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Tribunal Regional Federal da 3ª Região

PJe - Processo Judicial Eletrônico

05/03/2024

Número: 5024628-78.2020.4.03.6100
Classe: APELAÇÃO CÍVEL
Órgão julgador colegiado: Vice Presidência
Órgão julgador: Gab. Vice Presidência
Última distribuição : 12/01/2022
Valor da causa: R$ 1.000,00
Processo referência: 5024628-78.2020.4.03.6100
Assuntos: ISS/ Imposto sobre Serviços, Cofins, PIS
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL (APELANTE)
UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA HABIB ABUD CABARITI (ADVOGADO)
(APELADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
28628 05/03/2024 11:22 Pedido de Desistência Pedido de Desistência
8416
28600 28/02/2024 10:24 Certidão Certidão
9424
28562 25/02/2024 18:50 Recurso Especial e Recurso Extraordinário Recurso Especial
0156
28562 25/02/2024 18:50 RESP -5024628-78.2020.4.03.6100 Recurso Especial
0159
28562 25/02/2024 18:50 RE - 5024628-78.2020.4.03.6100 Recurso Extraordinário
0160
28565 20/02/2024 18:47 Certidão Certidão
6825
28554 17/02/2024 19:26 Substabelecimento Substabelecimento
2557
28526 09/02/2024 14:06 Acórdão Acórdão
8234
28276 09/02/2024 14:06 Relatório Relatório
0177
28276 09/02/2024 14:06 Ementa Ementa
2446
28276 09/02/2024 14:06 Voto Voto
0856
28520 07/02/2024 17:54 Certidão de julgamento Certidão de Julgamento
7270
28309 30/11/2023 11:56 Intimação de Pauta Intimação de Pauta
6101
28309 30/11/2023 11:56 Intimação de Pauta Intimação de Pauta
6084
28309 30/11/2023 11:56 Intimação de Pauta Intimação de Pauta
6067
27391 11/05/2023 10:37 Diligência Diligência
6824
27201 29/03/2023 15:25 Mandado Mandado
9367
27198 29/03/2023 14:25 Despacho Despacho
6699
26969 07/02/2023 20:45 Renúncia de Mandato Renúncia de Mandato
1542
26969 07/02/2023 20:45 01-2023- COMPROVANTE E-MAIL ENVIADO Documento Comprobatório
1544 UNIVERSAL
26969 07/02/2023 20:45 01-2023 RENUNCIA DE MANDATO UNIVERSAL Renúncia de Mandato
1545
26969 07/02/2023 20:37 MANIFESTAÇÃO embargos Outras peças
1539
26969 07/02/2023 20:35 manifestação Outras peças
1538
26899 23/01/2023 11:24 Despacho Despacho
5473
26890 18/01/2023 16:29 Certidão Certidão
5664
26838 17/01/2023 15:30 Embargos de Declaração Embargos de Declaração
0603
26885 17/01/2023 15:30 AS. - ED - UNIVERSAL TECNOLOGIA EM Embargos de Declaração
7739 INFORMATICA LTDA
26804 12/12/2022 13:20 Acórdão Acórdão
2743
26257 12/12/2022 13:20 Relatório Relatório
8053
26257 12/12/2022 13:20 Voto Voto
8093
26452 12/12/2022 13:20 Declaração de Voto Voto
1886
26257 12/12/2022 13:20 Ementa Ementa
8116
26795 09/12/2022 11:09 Certidão de julgamento Certidão de Julgamento
6713
26576 24/10/2022 14:59 Intimação de Pauta Intimação de Pauta
9991
26576 24/10/2022 14:59 Intimação de Pauta Intimação de Pauta
9923
26576 24/10/2022 14:59 Intimação de Pauta Intimação de Pauta
9908
26502 10/10/2022 10:14 Certidão de Julgamento Certidão
6069
26285 29/08/2022 09:30 Intimação de Pauta Intimação de Pauta
8316
26285 29/08/2022 09:30 Intimação de Pauta Intimação de Pauta
8295
26285 29/08/2022 09:30 Intimação de Pauta Intimação de Pauta
8279
25148 20/09/2021 09:35 Despacho Despacho
2278
25148 17/09/2021 17:19 Despacho Despacho
2277
25148 15/09/2021 18:36 Certidão de Correição Certidão de Correição
2276
25148 07/09/2021 16:09 Apelação Apelação
2275
25148 20/08/2021 12:22 Sentença Sentença
2274
25148 19/08/2021 20:16 Sentença Sentença
2273
25148 02/08/2021 18:59 Impugnação Impugnação
2250
25148 02/08/2021 18:59 MANIFESTAÇÃO CONTESTAÇÃO E Petição intercorrente
2251 ESPECIFICAÇÃO DE PROVAS
25148 02/08/2021 18:59 ACORDAO REPERCUSSÃO GERAL ISS - Documento Comprobatório
2252 MENEZES DIREITO
25148 02/08/2021 18:59 CALCULO UNIVERSAL INFORMATICA_ PIS E Documento Comprobatório
2253 COFINS JUROS_ATUALIZADO ATE JAN_2021
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 052019 Documento Comprobatório
2254
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 062019 Documento Comprobatório
2255
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 072019 Documento Comprobatório
2256
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 082019 Documento Comprobatório
2257
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 092019 Documento Comprobatório
2258
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 102019 Documento Comprobatório
2259
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 112019 Documento Comprobatório
2260
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 122019 Documento Comprobatório
2261
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 012020 Documento Comprobatório
2262
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 022020 Documento Comprobatório
2263
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 032020 Documento Comprobatório
2264
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 042020 Documento Comprobatório
2265
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 052020 Documento Comprobatório
2266
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 062020 Documento Comprobatório
2267
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 072020 Documento Comprobatório
2268
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 082020 Documento Comprobatório
2269
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 092020 Documento Comprobatório
2270
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 102020 Documento Comprobatório
2271
25148 02/08/2021 18:59 DCTF 112020 Documento Comprobatório
2272
25148 28/07/2021 09:58 Manifestação Manifestação
2249
25148 27/07/2021 12:17 Despacho Despacho
2248
25148 27/07/2021 11:25 Despacho Despacho
2247
25148 24/02/2021 12:32 Outras peças Outras peças
2244
25148 24/02/2021 12:32 atestado anestesia Documento Comprobatório
2245
25148 24/02/2021 12:32 atestado cirurgia 02-21 Documento Comprobatório
2246
25148 19/02/2021 16:39 Contestação Contestação
2243
25148 19/02/2021 16:35 Manifestação Manifestação
2242
25148 08/02/2021 22:30 Decisão Decisão
2241
25148 08/02/2021 20:50 Decisão Decisão
2240
25148 16/01/2021 21:28 Emenda à Inicial Emenda à Inicial
2235
25148 16/01/2021 21:28 CALCULO UNIVERSAL INFORMATICA_ PIS E Outros Documentos
2236 COFINS JUROS_ATUALIZADO ATE JAN_2021
25148 16/01/2021 21:28 CALCULO CUSTAS UNIVERSAL Outros Documentos
2237
25148 16/01/2021 21:28 CUSTAS UNIVERSAL Custas
2238
25148 16/01/2021 21:28 CUSTAS pagas UNIVERSAL_08012021 Custas
2239
25148 14/12/2020 19:45 Despacho Despacho
2234
25148 07/12/2020 15:32 Certidão Certidão
2233
25148 30/11/2020 23:41 Petição inicial Petição Inicial
2178
25148 30/11/2020 23:41 PROCURAC Procuração
2179
25148 30/11/2020 23:41 CNPJ UNIVERSAL Documento de Identificação
2180
25148 30/11/2020 23:41 CONTRATO SOCIAL Documento Comprobatório
2181
25148 30/11/2020 23:41 DOC SOCIO Documento de Identificação
2232
Exmo. Sr. Desembargador,

A autora requer a desistência da ação e consequente baixa e arquivamento do processo.

Termos em que,

Pede deferimento.

São Paulo, 05 de março de 2024.

HABIB ABUD CABARITI - ADVOGADO

OAB MG 38.604

Assinado eletronicamente por: HABIB ABUD CABARITI - 05/03/2024 11:22:40 Num. 286288416 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24030511224045300000283850615
Número do documento: 24030511224045300000283850615
Poder Judiciário

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

Divisão de Recursos - DARE

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100


APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Advogado do(a) APELADO: HABIB ABUD CABARITI - MG38604-A

CERTIDÃO

Certifico a regularidade formal dos recursos ESPECIAL e EXTRAORDINARIO -


ID 285620159 e ID 285620160 interpostos nestes autos pela UNIÃO FEDERAL, quanto à
tempestividade.

VISTA - CONTRARRAZÕES

Certifico que os presentes autos acham-se com vista ao recorrido para apresentar contrarrazões
aos recursos interpostos, nos termos do artigo 1.030 do Código de Processo Civil.

São Paulo, 28 de fevereiro de 2024.

Assinado eletronicamente por: MONICA DE AZEVEDO PERLI DIAGO - 28/02/2024 10:24:27 Num. 286009424 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24022810242755200000283578786
Número do documento: 24022810242755200000283578786
SEGUEM EM ANEXO RECURSO ESPECIAL EXTRAORDINARIO.

Assinado eletronicamente por: DANIELA REIKO YOSHIDA SHIMIZU - 25/02/2024 18:50:55 Num. 285620156 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24022518505523500000283200177
Número do documento: 24022518505523500000283200177
PROCURADORIA-REGIONAL DA FAZENDA NACIONAL DA 3ª REGIÃO
DIVISÃO DE DEFESA EM 2ª INSTÂNCIA – DIDE2

RECURSO ESPECIAL DA
FAZENDA NACIONAL
Sumário
I. BREVE HISTÓRICO ............................................................................................... 2
II. PRELIMINARES: ................................................................................................... 2
II.i. Do cabimento do recurso............................................................................................... 2
II.ii. Da relevância das questões de direito federal infraconstitucional – art. 105, §2º da
Constituição Federal .................................................................................................................... 3
II.iii. Da não aplicação da Súmula nº 7 do STJ ........................................................................ 5
II.iv. Da necessidade de sobrestamento do feito ................................................................... 6
III. DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA DO ACÓRDÃO RECORRIDO ................... 7
III.i. Da contrariedade e/ou negativa de vigência de lei federal quanto à omissão do julgado –
da violação aos artigos 489 e 1.022 do CPC ................................................................................. 7
III.ii. Da inaplicabilidade do acórdão proferido no RE 574.706 (Tema 69/STF) - necessidade de
observância da tese firmada pelo e. STJ em recurso repetitivo (Tema 634/STJ) – sobrestamento do
processo até julgamento do RE 592.616 (Tema 118/STF) - ofensa aos artigos 489, § 1º, IV a VI, 926,
927, III, § 3º, 1.039, 1.040, II, III, do CPC e 27 da Lei nº 9.868/99 ................................................. 8
III.iii. Do ISS na base de cálculo da COFINS e do PIS – ofensa aos arts. 109 e 110 do CTN, 3º da
LC 7/70, 2º da LC 70/91, arts. 12, § 1º, III, § 5º, do DL 1.598/77, 3º da Lei 9.718/98, 1º da Lei nº
10.637/02, 1º da Lei nº 10.833/03 ............................................................................................ 17
IV. DOS PEDIDOS .................................................................................................... 25

Assinado eletronicamente por: DANIELA REIKO YOSHIDA SHIMIZU - 25/02/2024 18:50:55 Num. 285620159 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24022518505438500000283200180
Número do documento: 24022518505438500000283200180
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional na 3ª Região
Divisão de Defesa em 2ª Instância – DIDE2

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DESEMBARGADOR(A) FEDERAL VICE-PRESIDENTE DO EGRÉGIO


TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 3ª REGIÃO

Proc. nº: 5024628-78.2020.4.03.6100

A União (Fazenda Nacional), pessoa jurídica de direito público interno, por intermédio
de sua Procuradora da Fazenda Nacional, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência,
com fundamento no art. 105, inc. III, alínea “a”, da Constituição Federal, c/c o art. 1.029 e
seguintes, do Código de Processo Civil, interpor o presente RECURSO ESPECIAL, pelos
fundamentos que adiante expõe. Requer, recebido o recurso e cumpridas as formalidades
legais, a remessa dos autos ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça.
Outrossim, desde já a União informa que em virtude da violação a Constituição Federal
também apresenta Recurso Extraordinário.

Termos em que,
Pede deferimento.

São Paulo, data do protocolo.

Daniela Reiko Yoshida Shimizu


Procuradora da Fazenda Nacional

Assinado eletronicamente por: DANIELA REIKO YOSHIDA SHIMIZU - 25/02/2024 18:50:55 Num. 285620159 - Pág. 2
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Número do documento: 24022518505438500000283200180
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional na 3ª Região
Divisão de Defesa em 2ª Instância – DIDE2

EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

COLENDA TURMA

EMÉRITOS JULGADORES

RAZÕES DE RECURSO ESPECIAL

I. BREVE HISTÓRICO

Trata-se de Recurso Especial interposto em face de v. acórdão proferido pela C. Turma


do E. Tribunal Regional Federal da 3ª Região que reconheceu ser indevida a inclusão do ISS na
base de cálculo da COFINS e da contribuição ao PIS.
Segundo o v. acórdão recorrido, o posicionamento do STF sobre o descabimento da
inclusão do ICMS na formação da base de cálculo do PIS/COFINS (Tema 69) seria aplicável
também à hipótese da inclusão do ISS, considerando a semelhança entre as matérias.
Não se conformando com o V. Acórdão Recorrido, a União interpõe o presente Recurso
Especial, com fulcro no art. 105, inciso III, letra "a", da Carta Magna, objetivando a reforma do
v. acórdão recorrido, conforme abaixo demonstrado.

II. PRELIMINARES:
II.i. Do cabimento do recurso
Insurge-se a ora Recorrente contra o referido acórdão, com fundamento no artigo 105,
inciso III, “a”, da Constituição Federal, em razão da ofensa ao artigo 1.022, II, e parágrafo
único, I e II, do CPC (rejeição dos embargos de declaração sem que fossem supridas as
omissões apontadas); aos artigos 489, § 1º, IV a VI, 926, 927, III, § 3º, 1.039, 1.040, II, III, CPC,
27 da Lei nº 9.868/99 (julgamento com base em precedente que trata de matéria diversa,
deixando de aplicar o REsp. 1.330.737/SP- Tema 634 do STJ - ou, então, de sobrestar o processo
até o julgamento do RE 592616- RG, específico sobre o tema em análise); e aos artigos 109 e
110 do CTN, 3º da LC 7/70, 2º da LC 70/91, artigos 12, §1º, III e §5º do Decreto-Lei nº
1.598/77, 3º da Lei nº 9.718/1998, 1º da Lei 10.637/2002 e 1º da Lei 10.833/2003 (ofendidos
ao determinar a exclusão do ISS da base de cálculo do PIS/COFINS em desacordo com a
legislação que rege a matéria e com o entendimento desse E. STJ firmado no REsp.
1.330.737/SP).

Assinado eletronicamente por: DANIELA REIKO YOSHIDA SHIMIZU - 25/02/2024 18:50:55 Num. 285620159 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24022518505438500000283200180
Número do documento: 24022518505438500000283200180
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional na 3ª Região
Divisão de Defesa em 2ª Instância – DIDE2

A matéria objeto do presente Recurso foi devidamente prequestionada, constando do v.


Acórdão recorrido.
Outrossim, a União opôs Embargos de Declaração objetivando fossem supridas as
omissões do julgado, inclusive para fins de prequestionamento. Pleiteou a análise da questão
considerando-se o regime jurídico do ISS, que é distinto do ICMS, bem como a manifestação
da Turma Julgadora acerca da tese firmada pelo E. STJ no Recurso Especial Repetitivo nº
1.330.737 (Tema 634/STJ).
Todavia, mesmo que tal não tivesse ocorrido, tem-se que tanto o E. Supremo Tribunal
Federal quanto o E. Superior Tribunal de Justiça, já se manifestaram no sentido de que,
havendo a discussão do tema federal ou constitucional, tornando-se res dubia ou res
controversa, são suficientes para que se tenha a matéria como prequestionada, abrindo-se o
caminho para o Recurso Extraordinário ou Especial.

II.ii. Da relevância das questões de direito federal infraconstitucional – art. 105, §2º da Constituição
Federal
A Emenda Constitucional nº 125, de 2022, estipulou um novo requisito para a admissão
do recurso especial, qual seja, a relevância das questões de direito federal infraconstitucional.
Esta é a redação da Emenda Constitucional nº 125/2022:
Art. 1º O art. 105 da Constituição Federal passa a vigorar com as seguintes alterações:

Art. 105. ............................

§ 1º ..................................

§ 2º No recurso especial, o recorrente deve demonstrar a relevância das questões de


direito federal infraconstitucional discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que a
admissão do recurso seja examinada pelo Tribunal, o qual somente pode dele não
conhecer com base nesse motivo pela manifestação de 2/3 (dois terços) dos membros do
órgão competente para o julgamento.

§ 3º Haverá a relevância de que trata o § 2º deste artigo nos seguintes casos:


I – ações penais;
II – ações de improbidade administrativa;
III – ações cujo valor da causa ultrapasse 500 (quinhentos) salários mínimos;
IV – ações que possam gerar inelegibilidade;
V – hipóteses em que o acórdão recorrido contrariar jurisprudência dominante do
Superior Tribunal de Justiça;
VI – outras hipóteses previstas em lei.” NR)

Art. 2º A relevância de que trata o § 2º do art. 105 da Constituição Federal será exigida nos
recursos especiais interpostos após a entrada em vigor desta Emenda Constitucional,
ocasião em que a parte poderá atualizar o valor da causa para os fins de que trata o inciso
III do § 3º do referido artigo.

Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.”


Da leitura dos referidos dispositivos, é possível destacar desde já que:
3

Assinado eletronicamente por: DANIELA REIKO YOSHIDA SHIMIZU - 25/02/2024 18:50:55 Num. 285620159 - Pág. 4
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24022518505438500000283200180
Número do documento: 24022518505438500000283200180
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
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Divisão de Defesa em 2ª Instância – DIDE2

 O instituto ainda será objeto de regulamentação legal (“nos termos da lei”);

 O não conhecimento do recurso com base na ausência de relevância exigirá a


manifestação de 2/3 (dois terços) dos membros do órgão competente para o
julgamento;

 A Constituição já estabelece hipóteses em que a relevância estará presente (§3º


do art. 105); e

 A relevância já será exigida nos recursos especiais interpostos após a entrada


em vigor da Emenda Constitucional.
Sobre o tema, cumpre ressaltar que, no dia 19/10/2022, o Pleno do Superior Tribunal de
Justiça aprovou o Enunciado Administrativo nº 8, com a seguinte redação: "A indicação, no
recurso especial, dos fundamentos de relevância da questão de direito federal
infraconstitucional somente será exigida em recursos interpostos contra acórdãos publicados
após a data de entrada em vigor da lei regulamentadora prevista no artigo 105, parágrafo 2º,
da Constituição Federal".
Considerando, portanto, que a lei que regulamentará o referido pressuposto de
admissibilidade do Recurso Especial ainda não entrou em vigor, não cabe exigir a sua
demonstração na presente interposição.
Apesar de pendente a edição da norma regulamentadora do instituto, é oportuno que
sejam articulados argumentos a respeito da relevância da questão federal ora discutida, por
medida de precaução.
Com efeito, no presente apelo extremo, discute-se a legalidade da inclusão do ISS na
base de cálculo do PIS e da COFINS, situação de grande impacto econômico e jurídico que se
reproduz em inúmeros processos de rito comum.
Consoante se demonstrará abaixo, o acórdão recorrido assentou entendimento
contrário ao precedente firmado no Recurso Especial n.º 1.330.737/SP (Tema 634 dos
Recursos Repetitivos), segundo o qual “o valor suportado pelo beneficiário do serviço, nele
incluindo a quantia referente ao ISSQN, compõe o conceito de receita ou faturamento para
fins de adequação à hipótese de incidência do PIS e da COFINS”.
Cumpre ressaltar que o resultado da discussão acerca do tema pode repercutir em
outras ações semelhantes, ocasionando, inclusive, o efeito multiplicador de demandas,
influenciando diretamente a arrecadação tributária federal e a própria economia.
Veja-se que a relevância jurídica decorre do fato de as relações jurídicas entre os
contribuintes e o Fisco Federal serem de massa, envolvendo sempre um número expressivo
de interesses.

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Desse modo, ainda que se trate na hipótese de processo judicial em que se discute
direito individual, o certo é que a manutenção do entendimento adotado no v. acórdão
recorrido terá grande repercussão em outras demandas semelhantes (efeito multiplicador),
na medida em que, por se tratar de decisão de tribunal, influenciará na tomada de decisões
pelos juízos de primeira instância.
Já a relevância econômica decorre do fato de que a questão ora versada ultrapassa a
esfera meramente subjetiva dos litigantes, apresentando relevância geral sob o prisma
econômico, EIS QUE ESTARÁ EM JOGO CONSIDERÁVEL MONTANTE DE CRÉDITOS PÚBLICOS.
Acrescente-se o EFEITO MULTIPLICADOR, haja vista que, tratando-se da Fazenda
Nacional, cuja postulação, em regra, envolve temas de grande relevância econômica e, ainda,
que são discutidos em inúmeros processos.
No caso, em se tratando de matéria de caráter tributário na qual a Fazenda Pública é
parte, é evidente que a tese jurídica aqui abordada possui impactos diretos na arrecadação
tributária, que atualmente é a principal fonte de financiamento de serviços públicos e das
demais obrigações assumidas pelo Estado, bem como elemento essencial para o fomento do
desenvolvimento socioeconômico, influenciando, por consequência lógica, não apenas os
contribuintes, mas todos os beneficiários das mencionadas ações.
Assim, nos termos do inciso V do § 3º do art. 105 da Constituição, a matéria discutida no
presente recurso é relevante e merece ser examinada por este Superior Tribunal de Justiça.
Diante do exposto, estando demonstrada a relevância da questão de direito federal
discutida, seja pelo âmbito jurídico e econômico do caso concreto, espera a recorrente que o
Recurso Especial seja admitido.

II.iii. Da não aplicação da Súmula nº 7 do STJ


No vertente caso, para rever as razões do acórdão combatido, não se faz necessário o
reexame do conjunto fático-probatório dos autos. Logo, não incide a vedação da Súmula n.º
7 do Superior Tribunal de Justiça.
Como é cediço, no julgamento dos recursos excepcionais, as Cortes Superiores partem
das conclusões acerca do arcabouço fático apurado de forma soberana na decisão vergastada,
apenas perscrutando a correção da interpretação das normas federais ou constitucionais
aplicáveis ao caso concreto.
É curial diferenciar, entretanto, o reexame da matéria fática da valoração dos critérios
jurídicos respeitantes à utilização da prova e à formação da convicção.
Com efeito, o que questiona a União é que o Tribunal a quo deixou de observar os artigos
489, § 1º, IV a VI, 1.022, II e parágrafo único, I e II, 926, 927, III, § 3º, 1.039, 1.040, II, III, do
CPC, 27 da Lei nº 9.868/99, além dos artigos 109 e 110 do CTN, 3º da LC 7/70, 2º da LC 70/91,

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artigos 12, §1º, III e §5º do Decreto-Lei nº 1.598/77, 3º da Lei nº 9.718/1998, 1º da Lei
10.637/2002 e 1º da Lei 10.833/2003.
In casu, não cabe invocar o óbice da mencionada Súmula nº 7, uma vez que apresentados
no acórdão recorrido os dados factuais necessários à avaliação da questão de direito veiculada.
Nesse sentido, vale conferir o seguinte julgado desta C. Corte Superior:
"PRODUÇÃO DE EMBALAGENS, SERVIÇOS PERSONALIZADOS. INCIDÊNCIA DO ISS. SÚMULA
156/STJ. ICMS. NÃO-INCIDÊNCIA.
I - A atividade de composição gráfica, entre as quais, a confecção de embalagens folhetos e
etiquetas, não descaracteriza a natureza de prestação de serviços. Aplicação da Súmula
156/STJ: "A prestação de serviço de composição gráfica, personalizada e sob encomenda,
ainda que envolva fornecimento de mercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS." Precedentes:
REsp nº 542.242/SP, Rel. Min. CASTRO MEIRA, DJ de 08.11.2007; REsp nº 578.466/SP, JOÃO
OTÁVIO DE NORONHA, DJ de 19.03.2007 e REsp nº 493.749/SP, Rel. Min. TEORI ALBINO
ZAVASCKI, DJ de 28.02.2005.
II - Não há se falar em incidência da súmula 7/STJ, quando se encontram apresentados no
acórdão recorrido os dados factuais necessários à avaliação da questão de direito
vinculada.
III - Agravo regimental improvido.
(Superior Tribunal de Justiça, AgRg no REsp 937.803/SP, Primeira Turma, Relator Ministro
Francisco Falcão, v. u., j. 06/12/2007, DJe 12/03/2007)" (grifos nossos)

II.iv. Da necessidade de sobrestamento do feito


Não se desconhece o acórdão desfavorável à União no julgamento do RE 574.706
referente à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS, cujos fundamentos foram
utilizados pelo v. acórdão recorrido. Entretanto, a presente causa versa sobre a possibilidade
ou não da exclusão do ISS da base de cálculo das referidas contribuições, controvérsia
distinta daquela, que é restrita à hipótese do ICMS.
Registre-se que o tema versado nos autos já foi decidido pelo E. Superior Tribunal de
Justiça em precedente repetitivo, no REsp. 1.330.737/SP (Tema 634 dos Recursos
Repetitivos), em sentido contrário à tese acolhida pelo v. acórdão recorrido.
Por outro lado, o tema em questão foi afetado em repercussão, no RE 592.616/RS (Tema
118/STF), ainda pendente de apreciação pelo E. Supremo Tribunal Federal. Por esse motivo, o
E. STF tem determinado a devolução dos autos que tratam da matéria ao Tribunal de origem,
para que aguarde a decisão a ser proferida no RE 592.616-RG como no ARE 1212401.
No E. Superior Tribunal de Justiça, embora a matéria esteja consolidada em sentido
favorável à União, considerando que houve afetação do tema ao julgamento com repercussão
geral pelo STF, também tem sido determinada a devolução dos autos ao Tribunal de origem,
para que se aguarde, primeiramente, o desfecho do RE 592.616-RG (Tema 118/STF), “em
homenagem aos princípios processuais da economia e da efetividade”. Nesse sentido:
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO. PIS E COFINS. BASE DE CÁLCULO.
INCLUSÃO DO ISS. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA PELO STF.
TEMA 118/STF.

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A matéria referente à inclusão do ISS na base de cálculo do PIS e da COFINS teve repercussão
geral reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do Recurso Extraordinário
592.616/RS (Tema 118/STF).
Em recursos versando sobre temas afetados à repercussão geral, o STF tem determinado o
retorno dos processos aos tribunais de origem, para aguardar o julgamento do Recurso
Extraordinário representativo da controvérsia.
3. Ressalte-se que a Primeira Turma do STJ, ao julgar o AgInt no AgInt no REsp
1.603.061/SC, ratificou a orientação de que, "podendo a ulterior decisão do STF, em
repercussão geral já reconhecida, afetar o julgamento da matéria veiculada no recurso
especial, faz-se conveniente que o STJ, em homenagem aos princípios processuais da
economia e da efetividade, determine o sobrestamento do especial e devolva os autos ao
Tribunal de origem para que ali, em se fazendo necessário, seja oportunamente realizado
o ajuste do acórdão local ao que vier a ser decidido na Excelsa Corte".
3. Agravo Interno parcialmente provido, determinando-se a devolução dos autos ao Tribunal
de origem, com a devida baixa, para que, em observância aos arts. 1.039 e 1.040 do
CPC/2015 e após a publicação do acórdão proferido no referido Recurso Extraordinário: a)
denegue seguimento ao recurso se a decisão recorrida coincidir com a orientação emanada
do Supremo Tribunal Federal; ou
b) proceda ao juízo de retratação na hipótese de o acórdão vergastado divergir da tese
firmada no julgamento da matéria com repercussão geral reconhecida. (AgInt no AREsp
1557653/PR, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 06/05/2020,
DJe 14/05/2020)
Assim, tendo em vista que a matéria controvertida nestes autos, que já está consolidada
nesse E. STJ em sentido contrário ao acórdão recorrido, foi afetada em repercussão geral pelo
STF, entende a União que o presente feito deve ser sobrestado para que se aguarde o final
julgamento do RE 592.616/RS.
Diante do exposto, requer, preliminarmente, seja determinado o sobrestamento do
processo até o final julgamento do RE 592.616/RS (Tema 118/STF).

III. DAS RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA DO ACÓRDÃO RECORRIDO


III.i. Da contrariedade e/ou negativa de vigência de lei federal quanto à omissão do julgado – da
violação aos artigos 489 e 1.022 do CPC
A União interpôs embargos declaratórios, com fundamento no artigo 1022 do CPC,
considerando que o v. acórdão embargado deixou de apreciar questões que representam
elementos essenciais para a solução da controvérsia, nos moldes do art. 489, § 1ª, do CPC.
A turma julgadora não se manifestou a respeito de todos os pontos indicados, em
especial, no tocante ao julgamento com base em precedente que trata de matéria diversa,
deixando de aplicar o REsp. 1.330.737/SP- Tema 634 do STJ - ou, então, da necessidade de
sobrestamento do processo até o julgamento do RE 592616- RG (tema 118), específico sobre
o tema em análise, bem como sobre a determinação de exclusão do ISS da base de cálculo do
PIS/COFINS em desacordo com a legislação que rege a matéria e com o entendimento desse
E. STJ firmado no REsp. 1.330.737/SP, o que implicou na violação aos artigos 489, § 1º, IV a VI,
926, 927, III, § 3º, 1.039, 1.040, II, III, do nCPC e 27 da Lei nº 9.868/99, 109 e 110 do CTN, 3º
da LC 7/70, 2º da LC 70/91, artigos 12, §1º, III e §5º do Decreto-Lei nº 1.598/77, 3º da Lei nº
9.718/1998, 1º da Lei 10.637/2002 e 1º da Lei 10.833/2003.
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Apesar do acima exposto, ao apreciar os embargos de declaração opostos pela ora


recorrente, a nobre turma julgadora houve por bem rejeitá-los na parte ora combatida.
Dessa forma, assim decidindo, negou vigência aos artigos 489, §1º, IV a VI e 1.022, inciso
II e parágrafo único, I e II, do CPC que expressamente preveem:
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
(...)
§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória,
sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua
relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua
incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese,
infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus
fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta
àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela
parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação
do entendimento.

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício
ou a requerimento;
III - corrigir erro material.

Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:


I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em
incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.
Destarte, ficam demonstradas as violações aos artigos 489, § 1º, IV a VI, e 1.022, inciso
II, parágrafo único, I e II, do Código de Processo Civil, impondo-se a decretação da nulidade
do julgado, para que seja proferido novo julgamento sobre as questões efetivamente trazidas
a julgamento através do recurso da União Federal.

III.ii. Da inaplicabilidade do acórdão proferido no RE 574.706 (Tema 69/STF) - necessidade de


observância da tese firmada pelo e. STJ em recurso repetitivo (Tema 634/STJ) – sobrestamento
do processo até julgamento do RE 592.616 (Tema 118/STF) - ofensa aos artigos 489, § 1º, IV a VI,
926, 927, III, § 3º, 1.039, 1.040, II, III, do CPC e 27 da Lei nº 9.868/99
O v. acórdão reconheceu o direito da empresa de excluir o montante do ISS da base de
cálculo do PIS e da COFINS, aplicando à presente hipótese o quanto decidido no RE 574.706/PR
(Tema 69).
Ocorre que o citado precedente não alcança o ISS, porque traçou limites, fixando-os no
conceito de faturamento, que excluiria tão-somente o ICMS.

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No julgamento do RE 574.706/PR, o E. Supremo Tribunal Federal considerou o regime


de não-cumulatividade que informa o ICMS, partindo da análise acerca da natureza jurídica do
imposto estadual quando do ingresso na contabilidade empresarial. A rationale da decisão
decorre da premissa de que valores que transitam sob a rubrica do ICMS não qualificariam o
conceito de faturamento/receita, entendendo-se que o imposto estadual cobrado do
adquirente do produto não representa o ingresso de receita, mas mero ingresso temporário
de valores, por se tratar de entrada destinada ao pagamento de despesa predeterminada (pela
legislação tributária).
Já a sistemática de apuração do ISS é distinta. O princípio da não-cumulatividade que
informa o ICMS (art. 155, §2º, I, da CF) não se aplica ao imposto municipal (art. 156, III, e §3º,
da CF) e, conforme regência da LC nº 116/2003, não há previsão de inclusão do seu montante
na própria base de cálculo, ou seja, no caso do ISSQN, não há imposição de obrigação jurídica
de repasse do valor correspondente na fatura de serviço, como ocorre com o ICMS (art. 13,
§1º, da LC 87/96).
Portanto, não há possibilidade de aplicação do mesmo raciocínio utilizado no julgamento
do RE 574.706/PR ao presente caso, encontrando-se a matéria aqui discutida afetada em
repercussão geral pelo STF no RE 592616 (Tema 118/STF), ainda pendente de julgamento.
Ressalte-se que o STF permanece reconhecendo a possibilidade de que se tenha tributo na
composição da base de cálculo de tributo (Recursos Extraordinários nºs 212.209 e 582.461-
RG), não havendo qualquer decisão da Suprema Corte no sentido de estender os fundamentos
determinantes do Tema 69, restrito ao ICMS, à hipótese do ISS.
Se, por um lado, a questão atinente à inclusão do ISS na base de cálculo da COFINS e do
PIS encontra-se pendente de julgamento no E. STF, no RE 592.616/RS, com repercussão geral
reconhecida, por outro, O TEMA JÁ FOI APRECIADO PELO E. STJ, ATRAVÉS DA SISTEMÁTICA
DOS RECURSOS REPETITIVOS, NO RESP 1.330.737/SP (Tema 634), conforme ementa abaixo
reproduzida (destaques nossos):
TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC
E RESOLUÇÃO STJ N. 8/2008. PRESTADOR DE SERVIÇO. PIS E COFINS. INCLUSÃO DO ISSQN
NO CONCEITO DE RECEITA OU FATURAMENTO. POSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO
DOS ARTS. 109 E 110 DO CTN.
Para efeitos de aplicação do disposto no art. 543-C do CPC, e levando em consideração o
entendimento consolidado por esta Corte Superior de Justiça, firma-se compreensão no
sentido de que o valor suportado pelo beneficiário do serviço, nele incluindo a quantia
referente ao ISSQN, compõe o conceito de receita ou faturamento para fins de adequação
à hipótese de incidência do PIS e da COFINS.
A orientação das Turmas que compõem a Primeira Seção deste Tribunal Superior
consolidou-se no sentido de que "o valor do ISSQN integra o conceito de receita bruta,
assim entendida como a totalidade das receitas auferidas com o exercício da atividade
econômica, de modo que não pode ser dedutível da base de cálculo do PIS e da COFINS"
(...)
Nas atividades de prestação de serviço, o conceito de receita e faturamento para fins de
incidência do PIS e da COFINS deve levar em consideração o valor auferido pelo prestador
do serviço, ou seja, valor desembolsado pelo beneficiário da prestação; e não o fato de o
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prestador do serviço utilizar parte do valor recebido pela prestação do serviço para pagar
o ISSQN - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza. Isso por uma razão muito
simples: o consumidor (beneficiário do serviço) não é contribuinte do ISSQN.
O fato de constar em nota fiscal informação no sentido de que o valor com o qual arcará
o destinatário do serviço compreende quantia correspondente ao valor do ISSQN não
torna o consumidor contribuinte desse tributo a ponto de se acolher a principal alegação
das recorrentes, qual seja, de que o ISSQN não constituiu receita porque, em tese, diz
respeito apenas a uma importância que não lhe pertence (e sim ao município competente),
mas que transita em sua contabilidade sem representar, entretanto, acréscimo patrimonial.
Admitir essa tese seria o mesmo que considerar o consumidor como sujeito passivo de
direito do tributo (contribuinte de direito) e a sociedade empresária, por sua vez, apenas
uma simples espécie de "substituto tributário", cuja responsabilidade consistiria
unicamente em recolher aos cofres públicos a exação devida por terceiro, no caso o
consumidor. Não é isso que se tem sob o ponto de vista jurídico, pois o consumidor não é
contribuinte (sujeito passivo de direito da relação jurídico-tributária).
O consumidor acaba suportando o valor do tributo em razão de uma política do sistema
tributário nacional que permite a repercussão do ônus tributário ao beneficiário do
serviço, e não porque aquele (consumidor) figura no polo passivo da relação jurídico-
tributária como sujeito passivo de direito.
A hipótese dos autos não se confunde com aquela em que se tem a chamada
responsabilidade tributária por substituição, em que determinada entidade, por força de lei,
figura no polo passivo de uma relação jurídico-tributária obrigacional, cuja prestação (o
dever) consiste em reter o tributo devido pelo substituído para, posteriormente, repassar a
quantia correspondente aos cofres públicos. Se fosse essa a hipótese (substituição
tributária), é certo que a quantia recebida pelo contribuinte do PIS e da COFINS a título de
ISSQN não integraria o conceito de faturamento. No mesmo sentido se o ônus referente ao
ISSQN não fosse transferido ao consumidor do serviço. Nesse caso, não haveria dúvida de
que o valor referente ao ISSQN não corresponderia a receita ou faturamento, já que
faticamente suportado pelo contribuinte de direito, qual seja, o prestador do serviço.
Inexistência, portanto, de ofensa aos arts. 109 e 110 do CTN, na medida em que a
consideração do valor correspondente ao ISSQN na base de cálculo do PIS e da COFINS
não desnatura a definição de receita ou faturamento para fins de incidência de referidas
contribuições.
Recurso especial a que se nega provimento.
(REsp 1330737/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 10/06/2015, DJe 14/04/2016)
Registre-se que, em se tratando de precedente julgado sob a sistemática dos recursos
repetitivos, versando sobre idêntica controvérsia, impõe-se que as decisões proferidas pelos
juízes e demais tribunais sigam o mesmo entendimento, conforme disposto no art. 927, III, do
CPC, verbis:
Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:
(...)
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas
repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos; (g.n.)
Como o E. STF ainda não se manifestou sobre a matéria, tendo apenas reconhecido a
sua repercussão geral (RE 592.616 - tema 118), à luz da sistemática dos precedentes
repetitivos, prevalece e deve ser observado o entendimento consagrado por esse Eg. Superior
Tribunal de Justiça, em recurso repetitivo. A propósito do assunto, cumpre citar os seguintes
julgados do E. Tribunal Regional Federal da 4ª Região:
EMENTA: TRIBUTÁRIO. EXCLUSÃO DO ISS DA BASE DE CÁLCULO
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DO PIS E COFINS. O ISS destacado nas notas fiscais emitidas pelo contribuinte compõe a
base de cálculo das contribuições para PIS e COFINS de que é sujeito passivo tributário em
nome próprio. Aplicação do tema 634 do Superior Tribunal de Justiça. Não se aplica a tese
do tema 69 do Supremo Tribunal Federal; a não cumulatividade aplicável ao ICMS não se
estende ao ISS. (TRF4, AC 5013824-07.2020.4.04.7205, PRIMEIRA TURMA, Relator
ALEXANDRE GONÇALVES LIPPEL, juntado aos autos em 19/03/2021)
Do corpo do v. acórdão, destaca-se:
“O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1330737/SP pelo regime dos
recursos repetitivos de recurso especial (tema 634), fixou tese de que o valor suportado pelo
beneficiário do serviço, nele incluindo a quantia referente ao ISSQN, compõe o conceito de
receita ou faturamento para fins de adequação à hipótese de incidência do PIS e da COFINS.
Este Tribunal deve observar tal orientação (inc. III do art. 927 do CPC).

Ademais, a inclusão do ISS na base de cálculo das contribuições ao PIS e COFINS, sob o
enfoque constitucional, teve a repercussão geral reconhecida pelo Supremo Tribunal
Federal no RE 592616 (tema 118), que ainda pende de julgamento. Na ausência de decisão
do Supremo Tribunal Federal, permanece aplicável a tese firmada no Superior Tribunal de
Justiça.”

CONTRIBUIÇÃO PARA O PIS. CONTRIBUIÇÃO PARA O FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE


SOCIAL (COFINS). BASE DE CÁLCULO. ISSQN. EXCLUSÃO. DESCABIMENTO. Não tem
o contribuinte o direito de excluir da base de cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS os
valores atinentes ao ISSQN. (TRF4, AC 5002896- 97.2020.4.04.7010, SEGUNDA TURMA,
Relator RÔMULO PIZZOLATTI, juntado aos autos em 13/04/2021)
Do corpo do v. acórdão:
“Essa orientação do Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que o ISSQN compõe o
conceito de receita ou faturamento e por isso compõe a base de cálculo da contribuição ao
PIS e da COFINS, vincula os tribunais ordinários (art. 927, III, do Código de Processo Civil
vigente), ao menos enquanto a matéria constitucional específica não for analisada, no
âmbito do regime de repercussão geral, pelo Supremo Tribunal Federal”.
Diante disso, tendo em vista que o v. acórdão recorrido contrariou a orientação firmada
por esse E. Superior Tribunal de Justiça em precedente repetitivo, versando sobre idêntica
controvérsia, e, portanto, a norma contida no art. 927, III, do CPC, requer, preliminarmente,
seja determinada a devolução dos autos ao Tribunal a quo, para que proceda a um novo
julgamento observando-se a tese firmada por esse E. Superior Tribunal de Justiça (Tema 634),
nos termos do art. 1.040, II, do CPC, verbis:
Art. 1.040. Publicado o acórdão paradigma:
(...)
II - o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de
competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o
acórdão recorrido contrariar a orientação do tribunal superior;
Ademais, ainda que se entenda inaplicável o precedente vinculante deste C. STJ (tema
634) ao presente caso, o que se admite somente por argumentação, de rigor a suspensão do
feito até o final do julgamento do RE 592.616 (tema 118).
Sobre o tema, merece atenção os artigos 489, § 1º, IV a VI, 525, §13, 926, 927, III, § 3º,
1.030, III, do CPC e 27 da Lei nº 9.868/99, que assim dispõem:

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“Art. 489. São elementos essenciais da sentença:


(...)
§1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória,
sentença ou acórdão, que:
(...)
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese,
infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus
fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta
àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela
parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação
do entendimento.

Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário, inicia-se o
prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de penhora ou nova
intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação. (…)
§ 13. No caso do § 12, os efeitos da decisão do Supremo Tribunal Federal poderão ser
modulados no tempo, em atenção à segurança jurídica.

Art. 926 Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e
coerente.

Art. 927 Os juízes e os tribunais observarão:


(...)
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas
repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos
(...)
§ 3º Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal
e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode
haver modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da segurança jurídica.

Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será
intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os autos
serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:
(Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
...
III – sobrestar o recurso que versar sobre controvérsia de caráter repetitivo ainda não
decidida pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça, conforme se
trate de matéria constitucional ou infraconstitucional; (Incluído pela Lei nº 13.256, de 2016)
(Vigência)

Lei nº 9.868/99:
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões
de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal,
por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou
decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento
que venha a ser fixado.”
Da leitura dos artigos supratranscritos, forçoso concluir que a solução mais prudente e
compatível com a coerência e estabilidade que se espera de um sistema de precedentes é,
portanto, o sobrestamento dos processos que versem sobre a controvérsia relativa à exclusão
do valor do ISS da base de cálculo das contribuições ao PIS e COFINS, até a finalização do
julgamento respectivamente do RE 592616.

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Ainda mais considerando que o provimento jurisdicional refere-se a exclusão do ISS da


base de cálculo do PIS e da COFINS, questão que sequer foi julgada ainda.
Cabe ainda destacar o quanto disposto no art. 927 do CPC que determina que “os juízes
e os tribunais observarão: ... III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de
resolução de demandas repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial
repetitivos. ”, isto porque a matéria já foi objeto do julgamento do RECURSO ESPECIAL Nº
1.330.737 – SP, da Relatoria do Ministro OG Fernandes. Verbis:
TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC
E RESOLUÇÃO STJ N. 8/2008. PRESTADOR DE SERVIÇO. PIS E COFINS. INCLUSÃO DO ISSQN
NO CONCEITO DE RECEITA OU FATURAMENTO. POSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO
DOS ARTS. 109 E 110 DO CTN.
Para efeitos de aplicação do disposto no art. 543-C do CPC, e levando em consideração o
entendimento consolidado por esta Corte Superior de Justiça, firma-se compreensão no
sentido de que o valor suportado pelo beneficiário do serviço, nele incluindo a quantia
referente ao ISSQN, compõe o conceito de receita ou faturamento para fins de adequação
à hipótese de incidência do PIS e da COFINS.
A orientação das Turmas que compõem a Primeira Seção deste Tribunal Superior
consolidou-se no sentido de que "o valor do ISSQN integra o conceito de receita bruta, assim
entendida como a totalidade das receitas auferidas com o exercício da atividade econômica,
de modo que não pode ser dedutível da base de cálculo do PIS e da COFINS" (REsp
1.145.611/PR, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 8/9/2010; AgRg no REsp
1.197.712/RJ, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira Turma, DJe 9/6/2011; AgRg nos
EDcl no REsp 1.218.448/RS, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, DJe
24/8/2011; AgRg no AREsp 157.345/SE, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma,
DJe 2/8/2012; AgRg no AREsp 166.149/CE, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma,
julgado em 28/08/2012, DJe 4/9/2012; EDcl no AgRg no REsp 1.233.741/PR, Rel. Ministro
Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 7/3/2013, DJe 18/3/2013; AgRg no AREsp
75.356/SC, Rel. Ministro Sérgio Kukina, Primeira Turma, julgado em 15/10/2013, DJe
21/10/2013).
Nas atividades de prestação de serviço, o conceito de receita e faturamento para fins de
incidência do PIS e da COFINS deve levar em consideração o valor auferido pelo prestador
do serviço, ou seja, valor desembolsado pelo beneficiário da prestação; e não o fato de o
prestador do serviço utilizar parte do valor recebido pela prestação do serviço para pagar o
ISSQN - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza. Isso por uma razão muito simples: o
consumidor (beneficiário do serviço) não é contribuinte do ISSQN.
O fato de constar em nota fiscal informação no sentido de que o valor com o qual arcará o
destinatário do serviço compreende quantia correspondente ao valor do ISSQN não torna o
consumidor contribuinte desse tributo a ponto de se acolher a principal alegação das
recorrentes, qual seja, de que o ISSQN não constituiu receita porque, em tese, diz respeito
apenas a uma importância que não lhe pertence (e sim ao município competente), mas que
transita em sua contabilidade sem representar, entretanto, acréscimo patrimonial.
Admitir essa tese seria o mesmo que considerar o consumidor como sujeito passivo de
direito do tributo (contribuinte de direito) e a sociedade empresária, por sua vez, apenas
uma simples espécie de "substituto tributário", cuja responsabilidade consistiria
unicamente em recolher aos cofres públicos a exação devida por terceiro, no caso o
consumidor. Não é isso que se tem sob o
ponto de vista jurídico, pois o consumidor não é contribuinte (sujeito passivo de direito da
relação jurídico-tributária).
O consumidor acaba suportando o valor do tributo em razão de uma política do sistema
tributário nacional que permite a repercussão do ônus tributário ao beneficiário do serviço,
e não porque aquele (consumidor) figura no polo passivo da relação jurídico-tributária como
sujeito passivo de direito.
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A hipótese dos autos não se confunde com aquela em que se tem a chamada
responsabilidade tributária por substituição, em que determinada entidade, por força de lei,
figura no polo passivo de uma relação jurídico-tributária obrigacional, cuja prestação (o
dever) consiste em reter o tributo devido pelo substituído para, posteriormente, repassar a
quantia correspondente aos cofres públicos. Se fosse essa a hipótese (substituição
tributária), é certo que
a quantia recebida pelo contribuinte do PIS e da COFINS a título de ISSQN não integraria o
conceito de faturamento. No mesmo sentido se o ônus referente ao ISSQN não fosse
transferido ao consumidor do serviço. Nesse caso, não haveria dúvida de que o valor
referente ao ISSQN não corresponderia a receita ou faturamento, já que faticamente
suportado pelo contribuinte de direito, qual seja, o prestador do serviço.
Inexistência, portanto, de ofensa aos arts. 109 e 110 do CTN, na medida em que a
consideração do valor correspondente ao ISSQN na base de cálculo do PIS e da COFINS não
desnatura a definição de receita ou faturamento para fins de incidência de referidas
contribuições.
Recurso especial a que se nega provimento.

Importante destacar ainda, o quanto dispõem os artigos 1.035, 1.036, 1.039 e 1.040 do
CPC:
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso
extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral,
nos termos deste artigo.
(...)
§ 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a
suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos,
que versem sobre a questão e tramitem no território nacional.

Art. 1.036. Sempre que houver multiplicidade de recursos extraordinários ou especiais com
fundamento em idêntica questão de direito, haverá afetação para julgamento de acordo
com as disposições desta Subseção, observado o disposto no Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal e no do Superior Tribunal de Justiça.
§ 1o O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal
selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão
encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins de
afetação, determinando a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes,
individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso.
§ 2o O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente, que exclua da
decisão de sobrestamento e inadmita o recurso especial ou o recurso extraordinário que
tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para
manifestar-se sobre esse requerimento.
§ 3o Da decisão que indeferir este requerimento caberá agravo, nos termos do art. 1.042.
§ 3º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 2º caberá apenas agravo interno.
(Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
§ 4o A escolha feita pelo presidente ou vice-presidente do tribunal de justiça ou do tribunal
regional federal não vinculará o relator no tribunal superior, que poderá selecionar outros
recursos representativos da controvérsia.
§ 5o O relator em tribunal superior também poderá selecionar 2 (dois) ou mais recursos
representativos da controvérsia para julgamento da questão de direito independentemente
da iniciativa do presidente ou do vice-presidente do tribunal de origem.
§ 6o Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham abrangente
argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida.

Art. 1.039. Decididos os recursos afetados, os órgãos colegiados declararão prejudicados


os demais recursos versando sobre idêntica controvérsia ou os decidirão aplicando a tese
firmada.

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Parágrafo único. Negada a existência de repercussão geral no recurso extraordinário


afetado, serão considerados automaticamente inadmitidos os recursos extraordinários cujo
processamento tenha sido sobrestado.

Art. 1.040. Publicado o acórdão paradigma:


I - o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos
especiais ou extraordinários sobrestados na origem, se o acórdão recorrido coincidir com a
orientação do tribunal superior;
II - o órgão que proferiu o acórdão recorrido, na origem, reexaminará o processo de
competência originária, a remessa necessária ou o recurso anteriormente julgado, se o
acórdão recorrido contrariar a orientação do tribunal superior;
III - os processos suspensos em primeiro e segundo graus de jurisdição retomarão o curso
para julgamento e aplicação da tese firmada pelo tribunal superior;
IV - se os recursos versarem sobre questão relativa a prestação de serviço público objeto de
concessão, permissão ou autorização, o resultado do julgamento será comunicado ao órgão,
ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da efetiva aplicação, por parte
dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada.
§ 1o A parte poderá desistir da ação em curso no primeiro grau de jurisdição, antes de
proferida a sentença, se a questão nela discutida for idêntica à resolvida pelo recurso
representativo da controvérsia.
§ 2o Se a desistência ocorrer antes de oferecida contestação, a parte ficará isenta do
pagamento de custas e de honorários de sucumbência.
§ 3o A desistência apresentada nos termos do § 1o independe de consentimento do réu,
ainda que apresentada contestação.
Note-se que os referidos artigos tratam de afetação e julgamento de casos repetitivos
pelo STF, que é o caso, a possibilidade de sobrestamento dos feitos que foram afetados até
que o recurso afetado seja decidido.
Em primeiro lugar, a União entende que o sobrestamento dos processos deve ser feito
em qualquer grau de jurisdição, e não somente no julgamento de recurso especial e
extraordinário. E mais, se assim entende a Vice-Presidência do TRF3, a União desde já solicita
o sobrestamento do feito.
Em segundo lugar, a União entende por “decidido”, que consta no caput do art. 1.039
do CPC, aquele caso que foi definitivamente julgado. Assim, não se pode considerar como
decidido um caso que esteja afetado a regime de repercussão geral e que ainda pende decisão,
como no caso do ISS!
Cumpre recordar que o art. 1.040 é oriundo da redação original do CPC, isto é, anterior
à Lei nº 13.256/2016 que restaurou a sistemática vigente sob a égide do CPC/1973 e que acaba
por obstar (ressalvado o cabimento de reclamação com fundamento no inciso II do § 5º do art.
988) o acesso ao STF/STJ quando aplicada tese firmada no julgamento de recursos
repetitivos/repercussão geral.
Assim é que o art. 1.040 do CPC, ao estabelecer a mera publicação do acórdão
paradigma como marco a partir do qual se encerra o período de sobrestamento, pressupôs a
possibilidade de acesso aos Tribunais superiores pela via recursal.

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Considerando, todavia, as modificações empreendidas pela Lei nº 13.256/2016, tem- se


que, com vistas a bem delimitar o alcance da matéria decidida e a uniforme replicação da tese
(bem como considerando as especificidades do tema em apreço), a escorreita aplicação da
tese firmada, nos termos do art. 1.040 do CPC pressupõe, no mínimo: o conhecimento do
inteiro teor do julgado; a expressa ciência dos fundamentos determinantes desse mesmo
julgado; a definitividade do julgado paradigma.
Simplesmente não há como se determinar a exclusão do ISS da base de cálculo do PIS e
da COFINS sem sequer identificar de qual tributo se está a falar. Não há sentido em iniciar
milhares liquidações de sentença sem que se tenha um critério uniforme para concretizar a
tese firmada. As sistemáticas de recursos repetitivos/repercussão geral foram criadas para dar
tratamento adequado à litigiosidade de massa, para concretizar o acesso à justiça e a solução
integral de mérito em tempo razoável, para assegurar uniformidade de tratamento aos
jurisdicionados. Com a devida vênia, tais sistemáticas não foram criadas para estimular a
insegurança jurídica, mas sim para combatê-la. São ferramentas destinadas a solucionar
controvérsias de massa, e não produzir novas controvérsias.
Igualmente, a razoabilidade recomenda não permitir que processos transitem em
julgado enquanto não apreciado o pleito de modulação de efeitos, sob pena de correr o risco
de, a depender do resultado final, gerar uma enxurrada de ações rescisórias, com excessivo
dispêndio de tempo e de recursos humanos e materiais por parte da Fazenda Nacional e do
Poder Judiciário, prejudicando, em última análise, até mesmo os próprios contribuintes
supostamente beneficiários das decisões judiciais.
É obviamente louvável a proficiência desses nobres julgadores em aplicar a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Cumpre atentar, no entanto, à organicidade do
Código de Processo Civil: uma preocupação reiterada com a segurança jurídica e com a
racionalidade do sistema de precedentes, em especial aqueles formados no âmbito dos
Tribunais Superiores.
Assim, é necessário e essencial o sobrestamento do presente processo até o
julgamento definitivo do RE 592.616.
Portanto, no caso dos autos, ou se julgava conforme o RESP 1.330.737/SP (Tema
634/STJ) ou se determinava o sobrestamento do feito, tendo em vista o reconhecimento da
existência de repercussão geral da questão discutida nos autos (Tema nº 118), sendo
descabido, no entender da União, com base em acórdão referente a tema diverso, que tratou
apenas do ICMS (RE 574.706/PR), julgar-se também indevido o ISS na base de cálculo das
contribuições ao PIS e à COFINS.
Diante disso, tendo em vista que o v. acórdão recorrido contrariou a orientação firmada
por esse E. Superior Tribunal de Justiça em precedente repetitivo, versando sobre idêntica
controvérsia, e, portanto, a norma contida no art. 927, III, do CPC, requer, preliminarmente,
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Divisão de Defesa em 2ª Instância – DIDE2

seja determinada a devolução dos autos ao Tribunal a quo, para que, nos termos do art. 1.040,
II, do CPC, proceda a um novo julgamento observando-se a tese firmada por esse E. Superior
Tribunal de Justiça (Tema 634) ou, então, determine a suspensão do processo até o
julgamento final do RE 592.616 (Tema 118) pelo E. STF, viabilizando a regular aplicação dos
artigos 489, § 1º, IV a VI, 926, 927, III, § 3º, 1.039, 1.040, II, III, do CPC e 27 da Lei nº 9.868/99.

III.iii. Do ISS na base de cálculo da COFINS e do PIS – ofensa aos arts. 109 e 110 do CTN, 3º da LC 7/70,
2º da LC 70/91, arts. 12, § 1º, III, § 5º, do DL 1.598/77, 3º da Lei 9.718/98, 1º da Lei nº 10.637/02,
1º da Lei nº 10.833/03
Caso não provido o presente recurso em razão da ofensa ao art. 927, III, do CPC, o v.
acórdão acordo recorrido deve ser reformado por ter incorrido em ofensa aos artigos 109 e
110 do CTN, aos artigos 3º da LC 7/70 e 2º da LC 70/91, e aos artigos 3º da Lei nº 9.718/98, 1º
da Lei nº 10.637/02 e 1º da Lei nº 10.833/03 (antes e depois da redação dada pela Lei nº Lei
12.973/2014).
Como exposto, o v. acórdão recorrido entendeu aplicável à presente hipótese o
raciocínio do E. STF externado no RE 574.706/PR, considerando que o ISS, assim como como
o ICMS, não representa faturamento ou receita para fins da incidência do PIS e da COFINS, na
medida em que a parcela correspondente ao imposto não integrará o patrimônio do
contribuinte, mas será repassada aos cofres públicos.
Cabe ressaltar, inicialmente, que a ratio decidendi aplicada no julgamento do RE
574.706/PR não se enquadra à moldura legal do ISSQN.
No referido julgamento (RE 574.706/PR), o E. STF considerou o regime de não-
cumulatividade que deriva do exame do art. 155, §2º, inciso I, da CF, partindo da análise acerca
da natureza jurídica do imposto estadual quando do ingresso na contabilidade empresarial.

De acordo com o precedente firmado no RE-RG 574.706/PR o iter do montante do ICMS


representaria mera passagem transitória pela contabilidade da empresa. Tal transitoriedade
foi o qualificativo empregado em razão deste montante ter sido arrecadado com finalidade
predeterminada de repasse à unidade federativa. A definitividade, em contraposição, estaria
associada à incorporação do valor ao patrimônio da empresa, no que somente neste caso
apresentaria caráter de receita. Foi a orientação que prevaleceu no precedente do ICMS.
O eminente Ministro Ricardo Lewandovski, quando do voto naquele precedente afeto à
exclusão do ICMS, discorreu precisamente sobre este ponto:
“(...)
Eu queria dizer que entendo, com a devida vênia, que não se pode considerar como
ingresso tributável uma verba que é recebida pelo contribuinte apenas com o propósito de
pronto repasse a terceiro, ou seja, ao Estado. E está-se diante de um fenômeno que o
grande, eminente tributarista Roque Carrazza denomina de "mero trânsito contábil". É um
simples trânsito contábil, não ingressa no patrimônio da empresa, do contribuinte.
17

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Não me impressiona, com o devido acatamento, o argumento que foi manejado aqui hoje
nesta Sessão de que o contribuinte teria uma disponibilidade momentânea, transitória, do
valor a ser repassado pelo Estado, inclusive passível de aplicação no mercado financeiro. É
que essa verba correspondente ao ICM é do Estado, sempre será do Estado e terá que um
dia ser devolvida ao Estado; não ingressa jamais, insisto, no patrimônio do contribuinte.
(...)”
Veja-se que o pressuposto para que se possa qualificar (ou não) como receita é a
condição jurídica de que este numerário (preço) seja antes um ingresso. No caso do montante
do ICMS, um ingresso juridicamente qualificado apenas como temporário pelo precedente do
Tema 69.
Ocorre que a apuração do valor do imposto municipal se dá de forma distinta do ICMS.
O ISS não se submete ao princípio da não cumulatividade e o art. 7º da LC nº 116/2003, que
rege nacionalmente o ISS, não prevê a inclusão do seu montante na própria base. Desse modo,
percebe-se que, no regime tributário do ISS, não há qualquer previsão de obrigação jurídica
de repasse do valor correspondente na fatura de serviço, seja integrando o preço (caso do
ICMS), ou mesmo por fora (caso do IPI).
Acerca da inexistência de obrigação de repasse do imposto municipal importa atentar,
em reforço, para a lição do Professor Francisco Pinto Rabello Filho1:
“(...)
Este [ISSQN] tributo, induvidosamente, não se inclui entre aqueles (IPI e ICMS) que por sua
própria natureza jurídica comportam a transferência do respectivo encargo financeiro, na
medida em que a lei não determina que o ônus financeiro dessa exação (ISS) seja
transferido a terceiro.
(...)” (Grifo nosso)
E, pela ausência de qualquer obrigação jurídica do repasse do valor do ISS no preço do
serviço, o respectivo montante financeiro não é arrecadado com o pagamento do preço do
serviço por seu consumidor, de modo que o preço do serviço obtido integralmente é receita.
Dito de outro modo, o ISS equivale a uma despesa tributária, como a do IRPJ, CSLL, PIS, COFINS,
IPTU, não havendo autorização legal para que seja deduzido da base de cálculo das
contribuições ao PIS/COFINS.
Não há como se aplicar, portanto, a ratio decidendi do Tema 69, relativamente à exclusão
do ICMS da base de cálculo das contribuições sociais. Neste caso, entendeu a Suprema Corte
por um ingresso temporário do montante do ICMS, que antes havia sido repassado ao
adquirente do produto por força de dever jurídico. No caso do ISSQN, a transferência do ônus
tributário, sem qualquer imposição legal, não terá o efeito da repercussão jurídica, mas
implicará a majoração do preço do serviço, ampliando a receita do próprio contribuinte

1
RABELLO FILHO, Francisco Pinto. Consideração do ISS como imposto para efeito de repetição do indébito tributário: breve
revisitação do tema. Revista Tributaria e de Finanças Públicas, São Paulo: RT, v. 55, p. 145-157, 2004.
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quando do seu recebimento. Afirma-se, outrossim, que o montante do imposto municipal não
se consubstancia em parcela dedutível do preço, porquanto não houve a pressuposição de que
tenha sido nele repassado por dever jurídico. De modo que o preço – aqui juridicamente
considerado – será incorporado ao patrimônio do prestador de serviço em sua totalidade.
Assim, não sendo possível aplicar-se, na presente hipótese, o raciocínio do E. STF
externado no RE 574.706/PR, deve a lide ser solucionada conforme a orientação desse E. STJ,
firmada sob o regime dos recursos repetitivos (REsp. 1.330.737/SP – Tema 634/STJ).
Dessa forma, o v. acórdão recorrido, ao determinar a exclusão dos valores
correspondentes ao ISS da base de cálculo das contribuições ao PIS e à COFINS, entendendo
que tais valores não integrariam o conceito de faturamento/receita para fins de incidência do
PIS e da COFINS, ofendeu os arts. 109 e 110 do CTN, eis que já consagrada a tese de que “a
consideração do valor correspondente ao ISSQN na base de cálculo do PIS e da COFINS não
desnatura a definição de receita ou faturamento para fins de incidência de referidas
contribuições”.
Ofendeu, também, os artigos 3º da LC 7/70, 2º da LC 70/91, 3º da Lei nº 9.718/98, 1º da
Lei nº 10.637/02, 1º da Lei nº 10.833/03, que estabelecem a incidência do PIS e da COFINS
sobre o faturamento, assim considerado o produto das vendas de mercadorias, de
mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza, ou sobre a receita, na qual se
incluem tanto o preço das mercadorias e da prestação de serviços quanto outras receitas
auferidas pelos contribuintes, não permitindo tais normas a dedução do ISS da base de cálculo
das referidas contribuições.
Com efeito, a contribuição para o PIS surgiu com a LC 7/70, incidindo sobre o
faturamento da empresa com base no art. 3º, b, da lei em questão, que não excluía da base
de cálculo qualquer valor referente ao pagamento de tributos indiretos – ICMS, IPI ou ISS.
Já a COFINS surgiu com a LC 70/91, a qual, em seu art. 2º, parágrafo único, “a”, excluiu
expressamente o IPI do conjunto formado pelo faturamento. É ler:
Art. 2° A contribuição de que trata o artigo anterior será de dois por cento e incidirá sobre
o faturamento mensal, assim considerado a receita bruta das vendas de mercadorias, de
mercadorias e serviços e de serviço de qualquer natureza.
Parágrafo único. Não integra a receita de que trata este artigo, para efeito de determinação
da base de cálculo da contribuição, o valor:
do imposto sobre produtos industrializados, quando destacado em separado no documento
fiscal;
das vendas canceladas, das devolvidas e dos descontos a qualquer título concedidos
incondicionalmente. (g.n.)
Note-se, a partir de raciocínio a contrário sensu, se o legislador precisou excluir o IPI
(tributo indireto), quando destacado em nota fiscal, da base de cálculo da COFINS, é porque
estaria ele naturalmente incluído por força do caput. Só há exceção se há regra. Assim, como

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o ICMS e o ISS não foram excepcionados, legitimou-se o entendimento de que estavam eles
compreendidos pela base imponível da contribuição sobre o faturamento.
A inclusão do valor referente ao ISS na base de cálculo da COFINS e do PIS/PASEP passou
a ter supedâneo legal na norma também dessumida a contrário sensu do art. 3º, §2º, I, da Lei
9.718/98, verbis:
Art. 3º O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita bruta da pessoa
jurídica.
§1º Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica,
sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada
para as receitas.
§ 2º Para fins de determinação da base de cálculo das contribuições a que se refere o art.
2º, excluem-se da receita bruta:
I - as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o Imposto sobre Produtos
Industrializados - IPI e o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação - ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na
condição de substituto tributário;
Com a declaração de inconstitucionalidade do parágrafo primeiro do artigo 3º da Lei
9.718/98, reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento dos RREE 357.950/RS e
346.084/PR, foram editadas as Leis 10.637/02 e 10.833/03, tratando, respectivamente, das
bases de cálculo do PIS e da COFINS.
As leis em questão, tal qual esposado, passaram a refletir o fato gerador das exações
preconizado no art. 195, I "b" da Lei Maior, nesse momento já alterado pela Emenda
Constitucional nº 20/98:
Com efeito, as Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, em seus respectivos artigos 1º,
repetiram a norma contida no art. 3º, § 1º, da Lei 9.718/98 e fixaram como base de cálculo do
PIS e da COFINS “o total das receitas auferidas pelas pessoas jurídicas”, abarcando receitas
outras que “a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviço
de qualquer natureza”.
Atualmente, os diplomas legais mencionados foram modificados pela Lei nº
12.973/2014, permanecendo a base de cálculo do PIS e da COFINS compreendendo a
totalidade da receita auferida pela pessoa jurídica. O único destaque é que as leis remetem ao
art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598/77 para dali buscar o conceito de receita bruta, mas sem deixar
de consignar que todas as demais receitas auferidas compõem a base de cálculo do
PIS/COFINS. Confira-se:
Lei nº 10.637/2002
Art. 1º A Contribuição para o PIS/Pasep, com a incidência não cumulativa, incide sobre o
total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, independentemente de sua
denominação ou classificação contábil. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014)
§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a receita bruta de
que trata o art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, e todas as demais
receitas auferidas pela pessoa jurídica com os respectivos valores decorrentes do ajuste a

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valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei no 6.404, de 15 de
dezembro de 1976. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014).
(...)”

Lei nº 10.833/2003
Art. 1º A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, com a incidência
não cumulativa, incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica,
independentemente de sua denominação ou classificação contábil. (Redação dada pela Lei
nº 12.973, de 2014)
§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a receita bruta de
que trata o art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, e todas as demais
receitas auferidas pela pessoa jurídica com os seus respectivos valores decorrentes do ajuste
a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014).
(...)”
Igual alteração ocorreu no regime cumulativo do PIS/COFINS, previsto no art. 3º da Lei
nº 9.718/1998:
Art. 3o O faturamento a que se refere o art. 2o compreende a receita bruta de que trata o
art. 12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977. (Redação dada pela Lei nº
12.973, de 2014) (Vigência)
§ 1º (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)
§ 2º Para fins de determinação da base de cálculo das contribuições a que se refere o art.
2º, excluem-se da receita bruta:
I - as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos; (...)
Pela sucessão legislativa, percebe-se ter a base de cálculo do PIS/COFINS evoluído,
inicialmente, do faturamento, assim entendido como o produto da exploração do objeto social
(receita operacional), para a receita, na qual se incluem tanto o preço das mercadorias e da
prestação de serviços quanto outras receitas auferidas pelos contribuintes, não havendo
previsão de exclusão dos encargos tributários (a exemplo das parcelas do ISS) da base de
cálculo do PIS e da COFINS.
Cumpre rememorar a redação do art. 12 do Decreto-Lei 1.598/772, quando da definição
de receita:
Art. 12 - A receita bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens nas
operações de conta própria e o preço dos serviços prestados.
§ 1º - A receita líquida de vendas e serviços será a receita bruta diminuída das vendas
canceladas, dos descontos concedidos incondicionalmente e dos impostos incidentes sobre
vendas.
(...).
Portanto, o preço do serviço é a receita bruta, não constituindo o ISSQN como parcela
dedutível.

2
Antes das alterações promovidas pela Lei 12.973/2014.
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Na nova redação dada ao artigo 12 do Decreto-Lei 1.598/77, pela Lei 12.973/2014,


consta expressamente que “na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes”:
Art. 12. A receita bruta compreende:
I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;
II - o preço da prestação de serviços em geral;
- o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
- as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos
incisos I a III.
§ 1o A receita líquida será a receita bruta diminuída de:
I - devoluções e vendas canceladas;
II - descontos concedidos incondicionalmente;
III - tributos sobre ela incidentes; e
IV - valores decorrentes do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art.
183 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações vinculadas à receita bruta.
(...)
§ 4o Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente,
do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na
condição de mero depositário.
§ 5o Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do
ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15
de dezembro de 1976, das operações previstas no caput, observado o disposto no § 4o. (g.n.)
Assim, em consonância com a legislação tributária, tanto antes da vigência da Lei nº
12.973/14, quanto atualmente, não se cogita de exclusão dos tributos pagos do conceito de
receita bruta, ao menos como regra, limitando-se a exclusão à excepcional hipótese em que o
tributo não cumulativo seja cobrado de forma destacado, vale dizer, que na nota fiscal de
venda a parcela referente ao imposto não integre o valor da mercadoria ou do serviço (v.g. o
IPI - caso em que o vendedor figura como verdadeiro depositário - e o ICMS - quando cobrado
pelo vendedor na condição de substituto tributário).
No julgamento do RExt. 574.706/PR, o E. STF agregou às exceções acima mencionadas o
ICMS, considerando-o como ingresso temporário, tendo em vista que, embora o montante do
ICMS integre o preço da mercadoria (por determinação legal), este específico valor não
poderia ser qualificado como receita, posto que arrecadado pelo instrumento do repasse
jurídico e destinado ao pagamento de despesa ao Erário Estadual.
No caso do ISSQN, entretanto, como já exposto, não há imposição de obrigação jurídica
de repasse deste montante ao preço do serviço, como acontece com os tributos indiretos
típicos (ICMS e IPI). Quando o prestador de serviço transfere o montante do ISSQN no preço
(“cálculo por dentro”), o repasse é meramente econômico, de modo que a arrecadação deste
preço, no aspecto jurídico, é integralmente receita.
Considerando-se que a base de cálculo para fins de incidência do PIS e da COFINS é o
faturamento (produto das vendas de mercadorias ou prestação de serviços) ou receita (total
das receitas auferidas pelas pessoas jurídicas), excluídas somente as parcelas expressamente
previstas na legislação pertinente, não constando dentre elas o imposto municipal, é certo que

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a parcela relativa ao ISS embutida no preço do serviço compõe a base de cálculo das aludidas
contribuições.
Não cabe ampliar o rol de exclusões do faturamento por meio de exegese que não
encontra amparo nas normas gerais de direito tributário (artigo 109 do Código Tributário
Nacional – CTN).
Admitir a exclusão do ISSQN da base de cálculo do PIS/COFINS ocasionaria um
esvaziamento no mandamento constitucional, que determina que as referidas contribuições
incidam sobre o faturamento ou sobre a receita (totalidade das receitas auferidas), em vez
de ser sobre a receita líquida.
No conceito de receita bruta não está somente a receita líquida, mas todos os custos
que compõem o valor da operação que gerou a receita contabilizada por um dado
contribuinte. Nestes custos encontram-se o valor dos salários pagos, despesas com o FGTS, o
valor pago a título de energia elétrica, despesas com segurança, propaganda, planejamento,
custo da matéria-prima, etc., e, inclusive, os tributos pagos pelo contribuinte e que oneram o
valor do produto ou do serviço, eis que repassados ao consumidor no preço, tais como todos
os outros custos citados anteriormente. Entre esses tributos têm-se as mais diversas taxas,
impostos e contribuições, que são repassados para o preço final do serviço, e cuja receita é
justamente o fato econômico definido pelo legislador como a base de cálculo da COFINS e do
PIS.
O que se pretende demonstrar é que pouco importa qual a natureza do custo que
compôs o valor do serviço prestado. Todos os custos comporão esse valor, e esse valor é
justamente aquele que deve ser considerado como a base de cálculo da COFINS e do PIS.
Não se justifica o argumento de que o ISS é recolhido aos cofres públicos municipais, não
ficando com o contribuinte. Com efeito, ressalvadas situações específicas, à exceção do lucro,
também os demais elementos componentes do custo (empregados, companhia de energia
elétrica, FGTS, fornecedores, empresas contratadas para a prestação de serviços, entes
estatais) não ficam com o contribuinte e são recolhidos a terceiros, por força de obrigações
legais ou volitivas (mas ainda assim obrigações), tanto quanto o ISS.
Pergunta-se: o fato de o ISS ser recolhido para um município, enquanto grande parte dos
demais custos são recolhidos para pessoas jurídicas de direito privado ou pessoas físicas,
desnatura a sua condição de custo que compõe o valor da prestação do serviço, a ponto de
excluí-lo da receita bruta? A Fazenda Nacional não consegue encontrar um único argumento
sólido a embasar esse argumento.
Da mesma forma, para se ficar somente nos custos resultantes dos tributos, os quais são
recolhidos ao respectivo ente tributante e repassados ao preço do produto vendido ou do
serviço prestado, qual o motivo de se pretender somente a exclusão do ISS da base de cálculo
da COFINS e do PIS? O que o diferencia dos demais tributos (IPTU, IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, ...)
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a justificar a sua exclusão como custo contido no preço e que se converterá em receita? Aqui
novamente não se encontra nenhuma resposta sólida a essas indagações.
Conforme o entendimento manifestado no Recurso Especial Repetitivo nº 1330737/SP
(STJ, 1ª Seção, Rel. Ministro OG FERNANDES, DJe 14/04/2016), para fins de definição do
conceito de receita ou faturamento, “deve-se levar em conta o valor auferido pelo prestador
de serviço, ou seja, o valor desembolsado pelo beneficiário da prestação; e não o fato de o
prestador do serviço utilizar parte do valor recebido pela prestação do serviço para pagar o
ISS”, porquanto “o consumidor (beneficiário do serviço) não é contribuinte do ISSQN”.
Ainda, como assentado no referido julgamento, “O fato de constar em nota fiscal
informação no sentido de que o valor com o qual arcará o destinatário do serviço
compreende quantia correspondente ao valor do ISSQN não torna o consumidor contribuinte
desse tributo a ponto de se acolher a principal alegação das recorrentes, qual seja, de que o
ISSQN não constituiu receita porque, em tese, diz respeito apenas a uma importância que não
lhe pertence (e sim ao município competente), mas que transita em sua contabilidade sem
representar, entretanto, acréscimo patrimonial”. (g.n.)
Com efeito, o simples fato de a empresa utilizar parte do montante auferido pelo
exercício de sua atividade social para o pagamento de despesas, tal como a do ISS, que
configuraria receita do Município, não altera a condição dessa parcela de valor integrante do
faturamento. A medida não transforma o consumidor (beneficiário do serviço) em
contribuinte, nem o prestador de serviços em mero agente arrecadador.
A bem da verdade, o que pretende o contribuinte é excluir o encargo tributário (ou
custo) do conceito de receita bruta, restando evidente que, senão criando benefício fiscal não
previsto em lei, o pleito objetiva tomar a receita líquida como se bruta fosse, alterando
conceito privado na seara tributária, o que é vedado pelo artigo 110 do Código Tributário
Nacional.
Acrescente-se que a definição da base de cálculo das exações em referência incumbe à
lei, que, conforme demonstrado, não autoriza que os contribuintes excluam da base imponível
das contribuições ao PIS e à COFINS os valores de ISSQN. Se fosse o desejo do legislador excluir
o valor correspondente ao ISS da base de cálculo das contribuições em comento, a lei teria
dito isso expressamente, por força do princípio da legalidade (art. 97 do CTN).
Posto isto, mostra-se plenamente cabível o presente Recurso Especial, tendo em vista
que o v. acórdão, ao entender que os valores correspondentes ao ISS não podem compor a
base de cálculo do PIS e da COFINS, contrariou os artigos 12, § 1º, III, e §5º, do Decreto-Lei
1.598/77, 3º da Lei nº 9.718/98, 1º da Lei nº 10.637/02 e 1º da Lei nº 10.833/03, merecendo,
assim, ser reformado.

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IV. DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, presentes os requisitos previstos no art. 105, III, “a”, da Lei
Suprema, respeitosamente vem a União (Fazenda Nacional) requerer a admissão e provimento
do presente recurso, para que:
 Preliminarmente, seja determinado o sobrestamento do processo até o final
julgamento do RE 592.616 RG/RS;

 Seja anulado o v. acórdão proferido em sede de embargos de declaração, por


ofensa ao art. 1.022, II, do CPC, determinando-se o retorno dos autos para que
o E. Tribunal de origem profira novo acórdão;
 Seja o v. acórdão reformado, reconhecendo-se a impossibilidade de excluir o ISS
da base de cálculo do PIS e da COFINS, nos termos das razões expostas no
presente recurso.

Termos em que,
Pede deferimento.

São Paulo, data do protocolo.

Daniela Reiko Yoshida Shimizu


Procuradora da Fazenda Nacional

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PROCURADORIA-REGIONAL DA FAZENDA NACIONAL DA 3ª REGIÃO
DIVISÃO DE DEFESA EM 2ª INSTÂNCIA – DIDE2

RECURSO
EXTRAORDINÁRIO DA
FAZENDA NACIONAL
Sumário
I. DO ACÓRDÃO RECORRIDO .................................................................................. 2
II. DO CABIMENTO DO RECURSO ............................................................................ 2
III. DA REPERCUSSÃO GERAL (ART. 1.035 DO CPC) ................................................... 3
IV. DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO .......... 3
V. DO MÉRITO ......................................................................................................... 4
V.i. Do ISS na base de cálculo do PIS e da COFINS – do Tema 118 do STF (RE n° 592.616) ..... 4
V.ii. Da contrariedade à Constituição Federal: artigos 195, I, b, 150, I e 145, §1º, da CF/88 ... 6
V.iii. Síntese e análise dos votos proferidos no julgamento do RE 574.706/PR........................ 7
V.iv. Do distinguishing quanto à inclusão do ISS na base de cálculo do PIS/COFINS ................ 8
V.v. Dos fundamentos para a inclusão do ISS no conceito de faturamento ou receita ........... 9
VI. DO PEDIDO ........................................................................................................ 15

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Procuradoria-Regional da Fazenda Nacional na 3ª Região
Divisão de Defesa em 2ª Instância – DIDE2

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A) FEDERAL VICE-PRESIDENTE DO


EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA TERCEIRA REGIÃO

Proc. nº: 5024628-78.2020.4.03.6100

A União (Fazenda Nacional), representada pela Procuradoria da Fazenda Nacional (artigo


12, inciso V, da Lei Complementar n.º 73/93), por intermédio da Procuradora que esta
subscreve, nos autos do processo em epígrafe, vem respeitosamente à presença de a Vossa
Excelência, com fundamento no art. 102, III, da Constituição Federal e no art. 1.029 e
seguintes do Código de Processo Civil em vigor (Lei nº 13.105/2015), apresentar RECURSO
EXTRAORDINÁRIO pelas razões de fato e direito que seguem em anexo, requerendo seu
recebimento e regular processamento, bem como sua remessa ao Excelso Supremo Tribunal
Federal.

Termos em que,
Pede deferimento.

São Paulo, data do protocolo.

Daniela Reiko Yoshida Shimizu


Procuradora da Fazenda Nacional

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EXCELSO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

PELA UNIÃO (FAZENDA NACIONAL)

EMÉRITOS MINISTROS.

RAZÕES DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO

I. DO ACÓRDÃO RECORRIDO
Trata-se de acórdão da Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região que, em resumo,
reconheceu ser indevida a inclusão dos valores correspondentes ao ISS da base de cálculo do
PIS e da COFINS.
O acórdão considerou que o ISS não se amolda ao conceito de faturamento, conforme
interpretação do art. 195, I, da Constituição Federal. Considerou, ainda, que a matéria atinente
à inclusão do ISS na base de cálculo da COFINS e do PIS já foi pacificada pelo Supremo Tribunal
Federal no julgamento do RE nº 574.706/PR, no qual foi apreciado o tema 69 da repercussão
geral, tendo sido fixada a seguinte tese: "O ICMS não compõe a base de cálculo para a
incidência do PIS e da COFINS".
Observe-se que o referido julgado rechaçou o fato de que a discussão referente ao ISS
na base de cálculo do PIS/COFINS está sendo debatida no RE 592.616 – Tema 118 do STF. A
matéria aqui aduzida consta expressamente do v. acórdão recorrido.
Interpõe-se o presente recurso diante da violação expressa aos artigos 195, I, b, 150, I e
145, §1º, da Constituição Federal.

II. DO CABIMENTO DO RECURSO


O decisum ora atacado permite a interposição do presente recurso, com fundamento
constitucional no art. 102, III, letra “a”, por ofensa aos artigos 195, I, b, 150, I e 145, §1º, da
Constituição Federal.
O dispositivo constitucional mencionado que trata do Recurso Extraordinário é a seguir
reproduzido:
“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,
cabendo-lhe:
...
III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última
instância, quando a decisão recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição; ”

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III. DA REPERCUSSÃO GERAL (ART. 1.035 DO CPC)

O art. 1.035 do Código de Processo Civil determina que o Supremo Tribunal Federal não
conhecerá do Recurso Extraordinário, quando a questão constitucional nele versada não
oferecer repercussão geral.
Será considerada, para efeito da repercussão geral, a existência, ou não, de questões
relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico, que ultrapassem os
interesses subjetivos da causa, sendo que haverá repercussão geral sempre que o recurso
impugnar decisão contrária à súmula ou jurisprudência dominante do Tribunal (§§ 1º e 3º do
art. 1.035 do CPC).
Nesta esteira, depreende-se que haverá repercussão geral quando “o tema discutido no
recurso tiver uma relevância que transcende aquele caso concreto, revestindo-se de interesse
geral, institucional, semelhantemente ao que já ocorria, no passado, quando vigorava no
sistema processual brasileiro, o instituto da arguição de relevância”. (LUIZ RODRIGUES
WAMBIER, TEREZA ARRUDA ALVIM WAMBIER, JOSÉ MIGUEL GARCIA MEDINA. Breves
Comentários à Nova Sistemática Processual Civil: emenda constitucional n. 45/2004 (reforma
do judiciário); Lei 10.444/2002; Lei 10.358/2001 e Lei 10.352/2001. São Paulo – RT, 3ª ed. ver.,
atual. e ampl., 2005, p. 97.
Colacionando as considerações de Cândido Rangel Dinamarco, observa-se a finalidade
da repercussão geral:
“... mirando o exemplo da Corte Suprema norte-americana, quer agora a Constituição que a
nossa Corte só se ocupe de casos de interesse geral, cuja decisão não se confine à esfera de
direitos exclusivamente dos litigantes e possa ser útil a grupos inteiros ou a uma grande
quantidade de pessoas. Daí falar em repercussão geral – e não porque toda decisão que vier
a ser tomada em recurso extraordinário vincule todos, com eficácia ou autoridade erga
omnes, mas porque certamente exercerá influência em julgamentos futuros e poderá até
abrir caminho para a edição de uma súmula vinculante.” (O processo civil na reforma
constitucional do Poder Judiciário. Revista Jurídica.)
No caso concreto, trata-se de relação jurídica entre o contribuinte e o Fisco Federal, que
envolve a discussão de aplicação de norma tributária atinente à inclusão do ISS na base de
cálculo da COFINS e do PIS, que envolve um número expressivo de contribuintes.
Ressalte-se, ainda, que a discussão atinente a inclusão do ISS na base de cálculo do
PIS/COFINS, teve sua repercussão geral reconhecida (RE 592.616 – Tema 118 do STF), vejamos:
EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. ISS. INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO
AO PIS E DA COFINS. CONCEITO DE FATURAMENTO. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.
(RE 592616 RG, Relator(a): Min. MENEZES DIREITO, julgado em 09/10/2008, DJe-202
DIVULG 23-10-2008 PUBLIC 24-10-2008 EMENT VOL-02338-11 PP-02120 )
Assim, plenamente evidenciada a repercussão geral da discussão ora tratada.

IV. DO PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

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A teor do art. 102, inciso III, alínea “a”, da Carta Magna, cabe Recurso
Extraordinário contra decisão judicial proferida em única ou última instância, que contrariar
seus dispositivos.
Na espécie, a decisão de que ora se recorre é de última instância, e, de fato, viola
preceitos constitucionais.
Ademais, é orientação dessa Egrégia Suprema Corte que também se configura ofensa
à norma constitucional, quando o acórdão recorrido:
- “aplicar o preceito (constitucional) onde não cabe é desaplicá-lo, na essência,
equivalente à negativa de vigência” (RE nº 94.881-PR, Relator Exmº Ministro RAFAEL
MAYER, RTJ 100/448); e que

- “tanto vulnera a lei o provimento judicial que implica exclusão do campo de aplicação
de hipótese contemplada, como o que inclui exigência que se lhe mostra estranha” (RE nº
128.519-DF, Pleno, Relator Exmº Ministro MARCO AURÉLIO, DJ de 8.3.91).
Por fim, os dispositivos constitucionais aqui suscitados foram objeto do devido
prequestionamento, estando cumprida, assim, a exigência das Súmulas 282 e 356, do STF,
sendo oportuna a decisão do STF, Relator o Min. FRANCISCO REZEK, quando do julgamento do
Agravo Regimental nº 147.343-7, publicado no DJU/1, nº 68 de 7/04/95, p. 8880, de que “a
satisfação do requisito do prequestionamento não está na referência expressa do dispositivo
constitucional, mas na produção, pelo acórdão recorrido, de uma tese explícita sobre a matéria
objeto da norma que se tem por afrontada”.

V. DO MÉRITO
V.i. Do ISS na base de cálculo do PIS e da COFINS – do Tema 118 do STF (RE n° 592.616)
Não se desconhece que o Tema 69 foi julgado em Repercussão Geral pelo Supremo
Tribunal Federal no RE n° 574.706/PR, no entanto, TAL JULGAMENTO NÃO ABRANGEU O ISS.
No tocante ao ISS na base de cálculo do PIS e da COFINS, a questão é objeto do RE n°
592.616 (tema 118), que já teve sua repercussão geral reconhecida, razão pela qual impõe-
se a suspensão do presente feito até o julgamento final da demanda.
Observe-se, por oportuno, como tem decidido o Vice-Presidente do Tribunal Regional
Federal da 3ª Região quando da análise da admissibilidade dos recursos excepcionais (Especial
e Extraordinário):
PROC. 2010.61.00.001103-0 - ApelRemNec 1965052
D.J. 11/10/2019
APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA
Nº 0001103-07.2010.4.03.6100/SP
2010.61.00.001103-0/SP
APELANTE: Uniao Federal (FAZENDA NACIONAL)
ADVOGADO: SP000004 RAQUEL VIEIRA MENDES E LÍGIA SCAFF VIANNA
APELADO(A): CITYGRAFICA ARTES GRAFICAS E EDITORA LTDA
ADVOGADO: SP192291 PERISSON LOPES DE ANDRADE e outro(a)
REMETENTE: JUIZO FEDERAL DA 13 VARA SAO PAULO Sec Jud SP

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No. ORIG: 00011030720104036100 13 Vr SAO PAULO/SP

“DECISÃO
Cuida-se de Recurso Extraordinário interposto pela UNIÃO, com fundamento no art. 102, III,
da Constituição Federal, contra acórdão prolatado por órgão fracionário deste E. Tribunal
Regional Federal.
Verifica-se que o presente feito envolve matéria idêntica àquela em discussão no RE n.º
592.616, vinculado ao tema n.º 118 de Repercussão Geral, no qual se discute "Inclusão do
ISS na base de cálculo do PIS e da COFINS", e ainda pendente de julgamento.
Importa anotar, por oportuno, que o prosseguimento do feito em relação a eventuais outros
recursos excepcionais interpostos é incompatível com a sistemática do microssistema
processual de precedente obrigatório em que a unicidade processual deve ser respeitada,
não podendo o juízo de admissibilidade ser realizado em etapas ou de forma fracionada,
razão pela qual, havendo recurso a autorizar a suspensão da admissibilidade do expediente,
nos termos do art. 1.036 do Código de Processo Civil, mais não cabe senão suspender a
marcha processual.
Ante o exposto, com fulcro no art. 1.030, III, do CPC, determino o sobrestamento do feito
até a publicação do acórdão de mérito a ser proferido nos autos do RE 592.616, vinculado
ao tema n.º 118 de Repercussão Geral.
Int.
São Paulo, 07 de outubro de 2019.
NERY JUNIOR
Vice-Presidente”

PROC. 2016.60.03.002089-5 ApCiv 370192


D.J. 11/10/2019
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0002089-48.2016.4.03.6003/MS
2016.60.03.002089-5/MS
APELANTE : CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESIDUOS BURITI S/A
ADVOGADO : RJ067086 MARCOS ANDRE VINHAS CATAO e outro(a)
RJ094238 RONALDO REDENSCHI
RJ119528 JULIO SALLES COSTA JANOLIO
APELADO(A) : Uniao Federal (FAZENDA NACIONAL)
PROCURADOR : SP000006 MARGARETH ANNE LEISTER E MARIA DA CONCEICAO
MARANHAO PFEIFFER
No. ORIG. : 00020894820164036003 1 Vr CAMPO GRANDE/MS

“DECISÃO
Trata-se de recurso extraordinário interposto pela União Federal em face de acórdão
prolatado por órgão fracionário deste E. Tribunal Regional Federal.
Por ora, determino o sobrestamento do feito, até o julgamento final do Recurso
Extraordinário 592616 vinculado ao Tema do STF nº 118 (Inclusão do ISS na base de cálculo
do PIS e da COFINS), em que se discute, à luz dos artigos 1º; 18; 60, § 4º; 145, § 1º; 146-A;
151; 170, IV; 195, I, b, da Constituição Federal, a constitucionalidade, ou não, da inclusão
do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS na base de cálculo do PIS e da
COFINS.
Importa anotar, por oportuno, que o prosseguimento do feito em relação a eventuais outros
recursos excepcionais interpostos é incompatível com a sistemática do microssistema
processual de precedente obrigatório em que a unicidade processual deve ser respeitada.
Registre-se, nesta ordem de ideias, que o juízo de admissibilidade de Recurso Extraordinário
ou Especial não pode ser realizado em etapas ou de forma fracionada, razão pela qual,
havendo recurso a autorizar a suspensão da admissibilidade do expediente, nos termos do
art. 1.036 do CPC vigente, mais não cabe senão suspender a marcha processual.
Eventuais recursos, e até mesmo teses ou capítulos recursais, que não cuidem de matéria
submetida ao regime dos recursos representativos de controvérsia, deverão aguardar o
desfecho do capítulo submetido a tal sistemática para, só então, serem apreciados.
Intimem-se.
5

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São Paulo, 03 de outubro de 2019.


NERY JUNIOR
Vice-Presidente”
No mesmo sentido: APELAÇÃO CÍVEL Nº 0001041-69.2007.4.03.6100/SP,
APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA Nº 0021009-41.2014.4.03.6100/SP, APELAÇÃO CÍVEL Nº
0029549-26.2014.4.03.6182/SP, APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA Nº 0022080-
44.2015.4.03.6100/SP, dentre diversas outras ações.
Assim, deve-se aguardar o julgamento do RE n° 592.616 (Tema 118 do STF),
sobrestando-se os presentes autos, não podendo se aplicar o RE n° 574.706/PR para o caso
em apreço, pois tratam de assuntos diferentes (tanto é que estão sob apreciação em
repercussão geral pelo STF em temas diferentes).

V.ii. Da contrariedade à Constituição Federal: artigos 195, I, b, 150, I e 145, §1º, da CF/88
Segundo o v. acórdão recorrido, o entendimento do Supremo Tribunal Federal externado
no julgamento do RE 574.706/PR, no sentido de que os valores que transitam nas contas da
empresa contribuinte a título de ICMS não são alcançados pela definição de faturamento ou
receita bruta, para efeitos do art. 195, I, “b” da Constituição Federal, deve ser estendido ao
questionamento do ISSQN.
Entendeu-se que o imposto municipal não representa receita auferida pela atividade
econômica da pessoa jurídica e nem constitui riqueza que tenha sido integrada ao seu
patrimônio, tratando-se de parcela que não se subsome na hipótese constitucional da
incidência do PIS/COFINS.
Conforme será demonstrado, ao assim decidir, o v. acórdão recorrido violou os artigos
195, I, b, 150, I e 145, §1º, da Constituição Federal.
Registre-se, inicialmente, que no julgamento do RE nº 574.706-PR não se discutiu e não
se afirmou suposta impossibilidade do uso de valores de tributo na composição da base de
cálculo de tributo. Essa possibilidade permanece incólume no contexto dogmático do direito
tributário brasileiro (conf. RE 212.209 e RE 582.461-RG). Esse entendimento faz-se
emblematicamente presente no voto do Ministro Fux, ainda que tenha decidido pela
impossibilidade do uso do ICMS na composição da base de cálculo do PIS-COFINS.
A ratio decidendi1 que preponderou no julgamento do RE 574.706-PR deve ser aplicada
tão somente no caso da incidência do ICMS na base de cálculo do PIS-COFINS, não sendo
possível estender o quanto ali decidido ao caso do ISSQN, afetado em repercussão geral no RE
592.616 (Tema 118), eis que tratam de situações jurídico-tributárias totalmente diversas.

1
O conceito de ratio decidendi foi explorado por CROSS, Rupert e por WARRIS, J. W., Precedent in English Law, Oxford:
Clarendon Press, 2004, pp. 39 e ss.
6

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Nesse sentido, há necessidade, inicialmente, de que se tenha uma correta compreensão


do que foi efetivamente deliberado no mencionado RE 574.706.

V.iii. Síntese e análise dos votos proferidos no julgamento do RE 574.706/PR


No julgamento do RE 574.706-PR, o voto condutor foi proferido pela Ministra Cármen
Lúcia, em face do qual a maioria aderiu, com pequena variação de pormenor. No contexto
dessa decisão encontra-se a percepção de que “(...) o valor do ICMS tem como destinatário
final a Fazenda Pública, para a qual será transferido”, o que afastaria que seus valores fossem
considerados para efeitos de base de cálculo do PIS-COFINS.
O núcleo de sua decisão centra-se na compreensão de que “o recolhimento do ICMS na
condição de substituto tributário importa na transferência integral às Fazendas Públicas
estaduais, sem a necessidade de compensação e, portanto, identificação do saldo a pagar, pois
não há recolhimentos posteriores pelos demais contribuintes substituídos”.
A Ministra Rosa Weber transitou no mesmo sentido, com ênfase no conceito de receita
bruta, no sentido de que: “(...) a receita bruta pode ser definida como o ingresso financeiro
que se integra no patrimônio na condição de elemento novo e positivo, sem reservas ou
condições, na esteira da clássica definição que Aliomar Baleeiro cunhou acerca do conceito de
receita pública (...)”.
De igual modo, o Ministro Ricardo Lewandowski, que aderiu integralmente ao voto da
Ministra relatora. Sua linha de raciocínio decorre da percepção de que os valores recolhidos a
título de ICMS, e posteriormente repassados às unidades federadas, não retornariam, em
nenhuma hipótese, ao patrimônio do contribuinte, pelo que distantes do conceito de
faturamento.
O Ministro Luiz Fux reconheceu, expressamente, no entanto, a possibilidade de que um
tributo possa incidir sobre outro tributo (o que central para discussões vindouras):
“Eu não estou dizendo que tributo não pode incidir sobre tributo. Isso é uma técnica nossa,
é uma técnica universal. Há pareceres aqui onde se demonstra que, no mundo inteiro, é
possível tributo sobre tributo. O que nós estamos analisando aqui é como se faz a exegese
de uma expressão constitucional, a ponto de respeitar-se os limites do poder do Estado”.
O Ministro Marco Aurélio também proferiu voto substancial em favor da exclusão do
ICMS da base de cálculo do PIS-COFINS. Objetivamente:
“Digo não ser o ICMS fato gerador do tributo, da contribuição. Digo também, reportando-
me ao voto, que, seja qual for a modalidade utilizada para recolhimento do ICMS, o valor
respectivo não se transforma em faturamento, em receita bruta da empresa, porque é
devido ao Estado. E muito menos é possível pensar, uma vez que não se tem a relação
tributária Estado-União, em transferir, numa ficção jurídica, o que decorrente do ICMS para
o contribuinte e vir a onerá-lo”.

O Ministro Celso de Mello também não admitiu a inclusão do ICMS na base de cálculo
do PIS-COFINS argumentando que o conceito constitucional de faturamento e receita não
permite que se dilate a base de cálculo da exação; isto é, o ICMS cobrado (e repassado) não se

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traduziria nos conceitos de faturamento e de receita. Segundo o Ministro Celso de Mello essa
ampliação do conceito de faturamento e de receita resultaria em afronta aos princípios da
isonomia tributária e da capacidade contributiva.
A razão de decidir (ratio decidendi) no referido caso identifica linha de pensar e decidir
pretoriana que aponta para solução que contemple apenas a intersecção entre trânsito de
valores de ICMS e conceito de faturamento/receita.
Não se constata, em juízo de comparação entre várias modalidades tributárias que há,
um indício de distinção, um distinguishing 2, que autorizasse entendimento idêntico para casos
diversos. A ratio decidendi3 que preponderou naquele caso julgado pelo STF deve ser aplicada
tão somente no caso da incidência do ICMS na base de cálculo do PIS-COFINS.
Isto posto, cumpre demonstrar que o precedente em questão, Tema 69 de RG, não
merece ser aplicado ao caso da inclusão do ISS na base de cálculo do PIS/COFINS. As situações
jurídico-tributárias são em tudo distintas.

V.iv. Do distinguishing quanto à inclusão do ISS na base de cálculo do PIS/COFINS


Entendeu o v. acórdão recorrido que o raciocínio utilizado no julgamento do Tema 69
deve ser aplicado também ao caso do ISS. Nesse sentido, segundo a tese acolhida, a quantia
devida a título do ISS não corresponde a receita ou faturamento, para os fins previstos no
artigo 195, I, “b”, da Constituição Federal. Trata-se de mero ingresso, que não possui aptidão
para gerar incremento patrimonial de qualquer tipo, eis que esta parcela do preço é devida
pelo contribuinte aos cofres municipais, por força de lei. Assim como ocorre com o ICMS, o
tributo apenas transitaria pela contabilidade da empresa. Essa tese supõe que o verdadeiro
contribuinte é o consumidor e eventual inadimplemento corresponderia, na verdade, em
crime de apropriação indébita4.
Evidencia-se que a tese confunde a identificação do contribuinte do tributo (aquele que
realiza o fato gerador, que presta serviços) com a possibilidade do repasse do ônus econômico
do tributo para o consumidor (fato econômico meramente acidental). Sob o ponto de vista
jurídico, o contribuinte não pode ser confundido com aquele que necessariamente assume o
ônus fiscal. Nem poderia ser de outra forma. A distribuição do custo econômico do tributo em
uma cadeia produtiva não é constante, regular, nem se encontra sujeita ao mesmo grau de
certeza que se exige de normas jurídicas que sejam minimamente funcionais.

2
O conceito de distinguishing foi explorado por DUXBURY, Neil, The Nature and Authority of Precedent, Cambridge: Cambridge
University Press, 2008, pp. 111 e ss.
3
O conceito de ratio decidendi foi explorado por CROSS, Rupert e por WARRIS, J. W., Precedent in English Law, Oxford:
Clarendon Press, 2004, pp. 39 e ss.
4
Para o ICMS a criminalização do não recolhimento do tributo foi um dos resultados do RE 574.706, consoante positivado pelo
E. STF no Recurso Ordinário em Habeas Corpus (RHC) 163334
8

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Ao contrário da relação entre a realização da ação que a norma indica como fato gerador
e o surgimento da obrigação tributária, que contém alto grau de certeza, o repasse do custo
do tributo não é obrigatório ou, sequer, necessário para o surgimento da obrigação tributária.
O ônus econômico da exação pode ser assumido no todo ou em parte pelo próprio prestador
de serviços, por razões atinentes: (i) à concorrência existente no mercado em que atua, (ii) ao
processo produtivo da empresa ou (iii) ao caráter supérfluo/essencial da utilidade oferecida
ao público. Segundo o jargão econômico, a possibilidade de transferência do ônus fiscal
depende da elasticidade-preço da oferta e da elasticidade-preço da demanda5.
Portanto, quando o prestador de serviços oferece determinada utilidade material ou
imaterial a um cliente por um preço, surge para ele, não para o Município, o direito sobre o
valor correspondente e a possibilidade de, em caso de inadimplência, promover atos de
cobrança. Já quando pratica o fato gerador, surge para ele, como dever próprio, não de
terceiro, a obrigação tributária.
Uma vez que o pagamento não integra o fato gerador do ISS, previsto na Lei
Complementar 116/03, o crédito tributário do Município não depende do efetivo pagamento
do valor do serviço pelo consumidor, podendo incidir o tributo (obrigação própria do
prestador), mesmo em caso de inadimplemento do valor do serviço (crédito de titularidade
exclusiva do prestador). Tampouco possui o Município legitimidade para “pular” o contribuinte
e cobrar do consumidor a parcela do preço do serviço correspondente ao ISS que lhe é devido,
nem se associar ao prestador para fazê-lo, em exótica modalidade de litisconsórcio ativo.
Evidencia-se, assim, o erro da tese. Quando o prestador vende um serviço, tem direito
próprio a receber a integralidade do preço. Quando o prestador pratica o fato gerador, tem o
dever próprio de pagar o tributo municipal correspondente. O ISS, assim, não passa de um
custo fiscal típico para quem explora determinada atividade econômica.

V.v. Dos fundamentos para a inclusão do ISS no conceito de faturamento ou receita


O PIS e a COFINS, contribuições sociais de seguridade social, possuem matriz
constitucional no art. 195, I, “b da Lei Maior, assim materializada:
“Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes
sobre:

5
Consoante esclarecem ROSEN e GAYER (Finanças Públicas. São Paulo: AMGH Editora, 2015. p. 300):
Em geral, quanto mais elástica a curva de demanda, menor o imposto com que arcam os consumidores, tudo o mais constante.
Da mesma forma, quanto mais elástica a curva de oferta, menor o imposto a cargo dos produtores, tudo o mais constante.
Intuitivamente, a elasticidade fornece uma medida aproximada da capacidade de um agente econômico em escapar do
imposto. Quanto mais elástica a demanda, mais fácil é para os consumidores recorrer a outros produtos quando o preço sobe,
e, portanto, mais do imposto deve ser arcado por produtores. Por outro lado, se o consumidor comprar a mesma quantidade,
independente do preço, toda carga pode ser transferida para ele.

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a) (...)
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
(...)”
A contribuição para o PIS surgiu com a LC 7/70, incidindo sobre o faturamento da
empresa com base no art. 3º, b, da lei em questão, que não excluía da base de cálculo qualquer
valor referente ao pagamento de tributos.
Já a COFINS surgiu com a LC 70/91, a qual, em seu art. 2º, parágrafo único, “a”, excluiu
expressamente o IPI do conjunto formado pelo faturamento. É ler:
Art. 2° A contribuição de que trata o artigo anterior será de dois por cento e incidirá sobre
o faturamento mensal, assim considerado a receita bruta das vendas de mercadorias, de
mercadorias e serviços e de serviço de qualquer natureza.
Parágrafo único. Não integra a receita de que trata este artigo, para efeito de determinação
da base de cálculo da contribuição, o valor:
a) do imposto sobre produtos industrializados, quando destacado em separado no
documento fiscal;
b) das vendas canceladas, das devolvidas e dos descontos a qualquer título concedidos
incondicionalmente. (g.n.)
Note-se, a partir de raciocínio a contrário sensu, se o legislador precisou excluir o IPI
(tributo indireto), quando destacado em nota fiscal, da base de cálculo da COFINS, é porque
estaria ele naturalmente incluído por força do caput. Só há exceção se há regra. Assim, como
o ISS não foi excepcionado, legitimou-se o entendimento de que estava ele compreendido pela
base imponível da contribuição sobre o faturamento.
A inclusão do valor referente ao ISS na base de cálculo da COFINS e do PIS/PASEP passou
a ter supedâneo legal na norma também dessumida a contrário sensu do art. 3º, §2º, I, da Lei
9.718/98, verbis:
“Art. 3º O faturamento a que se refere o artigo anterior corresponde à receita bruta da
pessoa jurídica.
§1º Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica,
sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada
para as receitas.
§ 2º Para fins de determinação da base de cálculo das contribuições a que se refere o art.
2º, excluem-se da receita bruta:
I - as vendas canceladas, os descontos incondicionais concedidos, o Imposto sobre Produtos
Industrializados - IPI e o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e
sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação - ICMS, quando cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na
condição de substituto tributário; ”

Com a declaração de inconstitucionalidade do parágrafo primeiro do artigo 3º da Lei


9.718/98, reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento dos RREE 357.950/RS e
346.084/PR, foram editadas as Leis 10.637/02 e 10.833/03, que passaram a refletir o fato
gerador das exações preconizado no art. 195, I "b" da Lei Maior, nesse momento já alterado
pela Emenda Constitucional nº 20/98.

10

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Assim, as Leis 10.637/2002 e 10.833/2003, em seus respectivos artigos 1º, repetiram a


norma contida no art. 3º, §1º, da Lei 9.718/98 e fixaram como base de cálculo do PIS e da
COFINS “o total das receitas auferidas pelas pessoas jurídicas”, abarcando receitas outras que
“a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviço de
qualquer natureza”.
Atualmente, os diplomas legais mencionados foram modificados pela Lei nº
12.973/2014, permanecendo a base de cálculo do PIS e da COFINS compreendendo a
totalidade da receita auferida pela pessoa jurídica. O único destaque é que as leis remetem ao
art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598/77 para dali buscar o conceito de receita bruta, mas sem deixar
de consignar que todas as demais receitas auferidas compõem a base de cálculo do
PIS/COFINS. Confira-se:
Lei nº 10.637/2002
Art. 1º A Contribuição para o PIS/Pasep, com a incidência não cumulativa, incide sobre o
total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica, independentemente de sua
denominação ou classificação contábil. (Redação dada pela Lei nº 12.973, de 2014)
§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a receita bruta de
que trata o art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, e todas as demais
receitas auferidas pela pessoa jurídica com os respectivos valores decorrentes do ajuste a
valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei no 6.404, de 15 de
dezembro de 1976.
§ 2o A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep é o total das receitas auferidas pela
pessoa jurídica, conforme definido no caput e no § 1o.
§ 3o Não integram a base de cálculo a que se refere este artigo, as receitas:
(...)”

Lei nº 10.833/2003
Art. 1º A Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, com a incidência
não cumulativa, incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela pessoa jurídica,
independentemente de sua denominação ou classificação contábil. (Redação dada pela Lei
nº 12.973, de 2014)
§ 1º Para efeito do disposto neste artigo, o total das receitas compreende a receita bruta de
que trata o art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598, de 26 de dezembro de 1977, e todas as demais
receitas auferidas pela pessoa jurídica com os seus respectivos valores decorrentes do ajuste
a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976.
§ 2o A base de cálculo da COFINS é o total das receitas auferidas pela pessoa jurídica,
conforme definido no caput e no § 1o.
§ 3o Não integram a base de cálculo a que se refere este artigo as receitas:
(...)”

Igual alteração ocorreu no regime cumulativo do PIS/COFINS, previsto no art. 3º da Lei


nº 9.718/1998:
Art. 3o O faturamento a que se refere o art. 2o compreende a receita bruta de que trata o
art. 12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977. (Redação dada pela Lei nº
12.973, de 2014) (Vigência)
§ 1º (Revogado pela Lei nº 11.941, de 2009)
§ 2º Para fins de determinação da base de cálculo das contribuições a que se refere o art.
2º, excluem-se da receita bruta:
I - as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos;

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Pela sucessão legislativa, percebe-se ter a base de cálculo do PIS/COFINS evoluído,


inicialmente, do faturamento, assim entendido como o produto da exploração do objeto social
(receita operacional), para a receita, na qual se incluem tanto o preço das mercadorias e da
prestação de serviços quanto outras receitas auferidas pelos contribuintes, não havendo
autorização para a exclusão de valores correspondentes ao imposto sobre serviços.
Portanto, permanece plenamente subsidiada em fundamentos legal e constitucional a
inclusão do ISSQN na base de cálculo dessas contribuições, que incidem sobre o faturamento
ou sobre a receita das empresas, conforme dispõe o artigo 195, I, “b” da Constituição Federal,
conceitos nos quais se incluem as parcelas do ISS embutidas no preço final do serviço, não
havendo que se falar em violação ao postulado da legalidade previsto no artigo 150, I, da
Constituição Federal.
Com efeito, quanto à base de cálculo do PIS e da COFINS, já esclareceu esse Egrégio
Supremo Tribunal Federal (RE 346.084, RE 357.950, RE 358.273 e RE 390.840) que receita
designa realidade mais ampla que receita bruta ou faturamento, uma vez que aquela
representa gênero e esta espécie. Cumpre lembrar relevante trecho do voto do Ministro Cezar
Peluso sobre a matéria:
(...) todo valor percebido pela pessoa jurídica, a qualquer título, será, nos termos da norma
receita (gênero). Mas nem toda receita será operacional, porque pode havê-la não
operacional.
(...) faturamento também significa percepção de valores e, como tal, pertence ao gênero ou
classe receita, mas com a diferença específica de que compreende apenas os valores
oriundos da ‘atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens e
serviços.

Cabe, então, analisar o conteúdo semântico das expressões faturamento ou receita


bruta. Isto porque, se estas realidades estão contidas no gênero receita, é inequívoco que tudo
que for receita bruta é receita.
Assim, cumpre observar o que se entende como receita bruta, a fim de se esclarecer o
tema. Para tanto, nos valeremos de lição da obra de Ricardo Marins de Oliveira. Vejamos o que
ali se assenta:
“A receita bruta é conceito direcionado pela lei apenas para as vendas e serviços da
atividade operacional e compreende o produto da venda de bens nas operações de conta
própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações de conta
alheia.

Por prática aceita pelo fisco e pelos contribuintes, o imposto sobre produtos
industrializados, quando devido, em virtude de ser cobrado fora do preço, não é
considerado participante da receita bruta, sendo contabilizado à parte desta, em contas
patrimoniais que não afetam o resultado.

A receita líquida de vendas e serviços, por sua vez, é definida pela lei como sendo a receita
bruta diminuída das vendas canceladas, dos descontos concedidos incondicionalmente e
dos impostos incidentes sobre as vendas e serviços.
(...)
Deve-se entender corretamente por:

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(...)
Impostos incidentes sobre as vendas e serviços, aqueles que guardam proporcionalidade
com o preço, mesmo que o respetivo montante integre o valor da operação e a base de
cálculo desses impostos, sejam eles cumulativos ou não (casos, por exemplo, do ICMS e
do ISS); (...).6
O referido conceito, positivado no art. 12 do Decreto-Lei 1.598/76, destaca:
Art. 12. A receita bruta compreende:
I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;
II - o preço da prestação de serviços em geral;
III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos
incisos I a III.
§ 1º A receita líquida será a receita bruta diminuída de:
(...)
III - tributos sobre ela incidentes; e
(...)
§ 4º Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados,
destacadamente, do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo prestador
dos serviços na condição de mero depositário.
§ 5º Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes
do ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de
15 de dezembro de 1976, das operações previstas no caput, observado o disposto no § 4o.
Assim sendo, se o faturamento se identifica com a receita bruta - resultado das
operações típicas da empresa - e está contido no termo receita, que é mais abrangente, caso
determinada importância seja receita bruta, será também receita. Além do mais, se, nos
termos da lição de Ricardo Marins de Oliveira e do disposto no art. 12 do Decreto-Lei 1.598/76,
receita líquida é receita bruta menos impostos sobre vendas e serviços, estes estão incluídos
nesta e, desta forma, também na receita.
Destarte, resta bem claro que a argumentação da empresa contribuinte, acolhida pelo v.
acórdão recorrido, não se sustenta. O preço do serviço é valor devido inteiramente ao
prestador-ofertante pelo consumidor. O ISS é devido pelo contribuinte (prestador) ao
Município. O ISS é custo do processo produtivo. Finalmente, as expressões faturamento,
receita bruta e receita não impõem o decote de valor correspondente ao custo fiscal
correspondente a tributos incidentes sobre operações de prestação de serviço.
Deste ponto, é possível antever que a ratio decidendi aplicada no julgamento do RE
574.706/PR não se enquadra à moldura legal do ISSQN, razão pela qual não deve ser aplicado
o paradigma ali formado ao presente caso, devendo ser reconhecida a possibilidade de
inclusão do valor referente ao ISS na base de cálculo do PIS/COFINS. Esse raciocínio decorre
da lógica distinta entre as estruturações dessas relações jurídico-tributárias.
Ora, o prestador de serviços é o contribuinte do ISS e os custos com o pagamento desse
tributo são custos seus (prestador de serviços) e não custos de terceiros. O simples fato de a
empresa utilizar, eventualmente, parte da expressão em moeda do montante auferido pelo

6
Fundamentos do Imposto de Renda. São Paulo: Quartier Latin, 2008. p. 666/667.
13

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exercício de sua atividade social para o pagamento de custos do processo produtivo, tal como
o ISS, não altera a condição dessa parcela de valor integrante do faturamento ou receita,
grandezas sobre as quais incidem o PIS e a COFINS, em conformidade com o artigo 195, I, “b”,
da Constituição Federal.
Daí porque falsa, concessa venia, a premissa de que a COFINS e o PIS estão a incidir sobre
o ISS pertencente aos Municípios. Essas cogitadas contribuições sociais não têm o ISS como
base de cálculo, mas o faturamento ou a receita das pessoas jurídicas. Se “dentro” desse
faturamento ou receita há valores que serão eventualmente destinados ao recolhimento do
aludido imposto municipal, isto não implica na incidência de contribuição sobre imposto. E,
ainda que implicasse, não há norma constitucional que proíba essa suposta incidência,
conforme já decidiu esse E. STF no julgamento do RE 212.209, bem como no julgamento do RE
584.461/SP, com repercussão geral reconhecida.
Como consignou a Ministra ELLEN GRACIE em seu voto, no julgamento do RE 582.461,
“não há uma garantia constitucional genérica contra a sobreposição de tributos”.
“Efetivamente, a instituição de impostos retrata a riqueza em determinada perspectiva, não
havendo direito a que os impostos incidam sobre uma riqueza líquida depurada de quaisquer
ônus tributários” (Voto da Exma. Min. ELLEN GRACIE, RE 582.461, p. 207/208).
Por outro lado, ao contrário do que entendeu o v. acórdão recorrido, não há se falar em
ofensa ao princípio da capacidade contributiva (art. 145, §1º, da Constituição Federal), tendo
em vista que a própria Constituição Federal, no art. 195, I, “b”, prevê a possibilidade de
instituição de contribuições destinadas à seguridade social incidentes sobre o faturamento ou
receita, conceitos estes que, como demonstrado, não excluem o valor correspondente ao
custo fiscal correspondente a tributos incidentes sobre operações de prestação de serviço.
A Constituição deve ser lida de forma sistemática e integrada. O princípio da capacidade
jurídica, previsto no art. 145, § 1º, da Constituição Federal, exige que cada um (pessoas físicas
e jurídicas) arque com os custos de manutenção do Estado e dos direitos por ela garantidos.
Para isso ela elenca as grandezas econômicas que indicam existência de capacidade
contributiva. Entre elas está a já aqui exaustivamente abordada receita bruta. A capacidade
contributiva se revela justamente na escolha dessa grandeza econômica, nos termos definidos
pela Constituição e reconhecidos pelo STF.
Portanto, é plenamente constitucional e legítima a inclusão do ISS na base de cálculo da
COFINS e do PIS, sem que isso represente violação a qualquer dispositivo constitucional.
Se o Constituinte almejasse que as contribuições que financiam a Seguridade Social
incidissem somente sobre o lucro das empresas, deduzidos todos os custos, inclusive os
tributários, não teria separado, nas alíneas “b” e “c” do inciso I do art. 195 da Lei Magna, as
bases imponíveis “receita ou faturamento”, de um lado, e “lucro”, de outro.

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Logo, o v. acórdão recorrido, ao entender que os valores correspondentes ao ISSQN


devem ser excluídos da base de cálculo do PIS e da COFINS, incorreu em violação do artigo
195, I, “b”, da Constituição Federal, bem como dos demais dispositivos constitucionais acima
mencionados (arts. 150, I e 145, §1º), impondo-se a sua reforma.

VI. DO PEDIDO
Ante o exposto, e respeitosamente, requer a União:

 O sobrestamento do presente processo em razão da Repercussão Geral


reconhecida no RE 592.616 (caso ISS);
 No mérito, requer, preenchidos os pressupostos de admissibilidade exigidos
pela Lei Suprema no art. 102, III, “a”, a admissão do presente recurso perante o
Egrégio Supremo Tribunal Federal, de modo a reformar o acórdão recorrido, no
sentido de que seja dado provimento ao presente recurso, nos termos das
razões apresentadas.

Termos em que,
Pede deferimento.

São Paulo, data do protocolo.

Daniela Reiko Yoshida Shimizu


Procuradora da Fazenda Nacional

15

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APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100
RELATOR: Gab. 09 - DES. FED. ADRIANA PILEGGI
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Advogado do(a) APELADO: HABIB ABUD CABARITI - MG38604-A

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que procedi às anotações na autuação do processo


conforme determinação/solicitação da parte apelada (inclusão do i. advogado
HABIB ABUD CABARITI - MG38604).

São Paulo, 20 de fevereiro de 2024.

Assinado eletronicamente por: ROGERIO MELLO DE SOUZA - 20/02/2024 18:47:08 Num. 285656825 - Pág. 1
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Número do documento: 24022018470797100000283236696
EXCELENTÍSSIMA SENHORA DESEMBARGADORA FEDERAL DO
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA TERCEIRA REGIÃO
RELATORA ADRIANA PILEGGI.

Processo Nº 5024628-78.2020.4.03.6100

UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA vem mui


respeitosamente à presença de Vossa Excelência informar que o
contrato de prestação de serviços entre este Patrono e a
Consultoria que determinou o ingresso das demandas em favor
desta requerente se findou.

Pelo que vem substabelecer SEM RESERVAS DE DIREITO o


mandato outorgado a este Patrono em favor do advogado DR.
HABIB ABUD CABARITI OAB/MG 38.604 requerendo que seja
excluído o nome deste signatário dos autos deste processo e, ato
contínuo que todas as publicações e atos sejam enderaçados ao
advogado substabelecido neste ato.

Nestes termos,

Pede deferimento.

São Paulo, 14 de fevereiro de 2024.

VALDIR SANTANA RAIMUNDO

OAB/SP Nº 176.287

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 17/02/2024 19:26:50 Num. 285542557 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24021719265060700000283124891
Número do documento: 24021719265060700000283124891
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
3ª Turma

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100


RELATOR: Gab. 09 - DES. FED. ADRIANA PILEGGI
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL
APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) APELADO: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287-A
OUTROS PARTICIPANTES:

p{text-align: justify;}

PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
3ª Turma

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100


RELATOR: Gab. 09 - DES. FED. ADRIANA PILEGGI
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL
APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) APELADO: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287-A
OUTROS PARTICIPANTES:

RELATÓRIO

Trata-se de embargos de declaração opostos pela União Federal.

A parte embargante sustenta, em resumo, a inaplicabilidade do acórdão proferido


no RE 574.706/PR (Tema 69) para estendê-lo na hipótese do ISSQN.

Apresenta os embargos declaratórios com a precípua finalidade de prequestionar


explicitamente dispositivos legais, a fim de viabilizar a interposição de recurso especial e/ou
extraordinário para as Cortes Superiores.

Requer, dessa forma, o conhecimento dos aclaratórios e, ao final, o respectivo


provimento para: (i) o sobrestamento do processo até o final julgamento do RE 592.616

Assinado eletronicamente por: ADRIANA PILEGGI DE SOVERAL - 09/02/2024 14:06:51 Num. 285268234 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24020914065092000000282858722
Número do documento: 24020914065092000000282858722
ou; (ii) a manifestação expressa sobre todos os pontos ventilados, que reputa essenciais, nos
moldes do art. 489, § 1º, do CPC, para que todas as questões sejam analisadas em cotejo com
as razões declinadas para fins de prequestionamento, viabilizando o acesso da União às
instâncias recursais Superiores, nos moldes da Súmula 98 do STJ; (iii) por fim, requer o
regular processamento dos embargos de declaração, para que, devidamente admitidos e
providos, venham clarificar o v. acórdão embargado, nos termos expostos.

É o relatório.

cm

p{text-align: justify;}

Assinado eletronicamente por: ADRIANA PILEGGI DE SOVERAL - 09/02/2024 14:06:51 Num. 285268234 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24020914065092000000282858722
Número do documento: 24020914065092000000282858722
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100
RELATOR: Gab. 09 - DES. FED. ADRIANA PILEGGI
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL
APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) APELADO: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287-A

VOTO

Os embargos de declaração são cabíveis nas hipóteses de omissão, contradição


ou obscuridade, bem como para correção de erro material, nos termos do artigo 1.022 do
Código de Processo Civil, não sendo o meio adequado para modificação ou reexame de
matéria analisada pelo órgão julgador.

No caso presente, a decisão atacada não padece de nenhum dos vícios acima
elencados. Não obstante a insurgência da embargante, assentou o v. acórdão:

“TRIBUTÁRIO. AÇÃO ORDINÁRIA. PIS. COFINS. EXCLUSÃO


DO ISS NA BASE DE CÁLCULO.
POSSIBILIDADE. MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO
NO RE 574.706/PR, ACERCA DO ICMS NÃO SE APLICA AOS
CASOS DO ISSQN. RECURSO DE APELAÇÃO PROVIDO EM
PARTE. SUJEIÇÃO AO ART. 100 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
1. O cerne da presente controvérsia gravita em torno do pleito da
autora acerca do reconhecimento judicial que declare seu direito
à exclusão do Imposto sobre Serviços (ISS) da base de cálculo das
contribuições devidas a título de PIS e COFINS, bem como à
declaração do direito à repetição do indébito dos valores recolhidos
indevidamente nos cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação.
2. Afasto o pedido de sobrestamento. Anote-se que o RE nº
592.616, afetado pela sistemática da repercussão geral (tema nº
118), encontra-se pendente de julgamento, sem a determinação de
suspensão dos feitos que tratam de igual matéria.
3. Em que pese a hipótese verse, exclusivamente, sobre a inclusão
do ISS na base de cálculo do PIS/COFINS, é pertinente, na solução
do caso concreto, destacar a jurisprudência firmada na questão do
ICMS, considerando a identidade de fundamentação e tratamento
da controvérsia.

Assinado eletronicamente por: ADRIANA PILEGGI DE SOVERAL - 09/02/2024 14:06:51 Num. 285268234 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24020914065092000000282858722
Número do documento: 24020914065092000000282858722
4. A novel jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assim como
a do Superior Tribunal de Justiça, reconheceu a exclusão da parcela
relativa ao ICMS da base de cálculo das contribuições PIS e
COFINS.

5. Impende destacar que o reconhecimento da exclusão do ICMS


da base de cálculo do PIS e da COFINS pode ser aplicado ao
caso do ISS, em razão da própria inexistência de natureza de
receita ou faturamento destas parcelas, neste sentido é a
jurisprudência desta Terceira Turma.
6. A exclusão do ISS da base de cálculo das contribuições em
comento decorre da ausência de natureza jurídica de receita ou
faturamento daquela parcela, visto que apenas representa o
ingresso de valores no caixa da pessoa jurídica, que é obrigada a
repassar aqueles ao Município.
7. O ISS é imposto indireto no qual o ônus financeiro é transferido
para o consumidor final, tornando-se este o contribuinte de fato da
exação. Assim, o sujeito passivo do tributo - aquele que realiza a
prestação de serviços - apenas tem o dever de recolher os valores
atinentes ao ISS e repassá-las ao seu efetivo sujeito ativo, qual
seja, o Município ou o Distrito Federal, mostrando-se,
incontestavelmente, despido da natureza jurídica de receita para o
sujeito passivo.
8. Quanto à compensação dos valores recolhidos indevidamente,
após observada a prescrição quinquenal, aquela deverá ser
realizada pela via administrativa, com a competente fiscalização da
administração tributária, nos termos do artigo 74, da Lei nº 9.430/96.

9. A repetição do indébito pela via judicial deve observar a


necessidade de expedição de precatórios, segundo o contido no
art. 100 da Constituição Federal.
10. Conforme a jurisprudência acima colacionada e, tendo em vista
a data do ajuizamento da ação, é necessário o trânsito em julgado
da decisão para que se proceda à compensação dos valores
recolhidos indevidamente, nos termos do artigo 170-A, do Código
Tributário Nacional.
11. Quanto à correção monetária, é aplicável a taxa SELIC como
índice para a repetição do indébito.
12. O termo inicial, para a incidência da taxa SELIC como índice de
correção do indébito tributário, é desde o pagamento indevido, nos
termos da jurisprudência da Corte Superior.
13. Frise-se, por oportuno, que a modulação dos efeitos da decisão
no RE 574.706/PR, acerca do ICMS, não se aplica aos casos do
ISSQN, uma vez que a questão relativa à inclusão do ISSQN na
base de cálculo do PIS/COFINS é objeto do RE nº 592.616, também
afetado pela sistemática da repercussão geral (tema nº 118), o qual
se encontra pendente de julgamento, sem a determinação de
suspensão dos feitos que tratam de igual matéria.

14. Recurso de apelação da União provido em parte.”

Assinado eletronicamente por: ADRIANA PILEGGI DE SOVERAL - 09/02/2024 14:06:51 Num. 285268234 - Pág. 4
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24020914065092000000282858722
Número do documento: 24020914065092000000282858722
14. Recurso de apelação da União provido em parte.”
Conforme se constata, o v. acórdão apresentou de maneira clara e suficiente as
razões que nortearam a convicção esposada. Na realidade, a embargante não concorda com as
premissas e fundamentos adotados na decisão e pretende sua reforma, o que não é admissível
por meio de embargos de declaração.

Como é cediço, o magistrado não fica obrigado a manifestar-se sobre todas as


alegações das partes, nem a ater-se aos fundamentos indicados por elas, ou a responder, um a
um, a todos os seus argumentos quando já encontrou motivo suficiente para fundamentar a
decisão, o que de fato ocorreu.

No mesmo sentido, desnecessária a referência expressa aos dispositivos legais


e constitucionais tidos por violados para fins de prequestionamento, haja vista que os
embargos de declaração não se prestam a tal finalidade se neles não se evidencia a ocorrência
de omissão, contradição, obscuridade ou erro material.

Posto isso, rejeito os embargos declaratórios.

Outrossim, retifique-se a autuação (ID 269691542 e 273916824).

É como voto.

p{text-align: justify;}

EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES.


REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE.
PREQUESTIONAMENTO. REJEIÇÃO.

1. Os embargos de declaração são cabíveis nas hipóteses de omissão, contradição


ou obscuridade, bem como para correção de erro material, nos termos do artigo
1.022 do Código de Processo Civil, não sendo o meio adequado para
modificação ou reexame de matéria analisada pelo órgão julgador.

2. O v. acórdão apresentou de maneira clara e suficiente as razões que nortearam


a convicção do colegiado. Na realidade, a embargante não concorda com as
premissas e fundamentos adotados na decisão e pretende sua reforma, o que não
é admissível por meio de embargos de declaração.

3. O magistrado não fica obrigado a manifestar-se sobre todas as alegações das


partes, nem a ater-se aos fundamentos indicados por elas, ou a responder, um a
um, a todos os seus argumentos quando já encontrou motivo suficiente para
fundamentar a decisão, o que de fato ocorreu.

4. Desnecessária a referência expressa aos dispositivos legais e constitucionais


tidos por violados para fins de prequestionamento, haja vista que os embargos de
declaração não se prestam a tal finalidade se neles não se evidencia a ocorrência
de omissão, contradição, obscuridade ou erro material.

5. Embargos de declaração rejeitados.

Assinado eletronicamente por: ADRIANA PILEGGI DE SOVERAL - 09/02/2024 14:06:51 Num. 285268234 - Pág. 5
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24020914065092000000282858722
Número do documento: 24020914065092000000282858722
5. Embargos de declaração rejeitados.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Terceira Turma, por
unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do relatório e voto que ficam
fazendo parte integrante do presente julgado.

Assinado eletronicamente por: ADRIANA PILEGGI DE SOVERAL - 09/02/2024 14:06:51 Num. 285268234 - Pág. 6
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Número do documento: 24020914065092000000282858722
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
3ª Turma

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100


RELATOR: Gab. 09 - DES. FED. ADRIANA PILEGGI
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL
APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) APELADO: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287-A
OUTROS PARTICIPANTES:

RELATÓRIO

Trata-se de embargos de declaração opostos pela União Federal.

A parte embargante sustenta, em resumo, a inaplicabilidade do acórdão proferido


no RE 574.706/PR (Tema 69) para estendê-lo na hipótese do ISSQN.

Apresenta os embargos declaratórios com a precípua finalidade de prequestionar


explicitamente dispositivos legais, a fim de viabilizar a interposição de recurso especial e/ou
extraordinário para as Cortes Superiores.

Requer, dessa forma, o conhecimento dos aclaratórios e, ao final, o respectivo


provimento para: (i) o sobrestamento do processo até o final julgamento do RE 592.616
ou; (ii) a manifestação expressa sobre todos os pontos ventilados, que reputa essenciais, nos
moldes do art. 489, § 1º, do CPC, para que todas as questões sejam analisadas em cotejo com
as razões declinadas para fins de prequestionamento, viabilizando o acesso da União às
instâncias recursais Superiores, nos moldes da Súmula 98 do STJ; (iii) por fim, requer o
regular processamento dos embargos de declaração, para que, devidamente admitidos e
providos, venham clarificar o v. acórdão embargado, nos termos expostos.

É o relatório.

Assinado eletronicamente por: ADRIANA PILEGGI DE SOVERAL - 09/02/2024 14:06:48 Num. 282760177 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24020914064834600000280410573
Número do documento: 24020914064834600000280410573
cm

Assinado eletronicamente por: ADRIANA PILEGGI DE SOVERAL - 09/02/2024 14:06:48 Num. 282760177 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24020914064834600000280410573
Número do documento: 24020914064834600000280410573
EMENTA

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. VÍCIOS INEXISTENTES.


REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE.
PREQUESTIONAMENTO. REJEIÇÃO.

1. Os embargos de declaração são cabíveis nas hipóteses de omissão, contradição


ou obscuridade, bem como para correção de erro material, nos termos do artigo
1.022 do Código de Processo Civil, não sendo o meio adequado para
modificação ou reexame de matéria analisada pelo órgão julgador.

2. O v. acórdão apresentou de maneira clara e suficiente as razões que nortearam


a convicção do colegiado. Na realidade, a embargante não concorda com as
premissas e fundamentos adotados na decisão e pretende sua reforma, o que não
é admissível por meio de embargos de declaração.

3. O magistrado não fica obrigado a manifestar-se sobre todas as alegações das


partes, nem a ater-se aos fundamentos indicados por elas, ou a responder, um a
um, a todos os seus argumentos quando já encontrou motivo suficiente para
fundamentar a decisão, o que de fato ocorreu.

4. Desnecessária a referência expressa aos dispositivos legais e constitucionais


tidos por violados para fins de prequestionamento, haja vista que os embargos de
declaração não se prestam a tal finalidade se neles não se evidencia a ocorrência
de omissão, contradição, obscuridade ou erro material.

5. Embargos de declaração rejeitados.

Assinado eletronicamente por: ADRIANA PILEGGI DE SOVERAL - 09/02/2024 14:06:38 Num. 282762446 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24020914063805400000280412228
Número do documento: 24020914063805400000280412228
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100
RELATOR: Gab. 09 - DES. FED. ADRIANA PILEGGI
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL
APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) APELADO: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287-A

VOTO

Os embargos de declaração são cabíveis nas hipóteses de omissão, contradição


ou obscuridade, bem como para correção de erro material, nos termos do artigo 1.022 do
Código de Processo Civil, não sendo o meio adequado para modificação ou reexame de
matéria analisada pelo órgão julgador.

No caso presente, a decisão atacada não padece de nenhum dos vícios acima
elencados. Não obstante a insurgência da embargante, assentou o v. acórdão:

“TRIBUTÁRIO. AÇÃO ORDINÁRIA. PIS. COFINS. EXCLUSÃO


DO ISS NA BASE DE CÁLCULO.
POSSIBILIDADE. MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO
NO RE 574.706/PR, ACERCA DO ICMS NÃO SE APLICA AOS
CASOS DO ISSQN. RECURSO DE APELAÇÃO PROVIDO EM
PARTE. SUJEIÇÃO AO ART. 100 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
1. O cerne da presente controvérsia gravita em torno do pleito da
autora acerca do reconhecimento judicial que declare seu direito
à exclusão do Imposto sobre Serviços (ISS) da base de cálculo das
contribuições devidas a título de PIS e COFINS, bem como à
declaração do direito à repetição do indébito dos valores recolhidos
indevidamente nos cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação.
2. Afasto o pedido de sobrestamento. Anote-se que o RE nº
592.616, afetado pela sistemática da repercussão geral (tema nº
118), encontra-se pendente de julgamento, sem a determinação de
suspensão dos feitos que tratam de igual matéria.
3. Em que pese a hipótese verse, exclusivamente, sobre a inclusão
do ISS na base de cálculo do PIS/COFINS, é pertinente, na solução
do caso concreto, destacar a jurisprudência firmada na questão do
ICMS, considerando a identidade de fundamentação e tratamento
da controvérsia.
4. A novel jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assim como
a do Superior Tribunal de Justiça, reconheceu a exclusão da parcela
relativa ao ICMS da base de cálculo das contribuições PIS e

Assinado eletronicamente por: ADRIANA PILEGGI DE SOVERAL - 09/02/2024 14:06:43 Num. 282760856 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24020914064320400000280410600
Número do documento: 24020914064320400000280410600
relativa ao ICMS da base de cálculo das contribuições PIS e
COFINS.

5. Impende destacar que o reconhecimento da exclusão do ICMS


da base de cálculo do PIS e da COFINS pode ser aplicado ao
caso do ISS, em razão da própria inexistência de natureza de
receita ou faturamento destas parcelas, neste sentido é a
jurisprudência desta Terceira Turma.
6. A exclusão do ISS da base de cálculo das contribuições em
comento decorre da ausência de natureza jurídica de receita ou
faturamento daquela parcela, visto que apenas representa o
ingresso de valores no caixa da pessoa jurídica, que é obrigada a
repassar aqueles ao Município.
7. O ISS é imposto indireto no qual o ônus financeiro é transferido
para o consumidor final, tornando-se este o contribuinte de fato da
exação. Assim, o sujeito passivo do tributo - aquele que realiza a
prestação de serviços - apenas tem o dever de recolher os valores
atinentes ao ISS e repassá-las ao seu efetivo sujeito ativo, qual
seja, o Município ou o Distrito Federal, mostrando-se,
incontestavelmente, despido da natureza jurídica de receita para o
sujeito passivo.
8. Quanto à compensação dos valores recolhidos indevidamente,
após observada a prescrição quinquenal, aquela deverá ser
realizada pela via administrativa, com a competente fiscalização da
administração tributária, nos termos do artigo 74, da Lei nº 9.430/96.

9. A repetição do indébito pela via judicial deve observar a


necessidade de expedição de precatórios, segundo o contido no
art. 100 da Constituição Federal.
10. Conforme a jurisprudência acima colacionada e, tendo em vista
a data do ajuizamento da ação, é necessário o trânsito em julgado
da decisão para que se proceda à compensação dos valores
recolhidos indevidamente, nos termos do artigo 170-A, do Código
Tributário Nacional.
11. Quanto à correção monetária, é aplicável a taxa SELIC como
índice para a repetição do indébito.
12. O termo inicial, para a incidência da taxa SELIC como índice de
correção do indébito tributário, é desde o pagamento indevido, nos
termos da jurisprudência da Corte Superior.
13. Frise-se, por oportuno, que a modulação dos efeitos da decisão
no RE 574.706/PR, acerca do ICMS, não se aplica aos casos do
ISSQN, uma vez que a questão relativa à inclusão do ISSQN na
base de cálculo do PIS/COFINS é objeto do RE nº 592.616, também
afetado pela sistemática da repercussão geral (tema nº 118), o qual
se encontra pendente de julgamento, sem a determinação de
suspensão dos feitos que tratam de igual matéria.
14. Recurso de apelação da União provido em parte.”

Assinado eletronicamente por: ADRIANA PILEGGI DE SOVERAL - 09/02/2024 14:06:43 Num. 282760856 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24020914064320400000280410600
Número do documento: 24020914064320400000280410600
Conforme se constata, o v. acórdão apresentou de maneira clara e suficiente as
razões que nortearam a convicção esposada. Na realidade, a embargante não concorda com as
premissas e fundamentos adotados na decisão e pretende sua reforma, o que não é admissível
por meio de embargos de declaração.

Como é cediço, o magistrado não fica obrigado a manifestar-se sobre todas as


alegações das partes, nem a ater-se aos fundamentos indicados por elas, ou a responder, um a
um, a todos os seus argumentos quando já encontrou motivo suficiente para fundamentar a
decisão, o que de fato ocorreu.

No mesmo sentido, desnecessária a referência expressa aos dispositivos legais


e constitucionais tidos por violados para fins de prequestionamento, haja vista que os
embargos de declaração não se prestam a tal finalidade se neles não se evidencia a ocorrência
de omissão, contradição, obscuridade ou erro material.

Posto isso, rejeito os embargos declaratórios.

Outrossim, retifique-se a autuação (ID 269691542 e 273916824).

É como voto.

Assinado eletronicamente por: ADRIANA PILEGGI DE SOVERAL - 09/02/2024 14:06:43 Num. 282760856 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24020914064320400000280410600
Número do documento: 24020914064320400000280410600
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3ª Turma

Sessão de Julgamento da 3ª Turma


Presidente da Sessão: Des. Fed. NERY JUNIOR
Procurador(a) da República: Dr(a). MARIA CRISTIANA SIMOES AMORIM ZIOUVA
Secretário(a): EDMILSON FERRAROLI
Relator: Gab. 09 - DES. FED. ADRIANA PILEGGI
Processo nº 5024628-78.2020.4.03.6100 - APELAÇÃO CÍVEL (198)
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL
APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
OUTROS PARTICIPANTES:

CERTIDÃO DE JULGAMENTO

Certifico que a Egrégia 3ª Turma, ao apreciar o processo em epígrafe, em sessão realizada em 07/02/2024,
proferiu a seguinte decisão:

"a Terceira Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração".

Participaram da Sessão de Julgamento os(as) Exmos(as). Senhores(as) Desembargadores(as) Federais:

NERY JUNIOR, CONSUELO YOSHIDA, ADRIANA PILEGGI, RUBENS CALIXTO e Juiz Federal Convocado PAUL

São Paulo, 7 de fevereiro de 2024.

EDMILSON FERRAROLI

Secretário(a) da Sessão

Assinado eletronicamente por: EDMILSON FERRAROLI - 07/02/2024 17:54:38 Num. 285207270 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=24020717543834500000282799671
Número do documento: 24020717543834500000282799671
INTIMAÇÃO DE PAUTA DE JULGAMENTO

São Paulo, 30 de novembro de 2023

Processo nº 5024628-78.2020.4.03.6100 (APELAÇÃO CÍVEL (198))

O processo supra foi incluído na Sessão abaixo indicada. Caso


não seja julgado, ressalvado expresso adiamento para Sessão seguinte,
será incluído em nova pauta.

Sessão de Julgamento: SESSÃO VIRTUAL - ambiente


exclusivamente eletrônico - Portaria UTU3 04/2022

Data: 07-02-2024

Horário: 14:00

Local: QUANDO PRESENCIAL OU HÍBRIDA: virtual - Port UTU3 04/2022 -


dj03@trf3.jus.br - Av. Paulista, 1842, Torre Sul, Cerqueira Cesar, São
Paulo - SP - Tribunal Regional Federal da 3ª Região - São Paulo/SP

Destinatário: Ministério Público Federal

Nas sessões presenciais as partes poderão comunicar seu


interesse na realização de sustentação oral, antecipadamente, e,
preferencialmente, até 48 horas antes do horário indicado para a sua
realização, por meio de formulário eletrônico disponibilizado no portal do
Tribunal, ou presencialmente, até o início da sessão de julgamento. Sendo a
sessão exclusivamente presencial e havendo viabilidade técnica, a
sustentação oral de advogado com domicílio profissional em cidade diversa
de onde está sediado o Tribunal poderá ser realizada por videoconferência,
desde que requerida exclusivamente por meio de formulário eletrônico
disponibilizado no portal do Tribunal, até as quinze horas do dia útil anterior
ao da sessão, conforme previsto no art. 937, § 4º do CPC c/c art. 142,
Parágrafo Único, do RITRF3.

Nas sessões eletrônicas virtuais, o requerimento de sustentação

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 30/11/2023 11:56:35 Num. 283096101 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23113011563553800000280739488
Número do documento: 23113011563553800000280739488
Nas sessões eletrônicas virtuais, o requerimento de sustentação
oral poderá implicar adiamento do julgamento do processo, para realização
em sessão presencial.

Maiores informações sobre a sessão, inclusive acerca da


ferramenta eletrônica utilizada, quando for o caso, poderão ser obtidas pelo
e-mail da subsecretaria processante disponibilizado no sítio da internet do
Tribunal.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 30/11/2023 11:56:35 Num. 283096101 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23113011563553800000280739488
Número do documento: 23113011563553800000280739488
INTIMAÇÃO DE PAUTA DE JULGAMENTO

São Paulo, 30 de novembro de 2023

Processo nº 5024628-78.2020.4.03.6100 (APELAÇÃO CÍVEL (198))

O processo supra foi incluído na Sessão abaixo indicada. Caso


não seja julgado, ressalvado expresso adiamento para Sessão seguinte,
será incluído em nova pauta.

Sessão de Julgamento: SESSÃO VIRTUAL - ambiente


exclusivamente eletrônico - Portaria UTU3 04/2022

Data: 07-02-2024

Horário: 14:00

Local: QUANDO PRESENCIAL OU HÍBRIDA: virtual - Port UTU3 04/2022 -


dj03@trf3.jus.br - Av. Paulista, 1842, Torre Sul, Cerqueira Cesar, São
Paulo - SP - Tribunal Regional Federal da 3ª Região - São Paulo/SP

Destinatário: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

Nas sessões presenciais as partes poderão comunicar seu


interesse na realização de sustentação oral, antecipadamente, e,
preferencialmente, até 48 horas antes do horário indicado para a sua
realização, por meio de formulário eletrônico disponibilizado no portal do
Tribunal, ou presencialmente, até o início da sessão de julgamento. Sendo a
sessão exclusivamente presencial e havendo viabilidade técnica, a
sustentação oral de advogado com domicílio profissional em cidade diversa
de onde está sediado o Tribunal poderá ser realizada por videoconferência,
desde que requerida exclusivamente por meio de formulário eletrônico
disponibilizado no portal do Tribunal, até as quinze horas do dia útil anterior
ao da sessão, conforme previsto no art. 937, § 4º do CPC c/c art. 142,
Parágrafo Único, do RITRF3.

Nas sessões eletrônicas virtuais, o requerimento de sustentação

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 30/11/2023 11:56:34 Num. 283096084 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23113011563431300000280739471
Número do documento: 23113011563431300000280739471
Nas sessões eletrônicas virtuais, o requerimento de sustentação
oral poderá implicar adiamento do julgamento do processo, para realização
em sessão presencial.

Maiores informações sobre a sessão, inclusive acerca da


ferramenta eletrônica utilizada, quando for o caso, poderão ser obtidas pelo
e-mail da subsecretaria processante disponibilizado no sítio da internet do
Tribunal.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 30/11/2023 11:56:34 Num. 283096084 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23113011563431300000280739471
Número do documento: 23113011563431300000280739471
INTIMAÇÃO DE PAUTA DE JULGAMENTO

São Paulo, 30 de novembro de 2023

Processo nº 5024628-78.2020.4.03.6100 (APELAÇÃO CÍVEL (198))

O processo supra foi incluído na Sessão abaixo indicada. Caso


não seja julgado, ressalvado expresso adiamento para Sessão seguinte,
será incluído em nova pauta.

Sessão de Julgamento: SESSÃO VIRTUAL - ambiente


exclusivamente eletrônico - Portaria UTU3 04/2022

Data: 07-02-2024

Horário: 14:00

Local: QUANDO PRESENCIAL OU HÍBRIDA: virtual - Port UTU3 04/2022 -


dj03@trf3.jus.br - Av. Paulista, 1842, Torre Sul, Cerqueira Cesar, São
Paulo - SP - Tribunal Regional Federal da 3ª Região - São Paulo/SP

Destinatário: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA


LTDA

Nas sessões presenciais as partes poderão comunicar seu


interesse na realização de sustentação oral, antecipadamente, e,
preferencialmente, até 48 horas antes do horário indicado para a sua
realização, por meio de formulário eletrônico disponibilizado no portal do
Tribunal, ou presencialmente, até o início da sessão de julgamento. Sendo a
sessão exclusivamente presencial e havendo viabilidade técnica, a
sustentação oral de advogado com domicílio profissional em cidade diversa
de onde está sediado o Tribunal poderá ser realizada por videoconferência,
desde que requerida exclusivamente por meio de formulário eletrônico
disponibilizado no portal do Tribunal, até as quinze horas do dia útil anterior
ao da sessão, conforme previsto no art. 937, § 4º do CPC c/c art. 142,
Parágrafo Único, do RITRF3.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 30/11/2023 11:56:33 Num. 283096067 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23113011563345900000280739454
Número do documento: 23113011563345900000280739454
Nas sessões eletrônicas virtuais, o requerimento de sustentação
oral poderá implicar adiamento do julgamento do processo, para realização
em sessão presencial.

Maiores informações sobre a sessão, inclusive acerca da


ferramenta eletrônica utilizada, quando for o caso, poderão ser obtidas pelo
e-mail da subsecretaria processante disponibilizado no sítio da internet do
Tribunal.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 30/11/2023 11:56:33 Num. 283096067 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23113011563345900000280739454
Número do documento: 23113011563345900000280739454

RELATOR:

OUTROS PARTICIPANTES:

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que dirigi-me ao endereço indicado, oportunidade em que verifiquei que
fui atendido pelo porteiro o qual me informou que naquele endereço não há Universal
Tecnologia. Trata-se de prédio residencial. Disse ainda que chegam várias
correspondências pra empresa e são elas devolvidas por se tratar de empresa desconhecida.
Assim, por não tê-la encontrado, DEIXEI DE INTIMAR a empresa UNIVERSAL
TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA LTDA e, com isso, devolvo o presente mandado
para as cautelas de estilo. O referido é verdade e dou fé. São Paulo, 10 de maio de 2023.

São Paulo, 11 de maio de 2023.

Assinado eletronicamente por: JULIO CESAR MARQUETI RODRIGUES - 11/05/2023 10:37:27 Num. 273916824 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23051110372708000000271794703
Número do documento: 23051110372708000000271794703
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100
RELATOR: Gab. 09 - JUÍZA CONVOCADA LESLEY GASPARINI
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Advogado do(a) APELADO: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287-A

MANDADO DE INTIMAÇÃO

O(A) EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DESEMBARGADOR(A) FEDERAL RELATOR(A), NOS


AUTOS ACIMA REFERIDOS,

MANDA, a qualquer Oficial de Justiça deste Tribunal que, em cumprimento ao presente mandado,
intime UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA LTDA , na pessoa de seu Procurador e/ou
Representante Legal, com endereço na rua Capitão Faustino Lima, nº 321, apto 102, sala 01, Brás, CEP
03040-030, nesta Capital, da r. decisão/despacho proferida nos autos em epigrafe, cuja cópia segue como
parte integrante do presente.

CUMPRA-SE, lavrando as certidões necessárias que trará a Juízo para os devidos e legais efeitos.

Dado, passado e assinado pelo(a) Técnico(a)/Analista da Divisão de Expedição e Cumprimento da


Subsecretaria Unificada de Turmas da 2ª Seção, por ordem do(a) Excelentíssimo(a) Senhor(a)
Desembargador(a) Federal Relator(a).

São Paulo, 29 de março de 2023.

Assinado eletronicamente por: MARCUS ROBERTO MARSICO LOMBARDI - 29/03/2023 15:25:50 Num. 272019367 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23032915255059400000269950732
Número do documento: 23032915255059400000269950732
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
3ª Turma

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100


RELATOR: Gab. 09 - JUÍZA CONVOCADA LESLEY GASPARINI
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Advogado do(a) APELADO: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287-A
OUTROS PARTICIPANTES:

DESPACHO

ID 269691542: Considerando a renúncia de poderes do patrono da parte


autora/apelada, intime-se a empresa UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA
LTDA para regularizar sua representação processual, no prazo de 15 dias.

Após, tornem os autos conclusos.

Int.

Assinado eletronicamente por: LESLEY GASPARINI - 29/03/2023 14:25:05 Num. 271986699 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23032914250544100000269918398
Número do documento: 23032914250544100000269918398
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR FEDERAL DO
TRIBUNAL REGIONAL DA 3ª REGIÃO - 3ª Turma – GabINETE 9 –– DOUTOR
NELTON DOS SANTOS

APELAÇÃO Nº 5024628-78.2020.403.6100

PARTES: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA X UNIÃO


FEDERAL

VALDIR SANTANA RAIMUNDO, advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do


Brasil subsecção de São Paulo sob o número 176287, com endereço profissional
situado na Rua Valdomiro Gonzaga Silva nº 644, Jardim das Oliveiras, São Paulo,
SP. CEP 08111-540, e-mail vsradv@terra.com.br, telefone 99811-0028, vêm, mui,
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 112 do
Código de Processo Civil vigente e § 3º, do art. 5º, da Lei 8.906/94, informar que
renunciou ao mandato outorgado pela empresa UNIVERSAL TECNOLOGIA EM
INFORMATICA LTDA

Minha renuncia se deu, pois, fui informado pela assessoria tributária com a qual
tenho contrato vigente, de que não há mais relação comercial entre a Assessoria
que representava os interesses desta empresa, ora outorgante, em conjunto com a
minha contratante. Sendo certo ainda, que minha contratante informou-me que que
não existe o interesse da outorgante, de continuar com minha atuação no presente
processo, razões estas que a renuncia se efetivou.

Informa que já comunicou ao outorgante e os demais interessados desta decisão,


via de e-mail, endereçada ao seu representante legal, o que se comprova neste ato,
com a juntada da citada correspondencia eletrônica, datada de 23 de janeiro de
2023 em anexo. Cumprida assim a exigência do § 1º, do artigo 112 do CPC de 2015.

Portanto, com asteio no art. 112 do CPC e na Lei 8.906/94, este causídico roga pela
exclusão de seu nome das publicações oficiais que eventualmente possam ser
realizadas procedendo-se de pronto essa alteração perante o cartório distribuidor, na
forma legal.

Nestes termos, com os inclusos documentos

Pede deferimento.

São Paulo, 23 de janeiro de 2023.

VALDIR SANTANA RAIMUNDO


OAB/SP nº 176.287

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 07/02/2023 20:45:16 Num. 269691542 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23020720451643200000267686783
Número do documento: 23020720451643200000267686783
RENUNCIA PROCURAÇÃO PROC 5030549-81-2021 e 5024628-78.2020
UNIVERSAL
De: DR. VALDIR <vsradv@terra.com.br>

Para:
juniorvalter@gmail.com

Data: Ter 24/01/23 19:04

Anexos: 01-2023 RENUNCIA DE MANDATO UNIVERSAL.pdf (20 KB); Acórdão 5024628-78.2020.403.6100.pdf (115 KB);

Segue renuncia das procurações outorgadas em meu nome por esta empresa UNIVERSAL TECNOLOGIA conforme
explicado na correspondencia anexa a este e-mail. Mando também cópia do Acórdão (decisão do recurso) em que a decisão
de exclusão do ISS da base de cálculo foi mantida.

Dúvidas estou à disposição.

Dr. Valdir Santana Raimundo

Tel. 11 99811-0028

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 07/02/2023 20:45:16 Num. 269691544 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23020720451658600000267686785
Número do documento: 23020720451658600000267686785
RENUNCIA DE MANDATO

VALDIR SANTANA RAIMUNDO, advogado, inscrito na OAB/SP sob o número


176.287, com escritório situado na rua Valdomiro Gonzaga Silva nº 644, Jardim
das Oliveiras, São Paulo, com telefone de número 11 99811-0028 e e-mail
vsradv@terra.com.br, vem notificar vossa empresa UNIVERSAL
TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA, pessoa jurídica de direito privado,
inscrito no CNPJ sob o nº 12.530.038/0001-55, com sede na Avenida Paulista
nº 2073, Bela Vista, São Paulo, CEP 01311-300 e-mail juniorvalter@gmail.com
na pessao de seu sócio Henrique Matias de Freitas Oliveira, brasileiro, casado,
empresário, portador da cédula de identidade RG nº 26.867.841-8 SSP/SP, de que neste
ato estou RENUNCIANDO ao mandato judicial a mim outorgado para patrocinar seus
interesses nos processos abaixo relacionados:

PROCESSO Nº 5030549-81.2021.4.03.6100 que tramitou na 19ª Vara Cível


Federal de São Paulo, visando a suspensão de exigibilidade de processos
administrativos 10880912455/2021.06 e 10880.912.456/2021-42 que não
consideraram as compensações realizadas de forma administrativa junto a
Receita Federal com base na exclusão do ISS da base de cálculo do PIS e
COFINS. Este processo aguarda julgamento do mérito, sendo que a liminar de
suspenção não foi deferida pelo Juízo.

PROCESSO Nº 5024628-78.2020.4.03.6100 que tramita na 1ª Vara Cível


Federal de São Paulo, distribuído em 30/11/2020 peliteando a exclusão do da
base de cálculo do PIS e COFINS, julgado procedente. A União-Fazenda
Nacional recorreu da decisão no Tribunal e perdeu novamente em dezembro
de 2022 (junto a decisão nesta renuncia). Como de direito a União ingressou
com outra medida chamada EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, da qual irei me
manifestar, conforme determinado pelo Juiz.

1 – Minha renuncia se dá, pois, fui informado pela assessoria tributária com a
qual tenho contrato vigente, de que não há mais relação comercial entre vossa
empresa e a mesma, bem como os contratantes desta, no que tange as
situações tributárias e afins, nas quais houve ou haja atuação em nome desta
empresa. Sendo certo ainda que minha contratante informou-me que foi
avisada por seu contato que não existe o interesse por vós, de continuar com
minha atuação nos processos supra citados.

2 - Por essa razão, venho notificá-lo via de e-mail que constam do mandato de
procuração e demais documentos desta empresa a renúncia dos poderes a
mim outorgados via de procuração ad judicia, como sobredito.

3 – Informo que nesta data estarei anexando aos autos do processo esta
renúncia, seguindo o que determina o artigo o artigo 112 do Código de
Processo Civil vigente, e também o parágrafo 3º, do artigo 5º, da Lei 8.906/94.

4 – Finalizo pondo-me à disposição para eventuais esclarecimentos nos


contatos que constam desta renuncia.

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 07/02/2023 20:45:16 Num. 269691545 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23020720451651600000267686786
Número do documento: 23020720451651600000267686786
Sem mais, atenciosamente.

São Paulo, 23 de janeiro de 2023.

Valdir Santana Raimundo


OAB/SP Nº 176.287

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 07/02/2023 20:45:16 Num. 269691545 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23020720451651600000267686786
Número do documento: 23020720451651600000267686786
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR FEDERAL DO
TRIBUNAL REGIONAL DA 3ª REGIÃO - 3ª Turma – GabINETE 9 ––
DOUTOR NELTON DOS SANTOS

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5024628-78.2020.4.03.6100

UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA qualificada nos autos


do processo em epígrafe que move em face da UNIÃO FEDERAL –
FAZENDA vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência se
manifestar ante os EMBARGOS DE DECLARAÇÃO interposto pela UNIÃO,
nos seguintes termos:

I - PRELIMINARMENTE

1 – Diferente do que alega a embargante, denota-se que sua peça processual


é meramente protelatória, pois, em que pese ser possível o ingresso de mais
recursos junto ao Supremo Tribunal Federal quanto ao tema 118 que trata da
exclusão do ISSQN da base de cálculo do PIS e COFINS, por tudo o que
consta em todas as decisões proferidas até a presente data, se verifica que a
modulação nos termos do tema 69 que trata da exclusão do ICMS é questão
de tempo e inevitável, pois, se trata da mesma inconstitucionalidade já
pacificada em nossa Corte Suprema.

Portanto, com a devida vênia, os presentes embargos não devem ser


acolhidos, bem como a decisão deste Tribunal não merece qualquer reforma
o que se requer.

II – DO MÉRITO

Como já pacificado em todos os Tribunais Nacionais a exclusão do ISS da


base de cálculo das contribuições PIS e COFINS decorre da ausência de
natureza jurídica de receita ou faturamento daquela parcela, visto que apenas
representa o ingresso de valores no caixa da pessoa jurídica, que é obrigada
a repassar aqueles ao Município.

Não existe a entrada de valores a título de ISS no caixa da


pessoa jurídica é uma receita do Município e como tal não pode ser
considerado como faturamento da embargada.

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 07/02/2023 20:37:13 Num. 269691539 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23020720371332700000267686780
Número do documento: 23020720371332700000267686780
O ISS é imposto indireto no qual o ônus financeiro é transferido
para o consumidor final, tornando-se este o contribuinte de fato da exação.

Assim, o sujeito passivo do tributo - aquele que realiza a


prestação de serviços - apenas tem o dever de recolher os valores atinentes
ao ISS e repassá-las ao seu efetivo sujeito ativo, qual seja, o Município ou o
Distrito Federal, mostrando-se, incontestavelmente, despido da natureza
jurídica de receita em favor do Embargado.

Neste sentido é a jurisprudência desta Corte Regional e desta


Terceira Turma:

"DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. DUPLO


AGRAVO INOMINADO. EXECUÇÃO FISCAL. ICMS. EXCLUSÃO
DA BASE DE CÁLCULO DO PIS/COFINS. VALIDADE.
APROVEITAMENTO DO TÍTULO. JURISPRUDÊNCIA
CONSOLIDADA. RECURSOS DESPROVIDOS.

1. Consolidada a jurisprudência da Suprema Corte, a quem cabe


o exame definitivo da matéria constitucional, no sentido da
inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do
PIS e da COFINS, conforme RE 240.785, Rel. Min. MARCO
AURÉLIO, DJE 16/12/2014.

2. A orientação no plano constitucional, a partir do precedente


citado, foi adotada, recentemente, no seguinte julgado do
Superior Tribunal de Justiça, em que se afastou, inclusive, a
incidência das respectivas Súmulas 68 e 94, conforme AgRg no
ARESP 593.627, Rel. p/ acórdão Min. REGINA HELENA COSTA,
DJe 07/04/2015.

3. Embora cabível excluir o ICMS da base de cálculo das


contribuições, não se reconhece a nulidade da execução fiscal,
que deve prosseguir pelo saldo efetivamente devido, não se
cogitando, de extinção da execução fiscal, na conformidade da
jurisprudência consolidada.

4. Agravos inominados desprovidos."

(TRF 3ª Região, TERCEIRA TURMA, AI 0030027-


53.2014.4.03.0000, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL
CARLOS MUTA, julgado em 21/05/2015, e-DJF3 Judicial 1
DATA:28/05/2015)

Assim, com a devida vênia, o reconhecimento da exclusão do


ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS pode ser aplicado ao caso
do ISS, em razão da própria inexistência de natureza de receita ou
faturamento destas parcelas, neste sentido é a jurisprudência:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 07/02/2023 20:37:13 Num. 269691539 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23020720371332700000267686780
Número do documento: 23020720371332700000267686780
"DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUCIONAL E
TRIBUTÁRIO. AGRAVO INOMINADO. ISS. INCLUSÃO. BASE
CÁLCULO PIS/COFINS. IMPOSSIBILIDADE. ENTENDIMENTO
JURISPRUDENCIAL CONSOLIDADO. RECURSO
DESPROVIDO.

1. Embora a hipótese verse, exclusivamente, sobre a


inclusão do ISS na base de cálculo do PIS/COFINS, é
pertinente, na solução do caso concreto, destacar a
jurisprudência firmada na questão do ICMS, considerando a
identidade de fundamentação e tratamento da controvérsia.

2. Consolidada a jurisprudência da Suprema Corte, a quem cabe


o exame definitivo da matéria constitucional, no sentido da
inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do
PIS e da COFINS.

3. Recurso desprovido."

(TRF 3ª Região, TERCEIRA TURMA, AMS 0005905-


84.2012.4.03.6130, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL
CARLOS MUTA, julgado em 26/02/2015, e-DJF3 Judicial 1
DATA:03/03/2015)

Requerendo assim seja mantido, portanto, o reconhecimento do direito à


exclusão do ISS da base de cálculo do PIS e da COFINS, não devendo ser
provido os embargos de declaração interposto.

Nestes termos, pede deferimento.


São Paulo, 20 de janeiro de 2023.

VALDIR SANTANA RAIMUNDO


OAB SP Nº 176287

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 07/02/2023 20:37:13 Num. 269691539 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23020720371332700000267686780
Número do documento: 23020720371332700000267686780
Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 07/02/2023 20:37:13 Num. 269691539 - Pág. 4
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23020720371332700000267686780
Número do documento: 23020720371332700000267686780
Ciente nada a opor

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 07/02/2023 20:35:58 Num. 269691538 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23020720355877900000267686779
Número do documento: 23020720355877900000267686779
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100
RELATOR: Gab. 09 - DES. FED. NELTON DOS SANTOS
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Advogado do(a) APELADO: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287-A
OUTROS PARTICIPANTES:

DESPACHO

Intime(m)-se a(s) parte(s) embargada(s) para os fins do art. 1.023, § 2º, do Código de
Processo Civil.
São Paulo, 20 de janeiro de 2023.

jlacruz

Assinado eletronicamente por: NELTON AGNALDO MORAES DOS SANTOS - 23/01/2023 11:24:10 Num. 268995473 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23012311241060800000267011070
Número do documento: 23012311241060800000267011070
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100
RELATOR: Gab. 09 - DES. FED. NELTON DOS SANTOS
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Advogado do(a) APELADO: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287-A

CERTIDÃO

Certifico que os Embargos de Declaração foram opostos no prazo legal.

São Paulo, 18 de janeiro de 2023.

Assinado eletronicamente por: GILSON DE OLIVEIRA PEREIRA - 18/01/2023 16:29:22 Num. 268905664 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23011816292205200000266922682
Número do documento: 23011816292205200000266922682
Segue em anexo Embargos de Declaração.

Assinado eletronicamente por: DANIELA REIKO YOSHIDA SHIMIZU - 17/01/2023 15:30:57 Num. 268380603 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=23011715305751200000266407373
Número do documento: 23011715305751200000266407373
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Divisão de Defesa de 2ª Instância - DIDE2

EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) DESEMBARGADOR(A)


FEDERAL RELATOR(A) DA COLENDA TURMA DO EGRÉGIO TRIBUNAL
REGIONAL FEDERAL DA TERCEIRA REGIÃO

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100


RELATOR: Gab. 09 - DES. FED. NELTON DOS SANTOS
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL
APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA

A UNIÃO (Fazenda Nacional), por seu procurador que esta subscreve,


vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fulcro no art. 1.022 e
seguintes do Código de Processo Civil, opor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
diante das seguintes razões de fato e de direito a seguir deduzidas.

Trata-se de embargos de declaração interposto em face de v. acórdão que,


em resumo, entendeu que a posição do E. STF externada no julgamento do RE 574.706,
que decidiu, em repercussão geral, que “o ICMS não compõe a base de cálculo para
fins de incidência do PIS e da COFINS”, seria aplicável também à hipótese do ISS.

Os presentes embargos declaratórios são apresentados com a precípua


finalidade de prequestionar explicitamente os dispositivos legais, a fim de viabilizar
a interposição de recurso especial e/ou extraordinário para as Cortes Superiores.

A propósito do prequestionamento, lembramos o teor da Súmula n° 98


do Superior Tribunal de Justiça:

“Embargos de declaração manifestados com notório propósito de


prequestionamento não tem caráter protelatório”.

Apreciando questão relativa ao prequestionamento, o Pretório Excelso


assim se manifestou no AI no. 135.005-9-PA, relato pelo Min. Marco Aurélio, DJU de
26/10/90, pág. 11.979:

“O simples fato de determinada matéria haver sido veiculada em razão de recurso


não revela o prequestionamento. Este pressupõe o debate prévio e, portanto, a

Assinado eletronicamente por: DANIELA REIKO YOSHIDA SHIMIZU - 17/01/2023 15:30:57 Num. 268857739 - Pág. 1
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adoção de entendimento explícito pelo órgão investido do oficio judicante, sobre a


matéria. Para dizer do enquadramento do recurso julgado pela Corte de origem
com o preceito constitucional, mas sim o teor do próprio acórdão proferido e que
se pretende alvejar”.

Em outra decisão, o Supremo Tribunal Federal deixou assente o seguinte:

Ag. Reg. Em RE no. 146-0-SP.


RELATOR: MIN. MARCO AURELIO.
AGRAVANTE; ESTADO DE SAO PAULO
AGRAVADOS CLAUDIA MARQUES PEREIRA E OUTROS
(DJU de 7//93,pág. 8334)
“Diz-se prequestionada determinada matéria quando o órgão julgador haja
adotado entendimento explicito a respeito. Verificada a omissão, incumbe a parte
protocolar embargos declaratórios, no que consubstanciam verdadeiro ônus
processual. A persistência do órgão julgador no erro de proceder desafia a
veiculação, no extraordinário, não da matéria sobre a qual não chegou a haver
omissão do juízo, mas de transgressão ao devido processo legal com o pedido de
declaração de nulidade do provimento. Impossível e atribuir aos declaratórios
efeito que eles não tem, ou seja, de, pelo simples conteúdo, revelarem o
prequestionamento, que nada mais e do que o debate e a decisão prévios do
tema.”

Em seu voto, o eminente Ministro Marco Aurélio preleciona:

“(...) Os declaratórios têm por finalidade o afastamento de um dos vícios que os


ensejam – obscuridade, dúvida, contradição ou omissão – mostrando-se
verdadeiro ônus processual. Constatado o vicio de procedimento e a persistência
deste, em que pese o alerta revelado pela interposição dos declaratórios, de nada
adianta a parte sequiosa de ver a matéria de fundo analisada em sede
extraordinária veiculá-la nas razões do extraordinário. Ao invés de empreender-se
defesa em face do vício do julgamento, deve-se argüir o de procedimento,
reclamando o reconhecido da nulidade do provimento judicial. Não é demais
repetir que se diz prequestionada determinada matéria quando o Órgão julgador
haja adotado entendimento explícito a respeito....”

Assim, plenamente possível a interposição dos presentes embargos


declaratórios com o intuito de prequestionamento.

QUANTO À APLICAÇÃO DO PRECEDENTE DO RE 574.706 QUE SE LIMITA


À EXCLUSÃO DO ICMS DA BASE DE CÁLCULO DO PIS/COFINS–
DISTINÇÃO ENTRE A SITUAÇÃO DO ISSQN E A DO ICMS - MATÉRIA
JULGADA PELO STJ NO RITO DO ART. 543-C DO CPC – APLICAÇÃO DO
ART. 927, III, DO CPC - SOBRESTAMENTO DO FEITO

O v. acórdão embargado manteve o entendimento de que incide, no presente


caso, o quanto decidido no RE 574.706/PR, consignando que, em relação ao RE
592.616- RG/RS (Tema 118), a pendência de julgamento não provoca a necessidade de
sobrestamento do feito, tendo em vista que não houve determinação expressa nesse
sentido no referido recurso.

Assinado eletronicamente por: DANIELA REIKO YOSHIDA SHIMIZU - 17/01/2023 15:30:57 Num. 268857739 - Pág. 2
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Todavia, não houve o devido enfrentamento dos fundamentos


determinantes do RE 574.706/PR (Tema 69) e dos limites efetivos do referido
precedente, em cotejo com a situação do ISSQN, que possui regime jurídico
distinto do ICMS. Com efeito, o ISSQN encontra-se disciplinado no art. 156, III e
§3º da CF, o que implica em exame de fundamentos constitucionais diversos
daqueles adotados pelo v. acórdão ora embargado, tanto assim que constam como
temas diferentes no E. STF.

Com efeito, no referido julgamento (RE 574.706/PR), o E. STF considerou


o regime de não-cumulatividade que deriva do exame do art. 155, §2º, inciso I, da CF,
partindo da análise acerca da natureza jurídica do imposto estadual quando do ingresso
na contabilidade empresarial.

A rationale da decisão decorre da premissa de que valores que transitam sob


a rubrica do ICMS não qualificariam o conceito de faturamento/receita (art. 195, I, “b”,
da CF), entendendo-se que o imposto estadual cobrado do adquirente do produto não
representa o ingresso de receita, mas mero ingresso temporário de valores, por se tratar
de entrada destinada ao pagamento de despesa predeterminada (pela legislação
tributária).

Portanto, o precedente do STF deve ser aplicado restritivamente (e no


aspecto temporal a ser definido pelo STF), justamente porque traçou limites, fixando-os
no conceito de faturamento, que excluiria tão-somente o ICMS.

Reitere-se que a decisão do STF de que o ICMS não pode ser calculado na
composição da base de cálculo do PIS/COFINS é exceção à compreensão geral de que
tributo pode efetivamente compor base de cálculo de qualquer outro tributo (RE
582.461/SP, RE 212.209).

Cabe considerar que o princípio da não-cumulatividade não se aplica ao


imposto municipal e, conforme regência da Lei Complementar nº 116, de 2003, a base
de cálculo do ISSQN será exclusivamente o preço do serviço, não havendo qualquer
previsão de obrigação jurídica de repasse do valor correspondente na fatura de serviço,
seja integrando o preço (caso do ICMS), ou mesmo por fora (caso do IPI).

Assim, como não há imposição de obrigação jurídica de repasse (como


acontece como o ICMS e IPI), quando o prestador de serviço transfere o montante do
ISSQN no preço (“cálculo por dentro”), o repasse é meramente econômico, de modo
que a arrecadação deste preço, no aspecto jurídico, é integralmente receita, não podendo
ser excluído da base de cálculo do PIS e da COFINS.

Afirma-se, outrossim, que o montante do imposto municipal não se


consubstancia em parcela dedutível do preço, porquanto não houve a pressuposição de
que tenha sido nele repassado por dever jurídico. De modo que o preço – aqui
juridicamente considerado – será incorporado ao patrimônio do prestador de serviço em
sua totalidade.

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Esta é a redação do art. 7º da LC 116/2003:

“Art. 7º A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.

§ 1º Quando os serviços descritos pelo subitem 3.04 da lista anexa forem prestados
no território de mais de um Município, a base de cálculo será proporcional,
conforme o caso, à extensão da ferrovia, rodovia, dutos e condutos de qualquer
natureza, cabos de qualquer natureza, ou ao número de postes, existentes em cada
Município.
§ 2º Não se incluem na base de cálculo do Imposto Sobre Serviços de Qualquer
Natureza:

I - o valor dos materiais fornecidos pelo prestador dos serviços previstos nos itens
7.02 e 7.05 da lista de serviços anexa a esta Lei Complementar;

Quanto ao contribuinte do ISS, determina o art. 5º da Lei Complementar n.º


116, de 2003:

“Art. 5º Contribuinte é o prestador do serviço.”

Os dispositivos da LC n.º 116, de 2003, ora mencionados, deixam claro que


a base de cálculo do ISS é exclusivamente o preço do serviço e que o contribuinte desse
imposto é o prestador de serviço, que pode (ou não) embutir no seu preço custos
operacionais em que incorre, dentre os quais se encontra o ISSQN, caso em que esse
imposto vai integrar o valor do serviço e compor o seu preço.

Vê-se, assim, que a ratio decidendi aplicada no julgamento do RE


574.706/PR não se enquadra à moldura legal do ISSQN.

E, se por um lado a questão atinente à inclusão do ISS na base e cálculo da


COFINS e do PIS encontra-se pendente de julgamento no STF, no RE 592.616/RS, com
Repercussão Geral reconhecida, por outro, a matéria foi apreciada pelo STJ, no rito do
art. 543-c do CPC/73, no RESP 1.330.737/SP (Tema 634).

O E. Superior Tribunal de Justiça, em recurso repetitivo, analisou questão


idêntica à dos autos, firmando a compreensão de que o valor do ISSQN integra o
conceito de receita bruta ou faturamento, de modo que não pode ser deduzido da base de
cálculo do PIS e da COFINS. Cabe transcrever a ementa do julgado:

TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE


CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC E RESOLUÇÃO STJ N. 8/2008.
PRESTADOR DE SERVIÇO. PIS E COFINS. INCLUSÃO DO ISSQN NO
CONCEITO DE RECEITA OU FATURAMENTO. POSSIBILIDADE.
INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO DOS ARTS. 109 E 110 DO CTN.

1. Para efeitos de aplicação do disposto no art. 543-C do CPC, e levando em


consideração o entendimento consolidado por esta Corte Superior de Justiça, firma-
se compreensão no sentido de que o valor suportado pelo beneficiário do serviço,

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nele incluindo a quantia referente ao ISSQN, compõe o conceito de receita ou


faturamento para fins de adequação à hipótese de incidência do PIS e da COFINS.

2. A orientação das Turmas que compõem a Primeira Seção deste Tribunal


Superior consolidou-se no sentido de que "o valor do ISSQN integra o conceito
de receita bruta, assim entendida como a totalidade das receitas auferidas com
o exercício da atividade econômica, de modo que não pode ser dedutível da
base de cálculo do PIS e da COFINS" (...)

3. Nas atividades de prestação de serviço, o conceito de receita e faturamento


para fins de incidência do PIS e da COFINS deve levar em consideração o
valor auferido pelo prestador do serviço, ou seja, valor desembolsado pelo
beneficiário da prestação; e não o fato de o prestador do serviço utilizar parte
do valor recebido pela prestação do serviço para pagar o ISSQN - Imposto
Sobre Serviços de Qualquer Natureza. Isso por uma razão muito simples: o
consumidor (beneficiário do serviço) não é contribuinte do ISSQN.

4. O fato de constar em nota fiscal informação no sentido de que o valor com o


qual arcará o destinatário do serviço compreende quantia correspondente ao valor
do ISSQN não torna o consumidor contribuinte desse tributo a ponto de se acolher
a principal alegação das recorrentes, qual seja, de que o ISSQN não constituiu
receita porque, em tese, diz respeito apenas a uma importância que não lhe
pertence (e sim ao município competente), mas que transita em sua contabilidade
sem representar, entretanto, acréscimo patrimonial.

5. Admitir essa tese seria o mesmo que considerar o consumidor como sujeito
passivo de direito do tributo (contribuinte de direito) e a sociedade empresária, por
sua vez, apenas uma simples espécie de "substituto tributário", cuja
responsabilidade consistiria unicamente em recolher aos cofres públicos a exação
devida por terceiro, no caso o consumidor. Não é isso que se tem sob o ponto de
vista jurídico, pois o consumidor não é contribuinte (sujeito passivo de direito da
relação jurídico-tributária).

6. O consumidor acaba suportando o valor do tributo em razão de uma política do


sistema tributário nacional que permite a repercussão do ônus tributário ao
beneficiário do serviço, e não porque aquele (consumidor) figura no polo passivo
da relação jurídico-tributária como sujeito passivo de direito.

7. A hipótese dos autos não se confunde com aquela em que se tem a chamada
responsabilidade tributária por substituição, em que determinada entidade, por
força de lei, figura no polo passivo de uma relação jurídico-tributária obrigacional,
cuja prestação (o dever) consiste em reter o tributo devido pelo substituído para,
posteriormente, repassar a quantia correspondente aos cofres públicos. Se fosse
essa a hipótese (substituição tributária), é certo que a quantia recebida pelo
contribuinte do PIS e da COFINS a título de ISSQN não integraria o conceito de
faturamento. No mesmo sentido se o ônus referente ao ISSQN não fosse
transferido ao consumidor do serviço. Nesse caso, não haveria dúvida de que o
valor referente ao ISSQN não corresponderia a receita ou faturamento, já que
faticamente suportado pelo contribuinte de direito, qual seja, o prestador do
serviço.

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8. Inexistência, portanto, de ofensa aos arts. 109 e 110 do CTN, na medida em


que a consideração do valor correspondente ao ISSQN na base de cálculo do
PIS e da COFINS não desnatura a definição de receita ou faturamento para
fins de incidência de referidas contribuições.

9. Recurso especial a que se nega provimento. (g.n.)


(REsp 1330737/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 10/06/2015, DJe 14/04/2016)

No precedente repetitivo acima, o Superior Tribunal de Justiça afastou a


tese de ofensa aos artigos 109 e 110 do Código Tributário Nacional e firmou
entendimento no sentido de que o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
(ISS/ISSQN) compõe o conceito de receita bruta ou faturamento, de forma a
integrar a base de cálculo do PIS e da COFINS.

Restou salientado no acórdão que, para fins de definição do conceito de


receita ou faturamento, “deve-se levar em conta o valor auferido pelo prestador de
serviço, ou seja, o valor desembolsado pelo beneficiário da prestação; e não o fato de
o prestador do serviço utilizar parte do valor recebido pela prestação do serviço para
pagar o ISS”.

Destaca-se, ainda, o entendimento de que a empresa contribuinte do ISS não


age como mera responsável, substituta ou repassadora de valores para o fisco municipal.
“O simples fato de constar em nota fiscal informação no sentido de que o valor com o
qual arcará o destinatário do serviço compreende quantia correspondente ao valor do
ISSQN não torna o consumidor contribuinte desse tributo”.

Com efeito, o valor devido em decorrência da incidência do ISSQN


constitui um custo próprio da atividade econômica, equivale a uma despesa tributária,
como a do IRPJ, CSLL, PIS e COFINS. O repasse do ônus do imposto no preço final
implica majoração econômica da receita e, portanto, integra o faturamento ou receita da
empresa, para fins de incidência do PIS e da COFINS, não constituindo o ISSQN como
parcela dedutível, seja no conceito de receita bruta dado pelo art. 2º da LC nº 70/91
(receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviço de
qualquer natureza), seja no conceito dos arts. 3º da Lei nº 9.718/98 e 1º das Leis
10.637/02 e 10.833/03 (totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica).

A pretensão de excluir da base de cálculo das contribuições em questão os


valores que, em tese, serão destinados ao recolhimento do ISS, sob o argumento de que
pertencem aos municípios, não é adequada. Esvaziaria o mandamento constitucional
que determina que a COFINS e o PIS devem incidir sobre o “faturamento” (receita
bruta) ou sobre a “receita” (totalidade das receitas auferidas), em vez de ser sobre a
“receita líquida”.

Com efeito, o v. acórdão deixou de enfrentar os fundamentos sobre a


necessidade de observância da tese firmada pelo E. STJ em recurso repetitivo (tema 634
– REsp. 1.330.737/SP), de sobrestamento do processo até julgamento do RE 592.616
(tema 118/STF), bem como de analisar a ratio decidendi que preponderou no RE nº

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574.706-PR, em cotejo com a situação jurídica do ISSQN, o que justifica a oposição dos
presentes aclaratórios, inclusive para fins de prequestionamento.

De fato, o v. acórdão não enfrentou a questão em cotejo com o art. 927, III,
do CPC, que assim dispõe:

“Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:


(...)
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de
demandas repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial
repetitivos” (g.n.).

Ora, enquanto não estabelecidos pela Suprema Corte, nos autos do RE nº


592.616/RS (tema 118), os parâmetros definitivos para análise específica do tema
atinente à inclusão ou não ISS na base de cálculo da COFINS e do PIS, permanece
firme a tese consolidada pelo STJ, no REsp 1330737/SP.

Ainda, entendendo-se pela não aplicação da tese firmada pelo STJ (Tema
634), à luz da sistemática de precedentes obrigatórios, mostra-se de rigor o
sobrestamento do feito até o final julgamento do RE 592616 RG (artigos 1.030, III,
1035, §5º, e 1.036, §1º, do CPC), viabilizando-se a aplicação, no presente caso, da tese
específica sobre a constitucionalidade, ou não, da inclusão do Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza – ISSQN na base de cálculo do PIS e da COFINS a ser definida pelo
E. STF, assim como a regular aplicação dos artigos 927, III, 1.039 e 1.040, do CPC.

Com efeito, uma das finalidades da suspensão dos processos é a busca pela
segurança jurídica, evitando que sejam proferidas decisões divergentes sobre a matéria,
a fim de afastar situações de insegurança e instabilidade, que não se coadunam com o
nosso sistema judicial.

O sistema recursal deve ser visto como uno, e as melhorias trazidas


posteriormente na lei devem ser aplicadas indistintamente, sobretudo se visam
concretizar o princípio constitucional da isonomia, trazer segurança jurídica e
implementar coerência a esse sistema.

Necessária, portanto, a análise da questão à luz dos aspectos acima


declinados e dos dispositivos legais e constitucionais acima citados, reiterando a União
o pedido de suspensão do processo até o trânsito em julgado do acórdão a ser proferido
nos autos do RE nº 592.616.

Nesse diapasão, em razão da repercussão geral reconhecida no RE


592.616/RS (tema 118), a Vice-Presidência desse Egrégio Tribunal Regional
reconhece a necessidade de sobrestamento dos feitos que versam sobre a exclusão
do ISS sobre a base de cálculo do PIS e da COFINS, discutida nesses autos,
conforme decisão proferida no PJe nº 5018596-28.4.03.6100:

Assinado eletronicamente por: DANIELA REIKO YOSHIDA SHIMIZU - 17/01/2023 15:30:57 Num. 268857739 - Pág. 7
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Trata-se de Recurso Extraordinário interposto pela União, com fundamento no art.


102, III, da Constituição Federal, contra acórdão proferido por órgão fracionário
deste E. Tribunal Regional Federal.

Decido.

A matéria veiculada no recurso corresponde à controvérsia a ser objeto de decisão


no RE 592.616/RS, vinculado ao tema 118, no qual foi reconhecida a existência
de repercussão geral pelo Supremo Tribunal Federal (Inclusão de ISS na base de
cálculo do PIS e da COFINS), ainda pendente de julgamento.

O prosseguimento do feito em relação a eventuais outros recursos excepcionais


interpostos é incompatível com a sistemática do microssistema processual de
precedente obrigatório em que a unicidade processual deve ser respeitada.

O juízo de admissibilidade de recurso extraordinário ou especial não pode ser


realizado em etapas ou de forma fracionada. Por este motivo, havendo recurso a
autorizar a suspensão da admissibilidade do expediente, nos termos do art. 1.036
do CPC vigente, mais não cabe senão suspender a marcha processual.

Eventuais recursos, e até mesmo teses ou capítulos recursais, que não cuidem de
matéria submetida ao regime dos recursos representativos de controvérsia, deverão
aguardar o desfecho do capítulo submetido a tal sistemática para, só então, serem
apreciados.

Ante o exposto, com fulcro no art. 1.030, III, do CPC, determino o


sobrestamento do feito até resolução do recurso acima indicado.

No mesmo sentido, decisão proferida no PJe nº 0013873-


06.2014.4.03.6128.

E tal posicionamento permanece mesmo após o julgamento dos


Embargos de Declaração no RE 574.706/PR (Tema 69), conforme verificado no
PJe nº 5007804-85.2018.4.03.6109.

Por todo o exposto, requer-se que seja determinado o sobrestamento do


processo até o final julgamento do RE 592.616, conforme decisões proferidas pela
Vice-Presidência desse Egrégio Tribunal Regional Federal.

Caso assim não entendam Vossas Excelências, requer-se a manifestação


expressa sobre todos os pontos ora ventilados, tendo-se em vista representarem
elementos essenciais da decisão, nos moldes do art. 489, § 1ª, do CPC.

Ressalte-se, além disso, que os presentes embargos declaratórios são


apresentados, também, com a precípua finalidade de prequestionar explicitamente os
dispositivos legais supramencionados, em especial, os artigos 489, §1º, IV a VI, 525,
§13, 926, 927, III, §3º, 1.030, III, 1035, §5º, 1.036, §1º, 1.039 e 1.040, do CPC, 27 da
Lei 9.868/99, 109 e 110 do CTN, 3º da LC 7/70, 2º da LC 70/91, 12, §1º, III e §5º do
Decreto-Lei nº 1.598/77, 3º da Lei nº 9.718/1998, 1º da Lei 10.637/2002 e 1º da Lei

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Número do documento: 23011715305737200000266874994
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional
Procuradoria Regional da Fazenda Nacional - 3ª Região
Divisão de Defesa de 2ª Instância - DIDE2

10.833/2003, 195, I, b, 156, III, §3º, 155, §2º, I, 150, I e 145, §1º, da CF/88, a fim de
viabilizar a interposição de recurso especial e/ou extraordinário para as Cortes
Superiores, a teor das Súmulas 282 e 356 do STF e 98 e 211 do STJ.

Perfeitamente evidenciado, pois, o cabimento dos presentes embargos


declaratórios, com fundamento no artigo 1.022 e seguintes do CPC.

DO PEDIDO

Por todo o exposto, requer a União (Fazenda Nacional):

(i) seja determinado o sobrestamento do processo até o final


julgamento do RE 592.616, conforme decisões proferidas pela Vice-Presidência
desse Egrégio Tribunal Regional Federal da Terceira Região.

(ii) não sendo esse o entendimento de Vossas Excelências, requer-se a


manifestação expressa sobre todos os pontos ora ventilados, tendo-se em vista
representarem elementos essenciais da decisão, nos moldes do art. 489, § 1ª, do CPC,
para que todas as questões sejam analisadas em cotejo com as razões acima
declinadas para fins de prequestionamento, viabilizando o acesso da União às
instâncias recursais Superiores, nos moldes da Súmula 98 do STJ.

(iii) por fim, requer o regular processamento dos presentes embargos de


declaração, para que, devidamente admitidos e providos, venham clarificar o v. acórdão
ora embargado, nos termos acima expostos.

Nestes termos, pede deferimento.

São Paulo, 17 de janeiro de 2023.

DANIELA REIKO YOSHIDA SHIMIZU


PROCURADORA DA FAZENDA NACIONAL

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PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
3ª Turma

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100


RELATOR: Gab. 09 - DES. FED. NELTON DOS SANTOS
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL
APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) APELADO: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287-A
OUTROS PARTICIPANTES:

p{text-align: justify;}

PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
3ª Turma

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100


RELATOR: Gab. 09 - DES. FED. NELTON DOS SANTOS
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Advogado do(a) APELADO: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287-A
OUTROS PARTICIPANTES:

RELATÓRIO

Trata-se de recurso de apelação interposto pela UNIÃO em face da


sentença de procedência, nos autos de ação declaratória de inexigibilidade c/c
repetição de indébito, que reconheceu o direito da parte autora UNIVERSAL
TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA LTDA.. à exclusão dos valores correspondentes ao
ISSQN da base de cálculo das contribuições devidas a título de PIS e COFINS, bem
como à compensação e à restituição dos valores indevidamente recolhidos nos últimos
5 anos anteriores à impetração.

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Número do documento: 22121213203771000000266079714
Houve condenação da União ao pagamento das custas processuais e de
honorários advocatícios fixados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do artigo
85, § 3º, do Código de Processo Civil, as quais deverão ser atualizados por ocasião do
pagamento.

Em suas razões de apelação, a União, sustentou que:

a) o entendimento majoritariamente adotado pelo plenário quanto ao ICMS


no RE 574.706/PR não se aplica ao ISS;

b) o tema debatido no RE 592.616 (Tema 118) ainda está pendente de


julgamento pelo STF, com repercussão geral reconhecida – o que justifica a
suspensão do processo até a conclusão do julgamento;

c) a parcela referente ao ISS, embutida no preço da mercadoria, sem


dúvida compõe esse preço e é um dos elementos formadores do
faturamento da empresa – devendo compor a base de cálculo do PIS e da
COFINS;

d) caso reconhecido o direito à compensação, necessário fazer a


diferenciação entre créditos/débitos anteriores à utilização do eSocial (que
não permitem a compensação cruzada, nos termos da jurisprudência
clássica) e aqueles posteriores, os quais poderão ser compensados nos
termos das modificações introduzidas pela Lei n. 13.670/2018.

e) deve ser afastada a possibilidade de restituição administrativa de


eventuais créditos ante a necessidade de expedição de precatórios,
consoante o artigo 100 da CF/88.

Não houve apresentação de contrarrazões. Subiram os autos a essa E.


Corte Regional.

É o sucinto relatório.

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Número do documento: 22121213203771000000266079714
p{text-align: justify;}

PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
3ª Turma

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100


RELATOR: Gab. 09 - DES. FED. NELTON DOS SANTOS
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Advogado do(a) APELADO: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287-A
OUTROS PARTICIPANTES:

VOTO

O Senhor Desembargador Federal Nelton dos Santos (Relator): O


cerne da presente controvérsia gravita em torno do pleito da autora acerca do
reconhecimento judicial que declare seu direito à exclusão do Imposto sobre Serviços
(ISS) da base de cálculo das contribuições devidas a título de PIS e COFINS, bem
como à declaração do direito à repetição do indébito dos valores recolhidos
indevidamente nos cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação.

Pois bem.

Preliminarmente, afasto o pedido de sobrestamento. Anote-se que o RE nº


592.616, afetado pela sistemática da repercussão geral (tema nº 118), encontra-se
pendente de julgamento, sem a determinação de suspensão dos feitos que tratam de
igual matéria.

Passo ao exame do mérito.

Em que pese a hipótese verse, exclusivamente, sobre a inclusão do ISS na


base de cálculo do PIS/COFINS, é pertinente, na solução do caso concreto, destacar a
jurisprudência firmada na questão do ICMS, considerando a identidade de
fundamentação e tratamento da controvérsia. Veja-se:

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Número do documento: 22121213203771000000266079714
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL.
EXCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS.
DEFINIÇÃO DE FATURAMENTO. APURAÇÃO ESCRITURAL DO ICMS E
REGIME DE NÃO CUMULATIVIDADE. RECURSO PROVIDO.

1. Inviável a apuração do ICMS tomando-se cada mercadoria ou serviço e a


correspondente cadeia, adota-se o sistema de apuração contábil. O
montante de ICMS a recolher é apurado mês a mês, considerando-se o
total de créditos decorrentes de aquisições e o total de débitos gerados nas
saídas de mercadorias ou serviços: análise contábil ou escritural do ICMS.

2. A análise jurídica do princípio da não cumulatividade aplicado ao ICMS


há de atentar ao disposto no art. 155, § 2º, inc. I, da Constituição da
República, cumprindo-se o princípio da não cumulatividade a cada
operação.

3. O regime da não cumulatividade impõe concluir, conquanto se tenha a


escrituração da parcela ainda a se compensar do ICMS, não se incluir todo
ele na definição de faturamento aproveitado por este Supremo Tribunal
Federal. O ICMS não compõe a base de cálculo para incidência do PIS e
da COFINS. 3. Se o art. 3º, § 2º, inc. I, in fine, da Lei n. 9.718/1998 excluiu
da base de cálculo daquelas contribuições sociais o ICMS transferido
integralmente para os Estados, deve ser enfatizado que não há como se
excluir a transferência parcial decorrente do regime de não cumulatividade
em determinado momento da dinâmica das operações.

4. Recurso provido para excluir o ICMS da base de cálculo da contribuição


ao PIS e da COFINS."

(RE 574706, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em


15/03/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-223 DIVULG 29-09-2017
PUBLIC 02-10-2017)

Em que pese a inexistência de trânsito em julgado, o Supremo Tribunal


Federal pronunciou-se, por maioria de votos, em consonância com o entendimento
desta E. Terceira Turma.

Em suma, a novel jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assim como


a do Superior Tribunal de Justiça, reconheceu a exclusão da parcela relativa ao ICMS
da base de cálculo das contribuições PIS e COFINS, confira-se:

"TRIBUTO - BASE DE INCIDÊNCIA - CUMULAÇÃO - IMPROPRIEDADE.


Não bastasse a ordem natural das coisas, o arcabouço jurídico
constitucional inviabiliza a tomada de valor alusivo a certo tributo como
base de incidência de outro. COFINS - BASE DE INCIDÊNCIA -
FATURAMENTO - ICMS. O que relativo a título de Imposto sobre a

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Número do documento: 22121213203771000000266079714
Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços não compõe a base
de incidência da Cofins, porque estranho ao conceito de faturamento." (RE
240785, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em
08/10/2014, DJe-246 DIVULG 15-12-2014 PUBLIC 16-12-2014 EMENT
VOL-02762-01 PP-00001)

"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


TRIBUTÁRIO. PIS. COFINS. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO DO ICMS.
POSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL PROVIDO.

I - A existência de repercussão geral no RE 574.706-PR, em relação à


matéria ora debatida, não impede sejam julgados os recursos no âmbito
desta Corte.

II - O ICMS é um imposto indireto, ou seja, tem seu ônus financeiro


transferido, em última análise, para o contribuinte de fato, que é o
consumidor final.

III - Constituindo receita do Estado-Membro ou do Distrito Federal, a


parcela correspondente ao ICMS pago não tem natureza de faturamento ou
receita, mas de simples ingresso financeiro, não podendo compor a base
de cálculo do PIS e da COFINS.

IV - Conquanto a jurisprudência desta Corte tenha sido firmada no sentido


de que a parcela relativa ao ICMS inclui-se na base de cálculo do PIS e do
extinto FINSOCIAL, posicionamento sedimentado com a edição das
Súmulas 68 e 94, tal discussão alcançou o Supremo Tribunal Federal e foi
analisada no RE 240.785/MG, julgado em 08.10.2014, que concluiu que "a
base de cálculo da COFINS somente poderia incidir sobre a soma dos
valores obtidos nas operações de venda ou de prestação de serviços.
Dessa forma, assentou que o valor retido a título de ICMS não refletiria a
riqueza obtida com a realização da operação, pois constituiria ônus fiscal e
não faturamento" (Informativo do STF n. 762).

V - Agravo regimental provido."

(AgRg no AREsp 593.627/RN, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, Rel. p/


Acórdão Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 10/03/2015, DJe 07/04/2015)

Cumpre asseverar que o RE nº 240.785/RS encontra-se acobertado pelo


manto da coisa julgada desde 23.02.2015.

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Número do documento: 22121213203771000000266079714
Na verdade, o ICMS é um imposto indireto, cujo contribuinte de fato é o
consumidor final. Assim, o sujeito passivo - quem realiza a operação de circulação de
mercadorias - tem apenas o dever de recolher os valores atinentes ao ICMS e
repassá-los ao seu efetivo sujeito ativo, o Estado-membro ou o Distrito Federal.

Resta evidente, portanto, que o ICMS não tem a natureza jurídica de


receita ou faturamento e deve ser excluído da base de cálculo do PIS e da COFINS.

Neste sentido é a jurisprudência desta Corte Regional e desta Terceira


Turma, veja-se:

"PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EMBARGOS INFRINGENTES.


ICMS. INCLUSÃO. BASE DE CÁLCULO DO PIS/COFINS.
IMPOSSIBILIDADE. ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL
CONSOLIDADO. RECURSO DESPROVIDO.

1. Encontra-se, atualmente, consolidada a jurisprudência da Suprema


Corte, a quem cabe o exame definitivo da matéria constitucional, no sentido
da inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e
da COFINS, conforme constou do Boletim de Notícias do Supremo Tribunal
Federal nº 762 de 06 a 11 de Outubro de 2014 (RE 240.785-2/MG).

2. Embargos infringentes desprovidos."

(TRF 3ª Região, SEGUNDA SEÇÃO, EI 0000266-78.2012.4.03.6100, Rel.


DESEMBARGADORA FEDERAL ALDA BASTO, julgado em 04/11/2014,
e-DJF3 Judicial 1 DATA:13/11/2014)

"CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. INCLUSÃO DO ICMS e DO ISS NA


BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS. DESCABIMENTO.

Questiona-se a inclusão na base de cálculo da COFINS e do PIS da


parcela referente ao ISS e ao ICMS.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE nº 240.785-MG, sinaliza


no sentido da impossibilidade de cômputo do valor do ICMS na base de
cálculo da COFINS, afastando o entendimento sumulado sob o nº 94 do
STJ que prescrevia que "A parcela relativa ao ICMS inclui-se na base de
calculo do FINSOCIAL."

Destarte, aplicando-se o entendimento do qual compartilho, indevida a


inclusão do ISS e ICMS na base de cálculos das contribuições ao PIS e
COFINS.

Apelação provida."

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Número do documento: 22121213203771000000266079714
(TRF 3ª Região, TERCEIRA TURMA, AMS 0015768-18.2007.4.03.6105,
Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL NERY JUNIOR, julgado em
03/04/2014, e-DJF3 Judicial 1 DATA:11/04/2014)

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA.


SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - JULGAMENTO SOB A SISTEMÁTICA
DOS RECURSOS REPETITIVOS (RE Nº 574.706). ICMS - EXCLUSÃO
DA BASE DE CÁLCULO DO PIS E DA COFINS. ICMS RECOLHIDO
PELO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO – ICMS-ST. EXCLUSÃO NO
CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES DEVIDAS PELO CONTRIBUINTE
SUBSTITUÍDO. POSSIBILIDADE. COMPENSAÇÃO – PARÂMETROS A
SEREM OBSERVADOS.

1. Apelação da União não conhecida no que tange à necessidade de ser


observar o disposto no artigo 170-A, do CTN, uma vez que a sentença não
destoou desse entendimento.

2. O STF pacificou a controvérsia objeto de discussão nestes autos, ao


firmar a tese de que "O ICMS não compõe a base de cálculo para a
incidência do PIS e da COFINS" (RE nº 574.706/PR; Tema nº 69 da
Repercussão Geral).

3. A pacificação do tema, por meio de julgado proferido sob o regime da


repercussão geral (e/ou na sistemática dos recursos repetitivos), impõe que
as decisões proferidas pelos juízes e demais tribunais sigam o mesmo
entendimento, máxime diante da disposição trazida pelo artigo 927, III, do
Código de Processo Civil de 2015.

4. A jurisprudência do STJ tem se pautado na possibilidade de julgamento


imediato dos processos nos quais se discute a matéria sedimentada pelo
julgado paradigmático (Precedente: STJ; AgInt no AREsp 282.685/CE). A
possibilidade de modulação dos efeitos da decisão em apreço por ocasião
da apreciação dos embargos de declaração opostos pela União naquele
feito (RE nº 574.706/PR) consubstancia evento futuro e incerto que não
constitui óbice à solução do mérito das demais demandas em que se
discute o tema.

5. Embora o Supremo Tribunal Federal não tenha enfrentado a controvérsia


atinente ao regime tributário adotado para a arrecadação do ICMS, tal
questão não pode servir de óbice à aplicação do referido precedente
quanto à exclusão do ICMS recolhido antecipadamente pelo substituto
tributário em nome do contribuinte substituído, notadamente se considerada
a circunstância de que tais antecipações do ICMS serão computadas no
custo dos bens adquiridos pelo substituído e, por conseguinte, integrarão a
sua receita bruta na etapa subsequente.

6. A compensação (a ser realizada após o trânsito em julgado destes autos


– artigo 170-A do CTN) deverá observar a prescrição quanto aos valores
pagos antes do quinquênio anterior à impetração. Deverá, outrossim, ser

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Número do documento: 22121213203771000000266079714
efetuada com tributos administrados pela SRF, nos termos do disposto no
artigo 74 da Lei nº 9.430/1996, porém à exceção das contribuições sociais
elencadas no artigo 11, parágrafo único, alíneas "a", "b" e "c" da Lei nº
8.212/1991 (conforme disposição do artigo 26, parágrafo único, da Lei nº
11.457/2007). A atualização monetária dos valores pagos deve ser
realizada mediante aplicação da taxa Selic (artigo 39, § 4º, da Lei nº
9.250/1995).

7. Na presente ação apenas se declara a existência do direito do


contribuinte à compensação (Súmula 213 do STJ). Reserva-se à
Administração o direito a ulterior verificação de sua plena regularidade,
inclusive o encontro de contas. Para fins do simples
reconhecimento/declaração do direito à compensação, os documentos
colacionados aos autos são suficientes. A título ilustrativo, cumpre citar os
comprovantes de arrecadação de Cofins não cumulativa, código de receita
5856, bem como de PIS não cumulativo, código de receita 6912.

8. Apelação da União improvida na parte conhecida. Remessa oficial


parcialmente provida.

(TRF 3ª Região, 3ª Turma, ApReeNec - APELAÇÃO / REEXAME


NECESSÁRIO - 5004832-09.2017.4.03.6100, Rel. Desembargador Federal
CECILIA MARIA PIEDRA MARCONDES, julgado em 25/03/2019, Intimação
via sistema DATA: 27/03/2019)

Assim, impende destacar que o reconhecimento da exclusão do ICMS


da base de cálculo do PIS e da COFINS pode ser aplicado ao caso do ISS, em
razão da própria inexistência de natureza de receita ou faturamento destas
parcelas, neste sentido é a jurisprudência desta Terceira Turma, veja-se:

"CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. INCLUSÃO DO ISS NA BASE DE


CÁLCULO DO PIS E COFINS. DESCABIMENTO. COMPENSAÇÃO.
POSSIBILIDADE.

Questiona-se a inclusão na base de cálculo da COFINS e do PIS da


parcela referente ao Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza - ISS,
externando semelhança ao debate da inclusão do ICMS na base de cálculo
da mencionadas contribuições.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE nº 240.785-MG,


sinalizou no sentido da impossibilidade de cômputo do valor do ICMS na
base de cálculo da COFINS, afastando o entendimento sumulado sob o nº
94 do STJ que prescrevia que "A parcela relativa ao ICMS se inclui na base
de cálculo do FINSOCIAL."

Desta forma, reconheço a plausibilidade da tese defendida nesta ação,


razão pela qual não deve ser admitida a inclusão do ISS da base de
cálculo do PIS e da COFINS.

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Em relação ao pedido de compensação, havendo a opção pelo ingresso em
juízo, o regime normativo a ser aplicado é o da data do ajuizamento da
ação.

Assim, as diferenças recolhidas a maior devem ser compensadas nos


termos Lei nº 10.637, de 30/12/2002 (que modificou a Lei nº 9.430/96),
considerando-se prescritos os créditos oriundos dos recolhimentos
efetuados em data anterior há cinco anos, contados retroativamente do
ajuizamento da ação, conforme o disposto no artigo 168 do CTN c/c artigo
3º da Lei Complementar nº 118/2005, tendo em vista que a presente ação
foi proposta em 30/11/2011.

Quanto à comprovação do indébito, destaco que a Primeira Seção do


Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1.111.003/PR, de
relatoria do Ministro Humberto Martins, sob a sistemática do artigo 543-C
do Código de Processo Civil, firmou o entendimento de que, em demanda
voltada à repetição de indébito tributário, basta a comprovação da
qualidade de contribuinte do autor, não sendo necessária a juntada de
todos os demonstrativos de recolhimento do tributo no momento do
ajuizamento da ação, por ser possível a sua postergação para a fase de
liquidação, momento em que deverá ser apurado o quantum debeatur.

Os créditos da autora devem ser atualizados na forma da Resolução nº


134/2010 do Conselho da Justiça Federal, que aprovou o Manual de
Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal, desde a
época do recolhimento indevido (Súmula STJ nº 162).

Esclareço que a taxa SELIC está prevista tanto na Resolução CJF nº


134/2010, como no Código Civil, tratando-se de índice legal que engloba a
correção monetária e os juros de mora. Insta salientar, que o termo inicial
para incidência de juros de mora ocorrerá, necessariamente, quando já
houver a incidência da taxa SELIC a título de correção monetária.

Apelação provida."

(TRF 3ª Região, TERCEIRA TURMA, AC 0022119-80.2011.4.03.6100, Rel.


DESEMBARGADOR FEDERAL NERY JUNIOR, julgado em 09/04/2015,
e-DJF3 Judicial 1 DATA:16/04/2015)

"DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO.


AGRAVO INOMINADO. ISS. INCLUSÃO. BASE DE CÁLCULO
PIS/COFINS. IMPOSSIBILIDADE. ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL
CONSOLIDADO. RECURSO DESPROVIDO.

1. Embora a hipótese verse, exclusivamente, sobre a inclusão do ISS


na base de cálculo do PIS/COFINS, é pertinente, na solução do caso
concreto, destacar a jurisprudência firmada na questão do ICMS,

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Número do documento: 22121213203771000000266079714
considerando a identidade de fundamentação e tratamento da
controvérsia.

2. Consolidada a jurisprudência da Suprema Corte, a quem cabe o exame


definitivo da matéria constitucional, no sentido da inconstitucionalidade da
inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS.

3. Recurso desprovido."

(TRF 3ª Região, TERCEIRA TURMA, AMS 0005905-84.2012.4.03.6130,


Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS MUTA, julgado em
26/02/2015, e-DJF3 Judicial 1 DATA:03/03/2015)

A exclusão do ISS da base de cálculo das contribuições em comento


decorre da ausência de natureza jurídica de receita ou faturamento daquela parcela,
visto que apenas representa o ingresso de valores no caixa da pessoa jurídica, que é
obrigada a repassar aqueles ao Município.

Ressalto, por oportuno, que a falta de definitividade da entrada de valores a


título de ISS no caixa da pessoa jurídica caracteriza a ausência da natureza jurídica
adrede mencionada, que, repita-se, tem natureza de receita para o Município.

Ademais, o termo "faturamento" deve ser conceituado no sentido técnico


consagrado pela jurisprudência e pela doutrina.

Ainda, o ISS é imposto indireto no qual o ônus financeiro é transferido para


o consumidor final, tornando-se este o contribuinte de fato da exação. Assim, o sujeito
passivo do tributo - aquele que realiza a prestação de serviços - apenas tem o dever de
recolher os valores atinentes ao ISS e repassá-las ao seu efetivo sujeito ativo, qual
seja, o Município ou o Distrito Federal, mostrando-se, incontestavelmente, despido da
natureza jurídica de receita para o sujeito passivo.

Neste sentido é a jurisprudência desta Corte Regional e desta Terceira


Turma, veja-se:

"CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. INCLUSÃO DO ICMS e DO ISS NA


BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS. DESCABIMENTO.

Questiona-se a inclusão na base de cálculo da COFINS e do PIS da


parcela referente ao ISS e ao ICMS.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE nº 240.785-MG, sinaliza


no sentido da impossibilidade de cômputo do valor do ICMS na base de
cálculo da COFINS, afastando o entendimento sumulado sob o nº 94 do
STJ que prescrevia que "A parcela relativa ao ICMS inclui-se na base de
calculo do FINSOCIAL."

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Número do documento: 22121213203771000000266079714
Destarte, aplicando-se o entendimento do qual compartilho, indevida a
inclusão do ISS e ICMS na base de cálculos das contribuições ao PIS e
COFINS.

Apelação provida."

(TRF 3ª Região, TERCEIRA TURMA, AMS 0015768-18.2007.4.03.6105,


Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL NERY JUNIOR, julgado em
03/04/2014, e-DJF3 Judicial 1 DATA:11/04/2014)

"DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. DUPLO AGRAVO


INOMINADO. EXECUÇÃO FISCAL. ICMS. EXCLUSÃO DA BASE DE
CÁLCULO DO PIS/COFINS. VALIDADE. APROVEITAMENTO DO TÍTULO.
JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA. RECURSOS DESPROVIDOS.

1. Consolidada a jurisprudência da Suprema Corte, a quem cabe o exame


definitivo da matéria constitucional, no sentido da inconstitucionalidade da
inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS, conforme RE
240.785, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJE 16/12/2014.

2. A orientação no plano constitucional, a partir do precedente citado, foi


adotada, recentemente, no seguinte julgado do Superior Tribunal de
Justiça, em que se afastou, inclusive, a incidência das respectivas Súmulas
68 e 94, conforme AgRg no ARESP 593.627, Rel. p/ acórdão Min. REGINA
HELENA COSTA, DJe 07/04/2015.

3. Embora cabível excluir o ICMS da base de cálculo das contribuições, não


se reconhece a nulidade da execução fiscal, que deve prosseguir pelo
saldo efetivamente devido, não se cogitando, de extinção da execução
fiscal, na conformidade da jurisprudência consolidada.

4. Agravos inominados desprovidos."

(TRF 3ª Região, TERCEIRA TURMA, AI 0030027-53.2014.4.03.0000, Rel.


DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS MUTA, julgado em 21/05/2015,
e-DJF3 Judicial 1 DATA:28/05/2015)

Mantido, portanto, o reconhecimento do direito à exclusão do ISS da base


de cálculo do PIS e da COFINS.

Reforce-se que mesmo com as alterações posteriores na legislação que


institui o PIS e a COFINS – Lei nº 12.973/14 – não tem o condão de afastar o quanto
decidido, pois, conforme amplamente demonstrado, o conceito constitucional de receita
não comporta a parcela atinente ao ICMS e, portanto, tais contribuições não podem
incidir sobre aquela parcela.

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Número do documento: 22121213203771000000266079714
Quanto à compensação dos valores recolhidos indevidamente, após
observada a prescrição quinquenal, aquela deverá ser realizada pela via
administrativa, com a competente fiscalização da administração tributária, nos termos
do artigo 74, da Lei nº 9.430/96.

Destaque-se que a repetição do indébito pela via judicial deve observar a


necessidade de expedição de precatórios, segundo o contido no art. 100 da
Constituição Federal.

Destarte, tendo em vista a data do ajuizamento da ação, é necessário o


trânsito em julgado da decisão para que se proceda à compensação dos valores
recolhidos indevidamente, nos termos do artigo 170-A, do Código Tributário
Nacional.

Como a presente ação foi ajuizada após a entrada em vigor da Lei n.º
13.670/2018, que revogou o art. 26 da Lei n.º 11.457/2007, não se aplica mais a
vedação da compensação dos valores recolhidos indevidamente com as contribuições
sociais elencadas no artigo 11, parágrafo único, alíneas "a", "b" e "c" da Lei nº
8.212/1991. No entanto, deve-se observar o quanto disposto no art. 26-A da Lei n.º
13.670/2018.

Quanto à correção monetária, é aplicável a taxa SELIC como índice para a


repetição do indébito, nos termos da jurisprudência do e. Superior Tribunal de Justiça,
julgado sob o rito do artigo 543-C, do Código de Processo Civil, veja-se:

"RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA.


ARTIGO 543-C, DO CPC. PROCESSUAL CIVIL. CORREÇÃO
MONETÁRIA. INEXISTÊNCIA DE PEDIDO EXPRESSO DO AUTOR DA
DEMANDA. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. PRONUNCIAMENTO
JUDICIAL DE OFÍCIO. POSSIBILIDADE. JULGAMENTO EXTRA OU
ULTRA PETITA. INOCORRÊNCIA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS.
APLICAÇÃO. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. TRIBUTÁRIO. ARTIGO 3º, DA
LEI COMPLEMENTAR 118/2005. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL.
PAGAMENTO INDEVIDO. ARTIGO 4º, DA LC 118/2005. DETERMINAÇÃO
DE APLICAÇÃO RETROATIVA. DECLARAÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE. CONTROLE DIFUSO. CORTE ESPECIAL.
RESERVA DE PLENÁRIO. JULGAMENTO DO RECURSO ESPECIAL
REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA (RESP 1.002.932/SP).

1. A correção monetária é matéria de ordem pública, integrando o pedido


de forma implícita, razão pela qual sua inclusão ex officio, pelo juiz ou
tribunal, não caracteriza julgamento extra ou ultra petita, hipótese em que
prescindível o princípio da congruência entre o pedido e a decisão judicial
(Precedentes do STJ: AgRg no REsp 895.102/SP, Rel. Ministro Humberto
Martins, Segunda Turma, julgado em 15.10.2009, DJe 23.10.2009; REsp
1.023.763/CE, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em
09.06.2009, DJe 23.06.2009; AgRg no REsp 841.942/RJ, Rel. Ministro Luiz

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Número do documento: 22121213203771000000266079714
Fux, Primeira Turma, julgado em 13.05.2008, DJe 16.06.2008; AgRg no Ag
958.978/RJ, Rel. Ministro Aldir Passarinho Júnior, Quarta Turma, julgado
em 06.05.2008, DJe 16.06.2008; EDcl no REsp 1.004.556/SC, Rel. Ministro
Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 05.05.2009, DJe 15.05.2009;
AgRg no Ag 1.089.985/BA, Rel. Ministra Laurita Vaz, Quinta Turma, julgado
em 19.03.2009, DJe 13.04.2009; AgRg na MC 14.046/RJ, Rel. Ministra
Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 24.06.2008, DJe 05.08.2008;
REsp 724.602/RS, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado
em 21.08.2007, DJ 31.08.2007; REsp 726.903/CE, Rel. Ministro João
Otávio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 10.04.2007, DJ
25.04.2007; e AgRg no REsp 729.068/RS, Rel. Ministro Castro Filho,
Terceira Turma, julgado em 02.08.2005, DJ 05.09.2005).

2. É que: "A regra da congruência (ou correlação) entre pedido e sentença


(CPC, 128 e 460) é decorrência do princípio dispositivo. Quando o juiz tiver
de decidir independentemente de pedido da parte ou interessado, o que
ocorre, por exemplo, com as matérias de ordem pública, não incide a regra
da congruência. Isso quer significar que não haverá julgamento extra, infra
ou ultra petita quando o juiz ou tribunal pronunciar-se de ofício sobre
referidas matérias de ordem pública. Alguns exemplos de matérias de
ordem pública: a) substanciais: cláusulas contratuais abusivas (CDC, 1º e
51); cláusulas gerais (CC 2035 par. ún) da função social do contrato (CC
421), da função social da propriedade (CF art. 5º XXIII e 170 III e CC 1228,
§ 1º), da função social da empresa (CF 170; CC 421 e 981) e da boa-fé
objetiva (CC 422); simulação de ato ou negócio jurídico (CC 166, VII e 167);
b) processuais: condições da ação e pressupostos processuais (CPC 3º,
267, IV e V; 267, § 3º; 301, X; 30, § 4º); incompetência absoluta (CPC 113,
§ 2º); impedimento do juiz (CPC 134 e 136); preliminares alegáveis na
contestação (CPC 301 e § 4º); pedido implícito de juros legais (CPC 293),
juros de mora (CPC 219) e de correção monetária (L 6899/81; TRF-4ª 53);
juízo de admissibilidade dos recursos (CPC 518, § 1º (...)" (Nelson Nery
Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery, in "Código de Processo Civil
Comentado e Legislação Extravagante", 10ª ed., Ed. Revista dos Tribunais,
São Paulo, 2007, pág. 669).

3. A correção monetária plena é mecanismo mediante o qual se empreende


a recomposição da efetiva desvalorização da moeda, com o escopo de se
preservar o poder aquisitivo original, sendo certo que independe de pedido
expresso da parte interessada, não constituindo um plus que se acrescenta
ao crédito, mas um minus que se evita.

4. A Tabela Única aprovada pela Primeira Seção desta Corte (que agrega o
Manual de Cálculos da Justiça Federal e a jurisprudência do STJ) enumera
os índices oficiais e os expurgos inflacionários a serem aplicados em ações
de compensação /repetição de indébito, quais sejam: (i) ORTN, de 1964 a
janeiro de 1986; (ii) expurgo inflacionário em substituição à ORTN do mês
de fevereiro de 1986; (iii) OTN, de março de 1986 a dezembro de 1988,
substituído por expurgo inflacionário no mês de junho de 1987; (iv)
IPC/IBGE em janeiro de 1989 (expurgo inflacionário em substituição à OTN

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do mês); (v) IPC/IBGE em fevereiro de 1989 (expurgo inflacionário em
substituição à BTN do mês); (vi) BTN, de março de 1989 a fevereiro de
1990; (vii) IPC/IBGE, de março de 1990 a fevereiro de 1991 (expurgo
inflacionário em substituição ao BTN, de março de 1990 a janeiro de 1991,
e ao INPC, de fevereiro de 1991); (viii) INPC, de março de 1991 a
novembro de 1991; (ix) IPCA série especial, em dezembro de 1991; (x)
UFIR, de janeiro de 1992 a dezembro de 1995; e (xi) SELIC (índice não
acumulável com qualquer outro a título de correção monetária ou de juros
moratórios), a partir de janeiro de 1996 (Precedentes da Primeira Seção:
REsp 1.012.903/RJ, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Seção,
julgado em 08.10.2008, DJe 13.10.2008; e EDcl no AgRg nos EREsp
517.209/PB, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 26.11.2008, DJe
15.12.2008).

5. Deveras, "os índices que representam a verdadeira inflação de período


aplicam-se, independentemente, do querer da Fazenda Nacional que, por
liberalidade, diz não incluir em seus créditos" (REsp 66733/DF, Rel.
Ministro Garcia Vieira, Primeira Turma, julgado em 02.08.1995, DJ
04.09.1995).

6. O prazo prescricional para o contribuinte pleitear a restituição do


indébito, em se tratando de pagamentos indevidos efetuados antes da
entrada em vigor da Lei Complementar 118/05 (09.06.2005), nos casos dos
tributos sujeitos a lançamento por homologação, continua observando a
cognominada tese dos cinco mais cinco, desde que, na data da vigência da
novel lei complementar, sobejem, no máximo, cinco anos da contagem do
lapso temporal (regra que se coaduna com o disposto no artigo 2.028, do
Código Civil de 2002, segundo o qual: "Serão os da lei anterior os prazos,
quando reduzidos por este Código, e se, na data de sua entrada em vigor,
já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei
revogada.") (Precedente da Primeira Seção submetido ao rito do artigo
543-C, do CPC: RESP 1.002.932/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em
25.11.2009).

7. Outrossim, o artigo 535, do CPC, resta incólume quando o Tribunal de


origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente
sobre a questão posta nos autos. Ademais, o magistrado não está obrigado
a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os
fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão.

8. Recurso especial fazendário desprovido. Acórdão submetido ao regime


do artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008."

(REsp 1112524/DF, Rel. Ministro LUIZ FUX, CORTE ESPECIAL, julgado


em 01/09/2010, DJe 30/09/2010)

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Número do documento: 22121213203771000000266079714
Finalmente, o termo inicial, para a incidência da taxa SELIC como índice de
correção do indébito tributário, é desde o pagamento indevido, nos termos da
jurisprudência da Corte Superior, que ora colaciono:

"TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO.


INCONSTITUCIONALIDADE DECONTRIBUIÇÃO PARA O
FUNBEN. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TAXA SELIC. INCIDÊNCIA.
TERMO INICIAL. APÓS A VIGÊNCIA DA LEI 9.250/95. DESDE O
RECOLHIMENTO INDEVIDO. SÚMULA 83/STJ

1. Não há violação do art. 535 do CPC quando a prestação jurisdicional é


dada na medida da pretensão deduzida, com enfrentamento e resolução
das questões abordadas no recurso.

2. Nas ações de restituição de tributos federais, antes do advento da Lei


9.250/95, incidia a correção monetária desde o pagamento indevido (no
caso, no momento da indevida retenção do IR) até a restituição ou a
compensação (Súmula 162/STJ), acrescida de juros moratórios a partir do
trânsito em julgado (Súmula 188/STJ), na forma do art. 167, parágrafo
único, do CTN.

3. Ocorre que, com o advento do referido diploma, passou-se a incidir a


Taxa SELIC desde o recolhimento indevido, ou a partir de 1º de janeiro de
1996 (caso o recolhimento tenha ocorrido antes dessa data).

Agravo regimental improvido."

(AgRg no AgRg no AREsp 536.348/MA, Rel. Ministro HUMBERTO


MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/11/2014, DJe 04/12/2014).

Frise-se, por oportuno, que a modulação dos efeitos da decisão no RE


574.706/PR, acerca do ICMS, não se aplica aos casos do ISSQN, uma vez que a
questão relativa à inclusão do ISSQN na base de cálculo do PIS/COFINS é objeto do
RE nº 592.616, também afetado pela sistemática da repercussão geral (tema nº 118), o
qual se encontra pendente de julgamento, sem a determinação de suspensão dos feitos
que tratam de igual matéria.

A discussão relativa ao ISS, ainda que verse sobre a mesma tese aplicada
ao ICMS, ainda não foi encerrada, pendendo de apreciação o recurso extraordinário n.
592.616. Não se pode descartar, portanto, que o Supremo Tribunal Federal, adotando
os mesmos critérios, module os efeitos da decisão que proferir, fazendo-os incidir a
partir da data do julgamento do específico recurso extraordinário, nada indicando que
vá tomar de empréstimo o marco temporal fixado em feito diverso, relativo a outro
tributo.

Assim, enquanto não houver expresso pronunciamento do Supremo


Tribunal Federal a respeito da modulação de efeitos quanto ao ISS, reputo prudente

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aplicar a regra geral, segundo a qual a norma inconstitucional é nula e írrita ab ovo, isto
é, desde a sua origem.

Ante o exposto, dou parcial provimento ao recurso de apelação da União


para afastar a possibilidade de restituição do indébito em espécie, administrativamente,
independentemente de precatório, mantida a r. sentença no que toca aos honorários
advocatícios.

É como voto.

DECLARAÇÃO DE VOTO

Senhores Desembargadores, divirjo do relator no tocante à aplicação da


modulação da declaração de inconstitucionalidade, por entender que a extensão, por
identidade de razões, da tese fixada no RE 574.706 ao presente caso de exclusão do
ISS na base de cálculo do PIS/COFINS, abrange, igualmente, o que se decidiu,
naquela instância, acerca do alcance dos efeitos da decisão judicial.

Ainda que a Suprema Corte, no RE 592.616, possa definir outro critério,


inclusive o de não modulação ou ainda de modulação com termo inicial
diferenciado, certo é que, dentro dos parâmetros atualmente existentes, apenas é
possível ter como paradigma o próprio RE 574.706, que serviu de orientação ao
reconhecimento da tese de inconstitucionalidade e que, assim, deve igualmente
nortear, na espécie, a solução dos respectivos efeitos e alcance, a meu sentir.

Também divirjo quanto ao reconhecimento do direito à repetição de


indébito fiscal por precatório, no âmbito de mandado de segurança, por se tratar de
solução incompatível com as Súmulas 269 e 271/STF.

Ante o exposto, dou parcial provimento à apelação, em maior


extensão, para delimitar a inconstitucionalidade e a inexigibilidade da inclusão do
ISS na base de cálculo do PIS/COFINS, para efeito de indébito fiscal a ser
ressarcido, apenas aos valores recolhidos a partir de 16/03/2017, nos termos da
modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade no RE 574.706,
afastada a restituição administrativa e a repetição por precatório em mandado de
segurança, nos termos supracitados.

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Número do documento: 22121213203771000000266079714
É como voto.
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EMENTA

TRIBUTÁRIO. AÇÃO ORDINÁRIA. PIS. COFINS. EXCLUSÃO DO ISS NA


BASE DE CÁLCULO. POSSIBILIDADE. MODULAÇÃO DOS EFEITOS
DA DECISÃO NO RE 574.706/PR, ACERCA DO ICMS NÃO SE APLICA
AOS CASOS DO ISSQN. RECURSO DE APELAÇÃO PROVIDO EM
PARTE. SUJEIÇÃO AO ART. 100 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

1. O cerne da presente controvérsia gravita em torno do


pleito da autora acerca do reconhecimento judicial que
declare seu direito à exclusão do Imposto sobre Serviços
(ISS) da base de cálculo das contribuições devidas a título
de PIS e COFINS, bem como à declaração do direito à
repetição do indébito dos valores recolhidos
indevidamente nos cinco anos anteriores ao ajuizamento
da ação.

2. Afasto o pedido de sobrestamento. Anote-se que o RE nº


592.616, afetado pela sistemática da repercussão geral
(tema nº 118), encontra-se pendente de julgamento, sem
a determinação de suspensão dos feitos que tratam de
igual matéria.

3. Em que pese a hipótese verse, exclusivamente, sobre a


inclusão do ISS na base de cálculo do PIS/COFINS, é
pertinente, na solução do caso concreto, destacar a
jurisprudência firmada na questão do ICMS, considerando
a identidade de fundamentação e tratamento da
controvérsia.

4. A novel jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,


assim como a do Superior Tribunal de Justiça,
reconheceu a exclusão da parcela relativa ao ICMS da
base de cálculo das contribuições PIS e COFINS.

5. Impende destacar que o reconhecimento da exclusão


do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS pode
ser aplicado ao caso do ISS, em razão da própria

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5.

inexistência de natureza de receita ou faturamento


destas parcelas, neste sentido é a jurisprudência desta
Terceira Turma.

6. A exclusão do ISS da base de cálculo das contribuições


em comento decorre da ausência de natureza jurídica de
receita ou faturamento daquela parcela, visto que apenas
representa o ingresso de valores no caixa da pessoa
jurídica, que é obrigada a repassar aqueles ao Município.

7. O ISS é imposto indireto no qual o ônus financeiro é


transferido para o consumidor final, tornando-se este o
contribuinte de fato da exação. Assim, o sujeito passivo do
tributo - aquele que realiza a prestação de serviços -
apenas tem o dever de recolher os valores atinentes ao
ISS e repassá-las ao seu efetivo sujeito ativo, qual seja, o
Município ou o Distrito Federal, mostrando-se,
incontestavelmente, despido da natureza jurídica de
receita para o sujeito passivo.

8. Quanto à compensação dos valores recolhidos


indevidamente, após observada a prescrição quinquenal,
aquela deverá ser realizada pela via administrativa, com a
competente fiscalização da administração tributária, nos
termos do artigo 74, da Lei nº 9.430/96.

9. A repetição do indébito pela via judicial deve observar a


necessidade de expedição de precatórios, segundo o
contido no art. 100 da Constituição Federal.

10. Conforme a jurisprudência acima colacionada e, tendo em


vista a data do ajuizamento da ação, é necessário o
trânsito em julgado da decisão para que se proceda à
compensação dos valores recolhidos indevidamente, nos
termos do artigo 170-A, do Código Tributário Nacional.

11. Quanto à correção monetária, é aplicável a taxa SELIC


como índice para a repetição do indébito.

12. O termo inicial, para a incidência da taxa SELIC como


índice de correção do indébito tributário, é desde o
pagamento indevido, nos termos da jurisprudência da
Corte Superior.

13. Frise-se, por oportuno, que a modulação dos efeitos da


decisão no RE 574.706/PR, acerca do ICMS, não se
aplica aos casos do ISSQN, uma vez que a questão
relativa à inclusão do ISSQN na base de cálculo do
PIS/COFINS é objeto do RE nº 592.616, também afetado
pela sistemática da repercussão geral (tema nº 118), o

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Número do documento: 22121213203771000000266079714
13.

qual se encontra pendente de julgamento, sem a


determinação de suspensão dos feitos que tratam de igual
matéria.

14. Recurso de apelação da União provido em parte.

ACÓRDÃO

Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, A Turma, por maioria,
deu parcial provimento ao recurso de apelação da União, nos termos do voto do Relator,
vencido o Des. Fed. CARLOS MUTA, que o fazia em extensão diversa, nos termos do relatório
e voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.

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PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
3ª Turma

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100


RELATOR: Gab. 09 - DES. FED. NELTON DOS SANTOS
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Advogado do(a) APELADO: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287-A
OUTROS PARTICIPANTES:

RELATÓRIO

Trata-se de recurso de apelação interposto pela UNIÃO em face da


sentença de procedência, nos autos de ação declaratória de inexigibilidade c/c
repetição de indébito, que reconheceu o direito da parte autora UNIVERSAL
TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA LTDA.. à exclusão dos valores correspondentes ao
ISSQN da base de cálculo das contribuições devidas a título de PIS e COFINS, bem
como à compensação e à restituição dos valores indevidamente recolhidos nos últimos
5 anos anteriores à impetração.

Houve condenação da União ao pagamento das custas processuais e de


honorários advocatícios fixados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do artigo
85, § 3º, do Código de Processo Civil, as quais deverão ser atualizados por ocasião do
pagamento.

Em suas razões de apelação, a União, sustentou que:

a) o entendimento majoritariamente adotado pelo plenário quanto ao ICMS


no RE 574.706/PR não se aplica ao ISS;

b) o tema debatido no RE 592.616 (Tema 118) ainda está pendente de


julgamento pelo STF, com repercussão geral reconhecida – o que justifica a
suspensão do processo até a conclusão do julgamento;

c) a parcela referente ao ISS, embutida no preço da mercadoria, sem


dúvida compõe esse preço e é um dos elementos formadores do
faturamento da empresa – devendo compor a base de cálculo do PIS e da
COFINS;

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Número do documento: 22121213203736700000260746502
d) caso reconhecido o direito à compensação, necessário fazer a
diferenciação entre créditos/débitos anteriores à utilização do eSocial (que
não permitem a compensação cruzada, nos termos da jurisprudência
clássica) e aqueles posteriores, os quais poderão ser compensados nos
termos das modificações introduzidas pela Lei n. 13.670/2018.

e) deve ser afastada a possibilidade de restituição administrativa de


eventuais créditos ante a necessidade de expedição de precatórios,
consoante o artigo 100 da CF/88.

Não houve apresentação de contrarrazões. Subiram os autos a essa E.


Corte Regional.

É o sucinto relatório.

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PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
3ª Turma

APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100


RELATOR: Gab. 09 - DES. FED. NELTON DOS SANTOS
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Advogado do(a) APELADO: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287-A
OUTROS PARTICIPANTES:

VOTO

O Senhor Desembargador Federal Nelton dos Santos (Relator): O


cerne da presente controvérsia gravita em torno do pleito da autora acerca do
reconhecimento judicial que declare seu direito à exclusão do Imposto sobre Serviços
(ISS) da base de cálculo das contribuições devidas a título de PIS e COFINS, bem
como à declaração do direito à repetição do indébito dos valores recolhidos
indevidamente nos cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação.

Pois bem.

Preliminarmente, afasto o pedido de sobrestamento. Anote-se que o RE nº


592.616, afetado pela sistemática da repercussão geral (tema nº 118), encontra-se
pendente de julgamento, sem a determinação de suspensão dos feitos que tratam de
igual matéria.

Passo ao exame do mérito.

Em que pese a hipótese verse, exclusivamente, sobre a inclusão do ISS na


base de cálculo do PIS/COFINS, é pertinente, na solução do caso concreto, destacar a
jurisprudência firmada na questão do ICMS, considerando a identidade de
fundamentação e tratamento da controvérsia. Veja-se:

"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL.


EXCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS.
DEFINIÇÃO DE FATURAMENTO. APURAÇÃO ESCRITURAL DO ICMS E
REGIME DE NÃO CUMULATIVIDADE. RECURSO PROVIDO.

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Número do documento: 22121213203701400000260746891
1. Inviável a apuração do ICMS tomando-se cada mercadoria ou serviço e a
correspondente cadeia, adota-se o sistema de apuração contábil. O
montante de ICMS a recolher é apurado mês a mês, considerando-se o
total de créditos decorrentes de aquisições e o total de débitos gerados nas
saídas de mercadorias ou serviços: análise contábil ou escritural do ICMS.

2. A análise jurídica do princípio da não cumulatividade aplicado ao ICMS


há de atentar ao disposto no art. 155, § 2º, inc. I, da Constituição da
República, cumprindo-se o princípio da não cumulatividade a cada
operação.

3. O regime da não cumulatividade impõe concluir, conquanto se tenha a


escrituração da parcela ainda a se compensar do ICMS, não se incluir todo
ele na definição de faturamento aproveitado por este Supremo Tribunal
Federal. O ICMS não compõe a base de cálculo para incidência do PIS e
da COFINS. 3. Se o art. 3º, § 2º, inc. I, in fine, da Lei n. 9.718/1998 excluiu
da base de cálculo daquelas contribuições sociais o ICMS transferido
integralmente para os Estados, deve ser enfatizado que não há como se
excluir a transferência parcial decorrente do regime de não cumulatividade
em determinado momento da dinâmica das operações.

4. Recurso provido para excluir o ICMS da base de cálculo da contribuição


ao PIS e da COFINS."

(RE 574706, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em


15/03/2017, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-223 DIVULG 29-09-2017
PUBLIC 02-10-2017)

Em que pese a inexistência de trânsito em julgado, o Supremo Tribunal


Federal pronunciou-se, por maioria de votos, em consonância com o entendimento
desta E. Terceira Turma.

Em suma, a novel jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, assim como


a do Superior Tribunal de Justiça, reconheceu a exclusão da parcela relativa ao ICMS
da base de cálculo das contribuições PIS e COFINS, confira-se:

"TRIBUTO - BASE DE INCIDÊNCIA - CUMULAÇÃO - IMPROPRIEDADE.


Não bastasse a ordem natural das coisas, o arcabouço jurídico
constitucional inviabiliza a tomada de valor alusivo a certo tributo como
base de incidência de outro. COFINS - BASE DE INCIDÊNCIA -
FATURAMENTO - ICMS. O que relativo a título de Imposto sobre a
Circulação de Mercadorias e a Prestação de Serviços não compõe a base
de incidência da Cofins, porque estranho ao conceito de faturamento." (RE
240785, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em
08/10/2014, DJe-246 DIVULG 15-12-2014 PUBLIC 16-12-2014 EMENT
VOL-02762-01 PP-00001)

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Número do documento: 22121213203701400000260746891
"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
TRIBUTÁRIO. PIS. COFINS. BASE DE CÁLCULO. EXCLUSÃO DO ICMS.
POSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL PROVIDO.

I - A existência de repercussão geral no RE 574.706-PR, em relação à


matéria ora debatida, não impede sejam julgados os recursos no âmbito
desta Corte.

II - O ICMS é um imposto indireto, ou seja, tem seu ônus financeiro


transferido, em última análise, para o contribuinte de fato, que é o
consumidor final.

III - Constituindo receita do Estado-Membro ou do Distrito Federal, a


parcela correspondente ao ICMS pago não tem natureza de faturamento ou
receita, mas de simples ingresso financeiro, não podendo compor a base
de cálculo do PIS e da COFINS.

IV - Conquanto a jurisprudência desta Corte tenha sido firmada no sentido


de que a parcela relativa ao ICMS inclui-se na base de cálculo do PIS e do
extinto FINSOCIAL, posicionamento sedimentado com a edição das
Súmulas 68 e 94, tal discussão alcançou o Supremo Tribunal Federal e foi
analisada no RE 240.785/MG, julgado em 08.10.2014, que concluiu que "a
base de cálculo da COFINS somente poderia incidir sobre a soma dos
valores obtidos nas operações de venda ou de prestação de serviços.
Dessa forma, assentou que o valor retido a título de ICMS não refletiria a
riqueza obtida com a realização da operação, pois constituiria ônus fiscal e
não faturamento" (Informativo do STF n. 762).

V - Agravo regimental provido."

(AgRg no AREsp 593.627/RN, Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA, Rel. p/


Acórdão Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado
em 10/03/2015, DJe 07/04/2015)

Cumpre asseverar que o RE nº 240.785/RS encontra-se acobertado pelo


manto da coisa julgada desde 23.02.2015.

Na verdade, o ICMS é um imposto indireto, cujo contribuinte de fato é o


consumidor final. Assim, o sujeito passivo - quem realiza a operação de circulação de
mercadorias - tem apenas o dever de recolher os valores atinentes ao ICMS e
repassá-los ao seu efetivo sujeito ativo, o Estado-membro ou o Distrito Federal.

Resta evidente, portanto, que o ICMS não tem a natureza jurídica de


receita ou faturamento e deve ser excluído da base de cálculo do PIS e da COFINS.

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Número do documento: 22121213203701400000260746891
Neste sentido é a jurisprudência desta Corte Regional e desta Terceira
Turma, veja-se:

"PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EMBARGOS INFRINGENTES.


ICMS. INCLUSÃO. BASE DE CÁLCULO DO PIS/COFINS.
IMPOSSIBILIDADE. ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL
CONSOLIDADO. RECURSO DESPROVIDO.

1. Encontra-se, atualmente, consolidada a jurisprudência da Suprema


Corte, a quem cabe o exame definitivo da matéria constitucional, no sentido
da inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e
da COFINS, conforme constou do Boletim de Notícias do Supremo Tribunal
Federal nº 762 de 06 a 11 de Outubro de 2014 (RE 240.785-2/MG).

2. Embargos infringentes desprovidos."

(TRF 3ª Região, SEGUNDA SEÇÃO, EI 0000266-78.2012.4.03.6100, Rel.


DESEMBARGADORA FEDERAL ALDA BASTO, julgado em 04/11/2014,
e-DJF3 Judicial 1 DATA:13/11/2014)

"CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. INCLUSÃO DO ICMS e DO ISS NA


BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS. DESCABIMENTO.

Questiona-se a inclusão na base de cálculo da COFINS e do PIS da


parcela referente ao ISS e ao ICMS.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE nº 240.785-MG, sinaliza


no sentido da impossibilidade de cômputo do valor do ICMS na base de
cálculo da COFINS, afastando o entendimento sumulado sob o nº 94 do
STJ que prescrevia que "A parcela relativa ao ICMS inclui-se na base de
calculo do FINSOCIAL."

Destarte, aplicando-se o entendimento do qual compartilho, indevida a


inclusão do ISS e ICMS na base de cálculos das contribuições ao PIS e
COFINS.

Apelação provida."

(TRF 3ª Região, TERCEIRA TURMA, AMS 0015768-18.2007.4.03.6105,


Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL NERY JUNIOR, julgado em
03/04/2014, e-DJF3 Judicial 1 DATA:11/04/2014)

PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA.


SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - JULGAMENTO SOB A SISTEMÁTICA
DOS RECURSOS REPETITIVOS (RE Nº 574.706). ICMS - EXCLUSÃO
DA BASE DE CÁLCULO DO PIS E DA COFINS. ICMS RECOLHIDO
PELO SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO – ICMS-ST. EXCLUSÃO NO
CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES DEVIDAS PELO CONTRIBUINTE

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Número do documento: 22121213203701400000260746891
SUBSTITUÍDO. POSSIBILIDADE. COMPENSAÇÃO – PARÂMETROS A
SEREM OBSERVADOS.

1. Apelação da União não conhecida no que tange à necessidade de ser


observar o disposto no artigo 170-A, do CTN, uma vez que a sentença não
destoou desse entendimento.

2. O STF pacificou a controvérsia objeto de discussão nestes autos, ao


firmar a tese de que "O ICMS não compõe a base de cálculo para a
incidência do PIS e da COFINS" (RE nº 574.706/PR; Tema nº 69 da
Repercussão Geral).

3. A pacificação do tema, por meio de julgado proferido sob o regime da


repercussão geral (e/ou na sistemática dos recursos repetitivos), impõe que
as decisões proferidas pelos juízes e demais tribunais sigam o mesmo
entendimento, máxime diante da disposição trazida pelo artigo 927, III, do
Código de Processo Civil de 2015.

4. A jurisprudência do STJ tem se pautado na possibilidade de julgamento


imediato dos processos nos quais se discute a matéria sedimentada pelo
julgado paradigmático (Precedente: STJ; AgInt no AREsp 282.685/CE). A
possibilidade de modulação dos efeitos da decisão em apreço por ocasião
da apreciação dos embargos de declaração opostos pela União naquele
feito (RE nº 574.706/PR) consubstancia evento futuro e incerto que não
constitui óbice à solução do mérito das demais demandas em que se
discute o tema.

5. Embora o Supremo Tribunal Federal não tenha enfrentado a controvérsia


atinente ao regime tributário adotado para a arrecadação do ICMS, tal
questão não pode servir de óbice à aplicação do referido precedente
quanto à exclusão do ICMS recolhido antecipadamente pelo substituto
tributário em nome do contribuinte substituído, notadamente se considerada
a circunstância de que tais antecipações do ICMS serão computadas no
custo dos bens adquiridos pelo substituído e, por conseguinte, integrarão a
sua receita bruta na etapa subsequente.

6. A compensação (a ser realizada após o trânsito em julgado destes autos


– artigo 170-A do CTN) deverá observar a prescrição quanto aos valores
pagos antes do quinquênio anterior à impetração. Deverá, outrossim, ser
efetuada com tributos administrados pela SRF, nos termos do disposto no
artigo 74 da Lei nº 9.430/1996, porém à exceção das contribuições sociais
elencadas no artigo 11, parágrafo único, alíneas "a", "b" e "c" da Lei nº
8.212/1991 (conforme disposição do artigo 26, parágrafo único, da Lei nº
11.457/2007). A atualização monetária dos valores pagos deve ser
realizada mediante aplicação da taxa Selic (artigo 39, § 4º, da Lei nº
9.250/1995).

7. Na presente ação apenas se declara a existência do direito do


contribuinte à compensação (Súmula 213 do STJ). Reserva-se à

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Número do documento: 22121213203701400000260746891
Administração o direito a ulterior verificação de sua plena regularidade,
inclusive o encontro de contas. Para fins do simples
reconhecimento/declaração do direito à compensação, os documentos
colacionados aos autos são suficientes. A título ilustrativo, cumpre citar os
comprovantes de arrecadação de Cofins não cumulativa, código de receita
5856, bem como de PIS não cumulativo, código de receita 6912.

8. Apelação da União improvida na parte conhecida. Remessa oficial


parcialmente provida.

(TRF 3ª Região, 3ª Turma, ApReeNec - APELAÇÃO / REEXAME


NECESSÁRIO - 5004832-09.2017.4.03.6100, Rel. Desembargador Federal
CECILIA MARIA PIEDRA MARCONDES, julgado em 25/03/2019, Intimação
via sistema DATA: 27/03/2019)

Assim, impende destacar que o reconhecimento da exclusão do ICMS


da base de cálculo do PIS e da COFINS pode ser aplicado ao caso do ISS, em
razão da própria inexistência de natureza de receita ou faturamento destas
parcelas, neste sentido é a jurisprudência desta Terceira Turma, veja-se:

"CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. INCLUSÃO DO ISS NA BASE DE


CÁLCULO DO PIS E COFINS. DESCABIMENTO. COMPENSAÇÃO.
POSSIBILIDADE.

Questiona-se a inclusão na base de cálculo da COFINS e do PIS da


parcela referente ao Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza - ISS,
externando semelhança ao debate da inclusão do ICMS na base de cálculo
da mencionadas contribuições.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE nº 240.785-MG,


sinalizou no sentido da impossibilidade de cômputo do valor do ICMS na
base de cálculo da COFINS, afastando o entendimento sumulado sob o nº
94 do STJ que prescrevia que "A parcela relativa ao ICMS se inclui na base
de cálculo do FINSOCIAL."

Desta forma, reconheço a plausibilidade da tese defendida nesta ação,


razão pela qual não deve ser admitida a inclusão do ISS da base de
cálculo do PIS e da COFINS.

Em relação ao pedido de compensação, havendo a opção pelo ingresso em


juízo, o regime normativo a ser aplicado é o da data do ajuizamento da
ação.

Assim, as diferenças recolhidas a maior devem ser compensadas nos


termos Lei nº 10.637, de 30/12/2002 (que modificou a Lei nº 9.430/96),
considerando-se prescritos os créditos oriundos dos recolhimentos
efetuados em data anterior há cinco anos, contados retroativamente do
ajuizamento da ação, conforme o disposto no artigo 168 do CTN c/c artigo

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Número do documento: 22121213203701400000260746891
3º da Lei Complementar nº 118/2005, tendo em vista que a presente ação
foi proposta em 30/11/2011.

Quanto à comprovação do indébito, destaco que a Primeira Seção do


Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1.111.003/PR, de
relatoria do Ministro Humberto Martins, sob a sistemática do artigo 543-C
do Código de Processo Civil, firmou o entendimento de que, em demanda
voltada à repetição de indébito tributário, basta a comprovação da
qualidade de contribuinte do autor, não sendo necessária a juntada de
todos os demonstrativos de recolhimento do tributo no momento do
ajuizamento da ação, por ser possível a sua postergação para a fase de
liquidação, momento em que deverá ser apurado o quantum debeatur.

Os créditos da autora devem ser atualizados na forma da Resolução nº


134/2010 do Conselho da Justiça Federal, que aprovou o Manual de
Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal, desde a
época do recolhimento indevido (Súmula STJ nº 162).

Esclareço que a taxa SELIC está prevista tanto na Resolução CJF nº


134/2010, como no Código Civil, tratando-se de índice legal que engloba a
correção monetária e os juros de mora. Insta salientar, que o termo inicial
para incidência de juros de mora ocorrerá, necessariamente, quando já
houver a incidência da taxa SELIC a título de correção monetária.

Apelação provida."

(TRF 3ª Região, TERCEIRA TURMA, AC 0022119-80.2011.4.03.6100, Rel.


DESEMBARGADOR FEDERAL NERY JUNIOR, julgado em 09/04/2015,
e-DJF3 Judicial 1 DATA:16/04/2015)

"DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO.


AGRAVO INOMINADO. ISS. INCLUSÃO. BASE DE CÁLCULO
PIS/COFINS. IMPOSSIBILIDADE. ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL
CONSOLIDADO. RECURSO DESPROVIDO.

1. Embora a hipótese verse, exclusivamente, sobre a inclusão do ISS


na base de cálculo do PIS/COFINS, é pertinente, na solução do caso
concreto, destacar a jurisprudência firmada na questão do ICMS,
considerando a identidade de fundamentação e tratamento da
controvérsia.

2. Consolidada a jurisprudência da Suprema Corte, a quem cabe o exame


definitivo da matéria constitucional, no sentido da inconstitucionalidade da
inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS.

3. Recurso desprovido."

Assinado eletronicamente por: NELTON AGNALDO MORAES DOS SANTOS - 12/12/2022 13:20:37 Num. 262578093 - Pág. 7
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22121213203701400000260746891
Número do documento: 22121213203701400000260746891
(TRF 3ª Região, TERCEIRA TURMA, AMS 0005905-84.2012.4.03.6130,
Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS MUTA, julgado em
26/02/2015, e-DJF3 Judicial 1 DATA:03/03/2015)

A exclusão do ISS da base de cálculo das contribuições em comento


decorre da ausência de natureza jurídica de receita ou faturamento daquela parcela,
visto que apenas representa o ingresso de valores no caixa da pessoa jurídica, que é
obrigada a repassar aqueles ao Município.

Ressalto, por oportuno, que a falta de definitividade da entrada de valores a


título de ISS no caixa da pessoa jurídica caracteriza a ausência da natureza jurídica
adrede mencionada, que, repita-se, tem natureza de receita para o Município.

Ademais, o termo "faturamento" deve ser conceituado no sentido técnico


consagrado pela jurisprudência e pela doutrina.

Ainda, o ISS é imposto indireto no qual o ônus financeiro é transferido para


o consumidor final, tornando-se este o contribuinte de fato da exação. Assim, o sujeito
passivo do tributo - aquele que realiza a prestação de serviços - apenas tem o dever de
recolher os valores atinentes ao ISS e repassá-las ao seu efetivo sujeito ativo, qual
seja, o Município ou o Distrito Federal, mostrando-se, incontestavelmente, despido da
natureza jurídica de receita para o sujeito passivo.

Neste sentido é a jurisprudência desta Corte Regional e desta Terceira


Turma, veja-se:

"CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. INCLUSÃO DO ICMS e DO ISS NA


BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS. DESCABIMENTO.

Questiona-se a inclusão na base de cálculo da COFINS e do PIS da


parcela referente ao ISS e ao ICMS.

O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE nº 240.785-MG, sinaliza


no sentido da impossibilidade de cômputo do valor do ICMS na base de
cálculo da COFINS, afastando o entendimento sumulado sob o nº 94 do
STJ que prescrevia que "A parcela relativa ao ICMS inclui-se na base de
calculo do FINSOCIAL."

Destarte, aplicando-se o entendimento do qual compartilho, indevida a


inclusão do ISS e ICMS na base de cálculos das contribuições ao PIS e
COFINS.

Apelação provida."

(TRF 3ª Região, TERCEIRA TURMA, AMS 0015768-18.2007.4.03.6105,


Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL NERY JUNIOR, julgado em
03/04/2014, e-DJF3 Judicial 1 DATA:11/04/2014)

Assinado eletronicamente por: NELTON AGNALDO MORAES DOS SANTOS - 12/12/2022 13:20:37 Num. 262578093 - Pág. 8
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22121213203701400000260746891
Número do documento: 22121213203701400000260746891
"DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. DUPLO AGRAVO
INOMINADO. EXECUÇÃO FISCAL. ICMS. EXCLUSÃO DA BASE DE
CÁLCULO DO PIS/COFINS. VALIDADE. APROVEITAMENTO DO TÍTULO.
JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA. RECURSOS DESPROVIDOS.

1. Consolidada a jurisprudência da Suprema Corte, a quem cabe o exame


definitivo da matéria constitucional, no sentido da inconstitucionalidade da
inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS, conforme RE
240.785, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, DJE 16/12/2014.

2. A orientação no plano constitucional, a partir do precedente citado, foi


adotada, recentemente, no seguinte julgado do Superior Tribunal de
Justiça, em que se afastou, inclusive, a incidência das respectivas Súmulas
68 e 94, conforme AgRg no ARESP 593.627, Rel. p/ acórdão Min. REGINA
HELENA COSTA, DJe 07/04/2015.

3. Embora cabível excluir o ICMS da base de cálculo das contribuições, não


se reconhece a nulidade da execução fiscal, que deve prosseguir pelo
saldo efetivamente devido, não se cogitando, de extinção da execução
fiscal, na conformidade da jurisprudência consolidada.

4. Agravos inominados desprovidos."

(TRF 3ª Região, TERCEIRA TURMA, AI 0030027-53.2014.4.03.0000, Rel.


DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS MUTA, julgado em 21/05/2015,
e-DJF3 Judicial 1 DATA:28/05/2015)

Mantido, portanto, o reconhecimento do direito à exclusão do ISS da base


de cálculo do PIS e da COFINS.

Reforce-se que mesmo com as alterações posteriores na legislação que


institui o PIS e a COFINS – Lei nº 12.973/14 – não tem o condão de afastar o quanto
decidido, pois, conforme amplamente demonstrado, o conceito constitucional de receita
não comporta a parcela atinente ao ICMS e, portanto, tais contribuições não podem
incidir sobre aquela parcela.

Quanto à compensação dos valores recolhidos indevidamente, após


observada a prescrição quinquenal, aquela deverá ser realizada pela via
administrativa, com a competente fiscalização da administração tributária, nos termos
do artigo 74, da Lei nº 9.430/96.

Destaque-se que a repetição do indébito pela via judicial deve observar a


necessidade de expedição de precatórios, segundo o contido no art. 100 da
Constituição Federal.

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https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22121213203701400000260746891
Número do documento: 22121213203701400000260746891
Destarte, tendo em vista a data do ajuizamento da ação, é necessário o
trânsito em julgado da decisão para que se proceda à compensação dos valores
recolhidos indevidamente, nos termos do artigo 170-A, do Código Tributário
Nacional.

Como a presente ação foi ajuizada após a entrada em vigor da Lei n.º
13.670/2018, que revogou o art. 26 da Lei n.º 11.457/2007, não se aplica mais a
vedação da compensação dos valores recolhidos indevidamente com as contribuições
sociais elencadas no artigo 11, parágrafo único, alíneas "a", "b" e "c" da Lei nº
8.212/1991. No entanto, deve-se observar o quanto disposto no art. 26-A da Lei n.º
13.670/2018.

Quanto à correção monetária, é aplicável a taxa SELIC como índice para a


repetição do indébito, nos termos da jurisprudência do e. Superior Tribunal de Justiça,
julgado sob o rito do artigo 543-C, do Código de Processo Civil, veja-se:

"RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA.


ARTIGO 543-C, DO CPC. PROCESSUAL CIVIL. CORREÇÃO
MONETÁRIA. INEXISTÊNCIA DE PEDIDO EXPRESSO DO AUTOR DA
DEMANDA. MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. PRONUNCIAMENTO
JUDICIAL DE OFÍCIO. POSSIBILIDADE. JULGAMENTO EXTRA OU
ULTRA PETITA. INOCORRÊNCIA. EXPURGOS INFLACIONÁRIOS.
APLICAÇÃO. PRINCÍPIO DA ISONOMIA. TRIBUTÁRIO. ARTIGO 3º, DA
LEI COMPLEMENTAR 118/2005. PRESCRIÇÃO. TERMO INICIAL.
PAGAMENTO INDEVIDO. ARTIGO 4º, DA LC 118/2005. DETERMINAÇÃO
DE APLICAÇÃO RETROATIVA. DECLARAÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE. CONTROLE DIFUSO. CORTE ESPECIAL.
RESERVA DE PLENÁRIO. JULGAMENTO DO RECURSO ESPECIAL
REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA (RESP 1.002.932/SP).

1. A correção monetária é matéria de ordem pública, integrando o pedido


de forma implícita, razão pela qual sua inclusão ex officio, pelo juiz ou
tribunal, não caracteriza julgamento extra ou ultra petita, hipótese em que
prescindível o princípio da congruência entre o pedido e a decisão judicial
(Precedentes do STJ: AgRg no REsp 895.102/SP, Rel. Ministro Humberto
Martins, Segunda Turma, julgado em 15.10.2009, DJe 23.10.2009; REsp
1.023.763/CE, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado em
09.06.2009, DJe 23.06.2009; AgRg no REsp 841.942/RJ, Rel. Ministro Luiz
Fux, Primeira Turma, julgado em 13.05.2008, DJe 16.06.2008; AgRg no Ag
958.978/RJ, Rel. Ministro Aldir Passarinho Júnior, Quarta Turma, julgado
em 06.05.2008, DJe 16.06.2008; EDcl no REsp 1.004.556/SC, Rel. Ministro
Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 05.05.2009, DJe 15.05.2009;
AgRg no Ag 1.089.985/BA, Rel. Ministra Laurita Vaz, Quinta Turma, julgado
em 19.03.2009, DJe 13.04.2009; AgRg na MC 14.046/RJ, Rel. Ministra
Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 24.06.2008, DJe 05.08.2008;
REsp 724.602/RS, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, julgado

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Número do documento: 22121213203701400000260746891
em 21.08.2007, DJ 31.08.2007; REsp 726.903/CE, Rel. Ministro João
Otávio de Noronha, Segunda Turma, julgado em 10.04.2007, DJ
25.04.2007; e AgRg no REsp 729.068/RS, Rel. Ministro Castro Filho,
Terceira Turma, julgado em 02.08.2005, DJ 05.09.2005).

2. É que: "A regra da congruência (ou correlação) entre pedido e sentença


(CPC, 128 e 460) é decorrência do princípio dispositivo. Quando o juiz tiver
de decidir independentemente de pedido da parte ou interessado, o que
ocorre, por exemplo, com as matérias de ordem pública, não incide a regra
da congruência. Isso quer significar que não haverá julgamento extra, infra
ou ultra petita quando o juiz ou tribunal pronunciar-se de ofício sobre
referidas matérias de ordem pública. Alguns exemplos de matérias de
ordem pública: a) substanciais: cláusulas contratuais abusivas (CDC, 1º e
51); cláusulas gerais (CC 2035 par. ún) da função social do contrato (CC
421), da função social da propriedade (CF art. 5º XXIII e 170 III e CC 1228,
§ 1º), da função social da empresa (CF 170; CC 421 e 981) e da boa-fé
objetiva (CC 422); simulação de ato ou negócio jurídico (CC 166, VII e 167);
b) processuais: condições da ação e pressupostos processuais (CPC 3º,
267, IV e V; 267, § 3º; 301, X; 30, § 4º); incompetência absoluta (CPC 113,
§ 2º); impedimento do juiz (CPC 134 e 136); preliminares alegáveis na
contestação (CPC 301 e § 4º); pedido implícito de juros legais (CPC 293),
juros de mora (CPC 219) e de correção monetária (L 6899/81; TRF-4ª 53);
juízo de admissibilidade dos recursos (CPC 518, § 1º (...)" (Nelson Nery
Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery, in "Código de Processo Civil
Comentado e Legislação Extravagante", 10ª ed., Ed. Revista dos Tribunais,
São Paulo, 2007, pág. 669).

3. A correção monetária plena é mecanismo mediante o qual se empreende


a recomposição da efetiva desvalorização da moeda, com o escopo de se
preservar o poder aquisitivo original, sendo certo que independe de pedido
expresso da parte interessada, não constituindo um plus que se acrescenta
ao crédito, mas um minus que se evita.

4. A Tabela Única aprovada pela Primeira Seção desta Corte (que agrega o
Manual de Cálculos da Justiça Federal e a jurisprudência do STJ) enumera
os índices oficiais e os expurgos inflacionários a serem aplicados em ações
de compensação /repetição de indébito, quais sejam: (i) ORTN, de 1964 a
janeiro de 1986; (ii) expurgo inflacionário em substituição à ORTN do mês
de fevereiro de 1986; (iii) OTN, de março de 1986 a dezembro de 1988,
substituído por expurgo inflacionário no mês de junho de 1987; (iv)
IPC/IBGE em janeiro de 1989 (expurgo inflacionário em substituição à OTN
do mês); (v) IPC/IBGE em fevereiro de 1989 (expurgo inflacionário em
substituição à BTN do mês); (vi) BTN, de março de 1989 a fevereiro de
1990; (vii) IPC/IBGE, de março de 1990 a fevereiro de 1991 (expurgo
inflacionário em substituição ao BTN, de março de 1990 a janeiro de 1991,
e ao INPC, de fevereiro de 1991); (viii) INPC, de março de 1991 a
novembro de 1991; (ix) IPCA série especial, em dezembro de 1991; (x)
UFIR, de janeiro de 1992 a dezembro de 1995; e (xi) SELIC (índice não
acumulável com qualquer outro a título de correção monetária ou de juros

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Número do documento: 22121213203701400000260746891
moratórios), a partir de janeiro de 1996 (Precedentes da Primeira Seção:
REsp 1.012.903/RJ, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, Primeira Seção,
julgado em 08.10.2008, DJe 13.10.2008; e EDcl no AgRg nos EREsp
517.209/PB, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em 26.11.2008, DJe
15.12.2008).

5. Deveras, "os índices que representam a verdadeira inflação de período


aplicam-se, independentemente, do querer da Fazenda Nacional que, por
liberalidade, diz não incluir em seus créditos" (REsp 66733/DF, Rel.
Ministro Garcia Vieira, Primeira Turma, julgado em 02.08.1995, DJ
04.09.1995).

6. O prazo prescricional para o contribuinte pleitear a restituição do


indébito, em se tratando de pagamentos indevidos efetuados antes da
entrada em vigor da Lei Complementar 118/05 (09.06.2005), nos casos dos
tributos sujeitos a lançamento por homologação, continua observando a
cognominada tese dos cinco mais cinco, desde que, na data da vigência da
novel lei complementar, sobejem, no máximo, cinco anos da contagem do
lapso temporal (regra que se coaduna com o disposto no artigo 2.028, do
Código Civil de 2002, segundo o qual: "Serão os da lei anterior os prazos,
quando reduzidos por este Código, e se, na data de sua entrada em vigor,
já houver transcorrido mais da metade do tempo estabelecido na lei
revogada.") (Precedente da Primeira Seção submetido ao rito do artigo
543-C, do CPC: RESP 1.002.932/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, julgado em
25.11.2009).

7. Outrossim, o artigo 535, do CPC, resta incólume quando o Tribunal de


origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente
sobre a questão posta nos autos. Ademais, o magistrado não está obrigado
a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os
fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisão.

8. Recurso especial fazendário desprovido. Acórdão submetido ao regime


do artigo 543-C, do CPC, e da Resolução STJ 08/2008."

(REsp 1112524/DF, Rel. Ministro LUIZ FUX, CORTE ESPECIAL, julgado


em 01/09/2010, DJe 30/09/2010)

Finalmente, o termo inicial, para a incidência da taxa SELIC como índice de


correção do indébito tributário, é desde o pagamento indevido, nos termos da
jurisprudência da Corte Superior, que ora colaciono:

"TRIBUTÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO.


INCONSTITUCIONALIDADE DECONTRIBUIÇÃO PARA O
FUNBEN. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. TAXA SELIC. INCIDÊNCIA.
TERMO INICIAL. APÓS A VIGÊNCIA DA LEI 9.250/95. DESDE O
RECOLHIMENTO INDEVIDO. SÚMULA 83/STJ

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1. Não há violação do art. 535 do CPC quando a prestação jurisdicional é
dada na medida da pretensão deduzida, com enfrentamento e resolução
das questões abordadas no recurso.

2. Nas ações de restituição de tributos federais, antes do advento da Lei


9.250/95, incidia a correção monetária desde o pagamento indevido (no
caso, no momento da indevida retenção do IR) até a restituição ou a
compensação (Súmula 162/STJ), acrescida de juros moratórios a partir do
trânsito em julgado (Súmula 188/STJ), na forma do art. 167, parágrafo
único, do CTN.

3. Ocorre que, com o advento do referido diploma, passou-se a incidir a


Taxa SELIC desde o recolhimento indevido, ou a partir de 1º de janeiro de
1996 (caso o recolhimento tenha ocorrido antes dessa data).

Agravo regimental improvido."

(AgRg no AgRg no AREsp 536.348/MA, Rel. Ministro HUMBERTO


MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/11/2014, DJe 04/12/2014).

Frise-se, por oportuno, que a modulação dos efeitos da decisão no RE


574.706/PR, acerca do ICMS, não se aplica aos casos do ISSQN, uma vez que a
questão relativa à inclusão do ISSQN na base de cálculo do PIS/COFINS é objeto do
RE nº 592.616, também afetado pela sistemática da repercussão geral (tema nº 118), o
qual se encontra pendente de julgamento, sem a determinação de suspensão dos feitos
que tratam de igual matéria.

A discussão relativa ao ISS, ainda que verse sobre a mesma tese aplicada
ao ICMS, ainda não foi encerrada, pendendo de apreciação o recurso extraordinário n.
592.616. Não se pode descartar, portanto, que o Supremo Tribunal Federal, adotando
os mesmos critérios, module os efeitos da decisão que proferir, fazendo-os incidir a
partir da data do julgamento do específico recurso extraordinário, nada indicando que
vá tomar de empréstimo o marco temporal fixado em feito diverso, relativo a outro
tributo.

Assim, enquanto não houver expresso pronunciamento do Supremo


Tribunal Federal a respeito da modulação de efeitos quanto ao ISS, reputo prudente
aplicar a regra geral, segundo a qual a norma inconstitucional é nula e írrita ab ovo, isto
é, desde a sua origem.

Ante o exposto, dou parcial provimento ao recurso de apelação da União


para afastar a possibilidade de restituição do indébito em espécie, administrativamente,
independentemente de precatório, mantida a r. sentença no que toca aos honorários
advocatícios.

É como voto.

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Número do documento: 22121213203701400000260746891
DECLARAÇÃO DE VOTO

Senhores Desembargadores, divirjo do relator no tocante à aplicação da


modulação da declaração de inconstitucionalidade, por entender que a extensão, por
identidade de razões, da tese fixada no RE 574.706 ao presente caso de exclusão do
ISS na base de cálculo do PIS/COFINS, abrange, igualmente, o que se decidiu,
naquela instância, acerca do alcance dos efeitos da decisão judicial.
Ainda que a Suprema Corte, no RE 592.616, possa definir outro critério,
inclusive o de não modulação ou ainda de modulação com termo inicial
diferenciado, certo é que, dentro dos parâmetros atualmente existentes, apenas é
possível ter como paradigma o próprio RE 574.706, que serviu de orientação ao
reconhecimento da tese de inconstitucionalidade e que, assim, deve igualmente
nortear, na espécie, a solução dos respectivos efeitos e alcance, a meu sentir.
Também divirjo quanto ao reconhecimento do direito à repetição de
indébito fiscal por precatório, no âmbito de mandado de segurança, por se tratar de
solução incompatível com as Súmulas 269 e 271/STF.
Ante o exposto, dou parcial provimento à apelação, em maior
extensão, para delimitar a inconstitucionalidade e a inexigibilidade da inclusão do
ISS na base de cálculo do PIS/COFINS, para efeito de indébito fiscal a ser
ressarcido, apenas aos valores recolhidos a partir de 16/03/2017, nos termos da
modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade no RE 574.706,
afastada a restituição administrativa e a repetição por precatório em mandado de
segurança, nos termos supracitados.
É como voto.

Assinado eletronicamente por: NELTON AGNALDO MORAES DOS SANTOS - 12/12/2022 13:20:36 Num. 264521886 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22121213203637100000262643020
Número do documento: 22121213203637100000262643020
EMENTA

TRIBUTÁRIO. AÇÃO ORDINÁRIA. PIS. COFINS. EXCLUSÃO DO ISS NA


BASE DE CÁLCULO. POSSIBILIDADE. MODULAÇÃO DOS EFEITOS
DA DECISÃO NO RE 574.706/PR, ACERCA DO ICMS NÃO SE APLICA
AOS CASOS DO ISSQN. RECURSO DE APELAÇÃO PROVIDO EM
PARTE. SUJEIÇÃO AO ART. 100 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

1. O cerne da presente controvérsia gravita em torno do


pleito da autora acerca do reconhecimento judicial que
declare seu direito à exclusão do Imposto sobre Serviços
(ISS) da base de cálculo das contribuições devidas a título
de PIS e COFINS, bem como à declaração do direito à
repetição do indébito dos valores recolhidos
indevidamente nos cinco anos anteriores ao ajuizamento
da ação.

2. Afasto o pedido de sobrestamento. Anote-se que o RE nº


592.616, afetado pela sistemática da repercussão geral
(tema nº 118), encontra-se pendente de julgamento, sem
a determinação de suspensão dos feitos que tratam de
igual matéria.

3. Em que pese a hipótese verse, exclusivamente, sobre a


inclusão do ISS na base de cálculo do PIS/COFINS, é
pertinente, na solução do caso concreto, destacar a
jurisprudência firmada na questão do ICMS, considerando
a identidade de fundamentação e tratamento da
controvérsia.

4. A novel jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,


assim como a do Superior Tribunal de Justiça,
reconheceu a exclusão da parcela relativa ao ICMS da
base de cálculo das contribuições PIS e COFINS.

5. Impende destacar que o reconhecimento da exclusão


do ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS pode
ser aplicado ao caso do ISS, em razão da própria
inexistência de natureza de receita ou faturamento
destas parcelas, neste sentido é a jurisprudência desta
Terceira Turma.

6. A exclusão do ISS da base de cálculo das contribuições


em comento decorre da ausência de natureza jurídica de
receita ou faturamento daquela parcela, visto que apenas
representa o ingresso de valores no caixa da pessoa
jurídica, que é obrigada a repassar aqueles ao Município.

Assinado eletronicamente por: NELTON AGNALDO MORAES DOS SANTOS - 12/12/2022 13:20:36 Num. 262578116 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22121213203668100000260746912
Número do documento: 22121213203668100000260746912
7. O ISS é imposto indireto no qual o ônus financeiro é
transferido para o consumidor final, tornando-se este o
contribuinte de fato da exação. Assim, o sujeito passivo do
tributo - aquele que realiza a prestação de serviços -
apenas tem o dever de recolher os valores atinentes ao
ISS e repassá-las ao seu efetivo sujeito ativo, qual seja, o
Município ou o Distrito Federal, mostrando-se,
incontestavelmente, despido da natureza jurídica de
receita para o sujeito passivo.

8. Quanto à compensação dos valores recolhidos


indevidamente, após observada a prescrição quinquenal,
aquela deverá ser realizada pela via administrativa, com a
competente fiscalização da administração tributária, nos
termos do artigo 74, da Lei nº 9.430/96.

9. A repetição do indébito pela via judicial deve observar a


necessidade de expedição de precatórios, segundo o
contido no art. 100 da Constituição Federal.

10. Conforme a jurisprudência acima colacionada e, tendo em


vista a data do ajuizamento da ação, é necessário o
trânsito em julgado da decisão para que se proceda à
compensação dos valores recolhidos indevidamente, nos
termos do artigo 170-A, do Código Tributário Nacional.

11. Quanto à correção monetária, é aplicável a taxa SELIC


como índice para a repetição do indébito.

12. O termo inicial, para a incidência da taxa SELIC como


índice de correção do indébito tributário, é desde o
pagamento indevido, nos termos da jurisprudência da
Corte Superior.

13. Frise-se, por oportuno, que a modulação dos efeitos da


decisão no RE 574.706/PR, acerca do ICMS, não se
aplica aos casos do ISSQN, uma vez que a questão
relativa à inclusão do ISSQN na base de cálculo do
PIS/COFINS é objeto do RE nº 592.616, também afetado
pela sistemática da repercussão geral (tema nº 118), o
qual se encontra pendente de julgamento, sem a
determinação de suspensão dos feitos que tratam de igual
matéria.

14. Recurso de apelação da União provido em parte.

Assinado eletronicamente por: NELTON AGNALDO MORAES DOS SANTOS - 12/12/2022 13:20:36 Num. 262578116 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22121213203668100000260746912
Número do documento: 22121213203668100000260746912
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
3ª Turma

Sessão de Julgamento da 3ª Turma


Presidente da Sessão: Des. Fed. NERY JUNIOR
Procurador(a) da República: Dr(a). WALTER CLAUDIUS ROTHENBURG
Secretário(a): EDMILSON FERRAROLI
Relator: Gab. 09 - DES. FED. NELTON DOS SANTOS
Processo nº 5024628-78.2020.4.03.6100 - APELAÇÃO CÍVEL (198)
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL
APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
OUTROS PARTICIPANTES:

CERTIDÃO DE JULGAMENTO

Certifico que a Egrégia 3ª Turma, ao apreciar o processo em epígrafe, em sessão realizada em 07/12/2022,
proferiu a seguinte decisão:

"A Turma, por maioria, deu parcial provimento ao recurso de apelação da União, nos termos do voto do Relator, vencido
o Des. Fed. CARLOS MUTA, que o fazia em extensão diversa".

Participaram da Sessão de Julgamento os(as) Exmos(as). Senhores(as) Desembargadores(as) Federais:

NERY JUNIOR, CARLOS MUTA, CONSUELO YOSHIDA, NELTON DOS SANTOS, MONICA NOBRE e Juiz Feder

São Paulo, 9 de dezembro de 2022.

EDMILSON FERRAROLI

Secretário(a) da Sessão

Assinado eletronicamente por: EDMILSON FERRAROLI - 09/12/2022 11:09:14 Num. 267956713 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22120911091399200000265995358
Número do documento: 22120911091399200000265995358
INTIMAÇÃO DE PAUTA DE JULGAMENTO

São Paulo, 24 de outubro de 2022

Processo nº 5024628-78.2020.4.03.6100 (APELAÇÃO CÍVEL (198))

O processo supra foi incluído na Sessão abaixo indicada. Caso


não seja julgado, ressalvado expresso adiamento para Sessão seguinte,
será incluído em nova pauta.

Sessão de Julgamento: ORDINÁRIA


VIDEOCONFERÊNCIA

Data: 07-12-2022

Horário: 14:00

Local: QUANDO PRESENCIAL OU HÍBRIDA: RESOLUÇÃO PRES


494/2022, TEAMS, dj03@trf3.jus.br - Av. Paulista, 1842, Torre Sul,
Cerqueira Cesar, São Paulo - SP - Tribunal Regional Federal da 3ª Região -
S ã o P a u l o / S P

Destinatário: Ministério Público Federal


Nas sessões em que admitida sustentação oral (presencial,
híbrida e por videoconferência), as partes poderão comunicar seu interesse,
preferencialmente, até 48 horas antes do horário indicado para a sua
realização, por meio de formulário eletrônico disponibilizado no portal do
Tribunal, ou presencialmente, até o início da sessão de julgamento.

O requerimento de sustentação oral em sessão eletrônica virtual


poderá implicar adiamento do julgamento do processo, para realização em
sessão presencial, híbrida ou por videoconferência.

Nos termos do art. 1º, §1º, da Resolução PRES Nº 343, de 14 de abril de


2020, a sessão por videoconferência equivale à presencial para todos os
efeitos legais.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 24/10/2022 14:59:36 Num. 265769991 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22102414593679800000263862255
Número do documento: 22102414593679800000263862255
Maiores informações sobre a sessão, inclusive acerca da
ferramenta eletrônica utilizada, quando for o caso, poderão ser obtidas pelo
e-mail da subsecretaria processante disponibilizado no sítio da internet do
Tribunal.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 24/10/2022 14:59:36 Num. 265769991 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22102414593679800000263862255
Número do documento: 22102414593679800000263862255
INTIMAÇÃO DE PAUTA DE JULGAMENTO

São Paulo, 24 de outubro de 2022

Processo nº 5024628-78.2020.4.03.6100 (APELAÇÃO CÍVEL (198))

O processo supra foi incluído na Sessão abaixo indicada. Caso


não seja julgado, ressalvado expresso adiamento para Sessão seguinte,
será incluído em nova pauta.

Sessão de Julgamento: ORDINÁRIA


VIDEOCONFERÊNCIA

Data: 07-12-2022

Horário: 14:00

Local: QUANDO PRESENCIAL OU HÍBRIDA: RESOLUÇÃO PRES


494/2022, TEAMS, dj03@trf3.jus.br - Av. Paulista, 1842, Torre Sul,
Cerqueira Cesar, São Paulo - SP - Tribunal Regional Federal da 3ª Região -
S ã o P a u l o / S P

Destinatário: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL


Nas sessões em que admitida sustentação oral (presencial,
híbrida e por videoconferência), as partes poderão comunicar seu interesse,
preferencialmente, até 48 horas antes do horário indicado para a sua
realização, por meio de formulário eletrônico disponibilizado no portal do
Tribunal, ou presencialmente, até o início da sessão de julgamento.

O requerimento de sustentação oral em sessão eletrônica virtual


poderá implicar adiamento do julgamento do processo, para realização em
sessão presencial, híbrida ou por videoconferência.

Nos termos do art. 1º, §1º, da Resolução PRES Nº 343, de 14 de abril de


2020, a sessão por videoconferência equivale à presencial para todos os
efeitos legais.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 24/10/2022 14:59:35 Num. 265769923 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22102414593591300000263862237
Número do documento: 22102414593591300000263862237
Maiores informações sobre a sessão, inclusive acerca da
ferramenta eletrônica utilizada, quando for o caso, poderão ser obtidas pelo
e-mail da subsecretaria processante disponibilizado no sítio da internet do
Tribunal.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 24/10/2022 14:59:35 Num. 265769923 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22102414593591300000263862237
Número do documento: 22102414593591300000263862237
INTIMAÇÃO DE PAUTA DE JULGAMENTO

São Paulo, 24 de outubro de 2022

Processo nº 5024628-78.2020.4.03.6100 (APELAÇÃO CÍVEL (198))

O processo supra foi incluído na Sessão abaixo indicada. Caso


não seja julgado, ressalvado expresso adiamento para Sessão seguinte,
será incluído em nova pauta.

Sessão de Julgamento: ORDINÁRIA


VIDEOCONFERÊNCIA

Data: 07-12-2022

Horário: 14:00

Local: QUANDO PRESENCIAL OU HÍBRIDA: RESOLUÇÃO PRES


494/2022, TEAMS, dj03@trf3.jus.br - Av. Paulista, 1842, Torre Sul,
Cerqueira Cesar, São Paulo - SP - Tribunal Regional Federal da 3ª Região -
S ã o P a u l o / S P

Destinatário: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA


LTDA
Nas sessões em que admitida sustentação oral (presencial,
híbrida e por videoconferência), as partes poderão comunicar seu interesse,
preferencialmente, até 48 horas antes do horário indicado para a sua
realização, por meio de formulário eletrônico disponibilizado no portal do
Tribunal, ou presencialmente, até o início da sessão de julgamento.

O requerimento de sustentação oral em sessão eletrônica virtual


poderá implicar adiamento do julgamento do processo, para realização em
sessão presencial, híbrida ou por videoconferência.

Nos termos do art. 1º, §1º, da Resolução PRES Nº 343, de 14 de abril de


2020, a sessão por videoconferência equivale à presencial para todos os
efeitos legais.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 24/10/2022 14:59:35 Num. 265769908 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22102414593514400000263862222
Número do documento: 22102414593514400000263862222
Maiores informações sobre a sessão, inclusive acerca da
ferramenta eletrônica utilizada, quando for o caso, poderão ser obtidas pelo
e-mail da subsecretaria processante disponibilizado no sítio da internet do
Tribunal.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 24/10/2022 14:59:35 Num. 265769908 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22102414593514400000263862222
Número do documento: 22102414593514400000263862222
APELAÇÃO CÍVEL (198) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100
RELATOR: Gab. 09 - DES. FED. NELTON DOS SANTOS
APELANTE: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

APELADO: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Advogado do(a) APELADO: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287-A
OUTROS PARTICIPANTES:

Certidão de Julgamento

Certifico que a Egrégia 3ª Turma, ao apreciar o processo em epígrafe, em sessão realizada em


05/10/2022, proferiu a seguinte decisão: "Após o voto do Relator, Des. Fed. NELTON DOS
SANTOS, dando parcial provimento ao recurso de apelação da União para afastar a
possibilidade de restituição do indébito em espécie, administrativamente, independentemente
de precatório, mantida a r. sentença no que toca aos honorários advocatícios, no que foi
acompanhado pelo Juiz Fed. Convocado SILVA NETO, e do voto divergente do Des. Fed.
CARLOS MUTA, dando-lhe parcial provimento, em maior extensão, para delimitar a
inconstitucionalidade e a inexigibilidade da inclusão do ISS na base de cálculo do PIS/COFINS,
para efeito de indébito fiscal a ser ressarcido, apenas aos valores recolhidos a partir de
16/03/2017, nos termos da modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade no
RE 574.706, afastada a restituição administrativa e a repetição por precatório em mandado de
segurança, o feito ficou sobrestado nos termos do artigo 942/CPC".

São Paulo, 10 de outubro de 2022.

Assinado eletronicamente por: ANDREA SANTIAGO MAIA ANAUATE - 10/10/2022 10:14:31 Num. 265026069 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22101010143104000000263135045
Número do documento: 22101010143104000000263135045
INTIMAÇÃO DE PAUTA DE JULGAMENTO

São Paulo, 29 de agosto de 2022

Processo nº 5024628-78.2020.4.03.6100 (APELAÇÃO CÍVEL (198))

O processo supra foi incluído na Sessão abaixo indicada. Caso


não seja julgado, ressalvado expresso adiamento para Sessão seguinte,
será incluído em nova pauta.

Sessão de Julgamento: ORDINÁRIA


VIDEOCONFERÊNCIA

Data: 05-10-2022

Horário: 14:00

Local: QUANDO PRESENCIAL OU HÍBRIDA: RESOLUÇÃO PRES


494/2022, TEAMS, dj03@trf3.jus.br - Av. Paulista, 1842, Torre Sul,
Cerqueira Cesar, São Paulo - SP - Tribunal Regional Federal da 3ª Região -
S ã o P a u l o / S P

Destinatário: Ministério Público Federal


Nas sessões em que admitida sustentação oral (presencial,
híbrida e por videoconferência), as partes poderão comunicar seu interesse,
preferencialmente, até 48 horas antes do horário indicado para a sua
realização, por meio de formulário eletrônico disponibilizado no portal do
Tribunal, ou presencialmente, até o início da sessão de julgamento.

O requerimento de sustentação oral em sessão eletrônica virtual


poderá implicar adiamento do julgamento do processo, para realização em
sessão presencial, híbrida ou por videoconferência.

Nos termos do art. 1º, §1º, da Resolução PRES Nº 343, de 14 de abril de


2020, a sessão por videoconferência equivale à presencial para todos os
efeitos legais.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 29/08/2022 09:30:15 Num. 262858316 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22082909301585100000261022542
Número do documento: 22082909301585100000261022542
Maiores informações sobre a sessão, inclusive acerca da
ferramenta eletrônica utilizada, quando for o caso, poderão ser obtidas pelo
e-mail da subsecretaria processante disponibilizado no sítio da internet do
Tribunal.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 29/08/2022 09:30:15 Num. 262858316 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22082909301585100000261022542
Número do documento: 22082909301585100000261022542
INTIMAÇÃO DE PAUTA DE JULGAMENTO

São Paulo, 29 de agosto de 2022

Processo nº 5024628-78.2020.4.03.6100 (APELAÇÃO CÍVEL (198))

O processo supra foi incluído na Sessão abaixo indicada. Caso


não seja julgado, ressalvado expresso adiamento para Sessão seguinte,
será incluído em nova pauta.

Sessão de Julgamento: ORDINÁRIA


VIDEOCONFERÊNCIA

Data: 05-10-2022

Horário: 14:00

Local: QUANDO PRESENCIAL OU HÍBRIDA: RESOLUÇÃO PRES


494/2022, TEAMS, dj03@trf3.jus.br - Av. Paulista, 1842, Torre Sul,
Cerqueira Cesar, São Paulo - SP - Tribunal Regional Federal da 3ª Região -
S ã o P a u l o / S P

Destinatário: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL


Nas sessões em que admitida sustentação oral (presencial,
híbrida e por videoconferência), as partes poderão comunicar seu interesse,
preferencialmente, até 48 horas antes do horário indicado para a sua
realização, por meio de formulário eletrônico disponibilizado no portal do
Tribunal, ou presencialmente, até o início da sessão de julgamento.

O requerimento de sustentação oral em sessão eletrônica virtual


poderá implicar adiamento do julgamento do processo, para realização em
sessão presencial, híbrida ou por videoconferência.

Nos termos do art. 1º, §1º, da Resolução PRES Nº 343, de 14 de abril de


2020, a sessão por videoconferência equivale à presencial para todos os
efeitos legais.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 29/08/2022 09:30:15 Num. 262858295 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22082909301511500000261022521
Número do documento: 22082909301511500000261022521
Maiores informações sobre a sessão, inclusive acerca da
ferramenta eletrônica utilizada, quando for o caso, poderão ser obtidas pelo
e-mail da subsecretaria processante disponibilizado no sítio da internet do
Tribunal.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 29/08/2022 09:30:15 Num. 262858295 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22082909301511500000261022521
Número do documento: 22082909301511500000261022521
INTIMAÇÃO DE PAUTA DE JULGAMENTO

São Paulo, 29 de agosto de 2022

Processo nº 5024628-78.2020.4.03.6100 (APELAÇÃO CÍVEL (198))

O processo supra foi incluído na Sessão abaixo indicada. Caso


não seja julgado, ressalvado expresso adiamento para Sessão seguinte,
será incluído em nova pauta.

Sessão de Julgamento: ORDINÁRIA


VIDEOCONFERÊNCIA

Data: 05-10-2022

Horário: 14:00

Local: QUANDO PRESENCIAL OU HÍBRIDA: RESOLUÇÃO PRES


494/2022, TEAMS, dj03@trf3.jus.br - Av. Paulista, 1842, Torre Sul,
Cerqueira Cesar, São Paulo - SP - Tribunal Regional Federal da 3ª Região -
S ã o P a u l o / S P

Destinatário: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA


LTDA
Nas sessões em que admitida sustentação oral (presencial,
híbrida e por videoconferência), as partes poderão comunicar seu interesse,
preferencialmente, até 48 horas antes do horário indicado para a sua
realização, por meio de formulário eletrônico disponibilizado no portal do
Tribunal, ou presencialmente, até o início da sessão de julgamento.

O requerimento de sustentação oral em sessão eletrônica virtual


poderá implicar adiamento do julgamento do processo, para realização em
sessão presencial, híbrida ou por videoconferência.

Nos termos do art. 1º, §1º, da Resolução PRES Nº 343, de 14 de abril de


2020, a sessão por videoconferência equivale à presencial para todos os
efeitos legais.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 29/08/2022 09:30:14 Num. 262858279 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22082909301433700000261022505
Número do documento: 22082909301433700000261022505
Maiores informações sobre a sessão, inclusive acerca da
ferramenta eletrônica utilizada, quando for o caso, poderão ser obtidas pelo
e-mail da subsecretaria processante disponibilizado no sítio da internet do
Tribunal.

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 29/08/2022 09:30:14 Num. 262858279 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22082909301433700000261022505
Número do documento: 22082909301433700000261022505
PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100
AUTOR: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) AUTOR: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287
REU: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

DESPACHO

Dê-se vista à parte autora para contrarrazões.

Decorrido o prazo legal, com ou sem contrarrazões, remetam-se os autos E. TRF-3ª


Região, com as homenagens de estilo.

Intimem-se.

São Paulo, data registrada no sistema.

Assinado eletronicamente por: MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI - 17/09/2021 17:19:32 Num. 251482278 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21092009350000000000249963512
Número do documento: 21092009350000000000249963512
PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100
AUTOR: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) AUTOR: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287
REU: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

DESPACHO

Dê-se vista à parte autora para contrarrazões.

Decorrido o prazo legal, com ou sem contrarrazões, remetam-se os autos E. TRF-3ª


Região, com as homenagens de estilo.

Intimem-se.

São Paulo, data registrada no sistema.

Assinado eletronicamente por: MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI - 17/09/2021 17:19:32 Num. 251482277 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21091717193200000000249963511
Número do documento: 21091717193200000000249963511
CORREGEDORIA REGIONAL

PROCEDIMENTO COMUM CÃVEL (7) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100 / 1ª Vara CÃ-vel Federal de São Paulo

Vistos em correição.

SãO PAULO, 15 de setembro de 2021.

Assinado eletronicamente por: ANA BEATRIZ CALVAO MONNERAT DO PRADO - 15/09/2021 18:36:01 Num. 251482276 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21091518360100000000249963510
Número do documento: 21091518360100000000249963510
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA CÍVEL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE
SÃO PAULO

Procedimento comum N.º 5024628-78.2020.4.03.6100

Apelante: UNIÃO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL


Apelado: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA LTDA

A UNIÃO (FAZENDA NACIONAL), pessoa jurídica de direito público interno, vem, através do(a)
Procurador(a) da Fazenda Nacional in fine subscrito(a), à presença de Vossa Excelência, interpor

RECURSO DE APELAÇÃO,

em face da r. sentença monocrática, o que o faz com base nos argumentos fáticos e jurídicos adiante
expostos, razão pela qual se requer o seu envio à Corte "ad quem", onde deverá ser conhecido e provido.

Nestes Termos, pede deferimento.


São Paulo/SP, datado digitalmente.

ASSINADO DIGITALMENTE

Assinado eletronicamente por: RUBIA MARIA REYS DE CARVALHO SOUZA - 07/09/2021 16:09:13 Num. 251482275 - Pág. 1
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COLENDO TRIBUNAL,

EGRÉGIA TURMA

Trata-se de apelo que ora se interpõe contra sentença que julgou procedente a demanda aforada pela autora na
qual esta busca provimento jurisdicional no sentido de que seja excluído definitivamente o ISS da base de cálculo do PIS e da
COFINS, incidentes sobre a receita bruta da Impetrante, bem como para que seja reconhecido o direito às compensações dos
créditos apurados em razão dos recolhimentos realizados indevidamente nos últimos 5 (cinco) anos, devidamente atualizados pela
taxa Selic.

Em sentença monocrática, o C. Juízo a quo concedeu a segurança para assegurar a exclusão do ISS destacado
nas notas fiscais da base de cálculo do PIS e COFINS.

Esclarece a União Federal que o ISS pode ser destacado na nota fiscal em alguns Municípios. No entanto, a
questão colocada em relação ao ISS não guarda paralelo com a discussão existentes em relação ao ICMS destacado.

Isso porque, em virtude de não haver previsão para a não-cumulatividade no ISS, a discussão a respeito do
ICMS "a pagar" ou do "destacado" não tem relevância para o recolhimento do ISS.

Realizado o esclarecimento acima, é de ser reformado o julgamento de primeira instância.

1. PRELIMINARMENTE: DA IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO DE


RESTITUIÇÃO ADMINISTRATIVA DE INDÉBITO RECONHECIDO JUDICIALMENTE. OFENSA AO
ARTIGO 100 CF. NECESSIDADE DE EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO PRECATÓRIO.

O MM. Juízo de Primeira Instância reconheceu o direito de restituição administrativa para os


valores reconhecidos como indevidos na presente ação.

No entanto, há rigorosos óbices de índole constitucional que impedem a manutenção do julgamento


de primeira instância.

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Isso porque, à luz de uma concepção racional de organização de finanças públicas, o regime
disposto no art. 100 da Constituição Federal tem como objetivo garantir que as fazendas públicas possam planejar
orçamentariamente como liquidar seus débitos. Como resultado, atende-se a princípio democrático,
contemplando-se, de modo igualitário e planejado, o cidadão credor do Estado. Respeita-se preferência cronológica,
como fórmula de estabilidade das relações jurídicas.

Assim, não se pode permitir que um cidadão que aguarda cronologicamente a realização de seu
crédito seja preterido por cidadão que pretenda administrativamente receber valores que reputa devidos. Teríamos
uma ordem invertida, que favorecia um planejamento jurídico, no sentido de que doravante seriam ajuizadas
preferencialmente ações que tenham como resultado a repetição administrativa, como fórmula de burla ao modelo
do precatório.

Acresça a isso que a regra dos precatórios é absoluta, excetuando-se apenas os pagamentos de
pequeno valor. Não exclui ou afasta, por exemplo, eventual caráter alimentar de crédito oponível à Fazenda
Pública. Ainda, com absoluta precisão para o caso presente, tem-se também que não são excluídos do regime de
precatórios os créditos derivados de sentenças concessivas de mandado de segurança, o que qualifica circunstância
acidental, que não tem como efeito propiciar uma fórmula alternativa para recebimento de créditos devidos pelo
Tesouro.

A questão transcende aos interesses subjetivos colidentes no presente processo, revelando-se como
matéria de ordem pública, a exigir solução que atente para o comando constitucional do regime de precatórios.
Os pontos acima também foram definidos e fixados pelo Supremo Tribunal Federal, como segue,
com ênfases nossas:

“O processo de execução por quantia certa contra a Fazenda Pública rege-se, nos termos do que prescreve
a própria Lei Fundamental, por normas especiais, que, ao instituírem o regime constitucional dos
precatórios, estendem-se a todas as pessoas jurídicas de direito público interno, inclusive às entidades
autárquicas. A disciplina constitucional desse processo de execução, na redação anterior à promulgação das
EC 30/2000, 37/2002 e 62/2009, tornava imprescindível a expedição do requisitório, independentemente da
natureza e do valor do crédito exequendo. A exigência constitucional de expedição do precatório, com a
consequente obrigação imposta ao Estado de estrita observância da ordem cronológica de apresentação
daquele instrumento de requisição judicial de pagamento, tinha (e ainda tem) por finalidade impedir
favorecimentos pessoais indevidos e frustrar injustas perseguições ditadas por razões de caráter
político-administrativo. A regra inscrita no art. 100 da CF – cuja gênese reside, em seus aspectos
essenciais, na Constituição de 1934 (art. 182) – tinha por objetivo precípuo viabilizar, na concreção de seu
alcance normativo, a submissão incondicional do poder público ao dever de respeitar o princípio que
conferia preferência jurídica a quem dispusesse de precedência cronológica (prior in tempore, potior in
jure). O comportamento da pessoa jurídica de direito público, que desrespeita a ordem de precedência
cronológica de apresentação dos precatórios, deve expor-se às graves sanções definidas pelo ordenamento
positivo, inclusive ao próprio sequestro de quantias necessárias à satisfação do credor injustamente
preterido. Nem mesmo a celebração de transação com o poder público, ainda que em bases vantajosas para
o erário, teria, na época em que ocorridos os fatos expostos na denúncia, o condão de autorizar a

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inobservância da ordem de precedência cronológica dos precatórios, pois semelhante comportamento – por
envolver efetivação de despesa não autorizada por lei e por implicar frustração do direito de credores mais
antigos, com evidente prejuízo para eles – enquadra-se no preceito incriminador constante do inciso V do
art. 1º do DL 201/1967” (Supremo Tribunal Federal. AP 503, rel. min. Celso de Mello, j. 20-5-2010, P, DJE
de 1º-2-2013).

Em nível infraconstitucional a matéria também tem sido recorrentemente tratada pelo Superior
Tribunal de Justiça. Resolve-se o problema do indébito tributário por intermédio de compensação, de precatório ou,
se for o caso, pela requisição de pequeno valor. Reconhece-se que são modalidades de liquidação da obrigação, por
parte da Fazenda Pública devedora. É o que se colhe do julgado que segue, com ênfases também nossas:

“PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. SENTENÇA DECLARATÓRIA DO DIREITO À COMPENSAÇÃO


DE INDÉBITO TRIBUTÁRIO. POSSIBILIDADE DE REPETIÇÃO POR VIA DE PRECATÓRIO OU
REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. FACULDADE DO CREDOR. RECURSO ESPECIAL
REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. 1."A sentença declaratória que, para fins
de compensação tributária, certifica o direito de crédito do contribuinte que recolheu indevidamente o
tributo, contém juízo de certeza e de definição exaustiva a respeito de todos os elementos da relação jurídica
questionada e, como tal, é título executivo para a ação visando à satisfação, em dinheiro, do valor devido"
(REsp n. 614.577/SC, Ministro Teori Albino Zavascki). 2. A opção entre a compensação e o recebimento do
crédito por precatório ou requisição de pequeno valor cabe ao contribuinte credor pelo indébito tributário,
haja vista que constituem, todas as modalidades, formas de execução do julgado colocadas à disposição da
parte quando procedente a ação que teve a eficácia de declarar o indébito. Precedentes da Primeira Seção:
REsp.796.064 - RJ, Primeira Seção, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 22.10.2008; EREsp. Nº 502.618 - RS,
Primeira Seção, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 8.6.2005; EREsp. N. 609.266 - RS, Primeira
Seção, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em 23.8.2006. 3. Recurso especial provido. Acórdão
submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ 08/2008. (...)
(Superior Tribunal de Justiça, Recurso Especial nº 1.114.404-MG, relatado pelo Ministro Mauro Campbell
Marques, 10 de fevereiro de 2010)

O STJ já sumulou a matéria, fixando no verbete 461 que “o contribuinte pode optar por receber,
por meio de precatório, ou por compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada
em julgado”. Não há permissão para recebimento administrativo, em outras ações, o que provocaria uma ruptura
nos arranjos institucionais de efetivação e controle de gastos públicos.

Em 2015 o Supremo Tribunal Federal fechou tema que coloca pá de cal no assunto, em
repercussão geral, indexando o verbete, 831, definiu-se pela obrigatoriedade do pagamento, mediante regime
de precatórios, dos valores devidos pela Fazenda Pública, entre a data da impetração do mandado de
segurança e a efetiva implementação da ordem concessiva. Insista-se, não há concessão alguma a pagamento por
via administrativa, a partir de ordem judicial.

Diante de todo o exposto, é de se afastar o julgamento de primeira instância no que reconheceu o


direito de restituição dos valores na via administrativa.

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2. MÉRITO

No RE 574.706-PR (tema 69 de repercussão geral) o Supremo Tribunal Federal decidiu que o ICMS destacado não
compõe a base de cálculo para a incidência do PIS e da COFINS. Bem entendido, essa decisão dá-se no contexto exclusivo do art.
195, I, “b”, da Constituição Federal, não alterando outros modelos de tributação que se conhece no direito brasileiro.

Contudo, há fortes receios de tentativa de uso do conteúdo dessa decisão, projetando-a em inúmeras outras
circunstâncias judiciais fáticas (as chamadas teses filhotes), o que pode ensejar litigiosidade e ameaças reais aos interesses
públicos indeclináveis tutelados pela PGFN.

Nesse sentido, há necessidade de se demonstrar que o citado precedente de repercussão geral não pode ser estendido
de forma indiscriminada às “teses filhotes do tema 69”, inclusive à discussão sobre a inclusão dos valores do ISS na base de
cálculo do PIS e da COFINS, tomada no bojo do RE 592.616 (tema 118 de repercussão geral) . Senão vejamos.
[1]

A) O RE 574.706-PR NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E O CONTEÚDO DOS PONTOS CENTRAIS


FIXADOS NO JULGADO

O Supremo Tribunal Federal, em 13.05.2021, no julgamento dos embargos de declaração opostos pela União no
RE 574.706/PR, submetido à sistemática da repercussão geral (Tema 69), reiterou a tese já firmada, segundo a qual "O ICMS não
compõe a base de cálculo para a incidência do PIS e da Cofins", e esclareceu que o valor de ICMS a ser excluído corresponde ao
destacado nas notas fiscais.
[2]

Os Embargos de Declaração opostos pela Fazenda Nacional em face dessa decisão foram julgados parcialmente
procedentes em 13/05/2021, para i) esclarecer que o ICMS a ser excluído da base de cálculo corresponde ao destacado nas notas
fiscais de saída e ii) para modular os efeitos da decisão a partir de 15/03/2017, ressalvadas as ações judiciais e administrativas
propostas até aquela data.

Em outras palavras, entendeu a Suprema Corte que o ICMS destacado poderia ser excluído da base de cálculo do
PIS e da COFINS somente após 15/03/2017, isto é, em relação aos fatos geradores posteriores àquela data. No entanto, foram

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ressalvados os casos em que o contribuinte tenha ajuizado ação questionando a incidência do PIS e da COFINS sobre o ICMS até
aquela mesma data.

Isso implica dizer que, os contribuintes que formalizaram ações até 15/03/2017 poderão usufruir dos efeitos da
decisão do Supremo Tribunal Federal desde a data do seu respectivo ajuizamento, alcançando-se os fatos geradores anteriores a
cinco anos e todos aqueles que se verificaram no transcorrer da ação judicial, até os dias atuais.

Saliente-se que, por meio da Mensagem Eletrônica PGFN/CRJ/COJUD nº 12, de 15/05/2021, os Procuradores da
Fazenda Nacional foram autorizados a deixar de contestar e de recorrer em relação aos julgados que apliquem o referido
entendimento, consoante art. 2º, §3º, da Portaria PGFN nº 502/2016.

Isso não significa dizer, no entanto, que a dispensa se aplica a todas as teses indicadas pelos contribuintes
como semelhantes. Ao revés, somente se aplica à hipótese de exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/COFINS. Ou seja,
apesar de tratar de situação bastante similar, a discussão sobre a inclusão do ISS na base de cálculo da mesma PIS/COFINS não
está abrangida pela dispensa, conforme restará a seguir demonstrado.

B) SÍNTESE E ANÁLISE DOS VOTOS PROFERIDOS

O voto condutor foi proferido pela Ministra Cármen Lúcia, em face do qual a maioria aderiu, com pequena variação
de pormenor. No contexto dessa decisão encontra-se a percepção de que “ (...) o valor do ICMS tem como destinatário final a
Fazenda Pública, para a qual será transferido”, o que afastaria que seus valores fossem considerados para efeitos de base de
cálculo do PIS-COFINS.

O núcleo de sua decisão centra-se na compreensão de que “o recolhimento do ICMS na condição de substituto
tributário importa na transferência integral às Fazendas Públicas estaduais, sem a necessidade de compensação e, portanto,
identificação do saldo a pagar, pois não há recolhimentos posteriores pelos demais contribuintes substituídos”.

A Ministra Rosa Weber transitou no mesmo sentido, com ênfase no conceito de receita bruta, no sentido de que:
“(...) a receita bruta pode ser definida como o ingresso financeiro que se integra no patrimônio na condição de elemento novo e
positivo, sem reservas ou condições, na esteira da clássica definição que Aliomar Baleeiro cunhou acerca do conceito de receita
pública (...)”.

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De igual modo, o Ministro Ricardo Lewandowski, que aderiu integralmente ao voto da Ministra relatora. Sua linha
de raciocínio decorre da percepção de que os valores recolhidos a título de ICMS, e posteriormente repassados às unidades
federadas, não retornariam, em nenhuma hipótese, ao patrimônio do contribuinte, pelo que distantes do conceito de faturamento.

O Ministro Luiz Fux reconheceu, expressamente, no entanto, a possibilidade de que um tributo possa incidir sobre
outro tributo (o que central para discussões vindouras):

“Eu não estou dizendo que tributo não pode incidir sobre tributo. Isso é uma técnica nossa, é uma técnica
universal. Há pareceres aqui onde se demonstra que, no mundo inteiro, é possível tributo sobre tributo. O que nós estamos
analisando aqui é como se faz a exegese de uma expressão constitucional, a ponto de respeitar-se os limites do poder do Estado”.

O Ministro Marco Aurélio também proferiu voto substancial em favor da exclusão do ICMS da base de cálculo do
PIS-COFINS. Objetivamente:

“Digo não ser o ICMS fato gerador do tributo, da contribuição. Digo também, reportando-me ao voto, que, seja
qual for a modalidade utilizada para recolhimento do ICMS, o valor respectivo não se transforma em faturamento, em receita
bruta da empresa, porque é devido ao Estado. E muito menos é possível pensar, uma vez que não se tem a relação tributária
Estado-União, em transferir, numa ficção jurídica, o que decorrente do ICMS para o contribuinte e vir a onerá-lo”.

O Ministro Celso de Mello também não admitiu a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS-COFINS
argumentando que o conceito constitucional de faturamento e receita não permite que se dilate a base de cálculo da exação; isto é,
o ICMS cobrado (e repassado) não se traduziria nos conceitos de faturamento e de receita. Segundo o Ministro Celso de Mello
essa ampliação do conceito de faturamento e de receita resultaria em afronta aos princípios da isonomia tributária e da capacidade
contributiva.

A razão de decidir (ratio decidendi) no presente caso identifica linha de pensar e decidir pretoriana que aponta para
solução que contemple apenas a intersecção entre transito de valores de ICMS e conceito de faturamento/receita.

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Não se constata, em juízo de comparação entre várias modalidades tributárias que há, um indício de distinção, um
distinguishing , que autorizasse entendimento idêntico para casos diversos. A ratio decidendi que preponderou no caso aqui
[3] [4]
discutido, julgado pelo STF, deve ser aplicada tão somente no caso da incidência do ICMS na base de cálculo do PIS-COFINS.

Isto posto, cumpre demonstrar que o precedente em questão, Tema 69 de RG, não merece ser aplicado ao caso da
inclusão do ISS na base de cálculo do PIS/COFINS. As situações jurídico-tributárias são em tudo distintas.

C) DO DISTINGUISHING QUANTO A INCLUSÃO DO ISS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS/COFINS.

Os contribuintes sustentam que a quantia devida a título do ISS não corresponde a receita ou faturamento. Apontam
que se trata de mero ingresso, que não possui aptidão para gerar incremento patrimonial de qualquer tipo, eis que esta parcela do
preço é devida pelo contribuinte às burras do município por força de lei. Assim como ocorre com o ICMS, alegam que o tributo
apenas transitaria pelos cofres da empresa. Essa tese supõe que o verdadeiro contribuinte é o consumidor e eventual
inadimplemento corresponderia, na verdade, em crime de apropriação indébita .
[5]

Evidencia-se que a tese confunde a identificação do contribuinte do tributo (aquele que realiza o fato gerador, que
presta serviços) com a possibilidade do repasse do ônus econômico do tributo para o consumidor (fato econômico meramente
acidental). Sob o ponto de vista jurídico, o contribuinte não pode ser confundido com aquele que necessariamente assume o ônus
fiscal. Nem poderia ser de outra forma. A distribuição do custo econômico do tributo em uma cadeia produtiva não é constante,
regular, nem se encontra sujeita ao mesmo grau de certeza que se exige de normas jurídicas que sejam minimamente funcionais.

Ao contrário da relação entre a realização da ação que a norma indica como fato gerador e o surgimento da
obrigação tributária, que contém alto grau de certeza, o repasse do custo do tributo não é obrigatório ou, sequer, necessário para o
surgimento da obrigação tributária. O ônus econômico da exação pode ser assumido no todo ou em parte pelo próprio prestador de
serviços, por razões atinentes: (i) à concorrência existente no mercado em que atua, (ii) ao processo produtivo da empresa ou (iii)
ao caráter supérfluo/essencial da utilidade oferecida ao público. Segundo o jargão econômico, a possibilidade de transferência do
ônus fiscal depende da elasticidade-preço da oferta e da elasticidade-preço da demanda .
[6]

Portanto, quando o prestador de serviços oferece determinada utilidade material ou imaterial a um cliente por um
preço, surge para ele, não para o Município, o direito sobre o valor correspondente e a possibilidade de, em caso de inadimplência,
promover atos de cobrança. Já quando pratica o fato gerador, surge para ele, como dever próprio, não de terceiro, a obrigação
tributária.

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Uma vez que o pagamento não integra o fato gerador do ISS, previsto na Lei Complementar 116/03, o crédito
tributário do Município não depende do efetivo pagamento do valor do serviço pelo consumidor, podendo incidir o tributo
(obrigação própria do prestador), mesmo em caso de inadimplemento do valor do serviço (crédito de titularidade exclusiva do
prestador). Tampouco possui o Município legitimidade para “pular” o contribuinte e cobrar do consumidor a parcela do preço do
serviço correspondente ao ISS que lhe é devido, nem se associar ao prestador para fazê-lo, em exótica modalidade de
litisconsórcio ativo.

Evidencia-se, assim, o erro da tese. Quando o prestador vende um serviço, tem direito próprio a receber a
integralidade do preço. Quando o prestador pratica o fato gerador, tem o dever próprio de pagar o tributo municipal
correspondente. O ISS, assim, não passa de um custo fiscal típico para quem explora determinada atividade econômica.

Quanto à base de cálculo do PIS e da COFINS, já esclareceu esse Supremo Tribunal Federal (RE 346.084, RE
357.950, RE 358.273 e RE 390.840) que receita designa realidade mais ampla que receita bruta ou faturamento, uma vez que
aquela representa gênero e esta espécie. Cumpre lembrar relevante trecho do voto do Ministro Cezar Peluso sobre a matéria:

(...) todo valor percebido pela pessoa jurídica, a qualquer título, será, nos termos da norma receita (gênero). Mas
nem toda receita será operacional, porque pode havê-la não operacional.

(...) faturamento também significa percepção de valores e, como tal, pertence ao gênero ou classe receita, mas com
a diferença específica de que compreende apenas os valores oriundos da ‘atividade econômica organizada para a produção ou
circulação de bens e serviços.

É útil, então, analisar o conteúdo semântico das expressões faturamento ou receita bruta. Isto porque, se estas
realidades estão contidas no gênero receita, é inequívoco que tudo que for receita bruta é receita.

Assim, cumpre observar o que se entende como receita bruta, a fim de se esclarecer o tema. Para tanto, nos
valeremos de lição da obra de Ricardo Marins de Oliveira. Vejamos o que ali se assenta:

A receita bruta é conceito direcionado pela lei apenas para as vendas e serviços da atividade operacional e
compreende o produto da venda de bens nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado
auferido nas operações de conta alheia.

Por prática aceita pelo fisco e pelos contribuintes, o imposto sobre produz industrializados, quando devido, em
virtude de ser cobrado fora do preço, não é considerado participante da receita bruta, sendo contabilizado à parte desta, em contas
patrimoniais que não afetam o resultado.

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A receita líquida de vendas e serviços, por sua vez, é definida pela lei como sendo a receita bruta diminuída
das vendas canceladas, dos descontos concedidos incondicionalmente e dos impostos incidentes sobre as vendas e serviços.

(...)

Deve-se entender corretamente por:

(...)

Impostos incidentes sobre as vendas e serviços, aqueles que guardam proporcionalidade com o preço, mesmo
que o respetivo montante integre o valor da operação e a base de cálculo desses impostos, sejam eles cumulativos ou não
(casos, por exemplo, do ICMS e do ISS); (...).
[7]

O referido conceito, positivado no art. 12 do Decreto-Lei 1.598/76, destaca:

art. 12. A receita bruta compreende:

I - o produto da venda de bens nas operações de conta própria;

II - o preço da prestação de serviços em geral;

III - o resultado auferido nas operações de conta alheia; e

IV - as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica não compreendidas nos incisos I a III.

§ 1º A receita líquida será a receita bruta diminuída de:

(...)

III - tributos sobre ela incidentes; e

(...)

§ 4º Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente, do comprador ou
contratante pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na condição de mero depositário.

§ 5º Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do ajuste a valor
presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, das operações previstas no
caput, observado o disposto no § 4o.

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Assim sendo, se o faturamento se identifica com a receita bruta - resultado das operações típicas da empresa - e
está contido no termo receita, que é mais abrangente, caso determinada importância seja receita bruta, será também receita. Além
do mais, se, nos termos da lição de Ricardo Marins de Oliveira e do disposto no art. 12 do Decreto-Lei 1.598/76, receita líquida é
receita bruta menos impostos sobre vendas e serviços, estes estão incluídos nesta e, desta forma, também na receita.

Destarte, resta bem claro que a argumentação da empresa contribuinte não se sustenta. O preço do serviço é valor
devido inteiramente ao prestador-ofertante pelo consumidor. O ISS é devido pelo contribuinte (prestador) ao Município. O ISS é
custo do processo produtivo. Finalmente, as expressões faturamento, receita bruta e receita não impõem o decote de valor
correspondente ao custo fiscal correspondente a tributos incidentes sobre operações de prestação de serviço.

Deste ponto, é possível antever que a ratio decidendi aplicada no julgamento do RE 574.706/PR não se enquadra à
moldura legal do ISSQN, razão pela qual não deve ser aplicado o paradigma ali formado ao presente caso, devendo ser
reconhecida a possibilidade de inclusão do valor referente ao ISS na base de cálculo do PIS/COFINS. Esse raciocínio decorre da
lógica distinta entre as estruturações dessas relações jurídico- tributárias. Se as hipóteses pudessem receber a mesma conclusão,
não haveria motivo para que o STF tivesse reconhecido duas controvérsias como temas de repercussão geral diferentes.

Cumpre salientar, por fim, que o julgamento do tema 118 de repercussão geral, no bojo do qual se discute a matéria
ora tratada, iniciou-se em 14/08/2020, tendo o Ministro Relator Celso de Mello proferido voto pela exclusão do ISS da base de
cálculo do PIS/COFINS. Todavia, na sequência, o Ministro Dias Toffoli pediu vista dos autos e o julgamento permanece suspenso
até a presente data.

Dessa forma, cumpre que se aguarde o julgamento da aludida repercussão geral para que sejam julgados os
processos relacionados ao tema, ao invés de se aplicar o precedente firmado no RE 574.706, que, como visto, não se amolda ao
caso.

3. DA COMPENSAÇÃO

A compensação tributária de valores eventualmente reconhecidos como indevidos deve observar a legislação
pertinente, conforme se passa a demonstrar.

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O regime jurídico da compensação tributária deve ser estabelecido em lei específica, observadas as normas gerais
do Código Tributário Nacional, nos termos do art. 170 deste diploma.

O tratamento legal da compensação tributária federal sofreu diversas alterações, devendo o contribuinte sujeitar-se,
no caso de compensação pleiteada em juízo, ao regime jurídico vigente ao tempo do ajuizamento da ação, conforme já decidiu o
Superior Tribunal de Justiça, em julgamento de Recurso Especial Repetitivo 9tema 265). Confira:

TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. COMPENSAÇÃO


TRIBUTÁRIA. SUCESSIVAS MODIFICAÇÕES LEGISLATIVAS. LEI Nº 8.383/91. LEI 9.430/96. LEI 10.637/02. REGIME
JURÍDICO VIGENTE À ÉPOCA DA PROPOSITURA DA DEMANDA. LEGISLAÇÃO SUPERVENIENTE.
INAPLICABILIDADE EM SEDE DE RECURSO ESPECIAL. ART.170-A DO CTN. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL.
HONORÁRIOS. VALOR DA CAUSA OU DA CONDENAÇÃO. MAJORAÇÃO. SÚMULA 07 DO STJ. VIOLAÇÃO DO ART. 535
DO CPC NÃO CONFIGURADA.

1. A compensação, posto modalidade extintiva do crédito tributário (artigo 156, do CTN), exsurge quando o sujeito passivo da
obrigação tributária é, ao mesmo tempo, credor e devedor do erário público, sendo mister, para sua concretização, autorização
por lei específica e créditos líquidos e certos, vencidos e vincendos, do contribuinte para com a Fazenda Pública (artigo 170, do
CTN).

2. A Lei 8.383, de 30 de dezembro de 1991, ato normativo que, pela vez primeira, versou o instituto da compensação na seara
tributária, autorizou-a apenas entre tributos da mesma espécie, sem exigir prévia autorização da Secretaria da Receita
Federal (artigo 66).

3. Outrossim, a Lei 9.430, de 27 de dezembro de 1996, na Seção intitulada "Restituição e Compensação de Tributos e
Contribuições", determina que a utilização dos créditos do contribuinte e a quitação de seus débitos serão efetuadas em
procedimentos internos à Secretaria da Receita Federal (artigo 73, caput), para efeito do disposto no artigo 7º, do
Decreto-Lei 2.287/86.

4. A redação original do artigo 74, da Lei 9.430/96, dispõe: "Observado o disposto no artigo anterior, a Secretaria da
Receita Federal, atendendo a requerimento do contribuinte, poderá autorizar a utilização de créditos a serem a ele restituídos
ou ressarcidos para a quitação de quaisquer tributos e contribuições sob sua administração".

5. Consectariamente, a autorização da Secretaria da Receita Federal constituía pressuposto para a compensação


pretendida pelo contribuinte, sob a égide da redação primitiva do artigo 74, da Lei 9.430/96, em se tratando de tributos sob a
administração do aludido órgão público, compensáveis entre si.

6. A Lei 10.637, de 30 de dezembro de 2002 (regime jurídico atualmente em vigor) sedimentou a desnecessidade de
equivalência da espécie dos tributos compensáveis, na esteira da Lei 9.430/96, a qual não mais albergava esta limitação.

7. Em consequência, após o advento do referido diploma legal, tratando-se de tributos arrecadados e administrados pela
Secretaria da Receita Federal, tornou-se possível a compensação tributária, independentemente do destino de suas
respectivas arrecadações, mediante a entrega, pelo contribuinte, de declaração na qual constem informações acerca dos
créditos utilizados e respectivos débitos compensados, termo a quo a partir do qual se considera extinto o crédito tributário,
sob condição resolutória de sua ulterior homologação, que se deve operar no prazo de 5 (cinco) anos.

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8. Deveras, com o advento da Lei Complementar 104, de 10 de janeiro de 2001, que acrescentou o artigo 170-A ao Código
Tributário Nacional, agregou-se mais um requisito à compensação tributária a saber: "Art. 170-A. É vedada a compensação
mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da
respectiva decisão judicial."

9. Entrementes, a Primeira Seção desta Corte consolidou o entendimento de que, em se tratando de compensação
tributária, deve ser considerado o regime jurídico vigente à época do ajuizamento da demanda, não podendo ser a causa
julgada à luz do direito superveniente, tendo em vista o inarredável requisito do prequestionamento, viabilizador do
conhecimento do apelo extremo, ressalvando-se o direito de o contribuinte proceder à compensação dos créditos pela via
administrativa, em conformidade com as normas posteriores, desde que atendidos os requisitos próprios (EREsp 488992/MG).

(...)

17. Recurso especial parcialmente conhecido e parcialmente provido, apenas para reconhecer o direito da recorrente à
compensação tributária, nos termos da Lei 9.430/96. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da Resolução STJ
08/2008.

(STJ, 1ª Seção, REsp nº 1137738 / SP, j. 09/12/2009, DJe de 01/02/2010, Relator Ministro LUIZ FUX)”

No caso dos autos, o regime aplicável é o do art. 74 da Lei n. 9.430/96, com redação dada pela Lei nº 10.637/02,
segundo a qual, “o sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou
contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou ressarcimento, poderá utilizá-lo na
compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão.”

Esta forma de compensação deve ser formalizada “mediante a entrega, pelo sujeito passivo, de declaração na qual
constarão informações relativas a créditos utilizados e aos respectivos débitos compensados”, conforme o § 1º do mesmo
dispositivo legal.

Ademais, esta declaração de compensação deve estar sujeita ao procedimento da Instrução Normativa regulamentar
da compensação vigente à época do ajuizamento da ação.

Vale mencionar que nada impede, entretanto, que o contribuinte proceda à compensação pela via administrativa, em
conformidade com a legislação posterior, desde que atendidos os requisitos próprios.

Também é necessário adstringir o encontro de contas ao trânsito em julgado, conforme o art. 170-A do CTN: “É
vedada a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do
trânsito em julgado da respectiva decisão judicial”.

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Na mesma esteira do Código Tributário Nacional, o artigo 74 da Lei nº 9.430/96, com redação dada pela Lei nº
10.637/02, não traz autorização para compensação com créditos reconhecidos por decisão judicial não transitada em julgado, mas
apenas “os judiciais com trânsito em julgado.”

Por fim, espancando qualquer dúvida acerca do que já vinha extremamente claro a partir de interpretação
sistemática da legislação pertinente, instituiu-se o § 12, II, “d”, do art. 74 da Lei nº 9.430/96, dispondo que “será considerada não
declarada a compensação nas hipóteses em que o crédito seja decorrente de decisão judicial não transitada em julgado.”

Finalmente, o eventual crédito não pode ser compensado com contribuições previdenciárias e devidas a terceiros
indistintamente.

Isso porque, o art. 26-A da Lei nº 11.457, de 2007 apenas autoriza a “compensação cruzada”, isto é, a compensação
recíproca entre tributos previdenciários e não previdenciários para sujeitos passivos que utilizam o Sistema de Escrituração
Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas – eSocial, sendo, inclusive, vedado o encontro de contas
recíproco antes da utilização do eSocial (art. 26-A, I e § 1º, I, “a”, da Lei nº 11.457, de 2007).

Em suma, apenas após a substituição da GFIP pela eSocial, é que os créditos vindouros dos tributos poderão ser
compensados com contribuições previdenciárias e devidas a terceiros. Quanto ao período anterior, há vedação legal e normativa da
compensação cruzada.

Assim, em se entendendo pela existência de indébito, o que se admite apenas para argumentar, este só poderá ser
compensado na forma das disposições legais e regulamentares pertinentes acima descritas.

4. PREQUESTIONAMENTO

Diante do quadro apresentado, vê-se que uma interpretação em sentido contrário violaria frontalmente o disposto no
art. 12, § 1º, III, e § 5º, do Decreto-Lei 1.598/77 e art. 195, I, b, da Constituição Federal.

5. REQUERIMENTOS

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Diante deste contexto, REQUER A UNIÃO (FAZENDA NACIONAL) o conhecimento e provimento de seu apelo
para que seja integralmente reformada a r. sentença apelada e assim seja julgado improcedente o pleito autoral.

Nestes Termos, pede deferimento.

São Paulo/SP, datado digitalmente

ASSINADO DIGITALMENTE

[1]
Importa informar que o julgamento do tema 118 já foi iniciado no STF, em 14/08/2020, tendo o Ministro Relator Celso de
Mello proferido voto no sentido da possibilidade de exclusão do ISS da base de cálculo do PIS/COFINS. Em seguida, o Ministro
Dias Toffoli pediu vista.

[2]
Ata de julgamento publicada em 14/05/2021 (Ata nº 13, de 12/05/2021, DJE nº 92, divulgado em 13/05/2021), conforme
informação constante do site do STF, encontrada no seguinte endereço eletrônico:
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2585258. A certidão de julgamento também foi publicada no mesmo
endereço com o seguinte teor: “O Tribunal, por maioria, acolheu, em parte, os embargos de declaração, para modular os efeitos
do julgado cuja produção haverá de se dar após 15.3.2017 - data em que julgado o RE nº 574.706 e fixada a tese com
repercussão geral "O ICMS não compõe a base de cálculo para fins de incidência do PIS e da COFINS" -, ressalvadas as ações
judiciais e administrativas protocoladas até a data da sessão em que proferido o julgamento, vencidos os Ministros Edson
Fachin, Rosa Weber e Marco Aurélio.

Por maioria, rejeitou os embargos quanto à alegação de omissão, obscuridade ou contradição e, no ponto relativo ao ICMS
excluído da base de cálculo das contribuições PIS-COFINS, prevaleceu o entendimento de que se trata do ICMS destacado,
vencidos os Ministros Nunes Marques, Roberto Barroso e Gilmar Mendes. Tudo nos termos do voto da Relatora. Presidência do
Ministro Luiz Fux. Plenário, 13.05.2021 (Sessão realizada por videoconferência - Resolução 672/2020/STF).”

[3]
O conceito de distinguishing foi explorado por DUXBURY, Neil, The Nature and Authority of Precedent, Cambridge:
Cambridge University Press, 2008, pp. 111 e ss.

[4]
O conceito de ratio decidendi foi explorado por CROSS, Rupert e por WARRIS, J. W., Precedent in English Law, Oxford:
Clarendon Press, 2004, pp. 39 e ss.

[5]
Para o ICMS a criminalização do não recolhimento do tributo foi um dos resultados do RE 574.706, consoante positivado no
Recurso Ordinário em Habeas Corpus (RHC) 16333

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[6]
Consoante esclarecem ROSEN e GAYER (Finanças Públicas. São Paulo: AMGH Editora, 2015. p. 300):

Em geral, quanto mais elástica a curva de demanda, menor o imposto com que arcam os consumidores, tudo o mais constante. Da
mesma forma, quanto mais elástica a curva de oferta, menor o imposto a cargo dos produtores, tudo o mais constante.
Intuitivamente, a elasticidade fornece uma medida aproximada da capacidade de um agente econômico em escapar do imposto.
Quanto mais elástica a demanda, mais fácil é para os consumidores recorrer a outros produtos quando o preço sobe, e, portanto,
mais do imposto deve ser arcado por produtores. Por outro lado, se o consumidor comprar a mesma quantidade, independente do
preço, toda carga pode ser transferida para ele.

[7]
Fundamentos do Imposto de Renda. São Paulo: Quartier Latin, 2008. p. 666/667.

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PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100 / 1ª Vara Cível Federal de São Paulo
AUTOR: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) AUTOR: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287
REU: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

SENTENÇA

UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA LTDA.,


devidamente qualificada na inicial, propôs a presente ação de procedimento
comum, com pedido de tutela evidência, em face da UNIÃO FEDERAL -
FAZENDA NACIONAL, objetivando provimento jurisdicional que determine a
imediata atualização da forma de calcular para que seja definitivamente excluído
o ISS da base de cálculo do PIS e da COFINS. Ao final requer seja declarada a
inconstitucionalidade e a ilegalidade da inclusão do ISS na base de cálculo do PIS
e da COFINS, retificando-se a forma de cálculo dos tributos vincendos após o
trânsito em julgado, autorizando, ainda, a compensação/restituição dos valores
pagos indevidamente, com base na alíquota recolhida nos últimos cinco anos, nos
cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação, corrigidos pela taxa SELIC e juros
de mora de 1% (um por cento) ao mês. Requereu os benefícios da Justiça
gratuita.

Alega que, no exercício de suas atividades, está sujeita ao


recolhimento de diversos tributos, entre eles o pagamento da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social — COFINS e do Programa de Integração
Social - PIS, incidentes sobre o faturamento, nos termos do artigo 195 da
Constituição Federal.

Informa que a ré vem exigindo o recolhimento do PIS e da COFINS


com a inclusão do ISS na base de cálculo, majorando significativamente a carga
tributária da autora, cuja prática é inconstitucional.

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A inicial veio instruída pelos documentos.

Em cumprimento à determinação judicial de ID 43282065, a


impetrante promoveu o recolhimento das custas processuais (ID 44183935), bem
como requereu a alteração do valor da causa (ID 44183931).

Foi proferida decisão que deferiu o pedido de tutela e recebeu a


petição como emenda à inicial, para fixar o valor da causa para R$ 664.758,86
(seiscentos e sessenta e quatro mil, setecentos e cinquenta e oito reais e oitenta
e seis centavos) (ID 45155764).

Intimada, a União Federal manifestou ciência sobre a decisão


supracitada (ID 45830172).

Citada, apresentou contestação no ID 45830907. Pugnou em


preliminar a ausência de documentos essenciais à propositura da ação, e da
necessidade de suspensão do feito até o julgamento dos embargos de declaração
no RE nº 574.706/PR. Subsidiariamente, requereu a improcedência da ação.

A réplica foi apresentada no ID 62959234.

A União informou que não tem interesse na produção de provas (ID


58547660), e a autora não se manifestou.

Vieram os autos conclusos.

É o relatório.

Decido.

Afasto a preliminar de ausência de documentos essenciais, uma vez


que os apresentados nos autos foram suficientes para a formação da convicção
do Juiz, bem como permitiu à parte ré sustentar sua defesa na presente ação.

Afasto a preliminar de suspensão do processo, pois a pendência de


apreciação do recurso não impede a imediata aplicação da tese firmada pelo E.
STF, conforme entendimento já explanado pela própria Corte (RE 504794 AgR,
Relator (a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 19/05/2015,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-115 DIVULG 16-06-2015 PUBLIC 17-06-2015).

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Além disso, salienta-se que os embargos de declaração opostos no
RE 574706/PR já foram julgados, definindo a modulação dos efeitos da referida
tese pela Corte Suprema, devendo ser aplicada a tese após 15/03/2017, não
subsistindo, portanto, a preliminar alegada.

Superada a análise das preliminares, passo à apreciação do mérito.

Postula a autora a concessão de provimento jurisdicional que


reconheça o direito de não incluir o valor do ISS nas bases de cálculo do PIS e da
COFINS, bem como o direito de compensar/restituir os valores recolhidos
indevidamente, nos últimos cinco anos do ajuizamento da presente ação.

Observa-se, inicialmente, que o C. Supremo Tribunal Federal fixou a


tese de que “O ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do PIS e
da COFINS”, em sede de repercussão geral, no julgamento do Recurso
Extraordinário nº 574.706/PR:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL.


EXCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS.
DEFINIÇÃO DE FATURAMENTO. APURAÇÃO ESCRITURAL DO
ICMS E REGIME DE NÃO CUMULATIVIDADE. RECURSO
PROVIDO.

1. Inviável a apuração do ICMS tomando-se cada mercadoria ou


serviço e a correspondente cadeia, adota-se o sistema de apuração
contábil. O montante de ICMS a recolher é apurado mês a mês,
considerando-se o total de créditos decorrentes de aquisições e o
total de débitos gerados nas saídas de mercadorias ou serviços:
análise contábil ou escritural do ICMS.

2. A análise jurídica do princípio da não cumulatividade aplicado ao


ICMS há de atentar ao disposto no art. 155, § 2º, inc. I, da
Constituição da República, cumprindo-se o princípio da não
cumulatividade a cada operação.

3. O regime da não cumulatividade impõe concluir, conquanto se


tenha a escrituração da parcela ainda a se compensar do ICMS,
não se incluir todo ele na definição de faturamento aproveitado por
este Supremo Tribunal Federal. O ICMS não compõe a base de
cálculo para incidência do PIS e da COFINS.

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3. Se o art. 3º, § 2º, inc. I, in fine, da Lei n. 9.718/1998 excluiu da
base de cálculo daquelas contribuições sociais o ICMS transferido
integralmente para os Estados, deve ser enfatizado que não há
como se excluir a transferência parcial decorrente do regime de não
cumulatividade em determinado momento da dinâmica das
operações.

4. Recurso provido para excluir o ICMS da base de cálculo da


contribuição ao PIS e da COFINS.”

(STF, Tribunal Pleno, RE nº 574.706/PR, Repercussão Geral -


Mérito, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 15/03/2017, DJ.
29/09/2017). (grifos nossos)

Recentemente, a Suprema Corte julgou os embargos de declaração


opostos no RE nº 574.706/PR e determinou a modulação dos efeitos da referida
decisão, bem como definiu que o ICMS a ser excluído das bases de cálculo é o
destacado na nota fiscal:

“O Tribunal, por maioria, acolheu, em parte, os embargos de


declaração, para modular os efeitos do julgado cuja produção
haverá de se dar após 15.3.2017 - data em que julgado o RE nº
574.706 e fixada a tese com repercussão geral "O ICMS não
compõe a base de cálculo para fins de incidência do PIS e da
COFINS" -, ressalvadas as ações judiciais e administrativas
protocoladas até a data da sessão em que proferido o julgamento,
vencidos os Ministros Edson Fachin, Rosa Weber e Marco Aurélio.
Por maioria, rejeitou os embargos quanto à alegação de omissão,
obscuridade ou contradição e, no ponto relativo ao ICMS excluído
da base de cálculo das contribuições PIS-COFINS, prevaleceu o
entendimento de que se trata do ICMS destacado, vencidos os
Ministros Nunes Marques, Roberto Barroso e Gilmar Mendes. Tudo
nos termos do voto da Relatora. Presidência do Ministro Luiz Fux.
Plenário, 13.05.2021.” (Sessão realizada por videoconferência -
Resolução 672/2020/STF, Pleno do STF, j. em 13/05/2021,
Relatora: Carmen Lucia).

(grifos nossos)

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Assim, admite-se a pacificação da matéria quanto à exclusão do
ICMS das bases de cálculo das contribuições, sendo possível adotar o mesmo
entendimento ao ISS.

Isso porque ambos os impostos configuram mero ingresso


financeiro na contabilidade do contribuinte, não se confundindo com
receita/faturamento para fins de incidência do PIS e da COFINS.

O tema foi analisado pela Corte do STF, no julgamento do RE


592616/RS, com repercussão geral (Tema 118), fixando a seguinte tese:

"O valor correspondente ao ISS não integra a base de cálculo das


contribuições sociais referentes ao PIS e à COFINS, pelo fato de o
ISS qualificar-se como simples ingresso financeiro que meramente
transita, sem qualquer caráter de definitividade, pelo patrimônio e
pela contabilidade do contribuinte, sob pena de transgressão ao art.
195, I, ‘b’, da Constituição da República (na redação dada pela EC
nº 20/98)" (Sessão Virtual de 14.8.2020 a 21.8.2020). (grifos
nossos)

A corroborar com o exposto, observa-se a jurisprudência do E.


Tribunal Regional Federal da Terceira Região no mesmo sentido, esclarecendo
ainda a forma de exclusão do ISS, destacado na nota:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE PROCEDIMENTO


COMUM. ISS NA BASE DE CÁLCULO. PIS/COFINS. NÃO
INCLUSÃO. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE. POSSIBILIDADE.

1. Cinge-se o objeto da controvérsia na possibilidade de


reconhecimento do direito da agravante à exclusão do ISS da base
de cálculo do PIS e da COFINS.

2. O Plenário do e. Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento


do Recurso Extraordinário nº 574.706-PR, com repercussão geral
reconheceu que o valor arrecadado a título de ICMS não se
incorpora ao patrimônio do contribuinte, dessa forma, não pode

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Número do documento: 21082012223900000000249963508
integrar a base de cálculo para fins de incidência do PIS e da
COFINS. Tema 069: "O ICMS não compõe a base de cálculo para a
incidência do PIS e da COFINS".

3. Ressalto, ainda, que o entendimento aplicado ao ICMS deve ser


estendido ao ISS uma vez que tais tributos apresentam a mesma
sistemática de arrecadação.

4. Dessa forma, tanto o ICMS como o ISS não podem integrar a


base de cálculo do PIS e da COFINS, posto que os referidos
impostos não configuram faturamento ou receita do contribuinte,
mas tributos devido aos Estados/ Municípios. Precedentes.

5. Desta feita, nos termos do disposto pelo parágrafo 11. do artigo


1.035 do atual Código de Processo Civil, é certo que a simples
publicação, em ata, da súmula do julgamento do referido recurso,
possibilita seja autorizado à agravante a não inclusão do ICMS na
base de cálculo para a apuração e o recolhimento do PIS e da
COFINS.

6. Ademais, in casu, embora não modulados os efeitos da


declaração de inconstitucionalidade reconhecida, quando se tem em
conta que eventual compensação e/ou repetição dos débitos objeto
da demanda originária, por força do disposto pelos artigos 170 do
Código Tributário Nacional e art. 100 da Constituição Federal,
somente poderá ocorrer após o trânsito em julgado da demanda
principal, entendo demonstrado o direito vindicado ao menos para
não se compelir a postulante ao pagamento da exação na forma
questionada.

7. O valor do ICMS a ser excluído da base de cálculo do


PIS/COFINS, nos termos da jurisprudência deste Colendo Tribunal,
com base na orientação firmada pela Suprema Corte é o destacado
na nota fiscal (TRF 3ª Região, TERCEIRA TURMA, Ap -
APELAÇÃO CÍVEL - 300605 - 0002938-20.2007.4.03.6105, Rel.
DESEMBARGADOR FEDERAL ANTONIO CEDENHO, julgado em
24/01/2018, e-DJF3 Judicial 1 DATA:31/01/2018).

8. Destaco, ainda, que esse entendimento é também aplicável ao


pedido de exclusão do ISS da base de cálculo do PIS e da COFINS,
orientação, aliás, desta E. Turma.

9. Agravo de instrumento provido.

Assinado eletronicamente por: MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI - 19/08/2021 20:16:35 Num. 251482274 - Pág. 6
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082012223900000000249963508
Número do documento: 21082012223900000000249963508
(TRF 3ª Região, 4ª Turma, AI - AGRAVO DE INSTRUMENTO -
5029639-55.2020.4.03.0000, Rel. Desembargador Federal
MARCELO MESQUITA SARAIVA, julgado em 18/06/2021, DJEN
DATA: 16/07/2021). (grifos nossos)

Por fim, no tocante ao pedido de compensação/restituição,


verifica-se o direito de a autora obter a compensação dos valores recolhidos
indevidamente, observando a legislação em vigor à época do ajuizamento da
ação, devendo a discussão do valor creditório ser realizada na esfera
administrativa, no momento da habilitação do crédito.

Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido, confirmando a


liminar anteriormente concedida, para afastar a exigibilidade da inclusão do ISS
destacado na nota fiscal, das bases de cálculo das contribuições ao PIS e à
COFINS, bem como para reconhecer o direito de a autora compensar/restituir os
valores indevidamente recolhidos nos cinco anos anteriores ao ajuizamento da
ação, pela via administrativa, após o trânsito em julgado, no termos no art. 74, da
Lei 9.430/96, com redação dada pela Lei n. 10.637/02, cujos valores deverão ser
atualizados unicamente pela taxa Selic, que é composta de juros e correção
monetária, não podendo ser cumulada com juros moratórios (STJ, Segunda
Turma, RESP n. 769.474/SP, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins, j. 6.12.2005,
DJ 22.3.2006, p. 161). Por conseguinte, julgo extinto o processo com resolução
do mérito, com fundamento no inc. I, art. 487, do CPC.

Condeno a parte ré ao pagamento das custas processuais e de


honorários advocatícios fixados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do
artigo 85, § 3º, do Código de Processo Civil, o quais deverão ser atualizados por
ocasião do pagamento.

Intimem-se.

São Paulo, data registrada no sistema.

MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI

Juiz Federa

Assinado eletronicamente por: MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI - 19/08/2021 20:16:35 Num. 251482274 - Pág. 7
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21082012223900000000249963508
Número do documento: 21082012223900000000249963508
PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100 / 1ª Vara Cível Federal de São Paulo
AUTOR: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) AUTOR: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287
REU: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

SENTENÇA

UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA LTDA.,


devidamente qualificada na inicial, propôs a presente ação de procedimento
comum, com pedido de tutela evidência, em face da UNIÃO FEDERAL -
FAZENDA NACIONAL, objetivando provimento jurisdicional que determine a
imediata atualização da forma de calcular para que seja definitivamente excluído
o ISS da base de cálculo do PIS e da COFINS. Ao final requer seja declarada a
inconstitucionalidade e a ilegalidade da inclusão do ISS na base de cálculo do PIS
e da COFINS, retificando-se a forma de cálculo dos tributos vincendos após o
trânsito em julgado, autorizando, ainda, a compensação/restituição dos valores
pagos indevidamente, com base na alíquota recolhida nos últimos cinco anos, nos
cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação, corrigidos pela taxa SELIC e juros
de mora de 1% (um por cento) ao mês. Requereu os benefícios da Justiça
gratuita.

Alega que, no exercício de suas atividades, está sujeita ao


recolhimento de diversos tributos, entre eles o pagamento da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social — COFINS e do Programa de Integração
Social - PIS, incidentes sobre o faturamento, nos termos do artigo 195 da
Constituição Federal.

Informa que a ré vem exigindo o recolhimento do PIS e da COFINS


com a inclusão do ISS na base de cálculo, majorando significativamente a carga
tributária da autora, cuja prática é inconstitucional.

Assinado eletronicamente por: MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI - 19/08/2021 20:16:35 Num. 251482273 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081920163500000000249963507
Número do documento: 21081920163500000000249963507
A inicial veio instruída pelos documentos.

Em cumprimento à determinação judicial de ID 43282065, a


impetrante promoveu o recolhimento das custas processuais (ID 44183935), bem
como requereu a alteração do valor da causa (ID 44183931).

Foi proferida decisão que deferiu o pedido de tutela e recebeu a


petição como emenda à inicial, para fixar o valor da causa para R$ 664.758,86
(seiscentos e sessenta e quatro mil, setecentos e cinquenta e oito reais e oitenta
e seis centavos) (ID 45155764).

Intimada, a União Federal manifestou ciência sobre a decisão


supracitada (ID 45830172).

Citada, apresentou contestação no ID 45830907. Pugnou em


preliminar a ausência de documentos essenciais à propositura da ação, e da
necessidade de suspensão do feito até o julgamento dos embargos de declaração
no RE nº 574.706/PR. Subsidiariamente, requereu a improcedência da ação.

A réplica foi apresentada no ID 62959234.

A União informou que não tem interesse na produção de provas (ID


58547660), e a autora não se manifestou.

Vieram os autos conclusos.

É o relatório.

Decido.

Afasto a preliminar de ausência de documentos essenciais, uma vez


que os apresentados nos autos foram suficientes para a formação da convicção
do Juiz, bem como permitiu à parte ré sustentar sua defesa na presente ação.

Afasto a preliminar de suspensão do processo, pois a pendência de


apreciação do recurso não impede a imediata aplicação da tese firmada pelo E.
STF, conforme entendimento já explanado pela própria Corte (RE 504794 AgR,
Relator (a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 19/05/2015,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-115 DIVULG 16-06-2015 PUBLIC 17-06-2015).

Assinado eletronicamente por: MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI - 19/08/2021 20:16:35 Num. 251482273 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081920163500000000249963507
Número do documento: 21081920163500000000249963507
Além disso, salienta-se que os embargos de declaração opostos no
RE 574706/PR já foram julgados, definindo a modulação dos efeitos da referida
tese pela Corte Suprema, devendo ser aplicada a tese após 15/03/2017, não
subsistindo, portanto, a preliminar alegada.

Superada a análise das preliminares, passo à apreciação do mérito.

Postula a autora a concessão de provimento jurisdicional que


reconheça o direito de não incluir o valor do ISS nas bases de cálculo do PIS e da
COFINS, bem como o direito de compensar/restituir os valores recolhidos
indevidamente, nos últimos cinco anos do ajuizamento da presente ação.

Observa-se, inicialmente, que o C. Supremo Tribunal Federal fixou a


tese de que “O ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do PIS e
da COFINS”, em sede de repercussão geral, no julgamento do Recurso
Extraordinário nº 574.706/PR:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL.


EXCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS.
DEFINIÇÃO DE FATURAMENTO. APURAÇÃO ESCRITURAL DO
ICMS E REGIME DE NÃO CUMULATIVIDADE. RECURSO
PROVIDO.

1. Inviável a apuração do ICMS tomando-se cada mercadoria ou


serviço e a correspondente cadeia, adota-se o sistema de apuração
contábil. O montante de ICMS a recolher é apurado mês a mês,
considerando-se o total de créditos decorrentes de aquisições e o
total de débitos gerados nas saídas de mercadorias ou serviços:
análise contábil ou escritural do ICMS.

2. A análise jurídica do princípio da não cumulatividade aplicado ao


ICMS há de atentar ao disposto no art. 155, § 2º, inc. I, da
Constituição da República, cumprindo-se o princípio da não
cumulatividade a cada operação.

3. O regime da não cumulatividade impõe concluir, conquanto se


tenha a escrituração da parcela ainda a se compensar do ICMS,
não se incluir todo ele na definição de faturamento aproveitado por
este Supremo Tribunal Federal. O ICMS não compõe a base de
cálculo para incidência do PIS e da COFINS.

Assinado eletronicamente por: MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI - 19/08/2021 20:16:35 Num. 251482273 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081920163500000000249963507
Número do documento: 21081920163500000000249963507
3. Se o art. 3º, § 2º, inc. I, in fine, da Lei n. 9.718/1998 excluiu da
base de cálculo daquelas contribuições sociais o ICMS transferido
integralmente para os Estados, deve ser enfatizado que não há
como se excluir a transferência parcial decorrente do regime de não
cumulatividade em determinado momento da dinâmica das
operações.

4. Recurso provido para excluir o ICMS da base de cálculo da


contribuição ao PIS e da COFINS.”

(STF, Tribunal Pleno, RE nº 574.706/PR, Repercussão Geral -


Mérito, Rel. Min. Cármen Lúcia, j. 15/03/2017, DJ.
29/09/2017). (grifos nossos)

Recentemente, a Suprema Corte julgou os embargos de declaração


opostos no RE nº 574.706/PR e determinou a modulação dos efeitos da referida
decisão, bem como definiu que o ICMS a ser excluído das bases de cálculo é o
destacado na nota fiscal:

“O Tribunal, por maioria, acolheu, em parte, os embargos de


declaração, para modular os efeitos do julgado cuja produção
haverá de se dar após 15.3.2017 - data em que julgado o RE nº
574.706 e fixada a tese com repercussão geral "O ICMS não
compõe a base de cálculo para fins de incidência do PIS e da
COFINS" -, ressalvadas as ações judiciais e administrativas
protocoladas até a data da sessão em que proferido o julgamento,
vencidos os Ministros Edson Fachin, Rosa Weber e Marco Aurélio.
Por maioria, rejeitou os embargos quanto à alegação de omissão,
obscuridade ou contradição e, no ponto relativo ao ICMS excluído
da base de cálculo das contribuições PIS-COFINS, prevaleceu o
entendimento de que se trata do ICMS destacado, vencidos os
Ministros Nunes Marques, Roberto Barroso e Gilmar Mendes. Tudo
nos termos do voto da Relatora. Presidência do Ministro Luiz Fux.
Plenário, 13.05.2021.” (Sessão realizada por videoconferência -
Resolução 672/2020/STF, Pleno do STF, j. em 13/05/2021,
Relatora: Carmen Lucia).

(grifos nossos)

Assinado eletronicamente por: MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI - 19/08/2021 20:16:35 Num. 251482273 - Pág. 4
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081920163500000000249963507
Número do documento: 21081920163500000000249963507
Assim, admite-se a pacificação da matéria quanto à exclusão do
ICMS das bases de cálculo das contribuições, sendo possível adotar o mesmo
entendimento ao ISS.

Isso porque ambos os impostos configuram mero ingresso


financeiro na contabilidade do contribuinte, não se confundindo com
receita/faturamento para fins de incidência do PIS e da COFINS.

O tema foi analisado pela Corte do STF, no julgamento do RE


592616/RS, com repercussão geral (Tema 118), fixando a seguinte tese:

"O valor correspondente ao ISS não integra a base de cálculo das


contribuições sociais referentes ao PIS e à COFINS, pelo fato de o
ISS qualificar-se como simples ingresso financeiro que meramente
transita, sem qualquer caráter de definitividade, pelo patrimônio e
pela contabilidade do contribuinte, sob pena de transgressão ao art.
195, I, ‘b’, da Constituição da República (na redação dada pela EC
nº 20/98)" (Sessão Virtual de 14.8.2020 a 21.8.2020). (grifos
nossos)

A corroborar com o exposto, observa-se a jurisprudência do E.


Tribunal Regional Federal da Terceira Região no mesmo sentido, esclarecendo
ainda a forma de exclusão do ISS, destacado na nota:

“AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE PROCEDIMENTO


COMUM. ISS NA BASE DE CÁLCULO. PIS/COFINS. NÃO
INCLUSÃO. SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE. POSSIBILIDADE.

1. Cinge-se o objeto da controvérsia na possibilidade de


reconhecimento do direito da agravante à exclusão do ISS da base
de cálculo do PIS e da COFINS.

2. O Plenário do e. Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento


do Recurso Extraordinário nº 574.706-PR, com repercussão geral
reconheceu que o valor arrecadado a título de ICMS não se
incorpora ao patrimônio do contribuinte, dessa forma, não pode

Assinado eletronicamente por: MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI - 19/08/2021 20:16:35 Num. 251482273 - Pág. 5
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081920163500000000249963507
Número do documento: 21081920163500000000249963507
integrar a base de cálculo para fins de incidência do PIS e da
COFINS. Tema 069: "O ICMS não compõe a base de cálculo para a
incidência do PIS e da COFINS".

3. Ressalto, ainda, que o entendimento aplicado ao ICMS deve ser


estendido ao ISS uma vez que tais tributos apresentam a mesma
sistemática de arrecadação.

4. Dessa forma, tanto o ICMS como o ISS não podem integrar a


base de cálculo do PIS e da COFINS, posto que os referidos
impostos não configuram faturamento ou receita do contribuinte,
mas tributos devido aos Estados/ Municípios. Precedentes.

5. Desta feita, nos termos do disposto pelo parágrafo 11. do artigo


1.035 do atual Código de Processo Civil, é certo que a simples
publicação, em ata, da súmula do julgamento do referido recurso,
possibilita seja autorizado à agravante a não inclusão do ICMS na
base de cálculo para a apuração e o recolhimento do PIS e da
COFINS.

6. Ademais, in casu, embora não modulados os efeitos da


declaração de inconstitucionalidade reconhecida, quando se tem em
conta que eventual compensação e/ou repetição dos débitos objeto
da demanda originária, por força do disposto pelos artigos 170 do
Código Tributário Nacional e art. 100 da Constituição Federal,
somente poderá ocorrer após o trânsito em julgado da demanda
principal, entendo demonstrado o direito vindicado ao menos para
não se compelir a postulante ao pagamento da exação na forma
questionada.

7. O valor do ICMS a ser excluído da base de cálculo do


PIS/COFINS, nos termos da jurisprudência deste Colendo Tribunal,
com base na orientação firmada pela Suprema Corte é o destacado
na nota fiscal (TRF 3ª Região, TERCEIRA TURMA, Ap -
APELAÇÃO CÍVEL - 300605 - 0002938-20.2007.4.03.6105, Rel.
DESEMBARGADOR FEDERAL ANTONIO CEDENHO, julgado em
24/01/2018, e-DJF3 Judicial 1 DATA:31/01/2018).

8. Destaco, ainda, que esse entendimento é também aplicável ao


pedido de exclusão do ISS da base de cálculo do PIS e da COFINS,
orientação, aliás, desta E. Turma.

9. Agravo de instrumento provido.

Assinado eletronicamente por: MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI - 19/08/2021 20:16:35 Num. 251482273 - Pág. 6
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081920163500000000249963507
Número do documento: 21081920163500000000249963507
(TRF 3ª Região, 4ª Turma, AI - AGRAVO DE INSTRUMENTO -
5029639-55.2020.4.03.0000, Rel. Desembargador Federal
MARCELO MESQUITA SARAIVA, julgado em 18/06/2021, DJEN
DATA: 16/07/2021). (grifos nossos)

Por fim, no tocante ao pedido de compensação/restituição,


verifica-se o direito de a autora obter a compensação dos valores recolhidos
indevidamente, observando a legislação em vigor à época do ajuizamento da
ação, devendo a discussão do valor creditório ser realizada na esfera
administrativa, no momento da habilitação do crédito.

Diante do exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido, confirmando a


liminar anteriormente concedida, para afastar a exigibilidade da inclusão do ISS
destacado na nota fiscal, das bases de cálculo das contribuições ao PIS e à
COFINS, bem como para reconhecer o direito de a autora compensar/restituir os
valores indevidamente recolhidos nos cinco anos anteriores ao ajuizamento da
ação, pela via administrativa, após o trânsito em julgado, no termos no art. 74, da
Lei 9.430/96, com redação dada pela Lei n. 10.637/02, cujos valores deverão ser
atualizados unicamente pela taxa Selic, que é composta de juros e correção
monetária, não podendo ser cumulada com juros moratórios (STJ, Segunda
Turma, RESP n. 769.474/SP, Rel. Min. Francisco Peçanha Martins, j. 6.12.2005,
DJ 22.3.2006, p. 161). Por conseguinte, julgo extinto o processo com resolução
do mérito, com fundamento no inc. I, art. 487, do CPC.

Condeno a parte ré ao pagamento das custas processuais e de


honorários advocatícios fixados em 10% sobre o valor da causa, nos termos do
artigo 85, § 3º, do Código de Processo Civil, o quais deverão ser atualizados por
ocasião do pagamento.

Intimem-se.

São Paulo, data registrada no sistema.

MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI

Juiz Federa

Assinado eletronicamente por: MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI - 19/08/2021 20:16:35 Num. 251482273 - Pág. 7
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21081920163500000000249963507
Número do documento: 21081920163500000000249963507
Em anexo

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482250 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593600000000249963484
Número do documento: 21080218593600000000249963484
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 1ª VARA CÍVEL
FEDERAL DE SÃO PAULO

Processo nº 5024628-78.2020.4.03.6100

UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA, qualificado


nos autos do processo em epígrafe, vem por meio de seu advogado
abaixo assinado, propor a presente RÉPLICA diante dos fatos
novos alegados em contestação.

SÍNTESE DA CONTESTAÇÃO

Preliminarmente a Requerente alega ausência de documentos;


pleiteia o sobrestamento do presente processo ao RE 574.706/PR,
em trâmite perante o STF, sobrestamento do feito até o julgamento
da modulação definida e seus efeitos; indeferimento da inicial e a
prescrição da restituição de valores devidos pela União há mais de
5 (cinco) anos do início da ação; que não se pode compensar um
imposto com outro de outra espécie.

DO MÉRITO

No mérito, os Requeridos alegaram equivocadamente que a


decisão prolatada pelo STF e que determinou a sumula
vincunlaante não versa sobre o ISS. O que não merece prosperar,
afinal, os fatos são completamente distintos daqueles narrados na
contestação.

BREVE RELATO DOS FATOS

Em linhas gerais, no presente caso, pleiteia-se nesta ação a


declaração de inconstitucionalidade da inclusão do ISS na base de

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482251 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963485
Número do documento: 21080218593800000000249963485
cálculo da COFINS E PIS; por conseguinte a repetição do indébito
e/ou a compensação do crédito relativo ao pagamento indevido do
PIS e COFINS, ante a indevida inclusão do ISS na base de cálculo,
se deferida a tutela de evidência perseguida

A tutela foi concedida como consta da sentença abaixo trancrita:

“Ante o exposto, DEFIRO O PEDIDO DE EVIDÊNCIA, para


determinar que a ré se abstenha de exigir, quando da apuração da
base de cálculo para recolhimento da contribuição ao Programa de
Integração Social - PIS e da Contribuição Social para o
Financiamento da Seguridade Social - COFINS, o valor
correspondente ao ISS.”

Contudo, por cautela, ante a não aceitação da Delegacia da


Receita Federal em disponibizar um campo específico para o
lançamento desta exclusão o requerente ainda não está se
utilizando desta autorização deferida até a confirmação da tutela
deferida o que se reitera.

DAS PRELIMINARES SUSCITADAS

DA DESNECESSIDADE DE SUSPENSÃO DO FEITO

A contestante sustenta que ante a pendência do julgamento de


Embargos de Declaração no RE 574.706, o presente feito deveria
ser suspenso/sobrestado até o julgamento do referido processo
pelo STF.

Todavia, referido recurso já foi julgado pelo Egregio STF onde


houve a modulação perseguida pela União em processos
interpostos após a decisão que determinou a repercussão geral no
tema 69 e até mesmo antes disso Nossos Tribunais já haviam
assim decidindo, vejamos:

TRIBUTÁRIO. BASE DE CÁLCULO DO PIS E DA COFINS.


EXCLUSÃO DO ICMS. ENTENDIMENTO DO STF. RE 574.706/PR,
SOB O RITO DA REPERCUSSÃO GERAL. TEMA Nº 69 STF. LEI Nº
12.973/2014. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. SUSPENSÃO.
TRÂNSITO EM JULGADO. MODULAÇÃO DE EFEITOS.
DESNECESSIDADE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. SENTENÇA
ILIQUIDA. Conforme estabelecido pelo STF, no Tema 69, "O ICMS

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482251 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963485
Número do documento: 21080218593800000000249963485
não compõe a base de cálculo para fins de incidência do PIS e da
COFINS" (Recurso Extraordinário com repercussão geral nº
574.706), haja vista não consubstanciar receita. Assim sendo, o
ICMS não deve compor a base de cálculo da COFINS e da
contribuição ao PIS, quer se considere o faturamento (art. 195, inc. I,
da CF - redação original) ou a receita (art. 195, I,b - redação dada
pela EC nº 20/98), inclusive no período de vigência das Leis
10.637/02 e 10.833/03 (regime não cumulativo). As alterações
produzidas pela Lei nº 12.973/2014 nas Leis nº 9.718/96, nº
10.637/2002 e nº 10.833/2003, não legitimam a incidência da
COFINS e do PIS sobre o ICMS, porquanto a lei ordinária não pode
alterar conceitos constitucionais (art. 110 do CTN) e, dessa forma,
há de respeitar o conceito constitucional de receita, conforme
assentou o STF ao julgar o precitado RE n.º 574.706. No cálculo dos
valores recolhidos indevidamente, deverá ser considerada a
integralidade do ICMS destacado nas notas fiscais de saída,
independentemente da utilização de créditos para a redução do
quantum a ser recolhido aos cofres públicos. A pendência de
julgamento dos embargos de declaração opostos pela União não
tem o condão de suspender a tramitação dos processos sobre o
tema. Resta sedimentada a jurisprudência no STF no sentido de
que, para a aplicação de decisão proferida em RE com repercussão
geral, não é necessário se aguardar o trânsito em julgado ou
eventual modulação de efeitos. Tratando-se de condenação ilíquida,
a definição do percentual previsto nos incisos I a V,do § 3º, do art.
85, do CPC, somente ocorrerá em sede de liquidação do julgado
(art. 85, § 4º, II, CPC), devendo ser considerado, para tanto, o valor
do salário mínimo que estiver em vigor na data da decisão de
liquidação (art. 85, § 4º, IV, CPC). (TRF-4 - AC:
50094045520174047110 RS 5009404-55.2017.4.04.7110, Relator:
LUCIANE AMARAL CORRÊA MÜNCH, Data de Julgamento:
30/10/2018, SEGUNDA TURMA)

No mesmo diapasão o julgamento no RE 592616 leading case no


tema de Repercussão Geral 118 que trata especificamente da
exclusão do ISS, cuja integra se junta o teor assim nos traz:

EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. ISS. INCLUSÃO NA BASE DE


CÁLCULO DA CONTRIBUIÇÃO AO PIS E DA COFINS. CONCEITO
DE FATURAMENTO. EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.
(RE 592616 RG, Relator(a): MENEZES DIREITO, Tribunal Pleno,
julgado em 09/10/2008, DJe-202 DIVULG 23-10-2008 PUBLIC
24-10-2008 EMENT VOL-02338-11 PP-02120)

Assim, não se faz necessária a suspensão do presente feito até o

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Número do documento: 21080218593800000000249963485
julgamento dos Embargos Declaratórios opostos no RE 574.706,
pois já julgados.

DO DEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL E DOS DOCUMENTOS


NECESSÁRIOS PARA LIQUIDAÇÃO DA SENTENÇA

Em sua contestação a requerida pleiteia o indeferimento da


petição inicial alegando que a requerente não trouxe aos Autos a
documentação necessária para deferimento da inicial, todavia,
todos os documentos necessários para tanto foram apresentados,
haja vista os cálculos id 44183931 não impugnados e também as
DCTFs cuja a contestante já possui em seus arquivos, mas que
não os junta, razão pela qual se requer a sua juntada neste ato,
bem como por não impugnados deve os cálculos não contestados,
homologados par ao fim que se destinam, no momento oportuno,
ou seja, na fase de liquidação! Protestando por eventual juntada
de eventuais documentos compelmentares, desde que necessários,
pois, já juntados, sendo certo que eventuais documentos
necessários para liquidação da sentença podem ser apresentados
na referida fase, conforme entende o STJ:

“PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO - IPI - CRÉDITO PRÊMIO -


JUNTADA DE DOCUMENTOS NA FASE DE LIQUIDAÇÃO DE
SENTENÇA. POSSIBILIDADE. NÃO INDICAÇÃO DO DISPOSITIVO
LEGAL VIOLADO. SÚMULA 284/STF. HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS. 1. Segundo a jurisprudência do STJ, a verificação
do quantum debeatur pode ser postergada para a liquidação,
permitindo-se a juntada de novos documentos que comprovem as
operações de exportação realizadas pela exequente. Precedentes:
REsp 1.048.624/DF, Rel. Min. Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe
18.2.2009; REsp 685.170/DF, Rel. Min. João Otávio de Noronha,
Segunda Turma, DJ 10.8.2006, p. 201. 2. No que se refere à
alíquota aplicável, a recorrente não demonstrou, no recurso
especial, a ofensa à Lei Federal no que se refere ao tema da
revogação da resolução CIEX 2/79. Incidência, por analogia, da
Súmula 284/STF. 3. Quanto à fixação de honorários advocatícios,
está Corte Superior, via de regra, mantém o valor estabelecido na
origem, por força do óbice da Súmula 7/STJ; todavia, em situações
excepcionais, quais sejam, condenação em patamares ínfimos ou
exorbitantes, a jurisprudência deste Tribunal autoriza a revisão do
quantum fixado no acórdão a quo, o que é o caso dos autos. Agravo
regimental improvido. (STJ - AgRg no REsp: 1067126 DF

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Número do documento: 21080218593800000000249963485
2008/0131577-3, Relator: Ministro HUMBERTO MARTINS, Data de
Julgamento: 20/05/2010, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de
Publicação: DJe 07/06/2010)”.

Assim, a petição inicial deve ser deferida e a pretensão desta


manifestante ser julgada totalmente procedente em seus exatos
termos, sendo mantida a liminar deferida, bem como ser permitido
a contestante - se necessário for a apresentação de documentos
necessários para a atualização da apuração de seu direito a
repetição do indébito tributário, quando da fase de liquidação,
haja visto que, quando da propositura desta ação o cálculo
apresentado atualizado até janeiro de 2021 foi o de R$ 648.758,86
(id 44183931), cálculo este não impugnado fundamentado nas
DCTFs entregues junto ao requerido, sendo certo que aquele que
cobra indevidamente deve ressarcir em dobro do valor cobrado, o
que se reitera.

NO MÉRITO

DA INCONSTITUCIONALIDADE DA INCLUSÃO DO ISS NA BASE


DE CÁLCULO da COFINS e PIS.

Ao tratar sobre a matéria, insta trazer à baila recentes julgados


sobre a matéria:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DE SEGURANÇA -


ICMS - ISS - BASE DE CÁLCULO - PIS - COFINS - EXCLUSÃO -
ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL - RECURSO IMPROVIDO.
1.Possível o julgamento do presente recurso tendo em vista que a
liminar deferida nos autos da Ação Declaratória de
Constitucionalidade nº 18, que suspendeu o julgamento das ações
cujo objeto fosse a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e
da COFINS, teve sua última prorrogação em Plenário no dia
25/3/2010, tendo expirado o prazo de sua eficácia. 2.Quanto ao
mérito, questiona-se a inclusão na base de cálculo do PIS e da
COFINS da parcela referente ao Imposto sobre a Circulação de
Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de Transporte,
interestadual e intermunicipal, e de comunicação - ICMS.
3.Recente jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a quem
cabe o exame definitivo da matéria constitucional, posiciona-se no
sentido da inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de

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cálculo do PIS e da COFINS, conforme constou do Boletim de
Notícias nº 762 de 06 a 11 de Outubro de 2014 (RE 240.785-
2/MG). 4.Cabe acrescentar que, com base no precedente citado,
foi adotado, recentemente, novo entendimento do Superior
Tribunal de Justiça, em que se afastou, inclusive, a incidência das
respectivas Súmulas 68 e 94. 5.O ICMS deve ser excluído da base
de cálculo do PIS e da COFINS. 6.Tomando tal norte de
fundamentação e o precedente citado (RE nº 240.785-MG)
para aplicá-lo também à hipótese de exclusão do ISS/ISSQN
(Imposto Sobre Serviço) da base de cálculo do PIS e COFINS,
na medida em que tal imposto (ISS) não constitui faturamento
ou receita do contribuinte, mas tributo devido por ele ao
Município. 7.Aplicando-se o entendimento do qual compartilho,
fundamentado em decisão proferida pela Suprema Corte, indevida
a inclusão do ISS na base de cálculos das contribuições ao PIS
e COFINS. 8.Agravo de instrumento improvido. (TRF-3 - AI:
00107671920164030000 SP, Relator: DESEMBARGADOR
FEDERAL NERY JUNIOR, Data de Julgamento: 01/12/2016,
TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: e-DJF3 Judicial 1
DATA:15/12/2016, #24759935)

Trata-se do mesmo entendimento aplicado ao ICMS. Ao Relatar o


RE 240.785/MG, o eminente Ministro MARCO AURÉLIO enfatizou
a inconstitucionalidade de incluir na base de cálculo da COFINS o
valor retido em razão do ICMS, destacando que:

"O que sustenta a recorrente é que o decidido pela Corte de origem


discrepa da tipologia do tributo, tal como prevista no artigo 195,
inciso I, alínea ‘b’, da Constituição Federal, considerado o teor
primitivo do preceito, ou seja, anterior à Emenda Constitucional
nº 20/98, no que, na citada alínea, fez inserir como base de
incidência da contribuição devida pelo empregador, juntamente
com o faturamento, a receita, utilizando a adjuntiva ‘ou’.

Há de se examinar, assim, se a conclusão a que chegou a Corte de


origem, refutando a defesa sobre a inconstitucionalidade de ter-se
a incidência do tributo sobre o ICMS, incluindo este no que se
entende como faturamento, conflita, ou não, com o dispositivo
constitucional. A tríplice incidência da contribuição para
financiamento da previdência social, a cargo do empregador, da
empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, foi
prevista tendo em conta a folha dos salários, o faturamento e o
lucro.

As expressões utilizadas no inciso I do artigo 195 em comento hão

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de ser tomadas no sentido técnico consagrado pela doutrina e
jurisprudencialmente. Por isso mesmo, esta Corte glosou a
possibilidade de incidência da contribuição, na redação primitiva
da Carta, sobre o que pago àqueles que não mantinham vínculo
empregatício com a empresa, emprestando, assim, ao vocábulo
‘salários’ o sentido técnico-jurídico, ou seja, de remuneração feita
com base no contrato de trabalho - Recurso Extraordinário nº
128.519-2/DF.

Jamais imaginou-se ter a referência à folha de salários como a


apanhar, por exemplo, os acessórios, os encargos ditos
trabalhistas resultantes do pagamento efetuado. Óptica diversa
não pode ser emprestada ao preceito constitucional revelador da
incidência sobre o faturamento. Este decorre, em si, de um
negócio jurídico, de uma operação, importando, por tal motivo, o
que percebido por aquele que a realiza, considerada a venda de
mercadoria ou mesmo a prestação de serviços.

A base de cálculo da Cofins não pode extravasar, desse modo,


sob o ângulo do faturamento, o valor do negócio, ou seja, a
parcela percebida com a operação mercantil ou similar.

O conceito de faturamento diz com riqueza própria, quantia


que tem ingresso nos cofres de quem procede à venda de
mercadorias ou à prestação dos serviços, implicando, por isso
mesmo, o envolvimento de noções próprias ao que se entende
como receita bruta.

Descabe assentar que os contribuintes da Cofins faturam, em si, o


ICMS. O valor deste revela, isto sim, um desembolso a beneficiar a
entidade de direito público que tem a competência para cobrá-lo.
A conclusão a que chegou a Corte de origem, a partir de premissa
errônea, importa na incidência do tributo que é a Cofins, não
sobre o faturamento, mas sobre outro tributo já agora da
competência de unidade da Federação. No caso dos autos, muito
embora com a transferência do ônus para o contribuinte, ter-se-á,
a prevalecer o que decidido, a incidência da Cofins sobre o ICMS,
ou seja, a incidência de contribuição sobre imposto, quando a
própria Lei Complementar nº 70/91, fiel à dicção constitucional,
afastou a possibilidade de incluir-se na base de incidência da
Cofins o valor devido a título de IPI.

Difícil é conceber a existência de tributo sem que se tenha uma


vantagem, ainda que mediata, para o contribuinte, o que se dirá
quanto a um ônus, como é o ônus fiscal atinente ao ICMS. O valor

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correspondente a este último não tem a natureza de
faturamento.Não pode, então, servir à incidência da Cofins,
pois não revela medida de riqueza apanhada pela expressão
contida no preceito da alínea ‘b’ do inciso I do artigo 195 da
Constituição Federal.

Conforme salientado pela melhor doutrina, ‘a Cofins só pode


incidir sobre o faturamento, que, conforme visto, é o
somatório dos valores das operações negociais realizadas’. ‘A
contrario sensu’, qualquer valor diverso deste não pode ser
inserido na base de cálculo da Cofins. Há de se atentar para o
princípio da razoabilidade, pressupondo-se que o texto
constitucional mostre-se fiel, no emprego de institutos, de
expressões e de vocábulos, ao sentido próprio que eles possuem,
tendo em vista o que assentado pela doutrina e pela
jurisprudência.

Se alguém fatura ICMS, esse alguém é o Estado, e não o


vendedor da mercadoria.

Conforme previsto no preceito constitucional em comento, a base


de cálculo é única e diz respeito ao que faturado, ao valor da
mercadoria ou do serviço, não englobando, por isso mesmo,
parcela diversa. Olvidar os parâmetros próprios ao instituto, que é
o faturamento, implica manipulação geradora de insegurança e,
mais do que isso, a duplicidade de ônus fiscal a um só título, a
cobrança da contribuição sem ingresso efetivo de qualquer valor, a
cobrança considerado, isso sim, um desembolso."

Sob este fundamento, o Ministro CELSO DE MELLO,


fundamentou sua decisão COM REPERCUSSÃO GERAL (RE
574706), em recente declaração de inconstitucionalidade da
inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e COFINS,
destacando o papel da Constituição Federal na vanguarda da
Constituição Federal:

"Torna-se essencial proclamar, por isso mesmo, que a


Constituição não pode submeter-se à vontade dos poderes
constituídos nem ao império dos fatos e das circunstâncias. A
supremacia de que ela se reveste - enquanto for respeitada -
constituirá a garantia mais efetiva de que os direitos e as
liberdades jamais serão ofendidos. Ao Supremo Tribunal Federal
incumbe a tarefa, magna e eminente, de velar por que essa
realidade não seja desfigurada. (…)

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Nenhum dos Poderes da República pode submeter a Constituição
a seus próprios desígnios, ou a manipulações hermenêuticas, ou,
ainda, a avaliações discricionárias fundadas em razões de
conveniência política ou de pragmatismo institucional, eis que a
relação de qualquer dos Três Poderes com a Constituição há de
ser, necessariamente, uma relação de incondicional respeito, sob
pena de juízes, legisladores e administradores converterem o alto
significado do Estado Democrático de Direito em uma promessa
frustrada pela prática autoritária do poder.

E conclui seu voto:

Concluo o meu voto, Senhora Presidente. E, ao fazê-lo, quero


destacar que a orientação, por mim ora referida, que censura, de
modo correto, por inconstitucional, a inclusão do ICMS na base
de cálculo da COFINS (e da contribuição ao PIS) foi assim
resumida na lição de ROBERTO CARLOS KEPPLER e de
ROBERTO MOREIRA DIAS ("Da Inconstitucionalidade da Inclusão
do ICMS na Base de Cálculo da Cofins", "in" Revista Dialética de
Direito Tributário nº 75, p. 178, item n. 4, 2001):

"(...) o ICMS não poderá integrar a base de cálculo da Cofins pelos


seguintes motivos:

(i) o alcance do conceito constitucional de faturamento e receita


não permite referida dilação na base de cálculo da exação;

(ii) isso representaria afronta aos princípios da isonomia tributária


e da capacidade contributiva; e

(iii) o previsto no art. 154, I, da Constituição Federal seria


afrontado."

Com essas considerações e com apoio em seu magnífico voto,


Senhora Presidente, conheço e dou provimento ao presente
recurso extraordinário interposto pela empresa contribuinte,
acolhendo, ainda, a tese formulada por Vossa Excelência no
sentido de que "O ICMS não compõe a base de cálculo para
fins de incidência do PIS e da COFINS".

Dessa forma, não resta dúvida da inconstitucionalidade declarada


da atual formatação do cálculo, devendo ser concedida a total
procedencia para manter a segurança para excluir o ISS da base
de cálculo das contribuições ao PIS e da COFINS.

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DA BASE DE CÁLCULO DO PIS E DA COFINS

A Contestante ataca a sentença proferida pelo juiz a quo em


liminar, porém, com o intuito manifestamente protelatório, uma
vez que a sentença adotou o posicionamento do Supremo Tribunal
Federal, que se pronunciou sobre o tema em repercussão geral, no
julgamento do Recurso Extraordinário nº 574.706/PR, sob
relatoria da Ministra Carmem Lúcia:

“EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO


GERAL. EXCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE CÁLCULO DO PIS
ECOFINS. DEFINIÇÃO DE FATURAMENTO. APURAÇÃO
ESCRITURAL DO ICMS E REGIME DE NÃO CUMULATIVIDADE.
RECURSO PROVIDO.

1. Inviável a apuração do ICMS tomando-se cada mercadoria ou


serviço e a correspondente cadeia, adota-se o sistema de apuração
contábil. O montante de ICMS a recolher é apurado mês a mês,
considerando-se o total de créditos decorrentes de aquisições e o
total de débitos gerados nas saídas de mercadorias ou serviços:
análise contábil ou escritural do ICMS.
2. A análise jurídica do princípio da não cumulatividade aplicado ao
ICMS há de atentar ao disposto no art. 155, § 2º, inc. I, da
Constituição da República, cumprindo-se o princípio da não
cumulatividade a cada operação.

3. O regime da não cumulatividade impõe concluir, conquanto se


tenha a escrituração da parcela ainda a se compensar do ICMS,
não se incluir todo ele na definição de faturamento aproveitado por
este Supremo Tribunal Federal. O ICMS não compõe a base de
cálculo para incidência do PIS e da COFINS.

3. Se o art. 3º, § 2º, inc. I, in fine, da Lei n. 9.718/1998 excluiu da


base de cálculo daquelas contribuições sociais o ICMS transferido
integralmente para os Estados, deve ser enfatizado que não há
como se excluir a transferência parcial decorrente do regime de não
cumulatividade em determinado momento da dinâmica das
operações.
4. Recurso provido para excluir o ICMS da base de cálculo da
contribuição ao PIS e da COFINS. (STF, RE 574.706, Relatora Min.
Carmem Lúcia, DJE 02/10/2017)”.

Vale destacar o seguinte trecho do voto proferido pela Ministra


Cármen Lúcia:

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Número do documento: 21080218593800000000249963485
(...) Consignou que a inclusão do ICMS na base de cálculo das
referidas contribuições sociais leva ao inaceitável entendimento de
que os sujeitos passivos desses tributos faturariam ICMS, o que não
ocorre. Assim, enquanto o montante de ICMS circula por suas
contabilidades, os sujeitos passivos das contribuições apenas
obtêm ingresso de caixa de valores que não lhes pertencem. Em
outras palavras, o montante de ICMS, nessas situações, não se
incorpora ao patrimônio dos sujeitos passivos das contribuições, até
porque tais valores são destinados aos cofres públicos dos Estados-
Membros ou do Distrito Federal.

Ponderou, igualmente, que a parcela correspondente ao ICMS pago


não tem natureza de faturamento (nem mesmo de receita), mas de
simples ingresso de caixa. Por essa razão, não pode compor a base
de cálculo da contribuição para o PIS ou da COFINS.

Asseverou que tanto a análise jurídica quanto a contábil do ICMS —


ambas pautadas em sua não cumulatividade, principal
característica desse tributo — revelam não ser possível incluir o
ICMS na base de cálculo da contribuição para o PIS e da COFINS,
nem também excluí-lo totalmente. Isso porque, enquanto parte do
montante do ICMS é entregue diretamente ao Estado, parte dele
mantém-se no patrimônio do contribuinte até a realização de nova
operação. A análise jurídica do princípio da não cumulatividade
aplicado ao ICMS, entretanto, leva em consideração apenas o
conteúdo normativo do art. 155, § 2º, I, da CF1 .

Sobre esse aspecto, também com fundamento na doutrina, pontuou


que a Constituição, no tocante à compensação, consagrou a ideia de
que a quantia a ser desembolsada pelo contribuinte a título de
ICMS é o resultado de uma subtração em que o minuendo é o
montante de imposto devido e o subtraendo é o montante de
imposto anteriormente cobrado ou cobrável. O realizador da
operação ou prestação tem o direito constitucional subjetivo de
abater do montante do ICMS a recolher os valores cobrados, a esse
título, nas operações ou prestações anteriores. O contribuinte, se for
o caso, apenas recolhe aos cofres públicos a diferença resultante
dessa operação matemática.

Assim, nem todo montante de ICMS é recolhido pelos contribuintes


posicionados no meio da cadeia (distribuidor e comerciante), ou
seja, parte do valor do ICMS destacado na fatura é aproveitada
pelo contribuinte para compensar com o montante do imposto
gerado na operação anterior. Em algum momento, ainda que não

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exatamente o mesmo, ele será recolhido e, por isso, não constitui
receita do contribuinte. Logo, ainda que contabilmente escriturado,
não guarda expressa definição constitucional de faturamento para
fins de apuração da base de cálculo da contribuição para o PIS e da
COFINS, pois o valor do ICMS tem como destino fiscal a Fazenda
Pública.

Ademais, por ser inviável a apuração do ICMS, considerando-se


cada mercadoria ou serviço e a correspondente cadeia, adota-se o
sistema de apuração contábil ou escritural do imposto. Nesse
sentido, o montante de ICMS a recolher é apurado mês a mês, com
base no total de créditos decorrentes de aquisições e no total de
débitos gerados nas saídas de mercadorias ou serviços. Em suma,
o princípio da não cumulatividade operacionaliza-se por meio da
compensação entre débitos e créditos na escrituração fiscal.

Para a relatora, o regime da não cumulatividade impõe concluir que,


embora se tenha a escrituração da parcela do ICMS ainda a se
compensar, o montante integral não se inclui na definição de
faturamento adotada pelo Supremo Tribunal Federal, motivo por
que ele não pode compor a base de cálculo da contribuição para o
PIS e da COFINS.

Enfatizou que, embora o ICMS incida sobre todo o valor da


operação, o regime de compensação importa na possibilidade de,
em algum momento da cadeia de operações, haver saldo a pagar do
tributo, se a venda for realizada em montante superior ao da
aquisição e na medida desse aumento do valor. Em outras
palavras, o valor do ICMS é indeterminável até se efetivar a
operação subsequente. Afasta-se, pois, da composição do custo e
deve, por conseguinte, ser excluído da base de cálculo das
mencionadas contribuições.

Por fim, verificou que o recolhimento do ICMS na condição de


substituto tributário (Lei 9.718/1998, art. 3º, § 2º, I, “in fine”)
importa transferência integral às Fazendas Públicas estaduais do
montante recolhido, sem a necessidade de compensação e,
portanto, de identificação de saldo a pagar, pois não há
recolhimentos posteriores pelos demais contribuintes substituídos.

Se a norma exclui o ICMS transferido integralmente para os


Estados-Membros da base de cálculo das mencionadas
contribuições sociais, também deve ser excluída a transferência
parcial decorrente do regime de não cumulatividade.

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(...) 1. CF, art. 155, § 2º, I: “Art. 155...§ 2º O imposto previsto no
inciso II atenderá ao seguinte: I – será não cumulativo,
compensando-se o que for devido em cada operação relativa à
circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito
Federal”. RE 574706/PR, rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em
15.3.2017. (RE-574706) (Informativo 857, Plenário, Repercussão
Geral)”

Sendo assim, o tanto o ISS e o ICMS não deve compor a base de


cálculo da COFINS e do PIS, conforme decidido na r. sentença a
qual merece manter se inalterada.

DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO

Demonstrado de forma inequívoca a cobrança indevida, o Autor


faz jus à repetição de indébito dos pagamentos realizados nos
últimos cinco anos a título de PIS E COFINS considerando o ISS
na base de cálculo, cujos comprovantes serão apresentados
quando da liquidação de sentença, conforme entendimento
consolidado na Súmula 546:

"Súmula 546 - Cabe restituição do tributo pago, indevidamente,


quando reconhecido por decisão, que o contribuinte de jure não
recuperou do contribuinte de facto o quantum respectivo."

Fábio Leopoldo de Oliveira, citado por Dejalma de Campos, in


Direito Processual Tributário, pág. 95, ao lecionar sobre o tema,
destaca que é admitida a repetição de indébito sua obra:

"Na hipótese de cobrança ou pagamento de tributo indevido ou


maior do que o devido em face da legislação tributária aplicável,
ou da natureza, ou ainda, das circunstâncias materiais do fato
gerador efetivamente ocorrido. Este caso nos apresenta duas
hipóteses distintas. A primeira configura 'erro de direito', ou seja,
cobrança de tributo sem base legal, ou tributação sem causa. O
erro tanto pode partir do fisco, quanto do contribuinte e pode
refletir uma inconstitucionalidade, ou uma ilegalidade, cabendo
em quaisquer dos casos, o direito à restituição do que foi
indevidamente recolhido."

Portanto, devida a repetição de indébito dos tributos recolhidos


indevidamente nos últimos 5 anos.

Por todo o exposto fica perfeitamente demonstrado que o Réu não

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trouxe fundamentos suficientes para desconstituir o direito do
Autor, razão pela qual a contestação não merece acolhimento.

SUCUMBÊNCIA

Conforme aludido todos os Argumentos aduzidos pela contestante


são opostos ao julgamento em repercussão geral do RE 574.706 e
do RE 592616, que geraram a repercussão geral nos temas de
números 69 e 118 sendo tais alegações manifestamente
protelatórias, sendo esta apresentação contrária às próprias
normas internas da PGFN e da RFB, a saber:

“PORT. 502/2016 PGFN. Art. 2º. Sem prejuízo do disposto no artigo


precedente, fica dispensada a apresentação de contestação,
oferecimento de contrarrazões, interposição de recursos, bem como
recomendada a desistência dos já interpostos, nas seguintes
hipóteses:
(...)
V - tema definido em sentido desfavorável à Fazenda Nacional pelo
Supremo Tribunal federal - STF, pelo Superior Tribunal de Justiça –
STJ ou pelo Tribunal Superior do Trabalho – TST, em sede de
julgamento de casos repetitivos, inclusive o previsto no art. 896-C
do Decreto-Lei n° 5.542/1943;”

“RICARF. Art. 62. Fica vedado aos membros das turmas de


julgamento do CARF afastar a aplicação ou deixar de observar
tratado, acordo internacional, lei ou decreto, sob fundamento de
inconstitucionalidade.

§ 1º O disposto no caput não se aplica aos casos de tratado,


acordo internacional, lei ou ato normativo:

I - que já tenha sido declarado inconstitucional por decisão


definitiva plenária do Supremo Tribunal Federal;”

Sendo assim, se requer que a total procedencia do feito e que a


Contetante, seja condenada a honorarios sucumbênciais nos
moldes da Lei vigente.

DOS FATOS INCONTROVERSOS

Considerando-se que não houve contestação especifica aos


pedidos da exordial, principalmente dos pedidos de exclusão do
ISS da base de cálculo do PIS e COFINS, tem-se como fatos

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incontroversos, sendo cabível o julgamento antecipado no mérito,
nos termos do Art. 355, I do Novo CPC.

DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer que sejam rechaçadas todas as


preliminares aventadas na contestação com o consequente
acolhimento de todos os pedidos elencados na exordial.

Protesta pela juntada do acórdão do acórdão do Leading Case:


RE 592616 que gerou o tema de repercussão geral 118 relatado
pelo Ministro CELSO DE MELLO, bem como das declarações
DCTFs apresentadas pela autora junto a requerida; a ratificação
dos cálculos apresentados, informando que não possui mais
provas a apresentar, salvo de este r. Juízo assim determinar, pelo
por cautela, seja deferido, se necessário for.

Nestes termos pede deferimento

Nestes termos, pede deferimento.


São Paulo, 31 de julho de 2021.

VALDIR SANTANA RAIMUNDO


OAB SP Nº 176287

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(1)
Geral
Repercussão
sobre
592616Decisão
RE-RG
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(3)
DIREITO
MENEZES
-
Geral
Repercussão
a
sobre
Manifestação
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(4)
AURÉLIO
MARCO
-
Geral
Repercussão
a
sobre
Manifestação
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UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
CALCULO DO PIS E COFINS EXCLUINDO O ISS DA BASE DE CALCULO
2015 A 2020 = VENDAS LIQUIDAS = VENDAS MENOS DEVOLUÇÃO Debito atualizado até: 07-01-2021
BASE CALCULO ALIQUOTA PIS ALIQUOTA COFINS BASE CALCULO SEM VARIAÇÃO JUROS ATUALIZADO VALOR ATUALIZADO
MÊS/ANO VR.ICMS NA B.C. PIS SEM ISS COFINS SEM ISS
COM ICMS PIS S/FATURAMENTO COFINS S/FATURAMENTO ISS PIS COFINS Juros PIS Juros COFINS VALOR TOTAL PIS VALOR TOTAL COFINS

jan/16 2.377.098,23 0,65% 15.451,14 3,00% 71.312,95 427.877,68 1.949.220,55 12.669,93 58.476,62 2.781,20 12.836,33 1.007,63 4.650,60 3.788,84 17.486,93
fev/16 1.809.383,03 0,65% 11.760,99 3,00% 54.281,49 325.688,95 1.483.694,08 9.644,01 44.510,82 2.116,98 9.770,67 745,81 3.442,21 2.862,79 13.212,87
mar/16 2.012.872,23 0,65% 13.083,67 3,00% 60.386,17 362.317,00 1.650.555,23 10.728,61 49.516,66 2.355,06 10.869,51 802,37 3.703,24 3.157,43 14.572,75
abr/16 2.429.617,23 0,65% 15.792,51 3,00% 72.888,52 437.331,10 1.992.286,13 12.949,86 59.768,58 2.842,65 13.119,93 938,36 4.330,89 3.781,01 17.450,82
mai/16 2.209.383,03 0,65% 14.360,99 3,00% 66.281,49 397.688,95 1.811.694,08 11.776,01 54.350,82 2.584,98 11.930,67 824,61 3.805,88 3.409,59 15.736,55
jun/16 2.377.098,23 0,65% 15.451,14 3,00% 71.312,95 427.877,68 1.949.220,55 12.669,93 58.476,62 2.781,20 12.836,33 854,94 3.945,89 3.636,15 16.782,22
jul/16 2.987.267,09 0,65% 19.417,24 3,00% 89.618,01 537.708,08 2.449.559,01 15.922,13 73.486,77 3.495,10 16.131,24 1.035,60 4.779,69 4.530,70 20.910,93
ago/16 2.209.383,03 0,65% 14.360,99 3,00% 66.281,49 397.688,95 1.811.694,08 11.776,01 54.350,82 2.584,98 11.930,67 734,39 3.389,50 3.319,37 15.320,17
set/16 2.912.398,23 0,65% 18.930,59 3,00% 87.371,95 524.231,68 2.388.166,55 15.523,08 71.645,00 3.407,51 15.726,95 930,25 4.293,46 4.337,76 20.020,41
out/16 1.876.617,23 0,65% 12.198,01 3,00% 56.298,52 337.791,10 1.538.826,13 10.002,37 46.164,78 2.195,64 10.133,73 576,36 2.660,10 2.772,00 12.793,84
nov/16 1.912.398,23 0,65% 12.430,59 3,00% 57.371,95 344.231,68 1.568.166,55 10.193,08 47.045,00 2.237,51 10.326,95 564,08 2.603,42 2.801,58 12.930,37
dez/16 2.872.092,09 0,65% 18.668,60 3,00% 86.162,76 516.976,58 2.355.115,51 15.308,25 70.653,47 3.360,35 15.509,30 809,51 3.736,19 4.169,86 19.245,49
SUB-TOTAL 27.985.607,88 181.906,45 839.568,24 5.037.409,42 22.948.198,46 149.163,29 688.445,95 32.743,16 151.122,28 42.567,06 196.463,36

jan/17 1.912.398,23 0,65% 12.430,59 3,00% 57.371,95 344.231,68 1.568.166,55 10.193,08 47.045,00 2.237,51 10.326,95 514,63 2.375,20 2.752,13 12.702,15
fev/17 1.377.098,23 0,65% 8.951,14 3,00% 41.312,95 247.877,68 1.129.220,55 7.339,93 33.876,62 1.611,20 7.436,33 356,56 1.645,66 1.967,76 9.081,99
mar/17 1.987.267,09 0,65% 12.917,24 3,00% 59.618,01 357.708,08 1.629.559,01 10.592,13 48.886,77 2.325,10 10.731,24 490,13 2.262,15 2.815,23 12.993,39
abr/17 1.576.098,23 0,65% 10.244,64 3,00% 47.282,95 283.697,68 1.292.400,55 8.400,60 38.772,02 1.844,03 8.510,93 374,15 1.726,87 2.218,19 10.237,80
mai/17 1.209.383,03 0,65% 7.860,99 3,00% 36.281,49 217.688,95 991.694,08 6.446,01 29.750,82 1.414,98 6.530,67 273,94 1.264,34 1.688,92 7.795,01

Número do documento: 21080218593800000000249963487


jun/17 1.377.098,23 0,65% 8.951,14 3,00% 41.312,95 247.877,68 1.129.220,55 7.339,93 33.876,62 1.611,20 7.436,33 298,88 1.379,44 1.910,08 8.815,77
jul/17 1.429.617,23 0,65% 9.292,51 3,00% 42.888,52 257.331,10 1.172.286,13 7.619,86 35.168,58 1.672,65 7.719,93 296,90 1.370,29 1.969,55 9.090,22
ago/17 1.876.617,23 0,65% 12.198,01 3,00% 56.298,52 337.791,10 1.538.826,13 10.002,37 46.164,78 2.195,64 10.133,73 372,16 1.717,67 2.567,80 11.851,40
set/17 1.377.098,23 0,65% 8.951,14 3,00% 41.312,95 247.877,68 1.129.220,55 7.339,93 33.876,62 1.611,20 7.436,33 262,79 1.212,87 1.873,99 8.649,20
out/17 912.398,23 0,65% 5.930,59 3,00% 27.371,95 164.231,68 748.166,55 4.863,08 22.445,00 1.067,51 4.926,95 167,28 772,05 1.234,78 5.699,00
nov/17 1.012.872,23 0,65% 6.583,67 3,00% 30.386,17 182.317,00 830.555,23 5.398,61 24.916,66 1.185,06 5.469,51 178,94 825,90 1.364,00 6.295,41
dez/17 1.576.098,23 0,65% 10.244,64 3,00% 47.282,95 283.697,68 1.292.400,55 8.400,60 38.772,02 1.844,03 8.510,93 268,49 1.239,19 2.112,53 9.750,12
SUB-TOTAL 17.624.044,42 114.556,29 528.721,33 3.172.328,00 14.451.716,42 93.936,16 433.551,49 20.620,13 95.169,84 24.474,98 112.961,45

jan/18 2.268.872,23 0,65% 14.747,67 3,00% 68.066,17 408.397,00 1.860.475,23 12.093,09 55.814,26 2.654,58 12.251,91 371,11 1.712,82 3.025,69 13.964,73

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fev/18 2.377.098,23 0,65% 15.451,14 3,00% 71.312,95 427.877,68 1.949.220,55 12.669,93 58.476,62 2.781,20 12.836,33 375,74 1.734,19 3.156,95 14.570,52
mar/18 2.012.872,23 0,65% 13.083,67 3,00% 60.386,17 362.317,00 1.650.555,23 10.728,61 49.516,66 2.355,06 10.869,51 305,69 1.410,86 2.660,75 12.280,37
abr/18 2.576.098,23 0,65% 16.744,64 3,00% 77.282,95 463.697,68 2.112.400,55 13.730,60 63.372,02 3.014,03 13.910,93 375,55 1.733,30 3.389,58 15.644,23
mai/18 2.209.383,03 0,65% 14.360,99 3,00% 66.281,49 397.688,95 1.811.694,08 11.776,01 54.350,82 2.584,98 11.930,67 308,65 1.424,52 2.893,62 13.355,19
jun/18 2.377.098,23 0,65% 15.451,14 3,00% 71.312,95 427.877,68 1.949.220,55 12.669,93 58.476,62 2.781,20 12.836,33 317,61 1.465,91 3.098,82 14.302,24
jul/18 2.987.267,09 0,65% 19.417,24 3,00% 89.618,01 537.708,08 2.449.559,01 15.922,13 73.486,77 3.495,10 16.131,24 380,27 1.755,08 3.875,37 17.886,32
ago/18 2.876.617,23 0,65% 18.698,01 3,00% 86.298,52 517.791,10 2.358.826,13 15.332,37 70.764,78 3.365,64 15.533,73 347,00 1.601,53 3.712,64 17.135,26
set/18 2.912.398,23 0,65% 18.930,59 3,00% 87.371,95 524.231,68 2.388.166,55 15.523,08 71.645,00 3.407,51 15.726,95 335,30 1.547,53 3.742,80 17.274,48
out/18 2.872.092,09 0,65% 18.668,60 3,00% 86.162,76 516.976,58 2.355.115,51 15.308,25 70.653,47 3.360,35 15.509,30 312,51 1.442,36 3.672,86 16.951,66
nov/18 3.012.872,23 0,65% 19.583,67 3,00% 90.386,17 542.317,00 2.470.555,23 16.058,61 74.116,66 3.525,06 16.269,51 310,56 1.433,34 3.835,62 17.702,85
dez/18 3.429.617,23 0,65% 22.292,51 3,00% 102.888,52 617.331,10 2.812.286,13 18.279,86 84.368,58 4.012,65 18.519,93 333,85 1.540,86 4.346,50 20.060,79

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SUB-TOTAL 31.912.286,28 207.429,86 957.368,59 5.744.211,53 26.168.074,75 170.092,49 785.042,24 37.337,37 172.326,35 41.411,21 191.128,65

jan/19 868.872,23 0,65% 5.647,67 3,00% 26.066,17 43.443,61 825.428,62 5.365,29 24.762,86 282,38 1.303,31 25,33 116,91 307,71 1.420,22
fev/19 956.098,78 0,65% 6.214,64 3,00% 28.682,96 47.804,94 908.293,84 5.903,91 27.248,82 310,73 1.434,15 26,35 121,62 337,08 1.555,76
mar/19 1.027.098,87 0,65% 6.676,14 3,00% 30.812,97 51.354,94 975.743,93 6.342,34 29.272,32 333,81 1.540,65 26,74 123,41 360,55 1.664,05
abr/19 2.098.267,09 0,65% 13.638,74 3,00% 62.948,01 104.913,35 1.993.353,74 12.956,80 59.800,61 681,94 3.147,40 51,08 235,74 733,01 3.383,14
mai/19 1.209.383,03 0,65% 7.860,99 3,00% 36.281,49 60.469,15 1.148.913,88 7.467,94 34.467,42 393,05 1.814,07 27,32 126,08 420,37 1.940,15
jun/19 1.377.098,23 0,65% 8.951,14 3,00% 41.312,95 68.854,91 1.308.243,32 8.503,58 39.247,30 447,56 2.065,65 29,00 133,85 476,56 2.199,50
jul/19 888.762,09 0,65% 5.776,95 3,00% 26.662,86 44.438,10 844.323,99 5.488,11 25.329,72 288,85 1.333,14 17,07 78,79 305,92 1.411,93
ago/10 826.098,87 0,65% 5.369,64 3,00% 24.782,97 41.304,94 784.793,93 5.101,16 23.543,82 268,48 1.239,15 14,52 67,04 283,01 1.306,19
set/19 912.398,23 0,65% 5.930,59 3,00% 27.371,95 45.619,91 866.778,32 5.634,06 26.003,35 296,53 1.368,60 14,68 67,75 311,21 1.436,34
out/19 309.762,09 0,65% 2.013,45 3,00% 9.292,86 15.488,10 294.273,99 1.912,78 8.828,22 100,67 464,64 4,50 20,77 105,17 485,41
nov/19 987.098,23 0,65% 6.416,14 3,00% 29.612,95 49.354,91 937.743,32 6.095,33 28.132,30 320,81 1.480,65 13,12 60,56 333,93 1.541,21
dez/19 987.023,23 0,65% 6.415,65 3,00% 29.610,70 49.351,16 937.672,07 6.094,87 28.130,16 320,78 1.480,53 11,93 55,08 332,72 1.535,61
SUB-TOTAL 12.447.960,97 80.911,75 373.438,83 622.398,05 11.825.562,92 76.866,16 354.766,89 4.045,59 18.671,94 4.307,23 19.879,52
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UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
CALCULO DO PIS E COFINS EXCLUINDO O ISS DA BASE DE CALCULO
2015 A 2020 = VENDAS LIQUIDAS = VENDAS MENOS DEVOLUÇÃO Debito atualizado até: 07-01-2021
BASE CALCULO ALIQUOTA PIS ALIQUOTA COFINS BASE CALCULO SEM VARIAÇÃO JUROS ATUALIZADO VALOR ATUALIZADO
MÊS/ANO VR.ICMS NA B.C. PIS SEM ISS COFINS SEM ISS
COM ICMS PIS S/FATURAMENTO COFINS S/FATURAMENTO ISS PIS COFINS Juros PIS Juros COFINS VALOR TOTAL PIS VALOR TOTAL COFINS
jan/20 1.668.872,23 0,65% 10.847,67 3,00% 50.066,17 83.443,61 1.585.428,62 10.305,29 47.562,86 542,38 2.503,31 18,12 83,61 560,50 2.586,92
fev/20 1.256.098,78 0,65% 8.164,64 3,00% 37.682,96 62.804,94 1.193.293,84 7.756,41 35.798,82 408,23 1.884,15 12,45 57,47 420,68 1.941,61
mar/20 826.098,87 0,65% 5.369,64 3,00% 24.782,97 41.304,94 784.793,93 5.101,16 23.543,82 268,48 1.239,15 7,28 33,58 275,76 1.272,73
abr/20 987.267,09 0,65% 6.417,24 3,00% 29.618,01 49.363,35 937.903,74 6.096,37 28.137,11 320,86 1.480,90 7,80 35,99 328,66 1.516,89
mai/20 1.109.383,03 0,65% 7.210,99 3,00% 33.281,49 55.469,15 1.053.913,88 6.850,44 31.617,42 360,55 1.664,07 7,90 36,44 368,45 1.700,52
jun/20 1.277.098,23 0,65% 8.301,14 3,00% 38.312,95 63.854,91 1.213.243,32 7.886,08 36.397,30 415,06 1.915,65 8,22 37,93 423,28 1.953,58
jul/20 1.309.762,09 0,65% 8.513,45 3,00% 39.292,86 65.488,10 1.244.273,99 8.087,78 37.328,22 425,67 1.964,64 7,62 35,17 433,29 1.999,81
ago/20 1.429.617,23 0,65% 9.292,51 3,00% 42.888,52 71.480,86 1.358.136,37 8.827,89 40.744,09 464,63 2.144,43 7,57 34,95 472,20 2.179,38
set/20 1.653.098,23 0,65% 10.745,14 3,00% 49.592,95 82.654,91 1.570.443,32 10.207,88 47.113,30 537,26 2.479,65 7,90 36,45 545,15 2.516,10
out/20 1.576.098,23 0,65% 10.244,64 3,00% 47.282,95 78.804,91 1.497.293,32 9.732,41 44.918,80 512,23 2.364,15 6,71 30,97 518,94 2.395,12
nov/20 1.892.092,23 0,65% 12.298,60 3,00% 56.762,77 94.604,61 1.797.487,62 11.683,67 53.924,63 614,93 2.838,14 7,13 32,92 622,06 2.871,06
dez/20 1.987.098,23 0,65% 12.916,14 3,00% 59.612,95 99.354,91 1.887.743,32 12.270,33 56.632,30 645,81 2.980,65 6,46 29,81 652,26 3.010,45
SUB-TOTAL 16.972.584,47 110.321,80 509.177,53 848.629,22 16.123.955,25 104.805,71 483.718,66 5.516,09 25.458,88 5.621,24 25.944,16

TOTAL ANO 2015 a 2020


PIS COFINS TOTAL
Total 118.381,72 546.377,15 664.758,86

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INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Maio/2019

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2019.2019.1870524750


Número do Recibo: 11.27.89.81.18-12
Data de Recepção: 10/06/2019
Data de Processamento: 10/06/2019

Dados Iniciais

Período: 01/05/2019 a 31/05/2019


Declaração Retificadora: Sim
Nº do recibo de Entrega da DCTF a ser Retificada: 16.50.67.03.06-89
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ foi excluída do Simples no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA E RECURSOS HUMANOS LTDA.


Logradouro: AVENDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSA II CONJ 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: GUARULHOS UF: SP
CEP: 07311-300 Telefone: (11)2382-4326 FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico: DIEGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

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Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: (11)2382-4326 Ramal: FAX:
Correio Eletrônico: DIEGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: JOAO RODRIGUES RIBEIRO FILHO


CPF: 145.005.548-66
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

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Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : IRRF - IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE


CÓDIGO RECEITA : 0561-07
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Maio/2019
DÉBITO APURADO 4.025,22
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 4.025,22
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 4.025,22
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 4.025,22

Total do Imposto apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 4.025,22

Compensações - R$ Total: 4.025,22

Valor Compensado do Débito: 4.025,22


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 18301.14399.310519.1.3.19-5918

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Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

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CÓDIGO RECEITA : 1708-06
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Maio/2019
DÉBITO APURADO 166,09
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 166,09
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 166,09
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 166,09

Total do Imposto apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 166,09

Compensações - R$ Total: 166,09

Valor Compensado do Débito: 166,09


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 18301.14399.310519.1.3.19-5918

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Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : CSRF - CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS RETIDAS NA FONTE


CÓDIGO RECEITA : 5952-07
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Maio/2019
DÉBITO APURADO 514,90
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 514,90
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 514,90
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 514,90

Total das Retenções no período, antes de efetuadas as compensações: 514,90

Compensações - R$ Total: 514,90

Valor Compensado do Débito: 514,90


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 18301.14399.310519.1.3.19-5918

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482254 - Pág. 5
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Número do documento: 21080218593800000000249963488
25032021000000001122445
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Junho/2019

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2019.2019.1890622565


Número do Recibo: 02.75.37.26.37-40
Data de Recepção: 04/07/2019
Data de Processamento: 04/07/2019

Dados Iniciais

Período: 01/06/2019 a 30/06/2019


Declaração Retificadora: Sim
Nº do recibo de Entrega da DCTF a ser Retificada: 17.82.08.96.22-07
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA E RECURSOS HUMANOS LTDA.


Logradouro: AVENDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSA II CONJ 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: GUARULHOS UF: SP
CEP: 07311-300 Telefone: (11)2382-4326 FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico: DIEGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482255 - Pág. 1
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Número do documento: 21080218593800000000249963489
25032021000000001122445
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Junho/2019

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: (11)2382-4326 Ramal: FAX:
Correio Eletrônico: DIEGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: LUCAS SILVA SOUSA


CPF: 396.609.648-03
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482255 - Pág. 2
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Número do documento: 21080218593800000000249963489
25032021000000001122445
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Junho/2019

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : IRPJ - IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS


CÓDIGO RECEITA : 2089-01
PERIODICIDADE: Trimestral PERÍODO DE APURAÇÃO: 2º Trimestre /2019
DÉBITO APURADO 29.220,48
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 29.220,48
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 29.220,48
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 29.220,48

Total do Imposto Líquido a pagar apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 29.220,48

O Saldo deste débito será dividido em duas ou três quotas: Não

Compensações - R$ Total: 29.220,48

Valor Compensado do Débito: 29.220,48


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 14179.22531.040719.1.3.19-4999

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482255 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963489
Número do documento: 21080218593800000000249963489
25032021000000001122445
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Junho/2019

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : IRRF - IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE


CÓDIGO RECEITA : 0561-07
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Junho/2019
DÉBITO APURADO 5.143,20
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 5.143,20
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 5.143,20
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 5.143,20

Total do Imposto apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 5.143,20

Compensações - R$ Total: 5.143,20

Valor Compensado do Débito: 5.143,20


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 14179.22531.040719.1.3.19-4999

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482255 - Pág. 4
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963489
Número do documento: 21080218593800000000249963489
25032021000000001122445
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Junho/2019

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : CSLL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL S/ LUCRO LIQUIDO


CÓDIGO RECEITA : 2372-01
PERIODICIDADE: Trimestral PERÍODO DE APURAÇÃO: 2º Trimestre /2019
DÉBITO APURADO 9.608,38
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 9.608,38
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 9.608,38
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 9.608,38

Total da Contribuição Social Líquida a pagar no período, antes de efetuadas as compensações: 9.608,38

O Saldo deste débito será dividido em duas ou três quotas: Não

Compensações - R$ Total: 9.608,38

Valor Compensado do Débito: 9.608,38


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 14179.22531.040719.1.3.19-4999

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482255 - Pág. 5
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Número do documento: 21080218593800000000249963489
25032021000000001122449
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Julho/2019

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2019.2019.1890728581


Número do Recibo: 20.69.42.54.92-97
Data de Recepção: 08/08/2019
Data de Processamento: 08/08/2019

Dados Iniciais

Período: 01/07/2019 a 31/07/2019


Declaração Retificadora: Sim
Nº do recibo de Entrega da DCTF a ser Retificada: 32.09.25.86.55-28
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA E RECURSOS HUMANOS LTDA.


Logradouro: AVENDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSA II CONJ 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: GUARULHOS UF: SP
CEP: 07311-300 Telefone: (11)2382-4326 FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico: DIEGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:34 Num. 251482256 - Pág. 1
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Número do documento: 21080218593800000000249963490
25032021000000001122449
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Julho/2019

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: (11)2382-4326 Ramal: FAX:
Correio Eletrônico: DIEGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: LUCAS SILVA SOUSA


CPF: 396.609.648-03
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:34 Num. 251482256 - Pág. 2
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Número do documento: 21080218593800000000249963490
25032021000000001122449
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Julho/2019

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : IRRF - IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE


CÓDIGO RECEITA : 0561-07
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Julho/2019
DÉBITO APURADO 6.208,86
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 6.208,86
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 6.208,86
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 6.208,86

Total do Imposto apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 6.208,86

Compensações - R$ Total: 6.208,86

Valor Compensado do Débito: 6.208,86


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 30939.00602.080819.1.3.19-2164

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:34 Num. 251482256 - Pág. 3
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Número do documento: 21080218593800000000249963490
25032021000000001122449
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Julho/2019

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : IRRF - IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE


CÓDIGO RECEITA : 1708-06
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Julho/2019
DÉBITO APURADO 153,45
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 153,45
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 153,45
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 153,45

Total do Imposto apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 153,45

Compensações - R$ Total: 153,45

Valor Compensado do Débito: 153,45


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 30939.00602.080819.1.3.19-2164

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:34 Num. 251482256 - Pág. 4
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Número do documento: 21080218593800000000249963490
25032021000000001122449
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Julho/2019

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : CSRF - CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS RETIDAS NA FONTE


CÓDIGO RECEITA : 5952-07
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Julho/2019
DÉBITO APURADO 475,70
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 0,00
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 0,00
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 475,70

Valor do Débito - R$ Total: 475,70

Total das Retenções no período, antes de efetuadas as compensações: 475,70

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:34 Num. 251482256 - Pág. 5
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Número do documento: 21080218593800000000249963490
25032021000000001122453
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Agosto/2019

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2019.2019.1840845722


Número do Recibo: 08.69.54.47.35-71
Data de Recepção: 05/09/2019
Data de Processamento: 05/09/2019

Dados Iniciais

Período: 01/08/2019 a 31/08/2019


Declaração Retificadora: Sim
Nº do recibo de Entrega da DCTF a ser Retificada: 19.90.95.47.54-90
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA E RECURSOS HUMANOS LTDA.


Logradouro: AVENDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSA II CONJ 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: GUARULHOS UF: SP
CEP: 07311-300 Telefone: (11)2382-4326 FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico: DIEGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482257 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963491
Número do documento: 21080218593800000000249963491
25032021000000001122453
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Agosto/2019

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: (11)2382-4326 Ramal: FAX:
Correio Eletrônico: DIEGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: LUCAS SILVA SOUSA


CPF: 396.609.648-03
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482257 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963491
Número do documento: 21080218593800000000249963491
25032021000000001122453
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Agosto/2019

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : IRRF - IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE


CÓDIGO RECEITA : 0561-07
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Agosto/2019
DÉBITO APURADO 7.197,61
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 7.197,61
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 7.197,61
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 7.197,61

Total do Imposto apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 7.197,61

Compensações - R$ Total: 7.197,61

Valor Compensado do Débito: 7.197,61


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 35058.20059.050919.1.3.19-3034

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482257 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963491
Número do documento: 21080218593800000000249963491
25032021000000001122457
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Setembro/2019

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2019.2019.1810965504


Número do Recibo: 20.40.09.42.94-63
Data de Recepção: 09/10/2019
Data de Processamento: 09/10/2019

Dados Iniciais

Período: 01/09/2019 a 30/09/2019


Declaração Retificadora: Sim
Nº do recibo de Entrega da DCTF a ser Retificada: 29.74.18.14.75-53
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA E RECURSOS HUMANOS LTDA.


Logradouro: AVENDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSA II CONJ 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: GUARULHOS UF: SP
CEP: 07311-300 Telefone: (11)2382-4326 FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico: DIEGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482258 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963492
Número do documento: 21080218593800000000249963492
25032021000000001122457
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Setembro/2019

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: (11)2382-4326 Ramal: FAX:
Correio Eletrônico: DIEGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: LUCAS SILVA SOUSA


CPF: 396.609.648-03
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482258 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963492
Número do documento: 21080218593800000000249963492
25032021000000001122457
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Setembro/2019

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : IRPJ - IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS


CÓDIGO RECEITA : 2089-01
PERIODICIDADE: Trimestral PERÍODO DE APURAÇÃO: 3º Trimestre /2019
DÉBITO APURADO 54.142,79
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 54.142,79
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 54.142,79
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 54.142,79

Total do Imposto Líquido a pagar apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 54.142,79

O Saldo deste débito será dividido em duas ou três quotas: Não

Compensações - R$ Total: 54.142,79

Valor Compensado do Débito: 54.142,79


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 19161.57833.091019.1.3.19-0314

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482258 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963492
Número do documento: 21080218593800000000249963492
25032021000000001122457
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Setembro/2019

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : IRRF - IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE


CÓDIGO RECEITA : 0561-07
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Setembro/2019
DÉBITO APURADO 7.623,58
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 7.623,58
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 7.623,58
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 7.623,58

Total do Imposto apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 7.623,58

Compensações - R$ Total: 7.623,58

Valor Compensado do Débito: 7.623,58


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 19161.57833.091019.1.3.19-0314

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482258 - Pág. 4
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963492
Número do documento: 21080218593800000000249963492
25032021000000001122457
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Setembro/2019

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : CSLL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL S/ LUCRO LIQUIDO


CÓDIGO RECEITA : 2372-01
PERIODICIDADE: Trimestral PERÍODO DE APURAÇÃO: 3º Trimestre /2019
DÉBITO APURADO 17.395,13
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 17.395,13
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 17.395,13
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 17.395,13

Total da Contribuição Social Líquida a pagar no período, antes de efetuadas as compensações: 17.395,13

O Saldo deste débito será dividido em duas ou três quotas: Não

Compensações - R$ Total: 17.395,13

Valor Compensado do Débito: 17.395,13


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 19161.57833.091019.1.3.19-0314

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482258 - Pág. 5
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963492
Número do documento: 21080218593800000000249963492
25032021000000001122502
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Outubro/2019

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2019.2019.1811058829


Número do Recibo: 16.20.20.50.42-05
Data de Recepção: 06/11/2019
Data de Processamento: 06/11/2019

Dados Iniciais

Período: 01/10/2019 a 31/10/2019


Declaração Retificadora: Sim
Nº do recibo de Entrega da DCTF a ser Retificada: 27.81.98.73.66-99
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA E RECURSOS HUMANOS LTDA.


Logradouro: AVENDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSA II CONJ 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: GUARULHOS UF: SP
CEP: 07311-300 Telefone: (11)2382-4326 FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico: DIEGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482259 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963493
Número do documento: 21080218593800000000249963493
25032021000000001122502
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Outubro/2019

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: (11)2382-4326 Ramal: FAX:
Correio Eletrônico: DIEGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: LUCAS SILVA SOUSA


CPF: 396.609.648-03
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482259 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963493
Número do documento: 21080218593800000000249963493
25032021000000001122502
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Outubro/2019

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : IRRF - IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE


CÓDIGO RECEITA : 0561-07
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Outubro/2019
DÉBITO APURADO 10.552,37
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 10.552,37
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 10.552,37
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 10.552,37

Total do Imposto apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 10.552,37

Compensações - R$ Total: 10.552,37

Valor Compensado do Débito: 10.552,37


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 20015.08920.061119.1.3.19-0157

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482259 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963493
Número do documento: 21080218593800000000249963493
25032021000000001122508
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Novembro/2019

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2019.2019.1831171582


Número do Recibo: 13.16.06.72.64-50
Data de Recepção: 04/12/2019
Data de Processamento: 04/12/2019

Dados Iniciais

Período: 01/11/2019 a 30/11/2019


Declaração Retificadora: Não
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA E RECURSOS HUMANOS LTDA.


Logradouro: AVENDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSA II CONJ 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: GUARULHOS UF: SP
CEP: 07311-300 Telefone: (11)2382-4326 FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico: DIEGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482260 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963494
Número do documento: 21080218593800000000249963494
25032021000000001122508
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Novembro/2019

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: (11)2382-4326 Ramal: FAX:
Correio Eletrônico: DIEGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: TIAGO VALERIO ARRUDA


CPF: 283.673.418-30
Inscrição no CRC: 248853/O-8 UF: SP
Telefone: (11)2382-4326 Ramal: Fax:
Correio Eletrônico: TIAGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482260 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963494
Número do documento: 21080218593800000000249963494
25032021000000001122508
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Novembro/2019

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : IRRF - IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE


CÓDIGO RECEITA : 0561-07
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Novembro/2019
DÉBITO APURADO 7.889,58
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 0,00
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 0,00
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 7.889,58

Valor do Débito - R$ Total: 7.889,58

Total do Imposto apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 7.889,58

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482260 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963494
Número do documento: 21080218593800000000249963494
25032021000000001122636
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Dezembro/2019

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2019.2020.1891464315


Número do Recibo: 19.25.25.27.23-38
Data de Recepção: 27/02/2020
Data de Processamento: 27/02/2020

Dados Iniciais

Período: 01/12/2019 a 31/12/2019


Declaração Retificadora: Sim
Nº do recibo de Entrega da DCTF a ser Retificada: 02.91.07.19.39-63
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA.


Logradouro: AVENDIA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSAII CONJ 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: SAO PAULO UF: SP
CEP: 01311-300 Telefone: (011)2382-4326 FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico: TIAGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482261 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963495
Número do documento: 21080218593800000000249963495
25032021000000001122636
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Dezembro/2019

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: (011)2382-4326 Ramal: FAX:
Correio Eletrônico: TIAGO@VALERIOCONTABILIDADE.COM.BR

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: LUCAS SILVA SOUSA


CPF: 396.609.648-03
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482261 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963495
Número do documento: 21080218593800000000249963495
25032021000000001122636
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Dezembro/2019

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : IRPJ - IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS


CÓDIGO RECEITA : 2089-01
PERIODICIDADE: Trimestral PERÍODO DE APURAÇÃO: 4º Trimestre /2019
DÉBITO APURADO 58.991,36
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 58.991,36
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 58.991,36
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 58.991,36

Total do Imposto Líquido a pagar apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 58.991,36

O Saldo deste débito será dividido em duas ou três quotas: Não

Compensações - R$ Total: 58.991,36

Valor Compensado do Débito: 58.991,36


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 42743.58486.270220.1.3.19-8493

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482261 - Pág. 3
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Número do documento: 21080218593800000000249963495
25032021000000001122636
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Dezembro/2019

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : IRRF - IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE


CÓDIGO RECEITA : 0561-07
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Dezembro/2019
DÉBITO APURADO 12.380,81
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 12.380,81
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 12.380,81
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 12.380,81

Total do Imposto apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 12.380,81

Compensações - R$ Total: 12.380,81

Valor Compensado do Débito: 12.380,81


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 42743.58486.270220.1.3.19-8493

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Número do documento: 21080218593800000000249963495
25032021000000001122636
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Dezembro/2019

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : CSLL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL S/ LUCRO LIQUIDO


CÓDIGO RECEITA : 2372-01
PERIODICIDADE: Trimestral PERÍODO DE APURAÇÃO: 4º Trimestre /2019
DÉBITO APURADO 18.798,94
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 18.798,94
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 18.798,94
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 18.798,94

Total da Contribuição Social Líquida a pagar no período, antes de efetuadas as compensações: 18.798,94

O Saldo deste débito será dividido em duas ou três quotas: Não

Compensações - R$ Total: 18.798,94

Valor Compensado do Débito: 18.798,94


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 42743.58486.270220.1.3.19-8493

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482261 - Pág. 5
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Número do documento: 21080218593800000000249963495
25032021000000001122640
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Janeiro/2020

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2020.2020.1871114182


Número do Recibo: 40.06.90.68.29-00
Data de Recepção: 25/11/2020
Data de Processamento: 25/11/2020

Dados Iniciais

Período: 01/01/2020 a 31/01/2020


Declaração Retificadora: Não
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Logradouro: AVENIDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSAII CONJUNTO 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: SAO PAULO UF: SP
CEP: 01311-300 Telefone: FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:34 Num. 251482262 - Pág. 1
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Número do documento: 21080218593800000000249963496
25032021000000001122640
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Janeiro/2020

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: Ramal: FAX:
Correio Eletrônico:

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: CARLOOS ALBERTO DE CAMARGO


CPF: 006.327.998-38
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:34 Num. 251482262 - Pág. 2
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Número do documento: 21080218593800000000249963496
25032021000000001122640
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Janeiro/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : PIS/PASEP - CONTRIB. P/PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL/FORMAÇÃO PATRIM. SERV. PÚBLICO
CÓDIGO RECEITA : 8109-02
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Janeiro/2020
DÉBITO APURADO 2.043,37
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 2.043,37
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 2.043,37
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 2.043,37

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 2.043,37

Compensações - R$ Total: 2.043,37

Valor Compensado do Débito: 2.043,37


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:34 Num. 251482262 - Pág. 3
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Número do documento: 21080218593800000000249963496
25032021000000001122640
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Janeiro/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : COFINS - CONTRIBUIÇÃO P/ FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL


CÓDIGO RECEITA : 2172-01
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Janeiro/2020
DÉBITO APURADO 9.430,94
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 9.430,94
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 9.430,94
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 9.430,94

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 9.430,94

Compensações - R$ Total: 9.430,94

Valor Compensado do Débito: 9.430,94


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:34 Num. 251482262 - Pág. 4
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963496
Número do documento: 21080218593800000000249963496
25032021000000001122645
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Fevereiro/2020

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2020.2020.1861115552


Número do Recibo: 33.17.74.94.38-30
Data de Recepção: 25/11/2020
Data de Processamento: 25/11/2020

Dados Iniciais

Período: 01/02/2020 a 29/02/2020


Declaração Retificadora: Não
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Logradouro: AVENIDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSAII CONJUNTO 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: SAO PAULO UF: SP
CEP: 01311-300 Telefone: FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482263 - Pág. 1
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Número do documento: 21080218593800000000249963497
25032021000000001122645
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Fevereiro/2020

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: Ramal: FAX:
Correio Eletrônico:

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: CARLOOS ALBERTO DE CAMARGO


CPF: 006.327.998-38
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482263 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963497
Número do documento: 21080218593800000000249963497
25032021000000001122645
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Fevereiro/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : PIS/PASEP - CONTRIB. P/PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL/FORMAÇÃO PATRIM. SERV. PÚBLICO
CÓDIGO RECEITA : 8109-02
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Fevereiro/2020
DÉBITO APURADO 1.580,66
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 1.580,66
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 1.580,66
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 1.580,66

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 1.580,66

Compensações - R$ Total: 1.580,66

Valor Compensado do Débito: 1.580,66


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482263 - Pág. 3
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Número do documento: 21080218593800000000249963497
25032021000000001122645
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Fevereiro/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : COFINS - CONTRIBUIÇÃO P/ FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL


CÓDIGO RECEITA : 2172-01
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Fevereiro/2020
DÉBITO APURADO 7.295,37
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 7.295,37
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 7.295,37
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 7.295,37

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 7.295,37

Compensações - R$ Total: 7.295,37

Valor Compensado do Débito: 7.295,37


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482263 - Pág. 4
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963497
Número do documento: 21080218593800000000249963497
25032021000000001122645
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Fevereiro/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : CSRF - CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS RETIDAS NA FONTE


CÓDIGO RECEITA : 5952-07
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Fevereiro/2020
DÉBITO APURADO 101,74
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 101,74
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 101,74
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 101,74

Total das Retenções no período, antes de efetuadas as compensações: 101,74

Compensações - R$ Total: 101,74

Valor Compensado do Débito: 101,74


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482263 - Pág. 5
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963497
Número do documento: 21080218593800000000249963497
25032021000000001122649
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Março/2020

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2020.2020.1851116403


Número do Recibo: 24.10.39.64.14-06
Data de Recepção: 25/11/2020
Data de Processamento: 25/11/2020

Dados Iniciais

Período: 01/03/2020 a 31/03/2020


Declaração Retificadora: Não
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Logradouro: AVENIDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSAII CONJUNTO 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: SAO PAULO UF: SP
CEP: 01311-300 Telefone: FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482264 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963498
Número do documento: 21080218593800000000249963498
25032021000000001122649
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Março/2020

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: Ramal: FAX:
Correio Eletrônico:

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: CARLOOS ALBERTO DE CAMARGO


CPF: 006.327.998-38
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482264 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963498
Número do documento: 21080218593800000000249963498
25032021000000001122649
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Março/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : IRPJ - IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS


CÓDIGO RECEITA : 2089-01
PERIODICIDADE: Trimestral PERÍODO DE APURAÇÃO: 1º Trimestre /2020
DÉBITO APURADO 38.798,16
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 38.798,16
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 38.798,16
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 38.798,16

Total do Imposto Líquido a pagar apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 38.798,16

O Saldo deste débito será dividido em duas ou três quotas: Não

Compensações - R$ Total: 38.798,16

Valor Compensado do Débito: 38.798,16


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

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Número do documento: 21080218593800000000249963498
25032021000000001122649
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Março/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : CSLL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL S/ LUCRO LIQUIDO


CÓDIGO RECEITA : 2372-01
PERIODICIDADE: Trimestral PERÍODO DE APURAÇÃO: 1º Trimestre /2020
DÉBITO APURADO 16.127,34
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 16.127,34
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 16.127,34
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 16.127,34

Total da Contribuição Social Líquida a pagar no período, antes de efetuadas as compensações: 16.127,34

O Saldo deste débito será dividido em duas ou três quotas: Não

Compensações - R$ Total: 16.127,34

Valor Compensado do Débito: 16.127,34


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

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Número do documento: 21080218593800000000249963498
25032021000000001122649
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Março/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : PIS/PASEP - CONTRIB. P/PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL/FORMAÇÃO PATRIM. SERV. PÚBLICO
CÓDIGO RECEITA : 8109-02
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Março/2020
DÉBITO APURADO 2.059,19
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 2.059,19
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 2.059,19
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 2.059,19

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 2.059,19

Compensações - R$ Total: 2.059,19

Valor Compensado do Débito: 2.059,19


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482264 - Pág. 5
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Número do documento: 21080218593800000000249963498
25032021000000001122649
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Março/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : COFINS - CONTRIBUIÇÃO P/ FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL


CÓDIGO RECEITA : 2172-01
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Março/2020
DÉBITO APURADO 9.503,94
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 9.503,94
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 9.503,94
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 9.503,94

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 9.503,94

Compensações - R$ Total: 9.503,94

Valor Compensado do Débito: 9.503,94


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482264 - Pág. 6
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Número do documento: 21080218593800000000249963498
25032021000000001122652
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Abril/2020

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2020.2020.1841116859


Número do Recibo: 25.60.28.23.45-00
Data de Recepção: 25/11/2020
Data de Processamento: 25/11/2020

Dados Iniciais

Período: 01/04/2020 a 30/04/2020


Declaração Retificadora: Não
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Logradouro: AVENIDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSAII CONJUNTO 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: SAO PAULO UF: SP
CEP: 01311-300 Telefone: FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482265 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963499
Número do documento: 21080218593800000000249963499
25032021000000001122652
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Abril/2020

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: Ramal: FAX:
Correio Eletrônico:

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: CARLOOS ALBERTO DE CAMARGO


CPF: 006.327.998-38
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482265 - Pág. 2
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Número do documento: 21080218593800000000249963499
25032021000000001122653
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Abril/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : PIS/PASEP - CONTRIB. P/PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL/FORMAÇÃO PATRIM. SERV. PÚBLICO
CÓDIGO RECEITA : 8109-02
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Abril/2020
DÉBITO APURADO 2.486,28
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 2.486,28
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 2.486,28
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 2.486,28

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 2.486,28

Compensações - R$ Total: 2.486,28

Valor Compensado do Débito: 2.486,28


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482265 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963499
Número do documento: 21080218593800000000249963499
25032021000000001122653
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Abril/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : COFINS - CONTRIBUIÇÃO P/ FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL


CÓDIGO RECEITA : 2172-01
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Abril/2020
DÉBITO APURADO 11.475,16
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 11.475,16
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 11.475,16
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 11.475,16

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 11.475,16

Compensações - R$ Total: 11.475,16

Valor Compensado do Débito: 11.475,16


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482265 - Pág. 4
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963499
Número do documento: 21080218593800000000249963499
25032021000000001122657
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Maio/2020

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2020.2020.1831118099


Número do Recibo: 24.34.84.26.56-67
Data de Recepção: 25/11/2020
Data de Processamento: 25/11/2020

Dados Iniciais

Período: 01/05/2020 a 31/05/2020


Declaração Retificadora: Não
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Logradouro: AVENIDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSAII CONJUNTO 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: SAO PAULO UF: SP
CEP: 01311-300 Telefone: FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482266 - Pág. 1
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Número do documento: 21080218593800000000249963500
25032021000000001122657
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Maio/2020

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: Ramal: FAX:
Correio Eletrônico:

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: CARLOOS ALBERTO DE CAMARGO


CPF: 006.327.998-38
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482266 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963500
Número do documento: 21080218593800000000249963500
25032021000000001122657
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Maio/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : PIS/PASEP - CONTRIB. P/PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL/FORMAÇÃO PATRIM. SERV. PÚBLICO
CÓDIGO RECEITA : 8109-02
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Maio/2020
DÉBITO APURADO 2.433,55
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 2.433,55
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 2.433,55
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 2.433,55

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 2.433,55

Compensações - R$ Total: 2.433,55

Valor Compensado do Débito: 2.433,55


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482266 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963500
Número do documento: 21080218593800000000249963500
25032021000000001122657
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Maio/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : COFINS - CONTRIBUIÇÃO P/ FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL


CÓDIGO RECEITA : 2172-01
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Maio/2020
DÉBITO APURADO 11.231,79
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 11.231,79
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 11.231,79
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 11.231,79

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 11.231,79

Compensações - R$ Total: 11.231,79

Valor Compensado do Débito: 11.231,79


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482266 - Pág. 4
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963500
Número do documento: 21080218593800000000249963500
25032021000000001122703
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Junho/2020

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2020.2020.1821119393


Número do Recibo: 41.80.86.69.67-08
Data de Recepção: 25/11/2020
Data de Processamento: 25/11/2020

Dados Iniciais

Período: 01/06/2020 a 30/06/2020


Declaração Retificadora: Não
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Logradouro: AVENIDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSAII CONJUNTO 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: SAO PAULO UF: SP
CEP: 01311-300 Telefone: FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:34 Num. 251482267 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963501
Número do documento: 21080218593800000000249963501
25032021000000001122703
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Junho/2020

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: Ramal: FAX:
Correio Eletrônico:

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: CARLOOS ALBERTO DE CAMARGO


CPF: 006.327.998-38
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:34 Num. 251482267 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963501
Número do documento: 21080218593800000000249963501
25032021000000001122703
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Junho/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : IRPJ - IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS


CÓDIGO RECEITA : 2089-01
PERIODICIDADE: Trimestral PERÍODO DE APURAÇÃO: 2º Trimestre /2020
DÉBITO APURADO 74.456,78
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 74.456,78
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 74.456,78
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 74.456,78

Total do Imposto Líquido a pagar apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 74.456,78

O Saldo deste débito será dividido em duas ou três quotas: Não

Compensações - R$ Total: 74.456,78

Valor Compensado do Débito: 74.456,78


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 11499.03783.241120.1.3.19-2355

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:34 Num. 251482267 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963501
Número do documento: 21080218593800000000249963501
25032021000000001122703
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Junho/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : CSLL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL S/ LUCRO LIQUIDO


CÓDIGO RECEITA : 2372-01
PERIODICIDADE: Trimestral PERÍODO DE APURAÇÃO: 2º Trimestre /2020
DÉBITO APURADO 28.964,44
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 28.964,44
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 28.964,44
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 28.964,44

Total da Contribuição Social Líquida a pagar no período, antes de efetuadas as compensações: 28.964,44

O Saldo deste débito será dividido em duas ou três quotas: Não

Compensações - R$ Total: 28.964,44

Valor Compensado do Débito: 28.964,44


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:34 Num. 251482267 - Pág. 4
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963501
Número do documento: 21080218593800000000249963501
25032021000000001122703
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Junho/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : PIS/PASEP - CONTRIB. P/PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL/FORMAÇÃO PATRIM. SERV. PÚBLICO
CÓDIGO RECEITA : 8109-02
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Junho/2020
DÉBITO APURADO 1.617,28
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 1.617,28
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 1.617,28
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 1.617,28

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 1.617,28

Compensações - R$ Total: 1.617,28

Valor Compensado do Débito: 1.617,28


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:34 Num. 251482267 - Pág. 5
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963501
Número do documento: 21080218593800000000249963501
25032021000000001122703
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Junho/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : COFINS - CONTRIBUIÇÃO P/ FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL


CÓDIGO RECEITA : 2172-01
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Junho/2020
DÉBITO APURADO 7.464,35
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 7.464,35
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 7.464,35
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 7.464,35

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 7.464,35

Compensações - R$ Total: 7.464,35

Valor Compensado do Débito: 7.464,35


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:34 Num. 251482267 - Pág. 6
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963501
Número do documento: 21080218593800000000249963501
25032021000000001122707
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Julho/2020

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2020.2020.1811120574


Número do Recibo: 12.26.30.51.13-03
Data de Recepção: 25/11/2020
Data de Processamento: 25/11/2020

Dados Iniciais

Período: 01/07/2020 a 31/07/2020


Declaração Retificadora: Não
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Logradouro: AVENIDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSAII CONJUNTO 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: SAO PAULO UF: SP
CEP: 01311-300 Telefone: FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482268 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963502
Número do documento: 21080218593800000000249963502
25032021000000001122707
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Julho/2020

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: Ramal: FAX:
Correio Eletrônico:

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: CARLOOS ALBERTO DE CAMARGO


CPF: 006.327.998-38
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482268 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963502
Número do documento: 21080218593800000000249963502
25032021000000001122707
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Julho/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : PIS/PASEP - CONTRIB. P/PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL/FORMAÇÃO PATRIM. SERV. PÚBLICO
CÓDIGO RECEITA : 8109-02
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Julho/2020
DÉBITO APURADO 1.620,33
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 1.620,33
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 1.620,33
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 1.620,33

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 1.620,33

Compensações - R$ Total: 1.620,33

Valor Compensado do Débito: 1.620,33


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482268 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963502
Número do documento: 21080218593800000000249963502
25032021000000001122707
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Julho/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : COFINS - CONTRIBUIÇÃO P/ FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL


CÓDIGO RECEITA : 2172-01
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Julho/2020
DÉBITO APURADO 7.478,47
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 7.478,47
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 7.478,47
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 7.478,47

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 7.478,47

Compensações - R$ Total: 7.478,47

Valor Compensado do Débito: 7.478,47


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482268 - Pág. 4
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963502
Número do documento: 21080218593800000000249963502
25032021000000001122713
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Agosto/2020

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2020.2020.1891112825


Número do Recibo: 12.53.60.50.67-14
Data de Recepção: 25/11/2020
Data de Processamento: 25/11/2020

Dados Iniciais

Período: 01/08/2020 a 31/08/2020


Declaração Retificadora: Não
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Logradouro: AVENIDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSAII CONJUNTO 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: SAO PAULO UF: SP
CEP: 01311-300 Telefone: FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482269 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963503
Número do documento: 21080218593800000000249963503
25032021000000001122713
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Agosto/2020

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: Ramal: FAX:
Correio Eletrônico:

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: CARLOOS ALBERTO DE CAMARGO


CPF: 006.327.998-38
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482269 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963503
Número do documento: 21080218593800000000249963503
25032021000000001122713
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Agosto/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : PIS/PASEP - CONTRIB. P/PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL/FORMAÇÃO PATRIM. SERV. PÚBLICO
CÓDIGO RECEITA : 8109-02
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Agosto/2020
DÉBITO APURADO 2.688,60
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 2.688,60
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 2.688,60
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 2.688,60

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 2.688,60

Compensações - R$ Total: 2.688,60

Valor Compensado do Débito: 2.688,60


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482269 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963503
Número do documento: 21080218593800000000249963503
25032021000000001122713
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Agosto/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : COFINS - CONTRIBUIÇÃO P/ FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL


CÓDIGO RECEITA : 2172-01
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Agosto/2020
DÉBITO APURADO 12.408,92
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 12.408,92
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 12.408,92
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 12.408,92

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 12.408,92

Compensações - R$ Total: 12.408,92

Valor Compensado do Débito: 12.408,92


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482269 - Pág. 4
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963503
Número do documento: 21080218593800000000249963503
25032021000000001122718
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Setembro/2020

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2020.2020.1881113490


Número do Recibo: 22.13.13.09.94-43
Data de Recepção: 25/11/2020
Data de Processamento: 25/11/2020

Dados Iniciais

Período: 01/09/2020 a 30/09/2020


Declaração Retificadora: Não
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Logradouro: AVENIDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSAII CONJUNTO 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: SAO PAULO UF: SP
CEP: 01311-300 Telefone: FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482270 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963504
Número do documento: 21080218593800000000249963504
25032021000000001122718
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Setembro/2020

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: Ramal: FAX:
Correio Eletrônico:

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: CARLOOS ALBERTO DE CAMARGO


CPF: 006.327.998-38
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482270 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963504
Número do documento: 21080218593800000000249963504
25032021000000001122718
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Setembro/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : IRPJ - IMPOSTO SOBRE A RENDA DAS PESSOAS JURÍDICAS


CÓDIGO RECEITA : 2089-01
PERIODICIDADE: Trimestral PERÍODO DE APURAÇÃO: 3º Trimestre /2020
DÉBITO APURADO 62.985,70
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 62.985,70
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 62.985,70
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 62.985,70

Total do Imposto Líquido a pagar apurado no período, antes de efetuadas as compensações: 62.985,70

O Saldo deste débito será dividido em duas ou três quotas: Não

Compensações - R$ Total: 62.985,70

Valor Compensado do Débito: 62.985,70


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 11499.03783.241120.1.3.19-2355

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482270 - Pág. 3
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Número do documento: 21080218593800000000249963504
25032021000000001122718
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Setembro/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : CSLL - CONTRIBUIÇÃO SOCIAL S/ LUCRO LIQUIDO


CÓDIGO RECEITA : 2372-01
PERIODICIDADE: Trimestral PERÍODO DE APURAÇÃO: 3º Trimestre /2020
DÉBITO APURADO 24.834,85
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 24.834,85
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 24.834,85
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 24.834,85

Total da Contribuição Social Líquida a pagar no período, antes de efetuadas as compensações: 24.834,85

O Saldo deste débito será dividido em duas ou três quotas: Não

Compensações - R$ Total: 24.834,85

Valor Compensado do Débito: 24.834,85


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482270 - Pág. 4
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Número do documento: 21080218593800000000249963504
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MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
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INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Setembro/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : PIS/PASEP - CONTRIB. P/PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL/FORMAÇÃO PATRIM. SERV. PÚBLICO
CÓDIGO RECEITA : 8109-02
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Setembro/2020
DÉBITO APURADO 1.296,15
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 1.296,15
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 1.296,15
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 1.296,15

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 1.296,15

Compensações - R$ Total: 1.296,15

Valor Compensado do Débito: 1.296,15


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482270 - Pág. 5
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Número do documento: 21080218593800000000249963504
25032021000000001122718
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Setembro/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : COFINS - CONTRIBUIÇÃO P/ FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL


CÓDIGO RECEITA : 2172-01
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Setembro/2020
DÉBITO APURADO 5.982,25
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 5.982,25
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 5.982,25
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 5.982,25

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 5.982,25

Compensações - R$ Total: 5.982,25

Valor Compensado do Débito: 5.982,25


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:35 Num. 251482270 - Pág. 6
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Número do documento: 21080218593800000000249963504
25032021000000001122721
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Outubro/2020

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2020.2020.1871114178


Número do Recibo: 06.31.16.84.47-42
Data de Recepção: 25/11/2020
Data de Processamento: 25/11/2020

Dados Iniciais

Período: 01/10/2020 a 31/10/2020


Declaração Retificadora: Não
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Logradouro: AVENIDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: HORSAII CONJUNTO 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: SAO PAULO UF: SP
CEP: 01311-300 Telefone: FAX:
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482271 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963505
Número do documento: 21080218593800000000249963505
25032021000000001122721
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Outubro/2020

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: Ramal: FAX:
Correio Eletrônico:

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: CARLOOS ALBERTO DE CAMARGO


CPF: 006.327.998-38
Inscrição no CRC: UF:
Telefone: Ramal: Fax:
Correio Eletrônico:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482271 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963505
Número do documento: 21080218593800000000249963505
25032021000000001122721
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Outubro/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : PIS/PASEP - CONTRIB. P/PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL/FORMAÇÃO PATRIM. SERV. PÚBLICO
CÓDIGO RECEITA : 8109-02
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Outubro/2020
DÉBITO APURADO 1.895,80
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 1.895,80
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 1.895,80
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 1.895,80

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 1.895,80

Compensações - R$ Total: 1.895,80

Valor Compensado do Débito: 1.895,80


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482271 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963505
Número do documento: 21080218593800000000249963505
25032021000000001122721
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Outubro/2020

Débito Apurado e Créditos Vinculados - R$

GRUPO DO TRIBUTO : COFINS - CONTRIBUIÇÃO P/ FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL


CÓDIGO RECEITA : 2172-01
PERIODICIDADE: Mensal PERÍODO DE APURAÇÃO: Outubro/2020
DÉBITO APURADO 8.749,83
CRÉDITOS VINCULADOS
- PAGAMENTO 0,00
- COMPENSAÇÕES 8.749,83
- PARCELAMENTO 0,00
- SUSPENSÃO 0,00
SOMA DOS CRÉDITOS VINCULADOS: 8.749,83
SALDO A PAGAR DO DÉBITO: 0,00

Valor do Débito - R$ Total: 8.749,83

Total da Contribuição no período, antes de efetuadas as compensações: 8.749,83

Compensações - R$ Total: 8.749,83

Valor Compensado do Débito: 8.749,83


Formalização do Pedido: DComp Nº do Processo: 05843.25572.241120.1.3.19-1788

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482271 - Pág. 4
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963505
Número do documento: 21080218593800000000249963505
25032021000000001122725
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

D C T F MENSAL - 3.50

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Novembro/2020

Dados do Processamento

Número da Declaração: 100.2020.2021.1871349910


Número do Recibo: 36.28.52.32.28-35
Data de Recepção: 08/02/2021
Data de Processamento: 08/02/2021

Dados Iniciais

Período: 01/11/2020 a 30/11/2020


Declaração Retificadora: Não
Situação: Normal
PJ inativa no mês da declaração: Não
PJ optante pelo Simples Nacional: Não
Qualificação da Pessoa Jurídica: PJ em Geral
Forma de Tributação do Lucro: Presumido
PJ Levantou Balanço/Balancete de Suspensão no Mês: Não
PJ com Débitos de SCP a serem Declarados: Não
PJ optante pelo CPRB: Não
Situação da PJ no mês da declaração: PJ não se enquadra em nenhuma das situações anteriores no mês da declaração
Opções referentes à Lei 12.973/2014 para o ano-calendário de 2014: Não preenchido
Critério de Reconhecimento das Variações Monetárias dos Direitos de Crédito e das Obrigações do Contribuinte, em
Função da Taxa de Câmbio: Não se aplica
Regime de Apuração da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins: Não preenchido

Dados Cadastrais do Estabelecimento

Nome Empresarial: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA


Logradouro: AVENIDA PAULISTA Número: 2073
Complemento: GHORSAII CONJ 1702 Bairro/Distrito: BELA VISTA
Município: SAO PAULO UF: SP
CEP: 01311-300 Telefone: (11)2958-0768 FAX: (11)4337-4526
Caixa Postal: UF: CEP:
Correio Eletrônico: HENRIQUE@TECNUN.COM.BR

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482272 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963506
Número do documento: 21080218593800000000249963506
25032021000000001122725
MINISTÉRIO DA FAZENDA DECLARAÇÃO DE DÉBITOS E CRÉDITOS
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL TRIBUTÁRIOS FEDERAIS
INFORMAÇÃO PROTEGIDA POR SIGILO FISCAL

CNPJ: 12.530.038/0001-55 Novembro/2020

Dados do Representante da Pessoa Jurídica

Nome: HENRIQUE MATIAS DE FREITAS OLIVEIRA


CPF: 250.978.958-94
Telefone: (11)2958-0768 Ramal: FAX: (11)
Correio Eletrônico:

Dados do Responsável pelo Preenchimento

Nome: EDSON MIRA DE SOUZA


CPF: 702.008.076-68
Inscrição no CRC: 1SP191324O2 UF: SP
Telefone: (11)2958-0768 Ramal: Fax:
Correio Eletrônico: TRABALHISTA@ANTARESCONTABILIDADE.COM.BR

Não existem Débitos.


Não existem Débitos do Trimestre Anterior.

***** FIM DE IMPRESSÃO *****

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 02/08/2021 18:59:36 Num. 251482272 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080218593800000000249963506
Número do documento: 21080218593800000000249963506
MM. Juiz,

A União informa que não tem interesse em produzir provas, requerendo o julgamento antecipado da lide.

São Paulo, 28 de julho de 2021.

Rúbia M. R. de Carvalho Souza

Procuradora da Fazenda Nacional

Assinado eletronicamente por: RUBIA MARIA REYS DE CARVALHO SOUZA - 28/07/2021 09:58:50 Num. 251482249 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21072809585000000000249963483
Número do documento: 21072809585000000000249963483
PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100
AUTOR: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) AUTOR: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287
REU: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

DESPACHO

Manifeste-se a parte autora sobre a contestação apresentada, no prazo de 15


(quinze) dias.

No mesmo prazo, especifiquem as partes as provas que pretendem produzir,


justificando a necessidade e pertinência.

Intimem-se.

São Paulo, data registrada no sistema.

Assinado eletronicamente por: MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI - 27/07/2021 11:25:16 Num. 251482248 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21072712172700000000249963482
Número do documento: 21072712172700000000249963482
PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100
AUTOR: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) AUTOR: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287
REU: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

DESPACHO

Manifeste-se a parte autora sobre a contestação apresentada, no prazo de 15


(quinze) dias.

No mesmo prazo, especifiquem as partes as provas que pretendem produzir,


justificando a necessidade e pertinência.

Intimem-se.

São Paulo, data registrada no sistema.

Assinado eletronicamente por: MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI - 27/07/2021 11:25:16 Num. 251482247 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21072711251700000000249963481
Número do documento: 21072711251700000000249963481
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL
FEDERAL DE SÃO PAULO - SP

Processo nº 5024628-78.2020.403.6100

PROCEDIMENTO COMUM CIVEL

UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA, por seu Advogado constituído


nos autos deste processo que move em face da UNIAO FEDERAL - FAZENDA
NACIONAL, Delegado da Delegacia de Administração Tributária da Receita Federal do
Brasil (DERAT/SPO), vem respeitosamente solicitar a SUSPENSÃO DO PROCESSO,
pelos fatos e motivos que passa a expor:

1 – Este Patrono atua individualmente nos processos em que lhe são outorgados
poderes via de procurações para representar seus clientes.

2 – No dia 17 de fevereiro de 2021 fui acometido de uma dor intestinal insuportável pelo
que fui encaminhado e internado no Hospital São Luiz Unidade Anália Franco, onde em
regime de emergência fui submetido a 02 (duas) cirurgias, uma na região do esôfago e
outra na bolsa estomacal, denominadas cardioplastia no esfíncter cardíaco do estômago
e a segunda denominada gastroplastia com derivação intestinal, conforme se comprova
pelos documentos juntados a esta petição.

3 – Nesta data de 17/02/2021 me foi administrada anestesia geral, sendo que após os
procedimentos cirúrgicos permaneci internado no hospital até o dia de 20/02/2021
devendo permanecer afastado das atividades profissionais e em repouso domiciliar por
no mínimo 45 dias.

4 – Por conta desta situação fiquei impedido de peticionar nos autos deste processo,
restando meu prazo decorrido enquanto internado. Sendo certo que ainda estou em
tratamento e em recuperação no pós operatório afastado de minhas atividades.

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 24/02/2021 12:32:13 Num. 251482244 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21022412321300000000249963478
Número do documento: 21022412321300000000249963478
5- Informa a este r. Juízo que peticiona neste processo - mesmo sem autorização
médica - de forma extraordinária, para que o requerente não venha a ser prejudicado
em suas pretensões, por conta de um problema de saúde deste Patrono.

6 – Pela situação apresentada se requer com amparo no artigo 313 do CPC, inciso I, a
SUSPENSÃO DO PROCESSO uma vez que a doença noticiada que causa a
incapacidade deste Patrono é comprovada pelo atestado médico; termo de
consentimento de anestesia e demais documentos em anexo.
7 – Tal requerimento, com a devida vênia, se enquadra perfeitamente no artigo citado,
como transcrevemos a seguir.

Art. 313. Suspende-se o processo:

I - pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de


seu representante legal ou de seu procurador;

Assim, considerando todo o exposto, requer a procedência do pedido de SUSPENSÃO


DO PROCESSO na data de sua internação e anestesia que ocorreu no dia 17/02/2021.

Sucessivamente ante a suspensão perseguida se requer a devolução de prazo e a sua


prorrogação para que a autora apresente a peça processual cabível e documentos,
como determinado em despacho por este r. Juízo, por conta da total incapacidade
processual deste Patrono desde 17/02/2021 até o fim do prazo do atestado médico, vez
que se encontra totalmente incapacitado para exercer com sua obrigação.

Sendo certo, com a devida vênia, se requer que as razões apresentadas justifiquem o
não cumprimento do prazo concedido diante dos impedimentos acima relatados, pois,
por ser questão de saúde, e por se tratar de uma manifestação a ser apresentada
espera não comprometer o processo até a data final do atestado ora apresentado, ou
até antes, caso o médico assim o permita.

DITO ISTO, requer:

a) Requer a procedência do pedido de SUSPENSÃO DO PROCESSO;

b) Seja recebida a presente justificativa de não atendimento do prazo concedido;

c) Sucessivamente, requer seja concedido o prazo de até 45 dias para a apresentação


da peça processual e documentação determinada por este r. Juízo.

Nestes termos, pede e aguarda deferimento.

São Paulo, 23 de fevereiro de 2021.

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VALDIR SANTANA RAIMUNDO
OAB/SP Nº 176.287

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL CÍVEL DA 1ª SUBSEÇÃO
JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO

Processo nº 5024628-78.2020.4.03.6100

Autor:UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA.

Réu:UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

A União (Fazenda Nacional), pessoa jurídica de direito público interno, neste ato presentada pelo membro da
Advocacia-Geral da União signatário1, nos autos do processo em epígrafe, em atenção à decisão de id 45155764, vem perante
Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 183 e 303 do Código de Processo Civil, apresentar a sua CONTESTAÇÃO, nos
termos das razões de fato e de direito a seguir expostas.

I – DA TEMPESTIVIDADE DA CONTESTAÇÃO

Inicialmente, é importante considerar que as intimações dos presentantes judiciais da União, e com ainda mais razão
as suas citações, são sempre pessoais. No vertente caso, o ato foi realizado por meio eletrônico, em uma das hipóteses
contempladas no § 1º do artigo 183 do Código de Processo Civil2, proporcionando a fixação do termo a quo do prazo com a
aplicação do inciso V do artigo 231 do Código de Processo Civil3.

Ademais, a Fazenda Pública tem o prazo em dobro para se manifestar nos autos, como estabelece o caputdo artigo
183 do Código de Processo Civil4, prazo este que deve ser contados apenas em dias úteis, de acordo com a regra contida no art igo
219 do Código de Processo Civil5.

Neste contexto, resta demonstrada a tempestividade da presente contestação, haja vista que a sua apresentação
ocorreu antes do prazo legalmente concedido, consoante dispõe osartigos303e 183do Código de Processo Civil6.

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II – DO RESUMO DOS FATOS

Trata-se de ação que tramita sob o procedimento comumpor meio da qual aparte adversapretende obter
provimento jurisdicional para que“seja declarada a inconstitucionalidade e a ilegalidade da inclusão do ISS na
base de cálculo do PIS e da COFINS, retificando-se a forma de cálculo dos tributos vincendos após o
trânsito em julgado”(id 42662358).

Contudo, na linha dosargumentos a seguir apresentados, restará evidente que não deve ser acolhidaa pretensão
deduzida em Juízo pela parte adversa.

III – DA PRELIMINAR

III.A -DA AUSÊNCIA DE DOCUMENTOS ESSENCIAIS À PROPOSITURA DA AÇÃO

Visto que se trata de tributos cujo cálculo é complexo, argúi-se a falta de documentação essencial no ajuizamento da
demanda.

De fato, em se tratando de repetição de indébito, deve a parte adversa trazer aos autos documentos que efetivamente
comprovem os valores a repetir, quais sejam:

1. Demonstrativo ou documentos contendo a base de cálculo mensal do PIS e da COFINS tributável, discriminando as receitas,

devolução de vendas e o valor do ISS, de todo período de abrangência da ação, regularmente juntado aos autos pela parte autora;

2. Cópia da GIA (Guia de Apuração de ISS) ou documento equivalente entregue ao respectivo Município;

3. Demonstrativo de cálculo do valor do crédito pleiteado (indébito fiscal).

Ora, uma vez que não foram juntados aos autos documentos tão importantes à demonstração do direito da parte
adversa, não só resta impossibilitado o provimento jurisdicional como também viola o direito da União de exercer na sua plenitude
o direito do contraditório e da ampla defesa, já que não terá como verificar a exatidão dos valores a serem repetidos/compensados.

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Nessa perspectiva, cabe desde logo pontuar a necessidade de se registrar que o montante do ISS eventualmente
passível de exclusão da base de cálculo do PIS e da COFINS é somente aquele comprovadamente recolhido aos cofres do
município, relativo à prestação de serviços promovida pelo próprio contribuinte.

Essa ressalva revela-se especialmente pertinente nos casos em que apesar de declarado, o ISS não tenha sido
efetivamente pago, assim como nos casos em que há mecanismos de ressarcimento de ISS como benefícios fiscais e, ainda, nos
casos de substituição tributária em que não se pode admitir que o substituto promova a exclusão da base de cálculo do PIS e da
COFINS de todo o ISS recolhido por substituição concomitantemente com a operação da mesma natureza de iniciativa do
contribuinte que se encontra no final da cadeia de circulação da mercadoria.

Convém registrar que, a partir das alterações da Lei n.º 12.973/2014, o conceito de receita bruta constante do § 4.º
do art. 12 do DL 1598/1977, exclui os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente, do comprador ou contratante pelo
vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na condição de mero depositário.

Sendo a COFINS e o PIS tributos sujeitos a lançamento por homologação, não há como a UNIÃO deixar de
cobrar tais tributos sem a inclusão do valor do ISS na base de cálculo de tais contribuições sociais, salvo se o autor-contribuinte
apresentar a documentação pertinente para se chegar a tal valor e, então, viabilizar sua exclusão do cálculo do PIS e da COFINS
devidos.

Ademais, de acordo com o regime de tributação escolhido, a empresa pode nem fazer jus a qualquer valor a título
de ISS. Por isso, indispensável é a apresentação, pelo autor ao Juízo, de sua escrituração fiscal e mercantil juntamente com as
próprias notas fiscais das operações que geraram a receita bruta a ser tributada pelo PIS e pela COFINS e em relação à qual houve
a incidência de ISS, identificando-se, assim, que o ISS fez parte da base de cálculo daquelas contribuições.

Note-se que a parte autora não apresentou todos os documentos necessários para a análise do pedido.

Ora, sem que o autora apresente tal documentação, resta ausente a possibilidade de restituição/compensação de
qualquer quantia, ante a falta de prova de recolhimento da exação discutida.

Portanto, ausentes os documentos descritos acima, resta configurada a falta de pressuposto processual de
desenvolvimento válido do Processo, por ser a petição inicial totalmente inapta, ante a inobservância do art. 320 do CPC7.

Destarte, o processo, no tocante ao pedido de repetição, deve ser extinto sem julgamento do mérito, a teor do
disposto no art. 485, IV do Código de Processo Civil.

III.B -DA NECESSIDADE DE SUSPENSÃO DO FEITO ATÉ A PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO RESULTANTE DO

JULGAMENTO DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO JÁ OPOSTOS PELA FAZENDA NACIONAL NO BOJO DO


8
RE 574.706 PELO C. SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

De início, é importante deixar patente que a Fazenda Nacional não ignora a tese firmada pelo STF no julgamento do
RE nº 574.706/PR, sob o regime da repercussão geral, tampouco pretende negar-lhe aplicação. Em verdade, a PGFN há muito tem

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por política institucional a redução da litigiosidade, cujo mais importante pilar é a observância da jurisprudência consolidada do
STF e do STJ, nela pautando a sua atuação judicial e administrativa, nos termos do art. 19 da Lei nº 10.522, de 2002, bem como na
Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 01, de 2014. A postura da PGFN, portanto, não seria diferente no que tange à matéria objeto do
paradigma do RE nº 574.706/PR.

Ocorre, porém, que a Fazenda Nacional ainda não pode considerar-se vinculada à tese fixada pelo STF, na qual o
autor busca fundamento para a sua pretensão, de que "O ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do PIS e da
Cofins", dispensando a contestação e recursos sobre a matéria, enquanto, afora a questão do enfrentamento do pedido de
modulação de efeitos do julgado, não sejam sanados os vícios apontados nos embargos de declaração já opostos no bojo do
referido RE 574.706:

(i) erro material e omissão relativamente à aplicação do art. 187 da Lei 6.404/76 e 12 do Decreto-Lei 1.598/77, eis que, ao contrário

do que foi aduzido em votos da corrente vencedora, o dispositivo legal (art. 187) não estabelece qualquer conceito de receita bruta

que haja sido tomado pelo Constituinte para definir competência tributária;

(ii) omissão, nos votos que compuseram a corrente vencedora, quanto à dissonância entre a tese acolhida e os precedentes atinentes

à inclusão do ICMS na base de cálculo do próprio ICMS em vendas no mercado interno (REs 212.209 e 582.461-RG);

(iii) contradição, nos votos da corrente majoritária, verificada nas lições doutrinárias ali invocadas;

(iv) obscuridade, porquanto os votos que compuseram a maioria adotaram fundamentos com amplitude diversa e com impactos

diferentes sobre o ordenamento jurídico pátrio, de molde que, em face do incomensurável impacto sistêmico do acórdão embargado,

é indispensável que se esclareça o exato fundamento determinante do acórdão embargado; e

(v) contradição e obscuridade no que versa ao voto-condutor do aresto, eis que contém fundamentação aparentemente contraditória

quanto ao que deve ser decotado da base de cálculo do PIS e da COFINS, em face da adoção da tese em questão.

Destarte, enquanto não enfrentado o pedido de modulação de efeitos e sanados os referidos vícios pelo e. STF, não
se pode conferir, por ora, caráter definitivo ao entendimento firmado pelo referido Tribunal Superior.

Nessa toada, entende-se que os juízes e Tribunais devem aguardar o desfecho do julgamento dos embargos de
declaração nos autos do RE 574.706/PR, a fim de que possam aplicar uniformemente a tese dele decorrente. Explica-se.

Apesar de publicado o v. acórdão, tendo em vista os já apontados vícios, ainda não se podem extrair os limites e o
alcance do entendimento consagrado pelo STF, como forma de garantir-lhe escorreita aplicação aos casos idênticos.

De fato, mesmo tendo sido publicado o acórdão decorrente do julgamento do RE nº 574.706/PR, não se pode
admitir, de imediato, o seu espelhamento nos processos idênticos. Embora o art. 1.040 não seja expresso quanto ao ponto, exsurge

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evidente que a retomada do julgamento dos processos suspensos e a aplicação da tese firmada em sede de repercussão geral
pressupõe que o acórdão paradigma objeto da publicação tenha caráter definitivo, o que não é caso, uma vez que, conforme visto,
foram opostos embargos de declaração.

Como se verifica dos embargos declaratórios opostos, a FAZENDA NACIONAL requereu que o acórdão do STF
somente deveria deve produzir efeitos gerais, após o julgamento dos embargos e da definição de todas as questões pendentes, ali
expostas.

Assim, não se pode considerar definitivo o paradigma de repercussão geral se ainda haverá o exame oportuno do
pedido de modulação de efeitos.

Há de se recordar que não é incomum o STF examinar pedido de modulação de efeitos em sede de embargos de
9
declaração (em repercussão geral ou controle concentrado) ou efetivamente concedê-lo. Foi o caso das ADI nº 4.357 e 4.425,

hipótese em que a Corte, após a declaração da inconstitucionalidade da EC/62 no que tange aos critérios de para incidência de

correção monetária e juros moratórios em precatórios (dentre outros pontos), atribuiu, passados mais de dois anos, efeitos
meramente prospectivos à decisão, fixando como marco inicial a data da finalização do julgamento sobre a modulação de efeitos

(e não a data do julgamento da ADI).

Recorde-se, em acréscimo, do julgamento do RE nº 500.171/GO (repercussão geral), em cuja sessão de plenária foi
editada a Súmula Vinculante nº 12 (“A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o disposto no art. 206, IV,
da Constituição Federal”). Eis que, decorridos três anos da edição da Súmula, o STF apreciou o pedido de modulação de efeitos
em sede de embargos de declaração e decidiu concedê-lo, mesmo após tanto tempo, por considerá-lo questão de ordem pública.

Assim, se é inegável que o STF pacificou o entendimento quanto à impossibilidade de o ICMS compor da base de

cálculo do PIS/COFINS, é igualmente irrecusável o fato de que remanesce a possibilidade, ao menos, de que esse julgado não seja

imediatamente aplicável aos processos em curso, caso lhe sejam atribuídos efeitos prospectivos. Portanto, até que se delibere

acerca desse pedido, não se pode reputar definitivo ao acórdão paradigma, ao menos quanto aos efeitos que pode produzir.

Mas não é só. Ocorrida a publicação do acórdão, abriu-se a possibilidade de as partes, o Ministério Público e os
terceiros prejudicados buscarem a integração do julgado por meio de embargos de declaração, com o objetivo de esclarecer
eventuais obscuridades, solucionar contradições suprir omissões e corrigir erros materiais acaso existentes, nos termos do art.
1.022 do CPC.

Não se desconhecem ainda, que, para o atendimento da sua finalidade legal, podem os embargos de declaração
render efeitos modificativos ou infringentes do julgado, conforme restou expressamente contemplado no nCPC (arts. 494, II, e
1024, §4º). Diga-se, aliás, que a probabilidade de modificação (total ou parcial) do julgado tornou-se mais elevada com o advento

do novo Código de Processo Civil, já que passou a declinar várias situações em que se presume omissa a decisão judicial, ex vi dos
10
arts. 1.022, parágrafo único, c/c o art. 489, §1º do CPC .

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De mais a mais, qualquer preconceito em relação à oposição dos embargos declaratórios deve ser afastado, uma vez
que, quando técnica e prudentemente opostos, contribuem para o aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, máxime em se
tratando de precedente obrigatório, o qual, por razões óbvias, requer maior qualificação do contraditório. A propósito, assim já
entendeu o STF:

EMBARGOS DECLARATÓRIOS - APERFEIÇOAMENTO DO ACÓRDÃO - ÓPTICA FLEXIVEL. Os embargos declaratórios

não consubstanciam crítica ao oficio judicante, mas servem-lhe ao aprimoramento. Ao apreciá-los, o órgão deve fazê-lo com o

espirito de compreensão, atentando para o fato de consubstanciarem verdadeira contribuição da parte em prol do devido processo

legal. (...) (AI 163047 AgR-ED, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Segunda Turma, julgado em 18/12/1995, DJ 08-03-1996

PP-06223 EMENT VOL-01819-04 PP-00828)

Por conseguinte, não se coaduna com a coerência e a estabilidade almejadas pelo sistema de precedentes a retomada
do julgamento de uma imensa gama de processos que versem sobre idêntica controvérsia para nela fazer aplicar, de imediato, tese
que poderá vir a ser modificada, ainda que parcialmente, ou cujos efeitos possam vir a ser diferidos para momento futuro (o que
poderia tornar o precedente inaplicável aos processos pendentes).

Há de se ponderar que, na hipótese de alteração do entendimento firmado originalmente pelo STF ou de sua
modulação temporal de efeitos, as decisões judiciais que tenham prematuramente aplicado a tese de repercussão geral (ainda não
definitiva) deverão ser revistas, seja no julgamento dos inúmeros recursos a serem interpostos, seja por meio de ações rescisórias,
onerando-se desnecessariamente o Poder Judiciário.

Forçoso concluir que a solução mais prudente e compatível com a coerência e estabilidade que se espera de um
sistema de precedentes é, portanto, o sobrestamento dos processos, como o feito em pauta, que versem sobre a controvérsia
relativa à exclusão do valor do ICMS da base de cálculo das contribuições ao PIS e COFINS, até a publicação do acórdão
resultante do julgamento dos embargos de declaração, caso providos, ou, se totalmente rejeitados (inclusive o pedido de
modulação), até a finalização do julgamento de tal recurso.

Destarte, REQUER A FAZENDA NACIONAL o sobrestamento do presente feito até a publicação do acórdão
resultante do julgamento dos embargos de declaração já opostos no bojo do RE 574.706, caso providos, ou, se totalmente
rejeitados (inclusive o pedido de modulação), até a finalização do julgamento de tal recurso.

III.C - DO AJUIZAMENTO DA PRESENTE DEMANDA APÓS A PROLAÇÃO DA DECISÃO DO SUPREMO


TRIBUNAL FEDERAL NO BOJO DO RE Nº 574.706. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DA MODULAÇÃO DOS
EFEITOS.

Deve-se lembrar que a questão da constitucionalidade ou não da incidência do ICMS na base de cálculo do
PIS/COFINS, que serve de base para a pretensão que o autor deduziu em Juízo, foi levada ao Supremo Tribunal Federal desde

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2007, nos autos do RE 574.706. A matéria tem gerado inúmeros debates, tanto que em julgamento de 24/04/2008, foi reconhecida
a sua repercussão geral.

Em 08 de outubro de 2018, o Supremo Tribunal Federal finalizou o julgamento do RE n. 240.785/MG, sem


repercussão geral, da Relatoria do Ministro Marco Aurélio que trata da inclusão no ICMS na base de cálculo da COFINS para
decidir que o ICMS não integra a base de cálculo da COFINS.

Assim, o que se conclui é que a questão da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS é matéria em
debate há mais de dez anos, sendo que desde o ano passado o Supremo Tribunal Federal já havia sinalizado pela declaração da
impossibilidade de sua inclusão na base de cálculo do PIS e da COFINS, como narra a própria Agravada em sua petição inicial.

Ora, sendo a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS questão a muito controvertida inclusive
com decisão do Supremo Tribunal Federal desde o ano passado a favor do contribuinte, a Impetrante ajuizou demanda para
assegurar a sua exclusão após o julgamento do RE nº 574.706 da Relatoria da Ministra Cármen Lúcia que enfrentou a matéria sob
repercussão geral.

Assim, em razão da possibilidade de modulação dos efeitos pelo Supremo Tribunal Federal, caso o marco seja a
prolação da decisão pela Suprema Corte, ou seja, 15/03/2017, eventual direito reconhecido em favor do apelado deverá se
submeter a modulação dos efeitos, na forma ali decidida.

Diante disso, requer seja consignado que o direito do autornesta ação deverá respeitar a modulação dos efeitos pelo
Supremo Tribunal Federal, caso ela se aplique para ações ajuizadas posteriormente a 15/03/2017.

IV - DO MÉRITO:

IV.A - STF - RE 574.706: INOCORRÊNCIA DE TRÂNSITO EM JULGADO – MODULAÇÃO DE EFEITOS


PLEITEADA PELA FAZENDA NACIONAL - FATURAMENTO COMO BASE DE CÁLCULO DAS
CONTRIBUIÇÕES AO PIS E À COFINS

A contribuição para o PIS surgiu com a LC 7/70, incidindo sobre o faturamento da empresa com base no art. 3º, b,

da lei em questão, que não excluía da base de cálculo qualquer valor referente ao pagamento de tributos indiretos – ICMS, IPI ou
ISS.

Já a COFINS surgiu com a LC 70/91, a qual, em seu art. 2º, parágrafo único, a, excluiu expressamente o IPI do
11
conjunto formado pelo faturamento .

Note-se, a partir de raciocínio a contrario sensu, se o legislador precisou excluir o IPI (tributo indireto), quando
destacado em nota fiscal, da base de cálculo da COFINS, é porque estaria ele naturalmente incluído por força do caput. Só há
exceção se há regra. Assim, como o ISSnão foi excepcionado, legitimou-se o entendimento de que estava ele compreendido pela

base imponível da contribuição sobre o faturamento.

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Considerando a orientação desta Corte Máxima de que, até o advento da EC 20/98, somente a receita derivada da

venda de mercadorias e da prestação de serviços (faturamento em sentido estrito) poderia servir de base de cálculo para a
contribuição prevista no art. 195, I, b, da Carta Fundamental, e de que, após essa inovação constitucional, seria possível a
tributação da totalidade de receitas das pessoas jurídicas, deve-se anotar que a Lei 10.637/2002 e 10.833/2003, em seus

respectivos artigos 1º, repetiram a norma contida no art. 3º, § 1º, da Lei 9.718/98 e fixou como base de cálculo do PIS e da
COFINS “o total das receitas auferidas pelas pessoas jurídicas”, abarcando, assim, receitas outras que “a receita bruta das
vendas de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviço de qualquer natureza”. Sendo assim, permanece plenamente

subsidiada a inclusão dos tributos indiretos na base de cálculo dessas contribuições que incidem sobre a receita total das empresas.

A propósito, faz-se mister reiterar que a jurisprudência do Colendo STJ é mansa e pacífica a respeito da juridicidade
da inclusão do ISSna base de cálculo das referidas contribuições, inclusive após o julgamento do RE 240.785 pelo e. STF, o qual,

conforme é sabido e restou expresso no próprio decisório, NÃO FOI JULGADO SOB O REGIME DE REPERCUSSÃO

GERAL; por sua vez, assinale-se que, recentemente, foi publicado o acórdão do REsp 1.144.469-PR, julgado na forma do antigo
art. 563-C do CPC/73 que ratificou o mesmo entendimento:

EMENTA: RECURSO ESPECIAL DO PARTICULAR: TRIBUTÁRIO. RECURSO REPRESENTATIVO DA

CONTROVÉRSIA. ART. 543-C, DO CPC. PIS/PASEP E COFINS. BASE DE CÁLCULO. RECEITA OU

FATURAMENTO. INCLUSÃO DO ICMS.

1. A Constituição Federal de 1988 somente veda expressamente a inclusão de um imposto na base de cálculo de um outro no art.

155, §2º, XI, ao tratar do ICMS, quanto estabelece que este tributo: "XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do

imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à

industrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois impostos".

2. A contrario sensu é permitida a incidência de tributo sobre tributo nos casos diversos daquele estabelecido na exceção, já tendo

sido reconhecida jurisprudencialmente, entre outros casos, a incidência:

2.1. Do ICMS sobre o próprio ICMS: repercussão geral no RE n. 582.461 / SP, STF, Tribunal Pleno, Rel. Min. Gilmar Mendes,

julgado em 18.05.2011.

2.2. Das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS sobre as próprias contribuições ao PIS/PASEP e COFINS: recurso representativo

da controvérsia REsp. n. 976.836 - RS, STJ, Primeira Seção, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 25.8.2010.

2.3. Do IRPJ e da CSLL sobre a própria CSLL: recurso representativo da controvérsia REsp. n. 1.113.159 - AM, STJ, Primeira

Seção, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 11.11.2009.

2.4. Do IPI sobre o ICMS: REsp. n. 675.663 - PR, STJ, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em

24.08.2010; REsp. Nº 610.908 - PR, STJ, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 20.9.2005, AgRg no REsp.Nº

462.262 - SC, STJ, Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 20.11.2007.

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2.5. Das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS sobre o ISSQN: recurso representativo da controvérsia REsp. n. 1.330.737 - SP,

Primeira Seção, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 10.06.2015.

3. Desse modo, o ordenamento jurídico pátrio comporta, em regra, a incidência de tributos sobre o valor a ser pago a título de outros

tributos ou do mesmo tributo. Ou seja, é legítima a incidência de tributo sobre tributo ou imposto sobre imposto, salvo

determinação constitucional ou legal expressa em sentido contrário, não havendo aí qualquer violação, a priori, ao princípio

da capacidade contributiva.

4. Consoante o disposto no art. 12 e §1º, do Decreto-Lei n. 1.598/77, o ISSQN e o ICMS devidos pela empresa prestadora de

serviços na condição de contribuinte de direito fazem parte de sua receita bruta e, quando dela excluídos, a nova rubrica que

se tem é a receita líquida.

5. Situação que não pode ser confundida com aquela outra decorrente da retenção e recolhimento do ISSQN e do ICMS pela

empresa a título de substituição tributária (ISSQN-ST e ICMS-ST). Nesse outro caso, a empresa não é a contribuinte, o contribuinte

é o próximo na cadeia, o substituído. Quando é assim, a própria legislação tributária prevê que tais valores são meros ingressos na

contabilidade da empresa que se torna apenas depositária de tributo que será entregue ao Fisco, consoante o art. 279 do RIR/99.

6. Na tributação sobre as vendas, o fato de haver ou não discriminação na fatura do valor suportado pelo vendedor a título de

tributação decorre apenas da necessidade de se informar ou não ao Fisco, ou ao adquirente, o valor do tributo embutido no preço

pago. Essa necessidade somente surgiu quando os diversos ordenamentos jurídicos passaram a adotar o lançamento por

homologação (informação ao Fisco) e/ou o princípio da não-cumulatividade (informação ao Fisco e ao adquirente), sob a técnica

específica de dedução de imposto sobre imposto (imposto pago sobre imposto devido ou " tax on tax").

7. Tal é o que acontece com o ICMS, onde autolançamento pelo contribuinte na nota fiscal existe apenas para permitir ao Fisco

efetivar a fiscalização a posteriori, dentro da sistemática do lançamento por homologação e permitir ao contribuinte contabilizar o

crédito de imposto que irá utilizar para calcular o saldo do tributo devido dentro do princípio da não cumulatividade sob a técnica de

dedução de imposto sobre imposto. Não se trata em momento algum de exclusão do valor do tributo do preço da mercadoria ou

serviço.

8. Desse modo, firma-se para efeito de recurso repetitivo a tese de que: "O valor do ICMS, destacado na nota, devido e recolhido

pela empresa compõe seu faturamento, submetendo-se à tributação pelas contribuições ao PIS/PASEP e COFINS, sendo integrante

também do conceito maior de receita bruta, base de cálculo das referidas exações".

9. Tema que já foi objeto de quatro súmulas produzidas pelo extinto Tribunal Federal de Recursos - TFR e por este Superior

Tribunal de Justiça - STJ:

l Súmula n. 191/TFR: "É compatível a exigência da contribuição para o PIS com o imposto único sobre combustíveis e

lubrificantes".

l Súmula n. 258/TFR: "Inclui-se na base de cálculo do PIS a parcela relativa ao ICM".

l Súmula n. 68/STJ: "A parcela relativa ao ICM inclui-se na base de cálculo do PIS".

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l Súmula n. 94/STJ: "A parcela relativa ao ICMS inclui-se na base de cálculo do FINSOCIAL".

10. Tema que já foi objeto também do recurso representativo da controvérsia REsp. n. 1.330.737 - SP (Primeira Seção, Rel. Min.

Og Fernandes, julgado em 10.06.2015) que decidiu matéria idêntica para o ISSQN e cujos fundamentos determinantes devem ser

respeitados por esta Seção por dever de coerência na prestação jurisdicional previsto no art. 926, do CPC/2015.

11. Ante o exposto, DIVIRJO do relator para NEGAR PROVIMENTO ao recurso especial do PARTICULAR e reconhecer a

legalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo das contribuições ao PIS/PASEP e COFINS.

...omissis...

14. Ante o exposto, ACOMPANHO o relator para DAR PROVIMENTO ao recurso especial da FAZENDA NACIONAL.” (STJ,

REsp 1.144.469 - PR (2009/0112414-2), Rel. p/acórdão Min. MAURO CAMPBELL MARQUES, 1ª Seção, v. m., j. em

10/08/2016, DJe nº 2105 de 02/12/2016, pp. 2018/2021)

Este E. Tribunal Regional Federal da 3ª Região, através de julgados da sua 2ª Seção, também sufragam a mesma
posição:

EMBARGOS INFRINGENTES - TRIBUTÁRIO - INSUBSISTENTE PLEITEADA EXCLUSÃO DO ICMS DA BASE DE

CÁLCULO DO PIS E DA COFINS - PRECEDENTES DO E. STJ - EMBARGOS PROVIDOS.

1. Pacífico, como se extrai, que não nega a parte embargada, em momento algum do feito, embute - como lhe é, aliás, autorizado

pela legislação específica a respeito - no preço de seus produtos o montante de ICMS, para ser suportado por seus clientes ou

consumidores (contribuintes de fato), após o quê a embargada (contribuinte de direito) os repassa em recolhimento ao Fisco, tudo

em observância à repercussão ou translação tributária : ora, intenta a mesma, sim, sejam ampliadas as causas excludentes da

incidência das contribuições sociais conhecidas como PIS e COFINS, estampadas no parágrafo único do art. 2º, LC n. 70/91, para

abranger o quanto transfere de ICMS ao erário estadual.

2. Assim ocorrendo com o quanto arrecadado, quando da venda de um bem, notório não exista como não se reconhecer integra o

que arrecada, efetivamente, seu faturamento, assim considerado o equivalente à receita bruta oriunda das vendas de mercadorias,

"ex vi" do estabelecido pelo art. 2º, da LC n. 70/91.

3. Amoldando-se a conduta da parte contribuinte ao quanto previsto pelo ordenamento, a título de envolvimento da arrecadação do

ICMS com o sentido de faturamento, bem como correspondendo a exclusão de base de cálculo a tema privativo (art. 2º, CF) da lei

(art. 97, inciso IV, CTN), demonstra a mesma não se sustentar seu propósito de exclusão da base de cálculo.

4. É dizer, somente a Lei tendo a força de excluir da base de cálculo este ou aquele valor / segmento / rubrica (por exemplo, quando

o desejou, o próprio Texto Supremo positivou tal exclusão, inciso XI do § 2º, de seu art. 155), isolada se põe a tese embargada em

pauta, ausente qualquer preceito em seu amparo, por cristalino.

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5. Neste sentido, a v. jurisprudência do C. STJ. (Precedentes)

6. Saliente-se, por derradeiro, que, apesar de o Egrégio Pretório Excelso ter dado provimento, por maioria de votos, ao

Recurso Extraordinário n. 240.785, tal feito não foi julgado em âmbito de Repercussão Geral. A matéria em prisma foi

afetada em outro RExt, o de n. 574706 RG, ainda sem apreciação meritória, portanto o quanto decidido nos autos n. 240.785

somente gera efeitos inter partes.

7. Logo, vênias todas, carecendo de fundamental estrita legalidade o propósito em desfile, nestes embargos, imperativa a

prevalência do voto vencido da lavra da Excelentíssima Desembargadora Federal Cecília Marcondes, que negou provimento à

apelação para manter a sentença, preservando-se a inclusão do ICMS na base de cálculo de PIS e COFINS.

8. Embargos infringentes providos.

(TRF 3ª Região, SEGUNDA SEÇÃO, EI 0002978-21.2001.4.03.6102, Rel. DESEMBARGADORA FEDERAL ALDA BASTO,

julgado em 17/03/2015, e-DJF3 Judicial 1 DATA:19/03/2015)

Conclui-se, portanto, que não prospera a pretensão deduzida em Juízo pela parte adversa.

IV.B -DO ISS NA BASE DE CÁLCULO DA COFINS E DAS CONTRIBUIÇÕES AO PIS

1. Considerações iniciais e contornos do problema

No RE 574.706-PR o Supremo Tribunal Federal decidiu que o ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do
PIS e da COFINS. Bem entendido, essa decisão dá-se no contexto exclusivo do art. 195, I, “b”, da Constituição Federal, não

alterando outros modelos de tributação que se conhece no direito brasileiro.

Há fortes receios de tentativa de uso malicioso do conteúdo dessa decisão, projetando-a em inúmeras outras

circunstâncias judiciais fáticas (as chamadas teses filhotes). Isto é, situações nas quais, por força da legislação e da tradição
normativa brasileiras, tenha-se o valor de uma determinada exação na composição final do tributo devido. O STF permanece
entendendo que tributo pode compor base de cálculo de outro tributo, ou dele mesmo.

A decisão do STF no RE 574.706-PR somente se aplica ao tema da inclusão do ICMS na base de cálculo do

PIS-COFINS, para efeitos do art. 195, I, “b”, da CF. Essa conclusão deriva do fato de que o STF permanece reconhecendo a
possibilidade de que se tenha tributo na composição da base de cálculo de tributo. A rationale da decisão decorre da premissa de

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que valores que transitam sob a rubrica do ICMS não qualificariam o conceito de faturamento/receita. O que se discutiu foi o
conceito de faturamento/receita, e não a suposta impossibilidade do uso de valores de tributo na composição da base de cálculo de

tributo.

A mal-intencionada utilização do decidido no RE 574.706-PR em várias outras conjunturas pode ensejar litigiosidade e
ameaças reais a interesses públicos indeclináveis tutelados pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Nesse sentido, há
necessidade de que se tenha uma correta compreensão do que foi efetivamente deliberado no mencionado RE, com base na

doutrina contemporânea dos precedentes. Deve-se levar em conta também que mencionado RE foi decidido com repercussão
geral.

1. O RE 574.706-PR no Supremo Tribunal Federal e o conteúdo dos pontos centrais fixados na ementa

O processo foi relatado pela Ministra Cármen Lúcia, ementado da forma que segue:

EMENTA:RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL. EXCLUSÃO DO ICMS NA BASE DE


CÁLCULO DO PIS E COFINS. DEFINIÇÃO DE FATURAMENTO. APURAÇÃO ESCRITURAL DO ICMS E
REGIME DE NÃO CUMULATIVIDADE. RECURSO PROVIDO.

1. Inviável a apuração do ICMS tomando-se cada mercadoria ou serviço e a correspondente cadeia, adota-se o sistema
de apuração contábil. O montante de ICMS a recolher é apurado mês a mês, considerando-se o total de créditos
decorrentes de aquisições e o total de débitos gerados nas saídas de mercadorias ou serviços: análise contábil ou
escritural do ICMS.

1. A análise jurídica do princípio da não cumulatividade aplicado ao ICMS há de atentar ao disposto no art. 155, § 2º,
inc. I, da Constituição da República, cumprindo-se o princípio da não cumulatividade a cada operação.

1. O regime da não cumulatividade impõe concluir, conquanto se tenha a escrituração da parcela ainda a se compensar
do ICMS, não se incluir todo ele na definição de faturamento aproveitado por este Supremo Tribunal Federal. O
ICMS não compõe a base de cálculo para incidência do PIS e da COFINS.

1. Se o art. 3º, § 2º, inc. I, in fine, da Lei n. 9.718/1998 excluiu da base de cálculo daquelas contribuições sociais o ICMS
transferido integralmente para os Estados, deve ser enfatizado que não há como se excluir a transferência parcial
decorrente do regime de não cumulatividade em determinado momento da dinâmica das operações.

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1. Recurso provido para excluir o ICMS da base de cálculo da contribuição ao PIS e da COFINS.

A decisão prolatada alcança apenas a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS-COFINS, no contexto do art. 195, I,
“b”, da CF. Não se trata de decisão que detenha a capacidade de atingir todas as bases de cálculo que há no direito brasileiro, que
por determinação expressa de lei, por tradição jurisprudencial e por costume jurídico e contábil consolidados contem com tributo
em sua composição. Há vários modelos que não foram atingidos por essa decisão, a exemplo do que ocorre com os sistemas de
lucro presumido e de contribuição substitutiva.

Trata-se de decisão para um determinado caso específico, no qual foi de fundamental importância o conceito próprio de
faturamento/receita, o que não permitirá que se pretenda utilizar o conteúdo dessa decisão para invalidação de bases de cálculo nas
quais constem outros tributos.

A posição do STF nesse caso não transcende ao conteúdo imanente decidido, relativo à formação da base de cálculo do
PIS-COFINS. Insista-se, reforça esse argumento o fato de que a discussão se travou no contexto da sempre recorrente definição de
faturamento/receita. O regime de não cumulatividade tratado é justamente aquele que informa o ICMS, vinculado ao
PIS-COFINS, e que conceitualmente não se aplica às demais exações do direito brasileiro. Insista-se, não há relação com as
fórmulas de lucro presumido e de contribuição substitutiva, entre outras.

O STF enfatizou que há um aspecto contábil central para compreensão do problema, o qual, insista-se, apenas se reporta ao
PIS-COFINS. Uma análise escritural exigiria a verificação de créditos e débitos ocorridos mensalmente, com referência às saídas
de mercadorias e serviços. A apuração contábil, nesse modelo, decorre da complexidade da apuração do ICMS, e das várias
nuances que ocorrem no processo de transferências contínuas de mercadorias e respectivos insumos e serviços.

Justificou-se a necessidade de se aferir o princípio da não-cumulatividade em cada uma das várias operações sob o
argumento de que uma análise jurídica desse princípio, que derivaria do exame do art. 155, § 2º, inciso I, da Constituição,
demandaria que se garantisse a compensação do devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores.

De acordo com a decisão aqui estudada para efeitos de PIS-COFINS, tão somente, parcelas destacadas de ICMS não
equivaleriam ao conteúdo conceitual de faturamento/receita. Desse modo, a ordem do STF para as respectivas exclusões, nessa
situação específica. O ICMS recolhido, nessa lógica, não equivaleria a qualquer compreensão legal ou contábil de
faturamento/receita. Essa lógica adotada pelo STF limita-se, nos termos do julgado, ao que radica no art. 195, I, “b”, da CF.

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3) Síntese e análise dos votos proferidos

A seguir são inicialmenteidentificados os votos proferidos, começando poraqueles que acolheram as teses da União.
Faz-se também uma indicação dos pontos principais dos votos que foram contrários às teses da PFGN, com o objetivo de se traçar,

objetivamente, o alcance do que foi efetivamente decidido pelo STF.

Votaram em favor da possibilidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS-COFINS os Ministros Edson Fachin,
Roberto Barroso, Dias Toffoli e Gilmar Mendes. Votaram pela impossibilidade dessa inclusão e, portanto, contra as teses
consolidadas pela PGFN, a Ministra Relatora, Cármen Lúcia, no que foi seguida por Luiz Fux, Ricardo Lewandowski, Marco
Aurélio, Celso de Mello e Rosa Weber. Percebe-se que o núcleo central da discussão foi o tema da definição de faturamento e não
a questão da utilização de tributo na composição da base de cálculo de tributo.

A quantidade de votos divergentes indica que a matéria não é de todo pacífica; deve-se levar em conta também que a
composição do STF à época do julgamento ressentia-se de uma indicação. A recente posse do Ministro Alexandre de Moraes, cuja
compreensão do problema não é conhecida, pode, no entanto, revelar novas nuances para a solução do problema, ainda pendente
de alguns esclarecimentos.

3.1) Resenha dos votos favoráveis à União

O Ministro Edson Fachin enfatizou que a tradição jurisprudencial brasileira permite que se afirme que o conceito
jurídico-constitucional de faturamento/receita traduza a somatória de receitas resultantes das atividades empresariais, e não apenas
os valores oriundos da venda de bens e serviços correspondentes à emissão de faturas.

Entendeu que o desate da controvérsia dependeria de se enquadrar (ou não) o valor do ICMS (tal como destacado da
nota), efetivamente devido e recolhido, como receita da contribuinte, no caso, a sociedade empresária. O Ministro Fachin
reconheceu os impactos econômicos da decisão, reiterando, no entanto, comprometimento em julgar o assunto nos termos de uma
ótica essencialmente jurídica.

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No mérito, reconheceu a inexistência de incremento patrimonial, por ocasião da inserção do ICMS na base de cálculo do
PIS-COFINS. Porém, não desconheceu que há uma receita efetiva, com necessária oscilação patrimonial positiva, justificando-se a
incidência:

Logo, embora não haja incremento patrimonial, o valor relativo ao ICMS destacado e recolhido referente a uma
operação concreta integrará a receita efetiva do contribuinte, pois gerará oscilação patrimonial positiva,
independentemente da motivação do surgimento da obrigação tributária ou da destinação final desse numerário ao
Estado em termos parcial ou integral, após devida compensação não automática na qual se considera a técnica da não
cumulatividade, como, por exemplo, pela metodologia de conta gráfica, por sua vez expressamente referida no libelo da
demanda veiculado no mandado de segurança impetrado pela parte Recorrente.(Voto do Ministro Edson Fachin).

O Ministro Fachin firmou a convicção de que o faturamento é uma espécie do gênero receita bruta, englobando a
totalidade dos valores decorridos com a venda das mercadorias e da prestação de serviços, incluindo nesse conjunto os valores de
ICMS destacados nas notas fiscais. A jurisprudência do STF, prosseguiu o Ministro Fachin, corrobora historicamente a
possibilidade da incidência de tributos sobre o valor pago a título de outros tributos ou do mesmo tributo:

Em relação à alegação de inconstitucionalidade da incidência de contribuição sobre tributo, constata-se que a


tributação se dá em relação ao preço da operação final, embora neste esteja incluído o numerário de ICMS destacado,
devido e recolhido. Mesmo que assim não fosse, não há a ocorrência de bis in idem na espécie, dado que este conceito
denota a imposição tributária de dois impostos instituídos pelo mesmoente político com a mesma e única materialidade.
Enfim, o ordenamento jurídico comporta, em regra, a incidência de tributos sobre o valor a ser pago a título de outros
tributos ou do mesmo tributo, como é o caso da incidência do ICMS sobre o próprio ICMS, chancelada pela
jurisprudência do STF no Tema 214 da sistemática da repercussão geral. Na verdade, por conta da fixação da base de
cálculo na expressão “receita bruta”, as contribuições ao PIS e à COFINS incidem sobre elas mesmas, pois essas
englobam o valor que será destinado ao seu próprio pagamento. De fato, é firme a jurisprudência do STF segundo a
qual não há óbice constitucional a que coincidam as hipóteses de incidência e as bases de cálculo das contribuições e as
dos impostos em geral.(Voto do Ministro Edson Fachin).

O Ministro Barroso principiou descrevendo o quadro normativo que marca a discussão, lembrando que

(...) a legislação fala em receita bruta; a Constituição falava em faturamento; e vem a Emenda nº 20 e acrescenta: ao
lado do faturamento, a receita. Então, você tem receita bruta na legislação, faturamento na Constituição, com o
acréscimo da Emenda nº 20, que fala em receita, sendo que, já existindo a controvérsia- porque a controvérsia é
anterior à Constituição de 88- sobre o ICMS integrar ou não a base de cálculo do PIS/COFINS, nenhuma dessas formas
resolveu de maneira expressa esse problema, que, de certa forma, atormenta a jurisprudência de longa data (...)”.

Feita essa digressão, que sugeriu que se concluísse que a evolução legislativa dos modelos não resolve a questão, o

Ministro Barroso enfatizou que “(...) a jurisprudência tanto do Supremo quanto do Superior Tribunal de Justiça tem inúmeros
precedentes que admitem a inclusão de um determinado tributo na base de cálculo de outro e, às vezes, na base de cálculo de si
próprio, numa outra incidência”. Além do que, ainda segundo o Ministro Barroso, a exclusão de tributo em base de cálculo de

outro tributo deveria ser expressa; assim, “o constituinte, quando achou que o tributo não pudesse figurar na base de cálculo,
excluiu expressamente. E a própria legislação exclui expressamente também o IPI e o ICMS substituição tributária (...)”.

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O Ministro Barroso concluiu lapidarmente ao afirmar que “é constitucional a inclusão do ICMS na base de cálculo do
PIS e da COFINS”. Lembrou, e ao fim advertiu, que essa decisão pode provocar um nefasto efeito sistêmico no contexto do
direito tributário brasileiro, de modo a termos “(...) um impacto imprevisível e, possivelmente, indesejável”.

O Ministro Dias Toffoli também entendeu pela possibilidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS-COFINS.
Forte no § 5º do art. 12 do Decreto-Lei nº 1.598/77, que fixa no conceito de receita bruta “os tributos sobre ela incidentes”. O
Ministro Toffoli parece exigir (com razão) disposição expressa de lei para exclusão de tributo na base de cálculo de tributo

(próprio ou outro), a exemplo do que ocorre nos casos de vendas canceladas e de descontos incondicionais concedidos.

Na hipótese levada ao STF o Ministro Toffoli seguiu jurisprudência do Ministro jubilado Eros Grau, reiterando que a
empresa-interessada-contribuinte ao recolher ICMS paga débito tributário próprio, e não de terceiro. Não se tem hipótese de
imposto retido.

Por fim, na linha da Fazenda, o Ministro Gilmar Mendes, para quem, eventual modulação de feitos da decisão pode ser
apreciada em momento oportuno. Alertou para os efeitos que uma decisão dessa natureza (exclusão do ICMS da base de cálculo
do PIS-COFINS) pode produzir no sistema tributário nacional. No mérito,

“(...) estão expressamente excluídos da base de cálculo da contribuição os tributos não cumulativos devidos na condição
de mero depositário, entre os quais não se exclui o ICMS. E não se inclui por uma razão muito simples: porque o
contribuinte, na hipótese, não opera como mero depositário (...) diversamente do que pretende fazer crer com a tese
contrária defendida neste Plenário. Com isso, quero dizer algo extremamente simples: respeitado o núcleo essencial, o
legislador pode regular a matéria determinando o que se inclui ou não no conceito”.

Em linhas gerais, os votos favoráveis à Fazenda Nacional afirmaram que há uma tradição jurisprudencial consolidada no
direito brasileiro que confirma a possibilidade de que se alcance valores recolhidos a título de tributos na composição da base de
cálculo de tributo próprio. Entendeu-se que, na hipótese, a empresa contribuinte não age como mera responsável, substituta ou
repassadora de valores para o fisco. Os valores que recolhe compõem seu faturamento/receita, pelo que não há como se afastar a
possibilidade da inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS-COFINS.

3.2) Resenha dos votos favoráveis à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS-COFINS

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O voto condutor foi proferido pela Ministra Cármen Lúcia, em face do qual a maioria aderiu, com pequena variação de
pormenor. No contexto dessa decisão a percepção de que “ (...) o valor do ICMS tem como destinatário final a Fazenda Pública,

para a qual será transferido”, o que afastaria que seus valores fossem considerados para efeitos de base de cálculo do
PIS-COFINS.

O núcleo de sua decisão centra-se na compreensão de que “o recolhimento do ICMS na condição de substituto tributário
importa na transferência integral às Fazendas Públicas estaduais, sem a necessidade de compensação e, portanto, identificação

do saldo a pagar, pois não há recolhimentos posteriores pelos demais contribuintes substituídos”. Ao fim, propôs como tese do
julgamento a declaração de que “o ICMS não compõe a base de cálculo para fins de incidência do PIS e da COFINS”.

A Ministra Rosa Weber transitou no mesmo sentido, com ênfase no conceito de receita bruta, no sentido de que: “(...) a

receita bruta pode ser definida como o ingresso financeiro que se integra no patrimônio na condição de elemento novo e positivo,

sem reservas ou condições, na esteira da clássica definição que Aliomar Baleeiro cunhou acerca do conceito de receita pública
(...)”.

De igual modo, o Ministro Ricardo Lewandowski, que aderiu integralmente ao voto da Ministra Cármen Lucia,
observando:

“ Não me impressiona, com o devido acatamento, o argumento que foi manejado aqui hoje nesta Sessão de que o
contribuinte teria uma disponibilidade momentânea, transitória, do valor a ser repassado pelo Estado, inclusive passível
de aplicação no mercado financeiro. É que essa verba correspondente ao ICM é do Estado, sempre será do Estado e
terá que um dia ser devolvida ao Estado; não ingressa jamais, insisto, no patrimônio do contribuinte. Em suma, eu
penso que a inclusão do ICMS nas bases de cálculo do PIS e COFINS subverte, sim, o conceito de faturamento ou de
receita, em afronta àquilo que dispõe o artigo 195, I, b, da Constituição Federal, como foi, com muita propriedade, a
meu ver, e com o devido respeito aos argumentos em contrário, agora ressaltado pelo Ministro Luiz Fux: o valor
corresponde ao ICMS - eu, mais uma vez, repiso esse argumento - não possui a natureza jurídica de faturamento ou de
receita. Por esse motivo é que a incidência dessas mencionadas contribuições - o PIS e a COFINS - sobre o tributo
estadual fere, como disse o Ministro Celso de Mello num voto brilhante, agora reportado pelo Ministro Luiz Fux, dentre
outros princípios, o princípio da capacidade contributiva. Para mim, isso está muito claro, extreme de dúvidas”.

Sua linha de raciocínio decorre da percepção de que os valores recolhidos a título de ICMS, e posteriormente repassados
às unidades federadas, não retornariam, em nenhuma hipótese, ao patrimônio do contribuinte, pelo que distantes do conceito de
faturamento.

O Ministro Luiz Fux reconheceu, no entanto, a possibilidade de que um tributo possa incidir sobre outro tributo (o que
central para discussões vindouras), ainda que no presente caso tenha acompanhado a Ministra Relatora:

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“Eu não estou dizendo que tributo não pode incidir sobre tributo. Isso é uma técnica nossa, é uma técnica universal. Há
pareceres aqui onde se demonstra que, no mundo inteiro, é possível tributo sobre tributo. O que nós estamos analisando
aqui é como se faz a exegese de uma expressão constitucional, a ponto de respeitar-se os limites do poder do Estado”.

Substancialmente, há similitudes entre os votos dos Ministros Fux e Celso de Mello, porque o Ministro Fux também
rejeitou a hipótese de que os conceitos constitucionais de faturamento e de receita não permitiriam dilação na base de cálculo, a
ponto de se justificar a inclusão de valores recolhidos a título de ICMS.

O Ministro Marco Aurélio também proferiu voto substancial em favor da exclusão do ICMS da base de cálculo do
PIS-COFINS. Objetivamente,

“Digo não ser o ICMS fato gerador do tributo, da contribuição. Digo também, reportando-me ao voto, que, seja qual for
a modalidade utilizada para recolhimento do ICMS, o valor respectivo não se transforma em faturamento, em receita
bruta da empresa, porque é devido ao Estado. E muito menos é possível pensar, uma vez que não se tem a relação
tributária Estado-União, em transferir, numa ficção jurídica, o que decorrente do ICMS para o contribuinte e vir a
onerá-lo”.

O Ministro Celso de Mello também não admitiu a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS-COFINS argumentando
que o conceito constitucional de faturamento e receita não permite que se que se dilate a base de cálculo da exação; isto é, o ICMS
cobrado (e repassado) não se traduziria nos conceitos de faturamento e de receita. Segundo o Ministro Celso de Mello essa
ampliação do conceito de faturamento e de receita resultaria em afronta aos princípios da isonomia tributária e da capacidade
contributiva.

4) A exata fixação da rationale e do alcance do precedente

A razão de decidir (ratio decidendi) no presente caso identifica linha de pensar e decidir pretoriana que aponta para

solução que contemple apenas a intersecção entre transito de valores de ICMS e conceito de faturamento/receita, garantindo-se a
segurança jurídica12.

O papel do Supremo Tribunal Federal, na missão de uniformizar a interpretação da Constituição, limita de modo absoluto
eventuais casos vindouros, que não revelem exatamente o caso presente, permitindo-se prognóstico, no contexto da teoria dos
precedentes, identificador de certeza jurídica como garantia de segurança negocial13. Esse precedente deve ser aplicado, tão
somente, nas hipóteses de intersecção entre trânsito de valores de ICMS e conceito de faturamento, como já explicitado, e no

aspecto temporal a ser definido pelo STF.

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Ainda que se possa doutrinariamente distinguir precedentes obrigatóriosde precedentes persuasivos, insiste-se, com

fundamento em autor seminal no assunto - - a doutrina dos precedentes - - que “o respeito aos precedentes confere aos
jurisdicionados a estabilidade de dada interpretação jurídica”14. O presente precedente do STF, a ser seguido restritivamente por
interpretações vindouras, deve definir linha estabilizadora, que anima o intérprete a confiar na manutenção dessa solução já

produzida e divulgada.

O descaso para com a tradição normativa de um país transforma muitas vezes o precedente em um superprecedente,
como anunciado pela doutrina norte-americana15, viz., o precedente deve confirmar a reminiscência cultural e legal de um
determinado meio político e social, um superprecedente pode tender a transcender seus limites próprios.

A decisão do STF de que o ICMS não pode ser calculado na composição da base de cálculo do PIS-COFINS é exceção à
compreensão geral de que tributo pode efetivamente compor base de cálculo de qualquer outro tributo. E é exceção justamente
porque o que estava em jogo não era o tema do tributo incidindo sobre a base de cálculo de outro tributo. O que estava em jogo
era a definição de faturamento, que o STF entendeu não alcançar os valores que transitam nas contas da empresa contribuinte a
título de ICMS.

Não se constata, em juízo de comparação entre várias modalidades tributárias que há, um indício de distinção, um
distinguishing16, que autorizasse entendimento idêntico para casos diversos. A ratio decidendi17que preponderou no caso aqui

discutido, julgado pelo STF, deve ser aplicada tão somente no caso da incidência do ICMS na base de cálculo do PIS-COFINS,

não se autorizando qualquer ilação de que o STF vetou a utilização de tributo na base de cálculo de outro tributo.

5) Os embargos de declaração opostos pela Fazenda Nacional

A decisão prolatada pelo STF nesse RE foi questionada pela PGFN na forma de embargos de declaração. Nessa peça há
vários aspectos da decisão que sugerem esclarecimento, e que indicam necessidade de eventual revisão do entendimento.

Os pontos centrais levantados foram:

a. Erro material e omissão no que se refere aos arts. 187 da Lei nº 6.404/76 e 12 do Decreto-Lei nº 1.598/77;

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b. Omissão no que se refere à semelhança entre o caso decidido e a questão definida no RE 212.209 e no RE
582.461-RG, verificando-se necessidade de correta apresentação de distinguishing, de modo que se tenha correta extensão e
alcance do julgado;

c. Contradição quanto ao alcance de lições doutrinárias apresentadas em tema de definição de receitas;

d. Obscuridade decorrente da de diversidade da utilização de fundamentos amplos e decorrentes efeitos diversos; e.


contradição e obscuridade quanto à fixação do total do imposto incidente em face do imposto a ser recolhido em etapa da cadeia
produtiva e negocial;

e. Modulação de efeitos, com reverência aos impactos financeiros e orçamentários, a possibilidade de transferências
aleatórias de riqueza social, bem como quanto às dificuldades operacionais para a aplicação retroativa do entendimento.

Colhe-se agora da peça de embargos de declaração18 os pontos centrais que consubstanciam os argumentos acima
levantados, e que devem ser rigorosamente monitorados.

“ERRO MATERIAL E OMISSÃO – ART. 187 DA LEI 6.404/76 E 12 DO DECRETO-LEI 1.598/77

Observe-se que, no caso dos autos, alguns votos da corrente vencedora concederam grande relevância ao fundamento de que “receita bruta”, expressão a
que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ao longo de inúmeros julgados, equiparou ao vocábulo “faturamento” (art. 195, I, b, da Constituição),
possui um sentido próprio no direito privado, definido no art. 187, I, da Lei 6.404/76. Desta forma, ao utilizar tal expressão para outorgar competência
tributária para a instituição de contribuições destinadas ao custeio da seguridade social, o constituinte originário teria feito remissão a tal sentido, que
excluiria os impostos incidentes sobre o valor da operação, como é o caso do ICMS.

No entanto, cumpre destacar que há um equívoco evidente em tal linha de argumentação: o mencionado dispositivo legal não estabelece qualquer conceito
para receita bruta. Apenas disciplina que, na demonstração do resultado do exercício, deverá estar descrita a “receita bruta das vendas e serviços, as
deduções das vendas, os abatimentos e os impostos”. A assertiva, simplesmente, permite concluir que tais expressões se referem a grandezas diferentes, mas
não afirma que uma não esteja contida na outra.

Tal ponto confirma-se, aliás, com a leitura dos demais incisos do citado artigo, os quais, a fim de regular a elaboração das demonstrações financeiras das
sociedades anônimas, indicam grandezas diversas, sem excluir uma base de outra. Assim é que, por exemplo, já se pode notar no inciso II, do mesmo art.
187, que tal dispositivo determina que o resultado indicará “a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro
bruto”, sendo certo que o custo das mercadorias e serviços, bem como o lucro bruto, estãoincluídos na receita líquida.

Análise completa da sequência indicada no art. 187 da Lei 6.404/76, permite concluir que, ali se estabelece um processo lógico de apuração do resultado do
exercício. Indica-se receita bruta dela subtraindo-se deduções, abatimentos e impostos (inciso I), a fim de obter-se a receita líquida (inciso II), a partir da
qual, excluídos os custos de mercadorias e serviços, obtém-se o lucro bruto, do qual, excluindo-se e incluindo-se outras despesas e receitas gerais (incisos
III e IV), obtém-se o resultado do exercícioantes do Imposto de Renda (inciso V), o qual, após a consideração da provisão para o imposto, participações,
instrumentos financeiros diversos e benefícios que não se caracterizam como despesa (inciso VI), resultará no lucro ou prejuízo líquido(inciso VII). Enfim, a
sistemática adotada pelo art. 187 da mencionada lei indica que a receita bruta inclui os impostos sobre vendas, não o contrário, já que a receita líquida é

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apurada a partir da subtração destes daquela. Sequer se exige, no disposto na Lei de SAs, a indicação de grandeza superior à receita bruta, que permitisse
concluir, como assentou a corrente vencedora, que a receita bruta é o resultado da subtração de tributos de outro agregado.

(...)

Desta forma, para solucionar a controvérsia adequadamente, é indispensável a superação do erro material apontado, mediante análise integral e sistemática
do art. 187 da Lei 6.404/76, bem como que se considere, nem que seja para apresentar refutação, a argumentação suscitada pela corrente vencida, acerca
do art. 12 do Decreto-lei 1.598/77.

OMISSÃO – SEMELHANÇA ENTRE O CASO E A QUESTÃO DEFINIDA NO RE 212.209 E NO RE 582.461-RG – ARGUMENTOS

CONTRADITÓRIOS – NECESSIDADE DE APRESENTAÇÃO DE FUNDAMENTO PARA O TRATAMENTO DIVERSO (distinguishing) PARA QUE

SE DETERMINE A EXTENSÃO E O ALCANCE DO JULGADO

Outro argumento relevante para a causa, que não foi considerado pelos Ministros que compuseram a corrente vencedora, é a forte tensão entre a tese aqui
acolhida e os citados precedentes, atinentes à inclusão do ICMS na base de cálculo do próprio ICMS, em vendas no mercado interno (RE 212.209 e RE
582.461-RG). Tal ponto foi ressaltado no acórdão recorrido e em todos os votos que divergiram da maioria, constituindo aspecto relevantíssimo da causa.

É que, no presente julgamento, considerou-se que não se incluem na base de cálculo do PIS e da COFINS as quantias devidas pelo contribuinte resultantes
da incidência do ICMS. Por outro lado, naqueles outros considerou-se que se inclui na base de cálculo do ICMS, o próprio ICMS, antes mesmo da nova
alínea i, art. 155, §2º, XII, da Constituição, produto da EC 33/01, a qual, aliás, tornou expressa tal forma de incidência por dentro apenas para o caso de
importação.

Como a base de cálculo do PIS e da COFINS, faturamento, é apurada a partir do conjunto das vendas realizadas pelo contribuinte e a base de cálculo do
ICMS é valor da operação de venda de mercadorias e serviços, individualmente considerada, resta claro que a base daquelas contribuições não é outra
coisa que não a soma algébrica das bases deste imposto, durante determinado período. Ademais, o método de apuração do ICMS, de forma agregada,
aproxima sua base ainda mais da COFINS e do PIS. Assim, o que for excluído da base de cálculo do PIS e da COFINS também, a princípio, deveria ser
excluído da incidência do ICMS.

Além disso, os principais argumentos utilizados pela corrente que afastou a incidência das contribuições sobre faturamento (vedação à incidência de tributo
sobre tributo e a inviabilidade de se tomar o ICMS devido como componente do preço da mercadoria) acertam, igualmente, a base do referido tributo
estadual.

Assim, se existe um fundamento constitucional para excluir o ICMS da base de cálculo do PIS e da COFINS, é necessário esclarecer em que medida tal
razão não implica contradição com julgamento anterior, em que se sustentou que o ICMS está na base de cálculo do ICMS. Somente assim, poderão as
partes, demais entes tributantes e contribuintes: i) verificar o alcance do referido pronunciamento do Supremo Tribunal Federal, uma vez que a enorme
amplitude dos fundamentos adotados tem potencial para atacar a sistemática de cobrança de praticamente todos tributos; ii) projetar ou afastar a
possibilidade de alteração da jurisprudência da Corte, estabelecida no RE 582.461-RG.

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Destarte, indispensável que os votos vencedores se pronunciem sobre o tema, a fim de, além de aperfeiçoar o julgado, esclarecer-se o alcance da tese
definida no acórdão embargado.

III- CONTRADIÇÃO - RECEITAS – LIÇÕES DOUTRINÁRIAS – LIMITES

Ponto relevante para a corrente majoritária no presente julgamento foram as lições de Aliomar Baleeiro, sobre receita pública, e de Ricardo Mariz de
Oliveira, sobre receita, inúmeras vezes citadas nos votos vencedores. É relevante considerar que, no que tange aos ensinamentos de Aliomar Baleeiro, há
limites impostos pelo alcance do que ali se expôs, pelo ordenamento jurídico vigente e pela jurisprudência do STF que devem ser considerados.

(...)

Destarte, evidentemente, não se pode extrair das lições doutrinárias em questão exegese no sentido de que a incidência do ICMS representa condição hábil a
desqualificá-lo como receita. Pelo contrário: os limites impostos pelos próprios autores citados, pela jurisprudência da Corte e pelalegislação de regência,
levam a conclusão contrária. Não há, no caso, condição ou reserva no recebimento do pagamento pelo comerciante, apenas a possibilidade de translação
do ônus econômico do tributo, para frente ou para trás (consumidor ou fornecedor). Tal tributo incidirá nos termos da legislação pertinente e é
inconfundível com a causa ou finalidade do negócio jurídico originário, devendo ser adimplido segundo regras e procedimentos próprios. Desta forma,
evidencia-se a contradição entre, pelo menos, as lições citadas de Aliomar Baleeiro e Ricardo Mariz de Oliveira e a posição que se pretendeu defender na
corrente vencedora.

IV- OBSCURIDADE – DIVERSIDADE DE FUNDAMENTOS AMPLOS COM EFEITOS DIVERSOS

Observe-se que os votos que compuseram a maioria adotaram fundamentos com amplitude diversa e com impactos diferentes sobre o ordenamento jurídico
pátrio. Assim, uma vez que a tese acolhida pode modificar parte relevante de nosso sistema tributário, reclama a segurança jurídica individualização do
fundamento determinante da decisão em questão. Somente assim, os entes tributantes e os contribuintes poderão atuar segundo expectativa a respeito de
como o Supremo Tribunal Federal decidirá questões análogas que lhe forem submetidas.

Sobre o tema, de início cumpre destacar que a potencialidade revolucionária que o acórdão embargado possui está bem destacada na observação de Andrei
Pitten Velloso, citada pelos Ministros Gilmar Mendes e Roberto Barroso. Vejamos: Se prevalecer a tese da inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na
base de cálculo da COFINS, teremos de reconhecer que o sistema tributário brasileiro é, em larga medida, inconstitucional há décadas, porquanto os
argumentos que a sustentam levam à conclusão de que: o IPI não poderia incidir sobre o ICMS, o Imposto de Importação e as taxas relacionadas à
atividade de importação; o ICMS não poderia incidir sobre o ICMS, o IPI, o Imposto de Importação, a COFINS-Importação e o PIS/PASEP importação; o
PIS-Faturamento, o Finsocial, a COFINS, a contribuição ao PIS, a CPRB e o IRPJ e a CSLL, calculados pelo lucro presumido, não poderiam incidir sobre o
ICMS e tampouco sobre o ISS. Não só. Firmada a tese de que os tributos incidentes, de forma direta ou indireta, sobre a receita devem ser excluídos da base
de cálculo dos tributos incidentes sobre a receita, chegaríamos à conclusão de que a COFINS, a CPRB, a contribuição ao PIS e o IRPJ e a CSLL, calculados
sobre o lucro presumido, deveriam ser excluídos da sua base de cálculo, ou seja, da base de cálculo da COFINS, da CPRB, da contribuição ao PIS, bem
como do IRPJ e da CSLL calculados pelo lucro presumido. Essas insólitas consequências jurídicas bastariam para evidenciar a incorreção dos argumentos
que sustentam a tese da inconstitucionalidade da inclusão do ICMS na base de cálculo da COFINS.

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Para definir até onde chega a inconstitucionalidade de nosso sistema tributário, então, deve-se estabelecer, com clareza, qual dos fundamentos adotados
pela corrente vencedora prevalece no caso, já que estes trazem impactos diferentes sobre aquele.

(...)

V- CONTRADIÇÃO E OBSCURIDADE - TOTAL DO IMPOSTO INCIDENTE X IMPOSTO A SER RECOLHIDO EM CADA ETAPA DA CADEIA

(...)

O referido voto explicitou, com cuidado e detalhadamente, o conteúdo normativo da regra da não-cumulatividade quando aplicada ao ICMS e a sua forma
de cálculo escritural. Esclareceu-se, com escólio na lição de Roque Antônio Carrazza, que, no ICMS, o contribuinte, para apurar o imposto a serrecolhido,
em cada etapa, compensa oimposto incidentecom as quantias recolhidas nas etapas anteriores, devendo pagar “apenas a diferença apurada, no
encerramento do período, entre seus créditos e débitos”.

(...)

Assim, é de se esclarecer o que deverá ser decotado do PIS e da COFINS. Se cada contribuinte terá o direito de retirar o resultado da incidência integral do
tributo, como restou aparentemente assentado na primeira proposição, ou se, para cada contribuinte, é a parcela do ICMS a ser recolhido, em cada etapa da
cadeia de circulação que deverá ser decotado, como ficou explicitado na segunda assertiva. Observe-se que o entendimento aparentemente veiculado na
primeira consideração (exclusão integral do ICMS destacado na nota, incidente sobre toda a cadeia, em cada etapa) resulta na dedução cumulativa de
tributo não-cumulativo. Ou seja, o contribuinte, ainda que deva recolher um montante reduzido do imposto incidente, terá o direito ao abatimento do valor
integral do ICMS. Desta forma, a redução da base de cálculo do PIS e da COFINS, que deveria corresponder ao ICMS incidente ao longo de toda a cadeia,
vai se multiplicar em função do número de etapas de uma mesma cadeia, reduzindo drasticamente a neutralidade do tributo, bem como acentuando os efeitos
contrários à seletividade do ICMS, promovidos pelo entendimento majoritário.

VI – MODULAÇÃO DE EFEITOS

Inicialmente, cumpre destacar que a presente pretensão envolve uma tese que claramente rompe com o entendimento histórico dos nossos tribunais, em que
pese o RE 240.785, tem potencial de contágio sobre outras exações - da União e dos demais entes - e promove profundas alterações no sistema jurídico
tributário.

(...)

Assim, além de a inviabilidade de se realizar uma reforma tributária com efeitos retroativos indicar a necessidade de modulação de efeitos da presente
decisão, existem outras razões que justificam a modulação de efeitos requerida: o impacto financeiro da demanda nas contas públicas; as transferências de
recursos entre os cidadãos, de forma arbitrária e sem respeito a critérios de equidade; a inexistência de normas que permitam a adoção imediata e
retroativa da regra adotada.

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Impacto financeiro e orçamentário

Inicialmente, cumpre destacar que, conforme destacado no voto do Ministro Gilmar Mendes, o anexo de riscos fiscais para o ano de 2015, exclusivamente no
que diz respeito a incidência do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS – excluído portanto o potencial da tese adotada impactar em outras
controvérsias -, chegou aos seguintes valores, com base em informações da Receita Federal do Brasil, para as possíveis restituições: R$ 250.294,05 milhões,
até 2015. Tais números, no que tange às perdas, se repetiram na LDO de 2017.

(...)

Transferências aleatórias de riqueza social

Ao se realizar uma alteração tão profunda na sistemática de cálculo dos tributos incidentes sobre receita bruta e (talvez) operações de circulação, é intuitivo
que alguns contribuintes vão receber, imediatamente, maiores vantagens e que alguns vão arcar com um custo maior. O entendimento ora adotado promove,
efetivamente, uma enorme redistribuição dos recursos sociais.

Dificuldades operacionais para a aplicação retroativa do entendimento

(...)

É que o regime de ambos tributos guarda certa incompatibilidade, mostrando-se incerto o meio de se obter a exclusão de um tributo de determinada base do
outro. Destarte, qualquer restituição de valores passados, muito embora possa ser feita de forma aproximada, não será exata.

No caso do PIS e da COFINS, as receitas são apuradas por pessoa jurídica e existem tipos de classificação de receitas previstos na legislação, sujeitas a
diferenças quantitativas e metodológicas de incidência, quais sejam: receitas tributadas à alíquota modal, receitas submetidas ao regime de tributação
monofásica, receitas com suspensão, isenção ou não incidência das contribuições, receitas tributadas a alíquota zero, receitas tributadas por substituição
tributária das contribuições sociais. No entanto, na apuração do ICMS a recolher, cada estabelecimento da pessoa jurídica determina o seu valor de forma
consolidada, sem segregar o valor do imposto a recolher por tipo de receita.

Reconhece-se que, nesse contexto, no qual cada contribuinte do ICMS apura e determina o valor do imposto a recolher com base na totalidade das
operações com débito e com crédito do imposto, sem segregar por tipo de receita, na apuração mensal, seria necessário que fosse estabelecida regra que
guardasse proporcionalidade entre o valor do ICMS a recolher e os diversos tipos de classificação de receitas definidos na legislação das contribuições
sociais. No entanto, qualquer critério, levaria, em si, algum grau, ainda que reduzido, de inexatidão.

(...)”

6) Conclusões e sugestões de encaminhamentos

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A decisão no RE 574.706-PR é limitada à compreensão de que o STF decidiu que o ICMS não compõe a base de
cálculo para a incidência do PIS e da COFINS, com única e exclusiva referência ao que radica no art. 195, I, “b”, da CF, e nada
mais. Não se pode tentar transformar esse precedente em um superprecedente, que desconsidere os limites efetivos da decisão.

Enquanto precedenteobrigatório, deve-se ter como referência a proposta de definição de faturamento/receita, e não a
imaginária impossibilidade do uso de tributo na construção da base de cálculo de outro tributo, o que pode se revelar um
precedente persuasivo,ainda que carente de qualquer força argumentativa que atenda ao decidido pelo STF.

Persiste o STF forte no entendimento de que tributo pode compor base de cálculo de outro tributo, ou dele mesmo,
conforme explicitamente pode se colher nos votos pronunciados em plenário.

Sustenta-se a decisão na afirmação de que valores que transitam sob a rubrica do ICMS não qualificariam o conceito
de faturamento/receita. Nesse RE o ponto central da discussão foi o conceito de faturamento/receita, questão recorrente na pauta
do STF.

Não se discutiu e não se afirmou suposta impossibilidade do uso de valores de tributo na composição da base de
cálculo de tributo. Essa possibilidade permanece incólume no contexto dogmático do direito tributário brasileiro. Esse
entendimento faz-se emblematicamente presente no voto do Ministro Fux, ainda que tenha decidido pela impossibilidade do uso
do ICMS na composição da base de cálculo do PIS-COFINS, justamente porque não tratava de uso de tributo na composição da
base de cálculo de outro tributo.

Atenta-se para importante passagem do voto do Ministro Barroso, para quem a exclusão de tributo em base de
cálculo de outro tributo deveria ser expressa, devendo, nesse caso, constar em lei específica. Essa construção vale para casos
vindouros.

O presente precedente do STF deve ser aplicado restritivamente por interpretações vindouras, justamente porque
traçou limites, fixando-os no conceito de faturamento, que excluiria o ICMS.

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A decisão deixa miríade de problemas em aberto, a serem sanados em resposta a embargos de declaração,
atempadamente interpostos. Deve-se esclarecer a correta a aplicação derivada dos arts. 187 da Lei nº 6.404/76 e 12 do
Decreto-Lei nº 1.598/77. Constata-se incontornável omissão no que se refere à semelhança entre o caso decidido e a questão
definida no RE 212.209 e no RE 582.461.

Percebe-se que as lições doutrinárias invocadas são divergentes, pouco esclarecendo quanto ao modo correto de se
resolver a questão. Há também inegável obscuridade decorrente da de diversidade da utilização de fundamentos amplos e
decorrentes efeitos diversos; os argumentos lançados em plenário, ao que consta, qualificam-se por instâncias de contradição.

Não se tem com clareza também a fórmula de fixação do total do imposto incidente em face do imposto a ser recolhido
em etapa da cadeia produtiva e negocial. O julgado exige modulação de efeitos, devendo-se levar em conta os impactos
financeiros e orçamentários da decisão, a par, evidentemente, das dificuldades operacionais para a aplicação retroativa do
entendimento.

Por fim, reitere-seque a decisão do STF de que o ICMS não pode ser calculado na composição da base de cálculo do
PIS-COFINSéexceção à compreensão geral de que tributo pode efetivamente compor base de cálculo de qualquer outro

tributo.

IV.C – DA CUMULATIVIDADE DO ISS

No caso dos autos, a parte autora alega ser pessoa jurídica sujeitando-se ao recolhimento da COFINS e PIS sendo
que, na base de cálculo destas contribuições encontra-se embutido o valor do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza –
ISSQN.

Neste contexto, destaque-se o julgamento do Recurso Extraordinário n.º 240.785, no qual a maioria dos Ministros
integrantes do Plenário do Supremo Tribunal Federal entendeu inconstitucional a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da
COFINS, entendimento que a parte adversa pretende ver aplicado ao caso sob análise por analogia.

Afirma o autor que, se referidas contribuições são calculadas com base no faturamento, correspondendo este à
receita bruta da pessoa jurídica, não poderia o valor correspondente ao ISSQN integrar a base de cálculo, uma vez que não
representa faturamento ou receita.

Contudo, reputa-se sem razão a parte autora. De fato, embora a aparente semelhança entre as matérias abordadas no
RE n.º 240.785 e na presente lide, os preceitos lá estabelecidos não são aplicáveis na situação aqui em exame.

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É cediço que existem dois tipos de tributos: os “cumulativos” e os “não cumulativos”. O tributo cumulativo não
possibilita um crédito para a empresa, sendo, portanto, um imposto “em cascata”. Já no segundo tipo enquadram-se aqueles que
podem gerar um crédito para a empresa. Sendo o imposto cumulativo, portanto, a empresa não terá direito a crédito do tributo
pago no momento da aquisição de uma mercadoria.

O ISS enquadra-se na categoria de tributo cumulativo e o Supremo Tribunal Federal, ao estabelecer a tese jurídica
do tema 69, destacou o caráter não cumulativo do ICMS como fundamento para sua exclusão da base de cálculo das contribuições
ao PIS e Cofins, preceito que não encontra paralelo na regulamentação do ISS, sendo que o valor suportado pelo beneficiário do
serviço, nele incluindo a quantia referente ao ISS, compõe o conceito de receita ou faturamento para fins de adequação à hipótese
de incidência do PIS e da Cofins.

Aplicável, portanto, entendimento do Superior Tribunal de Justiça, que assim decidiu:

TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA. ART. 543-C DO CPC E RESOLUÇÃO STJ N.

8/2008. PRESTADOR DE SERVIÇO. PIS E COFINS. INCLUSÃO DO ISSQN NO CONCEITO DE RECEITA OU

FATURAMENTO. POSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO DOS ARTS. 109 E 110 DO CTN. 1. Para efeitos de

aplicação do disposto no art. 543-C do CPC, e levando em consideração o entendimento consolidado por esta Corte Superior de

Justiça, firma-se compreensão no sentido de que o valor suportado pelo beneficiário do serviço, nele incluindo a quantia referente

ao ISSQN, compõe o conceito de receita ou faturamento para fins de adequação à hipótese de incidência do PIS e da COFINS.

2. A orientação das Turmas que compõem a Primeira Seção deste Tribunal Superior consolidou-se no sentido de que "o valor

do ISSQN integra o conceito de receita bruta, assim entendida como a totalidade das receitas auferidas com o exercício da

atividade econômica, de modo que não pode ser dedutível da base de cálculo do PIS e da COFINS" (REsp 1.145.611/PR, Rel.

Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 8/9/2010; AgRg no REsp 1.197.712/RJ, Rel. Ministro Benedito Gonçalves, Primeira

Turma, DJe 9/6/2011; AgRg nos EDcl no REsp 1.218.448/RS, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Primeira Turma, DJe

24/8/2011; AgRg no AREsp 157.345/SE, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 2/8/2012; AgRg no AREsp

166.149/CE, Rel. Ministro Castro Meira, Segunda Turma, julgado em 28/08/2012, DJe 4/9/2012; EDcl no AgRg no REsp

1 . 2 3 3 . 7 4 1 / P R , R e l .

Ministro Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 7/3/2013, DJe 18/3/2013; AgRg no AREsp 75.356/SC, Rel. Ministro

Sérgio Kukina, Primeira Turma, julgado em 15/10/2013, DJe 21/10/2013).

3. Nas atividades de prestação de serviço, o conceito de receita e faturamento para fins de incidência do PIS e da COFINS deve

levar em consideração o valor auferido pelo prestador do serviço, ou seja, valor desembolsado pelo beneficiário da prestação; e

não o fato de o prestador do serviço utilizar parte do valor recebido pela prestação do serviço para pagar o ISSQN - Imposto

Sobre Serviços de Qualquer Natureza. Isso por uma razão muito simples: o consumidor (beneficiário do serviço) não é contribuinte

do ISSQN.

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4. O fato de constar em nota fiscal informação no sentido de que o valor com o qual arcará o destinatário do serviço compreende

quantia correspondente ao valor do ISSQN não torna o consumidor contribuinte desse tributo a ponto de se acolher a principal

alegação das recorrentes, qual seja, de que o ISSQN não constituiu receita porque, em tese, diz respeito apenas a uma importância

que não lhe pertence (e sim ao município competente), mas que transita em sua contabilidade sem representar, entretanto,

acréscimo patrimonial.

5. Admitir essa tese seria o mesmo que considerar o consumidor como sujeito passivo de direito do tributo (contribuinte de direito)

e a sociedade empresária, por sua vez, apenas uma simples espécie de "substituto tributário", cuja responsabilidade consistiria

unicamente em recolher aos cofres públicos a exação devida por terceiro, no caso o consumidor. Não é isso que se tem sob o ponto

de vista jurídico, pois o consumidor não é contribuinte (sujeito passivo de direito da relação jurídico-tributária).

6. O consumidor acaba suportando o valor do tributo em razão de uma política do sistema tributário nacional que permite a

repercussão do ônus tributário ao beneficiário do serviço, e não porque aquele (consumidor) figura no polo passivo da relação

jurídico-tributária como sujeito passivo de direito.

7. A hipótese dos autos não se confunde com aquela em que se tem a chamada responsabilidade tributária por substituição, em que

determinada entidade, por força de lei, figura no polo passivo de uma relação jurídico-tributária obrigacional, cuja prestação (o

dever) consiste em reter o tributo devido pelo substituído para, posteriormente, repassar a quantia correspondente aos cofres

públicos. Se fosse essa a hipótese (substituição tributária), é certo que a quantia recebida pelo contribuinte do PIS e da COFINS a

título de ISSQN não integraria o conceito de faturamento. No mesmo sentido se o ônus referente ao ISSQN não fosse transferido ao

consumidor do serviço. Nesse caso, não haveria dúvida de que o valor referente ao ISSQN não corresponderia a receita ou

faturamento, já que faticamente suportado pelo contribuinte de direito, qual seja, o prestador do serviço.

8. Inexistência, portanto, de ofensa aos arts. 109 e 110 do CTN, na medida em que a consideração do valor correspondente

ao ISSQN na base de cálculo do PIS e da COFINS não desnatura a definição de receita ou faturamento para fins de incidência de

referidas contribuições.

9. Recurso especial a que se nega provimento.

(REsp 1330737/SP, Rel. Ministro OG FERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/06/2015, DJe 14/04/2016)

Assim sendo, a exclusão da base de cálculo pretendida pela parte autora não é compatível com o regime jurídico
aplicável ao caso, motivo pelo qual a sua pretensão está fadada a insucesso.

V - DA COMPENSAÇÃO

Pela eventualidade, a União passa a analisar o pleito de compensação do suposto indébito referente aos pagamentos
efetivamente comprovados nos autos.

O regime jurídico da compensação tributária deve ser estabelecido em lei específica, observadas as normas
gerais do Código Tributário Nacional, nos termos do art. 170 deste diploma.

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O tratamento legal da compensação tributária federal sofreu diversas alterações, devendo o contribuinte
sujeitar-se, no caso de compensação pleiteada em juízo, ao regime jurídico vigente ao tempo do ajuizamento da ação.

Nesse sentido, o presente julgado:

“TRIBUTÁRIO – PIS – COMPENSAÇÃO COM TRIBUTOS DE ESPÉCIES DIVERSAS – PRECEDENTE


DA PRIMEIRA SEÇÃO NO REsp 720.966/ES.

1. A Primeira Seção, no julgamento do REsp 720.966/ES, concluiu que: a) houve evolução legislativa em
matéria de compensação de tributos (Leis 8.383/91, 9.430/96 e 10.637/2002);

b) na vigência da Lei 8.383/91, somente é possível a compensação de tributos e contribuições federais, inclusive
previdenciárias, vincendas e da mesma espécie, nos casos de pagamento indevido ou a maior;

c) com o advento da Lei 9.430/96, o legislador permitiu que a Secretaria da Receita Federal, atendendo a
requerimento do contribuinte, autorizasse a utilização de créditos a serem restituídos ou ressarcidos para a
quitação de quaisquer tributos e contribuições sob sua administração;

d) a Lei 10.637/02 (que deu nova redação ao art. 74 da Lei 9.430/96), possibilitou a compensação de créditos,
passíveis de restituição ou ressarcimento, com quaisquer tributos ou contribuições administrados pela Secretaria
da Receita Federal, independentemente de requerimento do contribuinte;

e) a compensação é regida pela lei vigente na data do ajuizamento da ação;

f) a ausência de prequestionamento constitui-se óbice incontornável, sendo possível ao STJ apreciar a demanda
apenas à luz da legislação examinada nas instâncias ordinárias.

2. Demanda ajuizada na vigência da Lei 9.430/96. Não restando abstraído, no acórdão do Tribunal de origem,
que o recorrido requereu administrativamente à Secretaria da Receita Federal a compensação com tributos de
espécies diversas, deve-se permitir a compensação do COFINS apenas com débitos do próprio COFINS.

3. Recurso especial não provido.

(REsp 1032715/SP, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 08.04.2008, DJ
22.04.2008 p. 1)”

No caso dos autos, o regime aplicável é o do art. 74 da Lei n. 9.430/96, com redação dada pela Lei n. 10637/02,
segundo a qual, “o sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo a tributo ou
contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de restituição ou ressarcimento, poderá utilizá-lo na
compensação de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão.”

Esta forma de compensação deve ser formalizada “mediante a entrega, pelo sujeito passivo, de declaração na
qual constarão informações relativas a créditos utilizados e aos respectivos débitos compensados”, conforme o § 1º do mesmo

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dispositivo legal.

Assim, a compensação não depende de autorização, mas depende sim de declaração de compensação, como
exige a lei.

Ademais, esta declaração de compensação deve estar sujeita ao procedimento da Instrução Normativa
regulamentar da compensação vigente à época do ajuizamento da ação, atualmente a Instrução Normativa RFB n.º1.717, de 17 de
junho de 2017, alterada pela Instrução Normativa RFB nº 1.080/2018.

Nem se cogite de suposta ilegalidade da Instrução Normativa pertinente, na medida em que a mesma se trata de
ato administrativo e, portanto, goza de imperatividade, exigibilidade e presunção de veracidade e legitimidade.

Ademais, o artigo 74, §4º da Lei nº 9.430/96 dá suporte de legalidade a ela ao dispor que “a Secretaria da
Receita Federal - SRF disciplinará o disposto neste artigo, inclusive quanto à fixação de critérios de prioridade para apreciação de
processos de restituição, de ressarcimento e de compensação”.

Com efeito, a Instrução em tela nada mais faz que estabelecer certos requisitos formais que possibilitem a
aplicação individual e concreta do art. 74 da Lei nº 9.430/96.

Nem poderia ser de outra forma, pois só assim se preserva o interesse público e os princípios da segurança
jurídica, isonomia e moralidade pública, evitando eventuais fraudes ou garantindo tratamento uniforme aos contribuintes.

Dessa forma, deve ser observada pela Impetrante, como o é por todos os contribuintes em sua mesma situação.

Não bastasse isso, também não há que se reconhecer o direito à compensação antes do trânsito em julgado da
ação que discute os créditos pleiteados.

Isso porque, nos termos do artigo 170–A do Código Tributário Nacional, ”é vedada a compensação mediante o
aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão
judicial.”

Na mesma esteira do Código Tributário Nacional, o artigo 74 da Lei nº 9.430/96, com redação dada pela Lei nº
10.637/02, não traz autorização para compensação com créditos reconhecidos por decisão judicial não transitada em julgado, mas
apenas “os judiciais com trânsito em julgado.”

Também, nesse sentido a Instrução Normativa SRF nº 1.1717/2017, que, na qualidade de norma complementar,
sem inovar na ordem positiva, e cumprindo seu papel de veicular as instruções necessárias ao cumprimento dos dispositivos de
hierarquia superior, no caso, o art. 170-A do Código Tributário Nacional e a Lei nº 9.430/96, deixou absolutamente expressa a já
implícita impossibilidade de o sujeito passivo utilizar, em declarações de compensação, créditos na situação supra descrita.

Entretanto, a realização de compensação que envolve contribuições de terceiros somente será possível para os
contribuintes que utilizam o eSocial, observadas as condições previstas no artigo 26-A da Lei n. 11.457/2007. Confira:

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“Art. 26-A. O disposto noart. 74da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996: (Incluído pela Lei nº 13.670, de
2018)

I - aplica-se à compensação das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º desta Lei efetuada pela sujeito

passivo que utilizar o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas
(eSocial), para apuração das referidas contribuições, observado o disposto no § 1º deste artigo; (Incluído pela
Lei nº 13.670, de 2018)

II - não se aplica à compensação das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º desta Lei efetuada pelas
demais sujeitos passivos; e (Incluído pela Lei nº 13.670, de 2018)

III - não se aplica ao regime unificado de pagamento de tributos, de contribuições e dos demais encargos do

empregador doméstico (Simples Doméstico). (Incluído pela Lei nº 13.670, de 2018)

§ 1º Não poderão ser objeto da compensação de que trata o inciso I do caput deste artigo: (Incluído pela Lei

nº 13.670, de 2018)

I - o débito das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º desta Lei: (Incluído pela Lei nº 13.670, de 2018)

a) relativo a período de apuração anterior à utilização do eSocial para a apuração das referidas contribuições;

e (Incluído pela Lei nº 13.670, de 2018)

b) relativo a período de apuração posterior à utilização do eSocial com crédito dos demais tributos

administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil concernente a período de apuração anterior à
utilização do eSocial para apuração das referidas contribuições; e (Incluído pela Lei nº 13.670, de 2018)

II - o débito dos demais tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil: (Incluído pela Lei
nº 13.670, de 2018)

a) relativo a período de apuração anterior à utilização do eSocial para apuração de tributos com crédito
concernente às contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º desta Lei; e (Incluído pela Lei nº 13.670, de 2018)

b) com crédito das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º desta Lei relativo a período de apuração

anterior à utilização do eSocial para apuração das referidas contribuições. (Incluído pela Lei nº 13.670, de
2018)

§ 2º A Secretaria da Receita Federal do Brasil disciplinará o disposto neste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.670,
de 2018)”

De outro giro, não existe autorização legal para a realização de compensação das contribuições de terceiros
pelos contribuintes que não utilizam o eSocial. A propósito, confira o que dispõe a INRFB nº 1.717/2017:

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Seção VII

Da Compensação de Contribuições Previdenciárias pelo Sujeito Passivo que Não Utilizar o eSocial para
Apuração das Contribuições

(Redação dada pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1810, de 13/06/2018)

Art. 87. É vedada a compensação, pelo sujeito passivo, das contribuições destinadas a outras entidades ou
fundos. [g.n.]

Art. 87-A. O disposto nesta Seção aplica-se somente à compensação de contribuições previdenciáriaspelo
sujeito passivo que não utilizar o eSocial para apuração das contribuições a que se referem os arts. 2º e 3º da

Lei nº 11.457, de 2007. (Incluído(a) pelo(a) Instrução Normativa RFB nº 1810, de 13 de junho de 2018) [g.n.]

Nesta toada, conclui-se que a compensação não é direito do contribuinte e deve atender às condições legais,
razão pela qual ou se cumpre as condições para a sua realização ou o contribuinte fica impedido de fazê-lo.

Assim, caso se entenda pela existência de indébito referente às exações demandadas, o que se admite apenas
para argumentar, este só poderá ser compensado na forma das disposições legais e regulamentares pertinentes.

Por fim, releva sublinhar que não pode ser determinada a incidência simultânea da taxa SELIC com qualquer
outro índice, uma vez que esta taxa comporta juros e um percentual referente à atualização monetária.

Assim, caso se entenda pela existência de indébito, o que se admite apenas para argumentar, este só poderá ser
compensado na forma das disposições legais e regulamentares pertinentes.

VI- DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer a União a suspensão do curso do processo até o trânsito em julgado do RE nº 574.706.
Subsidiariamente, requer que os pedidos do autor sejam julgados improcedentes, com a sua condenação ao pagamento de
honorários de sucumbência.

Nesses termos, pede deferimento.

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São Paulo/SP, 19 de fevereiro de 2021.

DANIEL SUAREZ CID

Procurador da Fazenda Nacional

1Art. 2º, § 5º, LC 73/1993- São membros da Advocacia-Geral da União: o Advogado-Geral da União, o Procurador-Geral da União, o Procurador-Geral da Fazenda
Nacional, o Consultor-Geral da União, o Corregedor-Geral da Advocacia da União, os Secretários-Gerais de Contencioso e de Consultoria, os Procuradores Regionais, os
Consultores da União, os Corregedores-Auxiliares, os Procuradores-Chefes, os Consultores Jurídicos, os Procuradores Seccionais, os Advogados da União, os
Procuradores da Fazenda Nacional e os Assistentes Jurídicos.

2Art. 183. (…) § 1oA intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico.

3Art. 231 Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo: (...) V - o dia útil seguinte à consulta ao teor da citação ou da intimação ou ao
término do prazo para que a consulta se dê, quando a citação ou a intimação for eletrônica.

4Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para todas as
suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação pessoal.

5Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão somente os dias úteis.

6Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do
o
pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. § 1 Concedida a tutela
antecipada a que se refere o caput deste artigo: (…) III - não havendo autocomposição, o prazo para contestação será contado na forma do art. 335.

7Art. 320. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.

8 Cf. Parecer PGFN/CRJ 569/2017, cujo teor, com as necessárias adaptações, é utilizado nesta preliminar

9EMENTA: CONSTITUCIONAL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CABIMENTO. MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO.

CONCESSÃO. EMBARGOS ACOLHIDOS. I – Conhecimento excepcional dos embargos de declaração em razão da ausência de outro instrumento processual para

suscitar a modulação dos efeitos da decisão após o julgamento pelo Plenário. II – Modulação dos efeitos da decisão que declarou a inconstitucionalidade da cobrança da

taxa de matrícula nas universidades públicas a partir da edição da Súmula Vinculante 12, ressalvado o direito daqueles que já haviam ajuizado ações com o mesmo

objeto jurídico. III – Embargos de declaração acolhidos. (RE 500171 ED, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Tribunal Pleno, julgado em 16/03/2011, DJe-106

DIVULG 02-06-2011 PUBLIC 03-06-2011 EMENT VOL-02536-02 PP-00220 RT v. 100, n. 912, 2011, p. 526-536).

10Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto

ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material. Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: I -

deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II -

incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.

Art. 489. São elementos essenciais da sentença: (…) § 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que: I -

se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida; II - empregar conceitos jurídicos

indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso; III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV - não enfrentar

todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; V - se limitar a invocar precedente ou enunciado

de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; VI - deixar de seguir enunciado

de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.

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11“Art. 2° A contribuição de que trata o artigo anterior será de dois por cento e incidirá sobre o faturamento mensal, assim considerado a receita bruta das vendas de
mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviço de qualquer natureza.

Parágrafo único. Não integra a receita de que trata este artigo, para efeito de determinação da base de cálculo da contribuição, o valor:

a) do imposto sobre produtos industrializados, quando destacado em separado no documento fiscal;

b) das vendas canceladas, das devolvidas e dos descontos a qualquer título concedidos incondicionalmente”.

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12Nesse assunto, segurança jurídica, especialmente em matéria fiscal, conferir, TORRES, Heleno Taveira, Direito Constitucional Tributário e Segurança Jurídica, São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.

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13O tema do precedente, no contexto da segurança jurídica, é analisado em série de ensaios, de autoria de renomados juristas, a exemplo de Neil MacCormick, Robert
Alexy, Ralf Dreier, Aulis Arnio, Michele Taruffo, Robert Summers, entre outros, em MACCORMICK, Neil e SUMMERS, Robert S. (ed.), Interpreting Precedents, a
Comparative Study, Aldershot: Ashgate, 1997.

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14É a impressão de MARINONI, Luiz Guilherme, Precedentes Obrigatórios, cit., p. 112.

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15Cf. GERHARDT, Michael J., The Power of Precedent, New York: Oxford University Press, 2008, pp. 177 e ss.

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16O conceito de distinguishing foi explorado por DUXBURY, Neil, The Nature and Authority of Precedent, Cambridge: Cambridge University Press, 2008, pp. 111 e ss.

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17O conceito de ratio decidendi foi explorado por CROSS, Rupert e por WARRIS, J. W., Precedent in English Law, Oxford: Clarendon Press, 2004, pp. 39 e ss.

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18A peça de embargos, acessível no SAJ, contém articulada e numeradamente todos os argumentos lançados, e que devem ser utilizados nas várias ações que
presentemente a PGFN enfrenta.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA FEDERAL CÍVEL DA 1ª SUBSEÇÃO
JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO

Processo nº 5024628-78.2020.4.03.6100

Autor:UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA.

Réu:UNIÃO FEDERAL (FAZENDA NACIONAL)

A União, pessoa jurídica de direito público interno, neste ato presentada pelo membro da Advocacia-Geral da União
signatário1, nos autos do processo em epígrafe, vem perante Vossa Excelência, sem prejuízo de eventual interposição de apelação
no momento oportuno, declarar ciência acerca da decisão de id 45155764, deixando de interpor agravo de instrumento com
fundamento no disposto no art. 2º, inc. XI, da Portaria PGFN 502/20162.

São Paulo/SP, 19 de fevereiro de 2021.

DANIEL SUAREZ CID

Procurador da Fazenda Nacional

1Art.2º, §5º, LC 73/1993 - São membros da Advocacia-Geral da União: o Advogado-Geral da União, o Procurador-Geral da União, o Procurador-Geral da Fazenda
Nacional, o Consultor-Geral da União, o Corregedor-Geral da Advocacia da União, os Secretários-Gerais de Contencioso e de Consultoria, os Procuradores Regionais, os
Consultores da União, os Corregedores-Auxiliares, os Procuradores-Chefes, os Consultores Jurídicos, os Procuradores Seccionais, os Advogados da União, os
Procuradores da Fazenda Nacional e os Assistentes Jurídicos.

2Art. 2º. Sem prejuízo do disposto no artigo precedente, fica dispensada a apresentação de contestação, oferecimento de contrarrazões, interposição de recursos, bem
como recomendada a desistência dos já interpostos, nas seguintes hipóteses: (…) XI – quando se tratar de decisão interlocutória: a) que, embora se amolde a uma das
hipóteses de cabimento de agravo (artigo 1.015 do novo CPC), verse sobre questão não preclusiva, ou cujo interesse recursal se mostre prejudicado diante das
circunstâncias fáticas;

Assinado eletronicamente por: DANIEL SUAREZ CID DA SILVA - 19/02/2021 16:35:24 Num. 251482242 - Pág. 1
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Número do documento: 21021916352400000000249963476
Assinado eletronicamente por: DANIEL SUAREZ CID DA SILVA - 19/02/2021 16:35:24 Num. 251482242 - Pág. 2
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Número do documento: 21021916352400000000249963476
PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100 / 1ª Vara Cível Federal de São Paulo
AUTOR: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) AUTOR: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287
REU: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

DECISÃO

UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA LTDA., devidamente


qualificada na inicial, propôs a presente ação de procedimento comum, com pedido de tutela evidência,
em face da UNIÃO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL, objetivando provimento jurisdicional que
determine a exclusão do ISS da base de cálculo PIS e COFINS, nos recolhimentos procedidos pela autora.

Alega que, no exercício de suas atividades, está sujeita ao recolhimento de diversos


tributos, entre eles o pagamento da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social — COFINS
e do Programa de Integração Social - PIS, incidentes sobre o faturamento, nos termos do artigo 195 da
Constituição Federal.

Informa que a ré vem exigindo o recolhimento do PIS e da COFINS com a inclusão do


ISS na base de cálculo, majorando significativamente a carga tributária da autora, cuja prática é
inconstitucional.

A inicial veio instruída de documentos.

Intimada a regularizar o feito, a autora requereu a emenda à inicial, para atribuir o valor
da causa para R$ 664.758,86 (seiscentos e sessenta e quatro mil, setecentos e cinquenta e oito reais e
oitenta e seis centavos) (ID 44183931), bem como comprovou o recolhimento de custas processuais (ID
44183935).

Vieram os autos conclusos.

É o relatório.

Assinado eletronicamente por: PAULO CEZAR DURAN - 08/02/2021 20:50:13 Num. 251482241 - Pág. 1
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Número do documento: 21020822301200000000249963475
Decido.

Recebo a petição de ID 44183931 como emenda à inicial, para fixar o valor da causa
para R$ 664.758,86 (seiscentos e sessenta e quatro mil, setecentos e cinquenta e oito reais e oitenta e seis
centavos).

Para a concessão de tutela de evidência, observa-se o artigo 311, do Código de Processo


Civil, o que se verifica no caso em tela.

Pois bem, dispõem a alínea “b”, do inciso I, do artigo 195, da Constituição Federal:

“Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes


sobre:

(...)

b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

(grifo nosso)

Nesse sentido, dispõem os artigos 1º e 3º da Lei Complementar n.º 07/1970:

“Art. 1.º - É instituído, na forma prevista nesta Lei, o Programa de Integração Social,
destinado a promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das
empresas.

§ 1º - Para os fins desta Lei, entende-se por empresa a pessoa jurídica, nos termos da
legislação do Imposto de Renda, e por empregado todo aquele assim definido pela
Legislação Trabalhista.

§ 2º - A participação dos trabalhadores avulsos, assim definidos os que prestam serviços a


diversas empresas, sem relação empregatícia, no Programa de Integração Social, far-se-á
nos termos do Regulamento a ser baixado, de acordo com o art. 11 desta Lei.

(...)

Art. 3º - O Fundo de Participação será constituído por duas parcelas:

a) a primeira, mediante dedução do Imposto de Renda devido, na forma estabelecida no §


1º deste artigo, processando-se o seu recolhimento ao Fundo juntamente com o pagamento
do Imposto de Renda;

Assinado eletronicamente por: PAULO CEZAR DURAN - 08/02/2021 20:50:13 Num. 251482241 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21020822301200000000249963475
Número do documento: 21020822301200000000249963475
b) a segunda, com recursos próprios da empresa, calculados com base no faturamento,
como segue:”

(grifos nossos)

Ademais, dispõem os artigos 2º, 3º e 8º da Lei n.º 9.715/98:

“Art. 2º A contribuição para o PIS/PASEP será apurada mensalmente:

I - pelas pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação
do imposto de renda, inclusive as empresas públicas e as sociedades de economia mista e
suas subsidiárias, com base no faturamento do mês;

(...)

Art. 3º Para os efeitos do inciso I do artigo anterior considera-se faturamento a receita


bruta, como definida pela legislação do imposto de renda, proveniente da venda de bens
nas operações de conta própria, do preço dos serviços prestados e do resultado auferido
nas operações de conta alheia.

(...)

Art. 8º A contribuição será calculada mediante a aplicação, conforme o caso, das


seguintes alíquotas:

I - zero vírgula sessenta e cinco por cento sobre o faturamento;

(grifos nossos)

Por sua vez, estabelecem os artigos 1º e 2º da Lei Complementar n.º 70/91:

“Art. 1° Sem prejuízo da cobrança das contribuições para o Programa de Integração


Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep),
fica instituída contribuição social para financiamento da Seguridade Social, nos termos do
inciso I do art. 195 da Constituição Federal, devida pelas pessoas jurídicas inclusive as a
elas equiparadas pela legislação do imposto de renda, destinadas exclusivamente às
despesas com atividades-fins das áreas de saúde, previdência e assistência social.

Art. 2° A contribuição de que trata o artigo anterior será de dois por cento e incidirá
sobre o faturamento mensal, assim considerado a receita bruta das vendas de
mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviço de qualquer natureza.”

(grifos nossos)

E, ainda, dispõem os artigos 2º e 3º e o artigo 8º, todos da Lei n.º 9.718/98:

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Número do documento: 21020822301200000000249963475
“Art. 2° As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas jurídicas
de direito privado, serão calculadas com base no seu faturamento, observadas a legislação
vigente e as alterações introduzidas por esta Lei.

Art. 3º O faturamento a que se refere o art. 2º compreende a receita bruta de que trata o
art. 12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977.

(...)

Art. 8° Fica elevada para três por cento a alíquota da COFINS.”

(grifos nossos)

Conforme se depreende de toda a legislação supracitada, tanto a Lei n.º 9.715/98 quanto a
Lei n.º 9.718/98 dispõem que as contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS serão calculadas com base
no faturamento.

Inicialmente, o parágrafo 1º do artigo 3º da Lei n.º 9.718/98 estatuía que o faturamento


corresponderia à receita bruta da pessoa jurídica, assim entendida a totalidade das receitas auferidas pela
pessoa jurídica, entretanto, o C. Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Extraordinário n.º
346.084 assentou que:

“CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE - ARTIGO 3º, § 1º, DA LEI Nº 9.718, DE


27 DE NOVEMBRO DE 1998 - EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15 DE
DEZEMBRO DE 1998.

O sistema jurídico brasileiro não contempla a figura da constitucionalidade superveniente.

TRIBUTÁRIO - INSTITUTOS - EXPRESSÕES E VOCÁBULOS - SENTIDO.

A norma pedagógica do artigo 110 do Código Tributário Nacional ressalta a


impossibilidade de a lei tributária alterar a definição, o conteúdo e o alcance de
consagrados institutos, conceitos e formas de direito privado utilizados expressa ou
implicitamente. Sobrepõe-se ao aspecto formal o princípio da realidade, considerados os
elementos tributários.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PIS - RECEITA BRUTA - NOÇÃO -


INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ARTIGO 3º DA LEI Nº 9.718/98.

A jurisprudência do Supremo, ante a redação do artigo 195 da Carta Federal anterior à


Emenda Constitucional nº 20/98, consolidou-se no sentido de tomar as expressões receita
bruta e faturamento como sinônimas, jungindo-as à venda de mercadorias, de serviços ou
de mercadorias e serviços. É inconstitucional o § 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98, no que
ampliou o conceito de receita bruta para envolver a totalidade das receitas auferidas por
pessoas jurídicas, independentemente da atividade por elas desenvolvida e da
classificação contábil adotada.”

(STF, Tribunal Pleno, RE nº 346.084/PR, Rel. Min. Ilmar Galvão, Rel. p/ Acórdão. Min.
Marco Aurélio, j. 09/11/2005, DJ. 01/09/2006, p. 19).

(grifos nossos)

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https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21020822301200000000249963475
Número do documento: 21020822301200000000249963475
Assim, seguindo a orientação firmada no julgamento do RE n.º 346.084, o faturamento
deve se circunscrever à receita bruta de venda de mercadoria e de prestação de serviços, conforme
conceito exposto na Lei Complementar n.º 70/91.

Ocorre, entretanto, que a lei tributária não é veículo hábil para a conceituação jurídica dos
termos “faturamento” e “receita bruta”, devendo prevalecer o conceito constitucional, conforme estatuído
pelo artigo 110 do Código Tributário Nacional, verbis:

Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos,
conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela
Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis orgânicas do Distrito
Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.

(grifos nossos)

Ao declarar que a lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de
institutos, conceitos e formas de direito privado, estatui o artigo 110 do CTN, de forma peremptória, que a
lei utilizará os termos, as expressões, com o alcance e significação tais quais são utilizados na pratica
financeira e contábil, com o escopo de possibilitar a correta interpretação dos institutos jurídicos pelas
empresas e profissionais das áreas alcançadas.

Assim, tanto a alínea “b” do artigo 3º da Lei Complementar n.º 07/70 que institui a
contribuição ao Programa de Integração Social – PIS, quanto o artigo 2º da Lei Complementar n.º 70/91,
que instituiu contribuição para financiamento da Seguridade Social – COFINS, acima transcritos, são
específicos quanto ao alcance da incidência da contribuição ao PIS e da COFINS, estatuindo que elas
incidirão sobre o faturamento mensal, assim, considerada a receita bruta obtida com a venda de
mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza, deixando claro que
faturamento mensal é sinônimo de receita bruta.

Portanto, na locução faturamento, indicada tanto na norma constitucional quanto na lei


complementar, não estão compreendidos os tributos, não sendo possível considerar o montante relativo ao
ICMS, devido nas operações de venda de bens e mercadorias, para fins de incidência das contribuições
em foco.

E, nesse mesmo sentido, foi fixada pelo C. Supremo Tribunal Federal, em sede de
repercussão geral, por meio do julgamento do Recurso Extraordinário n.º 574.706/PR, a tese de que “O
ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do PIS e da Cofins” e cuja ementa é a seguinte:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL. EXCLUSÃO DO ICMS


NA BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS. DEFINIÇÃO DE FATURAMENTO.
APURAÇÃO ESCRITURAL DO ICMS E REGIME DE NÃO CUMULATIVIDADE.
RECURSO PROVIDO.

1. Inviável a apuração do ICMS tomando-se cada mercadoria ou serviço e a


correspondente cadeia, adota-se o sistema de apuração contábil. O montante de ICMS a
recolher é apurado mês a mês, considerando-se o total de créditos decorrentes de
aquisições e o total de débitos gerados nas saídas de mercadorias ou serviços: análise
contábil ou escritural do ICMS.

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2. A análise jurídica do princípio da não cumulatividade aplicado ao ICMS há de atentar
ao disposto no art. 155, § 2º, inc. I, da Constituição da República, cumprindo-se o
princípio da não cumulatividade a cada operação.

3. O regime da não cumulatividade impõe concluir, conquanto se tenha a escrituração da


parcela ainda a se compensar do ICMS, não se incluir todo ele na definição de
faturamento aproveitado por este Supremo Tribunal Federal. O ICMS não compõe a base
de cálculo para incidência do PIS e da COFINS.

3. Se o art. 3º, § 2º, inc. I, in fine, da Lei n. 9.718/1998 excluiu da base de cálculo daquelas
contribuições sociais o ICMS transferido integralmente para os Estados, deve ser
enfatizado que não há como se excluir a transferência parcial decorrente do regime de não
cumulatividade em determinado momento da dinâmica das operações.

4. Recurso provido para excluir o ICMS da base de cálculo da contribuição ao PIS e da


COFINS.”

(STF, Tribunal Pleno, RE nº 574.706/PR, Repercussão Geral - Mérito, Rel. Min. Cármen
Lúcia, j. 15/03/2017, DJ. 29/09/2017).

(grifos nossos)

O mesmo entendimento é adotado para o ISS, que tampouco deverá compor as bases de
cálculo dos referidos tributos. No mesmo sentido é o posicionamento do E. Tribunal Regional Federal da
3ª Região:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. SOBRESTAMENTO DO FEITO.


DESCABIMENTO. EXCLUSÃO DO ICMS e ISS DA BASE DE CÁLCULO DO
PIS/COFINS. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO
DESPROVIDO.

- Inicialmente, destaque-se que, para a aplicação do entendimento sedimentado no


acórdão proferido no RE n.º 574.706, afigura-se suficiente a publicação da respectiva ata
de julgamento, o que ocorreu em 20/03/2017 (DJe n.º 53), conforme previsão expressa do
artigo 1.035, § 11, do CPC. (...)

- No mérito, a decisão recorrida, nos termos do artigo 932, inciso V, alínea "b", do CPC
deu parcial provimento ao apelo da União, para reformar a sentença e julgar
parcialmente procedente o pedido, para declarar o direito de a recorrente efetuar o
recolhimento das contribuições ao PIS/COFINS com a exclusão do ICMS e do ISS de suas
bases de cálculo, bem como de compensação do quantum pago a maior, apenas no período
comprovado nos autos. Foi considerada para tanto a jurisprudência da Corte Suprema no
sentido do reconhecimento de que o ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência
do PIS e da Cofins (RE n.º 574.706, com repercussão geral). Entendimento aplicável ao
ISS. Nesse contexto, não há se falar em permanência da validade da inclusão discutida
(Leis n.º 10.637/02 e n.º 10.833/03) e afasta-se, também, a argumentação de que não há
inconstitucionalidade no fato de o valor de um tributo fazer parte da base de cálculo do
mesmo tributo ou de outro, haja vista o entendimento firmado no julgamento mencionado,
o qual esgotou a matéria e fundamenta o decisum ora agravado.

(...)

Assinado eletronicamente por: PAULO CEZAR DURAN - 08/02/2021 20:50:13 Num. 251482241 - Pág. 6
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Número do documento: 21020822301200000000249963475
- Outrossim, embora o julgamento do RE n.º 574.706 não tenha abrangido o ISS, como
argumentado, destaque-se que no caso afigura-se plenamente cabível a aplicação do
raciocínio utilizado no julgamento do citado paradigma à situação concreta apresentada.

- Destarte, inalterada a situação fática e devidamente enfrentadas as questões


controvertidas e os argumentos deduzidos, naquilo que relevantes para a solução das
questões controvertidas, justifica-se a manutenção da decisão recorrida.

- Agravo interno desprovido.”

(AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº 0008586-82.2015.4.03.6110/SP, TRF 3ª


Região, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal ANDRE NABARRETE, DJF
27/02/2019).

(grifos nossos)

Assim, verifica-se indevida a inclusão do ISS na base de cálculo do PIS e da COFINS,


presente, portanto, o direito ora pleiteado.

Ante o exposto, DEFIRO O PEDIDO DE EVIDÊNCIA, para determinar que a ré se


abstenha de exigir, quando da apuração da base de cálculo para recolhimento da contribuição ao
Programa de Integração Social - PIS e da Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social
- COFINS, o valor correspondente ao ISS.

Cite-se a ré.

Intimem-se.

São Paulo, data registrada no sistema.

PAULO CEZAR DURAN


JUIZ FEDERAL

Assinado eletronicamente por: PAULO CEZAR DURAN - 08/02/2021 20:50:13 Num. 251482241 - Pág. 7
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Número do documento: 21020822301200000000249963475
PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100 / 1ª Vara Cível Federal de São Paulo
AUTOR: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) AUTOR: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287
REU: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

DECISÃO

UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMÁTICA LTDA., devidamente


qualificada na inicial, propôs a presente ação de procedimento comum, com pedido de tutela evidência,
em face da UNIÃO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL, objetivando provimento jurisdicional que
determine a exclusão do ISS da base de cálculo PIS e COFINS, nos recolhimentos procedidos pela autora.

Alega que, no exercício de suas atividades, está sujeita ao recolhimento de diversos


tributos, entre eles o pagamento da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social — COFINS
e do Programa de Integração Social - PIS, incidentes sobre o faturamento, nos termos do artigo 195 da
Constituição Federal.

Informa que a ré vem exigindo o recolhimento do PIS e da COFINS com a inclusão do


ISS na base de cálculo, majorando significativamente a carga tributária da autora, cuja prática é
inconstitucional.

A inicial veio instruída de documentos.

Intimada a regularizar o feito, a autora requereu a emenda à inicial, para atribuir o valor
da causa para R$ 664.758,86 (seiscentos e sessenta e quatro mil, setecentos e cinquenta e oito reais e
oitenta e seis centavos) (ID 44183931), bem como comprovou o recolhimento de custas processuais (ID
44183935).

Vieram os autos conclusos.

É o relatório.

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Decido.

Recebo a petição de ID 44183931 como emenda à inicial, para fixar o valor da causa
para R$ 664.758,86 (seiscentos e sessenta e quatro mil, setecentos e cinquenta e oito reais e oitenta e seis
centavos).

Para a concessão de tutela de evidência, observa-se o artigo 311, do Código de Processo


Civil, o que se verifica no caso em tela.

Pois bem, dispõem a alínea “b”, do inciso I, do artigo 195, da Constituição Federal:

“Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes


sobre:

(...)

b) a receita ou o faturamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

(grifo nosso)

Nesse sentido, dispõem os artigos 1º e 3º da Lei Complementar n.º 07/1970:

“Art. 1.º - É instituído, na forma prevista nesta Lei, o Programa de Integração Social,
destinado a promover a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das
empresas.

§ 1º - Para os fins desta Lei, entende-se por empresa a pessoa jurídica, nos termos da
legislação do Imposto de Renda, e por empregado todo aquele assim definido pela
Legislação Trabalhista.

§ 2º - A participação dos trabalhadores avulsos, assim definidos os que prestam serviços a


diversas empresas, sem relação empregatícia, no Programa de Integração Social, far-se-á
nos termos do Regulamento a ser baixado, de acordo com o art. 11 desta Lei.

(...)

Art. 3º - O Fundo de Participação será constituído por duas parcelas:

a) a primeira, mediante dedução do Imposto de Renda devido, na forma estabelecida no §


1º deste artigo, processando-se o seu recolhimento ao Fundo juntamente com o pagamento
do Imposto de Renda;

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b) a segunda, com recursos próprios da empresa, calculados com base no faturamento,
como segue:”

(grifos nossos)

Ademais, dispõem os artigos 2º, 3º e 8º da Lei n.º 9.715/98:

“Art. 2º A contribuição para o PIS/PASEP será apurada mensalmente:

I - pelas pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são equiparadas pela legislação
do imposto de renda, inclusive as empresas públicas e as sociedades de economia mista e
suas subsidiárias, com base no faturamento do mês;

(...)

Art. 3º Para os efeitos do inciso I do artigo anterior considera-se faturamento a receita


bruta, como definida pela legislação do imposto de renda, proveniente da venda de bens
nas operações de conta própria, do preço dos serviços prestados e do resultado auferido
nas operações de conta alheia.

(...)

Art. 8º A contribuição será calculada mediante a aplicação, conforme o caso, das


seguintes alíquotas:

I - zero vírgula sessenta e cinco por cento sobre o faturamento;

(grifos nossos)

Por sua vez, estabelecem os artigos 1º e 2º da Lei Complementar n.º 70/91:

“Art. 1° Sem prejuízo da cobrança das contribuições para o Programa de Integração


Social (PIS) e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep),
fica instituída contribuição social para financiamento da Seguridade Social, nos termos do
inciso I do art. 195 da Constituição Federal, devida pelas pessoas jurídicas inclusive as a
elas equiparadas pela legislação do imposto de renda, destinadas exclusivamente às
despesas com atividades-fins das áreas de saúde, previdência e assistência social.

Art. 2° A contribuição de que trata o artigo anterior será de dois por cento e incidirá
sobre o faturamento mensal, assim considerado a receita bruta das vendas de
mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviço de qualquer natureza.”

(grifos nossos)

E, ainda, dispõem os artigos 2º e 3º e o artigo 8º, todos da Lei n.º 9.718/98:

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“Art. 2° As contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS, devidas pelas pessoas jurídicas
de direito privado, serão calculadas com base no seu faturamento, observadas a legislação
vigente e as alterações introduzidas por esta Lei.

Art. 3º O faturamento a que se refere o art. 2º compreende a receita bruta de que trata o
art. 12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977.

(...)

Art. 8° Fica elevada para três por cento a alíquota da COFINS.”

(grifos nossos)

Conforme se depreende de toda a legislação supracitada, tanto a Lei n.º 9.715/98 quanto a
Lei n.º 9.718/98 dispõem que as contribuições para o PIS/PASEP e a COFINS serão calculadas com base
no faturamento.

Inicialmente, o parágrafo 1º do artigo 3º da Lei n.º 9.718/98 estatuía que o faturamento


corresponderia à receita bruta da pessoa jurídica, assim entendida a totalidade das receitas auferidas pela
pessoa jurídica, entretanto, o C. Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Extraordinário n.º
346.084 assentou que:

“CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE - ARTIGO 3º, § 1º, DA LEI Nº 9.718, DE


27 DE NOVEMBRO DE 1998 - EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15 DE
DEZEMBRO DE 1998.

O sistema jurídico brasileiro não contempla a figura da constitucionalidade superveniente.

TRIBUTÁRIO - INSTITUTOS - EXPRESSÕES E VOCÁBULOS - SENTIDO.

A norma pedagógica do artigo 110 do Código Tributário Nacional ressalta a


impossibilidade de a lei tributária alterar a definição, o conteúdo e o alcance de
consagrados institutos, conceitos e formas de direito privado utilizados expressa ou
implicitamente. Sobrepõe-se ao aspecto formal o princípio da realidade, considerados os
elementos tributários.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PIS - RECEITA BRUTA - NOÇÃO -


INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ARTIGO 3º DA LEI Nº 9.718/98.

A jurisprudência do Supremo, ante a redação do artigo 195 da Carta Federal anterior à


Emenda Constitucional nº 20/98, consolidou-se no sentido de tomar as expressões receita
bruta e faturamento como sinônimas, jungindo-as à venda de mercadorias, de serviços ou
de mercadorias e serviços. É inconstitucional o § 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98, no que
ampliou o conceito de receita bruta para envolver a totalidade das receitas auferidas por
pessoas jurídicas, independentemente da atividade por elas desenvolvida e da
classificação contábil adotada.”

(STF, Tribunal Pleno, RE nº 346.084/PR, Rel. Min. Ilmar Galvão, Rel. p/ Acórdão. Min.
Marco Aurélio, j. 09/11/2005, DJ. 01/09/2006, p. 19).

(grifos nossos)

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Assim, seguindo a orientação firmada no julgamento do RE n.º 346.084, o faturamento
deve se circunscrever à receita bruta de venda de mercadoria e de prestação de serviços, conforme
conceito exposto na Lei Complementar n.º 70/91.

Ocorre, entretanto, que a lei tributária não é veículo hábil para a conceituação jurídica dos
termos “faturamento” e “receita bruta”, devendo prevalecer o conceito constitucional, conforme estatuído
pelo artigo 110 do Código Tributário Nacional, verbis:

Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos,
conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela
Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis orgânicas do Distrito
Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias.

(grifos nossos)

Ao declarar que a lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de
institutos, conceitos e formas de direito privado, estatui o artigo 110 do CTN, de forma peremptória, que a
lei utilizará os termos, as expressões, com o alcance e significação tais quais são utilizados na pratica
financeira e contábil, com o escopo de possibilitar a correta interpretação dos institutos jurídicos pelas
empresas e profissionais das áreas alcançadas.

Assim, tanto a alínea “b” do artigo 3º da Lei Complementar n.º 07/70 que institui a
contribuição ao Programa de Integração Social – PIS, quanto o artigo 2º da Lei Complementar n.º 70/91,
que instituiu contribuição para financiamento da Seguridade Social – COFINS, acima transcritos, são
específicos quanto ao alcance da incidência da contribuição ao PIS e da COFINS, estatuindo que elas
incidirão sobre o faturamento mensal, assim, considerada a receita bruta obtida com a venda de
mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza, deixando claro que
faturamento mensal é sinônimo de receita bruta.

Portanto, na locução faturamento, indicada tanto na norma constitucional quanto na lei


complementar, não estão compreendidos os tributos, não sendo possível considerar o montante relativo ao
ICMS, devido nas operações de venda de bens e mercadorias, para fins de incidência das contribuições
em foco.

E, nesse mesmo sentido, foi fixada pelo C. Supremo Tribunal Federal, em sede de
repercussão geral, por meio do julgamento do Recurso Extraordinário n.º 574.706/PR, a tese de que “O
ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do PIS e da Cofins” e cuja ementa é a seguinte:

“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM REPERCUSSÃO GERAL. EXCLUSÃO DO ICMS


NA BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS. DEFINIÇÃO DE FATURAMENTO.
APURAÇÃO ESCRITURAL DO ICMS E REGIME DE NÃO CUMULATIVIDADE.
RECURSO PROVIDO.

1. Inviável a apuração do ICMS tomando-se cada mercadoria ou serviço e a


correspondente cadeia, adota-se o sistema de apuração contábil. O montante de ICMS a
recolher é apurado mês a mês, considerando-se o total de créditos decorrentes de
aquisições e o total de débitos gerados nas saídas de mercadorias ou serviços: análise
contábil ou escritural do ICMS.

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2. A análise jurídica do princípio da não cumulatividade aplicado ao ICMS há de atentar
ao disposto no art. 155, § 2º, inc. I, da Constituição da República, cumprindo-se o
princípio da não cumulatividade a cada operação.

3. O regime da não cumulatividade impõe concluir, conquanto se tenha a escrituração da


parcela ainda a se compensar do ICMS, não se incluir todo ele na definição de
faturamento aproveitado por este Supremo Tribunal Federal. O ICMS não compõe a base
de cálculo para incidência do PIS e da COFINS.

3. Se o art. 3º, § 2º, inc. I, in fine, da Lei n. 9.718/1998 excluiu da base de cálculo daquelas
contribuições sociais o ICMS transferido integralmente para os Estados, deve ser
enfatizado que não há como se excluir a transferência parcial decorrente do regime de não
cumulatividade em determinado momento da dinâmica das operações.

4. Recurso provido para excluir o ICMS da base de cálculo da contribuição ao PIS e da


COFINS.”

(STF, Tribunal Pleno, RE nº 574.706/PR, Repercussão Geral - Mérito, Rel. Min. Cármen
Lúcia, j. 15/03/2017, DJ. 29/09/2017).

(grifos nossos)

O mesmo entendimento é adotado para o ISS, que tampouco deverá compor as bases de
cálculo dos referidos tributos. No mesmo sentido é o posicionamento do E. Tribunal Regional Federal da
3ª Região:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO. SOBRESTAMENTO DO FEITO.


DESCABIMENTO. EXCLUSÃO DO ICMS e ISS DA BASE DE CÁLCULO DO
PIS/COFINS. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. IMPOSSIBILIDADE. RECURSO
DESPROVIDO.

- Inicialmente, destaque-se que, para a aplicação do entendimento sedimentado no


acórdão proferido no RE n.º 574.706, afigura-se suficiente a publicação da respectiva ata
de julgamento, o que ocorreu em 20/03/2017 (DJe n.º 53), conforme previsão expressa do
artigo 1.035, § 11, do CPC. (...)

- No mérito, a decisão recorrida, nos termos do artigo 932, inciso V, alínea "b", do CPC
deu parcial provimento ao apelo da União, para reformar a sentença e julgar
parcialmente procedente o pedido, para declarar o direito de a recorrente efetuar o
recolhimento das contribuições ao PIS/COFINS com a exclusão do ICMS e do ISS de suas
bases de cálculo, bem como de compensação do quantum pago a maior, apenas no período
comprovado nos autos. Foi considerada para tanto a jurisprudência da Corte Suprema no
sentido do reconhecimento de que o ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência
do PIS e da Cofins (RE n.º 574.706, com repercussão geral). Entendimento aplicável ao
ISS. Nesse contexto, não há se falar em permanência da validade da inclusão discutida
(Leis n.º 10.637/02 e n.º 10.833/03) e afasta-se, também, a argumentação de que não há
inconstitucionalidade no fato de o valor de um tributo fazer parte da base de cálculo do
mesmo tributo ou de outro, haja vista o entendimento firmado no julgamento mencionado,
o qual esgotou a matéria e fundamenta o decisum ora agravado.

(...)

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- Outrossim, embora o julgamento do RE n.º 574.706 não tenha abrangido o ISS, como
argumentado, destaque-se que no caso afigura-se plenamente cabível a aplicação do
raciocínio utilizado no julgamento do citado paradigma à situação concreta apresentada.

- Destarte, inalterada a situação fática e devidamente enfrentadas as questões


controvertidas e os argumentos deduzidos, naquilo que relevantes para a solução das
questões controvertidas, justifica-se a manutenção da decisão recorrida.

- Agravo interno desprovido.”

(AGRAVO INTERNO EM APELAÇÃO CÍVEL Nº 0008586-82.2015.4.03.6110/SP, TRF 3ª


Região, Quarta Turma, Relator Desembargador Federal ANDRE NABARRETE, DJF
27/02/2019).

(grifos nossos)

Assim, verifica-se indevida a inclusão do ISS na base de cálculo do PIS e da COFINS,


presente, portanto, o direito ora pleiteado.

Ante o exposto, DEFIRO O PEDIDO DE EVIDÊNCIA, para determinar que a ré se


abstenha de exigir, quando da apuração da base de cálculo para recolhimento da contribuição ao
Programa de Integração Social - PIS e da Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social
- COFINS, o valor correspondente ao ISS.

Cite-se a ré.

Intimem-se.

São Paulo, data registrada no sistema.

PAULO CEZAR DURAN


JUIZ FEDERAL

Assinado eletronicamente por: PAULO CEZAR DURAN - 08/02/2021 20:50:13 Num. 251482240 - Pág. 7
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Número do documento: 21020820501300000000249963474
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA 1ª VARA CÍVEL
-SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO - SP

PROCESSO Nº 5024628-78.2020.4.03.6100

PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL

UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA, qualificada nos autos do


Processo em epígrafe que move em face da UNIÃO FEDERAL - FAZENDA
NACIONAL, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, em cumprimento ao
despacho exarado por este r. Juízo, com fulcro no Art. 321 do Código de Processo Civil de
2015 apresentar EMENDA À INICIAL pelos motivos a seguir expostos.

Em linhas gerais, no presente caso, pleiteia-se nesta ação a declaração de


inconstitucionalidade da inclusão do ISS na base de cálculo da COFINS E PIS; por
conseguinte a repetição do indébito e/ou a compensação do crédito relativo ao pagamento
indevido do PIS e COFINS, ante a indevida inclusão do ISS na base de cálculo, se deferida
a tutela de evidência perseguida.

DO OBJETO DA EMENDA

• Atribuição à causa do valor compatível com o beneficio econômico pretendido


• Justiça Gratuita

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Número do documento: 21011621283400000000249963469
Assim em atenção ao despacho que determinaram estas regularizações faz-se necessária a
presente Emenda à Inicial para fins de:

• Alterar o valor da causa para: R$ 664.758,86, conforme cálculos juntados,


considerando que este montante corresponde ao benefício pecuniário pretendido com o
deferimento da ação, nos termos do artigo 292 do CPC de 2015.

• Ante a majoração do valor dado a causa desiste do deferimento da pretensão da


Gratuidade da Justiça; junta a GRU no valor de R$ 957,69 emitida conforme cálculo de
custas elaborado no site deste Tribunal, que será recolhida e juntada aos autos.

REQUERIMENTOS

a) Posto isso, REQUER o recebimento da presente emenda para fins de prosseguimento do


feito.

b) Ante o cumprimento da adequação determinada por este Juízo se reitera o requerimento


da concessão da tutela de evidência pleiteada, pois preenchidos os dois pressupostos
legais, contidos no artigo 300 do Código de Processo Civil: de um lado, a probabilidade do
direito e, de outro, o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.

Observa-se, quanto a esse último requisito, que, com o advento da nova figura da tutela de
evidência introduzida pelo novo Código de Processo Civil (art. 311, II, CPC), a análise da
existência de perigo de dano ou de risco ao resultado útil é dispensada nos casos em que o
pedido esteja amparado por tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou
súmula vinculante. (g.n)

No caso, data vênia, resta presente os requisitos autorizadores para a concessão da tutela
provisória pretendida na inicial.

O fulcro do pedido de concessão de tutela provisória se cinge em analisar se a inclusão do


ISS na base de cálculo do PIS e da COFINS ressente-se de vícios a ensejar a tutela, como
narrado na exordial.

Registre-se que o E. Supremo Tribunal Federal, no dia 15.03.2017, nos autos do Recurso
Extraordinário nº 574.706/PR, ao qual foi reconhecida repercussão geral, decidiu por
maioria de votos, dar provimento ao recurso para fixar a tese:

“O ICMS não compõe a base de cálculo para a incidência do PIS e da COFINS”.

Na decisão acima aludida, cujo acórdão foi publicado no Diário Oficial de 02.10.2017,
prevaleceu o voto da relatora, Ministra Cármen Lúcia, no sentido de que “a arrecadação
do ICMS não se enquadra entre as fontes de financiamento da seguridade social

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Número do documento: 21011621283400000000249963469
previstas nas Constituição, pois não representa faturamento ou receita,
representando apenas ingresso de caixa ou trânsito contábil a ser totalmente
repassado ao fisco estadual.” (g.n.)

Embora referido julgado restrinja-se ao ICMS, e que a inclusão do ISS na base de cálculo
da contribuição ao PIS e da COFINS seja objeto do Recurso Extraordinário nº 592.616/RS,
é certo que mesma argumentação se lhe aplica.

Ressalte-se que a decisão que reconheceu a existência de repercussão geral no referido


recurso, publicada no DJE nº 202, de 24.10.2008, expressamente consignou que “a
fundamentação aplicada ao ICMS se aplica integralmente ao ISS, tendo em vista que
referido tributo integra, da mesma forma, o preço dos serviços, e, consequentemente, o
faturamento ou a receita bruta da empresa”.

Portanto, com base no referido julgamento proferido pela Suprema Corte nos autos do RE
nº 574.706-RG/PR, a base de cálculo do PIS e da Cofins não pode extravasar, sob o ângulo
do faturamento, o valor do negócio, ou seja, a parcela recebida com a operação mercantil
ou similar.

Destarte, descabe assentar que contribuintes de PIS/COFINS faturem, em si, o ISS, haja
vista que o valor deste tributo configura um desembolso à entidade de direito público que
tem a competência para cobrá-lo. Assim, se o ISS é despesa do sujeito passivo das
contribuições sociais previstas no artigo 195, inciso I, da Constituição Federal, e receita do
Erário Municipal, revela-se injurídico tentar englobá-lo na hipótese de incidência destas
exações, haja vista configurar tributação de riqueza que não pertence ao contribuinte.

Restam, ainda, pré-questionados, para todos os fins de direito, os artigos de Lei e da


Constituição Federal de 1988, Súmulas, Enunciados, Orientações Jurisprudenciais,
Acórdãos e demais normas invocadas em sua prefacial ora emendada.

Nestes termos, com os inclusos documentos.

Pede deferimento.

São Paulo, 16 de JANEIRO de 2021.

VALDIR SANTANA RAIMUNDO

OAB/SP 176.287

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UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
CALCULO DO PIS E COFINS EXCLUINDO O ISS DA BASE DE CALCULO
2015 A 2020 = VENDAS LIQUIDAS = VENDAS MENOS DEVOLUÇÃO Debito atualizado até: 07-01-2021
BASE CALCULO ALIQUOTA PIS ALIQUOTA COFINS BASE CALCULO SEM VARIAÇÃO JUROS ATUALIZADO VALOR ATUALIZADO
MÊS/ANO VR.ICMS NA B.C. PIS SEM ISS COFINS SEM ISS
COM ICMS PIS S/FATURAMENTO COFINS S/FATURAMENTO ISS PIS COFINS Juros PIS Juros COFINS VALOR TOTAL PIS VALOR TOTAL COFINS

jan/16 2.377.098,23 0,65% 15.451,14 3,00% 71.312,95 427.877,68 1.949.220,55 12.669,93 58.476,62 2.781,20 12.836,33 1.007,63 4.650,60 3.788,84 17.486,93
fev/16 1.809.383,03 0,65% 11.760,99 3,00% 54.281,49 325.688,95 1.483.694,08 9.644,01 44.510,82 2.116,98 9.770,67 745,81 3.442,21 2.862,79 13.212,87
mar/16 2.012.872,23 0,65% 13.083,67 3,00% 60.386,17 362.317,00 1.650.555,23 10.728,61 49.516,66 2.355,06 10.869,51 802,37 3.703,24 3.157,43 14.572,75
abr/16 2.429.617,23 0,65% 15.792,51 3,00% 72.888,52 437.331,10 1.992.286,13 12.949,86 59.768,58 2.842,65 13.119,93 938,36 4.330,89 3.781,01 17.450,82
mai/16 2.209.383,03 0,65% 14.360,99 3,00% 66.281,49 397.688,95 1.811.694,08 11.776,01 54.350,82 2.584,98 11.930,67 824,61 3.805,88 3.409,59 15.736,55
jun/16 2.377.098,23 0,65% 15.451,14 3,00% 71.312,95 427.877,68 1.949.220,55 12.669,93 58.476,62 2.781,20 12.836,33 854,94 3.945,89 3.636,15 16.782,22
jul/16 2.987.267,09 0,65% 19.417,24 3,00% 89.618,01 537.708,08 2.449.559,01 15.922,13 73.486,77 3.495,10 16.131,24 1.035,60 4.779,69 4.530,70 20.910,93
ago/16 2.209.383,03 0,65% 14.360,99 3,00% 66.281,49 397.688,95 1.811.694,08 11.776,01 54.350,82 2.584,98 11.930,67 734,39 3.389,50 3.319,37 15.320,17
set/16 2.912.398,23 0,65% 18.930,59 3,00% 87.371,95 524.231,68 2.388.166,55 15.523,08 71.645,00 3.407,51 15.726,95 930,25 4.293,46 4.337,76 20.020,41
out/16 1.876.617,23 0,65% 12.198,01 3,00% 56.298,52 337.791,10 1.538.826,13 10.002,37 46.164,78 2.195,64 10.133,73 576,36 2.660,10 2.772,00 12.793,84
nov/16 1.912.398,23 0,65% 12.430,59 3,00% 57.371,95 344.231,68 1.568.166,55 10.193,08 47.045,00 2.237,51 10.326,95 564,08 2.603,42 2.801,58 12.930,37
dez/16 2.872.092,09 0,65% 18.668,60 3,00% 86.162,76 516.976,58 2.355.115,51 15.308,25 70.653,47 3.360,35 15.509,30 809,51 3.736,19 4.169,86 19.245,49
SUB-TOTAL 27.985.607,88 181.906,45 839.568,24 5.037.409,42 22.948.198,46 149.163,29 688.445,95 32.743,16 151.122,28 42.567,06 196.463,36

jan/17 1.912.398,23 0,65% 12.430,59 3,00% 57.371,95 344.231,68 1.568.166,55 10.193,08 47.045,00 2.237,51 10.326,95 514,63 2.375,20 2.752,13 12.702,15
fev/17 1.377.098,23 0,65% 8.951,14 3,00% 41.312,95 247.877,68 1.129.220,55 7.339,93 33.876,62 1.611,20 7.436,33 356,56 1.645,66 1.967,76 9.081,99
mar/17 1.987.267,09 0,65% 12.917,24 3,00% 59.618,01 357.708,08 1.629.559,01 10.592,13 48.886,77 2.325,10 10.731,24 490,13 2.262,15 2.815,23 12.993,39
abr/17 1.576.098,23 0,65% 10.244,64 3,00% 47.282,95 283.697,68 1.292.400,55 8.400,60 38.772,02 1.844,03 8.510,93 374,15 1.726,87 2.218,19 10.237,80
mai/17 1.209.383,03 0,65% 7.860,99 3,00% 36.281,49 217.688,95 991.694,08 6.446,01 29.750,82 1.414,98 6.530,67 273,94 1.264,34 1.688,92 7.795,01

Número do documento: 21011621283400000000249963470


jun/17 1.377.098,23 0,65% 8.951,14 3,00% 41.312,95 247.877,68 1.129.220,55 7.339,93 33.876,62 1.611,20 7.436,33 298,88 1.379,44 1.910,08 8.815,77
jul/17 1.429.617,23 0,65% 9.292,51 3,00% 42.888,52 257.331,10 1.172.286,13 7.619,86 35.168,58 1.672,65 7.719,93 296,90 1.370,29 1.969,55 9.090,22
ago/17 1.876.617,23 0,65% 12.198,01 3,00% 56.298,52 337.791,10 1.538.826,13 10.002,37 46.164,78 2.195,64 10.133,73 372,16 1.717,67 2.567,80 11.851,40
set/17 1.377.098,23 0,65% 8.951,14 3,00% 41.312,95 247.877,68 1.129.220,55 7.339,93 33.876,62 1.611,20 7.436,33 262,79 1.212,87 1.873,99 8.649,20
out/17 912.398,23 0,65% 5.930,59 3,00% 27.371,95 164.231,68 748.166,55 4.863,08 22.445,00 1.067,51 4.926,95 167,28 772,05 1.234,78 5.699,00
nov/17 1.012.872,23 0,65% 6.583,67 3,00% 30.386,17 182.317,00 830.555,23 5.398,61 24.916,66 1.185,06 5.469,51 178,94 825,90 1.364,00 6.295,41
dez/17 1.576.098,23 0,65% 10.244,64 3,00% 47.282,95 283.697,68 1.292.400,55 8.400,60 38.772,02 1.844,03 8.510,93 268,49 1.239,19 2.112,53 9.750,12
SUB-TOTAL 17.624.044,42 114.556,29 528.721,33 3.172.328,00 14.451.716,42 93.936,16 433.551,49 20.620,13 95.169,84 24.474,98 112.961,45

jan/18 2.268.872,23 0,65% 14.747,67 3,00% 68.066,17 408.397,00 1.860.475,23 12.093,09 55.814,26 2.654,58 12.251,91 371,11 1.712,82 3.025,69 13.964,73

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 16/01/2021 21:28:34


fev/18 2.377.098,23 0,65% 15.451,14 3,00% 71.312,95 427.877,68 1.949.220,55 12.669,93 58.476,62 2.781,20 12.836,33 375,74 1.734,19 3.156,95 14.570,52
mar/18 2.012.872,23 0,65% 13.083,67 3,00% 60.386,17 362.317,00 1.650.555,23 10.728,61 49.516,66 2.355,06 10.869,51 305,69 1.410,86 2.660,75 12.280,37
abr/18 2.576.098,23 0,65% 16.744,64 3,00% 77.282,95 463.697,68 2.112.400,55 13.730,60 63.372,02 3.014,03 13.910,93 375,55 1.733,30 3.389,58 15.644,23
mai/18 2.209.383,03 0,65% 14.360,99 3,00% 66.281,49 397.688,95 1.811.694,08 11.776,01 54.350,82 2.584,98 11.930,67 308,65 1.424,52 2.893,62 13.355,19
jun/18 2.377.098,23 0,65% 15.451,14 3,00% 71.312,95 427.877,68 1.949.220,55 12.669,93 58.476,62 2.781,20 12.836,33 317,61 1.465,91 3.098,82 14.302,24
jul/18 2.987.267,09 0,65% 19.417,24 3,00% 89.618,01 537.708,08 2.449.559,01 15.922,13 73.486,77 3.495,10 16.131,24 380,27 1.755,08 3.875,37 17.886,32
ago/18 2.876.617,23 0,65% 18.698,01 3,00% 86.298,52 517.791,10 2.358.826,13 15.332,37 70.764,78 3.365,64 15.533,73 347,00 1.601,53 3.712,64 17.135,26
set/18 2.912.398,23 0,65% 18.930,59 3,00% 87.371,95 524.231,68 2.388.166,55 15.523,08 71.645,00 3.407,51 15.726,95 335,30 1.547,53 3.742,80 17.274,48
out/18 2.872.092,09 0,65% 18.668,60 3,00% 86.162,76 516.976,58 2.355.115,51 15.308,25 70.653,47 3.360,35 15.509,30 312,51 1.442,36 3.672,86 16.951,66
nov/18 3.012.872,23 0,65% 19.583,67 3,00% 90.386,17 542.317,00 2.470.555,23 16.058,61 74.116,66 3.525,06 16.269,51 310,56 1.433,34 3.835,62 17.702,85
dez/18 3.429.617,23 0,65% 22.292,51 3,00% 102.888,52 617.331,10 2.812.286,13 18.279,86 84.368,58 4.012,65 18.519,93 333,85 1.540,86 4.346,50 20.060,79

https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21011621283400000000249963470
SUB-TOTAL 31.912.286,28 207.429,86 957.368,59 5.744.211,53 26.168.074,75 170.092,49 785.042,24 37.337,37 172.326,35 41.411,21 191.128,65

jan/19 868.872,23 0,65% 5.647,67 3,00% 26.066,17 43.443,61 825.428,62 5.365,29 24.762,86 282,38 1.303,31 25,33 116,91 307,71 1.420,22
fev/19 956.098,78 0,65% 6.214,64 3,00% 28.682,96 47.804,94 908.293,84 5.903,91 27.248,82 310,73 1.434,15 26,35 121,62 337,08 1.555,76
mar/19 1.027.098,87 0,65% 6.676,14 3,00% 30.812,97 51.354,94 975.743,93 6.342,34 29.272,32 333,81 1.540,65 26,74 123,41 360,55 1.664,05
abr/19 2.098.267,09 0,65% 13.638,74 3,00% 62.948,01 104.913,35 1.993.353,74 12.956,80 59.800,61 681,94 3.147,40 51,08 235,74 733,01 3.383,14
mai/19 1.209.383,03 0,65% 7.860,99 3,00% 36.281,49 60.469,15 1.148.913,88 7.467,94 34.467,42 393,05 1.814,07 27,32 126,08 420,37 1.940,15
jun/19 1.377.098,23 0,65% 8.951,14 3,00% 41.312,95 68.854,91 1.308.243,32 8.503,58 39.247,30 447,56 2.065,65 29,00 133,85 476,56 2.199,50
jul/19 888.762,09 0,65% 5.776,95 3,00% 26.662,86 44.438,10 844.323,99 5.488,11 25.329,72 288,85 1.333,14 17,07 78,79 305,92 1.411,93
ago/10 826.098,87 0,65% 5.369,64 3,00% 24.782,97 41.304,94 784.793,93 5.101,16 23.543,82 268,48 1.239,15 14,52 67,04 283,01 1.306,19
set/19 912.398,23 0,65% 5.930,59 3,00% 27.371,95 45.619,91 866.778,32 5.634,06 26.003,35 296,53 1.368,60 14,68 67,75 311,21 1.436,34
out/19 309.762,09 0,65% 2.013,45 3,00% 9.292,86 15.488,10 294.273,99 1.912,78 8.828,22 100,67 464,64 4,50 20,77 105,17 485,41
nov/19 987.098,23 0,65% 6.416,14 3,00% 29.612,95 49.354,91 937.743,32 6.095,33 28.132,30 320,81 1.480,65 13,12 60,56 333,93 1.541,21
dez/19 987.023,23 0,65% 6.415,65 3,00% 29.610,70 49.351,16 937.672,07 6.094,87 28.130,16 320,78 1.480,53 11,93 55,08 332,72 1.535,61
SUB-TOTAL 12.447.960,97 80.911,75 373.438,83 622.398,05 11.825.562,92 76.866,16 354.766,89 4.045,59 18.671,94 4.307,23 19.879,52
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Num. 251482236 - Pág. 1


UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
CALCULO DO PIS E COFINS EXCLUINDO O ISS DA BASE DE CALCULO
2015 A 2020 = VENDAS LIQUIDAS = VENDAS MENOS DEVOLUÇÃO Debito atualizado até: 07-01-2021
BASE CALCULO ALIQUOTA PIS ALIQUOTA COFINS BASE CALCULO SEM VARIAÇÃO JUROS ATUALIZADO VALOR ATUALIZADO
MÊS/ANO VR.ICMS NA B.C. PIS SEM ISS COFINS SEM ISS
COM ICMS PIS S/FATURAMENTO COFINS S/FATURAMENTO ISS PIS COFINS Juros PIS Juros COFINS VALOR TOTAL PIS VALOR TOTAL COFINS
jan/20 1.668.872,23 0,65% 10.847,67 3,00% 50.066,17 83.443,61 1.585.428,62 10.305,29 47.562,86 542,38 2.503,31 18,12 83,61 560,50 2.586,92
fev/20 1.256.098,78 0,65% 8.164,64 3,00% 37.682,96 62.804,94 1.193.293,84 7.756,41 35.798,82 408,23 1.884,15 12,45 57,47 420,68 1.941,61
mar/20 826.098,87 0,65% 5.369,64 3,00% 24.782,97 41.304,94 784.793,93 5.101,16 23.543,82 268,48 1.239,15 7,28 33,58 275,76 1.272,73
abr/20 987.267,09 0,65% 6.417,24 3,00% 29.618,01 49.363,35 937.903,74 6.096,37 28.137,11 320,86 1.480,90 7,80 35,99 328,66 1.516,89
mai/20 1.109.383,03 0,65% 7.210,99 3,00% 33.281,49 55.469,15 1.053.913,88 6.850,44 31.617,42 360,55 1.664,07 7,90 36,44 368,45 1.700,52
jun/20 1.277.098,23 0,65% 8.301,14 3,00% 38.312,95 63.854,91 1.213.243,32 7.886,08 36.397,30 415,06 1.915,65 8,22 37,93 423,28 1.953,58
jul/20 1.309.762,09 0,65% 8.513,45 3,00% 39.292,86 65.488,10 1.244.273,99 8.087,78 37.328,22 425,67 1.964,64 7,62 35,17 433,29 1.999,81
ago/20 1.429.617,23 0,65% 9.292,51 3,00% 42.888,52 71.480,86 1.358.136,37 8.827,89 40.744,09 464,63 2.144,43 7,57 34,95 472,20 2.179,38
set/20 1.653.098,23 0,65% 10.745,14 3,00% 49.592,95 82.654,91 1.570.443,32 10.207,88 47.113,30 537,26 2.479,65 7,90 36,45 545,15 2.516,10
out/20 1.576.098,23 0,65% 10.244,64 3,00% 47.282,95 78.804,91 1.497.293,32 9.732,41 44.918,80 512,23 2.364,15 6,71 30,97 518,94 2.395,12
nov/20 1.892.092,23 0,65% 12.298,60 3,00% 56.762,77 94.604,61 1.797.487,62 11.683,67 53.924,63 614,93 2.838,14 7,13 32,92 622,06 2.871,06
dez/20 1.987.098,23 0,65% 12.916,14 3,00% 59.612,95 99.354,91 1.887.743,32 12.270,33 56.632,30 645,81 2.980,65 6,46 29,81 652,26 3.010,45
SUB-TOTAL 16.972.584,47 110.321,80 509.177,53 848.629,22 16.123.955,25 104.805,71 483.718,66 5.516,09 25.458,88 5.621,24 25.944,16

TOTAL ANO 2015 a 2020


PIS COFINS TOTAL
Total 118.381,72 546.377,15 664.758,86

Número do documento: 21011621283400000000249963470


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Num. 251482236 - Pág. 2


Firefox http://web.trf3.jus.br/custas/CalculoCustas/CalculoCustas

SISTEMA DE EMISSÃO DE GRU DE


CUSTAS E DESPESAS JUDICIAIS
Dados da Parte
Nome : UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
CPF / CNPJ : 12.530.038/0001-55

Dados do Processo
Instância : Justiça Federal de Primeiro Grau em São Paulo
Tipo de Ação : Inicial
Tipo de Gru : Custas
Número do Processo : 5024628-78.2020.4.03.6100

Demonstrativo de Cálculo de Custas / Despesas


Custas/Despesas : Tabela I - Das Ações Cíveis em Geral
Opções de Custas : Ações Cíveis em Geral
Banco : Caixa Econômica Federal
Valor da Causa : R$ 664.758,86
Data Ajuizamento : 11/2020
Correção do Ajuizamento: 1,0081000000 (*)
Valor custas no ajuizamento : R$ 3.323,79

(*) Índices obtidos da "Tabela de Correção Monetária - Ações Condenatórias em Geral" de 01/2021
(conforme divulgada em https://www2.jf.jus.br/phpdoc/sicom/tabelaCorMor.php)

Valores atualizados até 31/01/2021 00:00:00


Valor da causa : R$ 670.143,41
Valor custas devidas : R$ 3.350,72
Valor custas a pagar : R$ 957,69

Emitir Guia

Tribunal Regional Federal da 3ª Região


Av. Paulista, 1842 - Cep: 01310-936 - SP - © 2010

1 of 1 08/01/2021 09:07

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Número do documento: 21011621283400000000249963471
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SR. CONTRIBUINTE: ESTA GUIA NÃO PODERÁ SER LIQUIDADA COM CHEQUE
Código de Recolhimento 18710-0
MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Número do Processo 5024628-78.2020.4.03.6100
SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL
Guia de Recolhimento da União Competência 01/2021
GRU JUDICIAL
Vencimento

Nome do Contribuinte / Recolhedor :


CNPJ ou CPF do Contribuinte 12.530.038/0001-55
UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Nome da Unidade Favorecida:
UG / Gestão 090017 / 00001
Justiça Federal de Primeiro Grau em São Paulo
Nome do Requerente / Autor: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM
(=) Valor do Principal 957,69
INFORMATICA LTDA
CNPJ/CPF do Requerente / Autor: 12.530.038/0001-55 (-) Desconto/Abatimento

Seção Judiciária: Vara: Classe: (-) Outras deduções

Base de Cálculo: 670.143,41 (+) Mora / Multa

Instruções: As informações inseridas nessa guia são de exclusiva


responsabilidade do contribuinte, que deverá, em caso de dúvidas, consultar a (+) Juros / Encargos
Unidade Favorecida dos recursos.
(+) Outros Acréscimos
SR. CAIXA: NÃO RECEBER EM CHEQUE
Pagamento exclusivo na Caixa Econômica Federal
(=) Valor Total 957,69
[STN074BF020B02C53048B76AF9F1181F689]

85860000009-8 57690281187-0 10001372125-5 30038000155-0

SR. CONTRIBUINTE: ESTA GUIA NÃO PODERÁ SER LIQUIDADA COM CHEQUE
Código de Recolhimento 18710-0
MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Número do Processo 5024628-78.2020.4.03.6100
SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL
Guia de Recolhimento da União Competência 01/2021
GRU JUDICIAL
Vencimento

Nome do Contribuinte / Recolhedor:


CNPJ ou CPF do Contribuinte 12.530.038/0001-55
UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Nome da Unidade Favorecida:
UG / Gestão 090017 / 00001
Justiça Federal de Primeiro Grau em São Paulo
Nome do Requerente / Autor: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM
(=) Valor do Principal 957,69
INFORMATICA LTDA
CNPJ/CPF do Requerente / Autor: 12.530.038/0001-55 (-) Desconto/Abatimento

Seção Judiciária: Vara: Classe: (-) Outras deduções

Base de Cálculo: 670.143,41 (+) Mora / Multa

Instruções: As informações inseridas nessa guia são de exclusiva


responsabilidade do contribuinte, que deverá, em caso de dúvidas, consultar a (+) Juros / Encargos
Unidade Favorecida dos recursos.
(+) Outros Acréscimos
SR. CAIXA: NÃO RECEBER EM CHEQUE
Pagamento exclusivo na Caixa Econômica Federal
[STN074BF020B02C53048B76AF9F1181F689] (=) Valor Total 957,69

85860000009-8 57690281187-0 10001372125-5 30038000155-0

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Número do documento: 21011621283400000000249963472
08/01/2021 Int-er:net...Bank.ing....CAI_xA

Comprovante de pagamento com código de barras


Via Internet Banking CAIXA

Nome: JH CONSULTORIA EMPRESARIAL EIR

Conta de débito: 326 / 003 / 00003278-3

Representação numérica do código de barras:

858600000098 576902811870 100013721255 300380001550

Convênio: GRU JUDICIAL-EXCLUSI

Valor: 957,69

Data de vencimento: 08/01/2021

Identificação da
CUSTAS
operação:

Data de débito: 08/01/2021

Data/hora da operação: 08/01/2021 18:27:43

Código da operação: 00223330


Chave de segurança: EPTPVMVZG1X0SCP2

SAC CAIXA: 0800 726 0101


Pessoas com deficiência auditiva: 0800 726 2492
Ouvidoria: 0800 725 7474
Help Desk CAIXA: 0800 726 0104

https://internetbanking.caixa.gov.br/SIIBC/imprime_tributos.processa 1/1

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 16/01/2021 21:28:34 Num. 251482239 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21011621283400000000249963473
Número do documento: 21011621283400000000249963473
PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100 / 1ª Vara Cível Federal de São Paulo
AUTOR: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) AUTOR: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287
REU: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

DESPACHO

Apresente o autor, no prazo de 15 (quinze) dias, comprovantes hábeis a


demonstrar a impossibilidade de suportar o pagamento das custas processuais.

Emende o autor, no mesmo prazo, a petição inicial para adequar o valor dado à
causa, uma vez que deve corresponder ao valor econômico pleiteado, bem como comprove
o recolhimento dos tributos, ora debatidos.

Decorrido o prazo sem manifestação, remetam-se os autos ao SEDI para o


cancelamento da distribuição, em razão da falta de recolhimento de custas, nos termos do
art. 290, CPC.

Regulariza a inicial, voltem os autos conclusos para análise da tutela de


urgência.

Intime-se.

São Paulo, data registrada no sistema.

Assinado eletronicamente por: MARCO AURELIO DE MELLO CASTRIANNI - 14/12/2020 19:45:44 Num. 251482234 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20121419454400000000249963468
Número do documento: 20121419454400000000249963468
1ª Vara Cível Federal de São Paulo
PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7) Nº 5024628-78.2020.4.03.6100
AUTOR: UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA
Advogado do(a) AUTOR: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - SP176287
REU: UNIAO FEDERAL - FAZENDA NACIONAL

CERTIDÃO

Certifico e dou fé, nos termos do art. 214, inciso III, alíneas
e parágrafo único do Provimento nº 01/2020-CORE, bem
como da Resolução PRES 88/2017, art. 14, incisos I ao IV
(na redação da Resolução PRES nº 141/2017, artigo 1º,
inciso II), Comunicado Conjunto n. 01/2017 - AGES/NUAJ e
da Resolução PRES N. 149/2017):

a) Procuração Judicial:

( X ) consta;

( ) não consta / não identificado;

Assinado eletronicamente por: MARIA ELENA VENTURA DE OLIVEIRA - 07/12/2020 15:32:29 Num. 251482233 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20120715322900000000249963467
Número do documento: 20120715322900000000249963467
b) Custas Processuais:

( ) recolhidas através da G.R.U. - I.D.:

( X ) não recolhidas / não identificadas;

( ) guia G.R.U. não localizada (processos originários de outros


Tribunais);

( ) recolhidas através de guia diversa;

c) Pedido de Justiça Gratuita:

( ) consta;

(X ) não consta;

d) Juntada de Documentos em Língua Estrangeira com


Tradução:

( ) consta;

Assinado eletronicamente por: MARIA ELENA VENTURA DE OLIVEIRA - 07/12/2020 15:32:29 Num. 251482233 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20120715322900000000249963467
Número do documento: 20120715322900000000249963467
( ) não consta;

e) Existência de Registros Indicando Possível Prevenção


ou Dependência (aba "associados"):

( ) consta;

( X ) não consta;

f) Com as Devidas Retificações Efetuadas, de Acordo com


os Termos da Petição Inicial (Classe, Assuntos e Partes):

CLASSE

( ) Alteração de Classe: de " "


para " ";

ASSUNTOS

( ) Exclusão de Assuntos:

( ) Inclusão de Assuntos:

Assinado eletronicamente por: MARIA ELENA VENTURA DE OLIVEIRA - 07/12/2020 15:32:29 Num. 251482233 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20120715322900000000249963467
Número do documento: 20120715322900000000249963467
PARTES

( ) Exclusão de Partes:

( ) Inclusão de Partes:

São Paulo, 7 de dezembro de 2020.

Assinado eletronicamente por: MARIA ELENA VENTURA DE OLIVEIRA - 07/12/2020 15:32:29 Num. 251482233 - Pág. 4
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20120715322900000000249963467
Número do documento: 20120715322900000000249963467
EXCELENTÍSSIMO JUIZ FEDERAL DA __ VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO DE SÃO PAULO -
SP

UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA, pessoa jurídica de direito privado,


inscrito no CNPJ sob o nº 12.530.038/0001-55, com sede na Avenida Paulista nº 2073, Bela Vista, São
Paulo, CEP 01311-300 neste ato representado, por seu sócio Henrique Matias de Freitas Oliveira,
brasileiro, casado, empresário, portador da cédula de identidade RG nº 26.867.841-8 SSP/SP, inscrito
no CPF sob o numero 250.978.958-94, por seu advogado, Dr. VALDIR SANTANA RAIMUNDO,
brasileiro, advogado, inscrito na OAB/SP sob o nº 176.287 com escritório na Rua Valdomiro Gonzaga
Silva nº 644, Jardim das Oliveiras, São Paulo, CEP 08111-540, telefone (11) 99811-0028, e-mail:
vsradv@terra.com.br, onde recebe citações, notificações e intimações, vem, com devido respeito e
acatamento, perante Vossa Excelência, ajuizar a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXIGIBILIDADE DE TRIBUTOS C/C COM REPETIÇÃO DE


INDÉBITO

em face da UNIÃO FEDERAL – FAZENDA NACIONAL, pessoa jurídica de direito público, inscrita
no CNPJ nº 00.394.460/0216-53, na pessoa do seu representante legal, Sr. Procurador da Fazenda
Nacional, cuja citação poderá ser efetuada por meio eletrônico (art. 246, V, §§ 1º e 2º do Novo CPC),
pelas razões fáticas e jurídicas adiante que seguem.

1) DOS FATOS

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 30/11/2020 23:40:40 Num. 251482178 - Pág. 1
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20113023410500000000249963412
Número do documento: 20113023410500000000249963412
A Autora é sociedade regularmente constituída e naturalmente está sujeita ao
recolhimento de diversas exações administrativas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, dentre as
quais se destacam as contribuições ao PIS e ao COFINS no âmbito federal (art. 195, inciso I, “b” da
CF/88), ambas calculadas sobre o faturamento mensal da empresa.

Ademais, em razão da atividade de sua empresa, a Autora recolhe no âmbito municipal


o ISS (Imposto Sobre Serviços), o qual de acordo com a Ré há de integrar o faturamento da autora e
seria parte integrante da base de cálculo do PIS e da COFINS.

A inclusão do valor de um tributo de competência municipal na base de cálculo de


outro, de competência da União Federal alarga o conceito de faturamento, bem como, faz ocorrer a
bi-tributação que por sua vez é vedada constitucionalmente.

Sendo assim, essa forma de recolhimento é absolutamente inconstitucional, em razão do


fato de que os valores recolhidos pela Autora à título de ISS são transferidos para os Municípios em que
atua, não devendo integrar seu faturamento e tampouco sua receita.

A Ré vem exigindo da Autora o recolhimento do PIS e da COFINS sem excluir o ISS da


base de cálculo, majorando, desta maneira, significativamente a carga tributária da Autora, o que não
pode prosperar.

2) DO DIREITO

2.1 - DA BASE DE CÁLCULO DO PIS E DA COFINS DE ACORDO COM A CONSTITUIÇÃO


FEDERAL DE 1988 – EMENDA CONSTITUCIONAL 20/1998 – CONCEITO JURÍDICO DE
FATURAMENTO – POSIÇÃO DO STF

A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 195, inciso I, anteriormente à alteração


levada a efeito pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998, expressamente determinava que a
Seguridade Social seria financiada pelas empresas, dentre outras, através de contribuições sociais
incidentes sobre o faturamento e, nesse sentido, expressamente dispunha o artigo 195, inciso I, verbis:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 30/11/2020 23:40:40 Num. 251482178 - Pág. 2
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20113023410500000000249963412
Número do documento: 20113023410500000000249963412
“Artigo 195 - A Seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta
e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes


sobre:

...

c) faturamento;”

Assim, as contribuições ao PIS e à COFINS foram instituídas e recepcionadas pelos


dispositivos citados, devendo, portanto, sua base de cálculo, corresponder exatamente à previsão
constitucional, ou seja, ao faturamento sendo que, posteriormente, foram editadas as Leis nº 9.715, de
1998, 9.718, de 1998 e respectivas alterações.

Inclusive em relação às Leis nº 10.637, de 2002 (PIS) e 10.833, de 2003 (COFINS),


todas ampliaram a base de cálculo das contribuições sociais, já em consonância com a nova redação da
Constituição dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998, àquele referido artigo, que passou à
tributação englobando (artigo 195, inciso I, alínea “b”) a “receita” ou o “faturamento”.

Desse modo, importante examinar o conceito jurídico de faturamento dado que a rigor,
em sentido literal, faturamento é a atividade de emitir faturas e fatura é termo que vem do latim e indica,
não apenas no Brasil, mas em todos os países de língua com a mesma origem da nossa, o documento, ou
instrumento do contrato de compra e venda de mercadorias sendo certo que, no direito comercial
tradicional, fatura era o instrumento do contrato de compra e venda mercantil, o documento no qual o
comerciante, nas vendas por atacado feitas à outro comerciante, fazia constar os elementos essenciais do
contrato de compra e venda mercantil.

Tem-se, pois, que faturamento é operação essencialmente mercantil, que implica a


emissão de documento de cobrança que, duplicado, tem permitido às empresas descontarem seus títulos
no sistema financeiro para antecipação de receitas relativas à venda de um bem e/ou de um serviço.

Assim, tendo o faturamento origem em operação mercantil e sendo o somatório dos


valores das vendas de mercadorias, claro é que os valores constantes do caixa da empresa que não sejam
provenientes da compra e venda mercantil, não compõe o faturamento e, portanto, não estão sujeitos a
incidência de contribuições sociais instituídas com base no artigo 195, inciso I, da Constituição Federal.

Convém ressaltar a incidência do princípio da razoabilidade, pressupondo-se que o texto


constitucional se mostre fiel, no emprego de institutos, de expressões e vocábulos, ao sentido próprio
que assim possuam, tendo em vista o que assentado pela doutrina e pela jurisprudência, para enaltecer a
regra constante do artigo 110 do Código Tributário Nacional, reza:

Assinado eletronicamente por: VALDIR SANTANA RAIMUNDO - 30/11/2020 23:40:40 Num. 251482178 - Pág. 3
https://pje2g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=20113023410500000000249963412
Número do documento: 20113023410500000000249963412
“Artigo 110 – A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de
institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente,
pela Constituição Federal, para definir ou limitar competências tributárias.”

Assim, se a Constituição fala de faturamento ao definir a incidência de contribuições


sociais, o conceito a ser levado em conta será o de mercadoria, ou ainda o de compra e venda mercantil,
tais como utilizados pelo direito comercial, não podendo de forma alguma sofrer ampliações: extra ou
infra legais, sob pena de autorizar-se o legislador ordinário a alterar a Constituição Federal, por viés ou
meio reflexo, de modo a modificar as competências tributárias ali estabelecidas.

Exatamente nesse sentido o entendimento do Colendo Supremo Tribunal Federal ao


acolher o voto do Ministro MARCO AURÉLIO em Acórdão proferido no julgamento do RE nº
166.772-9-RS, em que se entendeu descaber dar a uma mesma expressão utilizada pela Carta
relativamente a matérias diversas, sentidos diferentes, conforme os interesses em questão, advertindo o
seguinte trecho do acórdão:

(...) O conteúdo político de uma Constituição não é conducente ao desprezo do sentido


vernacular das palavras, muito menos ao do técnico, considerados institutos consagrados
pelo Direito. Toda ciência pressupõe a adoção de escorreita linguagem, possuindo os
institutos, as expressões e os vocábulos que revelam conceito estabelecido com a
passagem de tempo, por força de estudos acadêmicos quer, no caso do Direito, pela
atuação dos Pretórios. (…)

Pode-se concluir então que o termo “faturamento” tal como verberado pela Constituição
Federal, deve ser aquele conceituado pelo direito comercial, o que, conseqüentemente, faz com que os
valores que não originados de operação mercantil, como é o caso do ICMS, incidência de natureza
tributária, receita das diversas unidades da federação, não configurem faturamento ou receita e, portanto,
não devam nem possam legalmente integrar a base de cálculo das contribuições sociais.

Nesse sentido, também, o entendimento consagrado no julgamento do RE 150.764-1,


Relator o Ministro ILMAR GALVÃO e da ADC nº 1, Relator o Ministro MOREIRA ALVES, em que
se admitiu que o conceito jurídico de faturamento consiste, em regra, como o resultado econômico das
operações empresariais do agente econômico, como “receita bruta” das vendas de mercadorias e
mercadorias e serviços, de qualquer natureza (artigo 22 do Decreto-lei nº 2.397/87).

Na mesma esteira

AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DE SEGURANÇA - ICMS - ISS - BASE DE


CÁLCULO - PIS - COFINS - EXCLUSÃO - ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL -
RECURSO IMPROVIDO. 1.Possível o julgamento do presente recurso tendo em vista que a
liminar deferida nos autos da Ação Declaratória de Constitucionalidade nº 18, que suspendeu
o julgamento das ações cujo objeto fosse a exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e da
COFINS, teve sua última prorrogação em Plenário no dia 25/3/2010, tendo expirado o prazo
de sua eficácia. 2.Quanto ao mérito, questiona-se a inclusão na base de cálculo do PIS e da

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COFINS da parcela referente ao Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e sobre a
Prestação de Serviços de Transporte, interestadual e intermunicipal, e de comunicação -
ICMS. 3.Recente jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a quem cabe o exame
definitivo da matéria constitucional, posiciona-se no sentido da inconstitucionalidade da
inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS, conforme constou do Boletim de
Notícias nº 762 de 06 a 11 de Outubro de 2014 (RE 240.785-2/MG). 4.Cabe acrescentar que,
com base no precedente citado, foi adotado, recentemente, novo entendimento do Superior
Tribunal de Justiça, em que se afastou, inclusive, a incidência das respectivas Súmulas 68 e
94. 5. O ICMS deve ser excluído da base de cálculo do PIS e da COFINS. 6. Tomando tal
norte de fundamentação e o precedente citado (RE nº 240.785-MG) para aplicá-lo também à
hipótese de exclusão do ISS/ISSQN (Imposto Sobre Serviço) da base de cálculo do PIS e
COFINS, na medida em que tal imposto (ISS) não constitui faturamento ou receita do
contribuinte, mas tributo devido por ele ao Município. 7. Aplicando-se o entendimento do
qual compartilho, fundamentado em decisão proferida pela Suprema Corte, indevida a
inclusão do ISS na base de cálculos das contribuições ao PIS e COFINS. 8.Agravo de
instrumento improvido. (TRF-3 - AI: 00107671920164030000 SP, Relator:
DESEMBARGADOR FEDERAL NERY JUNIOR, Data de Julgamento: 01/12/2016,
TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: e-DJF3 Judicial 1 DATA:15/12/2016)

Há de se prestigiar, portanto, o entendimento no sentido de que os preceitos


constitucionais que estabelecem competências tributárias são absolutamente rígidos e não podem ser
modificados ou flexibilizados para ampliar as receitas tributárias verificando-se, em verdade, como que
um conceito constitucional de faturamento, correspondente às receitas operacionais das empresas, como
resultado da venda de mercadorias e serviços, não abrangendo aquelas não operacionais, ou que não se
constitua essencialmente em receita, tais como as incidências tributárias, pertencentes a outrem.

2.2 - DA BASE DE CÁLCULO DO PIS E DA COFINS DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO


INFRACONSTITUCIONAL – EXCLUSÃO DO ISS

Criada inicialmente pela Lei Complementar nº 7, de 1970, a contribuição para o PIS


passou a ser calculada - a partir da edição da Medida Provisória nº 1.212, de 1995 e posterior conversão
pela Lei nº 9.715 de 1998 sobre a “receita bruta, como definida pela legislação do Imposto de renda,
proveniente da venda de bens nas operações nas operações de conta própria, do preço dos serviços
prestados e do resultado auferido nas operações de conta alheia”.

Já a contribuição designada por COFINS, que fora originariamente instituída pela Lei
Complementar nº 70, de 1991, tendo como base de cálculo (artigo 2º) o “faturamento mensal, assim
considerado a receita bruta das vendas de mercadorias, de mercadoria e serviços e serviços de
qualquer natureza” e que, com a superveniência da Lei nº 9.718, de 1998, sucedida pela Emenda
Constitucional nº 20, de 1998, passou a considerar (artigo 3º, § 1º) que “Entende-se por receita bruta a
totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de atividade por ela
exercida e a classificação contábil adotada”.

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Como se percebe, o núcleo da base de cálculo das contribuições sociais citadas se situa
na noção de RECEITA BRUTA da empresa, resultante de suas atividades habituais, convindo esclarecer
os contornos do conceito de receita, para demonstrar a ilegalidade da tributação, a título de contribuição
para o PIS e de COFINS, com a inclusão de valor correspondente ao montante do ISS que, como se
pretende demonstrar, não se integra na base de cálculo de tais exações.

Diga-se, desde logo, que o conceito de “receita” não se confunde e nem pode
compreender todo o conjunto dos ingressos de caixa que venham a ocorrer no curso das atividades
desempenhadas pela pessoa jurídica na justa medida que estas se revestem de distintos fundamentos e
origens, sujeitos a apreciação própria.

Tais “entradas”, quando não se caracterizarem como fatores de remuneração de


atividade econômica desenvolvida, obviamente, não servem de parâmetro para a adequada identificação
da contrapartida que o faturamento e o preço do serviço devem representar.

O delicado ponto de distinção entre o que se constitui e o que não se constitui em receita
tributável comparando-se os diversos valores que transitem no caixa das empresas foi muito bem
apontado pelo saudoso Professor GERALDO ATALIBA in “Estudos e Pareceres de Direito Tributário”
ao afirmar que:

“(...) O conceito de receita refere-se a uma espécie de entrada. Entrada é todo dinheiro
que ingressa nos cofres de determinada entidade. Nem toda entrada é receita. Receita é a
entrada que passa a pertencer à entidade. Assim, só se considera receita o ingresso de
dinheiro que venha a integrar o patrimônio da entidade que a recebe.” (Revista dos
Tribunais, São Paulo, 1978, vol. 1º, p. 81).

A concepção sobredita encontra perfeita consonância com a esclarecedora manifestação


de BULHÕES PEDREIRA – in Finanças e Demonstrações Financeiras da Companhia, Ed. Forense,
1989, p. 455/456 – que, ao tratar do conceito de receita, assim se expressou:

“Receita é a quantidade de valor financeiro, originário de outro patrimônio, cuja


propriedade é adquirida pela sociedade empresária ao exercer as atividades que
constituem as fontes de resultado”

Essas definições servem para evidenciar que, sem uma relação de causalidade entre
ingressos financeiros e o bem entregue em troca, ensejando riqueza nova ingressando no patrimônio da
sociedade empresarial, não há receita, ou seja, que nem sempre o ingresso de capitais ou recursos
financeiros na sociedade representa a entrada de receitas até porque, no caso do ISS, trata-se de receita
que não pertence às empresas e sim aos Municípios, por força de distribuição de competências e receitas
tributárias, como é da própria dicção Constitucional.

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Assim, se conclui que NÃO compõem a receita bruta as parcelas que: (a) não pertencem
às empresas; ou (b) representem um reembolso de despesas que, estando a cargo de terceiros, foram
assumidas pela empresa.

Tal idéia se harmoniza perfeitamente, com a definição de receita bruta do Regulamento


do Imposto de Renda em seu art. 226: “a receita bruta das vendas compreende o produto da venda de
bens nas operações de conta própria e o preço dos serviços prestados”.

Como consagração de todo esse pensamento, o renomado tributarista RUY BARBOSA


NOGUEIRA, eminente Professor da USP, afirmou:

“Assim, as quantias que a empresa recebe não para si, mas para terceiros tais como o
quantum de imposto cuja obrigação de cobrar a lei lhe impõe ou reembolso de despesas
que estão a cargo de terceiros, evidentemente, não podem entrar na receita bruta da
exploração, pois essas quantias de terceiros, não constituem contas diferenciais de
receita e despesa, isto é, não integram a receita proveniente da exploração. São valores
neutros em relação à empresa, não a beneficiando, também não podendo onerá-la”
(Parecer publicado na Revista dos Tribunais, 346/55).

Portanto, pode-se sistematicamente afirmar que:

· Compõem a receita das vendas e, portanto, incluem-se na base de cálculo do


PIS e COFINS todas as parcelas que compõem o preço do produto vendido, por
representarem a contrapartida do fornecimento de bens e serviços;

· NÃO compõem a receita das empresas, e assim, estão fora da base de cálculo
do PIS e COFINS os ingressos que serão repassados a terceiros ou que
constituam meros reembolsos por despesas ou custos a cargo de terceiros.

Assim, sendo o montante correspondente ao ISS mero ingresso no caixa da empresa,


tratando-se de direito ou verba que deve ser repassado a terceiro (e não receita como algo novo, que se
incorpore a um determinado patrimônio – este não poderá ser tido como receita operacional, e, portanto
não poderá ser incluído na base de cálculo das contribuições PIS e COFINS aqui citadas.

É claro, portanto, o direito do impetrante de não considerar como receitas próprias


valores que apenas transitem por seus caixas e livros fiscais, sem representar, entretanto, acréscimo
patrimonial, sendo certo que a jurisprudência já vem se posicionando nesse sentido por analogia por
serem as teses idênticas:

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“(...) Faturamento, nesse sentido, partilha conceito semelhante ao de receita, vale dizer,
acréscimo patrimonial que adere definitivamente ao patrimônio do alienante. A ele,
portanto, não se podem considerar integradas importâncias que apenas transitam em
mãos do alienante sem que, em verdade lhes pertençam em caráter definitivo”.

Extraído do voto proferido pela Des. Fed. ANA SCARTEZZINI, na apreciação da


Apelação Cível nº 90.03.00915-5/SP, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
EMENTA: TRIBUTÁRIO. PIS. BASE DE CÁLCULO. FATURAMENTO. ICMS.
NÃO INCLUSÃO. LEI COMPLEMENTAR Nº 7/70. AÇÃO DECLARATÓRIA.
LEGITIMIDADE PASSIVA - 2. A parcela relativa ao Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços – ICMS não se inclui na base de cálculo da Contribuição para o
Programa de Integração Social – PIS. Precedentes

Ainda por analogia segue trecho do voto do Relator Juiz FLEURY PIRES:

“(...) Assim sendo, o Imposto sobre Circulação de mercadorias, tributo não-cumulativo,


incide sobre o faturamento mas não o integra, constituindo tal imposto receita do
Estado-membro, recebido pela empresa que é obrigada a recolher o respectivo ao
Tesouro estadual. Não constitui o ICM receita da empresa nem se inclui no faturamento
desta e, portanto, excluído está da base de cálculo da contribuição para o PIS. (...)
Assim, na receita da empresa, não há como fazer integrar importância que apenas
transitam por ela e que, quando do seu ingresso, já tem sua destinação definida (receita
tributária da União ou do Estado-membro), sem qualquer acréscimo patrimonial para a
empresa contribuinte (...)”. Apelação Cível 33025, Registro 90.03.311650-3, 4ª Turma
do TRF 3ª Região, v. u., j. 22.05.91.

Conclui-se, portanto, que os valores constantes no caixa da empresa que devem ser
repassados ao Fisco Municipal a título de ISS, não caracterizam receitas, nem receitas tributáveis,
operacionais ou não operacionais e, assim, hão de ser excluídos da base de cálculo das contribuições
sociais destinadas ao PIS/COFINS.

2.3 - DA VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

Quantificar uma obrigação tributária é o mesmo que fixar a importância em dinheiro a


ser paga pelo contribuinte, sendo certo que tanto se dá pela base de cálculo quanto pela alíquota sobre
ela aplicada, assim, na conhecida lição de GERALDO ATALIBA, a base de cálculo é:

“A perspectiva dimensível do aspecto material da hipótese de incidência, que a lei


qualifica, com a finalidade de fixar o critério para determinação, em cada obrigação
tributária concreta, do quantum debeatur”.

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Nesse aspecto percebe-se que não poderão compor a base de cálculo das contribuições
ao PIS e COFINS as quantias que apenas transitam pelo caixa dos contribuintes, sem importar o
ingresso de algo novo, de integração, de um plus ou riqueza do agente econômico, tais como a quantia
paga a título de ISS, por não serem aptas a expressar “faturamento” ou “receita” daquele.

A parcela relativa ao ISS, definitivamente, por constituir-se de natureza tributária,


autêntico ônus fiscal, não se revela apta a medir a capacidade contributiva como exige o artigo 145, §1º,
da Constituição Federal.

A tributação, por sua natureza, interfere de modo contundente, no patrimônio das


pessoas, razão pela qual NÃO pode representar ônus superior às forças deste patrimônio, sob pena de
cometimento de diversas inconstitucionalidades.

Logo, a inclusão de “entrada”, que são apenas “canalizadas” pelos contribuintes,


transitando pelos respectivos caixas sem integrar-se ao seu patrimônio, na base de cálculo das
contribuições sociais do artigo 195, inciso I da Constituição Federal representa, indubitavelmente, o
combatido efeito de confisco, violando os princípios constitucionais atrás referidos.

A jurisprudência também se manifestou a esse respeito:

“(...) Assim, na recita bruta da empresa, não há como fazer integrar importância que
apenas transitam por ela e que, quando do seu ingresso, já tem sua destinação definida...
sem qualquer acréscimo patrimonial para a empresa contribuinte” (Extraído do voto
proferido pelo Des. Fed. FLEURY PIRES no exame do AMS nº 18.949 – SP, Proc. nº
89.03.39000-8, Revista do TRF 3ª Região, nº 7, pp.123/132)

É certo, portanto, que o faturamento ou receita bruta deve corresponder à exata medida
das receitas próprias auferidas pelas empresas em consonância com o desempenho específico de suas
atividades de modo que, tudo o que não corresponder efetivamente a receita advinda da venda de bens
ou serviços, não poderá se fazer incluir na base de cálculo das contribuições sociais ante ditas,
especialmente, por não se prestar para medir sua capacidade contributiva.

2.4 - DA JURISPRUDÊNCIA ORIUNDA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – ISS NA BASE


DE CÁLCULO DA COFINS – EXCLUSÃO

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No último dia 24/08/2020, no Tribunal Pleno em Sessão Virtual, o Colendo Supremo
Tribunal Federal, por maioria e nos termos do voto do Relator, Ministro Celso de Mello (Relator), no
RE 592616 apreciando o tema 118 da repercussão geral, deu provimento parcial ao recurso
extraordinário e fixou a seguinte tese:

"O valor correspondente ao ISS não integra a base de cálculo das contribuições sociais
referentes ao PIS e à COFINS, pelo fato de o ISS qualificar-se como simples ingresso financeiro que
meramente transita, sem qualquer caráter de definitividade, pelo patrimônio e pela contabilidade do
contribuinte, sob pena de transgressão ao art. 195, I, ‘b’, da Constituição da República (na redação dada
pela EC nº 20/98)", pediu vista dos autos o Ministro Dias Toffoli (Presidente). Falaram: pela recorrente, o
Dr. Heron Charneski; e, pela recorrida, o Dr. Ricardo Soriano, Procurador-Geral da Fazenda Nacional.
Plenário Sessão Virtual de 14.8.2020 a 21.8.2020.” (publicado DJE nº 223 de 09.09.2020)

No julgamento do mencionado RE, a decisão foi favorável ao contribuinte, tendo o STF


definido, em sede de repercussão geral, que o ISS não pode ser considerado como receita ou faturamento,
uma vez que não integra o patrimônio do contribuinte, uma vez que o valor que ingressa no caixa da
pessoa jurídica implica em mero trânsito contábil. Ou seja, os contribuintes do PIS e da COFINS não
faturam, em si, o ISS, sendo este um imposto indireto no qual o contribuinte é mero agente arrecadador.

A decisão acima surgiu após discussão sobre tema prolongar-se por cerca de 12 anos
perante o Poder Judiciário, não sendo novidade a controvérsia acerca da inclusão do ISS no conceito de
faturamento da empresa, tornando-o apto, assim, a figurar como parcela da base de cálculo das
contribuições destinadas ao PIS (Programa de Integração Social) e ao COFINS (Financiamento da
Seguridade Social).

Considerando-se os votos favoráveis aos contribuintes, os ministros do STF observaram


que o ISS não pode ser entendido como receita ou faturamento, pois não integra o patrimônio do
contribuinte. Ao chamar de faturamento ou receita algo que deve ser definido como mero ingresso de
caixa, a Fazenda estaria ameaçando a proteção ao contribuinte. Sob a visão do empresário, não cabe
chamar o tributo de faturamento, uma vez que este será repassado integralmente ao Estado.

Os valores pagos a título de ISS pela parte Autora não tem natureza de faturamento,
pois não importa em agregação de riqueza, conforme trecho da alínea “b” do inciso I do artigo 195 da
Constituição Federal. Com base nesse ponto se conclui que os contribuintes saíram vencedores do
julgamento do RE 592616 RG/RS, com atribuição de Repercussão Geral.

Como transcrito a seguir:

RE 592616 RG / RS - RIO GRANDE DO SUL

REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO

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Relator: Min. MENEZES DIREITO

Julgamento: 09/10/2008

Publicação: 24/10/2008

Órgão julgador: Tribunal Pleno

Publicação DJe-202 DIVULG 23-10-2008 PUBLIC 24-10-2008 EMENT


VOL-02338-11 PP-02120

Partes

ADV.(A/S): PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RECDO.(A/S):


UNIÃO ADV.(A/S) : HERON CHARNESKI E OUTRO(A/S) RECTE.(S) : VIAÇÃO
ALVORADA LTDA

Ementa

EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. ISS. INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO DA


CONTRIBUIÇÃO AO PIS E DA COFINS. CONCEITO DE FATURAMENTO.
EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

Decisão

Decisão: O Tribunal reconheceu a existência de repercussão geral da questão


constitucional suscitada, vencido o Ministro Joaquim Barbosa. Ministro MENEZES
DIREITO Relator

Indexação

- MATÉRIA, EXTRAPOLAÇÃO, INTERESSE SUBJETIVO DA PARTE, RELEVÂNCIA,


SUFICIÊNCIA, VIABILIZAÇÃO, JULGAMENTO, RECURSO EXTRAORDINÁRIO. -
FUNDAMENTAÇÃO COMPLEMENTAR, MIN. MARCO AURÉLIO: FINALIDADE,
INSTITUTO, REPERCUSSÃO GERAL, VALORIZAÇÃO, EXERCÍCIO, DIREITO DE
DEFESA, OBJETIVAÇÃO, EFEITO VINCULANTE, RACIONALIZAÇÃO, TRABALHO,
PODER JUDICIÁRIO. COMPETÊNCIA, STF, DEFINIÇÃO, ALCANCE, EXPRESSÃO,
RECEITA, FATURAMENTO, PREVISÃO, CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

Legislação

LEG-FED CF ANO-1988 ART-00001 ART-00018 ART-00060 PAR-00004 ART-00145


PAR-00001 ART-0146A ART-00151 ART-00156 INC-00003 ART-00195 INC-00001
LET-B REDAÇÃO DADA PELA EMC-20/1998 CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL
LEG-FED EMC-000020 ANO-1998 EMENDA CONSTITUCIONAL LEG-FED
LCP-000070 ANO-1991 LEI COMPLEMENTAR LEG-FED LCP-000116 ANO-2003
LEI COMPLEMENTAR LEG-FED LEI-009718 ANO-1998 ART-00003 PAR-00001
PAR-00002 INC-00001 LEI ORDINÁRIA LEG-FED LEI-010637 ANO-2002
ART-00001 PAR-00001 PAR-00002 LEI ORDINÁRIA LEG-FED LEI-010833
ANO-2003 LEI ORDINÁRIA

Tema

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118 - Inclusão do ISS na base de cálculo do PIS e da COFINS.

Observação

- Acórdãos citados: ADC 18, RE 574706. Número de páginas: 8 Análise: 04/11/2008,


IMC. Revisão: 03/12/2008, JBM. Alteração: 29/09/2011, MMR.

Fim do documento

EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. ISS. INCLUSÃO NA BASE DE CÁLCULO DA


CONTRIBUIÇÃO AO PIS E DA COFINS. CONCEITO DE FATURAMENTO.
EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.

(RE 592616 RG, Relator(a): MENEZES DIREITO, Tribunal Pleno, julgado em


09/10/2008, DJe-202 DIVULG 23-10-2008 PUBLIC 24-10-2008 EMENT
VOL-02338-11 PP-02120)

A decisão do Supremo Tribunal Federal pode ser aplicada imediatamente perante


qualquer Juiz ou Tribunal, independente de trânsito em julgado ou modulação de efeitos, conforme art.
927 e artigo 1.040, inciso I do Novo Código de Processo Civil:

“Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:

[...]

III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas


repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos;

§ 1° Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 e no art. 489, § 1°, quando


decidirem com fundamento neste artigo.”

“Art. 1.040. Publicado o acórdão paradigma:

I - o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos


recursos especiais ou extraordinários sobrestados na origem, se o acórdão recorrido
coincidir com a orientação do tribunal superior;

[...]”

Qualquer decisão que não levar em consideração a tese acima exposta será considerada
nula, por ausência de fundamentação, caso não seja comprovada a existência de distinção entre o caso em
julgamento ou a modificação do entendimento em discussão.

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Número do documento: 20113023410500000000249963412
No presente caso, há total semelhança entre o tema paradigma e a real situação fática da
Autora, conforme prova documental anexada aos autos, pois a Autora é obrigada a efetuar o pagamento
do PIS e da COFINS com a inclusão do ISS em sua base de cálculo.

Nesse sentindo, a Autora requer a total procedência dos pleitos para que, com o
reconhecimento da inconstitucionalidade da inclusão do ISS na base de cálculo do PIS e da COFINS,
amparado na decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no enfrentamento do Tema nº 118, seja
declarada a ilegalidade das cobranças dessas parcelas que não configuram faturamento e receita da
Autora, permitindo-se a atualização da forma de calcular para que se seja definitivamente excluído o ISS
nas parcelas vincendas.

Com efeito, demonstrou-se a necessidade do afastamento da cobrança em discussão e a


respectiva exclusão da incidência do ISS sobre a base de cálculo do PIS e da COFINS.

2.5 - REPETIÇÃO DO INDÉBITO E/OU COMPENSAÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Indubitável o direito da Autora a pleitear a repetição dos valores recolhidos


indevidamente por meio de Ação Declaratória, conforme Código Civil e Súmula 461 do STJ,
respectivamente transcritos abaixo:

“Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido fica obrigado a restituir;
obrigação que incumbe àquele que recebe dívida condicional antes de cumprida a
condição.”

“Súmula 461. O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por
compensação, o indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em
julgado.”

No caso em tela, houve inclusão indevida de ISS na base de cálculo do PIS e da


COFINS, gerando o direito subjetivo da Autora pleitear a devolução dos valores pagos indevidamente.

No ramo do Direito Tributário, o contribuinte é o sujeito passivo e devedor do tributo.


Porém, o contribuinte também pode ser credor da Fazenda Pública, geralmente por ter efetuado o
pagamento de tributos em valores superiores ao devido ou até mesmo por não ser devida a exação,
sendo esta última o caso da presente ação.

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De qualquer forma, existe semelhança entre as hipóteses de restituição e a compensação
do indébito tributário, sendo ambos meios para o contribuinte recuperar tudo que pagou sem
fundamentação legal.

Destaca-se que tais direitos de restituição e compensação estão expressamente previstos


no art. 165, I e art. 170, ambos do CTN, in verbis:

“Art. 165. O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à


restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento,
ressalvado o disposto no § 4° do artigo 162, nos seguintes casos:

I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em


face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato
gerador efetivamente ocorrido;

[...]

Art. 170. A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja estipulação
em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de créditos
tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito passivo
contra a Fazenda pública.”

Ressalta-se, ainda, que a Lei nº 8.383/1991 em seu art. 66, instituiu o direito à
compensação, de forma corrigida – atualmente pela SELIC – nos casos de pagamento indevido ou a
maior de contribuições federais e tributos:

“Art. 66. Nos casos de pagamento indevido ou a maior de tributos, contribuições


federais, inclusive previdenciárias, e receitas patrimoniais, mesmo quando resultante de
reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória, o contribuinte poderá
efetuar a compensação desse valor no recolhimento de importância correspondente a
período subseqüente.”

Depois, com as alterações subseqüentes, a Lei nº 9.430/1996 em seu art. 74 (alterado


pela Lei n. 10.637/2002), dispôs sobre a autorização para compensação de valores recolhidos
indevidamente de PIS e de COFINS, com quaisquer tributos federais administrados pela Secretaria da
Receita Federal. Vejamos:

“Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em
julgado, relativo a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita

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Federal, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação
de débitos próprios relativos a quaisquer tributos e contribuições administrados por
aquele Órgão.”

Aferindo-se a ilegalidade da cobrança tal qual exaustivamente explorada na presente,


torna-se exigível a restituição, sendo de rigor o deferimento da repetição de indébito dos pagamentos
efetuado pela parte Autora durante os últimos 5 (cinco) anos, bem como, dos valores eventualmente
recolhidos no curso da demanda, ou ainda, a declaração do direito à compensação com débitos próprios,
vencidos ou vincendos, relativos a quaisquer tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal
do Brasil.

Considerando, ainda, que o feito versa sobre repetição de indébito tributário, tem-se que
deve seguir a regra prevista no § único do art. 167 do Código Tributário Nacional e no Enunciado
Sumular nº 188 do STJ, que diz:

Art. 167 [...]

Parágrafo único. A restituição vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em


julgado da decisão definitiva que a determinar.

Enunciado Sumular nº 188 do Superior Tribunal de Justiça, extrai-se que “Os juros
moratórios, na repetição do indébito, são devidos a partir do trânsito em julgado da
sentença”.

Com efeito, evidenciada a exação indevidamente imposta à parte Autora pelo Réu,
necessária a sua respectiva condenação à devolução dos valores que recebeu, com as correções cabíveis,
sob pena de enriquecimento ilícito, ressaltando-se que o valor da condenação em específico será apurado
em futura liquidação de sentença, através da juntada dos documentos necessários.

Requer ainda, enquanto se tramita esta ação seja autorizada à Autora a compensação de
débitos próprios perante a União, de forma administrativa à partir do Programa PER/DCOMP ou, na
impossibilidade de sua utilização, mediante a Declaração de Compensação, requerendo que este
requerimento, se aplique tanto aos impostos vencidos, se houver, como nos vincendos, se utilizando do
crédito advindo do pagamento indevido do PIS e COFINS incidentes sobre o ISS, ante o ato
administrativo impugnado, por ser esta cobrança manifestamente indevida, como já pacifico em Nossa
Corte Suprema

2.6) DA TUTELA DE EVIDÊNCIA

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Inicialmente destaca-se a inclusãodo institutoda tutela de evidência no Novo Código de
Processo Civil (artigo 311), podendo esta ser requerida independentemente da comprovação do perigo
de dano ou de risco ao resultado útil do processo, levando em consideração a evidência do direito.

Nessa modalidade de tutela, o Novo CPC privilegia a boa-fé processual e os casos em


que a plausibilidade do direito é patente. São quatro as hipóteses, conforme o artigo 311, abaixo
transcrito:

“Art. 311. A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de


perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:

I - ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório


da parte;

II - as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver


tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante;

III - se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do


contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto
custodiado, sob cominação de multa;

IV - a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar dúvida
razoável.

Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, o juiz poderá decidir liminarmente.”

No presente caso, invoca-se a aplicação do inciso II do art. 311, uma vez que:

A tese defendida pela Autora à respeito da inconstitucionalidade da expansão da base de


cálculo do PIS e da COFINS, com a inclusão do ISS na base, foi reconhecida como inconstitucional pelo
Supremo Tribunal Federal em seu Plenário, no julgamento do Recurso Extraordinário nº RE 592616 sob
o Rito dos Recursos Repetitivos, cuja relatoria foi do Ministro Celso de Mello, em decisão de 24/08/2020,
publicado no Dje de 09/09/2020.

Restou, portanto, solucionado o Tema 118 fixando que o ISS não compõe a base de
cálculo para a incidência do PIS e da COFINS.

A) Além disso, a presente ação restará instruída com prova documental que fazem
prova do fato alegado, qual seja, o recolhimento de ISS inserido na base da cálculo do
PIS e da COFINS.

Não obstante, inexiste periculum in mora no presente caso, pois a parte Autora já efetua
o pagamento do ISS na base de cálculo do PIS e da COFINS há vários anos, e, para fins de concessão da
tutela de evidência exige o legislador tão-somente a probabilidade do direito invocado,
independentemente da demonstração do periculum in mora.

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Com efeito, presente a evidência do direito da Autora, requer, seja determinada a
imediata paralisação de eventuais cobranças ilegais e, portanto, indevidas, excluindo-se imediatamente o
ISS da base de cálculo do PIS e da COFINS devidos pela Autora.

JUSTIÇA GRATUITA

A autora, assim como muitas outras empresas e pessoas estão passando por uma
situação financeira temerária por conta da pandemia causada pelo COVID-19, desta feita com fulcro no
artigo 98 do CPC vigente se requer o deferimento da gratuidade da justiça no que se refere acustas;
despesas processuais, bem como com relação a honorários advocatícios numa eventual sucumbência, o
que se admite ad cautelam, como de direito.

3) DOS PEDIDOS

Diante do exposto, a parte autora requer:

A) Seja concedida a antecipação da tutela de evidência, nos termos do artigo 311, II, do
Novo CPC, para determinar a imediata atualização da forma de calcular para que seja definitivamente
excluído o ISS da base de cálculo do PIS e da COFINS, autorizando-se que a Autora proceda
mensalmente, durante o curso do processo, aos recolhimentos devidos já com observância na
metodologia de cálculo atualizada;

B) O recebimento da presente ação, determinando-se a citação da Ré, por meio


eletrônico, na pessoa do seu representante legal, para, querendo, contestar os termos da presente ação, no
prazo legal, sob pena da revelia e confissão;

B) A procedência da presente ação, para que:

C.1) seja declarada a inconstitucionalidade e a ilegalidade da inclusão do ISS na base de


cálculo do PIS e da COFINS, retificando-se a forma de cálculo dos tributos vincendos após o trânsito
em julgado;

C.2) em razão do acolhimento do pedido principal, seja a parte Autora restituída e/ou
podendo compensar desde já todos os valores indevidamente recolhidos, inclusive nos cinco anos
anteriores ao ajuizamento desta ação, acrescidos de correção pelos índices adotados pela Fazenda
Pública Nacional para cobrança de seus créditos (SELIC) e juros de mora de 1% (um por cento) ao mês
a partir de cada recolhimento indevido;

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C.3) Requer ainda que seja autorizada a compensação do crédito relativo ao pagamento
indevido do PIS e COFINS incidentes sobre o ISS, com tributos e contribuições vencidas se houver e
vincendas;

C.4) Seja determinado que a Ré arque com as custas processuais e honorários


advocatícios nos parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC;

D) Requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, notadamente a


prova pericial;

E) Considerando que a questão de mérito é unicamente de direito, e que todos os


documentos necessários ao pleno exame da matéria em questão estão devidamente documentados nos
autos, requer o julgamento antecipado da lide, conforme dispõe o art. 355 do Novo CPC;

F) Seja concedida a Gratuidade de Justiça nos termos do Art. 98 do Código de Processo


Civil;

G) Protestando pela juntada de novos documentos; planilhas de cálculos e tudo o mais


for necessário para comprovação do direito do autor, não se dispensando uma prova sequer em direito
admitida. E, desde já se protestando pela posterior juntada daquilo tudo que for determinado por este
Juízo para comprovação de seu direito.

H) Informa, por fim, não ter interesse na realização de audiência de


conciliação/mediação, nos termos do art. 319, VII, do Novo CPC.

I) Ao final, ratifica seja julgada totalmente procedente a presente ação, para declarar a
nulidade do ato administrativo para fins de afastar o ato coator atacado e, pacificado junto ao STF; seja
declarada a ilegalidade da utilização do ISS na base de cálculo do PIS e COFINS, e, por conseguinte
seja o ISS excluído da base de cálculo das contribuições ao PIS e da COFINS no período imprescrito de
05 (cinco) anos.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).

Nestes termos, com os inclusos documentos.

Pede deferimento.

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São Paulo, 16 de novembro de 2020.

VALDIR SANTANA RAIMUNDO

OAB/SP 176.287

Rol de Documentos:

1) Procuração;

2) Inscrição no CNPJ;

3) Contrato social

4) Documento sócio;

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Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral https://servicos.receita.fazenda.gov.br/Servicos/cnpjreva/Cnpjreva_Com...

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

CADASTRO NACIONAL DA PESSOA JURÍDICA

NÚMERO DE INSCRIÇÃO
12.530.038/0001-55
COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO E DE SITUAÇÃO DATA DE ABERTURA
30/08/2010
MATRIZ CADASTRAL

NOME EMPRESARIAL
UNIVERSAL TECNOLOGIA EM INFORMATICA LTDA

TÍTULO DO ESTABELECIMENTO (NOME DE FANTASIA) PORTE


******** DEMAIS

CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA PRINCIPAL


63.11-9-00 - Tratamento de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços de hospedagem na internet

CÓDIGO E DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS SECUNDÁRIAS


62.09-1-00 - Suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação
63.19-4-00 - Portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet
62.01-5-01 - Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda
62.04-0-00 - Consultoria em tecnologia da informação
85.99-6-04 - Treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial
85.99-6-03 - Treinamento em informática

CÓDIGO E DESCRIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA


206-2 - Sociedade Empresária Limitada

LOGRADOURO NÚMERO COMPLEMENTO


AV PAULISTA 2073 : HORSAII; CONJ: 1702;

CEP BAIRRO/DISTRITO MUNICÍPIO UF


01.311-300 BELA VISTA SAO PAULO SP

ENDEREÇO ELETRÔNICO TELEFONE


FRASSESSORIA@FRASSESSORIA.COM.BR (11) 4337-4526/ (11) 2669-7741

ENTE FEDERATIVO RESPONSÁVEL (EFR)


*****

SITUAÇÃO CADASTRAL DATA DA SITUAÇÃO CADASTRAL


ATIVA 30/08/2010

MOTIVO DE SITUAÇÃO CADASTRAL

SITUAÇÃO ESPECIAL DATA DA SITUAÇÃO ESPECIAL


******** ********

Aprovado pela Instrução Normativa RFB nº 1.863, de 27 de dezembro de 2018.


Emitido no dia 18/11/2020 às 00:22:44 (data e hora de Brasília). Página: 1/1

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