 17:11 KIT DECRETOS E ATOS NORMATIVOS - Outros documentos
570 suspensão dos prazos físicos - retorno 02.08.2021
17869 05/08/2021 17:11 KIT REGULARIZAÇÃO PATROCÍNIO PETROS - Procurações/substabelecimentos e
571 21.01.2021 - BA contrato de honorários para destacamento
da verba
17869 05/08/2021 17:11 Substabelecimento SCA 26.04 - BA Procurações/substabelecimentos e
573 contrato de honorários para destacamento
da verba
16737 01/07/2021 15:01 Petição Inicial Petição Inicial
436
/BA - BRASIL
CEP 41745-004

TERMO DE DECLARAÇÃO DE DEVOLUÇÃO DE AUTOS DIGITAIS

Nos termos do quanto previsto nas obrigações contratuais estabelecidas, DECLARAMOS


que, na presente data, devolvemos os autos, integralmente digitalizados e inseridos na plataforma do
sistema Processo Judicial Eletrônico – PJe, à respectiva unidade judicial de tramitação.

PA Arquivos

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Num.- 28/08/2021
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Número do documento: 21082819001212300000018150071
BAHIA
ESTADO DA
JUSTIÇA DO
TRIBUNAL DE
Camara Givel
Terceire 1D)
CERTIDÃO
de MS)
despacho/decisão conhecimento
que ©respeitável
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das partes inte 20,276
Salvador-BA,

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Num.- 28/08/2021
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Número do documento: 21082819001182200000018150070
PODER JUDICIARIO DO ESTADO DA BAHIA
TRIBUNAL DE JUSTICA
Terceira Câmara Cível
52 Av. do CAB, nº 560 - Centro - CEP: 41745971 -
Salvador/BA

| DESPACHO
Processo n°: 0555046-69.2018.8.05.0001
Classe — Assunto: Apelação - Urbana (Art. 48/51)
Apelante: Almir Nunes de Oliveira
Apelado: Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros
Advogados: Jairo Andrade de Miranda, Alan José Binderl Gaspar de Miranda,
Frederico Carlos Binderl Gaspar de Miranda, Ligia Martins Oliveira, Danielle
Nascimento Neres D el Rey Eça e Carlos Fernando de Siqueira Castro

Tratando-se de Embargos de Declaração interpostos com efeitos infringentes e


a teor do que estabelece o art. 1.023 do novel CPC, concedo o prazo de 5 (cinco) dias
para o embargado apresentar contrarrazões.
Após, com ou sem manifestação, retornem-me conclusos os autos, para
julgamento.
Intime-se.
Publique-se.

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Número do documento: 21082819001130900000018150069
29
2 x Ed
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA JG: NAO
TRIBUNAL DE JUSTICA PI: NAO
Terceira Camara Civel
5° Av. do CAB, n° 560 - Centro - CEP: 41745971 - (Ver campo réu preso
Salvador/BA

RELACAO DE PETICOES, RECURSOS INTERNOS E PROCESSOS


VINCULADOS

Processo n°: 0555046-69.2018.8.05.0001


Classe — Assunto: Apelação - Urbana (Art. 48/51)
Apelante: Almir Nunes de Oliveira
Apelado: Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros
Advogados: Jairo Andrade de Miranda, Alan José Binderl Gaspar de Miranda,
Frederico Carlos Binderl Gaspar de Miranda, Ligia Martins Oliveira, Danielle
Nascimento Neres D el Rey Eça e Carlos Fernando de Siqueira Castro

Sequencial/Protocolo Recebimento Tipo Juntado


50000 2020000322757 24/09/2020 Embargos de Declaração
50000 2020000322757 24/09/2020 Embargos de Declaração
50000 2020000322757 24/09/2020 Embargos de Declaração Local
atual: Secretaria de Câmaras/Vara Fictícia
50000 2020000322757 24/09/2020 Embargos de Declaração Local
atual: Secretaria de Câmaras/Terceira Câmara Cível
90000 2020000180660 11/03/2020 Juntada De Documento Sim
90000 2020000180660 11/03/2020 Juntada De Documento Sim

Salvador, 2 de outubro de 2020

Terceira Câmara Cível

CONCLUSÃO

Conclusos ao(à) Exmo(a). Sr(a). Desembargador(a) Rosita Falcão de Almeida


Maia - Relator(a).

Secretaria da 3º Câmara Cível, 2 de outubro de 2020.

Que Arneiro de Araujo


Diretor de Secretaria

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Num.- 28/08/2021
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- Pág. 1
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Número do documento: 21082819001076700000018150068
DO DA BAHIA
STIÇA DO ESTA
TRIBUNAL DE JU ra Câmara Civel
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20 “à 2 , nesta 3º Camara

lavrei aste termo.


adiante se I8, do que

= Haga

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Num.- 28/08/2021
18521903 19:00:02
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} ANDRADE MIRANDA
ADVOGADOS ASSOCIADOS

EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) RELATOR(A)


DESEMBARGADOR(A) ROSITA FALCÃO DE ALMEIDA MAIA.
E:
PROCESSO: APELAÇÃO Nº 0555046-69.2018.8.05.0001
ALMIR NUNES DE OLIVEIRA, já individuado(a) nos autos do processo em
epígrafe, artigos 494, Il e 1.022, |, do CPC/2015, interpor
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO,

Em face do Acórdão retro que, NEGOU PROVIMENTO AO APELO DO AUTOR,


para manter a sentença vergastada em todos os seus termos, diante dos motivos que
se seguem.
DA TEMPESTIVIDADE (SUSPENSÃO DOS PRAZOS PROCESSUAIS EM AMBITO
NACIONAL EM DECORRENCIA DA PANDEMIA DA COVID-19):
A parte recorrente teve ciência da decisão recorrida mediante veiculação no
Diário Eletrônico da Justiça, Disponibilização: 20/08/2020, sendo considerada a data
da Publicação: 21/08/2020. De acordo ainda com o disposto nos artigos 224 e 231, II,
do CPC, o prazo recursal iniciar-se-á em 01/10/2020, a findar-se em 07/10/2020 de
acordo com a contagem estabelecida pelo artigo 219 do CPC e levando em conta a
suspensão dos prazos processuais nos processos físicos, no período compreendido
entre 20 de março a 30 de setembro de 2020, estabelecida pelo disposto no artigo 5º
da RESOLUÇÃO No 313, DE 19 DE MARÇO DE 2020 do CNJ, ATO CONJUNTO Nº 005 de
23 DE MARÇO DE 2020 e, posteriormente, arts. 1º e 3º, do Ato Conjunto nº 07, de 29
de abril de 2020, e no caput, do art. 1º, do Decreto Judiciário nº 226, de 20 de março
de 2020, prorrogada pelo prorrogada, no âmbito do Tribunal de Justiça do Estado da
Bahia, conforme DECRETO JUDICIÁRIO Nº 570, DE 09 DE SETEMBRO DE 2020, de sorte
que a presente insurgência se mostra absolutamente tempestiva.

Conforme entendimento do Colendo STJ, são cabíveis Embargos de Declaração


para suprir omissão do julgado resultante da apreciação do recurso a partir de
premissa dissociada da realidade dos autos. Nesse sentido:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. OMISSÃO
CARACTERIZADA. JULGAMENTO DO APELO NOBRE. PREMISSA EQUIVOCADA. PREVIDÊNCIA PRIVADA.
REAJUSTE RETROATIVO DE APOSENTADORIA COMPLEMENTAR. ATUAIS BENEFICIÁRIOS. RECOMPOSIÇÃO
DE PERDAS INFLACIONÁRIAS DOS ANOS DE 1989 A 1996. INAPLICABILIDADE DA SÚMULA Nº 289/STJ. 1.
Cabíveis embargos de declaração para suprir omissão do julgado resultante da
apreciação do recurso especial a partir de premissa dissociada da realidade dos
autos. 2. Sendo certo que o recurso especial veicula pretensão de atuais beneficiários
de aposentadoria complementar, - que almejam que a modificação da forma de
correção de seus benefícios em virtude de alteração estatutária seja estendida
retroativamente ao período compreendido entre 1989 e 1996 para fins de
recomposição de supostas perdas inflacionárias - nenhuma aplicação tem a

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Num.- 28/08/2021
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inteligência da Súmula nº 289/STJ para a solução da controvérsia. 3. Embargos


acolhidos, com efeitos infringentes, para tornar sem efeito acordão e decisão
monocrática anteriores e determinar nova conclusão dos autos ao relator para
posterior análise das questões efetivamente suscitadas em recurso especial. (STJ -
EDcl no AgRg no REsp: 886606 DF 2006/0196060-6, Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS
CUEVA, Data de Julgamento: 05/03/2015, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe
12/03/2015)

Faz-se então necessária a interposição dos presentes embargos de declaração


para fins de se elucidar pontos omitidos a seguir indicados, cuja apreciação, conforme
exposto inicialmente, tem o condão de causar efeitos modificativos à decisão
embargada, como é de conhecimento jurisprudencial. A esse respeito é de se ressaltar
o entendimento sufragado da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em
consonância com o defendido na presente manifestação:
"Embargos declaratórios: admissibilidade e efeitos. Os embargos declaratórios são
admissíveis para a correção de premissa equivocada de que haja partido a decisão
embargada, atribuindo-lhes efeito modificativo quanto tal premissa seja influente no
resultado do julgamento." (STF - EDRE 207.928/SP, Primeira Turma, rel. Min.
SEPÚLVEDA PERTENCE, DJ de 15/15/1998)”

A doutrina mais abalizada defende também o posicionamento em questão:

“Admitem-se embargos de declaração para corrigir flagrante e visível erro de fato


em que incidiu a decisão, evitando-se os percalços com a eventual interposição de
RE, REsp ou o ajuizamento de ação rescisória. Neste sentido: JTACivSP 110/256,
108/287, 100/178, 93/385, 86/318, 53/168; RT 562/146; RTJ 57/145; Lex-JTA 105/352;
RJTIRS 69/136.” (NERY JR. Nelson e NERY, Rosa Maria. Código de Processo Civil
Comentado e legislação processual civil extravagante em vigor. 6. ed. São Paulo: RT,
2002, p. 905)
A correção das premissas nas qual se baseou o julgado tem, desse modo,
influência na conclusão estabelecida na apreciação do pedido formulado perante esta
segunda instância. Isto porque concluiu o Acórdão que “não há direito adquirido ao
regramento vigente à época da adesão ao plano de benefícios, mas sim ao regramento
vigente na época em que foram atendidos todos os requisitos normativos exigidos para
o gozo do benefício previdenciário, assim como as alterações posteriores que foram
repactuadas pelo mesmo”, tendo sustentado o seu posicionamento na premissa de
que “O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso Especial nº 1415501,
entendeu que para ter direito à aposentadoria complementar, o beneficiário precisa se
desligar do emprego que patrocina o plano de previdência, ainda que este tenha sido
instituído antes da LC 108/01, que criou a regra de cessação do vínculo, ou seja, a
cessação do vínculo de emprego é requisito de elegibilidade para a concessão do
benefício de Suplementação de Aposentadoria”, tendo, assim, entendido pela
improcedência das razões recursais, notavelmente diante do o quanto firmada pela 22
Seção do STJ, ao apreciar o REsp 1435837/RS, sob a sistemática dos recursos
repetitivos, que, estabeleceu a tese de que : “O regulamento aplicável ao participante
de plano fechado de previdência privada para fins de cálculo da renda mensal inicial do

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- Pág. 3
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benefício complementar é aquele vigente no momento da implementação das


condições de elegibilidade, haja vista a natureza civil e estatutária, e não o da data da
adesão, assegurado o direito acumulado”.
Ocorre que, com a devida vênia para se contrapor à conclusão do acórdão, as
premissas e constatações expostas no julgado não se prestam a infirmar a
fundamentação contida no recurso que inclusive, trouxe manifestação específica em
relação às respectivas considerações, postas no acórdão.
O Acórdão entendeu por aplicar a jurisprudência do STJ ao caso presente,
tendo, contudo, reconhecido, devidamente, que, em relação ao presente autor: “da
leitura dos autos, verifica-se que ele se aposentou em 01/02/1995 (fls. 08), se
afigurando razoável supor que nessa mesma data passou a receber o benefício de
complementação de aposentadoria previsto no Regulamento do PETROS. Assim, as
normas aplicáveis ao apelante serão aquelas vigentes quando implementou as
condições de elegibilidade, ou seja, 01 de fevereiro de 1995”.
Ocorre que os julgados mencionados no acórdão foram proferidos baseando-
se em interpretação procedida a partir de dispositivos das leis 108/2001 e 109/2001,
de sorte que o seu julgamento não interfere na presente relação processual, já que,
conforme pontuado no próprio julgado O AUTOR EM QUESTÃO SE APOSENTOU E
PASSOU A RECEBER SEU BENEFÍCIO EM 1995.

Ademais, conforme também exposto no recurso de apelação e reconhecido na


própria defesa apresentada pela PETROS, em razão da NATUREZA EMINENTEMENTE
CONTRATUAL da relação jurídica em questão, devem os partícipes da relação
observar as condições previamente ajustadas.
Observa-se, portanto, com a devida vênia, que a posição defendida no
acórdão desrespeita o próprio ato jurídico perfeito, representando, assim, ofensa
direta ao disposto no artigo 5º, XXXVI da Constituição Federal, que literalmente
dispõe:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

De fato, A RELAÇÃO ESTABELECIDA ENTRE OS MANTENEDORES-


BENEFICIÁRIOS E A GESTORA DA PREVIDÊNCIA PRIVADA É CONTRATUAL, vez que,
diversamente da Previdência Oficial, tem início com a manifestação de vontade do
interessado, que adere espontaneamente à oferta veiculada pela entidade.
Outra não é a razão pela qual os artigos 6º, inciso |, e 7º, inciso Il do
Regulamento do Plano Básico de Benefícios PETROS vigente na época da adesão do
Apelante, previam como direitos “beneficiar-se das prestações e vantagens
asseguradas pela PETROS” e “receber os benefícios que lhe couberem por força deste
Regulamento”. Questiona-se: quais eram as prestações e vantagens asseguradas pela

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PETROS? - Obviamente, aquelas previstas no Regulamento do Plano de Beneficios


PETROS e que induziram a vontade e a expectativa contratual do aderente no
momento da contratação. Se soubesse que as vantagens prometidas pela PETROS
seriam, no futuro, retiradas da relação negocial, não aderiria à oferta veiculada no
Regulamento. Sendo assim, o pacto previdenciário inicial, ou seja, a causa geradora
da vontade, deve ser respeitado.
É que o negócio jurídico, na hipótese, decorreu de legítima manifestação de
vontade, editada em conformidade com a ordem jurídica existente no momento de
sua formação, razão pela qual retrata um ato jurídico perfeito e, por conseguinte,
imune às supervenientes alterações normativas e legislativas, a teor da regra inserta
no parágrafo 1º do artigo 6º, da então denominada Lei de Introdução ao Código Civil,
in litteris:
“Art. 6º A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito
adquirido e a coisa julgada:

8 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que
se efetuou.

Discorrendo sobre o ato jurídico perfeito, DIRLEY DA CUNHA JUNIOR externa


raciocínio que respalda tal entendimento:

“ato jurídico perfeito é garantia que preserva todos os atos ou negócios jurídicos decorrentes
da manifestação legítima de vontade de quem os editou, em consonância com a ordem
jurídica existente no momento de sua formação. Distingue-se do direito adquirido, porque
enquanto este resulta diretamente da lei, o ato jurídico perfeito decorre diretamente da
vontade de quem o originou, estando apenas assentado na lei.” (in “Curso de Direito
Constitucional”, edição 2008, editora Podivm, p. 675).

Na mesma direção se posiciona a linha intelectiva do Supremo Tribunal Federal,


como se infere dos seguintes julgados, esboçando a interpretação constitucional do
conceito de ato jurídico perfeito:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO - CADERNETA DE POUPANÇA - CONTRATO DE DEPÓSITO
VALIDAMENTE CELEBRADO - ATO JURÍDICO PERFEITO - INTANGIBILIDADE CONSTITUCIONAL -
CF/88, ART. 52, XXXVI - INAPLICABILIDADE DE LEI SUPERVENIENTE À DATA DA CELEBRAÇÃO DO
CONTRATO DE DEPÓSITO, MESMO QUANTO AOS EFEITOS FUTUROS DECORRENTES DO AJUSTE
NEGOCIAL — RECURSO IMPROVIDO. - Os contratos submetem-se, quanto ao seu estatuto de
regência, ao ordenamento normativo vigente à época de sua celebração. Mesmo os efeitos
futuros oriundos de contratos anteriormente celebrados não se expõem ao domínio
normativo de leis supervenientes. As consegiiências jurídicas que emergem de um ajuste
negocial válido são regidas pela legislação em vigor no momento de sua pactuação. Os
contratos - que se qualificam como atos jurídicos perfeitos (RT 547/215) - acham-se
protegidos, em sua integralidade, inclusive quanto aos efeitos futuros, pela norma de
salvaguarda constante do art. 5º, XXXVI, da Constituição da República. Doutrina e precedentes.
- À incidência imediata da lei nova sobre os efeitos futuros de um contrato preexistente,
precisamente por afetar a própria causa geradora do ajuste negocial, reveste-se de caráter
retroativo (retroatividade injusta de grau mínimo), achando-se desautorizada pela cláusula
constitucional que tutela a intangibilidade das situações jurídicas definitivamente consolidadas.
Precedentes.” (Al 292979 ED, Relator: Min. CELSO DE MELLO, 22 Turma, julgado em
19/11/2002)

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ANDRADE MIRANDA
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“CIVIL. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. CADERNETA DE POUPANÇA. CORREÇÃO MONETÁRIA.


CONTRATOS FIRMADOS ANTES DA VIGÊNCIA DA MP 32/89. ATO JURÍDICO PERFEITO. AGRAVO
IMPROVIDO. | - Os critérios de atualização dos depósitos de caderneta de poupança
introduzidos pela Medida Provisória 32/89 são inaplicáveis aos contratos firmados antes de
sua vigência, sob pena de violação ao ato jurídico perfeito. Precedentes. Il - Agravo regimental
improvido.” (Al 700254 ED-AgR, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, 12 Turma, julgado
em 17/03/2009)

Sendo assim, entende-se que a complementação de aposentadoria do


mantenedor-beneficiário da PETROS deve ser calculada de acordo com as normas
vigentes à época da adesão do mesmo ao plano de previdência.
Ao decidir casos similares, este Tribunal de Justiça da Bahia já manifestou o
mesmo posicionamento (grifos nossos):
APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDÊNCIA PRIVADA COMPLEMENTAR. SUPLEMENTAÇÃO DE
APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO. REAJUSTAMENTO. VIABILIDADE. PRESCRIÇÃO
TRATO SUCESSIVO. SÚMULAS 291 e 427/STJ. INCOLUMIDADE DO FUNDO DO DIREITO.
PRECEDENTES. Conforme entendimento reiterado do Superior Tribunal de Justiça, em se
tratando como na hipótese, de revisão de valores de suplementação de aposentadoria, as
Súmulas 291 e 427 devem ser interpretadas no sentido de que, a prescrição atinge tão somente
as parcelas vencidas anteriormente ao quinquênio que precede ao ajuizamento da ação, e não
o próprio fundo de direito. O ato de aderir ao plano de benefícios deve ser interpretado como
contratar, sendo o contrato sujeito às regras pertinentes a tal instituto, inclusive quanto a ser
ato jurídico perfeito e, portanto, intangível por alterações regulamentares e legislativas
posteriores à data da adesão do participante. Assim, não se acolhe a tese da apelada, entidade
de previdência privada, no sentido de que a complementação da aposentadoria do apelante se
dava se dá com base na adoção de novos critérios de reajuste adimplidos muito após à data da
contratação do plano pelo beneficiário. Nesse sentido, o cálculo do benefício do apelado
deverá ser apurado em liquidação de sentença por simples cálculo, tendo como parâmetro as
regras do Regulamento do Plano de Benefícios Petros vigente à época da sua adesão. Recurso
provido.” (APC's nsº 0111073-86.2005.805.0001 e 0048071-11.2006.805.0001, 32 Câmara Cível,
Relatora Desa Rosita Falcão de Almeida Maia, julgadas em 22/10/2013 e em 3/12/2013,
unânime)

Colhe-se ainda a mesma intelecção dos demais Tribunais de Justiça pátrios:


“(...) 3. A previdência privada é facultativa e tem natureza contratual. Assim, é inaplicável o
limitador etário aos participantes cuja adesão ao plano ocorreu antes da alteração do
regulamento da PETROS, efetivada exatamente para acrescentar o requisito da idade mínima
para concessão do benefício, conforme o disposto no Decreto 81.240/78. (REsp 1.125.913/RS)
(...) Grifei (STJ, EDcl no REsp 1125913/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, 42 Turma,
julgado em 21/02/2013)

“(...) 2.- A e. 42 Turma, no julgamento do REsp n. 1.125.913/RS (Rel. Min. Luís Felipe Salomão,
unânime, DJe de 12.11.2010), decidiu que é legítimo o estabelecimento do limite de idade em
55 anos promovido pelo Decreto n. 81.240/1978, sem extrapolar os parâmetros fixados na Lei
n. 6.435/1977, que não veda tal prática, além de ser imperativo a manutenção do equilíbrio
atuarial da instituição de previdência complementar. 3.- No caso dos autos, a Agravante aderiu
ao plano de benefício da entidade de previdência FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE
SOCIAL PETROS, ora Agravada, no dia 11 de setembro de 1978, isto quer dizer, em data anterior
à alteração do Regulamento do Plano de Benefício da Petros/1979 (Decreto n. 81.240/78), que
se deu no dia 29 de novembro de 1979. Sua filiação, por conseguinte, não deve sofrer as

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restrições do referido diploma legal. (...)” Grifei (STJ, AgRg no REsp 1172363/RS, Rel. Ministro
SIDNEI BENETI, 22 Seção, julgado em 09/05/2012)

“APELAÇÃO CÍVEL - PREVIDENCIÁRIO — AÇÃO REVISIONAL - PETROS - SUPLEMENTAÇÃO DE


APOSENTADORIA - RELAÇÃO CONCRETIZADA SOB A ÉGIDE DO RPB/75. NOVO REGULAMENTO -
INAPLICABILIDADE. DIREITO ADQUIRIDO. PREVALÊNCIA DO REGULAMENTO VIGENTE À DATA
DA ADESÃO - RECURSO IMPROVIDO — SENTENÇA MANTIDA - UNÂNIME.” Grifei (TJSE, APC nº
2202/2012, Relator: Des. RICARDO MÚCIO SANTANA DE ABREU LIMA, julgado em 17/04/2012)

Ilegitimidade passiva - Inclusão da Patrocinadora Petrobrás - Rejeitada - Inaplicabilidade do CDC


- Afastada - Súmula nº 321 do STJ - Suplementação de Aposentadoria - Aplicação das Regras
Vigentes no Momento da Adesão - Inaplicabilidade de Regulamento Posterior - Sentença
Mantida. (...) || - Aplica-se o CDC às relações jurídicas entre entidade de previdência privada e
seus dependentes. Súmula nº 321 do STJ; III - Não assiste razão à entidade previdenciária ao
pretender que a suplementação da aposentadoria se processe a partir do pagamento das
contribuições mensais tal como estatuídas pela LC nº 109/2011, pelo que se impõe a incidência
das regras vigentes no momento da admissão da beneficiária, que se deu com o Regulamento
de 1981 (art. 59), observando-se as alterações posteriores, desde que mais favoráveis ao
beneficiário do direito, nos moldes do que preceitua a súmula de nº 288 do TST. IV - Recurso
conhecido e desprovido.” Grifei (TJSE, APC nº 9772/2011, Relatora: Desa. MARILZA MAYNARD
SALGADO DE CARVALHO, julgado em 12/12/2011)

“APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDÊNCIA PRIVADA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA.


RESTRIÇÃO DE FAIXA ETÁRIA. PETROS. Se o ingresso de empregado da COPESUL, ao plano de
complementação de aposentadoria, deu-se sob a égide de regulamento que não previa
limitação etária para a obtenção do benefício integral, é esse que deve ser aplicado, e não o
regulamento aprovado posteriormente, cujas regras foram introduzidas pelo Decreto nº
81.240/78, em regulamentação à Lei nº 6.435/77. Alterações que não podem vir em prejuízo do
associado, sob pena de ferir o ato jurídico perfeito. Verba honorária mantida. APELOS
IMPROVIDOS. SENTENÇA CONFIRMADA.” (TJRS, APC nº 70015397854, 62 CC, Relator: Tasso
Caubi Soares Delabary, Julgado em 17/05/2007)

Desse modo, além de atentar contra o instituto do ato jurídico perfeito, a


aplicação pura e simples da casuística colhida do Superior Tribunal de Justiça, sem a
devida justificação com as peculiaridades do caso em questão, restaria por atentar
contra a segurança jurídica, direito fundamental previsto no artigo 5º da Constituição
Federal.
De acordo com a jurisprudência do STF: “o postulado da segurança jurídica,
enquanto expressão do Estado Democrático de Direito, mostra-se impregnado de
elevado conteúdo ético, social e jurídico, projetando-se sobre as relações jurídicas,
mesmo as de direito público (RTJ 191/922), em ordem a viabilizar a incidência desse
mesmo princípio sobre comportamentos de qualquer dos Poderes ou órgãos do
Estado, para que se preservem, desse modo, sem prejuízo ou surpresa para o
administrado, situações já consolidadas no passado. A essencialidade do postulado
da segurança jurídica e a necessidade de se respeitarem situações consolidadas no
tempo, especialmente quando amparadas pela boa-fé do cidadão, representam
fatores a que o Poder Judiciário não pode ficar alheio”. (STF - RE: 646313 PI, Relator:
Min. CELSO DE MELLO, Data de Julgamento: 18/11/2014, Segunda Turma, Data de
Publicação: ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-241 DIVULG 09-12-2014 PUBLIC 10-12-2014).

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Tendo isso em conta, é de se ressaltar que, conforme já exposto, o AUTOR


PASSOU A RECEBER O BENEFÍCIO DA SUPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA EM
1995, DATA EM QUE RESCINDIU SEU CONTRATO DE TRABALHO COM A
PATROCINADORA, NÃO LHE SENDO APLICÁVEIS OS EFEITOS DE QUALQUER
REGULAMENTO OU LEGISLAÇÃO DE EDIÇÃO POSTERIOR.
Inobstante tais circunstâncias, o Acórdão revela-se, de fato, omisso, já que, o
precedente do STJ tomado nas razões de decidir, ainda que proferido em sede de
recurso repetitivo, não tem aplicabilidade ao caso presente.
Desse modo, são descabidas, logicamente, por se mostrarem inaplicáveis ao
caso, as elucidações e argumentação acerca da existência de mera expectativa de
direito da parte autora ou de aplicabilidade das normas vigentes à época em que o
participante reuniu as condições de elegibilidade.
Tendo em vista a natureza eminentemente contratual da relação travada
entre as partes, é de se observar que a fundamentação da sentença, lançada de
forma genérica e com alusão a premissas relativas ao Regime Geral de Previdência e
aos Regimes Previdenciários dos Servidores Públicos, não se aplicam ao caso
presente.
Ainda perante o STF, extrai-se do pronunciamento assentado pela Corte no
julgamento do RE nº 226.855/RS, no qual se firmou entendimento no sentido de “não
haver direito adquirido a regime jurídico”, afastando-se o direito à atualização da conta
vinculada do FGTS em relação aos Planos Bresser, Collor | e Collor Il, que: a supressão
do direito adquirido no ordenamento jurídico pátrio só é admissível por força da
supremacia de Regime Estatutário, o que não é o caso dos autos. Consignou-se no
referido precedente que: “O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), ao
contrário do que sucede com as cadernetas de poupança, não tem natureza contratual,
mas, sim, estatutária, por decorrer da Lei e por ela ser disciplinado. - Assim, é de
aplicar-se a ele a firme jurisprudência desta Corte no sentido de que não há direito
adquirido a regime jurídico”.
No caso sob julgamento, a natureza do plano de benefícios suplementar é
indiscutivelmente contratual, assemelhando-se às cadernetas de poupança,
inobstante a atual regulamentação legal do instituto.
A jurisprudência do Tribunal de Justiça da Bahia, inclusive, se alinha à tese
defendida pela parte autora, no sentido de que:
"A complementação dos proventos da aposentadoria tem natureza contratual e deve
ser regida pelas normas em vigor na data da adesão do beneficiário ao respectivo
Regulamento, sendo descabida a retroação de normas posteriores que restringem os
direitos originalmente pactuados." (Cf. TJ-BA - Apelação n.º 0035018-
89.2008.8.05.0001, Relator: Heloísa Pinto de Freitas Vieira Graddi, Data de
Julgamento: 15 de julho de 2014, Terceira Câmara Cível, Disponibilizado em
24/07/2014).

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"O benefício de suplementação da aposentadoria foi calculado com esteio no quanto


estipulado pelo Regulamento Básico da PETROS quando do requerimento da
aposentadoria, o que não é admitido por violação ao ato jurídico perfeito e à norma
constitucional inserta no art. 52, XXXVI, da Carta Magna. O ato de aderir ao plano de
benefícios deve ser interpretado como contrato que é, sujeito às regras pertinentes a
tal instituto, inclusive quanto a ser ato jurídico perfeito e, portanto, intangível por
alterações regulamentares e legislativas posteriores à data da adesão do
participante. A suplementação de aposentadoria do beneficiário deve ser calculada
de acordo com as normas vigentes à época da sua adesão ao plano de previdência
privada. " (Cf.: TJ-BA - Apelação n.º 0392273-53.2013.8.05.0001, Relator: Des. João
Augusto Alves de Oliveira Pinto, Data de Julgamento: 16 de outubro de 2018, Quarta
Câmara Cível, Disponibilizado em 19/10/2018).

Os fundamentos postos no julgado, fazendo analogia aos princípios utilizados


no Regime Geral de Previdência, portanto, são tomados a partir de premissas
equivocadas e vão de encontro, inclusive, ao disposto próprio regulamento
estabelecido pela entidade, cerceando ao mantenedor-beneficiário um direito previsto
na norma pactuada, de sorte que, conforme devidamente sustentado no recurso de
apelação, superados os fundamentos pelos quais se concluiu pela improcedência da
ação, a respeitável sentença haveria de ser, com a devida vênia, reformada.
Conforme claramente exposto na inicial, a pretensão do autor visa tão
somente adequar o cálculo de concessão do seu benefício às disposições do próprio
regulamento da entidade, visto que este fora procedido de forma errônea,
ocasionando os prejuízos cuja reparação se vindica, não havendo, assim, que se falar,
inclusive, em desrespeito à fonte de custeio, ou de inexistência de direito adquirido.
Pela data em que o recorrente foi admitido no plano de previdência privada,
facilmente observa-se que sobre a contratação efetuada entre as partes deverá
prevalecer as regras de pactuação existentes àquela época. Isto porque, a relação
travada entre eles, diversamente da relação travada com os assegurados pela
Previdência Oficial, teve início com a manifestação de vontade do interessado, que
aderiu espontaneamente à oferta veiculada pela entidade. Assim sendo, é possível
concluir que o negócio jurídico firmado entre o funcionário da Petrobrás e a
fundação que propõe complementação em sua aposentadoria decorreu de legítima
manifestação de vontade, em conformidade com a ordem jurídica existente no
momento de sua formação, razão pela qual retrata ato jurídico perfeito e, por
conseguinte, imune a alterações posteriores nas suas normas de regência.
Não é outro o entendimento que se extrai do parágrafo 1º, do artigo 6º da Lei
de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, in verbis:
Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o
direito adquirido e a coisa julgada.
8 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei vigente ao tempo em que
se efetuou. [...]

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O pedido formulado pela parte autora no presente feito, que leva em conta
apenas o direito do autor de receber as diferenças da suplementação da sua
aposentadoria com base nos artigos 15 e 16 do Regulamento do Plano de Benefícios
da Petros ao qual aderiu e que dispõem:
Art. 15 - As suplementações dos benefícios previdenciais pela PETROS serão calculadas
tornando-se com base o salário-real-de-benefício do mantenedor-beneficiário.

Art. 16 - Para os efeitos deste Regulamento, o salário-real-de-benefício é a média aritmética


simples dos salários-de-cálculo do mantenedor-beneficiário, referentes ao período de suas
contribuições durante os 12 (doze) últimos meses imediatamente anteriores ao do início da
suplementação do benefício, excluído o 13º. Salário e incluído uma, e somente uma,
gratificação de férias.

Assim a aplicação desponderada do precedente mencionado no acórdão,


causa prejuízo ao direito de defesa da parte autora, devendo ser suprida a omissão,
sobretudo por estar se pleiteando a aplicação estrita do próprio regulamento do
plano de benefícios da PETROS.
Insta salientar que, no tocante à omissão, fundamento pelo qual se opõem os
presentes embargos de declaração, o decisum se submete às disposições do Novo CPC,
que expressamente discorreu sobre hipóteses que por si só configuram o defeito no
julgamento.
Estão dispostas no art. 489, 8 1º, especialmente o disposto no(s) inciso(s) e IV,
VeVi:
Art. 489, § 10 Nao se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela
interlocutória, sentença ou acórdão, que:
| - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua
relação com a causa ou a questão decidida;
Il - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua
incidência no caso;
Ill - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a
conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus
fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta
aqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte,
sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do
entendimento.

Faz-se imperativo, portanto, o conhecimento dos presentes embargos de


declaração a fim de que não se configure a ocorrência de cerceio de defesa, cláusula
pétrea da vigente Carta Magna no seu artigo 5º., inciso LV, bem como ao artigo 93,
inciso IX.

Conforme é de amplo conhecimento, os efeitos naturais dos embargos de


declaração não importam em modificação substancial da carga decisória, senão mero

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esclarecimento; mas não há como negar que possível, de forma excepcional, que a
correção de uma das pechas que o maculam impliquem em alguma alteração quando
do esforço integrativo do decisum. Nesse mesmo sentido, inclusive:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO.
IMPOSTO DE RENDA. JUROS DE MORA. INDENIZAÇÃO. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. REGRA GERAL:
INCIDÊNCIA. EXCEÇÕES: RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO E VERBA PRINCIPAL ISENTA. RECURSO
REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA: RESP, 1.089.720/RS, REL. MIN. MAURO CAMPBELL MARQUES.
RESSALVA DO PONTO DE VISTA DO RELATOR. CASO CONCRETO EM QUE NÃO HOUVE RESCISÃO DO
CONTRATO DE TRABALHO. ERRO MATERIAL RECONHECIDO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS,
COM EFEITOS INFRINGENTES, PARA DAR PROVIMENTO AO AGRAVO. 1. Nos termos do art. 535 do
CPC, os Embargos de Declaração constituem modalidade recursal destinada a suprir eventual
omissão, obscuridade e/ou contradição que se faça presente na decisão contra a qual se
insurge, de maneira que seu cabimento revela finalidade estritamente voltada para o
aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, que se quer seja cumprida com a efetiva
cooperação das partes. 2. Por outro lado, sem olvidar da circunstância de estarem jungidos a
fundamentação vinculada, é possível a concessão de efeitos infringentes aos Aclaratórios no
caso em que, conforme seja a deficiência a ser corrigida, seu suprimento acarrete,
inevitavelmente, a modificação do julgado recorrido, conforme reverberam abalizada
doutrina e jurisprudência atuais (EDcl na AR 2.510/SP, Rel. Min. ADILSON VIEIRA MACABU,
DJe 16.06.2011; EDcl no AgRg no Ag 1.214.723/MG, Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI, DJe
10.06.2011; EDcl nos EDcl nos EDcl no AgRg nos EDcl no Ag 1.316.589/RS, Rel. Min. SIDNEI
BENETI, DJe 17.06.2011, dentre outros). 3. Diga-se, ainda, que, excepcionalmente, o Recurso
Aclaratório pode servir para amoldar o julgado à superveniente orientação jurisprudencial do Pretório
Excelso, quando dotada de efeito vinculante, em atenção à instrumentalidade das formas, de modo a
garantir a celeridade e a eficácia da prestação jurisdicional e a reverência ao pronunciamento superior. 4.
Conforme estabelecido no acórdão embargado, a 12. Seção deste Superior Tribunal de Justiça, no
julgamento do REsp. 1.089.720/RS, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, julgado em 10.10.2012,
concluiu que, em regra, incide IR sobre juros de mora percebidos em reclamatória trabalhista, ressalvando
apenas algumas exceções: (a) não incide a referida exação sobre os juros mora percebidos na situação de
rescisão do contrato de trabalho e (b) deve-se observar a natureza da verba principal, tendo em vista que
Os juros de mora seguem a sorte da mesma. 5. No caso dos autos, verifica-se haver erro material,
uma vez que na inicial da ação de repetição do indébito consta a afirmação de que, no mês de
abril do ano de 1997, o requerente ingressou com Reclamatória Trabalhista contra o Banco
Meridional do Brasil S/A, reclamando horas extras, diferenças de salário e respectivos reflexos
(fls. 13). Sendo assim, inexistindo a situação de rescisão do contrato de trabalho, resta
desconfigurada a não incidência do referido tributo, que, portanto, é devido. 6. Embargos de
Declaração acolhidos, com efeitos infringentes, para dar provimento ao Agravo. (ST) - EDcl no
AgRg no Ag: 1125290 RS 2008/0271849-0, Relator: Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO,
Data de Julgamento: 09/04/2013, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 13/06/2013).

Tendo isso em conta, é de se ressaltar, que, com a devida vênia para impugnar
os fundamentos postos no acórdão embargado, mas o entendimento nele contido
não reflete a realidade dos autos.
MESMO AS DIGRESSÕES A RESPEITO DA REPACTUAÇÃO, NÃO TEM O
CONDÃO DE AFETAR O MÉRITO. O acórdão registrou que “houve a repactuação do
plano de previdência privada firmado entre os litigantes, com a adesão do apelante,
que aceitou as novas regras do Plano Petros, recebendo, a título de incentivo, o valor
de no mínimo R$ 15.000,00 (quinze mil reais), vinculando-se, aos novos termos
dispostos no aludido regulamento, que convencionou que os benefícios de

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2h

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suplementação de aposentadoria ou pensão seriam corrigidos mediante a aplicação do


IPCA, sem referência aos reajustes salariais da patrocinadora (fls. 175 e 177/178).
A repactuação referida, entretanto, não constitui óbice ao deferimento do
pedido formulado na ação, já que, no referido acordo, muito embora tenha vindo a
alterar especificamente o disposto no mencionado artigo 41 do RPB, a proposta se
refere exclusivamente aos reajustes futuros dos benefícios pagos pela PETROS.
Desse modo, e conforme já exposto, a circunstância de ter o autor aderido ou
não à repactuação mencionada não subtrai o direito à revisão pretendida, no período
pretérito à repactuação a teor, inclusive, da própria clausula 3 do referido termo, que
expressamente consignou que “as alterações não gerariam, em nenhuma hipótese,
efeitos retroativos, não havendo qualquer direito a este título”.
O acórdão, carece, assim, de esclarecimento específico quanto a este ponto, o
que fica também requerido.
Desse modo, A CONCLUSÃO DE IMPROCEDÊNCIA CONTIDA NO JULGADO SE
BASEOU EM FLAGRANTE ERRO DE FATO, sendo a via dos Embargos de Declaração
idônea a promover a readequação do posicionamento manifestado.
A doutrina mais abalizada defende também o posicionamento em questão:

“Admitem-se embargos de declaração para corrigir flagrante e visível erro de fato


em que incidiu a decisão, evitando-se os percalços com a eventual interposição de
RE, REsp ou o ajuizamento de ação rescisória. Neste sentido: JTACivSP 110/256,
108/287, 100/178, 93/385, 86/318, 53/168; RT 562/146; RTJ 57/145; Lex-JTA 105/352;
RITJRS 69/136.” (NERY JR. Nelson e NERY, Rosa Maria. Código de Processo Civil
Comentado e legislação processual civil extravagante em vigor. 6. ed. São Paulo: RT,
2002, p. 905)
De acordo ainda com a jurisprudência do Excelso Pretório: “Os embargos
declaratórios não consubstanciam crítica ao ofício judicante, mas servem-lhe ao
aprimoramento. Ao apreciá-los, o órgão deve fazê-lo com espírito de compreensão,
atentando para o fato de consubstanciarem verdadeira contribuição em prol do devido
processo legal”. (STF -22, T., AI 163.047-5-AgRg-Edcl., Min. Marco Aurélio, j. 18.12.95,
DJU 8.3.96).

Acerca também da possibilidade de reconsideração da decisão, mediante esta


via, convém ressaltar que jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça bem como no
Supremo Tribunal Federal, têm entendido que o alegado erro na elaboração do
julgamento é passível de correção mediante a interposição de embargos de
declaração. Nesse sentido:
“Seria excessivo rigor processual restabelecer um acórdão incorreto, meramente para
privilegiar a aplicação pura do art. 535 do CPC. Tal medida obrigaria a parte, que
atualmente sagrou-se vitoriosa no processo, a interpor um novo recurso especial,
movimentando toda a máquina judiciária, para atingir exatamente o mesmo resultado
prático que já obteve. Isso implicaria um desperdício de tempo e de recursos públicos

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ON)
ANDRADE MIRANDA
ADVOGADOS ASSOCIADOS

incompatível com a atual tendência em prol de um processo efetivo.” (Terceira Turma


do STJ, REsp970190/SP - RECURSO ESPECIAL 2007/0169645-9, Relatora: Ministra
Nancy Andrighi, julgamento 20/05/2008, DJE de 15.08.2008).
Conforme é de amplo conhecimento jurisprudencial: os efeitos naturais dos
embargos de declaração não importam em modificação substancial da carga decisória,
senão mero esclarecimento; mas não há como negar que possível, de forma
excepcional, que a correção de uma das pechas que o maculam impliquem em
alguma alteração quando do esforço integrativo do decisum. Nesse mesmo sentido,
inclusive:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. JUROS DE MORA. INDENIZAÇÃO. RECLAMAÇÃO
TRABALHISTA. REGRA GERAL: INCIDÊNCIA. EXCEÇÕES: RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
E VERBA PRINCIPAL ISENTA. RECURSO REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA: RESP.
1.089.720/RS, REL. MIN. MAURO CAMPBELL MARQUES. RESSALVA DO PONTO DE VISTA DO
RELATOR. CASO CONCRETO EM QUE NÃO HOUVE RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO.
ERRO MATERIAL RECONHECIDO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ACOLHIDOS, COM EFEITOS
INFRINGENTES, PARA DAR PROVIMENTO AO AGRAVO. 1. Nos termos do art. 535 do CPC, os
Embargos de Declaração constituem modalidade recursal destinada a suprir eventual omissão,
obscuridade e/ou contradição que se faça presente na decisão contra a qual se insurge, de
maneira que seu cabimento revela finalidade estritamente voltada para o aperfeiçoamento da
prestação jurisdicional, que se quer seja cumprida com a efetiva cooperação das partes. 2. Por
outro lado, sem olvidar da circunstância de estarem jungidos a fundamentação
vinculada, é possível a concessão de efeitos infringentes aos Aclaratórios no caso em
que, conforme seja a deficiência a ser corrigida, seu suprimento acarrete,
inevitavelmente, a modificação do julgado recorrido, conforme reverberam
abalizada doutrina e jurisprudência atuais (EDcl na AR 2.510/SP, Rel. Min. ADILSON
VIEIRA MACABU, DJe 16.06.2011; EDcl no AgRg no Ag 1.214.723/MG, Rel. Min. TEORI
ALBINO ZAVASCKI, DJe 10.06.2011; EDcl nos EDcl nos EDcl no AgRg nos EDcl no Ag
1.316.589/RS, Rel. Min. SIDNEI BENETI, DJe 17.06.2011, dentre outros). 3. Diga-se,
ainda, que, excepcionalmente, o Recurso Aclaratório pode servir para amoldar o julgado à
superveniente orientação jurisprudencial do Pretório Excelso, quando dotada de efeito
vinculante, em atenção à instrumentalidade das formas, de modo a garantir a celeridade e a
eficácia da prestação jurisdicional e a reverência ao pronunciamento superior. 4. Conforme
estabelecido no acórdão embargado, a 12. Seção deste Superior Tribunal de Justiça, no
julgamento do REsp. 1.089.720/RS, Rel. Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, julgado em
10.10.2012, concluiu que, em regra, incide IR sobre juros de mora percebidos em reclamatória
trabalhista, ressalvando apenas algumas exceções: (a) não incide a referida exação sobre os
juros mora percebidos na situação de rescisão do contrato de trabalho e (b) deve-se observar a
natureza da verba principal, tendo em vista que os juros de mora seguem a sorte da mesma. 5.
No caso dos autos, verifica-se haver erro material, uma vez que na inicial da ação de repetição
do indébito consta a afirmação de que, no mês de abril do ano de 1997, o requerente ingressou
com Reclamatória Trabalhista contra o Banco Meridional do Brasil S/A, reclamando horas
extras, diferenças de salário e respectivos reflexos (fls. 13). Sendo assim, inexistindo a situação
de rescisão do contrato de trabalho, resta desconfigurada a não incidência do referido tributo,
que, portanto, é devido. 6. Embargos de Declaração acolhidos, com efeitos infringentes,
para dar provimento ao Agravo. (ST] - EDcl no AgRg no Ag: 1125290 RS
2008/0271849-0, Relator: Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, Data de
Julgamento: 09/04/2013, T1 - PRIMEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 13/06/2013)

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O suprimento da omissão pontuada na presente manifestação, portanto há


de desconstituir a premissa estabelecida no acórdão, ficando, assim, atestado que o
intuito infringente aqui requerido se trata de consequência lógica do seu
acolhimento, já que a vista dos demais elementos constantes do processo, forçoso se
concluir pela procedência do pedido, sob pena de ofensa ao o instituto do ato jurídico
perfeito, previsto no artigo 5º, XXXVI da Constituição Federal.

Diante do exposto, pugna a parte autora pelo acolhimento dos presentes


embargos de declaração, para que V. Exa., se digne em dar-lhes provimento para,
suprindo a mencionada omissão e reavaliando as premissas apontadas, reconhecer a
procedência do pedido inicial e a necessidade de reforma da sentença,
manifestando-se, de qualquer sorte, explicitamente (arts. 11 do CPC 2015 e art. 93,
inciso IX, da CF) sobre as considerações expostas.
Termos nos quais,
Pede(m) deferimento.
Salvador, 24 de setembro de 2020.

FREDERICO C. B. G. DE MIRANDA JAIRO ANDRADE DE MIRANDA


OAB/BA: 26.007 OAB/BA: 3.923

ALAN JOSÉ B. G. DE MIRANDA LIGIA MARTINS OLIVEIRA


OAB/BA: 33.573 OAB/BA: 25.956

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CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO DE ACÓRDÃO |

Processo nº: 0555046-69.2018.8.05.0001


Classe - Assunto: Apelação - Urbana (Art. 48/51)
Apelante: Almir Nunes de Oliveira
Apelado: Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros
Advogados: Jairo Andrade de Miranda, Alan José Binderl Gaspar de
Miranda, Frederico Carlos Binderl Gaspar de Miranda, Ligia Martins
Oliveira, Danielle Nascimento Neres D el Rey Eça e Carlos Fernando de
Siqueira Castro
Relator (a): Rosita Falcão de Almeida Maia

Certifico e dou fé, que a conclusão do venerando

Acórdão lavrado nos presentes autos, na sessão de julgamento realizada em


18/08/2020. disponibilizado no Diário Justiça Eletrônico do Poder Judiciário
do Estado da Bahia, nesta data, considerado publicado no primeiro dia útil

subsequente, nos termos do art. 4º, § 3º, da Lei nº 11.419/2006.

Salvador, 20 de agosto de 2020.

MARCOS GO LVES GOMES


Terceira Câmara Cível

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| ACORDAO
Classe : Apelação nº 0555046-69.2018.8.05.0001
Foro de Origem : Salvador
Órgão : Terceira Câmara Cível
Relator : Des. Des”. Rosita Falcão de Almeida Maia
Apelante : Almir Nunes de Oliveira
Advogado : Jairo Andrade de Miranda (OAB: 3923/BA)
Advogado : Alan José Binderl Gaspar de Miranda (OAB: 33573/BA)
Advogado : Frederico Carlos Binderl Gaspar de Miranda (OAB: 26007/BA)
Advogada : Ligia Martins Oliveira (OAB: 25956/BA)
Apelado : Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros
Advogada : Danielle Nascimento Neres D el Rey Eça (OAB: 42763/BA)
Advogado : Carlos Fernando de Siqueira Castro (OAB: 17766/BA)

Assunto : Urbana (Art. 48/51)

EMENTA: APELAÇÃO. PREVIDÊNCIA PRIVADA. PETROS - F UNDAÇÃO


PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL. AÇÃO DE COBRANÇA DE DIFERENÇA
DE SUPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. PRELIMINARES REJEITADAS.
APLICAÇÃO DO REGULAMENTO VIGENTE À ÉPOCA DA IMPLEMENTAÇÃO
DAS CONDIÇÕES PARA A APOSENTADORIA. PRECEDENTES
JURISPRUDENCIAIS. TESE FIRMADA PELO STJ. DIREITO ADQUIRIDO.
INEXISTÊNCIA. REPACTUAÇÃO, COM ADESÃO A NOVOS CRITÉRIOS DE
INDEXAÇÃO.
1. Inexiste qualquer fato que denote "sinais exteriores de prosperidade" a justificar o
acolhimento da impugnação à assistência judiciária, pois, embora o apelante perceba
rendimento mensal a título de benefício INSS e PETROS, como noticiado pela apelada, não
se pode deixar de considerar que é pessoa idosa que, como se sabe, demanda gastos
excessivos com saúde e certos cuidados especiais, os quais acabam por onerar e comprometer
a renda familiar. Ademais disso, não se pode afirmar, apenas pelo rendimento auferido, que o
apelante tenha condições financeiras de arcar com as despesas processuais sem prejuízo do
seu sustento, posto que não se pode deixar de considerar a existência de outras despesas
pessoais que fazem parte da vida humana, razão pela qual deve ser mantido o benefício
concedido.
2. A prescrição alcança tão-somente as parcelas vencidas anteriormente ao quinquénio que
precede o ajuizamento da ação.
3. A jurisprudência do STJ é no sentido de que não existe direito adquirido, mas mera
expectativa de direito do participante, à aplicação das regras de concessão da aposentadoria
suplementar quando de sua admissão ao plano, sendo apenas assegurada a incidência das
disposições regulamentares vigentes na data em que cumprir todos os requisitos exigidos para
obtenção do benefício, tornando-o elegível. No caso em tela, toda a pretensão autoral foi
fundamentada na idéia de direito adquirido ao regramento vigente à época da-adesão ao Plano
de Benefícios, pelo que não há informação sobre quando o apelante’ reuniu as condições
exigidas para a obtenção da aposentadoria complementar. No entanto, da leitura dos autos,

00 K

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verifica-se que ele se aposentou em (01/02/1995, se afigurando razoável supor que nessa
mesma data passou a receber o benefício de complementação de aposentadoria previsto no
Regulamento do PETROS. Assim, as normas aplicáveis ao apelante serão aquelas vigentes
quando da implementação das condições de elegibilidade, ou seja, 01 de fevereiro de 1995.
5. Houve a repactuação do plano de previdência privada firmado entre os litigantes, com a
adesão do apelante, que aceitou as novas regras do Plano Petros, recebendo, a título de
incentivo, o valor de no mínimo R$ 15.000,00 (quinze mil reais), vinculando-se, aos novos
termos dispostos no aludido regulamento, que convencionou que os benefícios de
suplementação de aposentadoria ou pensão seriam corrigidos mediante a aplicação do IPCA,
sem referência aos reajustes salariais da patrocinadora.
6.Destarte, ao contrário do que afirma o apelante, não há direito adquirido ao regramento
vigente à época da adesão ao plano de benefícios, mas sim ao regramento vigente na época em
que foram atendidos todos os requisitos normativos exigidos para o gozo do benefício
previdenciário, assim como as alterações posteriores que foram repactuadas pelo mesmo.
7. RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0555046-69.2018.8.05.0001


sendo apelante Almir Nunes de Oliveira e apelada Fundação Petrobrás de Seguridade
Social — Petros.

Acordam os MM. Desembargadores componentes da Terceira Câmara Cível do


Tribunal de Justiça da Bahia, em CONHECER E DAR PROVIMENTO AO RECURSO e
o fazem de acordo com o voto de sua relatora.

VOTO

Presentes os pressupostos de admissibilidade, conhego do recurso, nos efeitos


devolutivo e suspensivo (art. 1.012, CPC).

Trata-se de apelação contra a sentença que acolheu as preliminares de impugnação de


assistência judiciária e prescrição e, no mérito, julgou improcedente o pleito autoral, por
considerar que não lhe assiste direito na sua tese de imunidade às alterações do cálculo de
benefício previdenciário pago pela ré, eis que não havia completado os requisitos contratuais
para o pagamento, por ocasião em que tais mudança passaram a viger, condenando-o em
custas e honorários.

Na inicial, o autor requereu o recálculo da suplementação de sua aposentadoria, para


adequá-la aos moldes previstos no próprio Regulamento do Plano de Benefícios ao qual
aderiu, bem como sua incorporação e ressarcimento das diferenças existentes a partir da data
da concessão do benefício até o efetivo cumprimento da obrigação.

Inicialmente, cumpre-me enfrentar as preliminares acolhidas pelo magistrado primevo


e rebatidas pelo apelante. ra
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Consabido que o instituto da assistência judiciária gratuita visa possibilitar o acesso à


justiça àquelas pessoas cuja situação econômica não lhes permite pagar as custas e despesas
processuais e os honorários advocatícios.

Esse é o teor do art. 98 da Lei nº 13.105/2015 (novo CPC):

“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com


insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais
e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na
forma da lei.”

Importa anotar que o referido instituto contou com um regramento próprio no corpo do
novo CPC, em substituição a algumas das ultrapassadas regras da lei nº 1.060/50. Ademais, o
legislador consolidou expressamente alguns entendimentos, antes controversos, acerca do
tema, especialmente o de que se presume verdadeira a alegação de insuficiência deduzida
exclusivamente por pessoa natural (art. 99, $ 3º) e que a assistência do requerente por
advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça (art. 99, $ 49).

Não bastasse, fixou que "o juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos
elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade,
devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos
referidos pressupostos" (art. 99, $ 2°).

A aplicação do direito à assistência judiciária gratuita deve ser feita de forma


ponderada, sob pena de subverter a finalidade do instituto, que é de garantir a todos o irrestrito
acesso à justiça.

Na espécie, verifica-se que inexiste qualquer fato que denote "sinais exteriores de
prosperidade" a justificar o indeferimento do pedido. Muito embora o apelante perceba
rendimento mensal na ordem de R$ 6.412.55 a título de benefício INSS e Petros. como
noticiado pela apelada, não se pode deixar de considerar que é pessoa idosa que, como se
sabe, demanda gastos excessivos com saúde e certos cuidados especiais, os quais acabam por
onerar e comprometer a renda familiar.

Ademais disso, não se pode afirmar, apenas pelo rendimento auferido, que o apelante
tenha condições financeiras de arcar com as despesas processuais sem prejuízo do seu
sustento, posto que não se pode deixar de considerar a existência de outras despesas pessoais
que fazem parte da vida humana, razão pela qual deve ser mantido o benefício concedido.

Do mesmo modo, não prospera a arguição de prescrição do fundo de direito, pois,


tratando-se de obrigação de trato sucessivo, há prescrição apenas das parcelas anteriores ao
quinquênio que precedeu o ajuizamento da ação.

Sobre o tema:

A
AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
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00 (Lo

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PREVIDENCIA PRIVADA. COMPLEMENTAÇÃO DE


APOSENTADORIA. PRESCRIÇÃO. OBRIGAÇÃO DE TRATO
SUCESSIVO. COMPETÊNCIA. JUSTICA ESTADUAL.
AUSÊNCIA DE LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO ENTRE
PATROCINADOR, FUNDO DE PENSÃO E A UNIÃO. AGRAVO
NÃO PROVIDO. 1. A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido
de que, em ações postulando a complementação da aposentadoria ou a
revisão do benefício, o prazo prescricional de cinco anos, previsto na
Súmula 291 do STJ, não atinge o fundo de direito, mas tão somente as
parcelas anteriores aos cinco anos da propositura da ação. 2. "Compete
à Justiça Estadual processar e julgar litígios instaurados entre entidade
de previdência privada e participante de seu plano de benefícios”
(REsp 1.207.071/RJ, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI,
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 27/6/2012, DJe de 8/8/2012). 3. "A
atuação meramente normativa e fiscalizadora da Secretaria de
Previdência Complementar não gera, por si só, interesse jurídico em
relação a lide entre particulares, de modo a atrair a presença da União
como litisconsorte necessário" (REsp 1.111.077/DF, Rel. Ministro
JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, QUARTA TURMA, julgado em
04/08/2011, DJe de 19/12/2011). 4. Agravo interno ao qual se nega
provimento. (STJ - Aglnt no AREsp 1237479/SP, Rel. Ministro
LÁZARO GUIMARÃES (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO
TRF 5º REGIÃO), QUARTA TURMA, julgado em 16/08/2018, DJe
22/08/2018).

No mérito, contudo, não assiste razão ao apelante.

Sustenta ele que, por ocasião da efetivação do cálculo da suplementação de sua


aposentadoria, a apelada incorreu em erro, pois o fez em valores inferiores aos que deveriam
ter sido pagos, ocasionando-lhe perdas mensais acima de 34,9%, porque apurados em
desconformidade com o que estabelece o Regulamento do Plano de Benefícios, aduzindo que
devem incidir as regras vigentes à época em que aderiu à previdência complementar. Por
conta disso, requereu o recálculo da suplementação de sua aposentadoria, sua incorporação ao
benefício e o ressarcimento das diferenças existentes a partir da data da concessão dos
benefícios até o efetivo cumprimento da obrigação, acrescido dos juros de mora.

Em que pesem as alegações do apelante, sua pretensão não pode prosperar.

O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Recurso Especial nº 1415501,


entendeu que para ter direito à aposentadoria complementar, o beneficiário precisa se
desligar do emprego que patrocina o plano de previdência, ainda que este tenha sido
instituído antes da LC 108/01, que criou a regra de cessação do vínculo, ou seja, a cessação
do vínculo de emprego é requisito de elegibilidade para a concessão do benefício de
Suplementação de Aposentadoria. N /

Eis a ementa do julgado:


Ox
v

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“PREVIDENCIA PRIVADA FECHADA. RECURSO ESPECIAL.


CONTRATO DE TRABALHO E CONTRATO DE PREVIDENCIA
PRIVADA. VINCULOS CONTRATUAIS DISTINTOS,
SUBMETIDOS A NORMATIZAÇÃO E PRINCÍPIOS
ESPECÍFICOS. PLANO DE BENEFÍCIOS SUBMETIDO À LEI
COMPLEMENTAR N. 108/2001. VEDAÇÃO ESTABELECIDA
PELO ART. 3º DA LEI COMPLEMENTAR JN. 108/2001 A
CONCESSÃO DE BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO QUE SEJA
PROGRAMADA E CONTINUADA, SEM QUE TENHA HAVIDO
CESSAÇÃO DO VÍNCULO DO PARTICIPANTE COM A
PATROCINADORA. TESE DE VIOLACAO AO ATO JURIDICO
PERFEITO. DESCABIMENTO. OUTROSSIM, SO HA DIREITO
ADQUIRIDO AO BENEFÍCIO - NOS MOLDES DO
REGULAMENTO VIGENTE DO PLANO - NO MOMENTO EM
QUE O PARTICIPANTE PASSA A TER DIREITO AO
BENEFÍCIO COMPLEMENTAR DE PREVIDÊNCIA PRIVADA.
1. Na previdência privada, o sistema de capitalização constitui pilar
de seu regime - baseado na constituição de reservas que garantam o
benefício contratado. Nessa linha, os planos de benefícios de
previdência complementar são previamente aprovados pelo órgão
público fiscalizador, de adesão facultativa, devendo ser elaborados
com base em cálculos matemáticos, embasados em estudos de
natureza atuarial, e, ao final de cada exercício, devem ser
reavaliados, de modo a prevenir ou mitigar prejuízos aos
participantes e beneficiários do plano (artigo 43 da ab-rogada Lei
n. 6.435/1977 e artigo 23 da Lei Complementar n. 109/2001).
2. A ab-rogada Lei n.6.435/1977, dentre outras disposições,
estabelecia que as entidades fechadas eram consideradas
complementares do sistema oficial de previdência e assistência
social, cabendo às patrocinadoras supervisionar e proporcionar
garantia aos compromissos assumidos para com os participantes dos
planos de benefícios.
3. Com a Emenda Constitucional n.20de 1998, aCarta
Magna passou a estabelecer a autonomia do regime de previdência
complementar em relação ao regime geral de previdência social e a
dispor, no art. 202, $ 3º, ser vedado o aporte de recursos a entidade
de previdência privada pela União, Estados, Distrito Federal e
Municípios, suas autarquias, fundações, empresas públicas,
sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na
qualidade de patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua
contribuição normal poderá exceder a do segurado.
4. Nesse contexto, com o advento da Lei Complementar n. 108/2001
- Diploma cuja edição foi determinada pelo art. 202, § 4º, da CF -, o
ordenamento jurídico passou a contar com novas-hormas para os
planos de benefícios, estabelecendo - em Jegra jurídica cogente de
eficácia imediata contida no art.3º,I/ da Lei Complementar

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n. 108/2001, a vincular, independentemente de alteração


regulamentar ou estatutária, participantes, entidade de previdência
privada, órgãos públicos regulador e fiscalizador - carência mínima
de sessenta contribuições mensais a plano de benefícios e cessação
do vínculo com o patrocinador, para se tornar elegível a um
benefício de prestação que seja programada e continuada.
5. Embora a relação contratual de previdência privada não se
confunda com a relação de emprego mantida pelo participante com a
patrocinadora, a vedação ao recebimento de benefício de previdência
complementar sem que tenha havido o rompimento do vínculo
trabalhista, em vista das mudanças operadas no ordenamento
jurídico, não é desarrazoada, pois refletirá no período médio de
recebimento de benefícios pela coletividade de beneficiários do
plano de benefícios. Ademais, o fundamento dos planos de
benefícios de previdência privada não é o enriquecimento, mas
permitir uma continuidade no padrão de vida do participante, na
ocasião em que se torna assistido.
6. Recurso especial provido. (REsp 1415501/SE, Rel. Min. Luis
Felipe Salomão, 4º Turma, julgado em 27/05/2014, DJe
04/08/2014)”.

Posteriormente, em 26/05/2015 e 09/06/2015, o STJ, sedimentando tal


entendimento, mais uma vez decidiu que não é devida a concessão de suplementação de
aposentadoria, enquanto não cessar o vínculo empregatício.

RECURSO ESPECIAL. CIVIL. PREVIDÊNCIA PRIVADA.


PATROCINADOR. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM.
ENTIDADE FECHADA DE PREVIDÊNCIA
COMPLEMENTAR. CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
INAPLICABILIDADE. CONCESSÃO DE APOSENTADORIA
COMPLEMENTAR. CÁLCULO DA RENDA MENSAL INICIAL.
REGULAMENTO DA ÉPOCA DO PREENCHIMENTO DOS
REQUISITOS DO BENEFÍCIO. INCIDÊNCIA. NORMAS
REGULAMENTARES VIGENTES NA DATA DA ADESÃO.
AFASTAMENTO. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA.
1. Ação ordinária em que se discute se na previdência complementar
fechada o regime regulamentar para o cálculo da renda mensal
inicial de benefício de prestação programada e continuada é o da
data da adesão do participante ou o da data do cumprimento dos
requisitos necessários à sua percepção.
2. A orientação jurisprudencial desta Corte Superior é no sentido de
que o patrocinador não possui legitimidade para figurar no polo
passivo de demandas que envolvam participante e entidade de
previdência privada, ainda mais se a controvérsia se referir ao plano
de benefícios, como a concessão de aposentadoria suplementar.

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Isso porque o patrocinador e o fundo de pensão são dotados de


personalidades jurídicas próprias e patrimônios distintos, sendo o
interesse daquele meramente econômico e não jurídico.
3. O Código de Defesa do Consumidor não é aplicável à relação
jurídica mantida entre a entidade fechada de previdência privada e
seus participantes, porquanto o patrimônio da entidade e os
respectivos rendimentos revertem-se integralmente na concessão e
manutenção do pagamento de benefícios, prevalecendo o
associativismo e o mutualismo, o que afasta o intuito lucrativo.
Desse modo, o fundo de pensão não se enquadra no conceito legal de
fornecedor, devendo a Súmula nº 321/STJ ser aplicada somente às
entidades abertas de previdência complementar. Precedente.
4. A relação jurídica estabelecida entre o participante e a entidade
fechada de previdência privada é de índole civil e não trabalhista,
não se confundindo, portanto, com a relação formada entre o
empregador (patrocinador) e o empregado (participante). Assim,
para a solução das controvérsias atinentes à previdência privada,
devem incidir, prioritariamente, as normas que a disciplinam e não
outras, alheias às suas peculiaridades.
5. Seja sob a égide da Lei nº6.435/1977 ou das Leis
Complementares nºs 108/2001 e 109/2001, sempre foi permitida à
entidade fechada de previdência privada alterar os regulamentos
dos planos de custeio e de benefícios como forma de manter o
equilíbrio atuarial das reservas e cumprir os compromissos
assumidos diante das novas realidades econômicas e de mercado
que vão surgindo ao longo do tempo. Por isso é que
periodicamente há adaptações e revisões dos planos de benefícios
a conceder, incidindo as modificações a todos os participantes do
fundo de pensão após a devida aprovação pelos órgãos
competentes (regulador e fiscalizador), observado, em qualquer
caso, o direito acumulado de cada aderente. Daí o caráter
estatutário do plano de previdência complementar, próprio do
regime de capitalização.
6. Não há falar em direito adquirido, mas em mera expectativa
de direito do participante, à aplicação das regras de concessão
da aposentadoria suplementar quando de sua admissão ao plano,
sendo apenas assegurada a incidência das disposições
regulamentares vigentes na data em que cumprir todos os
requisitos exigidos para obtenção do benefício, tornando-o
elegível.
7. O participante de plano de aposentadoria complementar
somente possuirá direito adquirido a regime regulamentar de
cálculo de renda mensal inicial de benefício suplementar quando
preencher os requisitos necessários à sua percepção, devendo ser
ressalvado, entretanto, o direito acumulado, que, na previdência
privada, possui sentido estritamente financeiro: reservas
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constituídas pelo participante ou reserva matemática, o que lhe


for mais favorável (art. 15, parágrafo único, da Lei
Complementar nº 109/2001).
8. Não há ilegalidade no ato da entidade de previdência privada
que aplicou fator redutor no cálculo da suplementação de
aposentadoria do participante, visto que tão somente observou o
regulamento em vigor na ocasião em que foram implementadas
todas as condições de elegibilidade do benefício, ou seja, em que
o direito foi adquirido, sendo descabida a pretensão de revisão
da renda mensal inicial para fazer incidir fórmula não mais
vigente, prevista em norma estatutária da época da adesão ao
plano, quando o que reinava era apenas a mera expectativa de
direito.
9. Recurso especial provido. (REsp 1443304/SE, Rel. Ministro
RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, Julgado
em 26/05/2015, DJe 02/06/2015).

PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. PREVIDÊNCIA


PRIVADA. COMPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA.
INEXISTÊNCIA DE LITISCONSÓRCIO NECESSÁRIO COM A
PATROCINADORA. EXIGENCIA DE CESSACAO DO
VÍNCULO EMPREGATÍCIO COM A PATROCINADORA.
CABIMENTO. RELAÇÃO NÃO REGIDA PELO DIREITO DO
CONSUMIDOR. NECESSIDADE DE REVISÃO DA SÚMULA Nº
321 DO STJ. INCIDÊNCIA DAS NORMAS VIGENTES NO
MOMENTO EM QUE REUNIDOS OS REQUISITOS PARA A
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. RECURSO PARCIALMENTE
CONHECIDO E PROVIDO.
1. Não há litisconsórcio passivo necessário entre o fundo de
previdência complementar fechada e a instituição patrocinadora,
tendo em vista a autonomia de patrimônio e a personalidade jurídica
própria de cada um. Incidência da Súmula nº 83 do STJ.
2. O Código de Defesa do Consumidor não é aplicável à relação
jurídica existente entre o participante e a entidade fechada de
previdência privada. Necessidade de revisão do teor da Súmula nº
321 desta Corte, para restringir a sua aplicabilidade às entidades
abertas de previdência privada.
3. O participante tem mera expectativa de que permanecerão integras
as regras vigentes no momento de sua adesão ao plano de
previdência complementar fechada. Alterações posteriores do regime
a ele se aplicarão, pois não há direito adquirido a regime jurídico.
4. Recurso especial parcialmente conhecido e provido, invertidos os
ônus sucumbenciais. (REsp 1431273/SE, Rel. Ministro MOURA
RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 09/06/2015, DJe
16/06/2015). A /
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e
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Na mesma linha de intelecção:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO


ESPECIAL. RECURSO MANEJADO SOB A ÉGIDE DO NCPC.
PREVIDÊNCIA PRIVADA. COMPLEMENTAÇÃO DE
APOSENTADORIA. REGULAMENTO A SER APLICADO NA
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. MERA EXPECTATIVA DE
DIREITO. NORMAS APLICÁVEIS AO TEMPO DO
CUMPRIMENTO DE TODOS OS REQUISITOS EXIGIDOS PARA
A OBTENÇÃO DO BENEFÍCIO. JURISPRUDÊNCIA
CONSOLIDADA POR AMBAS AS TURMAS DA SEGUNDA
SEÇÃO DO STJ. DECISÃO MANTIDA. [...] 3. A jurisprudência do
STJ é firme de que não existe direito adquirido, mas mera expectativa
de direito do participante, à aplicação das regras de concessão da
aposentadoria suplementar quando de sua admissão ao plano, sendo
apenas assegurada a incidência das disposições regulamentares
vigentes na data em que cumprir todos os requisitos exigidos para
obtenção do benefício, tornando-o elegível (REsp nº 1.421.951/SE,
Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, Terceira Turma,
DJe 19/12/2014). 4. Agravo interno não provido. (AgInt no REsp
1584410/SE, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA
TURMA, julgado em 23/08/2016, DJe 31/08/2016).

AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


PREVIDÊNCIA PRIVADA. REVISÃO DO CÁLCULO DE
PENSÃO POR MORTE. APLICABILIDADE DAS REGRAS
VIGENTES À DATA DE PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS
NECESSÁRIOS À SUA PERCEPÇÃO. INEXISTÊNCIA DE
DIREITO ADQUIRIDO A REGIME PREVIDENCIÁRIO. OFENSA
A RESOLUÇÃO. NÃO ENQUADRAMENTO NO CONCEITO DE
LEI FEDERAL. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL
NÃO CONFIGURADA. ACÓRDÃO EM HARMONIA COM A
JURISPRUDÊNCIA DESTA CORTE. SÚMULA 83/STJ. DISSÍDIO
JURISPRUDENCIAL NÃO COMPROVADO. AGRAVO INTERNO
DESPROVIDO. [...] 3. O entendimento do acórdão recorrido
encontrase em consonância com a jurisprudência iterativa do STJ, a
qual dispõe que “o participante de plano de previdência privada
somente possui direito adquirido a regime regulamentar de cálculo de
renda mensal inicial de benefício complementar quando preenche os
requisitos necessários à sua percepção” (AgRg no AREsp n.
403.963/CE, Relator Ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, Terceira
Turma, DJe 13/6/2014). [...] (Aglnt no AREsp 1180502/RS, Rel.
Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA.
Julgado em 27/02/2018, DJe 08/03/2018).

Merece também destaque a tese firmada pela 2º Seção do STJ, ao apreciar o REsp

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1435837/RS, sob a sistemática dos recursos repetitivos:

“RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. DIREITO CIVIL.


PREVIDÊNCIA PRIVADA. ; APOSENTADORIA
COMPLEMENTAR. CONCESSÃO. CÁLCULO DA RENDA
MENSAL INICIAL. REGULAMENTO DA ÉPOCA _ DO
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DO BENEFÍCIO.
INCIDÊNCIA. NORMAS REGULAMENTARES VIGENTES NA
DATA DA ADESÃO. AFASTAMENTO. DIREITO ADQUIRIDO.
INEXISTÊNCIA. DIREITO ACUMULADO. OBSERVÂNCIA.
REGIME DE CAPITALIZAÇÃO. FUNDO MÚTUO. PRÉVIO
CUSTEIO. EQUILÍBRIO ECONÔMICO-ATUARIAL.
PRESERVAÇÃO.
1. Polêmica em torno da definição acerca do regulamento aplicável ao
participante de plano de previdência privada fechada para fins de
cálculo da renda mensal inicial do benefício complementar, devendo
ser definido se é o vigente à época da sua aposentadoria ou aquele em
vigor ao tempo de sua adesão ao plano de benefícios.
2. Tese para os fins do art. 1.040 do CPC/2015: O regulamento
aplicável ao participante de plano fechado de previdência privada
para fins de cálculo da renda mensal inicial do benefício
complementar é aquele vigente no momento da implementação
das condições de elegibilidade, haja vista a natureza civil e
estatutária, e não o da data da adesão, assegurado o direito
acumulado. Esse entendimento se aplica a quaisquer das
modalidades de planos de benefícios, como os Planos de Benefício
Definido (BD), os Planos de Contribuição Definida (CD) e os
Planos de Contribuição Variável (CV). Recurso especial provido”
(STJ, 2] Seção, REsp 1435837/RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO
SANSEVERINO, Rel. p/ Acórdão Ministro RICARDO VILLAS
BÔAS CUEVA,j. 27/02/2019, DJe 07/05/2019)

No caso, toda a pretensão autoral foi fundamentada na ideia de direito adquirido ao


regramento vigente à época da adesão ao Plano de Benefícios, pelo que não há informação
sobre quando o apelante reuniu as condições exigidas para a obtenção da aposentadoria
complementar. No entanto, da leitura dos autos, verifica-se que ele se aposentou em
01/02/1995 (fls. 08), se afigurando razoável supor que nessa mesma data passou a receber o
benefício de complementação de aposentadoria previsto no Regulamento do PETROS. Assim,
as normas aplicáveis ao apelante serão aquelas vigentes quando implementou as condições de
elegibilidade, ou seja, 01 de fevereiro de 1995.

Não obstante, vale registrar que houve a repactuação do plano de previdência privada
firmado entre os litigantes, com a adesão do apelante, que aceitou as novas regras do Plano
Petros, recebendo, a título de incentivo, o valor de no mínimo R$ 15.000,00 (quinze mil
reais), vinculando-se, aos novos termos dispostos no aludido, regulamento, que
convencionou que os benefícios de suplementação de aposentadoria) ou pensão seriam
/
00 | + /

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corrigidos mediante a aplicação do IPCA, sem referência aos reajustes salariais da


patrocinadora (fls. 175 e 177/178).

Destarte, ao contrário do que afirma o apelante, não há direito adquirido ao


regramento vigente à época da adesão ao plano de benefícios, mas sim ao regramento
vigente na época em que foram atendidos todos os requisitos normativos exigidos para o
gozo do benefício previdenciário, assim como as alterações posteriores que foram
repactuadas pelo mesmo.

A propósito:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO ORDINÁRIA DE REVISÃO DE


SUPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. PETROS. APELO
AUTORAL. QUER SER SUBMETIDO ÀS REGRAS
EXISTENTES QUANDO DE SUA ADMISSÃO A PETROS, EM
05/03/1974, PARA O CÁLCULO DE SUA SUPLEMENTAÇÃO.
AS REGRAS A SEREM OBSERVADAS PARA CONCESSÃO DE
SUPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA, SÃO AQUELAS
EXISTENTES QUANDO ATINGE TODAS AS CONDIÇÕES
ELEGÍVEIS. APOSENTOU-SE EM 30/11/1995. SÚMULA 359
STF. NÃO INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. ATUAL JURISPRUDÊNCIA DO STJ. Súmula
563 STJ. LEI COMPLEMENTAR 108/2001 E 109/2001. ADESÃO
DO AUTOR AO TERMO DE REPACTUAÇÃO COM A RE EM
2007. APLICAÇÃO DA SÚMULA 10 TJSE. NOVAS
CONDIÇÕES EM VIGOR. RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO. 1 — As regras a serem observadas são aquelas
existentes no momento em que todas as condições elegíveis à
aposentadoria são atingidas, e não, as elencadas no momento da
adesão à previdência complementar. Súmula 359 STF: “Ressalvada a
revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela
lei vigente ao tempo em que o militar, ou servidor civil, reuniu os
requisitos necessários.” 2 - Não são aplicáveis as regras dispostas no
Código de Defesa do Consumidor às Empresas Fechadas de
Previdência Complementar (EFPC), por não comercializarem os
seus benefícios ao público em geral, existindo associativismo ou
mutualismo com fins previdenciários, visando à garantia do
pagamento futuro de benefício de prestação programada e
continuada. 3- Repactuação realizada entre autor e réu de novos
termos do Regulamento Petros. Aplicação da Súmula 10 TJSE. 4 —
Manutenção da sentença. (Apelação Cível nº 201900700655 nº
únicoO002592-98.2015.8.25.0008 - 1º CÂMARA CÍVEL, Tribunal
de Justiça de Sergipe - Relator (a): Ruy Pinheiro da Silva - Julgado
em 23/07/2019) (TJ-SE - AC: 00025929820158250008, Relator:
Ruy Pinheiro da Silva, Data de Julgamento: 23/07/2019, 1º
CÂMARA CÍVEL).
UU J A
(os

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Ex positis, voto no sentido de CONHECER E NEGAR PROVIMENTO A


APELAÇÃO, para manter a sentença vergastada em todos os seus termos.

Por força do art. 85, 8 11, do CPC, majoro os honorários advocatícios de sucumbência
devidos pelo apelante para 08%, de modo a remunerar o trabalho adicional do patrono da
apelada em segunda instância.

Salvador, i wopochi 2020.


FA fo
Presidente /
Ei J
Rosita Falcão de Almeida Maia
Relatora

Procurador (a) de Justiça

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| CERTIDÃO DE JULGAMENTO |

Sessão do Terceira Câmara Cível


Julgamento: 18 de agosto de 2020
Presidente: Ivanilton Santos da Silva
Relator: Rosita Falcão de Almeida Maia
Procurador de Justiça:
Diretor(a)/Secretário(a) Adjunto(a) de Câmara: Rafael Carneiro de Araújo

0555046-69.2018.8.05.0001 - Apelação
Comarca : Salvador
Apelante: Almir Nunes de Oliveira
Apelado: Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros

Turma Julgadora:

Rosita Falcão de Almeida Maia, José Cícero Landin Neto e Moacyr Montenegro
Souto

Decisão: Não-Provimento. Unânime. - Julgado

Salvador, 19 de agosto de 2020.

Rafael Carreiro de Araújo


Diretor( órgão Julgador

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Salvador/BA

| RELATÓRIO
Classe : Apelação nº 0555046-69.2018.8.05.0001
Foro de Origem : Salvador
Órgão : Terceira Câmara Cível
Relator : Des. Des”. Rosita Falcão de Almeida Maia
Apelante : Almir Nunes de Oliveira
Advogado : Jairo Andrade de Miranda (OAB: 3923/BA)
Advogado : Alan José Binderl Gaspar de Miranda (OAB: 33573/BA)
Advogado : Frederico Carlos Binderl Gaspar de Miranda (OAB: 26007/BA)
Advogada : Ligia Martins Oliveira (OAB: 25956/BA)
Apelado : Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros
Advogada : Danielle Nascimento Neres D el Rey Eça (OAB: 42763/BA)
Advogado : Carlos Fernando de Siqueira Castro (OAB: 17766/BA)

Assunto : Urbana (Art. 48/51)

Trata-se de apelação interposta por Almir Nunes de Oliveira contra a sentença de fls.
238/243 da lavra do Juízo de Direito da 10º Vara Cível e Comercial da Capital, que nos autos
da ação ordinária de n. 0555046-69.2018.8.05.0001, movida em face da Fundação Petrobrás
de Seguridade Social — Petros, acolheu as preliminares de impugnação de assistência
Judiciária e prescrição e, no mérito, julgou improcedente o pleito autoral, por considerar que
não lhe assiste direito na sua tese de imunidade às alterações do cálculo de benefício
previdenciário pago pela ré, eis que não havia completado os requisitos contratuais para o
pagamento, por ocasião em que tais mudança passaram a viger. Condenou o autor em custas €
honorários, no importe de 5% do valor atribuído à causa.

Em suas razões de fls. 247/258, o apelante sustentou a necessidade de reforma do


julgado, sob a alegação de que não há motivo para a revogação da gratuidade concedida,
pugnando, subsidiariamente, pela aplicação do disposto nos §§ 5° e 6° do artigo 98 do
CPC,
ou mesmo a autorização para que as custas sejam pagas ao final do processo.

Afirmou que a obrigação vindicada se refere a uma prestação de trato sucessivo,


de
sorte que a prescrição atinge apenas as parcelas antecedentes ao quinquénio anterior
a
propositura da ação, deixando incólume o direito de ação, não havendo, portanto, que
se falar
em prescrição do fundo de direito.

Alegou que a concessão do benefício de Suplementação de Aposentadoria se deu


antes
da vigência da lei complementar 109/01, de sorte que o regulamento a ser obedecido
é, de
fato, o vigente no momento da adesão ao referido Plano, tendo em vista a natureza
eminentemente contratual da relação, sendo descabida a argumentação acercinda
existência de
mera expectativa de direito ou de aplicabilidade das normas vigentes à época
em que reuniu as
condições de elegibilidade.

00

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Num.- 28/08/2021
18521899 18:59:54
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Número do documento: 21082818595518800000018150063
PODER JUDICIARIO DO ESTADO DA BAHIA
TRIBUNAL DE JUSTICA
Terceira Camara Civel
52 Av. do CAB, n° 560 - Centro - CEP: 41745971 -
Salvador/BA

Aduziu que incide sobre a questão o enunciado da súmula 288 do Tribunal Superior do
Trabalho, que estabelece que os recursos relativos à suplementação de aposentadoria sejam
regidos pelas normas em vigor à data da admissão do empregado, somente incidindo
alterações posteriores mais benéficas ao beneficiário do direito. Requereu o provimento do
recurso para julgar procedentes os pedidos.

Contrarrazões de fls. 261/177.

Em cumprimento ao art. 931, do NCPC, restituo os autos à Secretaria, com relatório,


ao tempo em que solicito dia para julgamento, salientando, com fulcro no art. 937 do referido
Código, a possibilidade de sustentação oral.

Salvador, 28

Rosita Falcãb de Almeida Maia


elatora

00

Assinado eletronicamente por: LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA - 28/08/2021 18:59:55, LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA
Num.- 28/08/2021
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Número do documento: 21082818595518800000018150063
09
PODER JUDICIARIO DO ESTADO DA BAHIA JG: NAO
TRIBUNAL DE JUSTICA PI: NAO
Terceira Camara Civel
5* Av. do CAB, n° 560 - Centro - CEP: 41745971 - (Ver campo réu preso
Salvador/BA

RELACAO DE PETICOES, RECURSOS INTERNOS E PROCESSOS


VINCULADOS

Processo n°: 0555046-69.2018.8.05.0001


Classe — Assunto: Apelação - Urbana (Art. 48/51)
Apelante: Almir Nunes de Oliveira
Apelado: Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros
Advogados: Jairo Andrade de Miranda, Alan José Binderl Gaspar de Miranda,
Frederico Carlos Binderl Gaspar de Miranda, Ligia Martins Oliveira, Danielle
Nascimento Neres D el Rey Eça e Carlos Fernando de Siqueira Castro

Sequencial/Protocolo Recebimento Tipo Juntado


90000 2020000180660 11/03/2020 Juntada De Documento Sim
90000 2020000180660 11/03/2020 Juntada De Documento Sim

Salvador, 12 de março de 2020

Terceira Câmara Cível

CONCLUSÃO

Conclusos ao(à) Exmo(a). Sr(a). Desembargador(a) Rosita Falcão de Almeida


Maia - Relator(a).

Secretaria da 3º Câmara Cível, 12 de março de 2020.

Rafael Carneiro de Araujo


Diretor de Secretaria

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Num.- 28/08/2021
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Número do documento: 21082818595457200000018150062
ze AVISO DE PAGAMENTO EVEREIRO/2020
PETROS 2° VIA - Emitida em 07/03/2020

Lembramos que é obri igação de todo partici ipan te comunicar à Petros qualquer alteraç ão ca dastral, inclusive endereço.
| Nome |
| ALMIR NUNES DE OLIVEIRA |
| Matrícula CPF cB
| 059.508-8 078.967.785-72 00.22301-1
Evite problemas com o pagamento do seu benefício Petros, mantendo seus dados cadastrais atualizados.

R$
Mantenha seus endereços eletrôônicos (e-mails) e telefones (f ixo e móvel) atualizados.

INÍCIO TÉRMINO DESCRIÇÃO VALOR


PROVENTOS INSS
02/20 02/20 “BENEFÍCIO-INSS (RENDA MENSAL) 3.73135
TOTAL DOS PROVENTOS INSS 3.731,35
DESCONTOS INSS :
06/95 99/99 078 SINDIPETRO-BAHIA 37,31
06/96 99/99 0900 ASTAPE-BA S/INSS 29,85
TOTAL DOS DESCONTOS INSS 67,16
LÍQUIDO INSS — 3.664,19

PROVENTOS PETROS
02/20 02/20 100 BENEFÍCIO PETROS 3.404,74
02/20 02/20 ADIANTAMENTO
8º BENEFÍCIO PETROS 1702,37 |
TOTAL DOS PROVENTOS PETROS 5.107,11 25 de marbo de 2020 |
- DESCONTOS PETROS
02/20 02/20 6000 CONTRIBUIÇÃO PETROS 72,06
02/20 02/20 6050 CONTRIB. EXTRAORDINARIA PPSP 206 7145 IDENTIDADE/ ORGAO EXPEDIDOR BANCO DE PAGAMENTO ]

09/6 99/99 6390 SINDIPETRO-BAHIA 34,04 000188779/ SSP BRADESCO |


06/96 99199 6420 ASTAPEBA — : 27,23 AGÊNCIA CONTA |
02/20 02/20 6600 CONTRIBUIGAO PETROS REF. PECULIO 2n 0302-CALCADA-URB-SALVADOR-BA 015.694-9 |
02/20 02/20 8861 CONTRIBUIGAO AMS GRANDE RISCO 46,02 DEPENDENTES SALÁRIO-FAMÍLIA DEPENDENTES IMPOSTO DE RENDA| ESPÉCIE
ENº BENEFÍCIO INSS |

02/20 02/20 8864 PART.AMS ESC DIRIGIDA/AM ORTIZAGAO 86,82 00 01 42 000285508423


TOTAL DOS DESCONTOS PETROS 439,73 | PATROCINADORA TABELA "| NÍVEL SALÁRIO BÁSICO (ÍNDICE 7

LÍQUIDO PETROS 4.667,38 O+PETROBRAS R$ | |

RÉSTIM OS
A cobrança dos empréstimos mudou. A prestação é descontada do benefício Petros e,
se necessário, do benefício INSS (para quem tem convênio) e ainda por boleto com valor
que faltar.
A partir de 05/08/2018, um novo demonstrativo de empréstimo estará disponível no portal.

Visando ampliar as relações pró-ativas com participantes e


Importante

assistidos, com foco na segurança da informação e agilidade |


na comunicação, recomendamos incluir em seu Cadastro o seu |
endereço eletrônico (e-mail). Cadastre ou altere seus dados |
acessando w ww .petros.com.br ou ligando para 0800 025 35 45. |

Assinado eletronicamente por: LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA - 28/08/2021 18:59:54, LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA
Num.- 28/08/2021
18521897 18:59:53
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Número do documento: 21082818595387700000018150061
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
Terceira Camara Civel
CERTIDÃO Ss
a queo Oo velao
despacholdecisão de ts),e DSL0E
das partes interOessad
referido é verdade,
as. dou fé.

TRISUNAL DE
JUSTICA DO
Terceira Câmara ESTADO DA BAHIA
Civel
JUNTADA
nor see do més V
20 ISALO
» Nesta 3" Camara do ano de
autos Cj |, junto a estes

adiante se Ig, do que


que lavrei este termo.

nario(a

Assinado eletronicamente por: LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA - 28/08/2021 18:59:53, LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA
Num.- 28/08/2021
18521896 18:59:52
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Número do documento: 21082818595311300000018150060
ot
ANDRADE MIRANDA
ADVOGADOS ASSOCIADOS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR(A) DOUTOR(A) RELATOR(A)


DESEMBARGADOR(A) ROSITA FALCAO DE ALMEIDA MAIA.
PROCESSO Nº 0555046-69.2018.8.05.0001 - APELAÇÃO
ALMIR NUNES DE OLIVEIRA, nos autos do processo em epígrafe, vem, perante
V. Exa. por meio do procurador que a esta subscreve, em observância da
determinação retro, requerer a juntada de documentação apta a comprovar o
preenchimento dos pressupostos necessários à concessão do benefício da gratuidade
requerido. Esclarece ainda que, diferentemente do quanto aduzido no respectivo
despacho, o recorrente expôs ao formular seu pedido que a própria sentença, ao
acolher o pedido de impugnação à assistência judiciária formulado pelo réu,
consignou que “o valor dos benefícios percebidos pelos autores é de mais de R$
6.000,00 por mês”, tendo restado também constatado que remontam a custas
iniciais, conforme a tabela atual, ao valor de R$ 3.017,40, ou seja, cerca de metade
do rendimento mensal percebido pelo autor.

Conforme também exposto: “miserabilidade não é sinônimo de indigência, mas


sim de impossibilidade ou mesmo incapacidade de suportar os custos financeiros de uma
demanda, sem prejuízo para si ou para os seus como in casu”.

Desse modo, evidencia-se, com a devida vênia, que não há razão para a
revogação da gratuidade concedida em primeira instância, já que não há nos autos
qualquer indício apto a desconstituir a presunção de insuficiência e de incapacidade
de arcar com as custas do processo, pelo que reitera o seu pedido de concessão, com
consequente prosseguimento da apelação.

Termos nos quais,

Pede(m) deferimento.
Salvador, 11 de março de 2020.:—, /
A MA.
JAIRO ANDRADE DE MIRANDA FREDE TÉGE. B. G. DE MIRANDA
OAB/BA: 3923 OAB/BA: 26.007

ALAN JOSÉ B. G. DE MIRANDA LIGIA MARTINS OLIVEIRA


OAB/BA: 33.573 OAB/BA: 25.956

2020 .00018066-0 110320 1354 40

Rua do Cabral, 29, Nazaré, Salvador — BA. CEP: 40.055-010


advogados@andrademiranda.com.br
TEL: (71) 3241-1516

Assinado eletronicamente por: LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA - 28/08/2021 18:59:53, LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA
Num.- 28/08/2021
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Número do documento: 21082818595311300000018150060
PODER JUDICIARIO DO ESTADO DA BAHIA
TRIBUNAL DE JUSTICA
Terceira Câmara Cível
52 Av. do CAB, nº 560 - Centro - CEP: 41745971 -
Salvador/BA

| DESPACHO ]
Processo nº: 0555046-69.2018.8.05.0001
Classe — Assunto: Apelação - Urbana (Art. 48/51)
Apelante: Almir Nunes de Oliveira
Apelado: Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros
Advogados: Jairo Andrade de Miranda, Alan José Binderl Gaspar de Miranda,
Frederico Carlos Binderl Gaspar de Miranda, Ligia Martins Oliveira, Danielle
Nascimento Neres D el Rey Eça e Carlos Fernando de Siqueira Castro

Requer o apelante os benefícios da assistência judiciária gratuita, que foram


concedidos anteriormente e revogados na sentença, alegando que não sobreveio
alteração em seu estado econômico, ao ponto de lhe conferir condições de arcar com os
encargos e custas processuais, sem o imediato prejuízo do sustento próprio.

Pois bem.

O instituto da assistência judiciária gratuita visa possibilitar o acesso à justiça


àquelas pessoas, físicas ou jurídicas, cuja situação econômica não lhes permite pagar as
custas e despesas processuais e os honorários advocatícios.

Esse é o teor do art. 98 da Lei nº 13.105/2015:

“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou


estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as
custas, as despesas processuais e os honorários
advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma
da lei.”

A concessão do benefício da assistência judiciária gratuita deve ser feita de


forma ponderada, sob pena de subverter a finalidade do instituto, que é de garantir a
todos o irrestrito acesso à justiça. Pretende a Lei maior garantir que todos tenham
acesso à Justiça, entretanto, a aplicação desenfreada do dispositivo traria grande
malefício para a sociedade, que se veria compelida a arcar com custos que poderiam ser
arcados por aqueles que podem pagar, aplicando o princípio da ig

Assinado eletronicamente por: LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA - 28/08/2021 18:59:52, LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA
Num.- 28/08/2021
18521895 18:59:51
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Número do documento: 21082818595213900000018150059
O apelante nada trouxe autos para fundamentar seu pedido e comprovar sua
insuficiência de recursos, para os fins do art. 98, do CPC, limitando-se a alegar que não
ocorreu alteração em seu estado econômico.

Sendo assim, atendendo ao quanto disposto no art. 99, $ 2º, do Código de


Processo Civil, determino a intimação do apelante para que comprove, em 05 (cinco)
dias, o preenchimento dos pressupostos necessários à concessão do benefício requerido.

Publique-se. Cumpra-se.

Dá-se efeito de mandado/ofício a este despaçk

Assinado eletronicamente por: LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA - 28/08/2021 18:59:52, LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA
Num.- 28/08/2021
18521895 18:59:51
- Pág. 2
https://pje2g.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082818595213900000018150059
Número do documento: 21082818595213900000018150059
PODER JUDICIARIO DO ESTADO DA BAHIA JG: NAO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA PI: NAO
DIRETORIA DE DISTRIBUIÇÃO DO 2º GRAU
5º Av. do CAB, nº 560 - Centro - CEP: 41745971 - Salvador/BA

| TERMO DE DISTRIBUIÇÃO |
Processo nº: 0555046-69.2018.8.05.0001
Classe — Assunto: Apelação- Urbana (Art. 48/51)
Apelante : Almir Nunes de Oliveira
Advogado : Jairo Andrade de Miranda (OAB: 3923/BA)
Advogado : Alan José Binderl Gaspar de Miranda (OAB: 33573/BA)
Advogado : Frederico Carlos Binderl Gaspar de Miranda (OAB:
26007/BA)
Advogado : Ligia Martins Oliveira (OAB: 25956/BA)
Apelado : Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros
Advogada : Danielle Nascimento Neres D el Rey Eça (OAB:
42763/BA)
Advogado : Carlos Fernando de Siqueira Castro (OAB: 17766/BA)

Este processo foi distribuído por Sorteio em 07/11/2019 14:13:05, na forma


abaixo discriminada:

DISTRIBUIÇÃO: o o

Órgão Julgador : Terceira Câmara Cível


Relator : Rosita Falcão de Almeida Maia
Motivo : EQUIDADE
Impedidos :

Salvador, 7 de ove

Marana Machado Barreto


DIRETORIA DE DISTRIBUICAO DO 2°

PROCESSO Nº 0555046-69.2018.8.05 0001 - 10.10.51.25/B8-AE-ED-81-62-E8/8075735

Assinado eletronicamente por: LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA - 28/08/2021 18:59:51, LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA
Num.- 28/08/2021
18521894 18:59:51
- Pág. 1
https://pje2g.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082818595157600000018150058
Número do documento: 21082818595157600000018150058
fls. 315
Of
PODER JUDICIARIO DO ESTADO DA BAHIA
Comarca de Salvador
104 Vara Civel e Comercial
Praça D. Pedro II Largo do Campo da Pólvora s/n, Fórum Rui
Barbosa Sala 237, Nazare - CEP 40040-280, Fone: 33206984,
Salvador-BA - E-mail: salvador12vcivelcom@tjba.jus.br

| CERTIDÃO

s processuais, acesse o site http://www .tiba.jus.br, informe o processo


Processo nº: 0555046-69.2018.8.05.0001
Classe — Assunto: Procedimento Comum - Urbana (Art. 48/51)
Autor: ALMIR NUNES DE OLIVEIRA
Réu: Fundação Petrobrás de Seguridade Social - Petros

Salvador/BA, 30 de outubro de 2019

À Diretoria de Distribuição de 2º Grau


Assunto: Remessa do Processo Judical Eletrônico nº 0555046-69.2018.8.05.0001

Senhor Diretor,
Por meio do presente, nos termos do Decreto 461/2016, informo a
Vossa Senhoria que o acesso ao processo judicial eletrônico n.
0555046-69.2018.8.05.0001, em que são partes ALMIR NUNES DE OLIVEIRA e Fundação8
Petrobrás de Seguridade Social - Petros, encontra-se liberado para as providências 5
cabíveis no segundo grau de jurisdição. Aproveito o ensejo para apresentar meus 8
protestos de consideração e apreço.

BRILHANTE RIVERO. Para acessar


SENHA DO PROCESSO: pnnOqa
Cordialmente,

Germana Brilhante Rivero


Diretora de Secretaria
Este documento é cópia do original assinado digitalmente por GERMANA

RECURSO: APELAÇÃO
Justiça gratuita (x) Réu Preso () Prioridade Idoso () Segredo de Justiça ()
Germana Brilhante Rivero - Diretora de Secretaria
Procedimento Comum/ Urbana (Art. 48/51)
RECORRENTE: ALMIR NUNES DE OLIVEIRA, CPF 078.967.785-72
0555046-69.2018.8.05.0001 e o código 5D60918.

ADVOGADOS DO RECORRENTE: ALAN JOSÉ BINDERL GASPAR DE MIRANDA OAB/BA


33573, JAIRO ANDRADE DE MIRANDA OAB/BA 3923
RECORRIDO: Fundação Petrobrás de Seguridade Social - Petros, CNPJ
34.053.942/0001-50
ADVOGADOS DO RECORRIDO: CARLOS FERNANDO DE SIQUEIRA CASTRO OAB
17766/BA; RAFAELA SOUZA TANURI MEIRELLES OAB 26124/BA

Assinado eletronicamente por: LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA - 28/08/2021 18:59:51, LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA
Num.- 28/08/2021
18521893 18:59:50
- Pág. 1
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Número do documento: 21082818595074500000018150057
PODER JUDICIARIO DO ESTADO DA BAHIA JG: NAO
off
TRIBUNAL DE JUSTICA PI: NAO
1º VICE-PRESIDENCIA
Serviço de Comunicações Gerais - SECOMGE

be CERTIDAO DE PREVENCAO
Processo n°: 0555046-69.2018.8.05.0001
Classe — Assunto: Apelação - Urbana (Art. 48/51)
Apelante: Almir Nunes de Oliveira
Apelado: Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros
Advogados: Jairo Andrade de Miranda, Alan José Binderl Gaspar de Miranda,
Frederico Carlos Binderl Gaspar de Miranda, Ligia Martins Oliveira, Danielle
Nascimento Neres D el Rey Eça e Carlos Fernando de Siqueira Castro

Certifico que, após analisar os presentes autos, estes deverão ser distribuídos mediante
livre sorteio, por não ter sido localizado nos sistemas judiciais recurso ou ação anterior,
relativo ao mesmo número cadastrado no 1º grau ou qualquer de seus apensos.

Salvador, 6 de novembro de 2019

{Mariana Shit Nunes

Assinado eletronicamente por: LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA - 28/08/2021 18:59:51, LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA
Num.- 28/08/2021
18521893 18:59:50
- Pág. 2
https://pje2g.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082818595074500000018150057
Número do documento: 21082818595074500000018150057
PODER JUDICIARIO
TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DA BAHIA
DIRETORIA DE DISTRIBUIÇÃO DO 2º GRAU
TERMO DE AUTUAÇÃO
PROCESSO Nº 0555046-69.2018.8.05.0001 Data de Tombamento:30/10/2019

Classe: Apelação
Assunto: Urbana (Art. 48/51)
Ação: Procedimento Comum
Origem do processo: Salvador
Volume: 1
Processo do 1º Grau: 0555046-69.2018.8.05.0001
Vara: 10º Vara Cível e Comercial
Observação:

PROCESSOS APENSOS: |
PARTES |

Apelante : Almir Nunes de Oliveira


Advogado : Jairo Andrade de Miranda (OAB: 3923/BA)
Advogado : Alan José Binderl Gaspar de Miranda (OAB: 33573/BA)
Advogado : Frederico Carlos Binderl Gaspar de Miranda (OAB: 26007/BA)
Advogado : Ligia Martins Oliveira (OAB: 25956/BA)
Apelado : Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros
Advogado : Danielle Nascimento Neres D el Rey Eça (OAB: 42763/BA)
Advogado : Carlos Fernando de Siqueira Castro (OAB: 177766/BA)

Estes autos foram recebidos, autuados, registrados em meio magnético e contém 2 folhas.

Salvador, 31 de outubro de 2019.

LALO att!
o árcioCajazeiras Fonseca
DIRETORIA DE DISTRIB A º GRAU

PROCESSO Nº 0555046-69.2018.8.05.0001

Assinado eletronicamente por: LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA - 28/08/2021 18:59:50, LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA
Num.- 28/08/2021
18521892 18:59:49
- Pág. 1
https://pje2g.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082818595011700000018150056
Número do documento: 21082818595011700000018150056
PODER JUDICIARIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO
DA BAHIA
OEO
PROCESSO Nº 0555046-69.2018.8.05.0001
CLASSE ASSUNTO: Apelação - Urbana (Art. 48/51)
Ação: Procedimento Comum
Data de Autuação: 30/10/2019
Origem do Processo: Salvador
Volume: 1
Apensos*: 0

*Apensos: volumes dos processos apensados de 1º grau que vieram junto com o processo de origem quando este foi encaminhado à 2º instância.
| PARTES © O]
Apelante : Almir Nunes de Oliveira
Advogado : Jairo Andrade de Miranda (OAB: 3923/BA)
Advogado : Alan José Binderl Gaspar de Miranda (OAB: 33573/BA)
Advogado : Frederico Carlos Binderl Gaspar de Miranda (OAB:
26007/BA)
Advogado : Ligia Martins Oliveira (OAB: 25956/BA)
Apelado : Fundação Petrobras de Seguridade Social - Petros
Advogada : Danielle Nascimento Neres D el Rey Eça (OAB:
42763/BA)
Advogado : Carlos Fernando de Siqueira Castro (OAB: 17766/BA)

— DISTRIBUIÇÃO O
Relator:Rosita Falcão de Almeida Maia
Órgão Julgador:Terceira Câmara Cível
Data de Distribuição:07/11/2019 14:13:05
Tipo de Distribuição:Sorteio

[=] 05550466920188050001
1
E

i Pro. 0555046-69.2
018.8. 05.0001 Vol. : 1
[a]

L 202159900834 Cx. Cliente :82

Assinado eletronicamente por: LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA - 28/08/2021 18:59:49, LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA
Num.- 28/08/2021
18521891 18:59:49
- Pág. 1
https://pje2g.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082818594943100000018150055
Número do documento: 21082818594943100000018150055
INFORMATIVO PROCESSO DIGITALIZADO
Este processo encontra-se digitalizado, conforme os autos físicos disponibilizados pelo cartório.

Processo n.°: 0555046-69.2018.8.05.0001 Oriundo da comarca : 2º GRAU - 3ª CAMARA CIVEL

1. Este processo possui as seguintes inconsistência no processo físico:

Inconsistências:

Ocorrência PÁGINAS

Não Númerada(s) ENTRE CAPA E 02

Assinado eletronicamente por: LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA - 28/08/2021 18:59:49, LUCIO DE PAULA DE SANT ANNA SOUZA
Num.- 28/08/2021
18521890 18:59:48
- Pág. 1
https://pje2g.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082818594904800000018150054
Número do documento: 21082818594904800000018150054
CONTRAMINUTA aos EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Assinado eletronicamente por: MONIQUE LUANE DE ARAUJO LEITE - 05/08/2021 17:11:03 Num. 17869114 - Pág. 1
https://pje2g.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080517110329000000017521963
Número do documento: 21080517110329000000017521963
EXMO. SR. DR. DESEMBARGADOR RELATOR DA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA BAHIA.

Processo nº: 0555046-69.2018.8.05.0001

FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL - PETROS, já


devidamente qualificada nos autos do processo em comento em que é parte, ciente dos
embargos de declaração da apelante ALMIR NUNES DE OLIVEIRA E OUTROS vem
respeitosamente perante V.Exa. apresentar CONTRAMINUTA aos EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO interpostos pelo autor nos seguintes termos.

DA TEMPESTIVIDADE

Tempestiva a presente resposta, vez que a intimação para ciência dos


embargos declaratórios se deu 11.12.2020, iniciando-se o prazo em 02.08.2021,
findando em 06.08.2021, tendo em vista a suspensão dos prazos dos processos físicos
de 16 de março de 2020 a 31 de julho de 2021 ATO NORMATIVO 20/2021.

DA DECISÃO EMBARGADA

Em decisão acertada a C. 2ª Câmara entendeu pela da improcedência


dos pedidos, nos seguintes termos:

Ex positis, voto no sentido de CONHECER E NEGAR


PROVIMENTO À APELAÇÃO, para manter a sentença
vergastada em todos os seus termos.
Por força do art. 85, § 11, do CPC, majoro os
honorários advocatícios de sucumbência devidos pelo
apelante para 08%, de modo a remunerar o trabalho
adicional do patrono da apelada em segunda
instância...”

DAS RAZÕES PARA MANUTENÇÃO DA R. DECISÃO EMBARGADA

Não assiste razão ao embargantes.

Assinado eletronicamente por: MONIQUE LUANE DE ARAUJO LEITE - 05/08/2021 17:11:03 Num. 17869569 - Pág. 1
https://pje2g.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080517110344300000017521967
Número do documento: 21080517110344300000017521967
Os embargos de declaração opostos pelo Embargante não traz qualquer
contradição, omissão e obscuridade do julgado, o que autorizaria a apresentação da
presente medida, nos termos do 1.022 do CPC.

Da leitura de suas razões, conclui-se que pretende a reforma do julgado,


não sendo os declaratórios a via correta para sua pretensão. Não conformado com a
decisão, opôs os presentes declaratórios buscando a reforma no mérito da demanda, o
que não se pode admitir em sede de embargos.

DA FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL DA REPACTUAÇÃO -


DECADÊNCIA

Cumpre informar que as partes apelantes firmaram TERMO INDIVIDUAL DE


ADESÃO ÀS ALTERAÇÕES DO REGULAMENTO DO SISTEMA PETROBRAS em 26/01/2007.

Por meio do termo de repactuação com a PETROS a parte recorrente aceitou


expressamente as alterações do Regulamento do Plano Petros do Sistema Petrobras,
especificamente a modificação do art. 41, que regula o critério de reajustamento dos
benefícios, restando o mesmo vinculado ao IPCA e não a tabela salarial da Patrocinadora.

Em decorrência da repactuação a parte apelante, recebeu sob um incentivo à


repactuação valor correspondente a no mínimo R$ 15.000,00.

Ademais, o Termo de Repactuação é claro no que tange ao pedido de


extinção de qualquer processo que esteja discutindo o cálculo do benefício de
suplementação de aposentadoria.

Desta forma, não assiste razão à parte apelante no que tange ao pedido de
revisão de suplementação de aposentadoria, bem como a paridade, visto que com a
repactuação o benefício de suplementação da parte apelante deixou de ser vinculado aos
índices da Tabela Salarial da Patrocinadora, passando a ser reajustado pela variação do
IPCA a partir de Setembro de 2006.

Assinado eletronicamente por: MONIQUE LUANE DE ARAUJO LEITE - 05/08/2021 17:11:03 Num. 17869569 - Pág. 2
https://pje2g.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080517110344300000017521967
Número do documento: 21080517110344300000017521967
Uma vez que os pedidos autorais e, consequentemente o recurso de apelação,
versam sobre revisão de benefício posterior a repactuação, são manifestamente
improcedentes, em razão da adesão da parte apelante.

No momento em que a parte recorrida optou pela repactuação, foi


realizada uma novação de direitos, devidamente prevista no artigo 360 do Código Civil,
sendo este um negócio bilateral pelo qual as partes, por meio de atos mútuos de
concessão, extinguem obrigações litigiosas ou duvidosas, substituindo-se por nova
obrigação, senão vejamos:

Art. 360. Dá-se a novação:


I - quando o devedor contrai com o credor nova dívida para
extinguir e substituir a anterior;
II - quando novo devedor sucede ao antigo, ficando este quite com
o credor;
III - quando, em virtude de obrigação nova, outro credor é
substituído ao antigo, ficando o devedor quite com este.

Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes


de cumprida a sua obrigação, pode exigir o implemento da do
outro.

Art. 840. É lícito aos interessados prevenirem ou terminarem o


litígio mediante concessões mútuas.

A transação, regulada pelo artigo 840, do Código Civil, é um negócio


jurídico bilateral pelo qual as partes através de atos mútuos de concessão, previnem ou
extinguem obrigações litigiosas ou duvidosas, podendo-se, assim, deduzir que ao aderir
condições vantajosas foram estas vislumbradas pelo recorrente.

Assim, deve ser necessariamente observada a transação válida de


direitos ocorrida entre a parte recorrente e a PETROS. Desta forma, não assiste razão a
pretensão inicial no que tange ao pedido de revisão de suplementação de aposentadoria,
bem como da inclusão dos objetos dos PCAC e RMNR, visto que com a repactuação o
benefício de suplementação da parte deixou de ser vinculado à Tabela Salarial da
Patrocinadora, passando a ser reajustado pelo IPCA a partir de Setembro de 2006.

O provimento da presente ação dependeria de prévia análise da validade dos


termos de adesão, que acarretara na renúncia à adesão ao termo de repactuação.

Assinado eletronicamente por: MONIQUE LUANE DE ARAUJO LEITE - 05/08/2021 17:11:03 Num. 17869569 - Pág. 3
https://pje2g.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080517110344300000017521967
Número do documento: 21080517110344300000017521967
O que se observa é que o pretendido direito de promover a
alteração/modificação deste negócio jurídico está fulminado pela decadência, nos termos do
art. 178, II do CC/02, sendo certo que a presenta ação foi manejada cerca de dez anos
após a celebração do negócio. A saber:

Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-


se a anulação do negócio jurídico, contado:

II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo


ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;

Ressalte-se que por disposição constitucional expressa (art. 202, CRFB/88), a


relação contratual mantida entre os participantes de plano de benefícios de previdência
privada fechada é de direito civil e, portanto, sujeita-se aos institutos e regramentos
civilistas, notadamente à decadência. Nesse sentido, o STJ editou a súmula 563.

É patente a decadência do direito pleiteado, dado que a parte não exerceu no


prazo legal seu direito potestativo para buscar desconstituir/alterar o negócio celebrado em
2012 somente ajuizou a presente ação em 2017.

Ademais, a questão restou pacificada pela 2ª Seção do Egrégio STJ quando do


julgamento do RESP 1.201.529 RS, cujo resultado final foi pelo reconhecimento da
decadência do direito da participante em processo em que pretendeu desconstituir o
contrato assinado com Entidade de Previdência, acórdão publicado no dia 1º de junho de
2015, absolutamente aplicável ao presente caso:

RECURSO ESPECIAL. PREVIDÊNCIA PRIVADA. REVISÃO DE PENSÃO.


ÍNDICE DE CONTRIBUIÇÃO. FAIXA ETÁRIA. RENDA MENSAL INICIAL.
REVISÃO DO CÁLCULO. NEGÓCIO JURÍDICO. VÍCIO DE
CONSENTIMENTO. ANULAÇÃO. DECADÊNCIA.

1. Não ofende o art. 535 do CPC a decisão que examina, de forma


fundamentada, todas as questões submetidas à apreciação judicial.

2. Nos termos do art. 75 da LC 109/2001, assim como ocorria sob a


égide da legislação anterior (Lei 3.807/60, Decreto 72.771/73 e Lei
8.213/91), a prescrição para reclamar o direito a prestações de
benefício previdenciário é parcial, vale dizer, atinge apenas as
prestações vencidas em período anterior a cinco anos do ajuizamento
da ação.

3. Hipótese, todavia, em que o autor da ação não se limita a pleitear


prestações com base no contrato previdenciário em vigor quando se
4

Assinado eletronicamente por: MONIQUE LUANE DE ARAUJO LEITE - 05/08/2021 17:11:03 Num. 17869569 - Pág. 4
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Número do documento: 21080517110344300000017521967
tornou elegível ao benefício. Pretende alterar a base da relação jurídica
entre as partes; modificar o próprio contrato em que assentado
equilíbrio atuarial do plano de previdência. Como fundamento para o
pedido de revisão do benefício, invoca critérios estabelecidos no
contrato celebrado em 1950, o que dependeria da anulação do
contrato de 1983, que o substituiu, por vício de consentimento,
pretensão sujeita ao prazo de decadência de 4 anos (art. 178, §
9º, V, "b", Código Civil de 1916, vigente à época dos fatos,
correspondente ao art. 178, inc. II, do CC/2002).

4.Recurso especial provido.

(REsp 1201529/RS, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, Rel. p/ Acórdão


Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
11/03/2015, DJe 01/06/2015)”

No recente julgamento do RESP 1.310.114 – RS, em 16 de abril de 2015, o


Ministro Luis Felipe Salomão seguiu a mesma linha de raciocínio¸ sendo oportuno
transcrever o seguinte trecho:

Como decidido pela Segunda Seção, no REsp 1.201.529-RS, relatora


p/acórdão Ministra Maria Isabel Gallotti, se o autor da ação não se limita
a pleitear prestações com base no contrato previdenciário em vigor
quando se tornou elegível ao benefício, pretendendo alterar a base
da relação jurídica entre as partes; modificar o próprio contrato em
que assentado equilíbrio atuarial do plano de previdência, o que
dependeria da anulação da avença que o substituiu, por vício de
consentimento, cuida-se de pretensão sujeita ao prazo de decadência
de 4 anos (art. 178 do CC).

Assim, diante da flagrante ausência de interesse de agir da parte


recorrente, pelo fato de ter repactuado, e ante a decadência da sua pretensão, requer a
PETROS a seja acolhida a preliminar e reconhecida a extinção da ação pela incidência da
decadência, conforme artigo 487, inciso II, do CPC/15.

REGULAMENTO APLICÁVEL – TEMA 907 DO STJ – RECURSO REPETITIVO

As normas aplicáveis aos recorrentes são aquelas às quais aderiu no


decorrer da relação previdenciária com a PETROS, uma vez que a relação jurídica

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https://pje2g.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080517110344300000017521967
Número do documento: 21080517110344300000017521967
estabelecida entre as partes é exclusivamente de direito privado, sujeitando-se às
cláusulas do Regulamento da entidade mantenedora.

Sobre a matéria, o STJ fixou o entendimento abaixo, através do Tema 907


(recurso repetitivo), com força vinculante, de que não há direito adquirido ao regime
previdenciário, restando pacificado o entendimento de ser aplicável o estatuto
vigente por ocasião do preenchimento dos requisitos necessários à
implementação da aposentadoria. Ou seja, em matéria previdenciária, a lei
aplicável é a vigente ao tempo da reunião dos requisitos para a concessão do
benefício (princípio tempus regit actum). Nesse sentido:

Recurso Especial nº. 1.435.837/RS - Tema 907

“RECURSO ESPECIAL REPETITIVO. DIREITO CIVIL. PREVIDÊNCIA


PRIVADA. APOSENTADORIA COMPLEMENTAR. CONCESSÃO. CÁLCULO
DA RENDA MENSAL INICIAL. REGULAMENTO DA ÉPOCA DO
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DO BENEFÍCIO. INCIDÊNCIA.
NORMAS REGULAMENTARES VIGENTES NA DATA DA ADESÃO.
AFASTAMENTO. DIREITO ADQUIRIDO. INEXISTÊNCIA. DIREITO
ACUMULADO. OBSERVÂNCIA. REGIME DE CAPITALIZAÇÃO. FUNDO
MÚTUO. PRÉVIO CUSTEIO. EQUILÍBRIO ECONÔMICO-ATUARIAL.
PRESERVAÇÃO. 1. Polêmica em torno da definição acerca do
regulamento aplicável ao participante de plano de previdência privada
fechada para fins de cálculo da renda mensal inicial do benefício
complementar, devendo ser definido se é o vigente à época da sua
aposentadoria ou aquele em vigor ao tempo de sua adesão ao plano de
benefícios. 2. Tese para os fins do art. 1.040 do CPC/2015: O
regulamento aplicável ao participante de plano fechado de
previdência privada para fins de cálculo da renda mensal inicial
do benefício complementar é aquele vigente no momento da
implementação das condições de elegibilidade, haja vista a
natureza civil e estatutária, e não o da data da adesão,
assegurado o direito acumulado. Esse entendimento se aplica a
quaisquer das modalidades de planos de benefícios, como os Planos de
Benefício Definido (BD), os Planos de Contribuição Definida (CD) e os
Planos de Contribuição Variável (CV). 3. Recurso especial provido”.

É oportuno esclarecer que a matéria de fundo do precedente corresponde


inteiramente ao presente caso, razão pela qual os fundamentos da decisão nela
consignados atrai a sua incidência. Ora, certo é que o participante titular do plano não
preencheu os requisitos para concessão do benefício antes da alteração do regulamento,
razão pela qual aplicou-se ao mesmo o regulamento vigente no momento da
implementação das condições.

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Número do documento: 21080517110344300000017521967
Cumpre esclarecer que o precedente vinculante do STJ está em total
consonância com a CRFB, art. 202, e com a Lei Complementar 109/2001, e por si só é
suficiente para embasar a improcedência do pedido, com base no art. 927, III.

Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:


III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de
resolução de demandas repetitivas e em julgamento de recursos
extraordinário e especial repetitivos;

A Constituição Federal dispõe em seu artigo 202 que o regime de


previdência privada, de “caráter complementar e organizado de forma autônoma em
relação ao regime geral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição
de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei complementar”.

A relação previdenciária se protrai ao longo do tempo, admitindo alterações


nos regulamentos e nas demais normas expedidas pela PETROS aplicáveis às
contribuições e aos benefícios do Plano, especialmente para manter a saúde financeira do
fundo do qual serão retirados os recursos para o pagamento futuro das suplementações.

Todas as alterações que ocorreram passaram pela aprovação do órgão


regulador e fiscalizador da Previdência Complementar - a PREVIC, antiga SPC -, bem
como são determinadas por decisão do órgão deliberativo da PETROS, que conta com
participação paritária de patrocinadoras, participantes e assistidos.

Daí, considerando-se a natureza jurídica da Petros, e sendo seu regime


regulado por lei específica, a complementação de benefício previdenciário se submete às
respectivas disposições estatutárias e regulamentares, devendo ser cumprido o contrato
previdenciário.

Além do mais, o regime de previdência privada complementar é regulado


pela Lei Complementar n° 109 de 2001, assim dispondo os artigos 17 e 68:

Art. 17. As alterações processadas nos regulamentos dos planos


aplicam-se a todos os participantes das entidades fechadas, a partir de
sua aprovação pelo órgão regulador e fiscalizador, observado o direito
acumulado de cada participante.
§ 1º: Ao participante que tenha cumprido os requisitos para obtenção
dos benefícios previstos no plano é assegurada a aplicação das
disposições regulamentares vigentes na data em que se tornou
elegível a um benefício de aposentadoria.
Art. 68. As contribuições do empregador, os benefícios e as condições
contratuais previstos nos estatutos, regulamentos e planos de
benefícios das entidades de previdência complementar não integram o

Assinado eletronicamente por: MONIQUE LUANE DE ARAUJO LEITE - 05/08/2021 17:11:03 Num. 17869569 - Pág. 7
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Número do documento: 21080517110344300000017521967
contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos
benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes.
§ 1º Os benefícios serão considerados direito adquirido
do participante quando implementadas todas as condições
estabelecidas para elegibilidade consignadas no regulamento do
respectivo plano.

Veja-se ainda recentes julgados do E. TJBA sobre o tema:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA


COMPLEMENTAR. PREVIDÊNCIA PRIVADA. PRELIMINAR DE
LEGITIMIDADE DA PATROCINADORA. REJEITADA. PETROS. REAJUSTE
DA SUPLEMENTAÇÃO DE APOSENTADORIA. SENTENÇA DE
IMPROCEDÊNCIA. PRETENSÃO DE APLICAÇÃO DAS REGRAS
EXISTENTES AO TEMPO DA ADESÃO AO PLANO DE
PREVIDÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE. MERA EXPECTATIVA DE
DIREITO. PRECEDENTES DO STJ E DESTA EGRÉGIA CORTE.
SENTENÇA MANTIDA. RECURSO NÃO PROVIDO.
TJBA – Apelação Cível n° 0538000-09.2014.8.05.0001, 1ª Câmara
Cível, Relator Desª. Maria de Lourdes Pinho Medauar, julgado em
16/12/2019.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SENTENÇA IMPROCEDENTE.


PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. ALTERAÇÃO DO REGULAMENTO.
LIMITADOR DE 90%. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DAS NORMAS
VIGENTES À ÉPOCA DO JUBILAMENTO. ORIENTAÇÃO FIRMADA PELO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RECENTE JULGADO DESTA
COLENDA CORTE NO MESMO SENTIDO. RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO. SENTENÇA MANTIDA. Cinge-se a controvérsia em saber
qual regulamento deve ser utilizado nos contratos em questão, se o
vigente à época do ingresso no plano de previdência privada, como
pretendem os autores/apelantes, ou o vigente à época do pedido de
aposentadoria, como faz crer a demandada. Contata-se que a sentença
hostilizada não merece reparos, tendo em vista que a atual
orientação firmada pelo Colendo Superior Tribunal de Justiça é
no sentido de que “sempre foi permitida à entidade fechada de
previdência privada alterar os regulamentos dos planos de
custeio e de benefícios como forma de manter o equilíbrio
atuarial das reservas e cumprir os compromissos assumidos
diante das novas realidades econômicas e de mercado que vão
surgindo ao longo do tempo. Por isso é que periodicamente há
adaptações e revisões dos planos de benefícios a conceder,
incidindo as modificações a todos os participantes do fundo de
pensão após a devida aprovação.” (REsp 1433544/SE, Rel. Min.
Luíz Felipe Salomão, Dje 01/12/2016). Nestas condições, a
suplementação de aposentadoria deve ser orientada levando em
consideração as normas vigentes à época do jubilamento, ou seja, o
seu cálculo deve obedecer ao Regulamento vigente na data da
aposentadoria do beneficiário. Impõe destacar que o Superior Tribunal
de Justiça vem decidindo que apenas os integrantes que já havia
preenchido os requisitos necessários para a aposentadoria antes da
mudança de regime jurídico é que possuem o direito aos benefícios de

Assinado eletronicamente por: MONIQUE LUANE DE ARAUJO LEITE - 05/08/2021 17:11:03 Num. 17869569 - Pág. 8
https://pje2g.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080517110344300000017521967
Número do documento: 21080517110344300000017521967
complementação calculados com obediência às regras anteriores, não
sendo esta a hipótese dos autos. Portanto, conclui-se que apenas os
participantes que já haviam preenchido os requisitos necessários para
a aposentadoria antes da inovação do plano previdenciário é que
teriam o direito de terem os seus benefícios de complementação
calculados com observância das regras anteriores, não sendo esta a
hipótese dos autos, devendo ser respeitada a orientação
jurisprudencial firmada pelo STJ. Recurso conhecido e improvido.
Sentença mantida.
TJBA – Apelação Cível n° 0502304-72.2015.8.05.0001, Segunda
Câmara Cível, Relatora Desª. Maria de Fátima Silva Carvalho, julgado
em 10/12/2019.

Desta forma, pugna a Apelada pela manutenção da r. Sentença e


consequentemente pela improcedência de todos os pedidos fundamentados na peça
exordial.

DO CALCULO DO BENEFÍCIO INICIAL - DO FAT

Quanto ao argumento acerca dos critérios de cálculo do benefício, o


requerente PETROS expõe que jamais promoveu alterações prejudiciais ao cálculo de
suplementação de seus participantes, sendo equivocadas as afirmações contidas na
exordial.

Da leitura dos regulamentos mencionados, resta claro que a regra de


apuração com base na média histórica dos 12 últimos salários-contribuição sempre
existiu.

A utilização da média dos 12 últimos salários-contribuição visa evitar uma


excessiva redução do poder aquisitivo do participante quando aposentado.

Quanto ao fator redutor, a alteração regulamentar da PETROS quis


diminuir os impactos da inflação nos salários de suplementação de seus participantes, e
criou uma regra própria, que seria aplicável no caso de ser mais vantajosa ao
participante.

Até a alteração de 1984, o Salário Real de Benefício era obtido através


de uma média aritmética simples dos 12 últimos salários-de-cálculo (os rendimentos
que serviram de base para as contribuições) do mantenedor beneficiário.

Neste período, o cálculo levava em consideração 100% sobre o salário real


de benefício, mas a média era feita com base nos valores históricos, ou seja, sem
atualização.
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Em 1984, a PETROS instituiu uma alternativa para a forma de cálculo,
incluído a correção dos salários utilizados na base de cálculo e permitindo que fosse
aplicada a fórmula que resultasse em maior valor para a suplementação do participante:

Art. 42 – As suplementações asseguradas por força deste regulamento


terão um reajuste inicial no término do mês de concessão, calculado
aplicando-se à suplementação o “fator de reajuste inicial (FAT)” obtido
pela fórmula:

Sendo:

SM – Salário mínimo na data da concessão


SLP – a média dos 12 últimos salários-de-participação valorizados
pelos reajustamentos da patrocinadora havidos no período (excluído o
13º salário e incluída uma Gratificação de Férias ou equivalente);
SMP – a média simples dos 12 últimos salários de participação;
Sj – o salário-de-participação no mês j;
Cj – o índice de correção do salário de participação da patrocinadora no
mês j.

Assim, passou-se a ter duas regras:

a) a aplicação de 100% da média aritmética simples do valor histórico


(sem correção);
ou,
b) a aplicação de 90% da média aritmética calculada com os valores
corrigidos.

Note-se que o valor aplicado pela PETROS é sempre o mais favorável ao


benefício do participante.

Dessa forma, vê-se que são questões indissociáveis: ou se aplica os 100%


de média simples, ou 90% de média valorizada, observando-se o maior valor daí
resultante.

São regras alternativas, respeitado o melhor resultado obtido.

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Ressalte-se que na fórmula de cálculo regulamentar é incluída uma
gratificação de férias e a parcela do 13º salário é excluída para apuração da média, vez
que a suplementação de aposentadoria já contempla o pagamento do 13º salário.

Por fim, ainda que se pudesse considerar o disposto no art. 22 da lei


6.435/1977 – lei esta que foi totalmente revogada pela LC 109/2001 e, portanto, não
mais se aplica ao caso – necessário esclarecer que tal norma referia-se à contribuição e
ao benefício, e não ao cálculo inicial da suplementação de aposentadoria.

Ressalte-se que na fórmula de cálculo regulamentar é incluída uma


gratificação de férias e a parcela do 13° salário é excluída para apuração da média, vez
que a suplementação de aposentadoria já contempla o pagamento do 13° salário e as
férias são usufruídas uma única vez no período de doze meses.

Vejamos a decisão acerca do tema:

EMENTA: AGRAVO INTERNO. Decisão monocrática que negou


seguimento ao apelo interposto pelo autor. Ação pelo procedimento
comum ordinário, com pedidos declaratório e de cobrança. Previdência
complementar. Pretensão de afastamento do fator de redução de
suplementação de aposentadoria incluído no regulamento básico de
benefícios da PETROS em 1984. Inaplicabilidade do Código de Defesa
do Consumidor às relações entre entidades fechadas de previdência
complementar e seus participantes. Entendimento atual do Superior
Tribunal de Justiça. Impossibilidade de afastamento do fator de
redução de suplementação de aposentadoria na espécie. Autor que se
aposentou apenas em 1993, ou seja, quando vigentes as alterações
realizadas no referido regulamento. Ausência de direito adquirido pelo
participante. Inteligência do artigo 17, caput e parágrafo único, da Lei
complementar nº 109/2001. Participante que detinha mera expectativa
de direito de que as regras originais do plano de previdência não
sofreram alterações. Agravo interno que não apresenta elementos
novos capazes de modificar a decisão da relatora, que se mantém.
RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. DÉCIMA CÂMARA CÍVEL -
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0182497-23.2013.8.19.0001 - RELATORA
DESEMBARGADORA DRA. PATRICIA RIBEIRO SERRA VIEIRA - DATA
09.03.2016.

Desta forma, não há que se apurar diferenças salariais devidas com base
no Regulamento do Plano Petros de 1969, pois como demonstrado acima não houve
qualquer prejuízo aos participantes com as mudanças propostas pela Fundação.

Merece se manter, portanto, irretocado o v. acórdão.

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Dessa forma, inviável a pretensão da parte embargante.

CONCLUSÃO

Pelo exposto, pede e espera que o d. Juízo não acolha os embargos de


declaração e mantenha a decisão embargada.

Pede e espera primeiramente, a habilitação conjunta dos advogados Dr.


CARLOS FERNANDO SIQUEIRA CASTRO, OAB/BA 17.766, Dr. CARLOS ROBERTO
SIQUEIRA CASTRO, OAB/BA 17.769 17.836 nos presentes autos, requerendo desde
já que as publicações e intimações sejam expedidas exclusivamente em seus nomes, com
base no Decreto 546/2014 do Tribunal de Justiça da Bahia em seu artigo 2º, § 2º e ainda
que seja determinada a anotação dos nomes dos advogados na capa do presente
processo e nas demais anotações cartorárias, sob pena de nulidade, tudo para os fins
previstos no artigo 272, § 2º, do Código de Processo Civil, tudo sob pena de nulidade das
intimações a serem efetuadas através da Imprensa Oficial, esclarecendo, ainda, que
receberá intimações na Av. Tancredo Neves, n° 450, Ed. Suarez Trade, 14º andar,
Caminho das Árvores, Salvador- BA CEP 41.820-901.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Salvador, 5 de agosto de 2021.

DANIELLE N. NERES D’EL-REY EÇA


OAB/BA 42.763

CARLOS FERNANDO SIQUEIRA CASTRO


OAB/BA 17.766

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DECRETO JUDICIÁRIO Nº 211, DE 16 DE MARÇO DE 2020.

Estabelece novas medidas de prevenção ao


contágio pelo Novo Coronavírus (COVID-19).

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso


de suas atribuições legais,

CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do Novo Coronavírus


como pandemia significa o risco potencial de a doença infecciosa atingir a população
mundial de forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido
identificadas como de transmissão interna;

CONSIDERANDO a necessidade de conter a propagação de infecção e transmissão


local e preservar a saúde de magistrados, advogados, servidores, estagiários,
terceirizados e jurisdicionados em geral;

CONSIDERANDO a necessidade de manter, tanto quanto possível, a prestação do


serviço jurisdicional e da administração, de modo a causar o mínimo impacto ao
jurisdicionado; e na certeza de que, quanto mais preventivamente forem adotadas as
medidas de proteção, mais rápido e eficiente será o combate à transmissão e à
propagação do COVID-19 já publicamente considerada como inevitável;

CONSIDERANDO o risco real de falta de leitos e equipamentos mecânicos


(respiradores), indispensáveis no tratamento dos casos graves, e no intuito de achatar
a curva epidêmica;

CONSIDERANDO que os hábitos de higiene básicos aliados com a ampliação de


rotinas de limpeza em áreas de circulação são suficientes para a redução significativa
do potencial do contágio;

CONSIDERANDO a necessidade de padronizar os procedimentos de prevenção no


âmbito do Poder Judiciário do Estado da Bahia;

CONSIDERANDO as sugestões propostas pelo Comitê instituído pelo Decreto


Judiciário nº 209, de 13 de março de 2020,

RESOLVE

Art. 1º. Qualquer magistrado, servidor, colaborador ou estagiário que apresentar


febre ou sintomas respiratórios (tosse seca, dor de garganta, mialgia, cefaleia e
prostração, dificuldade para respirar e batimento das asas nasais) passa a ser
considerado um caso suspeito e deverá procurar serviço de saúde para tratamento e
diagnóstico, informando imediatamente à Assessoria Especial da Presidência I, no
caso dos magistrados, e à chefia imediata, no caso dos servidores e estagiários, por e-

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mail ou telefone, além de adotar as providências necessárias para a obtenção de
licença médica.

Parágrafo único. Na hipótese de constatação de caso confirmado da doença, todos


que tiverem mantido contato serão considerados casos suspeitos, devendo seguir as
recomendações do caput deste artigo.

Art. 2º. Magistrado, servidor, colaborador ou estagiário que chegarem de locais ou


países com circulação viral sustentada e apresentarem febre ou sintomas respiratórios,
dentro de até 14 dias do retorno, deverão procurar um serviço de saúde, dentro ou
fora do Tribunal de Justiça.

Art. 3º. De forma excepcional, não será exigido o comparecimento físico para perícia
médica daqueles que forem diagnosticados como caso suspeito ou confirmado e
receberem atestado médico externo.

§1º. Nas hipóteses do caput deste artigo, o magistrado, servidor, colaborador ou


estagiário, deverá enviar a cópia digital do atestado para o e-mail da Junta Médica
Oficial (juntamedica@tjba.jus.br) e entrar em contato pelo telefone 3320-9700.

§2º. Os atestados serão homologados administrativamente.

§3º. O magistrado, servidor, estagiário ou colaborador que não apresentarem


sintomas ao término do período de afastamento deverão retornar às suas atividades
normalmente, devendo procurar nova avaliação médica apenas se os sintomas
persistirem.

Art. 4º. Os magistrados maiores de 60 anos, gestantes, lactantes e aqueles portadores


de doenças crônicas, que compõem risco de aumento de mortalidade por COVID-19,
ficam autorizados a executarem suas atividades por meio de trabalho remoto,
mediante prévia comunicação à Assessoria Especial da Presidência I – Magistrados,
pelo prazo de 14 (quatorze) dias, devendo adotar as providências necessárias para a
manutenção ininterrupta das atividades jurisdicionais, bem como apresentar
informações relativas a eventuais redesignações de audiências.

Parágrafo único. A condição de portador de doença crônica exigida no caput


dependerá de comprovação por meio de relatório médico, a ser encaminhado para o
e-mail da Junta Médica Oficial (juntamedica@tjba.jus.br).

Art. 5º. Os servidores maiores de 60 anos, gestantes, lactantes e aqueles portadores


de doenças crônicas, que compõem risco de aumento de mortalidade por COVID-19,
poderão optar pela execução de suas atividades por teletrabalho, cujos critérios de
medição serão firmados entre o servidor e a chefia imediata.

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§1º. A condição de portador de doença crônica exigida no caput dependerá de prévia
aprovação pela Junta Médica Oficial, cabendo ao servidor encaminhar o relatório
médico para o e-mail (juntamedica@tjba.jus.br).

§2º. Após a aprovação referida no parágrafo anterior, caberá às chefias imediatas dos
servidores, que realizarem atividades na modalidade de teletrabalho, por força do
presente Decreto, informar a situação à Diretoria de Recursos Humanos para fins
pertinentes.

Art. 6º. Os servidores que não integrem o rol previsto no artigo 5º deste Decreto
poderão desempenhar suas funções na modalidade de teletrabalho, em sistema de
rodízio, a ser estabelecido e fiscalizado pela chefia imediata, inclusive no que tange
aos critérios de medição das atividades, desde que seja assegurado o funcionamento
ininterrupto da respectiva unidade.

Parágrafo único. Excepcionalmente, os mandados judiciais de intimação serão


cumpridos pelos oficiais de justiça, preferencialmente, por e-mail, telefone ou
whatsapp, devendo certificar a forma de comprovação do recebimento, à exceção dos
atos urgentes que demandem cumprimento imediato.

Art. 7º. Fica temporariamente suspenso o atendimento presencial do público externo


nas serventias do Poder Judiciário, de primeiro e segundo graus, bem como nas
unidades administrativas.

§1º. Somente em casos excepcionais e de medidas de urgência, poderá o advogado,


representante do Ministério Público, ou da Defensoria Pública solicitar atendimento
presencial, após prévio contato telefônico ou por e-mail da unidade.

§2º. As unidades dos SAJ's – Serviços de Atendimento Judiciário seguirão o


funcionamento dos SAC's – Serviços de Atendimento ao Cidadão, restringindo-se os
atendimentos presenciais às questões de urgência e emergência.

Art. 8º. Ficam suspensos, inicialmente, por 14 (quatorze) dias, os prazos dos
processos físicos judiciais em todo o Estado, ficando dispensado que advogados,
representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública e partes compareçam
às unidades judiciárias, podendo ser revisto o prazo no curso da suspensão.

Art. 9º. Ficam suspensas as audiências e sessões de julgamento do Primeiro Grau de


jurisdição, inclusive dos Tribunais do Júri, que não possam ser realizadas por meio
virtual, pelo período de 14 (quatorze) dias, podendo ser revisto o prazo no curso da
suspensão.

§1º. As audiências de custódia, de réu preso e de apresentação de adolescente em


conflito com a lei poderão ser realizadas, excepcionalmente, por meio virtual.

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§2º. Na impossibilidade de realização dos atos previstos no parágrafo anterior por
meio virtual, estes deverão ser realizados presencialmente, somente com as pessoas
indispensáveis à realização do ato e com a adoção das medidas preventivas previstas
neste Decreto e recomendadas pelas autoridades sanitárias.

Art. 10. Os julgamentos dos órgãos do Tribunal de Justiça e das Turmas Recursais
serão realizados com votação antecipada no sistema eletrônico, devendo ser
realizadas as sessões presenciais somente para proclamação dos resultados dos
julgamentos virtuais, conforme previsão do art. 195-A do Regimento Interno desta
Corte e das normas que disciplinam as Turmas Recursais.

§1º. Na hipótese dos julgamentos pelos órgãos do Tribunal de Justiça, se o advogado


de qualquer das partes interessadas pretender julgamento presencial ou a realização
de sustentação oral, deverá informar, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas antes da
sessão, por meio eletrônico, para que o processo seja retirado de pauta e reincluído
somente após a normalização do expediente.

§2º. Na hipótese dos julgamentos das Turmas Recursais, se o advogado de qualquer


das partes interessadas pretender a realização de sustentação oral, deverá informar,
no prazo normativamente previsto, por meio eletrônico, para que o processo seja
retirado de pauta e reincluído somente após a normalização do expediente.

Art. 11. Durante o período de execução das medidas previstas no presente Decreto,
ficam determinados às unidades judiciárias, além das prioridades legais, o
impulsionamento e o julgamento dos processos afeitos às metas nacionais
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça – CNJ, bem assim a expedição de
alvarás.

Art. 12. Fica temporariamente suspensa a entrada de público externo nas bibliotecas,
restaurantes e lanchonetes situadas nos edifícios do Poder Judiciário do Estado da
Bahia, assim como a realização de eventos comemorativos e culturais.

Art. 13. Os gestores dos contratos de prestação de serviço deverão notificar as


empresas contratadas quanto à responsabilidade destas em adotar todos os meios
necessários para conscientizar seus funcionários quanto aos riscos do COVID-19 e
quanto à necessidade de reportarem a ocorrência de sintomas de febre ou sintomas
respiratórios, estando as empresas passíveis de responsabilização contratual em caso
de omissão que resulte em prejuízo à Administração Pública.

Parágrafo único. A Diretoria de Assistência à Saúde está excepcionalmente


autorizada a prestar atendimento inicial aos funcionários de empresas terceirizadas
que apresentarem febre ou sintomas respiratórios dentro das instalações das sedes do
Tribunal de Justiça, devendo comunicar à Administração do Tribunal as eventuais
ocorrências registradas com a indicação da empresa a que está vinculado o paciente,
respeitado o sigilo médico.

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Número do documento: 21080517110397700000017521968
Art. 14. A Secretaria de Administração - SEAD determinará o aumento da frequência
de limpeza dos banheiros, elevadores, corrimãos e maçanetas, além de providenciar
a aquisição e instalação de dispensadores de álcool em gel nas áreas de circulação e
no acesso a salas de reuniões e gabinetes.

Art. 15. A Secretaria de Gestão de Pessoas - SEGESP, por meio da Diretoria de


Assistência à Saúde, deverá organizar campanhas de conscientização dos riscos e das
medidas de higiene necessárias para evitar o contágio pelo COVID-19.

Art. 16. O Comitê instituído pelo Decreto Judiciário nº 209, de 13 de março de 2020,
poderá sugerir à Presidência a adoção de outras providências administrativas
necessárias para evitar a propagação interna do coronavírus COVID-19, inclusive a
prorrogação das medidas previstas neste Decreto.

Parágrafo único. A Ordem dos Advogados do Brasil, o Ministério Público e a


Defensoria Pública poderão acompanhar a execução das medidas restritivas
instituídas por este Decreto.

Art. 17. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogado o
Decreto Judiciário nº 203, de 12 de março de 2020.

GABINETE DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA


BAHIA, em 16 de março de 2020.

Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE


Presidente

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ATO CONJUNTO N° 003, DE 18 DE MARÇO DE 2020.

Estabelece novas medidas de prevenção ao


contágio pelo Novo Coronavírus (COVID-19).

O Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE, PRESIDENTE DO


TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, o Desembargador CARLOS
ROBERTO SANTOS ARAÚJO, 1º VICE-PRESIDENTE, o Desembargador
AUGUSTO DE LIMA BISPO, 2º VICE-PRESIDENTE, o Desembargador JOSÉ
ALFREDO CERQUEIRA DA SILVA, CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIÇA DO
ESTADO DA BAHIA e o Desembargador OSVALDO ALMEIDA BOMFIM,
CORREGEDOR DAS COMARCAS DO INTERIOR DO ESTADO DA BAHIA, no uso
de suas atribuições legais e regimentais, conjuntamente,

CONSIDERANDO que a classificação da situação mundial do Novo Coronavírus como


pandemia significa o risco potencial de a doença infecciosa atingir a população mundial de
forma simultânea, não se limitando a locais que já tenham sido identificadas como de
transmissão interna;

CONSIDERANDO a necessidade de conter a propagação de infecção e transmissão local e


preservar a saúde de magistrados, advogados, servidores, estagiários, terceirizados e
jurisdicionados em geral;

CONSIDERANDO a necessidade de manter, tanto quanto possível, a prestação do serviço


jurisdicional e da administração, de modo a causar o mínimo impacto ao jurisdicionado; e
na certeza de que, quanto mais preventivamente forem adotadas as medidas de proteção,
mais rápido e eficiente será o combate à transmissão e à propagação do COVID-19 já
publicamente considerada como inevitável;

CONSIDERANDO o risco real de falta de leitos e equipamentos mecânicos (respiradores),


indispensáveis no tratamento dos casos graves, e no intuito de achatar a curva epidêmica;

CONSIDERANDO que os hábitos de higiene básicos aliados com a ampliação de rotinas de


limpeza em áreas de circulação são suficientes para a redução significativa do potencial do
contágio;

CONSIDERANDO a necessidade de padronizar os procedimentos de prevenção no âmbito


do Poder Judiciário do Estado da Bahia;

CONSIDERANDO as sugestões propostas pelo Comitê instituído pelo Decreto Judiciário nº


209, de 13 de março de 2020;

CONSIDERANDO o teor do requerimento, formulado pelas Procuradorias do Estado e do


Município na petição, datada de 18 de março de 2020;

CONSIDERANDO o teor do requerimento, formulado pela Defensoria Pública do Estado


no ofício nº 160/2020;

CONSIDERANDO o teor do requerimento, formulado pela Ordem dos Advogados do Brasil


no ofício nº GP/OF/0107/2020;

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CONSIDERANDO o teor do requerimento, formulado pelo coletivo Carreiras de Estado
Organizadas, composto pelas entidades Associação dos Procuradores do Estado da Bahia, -
APEB, Associação dos Defensores Públicos do Estado da Bahia – ADEP/BA, Associação
do Ministério Público do Estado da Bahia – AMPEB, Instituto dos Auditores Fiscais do
Estado da Bahia – IAF e Associação dos Gestores Governamentais do Estado da Bahia –
AGGEB, no ofício nº C-APEB-010/2020;

CONSIDERANDO a Recomendação n. 62 do Conselho Nacional de Justiça, de 17 de março


de 2020, que estabelece a adoção de medidas preventivas à propagação da infecção pelo
novo coronavírus (COVID-19), no âmbito dos sistemas justiça penal e socioeducativos;

CONSIDERANDO o teor do art. 16, do Decreto nº 211, de 16 de março de 2020,

RESOLVEM

Art. 1º. Ficam suspensos, inicialmente, por 12 (doze) dias, os prazos dos processos
eletrônicos judiciais em todo o Estado, mantida a suspensão dos prazos dos processos físicos,
como determinado no Decreto nº 211, de 16 de março de 2020, podendo ser revisto o prazo
no curso da suspensão.

Art. 2º. No prazo de 12 (doze) dias, que poderá ser prorrogado, as unidades judiciárias da
Justiça Comum de todo o Estado atuarão em regime de plantão, excepcionalmente, no
horário compreendido entre 09:00 e 12:00, devendo ser assegurada a presença de 01 (um)
servidor na respectiva unidade, mediante rodízio estabelecido pelo magistrado, para o
desempenho de atividades internas e atendimento por telefone, e-mail e whatsapp.

§ 1º. Os magistrados e servidores trabalharão, excepcionalmente, no prazo de 12 (doze) dias,


na modalidade de teletrabalho, em conformidade com a Resolução nº 227, de 15 de junho
de 2016, do Conselho Nacional de Justiça.

§ 2º. Os magistrados e todos os servidores das unidades judiciárias, em regime de plantão,


disponibilizarão meio de contato remoto, que poderá ser e-mail, ou telefone, a serem
fornecidos aos advogados em caso de necessidade pelo servidor de plantão, bem como
fornecido à ASCOM para disponibilização no site deste Tribunal.

§3º. Somente em casos excepcionais e de medidas de urgência, poderá o advogado,


representante do Ministério Público, ou da Defensoria Pública solicitar atendimento
presencial, após prévio contato telefônico ou por e-mail da unidade.

Art. 3º. As unidades do Sistema dos Juizados Especiais do Estado, incluindo as Secretarias
das Turmas Recursais, atuarão em regime de plantão, excepcionalmente, nos horários
compreendidos entre 09:00 às 12:00 ou 13:00 às 16:00, conforme o turno de funcionamento
da unidade.

§ 1º. Aplicam-se ao Sistema dos Juizados Especiais do Estado as disposições dos §§ 1º, 2º e
3º, do artigo anterior.

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§ 2º. Os servidores dos SAJ's funcionarão em sistema de rodízio no Fórum Regional do
Imbuí, se lotados na Capital, ou nos Juizados das respectivas Comarcas de lotação, na forma
estabelecida pela Coordenação dos Juizados Especiais, somente para atendimentos urgentes,
no horário de 09:00 às 12:00 ou 13:00 às 16:00, conforme o turno de funcionamento da
unidade.

Art. 4º. As unidades administrativas, quando possível, também adotarão sistema de rodízio,
com horário de funcionamento, a ser estabelecido pelo gestor da unidade, de acordo com a
demanda e a necessidade de realização de atividades presenciais.

Parágrafo único - Os servidores poderão desempenhar suas funções na modalidade de


teletrabalho, em sistema de rodízio, a ser estabelecido e fiscalizado pela chefia imediata,
inclusive no que tange aos critérios de medição das atividades.

Art. 5º. O Presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia poderá adotar outras
providências administrativas necessárias para evitar a propagação interna do coronavírus
COVID-19, inclusive a prorrogação das medidas previstas neste Decreto.

Art. 6º. Este Ato Conjunto entra em vigor na data de sua publicação, mantidas as disposições
do Decreto nº 211, de 16 de março de 2020, que não colidam com o presente ato.

Dado e passado nesta Cidade de Salvador, aos 18 dias do mês de março, do ano de dois mil
e vinte.

Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE


Presidente

Desembargador CARLOS ROBERTO SANTOS ARAÚJO


1º Vice-Presidente

Desembargador AUGUSTO DE LIMA BISPO


2º Vice-Presidente

Desembargador JOSÉ ALFREDO CERQUEIRA DA SILVA


Corregedor-Geral da Justiça

Desembargador OSVALDO ALMEIDA BOMFIM


Corregedor das Comarcas do Interior

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PRESIDÊNCIA
GABINETE
ATO CONJUNTO N° 007, DE 29 DE ABRIL DE 2020.
Prorroga, no âmbito do Poder Judiciário do Estado da Bahia, em parte, o regime instituído pelo Ato Conjunto nº 003, de 18 de
março de 2020, modifica as regras de suspensão de prazos processuais e dá outras providências.

O Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, o


Desembargador CARLOS ROBERTO SANTOS ARAÚJO, 1º Vice-Presidente, o Desembargador AUGUSTO DE LIMA BISPO, 2º
Vice-Presidente, o Desembargador JOSÉ ALFREDO CERQUEIRA DA SILVA, CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTA-
DO DA BAHIA e o Desembargador OSVALDO ALMEIDA BOMFIM, CORREGEDOR DAS COMARCAS DO INTERIOR DO ESTADO
DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e regimentais, conjuntamente,

CONSIDERANDO o quanto já exposto no Ato Conjunto nº 003, de 18 de março de 2020, com a redação dada pelo Ato
Conjunto nº 005, de 23 de março de 2020, que ora se ratifica;

CONSIDERANDO a Resolução nº 314 do Conselho Nacional de Justiça, de 20 de abril de 2020, que prorroga, no âmbito do
Poder Judiciário, em parte, o regime instituído pela Resolução nº 313, de 19 de março de 2020, modifica as regras de
suspensão de prazos processuais e dá outras providências; e

CONSIDERANDO que o art. 7º da Resolução nº 314 do Conselho Nacional de Justiça, de 20 de abril de 2020, determina que
os tribunais, no prazo máximo de cinco dias, adequem os atos já editados,

RESOLVEM

Art. 1º Fica prorrogado, para o dia 15 de maio de 2020, o prazo de vigência do regime extraordinário, previsto no Ato Conjunto
nº 003, de 18 de março de 2020, que poderá ser ampliado, ou reduzido por ato da Mesa Diretora, caso necessário.

Art. 2º. No período de regime extraordinário, previsto no art. 1º, deste Decreto Judiciário, os magistrados, servidores, estagi-
ários e colaboradores das unidades judiciárias da justiça comum de todo o Estado atuarão, na modalidade de teletrabalho,
em conformidade com a Resolução nº 227, de 15 de junho de 2016, do Conselho Nacional de Justiça, e o Decreto Judiciário
nº 225, de 19 de março de 2020, do Tribunal de Justiça da Bahia, em idêntico horário ao expediente forense regular, das 8:00
às 18:00 horas, respeitadas as unidades que funcionam, em turno único, estabelecido pelo Tribunal de Justiça.

§ 1º. No período de regime extraordinário, fica garantida, nos processos físicos, a apreciação pelas unidades judiciárias de
origem das matérias, estabelecidas no § 2º, do art. 2º, do Ato Conjunto nº 003, de 18 de março de 2020, em especial, dos
pedidos de medidas protetivas, em decorrência de violência doméstica, das questões, relacionadas a atos praticados
contra crianças e adolescentes, ou em razão do gênero.

§ 2º. Durante o período do regime extraordinário, magistrados, servidores e colaboradores, além da apreciação das maté-
rias, elencadas no § 1º deste artigo, deverão realizar expedientes internos, como elaboração de despachos, decisões,
sentenças e atividades administrativas, na modalidade de teletrabalho, seja nos processos eletrônicos, seja nos físicos,
estes mediante carga.

§ 3º. Nos processos físicos, o traslado dos autos e de quaisquer de suas peças para os demais órgãos do sistema de
justiça dar-se-á, preferencialmente, por meio digital, mediante arquivo pdf, certificado por assinatura eletrônica, ficando o
emitente do documento responsável por sua guarda, para oportuna juntada.

§ 4º. O traslado, disciplinado no § 3º, deste artigo, deverá ser feito, quando por servidor ou magistrado, exclusivamente
através do e-mail institucional.

§ 5º. Quando houver a necessidade de traslado presencial de autos dos processos físicos, entre as unidade judiciais, ou
administrativas, deste Tribunal de Justiça, bem como para os demais órgãos do sistema de justiça, deverão ser observadas
as regras de higiene e segurança, com a utilização dos equipamentos de proteção individual e higienização das capas dos
autos.

§ 6º. A Corregedoria Geral da Justiça e a Corregedoria das Comarcas do Interior fiscalizarão as atividades dos juízes e
servidores das unidades judiciárias de primeiro grau, podendo fixar prazos e modelos para apresentação de relatórios de
produtividade.

§ 7º. Eventuais impossibilidades técnicas ou de ordem prática para realização de determinados atos processuais admitirão
sua suspensão, mediante decisão fundamentada.

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§ 8º. Nos casos de servidores, que declarem não dispor dos equipamentos necessários para o desempenho do teletrabalho,
faculta-se ao magistrado, responsável pela unidade, a antecipação de férias, não gozadas do servidor, ou, se não integran-
tes dos grupos de risco, o exercício, presencialmente, das atividades essenciais, previstas no art. 6º, do Ato Conjunto nº 003,
de 18 de março de 2020, mediante escala de trabalho, em regime de rodízio, organizada pelo responsável da unidade,
respeitadas as normas de distanciamento e prevenção do contágio.

§ 9º. Os mandados judiciais serão cumpridos pelos oficiais de justiça, preferencialmente, por e-mail, telefone ou whatsapp,
ou outro meio eletrônico, devendo certificar a forma de comprovação do recebimento, à exceção daqueles, urgentes, que
demandem cumprimento presencial e imediato.

§ 10. As indenizações de transporte, previstas na Resolução nº 14, de 07 de agosto de 2013, serão devidas, apenas nas
hipóteses de cumprimento presencial e imediato, a título de ressarcimento de despesas, realizadas com locomoção,
efetivamente comprovadas.

Art. 3º. Fica prorrogada, até o dia 15 de maio de 2020, a suspensão dos prazos processuais, prevista no Decreto nº 211, de
16 de março de 2020, e no Ato Conjunto nº 003, de 18 de março de 2020, dos processos, que tramitam em meio físico (CPC,
art. 313, VI).

§1º. A suspensão prevista no caput não obsta a prática de ato processual, necessário à preservação de direitos e de natureza
urgente.

Art. 4º. Os processos judiciais e administrativos, em ambos os graus de jurisdição, que tramitem em meio eletrônico, terão
os prazos processuais retomados, sem qualquer tipo de escalonamento, a partir do dia 4 de maio de 2020, sendo vedada
a designação de atos presenciais.

§ 1º Os prazos processuais, já iniciados, serão retomados no estado em que se encontravam, no momento da suspensão,
sendo restituídos por tempo igual ao que faltava para sua complementação (CPC, art. 221).

§ 2º Os atos processuais, que eventualmente não puderem ser praticados pelo meio eletrônico ou virtual, por absoluta
impossibilidade técnica, ou prática, a ser apontada por qualquer dos envolvidos no ato, devidamente justificada nos autos,
deverão ser adiados e certificados pela serventia, após decisão fundamentada do magistrado.

§ 3º Os prazos processuais para apresentação de contestação, impugnação ao cumprimento de sentença, embargos à


execução, defesas preliminares de natureza cível e criminal, inclusive quando praticados em audiência, e outros que exijam
a coleta prévia de elementos de prova por parte dos advogados, defensores e procuradores juntamente às partes e assis-
tidos somente serão suspensos, se, durante a sua fluência, a parte informar ao juízo competente a impossibilidade de
prática do ato.

§ 4º Na hipótese prevista no § 3º, deste artigo, o prazo será considerado suspenso por decisão fundamentada do magistra-
do, a partir da data do protocolo da petição com a informação da impossibilidade de cumprimento do prazo.

Art. 5º. As sessões virtuais de julgamento, nos tribunais e turmas recursais do sistema de juizados especiais, poderão ser
realizadas, tanto em processos físicos, quanto em processos eletrônicos, e não ficam restritas às matérias, relacionadas
no art. 4º, da Resolução CNJ nº 313/2020, cujo rol não é exaustivo, observado o decidido pelo Plenário do Conselho
Nacional de Justiça na Consulta nº 0002337-88.2020.2.00.0000.

§1º. As sessões virtuais de julgamento dos Orgaos de Segundo Grau do Tribunal de Justica do Estado da Bahia seguirão
o quanto disposto no Decreto Judiciário nº 271, de 28 de março de 2020.

§ 2º. As sessões de julgamento das Turmas Recursais do Sistema Estadual dos Juizados Especiais seguirão o quanto
disposto no Decreto Judiciário nº 245, de 30 de março de 2020, alterado pelo Decreto Judiciário nº 272, de 27 de abril de
2020.

Art. 6º As audiências, em primeiro grau de jurisdição, para serem realizadas por meio de videoconferência, devem conside-
rar as dificuldades de intimação de partes e testemunhas, realizando-se esses atos, somente quando for possível a
participação, vedada a atribuição de responsabilidade aos advogados e procuradores, em providenciarem o compareci-
mento de partes e testemunhas a qualquer localidade fora de prédios oficiais do Poder Judiciário para participação em atos
virtuais.

Parágrafo único – As audiências, que não puderem ser realizadas de modo virtual, serão suspensas, sem a designação de
nova data, não devendo ser expedidas novas intimações às partes e aos advogados, enquanto não houver o retorno das
atividades judiciais no regime de expediente normal.

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Art. 7º. Os integrantes da Mesa Diretora do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, nos limites de suas competências,
poderão adotar outras providências administrativas, necessárias para evitar a propagação interna da COVID-19, inclusive a
prorrogação das medidas previstas neste Ato.

Art. 8º. Este Ato Conjunto entra em vigor, a partir de 1º de maio de 2020, mantidas as disposições do Decreto nº 211, de 16 de
março de 2020, e do Ato Conjunto nº 003 de 18 de março de 2020, naquilo que não colidam com o presente ato, revogando-
se as demais disposições.

Dado e passado nesta Cidade de Salvador, aos 29 dias do mês de abril, do ano de dois mil e vinte.

Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE


Presidente

Desembargador CARLOS ROBERTO SANTOS ARAÚJO


1º Vice-Presidente

Desembargador AUGUSTO DE LIMA BISPO


2º Vice-Presidente

Desembargador JOSÉ ALFREDO CERQUEIRA DA SILVA


Corregedor-Geral da Justiça

Desembargador OSVALDO ALMEIDA BOMFIM


Corregedor das Comarcas do Interior

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 275, DE 29 DE ABRIL DE 2020.


Revoga e Designa Juízes de Direito para Comarca de Salvador e Interior do Estado da Bahia.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições,

RESOLVE

Revogar e designar os Juízes de Direito, abaixo relacionados, para, sem prejuízo de suas funções, atuarem nas seguintes
unidades judiciárias da Comarca de Salvador e Interior do Estado da Bahia:

MAGISTRADO/TITULARIDADE COMARCA/VARA
FABIANO FREITAS SOARES SANTA INÊS
Comarca de Mutuípe. Revogar designação a partir de 04/05/2020.
SALVADOR
KARLA KRISTIANY MORENO DE OLIVEIRA
5ª Vara da Fazenda Pública.
13ª Vara de Substituições da Comarca de Salvador
Prorroga a designação para TER EXERCÍCIO até 16/06/2020.
MARIA FAUSTA CAJAHYBA ROCHAS SALVADOR
37ª Vara do Sistema dos Juizados Especiais da Comarca de 5ª Vara da Infância e Juventude
Salvador TER EXERCÍCIO de 04/05/2020 até 30/06/2020.
SALVADOR
MARIANGELA LOPES NARDIN
Vara de Audiência de Custódia.
5ª Vara Criminal da Comarca de Salvador
TER EXERCÍCIO de 11/06/2020 a 14/06/2020.
SALVADOR
ANA GABRIELA DUARTE TRINDADE
Vara de Audiência de Custódia.
2ª Vara Criminal da Comarca de Simões Filho.
TER EXERCÍCIO nos dias 06/06 e 07/06/2020 e 20/06, 21/06/2020.
RONALD DE SOUZA TAVARES FILHO
COCOS
1ª Vara dos Feitos Cíveis, Comerciais e Acidentes de Trabalho
TER EXERCÍCIO de 04/05/2020 até ulterior deliberação.
da Comarca de Barreiras.
SALVADOR
WALDIR VIANA RIBEIRO JUNIOR
Vara de Audiência de Custódia.
Vara do Júri e Execuções Penais da Comarca de Camaçari.
TER EXERCÍCIO nos dias 23/06 e 24/06 e 27/06 e 28/06/2020.
RENATA GUIMARAES DA SILVA FIRME
COCOS
2ª Vara dos Feitos de Relações de Consumo Cíveis e
AUXILIAR remotamente de 04/05/2020 até ulterior deliberação.
Comerciais da Comarca de Luís Eduardo Magalhães

GABINETE DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, em 29 de abril de 2020.

Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE


Presidente

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PRESIDÊNCIA
GABINETE

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 570, DE 09 DE SETEMBRO DE 2020.


Prorroga o prazo, instituído no Ato Conjunto nº 07, de 29 de abril de 2020, e no Decreto Judiciário nº 226, de 20 de março de
2020, para o regime de teletrabalho, nas unidades judiciais e administrativas do Poder Judiciário do Estado da Bahia, e para
a suspensão dos prazos dos processos físicos.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais,

CONSIDERANDO o quanto disposto no Ato Conjunto nº 07, de 29 de abril de 2020, que prorroga, no âmbito do Poder
Judiciário do Estado da Bahia, em parte, o regime instituído pelo Ato Conjunto nº 003, de 18 de março de 2020, modifica as
regras de suspensão de prazos processuais e dá outras providências;

CONSIDERANDO o quanto disposto no Decreto Judiciário nº 226, de 20 de março de 2020, que dispõe sobre a atuação das
Unidades Administrativas do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, em face do disposto na Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020,
do Ato Conjunto nº 003, de 18 de março de 2020, e da Resolução CNJ nº 313, de 19 de março de 2010, e dá outras providências;

CONSIDERANDO a persistência da situação de emergência, em saúde pública, e a consequente necessidade de prorroga-


ção do regime de teletrabalho, instituído no Decreto Judiciário nº 226, de 20 de março de 2020, nas unidades administrati-
vas, do Poder Judiciário do Estado da Bahia;

CONSIDERANDO as diretrizes de saúde para o trabalho presencial, do Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde dos
Magistrados e Servidores do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia;

CONSIDERANDO que ainda se encontram em tramitação os processos de aquisição dos equipamentos de proteção contra
a disseminação da COVID-19, em cumprimento ao art. 5º, da Resolução nº 322, do Conselho Nacional de Justiça;

CONSIDERANDO que as medidas de enfrentamento à COVID-19 não vêm afetando a produtividade do Poder Judiciário do
Estado da Bahia, já havendo sido praticados, mais de 2.500.000 (dois milhões de quinhentos mil) atos, no período da
pandemia; e

CONSIDERANDO que o art. 7º, do Ato Conjunto nº 07, de 29 de abril de 2020, permite que os integrantes da Mesa Diretora do Tribunal
de Justiça do Estado da Bahia, nos limites de suas competências, possam prorrogar as medidas previstas no referido Ato,

RESOLVE

Art. 1º Os prazos, estipulados nos arts. 1º e 3º, do Ato Conjunto nº 07, de 29 de abril de 2020, e no caput, do art. 1º, do Decreto
Judiciário nº 226, de 20 de março de 2020, ficam prorrogados, até o dia 30 de setembro de 2020, mantidas as demais
disposições do Ato Conjunto nº 07, de 29 de abril de 2020, e do Decreto Judiciário nº 226, de 20 de março de 2020.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

GABINETE DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, em 09 de setembro de 2020.

Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE


Presidente

DECRETO JUDICIÁRIO Nº 571, DE 09 DE SETEMBRO DE 2020.


Dispõe sobre o uso do Sistema PJe na Comarca de Barra do Choça.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais,

CONSIDERANDO o disposto na Resolução nº 185, do Conselho Nacional de Justiça, de 18 de dezembro de 2013, que
instituiu o Sistema Processo Judicial Eletrônico - PJe - como sistema de processamento de informações e prática de atos
processuais, e estabelece os parâmetros para sua implementação e funcionamento;

RESOLVE

Art. 1º Determinar que, a partir de 26 de outubro de 2020, o envio de petições criminais à Comarca de Barra do Choça, seja
efetuado exclusivamente por meio eletrônico, através do Sistema PJe, mediante a utilização de certificação digital.

Art. 2º Convocar o Juiz de Direito e Servidores abaixo relacionados para participarem do treinamento do Sistema PJe
Criminal, na modalidade EaD (Ensino a Distância), a iniciar-se em 28 de setembro de 2020:

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PRESIDÊNCIA
GABINETE

ATO NORMATIVO CONJUNTO N° 20, DE 29 DE SETEMBRO DE 2020.


Estabelece as diretrizes da segunda fase da retomada presencial das atividades do Poder Judiciário da Bahia, de forma
gradual, e dá outras providências.

O Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, o


Desembargador CARLOS ROBERTO SANTOS ARAÚJO, 1º Vice-Presidente, o Desembargador AUGUSTO DE LIMA BISPO, 2º
Vice-Presidente, o Desembargador JOSÉ ALFREDO CERQUEIRA DA SILVA, CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTA-
DO DA BAHIA e o Desembargador OSVALDO ALMEIDA BOMFIM, CORREGEDOR DAS COMARCAS DO INTERIOR DO TRIBU-
NAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e regimentais, conjuntamente,

CONSIDERANDO o quanto disposto na Resolução nº 322, do Conselho Nacional de Justiça, de 01º de junho de 2020, que
estabelece, no âmbito do Poder Judiciário, medidas para retomada dos serviços presenciais, observadas as ações neces-
sárias para prevenção de contágio pelo novo Coronavírus - COVID-19, e dá outras providências;

CONSIDERANDO o teor do Decreto Judiciário nº 414, de 24 de julho de 2020, que estabelece as diretrizes de higiene e
segurança, propostas pelo Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde dos Magistrados e Servidores, a serem
adotadas por todas as unidades judiciais e administrativas do Tribunal de Justiça da Bahia;

CONSIDERANDO que, em observância ao § 2º, do art. 2º, da Resolução nº 322, de 01º de junho de 2020, foram realizadas
consultas à Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, nos ofícios nº 417/2020/CGPRES e 535/2020/CGPRES, havendo sido
obtida, em 01 de setembro de 2020, a resposta de que "o quadro atual, se considerarmos todo o estado da Bahia, aponta
para a estabilização da epidemia";

CONSIDERANDO que as diretrizes de higiene e segurança, propostas pelo Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde
dos Magistrados e Servidores foram analisadas pelo Comitê Estadual de Emergência em Saúde, da SESAB, havendo sido
encaminhado pelo Secretário de Saúde do Estado da Bahia o ofício GASEC n° 1348/2020 no dia 29 de setembro de 2020;

CONSIDERANDO o boletim epidemiológico sobre a COVID-19, publicado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, em
28 de setembro de 2020;

CONSIDERANDO que, nas reuniões realizadas nos dias 02 de julho e 08 de setembro de 2020, pelo Comitê instituído pelo
Decreto Judiciário nº 209, de 13 de março de 2020, para subsidiar a adoção pela Presidência de medidas emergenciais de
prevenção e enfrentamento ao coronavírus (COVID-19), foi apresentado o plano de retomada gradual das atividades
presenciais do PJBA aos representantes da Associação dos Magistrados da Bahia - AMAB, do Ministério Público do Estado
da Bahia, da Defensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia e dos sindicatos dos Servidores do
Poder Judiciário do Estado da Bahia; e

CONSIDERANDO a necessidade de assegurar retorno seguro às atividades presenciais do Poder Judiciário do Estado da
Bahia (PJBA) aos seus magistrados, servidores e colaboradores, bem como prevenir e diminuir os riscos de propagação da
infecção e transmissão pelo SARS-CoV-2 na comunidade;

RESOLVEM

Art. 1º. A partir do dia 01º de outubro de 2020, fica autorizada a segunda fase da retomada presencial das atividades do Poder
Judiciário da Bahia, de forma gradual, em consonância com as medidas, previstas no Decreto Judiciário nº 414, de 24 de
julho de 2020.

§ 1º. A reabertura das unidades judiciais e administrativas do PJBA, durante a segunda fase da retomada, estará limitada à
realização de trabalho interno, restando vedado o acesso e o atendimento presencial aos advogados e às partes, até ulterior
deliberação.

§ 2º. Os servidores passarão a exercer as atividades presencialmente, em sistema de rodízio e quantitativo diário equivalen-
te a um servidor para cada 4 m² dos espaços físicos, ou correspondente a 30% do efetivo das unidades, prevalecendo o
maior número.

§ 3º. Os servidores que exerçam cargo de chefia deverão desempenhar as suas atividades presencialmente, exceto se
integrarem grupo de risco, hipótese em que deverão adotar as medidas do art. 2º, deste Decreto.

§ 4º. Nos dias em que os servidores não se encontrem na escala do rodízio, deverão exercer as suas atividades em
teletrabalho.

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§ 5º. Os cartórios eleitorais, que funcionem nas dependências dos fóruns, poderão funcionar segundo o regramento, a ser
estabelecido pelo Tribunal Regional Eleitoral.

§ 6º Fica delegada aos Juízes Diretores dos Fóruns das Comarcas do interior do Estado a análise dos pedidos de
disponibilização dos salões do júri e de outros espaços das unidades do PJBA, para uso temporário pelo Tribunal Regional
Eleitoral no período eleitoral do ano de 2020.

Art. 2º. Os magistrados e servidores maiores de 60 anos, gestantes, lactantes e aqueles portadores de doenças crônicas,
que compõem risco de aumento de mortalidade por COVID-19, ficam autorizados a executarem suas atividades por meio de
trabalho remoto, mediante prévia comunicação à Assessoria Especial da Presidência I, no caso de Magistrados, ou à chefia
imediata, quando se tratar de servidor, devendo adotar as providências necessárias para a manutenção ininterrupta das
atividades jurisdicionais, bem como apresentar informações relativas a eventuais redesignações de audiências.

§ 1º. Aqueles que não hajam comprovado a condição de portador de doença crônica, por meio de relatório médico, não o
havendo encaminhado para o e-mail da Junta Médica Oficial (juntamedica@tjba.jus.br), como determinam os arts. 4º e 5º, do
Decreto Judiciário nº 211, de 16 de março de 2020, deverão retornar imediatamente ao trabalho presencial, nos termos do
art. 1º, deste Decreto.

§ 2º. Nos casos de servidores integrantes do grupo de risco, que declarem não dispor dos equipamentos necessários para
o desempenho do teletrabalho, serão antecipadas as férias e as licenças, de quem as faça jus.

Art. 3º. Na segunda fase da retomada, o horário de expediente das unidades judiciais e administrativas será de 09:00 às
15:00, exceto das que compõem o Sistema dos Juizados Especiais e daquelas que possuem horário de expediente
reduzido.

§ 1º. Os servidores em teletrabalho não estarão adstritos ao horário do expediente de funcionamento das unidades e
cumprirão a sua jornada de trabalho regular.

§ 2º. Nas unidades do Sistema dos Juizados Especiais, que funcionem em dois turnos, o horário será de 09:00 às 12:00 e
13:00 às 16:00.

Art. 4º. A reprogramação, ou suspensão de férias, licenças e afastamentos, de qualquer natureza, já deferidos para usufruto,
no ano de 2020, somente serão autorizadas pelo Presidente, nas situações excepcionais, quando o servidor encontrar-se
em trabalho presencial na unidade, ressalvada a competência dos Corregedores.

Art. 5º. Fica autorizado o pagamento do auxílio-transporte aos servidores que estiverem trabalhando presencialmente.

Art. 6º. A Corregedoria Geral da Justiça e a Corregedoria das Comarcas do Interior fiscalizarão as atividades dos juízes e
servidores das unidades judiciárias de primeiro grau, podendo fixar prazos e modelos para apresentação de relatórios de
produtividade.

Art. 7º. Os prazos dos processos físicos permanecem suspensos até a quarta fase do cronograma de retomada das
atividades presenciais do PJBA, em data a ser divulgada.

§1º. A suspensão prevista no caput deste artigo não obsta a prática de ato processual, necessário à preservação de direitos
de natureza urgente.

§ 2º. A partir do dia 05 de outubro de 2020, os advogados, o Ministério Público e a Defensoria Pública poderão agendar, na
forma a ser divulgada, a realização das cargas dos autos dos processos físicos que se encontrem nas Turmas, Câmaras
e Seções deste Tribunal de Justiça, devendo retirar os autos no espaço, que será adaptado a esta finalidade, por meio do
drive thru.

§3º. O agendamento para a realização de cargas dos autos dos processos que se encontrem no Primeiro Grau poderá
ocorrer, a partir da terceira fase da retomada, quando estará liberado o acesso excepcional do público externo às dependên-
cias dos fóruns.

Art. 8º. As audiências por videoconferência continuarão a ser realizadas nos moldes do Decreto Judiciário nº 276, de 30 de
abril de 2020.

Parágrafo único - A partir da quarta fase, serão realizadas presencialmente as audiências, que não puderem ocorrer de
modo virtual, devendo ser observada a limitação do número de pessoas presentes, conforme a área da sala de audiência
e respeitado o distanciamento social.

Art. 9º As sessões de julgamento dos Órgãos de Segundo Grau do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia e as das Turmas
Recursais do Sistema Estadual dos Juizados Especiais continuarão a ser realizadas por videoconferência, mantidas as
disposições do Decreto Judiciário nº 245, de 30 de março de 2020, e do Decreto Judiciário nº 271, de 28 de abril de 2020.

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TJBA – DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO – Nº 2.709 - Disponibilização: quarta-feira, 30 de setembro de 2020 Cad. 1 / Página 7

Art. 10. Fica autorizada a retomada da expedição dos mandados judiciais.

§ 1º. Os mandados judiciais continuarão sendo cumpridos pelos oficiais de justiça, preferencialmente, por e-mail, telefone,
whatsapp, ou outro meio eletrônico, devendo ser certificada a forma de comprovação do recebimento, à exceção daqueles,
urgentes, que demandem cumprimento presencial e imediato.

§ 2º. Os mandados de intimação para as audiências deverão ser cumpridos a partir da segunda fase da retomada e, quando não
for possível cumpri-los na forma prevista no parágrafo anterior, serão cumpridos presencialmente.

§ 3º. Na quarta fase da retomada das atividades do PJBA, os oficiais de justiça que, comprovadamente, compõem o grupo de
risco, previsto no art. 2º deste Decreto, cumprirão os mandados por e-mail, telefone, whatsapp, ou outro meio eletrônico, na forma
do § 1º, deste artigo.

§ 4º. Na quarta fase da retomada das atividades do PJBA, todos os mandados judiciais, que não possam ser cumpridos na forma
do § 3º, deste artigo, independentemente de serem caracterizados como urgentes, ou não, deverão ser cumpridos presencialmente
pelos oficiais de justiça, que não integram o grupo de risco, previsto no art. 2º deste Decreto, no prazo de 30 (dias), prorrogável por
igual período.

§ 5º. As indenizações de transporte, previstas na Resolução nº 14, de 07 de agosto de 2013, serão devidas, apenas nas
hipóteses de cumprimento presencial e imediato, a título de ressarcimento de despesas, realizadas com locomoção,
efetivamente comprovadas.

Art. 11. As diretrizes de higiene e segurança, propostas pelo Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde dos Magistrados e
Servidores, constantes no anexo I, e as orientações das cartilhas, dos anexos II, III e IV, do Decreto Judiciário nº 414, de 24 de julho
de 2020, deverão ser adotadas por todas as unidades judiciais e administrativas do Tribunal de Justiça da Bahia.

Art. 12. Os integrantes da Mesa Diretora do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, nos limites de suas competências, poderão
adotar outras providências administrativas, necessárias para evitar a propagação interna da COVID-19, inclusive a prorrogação
das medidas previstas neste Ato.

Art. 13. Este Ato Conjunto entra em vigor, a partir de 1º de outubro de 2020, mantidas as disposições do Decreto Judiciário nº 211,
de 16 de março de 2020, do Decreto Judiciário nº 225, de 19 de março de 2020, do Decreto Judiciário nº 226, de 20 de março de
2020, do Decreto Judiciário nº 245, de 30 de março de 2020, e do Decreto Judiciário nº 271, de 28 de abril de 2020, do Decreto
Judiciário nº 276, de 30 de abril de 2020, do Ato Conjunto nº 003 de 18 de março de 2020 e do Ato Conjunto nº 07, de 29 de abril de
2020, naquilo que não colidam com o presente ato, revogando-se as demais disposições.

Dado e passado nesta Cidade de Salvador, aos 29 dias do mês de setembro, do ano de dois mil e vinte.

Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE


Presidente

Desembargador CARLOS ROBERTO SANTOS ARAÚJO


1º Vice-Presidente

Desembargador AUGUSTO DE LIMA BISPO


2º Vice-Presidente

Desembargador JOSÉ ALFREDO CERQUEIRA DA SILVA


Corregedor-Geral da Justiça

Desembargador OSVALDO ALMEIDA BOMFIM


Corregedor das Comarcas do Interior

ATO NORMATIVO CONJUNTO Nº 21, DE 29 DE SETEMBRO DE 2020.


Dispõe sobre a Semana Estadual de Sentenças e Baixas Processuais.

O Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, o


Desembargador JOSÉ ALFREDO CERQUEIRA DA SILVA, CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIÇA e o Desembargador OSVALDO
ALMEIDA BOMFIM, CORREGEDOR DAS COMARCAS DO INTERIOR, DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, no uso
de suas atribuições legais e regimentais, conjuntamente,

CONSIDERANDO a necessidade de cumprimento das Metas Nacionais de 2020 do egrégio Conselho Nacional de Justiça - CNJ,
as quais o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia vem envidando especial atenção no sentido de alcançá-las;

CONSIDERANDO a necessidade de concentrar esforços para mais eficiência, celeridade e qualidade na prestação
jurisdicional;

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PRESIDÊNCIA
GABINETE

ATO NORMATIVO CONJUNTO N° 24, DE 27 DE OUTUBRO DE 2020.


Estabelece as diretrizes da terceira fase da retomada presencial das atividades do Poder Judiciário da Bahia, de forma gradual, e dá
outras providências.

O Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE, PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA, o


Desembargador CARLOS ROBERTO SANTOS ARAÚJO, 1º Vice-Presidente, o Desembargador AUGUSTO DE LIMA BISPO, 2º Vice-
Presidente, o Desembargador JOSÉ ALFREDO CERQUEIRA DA SILVA, CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DA BAHIA
e o Desembargador OSVALDO DE ALMEIDA BOMFIM, CORREGEDOR DAS COMARCAS DO INTERIOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
DO ESTADO DA BAHIA, no uso de suas atribuições legais e regimentais, conjuntamente,

CONSIDERANDO o quanto disposto na Resolução nº 322, do Conselho Nacional de Justiça, de 01º de junho de 2020, que
estabelece, no âmbito do Poder Judiciário, medidas para retomada dos serviços presenciais, observadas as ações necessárias
para prevenção de contágio pelo novo Coronavírus - COVID-19, e dá outras providências;

CONSIDERANDO o teor do Decreto Judiciário nº 414, de 24 de julho de 2020, que estabelece as diretrizes de higiene e segurança,
propostas pelo Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde dos Magistrados e Servidores, a serem adotadas por todas as
unidades judiciais e administrativas do Tribunal de Justiça da Bahia;

CONSIDERANDO que, em observância ao § 2º, do art. 2º, da Resolução nº 322, de 01º de junho de 2020, foram realizadas consultas
à Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, nos ofícios nº 417/2020/CGPRES e 535/2020/CGPRES, havendo sido obtida, em 01 de
setembro de 2020, a resposta de que "o quadro atual, se considerarmos todo o estado da Bahia, aponta para a estabilização da
epidemia";

CONSIDERANDO que as diretrizes de higiene e segurança, propostas pelo Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde dos
Magistrados e Servidores foram analisadas pelo Comitê Estadual de Emergência em Saúde, da SESAB, havendo sido encaminha-
do pelo Secretário de Saúde do Estado da Bahia o ofício GASEC n° 1348/2020 no dia 29 de setembro de 2020;

CONSIDERANDO o boletim epidemiológico sobre a COVID-19, publicado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, em 14 de
outubro de 2020;

CONSIDERANDO que, nas reuniões realizadas nos dias 02 de julho e 08 de setembro de 2020, pelo Comitê instituído pelo Decreto
Judiciário nº 209, de 13 de março de 2020, para subsidiar a adoção pela Presidência de medidas emergenciais de prevenção e
enfrentamento ao coronavírus (COVID-19), foi apresentado o plano de retomada gradual das atividades presenciais do PJBA aos
representantes da Associação dos Magistrados da Bahia - AMAB, do Ministério Público do Estado da Bahia, da Defensoria Pública,
da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Bahia e dos sindicatos dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia; e

CONSIDERANDO a necessidade de assegurar retorno seguro às atividades presenciais do Poder Judiciário do Estado da Bahia
(PJBA) aos seus magistrados, servidores e colaboradores, bem como prevenir e diminuir os riscos de propagação da infecção e
transmissão pelo SARS-CoV-2 na comunidade,

RESOLVEM

Art. 1º. A partir do dia 03 de novembro de 2020, fica autorizada a terceira fase da retomada presencial das atividades do Poder
Judiciário da Bahia, em consonância com as medidas, previstas no Decreto Judiciário nº 414, de 24 de julho de 2020.

Parágrafo único - Os servidores exercerão as atividades presencialmente, no quantitativo diário equivalente a um servidor para cada
4 m² dos espaços físicos, ou correspondente a 30% do efetivo das unidades, prevalecendo o maior número, podendo ser estabe-
lecido o sistema de rodízio para o cumprimento dos limites estabelecidos neste parágrafo.

Art. 2º Fica autorizado o acesso das partes, advogados, membros da Defensoria Pública e do Ministério Público às dependências do
PJBA, mediante prévio agendamento e somente nas hipóteses, em que não for possível a realização do atendimento remoto destes,
em consonância com o Decreto Judiciário nº 385, de 08 de julho de 2020.

§ 1º - O pedido de carga e devolução de processo físico deverá ser solicitado à Unidade Judiciária competente, através do sistema
de agendamento, disponível no portal de domi?nio do Tribunal de Justic?a do Estado da Bahia, no endereço www.tjba.jus.br/
agendamento, cujo link estará disponível em local de destaque no site do TJBA, com ampla divulgação ao público.

§ 2º - O acesso as dependências dos fóruns estará restrito aos requisitantes que comprovarem o devido agendamento.

§ 3º - O atendimento será realizado na unidade agendada, não sendo permitida a visita e atendimento em outras unidades sem o
devido agendamento prévio.

§ 4º - O não comparecimento ao atendimento pré agendado implicará o bloqueio de novo agendamento para o interessado por 5
(cinco) dias contados a partir da data da ocorrência.

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§ 5º - Na semana que antecede as eleições, entre os dias 09 e 13 de novembro, não será permitido o atendimento presencial às
partes, aos advogados, membros da Defensoria Pública e do Ministério Público pelas unidades do PJBA, restando autorizado o
acesso destes somente aos cartórios eleitorais, quando necessário.

Art. 3º Compete ao servidor responsável pelo recebimento e agendamento da carga programada:


I - providenciar a vistas dos autos;
II - providenciar a separação dos autos, para disponibilização aos requisitantes;
III - controlar a quantidade e os números dos processos encaminhados à entrega, de modo a conferir o retorno, que deverá ocorrer,
ordinariamente, no prazo máximo de 10 dias úteis.
IV - providenciar a comunicação ao interessado em caso de cancelamento do agendamento;

Art. 4º. Os magistrados e servidores maiores de 60 anos, gestantes, lactantes e aqueles portadores de doenças crônicas, que
compõem risco de aumento de mortalidade por COVID-19, continuam autorizados a executarem suas atividades por meio de
trabalho remoto, mediante prévia comunicação à Assessoria Especial da Presidência I, no caso de Magistrados, ou à chefia
imediata, quando se tratar de servidor, devendo adotar as providências necessárias para a manutenção ininterrupta das atividades
jurisdicionais, bem como apresentar informações relativas a eventuais redesignações de audiências.

Art. 5º. Na terceira fase da retomada, o horário de expediente das unidades judiciais e administrativas permanece de 09:00 às 15:00,
exceto das que compõem o Sistema dos Juizados Especiais e daquelas que possuem horário de expediente reduzido.

§ 1º. Os servidores em teletrabalho não estarão adstritos ao horário do expediente de funcionamento das unidades e cumprirão a
sua jornada de trabalho regular.

§ 2º. Nas unidades do Sistema dos Juizados Especiais, que funcionem em dois turnos, o horário será de 09:00 às 12:00 e
13:00 às 16:00.

Art. 6º. Os prazos dos processos físicos permanecem suspensos até a quarta fase do cronograma de retomada das
atividades presenciais do PJBA, em data a ser divulgada.

Parágrafo único - A suspensão prevista no caput deste artigo não obsta a prática de ato processual, necessário à preserva-
ção de direitos de natureza urgente.

Art. 7º. As audiências por videoconferência continuarão a ser realizadas nos moldes do Decreto Judiciário nº 276, de 30 de
abril de 2020.

Art. 8º As sessões de julgamento dos Órgãos de Segundo Grau do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia e as das Turmas
Recursais do Sistema Estadual dos Juizados Especiais continuarão a ser realizadas por videoconferência, mantidas as disposi-
ções do Decreto Judiciário nº 245, de 30 de março de 2020, e do Decreto Judiciário nº 271, de 28 de abril de 2020.

Art. 9º. As diretrizes de higiene e segurança, propostas pelo Comitê Gestor Local de Atenção Integral à Saúde dos Magistrados e
Servidores, constantes no anexo I, e as orientações das cartilhas, dos anexos II, III e IV, do Decreto Judiciário nº 414, de 24 de julho
de 2020, deverão ser adotadas por todas as unidades judiciais e administrativas do Tribunal de Justiça da Bahia.

Art. 10. Os integrantes da Mesa Diretora do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, nos limites de suas competências, poderão
adotar outras providências administrativas, necessárias para evitar a propagação interna da COVID-19, inclusive a prorrogação das
medidas previstas neste Ato.

Art. 11. Este Ato Conjunto entra em vigor, a partir de 3 de novembro de 2020, mantidas as disposições do Decreto Judiciário nº 211,
de 16 de março de 2020, do Decreto Judiciário nº 225, de 19 de março de 2020, do Decreto Judiciário nº 226, de 20 de março de 2020,
do Decreto Judiciário nº 245, de 30 de março de 2020, e do Decreto Judiciário nº 271, de 28 de abril de 2020, do Decreto Judiciário
nº 276, de 30 de abril de 2020, do Ato Conjunto nº 003 de 18 de março de 2020, do Ato Conjunto nº 07, de 29 de abril de 2020 e do Ato
Conjunto nº 20, de 29 de setembro de 2020, naquilo que não colidam com o presente ato, revogando-se as demais disposições.

Dado e passado nesta Cidade de Salvador, aos 27 dias do mês de outubro, do ano de dois mil e vinte.

Desembargador LOURIVAL ALMEIDA TRINDADE


Presidente

Desembargador CARLOS ROBERTO SANTOS ARAÚJO


1º Vice-Presidente

Desembargador AUGUSTO DE LIMA BISPO


2º Vice-Presidente

Desembargador JOSÉ ALFREDO CERQUEIRA DA SILVA


Corregedor-Geral da Justiça

Desembargador OSVALDO ALMEIDA BOMFIM


Corregedor das Comarcas do Interior

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SUBSTABELECIMENTO

Substabeleço, com reserva de poderes, (1) CARLOS ROBERTO SIQUEIRA CASTRO, brasileiro, casado,
advogado, inscrito na OAB/AC sob o nº 3801, na OAB/AL sob o nº 7566A; na OAB/AM sob o nº A 671;
na OAB/AP sob o nº 2215-A; na OAB/BA sob o nº17.769; na OAB/ES sob o nº 12289; na OAB/MA sob
o nº 8882-A; na OAB/MG sob o nº 93271; na OAB/PA sob o nº 15410-A, na OAB/PB sob o nº na
20.283-A; OAB/PE sob o nº 808-A; na OAB/PI sob o nº 5725; na OAB/PR sob o nº 55.288; na OAB/RJ
sob o nº 20.283; na OAB/RN sob o nº 517-A; na OAB/RO sob o nº 5015; na OAB/RR sob o nº 415-A,
na OAB/RS sob o nº 56.888 A, na OAB/SC sob o nº 30.029; e na OAB/SP sob o nº 169.709 A; (2)
CARLOS FERNANDO DE SIQUEIRA CASTRO, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/AL sob o nº
7567A; na OAB/AP sob o nº 2191-A; na OAB/MA sob o nº 8883-A; na OAB/MG sob o nº 93274; na
OAB/PA sob o nº 15408-A; na OAB/PB sob o nº na 106094-A; OAB/PR sob o nº 55598; na OAB/PI sob
o 5726; na OAB/RN sob o nº 520-A; na OAB/RS sob o nº 56890A; na OAB/RO sob o nº 5014; na
OAB/RR sob o nº 414-A; na OAB/SC sob o nº 30028; na OAB/SP sob o nº 185570; OAB/SE sob o nº
392-A; (3) FÁBIO COUTINHO KURTZ, inscrito na OAB/RJ sob o nº 58.285; (4) HUGO FILARDI PEREIRA, ,
inscrito na OAB/RJ sob o nº. 120.550; (5) FABRÍCIO ZIPPERER, inscrito na OAB/RJ sob o nº 224.100, e
inscrito na OAB/PR sob o nº26.381; (6) GUSTAVO GONÇALVES GOMES, inscrito na OAB/SP sob o nº
266.894-A e, na OAB/AM A-1058; (7) RUBENS EMIDIO COSTA KRISCHKE JUNIOR, inscrito na OAB/CE
sob o nº 25.189 – A; (8) FABIO KORENBLUM, inscrito na OAB/PR sob o nº 68.743, na OAB/RS sob o nº
92.135-A, e na OAB/SC sob o nº 38.662; (9) EDUARDO MACEDO LEITÃO, inscrito na OAB/MG sob o nº
143.743; (10) CASSIO CHAVES CUNHA, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB-PA 12.26; (11)
EDNALDO DE FREITAS MAIA, inscrito na OAB/RJ sob o nº 229.870, na OAB/SP sob o nº 225.621; (12)
TATIANE CRISTINA DE SANTANA, inscrita na OAB/RJ sob o nº 154.114; (13)CLAUDIA KRAUSKOPF,
inscrita na OAB/AM sob o nº A-1303; (14) MARCELO AUGUSTO CRUZ PEDROSA inscrito na OAB/AM
9.290; (15) CARLOS JOSÉ DE SÁ PEREIRA FILHO; inscrito na OAB/PE sob o nº 21.352; (16) FRANCISCA
LEONEIDE LIMA SOUZA, inscrita na OAB/CE sob o nº 23.875; (17) LEONARDO CORTEZ PESSOA GUIDO,
inscrito na OAB/AL sob o n° 13.717; (18) PRISCILA DOWSLEY MENEZES MENDES, inscrita na OAB/PE sob
o n° 45.312; (19) ROBERTA AROUCHA REGIS, inscrita na OAB/PE sob o nº 40.564; (20) CAROLINA ÁVILA
CINTRA, inscrita na OAB/PE sob o nº 40.999; (21) NAYCA NEGREIROS FERREIRA, inscrita na OAB/SE nº
487-B; (22) THARCIA MORAES BASTOS BRAZ DA SILVA inscrita na OAB/SE nº 6397, (23) ITALA RAYARA
PERETE PACHECO MENDONÇA, inscrita na OAB/SE nº 7203; (24) KARIN LUCIANE MELO, inscrita na
OAB/RN sob o nº 8.298; (25) LÍGIA DE PINHO UBALDO BRANT, inscrito na OAB/MG sob o nº 112.084;
(26) JOSÉ DE CARVALHO CASTRO NETO, inscrito na OAB/MG sob o nº 110.696 (27) ELISA GEHLEN
PAULA BARROS DE CARVALHO inscrito na OAB/PR 26.225; (28) KARIN BONOTO MARCOS inscrita na
OAB/PR 52.145; (29) GABRIEL SILVA PINTO, inscrito na OAB/MA sob o nº 11.742-A; (30) LYSANDRA
RAYSSA DA SILVA, inscrita na OAB/RN sob o nº 13.318; (31) CARLYSON RENATO ALVES DA SILVA,
inscrito na OAB/PB 19.830-A; (31) GUSTAVO CHAVES BARKER inscrito na OAB/SP 274071; (32)
RODRIGO MORAIS ADDUM inscrito na OAB/ES 16.372; (33) TAMARA VIANA ANDRADE, inscrita na
OAB/RS sob o nº 79.083; (34) FRANCINE BENITES BILHARVA, inscrita na OAB/RS 95.888, (35)
STEPHANIE DIAZ SKIBINSKI, inscrita na OAB/RS 104.483-, todos os poderes gerais da clausula ad judicia

RUA ACRE, 15, 12° e13° andares - Edifício Porto Brasilis, Centro - CEP 20.081-000
RIO DE JANEIRO - RJ TEL 21 506-0335 FAX 21 506-0202
e-mail petros@petros.com.br www.petros.com.br

Informação classificada como interna, acessível no âmbito da Petros ou ambiente externo, conforme norma NR-019.

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SUBSTABELECIMENTO

Substabeleço, com reserva de iguais, na pessoa dos advogados CARLOS ROBERTO


SIQUEIRA CASTRO, brasileiro, casado, OAB/BA sob o nº. 17.769, CPF/MF sob o nº.
367.167.747-34; CARLOS FERNANDO SIQUEIRA CASTRO, brasileiro, casado, OAB/BA
sob o nº. 17.766, CPF/MF sob o nº. 073.075.427-81; HUGO FILARDI PEREIRA, brasileiro,
solteiro, OAB/BA sob o nº. 27.461, CPF/MF sob o nº. 086.694.237-82; MARLUZI ANDREA
COSTA BARROS, brasileira, casada, OAB/BA sob o nº. 896-B, CPF/MF sob o nº.
426.345.395-68; FABIANA GALDINO COTIAS, brasileira, casada, OAB/BA sob o nº. 22.164,
CPF/MF sob o nº. 806.444.145-53; PAULA ARAÚJO BASTOS, brasileira, solteira, OAB/BA
sob o nº. 20.405, CPF/MF sob o nº. 801.662.105-87; DANIELLE NASCIMENTO NERES
D’EL-REY EÇA, brasileira, casada, OAB/BA sob o nº. 42.763, CPF/MF sob o nº. 835.668.565-
68; MATHEUS BASTOS ALVES D’AVILA TEIXEIRA, brasileiro, solteiro, OAB/BA sob o nº.
41.244, CPF/MF sob o nº. 010.773.905-48; VÍTOR SILVA ROCHA, brasileiro, solteiro,
OAB/BA sob o nº 36.982, CPF/MF sob o nº 036.174.045-02; BRENNA LARISZA DE
OLIVEIRA SANTOS MASCARENHAS, brasileira, solteira, OAB/BA sob o nº 66.464, CPF/MF
sob o nº 052.571.985-76; MONIQUE LUANE DE ARAUJO LEITE, brasileira, solteira, OAB/BA
sob o nº 62.927, CPF/MF sob o nº 061.762.135-76; todos integrantes da sociedade de
advogados SIQUEIRA CASTRO – ADVOGADOS, com registro na Ordem dos Advogados do
Brasil – Seccional Bahia sob o nº. 1689/2009 e sede na Av. Tancredo Neves, nº 620 - Edf. Mundo
Plaza, 34º andar, sala 3410 - Caminho das Árvores - CEP 41820-020, os poderes gerais da
cláusula ad judicia et extra, a mim conferidos, constantes da procuração lavrada no 15° Ofício de
Notas da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, livro 4030, fl. 140 à 141, Ato 081, em
21 de Janeiro de 2020, para em conjunto ou separadamente, independentemente de ordem ou
nomeação, defender os interesses da FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL –
PETROS, em qualquer juízo, instância ou tribunal, podendo requerer, recorrer, acionar, transigir,
acordar, desistir, propor e variar de ações em nome da OUTORGANTE, excetuados os poderes
para receber citações, e intimações previstos na alínea "a", vedado o substabelecimento, ainda
que com reserva de poderes, ratificando todos os atos anteriormente praticados, relativos aos
poderes ora outorgados.

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021.

Leandro Augusto Ferreira Medeiros


Gerente de Contencioso
OAB/DF 29.313

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SUBSTABELECIMENTO

Substabeleço, com reserva de iguais, na pessoa dos advogados CARLOS ROBERTO


SIQUEIRA CASTRO, brasileiro, casado, OAB/BA sob o nº. 17.769, CPF/MF sob o nº.
367.167.747-34; CARLOS FERNANDO SIQUEIRA CASTRO, brasileiro, casado, OAB/BA
sob o nº. 17.766, CPF/MF sob o nº. 073.075.427-81; HUGO FILARDI PEREIRA, brasileiro,
solteiro, OAB/BA sob o nº. 27.461, CPF/MF sob o nº. 086.694.237-82; MARLUZI ANDREA
COSTA BARROS, brasileira, casada, OAB/BA sob o nº. 896-B, CPF/MF sob o nº.
426.345.395-68; FABIANA GALDINO COTIAS, brasileira, casada, OAB/BA sob o nº. 22.164,
CPF/MF sob o nº. 806.444.145-53; PAULA ARAÚJO BASTOS, brasileira, solteira, OAB/BA
sob o nº. 20.405, CPF/MF sob o nº. 801.662.105-87; DANIELLE NASCIMENTO NERES
D’EL-REY EÇA, brasileira, casada, OAB/BA sob o nº. 42.763, CPF/MF sob o nº. 835.668.565-
68; MATHEUS BASTOS ALVES D’AVILA TEIXEIRA, brasileiro, solteiro, OAB/BA sob o nº.
41.244, CPF/MF sob o nº. 010.773.905-48; VÍTOR SILVA ROCHA, brasileiro, solteiro,
OAB/BA sob o nº 36.982, CPF/MF sob o nº 036.174.045-02; BRENNA LARISZA DE
OLIVEIRA SANTOS MASCARENHAS, brasileira, solteira, OAB/BA sob o nº 66.464, CPF/MF
sob o nº 052.571.985-76; MONIQUE LUANE DE ARAUJO LEITE, brasileira, solteira, OAB/BA
sob o nº 62.927, CPF/MF sob o nº 061.762.135-76; todos integrantes da sociedade de
advogados SIQUEIRA CASTRO – ADVOGADOS, com registro na Ordem dos Advogados do
Brasil – Seccional Bahia sob o nº. 1689/2009 e sede na Av. Tancredo Neves, nº 620 - Edf. Mundo
Plaza, 34º andar, sala 3410 - Caminho das Árvores - CEP 41820-020, os poderes gerais da
cláusula ad judicia et extra, a mim conferidos, constantes da procuração lavrada no 15° Ofício de
Notas da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, livro 4030, fl. 140 à 141, Ato 081, em
21 de Janeiro de 2020, para em conjunto ou separadamente, independentemente de ordem ou
nomeação, defender os interesses da FUNDAÇÃO PETROBRAS DE SEGURIDADE SOCIAL –
PETROS, em qualquer juízo, instância ou tribunal, podendo requerer, recorrer, acionar, transigir,
acordar, desistir, propor e variar de ações em nome da OUTORGANTE, excetuados os poderes
para receber citações, e intimações previstos na alínea "a", vedado o substabelecimento, ainda
que com reserva de poderes, ratificando todos os atos anteriormente praticados, relativos aos
poderes ora outorgados.

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021.

Leandro Augusto Ferreira Medeiros


Gerente de Contencioso
OAB/DF 29.313

Assinado eletronicamente por: MONIQUE LUANE DE ARAUJO LEITE - 05/08/2021 17:11:08 Num. 17869573 - Pág. 1
https://pje2g.tjba.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080517110783500000017521971
Número do documento: 21080517110783500000017521971
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA
5ª Av. do CAB, nº 560, Salvador-BA, CEP: 41745-004
www.tjba.jus.brVADOR/BA - BRASIL
CEP 41745-004

TERMO DE VIRTUALIZAÇÃO E MIGRAÇÃO DE AUTOS

A partir da emissão do presente, ficam as partes e todos a quem possa interessar,


CIENTIFICADOS de que o processo que acompanha este Termo, está sendo integralmente
digitalizado e migrado para o Processo Judicial Eletrônico – PJe, no âmbito do Poder Judiciário do
Estado da Bahia – PJBA, em conformidade com as disposições da Resolução nº 185, de 18 de
dezembro de 2013, do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, e dos Decretos Judiciários publicados
regularmente no sítio eletrônico do Diário da Justiça do Estado da Bahia, passando a tramitar de
maneira exclusivamente eletrônica no âmbito deste Poder Judiciário.
A migração preserva a numeração única do processo e dados de movimentação processual, o
que lhe confere autenticidade.
As partes, por meio de seus procuradores, poderão se manifestar, por escrito, no prazo
preclusivo de 30 dias, a contar da expedição da intimação da digitalização e migração, acerca de
eventual desconformidade na digitalização, bem como sobre o desejo de conferir as peças físicas
dos autos digitalizados.
As peças físicas dos autos digitalizados serão regularmente arquivadas, e permanecerão à
disposição para retirada, consulta e pedido de guarda de algum de seus documentos originais, a
qualquer tempo, até que se aplique a Tabela de Temporalidade definida pelo Programa de Nacional
de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário (PRONAME), instituído pelo CNJ.

Assinado eletronicamente por: pje.tjba.jus.br - 01/07/2021 15:01:22 Num. 16737436 - Pág. 1


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Número do documento: 21070115012200000000016427100

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