Fiesmed - 2021

Justiça Federal da 3ª Região
PJe - Processo Judicial Eletrônico
15/09/2022
Número: 5020609-92.2021.4.03.6100
Classe: MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL
Órgão julgador: 8ª Vara Cível Federal de São Paulo
Última distribuição : 01/08/2021
Valor da causa: R$ 1.045,00
Assuntos: ACESSO, Residência Médica
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? NÃO
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
PATRICIA PINHEIRO CABRAL (APELANTE) HYAGO ALVES VIANA (ADVOGADO)
FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA
EDUCACAO - FNDE (APELADO)
BANCO DO BRASIL SA (APELADO) NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO)
PRESIDENTE DO FUNDO NACIONAL DE
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE (APELADO)
DIRETOR PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL S.A
(APELADO)
Ministério Público Federal (FISCAL DA LEI)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
60128 01/08/2021 19:00 Petição inicial Petição inicial
261
60128 01/08/2021 19:00 INICIAL PATRICIA Petição inicial - PDF
263
60128 01/08/2021 19:00 DOC. 01 - PROCURACAO Procuração/Habilitação
264
60128 01/08/2021 19:00 DOC.02- Documento de Identificacao e Comprovante Documento Comprobatório
265 de Residencia
60128 01/08/2021 19:00 DOC.03- Comprovante de inscricao FIES Documento Comprobatório
266
60128 01/08/2021 19:00 DOC.04- Diploma de Conclusao de Curso de Documento Comprobatório
267 Medicina
60128 01/08/2021 19:00 DOC.05- Saldo Devedor Documento Comprobatório
268
60128 01/08/2021 19:00 DOC.06-Declaracao de que a medica esta cursando Documento Comprobatório
270 Residencia medica
60128 01/08/2021 19:00 DOC.07- Portaria Conjunta 03 2013 - anexo 1 Documento Comprobatório
271
60128 01/08/2021 19:00 DOC.08-Requerimento Administrativo para a Documento Comprobatório
272 concessao da Carencia Estendida
60128 01/08/2021 19:00 DOC.09-Negativa ao beneficio de Carencia Estendida Documento Comprobatório
273
60128 01/08/2021 19:00 DOC.10- RESOLUCAO 48, DE 28 DE JUNHO DE Documento Comprobatório
274 2018 - Imprensa Nacional
60128 01/08/2021 19:00 DOC.11- Comprovante de vinculo com o FIES Documento Comprobatório
275
60128 01/08/2021 19:00 DOC.12- Ultimo aditamento do contrato do FIES pela Documento Comprobatório
276 medica
60128 01/08/2021 19:00 DOC.13- Cedula de Identidade Medica Documento Comprobatório
277
62157 02/08/2021 12:56 Certidão Certidão
072
63010 02/08/2021 20:10 Documento Comprobatório Documento Comprobatório
153
63117 02/08/2021 20:10 Doc. custas iniciais Patricia Documento Comprobatório
018
63117 02/08/2021 20:10 Doc. GRU Patricia Documento Comprobatório
022
836
64781 05/08/2021 20:07 Decisão Decisão
899
64850 06/08/2021 20:26 Carta Precatória Carta Precatória
257
004
68439 09/08/2021 13:52 prot.c.prec.104-21 Informação
034
68610 09/08/2021 14:54 Comunicao de Decisão Comunicações
639
69697 10/08/2021 12:45 Ato Ordinatório Ato Ordinatório
903
052
69789 10/08/2021 16:44 c.prec.104-21distribuição Informação
062
850
174
184
798
70292 13/08/2021 18:34 5020609-92.2021.4.03.6100compr Informação
116
76662 17/08/2021 22:23 Petição Intercorrente Petição Intercorrente
121
84017 23/08/2021 19:52 HABILITAÇÂO Procuração/Habilitação
298
84017 23/08/2021 19:52 1080397-01dw-1960255 Petição Intercorrente
351
84017 23/08/2021 19:52 1080397-02dw-1 - procuração bb - kit atualizado abril Procuração/Habilitação
354 de 2021 - spe
641
642
643
644
645
84389 26/08/2021 16:05 Outros Documentos Outros Documentos
917
84389 26/08/2021 16:05 Mandado de Segurança 5020609-92.2021.4.03.6100 Informações Prestadas
928
91726 02/09/2021 17:43 Manifestação Manifestação
139
947
91833 03/09/2021 18:29 c.prec.111-21bcobrasil cumprida Informação
163
91833 03/09/2021 18:29 c.prec.111-21cert oficial Informação
164
91833 03/09/2021 18:29 c.prec.111-21fnde cumprida Informação
165
262
91836 03/09/2021 18:56 c.prec.104-21cumprida Informação
274
8653
10544 15/09/2021 14:52 ASTREINTES - PATRICIA - TRF3 Petição Intercorrente
8694
10544 15/09/2021 14:52 Doc. 01 - Decisão AI 5018100-58.2021.4.03.0000 (1) Documento Comprobatório
8917
10544 15/09/2021 14:52 Doc. 02 - Cobrança de mensalidade em conta da Documento Comprobatório
8924 Impetrante
10573 17/09/2021 16:03 Petição informação sobre MS Petição Intercorrente
3341
10573 17/09/2021 16:03 pet Petição Intercorrente
3349
10573 17/09/2021 16:03 Aditivo 201737181040 Documento Comprobatório
3652
3654
3659
10573 17/09/2021 16:03 Contrato37181043 Documento Comprobatório
3661
10573 17/09/2021 16:03 Cronograma37181049 Documento Comprobatório
3663
10573 17/09/2021 16:03 DRM37181055 Documento Comprobatório
3665
10573 17/09/2021 16:03 SUSPENSÃO DE PRAZOS TJSP37181060 Documento Comprobatório
3666
10573 17/09/2021 16:03 Termo Consentimento 201837181063 Documento Comprobatório
3668
11162 24/09/2021 20:46 Despacho Despacho
1557
2213
4613
4618
7391
12130 04/10/2021 16:17 EMAIL DISTR. CP Outros Documentos
9363
12130 04/10/2021 16:17 DISTRIB CP 123 Outros Documentos
9364
6389
12242 05/10/2021 00:32 PATRICIA PINHEIRO CABRAL - PETIÇÃO DE Petição Intercorrente
6390 MANIFESTAÇÃO37621153
9283
9284
9285
9286
8487
15056 11/11/2021 15:08 PATRICIA PINHEIRO CABRAL - PETIÇÃO DE Petição Intercorrente
8492 CUMPRIMENTO DA OBF38560861
3625
15067 12/11/2021 15:29 RECEBIDO_BANCO_BRASIL_SEI_17988_75 Carta Precatória
3632
15067 12/11/2021 15:29 RECEBIDO_PRESIDENTE_FNDE_SEI_17988_75 Carta Precatória
3633
15067 12/11/2021 15:29 cert2 (1) Carta Precatória
3634
15067 12/11/2021 15:29 cert (2) Carta Precatória
3635
17054 07/12/2021 19:46 Sentença Sentença
6807
1441
17173 09/12/2021 19:18 Comunicao de Acórdão Comunicações
7226
17173 10/12/2021 12:38 Relatório Relatório
7228
17173 10/12/2021 12:38 Voto Voto
7229
17173 10/12/2021 12:38 Ementa Ementa
7230
18467 14/12/2021 16:39 Manifestação Manifestação
2995
6379
7941
8306
3894
8898
18721 17/12/2021 16:38 DISTRI. CP 1 153 Outros Documentos
9457
18721 17/12/2021 16:38 DISTRI. CP 1 153 1- SEI.pd Outros Documentos
9465
19854 20/12/2021 17:48 Apelação Apelação
5149
19882 20/12/2021 17:48 APELACAO - Patricia Pinheiro Apelação
9119
19882 20/12/2021 17:48 Comprovante de Pagamento custas Comprovante de Recolhimento de
9131 Preparo
5499
5967
24124 01/02/2022 17:23 PROCESSO_ 5031911-85.2021.4.03.0000 - TUTELA Decisão
5982 ANTECIPADA ANTECEDENTE
0140
24131 02/02/2022 12:38 CP_153_2021 Carta Precatória
0145
24131 02/02/2022 12:38 Recebimento__Banco_do_Brasil__Presidente__5020 Carta Precatória
0146 609_92.2021.4.03.6100__SEI_22838_75.2021.4.01.8
005_
24131 02/02/2022 12:38 Recebimento__FNDE__Presidente__5020609_92.20 Carta Precatória
0147 21.4.03.6100__SEI_22838_75.2021.4.01.8005_
24131 02/02/2022 12:38 SEI_TRF1 - 14797364 - Certidão Carta Precatória
0148
24131 02/02/2022 12:38 SEI_TRF1 - 14798109 - Certidão Carta Precatória
0149
6549
24193 07/02/2022 18:14 ASTREINTES - PATRICIA - TRF3 Petição Intercorrente
7806
24193 07/02/2022 18:14 Doc. 01 - Comprovante protocolo tutela antecedente Documento Comprobatório
7827
24193 07/02/2022 18:14 Doc. 02 - Decisão Patricia TRF3 Documento Comprobatório
7831
24193 07/02/2022 18:14 Doc. 03 - Cobrança BB Documento Comprobatório
7832
24241 10/02/2022 17:53 Contrarrazões Contrarrazões
8428
24316 17/02/2022 13:29 Contrarrazões apelação Contrarrazões
9694
24316 17/02/2022 13:29 PATRICIA PINHEIRO CABRAL - CONTRARRAZÕES Contrarrazões
9697 A APELAÇÃO40669792
24316 17/02/2022 13:29 1 - PROC Procuração/Habilitação
9699
26087 24/08/2022 18:15 Comunicao de Acórdão Comunicações
9029
26087 25/08/2022 15:45 Ementa Ementa
9030
26087 25/08/2022 15:45 Relatório Relatório
9031
26087 25/08/2022 15:45 Voto Voto
9032
Em anexo.
Assinado eletronicamente por: HYAGO ALVES VIANA - 01/08/2021 19:00:10 Num. 60128261 - Pág. 1
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=21080119001024200000054671287
Número do documento: 21080119001024200000054671287
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ___ VARA FEDERAL
CÍVEL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO - SP
PATRÍCIA PINHEIRO CABRAL, brasileira, solteira, médica, inscrita no RG n.º

5472433– SSP/GO, e no CPF nº: 111.005.657-52, residente e domiciliada na Avenida
Aclimação, 547, Apartamento 42, São Paulo-SP, CEP: 01531-001, email:
amanda_campos87@hotmail.com, vêm, respeitosamente, à digna presença de Vossa
Excelência, por seus procuradores infra-assinados (Doc. 1), com fundamento na Lei n.º 12.016
de 07 de agosto de 2009, impetrar o presente:
MANDADO DE SEGURANÇA
COM PEDIDO LIMINAR
em face do FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO autarquia

federal, inscrita no CNPJ sob nº 00.378.257/0001-81, com sede no Setor Bancário Sul, Quadra
2, Bloco F, Edifício FNDE, Brasília, Distrito Federal, CEP: 70070-929; bem como do seu
representante legal, autoridade coatora, (i) PRESIDENTE DO FUNDO NACIONAL DE
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FNDE, Sr. Carlos Alberto Decotelli, inscrito
no CPF nº: 370.949.717-53, e ainda, do BANCO DO BRASIL S.A instituição financeira,
inscrita no CNPJ sob n° 00.000.000/0001-91, com sede no SAUN - Quadra 5 - Lote B –
Ed. Banco do Brasil - 3º andar - CEP: 70040-912 - Brasília - DF, bem como do seu representante
legal, autoridade coatora, o DIRETOR PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL S.A, Sr.
Fausto de Andrade Ribeiro, inscrito no CPF nº:343.530.971-72, do pelos motivos de fato e de
Direito expostos a seguir.
I. DOS FATOS.
A Autora (Doc.02), firmou com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da

Educação – FNDE, CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO PARA O
FINANCIAMENTO DE ENCARGOS EDUCACIONAIS AOS ESTUDANTES DO ENSINO
SUPERIOR e seus respectivos ADITAMENTOS, relativos ao curso de Medicina, com recursos
do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES), sendo este intermediado
pelo Banco do Brasil (doc. 03).
Autor Agente Financeiro
Banco: BANCO DO BRASIL

PATRÍCIA PINHEIRO CABRAL
Data da Contratação: 26/03/2014
Previsão do término do
contrato: 10/06/2040
N° do Contrato no Agente
Financeiro: 440500694
A Autora que se formou médica pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás em

06 de janeiro de 2020, utilizando o financiamento estudantil do FIES e foi aprovada no
Programa de Pós-Graduação em Residência Médica (doc. 06) na área de CIRURGIA, no
Hospital do Servidor Público Municipal de SP, com início em 01/03/2020 e termino previsto
para 28/02/2022, sendo uma das especialidades definidas como prioritárias pelo Estado,
conforme descrito o Anexo II da PORTARIA CONJUNTA Nº 3, DE 19 DE FEVEREIRO DE
2013 do Ministério da Saúde (doc. 07).
O contrato com o FIES está vigente, o período de carência, que tem o prazo de 18
(dezoito) meses contados da formatura da impetrante se encerrou em 12/07/21 (doc. 05), tendo
iniciado a fase de amortização com a cobrança de parcelas mensais no valor de R$ 2.883,56 até
que se encerre a dívida. Destaca-se que a requerente já havia solicitado a prorrogação do período
de carência em 25 de março de 2021 (doc. 08).
A Autora possui direito a carência estendida, para que o pagamento das parcelas do
Financiamento Estudantil tenha início somente após a conclusão da residência médica,
conforme prevê a Lei 10.260/2001, com alterações da Lei 12.202/2010, em seu artigo 6º-B,
inciso II, § 3º, “in verbis”:
Art. 6o-B. O Fies poderá abater, na forma do regulamento, mensalmente,

1,00% (um inteiro por cento) do saldo devedor consolidado, incluídos os juros
devidos no período e independentemente da data de contratação do
financiamento, dos estudantes que exercerem as seguintes profissões:
(Incluído pela Lei nº 12.202, de 2010)
“§ 3o O estudante graduado em Medicina que optar por ingressar em

programa credenciado Medicina pela Comissão Nacional de
Residência Médica, de que trata a Lei no 6.932, de 7 de julho de 1981,
e em especialidades prioritárias definidas em ato do Ministro de
Estado da Saúde terá o período de carência estendido por todo o
período de duração da residência médica. (Incluído pela Lei nº 12.202,
de 2010)”.
A regulamentação do supracitado benefício se deu através da Portaria Normativa

Nº 7/2013, do Ministério da Saúde, que para o presente caso, condicionou a concessão da
prorrogação ao preenchimento dos seguintes requisitos: (i) estar cursando residência médica
credenciada pela Comissão Nacional de Residência Médica e (ii) definida como prioritária em
ato do Ministério da Saúde; e (iii) observado os prazos existentes para a formulação de tal pleito,
“in verbis”:
Art. 6o O período de carência estendido de que trata o §3odo art. 6o -B da

Lei no 10.260, de 2001, será concedido a médico integrante de equipe
prevista no inciso II do art. 2º desta Portaria que vier a estar regularmente
matriculado e frequentando programa de residência médica:
I - Credenciado pela Comissão Nacional de Residência Médica; e
II - Em especialidades prioritárias definidas em ato do Ministro de Estado
da Saúde.
§ 1o Poderá solicitar o período de carência estendido o médico que não
integre equipe prevista na forma do inciso II do art. 2o, regularmente
matriculado em residência médica que atenda às condições previstas nos
incisos I e II do caput, desde que o contrato não esteja na fase de
amortização do
financiamento.
§ 2o O período de carência estendido deverá ser solicitado de acordo com
o inciso II do art. 5º, observando as seguintes condições e prazos:
I - para o contrato que estiver na fase de carência do financiamento:
a) início: no mês em que se iniciar a residência médica;
b) término: no mês em que finalizar a residência médica ou a fase de
carência do financiamento, o que ocorrer por último;
A autora por preencher os requisitos, solicitou em 25 de março de 2021 a carência

por via administrativa, protocolo n. 25000.044918/2021-24 (doc. 08), porém mesmo diante do
preenchimento de todos os requisitos para a concessão do benefício, as Requeridas se negam a
prorrogar a carência do contrato, sob o argumento que ÁREA CIRÚRGICA BÁSICA não pode
ser enquadrada como especialidade beneficiada, vejamos a negativa dada em 26 de julho de
2021 a autora, disposta abaixo (doc. 09):
“Informamos que o Ministério da Saúde recebeu a solicitação do médico.

A solicitação foi analisada, no entanto verificou-se no Sistema de
Informação da Comissão Nacional de Residência Médica (SisCNRM) do
Ministério da Educação (MEC), que o requerente está cursando
"PROGRAMA DE PRÉ REQUISITO EM ÁREA CIRÚRGICA
BÁSICA". Essa especialidade não está elencada no rol taxativo contido no
Anexo II, da Portaria conjunta SGTES/SAS Nº 3 de 19 de fevereiro de
2013, que elenca as Especialidades Médicas prioritárias.”
Excelência, esse é o ponto controvertido da presente, ÁREA CIRÚRGICA

BÁSICA também é entendida como CIRURGIA, nos termos da legislação, inclusive é pré-
requisito para cursar determinadas áreas da residência de cirurgia, entendimento
consolidado na jurisprudência.
Portanto, considerando o início das cobranças, e especialmente pelo fato de suas

momentâneas hipossuficiências econômicas, para suportar tais custos, a Autora não vê outra
alternativa para garantir seus direitos, senão através do ingresso da presente ação, a fim de fazer
valer, junto ao Judiciário, o benefício legal que lhe é garantido por Lei e constitucionalmente
assegurado.
II. DO DIREITO
1. DA ILEGALIDADE DA NEGATIVA AO PEDIDO DE CARÊNCIA

ESTENDIDA
O direito à educação está capitulado na Constituição Federal, e é tratado como

direito de todos e dever do Estado e da família, devendo ser promovido e incentivado com a
colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 206 da CF).
Sob esta perspectiva é que sobreveio a edição da Lei nº 10.260/01, que instituiu
o Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior, destinado à concessão de
financiamento a estudantes regularmente matriculados em cursos superiores não gratuitos e
com avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação, de acordo
com regulamentação própria (art. 1º).
Conforme estabelece o artigo 6º-B, § 3º, da Lei nº. 10.260/2001, com a redação
conferida pela Lei nº. 12.202/2010, o estudante graduado em Medicina que optar por ingressar
em programa credenciado Medicina pela Comissão Nacional de Residência Médica e em
especialidades prioritárias definidas em ato do Ministro de Estado da Saúde terá o período de
carência estendido por todo o período de duração da residência médica, “in verbis”:
Art. 6o-B. O Fies poderá abater, na forma do regulamento, mensalmente,

1,00% (um inteiro por cento) do saldo devedor consolidado, incluídos os juros
devidos no período e independentemente da data de contratação do
financiamento, dos estudantes que exercerem as seguintes profissões:
“§ 3o O estudante graduado em Medicina que optar por ingressar

em programa credenciado Medicina pela Comissão Nacional de
Residência Médica, de que trata a Lei no 6.932, de 7 de julho de 1981,
e em especialidades prioritárias definidas em ato do Ministro de
Estado da Saúde terá o período de carência estendido por todo o
período de duração da residência médica. (Incluído pela Lei nº
12.202, de 2010)”.
O rol de especialidades médicas prioritárias está previsto no anexo II da Portaria

Conjunta SGTES/SAS nº 3/2013 do Ministério da Saúde, abaixo colacionada:(doc. 07)
Conforme se observa do rol acima transcrito, há na descrição das especialidades

médicas prioritárias e, portanto, suscetível à prorrogação do prazo de carência para pagamento
do financiamento, a especialidade CIRURGIA GERAL.
De outro lado, cumpre também esclarecer a necessidade de formação prévia em

CIRURGIA BÁSICA para posterior formação em uma das nove especialidades cirúrgicas, ou
até mesmo para simples especialização para a própria cirurgia geral.
Isto se dá em razão de que o próprio Ministério da Educação, através da

Resolução nº 48/2018, que dispõe sobre a “Matriz de Competências dos Programas de
Residência Médica em Cirurgia Geral e do Programa de Pré-requisito em Área Cirúrgica
Básica no Brasil”, entender pela necessidade de treinamento prévio em cirurgia básica,
como pré-requisito e condição sine qua non ao início da capacitação em uma das nove
áreas de especialidade cirúrgica, art. 3º Resolução nº 48/2018, in verbs:
“Art. 3º A conclusão do Programa de Pré-requisito em Cirúrgica Básica
é condição indispensável para o ingresso nas especialidades cirúrgicas,
que incluem: Cirurgia do Aparelho Digestivo, Cirurgia de Cabeça e
Pescoço, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Urologia, Cirurgia
Torácica, Cirurgia Oncológica, Cirurgia Pediátrica e Cirurgia
Coloproctológica.”
Diante disso, tem-se que o termo “CIRURGIA GERAL” abarca totalmente o termo
“CIRURGIA BÁSICA”, pois, conforme frisado acima, a residência em cirurgia básica é pré-
requisito e condição indispensável ao início da capacitação em áreas da cirurgia.
Com a vigência no ano de 2019 da Resolução nº 48, de 28 de junho de 2018, que

promoveu alterações na especialização de Cirurgia Geral, essa passou a ser dividida em
duas áreas, quais sejam, a Área Cirúrgica Básica, com duração de dois anos, e o Programa
de Cirurgia Geral, com duração de três anos. Neste sentido, a residência de Cirurgia Geral,
da forma que é prevista na Portaria Conjunta SGTES/SAS Nº 3/2013, NÃO EXISTE MAIS.
Ora, se o intuito do Poder Público importa em fomentar existência de médicos que

serão capazes de realizar procedimentos cirúrgicos, aquele que inicialmente cursa a residência
médica em CIRURGIA BÁSICA, recebe IDÊNTICO APRENDIZADO, em comparação
com aquele que está cursando CIRURGIA GERAL, valendo frisar, que durante os dois
primeiros anos, em que as grades curriculares são IGUAIS, ambos os profissionais, ao final
do segundo ano, estão aptos para realizar os mesmos procedimentos, conforme preceituado pelo
MEC no art. 3, § 1º, da RESOLUÇÃO Nº 48, DE 28 DE JUNHO DE 2018, (doc.10).
Excelência, o Poder Público alterou o programa de residência em cirurgia geral,

para agora também existir o de cirurgia básica, o que não exclui o benefício da Autora, que
cursa a residência de cirurgia, é estudante, recebe o mesmo aprendizado e, no fim, estará apta
para realizar os mesmos procedimentos, sem se esquivar do fato principal, o mais importante
e o que lei visa resguardar, é que a residente em função da carga horaria exaustiva de 60
horas semanais, não possui condições financeiras de arcar com o custo da amortização do
FIES neste momento.
Por outro lado, em simples explanação, sem a capacitação em CIRURGIA
BÁSICA o médico residente não poderá se especializar em CIRURGIA GERAL, e
observe:
Período de carência Área cirúrgica básica – pré Art. 7 § 1o da Portaria

requisito para especialidades normativa 7 – 2013,
da cirurgia (art. 3º Resolução
nº 48/2018)
§ 1o Poderá solicitar o
18 meses 24 meses
período de carência
estendido o médico que
não integre equipe
prevista na forma do
inciso II do art. 2o,
regularmente
matriculado em
residência médica que
atenda às condições
previstas nos incisos I e II
do caput, desde que o
contrato não esteja na
fase de amortização do
financiamento.
Na prática a negativa da forma que foi feita inviabiliza a concessão do benefício a

qualquer aluno da cirurgia, tendo em vista que quando a médica estiver superado o pré-requisito
em Cirurgia Básica está já não poderá requerer o benefício em virtude do lapso temporal
previsto § 1º do art. 7 da Portaria normativa 7 – 2013.
Nesse sentido, cita-se brilhante entendimento do Exmo. Sr Desembargador João

Batista Moreira, Relator do Agravo de instrumento de n. 1041959-02.2019.4.01.0000, sexta
turma do TRF1 in verbis:
[...]
Decido
Nas informações prestadas pelo FNDE, foi alegado que a especialidade
da residência médica do impetrante-agravante não lhe dá o direito à
carência pretendida.
Ocorre que o impetrante-agravante cursou residência na “Área de
Cirurgia Básica”, que pode ser considerada, mesmo sem esforço
interpretativo, no mínimo uma subárea da especialidade prevista no
normativo em questão.
[...]
“ No que diz respeito à especialidade cursada pelo autor, e conforme já

explicado na petição inicial, no ano de 2019 começou a viger a
Resolução nº 48, de 28 de junho de 2018, que promoveu alterações na
especialização de Cirurgia Geral, que passou a ser dividida em duas
áreas, quais sejam, a Área Cirúrgica Básica, com duração de dois
anos, e o Programa de Cirurgia Geral, com duração de três anos.
Neste sentido, a residência de Cirurgia Geral, da forma em que prevista
na Portaria Conjunta SGTES/SAS Nº 3/2013, NÃO EXISTE MAIS, pois
foi desmembrada em dois programas distintos, sendo um deles o cursado
pelo impetrante. Assim, fazendo uma interpretação extensiva, a Área
Cirúrgica Básica, cursada pelo impetrante, faz parte da residência
de Cirurgia Geral, prevista na Portaria conjunta SGTES/SAS Nº 3
de 19 de fevereiro de 2013, e portanto, engloba a carência estendida
do FIES. O que sucede, é que como a alteração realizada na
especialização de Cirurgia Geral começou a viger no ano de 2019, a
Portaria nº 1.377/2011 do Ministério da Saúde, ainda não dispôs sobre
esta alteração, devendo, portanto, considerar o programa da
Área Básica de Cirurgia, para o fim de aplicação do art. 6º-B, § 3º, da
Lei nº 10.260/2001, dentro da antiga especialidade de Cirurgia Geral,
prevista no anexo II da Portaria conjunta SGTES/SAS nº 3/2013, que
alterou a Portaria nº 1.377/2011. Em exame preliminar, são relevantes os
fundamentos da impetração. (...). Defiro, portanto, o pedido de
antecipação da tutela recursal. Comunique-se ao juízo de origem para
imediato cumprimento.
(AI 1041959-02.2019.4.01.0000, DESEMBARGADOR FEDERAL

JOÃO BATISTA MOREIRA, TRF1, PJe 29/01/2020 PAG.).
Cumpre esclarecer, ainda, que a grade curricular do médico participante, seja da

residência em CIRURGIA GERAL ou em CIRURGIA BÁSICA, são as mesmas durante os
dois primeiros anos, tanto o aluno de cirurgia básica, como o de cirurgia geral, possui
carga horária de trabalho de 60 (sessenta) horas semanais vinculada ao curso de
residência, o que lhe exige dedicação exclusiva, impedindo-o de buscar trabalho alternativo
para fazer frente às suas despesas.
Nessa linha, cumpre trazer à tona, decisão proferida nos autos do Procedimento
Comum nº 5010855-09.2019.4.03.6000, com trâmite perante a 2ª Vara Federal de Campo
Grande, valendo destacar os seguintes pontos, “in verbis”:
(...) é forçoso reconhecer que o ingresso do profissional da medicina

na residência para quaisquer daquelas áreas de cirurgia médica
previstas na Portaria conjunta SGTES/SAS Nº 3 de 19 de fevereiro
de 2013, incluindo-se a cirurgia geral, depende do prévio requisito da
conclusão da cirurgia básica, conforme previsão da Resolução 48/2018,
da Secretaria de Educação Superior do MEC, não se podendo, a ,
excepcionar o prazo da carência para tal modalidade, sob pena de
inviabilizar a priori aplicação do dispositivo legal que o garante (art. art.
6º- B, § 3º, da Lei 10.260/2001).
Isto porque, nos termos das referidas normas acima transcritas, o

profissional da medicina só poderá ingressar na grande maioria das
especialidades previstas na PC 03/2013, após a conclusão da modalidade
de cirurgia básica. Considerando o lapso temporal para essa conclusão,
aproximadamente um ano e meio a dois anos (fls. 25), é forçoso concluir
pela impossibilidade de utilização da prorrogação da carência pelo
estudante interessado, caso seja mantido o indeferimento de fls. 27/28 na
forma como exposto, haja vista que só se pode requerer a prorrogação de
prazo de carência que ainda não se tenha encerrado.
Assim, é de se verificar que a carência contratual normalmente é de

“até 18 meses” (cláusula oitava do contrato de FIES), sendo que o
prazo para conclusão da residência em cirurgia básica é de
aproximadamente 22 meses (fls. 25), o que leva à conclusão de que
na data de ingresso numa das modalidades passíveis de se prorrogar
o prazo da carência contratual, este prazo já se terá encerrado,
inviabilizando, ao que me parece, o exercício de direito previsto na
Lei.
10
Cita-se ainda outras jurisprudências análogas ao tema, “in verbis”:
ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. ENSINO

SUPERIOR. FUNDO DE FINANCIAMENTO AO ESTUDANTE
DE ENSINO
SUPERIOR - FIES. PRAZO DE CARÊNCIA. PRORROGAÇÃO.
RESIDÊNCIA MÉDICA. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DE
REGRA MAIS FAVORÁVEL AO ESTUDANTE.
I. O art. 205 da Constituição Federal estabelece que a educação,
direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho. Nesse sentido, visando
dar eficácia ao aludido dispositivo constitucional, o Poder Público
instituiu o Fundo de Financiamento ao Estudante de Ensino Superior
- FIES, que é um programa destinado a financiar, na educação
superior, a graduação de estudantes matriculados em instituições
particulares que não possuem poder aquisitivo para enfrentar os
custos de uma formação nas aludidas instituições particulares.
II. Na hipótese dos autos, tendo a Impetrante comprovado ter sido
aprovada para seleção de residência médica, afigura-se razoável a
extensão do prazo de carência do contrato de financiamento,
celebrado com a Caixa Econômica Federal em 2007, por todo o
período de duração da residência médica, nos termos em que dispõe
o art. 6º B da Lei nº 10.260/2001, com a redação que lhe foi dada pela
Lei nº 12.202, de 2010. Em sendo assim, a referida norma legal deve ser
aplicada na hipótese dos autos, não só pela sua finalidade social, mas
também por constituir regra mais favorável a impetrante. III Remessa
oficial desprovida. Sentença confirmada.”.
(TRF-1 - REOMS: 148844320134014000 PI 0014884-
43.2013.4.01.4000, Relator: Des. Federal Souza Prudente, Data de
Julgamento: 09/04/2014, Quinta Turma, Data de Publicação:
EDJF1p.628 de 25/04/2014) (grifos nossos).
ADMINISTRATIVO. FIES. PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE

CARÊNCIA. RESIDÊNCIA MÉDICA. LEI Nº 12.202/2010.
APLICAÇÃO DA LEI MAIS BENEFICA AO ESTUDANTE.
CABIMENTO.
1. No caso em análise, a impetrante objetiva que o período de carência
do Contrato de Financiamento Estudantil nº 13.0732.185.0003684-90
seja prorrogado até a conclusão de sua residência médica, nos termos
da Lei nº 12.202/2010, que incluiu o art. 6º-B na Lei nº. 10.260/2001, o
qual, em seu parágrafo 3º, dispõe que: Art. 6º-B. parágrafo 3º "O
11
estudante graduado em Medicina que optar por ingressar em programa
credenciado Medicina pela Comissão Nacional de Residência Médica,
de que trata a Lei nº 6.932, de 07 de julho de 1981, e em especialidades
prioritárias definidas em ato do Ministro de Estado da Saúde terá
o período de carência estendido por todo o período de duração da
residência médica". (Incluído pela Lei nº 12.202, de 2010).
2. Com efeito, a norma em comento garante aos estudantes graduados

em medicina a extensão do período de carência do Contrato de
Financiamento Estudantil por todo o período de duração da residência
médica quando comprovada a concomitância de dois requisitos: a) que
o graduado tenha ingressado em programa credenciado de Residência
Médica pela Comissão Nacional de Residência Médica; e b) em
especialidades prioritárias definidas em ato do Ministro de Estado da
Saúde.
3. Considerando o caráter social dos contratos de financiamentos
estudantis, uma vez que promovem a igualdade entre estudantes de
variadas classes sociais, ao facilitar o acesso ao ensino superior,
necessário se faz aplicação da norma mais benéfica ao estudante em
tais contratos. 4. Nesse particular, ainda que o contrato firmado entre a
impetrante e a Caixa Econômica Federal seja anterior à modificação do
prazo de carência previsto na legislação, a autora faz jus à prorrogação
do prazo de carência do financiamento estudantil (FIES), durante todo o
período de duração da sua residência médica (de 01/02/2012 a
31/01/2014, conforme declaração de fl. 16), porquanto demonstrou
preencher os requisitos legais insertos no artigo 6º-B, parágrafo 3º, da
Lei nº 10.260/01, introduzido pela
Lei 12.202/2010. Apelação provida para conceder a segurança
pleiteada, no intuito de determinar a prorrogação do período de carência
do Contrato de Financiamento Estudantil – FIES nº
13.0732.185.0003684-90, durante o período de duração da residência
médica da impetrante, contados a partir de 01/02/2012 até 31/01/2014.”.
(TRF-5 - AC: 6638220124058202, Relator: Des. Federal José Maria
Lucena, Data de Julgamento: 03/04/2014, Primeira Turma, Data de
Publicação: 10/04/2014) (grifos nossos).
Diante do exposto, considerando todos os elementos já apresentados, importa na

concessão da prorrogação da carência do contrato em questão até a conclusão do curso de
residência, pois, principalmente, a Autora não pode, nesse momento, suportar tais custos.
12
2. DO ESCOPO SOCIAL DO FINANCIAMENTO ESTUDANTIL -
INVIABILDIADE FINANCEIRA.
É bem de ver que a Autora iniciou o curso de residência médica e desde então,
recebe apenas uma bolsa auxílio, de modo que resta impossibilitada de arcar com os custos do
financiamento estudantil somados com as suas despesas para manutenção dos seus estudos.
Mesmo porque, apenas uma mensalidade do respectivo financiamento, compromete

consideravelmente seu orçamento, posto que se trata de uma despesa fixa mensal, importando
em um percentual considerável de sua renda mensal.
Registra-se que, bem como a realidade empírica da residência médica, a residente

deve ter dedicação exclusiva ao programa, não podendo e, nem tendo condições temporais,
físicas ou mentais, para exercer qualquer outra atividade laboral complementar, pois, como já
dito, sua carga horária, na residência, é de 60 (sessenta) horas semanais.
Por este motivo, a Autora pleiteou, ainda de forma administrativa, a concessão da

prorrogação do prazo para efetuar o pagamento do financiamento até a conclusão da sua
residência médica, o que, injustamente, lhe foi NEGADO!
Excelência, pede-se vênia para repetir o fato de que a Autora não está buscando se
eximir do cumprimento de suas obrigações, mas tão somente usufruir de benefício legal já
existente, que possui cunho social de imensa magnitude e que sem ele será impossível
prosseguir com seus estudos e, por fim, atingir o objetivo final também buscado pelo Poder
Público, que importa na formação de médicos cirurgiões, para o escopo final de salvar vidas.
3. DA AFRONTA ÀS NORMAS CONSTITUCIONAIS.
Como é comumente sabido, dentre os diversos Direitos Fundamentais garantidos

pela Carta Magna, encontra-se o Direito de Ação, que assegura ao indivíduo a possibilidade de
acionar o Poder Judiciário diante de qualquer lesão ou ameaça a direito, “in verbis”:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer

natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
13
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou
ameaça a direito;”
Cumpre também mencionar que, em se tratando de Direitos Fundamentais, o acesso

à educação é assegurado a todos, devendo ser prestados pela família, mas também pelo Estado,
conforme amparo na Constituição Federal.
“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,

será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando
ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.”
No caso dos autos, se mostra evidente que as Requeridas estão negligenciando o

direito da Autora, incorrendo em desrespeito aos princípios constitucionais da administração
pública e garantias fundamentais, ao impedi-la de gozar do benefício de prorrogação do prazo
de carência até o término do curso de residência médica para então, sem qualquer tipo de
esquiva de suas obrigações, efetuar o pagamento do financiamento estudantil contratado.
III. DA TUTELA DE URGÊNCIA.
Sabe-se que o art. 7º, III, da Lei n.º 12.016/09 prevê a possibilidade de concessão
de medida liminar em sede de mandado de segurança quando sejam relevantes os fundamentos
da impetração (fumus boni iuris) e do ato impugnado puder resultar a ineficácia da ordem
judicial, se concedida ao final (periculum in mora).
No presente caso, pugna-se pelo deferimento da medida liminar pleiteada, eis que
presentes ambos os requisitos autorizadores.
O fumus boni iuris está fartamente demonstrado nas razões, especialmente porque
demonstrado que a médica residente de área básica cirúrgica está amparado pela Lei
10.260/2001, no rol de especialidades médicas prioritárias previsto no anexo II da Portaria
Conjunta SGTES/SAS nº 3/2013 do Ministério da Saúde, demonstrado que a divisão da área
cirúrgica em duas ou mais áreas não tem o condão de excluir o benefício da autora,
demonstrado a ilegalidade da negativa.
14
O periculum in mora, por igual, é evidente. A autora iniciou a fase de amortização
em 12/07/21 (doc. 05), sendo cobrado no valor de R$ 2.883,56, acabando com as reservas
financeiras da Impetrante, a cobrança se repetirá mês a mês, sendo a próxima em 12/08/21,
estando sujeita em caso de inadimplência a multa, juros, negativação em cadastro de
inadimplentes, comprometendo a pequena renda da impetrante, que pelo exercício da residência
e o baixo valor da bolsa de auxílio da residência já é comprometida.
Destaca-se ainda, a possibilidade de reversibilidade da decisão, posto que na

remota hipótese deste juízo entender em outro momento processual que não é passível a
suspensão da cobrança essa poderá ser feita normalmente, sendo os valores devidos de igual
forma, o que não ocorrerá caso a medida liminar seja negada e posteriormente reconhecido o
direito da Impetrante, que poderá ter seu nome negativado em cadastro de inadimplentes,
sujeitos a pagar multas e juros e até mesmo impossibilitar o exercício da residência que é feito
em hospitais públicos que já sofrem com a falta de médicos, agravada pela pandemia causada
pela COVID 19.
Em sendo assim, considerando-se o preenchimento dos pressupostos legais, revela-
se necessária, inaudita altera pars, a concessão de liminar no caso em concreto, para que as
Requeridas fiquem impedidas de realizar cobranças relacionadas com o contrato aqui tratado,
até o final do curso de residência médica.
IV. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS.
Diante do exposto, requer:
a) Seja concedida a tutela de urgência antecipada em caráter de liminar para DETERMINAR

ao FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FNDE e ao
BANCO DO BRASIL que proceda a extensão do prazo de carência do financiamento estudantil
da autora até o término da sua respectiva residência médica.
b) A notificação das autoridades coatoras, nos termos do artigo 7º, inciso I, da Lei nº
12.016/2009, para prestar informações no prazo legal;
c) A oitiva do ilustre representante do Ministério Público Federal, nos termos do artigo 12, da
Lei nº 12.016/2009;
15
d) Ao final, seja, JULGADA PROCEDENTE A PRESENTE DEMANDA EM TODOS OS
SEUS TERMOS, sendo confirmada, em definitivo, a medida liminar ora pleiteada, para que
sejam prorrogados os prazos de carência para o pagamento do Contrato de Financiamento
Estudantil – FIES, até a conclusão da Residência Médica em Área Cirurgia Básica nos seus
respectivos prazos.
Finalmente, requer, ainda, sob pena de nulidade, que todas as publicações/intimações sejam
realizadas, exclusivamente, em nome de seus patronos constituídos, Dr. HYAGO ALVES
VIANA, sob registro OAB/DF 49.122, com domicílio profissional situado na CNA 01, Lote
15, Sala 105, Taguatinga Norte – DF, CEP 72.110-015.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.045,00 para fins fiscais.

Nestes termos, pede e espera deferimento.
Brasília-DF, 31 de julho de 2021.
Hyago Alves Viana

OAB/DF 49.122
16
SEGUNDA VIA.
1
45531137 25720650 26 JUL 2021 80,48 110 30

jun/21
140
CPF/CNPJ: 111.005.657-52 INSC. EST: ISENTO JUN 2021 mai/21 32
abr/21 128 30
mar/21 115 28
PATRICIA PINHEIRO CABRAL fev/21 140 32
11769605
jan/21 175 30
18 MAI 38.819
AV ACLIMACAO 547 AP 42 dez/20 125 31
17 JUN 38.929 123 30
CEP: 01531-001 - SAO PAULO/SP nov/20
out/20 124 31
19 JUL
set/20 116 29
1,00000 131 32
ago/20
110,0 jul/20 149 30
30 jun/20 181 32
B B1 RESIDENCIAL
RESIDENCIAL 3AED.2C0E.A828.82CA.DE1F.1B0C.C0A0.4C91
17 JUN 2021 323542004 B 75,86 12% 9,09

Monofásico Convencional 5258: Venda de en. elétrica a não contribuinte
VERMELHA PATAMAR I
CCI DESCRIÇÃO QTD TARIFA BASE ALIQ ICMS VALOR
kWh C/ICMS ICMS ICMS
0605 USO SIST. DISTR. (TUSD) 110,000 0,32436 35,68 12% 4,27 35,68
0601 ENERGIA (TE) 110,000 0,28246 31,07 12% 3,73 31,07
0698 ADICIONAL BANDEIRA VERMELHA 0,000 0,00000 6,67 12% 0,80 6,67
0699 PIS/PASEP (0,59%) 0,42 12% 0,05 0,42

0699 COFINS (2,71%) 2,02 12% 0,24 2,02
0807 COSIP - SÃO PAULO - MUNICIPAL 9,66
0999 DMIC ABRIL/2021 5,04-
Tarifas aplicadas (sem impostos)

CONVENCIONAL-RESIDENCIAL 0,28551 (TUSD) 0,24868 (TE)
Valor dos Tributos: R$ 11,26
Cadastre sua conta em Débito Automático através do código 100186564917

Informações sobre a apuração dos indicadores de qualidade de fornecimento de energia (DIC, FIC, DMIC e/ou DICRI) e sobre os atendimentos comerciais realizados em sua
instalação, podem ser obtidas em nossa agência virtual - www.eneldistribuicaosp.com
Por determinação da ANEEL, a bandeira tarifária em vigor desde 01/06/21 é a Vermelha Patamar II, onde a energia é mais cara. Para minimizar o impacto no valor da conta, fique
atento ao consumo de energia. Confira dicas de economia em enel.com.br
100186564917
Prezado cliente, para quitar esta conta de energia, verifique a próxima página deste documento.
2
- Segunda via de fatura
17 JUN 2021 JUN 2021 26 JUL 2021
PREFEITURA DO MUNICÍPIO 0800 77 90 156
- CLIENTE, PAGUE PREFERENCIALMENTE NOS CANAIS

ELETRÔNICOS
- CADASTRE SUA FATURA EM DÉBITO AUTOMÁTICO
UTILIZANDO O NUMERO DA CONTA CONFORME EXIBIDO
AO LADO
510011116633 17 JUN 2021 JUN 2021
45531137 26 JUL 2021 80,48
PATRICIA PINHEIRO CABRAL
- ENCARGOS POR ATRASO SERÃO COBRADOS NA PRÓXIMA FATURA

- APROVEITE OS BENEFÍCIOS DO DÉBITO AUTOMÁTICO
836200000005 804800481009 125033395810 001865649170
31/07/2021 SisFIES - Sistema de Financiamento ao Estudante
Comprovante de Inscrição no Fundo de Financiamento Estudantil - FIES
Atenção para as datas de validação e contratação de seu financiamento:
Passos Data
Prazo para comparecimento à CPSA do local de oferta de cursos 31/07/2021 até 24/03/2014
Atenção:
Após a validação da inscrição pela CPSA será solicitado
seu comparecimento ao banco para a contratação do financiamento.
As informações de sua inscrição estão listadas abaixo:
Dados cadastrais
Chave de Segurança:{a7bedec6ae4956c65b4de4088c016acd}
Semestre de referência: 1º/2014
CPF: 111.005.657-52
Nome completo: PATRICIA PINHEIRO CABRAL
Data de nascimento: 22/09/1994
Sexo: Feminino
E-mail: patricia_ppc@hotmail.com
RG: 5472433
RIC:
Órgão emissor: SSP/GO
Data de emissão: 11/06/2007
Ocupação: Estudante
Estado civil: Solteiro
Renda familiar mensal bruta R$: 6.451,23
Renda pessoal mensal bruta R$: 0,00
CEP: 74823-370
Endereço: T 65
Complemento: apt801
Número: 306
Bairro: Setor Bela Vista
Município: GOIÂNIA
UF: GOIÁS (GO)
Telefone residencial: (62) 3432-0278
Telefone celular: (62) 9966-59043
Raça/cor: Branco
Pessoa com deficiência? Não
Cursou ensino médio em escola pública? Não
Ano de conclusão do ensino médio: 2012
Participante do ENEM 2010 ou posterior? Sim
Bolsista do ProUni? Não
Quantidade de membros do grupo familiar: 2
sisfiesaluno.mec.gov.br/inscricao/confirmacao/impressao 1/3
Curso / financiamento
Instituição de ensino: 527 - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
Local de oferta de cursos: 690864 - AVENIDA UNIVERSITÁRIA, 1440 - SETOR UNIVERSITÁRIO
Curso: 84408 - MEDICINA
Turno: INTEGRAL
Total de semestres já concluídos: 11
Número da matrícula: 201410600041
Duração regular: 12 SEMESTRE(S)
Semestre a ser cursado pelo estudante: º Semestre
Quantidade de semestres que serão

financiados: 12
Meses a serem financiados no semestre

atual: 6
Renda familiar mensal bruta per capita R$: 3.225,62
Valor da semestralidade SEM desconto R$: 43.315,44
Valor da semestralidade COM desconto R$: 0,00
Valor da semestralidade a ser cursado com
desconto R$: 43.175,85
Percentual de comprometimento da renda
familiar: 150,07%
Percentual de Financiamento solicitado: 100,00%
Valor a ser financiado no semestre a ser

cursado com recursos do FIES R$: 43.175,85
Valor da mensalidade ser financiado no

semestre ATUAL com recurso do FIES R$: 7.195,97
Valor a ser pago no semestre ATUAL com

recursos do estudante R$: 0,00
Valor da mensalidade ser financiado no

semestre ATUAL com recurso do estudante 0,00
R$:
Taxa de juros anual: 3,40%
Valor Total estimado do financiamento R$: 348.529,92 (Atualizado pelo IPCA)
Valor estimado do limite de crédito global 435.662,40 (Atualizado pelo IPCA)

R$:
Banco
Banco para contratação: BANCO DO BRASIL
Agência: 4405-9 - PUC GOIAS
Grupo familiar
CPF Nome Grau de parentesco
111.005.657-52 PATRICIA PINHEIRO CABRAL ---
880.920.387-91 EFIGENIA DE FATIMA SALES PINHEIRO MÃE
Fiadores
CPF Nome Renda pessoal mensal bruta (R$)
1º Fiador 699.949.947-00 GUSMAR COSENDEY CABRAL 22.000,00
Total 22.000,00
O estudante declarou que não está inadimplente com o Programa

Crédito Educativo - Creduc.
Declarou conhecer e concordar com as regras de financiamento do FIES e que as informações prestadas
no SisFIES para realizar a minha inscrição são verdadeiras.
Declarou ter ciência que o não comparecimento à CPSA e ao agente

financeiro até as datas-limite estabelecidas, munido de todos
os documentos exigidos pelo FIES, implicará a perda
do direito
ao financiamento pleiteado.
20/07/2021 Minist�rio da Sa�de
ADVERTÊNCIA
Este texto n�o substitui o publicado no Diário Oficial da União
Minist�rio da Sa�de
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde
PORTARIA CONJUNTA Nº 3,
DE 19 DE FEVEREIRO DE 2013
Dispõe sobre a execução da Portaria nº
1.377/GM/MS,
de 13 de junho de 2011,
alterada pela Portaria nº
203/GM/MS, de 8
de fevereiro de 2013, que estabelece
critérios
para definição das áreas e regiões
prioritárias
com carência e dificuldade de
retenção de médico
integrante de equipe de
saúde da família oficialmente
cadastrada e
das especialidades médicas prioritárias de
que tratam o inciso II e o § 3º do art. 6º-B
da Lei nº
10.260, de 12 de julho de 2001,
no âmbito do Fundo de
Financiamento Estudantil
(FIES) e dá outras
providências; as
regras para abatimento do saldo
devedor
consolidado e a carência estendida.
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DO TRABALHO E DA

EDUCAÇÃO NA SAÚDE E O SECRETÁRIO DE ATENÇÃO
À
SAÚDE, no uso das atribuições que lhes conferem o parágrafo único
do art. 2º e o parágrafo único do art. 3º da
Portaria nº 1.377/GM/MS,
de 13 de junho de 2011, alterada pela Portaria nº 203/GM/MS, de 8
de fevereiro de 2013, e
Considerando o disposto no inciso II e no § 3º do art. 6º-B

da Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, incluído pela
Lei nº 12.202,
de 14 de janeiro de 2010;
Considerando a Portaria nº 1.377/GM/MS, de 13 de junho de

2011, alterada pela Portaria nº 203/GM/MS, de 8 de
fevereiro de
2013, que estabelece critérios para definição das áreas e regiões
prioritárias com carência e dificuldade de
retenção de médico integrante
de equipe de saúde da família oficialmente cadastrada e das
especialidades médicas
prioritárias de que tratam o inciso II e o § 3º
do art. 6º-B da Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, no âmbito do
Fundo de
Financiamento Estudantil (FIES) e dá outras providências;
e
Considerando a Portaria nº 2.488 GM/MS, de 21 de outubro

de 2011, que aprova a Política Nacional de Atenção
Básica, resolvem:
Art. 1º Esta Portaria dispõe sobre a execução da Portaria nº

1.377/GM/MS, de 13 de junho de 2011, alterada pela
Portaria nº
203/GM/MS, de 8 de fevereiro de 2013, que estabelece critérios para
definição das áreas e regiões
prioritárias com carência e dificuldade
de retenção de médico integrante de equipe de saúde da família
oficialmente
cadastrada e das especialidades médicas prioritárias de
que tratam o inciso II e o § 3º do art. 6º-B da Lei nº 10.260, de
12
de julho de 2001, no âmbito do Fundo de Financiamento Estudantil
(FIES) e dá outras providências; as regras para
abatimento do saldo
devedor consolidado e a carência estendida.
Art. 2º Para fins do disposto no parágrafo único do art. 2º da

Portaria nº 1.377/GM/MS, de 2011, alterada pela
Portaria nº
203/GM/MS, de 8 de fevereiro de 2013, as áreas e regiões prioritárias
com carência e dificuldade de retenção
de profissional médico integrante
de Equipe de Saúde da Família (ESF) oficialmente cadastrada
são as constantes do
Anexo I desta Portaria.
§ 1º A definição das áreas e regiões prioritárias de que trata

o "caput" foi realizada considerando-se os seguintes
critérios:
I - percentual da população em extrema pobreza; e
II - percentual da população residente na área rural.
§ 2º Excepcionalmente, médicos integrantes de ESF que

atuam em áreas e regiões não relacionadas no Anexo I
desta Portaria
também poderão requerer o abatimento do FIES, desde que atuem
em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sgtes/2013/poc0003_19_02_2013.html 1/55
I - modalidade de ESF que atende as populações quilombolas,
ribeirinhas, indígenas e situadas em
assentamentos, conforme
cadastro no SCNES; ou
II - ESF vinculada às Unidades Básicas de Saúde localizadas

em setores censitários, e/ou que façam parte de seu
território adstrito,
que compõem os 20% (vinte por cento) mais pobres do Município,
baseado nos dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), a serem informadas pelos gestores municipais de saúde.
§ 3º As ESF de que trata este artigo devem estar cadastradas

e com todos os dados atualizados no Sistema
Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (SCNES).
Art. 3º A carga horária de trabalho do profissional médico

nas ESF de que trata o art. 2º considerará as definições
previstas na
Portaria nº 2.488/GM/MS, de 21 de outubro de 2011, que aprova a
Política Nacional de Atenção Básica,
sendo que o médico poderá
atuar em, no máximo, 2 (duas) ESF e com carga horária total de 40
(quarenta) horas
semanais de trabalho, exceto os médicos que compõem
as ESF Ribeirinhas, que terão carga horária de 32 (trinta e
duas) horas semanais de trabalho.
Art. 4º Para fins do disposto no parágrafo único do art. 3º da

Portaria nº 1.377/GM/MS, de 2011, alterada pela
Portaria nº
203/GM/MS, de 8 de fevereiro de 2013, a relação das especialidades
médicas prioritárias é a constante do
Anexo II desta Portaria.
Art. 5º A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na

Saúde (SGTES/MS) disponibilizará o sistema
informatizado de que
servirá para comunicação sobre eventuais demandas, informações,
interrupções e necessidades
no âmbito da ESF ou de Programas de
Residência Médica, sobre o disposto nesta Portaria.
Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7º Ficam revogadas a Portaria Conjunta nº 2/SAS/SGTES,

de 25 de agosto de 2011, publicada no Diário
Oficial da União
nº 165, de 26 de agosto de 2011, Seção 1, página 32; e a Portaria
Conjunta nº 3/SAS/SGTES, de 1º de
novembro de 2011, publicada no
Diário Oficial da União nº 211, de 3 de novembro de 2011, Seção 1,
página 87.
MOZART JULIO TABOSA SALES

Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação
na Saúde
HELVÉCIO MIRANDA MAGALHÃES JÚNIOR

Secretário de Atenção à Saúde
ANEXO I
MUNICÍPIOS
Código Município
140070 Uiramutã
210635 Marajá do Sena
140002 Amajari
210547 Jenipapo dos Vieiras
220779 Pau D'Arco do Piauí
210408 Fernando Falcão
150250 Chaves
270720 Poço das Trincheiras
130360 Santa Isabel do Rio Negro
211027 Santo Amaro do Maranhão
260915 Manari
220253 Caraúbas do Piauí
150100 Aveiro
150450 Melgaço
210940 Primeira Cruz
210250 Cajari
140005 Alto Alegre
220669 Murici dos Portelas
220795 Nova Santa Rita
220556 Lagoa do Barro do Piauí
220965 São Francisco de Assis do Piauí
211023 Santana do Maranhão
210760 Palmeirândia
500480 Japorã
120043 Santa Rosa do Purus
210667 Milagres do Maranhão
210920 Presidente Juscelino
210825 Pedro do Rosário
210500 Humberto de Campos
210975 Santa Filomena do Maranhão
150030 Afuá
270090 Belo Monte
150195 Cachoeira do Piriá
270500 Mata Grande
211172 Satubinha
292650 Ribeira do Amparo
220455 Guaribas
270590 Olho d'Água Grande
120035 Marechal Thaumaturgo
210535 Itaipava do Grajaú
220005 Acauã
510260 Campinápolis
260392 Carnaubeira da Penha
261255 Santa Filomena
210173 Belágua
270920 Traipu
210220 Buriti
292225 Muquém de São Francisco
210237 Cachoeira Grande
140040 Normandia
221135 Várzea Branca
220635 Milton Brandão
150400 Limoeiro do Ajuru
220865 Queimada Nova
220490 Isaías Coelho
150720 São Domingos do Capim
292150 Monte Santo
210407 Feira Nova do Maranhão
220540 Joaquim Pires
210510 Icatu
220265 Caxingó
220217 Campo Largo do Piauí
220173 Betânia do Piauí
250527 Curral de Cima
310825 Bonito de Minas
250625 Gado Bravo
210805 Paulino Neves
210047 Alto Alegre do Pindaré
150830 Viseu
211178 Serrano do Maranhão
280490 Pacatuba
220887 Ribeira do Piauí
220553 Jurema
211170 São Vicente Ferrer
270260 Feira Grande
230393 Choró
221150 Vera Mendes
210670 Mirador
220323 Currais
210720 Nina Rodrigues
210710 Morros
220211 Campo Alegre do Fidalgo
316245 São João das Missões
211163 São Raimundo do Doca Bezerra
220665 Morro Cabeça no Tempo
120032 Jordão
292420 Pedro Alexandre
140017 Cantá
270160 Canapi
220272 Cocal dos Alves

261030 Paranatama
220605 Massapê do Piauí
290590 Campo Alegre de Lourdes
210930 Presidente Vargas
250355 Cacimbas
220105 Assunção do Piauí
210409 Formosa da Serra Negra
260320 Caetés
210090 Araioses
261580 Tupanatinga
316045 Santo Antônio do Retiro
270895 Senador Rui Palmeira
120042 Rodrigues Alves
130115 Careiro da Várzea

210240 Cajapió
211240 Turiaçu
211100 São João Batista
211090 São Francisco do Maranhão
210845 Peritoró
220793 Pedro Laurentino
220955 São Braz do Piauí
270290 Girau do Ponciano
150600 Prainha
210095 Arame
220695 Novo Santo Antônio
210927 Presidente Sarney
210135 Bacurituba
251597 Sobrado
150090 Augusto Corrêa
280540 Poço Redondo
292590 Quijingue
130195 Itamarati
220245 Capitão Gervásio Oliveira
211180 Sítio Novo
290485 Cabaceiras do Paraguaçu
292440 Pilão Arcado
270420 Limoeiro de Anadia
220345 Dom Inocêncio
120039 Porto Walter
220095 Aroeiras do Itaim
221062 Sebastião Barros
150803 Tracuateua
220557 Lagoa de São Francisco
291650 Itapicuru
240860 Paraná
210070 Anajatuba
210310 Cedral
292970 Sátiro Dias
270330 Inhapi
290440 Brejolândia
290250 Baianópolis
270320 Igreja Nova
210840 Peri Mirim
220205 Cabeceiras do Piauí
130020 Atalaia do Norte
220375 Fartura do Piauí
220620 Miguel Alves
130080 Borba
220515 Jacobina do Piauí
240460 Ielmo Marinho
260825 Jucati
291700 Itiúba
314465 Ninheira
291300 Ibitiara
292145 Mirante
230040 Aiuaba
210040 Altamira do Maranhão
220300 Cristalândia do Piauí
130300 Nhamundá
240590 João Dias
210596 Lagoa Grande do Maranhão
211125 São José dos Basílios
280630 Santa Luzia do Itanhy
221160 Vila Nova do Piauí
231410 Viçosa do Ceará
221037 São Luis do Piauí
270840 São José da Tapera
150746 São João da Ponta
260330 Calçado
210020 Alcântara
220559 Lagoa do Sítio
220545 Joca Marques
290475 Buritirama
150495 Nova Esperança do Piriá
210170 Barreirinhas
270600 Olivença
220327 Curral Novo do Piauí
250157 Barra de Santana
251350 Santana de Mangueira
250933 Matinhas
270255 Estrela de Alagoas
220552 Júlio Borges
221040 São Miguel do Tapuio
210580 Lago do Junco
211107 São João do Soter
230465 Graça
220755 Paquetá
293015 Serra do Ramalho
210015 Água Doce do Maranhão
150548 Pacajá
260280 Buíque
220342 Domingos Mourão
290450 Brotas de Macaúbas
230565 Ipaporanga
221039 São Miguel do Fidalgo
220585 Madeiro
130040 Barcelos
291380 Ipecaetá
210390 Duque Bacelar
260415 Casinhas
210745 Olinda Nova do Maranhão
261245 Santa Cruz
150350 Irituia
250205 Bernardino Batista
220985 São João da Canabrava
260700 Inajá
210200 Bom Jardim
291910 Lamarão
291440 Iraquara
290550 Caldeirão Grande
210690 Monção
292280 Nova Itarana
210210 Brejo
270310 Igaci
280240 Gararu
313700 Ladainha
231126 Quiterianópolis
210190 Bequimão
211140 São Luís Gonzaga do Maranhão
291535 Itaguaçu da Bahia
150565 Placas
221170 Wall Ferraz
270750 Porto Real do Colégio
250990 Natuba
291735 Jaborandi
220660 Monte Alegre do Piauí
240550 Jardim de Angicos
220535 João Costa
292850 Santa Teresinha
130050 Barreirinha
220885 Riacho Frio
270010 Água Branca
290680 Cansanção
220255 Caridade do Piauí
220285 Coronel José Dias

220777 Patos do Piauí
251455 São José de Princesa
230470 Granja
292320 Oliveira dos Brejinhos
211000 Santa Luzia
290380 Boa Vista do Tupim
270235 Craíbas
292265 Nordestina
220250 Caracol
270200 Coité do Nóia
140015 Bonfim
231080 Pereiro
291040 Encruzilhada
231325 Tarrafas
130110 Careiro
221090 Socorro do Piauí
150590 Porto de Moz
290360 Biritinga
290970 Cristópolis
210317 Centro Novo do Maranhão
150070 Anajás
220527 Jatobá do Piauí
251203 Poço Dantas
316555 Setubinha
150310 Gurupá
150520 Oeiras do Pará
150375 Jacareacanga
260980 Orocó
291845 Jucuruçu
220995 São João da Varjota
260750 Itaíba
220045 Alvorada do Gurguéia
292370 Paratinga
290770 Chorrochó
120080 Porto Acre
290270 Barra
150307 Garrafão do Norte
210465 Governador Newton Bello
130180 Ipixuna
150020 Acará
293075 Sítio do Mato
290210 Araci
130390 São Paulo de Olivença
290120 Anagé
312695 Frei Lagonegro
210590 Lago Verde
220210 Campinas do Piauí
210207 Bom Lugar
280580 Riachão do Dantas
150750 São João do Araguaia
291875 Lagoa Real
130370 Santo Antônio do Içá
220525 Jardim do Mulato
270642 Pariconha
290610 Canápolis
210592 Lagoa do Mato
230075 Amontada
210460 Governador Eugênio Barros
211040 São Benedito do Rio Preto
220177 Boa Hora
290515 Caetanos
241475 Venha-Ver
220191 Bom Princípio do Piauí
150095 Aurora do Pará
292045 Mansidão
291140 Glória
130423 Tonantins
231095 Pires Ferreira
210640 Mata Roma
290510 Caém
211080 São Félix de Balsas

290700 Cardeal da Silva
510385 Gaúcha do Norte
292430 Piatã
220500 Itainópolis
210545 Jatobá
210660 Matões
311545 Catuji
150190 Bujaru
250140 Baía da Traição
230423 Croatá
230526 Ibaretama
293090 Tabocas do Brejo Velho
290190 Aporá
150580 Portel
210125 Bacabeira
230290 Capistrano
220975 São Gonçalo do Gurguéia
140045 Pacaraima
150345 Ipixuna do Pará
293080 Souto Soares
150280 Curralinho
210725 Nova Colinas
292303 Novo Horizonte
220155 Bela Vista do Piauí
251335 Santa Inês
290035 Adustina
230480 Granjeiro
220820 Pio IX
150690 Santarém Novo
220198 Brejo do Piauí
231355 Tururu
231350 Trairi
291260 Ibiquera
231200 Santana do Acaraú
130380 São Gabriel da Cachoeira
230945 Ocara
291900 Lajedinho
261440 Solidão
210560 Joselândia
220750 Palmeirais
251720 Vieirópolis
313200 Itacambira
230837 Miraíma
210663 Matões do Norte
211167 São Roberto
210010 Afonso Cunha
220209 Caldeirão Grande do Piauí
270540 Monteirópolis
240530 Januário Cicco
290960 Crisópolis
130063 Beruri
130068 Boa Vista do Ramos
130280 Maraã
270880 São Sebastião
230880 Moraújo
292830 Santanópolis
150285 Curuá
211270 Vargem Grande
220740 Palmeira do Piauí
260650 Iati
261153 Quixaba
120030 Feijó
220325 Curralinhos
210780 Parnarama
220270 Cocal
291165 Guajeru
171850 Recursolândia
290395 Bom Jesus da Serra
314875 Pedra Bonita
231195 Salitre
170900 Goiatins
210355 Conceição do Lago-Açu
220670 Nazaré do Piauí
211250 Tutóia
260970 Orobó
314225 Miravânia
260180 Betânia
220208 Cajueiro da Praia
290050 Érico Cardoso
210060 Amarante do Maranhão
210203 Bom Jesus das Selvas
270820 São Brás
220672 Nazária
431142 Lajeado do Bugre
220667 Morro do Chapéu do Piauí
150290 Curuçá
220735 Pajeú do Piauí
250415 Casserengue
293180 Tremedal
220192 Bonfim do Piauí
220202 Buriti dos Montes
250905 Marcação
292760 Santa Brígida
290040 Água Fria
130006 Amaturá
292410 Pedrão
240630 Lagoa de Pedras
291780 Jaguaripe
150260 Colares
210087 Araguanã
270150 Campo Grande
290755 Caturama
311783 Cônego Marinho
150390 Juruti
230590 Ipueiras
431540 Redentora
220025 Alagoinha do Piauí
150200 Cachoeira do Arari

220997 São João do Arraial
220551 Juazeiro do Piauí
292890 São Desidério
211245 Turilândia
315737 Santa Cruz de Salinas
220207 Cajazeiras do Piauí
231135 Quixelô
290410 Boquira
210650 Matinha
230125 Ararendá
211190 Sucupira do Norte
221063 Sebastião Leal
241415 Tenente Laurentino Cruz
220213 Campo Grande do Piauí
220720 Padre Marcos
251410 São João do Tigre
291990 Macururé
412863 Doutor Ulysses
220150 Batalha
280750 Tomar do Geru
280560 Porto da Folha
293245 Umburanas
220225 Canavieira
290860 Conde
292260 Nilo Peçanha
260380 Capoeiras
311300 Caraí
230890 Morrinhos
291010 Dom Basílio
130165 Guajará
292380 Paripiranga
293076 Sítio do Quinto
220987 São João da Fronteira
430205 Benjamin Constant do Sul
220435 Geminiano
171370 Monte Santo do Tocantins
314655 Pai Pedro
260200 Bodocó
314315 Monte Formoso
411545 Marquinho
290910 Coribe
230655 Itarema
230660 Itatira
292570 Presidente Jânio Quadros
231335 Tejuçuoca
211060 São Bernardo
230940 Novo Oriente
130230 Jutaí
260020 Afrânio
291000 Dário Meira
292595 Rafael Jambeiro
280280 Indiaroba
230230 Bela Cruz
261480 Tacaratu
211227 Tufilândia
290420 Botuporã
251000 Nazarezinho
150210 Cametá
250570 Dona Inês
130350 Pauini
231210 Santana do Cariri
241440 Touros
292335 Ourolândia
220610 Matias Olímpio
312733 Gameleiras
314530 Novo Cruzeiro
230710 Jardim
220810 Pimenteiras
150430 Maracanã
260390 Carnaíba
160025 Itaubal
211210 Timbiras
241040 Pureza
291250 Ibipitanga
210030 Aldeias Altas
293150 Teofilândia
171875 Rio Sono
220680 Nossa Senhora dos Remédios
172110 Tocantínia
292070 Maraú
250375 Cajazeirinhas
240950 Pedra Grande
250150 Bananeiras
292680 Rio do Antônio
270250 Dois Riachos
230650 Itapiúna
140028 Iracema
210235 Buritirana
150160 Bonito
251315 Santa Cecília
261400 Serrita
291500 Itaeté
130310 Nova Olinda do Norte
290710 Carinhanha
211102 São João do Carú
210630 Magalhães de Almeida
211230 Tuntum
292140 Mirangaba
150040 Alenquer
130220 Juruá
291880 Laje
292205 Mulungu do Morro
261610 Verdejante
150780 Senador José Porfírio
220273 Coivaras
220970 São Francisco do Piauí
291590 Itanagra
261260 Santa Maria da Boa Vista

270910 Taquarana
270640 Pão de Açúcar
230426 Deputado Irapuan Pinheiro
220380 Flores do Piauí
210312 Central do Maranhão
160070 Tartarugalzinho
221065 Sigefredo Pacheco
261210 Salgadinho
293030 Serra Dourada
210905 Porto Rico do Maranhão
211030 Santo Antônio dos Lopes
250080 Araçagi
290930 Correntina
411705 Nova Laranjeiras
270900 Tanque d'Arca
315057 Pintópolis
410130 Antônio Olinto
261510 Terezinha
150145 Belterra
261618 Vertente do Lério
220675 Nossa Senhora de Nazaré
270620 Palestina
290740 Catolândia
251272 Pedro Régis
230910 Mulungu
290600 Campo Formoso
210440 Gonçalves Dias
292310 Olindina
221010 São José do Peixe
500635 Paranhos
241350 Serrinha
291345 Igrapiúna
292940 São Miguel das Matas
250870 Mãe d'Água
430915 Gramado Xavier
250535 Damião
316240 São João da Ponte
290265 Banzaê
150230 Capitão Poço
130008 Anamã
230090 Apuiarés
211010 Santa Quitéria do Maranhão
520310 Baliza
171240 Lizarda
241310 Senador Elói de Souza
150611 Quatipuru
130290 Maués
270375 Jequiá da Praia
251276 Riachão do Poço
150330 Igarapé-Miri
431973 São Valério do Sul
520790 Flores de Goiás
230140 Aratuba
150370 Itupiranga
210470 Graça Aranha
220385 Floresta do Piauí
290430 Brejões
150640 Santa Cruz do Arari
240290 Coronel João Pessoa
230850 Mombaça
150480 Monte Alegre
220440 Gilbués
420768 Ipuaçu
290400 Boninal
290760 Central
150470 Moju
315217 Ponto dos Volantes
430175 Barão do Triunfo
210890 Poção de Pedras
240320 Doutor Severiano
251700 Umbuzeiro
251640 Campo de Santana
270460 Maravilha
260930 Mirandiba
172020 São Miguel do Tocantins
292105 Matina
292593 Quixabeira
240960 Pedra Preta
250940 Mogeiro
230330 Cariús
150655 Santa Luzia do Pará
250670 Imaculada
150110 Bagre
291077 Feira da Mata
210970 Sambaíba
150276 Cumaru do Norte
250523 Cuité de Mamanguape
291980 Macaúbas
230430 Farias Brito
210700 Montes Altos
292450 Pindaí
260560 Flores
240280 Coronel Ezequiel
220785 Pavussu
292620 Riachão das Neves
231040 Paramoti
160055 Pracuúba
290130 Andaraí
314587 Orizânia
210270 Cantanhede
240895 Rio do Fogo
230240 Boa Viagem
292080 Marcionílio Souza
210080 Anapurus
220935 Santana do Piauí
291915 Lapão
220117 Barra D'Alcântara
130090 Canutama
291270 Ibirapitanga
293160 Teolândia
251300 Salgadinho
210110 Axixá
292270 Nova Canaã
150570 Ponta de Pedras
431087 Jacuizinho
171855 Riachinho
314535 Novo Oriente de Minas
291130 Gentio do Ouro
150180 Breves
130426 Uarini
270870 São Miguel dos Milagres
130255 Manaquiri
316450 São Sebastião do Maranhão
290370 Boa Nova
220555 Lagoa Alegre
231030 Parambu
261320 São João
210130 Bacuri
231390 Uruoca
130160 Fonte Boa
220710 Olho D'Água do Piauí
230670 Jaguaretama
150410 Magalhães Barata
420417 Cerro Negro
291960 Macajuba
290260 Baixa Grande
293190 Tucano
290405 Bonito
292290 Nova Soure
410865 Goioxim
316020 Santo Antônio do Itambé
500795 Tacuru
130030 Autazes
230533 Ibicuitinga
210180 Benedito Leite
290689 Caraíbas
261270 Santa Maria do Cambucá

315650 Rubelita
291075 Fátima
220945 Santo Antônio dos Milagres
172080 Sítio Novo do Tocantins
231110 Porteiras
261040 Parnamirim
316650 Serra Azul de Minas
150085 Anapu
230340 Carnaubal
221095 Tamboril do Piauí
230130 Araripe
220335 Dirceu Arcoverde
230425 Cruz
251445 São José dos Ramos
210177 Bela Vista do Maranhão
150770 São Sebastião da Boa Vista
250130 Aroeiras
280110 Canhoba
230310 Cariré
260530 Exu
220760 Parnaguá
220100 Arraial
211070 São Domingos do Maranhão
241335 Serra do Mel
270400 Junqueiro
521377 Montividiu do Norte
315600 Rio Vermelho
293305 Várzea da Roça
211290 Vitória do Mearim
270580 Olho d'Água do Casado
231170 Reriutaba
290170 Antônio Cardoso
150340 Inhangapi
313005 Icaraí de Minas
522070 Sítio d'Abadia
241460 Upanema
170740 Esperantina
250435 Caturité
231320 Tamboril
130410 Tapauá
291160 Governador Mangabeira
431406 Passa Sete
291185 Heliópolis
251420 São José da Lagoa Tapada
251500 São Miguel de Taipu
251310 Salgado de São Félix
290580 Camamu
150747 São João de Pirabas
312965 Ibiracatu
221035 São Lourenço do Piauí
230050 Alcântaras
260340 Calumbi
171620 Paranã
293325 Vereda
290020 Abaré
312030 Cristália
110070 Campo Novo de Rondônia
251480 São José dos Cordeiros
292020 Malhada
293100 Tanhaçu
210830 Penalva
120060 Tarauacá
291720 Ituaçu
310445 Aricanduva
250010 Água Branca

110050 Novo Horizonte do Oeste
431113 Jari
260580 Frei Miguelinho
210880 Pirapemas
292750 Santa Bárbara
293105 Tanque Novo
150506 Novo Repartimento
421568 Santa Terezinha do Progresso
280070 Brejo Grande
231220 Santa Quitéria
292575 Presidente Tancredo Neves
291310 Ibititá
261020 Panelas
150490 Muaná
250810 Lagoa
230763 Madalena
230020 Acaraú
250900 Manaíra
220400 Francinópolis
290160 Antas
251260 Quixabá
293317 Varzedo
250800 Juru
293200 Uauá
230185 Banabuiú
430544 Chuvisca
171570 Palmeirante
260630 Granito
291810 Jeremoabo
150560 Peixe-Boi
240615 Jundiá
431065 Itati
241080 Riacho de Santana
310240 Alvorada de Minas
130400 Silves
110037 Alto Alegre dos Parecis
261120 Poção
250330 Cachoeira dos Índios
291370 Inhambupe
270530 Minador do Negrão
421567 Santa Terezinha
270410 Lagoa da Canoa
210950 Riachão
292840 Santa Rita de Cássia
210260 Cândido Mendes
150619 Rurópolis
291430 Iramaia
251540 Seridó
110160 Theobroma
150510 Óbidos
230725 Jijoca de Jericoacoara
220520 Jaicós
260050 Águas Belas
241160 São Bento do Norte
260670 Ibirajuba
140047 Rorainópolis
220030 Alto Longá
290940 Cotegipe
220157 Belém do Piauí
250100 Araruna
240650 Lagoa Nova
220990 São João da Serra
210610 Loreto
210315 Centro do Guilherme
150658 Santa Maria das Barreiras
510617 Nova Nazaré
231123 Potiretama
220570 Luís Correia
211300 Vitorino Freire
172130 Tupiratins
220920 Santa Filomena
251365 Santarém
280320 Itaporanga d'Ajuda
210598 Lajeado Novo
230810 Mauriti
210790 Passagem Franca
150805 Trairão
510337 Cotriguaçu
231010 Palmácia
231090 Piquet Carneiro
290620 Canarana
220410 Francisco Ayres
220277 Colônia do Piauí
292640 Riacho de Santana
130270 Manicoré
290990 Curaçá
311700 Comercinho
240270 Cerro Corá
260860 Lagoa do Ouro
220070 Anísio de Abreu
412215 Rio Bonito do Iguaçu
210870 Pio XII
270180 Carneiros
230535 Icapuí
312650 Francisco Badaró
290900 Cordeiros
130240 Lábrea
292030 Malhada de Pedras
211260 Urbano Santos
230560 Independência
261247 Santa Cruz da Baixa Verde
291790 Jandaíra
260240 Brejão
240160 Bento Fernandes
291820 Jiquiriçá
420213 Bela Vista do Toldo
220650 Monsenhor Hipólito
290810 Cocos
130083 Caapiranga
313868 Luislândia
231190 Saboeiro
220780 Paulistana
210810 Paulo Ramos
150563 Piçarra
220110 Avelino Lopes
251396 São Domingos
241390 Taipu
290890 Coração de Maria
230030 Acopiara
210515 Igarapé do Meio
230860 Monsenhor Tabosa
231120 Potengi
241360 Severiano Melo
292730 Salinas da Margarida
221093 Sussuapara
211050 São Bento
130150 Envira
280270 Ilha das Flores
260250 Brejinho
293120 Taperoá
150540 Ourém
171180 Juarina
292525 Ponto Novo
230320 Caririaçu
260840 Jurema
293350 Wenceslau Guimarães
312707 Fruta de Leite
251398 São Francisco
520940 Guarani de Goiás
521350 Monte Alegre de Goiás
250610 Fagundes
241170 São Bento do Trairí
110100 Governador Jorge Teixeira
260660 Ibimirim
221020 São José do Piauí
320115 Brejetuba
220558 Lagoa do Piauí
430465 Capão do Cipó
251615 Sossêgo
261230 Saloá
410645 Coronel Domingos Soares
270710 Piranhas
292925 São Gabriel
210490 Guimarães
293040 Serra Preta
210275 Capinzal do Norte
250850 Livramento
231370 Umari
270810 Santana do Mundaú
280340 Japoatã
292190 Mucugê
221097 Tanque do Piauí
293345 Wanderley
317090 Varzelândia
210400 Esperantinópolis
230365 Catunda
261520 Terra Nova
230205 Barroquinha
293210 Ubaíra
220120 Barras
211105 São João do Paraíso
292990 Seabra
251040 Olho d'Água
313535 Japonvar
260990 Ouricuri
292040 Manoel Vitorino
240210 Campo Redondo
520530 Cavalcante
411573 Mato Rico
293020 Sento Sé
310650 Berilo
231100 Poranga
210193 Bernardo do Mearim
430957 Herveiras
211020 Santa Rita
290140 Angical
230160 Assaré
270120 Cacimbinhas
210215 Brejo de Areia
410395 Campina do Simão
290920 Coronel João Sá
280445 Nossa Senhora Aparecida
230170 Aurora
241255 São Miguel do Gostoso
431446 Pinhal da Serra
210232 Buriticupu
312170 Diogo de Vasconcelos
270360 Japaratinga
261350 São José do Belmonte
241140 Santana do Matos
210980 Santa Helena
412217 Rio Branco do Ivaí
292405 Pé de Serra
250070 São João do Rio do Peixe
150172 Brasil Novo
290300 Barra do Mendes
412015 Porto Barreiro
420419 Chapadão do Lageado
280420 Monte Alegre de Sergipe
250230 Bom Sucesso
221070 Simões
260220 Bom Jardim
220415 Francisco Macedo
432067 Sinimbu
230540 Icó
291180 Guaratinga
291420 Irajuba
251660 Tavares
110143 Nova União
431237 Monte Alegre dos Campos
211280 Viana
291085 Filadélfia
220200 Buriti dos Lopes
291110 Formosa do Rio Preto
250920 Massaranduba
150445 Medicilândia
311115 Campo Azul
291070 Euclides da Cunha
270650 Passo de Camaragibe
150304 Floresta do Araguaia
220470 Inhuma
430635 Dezesseis de Novembro
251590 Serraria
210540 Itapecuru Mirim
130002 Alvarães
292460 Pindobaçu
210420 Fortuna
432253 Vale do Sol
230220 Beberibe
260805 Jatobá
220050 Amarante
261290 São Benedito do Sul
120033 Mâncio Lima
210350 Colinas
250053 Alcantil
230835 Milhã
280040 Arauá
230500 Guaraciaba do Norte
130210 Japurá
211174 Senador Alexandre Costa
130060 Benjamin Constant
292490 Planaltino
270080 Belém
240350 Espírito Santo
432055 Sertão Santana
250960 Monte Horebe
290200 Aracatu
350535 Barra do Chapéu
220194 Boqueirão do Piauí
290135 Andorinha
220690 Novo Oriente do Piauí
290205 Araças
221038 São Miguel da Baixa Grande
230610 Irauçuba
230900 Mucambo
280730 Telha
170600 Couto Magalhães
210462 Governador Luiz Rocha
250550 Vista Serrana
432375 Vitória das Missões
210740 Olho d'Água das Cunhãs
231375 Umirim
170410 Centenário
292330 Ouriçangas
251240 Puxinanã
290327 Barrocas
150500 Nova Timboteua
315560 Rio Pardo de Minas
431123 Lagoa Bonita do Sul
430471 Caraá
316265 São João do Pacuí
431555 Rio dos Índios
432149 Toropi
410520 Cerro Azul
261430 Moreilândia
270800 Santana do Ipanema
260515 Dormentes
290115 América Dourada
150796 Terra Alta
230195 Barreira
221110 União
290323 Barro Alto
430650 Dom Feliciano
270760 Quebrangulo
210467 Governador Nunes Freire
220870 Redenção do Gurguéia
220196 Brasileira
240780 Monte Alegre
150440 Marapanim
411325 Laranjal
520082 Amaralina
210050 Alto Parnaíba
432183 Três Forquilhas
170190 Araguacema
170307 Barra do Ouro
510757 Rondolândia
221050 São Pedro do Piauí
251440 São José de Espinharas
410950 Guaraqueçaba
410680 Cruz Machado
150710 São Caetano de Odivelas
221030 São Julião
251280 Riacho dos Cavalos
251160 Pilões
220027 Alegrete do Piauí
313867 Luisburgo
251207 Poço de José de Moura
430593 Coronel Pilar
230010 Abaiara
430107 Arroio do Padre
250390 Camalaú
280170 Cristinápolis
250040 Alagoa Nova

292305 Novo Triunfo
170510 Chapada da Natividade
150120 Baião
316160 São Geraldo da Piedade
410304 Boa Ventura de São Roque
241330 Serra de São Bento
316350 São José do Jacuri
292467 Piraí do Norte
291860 Jussiape
250057 Algodão de Jandaíra
170384 Campos Lindos
291995 Maetinga
220180 Bocaina
150835 Vitória do Xingu
510685 Porto Estrela
430825 Floriano Peixoto
292340 Palmas de Monte Alto
260490 Cumaru
220580 Luzilândia
412385 Santa Maria do Oeste
110180 Vale do Paraíso
431936 São Pedro das Missões
430632 Derrubadas
241030 Presidente Juscelino
280620 Salgado
410754 Espigão Alto do Iguaçu
250640 Gurinhém
311290 Caputira
210055 Amapá do Maranhão
270440 Major Isidoro
290280 Barra da Estiva
250160 Barra de Santa Rosa
220850 Porto
150125 Bannach
290870 Condeúba
313925 Mamonas
270020 Anadia
313652 José Gonçalves de Minas
230750 Lavras da Mangabeira
130430 Urucará
130440 Urucurituba
150635 Santa Bárbara do Pará
230400 Coreaú
170720 Dois Irmãos do Tocantins
250490 Cruz do Espírito Santo
421795 Tigrinhos
431449 Pinheirinho do Vale
251020 Nova Olinda
110175 Vale do Anari
140023 Caroebe
314795 Patis
292910 São Felipe
410440 Cândido de Abreu
522230 Vila Propício
211195 Sucupira do Riachão
150610 Primavera
251274 Riachão
293260 Urandi
171360 Monte do Carmo
220590 Manoel Emídio
170130 Aragominas
211065 São Domingos do Azeitão
270490 Mar Vermelho
292240 Mutuípe
313400 Itinga
230840 Missão Velha
150034 Água Azul do Norte
251050 Olivedos
430745 Esperança do Sul
320316 Laranja da Terra
251385 Santo André
315520 Rio Espera
171870 Rio dos Bois
250077 Aparecida
211085 São Francisco do Brejão
320450 Santa Leopoldina
250820 Lagoa de Dentro
270680 Piaçabuçu
293240 Uibaí
210923 Presidente Médici
120005 Assis Brasil
251460 São José do Bonfim
412760 Tijucas do Sul
261150 Quipapá
160040 Mazagão
292980 Saúde
220930 Santa Luz
510610 Nossa Senhora do Livramento
240750 Maxaranguape
316610 Senhora do Porto
220980 São Gonçalo do Piauí
292690 Rio do Pires
292580 Queimadas
230427 Ererê
432026 Segredo
420287 Brunópolis
171830 Praia Norte
260430 Cedro
230300 Caridade
313055 Imbé de Minas
250939 Maturéia
240470 Ipanguaçu
316695 Serranópolis de Minas
293000 Sebastião Laranjeiras
130140 Eirunepé
220280 Conceição do Canindé
251170 Pilõezinhos
211200 Tasso Fragoso
291450 Irará
251110 Pedra Lavrada
241370 Sítio Novo
280260 Gracho Cardoso
250350 Cacimba de Dentro
240090 Antônio Martins
171780 Ponte Alta do Bom Jesus
210160 Barra do Corda
291740 Jacaraci
314467 Nova Belém
110148 São Felipe D'Oeste
230520 Hidrolândia
261080 Pedra
421185 Ouro Verde
220900 Rio Grande do Piauí
172015 São Félix do Tocantins
311610 Chapada do Norte
251430 São José de Caiana
230530 Ibiapina
290010 Abaíra
291020 Dom Macedo Costa
270370 Jaramataia
231300 Solonópole
231050 Pedra Branca
431339 Novo Cabrais
250840 Lastro
230360 Catarina
411435 Manfrinópolis
431455 Pirapó
210083 Apicum-Açu
250660 Ibiara
260830 Jupi
290530 Cafarnaum
315080 Piranga
314537 Novorizonte
150460 Mocajuba
210800 Pastos Bons
251510 São Sebastião de Lagoa de Roça
230070 Alto Santo
250020 Aguiar
290685 Capela do Alto Alegre
291400 Ipirá
292960 Sapeaçu
211120 São José de Ribamar
430912 Gramado dos Loureiros
261470 Tacaimbó
432218 Tupanci do Sul
313065 Indaiabira
290830 Conceição do Almeida
430583 Coqueiro Baixo
251580 Serra Redonda
250073 Amparo
220640 Monsenhor Gil
421227 Passos Maia
410315 Bom Jesus do Sul
220240 Capitão de Campos
260370 Canhotinho
220130 Barreiras do Piauí
250560 Diamante
230640 Itapipoca
110026 Rio Crespo
290640 Candeal
317115 Vermelho Novo
430692 Engenho Velho
311630 Cipotânea
241355 Serrinha dos Pintos
220790 Pedro II
220554 Lagoinha do Piauí
260100 Angelim
221140 Várzea Grande
150740 São Francisco do Pará
316620 Senhora dos Remédios
292160 Morpará
230980 Pacoti
250220 Bom Jesus
312675 Franciscópolis
240330 Encanto
420209 Barra Bonita
241110 Ruy Barbosa
230830 Milagres
250980 Mulungu
220775 Passagem Franca do Piauí
260870 Lagoa dos Gatos
172025 São Salvador do Tocantins
260160 Belém de São Francisco
313655 José Raydan
150130 Barcarena
312540 Felício dos Santos
430537 Charrua
431198 Mariana Pimentel
251330 Santa Helena
251070 Passagem
317160 Virgem da Lapa
430517 Cerro Grande do Sul
280650 Santa Rosa de Lima
171430 Nazaré
160021 Cutias
220730 Paes Landim
220271 Cocal de Telha
312680 Frei Gaspar
430320 Cacique Doble
130330 Novo Aripuanã
410712 Diamante do Sul
230120 Aracoiaba
421935 Vitor Meireles
430050 Alpestre
240450 Guamaré
130130 Codajás
313230 Itaipé
150300 Faro
261050 Passira
430461 Canudos do Vale
220915 Santa Cruz dos Milagres
280550 Poço Verde
110120 Ministro Andreazza
431642 Sagrada Família
230280 Canindé
210360 Coroatá
240150 Barcelona
250855 Logradouro
210325 Cidelândia
240980 Pedro Velho
260800 Jataúba
220890 Ribeiro Gonçalves
240820 Nísia Floresta
110032 São Miguel do Guaporé
260875 Lagoa Grande
312595 Fervedouro
311615 Chapada Gaúcha
421680 São José do Cerrito
421575 São Bernardino
291030 Elísio Medrado
211176 Senador La Rocque
291733 Iuiú
291950 Livramento de Nossa Senhora
431160 Liberato Salzano
430245 Boqueirão do Leão
260710 Ingazeira
290682 Canudos
130395 São Sebastião do Uatumã
431912 São Martinho da Serra
220115 Baixa Grande do Ribeiro
312780 Grão Mogol
316550 Sardoá
431085 Jaboticaba
120013 Bujari
430975 Ibarama
110090 Castanheiras
431407 Passo do Sobrado
270740 Porto de Pedras
260040 Água Preta
291350 Iguaí
240165 Bodó
312820 Guaraciaba
312310 Dores de Guanhães
270380 Joaquim Gomes
110150 Seringueiras
231025 Paraipaba
431173 Mampituba
430222 Boa Vista do Cadeado
291240 Ibipeba
230740 Jucás
230450 Frecheirinha
280530 Pirambu
280720 Siriri
251680 Triunfo
280700 São Miguel do Aleixo
421505 Rio Rufino
430462 Capão Bonito do Sul
130010 Anori
431417 Pedras Altas
260810 João Alfredo
432057 Sete de Setembro
220230 Canto do Buriti
261010 Palmeirina
210730 Nova Iorque
270190 Chã Preta
110145 Parecis
171150 Jaú do Tocantins
410165 Arapuã
270140 Campo Alegre
230150 Arneiroz
314085 Matias Cardoso
431115 Jóia
410020 Adrianópolis
421535 Saltinho
316590 Senador Modestino Gonçalves
320180 Divino de São Lourenço
220420 Francisco Santos
241220 São José de Mipibu
292220 Muniz Ferreira
221005 São José do Divino
241010 Poço Branco
280470 Nossa Senhora de Lourdes
150275 Concórdia do Pará
431125 Lagoão
292600 Remanso
251570 Serra Grande
210480 Grajaú
291850 Jussara
250830 Lagoa Seca
211157 São Pedro dos Crentes
110007 Corumbiara
412120 Quitandinha
270300 Ibateguara
231400 Várzea Alegre
280300 Itabaianinha
280120 Canindé de São Francisco
430030 Alecrim
431532 Quevedos
210637 Maranhãozinho
171720 Piraquê
120017 Capixaba
261630 Vicência
421187 Paial
230790 Martinópole
240730 Marcelino Vieira
120034 Manoel Urbano
231250 São João do Jaguaribe
280500 Pedra Mole
430225 Boa Vista do Sul
250340 Cacimba de Areia
120001 Acrelândia
280330 Japaratuba
420090 Angelina
420535 Flor do Sertão
420785 Irati
240130 Augusto Severo
316030 Santo Antônio do Jacinto
250540 Desterro
314630 Padre Paraíso
317000 Ubaí
290880 Contendas do Sincorá
432045 Sério
270340 Jacaré dos Homens
231230 São Benedito
251065 Parari
270610 Ouro Branco

250937 Mato Grosso
250730 Jacaraú
231330 Tauá
241025 Porto do Mangue
430200 Barros Cassal
421915 Vargem
430781 Estrela Velha
210450 Governador Archer
260210 Bom Conselho
250407 Caraúbas
251320 Santa Cruz
240030 Afonso Bezerra
170389 Carrasco Bonito
261300 São Bento do Una
432252 Vale Verde
140030 Mucajaí
430515 Cerro Grande
431055 Itacurubi
314180 Minas Novas
314345 Montezuma
210230 Buriti Bravo
240540 Japi
431242 Mormaço
241290 São Tomé
291770 Jaguarari
260795 Jaqueira
315765 Santa Helena de Minas
292350 Palmeiras
311310 Caranaíba
510550 Vila Bela da Santíssima Trindade
432335 Vila Lângaro
310270 Cachoeira de Pajeú
431595 Rolador
320190 Domingos Martins
270700 Pindoba
260080 Altinho
280440 Neópolis
510325 Colniza
220937 Santa Rosa do Piauí
260690 Iguaraci
150295 Eldorado dos Carajás
240680 Lajes Pintadas
410275 Bela Vista da Caroba
260470 Correntes
210600 Lima Campos
292060 Maragogipe
230460 General Sampaio
430607 Cristal do Sul
230390 Chaval
291200 Ibiassucê
250770 Juazeirinho
292820 Santana
431262 Muliterno
420445 Coronel Martins
270560 Novo Lino
291835 João Dourado
292120 Miguel Calmon
260730 Ipubi
251190 Pitimbu
230200 Barro
320255 Ibitirama
410773 Fernandes Pinheiro
250170 Barra de São Miguel
311680 Coluna
240250 Carnaubais
510835 Vale de São Domingos
431697 Santa Margarida do Sul
430613 Cruzaltense
171070 Itaguatins
260060 Alagoinha
150178 Breu Branco
290350 Belo Campo
292210 Mundo Novo
315310 Presidente Bernardes
431845 São José das Missões
220950 Santo Inácio do Piauí
292700 Rio Real
291060 Esplanada
310370 Araponga
314060 Materlândia
251360 Santana dos Garrotes
270040 Atalaia
432035 Sentinela do Sul
292170 Morro do Chapéu
290720 Casa Nova
240510 Jandaíra
210150 Barão de Grajaú
310880 Braúnas
411727 Nova Tebas
230060 Altaneira
171195 Lagoa do Tocantins
261170 Riacho das Almas
310060 Água Boa
430192 Barra do Rio Azul

241020 Portalegre
150497 Nova Ipixuna
310850 Botumirim
420005 Abdon Batista
231070 Pentecoste
291050 Entre Rios
231280 Senador Sá
210290 Carutapera
251380 Santa Teresinha
292470 Piripá
310220 Alvarenga
292360 Paramirim
421640 São João do Sul
240430 Governador Dix-Sept Rosado
230380 Cedro
110147 Primavera de Rondônia
210955 Ribamar Fiquene
431507 Porto Vera Cruz
430003 Aceguá
431057 Itapuca
420980 Leoberto Leal
230870 Morada Nova
432215 Tunas
420415 Celso Ramos
210680 Mirinzal
150530 Oriximiná
313610 Joanésia
510682 Porto Esperidião
280430 Muribeca
317052 Urucuia
430843 Forquetinha
290180 Antônio Gonçalves
230720 Jati
293060 Serrolândia
220090 Aroazes
172010 São Bento do Tocantins
210960 Rosário
150320 Igarapé-Açu
150010 Abaetetuba
410965 Honório Serpa
430865 Garruchos
292560 Presidente Dutra
313545 Jenipapo de Minas
314840 Paulistas
510390 General Carneiro
431213 Mato Castelhano
313657 Josenópolis
410895 Guamiranga
210100 Arari
240740 Martins
312735 Glaucilândia
510615 Nova Bandeirantes
280410 Moita Bonita
310210 Alto Rio Doce
520017 Água Fria de Goiás
292670 Rio de Contas
251090 Paulista
421715 São Miguel da Boa Vista
421590 São Bonifácio
412510 São João do Triunfo
420070 Alfredo Wagner
313835 Leme do Prado
130406 Tabatinga
313695 Juvenília
231000 Palhano
250720 Itatuba
130070 Boca do Acre
130120 Coari
210320 Chapadinha
210410 Fortaleza dos Nogueiras
250420 Catingueira
521490 Nova Roma
420165 Arvoredo
250440 Conceição
251394 São Domingos do Cariri
412470 São Jerônimo da Serra
430485 Carlos Gomes
420517 Entre Rios
251100 Pedra Branca
130320 Novo Airão
421125 Morro Grande
230570 Ipaumirim
320430 Presidente Kennedy
500490 Jaraguari
241090 Riachuelo
290150 Anguera
110014 Nova Brasilândia D'Oeste
220460 Hugo Napoleão
220510 Itaueira
430435 Candiota
220160 Beneditinos
290950 Cravolândia
293280 Utinga
250485 Coxixola
241480 Vera Cruz
432310 Vicente Dutra
172030 São Sebastião do Tocantins
130100 Carauari
290220 Aramari
292010 Mairi
240410 Galinhos
432147 Tiradentes do Sul
320013 Águia Branca
241250 São Miguel
292285 Nova Redenção
316760 Simonésia
280380 Malhada dos Bois
311810 Congonhas do Norte

280710 Simão Dias
260610 Glória do Goitá
210520 Igarapé Grande
291670 Itaquara
251650 Taperoá
231140 Quixeramobim
171050 Itacajá
311740 Conceição de Ipanema
350540 Barra do Turvo
316410 São Pedro do Suaçuí
231360 Ubajara
230180 Baixio
290780 Cícero Dantas
430063 Amaral Ferrador
431344 Novo Tiradentes
420243 Bocaina do Sul

210735 Nova Olinda do Maranhão
291905 Lajedo do Tabocal
261330 São Joaquim do Monte
250153 Baraúna
240100 Apodi
310285 Angelândia
231160 Redenção
251290 Rio Tinto
251465 São José do Brejo do Cruz
261600 Venturosa
240620 Lagoa d'Anta
260300 Cabrobó
250710 Itapororoca
510490 Jangada
293360 Xique-Xique
431700 Santana da Boa Vista
432235 União da Serra
210770 Paraibano
316905 Tocos do Moji
431164 Linha Nova
231270 Senador Pompeu
150050 Almeirim
293315 Várzea Nova
110170 Urupá
351760 Guapiara
431517 Protásio Alves
432285 Vespasiano Correa
291870 Lafaiete Coutinho
420555 Frei Rogério
431171 Maçambará
150549 Palestina do Pará
260770 Itapetim
250210 Boa Ventura
260110 Araripina
230920 Nova Olinda
431447 Pinhal Grande
421940 Witmarsum
250530 Curral Velho
251200 Pocinhos
210430 Godofredo Viana
150630 Salvaterra
510626 Novo Mundo
432237 Unistalda
430450 Canguçu
240700 Luís Gomes
250310 Cabaceiras
313390 Itaverava
290490 Cachoeira
317065 Vargem Grande do Rio Pardo
311547 Catuti
220550 José de Freitas
354325 Ribeirão Grande
430637 Dilermando de Aguiar
240880 Parazinho
270450 Maragogi
270940 Viçosa
250410 Carrapateira
316270 São João do Paraíso
220960 São Félix do Piauí
261570 Triunfo
290540 Cairu
431333 Nova Ramada
431217 Mato Queimado
420915 José Boiteux
431513 Pouso Novo
250260 Igaracy
240920 Passagem
315950 Santa Rita do Itueto
411730 Ortigueira
311540 Catas Altas da Noruega
280370 Macambira
310870 Brás Pires
432234 Ubiretama
261410 Sertânia
312750 Gonzaga
430513 Cerro Branco
230780 Marco
172049 São Valério da Natividade
220290 Corrente
211400 Zé Doca
170025 Abreulândia
110060 Cacaulândia
411140 Ivaí
210330 Codó
251150 Pilar
171889 Santa Rita do Tocantins
251450 São José de Piranhas
240970 Pedro Avelino
280020 Aquidabã
430340 Caiçara
310925 Bugre
310570 Barra Longa

210197 Boa Vista do Gurupi
500348 Dois Irmãos do Buriti
316225 São João da Lagoa
110013 Machadinho D'Oeste
354165 Quadra
210860 Pinheiro
140020 Caracaraí
221080 Simplício Mendes
292810 Santa Maria da Vitória
240660 Lagoa Salgada
170300 Babaçulândia
280390 Malhador
316255 São João do Manhuaçu
230820 Meruoca
220370 Esperantina
250110 Areia
251120 Pedras de Fogo
315740 Santa Cruz do Escalvado
320515 Vila Pavão
410302 Boa Esperança do Iguaçu
210370 Cururupu
292480 Piritiba
250240 Bonito de Santa Fé
251670 Teixeira
220560 Landri Sales
280050 Areia Branca
520945 Guarinos
170830 Goianorte
220530 Jerumenha
430223 Boa Vista do Incra
220260 Castelo do Piauí
230580 Ipu
250950 Montadas
171790 Ponte Alta do Tocantins
330570 Sumidouro
354280 Ribeira
260920 Maraial
260230 Bonito
430730 Erval Seco

351925 Iaras
315220 Porteirinha
353680 Pedra Bela
210570 Lago da Pedra
171890 Santa Rosa do Tocantins
170770 Filadélfia
311210 Caparaó
230270 Campos Sales
230080 Antonina do Norte
290690 Caravelas
421005 Macieira
171888 Santa Maria do Tocantins
411695 Nova Esperança do Sudoeste
320455 Santa Maria de Jetibá
315450 Riacho dos Machados
130353 Presidente Figueiredo
160015 Pedra Branca do Amapari
292800 Santaluz
210594 Lago dos Rodrigues
250030 Alagoa Grande
290730 Castro Alves
240120 Arês
260910 Machados
240790 Monte das Gameleiras
311880 Coração de Jesus
171395 Muricilândia
411870 Paulo Frontin
171280 Maurilândia do Tocantins
280640 Santana do São Francisco
150170 Bragança
240040 Água Nova
120070 Xapuri
220010 Agricolândia
510160 Barão de Melgaço
230015 Acarape
290080 Alcobaça
431301 Nova Candelária
210620 Luís Domingues
150175 Brejo Grande do Araguaia
290660 Candiba
170390 Caseara
431349 Novo Barreiro
291830 Jitaúna
270660 Paulo Jacinto
220320 Curimatá
311170 Canaã
211150 São Mateus do Maranhão
292180 Mortugaba
320370 Muniz Freire
290225 Arataca
260070 Aliança
312740 Gonçalves
430430 Cândido Godói
421920 Vidal Ramos
510035 Alto Boa Vista
410785 Flor da Serra do Sul
500580 Nioaque
352265 Itapirapuã Paulista
241270 São Pedro
171380 Palmeiras do Tocantins
292550 Prado
520670 Damianópolis
250470 Congo
520551 Cocalzinho de Goiás
313930 Manga
220855 Porto Alegre do Piauí
291940 Licínio de Almeida
411930 Pinhão
421560 Santa Rosa de Lima

292880 Santo Estêvão
420208 Bandeirante
231260 São Luís do Curu
314270 Montalvânia
421960 Xavantina
314620 Ouro Verde de Minas
120038 Plácido de Castro
290520 Caetité
230260 Camocim
130356 Rio Preto da Eva
280310 Itabi
211285 Vila Nova dos Martírios
430655 Dom Pedro de Alcântara
431238 Monte Belo do Sul
230990 Pacujá
220700 Oeiras
251275 Riachão do Bacamarte
320517 Vila Valério

412200 Rio Azul
270570 Olho d'Água das Flores
431230 Miraguaí
310470 Ataléia
240390 Francisco Dantas
261240 Sanharó
521920 Santa Cruz de Goiás
291410 Ipupiara
241150 Santo Antônio
290230 Aratuípe
171270 Mateiros
430830 Fontoura Xavier
311220 Capela Nova
291190 Iaçu
290340 Belmonte
240260 Ceará-Mirim
315510 Rio do Prado
411430 Mandirituba
520815 Gameleira de Goiás
261380 São Vicente Ferrer
220430 Fronteiras
421030 Major Vieira
250403 Capim
280510 Pedrinhas
310050 Açucena
251250 Queimadas
150157 Bom Jesus do Tocantins
280760 Umbaúba
292500 Planalto
110155 Teixeirópolis
420325 Capão Alto
431795 Santo Expedito do Sul
320503 Vargem Alta
292390 Pau Brasil
292275 Nova Ibiá
500525 Laguna Carapã
150730 São Félix do Xingu
280140 Carira
291490 Itacaré
292610 Retirolândia
211003 Santa Luzia do Paruá
150700 Santo Antônio do Tauá
431177 Maquiné
353560 Paraibuna
430905 Glorinha
420075 Alto Bela Vista
313520 Januária
412796 Turvo
410185 Ariranha do Ivaí
210565 Junco do Maranhão
230630 Itapagé
210455 Governador Edison Lobão
411345 Lindoeste
420740 Imbuia
315790 Santa Margarida
330475 São Francisco de Itabapoana
150660 Santa Maria do Pará
430511 Centenário
261650 Xexéu
280460 Nossa Senhora das Dores
230445 Fortim
431846 São José do Herval
521560 Padre Bernardo
521305 Mimoso de Goiás
510706 Querência
431413 Paulo Bento
230395 Chorozinho
150555 Pau D'Arco
410030 Agudos do Sul
240500 Jaçanã
431070 Itatiba do Sul
310520 Bandeira
315890 Santana do Manhuaçu
220340 Dom Expedito Lopes
110008 Costa Marques
315445 Riachinho
431673 Santa Cecília do Sul
430258 Bozano
270350 Jacuípe
260900 Macaparana
250060 Alhandra
220480 Ipiranga do Piauí
421520 Romelândia
315860 Santana do Deserto
250500 Cubati
130170 Humaitá
171800 Porto Alegre do Tocantins
241400 Tangará
280100 Campo do Brito
316050 Santo Antônio do Rio Abaixo

171660 Peixe
250380 Caldas Brandão
432032 Senador Salgado Filho
420127 Arabutã
260510 Custódia
250680 Ingá
270850 São Luís do Quitunde
172000 Santa Terezinha do Tocantins
320265 Irupi
431505 Porto Mauá
316805 Taparuba
280350 Lagarto
230700 Jaguaruana
130014 Apuí
312280 Dom Viçoso
421165 Novo Horizonte
120050 Sena Madureira
310680 Bias Fortes
431342 Novo Machado
250270 Borborema
410442 Candói
412175 Reserva do Iguaçu
171090 Itapiratins
431403 Pareci Novo
430057 Alto Feliz
150797 Terra Santa
240910 Passa e Fica
310660 Bertópolis
314915 Pedras de Maria da Cruz
521945 Santa Rita do Novo Destino
290390 Bom Jesus da Lapa
412265 Rosário do Ivaí
292465 Pintadas
150800 Tomé-Açu
312200 Divino
314290 Monte Azul
317047 Uruana de Minas
510779 Santo Antônio do Leste
431515 Progresso
432085 Tabaí
270110 Branquinha
260480 Cortês
280067 Boquim
430045 Alegria
430642 Dois Irmãos das Missões
290840 Conceição do Coité
315760 Santa Fé de Minas
310610 Belmiro Braga
421390 Presidente Castello Branco
431261 Muitos Capões
270280 Flexeiras
240220 Canguaretama
251520 São Sebastião do Umbuzeiro
171700 Pindorama do Tocantins
171500 Nova Rosalândia
510780 Santo Antônio do Leverger
510880 Nova Guarita
500310 Corguinho
250115 Areia de Baraúnas
150745 São Geraldo do Araguaia
240600 José da Penha
420790 Irineópolis
420720 Imaruí
293310 Várzea do Poço
310130 Alagoa
510285 Castanheira
510677 Porto Alegre do Norte
430965 Hulha Negra
412667 Tamarana
431478 Ponte Preta
431295 Nova Boa Vista
292660 Ribeira do Pombal
240830 Nova Cruz
313600 Joaíma
290670 Cândido Sales
313550 Jequeri
520396 Buritinópolis
421000 Luiz Alves
421240 Pedras Grandes
421875 Tunápolis
291150 Gongogi
280130 Capela
316110 São Francisco
171245 Luzinópolis
170220 Araguatins
313570 Jequitibá
320290 Itarana
250580 Duas Estradas
291340 Igaporã
500124 Aral Moreira
412880 Xambrê
431075 Ivorá
240400 Frutuoso Gomes
220170 Bertolínia
220080 Antônio Almeida
292665 Ribeirão do Largo
251400 São João do Cariri
310450 Arinos
411050 Ipiranga
410740 Enéas Marques
351970 Ibiúna
420775 Iraceminha
230800 Massapê
160050 Oiapoque
510279 Carlinda
353230 Natividade da Serra
500800 Terenos
430215 Boa Vista das Missões
412170 Reserva
261200 Sairé
350470 Balbinos
420475 Cunhataí
420257 Bom Jesus do Oeste
420519 Ermo
432360 Vista Alegre do Prata
241060 Rafael Godeiro
240690 Lucrécia
250740 Jericó
520357 Bonópolis
430585 Coqueiros do Sul
313790 Lamim
110092 Chupinguaia
110149 São Francisco do Guaporé
431346 Novo Xingu
431755 Santo Antônio do Palma
315213 Ponto Chique
430840 Formigueiro
510460 Itiquira
292050 Maracás
290790 Cipó
211160 São Raimundo das Mangabeiras
315040 Piedade dos Gerais
210043 Alto Alegre do Maranhão
280190 Cumbe
315090 Piranguçu
500460 Itaquiraí
150815 Uruará
171250 Marianópolis do Tocantins
352215 Itaóca
420270 Botuverá
293250 Una
241300 São Vicente
316710 Serro
430370 Campina das Missões
421223 Paraíso
432060 Severiano de Almeida
221000 São João do Piauí
431630 Roque Gonzales
521690 Pilar de Goiás
110003 Cabixi
292930 São Gonçalo dos Campos
411780 Palmital
311920 Coroaci
432195 Trindade do Sul
420120 Antônio Carlos
290290 Barra do Choça
171215 Lavandeira
240933 Santa Maria
350910 Caiuá
421885 União do Oeste
421020 Major Gercino
510785 São Félix do Araguaia
313280 Itambé do Mato Dentro
290480 Caatiba
171665 Pequizeiro
312590 Ferros
270270 Feliz Deserto
170305 Bandeirantes do Tocantins
292805 Santa Luzia
231150 Quixeré
431930 São Paulo das Missões
421810 Timbé do Sul
432370 Vista Gaúcha
270100 Boca da Mata
210280 Carolina
130340 Parintins
432232 Turuçu
432350 Vista Alegre
352120 Iporanga
431179 Maratá
431308 Nova Pádua
260270 Buenos Aires
291520 Itagibá
280250 General Maynard
316580 Senador José Bento
421775 Sul Brasil
521935 Santa Isabel
431267 Nicolau Vergueiro
291685 Itatim
220350 Elesbão Veloso
220830 Piracuruca
520830 Divinópolis de Goiás
354300 Ribeirão Branco
230620 Itaiçaba
110033 Nova Mamoré
312705 Fronteira dos Vales
231020 Paracuru
320435 Rio Bananal
421205 Palmeira
251600 Solânea
210850 Pindaré-Mirim
170270 Aurora do Tocantins
312150 Desterro do Melo
316830 Taquaraçu de Minas
410855 Godoy Moreira
317170 Virgínia
261420 Sirinhaém
510010 Acorizal
314860 Peçanha
251675 Tenório
292630 Riachão do Jacuípe
290310 Barra do Rocha
421055 Marema
431545 Relvado

431971 São Valentim do Sul

270390 Jundiá
250510 Cuité
251140 Picuí
251560 Serra da Raiz
250050 Alagoinha
314053 Martins Soares
110040 Alto Paraíso
432185 Três Palmeiras
510618 Nova Lacerda
150760 São Miguel do Guamá
421145 Nova Itaberaba
421415 Princesa
421270 Petrolândia
420675 Ibiam
292937 São José do Jacuípe
150309 Goianésia do Pará
170240 Arraias
220860 Prata do Piauí
317103 Verdelândia
310665 Berizal
160053 Porto Grande
316910 Toledo
431520 Putinga
312110 Delfim Moreira
250090 Arara
412788 Tunas do Paraná
240770 Montanhas
316630 Sericita
314625 Padre Carvalho
261360 São José do Egito
292900 São Félix
431477 Pontão
220310 Cristino Castro
500315 Coronel Sapucaia
293050 Serrinha
420190 Aurora
240050 Alexandria
220910 Santa Cruz do Piauí
241280 São Rafael
251010 Nova Floresta
280200 Divina Pastora
210945 Raposa
312620 Formoso
260150 Belém de Maria
170560 Conceição do Tocantins
310640 Belo Vale
293130 Tapiramutá
410715 Diamante D'Oeste
290060 Aiquara
312430 Espinosa
241445 Triunfo Potiguar
251550 Serra Branca
310340 Araçuaí
320225 Governador Lindenberg
431402 Paraíso do Sul
230600 Iracema
230410 Crateús
261090 Pesqueira
160023 Ferreira Gomes
315230 Porto Firme
412060 Prudentópolis
312330 Dores do Turvo
317005 Ubaporanga
150670 Santana do Araguaia
420100 Anita Garibaldi
290030 Acajutiba
317190 Virgolândia
315240 Poté
430675 Doutor Ricardo
421490 Rio Fortuna
280740 Tobias Barreto
130190 Itacoatiara
120010 Brasiléia
280450 Nossa Senhora da Glória
412665 Sulina
250200 Belém do Brejo do Cruz
231380 Uruburetama
261340 São José da Coroa Grande
330513 São José de Ubá
330515 São José do Vale do Rio Preto
330590 Trajano de Moraes
330530 São Sebastião do Alto
330460 Santa Maria Madalena
330050 Bom Jardim
330415 Quissamã
330615 Varre-Sai
351480 Eldorado
353284 Nova Canaã Paulista
354050 Porangaba
352990 Miracatu
353170 Monteiro Lobato
355180 Sete Barras
353780 Piedade
352870 Marabá Paulista
354860 São Bento do Sapucaí
355200 Silveiras
354230 Redenção da Serra
353820 Pinhalzinho
351360 Cunha
354085 Pracinha
352490 Jambeiro
355385 Taquarivaí
355495 Tuiuti
355635 Vargem
352330 Itariri
351565 Fernão
352460 Jacupiranga
351270 Corumbataí
352650 Lavínia
353020 Mirante do Paranapanema
352610 Juquiá
352170 Itaberá
353282 Nova Campina
350270 Apiaí
351535 Euclides da Cunha Paulista
355000 São Luís do Paraitinga
350500 Barão de Antonina
350715 Bom Sucesso de Itararé
353205 Motuca
350350 Areias
352100 Iperó
350335 Arco-Íris
354440 Rubiácea
353120 Monte Alegre do Sul
354820 Santo Antônio do Pinhal
354810 Santo Antônio do Jardim
350690 Bofete
354350 Riversul
351850 Guareí
352585 Jumirim
354250 Reginópolis
352115 Ipiguá
350430 Avaí
354765 Santa Salete
Total 2282
ANEXO II
ESPECIALIDADES MÉDICAS
1. Clínica Médica
2. Cirurgia Geral
3. Ginecologia e Obstetrícia
4. Pediatria
5. Neonatologia
6. Medicina Intensiva
7. Medicina de Família e Comunidade
8. Medicina de Urgência
9. Psiquiatria
10. Anestesiologia
11. Nefrologia
12. Neurocirurgia
13. Ortopedia e Traumatologia
14. Cirurgia do Trauma
15. Cancerologia Clínica
16. Cancerologia Cirúrgica
17. Cancerologia Pediátrica
18. Radiologia e Diagnóstico por Imagem
19. Radioterapia
Sa�de Legis - Sistema de Legisla��o da Sa�de
31/07/2021 Gmail - Fwd: Solicitação Carência Estendida
Hyago Viana <hyagoviana.adv@gmail.com>
Fwd: Solicitação Carência Estendida
Patrícia Cabral <patricia_ppc@hotmail.com> 26 de julho de 2021 21:02

Para: hyagoviana.adv@gmail.com
Enviado do meu iPhone
Início da mensagem encaminhada:
De: MS/Serviço de Apoio Administrativo <sead@saude.gov.br>
Data: 25 de março de 2021 09:31:10 BRT
Para: patricia_ppc@hotmail.com
Assunto: Solicitação Carência Estendida
Responder A: MS/Serviço de Apoio Administrativo <sead@saude.gov.br>
Olá,
O Departamento de Saúde da Família - DESF confirma o recebimento do seu Requerimento de

Carência Estendida e informa que foi registrado com o Número Único de Processo - NUP
25000.044918/2021-24.
A sua documentação será analisada e posteriormente informaremos se os requisitos foram atendidos,

bem como do encaminhamento ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE para a
concessão ou não do benefício.
Em caso de dúvida, entre em contato no e-mail: suporte.fiesmed@saude.gov.br, indicando

expressamente o NUP.
Atenciosamente,
Equipe Fiesmed
Esta mensagem pode conter informação confidencial e/ou privilegiada. Se você não for o destinatário
ou a pessoa autorizada a receber esta mensagem, não pode usar, copiar ou divulgar as informações
nela contidas ou tomar qualquer ação baseada nessas informações. Se você recebeu esta mensagem
por engano, por favor avise imediatamente o remetente, respondendo o e-mail e em seguida apague-
o.This message may contain confidential and / or privileged. If you're not the recipient or the person
authorized to receive this message, you cannot use, copy or disclose the information contained therein
or take any action based on this information. If you have received this message in error, please notify
the sender immediately by reply e-mail and then delete it.
https://mail.google.com/mail/u/0?ik=237803d3bb&view=pt&search=all&permmsgid=msg-f%3A1706394042381350205&simpl=msg-f%3A1706394… 1/1
31/07/2021 Gmail - Fwd: SOLICITAÇÃO CARÊNCIA ESTENDIDA
Hyago Viana <hyagoviana.adv@gmail.com>
Fwd: SOLICITAÇÃO CARÊNCIA ESTENDIDA
Patrícia Cabral <patricia_ppc@hotmail.com> 26 de julho de 2021 21:03

Para: hyagoviana.adv@gmail.com
Enviado do meu iPhone
Início da mensagem encaminhada:
De: MS/Serviço de Apoio Administrativo <sead@saude.gov.br>
Data: 24 de junho de 2021 09:51:36 BRT
Para: patricia_ppc@hotmail.com
Assunto: SOLICITAÇÃO CARÊNCIA ESTENDIDA
Responder A: MS/Serviço de Apoio Administrativo <sead@saude.gov.br>
Prezado (a),
Informamos que o Ministério da Saúde recebeu a solicitação do médico. A solicitação foi analisada, no
entanto verificou-se no Sistema de Informação da Comissão Nacional de Residência Médica
(SisCNRM) do Ministério da Educação (MEC), que o requerente está cursando "PROGRAMA DE PRÉ
REQUISITO EM ÁREA CIRÚRGICA BÁSICA". Essa especialidade não está elencada no rol taxativo
contido no Anexo II, da Portaria conjunta SGTES/SAS Nº 3 de 19 de fevereiro de 2013, que elenca as
Especialidades Médicas prioritárias.
Anexo II da Portaria conjunta SGTES/SAS Nº 3 de 19 de fevereiro de 2013, as 19 (dezenove)

Especialidades Médicas prioritárias então descritas no quadro abaixo:
1. Clínica Médica
2. Cirurgia Geral
4. Pediatria
5. Neonatologia
9. Psiquiatria
10. Anestesiologia
11. Nefrologia
12. Neurocirurgia
19. Radioterapia
Por fim, ressaltamos que a Resolução nº 48, de 28 de junho de 2018, que dispõe sobre a Matriz de
Competências dos Programas e Residência Médica em Cirurgia Geral e do Programa de Pré-requisito
em Área Cirúrgica Básica no Brasil, especifica que este último programa é apenas uma condição de
ingresso para outras cirurgias e não confere título de especialista. A seguir art. 3º da Resolução
supramencionada:
"Art. 3º A conclusão do Programa de Pré-requisito em Cirúrgica Básica é condição indispensável para

o ingresso nas especialidades cirúrgicas, que incluem: Cirurgia do Aparelho Digestivo, Cirurgia de
Cabeça e Pescoço, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Urologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia
Oncológica, Cirurgia Pediátrica e Cirurgia Coloproctológica.
§ 2º A conclusão do Programa de Pré-requisito não confere título de especialista, conferindo ao

concluinte um certificado que comprova sua competência para a atuação nos procedimentos cirúrgicos
31/07/2021 Gmail - Fwd: SOLICITAÇÃO CARÊNCIA ESTENDIDA
básicos listados no anexo."
Assim sendo, o médico não está apto a concessão da Carência Estendida.
Na oportunidade, colocamo-nos à disposição para esclarecimentos adicionais para, no âmbito de

nossa competência, prestar o apoio que se fizer necessário.
Atenciosamente,
Equipe FIESmed
Ministério da Saúde
Secretaria de Atenção Primária à Saúde - SAPS
Esplanada dos Ministérios, Bloco G - Ed.Sede - 7º andar
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31/07/2021 RESOLUÇÃO Nº 48, DE 28 DE JUNHO DE 2018 - Imprensa Nacional
DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO

Publicado em: 14/12/2018
| Edição: 240
| Seção: 1
| Página: 18
Órgão: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Superior
RESOLUÇÃO Nº 48, DE 28 DE JUNHO DE 2018
Dispõe sobre a Matriz de Competências dos Programas de

Residência Médica em Cirurgia Geral e do Programa de Pré-
requisito em Área Cirúrgica Básica no Brasil.
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições que lhe
conferem o Decreto 80.281/1977, a Lei nº 6.932, de 07 de julho de 1981, o Decreto 7.562 de 15 de setembro
de 2011 e o Decreto nº 8.516, de 10 de setembro de 2015,
CONSIDERANDO o disposto no art. 15 do Decreto 8.516/2015, segundo o qual compete à CNRM

definir a matriz de competências para a formação de especialistas no âmbito da residência médica;
CONSIDERANDO que o título de especialista nas diversas áreas da medicina legalmente

regulamentadas como especialidades médicas no Brasil pode ser conferido apenas pela CNRM, por meio
de Programa de Residência Médica devidamente credenciado, ou pelas sociedades de especialidades, por
meio da Associação Médica Brasileira;
CONSIDERANDO a Lei nº 6.932/81, que estabelece em seu Art. 5º a jornada semanal dos
Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas;
CONSIDERANDO que a CNRM possui prerrogativa legal de avaliar e estabelecer as condições

de funcionamento das instituições e dos Programas de Residência Médica, bem como adotar eventuais
medidas de supervisão;
CONSIDERANDO que competência profissional consiste na capacidade de mobilizar, articular e

colocar em ação conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente
e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico, nos
termos da Resolução CNE/CP nº 3 de 18/12/2002;
CONSIDERANDO que a evolução do conhecimento, da tecnologia em saúde e da complexidade

da terapêutica médica cirúrgica implica na necessidade formação do médico residente mais extensa, a fim
de desenvolver as competências imprescindíveis à sua atuação como especialista em Cirurgia Geral;
CONSIDERANDO que existem nove especialidades cirúrgicas - Cirurgia do Aparelho Digestivo,

Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Urologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia
Oncológica, Cirurgia Pediátrica e Cirurgia Coloproctológica - as quais requerem treinamento prévio em
área cirúrgica básica, como pré-requisito e condição indispensável ao início da capacitação nestas áreas
de especialidade;
CONSIDERANDO que o treinamento adquirido na residência médica capacita os profissionais

para a realização de cirurgias, complementando a formação adquirida no curso de graduação em
medicina;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na 11a Sessão Plenária Ordinária da
CNRM em 22 de novembro de 2017, resolve:
Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia

Geral, na forma do Anexo que integra esta Resolução.
Art. 2º O programa de residência médica em Cirurgia Geral terá duração de 3 (três) anos.
Art. 3º A conclusão do Programa de Pré-requisito em Cirúrgica Básica é condição indispensável

para o ingresso nas especialidades cirúrgicas, que incluem: Cirurgia do Aparelho Digestivo, Cirurgia de
Cabeça e Pescoço, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Urologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia Oncológica,
Cirurgia Pediátrica e Cirurgia Coloproctológica.
https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/55217081/do1-2018-12-14-resolucao-n-48-de-28-de-junho-de-2018-55217029 1/5
§ 1º O Programa de Pré-requisito é constituído pelos Ciclos R1 e R2 constantes da Matriz de

Competências em Cirurgia Geral anexa;

básicos listados no anexo.
§ 3º A certificação referida no parágrafo anterior será aceita para fins de aproveitamento em

programas de residência médica de outras especialidades compatíveis, por prazo não superior a cinco
anos, contados da emissão do certificado.
Art. 4º A aplicação da Matriz de Competências no âmbito dos Programas de Residência Médica

em Cirurgia Geral credenciados pela CNRM é obrigatória a partir do ano letivo de 2020.
Art. 5º Revogam-se as disposições contrárias.
Art. 6º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
PAULO MONTEIRO VIERA BRAGA BARONE

ANEXO I
MATRIZ DE COMPETÊNCIAS EM CIRURGIA GERAL
OBJETIVOS GERAIS
Treinar e capacitar o médico residente de Cirurgia Geral para realizar o diagnóstico e tratamento
cirúrgico, quando este for indicado, às doenças prevalentes na sua área de atuação, analisar as opções não
operatórias e desenvolver um pensamento crítico-reflexivo em relação à literatura médica, tornando-o
progressivamente responsável e independente.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Tornar o médico residente apto a executar de forma independente e segura os procedimentos

cirúrgicos essenciais a cada ano de treinamento.
Habilitar o médico a aplicar o tratamento clínico de afecções cirúrgicas quando este for o
indicado.
COMPETÊNCIAS POR ANO DE TREINAMENTO
R1 - Ao final do primeiro ano o residente deverá ser capaz de:
1 - Coletar história clínica, realizar o exame físico, formular hipóteses diagnósticas e de

diagnósticos diferenciais, solicitar e interpretar exames complementares, assim como indicar a terapêutica.
2 - Demonstrar conhecimentos e analisar as doenças agudas prevalentes nas urgências e

emergências, os diagnósticos diferenciais concernentes às bases da cirurgia torácica, cirurgia vascular,
urologia e coloproctologia, cirurgia geral, bem como dos aspectos no controle clínico do paciente na
unidade de Terapia Intensiva.
3 - Demonstrar conhecimentos sobre a anatomia cirúrgica do abdome; resposta endócrino-

metabólica ao trauma; nutrição em cirurgia; e manobras de ressuscitação.
4 - Dominar a técnica de realização de acesso venoso central e periférico, drenagem torácica,

intubação orotraqueal, cricotireoidostomia, paracentese e toracocentese.
5 - Analisar e aplicar o conhecimento sobre cicatrização de feridas, hemostasia e diátese

hemorrágica.
6 - Aplicar o conhecimento no atendimento aos pacientes críticos (unidade de terapia intensiva

e na emergência) e politraumatizados (ATLS - Suporte Avançado de Vida).
7 - Avaliar as principais complicações clínicas pós-operatórias.
8 - Aplicar os conhecimentos na indicação e interpretação de exames de imagem com e sem

contraste.
9 - Registrar os dados e evolução do paciente no prontuário de forma clara e concisa. Manter

atualizado o prontuário com os resultados dos exames laboratoriais, radiológicos, histopatológicos,
pareceres, chamadas a opinar e quaisquer informações pertinentes ao caso.
10 - Realizar o preparo do paciente no pré-operatório, a prescrição do pré e do pós-operatório e

o acompanhamento do paciente na internação até alta hospitalar.
11 - Dominar o cuidado da ferida operatória e tratamento da infecção cirúrgica.
12- Manusear o equipamento para cirurgias videolaparoscópicas: a unidade de imagem

(monitor, microcâmera e processadora de imagens), o insuflador (pressões de insuflação), fonte de luz e
outros.
13 - Avaliar e utilizar corretamente os instrumentos cirúrgicos permanentes e descartáveis

(grampeadores, cargas, pinças e os diversos geradores de energia).
14 - Analisar os diferentes tipos de energia usados em cirurgia e suas aplicações.
15 - Realizar os procedimentos cirúrgicos essenciais à área de prática incluindo as bases da

cirurgia torácica, vascular, urologia e coloproctologia, com especial ênfase às urgências e emergências
dessas especialidades.
16 - Valorizar o Sistema Único de Saúde, avaliando a estrutura e a regulação, suas propriedades

e possibilidades.
17 - Avaliar e realizar procedimentos utilizados para concessão de medicamentos para os

pacientes através da assistência farmacêutica em farmácia de alto custo e/ou medicamento estratégico.
18 - Analisar os custos da prática médica e utilizá-los em benefício do paciente, mantendo os

padrões de excelência.
19 - Avaliar a relação custo/benefício às boas práticas na indicação de medicamentos e exames

complementares.
20 - Realizar pesquisa clínica nas bases de dados científicas e analisar a metodologia científica
a apresentações em sessões clínicas e formulação de trabalhos científicos.
21 - Valorizar o cuidado e o respeito na interação com os pacientes e familiares, valores e

crenças.
22 - Praticar os conceitos da ética médica.
23 - Avaliar os aspectos médico-legais envolvidos no exercício da prática médica, com ênfase

na cirurgia geral.
24- Obter o consentimento livre e esclarecido do paciente ou familiar em caso de

impossibilidade do paciente, após explicação simples e em linguagem apropriada ao entendimento, sobre
os procedimentos a serem realizados, suas indicações e complicações.
25 - Estabelecer relação respeitosa com o preceptor, equipe de trabalho e todos os funcionários

do hospital.
26 - Analisar a realização de acessos venosos em Pediatria.
27 - Dominar a indicação e técnica de: cateterização nasogástrica e nasoenteral; cateterização

vesical; acesso venoso superficial e profundo; punção arterial; drenagem de abscessos superficiais;
curativo da ferida operatória; sutura de lesões não complexas de pele; acesso à cavidade abdominal;
fechamento de parede abdominal; acesso à cavidade torácica; traqueostomias; toracocenteses; drenagem
do tórax; acesso à loja renal; postectomias (infantil e adulto); cistostomias por punção; cirurgia para
varicocele; cirurgia de hidrocele infantil e adulto; biópsias de linfonodos superficiais; desbridamentos de
lesões de partes moles; herniorrafia umbilical, herniorrafia epigástrica, exérese de nevus, exérese de cisto
sebáceo, exérese de lipoma e exérese de unha; acesso cirúrgico à região cervical; cricotireoidostomia;
remoção manual de fecaloma; drenagens de abscessos perianais.
R2- Ao final do segundo ano o residente deverá ser capaz de:
1 - Aplicar o conhecimento sobre a anatomia cirúrgica do aparelho digestório.
2 - Aplicar conhecimentos sobre a embriologia, fisiologia e fisiopatologia das doenças da

cavidade abdominal e seu conteúdo, a saber: doenças do esôfago, estômago, intestino delgado, cólon e
reto, fígado e vias biliares, pâncreas e baço, bem como os princípios da cirurgia oncológica.
3 - Compreender a biologia dos tumores e aplicar o conhecimento nas bases da oncologia

clínica e cirúrgica.
4 - Aplicar conhecimentos sobre imunologia do paciente operado, nutrição em cirurgia e

preparo nutricional do paciente e sua importância na cicatrização das feridas; os mecanismos de defesa do
hospedeiro e infecção nos pacientes imunodeprimidos.
5 - Valorizar o uso racional de antibióticos.
6 - Aplicar os conhecimentos de fisiologia e fisiopatologia do sistema endócrino e do

retroperitônio.
7 - Avaliar as indicações, contraindicações e as complicações dos procedimentos

recomendados ao paciente.
8 - Avaliar a adequação de abordagem cirúrgica ou não cirúrgica para cada paciente, e

apresentar as razões para a indicação ou contraindicação.
9 - Avaliar as bases da videocirurgia, suas indicações e riscos. Avaliar as alterações da fisiologia;

os efeitos do pneumoperitônio; e as vantagens e desvantagens da cirurgia minimamente invasiva.
10 - Demonstrar as habilidades práticas sobre os princípios da videocirurgia (material, acessos,

técnica, contraindicações, conversões entre outros), incluindo as tarefas mais simples da cirurgia com
acesso minimamente invasivo: posicionamento do paciente na mesa operatória, sistemas de imagem e de
insuflação de gases.
11 - Demonstrar as habilidades técnicas adquiridas em todos os procedimentos para essa etapa

de sua formação.
12 - Respeitar os valores culturais e religiosos dos pacientes, oferecendo o melhor tratamento

em cada contexto.
13 - Atentar à situação de pacientes e familiares, oferecendo-lhes suporte, especialmente nos

casos de terapêutica paliativa e de terminalidade da vida.
14 - Dominar a técnica operatória de laparotomias exploradoras para biópsias/drenagem de

abscessos; colecistectomia - laparoscópica e laparotômica; gastrostomia/jejunostomia; cistostomia
cirúrgica; enterectomia; enteroanastomose manual e mecânica; apendicectomia - laparoscópica e
laparotômica; salpingectomia; ooforectomia; ooforoplastia; esplenectomia laparotômica; colectomia
parcial laparotômica; ileostomia; colostomia; cistorrafia; herniorrafia incisional; herniorrafia inguinal por
inguinotomia; cirurgias orificiais: hemorroidectomia, fistulectomia anal e fissurectomia anal.
15 -Tomar decisões sob condições adversas na emergência e no intra-operatório, com controle

emocional e equilíbrio, demonstrando conhecimentos e liderança no sentido de minimizar eventuais
complicações e mantendo consciência de suas limitações.
16 - Avaliar suas responsabilidades e limitações. Saber fazer e aceitar críticas buscando

aprimorar seus conhecimentos e habilidades.
R3 - Ao final do terceiro ano o residente deverá ser capaz de:
1 - Demonstrar conhecimentos e habilidades das técnicas operatórias empregadas para a

correção de doenças dos órgãos e sistemas em sua área de prática.
2 - Analisar aspectos gerais dos transplantes hepático, pancreático, intestinal, renal e pulmonar
(tipos, indicações, sistemas de classificação de gravidade, acompanhamento pós-operatório,
complicações).
3 - Analisar princípios gerais da captação de órgãos e a legislação pertinente.
4 - Avaliar aspectos gerais da obesidade mórbida, transtornos metabólicos, tratamento,

complicações e técnicas operatórias utilizadas.
5 - Avaliar a relação custo/benefício ao tratamento das doenças em sua área de atuação, com
vistas a selecionar os métodos de investigação diagnóstica e terapêutica mais adequados, mantendo a
qualidade do atendimento.
6 - Identificar a gravidade do quadro do paciente e priorizar a atenção do cuidado.
7 - Realizar os procedimentos operatórios de maior complexidade.
8 - Demonstrar capacidade de liderança na equipe médica, ao supervisionar e orientar R2, R1,

internos e todos os demais envolvidos no atendimento aos pacientes sob sua responsabilidade.
9 - Trabalhar em equipe exercendo liderança, mas dividindo a responsabilidade dos cuidados

dos pacientes com os demais integrantes da equipe de saúde, valorizando o papel de cada um.
10 - Tomar decisões sob condições adversas na emergência e no intra-operatório, com controle

emocional e equilíbrio, demonstrando seus conhecimentos e sua liderança no sentido de minimizar
eventuais complicações, mantendo consciência de suas limitações.
11 - Avaliar suas responsabilidades e limitações. Fazer e aceitar críticas buscando aprimorar

seus conhecimentos e habilidades.
12 - Manter constante processo de aprendizagem (aprender a aprender), buscando melhorar

sua expertise e sempre prestar atendimento de qualidade.
13 - Aplicar conhecimentos e habilidades na prevenção da doença e promoção da saúde.
14 - Dominar a indicação e a técnica operatória dos seguintes procedimentos e operações:

herniorrafia inguinal recidivada; herniorrafias por videolaparoscopia; procedimentos anti-refluxo
(laparoscópica e laparotômica); esofagocardioplastias (laparoscópica e laparotômica); esplenectomias
laparoscópica; gastrectomias parciais com ou sem linfadenectomias; gastrectomia total com ou sem
linfadenectomia; hepatectomias simples (sem exclusão vascular, lesões periféricas); derivações
bileodigestiva; papilotomia cirúrgica; pancreatectomias, colectomia total, retossigmoidectomias -
laparotômicas e laparoscópicas; tireoidectomia parcial/total; nefrectomia parcial ou total; operações para
obesidade mórbida e distúrbio metabólico; hérnia diafragmática - tratamento cirúrgico (qualquer técnica);
tratamento cirúrgico conservador do megaesôfago; tratamento cirúrgico do divertículo esofágico;
amputação abdômino-perineal do reto; e reconstrução de trânsito intestinal.
Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.
BRASIL Acesso à informação - Barra GovBr
aumentar fonte
diminuir fonte
Acesso Aviso
Nome: (M285) - Prazo de utilização do financiamento encontra-se encerrado. Procure a CPSA da sua instituição
PATRICIA PINHEIRO CABRAL de ensino para orientação.
CPF:
111.005.657-52
Aditamento de Contrato de Financiamento
Perfil: Nesta tela, o estudante poderá visualizar dados do seu contrato de
financiamento e o histórico dos
Estudante aditamentos realizados, como
também efetuar uma solicitação ou validação de aditamento.
Último acesso:
31/07/2021 às 11:42:44 Financiado: PATRICIA PINHEIRO CABRAL
Data da Contratação: 26/03/2014Histórico do aditamento 2º/2019
Previsão do término do contrato: 10/06/2040
Avisos importantes N° do Contrato no Agente Financeiro:
440500694
Dados cadastrais
Caro estudante,
Semestre de referência: 2º/2019
Histórico do Financiamento
Fique atento às orientações e aos
avisos apresentados no topo de cada Instrumento CPF: 111.005.657-52
Data Referência
página. Contrato 26/03/2014 1º/2014
Nome completo: PATRICIA PINHEIRO CABRAL
Aditamento de Renovação - Simplificado 12/09/2014 2º/2014
Inscrição FIES Aditamento de Renovação - Simplificado
Data de nascimento: 22/09/1994
06/04/2015 1º/2015
Aditamento FIES Aditamento de Renovação - Simplificado Sexo: 28/08/2015
Feminino 2º/2015
Comprovante de Inscrição Aditamento de Renovação - Não Simplificado
E-mail:
22/02/2016 1º/2016
patricia_ppc@hotmail.com
Comprovantes de Aditamento Aditamento de Renovação - Não Simplificado 02/12/2016 2º/2016
Aditamento de Renovação - Não Simplificado RG: 5472433
13/02/2017 1º/2017
Manual de Aditamento
Aditamento de Renovação - Não Simplificado RIC: 23/08/2017 2º/2017
Manual de Transferência
Aditamento de Renovação - Não Simplificado 19/02/2018 1º/2018
Órgão emissor: SSP/GO
Trocar senha Aditamento de Renovação - Não Simplificado 16/08/2018 2º/2018
Sair Aditamento de Renovação - Não Simplificado Data de emissão: 11/06/2007
15/02/2019 1º/2019
Aditamento de Renovação - Não Simplificado Ocupação: 14/08/2019
Estudante 2º/2019
Requisitos mínimos
Para visualizar, clique
aqui. Aditamentos Disponíveis
Estado civil: Solteiro
Renovação Transferência Integral Dilatação Renda

Suspensão Encerramento
familiar mensal bruta R$: 6.451,23
Renda pessoal mensal bruta R$: 0,00

Referência Prazo Situação
Nenhum Aditamento disponível. CEP: 01531-001
Endereço: Avenida da Aclimacao

SisFIES - Módulo de inscrição do aluno - Todos os direitos reservados #18 2.36.60-69
Complemento: Ap42
Número: 547
Bairro: Aclimacao
Município: SÃO PAULO
UF: SÃO PAULO (SP)
Quantidade de membros do grupo familiar: 2
Curso / financiamento
Instituição de ensino: 527 - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS
Local de oferta de cursos: 690864 - AVENIDA UNIVERSITÁRIA, 1440 - SETOR UNIVERSI
Curso: 84408 - MEDICINA
Turno: INTEGRAL
Número da matrícula: 201410600041
Duração regular: 12 Semestre(s)
Total de semestres já concluídos e/ou 11

aproveitados nesta IES/curso:
Semestre a ser cursado pelo estudante: 12º Semestre
Total de semestres dilatados: 0
Total de semestres suspensos: 0
Total de semestres já financiados: 11
Total de semestres do financiamento: 12
Meses a serem financiados no semestre 6

atual:
sisfiesaluno.mec.gov.br/aditamento/principal/renovacao 1/2
atual:
Renda familiar mensal bruta per capita R$: 3.225,62
Valor da semestralidade SEM desconto R$: 43.315,44
Valor da semestralidade COM desconto R$: 42.665,71
Valor da semestralidade para o FIES R$: 40.532,42
Valor da semestralidade ATUAL COM 43.175,85

desconto R$:
Percentual de comprometimento da renda 150,07%

familiar:
Percentual de Financiamento solicitado: 100,00%
Valor a ser financiado no semestre ATUAL 43.175,85

com recursos do FIES R$:
Valor a ser pago no semestre ATUAL com 0,00

recursos do estudante R$:
Valor da mensalidade a ser financiada no 7.195,97

semestre ATUAL com recursos do FIES R$:
Taxa de juros anual: 3,40%
Valor Total do financiamento R$: 348.529,92
Valor do limite de crédito global R$: 435.662,40
Banco
Banco para contratação: BANCO DO BRASIL
Agência: 4405-9 - PUC GOIAS
Fiadores
CPF Nome
1º Fiador 699.949.947-00 GUSMAR COSENDEY CABRAL
Total
sisfiesaluno.mec.gov.br/aditamento/principal/renovacao 2/2
8ª Vara Cível Federal de São Paulo
MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120) Nº 5020609-92.2021.4.03.6100
IMPETRANTE: PATRICIA PINHEIRO CABRAL
Advogado do(a) IMPETRANTE: HYAGO ALVES VIANA - DF49122
IMPETRADO: FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO - FNDE, SR. CARLOS ALBERTO
DECOTELLI - PRESIDENDE DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO, BANCO DO BRASIL
SA, FAUSTO DE ANDRADE RIBEIRO
CERTIDÃO
Certifico e dou fé, nos termos do art. 214, inciso III, alíneas
e parágrafo único do Provimento nº 01/2020-CORE, bem
como da Resolução PRES 88/2017, art. 14, incisos I ao IV
(na redação da Resolução PRES nº 141/2017, artigo 1º,
inciso II), Comunicado Conjunto n. 01/2017 - AGES/NUAJ e
da Resolução PRES N. 149/2017):
a) Procuração Judicial:
( X ) consta;
Assinado eletronicamente por: CARLOS VAGNER ARANTES - 02/08/2021 12:56:17 Num. 62157072 - Pág. 1
( ) não consta / não identificado;
b) Custas Processuais:
( ) recolhidas através da G.R.U. - I.D.:
(X ) não recolhidas / não identificadas;
( ) guia G.R.U. não localizada (processos originários de outros

Tribunais);
( ) recolhidas através de guia diversa;
c) Pedido de Justiça Gratuita:
( ) consta;
( ) não consta;
d) Juntada de Documentos em Língua Estrangeira com

Tradução:
( ) consta;
( ) não consta;
e) Existência de Registros Indicando Possível Prevenção

ou Dependência (aba "associados"):
( ) consta;
( X ) não consta;
f) Com as Devidas Retificações Efetuadas, de Acordo com

os Termos da Petição Inicial (Classe, Assuntos e Partes):
CLASSE
( ) Alteração de Classe: de " "

para " ";
ASSUNTOS
( ) Exclusão de Assuntos:
( X ) Inclusão de Assuntos:
PARTES
( X ) Exclusão de Partes:
( X ) Inclusão de Partes:
São Paulo, 2 de agosto de 2021.
SEGUE ANEXO.
Comprovante de pagamento
com código de barras
Operação realizada com sucesso conforme as informações fornecidas pelo
cliente.
Código de 858000000003 055002811879 100013710008

barras: 111005657522
Conta de débito: 0996 / 013 / 00031496-8
Convênio: GRU JUDICIAL-EXCLUSI
Valor: 5,50
Data de
02/08/2021
vencimento:
Identificação da
CUSTAS PATRICIA
operação:
Data de débito: 02/08/2021
Data/hora da
02/08/2021 14:25:22
operação:
Código da
00156854
operação:
Chave de
YR0AFXGRV56MZ451
segurança:
* Você poderá consultar futuramente essa e outras transações no menu de consultas.
Firefox https://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/gru_novosite/gerarHTML.asp
Gerado a partir de http://web.trf3.jus.br/
SR. CONTRIBUINTE: ESTA GUIA NÃO PODERÁ SER LIQUIDADA COM CHEQUE
Código de Recolhimento 18710-0
MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Número do Processo 5020609-92.2021.4.03.6100
SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL
Guia de Recolhimento da União Competência 08/2021
GRU JUDICIAL
Vencimento
Nome do Contribuinte / Recolhedor :

CNPJ ou CPF do Contribuinte 111.005.657-52
Nome da Unidade Favorecida:
UG / Gestão 090017 / 00001
Justiça Federal de Primeiro Grau em São Paulo
Nome do Requerente / Autor: PATRICIA PINHEIRO CABRAL (=) Valor do Principal 5,50
CNPJ/CPF do Requerente / Autor: 111.005.657-52 (-) Desconto/Abatimento
Seção Judiciária: Vara: Classe: (-) Outras deduções
Base de Cálculo: 1.100,00 (+) Mora / Multa
Instruções: As informações inseridas nessa guia são de exclusiva

responsabilidade do contribuinte, que deverá, em caso de dúvidas, consultar a (+) Juros / Encargos
Unidade Favorecida dos recursos.
(+) Outros Acréscimos
SR. CAIXA: NÃO RECEBER EM CHEQUE
Pagamento exclusivo na Caixa Econômica Federal
(=) Valor Total 5,50
[STN86F5B8760D0C20ED2A30C41B0D59AC9F]
85800000000-3 05500281187-9 10001371000-8 11100565752-2
Código de Recolhimento 18710-0
Número do Processo 5020609-92.2021.4.03.6100
GRU JUDICIAL
Vencimento
Nome do Contribuinte / Recolhedor:

Nome da Unidade Favorecida:
UG / Gestão 090017 / 00001
Nome do Requerente / Autor: PATRICIA PINHEIRO CABRAL (=) Valor do Principal 5,50
Seção Judiciária: Vara: Classe: (-) Outras deduções
Instruções: As informações inseridas nessa guia são de exclusiva

responsabilidade do contribuinte, que deverá, em caso de dúvidas, consultar a (+) Juros / Encargos
Unidade Favorecida dos recursos.
(+) Outros Acréscimos
[STN86F5B8760D0C20ED2A30C41B0D59AC9F] (=) Valor Total 5,50
85800000000-3 05500281187-9 10001371000-8 11100565752-2
1 of 1 01/08/2021 19:02
IMPETRADO: FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO - FNDE, BANCO DO BRASIL SA,

PRESIDENTE DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE, DIRETOR
PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL S.A
CERTIDÃO
Certifico e dou fé que as custas processuais foram recolhidas da seguinte forma:
( ) integrais (1,0 %).
( x ) metade (0,5%).
( ) valor mínimo da tabela de custas em vigor.
( ) metade do valor mínimo da tabela de custas em vigor.
( ) valor máximo da tabela de custas em vigor.
( ) metade do valor máximo da tabela de custas em vigor.
( ) a menor, com diferença de R$
( ) sem recolhimento, em virtude de isenção legal.
( ) pedido de Justiça Gratuita com declaração.
( ) pedido de Justiça Gratuita sem declaração.
( ) instrumento de mandato com poderes para requerer Justiça Gratuita.
Assinado eletronicamente por: DANIELA PIRANI ESBIZERA - 03/08/2021 12:39:00 Num. 64365836 - Pág. 1
( ) autos redistribuídos (JEF ou Justiça Estadual).
( ) recolhidas em instituição financeira incorreta.
( ) não há comprovação de recolhimento.
Certifico, ainda, que a representação da parte autora/exequente/impetrante:
( x ) está regular.
( ) não está regular. Motivo:
MANDADO DE SEGURANÇA CÍVEL (120) Nº 5020609-92.2021.4.03.6100 / 8ª Vara Cível Federal de São Paulo
PRESIDENTE DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE, DIRETOR PRESIDENTE DO
BANCO DO BRASIL S.A
DECISÃO
A parte impetrante requer a concessão de medida liminar para que seja prorrogada a carência de
seu financiamento estudantil (FIES), no período de duração da residência médica para qual foi admitida.
Decido.
Dispõe o §3º do art. 6º-B da Lei 10.260/2001, norma que regulamenta o FIES:
Art. 6º- B……
...
§ 3oO estudante graduado em Medicina que optar por ingressar em programa credenciado
Medicina pela Comissão Nacional de Residência Médica, de que trata a Lei 6.932, de 7 de julho de
1981, e em especialidades prioritárias definidas em ato do Ministro de Estado da Saúde terá o
período de carência estendido por todo o período de duração da residência médica.
Em cumprimento ao comando legal, a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde

do Ministério da Saúde, editou a Portaria Conjunta 3 de 19/02/2013, nesses termos:
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE E O

SECRETÁRIO DE ATENÇÃO À SAÚDE, no uso das atribuições que lhes conferem o parágrafo único do
art. 2º e o parágrafo único do art. 3º da Portaria nº 1.377/GM/MS, de 13 de junho de 2011, alterada pela
Portaria nº 203/GM/MS, de 8 de fevereiro de 2013, e
Considerando o disposto no inciso II e no § 3º do art. 6º-B da Lei nº 10.260, de 12 de julho de

2001, incluído pela Lei nº 12.202, de 14 de janeiro de 2010;
Assinado eletronicamente por: HONG KOU HEN - 05/08/2021 20:07:42 Num. 64781899 - Pág. 1
Considerando a Portaria nº 1.377/GM/MS, de 13 de junho de 2011, alterada pela Portaria nº
203/GM/MS, de 8 de fevereiro de 2013, que estabelece critérios para definição das áreas e regiões
prioritárias com carência e dificuldade de retenção de médico integrante de equipe de saúde da família
oficialmente cadastrada e das especialidades médicas prioritárias de que tratam o inciso II e o § 3º do
art. 6º-B da Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, no âmbito do Fundo de Financiamento Estudantil
(FIES) e dá outras providências; e
Considerando a Portaria nº 2.488 GM/MS, de 21 de outubro de 2011, que aprova a Política

Nacional de Atenção Básica, resolvem:
Art. 1º Esta Portaria dispõe sobre a execução da Portaria nº 1.377/GM/MS, de 13 de junho de

2011, alterada pela Portaria nº 203/GM/MS, de 8 de fevereiro de 2013, que estabelece critérios para
definição das áreas e regiões prioritárias com carência e dificuldade de retenção de médico integrante
de equipe de saúde da família oficialmente cadastrada e das especialidades médicas prioritárias de que
tratam o inciso II e o § 3º do art. 6º-B da Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, no âmbito do Fundo de
Financiamento Estudantil (FIES) e dá outras providências; as regras para abatimento do saldo devedor
Art. 2º Para fins do disposto no parágrafo único do art. 2º da Portaria nº 1.377/GM/MS, de 2011
, alterada pela Portaria nº 203/GM/MS, de 8 de fevereiro de 2013, as áreas e regiões prioritárias com
carência e dificuldade de retenção de profissional médico integrante de Equipe de Saúde da Família
(ESF) oficialmente cadastrada são as constantes do Anexo I desta Portaria.
§ 1º A definição das áreas e regiões prioritárias de que trata o "caput" foi realizada
considerando-se os seguintes critérios:
§ 2º Excepcionalmente, médicos integrantes de ESF que atuam em áreas e regiões não

relacionadas no Anexo I desta Portaria também poderão requerer o abatimento do FIES, desde que
atuem em:
I - modalidade de ESF que atende as populações quilombolas, ribeirinhas, indígenas e situadas

em assentamentos, conforme cadastro no SCNES; ou
II - ESF vinculada às Unidades Básicas de Saúde localizadas em setores censitários, e/ou que
façam parte de seu território adstrito, que compõem os 20% (vinte por cento) mais pobres do Município,
baseado nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a serem informadas pelos
gestores municipais de saúde.
§ 3º As ESF de que trata este artigo devem estar cadastradas e com todos os dados atualizados
no Sistema Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES).
Art. 3º A carga horária de trabalho do profissional médico nas ESF de que trata o art. 2º
considerará as definições previstas na Portaria nº 2.488/GM/MS, de 21 de outubro de 2011, que aprova
a Política Nacional de Atenção Básica, sendo que o médico poderá atuar em, no máximo, 2 (duas) ESF e
com carga horária total de 40 (quarenta) horas semanais de trabalho, exceto os médicos que compõem
as ESF Ribeirinhas, que terão carga horária de 32 (trinta e duas) horas semanais de trabalho.
Art. 4º Para fins do disposto no parágrafo único do art. 3º da Portaria nº 1.377/GM/MS, de 2011
, alterada pela Portaria nº 203/GM/MS, de 8 de fevereiro de 2013, a relação das especialidades médicas
prioritárias é a constante do Anexo II desta Portaria.
Art. 5º A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS)

disponibilizará o sistema informatizado de que servirá para comunicação sobre eventuais demandas,
informações, interrupções e necessidades no âmbito da ESF ou de Programas de Residência Médica,
sobre o disposto nesta Portaria.
Art. 7º Ficam revogadas a Portaria Conjunta nº 2/SAS/SGTES, de 25 de agosto de 2011,

publicada no Diário Oficial da União nº 165, de 26 de agosto de 2011, Seção 1, página 32; e a Portaria
Conjunta nº 3/SAS/SGTES, de 1º de novembro de 2011, publicada no Diário Oficial da União nº 211, de
3 de novembro de 2011, Seção 1, página 87.
Restaram definidas 19 (dezenove) especialidades médicas, consideradas essenciais (Anexo II da

portaria), passíveis de prorrogação da carência do financiamento pelo FIES:
1. Clínica Médica; 2. Cirurgia Geral; 3. Ginecologia e Obstetrícia; 4. Pediatria; 5. Neonatologia;

6. Medicina Intensiva; 7. Medicina de Família e Comunidade; 8. Medicina de Urgência; 9. Psiquiatria; 10.
Anestesiologia; 11. Nefrologia; 12. Neurocirurgia; 13. Ortopedia e Traumatologia; 14. Cirurgia do
Trauma; 15. Cancerologia Clínica; 16. Cancerologia Cirúrgica; 17. Cancerologia Pediátrica; 18.
Radiologia e Diagnóstico por Imagem; 19. Radioterapia
Por sua vez, a Portaria 1.377 de 13/06/2011 do Ministro da Saúde, assim regulamenta os critérios
para definição das especialidades médicas:
...
Art. 3º Para obter a extensão do prazo de carência do respectivo financiamento por todo o
período de duração da residência médica, o estudante graduado em Medicina deverá optar pelo ingresso
em programa credenciado pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), de que trata a Lei nº
6.932, de 7 de julho de 1981, e em especialidade médica cuja prioridade para o SUS será definida pelo
Ministério da Saúde com observância dos seguintes critérios:
I - especialidades definidas como pré-requisito para o credenciamento dos serviços, sobretudo

na alta complexidade;
II - especialidade necessária a uma dada região segundo avaliação da demanda decorrente da

evolução do perfil sócio-epidemiológico da população, principalmente relacionadas ao envelhecimento
populacional e ao aumento de morbi-mortalidade decorrente de causas externas;
III - especialidades necessárias à implementação das políticas públicas estratégicas para o SUS,
tais como a Política de Atenção Básica, de Urgência e Emergência, de Saúde Mental, Atenção à Mulher
e Criança, Oncológica e Atenção ao Idoso; e
IV - especialidades consideradas escassas ou com dificuldade de contratação em uma dada

região segundo análise dos sistemas de informação disponíveis, realização de pesquisa ou demanda
referida por gestores da saúde daquela região.
Extrai-se do cotejo das normas acima transcritas, que as especialidades médicas passíveis de gozo
do benefício previsto no § 3º do art. 6-B, da Lei 10.260/2001, definidas na Portaria Conjunta 3, foram
determinadas em estrita observância a critérios técnicos, tais como elementos estatísticos e gerenciais e,
em especial, as políticas públicas estratégicas do SUS.
Assim, tratando-se de hipótese que trata da definição de políticas públicas, no caso, a do SUS, a
atuação do Poder Judiciário é meramente periférica, reservada ao controle da legalidade e
constitucionalidade das opções adotadas pelos demais poderes, isolada ou conjuntamente, em respeito ao
modelo constitucional a tripartição de poderes.
No caso, a parte impetrante foi admitida em programa de cirurgia básica, que não está prevista na
portaria conjunta acima transcrita, e sequer é considerada como especialidade médica.
Dispõe a Resolução 48/2018 da CNRM:
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições que

lhe conferem o Decreto 80.281/1977, a Lei nº 6.932, de 07 de julho de 1981, o Decreto 7.562 de 15 de
setembro de 2011 e o Decreto nº 8.516, de 10 de setembro de 2015,
CONSIDERANDO o disposto no art. 15 do Decreto 8.516/2015, segundo o qual compete à

CNRM definir a matriz de competências para a formação de especialistas no âmbito da residência médica;

de Programa de Residência Médica devidamente credenciado, ou pelas sociedades de especialidades, por
meio da Associação Médica Brasileira;
CONSIDERANDO a Lei nº 6.932/81, que estabelece em seu Art. 5º a jornada semanal dos
Programas de Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas;
CONSIDERANDO que a CNRM possui prerrogativa legal de avaliar e estabelecer as condições

de funcionamento das instituições e dos Programas de Residência Médica, bem como adotar eventuais
CONSIDERANDO que competência profissional consiste na capacidade de mobilizar, articular e

colocar em ação conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e
eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico, nos termos
da Resolução CNE/CP nº 3 de 18/12/2002;
CONSIDERANDO que a evolução do conhecimento, da tecnologia em saúde e da complexidade

da terapêutica médica cirúrgica implica na necessidade formação do médico residente mais extensa, a fim

Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Urologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia
Oncológica, Cirurgia Pediátrica e Cirurgia Coloproctológica - as quais requerem treinamento prévio em
área cirúrgica básica, como pré-requisito e condição indispensável ao início da capacitação nestas áreas de
especialidade;
CONSIDERANDO que o treinamento adquirido na residência médica capacita os profissionais

para a realização de cirurgias, complementando a formação adquirida no curso de graduação em
medicina;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na 11a Sessão Plenária Ordinária da
CNRM em 22 de novembro de 2017, resolve:
Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia
Geral, na forma do Anexo que integra esta Resolução.
Art. 3º A conclusão do Programa de Pré-requisito em Cirúrgica Básica é condição indispensável

para o ingresso nas especialidades cirúrgicas, que incluem: Cirurgia do Aparelho Digestivo, Cirurgia de
Cabeça e Pescoço, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Urologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia Oncológica,
Cirurgia Pediátrica e Cirurgia Coloproctológica.

§ 2º A conclusão do Programa de Pré-requisito não confere título de especialista, conferindo

ao concluinte um certificado que comprova sua competência para a atuação nos procedimentos
cirúrgicos básicos listados no anexo.
§ 3º A certificação referida no parágrafo anterior será aceita para fins de aproveitamento em

programas de residência médica de outras especialidades compatíveis, por prazo não superior a cinco
anos, contados da emissão do certificado.
Art. 4º A aplicação da Matriz de Competências no âmbito dos Programas de Residência Médica

em Cirurgia Geral credenciados pela CNRM é obrigatória a partir do ano letivo de 2020.
A Lei 3.268/1957, que regulamenta a estrutura e atribuições do Conselhos Federal e Regionais de

Medicina, bem como o exercício da profissão de médico, prevê em seu art. 17:
Art . 17. Os médicos só poderão exercer legalmente a medicina, em qualquer de seus ramos ou
especialidades, após o prévio registro de seus títulos, diplomas, certificados ou cartas no Ministério da
Educação e Cultura e de sua inscrição no Conselho Regional de Medicina, sob cuja jurisdição se achar o
local de sua atividade.
Assim, por expressa previsão legal, o exercício da medicina e de suas especialidades, fica
condicionada à prévia habilitação técnica e registro/inscrição perante os Conselhos Regionais de
Medicina.
A especialização médica, por seu turno, está regulamentado pela Lei 6.932/1981, com as
alterações da Lei 12.871/2013:
Art. 1º - A Residência Médica constitui modalidade de ensino de pós-graduação, destinada a
médicos, sob a forma de cursos de especialização, caracterizada por treinamento em serviço, funcionando
sob a responsabilidade de instituições de saúde, universitárias ou não, sob a orientação de profissionais
médicos de elevada qualificação ética e profissional.
§ 1º - As instituições de saúde de que trata este artigo somente poderão oferecer programas
de Residência Médica depois de credenciadas pela Comissão Nacional de Residência Médica.
§ 2º - É vedado o uso da expressão residência médica para designar qualquer programa de

treinamento médico que não tenha sido aprovado pela Comissão Nacional de Residência Médica.
...
Art. 2º - Para a sua admissão em qualquer curso de Residência Médica o candidato deverá
submeter-se ao processo de seleção estabelecido pelo programa aprovado pela Comissão Nacional de
Residência Médica.
...
Art. 8º - A partir da publicação desta Lei, as instituições de saúde que mantenham

programas de Residência Médica terão um prazo máximo de 6 (seis) meses para submetê-los à
aprovação da Comissão Nacional de Residência Médica.
E, por fim, o Decreto 8.516/2015, que regulamentou a Lei 6.932/1981 dispõe:
Art. 15. Compete à CNRM definir a matriz de competência para a formação de especialistas
na área de residência médica.
Assim, resta evidenciado que por expressa previsão normativa, tanto da Lei 6.932/1981 (em
diversos dispositivos), quanto do Decreto 8.516/2015, a Comissão Nacional de Residência Médica detém
a atribuição de definir e normatizar a matriz dos programas de formação de especialistas na áreas de
residência médica.
Portanto, sob o aspecto da legalidade, a Resolução 48/2018 não merece qualquer reparo, pois
ausente qualquer indicativo de excesso no exercício do poder regulamentar delegado ao CNRM.
Os motivos técnicos invocados pelo CNRM, cuja clareza é inquestionável, e que constam do
corpo da Resolução, são suficientes para conferir razoabilidade e plausibilidade às alterações introduzidas
no programa de residência médica em cirurgia geral.
Resta evidente, portanto, que programa de Cirurgia Básica não pode ser considerada nem como
especialidade médica e nem como residência médica para todos os efeitos legais.
Assim, o pleito da parte impetrante carece da necessária plausibilidade jurídica.
Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de medida liminar.
Notifiquem-se.
Após, ao MPF e conclusos para sentença.
Int.
8ª VARA FEDERAL CÍVEL EM SÃO PAULO
Avenida Paulista, 1682, 10º andar, São Paulo/SP, CEP: 01310-200, telefone 2172.4408, e-mail civel-se08-vara08@trf3.jus.br

BANCO DO BRASIL S.A
C A R T A P R E C A T Ó R I A Nº 104/2021
AUTORIDADES A SEREM NOTIFICADAS:
1) PRESIDENTE DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE
Endereço: SBS Quadra 2 Bloco F, Asa Sul, BRASÍLIA - DF - CEP: 70070-929
2) DIRETOR PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL S.A
Endereço: SAUN Quadra 5 Lote B Torre I, S/N, 3 ANDAR, Asa Norte, BRASÍLIA - DF - CEP:
70040-912
Ao(À) Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) Federal de uma das Varas Federais da Seção
Judiciária de Brasília/DF
O Doutor HONG KOU HEN, Juiz Federal da 8ª Vara Federal Cível em São Paulo, DEPRECA a Vossa
Excelência as notificações das autoridades impetradas para que prestem informações, nos termos do
artigo 7º, inciso I, da Lei nº. 12.016/09.
Os documentos do processo foram disponibilizados para consulta no endereço eletrônico:

http://web.trf3.jus.br/anexos/download/K32BA50E09
A autoridade impetrada deverá prestar as informações, bem como comunicar eventual

cumprimento de decisão judicial, diretamente no processo eletrônico, por meio do sistema PJe, por
intermédio do painel do usuário, perfil jus postulandi. Caso não possua certificação digital, caberá à
autoridade impetrada solicitar ao órgão de representação judicial a inserção do(s) documento(s) no
processo eletrônico.
EXPEDIDA nesta cidade de São Paulo, em 6 de agosto de 2021.

CERTIDÃO
Certifico e dou fé que encaminhei a carta precatória por malote digital.
Assinado eletronicamente por: ELIANA HARUE OZAKI - 09/08/2021 13:52:43 Num. 68439004 - Pág. 1
09/08/2021 https://malotedigital.cjf.jus.br/malotedigital/popup.jsf
Impresso em: 09/08/2021 às 13:48
RECIBO DE DOCUMENTO ENVIADO E NÃO LIDO

Código de
40320218955932
rastreabilidade:
Documento: c.prec.104-21.pdf
Remetente: SJSP - São Paulo - 08ª Vara Cível (
SJSP - São Paulo - 08ª Vara Cível
)
Destinatário: SJDF - Seção de Classificação e Distribuição ( TRF1 )
Data de Envio: 09/08/2021 13:47:48
Anexa carta precatória nº 104/2021 para livre distribuição.
Anexos:
Assunto:
http://web.trf3.jus.br/anexos/download/K32BA50E09

https://malotedigital.cjf.jus.br/malotedigital/popup.jsf 1/1
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3ª Região
2ª Turma
AGRAVO DE INSTRUMENTO (202) Nº 5018100-58.2021.4.03.0000

RELATOR: Gab. 05 - DES. FED. COTRIM GUIMARÃES
AGRAVANTE: PATRICIA PINHEIRO CABRAL
Advogado do(a) AGRAVANTE: HYAGO ALVES VIANA - DF49122
AGRAVADO: FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO, BANCO DO BRASIL SA
OUTROS PARTICIPANTES:
D E C I S ÃO
O Exmo. Sr. Desembargador Federal COTRIM GUIMARÃES (Relator):
Trata-se de agravo de instrumento, com pedido liminar, interposto por

PATRÍCIA PINHEIRO CABRAL contra FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO
DA EDUCAÇÃO, buscando reformar decisão que indeferiu o pedido de tutela de
urgência, negando ao autor a obtenção junto ao FNDE da prorrogação de seu período
de carência do FIES enquanto perdurasse sua residência médica na área de cirurgia
básica.
Em síntese, a agravante alega que “o termo ‘CIRURGIA GERAL’ abarca

totalmente o termo ‘CIRURGIA BÁSICA’, pois, conforme frisado acima, a residência em
cirurgia básica é pré-requisito e condição indispensável ao início da capacitação em
áreas da cirurgia.”
É o relatório.
Segundo consta, a impetrante (ora agravante) “se formou médica pela

Pontifícia Universidade Católica de Goiás em 06 de janeiro de 2020, utilizando o
financiamento estudantil do FIES e foi aprovada no Programa de Pós-Graduação em
Assinado eletronicamente por: LUIS PAULO COTRIM GUIMARAES - 09/08/2021 14:54:41 Num. 68610639 - Pág. 1
Residência Médica (doc. 06) na área de CIRURGIA BÁSICA, no Hospital do Servidor
Público Municipal de SP, com início em 01/03/2020 e termino previsto para
28/02/2022”.
Pleiteou, então, a carência estendida de seu financiamento FIES durante o

período de residência, nos termos da Lei 10.2060/2001.
Conforme previsto no §3º do art. 6º B da Lei n. 10.260/2001, com a redação

dada pela Lei n. 12.202/2010, “o estudante graduado em Medicina que optar por
ingressar em programa credenciado Medicina pela Comissão Nacional de Residência
Médica, de que trata a Lei no 6.932, de 7 de julho de 1981, e em especialidades
prioritárias definidas em ato do Ministro de Estado da Saúde terá o período de carência
estendido por todo o período de duração da residência médica.”
Nesta toada, a residência em Cirurgia Geral está indicada como prioritária

pelo Ministério da Saúde no art. 5º e Anexo II da Portaria Conjunta nº 03, de 19 de
fevereiro de 2013.
Pois bem.
Em busca no site do MEC, é possível visualizar que, a partir da Resolução

nº 48, de 28 de junho de 2018, do CNRM, estabeleceu-se que o programa de
residência médica em Cirurgia Geral passaria a ter duração de 3 (três) anos; enquanto
o Programa de Pré-requisito em Cirúrgica Básica teria duração de 2 (dois) anos.
A par disso, não verifico diferença substancial entre os referidos cursos que
justifique a negativa do benefício de extensão de carência, sob pena de violação do
princípio da isonomia.
Segundo as informações do Portal do Ministério da Educação, até o final do

segundo ano da Residência em Cirurgia Geral, os currículos são idênticos. Ademais,
outras informações merecem destaque:
(...)
6- O Programa de Cirurgia Geral é acesso direto? Sim, para ingresso no programa

só é necessário ter concluído a graduação em Medicina.
7- O programa em área cirúrgica básica é de acesso direto? Sim.
(...)
9-Como será o acesso às especialidades cirúrgicas que não são acesso direto? O
médico residente que cursar o pré-requisito em Área Cirúrgica Básica (2 anos) ou o
Programa de Cirurgia Geral (3 anos) poderá realizar a prova às especialidades
cirúrgicas.
10- Quais as especialidades cirúrgicas que exigem os 3 anos de Cir. Geral?
R: Todas exigem o Pré Requisito em Área Cirúrgica Básica, porém o Médico

Residente que concluir a Cirurgia Geral também terá acesso.
(...)
16- O programa “pré-requisito” não oferece Título de Especialista ao término, mas

permite que o candidato concorra para residência em outras especialidades
cirúrgicas.
Irá certificá-lo a realizar os procedimentos capacitados.
17— Se ao final do segundo ano, o candidato que escolheu a Residência (3 anos)

quiser fazer prova para outra especialidade cirúrgica, será possível?
Sim. Ele receberá o mesmo certificado de habilitação que os outros que fizeram o
prérequisito.
18- Se ao final do segundo ano (pré-requisito) o residente quiser fazer o terceiro

ano ele poderá?
Sim. Terá de prestar prova para o terceiro anos, se houver vaga disponível em
algum programa.
(...)
20- A Matriz de Competências é diferente para o pré-requisito e para a Residência

(3 anos)?
R: Não. Até o segundo ano, a MC é a mesma. A diferença está no terceiro ano.
21- Se a "Área Cirúrgica Básica - Pré-Requisito não é residência, porque não é

especialidade, é o quê? Uma pós-graduação? Se é pós-graduação os candidatos à
outras especialidades cirúrgicas poderão fazer qualquer outra especialidade e fazer
prova para residência?
O programa de Pré-requisito na Área Cirúrgica Básica é um programa de

Residência Médica, como tal é uma pós graduação, sob a forma de especialização,
caracterizada por treinamento em serviço. A semelhança ao Programa de
Residência Médica de Ano opcional ou adicional, não confere título de especialista,
sim um certificado de capacitação das competências constituídas nestes dois anos.
O Programa de Pré-requisito na Área Cirúrgica Básica é pré-requisito, assim como
o Programa de Cirurgia Geral, ao ingresso nas nove especialidades cirúrgicas.
Dessa forma ao término do Programa o médico interessado deverá ser submetido
ao processo seletivo da especialidade desejada.”
Como se observa, não há distinção relevante entre os cursos para fins de

extensão da carência do financiamento estudantil.
É de se ressaltar, ademais, que até 2016 a Residência de Cirurgia Geral

também tinha a duração de 2 (dois) anos.
Não bastasse, verifica-se que o programa de Cirurgia Básica é, hoje,

pré-requisito “indispensável para o ingresso nas especialidades cirúrgicas, que incluem:
Cirurgia do Aparelho Digestivo, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Plástica,
Cirurgia Vascular, Urologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia Oncológica, Cirurgia Pediátrica e
Cirurgia Coloproctológica”. (Resolução nº 48, de 28 de junho de 2018, do CNRM).
A propósito, já há decisão proferida no E. TRF da 4ª Região:
(...)
Com efeito, a Comissão Nacional de Residência Médica aprovou, em 2016, o

aumento da duração dos Programas de Residência de Cirurgia Geral de 2 para 3
anos. O antigo programa de residência em Cirurgia Geral, com duração de 2 anos,
ainda será oferecido com o nome de Área Cirúrgica Básica. Assim, somente o
Programa de Residência Médica (3 anos) pode oferecer o Título de Especialista em
Cirurgia Geral. O residente em Área Cirúrgica Básica poderá, ao final do segundo
ano, concorrer a uma vaga para o terceiro ano. Porém, ambos os programas
poderão ser utilizados como pré-requisito para acesso às especialidades cirúrgicas
que não são de acesso direto. A diferença existente é que apenas o Programa de
Residência Médica em Cirurgia Geral (3 anos) servirá como pré-requisito para
acesso às Áreas de Atuação (Vídeo e Trauma) e o Programa Avançado em Cirurgia
Geral. Como dito acima, a Área de Cirurgia Básica, com duração de dois anos, é
considerada um pré-requisito para as demais áreas cirúrgicas, como Cirurgia do
Aparelho Digestivo, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Plástica, Cirurgia
Vascular, Urologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia Oncológica, Cirurgia Pediátrica e
Cirurgia Coloproctológica). Neste sentido, verifica-se que para exercer algumas das
especialidades médicas elencadas no anexo II da Portaria conjunta SGTES/SAS nº
3, de 19 de fevereiro de 2013, o candidato deve ter obrigatoriamente cursado
Cirurgia Geral ou Cirurgia Básica, não fazendo sentido, portanto, distingui-las para
efeito de obter a extensão do período de carência para pagamento do FIES. Assim,
a Cirurgia Básica não é considerada especialidade em si (art. 3º-§2º), mas um
programa de dois anos pré-requisito para outras especializações cirúrgicas. Como
exposto anteriormente, a prorrogação da carência pressupõe o requerimento antes
da fase de amortização. Logo, obstar a continuidade neste momento importaria
negar o direito no momento do ingresso em especialização prevista na Portaria
Conjunta SGTES/SAS nº 3, de 19/2013. Portanto, considerando que o programa de
Cirurgia Básica é pré-requisito para as especializações previstas na Portaria
Conjunta SGTES/SAS nº 3, deve ser estendido o período de carência. (...)” (AG -
AGRAVO DE INSTRUMENTO - 5032716-45.2020.4.04.0000 – Rel. VÂNIA HACK
DE ALMEIDA – TERCEIRA TURMA – TRF da 4ª Região – 17.07.2020)
Ante o exposto, defiro o pedido liminar para prorrogar a carência do

financiamento estudantil (FIES) da agravante pelo período de duração da residência
médica para qual foi admitida.
Comunique-se ao Juízo a quo.
Intime-se a parte agravada para apresentação de contrarrazões nos termos

do art. 1.019, II, do CPC.
Pub. Int.

ATO ORDINATÓRIO
Em conformidade com o disposto no artigo 203, § 4º, do CPC, e com a Portaria n.º 14, de
24/02/2021, deste Juízo, fica(m) intimada(s) a(s) autoridade(s) impetrada(s) da decisão proferida em sede
de agravo de instrumento, para cumprimento.

CERTIDÃO
Certifico e dou fé que junto a estes autos comprovante de distribuição da carta precatória nº
104/2021.
10/08/2021 Enc.: Acesso Externo ao Processo SEI 0014428-28.2021.4.01.8005
Enc.: Acesso Externo ao Processo SEI 0014428-28.2021.4.01.8005

De: DANIELA PIRANI ESBIZERA
Para: ELIANA HARUE OZAKI
Data: Terça-feira - 10/Agosto/2021 14:15
Assunto: Enc.: Acesso Externo ao Processo SEI 0014428-28.2021.4.01.8005
>>> CIVEL - SECRETARIA 8ª VARA - SE08 09/08/21 16:30 >>>
>>> SJDF/Seção de Classificação e Distribuição <secla.df@trf1.jus.br> 09/08/21 15:29 >>>
Esta mensagem fornece acesso ao Processo Administrativo Nº 0014428-28.2021.4.01.8005 do Sistema Eletrônico de Informações e é
destinada para 8ª VF - SP.
O acesso será válido até 09/08/2022 e poderá ser realizado através do link abaixo:
https://sei.trf1.jus.br/sei/processo_acesso_externo_consulta.php?
id_acesso_externo=118269&infra_hash=82fd4654196cf2c90fe08485c665d642
ATENÇÃO: A informação contida nesta mensagem de e-mail, incluindo quaisquer anexos, pode ser confidencial e estar reservada
apenas à pessoa ou entidade para a qual foi endereçada. Se você não é o destinatário ou a pessoa responsável por encaminhar esta
mensagem ao destinatário, você está, por meio desta, notificado que não deverá rever, retransmitir, imprimir, copiar, usar ou
distribuir esta mensagem de e-mail ou quaisquer anexos. Caso você tenha recebido esta mensagem por engano, por favor, contate o
remetente imediatamente e apague esta mensagem de seu computador ou de qualquer outro banco de dados.
Seção Judiciária do Distrito Federal

www.trf1.jus.br/sjdf/
https://webmail.trf3.jus.br/gw/webacc?User.context=f93285821a54e5d42fe0e8b090706e3ef9b8ad8&Item.drn=61128A1C.DOM-HUB-A.PO-A-05.… 1/1

BANCO DO BRASIL S.A
Autoridade a ser intimada:
70040-912
Ao(À) Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) Federal de uma das Varas Federais da
Seção Judiciária de Brasília/DF
Excelência os seguintes atos:
- notificação da autoridade impetrada da decisão proferida no agravo de instrumento nº

5018100-58.2021.4.03.0000, nos seguintes termos:
"...defiro
o pedido liminar para prorrogar a carência do financiamento estudantil (FIES) da
agravante pelo período de duração da residência médica para qual foi admitida..."

http://web.trf3.jus.br/anexos/download/L425C5AAA2
EXPEDIDA nesta cidade de São Paulo, em 10 de agosto de 2021.

CERTIDÃO
Firefox https://malotedigital.cjf.jus.br/malotedigital/popup.jsf
Impresso em: 12/08/2021 às 18:27

Código de rastreabilidade: 40320218974955
Remetente: SJSP - São Paulo - 08ª Vara Cível ( SJSP - São Paulo - 08ª Vara Cível )
Data de Envio: 12/08/2021 18:26:46
Assunto: Anexa carta precatória nº 111/2021 para livre distribuição.
1 of 1 12/08/2021 18:27

CERTIDÃO
Certifico e dou fé que junto a estes autos comprovante de distribuição da carta precatória.
13/08/2021 Enc.: CP 111/2021 - 8ª VF - SP
Enc.: CP 111/2021 - 8ª VF - SP
De: CIVEL - SECRETARIA 8ª VARA - SE08
Para: ELIANA HARUE OZAKI
Data: Sexta-feira - 13/Agosto/2021 16:43
Assunto: Enc.: CP 111/2021 - 8ª VF - SP
Anexos: Text.htm;
Carta_Precatoria_13740680_CP_111_.2021.pdf
>>> SJDF/Seção de Classificação e Distribuição <secla.df@trf1.jus.br> 13/08/21 15:28 >>>

Prezado(a) Senhor(a), Boa tarde!
Informamos a Vossa Senhoria que a Carta Precatória anexa foi cadastrada no Sistema SEI sob nº 0014798-07.2021.4.01.8005.
Comunicamos ainda que foi disponibilizado acesso externo ao processo para acompanhamento pelo sítio do TRF 1ª Região - SJDF.
Contato CENTRAL DE MANDADOS: (61) 3221-6240 - ceman.df@trf1.jus.br
Atenciosamente,
Seção de Classificação e Distribuição - SECLA
Seção Judiciária do Distrito Federal - SJDF
https://webmail.trf3.jus.br/gw/webacc?User.context=49c5421db62aec55856558ef8be9ca7b7f69d2&Item.drn=6116A149.DOM-HUB-A.PO-A-05.1… 1/1
ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO
PROCURADORIA-GERAL FEDERAL
EQUIPE NACIONAL ESPECIALIZADA EM MATÉRIA DE EDUCAÇÃO
GERENCIAMENTO DE CONTENCIOSO DE MASSA - PRF1
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DO(A) 8ª VARA CÍVEL FEDERAL DE SÃO PAULO
NÚMERO: 5020609-92.2021.4.03.6100
PARTE(S): FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE
PARTES(S): PATRICIA PINHEIRO CABRAL E OUTROS
FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE, pessoa jurídica de

direito público, representado(a) pelo membro da Advocacia-Geral da União infra-assinado, vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, requerer o que segue.
Com fulcro no artigo 7º, inciso II, da Lei nº 12.016, de 2009, a Autarquia informa que tem interesse
em ingressar no feito, na condição de assistente litisconsorcial passivo.
Na oportunidade, pugna-se pela denegação da segurança, com a improcedência da ação, em razão da

manifesta ausência de ato ilegal e/ou abusivo.
Requer, ainda, que a marcha processual prossiga somente após as informações da autoridade, em
homenagem ao contraditório e à ampla defesa.
No mais, requer seja intimado de todos os atos processuais vindouros.
Termos em que pede deferimento.
Brasília, 17 de agosto de 2021.
RENATA MIURA KAHN DA SILVEIRA

PROCURADORA FEDERAL
Assinado eletronicamente por: RENATA MIURA KAHN DA SILVEIRA - 17/08/2021 17:12:12 Num. 76662121 - Pág. 1
ANEXO
Assinado eletronicamente por: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES - 23/08/2021 19:52:00 Num. 84017298 - Pág. 1
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 8 VARA FEDERAL DA COMARCA DE
SAO PAULO - SP
*1960255*
Processo nº '50206099220214036100
BANCO DO BRASIL S A, sociedade de economia mista sediada no

setor bancário Sul, Quadra 04, Bloco C, Lote 32, Edifício Sede III, em Brasília – DF, devidamente
inscrito no CNPJ sob o no. 00.000.000/0001-91, com seus atos constitutivos registrados e
arquivados no Departamento Nacional do Registro do Comércio sob no. 83, neste ato
representado por seu advogado que esta subscreve, nos autos em epígrafe, que lhe move
PATRICIA PINHEIRO CABRAL, por seu advogado e bastante procurador que subscreve, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, requerer a juntada da PROCURAÇÃO e
SUBSTABELECIMENTO para que produza seus devidos efeitos legais, requerendo a correta
anotação no sistema eletrônico deste Tribunal.
Para fins de cumprimento do artigo 246 §1º e 319, II do CPC

informa o seguinte endereço eletrônico do réu: cenopserv.oficios@bb.com.br.
Por fim, requer seja anotado na contracapa e/ou habilitado nos

autos eletrônicos exclusivamente o advogado NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES, inscrito
na OAB/SP sob o nº 128341, bem como sejam feitas as publicações de todos os atos processuais
em nome do mesmo, sob pena de nulidade e/ou republicação do ato judicial, com devolução do
prazo.
Nesses termos,
Pede deferimento,
SAO PAULO - SP, 23 de agosto de 2021.
NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES

OAB/SP 128341
Livro : 3283
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRAS
CARTÓRIO DO 5° OFÍCIO DE NOTAS .0,ÉLS : 101
DE TAGUATINGA - DF
Ronaldo Ribeiro de Faria - Tabelião reekt c" 5ir
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QNA 04- LOTES 32/34 - (PRAÇA DO Dl) - TAGUAT1NGA - DF - CEP 72.110-04
FONE: (61) 3961.8900 / 3351.8787
Site:www.cartorio5df.com.br - e-mail: atendimento@cartorio5df.com.br
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psrte itité-feSMdã-, que
os livros
livros existentes neste notariado, dentre eles, no de
número 3283, às fls. 101 (cento e um), verifiquei constar o
seguinte teor:
PROCURAÇÃO bastante que faz(em):BANCO DO
BRASIL S.A.
aos vinte e nove dias do mês de setembro do ano de dois mil e

vinte (29/09/2 020) nesta cidade de Taguatinga, Distrito Federal, em Cartório, lavro este instrumento público,
em que, comparece(m) como outorgante(s), BANCO DO BRASIL S.A., sociedade de economia mista,
sediado no SAUN — Setor de Autarquias Norte — Quadra 05, Lote B, Torre I, 8° andar do Edifício Banco do
Brasil, Brasília, Distrito Federal, inscrito no CNPJ sob o número 00.000.000/0001-91, registrado na Junta
Comercial, Industrial e Serviços do Distrito Federal - NIRE 5330000063-8, neste ato representado, na forma
prevista no artigo 27 do Estatuto, por sua Diretora Jurídica, LUCINÉIA POSSAR, brasileira, advogada,
inscrita na OAB/PR 19.599 e OAB/DF 40.297, portadora da carteira de identidade n° 38704370-SSP/PR e do
CPF 540.309.199-87, residente nesta Capital e com domicílio profissional na Sede da Empresa, eleita
conforme decisão do Conselho de Administração do Banco do Brasil S.A. na reunião ocorrida em 01 de julho
de 2019, cuja ata foi registrada na Junta Comercial, Industrial e Serviços do Distrito Federal em 10 de
setembro de 2019, sob o número 1307660; identificado(a)(s) como o(a)(s) próprio(a)(s) em face dos
documentos que me foram exibidos e de cuja capacidade jurídica dou fé. E por ele(a)(s) me foi dito que, por
este público instrumento e na melhor forma de direito, nomeia(m) e constitui(em) seu(ua)(s)
procurador(a)(es)(as), I) Consultores Jurídicos: ALEXANDRE BOCCHETTI NUNES, inscrito na OAB/RJ
93.294 e CPF 981.753.277-15; ANDRÉ LUIZ DE MEDEIROS E SILVA, inscrito na OAB/DF 5.539 e CPF
317.369.801-06; CLÁUDIO BISPO DE OLIVEIRA, inscrito na OAB/DF 61.643 e CPF 386.515.725-49:
GERALDO CHAMON JÚNIOR, inscrito na OAB/PR 67.956 e CPF 053.879.688-00; brasileiros,
advogados, com domicílio profissional na Sede do outorgante, localizada no SAUN — Setor de Autarquias
Norte, Quadra 5, Lote B, Torre I, 8° andar do Edifício Banco do Brasil, Brasília/DF; MARCELO VICENTE
DE ALKMIM PIMENTA, inscrito na OAB/MG 62.949 e CPF 750.401.316-15; MARCOS EDMUNDO
MAGNO PINHEIRO, inscrito na OAB/MG 64.233 e CPF 661.124.356-91; brasileiros, advogados, com
domicílio profissional na Avenida Paulista, 1230, 10° andar, Edifício BB São Paulo, Torre Matarazzo, Bela
Vista, São Paulo/SP; II) Consultores Jurídicos Adjuntos: AMIR VIEIRA SOBRINHO,
inscrito na OAB/GO
15.235 e CPF 375.372.701-63; ANTONIO CARLOS DA ROSA PELLEGRIN, inscrito na OAB/SC 15.672
e CPF 449.776.200-97; ANTÔNIO CARLOS ROSA, inscrito na OAB/MT 4.990-B e na OAB/DF 38.824 e
CPF 291.233.569-87; BETÂNIA MARA COELHO GAMA, inscrita na OAB/BA 14.331 e CPF
505.547.945-00; CARLOS GUILHERME ARRUDA SILVA, inscrito na OAB/MG 68.106 e CPF
726.465.196-72; FABRÍCIO GONÇALVES DOS SANTOS, inscrito na OAB/SP 268238 e CPF
326.914.358-30; FERNANDO ALVES DE PINHO, inscrito na OAB/RJ 97.492 e CPF 023.414.437-88;
JORGE ELIAS NEHME, inscrito na OAB/MT 4.642/0 e CPF 329.555.291-68;
JUNE ELCE MATOSO
DE MEDEIROS, inscrita na OAB/MG 65.701 e CPF 570.443.846-68; LUZIMAR DE SOUZA,
inscrita na
OAB/GO 7680 e CPF 166.518.631-34; MARCELO SIQUEIRA DE MENEZES, inscrito na OAB/RJ
147.339 e CPF 102.891.367-25; MÁRIO EDUARDO BARBERIS, inscrito na OAB/SP 148.909 e CPF
096.266.228-30; MARÍSIO ALVES RIBEIRO DOS SANTOS,
inscrito na OAB/BA 16.428 e CPF
594.688.745-91; PABLO SANCHES BRAGA, inscrito na OAB/DF 42.866 e CPF 806.562.695-53;
PAULO
SÉRGIO FRANÇA, inscrito na OAB/SP 115.012 e CPF 086.307.358-13;
SOLON MENDES DA SILVA,
inscrito na OAB/RS 32.356 e CPF 645.945.640-20; WAGNER MARTINS PRADO DE LACERDA,
inscrito na OAB/SP 111.593 e CPF 067.952.978-02; brasileiros, advogados, com domicílio profissional na
Sede do outorgante, localizada no SAUN — Setor de Autarquias Norte, Quadra 5, Lote B, Torre I, 8° andar do
Edifício Banco do Brasil, Brasília/DF; ADRIANA FARAONI FREITAS DE OLIVEIRA,
inscrita na
OAB/SP 139.644 e CPF 180.305.918-45; /ALEXANDRE SILVA DOS SANTOS,
inscrito na OAB/RJ
104.731 e CPF 002.734.377-47; JOSÉ AUGUSTO MOREIRA DE CARVALHO,
inscrito na OAB/SP
138.424 e CPF 093.024.278-54; JOSÉ ROBERTO CHIEFFO JÚNIOR,
inscrito na OAB/SP 203.922 e CPF
269.266.968-10; PLÍNIO MARCOS DE SOUSA E SILVA,
inscrito na OAB/SP 148.171 e CPF
756.790.516-72; brasileiros, advogados, com domicílio profissional na Avenida Paulista, 1230, 10° andar,
Edifício BB São Paulo, Torre Matarazzo, Bela Vista, São Paulo/SP; III) Gerentes Jurídicos Regionais:
ALESSANDRA FARIAS DE OLIVEIRA BARBOZA, brasileira, advogada, inscrita na OAB/PA 7.141 e
CPF 392.978.452-15, com domicílio profissional na Av. Rio Branco, 240, 50 andar, Recife/PE; ALTEMIR
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Livro : 3283
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRAS
CARTÓRIO DO 5° OFÍCIO DE NOTAS o FLS :102
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QNA 04- LOTES 32/34 - (PRAÇA DO DI) - TAGUAT1NGA - DF - CEP 72.11
FONE: (61) 3961.8900 / 3351.8787
Site:www.eartorio5df.com.br - e-mail: atendimento@cartorio5df.com.br
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profissional no SAUN - Setor de Autarquias Norte, Quadra 5, Bloco B, Torre III, 5° andar do Edifício Banco
do Brasil, Brasília/DF; ÂNGELO CESAR LEMOS, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/MG 64.228 e
CPF 718.429.506-49, com domicílio profissional na Rua do Livramento, 120, 8° andar, Centro, Maceió/AL;
ARI ALVES DA ANUNCIAÇÃO FILHO, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/RS 34.752 e CPF
505.500.630-72, com domicílio profissional na Rua Desembargador Freitas, 977, 4° andar, Centro,
Teresina/PI; ASTOR BILDHAUER, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/MS 19.882-B e CPF
462.037.881-04, com domicílio profissional na Rua Direita da Piedade, 25, 1° e 2° andares, Centro,
Salvador/BA; ALEXANDRE FERREIRA DE REZENDE, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/MG
82.312 e CPF 926.819.996-34, com domicílio profissional na Rua Guilherme Moreira, 315, 7° andar, Centro,
Manaus/AM; ATÍLIO SANCHEZ COSTA, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/SP 240.692 e CPF
283.460.898-99, com domicílio profissional na Av. Pedro II, 78, 1° andar, Centro, São Luís/MA; CASSIANO
ESKILDSSEN, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/PR 34.831 e CPF 024.758.029-52, com domicílio
profissional na Praça 1817, n° 129, 8° e 9° andares, Centro, João Pessoa/PB; CELSO YUAMI, brasileiro,
advogado, inscrito na OAB/SP 116.613, OAB/RJ 110.017 e CPF 082.647.638-47, com domicílio profissional
na Av. República do Líbano, 1875, 8° andar do Edifício Vera Lúcia, Setor Oeste, Goiânia/GO; CLÁUDIA
PORTES CORDEIRO, brasileira, advogada, inscrita na OAB/SP 219.265 e CPF 286.434.208-16, com
domicílio profissional na Praça Pio XII, n° 30, 6° andar, Centro, Vitória/ES; EDUARDO ALVEZ WEIMER,
brasileiro, advogado, inscrito na OAB/TO 8.699-B e CPF 988.436.050-20, com domicílio profissional na
Quadra 103 Sul, Rua SO-9, Lote 2, térreo, Centro, Palmas/TO; EVANDRO LÚCIO PEREIRA DE SOUZA,
brasileiro, advogado, inscrito na OAB/SP 133.091 e CPF 078.634.488-16, com domicílio profissional na Rua
Lélio Gama, 105, 14° e 15° andares do Edifício Senador Dantas, Centro, Rio de Janeiro/RJ; FÁBIO
SPAGNOLLI, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/RS 117709B e CPF 649.207.209-04, com domicílio
profissional na Rua Uruguai, 185, 10° andar, Centro, Porto Alegre/RS; JOAQUIM PEREIRA DO
NASCIMENTO FILHO, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/SP 120.219 e CPF 088.458.218-38, com
domicílio profissional na Av. Presidente Vargas, 248, 7° andar, Comércio, Belém/PA; JORGE MARCELO
CÂMARA ALVES, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/BA 13.724 e CPF 326.908.275-49, com domicílio
profissional na Praça General Valadão, 377, 5° andar, Centro, Aracaju/SE; LUIZ CARLOS CÁCERES,
brasileiro, advogado, inscrito na OAB/PR 26.822 e CPF 396.701.201-87, com domicílio profissional na Av.
Afonso Pena, 2202, Centro, Campo Grande/MS; MARCELO GUIMARÃES MAROTTA, brasileiro,
advogado, inscrito na OAB/AM 10.856 e CPF 020.763.597-88 com domicílio profissional na Av. Doutor
Hélio Ribeiro, 487, Edifício Concorde, 3° andar, Residencial Paiaguás, Cuiabá/MT; MÁRCIO RIBEIRO
PIRES, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/PR 25.849 e CPF 698.723.689-53, com domicílio profissional
na Rua Visconde de Nácar, 1440, 28° Andar, Edifício Século XXI, Centro, Curitiba/PR; MARCUS
ANTONIO CORDEIRO RIBAS, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/SC 9.491 e CPF 653.330.559-04,
com domicílio profissional na Rua da Bahia, 2500, 9° andar, Lourdes, Belo Horizonte/MG; PRISCILA
BITTENCOURT COSTA, brasileira, advogada, inscrita na OAB/SC 18.572 e CPF 005.827.479-02, com
domicílio profissional na Av. Rio Branco, 510, 5° andar, Cidade Alta, Natal/RN; RENATO CHAGAS
MACHADO, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/RS 109.072-B e CPF 271.939.558-70, com domicílio
profissional na Rua Quinze de Novembro, 111, 5° andar, Centro, São Paulo/SP; ROMEU DE AQUINO
NUNES, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/MT 3.770/0 e CPF 274.264.751-15, com domicílio
profissional na Rua Quinze de Novembro, 111, 6°, 7° e 8° andares, Centro, São Paulo/SP; SANDRO
DOMENICH BARRADAS, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/SP 115.559 e CPF 148.778.098-21, com
domicílio profissional na Av. Duque de Caxias, 560, 4° andar, Centro, Fortaleza/CE; SANDRO NUNES DE
LIMA, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/DF 24.693 e CPF 485.415.320-20, com domicílio profissional
na Praça XV de Novembro, 321, 6° e 7° andares, Centro, Florianópolis/SC; SÉRGIO MURILO DE SOUZA,
brasileiro, advogado, inscrito na OAB/DF 24.535 e CPF 499.787.721-20, com domicílio profissional na Rua
José de Alencar, 3115, 1° andar, Centro, Porto Velho/RO; (dados fornecidos por declaração, ficando o
outorgante responsável por sua veracidade, bem como por qualquer incorreção), aos quais confere os poderes
da cláusula ad judicia, quer para a prática de atos em processos no âmbito judicial, quer para a prática de atos
em processos no âmbito administrativo e os poderes especiais de: receber citação, reconhecer a procedência do
pedido, desistir, dar e receber quitação, firmar compromisso, apresentar reclamação correicional e
representação correicional e ingressar em recinto no qual esteja sendo realizada assembleia ou reunião de que
participe, possa participar ou deva comparecer o outorgante, para, em quaisquer processos ou procedimentos
contenciosos ou administrativos, defender os direitos e interesses do outorgante, podendo, para tanto, impetrar
mandados de segurança, propor ou contestar ações, inclusive ações rescisórias, apresentar incidentes
processuais e opor exceção de qualquer natureza, reconvir, nomear e impugnar peritos, solicitar a abertura de
inquéritos policiais, oferecer queixas-crime, prestar informações e usar de todos os meios de recursos em
direito permitidos, em todas as instâncias, turmas recursais ou tribunais, aceitar ou embargar concordatas,
‘u,-a‘c ,4,11£- 4-43 .410-27
Livro : 3283
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
CARTÓRIO DO 5° OFICIO DE NOTAS FLS :103
DE TAGUATINGA - DF
Ronaldo Ribeiro de Faria - Tabelião Prot : 822667
QNA 04- LOTES 32/34 - (PRAÇA DO Dl) - TAGUATINGA - DF - CEP 72.110-040
FONE: (61) 3961.8900 / 3351.8787
Site:www.cartorio5dEcom.br - e-mail: a1endimento@cartorio5df.com.br
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recuperação judicial e extrajudicial, representar o outorgante perante quaisquer órgãos públicos, solicitar
informações escritas necessárias ao desempenho dos poderes ora outorgados, receber intimações para a ciência
e andamento dos respectivos pleitos, exceto as que, por força de lei, devam ser feitas unicamente ao
outorgante. Nas hipóteses em que o outorgante atue como convenente, conveniado, mandante, mandatário,
gestor, mantenedor, os outorgados ficam investidos de todos os poderes constantes dos respectivos contratos
ou instrumentos de mandato que não excedam dos poderes antes descritos. O presente mandato não revoga
outros mandatos que anteriormente tenham sido firmados e ratifica todos os atos praticados pelos advogados
acima nominados que não extrapolem os poderes ora outorgados. Os poderes ora conferidos poderão ser
exercidos em conjunto ou individualmente e também podem ser substabelecidos, com ou sem reservas
de iguais poderes, exceto o de receber citação. (LAVRADO SOB MINUTA). Esclareço ao(s) outorgante(s)
o significado deste ato após o que lhe(s) li em voz alta e pausada o presente instrumento que aceitou(aram) e
assinou(aram). DISPENSADAS AS TESTEMUNHAS DE ACORDO COM A LEI. DOU FÉ.
(aa.)ELIENE GOMES LIMA SAMPAIO SILVA, Escrevente Autorizada, LUCINEIA
POSSAR. Nada mais. Era o que se continha em dito livro e folhas, com relação ao pedido de
protocolo n° 68516, de onde fiz extrair 38 (trinta oito) vias da presente certidão, a qual me reporto e
dou fé. Guia de recolhimento n° 00355582, no valor de R$ 467,40, referente aos emolumentos
cartorários desta certidão. Selo digital desta certidão n° TJDFT20200100429518GKAG. Para
consultar o selo, acesse www.tjdft.jus.br
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O REFERIDO É VERDADE E DOU FÉ.
Brasília, 21 de out b ode 2020
Em Testemunho da verdade
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Nº 14, sexta-feira, 19 de janeiro de 2018 1 ISSN 1677-7042 21
dos acionistas titulares de ações depositadas em depositário central; ou ainda 3) diretamente à Companhia. independentes, eleitos pela maioria dos acionistas minoritários: BENY PARNES, brasileiro, divorciado,
Para informações adicionais, observar as regras previstas na Instrução CVM nº 481/2009 e os pro- economista, inscrito no CPF/MF sob o nº 729.641.627-00, portador da Carteira Nacional de Habilitação nº
cedimentos descritos no boletim de voto a distância disponibilizado pelo Banco; a) A documentação 04.116.256-1, expedida pelo Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro. Endereço: Rua Sambaiba 587,
relativa às propostas a serem apreciadas está disponível na sede do Banco do Brasil, na Secretaria aptº. 1002, Leblon - Rio de Janeiro (RJ); LUIZ SERAFIM SPINOLA SANTOS, brasileiro, casado,
Executiva - SAUN, quadra 5, lote B - Ed. Banco do Brasil - Torre Sul, 13º andar, em Brasília (DF); na engenheiro civil, inscrito no CPF/MF sob o nº 093.068.627-68, portador da Carteira de Identidade nº
página de relações com investidores (www.bb.com.br/ri) e na página da Comissão de Valores Mobiliários 2.081.890, expedida em 20.12.1971 pela Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Endereço:
(www.cvm.gov.br) na rede mundial de computadores. b) Eventuais esclarecimentos poderão ser obtidos no Rua Tabapuã, 1123, conjunto 158 - São Paulo (SP). e) fixar, por maioria dos votos, em até R$
site de Relações com Investidores (www.bb.com.br/ri) ou por intermédio do e-mail secex.assem- 80.222.878,47 (oitenta milhões, duzentos e vinte e dois mil, oitocentos e setenta e oito reais e quarenta e
bleia@bb.com.br. Brasília (DF), 28 de março de 2017 Paulo Rogério Caffarelli Conselheiro de Ad- sete centavos), a remuneração global a ser paga aos administradores do Banco do Brasil S.A., no período
ministração ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA A Assembleia Geral Extraordinária decidiu: a) de abril de 2017 a março de 2018; f) aprovar, por maioria dos votos, a observância dos limites individuais
retirar da ordem do dia, por maioria dos votos, o pedido de adesão do Banco do Brasil ao Programa definidos pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, ressaltada a sua com-
Destaque em Governança de Estatais da BM&FBovespa, por iniciativa do acionista majoritário, sob petência para fixar esses limites para o período de doze meses, por rubrica e por cargo, com manifestação
conforme tabela anexa, atendo-se ao limite global definido na alínea "e"; g) aprovar, por maioria dos votos,
justificativa de não ter havido tempo hábil para apreciação da matéria; b) aprovar, por maioria dos votos, a delegação de competência ao Conselho de Administração para autorizar o pagamento efetivo mensal da
a alteração do Estatuto Social do Banco do Brasil, nos termos da redação proposta pela Administração, remuneração, observados os limites global e individual previstos mas alíneas "e" e "f"; h) aprovar, por
com as alterações sugeridas pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Secretaria do Tesouro Nacional maioria dos votos, a vedação do pagamento de gratificação natalina, salvo se houver manifestação
e Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, conforme anexo; c) retirar da ordem do favorável final e transitada em julgado proveniente do TCU no Processo de nº03000.003329/2016-96; i)
dia, por maioria dos votos, a proposta de criação do Programa de Matching para membros da Diretoria fixar, por maioria dos votos, os honorários mensais dos membros do Conselho de Administração e dos
Executiva, por iniciativa do acionista majoritário, sob justificativa da matéria ainda encontrar-se sob titulares do Conselho Fiscal em um décimo da remuneração média mensal dos membros da Diretoria
análise pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. ASSEMBLEIA GERAL ORDI- Executiva, excluídos os valores relativos a adicional de férias e benefícios; j) fixar, por maioria dos votos,
NÁRIA A Assembleia Geral Ordinária decidiu: a) aprovar, por maioria dos votos, as demonstrações os honorários mensais dos membros do Comitê de Auditoria em 90% da remuneração média mensal do
financeiras da Companhia relativas ao exercício de 2016, acompanhadas da Manifestação do Conselho de cargo de Diretor, excluídos os valores relativos a adicional de férias e benefícios; k) vedar expressamente,
Administração, dos Pareceres do Conselho Fiscal e dos Auditores Independentes e dos Relatórios da por maioria de votos, o repasse de quaisquer benefícios que, eventualmente, vierem a ser concedidos aos
Administração e do Comitê de Auditoria, todos publicados em 09.03.2017 no Diário Oficial da União e no empregados da empresa por ocasião da formalização do Acordo Coletivo de Trabalho - ACT na sua
Jornal Valor Econômico - Centro Oeste; b) aprovar, por maioria dos votos, a destinação do lucro líquido respectiva data-base; l) vedar, por maioria dos votos, o pagamento de qualquer item de remuneração não
do exercício de 2016, conforme proposta da Administração da Companhia, na forma do quadro a seguir: deliberado nesta assembleia aos administradores, inclusive benefícios de qualquer natureza e verbas de
Em R$ representação, nos termos da Lei nº 6.404/76, art. 152; m) condicionar, por maioria dos votos, o pagamento
da Remuneração Variável Anual - RVA dos diretores à rigorosa observância dos termos e condições
constantes de Programa de Metas Corporativas aprovado previamente pela Secretaria de Coordenação e
.Lucro Líquido 7.930.113.891,32 Governança das Empresas Estatais, para essa Companhia; n) condicionar, por maioria dos votos, o
Lucros Acumulados 12.082.608,47 pagamento da "quarentena" à aprovação da Comissão de Ética Pública da Presidência da República -
CEP/PR, nos termos da legislação vigente. A Companhia registra o recebimento, entre 28.03.2017 e
.
Lucro Líquido Ajustado 7.942.196.499,79

20.04.2017, de 554 votos a distância, devidamente computados, conforme se verifica no Mapa Final de
.
.Reserva Legal 396.505.694,57 Votação em anexo.Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente agradeceu a presença dos Srs. Acionistas
.Remuneração aos acionistas 2.354.607.495,21 e deu por encerrados os trabalhos das Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária dos Acionistas do
Juros Sobre Capital Próprio 2.354.607.495,21 Banco do Brasil S.A., da qual eu, Shirley da Rosa Maria Kudo, Segunda Secretária, fiz lavrar esta Ata de
Dividendos -- forma sumária, como determina o § 3º, do art. 9.º do Estatuto Social, que, lida e achada conforme, é
.Utilização da Reserva p/ Equalização de Dividendos -- devidamente assinada. Ass.) Antonio Gustavo Matos do Vale, Vice-Presidente de Tecnologia do Banco do
Reservas Estatutárias 5.191.083.310,01 Brasil S.A., Presidente da Assembleia, Liana do Rêgo Motta Veloso, Representante da União, Pablo
Sanches Braga, Primeiro Secretário e visto de Alexandre Bocchetti Nunes, OAB RJ 93294, CPF/MF
.
para Margem Operacional 4.931.529.144,51

para Equalização de Dividendos 259.554.165,50 981.753.277-15 . ESTE DOCUMENTO É CÓPIA FIEL TRANSCRITA DO LIVRO PRÓPRIO DE Nº 18,
FOLHAS 09 A 53. Atestamos que este documento foi submetido a exame do Banco Central do Brasil em
c) eleger, por maioria dos votos, os membros do Conselho Fiscal, abaixo qualificados, para processo regular e a manifestação a respeito dos atos praticados consta de carta emitida à parte. De-
cumprirem o mandato 2017/2019, esclarecido que os eleitos atendem às exigências do Estatuto Social e da partamento de Organização do Sistema Financeiro - DEORF - 8.350.709-4 - Priscila Guerra Barbosa da
legislação em vigor: CONSELHO FISCAL - Mandato 2017/2019 Representantes do Tesouro Nacional Silva - Analista. A Junta Comercial do Distrito Federal certificou o registro em 05.12.2017 sob o número
indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda Titular: FELIPE PALMEIRA BARDELLA, brasileiro, 20171009924.
casado, engenheiro eletrônico, inscrito no CPF/MF sob o nº 510.806.132-34, portador da Carteira de
Identidade nº 3.041.874, expedida em 21.01.2009 pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. SAULO IZIDORIO VIEIRA
Endereço: Esplanada dos Ministérios, bloco P, anexo, 1º andar - Brasília (DF); Suplente: LUIZ FER- Secretário-Geral
NANDO ALVES, brasileiro, casado, economista, inscrito no CPF/MF sob o nº 000.260.116-89, portador
da Carteira de Identidade nº M-8.598.879, expedida em 24.06.1994 pela Secretaria de Segurança Pública
de Minas Gerais. Endereço: Esplanada dos Ministérios, bloco P, anexo, 1º andar - Brasília (DF); Re- CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
presentantes da União indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda Titular: CHRISTIANNE DIAS
FERREIRA, brasileira, casada, advogada, inscrita no CPF/MF sob o nº 692.577.951-87, portadora da ATA DA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA
Carteira de Identidade nº 1532417, expedida em 11.12.2008 pela Secretaria de Segurança Pública do REALIZADA EM 30 DE JUNHO DE 2017
Distrito Federal. Endereço: Praça dos Três Poderes, Palácio do Planalto, Anexo II, 1º andar - Brasília (DF);
Suplente: VAGO - Por iniciativa da acionista majoritário, a indicação do Sr. Rafael Brigolini como Em trinta de junho de dois mil e dezessete, às dezessete horas, no Setor de Autarquias Norte,
suplente do Conselho Fiscal, divulgada no Boletim de Voto a Distância, foi retirada da ordem do dia, sob Quadra 5, Lote B, Torre Sul, 15º andar, Asa Norte - Brasília (DF), sob presidência do Sr. Fabrício da
justificativa de potencial conflito de interesse em razão do cargo ocupado pelo indicado na Secretaria do Soller, realizou-se reunião extraordinária não presencial do Conselho de Administração do Banco do Brasil
Tesouro Nacional; Titular: ALDO CÉSAR MARTINS BRAIDO, brasileiro, separado judicialmente, ad- S.A. (CNPJ: 00.000.000/0001-91; NIRE: 5330000063-8) com a participação dos Conselheiros Beny Par-
vogado, inscrito no CPF/MF sob o nº 064.456.448-21, portador da Carteira de Identidade nº 18.023.404- nes, Daniel Sigelmann, Fabiano Felix do Nascimento, Julio Cesar Costa Pinto, Luiz Serafim Spinola
3, expedida em 09.02.1999 pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Endereço: Esplanada dos Santos e Paulo Rogério Caffarelli. O Conselho de Administração aprovou a eleição da Sra. Lucinéia
Ministérios, bloco P, 8º andar - Brasília (DF); Suplente: IEDA APARECIDA DE MOURA CAGNI, Possar, indicada pelo Presidente do Banco do Brasil, conforme dispõe o artigo 30, inciso I, alínea "b" do
brasileira, casada, advogada, inscrita no CPF/MF sob o nº 820.132.251-72, portadora da Carteira de Estatuto Social, a seguir qualificada, para cumprir o mandato 2017/2019 como Diretora Jurídica, em razão
Identidade nº 31937, expedida em 23.11.2012 pela Ordem dos Advogados do Brasil/DF. Endereço: do pedido de renúncia do Sr. Antonio Pedro da Silva Machado apresentado em 20.06.2017, com efeitos a
Esplanada dos Ministérios, bloco P, 8º andar - Brasília (DF); Membros eleitos pela maioria dos acionistas partir de 26.06.2017, esclarecido que a eleita atende às exigências legais e estatutárias: Lucinéia Possar,
minoritários Titular: GIORGIO BAMPI, brasileiro, casado, contador, inscrito no CPF/MF sob o nº brasileira, solteira, bancária, inscrita no CPF/MF sob o nº 540.309.199-87, portadora da Carteira de
005.167.759-87, portador da Carteira de Identidade nº 535.971-6, expedida em 06.07.2012 pela Secretaria Identidade nº 19.599, expedida em 31.03.2009 pela Ordem dos Advogados do Brasil do Paraná. Endereço:
de Segurança Pública do Paraná. Endereço: Rua João Américo de Oliveira, 903, apt. 101 A, Hugo Lange Setor de Autarquias Norte, Quadra 5, Lote B, Torre Sul, 8º andar, Asa Norte, Brasília (DF). Nada mais
- Curitiba (PR); Suplente: PAULO ROBERTO FRANCESCHI, brasileiro, casado, contador, inscrito no havendo a tratar, o Sr. Presidente deu por encerrada a reunião, da qual eu, Ana Cláudia Kakinoff,
CPF/MF sob o nº 171.891.298-72, portador da Carteira de Identidade nº 669.976-6, expedida em Secretária, mandei lavrar esta ata que, lida e achada conforme, vai assinada pelos conselheiros. Ass.)
22.02.2013 pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Endereço: Rua Marechal Deodoro, 630, Fabrício da Soller, Beny Parnes, Daniel Sigelmann, Fabiano Felix do Nascimento, Julio Cesar Costa Pinto,
conjunto 1303 - Curitiba (PR); Titular: MAURICIO GRACCHO DE SEVERIANO CARDOSO, brasileiro, Luiz Serafim Spinola Santos e Paulo Rogério Caffarelli. ESTE DOCUMENTO É PARTE TRANSCRITA
casado, economista, inscrito no CPF/MF sob o nº 315.096.737-68, portador da Carteira de Identidade nº DO LIVRO 28 PÁGINA 297. Atestamos que este documento foi submetido a exame do Banco Central do
8.644, expedida em 11.09.2015 pelo Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro. Endereço: Rua Brasil em processo regular e a manifestação a respeito dos atos praticados consta de carta emitida à parte.
Visconde de Pirajá, 589/802 - Rio de Janeiro (RJ); Suplente: ALEXANDRE GIMENEZ NEVES, bra- Departamento de Organização do Sistema Financeiro - DEORF - 6.350.709-4 - Priscila Guerra Barbosa da
sileiro, casado, contador, inscrito no CPF/MF sob o nº 707.072.007-68, portador da Carteira de Identidade Silva - Analista. A Junta Comercial do Distrito Federal certificou o registro em 28/11/2017 sob o número
nº 053473/0-2, expedida em 12.03.2012 pelo Conselho Regional de Contabilidade - RJ. Endereço: Rua 20170987825 -
Bartolomeu Mitre, 405, aptº 103 - Leblon, Rio de Janeiro (RJ); d) eleger, por maioria dos votos, os
membros do Conselho de Administração, abaixo qualificados, para cumprirem o mandato 2017/2019, SAULO IZIDORIO VIEIRA
esclarecido que os eleitos atendem às exigências do Estatuto Social e da legislação em vigor: Re- Secretário-Geral
presentantes da União indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda JÚLIO CÉSAR COSTA PINTO,
brasileiro, casado, advogado, inscrito no CPF/MF sob o nº 579.940.641-91, portador da Carteira de
Identidade nº 1395052, expedida em 31.05.1990 pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. BESC DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S.A. - BESCVAL
Endereço: Esplanada dos Ministérios, bloco P, 4º andar - Brasília (DF); ODAIR LUCIETTO, brasileiro,
casado, administrador, inscrito no CPF/MF sob o nº 604.411.738-00, portador da Carteira de Identidade nº ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
391.011, expedida em 31.05.1990 pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Endereço: REALIZADA EM 13 DE JUNHO DE 2017
SHIS QL 2, conjunto 3, casa 9 - Brasília (DF); FABRÍCIO DA SOLLER, brasileiro, casado, advogado,
inscrito no CPF/MF sob o nº 912.223.979-00, portador da Carteira de Identidade nº 8080312682, expedida Aos treze dias do mês de junho do ano de dois mil e dezessete, às quinze horas, na Praça XV
em 18.12.1997 pela Secretaria da Justiça e da Segurança do Rio Grande do Sul. Endereço: Esplanada dos de Novembro, nº 329, Centro - Florianópolis (SC), reuniram-se, em Assembleia Geral Extraordinária, os
Ministérios, bloco P, 8º andar - Brasília (DF); FABIANO FELIX DO NASCIMENTO, Representante dos acionistas da Companhia. Verificando o Livro de Presença dos Acionistas apurou-se que havia quorum
empregados, brasileiro, casado, advogado, inscrito no CPF/MF sob o nº 822.817.934-00, portador da legal para a instalação da Assembleia, pois estava presente acionista detentor de 10.168.639 ações
Carteira de Identidade nº 4244805, expedida em 21.09.1989 pela Secretaria de Segurança Pública de ordinárias nominativas, todas com direito a voto (representando 99,6% do capital votante). Em ob-
Pernambuco. Endereço: Av. Rio Branco nº 240, 10º andar, Recife Antigo - Recife (PE); PAULO RO- servância ao disposto no artigo 128 da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, foi designado para
GÉRIO CAFFARELLI, brasileiro, casado, bancário, inscrito no CPF/MF sob o nº 442.887.279-87, por- presidir os trabalhos o Sr. Antonio Jonas Madruga, representante do acionista majoritário, que declarou
tador da Carteira de Identidade nº 3.381.390-2, expedida em 25.07.2012 pela Secretaria de Segurança instalada a Assembleia, em 1ª convocação, convidando para compor a mesa André Luiz Valença da
Pública do Paraná. Endereço: SAUN, Quadra 5, Lote B, 15º andar, Torre Sul, Asa Norte - Brasília (DF). Cruz, para servir como Secretário. Composta a mesa, o Presidente comunicou que a Assembleia havia
Representante da União indicado pelo Ministro de Estado do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão: sido regularmente convocada por edital publicado na forma do artigo 124, da Lei n.º 6.404/76, nas
DANIEL SIGELMANN, brasileiro, solteiro, economista, inscrito no CPF/MF sob o nº 021.484.577-05, edições de 05, 06 e 07.06.2017, no Diário Oficial da União (pags. 105, 75 e 81, respectivamente) e do
portador da Carteira de Identidade nº 084975432, expedida em 20.06.1989 pelo Instituto Félix Pacheco do jornal Notícias do Dia - SC (pags. 17, 18 e 13, respectivamente), solicitando ao Secretário que
Rio de Janeiro. Endereço: Praça dos Três Poderes, Palácio do Planalto, 4º andar - Brasília (DF). Membros procedesse à sua leitura, cujo teor é o seguinte: BESC DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES
Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a
pelo código 00012018011900021 Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
Estatuto Social
ESTATUTO SOCIAL
Aprovado pela Assembleia Geral Extraordinária realizada em 10.3.1942, arquivada

no Registro do Comércio, sob o número 17.298, em 7.4.1942; e modificado pelas seguintes
Assembleias Gerais com seus respectivos registros: 24.6.1952 (23.896 de 15.07.52),
19.4.1956 (43.281 de 29.05.56), 03.08.1959 (68.010 de 09.10.1959), 15.05.1961 (122 de
14.07.61), 06.11.1961 (205 de 15.12.61), 25.4.1962 (291 de 27.06.62), 26.4.1963 (439 de
29.05.63), 03.08.1964 (675 de 10.09.64), 01.02.1965, (836 de 18.03.65) 04.02.1966 (1.162 de
29.03.66), 08 .07.1966 (1.305 de 18.08.66), 20.04.1967 (1.513 de 06.09.67), 15.08.1967 (1544 de
11.10.67) 25 .02.1969 (2.028 de 22.05.69) 18.12.1969 (2.360 de 19.02.70), 31.07.1970 (2.638 de
06.10.70), 24.11.1971 (3.241 de 28.12.71), 17.04.1972, (3.466 de 11.07.72) 01.09.1972 (3.648 de
21.11.72), 18.09.1973 (4.320 de 18.10.73) 09.10.1974 (5.121 de 12.11.74), 15.04.1975 (5.429 de
22.04.75), 23.10.1975 (5.853 de 25.11.75), 02.04.1976,(6.279 de 15.06.76) 08.11.1976 (6.689 de
02.12.76), 18.04.1977 (7.078 de 19.05.77), 10.11.1977 (7.535 de 09.12.77), 12.03.1979 (8.591 de
08.05.79), 23.04.1980 (53.925.4 de 09.05.80), 28.04.1981 (53.1002.9 de 01.06.81), 31.03.1982
(53.1.2908 de 03.06.82), 27.04.1983 (53.1.3670 de 25.07.83), 29.03.1984 (53.1.4194 de
21.05.84), 31.07.1984 (53.1.4440 de 21.09.84), 05.03.1985 (53.1.4723 de 08.04.85), 23.12.1985
(15361 de 16.04.86) 07.04.1986 (15420 de 15.05.86), 27.04.1987 (16075 de 04.06.87),
05.08.1987 (16267 de 10.09.87), 20.04.1988 (16681 de 26.05.88), 15.02.1989 (531711.0 de
10.03.89), 19.04.1989 (531719.1 de 22.05.89), 08.03.1990 (531712.4 de 24.04.90), 14.05.1990
(531727.8 de 02.07.90), 29.06.1990 (531735.6 de 01.08.90), 24.04.1991 (531780.2 de 31.05.91),
12.11.1991 (539724.2 de 06.12.91), 29.04.1992 (5310645.4 de 22.05.92), 10.12.1992 (5312340,0
de 01.02.93), 30.12.1992 (5312485,0 de 01.03.93), 30.04.1993 (5313236,6 de 24.06.93),
05.10.1993 (5314578,8 de 07.12.93), 27.12.1993 (5314948,6 de 28.01.94), 27.01.1994
(5312357,1 de 10.03.94), 28.04.1994 (5315254.1 de 20.07.94), 25.04.1995 (5317742,5 de
14.09.95), 14.11.1995 (5318223,1 de 13.12.95), 29.03.1996 (5318902,9 de 09.05.96), 23.04.1996
(5319068,7 de 12.06.96), 17.06.1996 (5319241,0 de 05.07.96), 25.09.1996 (960476369 de
13.11.96), 23.04.1997 (970343256 de 20.06.97), 13.10.1997 (970662831 de 13.11.97),
24.04.1998 (980316812 de 02.07.98), 29.09.1998 (980531535 de 09.11.98), 30.04.1999
(990269655 de 15.06.99), 25.04.2000 (000288004 de 26.05.2000), 30.04.2001 (20010388893 de
13.07.2001), 27.08.2001 (20010578382 de 8.10.2001), 29.11.2001 (20020253346 de 10.5.2002),
07.06.2002 (20020425961, de 30.07.2002), 22.04.2003 (20030387515, de 18.07.2003),
12.11.2003 (20030709806 de 11.12.2003), 22.12.2004 (20050003739 de 04.01.2005), 26.04.2005
(20050420810 de 11.07.2005), 28.04.2006 (20060339098 de 07.08.2006), 22.05.2006
(20060339101 de 07.08.2006), 24.08.2006 (20060482842 de 05.10.2006), 28.12.2006
(20070117900 de 05.04.2007), 25.04.2007 (2007034397, de 14.06.2007), 12.07.2007
(20070517410 de 16.08.2007), 23.10.2007 (20070819807 de 19.12.2007), 24.01.2008
(20080389414, de 19.05.2008), 17.04.2008 (20080635695, de 14.08.2008), 23.04.2009
(20091057000, de 10.12.2009), 18.08.2009 (20091057477, de 10.12.2009), 30.11.2009
(20100284574, de 22.04.2010), 13.04.2010 (20100628060, de 12.08.2010), 05.08.2010
(20100696040, de 02.09.2010), 06.09.2011 (20110895207, de 31.01.2012), 26.04.2012
(20120445450, de 28.06.2012), 19.09.2012 (20120907496, de 20.11.2012), 18.12.2012
(20130248410, de 12.03.2013), 19.12.2013 (20140228632, de 01.04.2014), 29.04.2014
(20140529101, de 07.07.2014) e 28.04.2015 (a registrar).
Estatuto Social
CAPÍTULO I – DENOMINAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E NATUREZA DO BANCO

Art. 1º O Banco do Brasil S.A., pessoa jurídica de direito privado, sociedade anônima aberta, de
economia mista, organizado sob a forma de banco múltiplo, rege-se por este Estatuto e
pelas disposições legais que Ihe sejam aplicáveis.
§ 1º O prazo de duração da Sociedade é indeterminado.
§ 2º O Banco tem domicílio e sede em Brasília, podendo criar e suprimir sucursais,
filiais ou agências, escritórios, dependências e outros pontos de atendimento nas demais
praças do País e no exterior.
§ 3º Com a admissão do Banco do Brasil no segmento especial de listagem
denominado Novo Mercado, da BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e
Futuro, o Banco, seus acionistas, administradores e membros do conselho Fiscal
sujeitam-se às disposições do Regulamento de Listagem do Novo Mercado da
BM&FBOVESPA.
§ 4º As disposições do Regulamento do Novo Mercado prevalecerão sobre as
disposições estatutárias, nas hipóteses de prejuízo aos direitos dos destinatários das
ofertas públicas previstas nos artigos 55, 56 e 57 deste estatuto.
CAPÍTULO II – OBJETO SOCIAL
Seção I – Objeto social e vedações
Objeto social
Art. 2º O Banco tem por objeto a prática de todas as operações bancárias ativas, passivas e
acessórias, a prestação de serviços bancários, de intermediação e suprimento financeiro
sob suas múltiplas formas e o exercício de quaisquer atividades facultadas às
instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.
§ 1º O Banco poderá, também, atuar na comercialização de produtos agropecuários e
promover a circulação de bens.
§ 2º Compete-lhe, ainda, como instrumento de execução da política creditícia e
financeira do Governo Federal, exercer as funções que Ihe são atribuídas em lei,
especialmente aquelas previstas no art. 19 da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964,
observado o disposto nos arts. 5º e 6º deste Estatuto.
Art. 3º A administração de recursos de terceiros será realizada mediante a contratação de
sociedade subsidiária ou controlada do Banco.
Vedações
Art. 4º Ao Banco é vedado, além das proibições fixadas em lei:

I – realizar operações com garantia exclusiva de ações de outras instituições financeiras;
II – conceder empréstimos ou adiantamentos, comprar ou vender bens de qualquer
natureza a membros do Conselho de Administração, do Comitê de Auditoria, da Diretoria
Executiva e do Conselho Fiscal;
III – participar do capital de outras sociedades, salvo se em percentuais iguais ou
inferiores:
a) a 15% (quinze por cento) do patrimônio líquido do próprio Banco, para tanto
considerada a soma dos investimentos da espécie; e
b) a 10% (dez por cento) do capital da sociedade participada;
IV – emitir ações preferenciais ou de fruição, debêntures e partes beneficiárias.
§ 1º As limitações do inciso III deste artigo não alcançam as participações societárias,
2
Estatuto Social
no Brasil ou no exterior, em:
I – sociedades das quais o Banco participe na data da aprovação do presente Estatuto;
II – instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco
Central do Brasil;
III – entidades de previdência privada, sociedades de capitalização, de seguros ou de
corretagem, financeiras, promotoras de vendas, sociedades de processamento de
serviços de suporte operacional, e de processamento de cartões, desde que conexas às
atividades bancárias.
IV – câmaras de compensação e liquidação e demais sociedades ou associações que
integram o sistema de pagamentos;
V – sociedades ou associações de prestação de serviços de cobrança e reestruturação
de ativos, ou de apoio administrativo ou operacional ao próprio Banco;
VI – associações ou sociedades sem fins lucrativos;
VII – sociedades em que a participação decorra de dispositivo legal ou de operações de
renegociação de créditos, tais como dação em pagamento, arrematação ou adjudicação
judicial e conversão de debêntures em ações; e
VIII – outras sociedades, mediante aprovação do Conselho de Administração.
§ 2º Na limitação da alínea "a" do inciso III deste artigo não se incluem os
investimentos relativos à aplicação de incentivos fiscais.
§ 3º As participações de que trata o inciso VII do § 1º deste artigo, decorrentes de
operações de renegociação de créditos, deverão ser alienadas no prazo fixado pelo
Conselho de Administração.
Seção II – Relações com a União
Art. 5º O Banco contratará, na forma da lei, diretamente com a União ou com a sua
interveniência:
I – a execução dos encargos e serviços pertinentes à função de agente financeiro do
Tesouro Nacional e às demais funções que lhe forem atribuídas por lei;
II – a realização de financiamentos de interesse governamental e a execução de
programas oficiais mediante aplicação de recursos da União ou de fundos de qualquer
natureza; e
III – a concessão de garantia em favor da União.
Parágrafo único. A contratação de que trata este artigo fica condicionada, conforme o
caso:
I – à colocação dos recursos correspondentes à disposição do Banco e ao
estabelecimento da devida remuneração;
II – à prévia e formal definição da adequada remuneração dos recursos a serem
aplicados em caso de equalização de encargos financeiros; e
III – à prévia e formal definição da assunção dos riscos e da remuneração, nunca inferior
aos custos dos serviços a serem prestados.
Seção III – Relações com o Banco Central do Brasil
Art. 6º O Banco poderá contratar a execução de encargos, serviços e operações de competência

do Banco Central do Brasil, desde que observado o disposto no parágrafo único do art. 5º
deste Estatuto.
CAPÍTULO III – CAPITAL E AÇÕES
Estatuto Social
Capital social e ações ordinárias
Art. 7º O Capital Social é de R$ 60.000.000.000,00 (sessenta bilhões de reais), dividido em

2.865.417.020 (dois bilhões, oitocentos e sessenta e cinco milhões, quatrocentos e
dezessete mil e vinte) ações ordinárias representadas na forma escritural e sem valor
nominal.
§ 1º Cada ação ordinária confere ao seu titular o direito de um voto nas deliberações da
Assembleia Geral, salvo na hipótese de adoção do voto múltiplo para a eleição de
Conselheiros de Administração.
§ 2º As ações escriturais permanecerão em depósito neste Banco, em nome dos seus
titulares, sem emissão de certificados, podendo ser cobrada dos acionistas a
remuneração prevista em lei.
§ 3º O Banco poderá adquirir as próprias ações, mediante autorização do Conselho de
Administração, a fim de cancelá-las ou mantê-las em tesouraria para posterior alienação.
Capital autorizado
Art. 8º O Banco poderá, independentemente de reforma estatutária, por deliberação da

Assembleia Geral e nas condições determinadas por aquele órgão, aumentar o capital
social até o limite de R$ 120.000.000.000,00 (cento e vinte bilhões de reais), mediante a
emissão de ações ordinárias, concedendo-se aos acionistas preferência para a
subscrição do aumento de capital, na proporção do número de ações que possuírem,
ressalvado o direito de titulares de bônus de subscrição emitidos pela Companhia.
Parágrafo único. A emissão de ações, até o limite do capital autorizado, para venda em
Bolsas de Valores ou subscrição pública, ou permuta por ações em oferta pública de
aquisição de controle, poderá ser efetuada sem a observância do direito de preferência
aos antigos acionistas, ou com redução do prazo para o exercício desse direito,
observado o disposto no inciso I do art. 10 deste Estatuto.
CAPÍTULO IV – ASSEMBLEIA GERAL
Convocação e funcionamento
Art. 9º A Assembleia Geral de Acionistas será convocada por deliberação do Conselho de

Administração ou, nas hipóteses admitidas em lei, pelo Conselho Diretor, pelo Conselho
Fiscal, por grupo de acionistas ou por acionista isoladamente.
§ 1º Os trabalhos da Assembleia Geral serão dirigidos pelo Presidente do Banco, por
seu substituto ou, na ausência ou impedimento de ambos, por um dos acionistas ou
administradores do Banco presentes, escolhido pelos acionistas. O presidente da mesa
convidará dois acionistas ou administradores do Banco para atuarem como secretários
da Assembleia Geral.
§ 2º Nas Assembleias Gerais Extraordinárias, tratar-se-á, exclusivamente, do objeto
declarado nos editais de convocação, não se admitindo a inclusão, na pauta da
Assembleia, de assuntos gerais.
§ 3º As atas da Assembleia Geral serão lavradas de forma sumária no que se refere
aos fatos ocorridos, inclusive dissidências e protestos, e conterão a transcrição apenas
das deliberações tomadas, observadas as disposições legais.
Competência
Art. 10. Além dos poderes definidos em lei, competirá especialmente à Assembleia Geral
deliberar sobre:
I – alienação, no todo ou em parte, de ações do capital social do Banco ou de suas
controladas; abertura do capital; aumento do capital social por subscrição de novas
ações; renúncia a direitos de subscrição de ações ou debêntures conversíveis em ações
4
Estatuto Social
de empresas controladas; venda de debêntures conversíveis em ações de titularidade do
Banco de emissão de empresas controladas; ou, ainda, emissão de quaisquer outros
títulos ou valores mobiliários, no País ou no exterior;
II – cisão, fusão ou incorporação;
III – permuta de ações ou outros valores mobiliários;
IV – práticas diferenciadas de governança corporativa e celebração de contrato para
essa finalidade com bolsa de valores.
Parágrafo único. A escolha da instituição ou empresa especializada para determinação
do valor econômico da companhia, nas hipóteses previstas nos artigos 55, 56 e 57 deste
Estatuto, é de competência privativa da Assembleia Geral, mediante apresentação de
lista tríplice pelo Conselho de Administração, e deverá ser deliberada pela maioria dos
votos dos acionistas representantes das ações em circulação, presentes na respectiva
Assembleia Geral, não computados os votos em branco. Se instalada em primeira
convocação, deverá contar com a presença de acionistas que representem, no mínimo,
20% (vinte por cento) do total das ações em circulação ou, se instalada em segunda
convocação, poderá contar com a presença de qualquer número de acionistas
representantes dessas ações.
CAPÍTULO V – ADMINISTRAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO BANCO
Seção I – Normas Comuns aos Órgãos de Administração
Requisitos
Art. 11. São órgãos de administração do Banco, integrados por brasileiros, dotados de notórios
conhecimentos, inclusive sobre as melhores práticas de governança corporativa,
experiência, idoneidade moral, reputação ilibada e capacidade técnica compatível com o
cargo:
I – o Conselho de Administração; e
II – a Diretoria Executiva, composta pelo Conselho Diretor e pelos demais Diretores,
todos residentes no País, na forma estabelecida no art. 24 deste Estatuto.
§ 1º O Conselho de Administração tem, na forma prevista em lei e neste Estatuto,
atribuições estratégicas, orientadoras, eletivas e fiscalizadoras, não abrangendo funções
operacionais ou executivas.
§ 2º Os cargos de Presidente e de Vice-Presidente do Conselho de Administração não
poderão ser acumulados com o de Presidente ou principal executivo da Companhia,
ainda que interinamente.
Investidura
Art. 12. Os membros dos órgãos de Administração serão investidos em seus cargos mediante
assinatura de termos de posse no livro de atas do Conselho de Administração ou da
Diretoria Executiva, conforme o caso.
§ 1º Os eleitos para os órgãos de Administração tomarão posse independentemente da
prestação de caução.
§ 2º No ato da posse, os administradores eleitos deverão, ainda, assinar o Termo de
Anuência dos Administradores ao Regulamento de Listagem do Novo Mercado da
BM&FBOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo.
Impedimentos e vedações
Art. 13. Não podem participar dos órgãos de Administração, além dos impedidos por lei:
Estatuto Social
I – os que estiverem inadimplentes com o Banco ou que lhe tenham causado prejuízo
ainda não ressarcido;
II – os que detenham controle ou participação relevante no capital social de pessoa

jurídica inadimplente com o Banco ou que lhe tenha causado prejuízo ainda não
ressarcido, estendendo-se esse impedimento aos que tenham ocupado cargo de
administração em pessoa jurídica nessa situação, no exercício social imediatamente
anterior à data da eleição ou nomeação;
III – os que houverem sido condenados por crime de sonegação fiscal ou contra o
Sistema Financeiro Nacional;
IV – os declarados inabilitados para cargos de administração em instituições autorizadas
a funcionar pelo Banco Central do Brasil ou em outras instituições sujeitas a autorização,
controle e fiscalização de órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta,
incluídas as entidades de previdência privada, as sociedades seguradoras, as
sociedades de capitalização e as companhias abertas;
V – os que estiverem respondendo pessoalmente, ou como controlador ou administrador
de pessoa jurídica, por pendências relativas a protesto de títulos, cobranças judiciais,
emissão de cheques sem fundos, inadimplemento de obrigações e outras ocorrências ou
circunstâncias análogas;
VI – os declarados falidos ou insolventes;
VII – os que detiveram o controle ou participaram da administração de pessoa jurídica
concordatária, falida ou insolvente, no período de cinco anos anteriores à data da eleição
ou nomeação, salvo na condição de síndico, comissário ou administrador judicial;
VIII – sócio, ascendente, descendente ou parente colateral ou afim, até o terceiro grau,
de membro do Conselho de Administração ou da Diretoria;
IX – os que ocuparem cargos em sociedades que possam ser consideradas
concorrentes no mercado, em especial, em conselhos consultivos, de administração ou
fiscal, ou em Comitê de Auditoria, e os que tiverem interesse conflitante com a
sociedade, salvo dispensa da Assembleia.
Parágrafo único. É incompatível com a participação nos órgãos de administração do
Banco a candidatura a mandato público eletivo, devendo o interessado requerer seu
afastamento, sob pena de perda do cargo, a partir do momento em que tornar pública sua
pretensão à candidatura. Durante o período de afastamento não será devida qualquer
remuneração ao membro do órgão de administração, o qual perderá o cargo a partir da
data do registro da candidatura.
Art. 14. Aos integrantes dos órgãos de administração é vedado intervir no estudo, deferimento,
controle ou liquidação de qualquer operação em que:
I – sejam interessadas, direta ou indiretamente, sociedades de que detenham o controle

ou participação superior a 10% (dez por cento) do capital social;
II – tenham interesse conflitante com o do Banco.

Parágrafo único. O impedimento de que trata o inciso I se aplica, ainda, quando se tratar
de empresa em que ocupem, ou tenham ocupado em período imediatamente anterior à
investidura no Banco, cargo de administração.
Perda do cargo
Art. 15. Perderá o cargo:

I – salvo motivo de força maior ou caso fortuito, o membro do Conselho de
Administração que deixar de comparecer, com ou sem justificativa, a três reuniões
ordinárias consecutivas ou a quatro reuniões ordinárias alternadas durante o prazo do
mandato; e
Estatuto Social
II – o membro da Diretoria Executiva que se afastar, sem autorização, por mais de trinta
dias.
Remuneração
Art. 16. A remuneração dos integrantes dos órgãos de Administração será fixada anualmente
pela Assembleia Geral, observadas as prescrições legais.
Parágrafo único. A Assembleia Geral, nos exercícios em que forem pagos o dividendo
obrigatório e a participação de lucros aos empregados, poderá atribuir participação nos
lucros do Banco aos membros da Diretoria Executiva, desde que o total não ultrapasse a
50% (cinquenta por cento) da remuneração anual dos membros da Diretoria Executiva e
nem cinco milésimos dos lucros (art. 190 da Lei nº 6404/76), prevalecendo o limite que for
menor.
Dever de informar e outras obrigações
Art. 17. Sem prejuízo dos procedimentos de autorregulação atualmente adotados, os membros
do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva do Banco deverão:
I – comunicar ao Banco, à CVM – Comissão de Valores Mobiliários e à bolsa de
valores:
a) imediatamente após a investidura no cargo, a quantidade e as características
dos valores mobiliários ou derivativos de que sejam titulares, direta ou indiretamente, de
emissão do Banco, de suas controladas ou das sociedades coligadas relacionadas à sua
área de atuação, além daqueles de titularidade de seus respectivos cônjuges,
companheiros e dependentes incluídos na declaração anual do imposto de renda;
b) no momento da posse, ou de eventuais alterações posteriores, os seus planos
de negociação periódica dos valores mobiliários e derivativos referidos na alínea “a”
deste inciso, inclusive suas subsequentes alterações; e
c) as negociações com os valores mobiliários e derivativos de que trata a alínea
“a” deste inciso, inclusive o preço, até o décimo dia do mês seguinte àquele em que se
verificar a negociação;
II – abster-se de negociar com os valores mobiliários ou derivativos de que trata a alínea
“a” do inciso I deste artigo:
a) no período de 15 (quinze) dias anteriores à divulgação das informações
trimestrais (ITR) e anuais (DFP e IAN); e
b) nas demais hipóteses previstas na legislação aplicável.
Seção II – Conselho de Administração
Composição e prazo de gestão
Art. 18. O Conselho de Administração será composto por pessoas naturais, eleitas pela
Assembleia Geral, e terá oito membros, com mandato unificado de dois anos, dentre os
quais um Presidente e um Vice-Presidente, permitida a reeleição. O prazo de gestão
estender-se-á até a investidura dos novos membros.
§ 1º É assegurado aos acionistas minoritários o direito de eleger ao menos dois
conselheiros de administração, se maior número não lhes couber pelo processo de voto
múltiplo.
§ 2º A União indicará, à deliberação da Assembleia Geral, para o preenchimento de seis
vagas no Conselho de Administração:
I – o Presidente do Banco;
II – três representantes indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda;
Estatuto Social
III – um representante indicado pelos empregados do Banco do Brasil S.A., na forma do
§ 4º deste artigo;
IV – um representante indicado pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e
Gestão.
§ 3º O Presidente e o Vice-Presidente do Conselho serão escolhidos dentre os membros
indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda, observado o previsto no § 2º do Artigo
11.
§ 4º O representante dos empregados será escolhido pelo voto direto de seus pares,
dentre os empregados ativos da empresa, em eleição organizada e regulamentada pelo
Banco, em conjunto com as entidades sindicais que os representam, observadas as
exigências e procedimentos previstos na legislação e o disposto nos parágrafos 5º e 6º
deste artigo.
§ 5º Para o exercício do cargo, o conselheiro representante dos empregados está sujeito
a todos os critérios, exigências, requisitos, impedimentos e vedações previstas em lei e
neste Estatuto.
§ 6º Sem prejuízo dos impedimentos e vedações previstos nos artigos 13 e 14 deste
Estatuto, o conselheiro representante dos empregados não participará das discussões e
deliberações sobre assuntos que envolvam relações sindicais, remuneração, benefícios
e vantagens, inclusive matérias de previdência complementar e assistenciais, bem como
nas demais hipóteses em que ficar configurado o conflito de interesse.
§ 7º Na composição do Conselho de Administração, observar-se-ão, ainda, as seguintes
regras:
I – no mínimo 20% (vinte por cento) dos membros do Conselho de Administração
deverão ser Conselheiros Independentes, assim definidos no Regulamento de Listagem
do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, estando nessa condição, os conselheiros eleitos
nos termos do § 1º deste artigo;
II – a condição de Conselheiro Independente será expressamente declarada na Ata da
Assembleia Geral que o eleger.
III - quando, em decorrência da observância do percentual referido no parágrafo acima,
resultar número fracionário de conselheiros, proceder-se-á ao arredondamento nos
termos do Regulamento do Novo Mercado da BM&FBOVESPA.
§ 8º Na hipótese de adoção do processo de voto múltiplo previsto no § 1º deste artigo,
não será considerada a vaga destinada ao representante dos empregados.
Voto múltiplo
Art. 19. É facultado aos acionistas, observado o percentual mínimo estabelecido pela Comissão
de Valores Mobiliários – CVM, requerer, até 48 horas antes da Assembleia Geral,
mediante requerimento escrito dirigido ao Presidente do Banco, a adoção do processo
de voto múltiplo, para a eleição dos membros do Conselho de Administração, de acordo
com o disposto neste artigo.
§ 1º Caberá à mesa que dirigir os trabalhos da Assembleia informar previamente aos
acionistas, à vista do “Livro de Presença”, o número de votos necessários para a eleição
de cada membro do Conselho.
§ 2º Adotado o voto múltiplo, em substituição às prerrogativas previstas no § 1º do
art. 18 deste Estatuto, os acionistas que representem, pelo menos, 15% (quinze por
cento) do total das ações com direito a voto, terão direito de eleger e destituir um
membro e seu suplente do Conselho de Administração, em votação em separado na
Assembleia Geral, excluído o acionista controlador.
§ 3º Somente poderão exercer o direito previsto no § 2º acima os acionistas que
comprovarem a titularidade ininterrupta da participação acionária ali exigida durante o
período de três meses, no mínimo, imediatamente anterior à realização da Assembleia
Geral.
§ 4º Será mantido registro com a identificação dos acionistas que exercerem a
8
Estatuto Social
prerrogativa a que se refere o § 2º deste artigo.
Vacância e substituições
Art. 20. Excetuada a hipótese de destituição de membro do Conselho eleito pelo processo de
voto múltiplo, no caso de vacância do cargo de conselheiro, os membros remanescentes
no Colegiado nomearão acionista para completar o mandato do substituído. Se houver a
vacância da maioria dos cargos, estejam ou não ocupados por substitutos nomeados, a
Assembleia Geral será convocada para proceder a uma nova eleição.
Parágrafo único. O Presidente do Conselho será substituído pelo Vice-Presidente e, nas
ausências deste, por outro conselheiro indicado pelo Presidente. No caso de vacância, a
substituição dar-se-á até a escolha do novo titular do Conselho, o que deverá ocorrer na
primeira reunião do Conselho de Administração subsequente.
Atribuições
Art. 21. Além das competências definidas em lei, são atribuições do Conselho de Administração:
I – aprovar as políticas, a estratégia corporativa, o plano de investimentos, o plano
diretor e o orçamento geral do Banco;
II – deliberar sobre:
a) distribuição de dividendos intermediários, inclusive à conta de lucros
acumulados ou de reservas de lucros existentes no último balanço anual ou
semestral;
b) pagamento de juros sobre o capital próprio;
c) aquisição das próprias ações, em caráter não permanente;
d) participações do Banco em sociedades, no País e no exterior;
III – definir as atribuições da Auditoria Interna, regulamentar o seu funcionamento, bem
como nomear e dispensar o seu titular;
IV – escolher e destituir os auditores independentes, cujos nomes poderão ser objeto
de veto, devidamente fundamentado, pelo Conselheiro eleito na forma do § 2º do art. 19
deste Estatuto, se houver;
V – fixar o número e eleger os membros da Diretoria Executiva, observado o art. 24
deste Estatuto e o disposto no art. 21 da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964;
VI – aprovar o seu regimento interno e decidir sobre a criação, a extinção e o
funcionamento de comitês no âmbito do próprio Conselho de Administração;
VII – aprovar o regimento interno da Diretoria Executiva e dos comitês constituídos no
âmbito do próprio Conselho;
VIII – decidir sobre a participação dos empregados nos lucros ou resultados do Banco;
IX – apresentar à Assembleia Geral lista tríplice de empresas especializadas para
determinação do valor econômico da companhia, para as finalidades previstas no
parágrafo único do art. 10;
X – estabelecer meta de rentabilidade que assegure a adequada remuneração do
capital próprio;
XI – eleger e destituir os membros dos comitês constituídos no âmbito do próprio
Conselho;
XII – avaliar formalmente, ao término de cada ano, o desempenho da Diretoria Executiva e
dos comitês constituídos no âmbito do próprio Conselho; e
XIII – manifestar-se formalmente quando da realização de ofertas públicas de aquisição de
ações de emissão do Banco.
§ 1º A estratégia corporativa do Banco será fixada para um período de cinco anos,
devendo ser revista, anualmente, até o mês de setembro de cada ano.
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Estatuto Social
§ 2º Para assessorar a deliberação do Conselho de Administração, as propostas de
fixação das atribuições e de regulamentação do funcionamento da Auditoria Interna,
referidas no inciso III, deverão conter parecer prévio das áreas técnicas envolvidas e do
Comitê de Auditoria.
§ 3º A fiscalização da gestão dos membros da Diretoria Executiva, de que trata a Lei n°
6.404/76 poderá ser exercida isoladamente por qualquer conselheiro, o qual terá acesso
aos livros e papéis do Banco e às informações sobre os contratos celebrados ou em via
de celebração e quaisquer outros atos que considere necessários ao desempenho de
suas funções, podendo requisitá-los, diretamente, a qualquer membro da Diretoria
Executiva. As providências daí decorrentes, inclusive propostas para contratação de
profissionais externos, serão submetidas à deliberação do Conselho de Administração.
§ 4º A manifestação formal, favorável ou contrária, de que trata a alínea XIII será por meio
de parecer prévio fundamentado, divulgado em até 15 (quinze) dias da publicação do
edital da oferta pública de ações, abordando, pelo menos: (i) a conveniência e a
oportunidade da oferta pública de ações quanto ao interesse do conjunto dos acionistas e
em relação à liquidez dos valores mobiliários de sua titularidade; (ii) as repercussões da
oferta pública de aquisição de ações sobre os interesses do Banco; (iii) os planos
estratégicos divulgados pelo ofertante em relação ao Banco; (iv) outros pontos que o
Conselho de Administração considerar pertinentes, bem como as informações exigidas
pelas regras aplicáveis estabelecidas pela CVM.
Funcionamento
Art. 22. O Conselho de Administração reunir-se-á com a presença de, no mínimo, a maioria dos
seus membros:
I – ordinariamente, pelo menos uma vez por mês; e
II – extraordinariamente, sempre que convocado pelo seu Presidente, ou a pedido de, no
mínimo, dois conselheiros.
§ 1º As reuniões do Conselho de Administração serão convocadas pelo seu
Presidente.
§ 2º A reunião extraordinária solicitada pelos conselheiros, na forma do inciso II deste
artigo, deverá ser convocada pelo Presidente nos sete dias que se seguirem ao pedido;
esgotado esse prazo sem que o Presidente a tenha convocado, qualquer conselheiro
poderá fazê-lo.
§ 3º O Conselho de Administração delibera por maioria de votos, sendo necessário:
I – o voto favorável de cinco conselheiros para a aprovação das matérias de que tratam
os incisos I, III, IV e VI do art. 21; ou
II – o voto favorável da maioria dos conselheiros presentes, para a aprovação das

demais matérias, prevalecendo, em caso de empate, o voto do Presidente do Conselho,
ou do seu substituto no exercício das funções.
§ 4º Fica facultada, mediante justificativa, eventual participação dos conselheiros na

reunião, por telefone, videoconferência, ou outro meio de comunicação que possa
assegurar a participação efetiva e a autenticidade do seu voto, que será considerado
válido para todos os efeitos legais e incorporado à ata da referida reunião.
Avaliação
Art. 23. O Conselho de Administração realizará anualmente uma avaliação formal do seu
desempenho.
§ 1º O processo de avaliação citado no caput será realizado conforme procedimentos
previamente definidos pelo próprio Conselho de Administração e que deverão estar
descritos em seu regimento interno.
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Estatuto Social
§ 2º Caberá ao Presidente do Conselho conduzir o processo de avaliação.
Seção III – Diretoria Executiva
Art. 24. A administração do Banco competirá à Diretoria Executiva, que terá entre dez e trinta e
sete membros, sendo:
I – o Presidente, nomeado e demissível “ad nutum” pelo Presidente da República;
II – até nove Vice-Presidentes eleitos na forma da lei;
III – até vinte e sete Diretores eleitos na forma da lei.
§ 1º No âmbito da Diretoria Executiva, o Presidente e os Vice-Presidentes formarão o
Conselho Diretor.
§ 2º O cargo de Diretor é privativo de empregados da ativa do Banco.
§ 3º Os eleitos para a Diretoria Executiva terão mandato de três anos, permitida a
reeleição. O prazo de gestão estender-se-á até a investidura dos novos membros.
§ 4º Além dos requisitos previstos no art. 11 deste Estatuto, devem ser observadas,
cumulativamente, as seguintes condições para o exercício de cargos na Diretoria
Executiva do Banco:
I – ser graduado em curso superior; e
II – ter exercido, nos últimos cinco anos:
a) por pelo menos dois anos, cargos gerenciais em instituições integrantes do
Sistema Financeiro Nacional; ou
b) por pelo menos quatro anos, cargos gerenciais na área financeira de outras
entidades detentoras de patrimônio líquido não inferior a um quarto dos limites mínimos
de capital realizado e patrimônio líquido exigidos pela regulamentação para o Banco; ou
c) por pelo menos dois anos, cargos relevantes em órgãos ou entidades da
administração pública.
§ 5º Ressalvam-se, em relação às condições previstas nos incisos I e II do § 4º deste
artigo, ex-administradores que tenham exercido cargos de diretor ou de sócio-gerente
em outras instituições do Sistema Financeiro Nacional por mais de cinco anos, exceto
em cooperativa de crédito.
§ 6º Após o término da gestão, os ex-membros da Diretoria Executiva ficam impedidos,
por um período de quatro meses, contados do término da gestão, se maior prazo não for
fixado nas normas regulamentares, de:
I – exercer atividades ou prestar qualquer serviço a sociedades ou entidades
concorrentes das sociedades integrantes do Conglomerado Banco do Brasil;
II – aceitar cargo de administrador ou conselheiro, ou estabelecer vínculo profissional
com pessoa física ou jurídica com a qual tenham mantido relacionamento oficial direto e
relevante nos seis meses anteriores ao término da gestão, se maior prazo não for fixado
nas normas regulamentares; e
III – patrocinar, direta ou indiretamente, interesse de pessoa física ou jurídica, perante
órgão ou entidade da Administração Pública Federal com que tenha tido relacionamento
oficial direto e relevante nos seis meses anteriores ao término da gestão, se maior prazo
não for fixado nas normas regulamentares.
§ 7º Durante o período de impedimento, os ex-membros da Diretoria Executiva fazem jus
a remuneração compensatória equivalente à da função que ocupavam neste órgão,
observado o disposto no § 8º deste artigo.
§ 8º Não terão direito à remuneração compensatória de que trata o § 7º deste artigo os
ex-membros do Conselho Diretor não oriundos do quadro de empregados do Banco que,
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Estatuto Social
respeitado o § 6º, deste artigo, optarem pelo retorno, antes do término do período de
impedimento, ao desempenho da função ou cargo, efetivo ou superior, que,
anteriormente à sua investidura, ocupavam na administração pública ou privada.
§ 9º Finda a gestão, os ex-Diretores e os ex-membros do Conselho Diretor oriundos do
quadro de funcionários do Banco sujeitam-se às normas internas aplicáveis a todos os
empregados, observado o disposto no § 7º deste artigo.
§ 10. Salvo dispensa do Conselho de Administração, na forma do § 11, o
descumprimento da obrigação de que trata o § 6º implica, além da perda da
remuneração compensatória prevista no § 7º, a devolução do valor já recebido a esse
título e o pagamento de multa de 20% (vinte por cento) sobre o total da remuneração
compensatória que seria devida no período, sem prejuízo do ressarcimento das perdas e
danos a que eventualmente der causa.
§ 11. O Conselho de Administração pode, a requerimento do ex-membro da Diretoria
Executiva, dispensá-lo do cumprimento da obrigação prevista no § 6º, sem prejuízo das
demais obrigações legais a que esteja sujeito. Nessa hipótese, não é devido o
pagamento da remuneração compensatória a que alude o § 7º, a partir da data em que o
requerimento for recebido.
Vedações
Art. 25. A investidura em cargo da Diretoria Executiva requer dedicação integral, sendo vedado a
qualquer de seus membros, sob pena de perda do cargo, o exercício de atividades em
outras sociedades com fim lucrativo, salvo:
I – em sociedades subsidiárias ou controladas do Banco, ou em sociedades das quais
este participe, direta ou indiretamente, observado o § 1º deste artigo; ou
II – em outras sociedades, por designação do Presidente da República, ou por
autorização prévia e expressa do Conselho de Administração.
§ 1º É vedado, ainda, a qualquer membro da Diretoria Executiva o exercício de atividade
em instituição ou empresa ligada ao Banco que tenha por objeto a administração de
recursos de terceiros, exceto na qualidade de membro de conselho de administração ou
de conselho fiscal.
§ 2º Para efeito do disposto no parágrafo anterior, consideram-se ligadas ao Banco as
instituições ou empresas assim definidas pelo Conselho Monetário Nacional.
Art. 26. Serão concedidos (as):

I – afastamentos de até 30 dias, exceto licenças, aos Vice-Presidentes e Diretores,
pelo Presidente, e ao Presidente, pelo Conselho de Administração; e
II – licenças ao Presidente do Banco, pelo Ministro de Estado da Fazenda; aos demais
membros da Diretoria Executiva, pelo Conselho de Administração.
§ 1º As atribuições individuais do Presidente do Banco serão exercidas, durante seus
afastamentos e demais licenças:
I – de até trinta dias consecutivos, por um dos Vice-Presidentes que designar; e
II – superiores a trinta dias consecutivos, por quem, na forma da lei, for nomeado
interinamente pelo Presidente da República.
§ 2º No caso de vacância, o cargo de Presidente será ocupado, até a posse do seu
sucessor, pelo Vice-Presidente mais antigo; se de igual antiguidade, pelo mais idoso.
§ 3º As atribuições individuais dos Vice-Presidentes e dos Diretores serão exercidas por
outro Vice-Presidente ou Diretor, respectivamente, nos casos de afastamentos e demais
licenças, bem como no caso de vacância, sendo:
I – até trinta dias consecutivos, mediante designação do Presidente;
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Estatuto Social
II – superior a trinta dias consecutivos, ou em caso de vacância, até a posse do
substituto eleito, mediante designação do Presidente e homologação, dentro do período
em que exercer as funções do cargo, pelo Conselho de Administração.
§ 4º Nas hipóteses previstas nos §§ 1º a 3º deste artigo, o Vice-Presidente ou Diretor
acumulará suas funções com as do Presidente, do Vice-Presidente ou do Diretor,
conforme for designado, sem acréscimo de remuneração.
Representação e constituição de mandatários
Art. 27. A representação judicial e extrajudicial e a constituição de mandatários do Banco

competem, isoladamente, ao Presidente ou a qualquer dos Vice-Presidentes e, nos
limites de suas atribuições e poderes, aos Diretores. A outorga de mandato judicial
compete ao Presidente, aos Vice-Presidentes e ao Diretor Jurídico.
§ 1º Os instrumentos de mandato devem especificar os atos ou as operações que
poderão ser praticados e a duração do mandato, podendo ser outorgados, isoladamente,
por qualquer membro da Diretoria Executiva, observada a hipótese do § 2º do art. 29
deste Estatuto. O mandato judicial poderá ser por prazo indeterminado.
§ 2º Os instrumentos de mandato serão válidos ainda que o seu signatário deixe de
integrar a Diretoria Executiva do Banco, salvo se o mandato for expressamente revogado.
Atribuições da Diretoria Executiva
Art. 28. Cabe à Diretoria Executiva cumprir e fazer cumprir este Estatuto, as deliberações da
Assembleia Geral de Acionistas e do Conselho de Administração e exercer as atribuições
que lhe forem definidas por esse Conselho, sempre observando os princípios de boa
técnica bancária e as boas práticas de governança corporativa.
Atribuições do Conselho Diretor
Art. 29. São atribuições do Conselho Diretor:

I – submeter ao Conselho de Administração, por intermédio do Presidente do Banco, ou
pelo Coordenador por este designado, propostas à sua deliberação, em especial sobre
as matérias relacionadas nos incisos I, II, VII e VIII do art. 21 deste Estatuto;
II – fazer executar as políticas, a estratégia corporativa, o plano de investimentos, o
plano diretor e o orçamento geral do Banco;
III – aprovar e fazer executar o plano de mercado e o acordo de trabalho;
IV – aprovar e fazer executar a alocação de recursos para atividades operacionais e
para investimentos;
V – autorizar a alienação de bens do ativo permanente, a constituição de ônus reais, a
prestação de garantias a obrigações de terceiros, a renúncia de direitos, a transação e o
abatimento negocial, facultada a outorga desses poderes com limitação expressa;
VI – decidir sobre os planos de cargos, salários, vantagens e benefícios, e aprovar o
Regulamento de Pessoal do Banco, observada a legislação vigente;
VII – distribuir e aplicar os lucros apurados, na forma da deliberação da Assembleia
Geral de Acionistas ou do Conselho de Administração, observada a legislação vigente;
VIII – decidir sobre a criação, instalação e supressão de sucursais, filiais ou agências,
escritórios, dependências e outros pontos de atendimento no País e no exterior,
facultada a outorga desses poderes com limitação expressa;
IX – decidir sobre a organização interna do Banco, a estrutura administrativa das
diretorias e a criação, extinção e funcionamento de comitês no âmbito da Diretoria
Executiva e de unidades administrativas;
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Estatuto Social
X – fixar as alçadas da Diretoria Executiva e dos seus membros e as atribuições e
alçadas dos comitês e das unidades administrativas, dos órgãos regionais, das redes de
distribuição e dos demais órgãos da estrutura interna, bem como dos empregados do
Banco, facultada a outorga desses poderes com limitação expressa;
XI – autorizar, verificada previamente a segurança e a adequada remuneração em cada
caso, a concessão de créditos a entidades assistenciais e a empresas de comunicação,
bem como o financiamento de obras de utilidade pública, facultada a outorga desses
poderes com limitação expressa;
XII – decidir sobre a concessão, a fundações criadas pelo Banco, de contribuições para
a consecução de seus objetivos sociais, limitadas, em cada exercício, a 5% (cinco por
cento) do resultado operacional;
XIII – aprovar os critérios de seleção e a indicação de conselheiros para integrarem os
conselhos de empresas e instituições das quais o Banco, suas subsidiárias, controladas
ou coligadas participem ou tenham direito de indicar representante; e
XIV – decidir sobre situações não compreendidas nas atribuições de outro órgão de
administração e sobre casos extraordinários.
§ 1º As decisões do Conselho Diretor obrigam toda a Diretoria Executiva.
§ 2º As outorgas de poderes previstas nos incisos V, VIII, X e XI deste artigo, quando
destinadas a produzir efeitos perante terceiros, serão formalizadas por meio de
instrumento de mandato assinado pelo Presidente e um Vice-Presidente ou por dois Vice-
Presidentes.
Atribuições individuais dos membros da Diretoria Executiva
Art. 30. Cabe a cada um dos membros da Diretoria Executiva cumprir e fazer cumprir este
Estatuto, as deliberações da Assembleia Geral de Acionistas e do Conselho de
Administração e as decisões colegiadas do Conselho Diretor e da Diretoria Executiva.
Além disso, são atribuições:
I – do Presidente:
a) presidir a Assembleia Geral de Acionistas, convocar e presidir as reuniões
do Conselho Diretor e da Diretoria Executiva e supervisionar a sua atuação;
b) propor, ao Conselho de Administração, o número de membros da Diretoria
Executiva, indicando-lhe, para eleição, os nomes dos Vice-Presidentes e dos Diretores;
c) propor ao Conselho de Administração as atribuições dos Vice-Presidentes e
dos Diretores, bem como eventual remanejamento;
d) supervisionar e coordenar a atuação dos Vice-Presidentes, dos Diretores e
titulares de unidades que estiverem sob sua supervisão direta;
e) nomear, remover, ceder, promover, comissionar, punir e demitir
empregados, podendo outorgar esses poderes com limitação expressa;
f) indicar, dentre os Vice-Presidentes, coordenador com a finalidade de
convocar e presidir, em suas ausências ou impedimentos, as reuniões do Conselho
Diretor e da Diretoria Executiva.
II – de cada Vice-Presidente:
a) administrar, supervisionar e coordenar as áreas que lhe forem atribuídas e a
atuação dos Diretores e dos titulares das unidades que estiverem sob sua supervisão
direta;
b) coordenar as reuniões do Conselho Diretor e da Diretoria Executiva, quando
designado pelo Presidente.
III – de cada Diretor:
a) administrar, supervisionar e coordenar as atividades da diretoria e unidades
sob sua responsabilidade;
14
Estatuto Social
b) prestar assessoria aos trabalhos do Conselho Diretor, no âmbito das
respectivas atribuições; e
c) executar outras tarefas que lhe forem atribuídas pelo membro do Conselho
Diretor ao qual estiver vinculado.
§ 1º O Coordenador designado pelo Presidente para convocar e presidir as reuniões do
Conselho Diretor e da Diretoria Executiva não proferirá voto de qualidade no exercício
dessa função.
§ 2º As atribuições individuais do Presidente, dos Vice-Presidentes e dos Diretores serão
exercidas, nas suas ausências ou impedimentos, na forma do art. 26, observado o que
dispuserem os Regimentos Internos da Diretoria Executiva e do Conselho Diretor, as
normas sobre competências, as alçadas decisórias e demais procedimentos fixados pelo
Conselho Diretor.
Funcionamento
Art. 31. O funcionamento da Diretoria Executiva e do Conselho Diretor será disciplinado por meio
do seu regimento interno, observado o disposto neste artigo.
§ 1º A Diretoria Executiva reunir-se-á, ordinariamente, uma vez a cada três meses, e,
extraordinariamente, sempre que convocada pelo Presidente do Banco ou pelo
Coordenador por este designado.
§ 2º O Conselho Diretor:
I – é órgão de deliberação colegiada, devendo reunir-se, ordinariamente, pelo menos
uma vez por semana e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo Presidente ou
pelo Coordenador por este designado, sendo necessária, em qualquer caso, a presença
de, no mínimo, a maioria de seus membros;
II – as deliberações exigem, no mínimo, aprovação da maioria dos membros presentes;
em caso de empate, prevalecerá o voto do Presidente; e
III – uma vez tomada a decisão, cabe aos membros do Conselho Diretor a adoção das
providências para sua implementação.
§ 3º O Conselho Diretor será assessorado por uma Secretaria Executiva, cabendo ao
Presidente designar o seu titular.
Seção IV – Segregação de funções
Art. 32. Os órgãos de Administração devem, no âmbito das respectivas atribuições, observar as
seguintes regras de segregação de funções:
I – as diretorias ou unidades responsáveis por funções relativas à gestão de riscos não
podem ficar sob a supervisão direta de Vice-Presidente a que estiverem vinculadas
diretorias ou unidades responsáveis por qualquer outra atividade administrativa ou
negocial, exceto nos casos de recuperação de créditos e conformidade;
II – as diretorias ou unidades responsáveis pelas atividades de análise de risco de
crédito não podem ficar sob a supervisão direta de Vice-Presidente a que estiverem
vinculadas diretorias ou unidades responsáveis por atividades de concessão de créditos
ou de garantias, exceto nos casos de recuperação de créditos; e
III – os Vice-Presidentes, Diretores ou quaisquer responsáveis pela administração de
recursos próprios do Banco não podem administrar recursos de terceiros.
Seção V – Comitês vinculados ao Conselho de Administração
Comitê de Auditoria
Art. 33. O Comitê de Auditoria, com as atribuições e encargos previstos na legislação, será
formado por quatro membros efetivos, com mandatos anuais, renováveis até o máximo
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Estatuto Social
de cinco anos, nos termos das normas aplicáveis, observado, preferencialmente, que a
substituição de todos os membros não ocorra simultaneamente.
§ 1º Os membros do Comitê de Auditoria serão eleitos pelo Conselho de Administração,
obedecendo ao disposto neste Estatuto e aos seguintes critérios:
I – um membro titular será escolhido dentre os indicados pelos Conselheiros de
Administração eleitos pelos acionistas minoritários;
II – três membros titulares serão escolhidos dentre os indicados pelos Conselheiros de
Administração representantes da União; e
III - pelo menos um dos integrantes do Comitê de Auditoria deverá possuir comprovados
conhecimentos nas áreas de contabilidade e auditoria.
§ 2º Perderá o cargo o membro do Comitê de Auditoria que deixar de comparecer, com
ou sem justificativa, a três reuniões ordinárias consecutivas ou a quatro reuniões
alternadas durante o período de doze meses, salvo motivo de força maior ou caso
fortuito, e, a qualquer tempo, por decisão do Conselho de Administração.
§ 3º São atribuições do Comitê de Auditoria, além de outras previstas na legislação
própria:
I – assessorar o Conselho de Administração no que concerne ao exercício de suas
funções de auditoria e fiscalização;
II – supervisionar as atividades e avaliar os trabalhos da auditoria independente;
III – exercer suas atribuições e responsabilidades junto às sociedades controladas pelo

Banco do Brasil que adotarem o regime de Comitê de Auditoria único.
§ 4º O funcionamento do Comitê de Auditoria será regulado por meio do seu

regimento interno, observado que:
I – reunir-se-á, no mínimo trimestralmente, com o Conselho de Administração, com o
Conselho Diretor, com os auditores independentes e com a Auditoria Interna, em
conjunto ou separadamente, a seu critério;
II – o Comitê de Auditoria poderá convidar para participar, sem direito a voto, das suas
reuniões:
a) membros do Conselho Fiscal;
b) o titular e outros representantes da Auditoria Interna; e
c) quaisquer membros da Diretoria Executiva ou empregados do Banco.
§ 5º A remuneração dos membros do Comitê de Auditoria, a ser definida pelo Conselho
de Administração, será compatível com o plano de trabalho aprovado por este
Colegiado, observado que:
I – a remuneração dos membros do Comitê não será superior ao honorário médio
percebido pelos Diretores;
II – no caso de servidores públicos, a sua remuneração pela participação no Comitê de
Auditoria ficará sujeita às disposições estabelecidas na legislação e regulamento
pertinentes;
III – o integrante do Comitê de Auditoria que for, também, membro do Conselho de
Administração deverá optar pela remuneração relativa a apenas um dos cargos.
§ 6º Ao término do mandato, os ex-membros do Comitê de Auditoria, sujeitam-se ao

impedimento previsto no § 6º do art. 24 deste Estatuto, observados os §§ 7º a 11 do
mesmo artigo.
Comitê de Remuneração
Art. 34. O Comitê de Remuneração, com as atribuições e encargos previstos na legislação, será
formado por quatro membros efetivos, com mandato anual, renovável até o máximo de
16
Estatuto Social
dez anos, nos termos das normas aplicáveis.
§ 1º Os membros do Comitê de Remuneração serão eleitos pelo Conselho de
Administração, obedecendo ao disposto neste Estatuto e no seu Regimento Interno.
§ 2º Pelo menos um dos integrantes do Comitê de Remuneração não deverá ser membro
do Conselho de Administração ou da Diretoria Executiva.
§ 3º Os integrantes do Comitê de Remuneração deverão possuir a qualificação e a
experiência necessárias para avaliar de forma independente a política de remuneração de
administradores.
§ 4º Perderá o cargo o membro do Comitê de Remuneração que deixar de comparecer,
com ou sem justificativa, a três reuniões consecutivas, salvo motivo de força maior ou
caso fortuito, e, a qualquer tempo, por decisão do Conselho de Administração.
§ 5º São atribuições do Comitê de Remuneração, além de outras previstas na legislação
própria:
I – assessorar o Conselho de Administração no estabelecimento da política de
remuneração de administradores do Banco do Brasil;
II – exercer suas atribuições e responsabilidades junto às sociedades controladas pelo
Banco do Brasil que adotarem o regime de Comitê de Remuneração único.
§ 6º O funcionamento do Comitê de Remuneração será regulado por meio de regimento
interno aprovado pelo Conselho de Administração, observado que o Comitê reunir-se-á:
I – no mínimo semestralmente para avaliar e propor a remuneração fixa e variável dos
administradores do Banco e de suas controladas que adotarem o regime de comitê único;
II – nos três primeiros meses do ano para avaliar e propor o montante global anual de
remuneração a ser fixado para os membros dos órgãos de administração, a ser
submetido às Assembleias Gerais do Banco e das sociedades que adotarem o regime de
comitê de Remuneração único.
§ 7º A função de membro do Comitê de que trata o caput não é remunerada.
Seção VI – Auditoria Interna
Art. 35. O Banco disporá de uma Auditoria Interna, subordinada ao Conselho de Administração.
Parágrafo único. O titular da Auditoria Interna será escolhido dentre empregados da ativa
do Banco e nomeado e dispensado pelo Conselho de Administração, observadas as
disposições do art. 22, § 3º, I, deste Estatuto.
Seção VII – Ouvidoria
Art. 36. O Banco disporá de uma Ouvidoria que terá a finalidade de atuar como canal de
comunicação entre a Instituição, clientes e usuários, permitindo-lhes buscar a solução de
problemas no seu relacionamento com o Banco do Brasil, mediante o registro de
reclamações, denúncias e sugestões.
§ 1º Além de outras previstas na legislação, constituem atribuições da Ouvidoria:
I – receber, registrar, instruir, analisar e dar tratamento formal e adequado às
reclamações dos clientes e usuários;
II – prestar os esclarecimentos necessários e dar ciência acerca do andamento de suas
demandas e das providências adotadas;
III – informar o prazo previsto para resposta final;
IV – propor ao Conselho de Administração medidas corretivas ou de aprimoramento dos
procedimentos e rotinas da instituição;
V – elaborar e encaminhar à Auditoria Interna, ao Comitê de Auditoria e ao Conselho de
Administração relatórios semestrais sobre sua atuação, contendo as proposições
mencionadas no item anterior.
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Estatuto Social
§ 2º A atuação da Ouvidoria será pautada pela transparência, independência,
imparcialidade e isenção, sendo dotada de condições adequadas para o seu efetivo
funcionamento.
§ 3º A Ouvidoria terá assegurado o acesso às informações necessárias para sua
atuação, podendo, para tanto, requisitar informações e documentos para o exercício de
suas atividades, observada a legislação relativa ao sigilo bancário.
§ 4º A função de Ouvidor será desempenhada por empregado da ativa, detentor de
comissão compatível com as atribuições da Ouvidoria, o qual terá mandato de 1 (um)
ano, renovável por iguais períodos, sendo designado e destituído, a qualquer tempo, pelo
Presidente do Banco.
§ 5º O empregado designado para o exercício das atribuições de ouvidor não perceberá
outra remuneração além daquela prevista para a comissão que originalmente ocupa.
CAPÍTULO VI – CONSELHO FISCAL
Composição
Art. 37. O Conselho Fiscal funcionará de modo permanente e será constituído por cinco membros
efetivos e respectivos suplentes, eleitos anualmente pela Assembleia Geral Ordinária,
assegurada aos acionistas minoritários a eleição de dois membros.
§ 1º Os representantes da União no Conselho Fiscal serão indicados pelo Ministro de
Estado da Fazenda, dentre os quais um representante do Tesouro Nacional.
§ 2º A remuneração dos conselheiros fiscais será fixada pela Assembleia Geral que os
eleger.
§ 3º Além das pessoas a que se refere o art. 13 deste Estatuto, não podem ser eleitos
para o Conselho Fiscal membros dos órgãos de Administração e empregados do Banco,
ou de sociedade por este controlada, e o cônjuge ou parente, até o terceiro grau, de
administrador do Banco.
§ 4º Os membros do Conselho Fiscal serão investidos em seus cargos,
independentemente da assinatura de termo de posse, desde a respectiva eleição.
§ 5º Os Conselheiros Fiscais devem, na data da eleição, assinar o Termo de Anuência dos
membros do Conselho Fiscal ao Regulamento de Listagem do Novo Mercado da
BM&FBOVESPA - Bolsa de Valores de São Paulo.
Funcionamento
Art. 38. Observadas as disposições deste Estatuto, o Conselho Fiscal, por voto favorável de, no
mínimo, quatro de seus membros, elegerá o seu Presidente e aprovará o seu regimento
interno.
§ 1º O Conselho Fiscal reunir-se-á em sessão ordinária, uma vez por mês, e,
extraordinariamente, sempre que julgado necessário por qualquer de seus membros ou
pela Administração do Banco.
§ 2º Perderá o cargo, salvo motivo de força maior ou caso fortuito, o membro do
Conselho Fiscal que deixar de comparecer, sem justificativa, a três reuniões ordinárias
consecutivas ou a quatro reuniões ordinárias alternadas durante o prazo do mandato.
§ 3º Exceto nas hipóteses previstas no caput deste artigo, a aprovação das matérias
submetidas à deliberação do Conselho Fiscal exige voto favorável de, no mínimo, três de
seus membros.
Art. 39. Os Conselheiros Fiscais assistirão às reuniões do Conselho de Administração em que se

deliberar sobre os assuntos em que devam opinar.
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Estatuto Social
Parágrafo único. O Conselho Fiscal far-se-á representar por, pelo menos, um de seus
membros às reuniões da Assembleia Geral e responderá aos pedidos de informação
formulados pelos acionistas.
Art. 40. Os membros do Conselho Fiscal acionistas do Banco devem observar, também, os
deveres previstos no art. 17 deste Estatuto.
CAPÍTULO VII – EXERCÍCIO SOCIAL, LUCRO, RESERVAS E DIVIDENDOS
Exercício social
Art. 41. O exercício social coincidirá com o ano civil, com término no dia 31 de dezembro de cada
ano.
Demonstrações financeiras
Art. 42. Serão levantadas demonstrações financeiras ao final de cada semestre e,

facultativamente, balanços intermediários em qualquer data, inclusive para pagamento
de dividendos, observadas as prescrições legais.
§ 1º As demonstrações financeiras trimestrais, semestrais e anuais, além dos requisitos
legais e regulamentares, devem conter:
I – balanço patrimonial consolidado, demonstrações do resultado consolidado e dos
fluxos de caixa;
II – demonstração do valor adicionado;
III – comentários acerca do desempenho consolidado;
IV – posição acionária de todo aquele que detiver, direta ou indiretamente, mais de 5%
(cinco por cento) do capital social do Banco;
V – quantidade e características dos valores mobiliários de emissão do Banco de que o
acionista controlador, os administradores e os membros do Conselho Fiscal sejam
titulares, direta ou indiretamente;
VI – evolução da participação das pessoas referidas no inciso anterior, em relação aos
respectivos valores mobiliários, nos doze meses imediatamente anteriores; e
VII – quantidade de ações em circulação e o seu percentual em relação ao total emitido.
§ 2º Nas demonstrações financeiras do exercício, serão apresentados, também,
indicadores e informações sobre o desempenho socioambiental do Banco.
Art. 43. As demonstrações financeiras trimestrais, semestrais e anuais serão também elaboradas
em inglês, sendo que pelo menos as demonstrações financeiras anuais serão também
elaboradas de acordo com os padrões internacionais de contabilidade.
Destinação do lucro
Art. 44. Após a absorção de eventuais prejuízos acumulados e deduzida a provisão para
pagamento do imposto de renda, do resultado de cada semestre serão apartadas verbas
que, observados os limites e condições exigidos por lei, terão, pela ordem, a seguinte
destinação:
I – constituição de Reserva Legal;
II – constituição, se for o caso, de Reserva de Contingência e de Reservas de Lucros a
Realizar;
19
Estatuto Social
III – pagamento de dividendos, observado o disposto nos artigos 44 e 45 deste Estatuto;
IV – do saldo apurado após as destinações anteriores:
a) constituição das seguintes Reservas Estatutárias:
1- Reserva para Margem Operacional, com a finalidade de garantir margem
operacional compatível com o desenvolvimento das operações da
sociedade, constituída pela parcela de até 100% (cem por cento) do
saldo do lucro líquido, até o limite de 80% (oitenta por cento) do capital
social;
2- Reserva para Equalização de Dividendos, com a finalidade de assegurar
recursos para o pagamento de dividendos, constituída pela parcela de
até 50% (cinquenta por cento) do saldo do lucro líquido, até o limite de
20% (vinte por cento) do capital social;
b) demais reservas e retenção de lucros previstas na legislação.
Parágrafo único. Na constituição de reservas serão observadas, ainda, as seguintes
normas:
I – as reservas e retenção de lucros de que trata o inciso IV não poderão ser aprovadas
em prejuízo da distribuição do dividendo mínimo obrigatório;
II – o saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências e de lucros a realizar,
não poderá ultrapassar o capital social;
III – as destinações do resultado, no curso do exercício, serão realizadas por proposta do
Conselho Diretor, aprovada pelo Conselho de Administração e deliberada pela Assembleia
Geral Ordinária de que trata o § 1º do artigo 9º deste Estatuto, ocasião em que serão
apresentadas as justificativas dos percentuais aplicados na constituição das reservas
estatutárias de que trata a alínea “a” do inciso IV do caput deste artigo.
Dividendo obrigatório
Art. 45. Aos acionistas é assegurado o recebimento semestral de dividendo mínimo e obrigatório
equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado, como definido em
lei e neste Estatuto.
§ 1º O dividendo correspondente aos semestres de cada exercício social será declarado
por ato do Conselho Diretor, aprovado pelo Conselho de Administração.
§ 2º Os valores dos dividendos devidos aos acionistas sofrerão incidência de encargos
financeiros na forma da legislação, a partir do encerramento do semestre ou do exercício
social em que forem apurados até o dia do efetivo recolhimento ou pagamento, sem
prejuízo da incidência de juros moratórios quando esse recolhimento não se verificar na
data fixada em lei, pela Assembleia Geral ou por deliberação do Conselho Diretor.
§ 3º É admitida a distribuição de dividendos intermediários em períodos inferiores ao
previsto no caput deste artigo, observado o disposto nos artigos 21, II, “a”, 29, I e VII, e
44, § 1º, deste Estatuto.
Juros sobre o capital próprio
Art. 46. Observada a legislação vigente e na forma da deliberação do Conselho de

Administração, o Conselho Diretor poderá autorizar o pagamento ou crédito aos
acionistas de juros, a título de remuneração do capital próprio, bem como a imputação do
seu valor ao dividendo mínimo obrigatório.
§ 1º Caberá ao Conselho Diretor fixar o valor e a data do pagamento ou crédito de
cada parcela dos juros, autorizado na forma do caput deste artigo.
§ 2º Os valores dos juros devidos aos acionistas, a título de remuneração sobre o
capital próprio, sofrerão incidência de encargos financeiros, na forma do § 2º do artigo
precedente.
20
Estatuto Social
CAPÍTULO VIII – RELAÇÕES COM O MERCADO
Art. 47. O Banco:

I – realizará, pelo menos uma vez por ano, reunião pública com analistas de mercado,
investidores e outros interessados, para divulgar informações quanto à sua situação
econômico-financeira, bem como no tocante a projetos e perspectivas;
II – enviará à bolsa de valores em que suas ações forem mais negociadas, além de
outros documentos a que esteja obrigado por força de lei:
a) o calendário anual de eventos corporativos;
b) programas de opções de aquisição de ações ou de outros títulos de emissão
do Banco, destinados aos seus empregados e administradores, se houver; e
c) os documentos colocados à disposição dos acionistas para deliberação na
Assembleia Geral;
III – divulgará, em sua página na Internet, além de outras, as informações:
a) referidas nos arts. 41 e 42 deste Estatuto;
b) divulgadas na reunião pública referida no inciso I deste artigo; e
c) prestadas à bolsa de valores na forma do inciso II deste artigo;
IV – adotará medidas com vistas à dispersão acionária na distribuição de novas ações,
tais como:
a) garantia de acesso a todos os investidores interessados; ou
b) distribuição, a pessoas físicas ou a investidores não institucionais, de, no
mínimo, 10% (dez por cento) das ações emitidas.
CAPÍTULO IX – DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
Ingresso nos quadros do Banco
Art. 48. Só a brasileiros será permitido ingressar no quadro de empregados do Banco no País.
Parágrafo único. Os portugueses residentes no País poderão também ingressar nos
serviços e quadros do Banco, desde que amparados por igualdade de direitos e obrigações
civis e estejam no gozo de direitos políticos legalmente reconhecidos.
Art. 49. O ingresso no quadro de empregados do Banco dar-se-á mediante aprovação em
concurso público.
§ 1º Os empregados do Banco estão sujeitos à legislação do trabalho e aos regulamentos
internos da Companhia.
§ 2º Poderão ser contratados, a termo e demissíveis “ad nutum”, profissionais para
exercerem as funções de assessoramento especial ao Presidente, observada a dotação
máxima de três Assessores Especiais do Presidente e um Secretário Particular do
Presidente.
Publicações oficiais
Art. 50. O Conselho Diretor fará publicar, no Diário Oficial da União, o Regulamento de Licitações
do Banco do Brasil.
Avaliação dos processos de análise de riscos
Art. 51. O Banco contratará, periodicamente, empresa de auditoria externa para avaliar o processo
de análise de riscos de crédito, de mercado, de liquidez e operacional, e o processo de
21
Estatuto Social
deferimento de operações da Instituição, submetendo os resultados do trabalho à
apreciação dos Conselhos Diretor, Fiscal e de Administração.
Arbitragem
Art. 52. O Banco, seus acionistas, administradores e membros do Conselho Fiscal obrigam-se a
resolver, por meio de arbitragem, perante a Câmara de Arbitragem do Mercado, toda e
qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles, relacionada ou oriunda, em
especial, da aplicação, validade, eficácia, interpretação, violação e seus efeitos, das
disposições contidas na Lei de Sociedades Anônimas, no Estatuto Social da Companhia,
nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional, pelo Banco Central do Brasil e
pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais normas aplicáveis ao
funcionamento do mercado de capitais em geral, além daquelas constantes do
Regulamento de Listagem do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, do Regulamento de
Arbitragem, do Contrato de Participação e do Regulamento de Sanções do Novo
Mercado.
§ 1º O disposto no caput não se aplica às disputas ou controvérsias que se refiram às
atividades próprias do Banco, como instituição integrante do Sistema Financeiro
Nacional, e às atividades previstas no art. 19 da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de
1964, e demais leis que lhe atribuam funções de agente financeiro, administrador ou
gestor de recursos públicos.
§ 2º Excluem-se, ainda, do disposto no caput, as disputas ou controvérsias que envolvam
direitos indisponíveis.
Art. 53. O Banco, na forma definida pelo Conselho de Administração, assegurará aos integrantes
e ex-integrantes do Conselho de Administração, do Conselho Fiscal, da Diretoria
Executiva, bem como do Comitê de Auditoria e de outros órgãos técnicos ou consultivos
criados por este Estatuto, a defesa em processos judiciais e administrativos contra eles
instaurados pela prática de atos no exercício de cargo ou função, desde que não tenha
sido constatado fato que dê causa a ação de responsabilidade e que não haja
incompatibilidade com os interesses da Companhia, ou de suas subsidiárias e
sociedades controladas e coligadas.
Parágrafo único. O Conselho de Administração poderá, ainda, na forma por ele definida
e observado, no que couber, o disposto no caput deste artigo, autorizar a contratação de
seguro em favor dos integrantes e ex-integrantes dos órgãos estatutários relacionados
no caput para resguardá-los de responsabilidade por atos ou fatos pelos quais
eventualmente possam vir a ser demandados judicial ou administrativamente, cobrindo
todo o prazo de exercício dos seus respectivos mandatos.
CAPÍTULO X – OBRIGAÇÕES DO ACIONISTA CONTROLADOR
Alienação de controle
Art. 54. A alienação do controle acionário do Banco, direta ou indireta, tanto por meio de uma
única operação, quanto por meio de operações sucessivas, somente poderá ser
contratada sob a condição, suspensiva ou resolutiva, de que o adquirente se obrigue a,
observando as condições e prazos previstos na legislação vigente e no Regulamento de
Listagem do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, fazer oferta pública de aquisição das
ações dos demais acionistas, assegurando-se a estes tratamento igualitário àquele dado
ao acionista controlador alienante.
§ 1º A oferta pública, prevista no caput deste artigo, será também realizada quando
houver (i) cessão onerosa de direitos de subscrição de ações e de outros títulos ou
direitos relativos a valores mobiliários conversíveis em ações, de que venha resultar a
alienação do controle do Banco; ou (ii) em caso de alienação do controle de sociedade
que detenha o poder de controle do Banco, sendo que, nesse caso, o acionista
controlador alienante ficará obrigado a declarar à BM&FBOVESPA o valor atribuído ao
Banco nessa alienação e anexar documentação que comprove esse valor.
22
Estatuto Social
§ 2º Aquele que adquirir o poder de controle, em razão de contrato particular de compra
de ações celebrado com o acionista controlador, envolvendo qualquer quantidade de
ações, estará obrigado a: (i) efetivar a oferta pública referida no caput deste artigo, e (ii)
pagar, nos termos a seguir indicados, quantia equivalente à diferença entre o preço da
oferta pública e o valor pago por ação eventualmente adquirida em bolsa nos 6 (seis)
meses anteriores à data da aquisição do poder de controle, devidamente atualizado até a
data do pagamento. Referida quantia deverá ser distribuída entre todas as pessoas que
venderam ações do Banco nos pregões em que o adquirente realizou as aquisições,
proporcionalmente ao saldo líquido vendedor diário de cada uma, cabendo à
BM&FBOVESPA operacionalizar a distribuição, nos termos de seus regulamentos.
§ 3º O acionista controlador alienante somente transferirá a propriedade de suas ações
se o comprador subscrever o Termo de Anuência dos Controladores. O Banco somente
registrará a transferência de ações para o comprador, ou para aquele(s) que vier(em) a
deter o Poder de Controle, se este(s) subscrever(em) o Termo de Anuência dos
Controladores a que alude o Regulamento de Listagem do Novo Mercado da
BM&FBOVESPA.
§ 4º O Banco somente registrará acordo de acionistas que disponha sobre o exercício do
Poder de Controle se os seus signatários subscreverem o Termo de Anuência dos
Controladores.
Fechamento de capital
Art. 55. Na hipótese de fechamento de capital do Banco e consequente cancelamento do registro

de companhia aberta, deverá ser ofertado um preço mínimo às ações, correspondente ao
valor econômico apurado por empresa especializada escolhida pela Assembleia Geral, na
forma da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e conforme previsto no Parágrafo
Único do Artigo 10.
§ 1º No caso da saída do Banco do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, para que os
valores mobiliários por ele emitidos passem a ter registro para negociação fora do Novo
Mercado, ou em virtude de operação de reorganização societária na qual a sociedade
resultante dessa reorganização não tenha seus valores mobiliários admitidos à
negociação no Novo Mercado, no prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da data da
assembleia geral que aprovou a referida operação, o Acionista Controlador deverá
efetivar oferta pública de aquisição das ações pertencentes aos demais acionistas do
Banco, no mínimo, pelo respectivo valor econômico, a ser apurado em laudo de avaliação
elaborado nos termos do Parágrafo 3º deste Artigo e do Parágrafo Único do Artigo 10,
respeitadas as normas legais e regulamentares aplicáveis.
§ 2º Os custos com a contratação de empresa especializada de que trata este Artigo serão
suportados pelo acionista controlador.
§ 3º Os laudos de avaliação referidos neste Artigo deverão ser elaborados por instituição
ou empresa especializada, com experiência comprovada e independência quanto ao poder
de decisão do Banco, de seus administradores e/ou do(s) acionista(s) controlador(es), além
de satisfazer os requisitos do § 1º do Artigo 8º da Lei nº 6.404/76, e conter a
responsabilidade prevista no Parágrafo 6º desse mesmo Artigo.
Art. 56. Na hipótese de não haver Acionista Controlador, caso seja deliberada a saída do Banco
do Novo Mercado da BM&FBOVESPA, para que os valores mobiliários por ele emitidos
passem a ter registro para negociação fora do Novo Mercado, ou em virtude de operação
de reorganização societária, na qual a sociedade resultante dessa reorganização não
tenha seus valores mobiliários admitidos à negociação no Novo Mercado, no prazo de 120
(cento e vinte) dias contados da data da Assembleia geral que aprovou a referida
operação, a saída estará condicionada à realização de oferta pública de aquisição de
ações nas mesmas condições previstas no Artigo 55 deste Estatuto.
§ 1º A referida Assembleia geral deverá definir o(s) responsável(is) pela realização da
oferta pública de aquisição de ações, o(s) qual(is), presente(s) na Assembleia, deverá(ão)
assumir expressamente a obrigação de realizar a oferta.
§ 2º Na ausência de definição dos responsáveis pela realização da oferta pública de
aquisição de ações, no caso de operação de reorganização societária, na qual a
23
Estatuto Social
companhia resultante dessa reorganização não tenha seus valores mobiliários admitidos à
negociação no Novo Mercado, caberá aos acionistas que votaram favoravelmente à
reorganização societária realizar a referida oferta.
Art. 57. A saída do Banco do Novo Mercado da BM&FBOVESPA em razão de descumprimento de
obrigações constantes do Regulamento do Novo Mercado está condicionada à efetivação
de oferta pública de aquisição de ações, no mínimo, pelo valor econômico das ações, a ser
apurado em laudo de avaliação de que tratam o Parágrafo Único do Artigo 10 e o
Parágrafo 3º do Artigo 55 deste Estatuto, respeitadas as normas legais e regulamentares
aplicáveis.
§ 1º O Acionista Controlador deverá efetivar a oferta pública de aquisição de ações prevista
no caput desse artigo.
§ 2º Na hipótese de não haver Acionista Controlador e a saída do Novo Mercado referida
no caput decorrer de deliberação da Assembleia geral, os acionistas que tenham votado a
favor da deliberação que implicou o respectivo descumprimento deverão efetivar a oferta
pública de aquisição de ações prevista no caput.
§ 3º Na hipótese de não haver Acionista Controlador e a saída do Novo Mercado referida
no caput ocorrer em razão de ato ou fato da administração, os administradores do Banco
deverão convocar Assembleia geral de acionistas cuja ordem do dia será a deliberação
sobre como sanar o descumprimento das obrigações constantes do Regulamento do Novo
Mercado ou, se for o caso, deliberar pela saída do Banco do Novo Mercado.
§ 4º Caso a Assembleia geral mencionada no Parágrafo 3º acima delibere pela saída do
Banco do Novo Mercado, a referida Assembleia geral deverá definir o(s) responsável(is)
pela realização da oferta pública de aquisição de ações prevista no caput, o(s) qual(is),
presente(s) na Assembleia, deverá(ão) assumir expressamente a obrigação de realizar a
oferta.
Ações em circulação
Art. 58. O acionista controlador promoverá medidas tendentes a manter em circulação, no mínimo,
25% (vinte e cinco por cento) das ações de emissão do Banco.
CAPÍTULO XI – DISPOSIÇÃO TRANSITÓRIA
Art. 59. As medidas previstas no art. 43 deste Estatuto serão implementadas após definição de
cronograma pelo Conselho.
Brasília (DF), 28 de abril de 2015.
24
NÚMERO: 5020609-92.2021.4.03.6100

presença de Vossa Excelência, requerer a juntada das informações em anexo relativas ao cumprimento da r. decisão
proferida no Agravo de Instrumento n. 5018100-58.2021.4.03.0000.
Brasília, 24 de agosto de 2021.
RENATA MIURA KAHN DA SILVEIRA

PROCURADORA FEDERAL
FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
DIRETORIA DE GESTÃO DE FUNDOS E BENEFÍCIOS - DIGEF
Setor Bancário Sul, Quadra 2 Bloco F, Edifício FNDE. - Bairro Asa Sul,
Telefone: (061) 2022-4199 - https://www.fnde.gov.br
Subsídio Técnico - SIMEC nº 28467/2021/DIGEF/FNDE
Processo: 5020609-92.2021.4.03.6100 - AI 5018100-58.2021.4.03.0000
Autor/Estudante: PATRÍCIA PINHEIRO CABRAL
111.005.657-52
1. Trata-se de Mandado de Segurança impetrado contra ato supostamente

ilegal do Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do
Presidente do Banco do Brasil, encaminhado a esta Diretoria de Gestão de Fundos e
Benefícios (DIGEF) pela Procuradoria Federal no FNDE (PF/FNDE), via SIMEC, para o
fornecimento de subsídios em atendimento ao PARECER DE FORÇA EXECUTÓRIA n.
00218.2021.GCM - PRF3.EN-EDU.PGF.AGU e OFÍCIO n. 00991.2021.ESTAG.EN-
EDU.PGF.AGU.
2. A liminar foi indeferida.
3. Sobreveio decisão em sede de agravo recursal determinando o quanto

segue:
Ante o exposto, defiro o pedido liminar para prorrogar a carência do financiamento

estudantil (FIES) da agravante pelo período de duração da residência médica para qual
foi admitida.
Intime-se a parte agravada para apresentação de contrarrazões nos termos do art.
1.019, II, do CPC.
4. Em apertada síntese, alega a impetrante que contratou o financiamento

estudantil para o custeio do curso de Medicina na Pontifícia Universidade Católica de
Goiás. Aduz ter iniciado a residência médica em Cirurgia Básica no Hospital do Servidor
Público Municipal de SP, com início em 01/03/2020 e término previsto para 28/02/2022.
Nessa senda, alega a autora que solicitou a prorrogação da carência estendida de seu
contrato FIES em março de 2021, contudo o pedido administrativo foi negado, sob a
alegação de especialidade não enquadrada no rol das especialidades médicas
prioritárias. Desta feita, requer a autora, determinação judicial para que as sejam
compelidas a implementar a prorrogação do prazo de carência de seu contrato de
financiamento estudantil até o término da residência médica.
5. Inicialmente, destacamos que não foi identificada solicitação

administrativa para extensão do prazo de carência no contrato da autora, no âmbito do
FNDE.
6. Não obstante, foi requisitado informações ao Ministério da Saúde, quanto

a existência de requerimento administrativo formulado pela autora (e-mail anexo).
7. Contudo, em respeito à decisão agravada, o FNDE instou o BANCO DO

BRASIL, para dar cumprimento à obrigação, conforme mensagem anexa.
DA SITUAÇÃO CONTRATUAL PERANTE O SISFIES
8. Em recente consulta ao SISFIES, verificou-se que a situação da inscrição do

estudante é de Contratado com referência ao 1º semestre de 2014, para o curso de
Medicina, financiamento estudantil formalizado perante o Banco do Brasil para a
cobertura de 100% (cem por cento) dos encargos educacionais cobrados do estudante,
cuja garantia escolhida foi a da “Fiança Convencional + FGEDUC”.
9. Além do semestre de inscrição no financiamento, há registro de

aditamento de renovação, sequencialmente nos semestres que vão do 2º/2014 ao
2º/2019, contratados.
10. Ademais, foi observada a realização de repasse dos encargos educacionais

à Mantenedora da IES, com referência aos semestres formalizados.
11. Para melhor compreensão acerca das fases do contrato de FIES, em

especial, no caso em comento, o contrato da autora encerrou-se no 2º/2019, portanto, a
fase de carência iniciou-se no 1º/2020 e se estendeu até o 1º/2021, quando então, no
2º/2021, o contrato migrou para a fase de amortização.
DA PRETENSÃO AUTORAL
12. O cerne da pretensão autoral está no suposto enquadramento da autora

na faculdade prevista no artigo 6º-B, da Lei nº 10.260/2001, que concede carência
estendida a médicos residentes que tenham ingressado em programa credenciado,
importante trazer o contexto jurídico de onde emergiu a referida faculdade.
13. Vide o que dispõe a Lei:
Art. 6º-B O Fies poderá abater, na forma do regulamento, mensalmente, 1,00% (um
inteiro por cento) do saldo devedor consolidado, incluídos os juros devidos no período
e independentemente da data de contratação do financiamento, dos estudantes que
exercerem as seguintes profissões: (Acrescentado pela Lei 12.202/2010)
I - professor em efetivo exercício na rede pública de educação básica com jornada de,
no mínimo, 20 (vinte) horas semanais, graduado em licenciatura; e (Acrescentado pela
Lei 12.202/2010)
II - médico integrante de equipe de saúde da família oficialmente cadastrada, com
atuação em áreas e regiões com carência e dificuldade de retenção desse profissional,
definidas como prioritárias pelo Ministério da Saúde, na forma do regulamento.
(Acrescentado pela Lei 12.202/2010) § 1º (VETADO) (Acrescentado pela Lei
12.202/2010)
§ 2º O estudante que já estiver em efetivo exercício na rede pública de educação básica
com jornada de, no mínimo, 20 (vinte) horas semanais, por ocasião da matrícula no
curso de licenciatura, terá direito ao abatimento de que trata o caput desde o início do
curso. (Acrescentado pela Lei 12.202/2010)
§ 3º O estudante graduado em Medicina que optar por ingressar em programa
credenciado Medicina pela Comissão Nacional de Residência Médica, de que trata a
Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, e em especialidades prioritárias definidas em ato
do Ministro de Estado da Saúde terá o período de carência estendido por todo o
período de duração da residência médica. (Acrescentado pela Lei 12.202/2010)
14. De acordo com os termos do artigo é possível a extensão do período de

carência aos médicos, desde que atendidos os requisitos de ingresso em programa de
Residência Médica devidamente credenciado junto ao Conselho Nacional de
Residência Médica, em especialidade prioritária em determinada região.
15. Não se trata, portanto, de um benefício automático aos médicos

residentes, devendo haver requerimento aos órgãos competentes e preenchimento
dos requisitos legais.
16. Assim, a extensão do período de carência está condicionada,

preliminarmente, à verificação e preenchimento das condições estabelecidas para os
estudantes graduados em Medicina, que serão aferidas pelo Ministério da Saúde, as
quais estão detidamente delineadas na Portaria MS nº 1.377, de 13 de junho de 2011, in
verbis:
Art. 1º Esta Portaria estabelece critérios para definição das áreas e regiões prioritárias
com carência e dificuldade de retenção de médico integrante de equipe de saúde da
família oficialmente cadastrada e das especialidades médicas prioritárias de que
tratam o inciso II e o § 3º do art. 6º B da Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, no
âmbito do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES).
(...)
Art. 3º Para obter a extensão do prazo de carência do respectivo financiamento por
todo o período de duração da residência médica, o estudante graduado em Medicina
deverá optar pelo ingresso em programa credenciado pela Comissão Nacional de
Residência Médica (CNRM), de que trata a Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, e em
especialidade médica cuja prioridade para o SUS será definida pelo Ministério da
Saúde com observância dos seguintes critérios:
I - especialidades definidas como pré-requisito para o credenciamento dos serviços,
sobretudo na alta complexidade;
II - especialidade necessária a uma dada região segundo avaliação da demanda
decorrente da evolução do perfil sócio-epidemiológico da população, principalmente
relacionadas ao envelhecimento populacional e ao aumento de morbi-mortalidade
decorrente de causas externas;
III - especialidades necessárias à implementação das políticas públicas estratégicas para
o SUS, tais como a Política de Atenção Básica, de Urgência e Emergência, de Saúde
Mental, Atenção à Mulher e Criança, Oncológica e Atenção ao Idoso; e
IV - especialidades consideradas escassas ou com dificuldade de contratação em uma
dada região segundo análise dos sistemas de informação disponíveis, realização de
pesquisa ou demanda referida por gestores da saúde daquela região.
Parágrafo único. Caberá à Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde
(SGTES/MS) publicar a relação das especialidades médicas prioritárias de que trata o
caput no prazo de 30 (trinta) dias a partir da data de publicação desta Portaria.
Art. 4º As Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ou as
Coordenações dos Programas de Residência Médica deverão validar e manter cadastro
com informações atualizadas dos financiados do FIES sobre o seu exercício profissional
nas equipes de saúde da família ou sua participação em Programa de Residência
Médica, respectivamente.
Parágrafo único. Caso solicitado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), as Secretarias ou as
Coordenações deverão avaliar se as informações prestadas pelo financiado do FIES
àquela entidade, referentes ao seu exercício profissional nas equipes de saúde da
família ou à sua participação em Programa de Residência Médica, estão em
consonância com o cadastro de que trata o caput.
17. O procedimento para o requerimento da carência, por sua vez, está

disciplinado na Portaria Normativa n. 203/2013, do Ministério da Saúde, que assim
estabelece:
"Art. 3º-A O requerimento de carência estendida de que trata o art. 3º deverá ser
preenchido pelo profissional médico beneficiário de financiamento concedido com
recursos do FIES por meio de solicitação expressa, em sistema informatizado
específico disponibilizado pelo Ministério da Saúde, contendo, dentre outras, as
seguintes informações:
I - nome completo;
II - CPF;
III - data de nascimento;
IV - e-mail; e
V - Programa de Residência Médica e instituição a que está vinculado.
§ 1º O Programa de Residência Médica ao qual o profissional médico esteja vinculado
deverá ter início no período de carência previsto no contrato de financiamento.
§ 2º O coordenador da Comissão de Residência Médica (COREME) da instituição a qual
está vinculado o Programa de Residência Médica é responsável pela validação e
atualização das informações prestadas pelo profissional médico beneficiário do
financiamento.
§ 3º Recebida a solicitação, o Ministério da Saúde comunicará ao Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação
(MEC), a relação de médicos considerados aptos para a concessão da carência
estendida por todo o período de duração da residência médica.
18. Após a análise dos requisitos pelo Ministério da Saúde e preenchidos os

critérios cuja análise são de competência do Ministério da Saúde, o FNDE é instado a
analisar o preenchimento dos requisitos exigidos pelo Ministério da Educação, previstos
na Portaria Normativa MEC n. 07/2013.
19. Vide o que dispõe a referida Portaria:
Art. 6º O período de carência estendido de que trata o § 3º do art. 6º-B da Lei nº

10.260, de 2001, será concedido a médico integrante de equipe prevista no inciso II do
art. 2º desta Portaria que vier a estar regularmente matriculado e frequentando
programa de residência médica:
I - credenciado pela Comissão Nacional de Residência Médica; e
II - em especialidades prioritárias definidas em ato do Ministro de Estado da Saúde.
§ 1º Poderá solicitar o período de carência estendido o médico que não integre equipe
prevista na forma do inciso II do art. 2º, regularmente matriculado em residência
médica que atenda às condições previstas nos incisos I e II do caput, desde que o
contrato não esteja na fase de amortização do financiamento.
§ 2º O período de carência estendido deverá ser solicitado de acordo com o inciso II
do art. 5º, observando as seguintes condições e prazos:
b) término: no mês em que finalizar a residência médica ou a fase de carência do
financiamento, o que ocorrer por último;
II - para o contrato que não contemplar a fase de carência:
a) início: no mês imediatamente seguinte ao término da fase de utilização do
financiamento;
b) término: no mês em que finalizar o período da residência médica.
§ 3º O período de carência estendido não será considerado para fins de concessão do
abatimento e, enquanto vigente, o financiado ficará desobrigado do pagamento do
financiamento, não incidindo juros e encargos financeiros sobre o saldo devedor.
§ 4º Findo o período de carência estendido, caso o médico não esteja em efetivo
exercício em equipe prevista no inciso II do art. 2º, deverá retomar o pagamento do
financiamento.
20. Vide, portanto, que para a concessão do benefício, os requisitos de

enquadramento relativos à residência médica devem ser verificados tanto pelo
Ministério da Saúde, quanto pelo FNDE, por meio de requerimento do estudante em
sistema específico, gerenciado pelo Ministério da Saúde, dentro do prazo previsto na
Portaria Normativa MEC n. 07/2013, o que não foi observado no caso vertente, visto
qu, conforme relatado pela autora, esta acessou o sistema gerenciado pelo Ministério
da Saúde após o encerramento do período de carência, não tendo obtido êxito por
supostos impedimentos sistêmicos.
21. Nesse sentido, para o FNDE não há preenchimento dos requisitos para a
extensão da carência, visto que a estudante não ultrapassou a fase dos procedimentos
necessários previstos na Portaria MS nº 1.377, de 13 de junho de 2011, de acesso ao
FIESMED e análise dos requisitos pelo Ministério da Saúde, mormente preencheu os
requisitos constantes do artigo 6º, da Portaria Normativa MEC n. 07/2013, visto que
atualmente seu contrato se encontra na fase de amortização.
22. Salienta-se, ainda, que qualquer inoperância relativa ao FIESMED,

considerando que se trata de sistema gerenciado pelo Ministério da Saúde, não há
responsabilidade do FNDE na apuração de eventuais entraves, devendo ser direcionados
ao órgão competente.
23. Vide que, no caso em espeque, não é da competência do FNDE avaliar se

o Programa de Residência Médica ao qual está vinculado o estudante credenciado junto
à Comissão Nacional de Residência Médica, conforme preconiza a Lei 10.260/2001 e as
retro citadas Portarias. Também não é possível ao FNDE estabelecer se a especialidade
médica cursada, ainda que dentro das prioritárias definidas pelo Ministério da Saúde,
enquadra-se em especialidade necessária à região, visto que esta análise é atribuída ao
Ministério da Saúde.
24. Vejamos decisão proferida no Processo nº 0805920-69.2018.4.05.8000:
(...) se afigura descabido falar em prorrogação de algo que já cessou, situação que
configuraria, em verdade, a concessão de um novo período de carência ao apelado.
Além disso, o eventual deferimento da medida requestada acarretaria também a
violação das disposições contratuais atinentes à amortização, eis que repercutiria no
início e/ou desdobramento dessa fase, havendo, assim, mal ferimento do ato jurídico
perfeito.
Neste sentido, colaciono os seguintes julgados:
"ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONTRATO DE

FINANCIAMENTO ESTUDANTIL - FIES. PRORROGAÇÃO DA CARÊNCIA PARA PAGAMENTO
DAS PRESTAÇÕES ATÉ A CONCLUSÃO DO CURSO DE RESIDÊNCIA MÉDICA.
IMPOSSIBILIDADE. APELO DESPROVIDO.
1. Apela-se de sentença que julgou improcedente o pleito de suspensão da cobrança
das prestações do FIES, durante o período de duração da residência médica.
2. Na hipótese, a impetrante firmou Contrato de Financiamento Estudantil com a Caixa
Econômica Federal, em 25/01/2007, a fim de cursar Medicina, destinado ao custeio de
50% (cinquenta por cento) dos encargos educacionais, requerendo, com esteio no art.
6º-B, § 3º, da Lei nº. 10.260/2001, incluído pela Lei 12.202/2010, o benefício da
carência durante o tempo residência médica em Anestesiologia (março/2015 a
março/2018).
3. Compulsando os autos, observa-se que o contrato nº 13.0041.185.0003623-47 foi
firmado na forma da Lei nº 10.260/2001,
alterada pela Lei nº 11.552/2007, que prevê (inciso IV do art. 5º) apenas a carência de
6 (seis) meses, para o pagamento das parcelas do FIES, a contar do mês
imediatamente subsequente ao da conclusão do curso.
4. Os contratos - que se qualificam como atos jurídicos perfeitos (RT 547/215) -
acham-se protegidos, em sua integralidade, inclusive quanto aos efeitos futuros, pela
norma de salvaguarda constante do art. 5º.XXXVI, da Constituição da República (STJ.
Processo AI 363159-SP. DJ: 03.02.2006. Relator Ministro Celso de Mello).
Impossibilidade de a lei retroagir para alterar cláusula
contratual anterior a sua vigência.
5. Verifica-se, ainda, que a impetrante colou grau em 18/11/2011 e somente foi
aprovada na residência médica em março/2015, quando de há muito já ultrapassado
o período de carência inicialmente previsto no referido instrumento contratual, não
havendo, portanto, que se falar em prorrogação.
7. Apelação desprovida. (TRF-5ªR, PJe (AC) n°. 0800963- 12.2015.4.05.8200, Rel. Des.
Fed. Rubens de Mendonça Canuto Neto, 4ª Turma, j. 30.06.2016).
DIREITO ADMINISTRATIVO. ENSINO SUPERIOR. PRORROGAÇÃO DO PEDIDO DA

CARÊNCIA DE CONTRATO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL - FIES. ESTUDANTE
VINCULADA A RESIDÊNCIA MÉDICA. PERDA DO OBJETO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER
VINDICADA. DANO MORAL. INEXISTÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS CONFIGURADORES.
DESPROVIMENTO DO RECURSO.
1. Apelação interposta pelo particular em face da sentença que extinguiu o processo
sem resolução do mérito, no que concerne ao pedido de reconhecimento do direito à
extensão do período de carência contratual do FIES (obrigação de fazer), dada a
superveniente perda do objeto, e julgou improcedente o pedido de indenização por
danos morais (art. 487, I, do Código de Processo Civil).
2. Na hipótese, a autora firmou contrato para financiamento - FIES, em 26.05.2010,
com prazo de carência de 18 meses, contados a partir do mês imediatamente
subsequente ao da conclusão do curso, para início de pagamento da primeira parcela.
3. Em 21.03.2017 ingressou no curso de residência médica, e por entender preencher
os requisitos legais (art. 6º-B, § 3º da Lei nº
10.260/2001), requereu, em 10.07.2017, a extensão do período de carência
contratual do FIES, para que a primeira parcela do FIES fosse paga apenas após o
curso de residência já iniciado.
8. A demandante estava vinculada ao curso de residência desde o dia 21/3/2017,
quase 4 meses antes do prazo final da carência (07.07.2017), e somente diligenciara o
pedido de extensão da prorrogação pretendida em 10/7/2017, o que demonstra que,
se atraso houve na apreciação desse pleito, tal se deu pela inércia da autora, que
deixou para a enésima hora um pedido que já poderia ter formulado anteriormente,
à vista da nova realidade fática apresentada (aprovação na Residência Médica). [...].
12. Apelação desprovida. (TRF-5ªR, PJe (AC) n°. 0801083- 51.2017.4.05.8308, Rel. Des.
Fed. Rubens de Mendonça Canuto Neto, 4ª Turma, j. 03.08.2018).
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. FNDE - FUNDO

NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. CONTRATO DE FINANCIAMENTO
ESTUDANTIL. ESTUDANTE DE MEDICINA. PRORROGAÇÃO DE CARÊNCIA. ART. 6º-B, § 3º,
DA LEI Nº.10.260/01, INCLUÍDO PELA LEI Nº. 12.202/2010 E PORTARIA NORMATIVA Nº.
07/2013, DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. RESIDÊNCIA MÉDICA
APÓS ULTRAPASSADO O PERÍODO DE CARÊNCIA. AGRAVO PROVIDO.
1. Agravo de instrumento interposto pelo FNDE - Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação contra decisão que, nos autos de ação ordinária,
deferiu a tutela de urgência requestada para assegurar ao autor, ora agravado, a
suspensão das cobranças de parcelas mensais do FIES, provenientes do contrato de
financiamento nº 13.0732.185.0003857-42, até a conclusão da residência médica em
clínica médica junto ao Centro de Ciências Médicas/Hospital Universitário Lauro
Wanderley, da Universidade Federal da Paraíba.
2. Decisão agravada que concedeu a antecipação de tutela em favor da parte
agravada sob o argumento de que a possibilidade de prorrogação da carência estaria
prevista no art. 6º-B, §3º da Lei 10.260/2001, incluído pela Lei 12.202/2010.
3. Contrato de Financiamento Estudantil que foi firmado pelo recorrido em
20.05.2010, cujo prazo de utilização seria de, no máximo, 11 (onze) semestres, com
período de carência de 18 (dezoito) meses.
4. O art. 6º, § 1º, da Portaria Normativa nº 07, de 26/04/2013, do Ministério da
Educação - que regulamenta o disposto no art. 6º-B da Lei nº 10.260/2001 -
estabelece, como condição para se solicitar o período de carência estendido, que o
contrato não esteja na fase de amortização do financiamento. Já o contrato de
financiamento celebrado pelo agravado (cláusula oitava) prescreve que a fase de
amortização se inicia imediatamente após finda a fase de carência.
5. Caso em que o recorrido colou grau em 05.06.2014, iniciando-se, dessa data, a
carência contratual de 18 (dezoito) meses que teria fim em dezembro/2015. Por
outro lado, o estudante iniciou sua residência médica em 01.03.2017, quando de há
muito já ultrapassado o período de carência previsto inicialmente no instrumento
contratual de financiamento.
6. Na espécie, ainda que o contrato de financiamento estudantil tenha sido firmado
na vigência da Lei nº. 12.202/2010 - que inseriu a possibilidade de carência estendida
aos estudantes de Medicina até o término do curso de residência, não se mostra
possível manter o direito reconhecido na decisão agravada, ante a impossibilidade de
prorrogar algo que já se expirou.
7. Agravo de instrumento provido. (TRF-5ªR, PJe (AC) n°. 0805148-84.2017.4.05.0000,
Rel. Des. Fed. Rubens de Mendonça Canuto Neto, 4ª Turma, j. 20.10.2017).
"AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONTRATO DE FINANCIAMENTO

ESTUDANTIL. CURSO DE MEDICINA. PRORROGAÇÃO DA CARÊNCIA PARA
PAGAMENTO DAS PRESTAÇÕES ATÉ A CONCLUSÃO DA RESIDÊNCIA MÉDICA.
IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO PROVIDO.
1. Agravo de instrumento contra decisão que deferiu pedido de tutela antecipada
para determinar que o recorrente se abstenha de incluir o nome da estudante e
fiador nos cadastros restritivos de crédito até que seja concluída a sua residência
médica.
2. No caso concreto, não há como prorrogar o prazo de carência do contrato de
financiamento estudantil da agravada, eis que iniciada a fase de amortização do
mesmo, vez que o transcurso do período de carência contratual ocorreu
anteriormente ao ingresso da autora no programa de residência médica.
3. Ainda que o contrato de financiamento em questão tenha sido celebrado sob a
vigência da Lei nº 10.260/2001, alterada pela Lei nº12.202, de 14 de janeiro de 2010 -
que inseriu a possibilidade de
carência estendida para os estudantes de Medicina até o término do curso de
residência -, não se mostra viável a extensão da carência, na presente hipótese, com
base na aludida lei.
4. Isso porque afigura-se descabido falar em prorrogação de algo que já cessou,
situação que configuraria, em verdade, a concessão de um novo período de carência
ao agravante. Além disso, o eventual deferimento da medida requestada acarretaria
também a violação das disposições contratuais atinentes à amortização, eis que
repercutiria no início e/ou desdobramento dessa fase, havendo, assim, mal ferimento
do ato jurídico perfeito.
5. Agravo de instrumento do FNDE provido. Agravo interno do particular
prejudicado". (TRF-5ªR, PJe (AGTR) nº. 0803475- 51.2020.4.05.0000, Rel. Des. Fed.
Carlos Vinícius Calheiros Nobre (Convocado), 4ª Turma, j. 26.06.2020).
"PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTRATO DE

FINANCIAMENTO ESTUDANTIL (FIES). CURSO DE MEDICINA. PRORROGAÇÃO DA
CARÊNCIA PARA PAGAMENTO DAS PRESTAÇÕES ATÉ A CONCLUSÃO DA
RESIDÊNCIA MÉDICA. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO DE INSTRUMENTO IMPROVIDO.
AGRAVO INTERNO PREJUDICADO.
1. Agravo de instrumento interposto pelo particular contra decisão que, nos autos de
ação ordinária, indeferiu pedido de tutela antecipada que visava à sustação das
cobranças mensais referentes ao financiamento estudantil, desde o início até o
término da residência médica na qual está matriculado, bem como a exclusão de seu
nome dos cadastros de proteção ao crédito (SPC/SERASA), caso já tenha sido
incluído.
2. Na espécie, não há como prorrogar o prazo de carência do contrato de
financiamento estudantil do agravante, eis que iniciada a fase de amortização da
dívida, vez que o transcurso do período de carência contratual ocorreu anteriormente
ao ingresso do recorrente no programa de residência médica.
3. Ainda que o contrato de financiamento em questão tenha sido celebrado sob a
vigência da Lei nº 10.260/2001, alterada pela Lei nº12.202, de 14 de janeiro de 2010 -
que inseriu a possibilidade de carência estendida para os estudantes de Medicina até
o término do curso de residência -, não se mostra viável a extensão da carência, na
presente hipótese, com base na aludida lei.
4. Isso porque afigura-se descabido falar em prorrogação de algo que já cessou,
situação que configuraria, em verdade, a concessão de um novo período de carência
ao agravante. Além disso, o eventual deferimento da medida requestada acarretaria
também a violação das disposições contratuais atinentes à amortização, eis que
repercutiria no início e/ou desdobramento dessa fase, havendo, assim, mal ferimento
do ato jurídico perfeito.
5. Precedentes desta egrégia Corte (TRF-5ªR, PJe (AGTR) nº. 0803475-
51.2020.4.05.0000, Rel. Des. Fed. Carlos Vinícius Calheiros Nobre (Convocado), 4ª
Turma, j. 26.06.2020; PJe (AC) n°. 0800963-12.2015.4.05.8200, Rel. Des. Fed. Rubens
de Mendonça Canuto Neto, 4ª Turma, j. 30.06.2016; PJe (AC) n°. 0801083-
51.2017.4.05.8308, Rel. Des. Fed. Rubens de Mendonça Canuto Neto, 4ª Turma, j.
03.08.2018 e PJe (AC) n°. 0805148-84.2017.4.05.0000, Rel. Des. Fed. Rubens de
Mendonça Canuto Neto, 4ª Turma, j. 20.10.2017).
6. Agravo de instrumento improvido; agravo interno do particular prejudicado" (TRF-
5ªR, PJe (AGTR) n°. 0813958-77.2019.4.05.0000, Rel. Des. Fed. Carlos Vinícius
Calheiros Nobre, Convocado, 4ª Turma, j. 08.09.2020).
Na espécie, a impetrante, ora apelada, iniciou o Curso de Medicina no primeiro
semestre de 2008 e concluiu em 10.12.2015 (id. 4058000.3422852). Todavia, a
postulação de extensão do prazo de carência somente foi efetuada em 21.03.2018
(id. 4058000.3422860), quando o contrato do financiamento estudantil já estava em
fase de amortização, ou seja, após o término do período de carência de 18 (dezoito)
meses, não se mostrando possível manter o direito reconhecido pela r. sentença, ante
a impossibilidade de prorrogar algo que já se expirou. Com estas considerações, dou
provimento à apelação e à remessa oficial, para denegar a segurança postulada,
julgando improcedentes os pedidos contidos na vestibular.
É como voto.
EMENTA
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONTRATO DE
FINANCIAMENTO ESTUDANTIL (FIES). CURSO DE MEDICINA. PRORROGAÇÃO DA
RESIDÊNCIA MÉDICA. IMPOSSIBILIDADE. SOLICITAÇÃO POSTULADA APÓS O INÍCIO DO
PRAZO DE AMORTIZAÇÃO. APELAÇÃO E REMESSA OFICIAL PROVIDAS.
1. Apelação interposta pelo FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
contra sentença que, ratificando a liminar antes deferida, concedeu, em parte, a
segurança, para determinar que os impetrados prorroguem o período de carência do
financiamento contratado pela impetrante por todo o período de duração da
residência médica em Pediatria, na qual ela está matriculada, cujo término está
previsto para 03.2020, ficando suspensa, até esta data, a cobrança do montante
financiado, e por conseguinte, adotem as medidas necessárias à retirada do seu nome
e/ou dos seu(s) fiador(es) dos serviços de proteção do crédito.
2. Ainda que o contrato de financiamento em tenha sido celebrado sob a vigência da
Lei nº 10.260/2001, alterada pela Lei nº 12.202, de 14 de janeiro de 2010 - que inseriu
a possibilidade de carência estendida para os estudantes de Medicina até o término do
curso de residência -, não se mostra viável a extensão da carência, com base na aludida
lei, quando a postulação para estender o prazo é realizada já na fase de amortização da
dívida.
3. É que se afigura descabido falar em prorrogação de algo que já cessou, situação que
configuraria, em verdade, a concessão de um novo período de carência ao estudante.
Além disso, o eventual deferimento da medida requestada acarretaria também a
violação das disposições contratuais atinentes à amortização, eis que repercutiria no
início e/ou desdobramento dessa fase, havendo, assim, mal ferimento do ato jurídico
perfeito.
4. Na espécie, a impetrante, ora apelada, iniciou o Curso de Medicina no primeiro
semestre de 2008 e concluiu em 10.12.2015. Todavia, a postulação de extensão do
prazo de carência somente foi efetuada em 21.03.2018, quando o contrato do
financiamento estudantil já estava em fase de amortização, ou seja, após o término do
período de carência de 18 (dezoito) meses, não se mostrando possível manter o direito
reconhecido pela r. sentença, ante a impossibilidade de prorrogar algo que já se
expirou.
5. Precedentes desta egrégia Corte (TRF-5ªR, PJe (AC) n°. 0800963-12.2015.4.05.8200,
Rel. Des. Fed. Rubens de Mendonça Canuto Neto, 4ª Turma, j. 30.06.2016; PJe (AC) n°.
0801083-51.2017.4.05.8308, Rel. Des. Fed. Rubens de Mendonça Canuto Neto, 4ª
Turma, j. 03.08.2018; PJe (AC) n°. 0805148-84.2017.4.05.0000, Rel. Des. Fed. Rubens de
Mendonça Canuto Neto, 4ª Turma, j. 20.10.2017; PJe (AGTR) nº. 0803475-
51.2020.4.05.0000, Rel. Des. Fed. Carlos Vinícius Calheiros Nobre (Convocado), 4ª
Turma, j. 26.06.2020 e PJe (AGTR) n°. 0813958-77.2019.4.05.0000, Rel. Des. Fed. Carlos
Vinícius Calheiros Nobre, Convocado, 4ª Turma, j. 08.09.2020).
6. Apelação e remessa oficial providas. (...)
25. Por fim, cumpre ressaltar que é de responsabilidade do Agente Financeiro

manter as operações de crédito do FIES em carteira específica e efetuar o controle da
evolução dos financiamentos e das obrigações deles decorrentes, em todas as suas
fases, bem como, efetuar a cobrança administrativa das obrigações em atraso e de todos
os encargos contratuais incidentes, conforme os esclarecimentos a seguir.
DAS ATRIBUIÇÕES DO AGENTE FINANCEIRO
26. Importante ressaltar, ademais, que sendo o agente operador do FIES uma
Autarquia Federal, pessoa jurídica de direito público, cujo escopo de criação é a
execução de serviços públicos de natureza social e de atividades administrativas, com a
exclusão dos serviços e atividades de cunho econômico e mercantil, certas atividades
especializadas necessitam da cooperação de outro agente estatal especializado, no caso,
o agente financeiro, Banco do Brasil.
27. Derivou dessa cooperação o contratou de prestação de serviço que tem

por objeto:
“(...) a prestação de serviços de contratação de operação de crédito, custódia de título

da dívida pública e administração, cobrança e arrecadação referente à carteira de
crédito no âmbito do Fundo Nacional de Financiamento ao Estudante do Ensino
Superior (FIES)”.
28. Nesse contrato, FNDE e BANCO DO BRASIL estipulam obrigações que são
de grande pertinência à elucidação da avença aqui discutida e, no caso específico do
agente financeiro, é importante a menção:
CLÁUSULA SEGUNDA – DAS OBRIGAÇÕES DAS PARTES

(...)
II – São obrigações do Agente Financeiro:
(...)
i) comunicar de imediato ao FNDE eventuais irregularidades e anormalidades que
venham a ser de seu conhecimento em razão das atividades sob sua responsabilidade;
(...)
m) encaminhar ao FNDE, em meio eletrônico e em layout previamente definidos, as
informações das operações de crédito contratadas, como também dos aditamentos
formalizados e das evoluções dos financiamentos desde a data da assinatura do
contrato até a liquidação das obrigações pactuadas (...)
(...)
s) manter as operações de crédito do FIES em carteira específica e efetuar o controle
da evolução dos financiamentos e das obrigações deles decorrentes, em todas as
suas fases, mediante a utilização de procedimentos e sistemas que atendam aos
padrões de qualidade, segurança e efetividade adotados pela rede bancária; (...)
t) efetuar a cobrança administrativa das obrigações em atraso e de todos os encargos
contratuais incidentes;
(...)
v) efetuar a arrecadação das amortizações dos financiamentos concedidos pelo FIES,
por meio de documento de cobrança compensável previamente aprovado pelo FNDE,
utilizando-se de toda a rede bancária sediada no território nacional, além da internet,
terminais de autoatendimento e correspondentes bancários;
CLÁUSULA QUARTA – DA COBRANÇA ADMINISTRATIVA
A cobrança administrativa das obrigações em atraso deverá ter início no dia útil
imediatamente seguinte à data do vencimento e se estender até o 359º (trecentésimo
quadragésimo nono) dia de vencido, devendo o Agente Financeiro, neste período,
adotar todas as medidas cabíveis e efetuar quantas cobranças forem necessárias com
vistas a recuperação dos créditos em atraso, seja mediante contato pessoal, telefônico
ou por comunicação postal.
Parágrafo único – É obrigação de o Agente Financeiro providenciar o registro dos
nomes do devedor e do fiador inadimplente, no mínimo, em um dos cadastros
restritivos de abrangência nacional, em prazo não superior a 30 (trinta) dias da data do
vencimento da obrigação.
29. Além disso, imperioso ressaltar que a suspensão de cobranças e de

consequentes efeitos do contrato de financiamento em análise é atribuição específica e
exclusiva do Agente Financeiro, que é o legítimo agente para efetuar cobrança
administrativa das obrigações em atraso e de todos os encargos contratuais incidentes,
não possuindo, portanto, esse FNDE, responsabilidades e atribuições a este respeito. Há,
para tanto, disposições contratuais a respeito do tema, que autorizam o Agente
Financeiro a promover cobranças e eventual inscrição do nome do estudante nos
cadastros de restrição ao crédito, em caso de constatação da inadimplência.
30. Ademais, necessário repisar que a evolução dos contratos de

financiamento estudantil, que compreende o monitoramento de suas fases, observância
do período de carência e cobranças é atribuição do Agente Financeiro.
31. Assim, deverá o BANCO DO BRASIL, apresentar em juízo o contrato e o

cronograma de amortização, bem como a planilha de formação do saldo devedor da
estudante, demonstrando como foi formado o saldo devedor com o valor das
liberações financeiras e com o acréscimo de encargos, além da utilização da
metodologia de cálculo prevista em contrato, bem como as justificativas sobre o
período que foi evoluído o contato e o saldo devedor do período, demonstrando a sua
regularidade.
32. Vide que toda a metodologia de evolução do saldo devedor está contida
no contrato e não se constitui em disposição ilegal ou abusiva, merecendo destaque,
ademais, que no ato da assinatura do instrumento o estudante declarou que estava
ciente das condições pactuadas.
33. Em face do exposto, consideram-se integralmente atendidas as

solicitações formuladas por essa d. Procuradoria Federal no FNDE, em especial para
informar que instou o Banco do Brasil, a fim de solicitar o cumprimento da decisão ora
noticiada, ao tempo em que nos colocamos à disposição para esclarecimentos
adicionais.
Atenciosamente,
Documento assinado eletronicamente por SABRINE DA SILVA ARAUJO, Coordenador(a)

de Concessão e Controle do Financiamento Estudantil, Substituto(a), em 23/08/2021, às
15:19, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, caput e § 1º, do
Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015, embasado no art. 9º, §§ 1º e 2º, da Portaria
MEC nº 1.042, de 5 de novembro de 2015, respaldado no art. 9º, §§ 1º e 2º, da
Portaria/FNDE nº 83, de 29 de fevereiro de 2016.
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acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador
2519161 e o código CRC EF242CA7.
Referência: Processo nº 23034.025023/2021-78 SEI nº 2519161
JULIANA SUEMI YAMAMOTO PERES DINIZ
De: suporte.diges
Enviado em: quarta-feira, 18 de agosto de 2021 10:31
Para: 'SUPORTE TÉCNICO - FIESMED'
Assunto: SIMEC 28467 _ PATRÍCIA PINHEIRO CABRAL CPF: 111.005.657-52
Prezados,
Trata-se demanda judicial, na qual a estudante requer o benefício de extensão de carência do contrato de fies.
Dessa forma, solicitamos informações quanto a existência de requerimento administrativo da estudante/médica

PATRÍCIA PINHEIRO CABRAL _ CPF nº 111.005.657-52.
Desde já agradecemos.
Atenciosamente.
Equipe Carência e Abatimento 1%

Fundo de Financiamento Estudantil – FIES
Divisão de Gestão do Financiamento Estudantil – DIGES
Diretoria de Gestão de Fundos e Benefícios – DIGEF
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE
JULIANA SUEMI YAMAMOTO PERES DINIZ
De: suporte.diges
Enviado em: sexta-feira, 20 de agosto de 2021 13:04
Para: 'digov.meiospagto@bb.com.br'
Anexos: DECISÃO (23).pdf; DECLARAÇÃO_DE_RESIDÊNCIA_MÉDICA (3).pdf
AO BB,
Prezados, tento em vista o teor da decisão, solicitamos que seja implementado a extensão da carência durante todo
o período de residência médica, previsão de termino em 28/02/2022, mantendo-se suspensa a cobrança de
prestações no período de prorrogação.
PERÍODO DA DATA DA SOLICITAÇÃO

CPF NOME PROFISSIONAL
RESIDÊNCIA
INÍCIO – 20/08/2021
01/03/2020/
111.005.657-52 PATRÍCIA PINHEIRO CABRAL MÉDICO
TÉRMINO –
28/02/2022
Dessa forma, solicitamos a adoção das providências necessárias ao cumprimento da decisão judicial.
Atenciosamente,

EXMO(A). SR(A). DR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA 8ª VARA FEDERAL DE SÃO
PAULO - SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO
MANDADO DE SEGURANÇA Nº º 5020609-92.2021.4.03.6100
FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FNDE, Autarquia

Federal, vem à presença de Vossa Excelência, através de um procurador federal, para apresentar em
anexo as informações do Presidente do FNDE, apontado como autoridade coatora, uma vez que a referida
autoridade não possui acesso ao Pje.
A presente petição não tem a pretensão de suprir qualquer manifestação do FNDE nos autos.
Necessário consignar que eventuais intimações do FNDE devem se realizar através da

Procuradoria Federal atuante nessa Seção Judiciária Federal.
Termos em que pede a juntada e aguarda deferimento.
Brasília (DF), 26/08/2021.
EVANDERSON DE JESUS GUTIERRES
Procurador Federal
OAB/DF nº 10.122
Assinado eletronicamente por: EVANDERSON DE JESUS GUTIERRES - 26/08/2021 16:05:18 Num. 84389917 - Pág. 1
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MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DE SÃO PAULO
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA 8ª VARA CÍVEL DE SÃO

PAULO/SP
Documento assinado via Token digitalmente por KAREN LOUISE JEANETTE KAHN, em 02/09/2021 17:32. Para verificar a assinatura acesse
Autos nº 5020609-92.2021.4.03.6100

IMPETRADOS: BANCO DO BRASIL SA, FUNDO NACIONAL DE
http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave cc853d2a.329bf645.d4e033a6.8efe9300

DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO - FNDE, PRESIDENTE DO FUNDO
NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE e DIRETOR
O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, por meio da Procuradora da

República signatária, no exercício de suas atribuições constitucionais e legalmente previstas,
nos autos do MANDADO DE SEGURANÇA nº 5020609-92.2021.4.03.6100 que PATRICIA
PINHEIRO CABRAL impetrou em face de atos praticados pelo BANCO DO BRASIL SA,
FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO - FNDE,
PRESIDENTE DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO -
FNDE e DIRETOR PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL S.A, vem, perante Vossa
Excelência, dar ciência de todo processado, em especial do inteiro teor da r.decisão de ID nº
91081337 que indeferiu o pedido de liminar, nada requer, protesta pelo regular andamento do
processo e manifesta-se conforme segue.
Não se está diante de hipótese normativa de atuação do Parquet.
Decorre da Constituição Federal a delimitação precisa dos parâmetros de

atuação do Ministério Público, na medida do que dispõe o artigo 127 e o artigo 129.
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Assinado eletronicamente por: KAREN LOUISE JEANETTE KAHN - 02/09/2021 17:32:13 Num. 91726139 - Pág. 1
Referidos artigos qualificam a Instituição como permanente, essencial à função
jurisdicional do Estado, incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos
interesses sociais e individuais indisponíveis, bem como dos interesses difusos e coletivos.
O Código de Processo Civil de 2015 praticamente repetiu as mencionadas

disposições constitucionais, senão vejamos:
“Art. 176. O Ministério Público atuará na defesa da ordem jurídica, do
regime democrático e dos interesses e direitos sociais e individuais.
Art. 178. O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta)
dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei
ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:
I – interesse público ou social;
II – interesse de capaz;
III – litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.

Parágrafo único. A participação da Fazenda Pública não configura, por si
só, hipótese de intervenção do Ministério Público.”
Em outros termos, não há dúvidas no sentido de que, em última análise, em

conformidade com a perspectiva constitucional do novo perfil atribuído ao Ministério
Público, o que legitima a sua intervenção na qualidade de fiscal da lei é o interesse público e
social primário evidenciado pela natureza da causa, seja pela qualidade das partes, tomando-
se em conta, indispensavelmente, a presença, no caso concreto, dos relevantes interesses que
legitimam a atuação do Parquet, nos termos do que está elencado nos artigos 127 e 129 da
Constituição Federal e artigo 178 do Código de Processo Civil de 2015.
Neste contexto, vale salientar que ainda sob a vigência do CPC de 1973, o
Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), através da Recomendação nº 16, de
28/04/2010, conduziu os seus membros a repensarem o planejamento das questões
institucionais, destacando aquelas que realmente tenham repercussão social, deixando de
atuar em procedimentos sem relevância social para atuar na defesa dos interesses primários da
sociedade. E das hipóteses cuja intervenção ministerial é desnecessária, destacou-se, entre
outras, (i) a ação previdenciária em que inexistir interesse de incapazes; e (ii) o mandado de
segurança.
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Com o advento do Código de Processo Civil de 2015, e da necessidade de
orientar a atuação ministerial em respeito à evolução institucional do Ministério Público, bem
como ao perfil traçado pela Constituição Federal que, como já mencionado, priorizam a
defesa de tais interesses na qualidade de órgão agente, a opção do legislador foi conferir ao
Ministério Público a possibilidade de aferir, de forma casuística, a presença das causas de
intervenção que genericamente enunciou no artigo 178.
Dessa forma, privilegiou-se a atribuição da instituição para análise sobre a
necessidade da intervenção ministerial, conferindo-se ao membro que atuará no processo a
possibilidade de deixar de nele atuar por entender ausentes as causas de intervenção, desde
que o faça justificadamente, e sem ingerência do Poder Judiciário, ao qual não se confere a
atribuição para análise seja da necessidade ou da desnecessidade de atuação do membro do
Ministério Público em determinado processo.
Adequando-se à referida sistemática, o Conselho Nacional do Ministério

Público (CNMP) expediu a Recomendação nº 34, de 05 de abril de 2016, dispondo em seu

artigo 2º que:
“Art. 2º A identificação do interesse público no processo é juízo exclusivo

do membro do Ministério Público, sendo necessária a remessa e indevida a
renúncia de vistas dos autos.”
Não se desconhece que o art. 12 da Lei nº 12.016/09 prevê a obrigatoriedade

de o Juiz ouvir o Ministério Público nas ações de mandado de segurança previamente à
prolação da sentença de mérito[1]. No entanto, isso não significa que, sempre e
invariavelmente, o Ministério Público deva se pronunciar sobre a questão de fundo; revela tão
só que há de ser intimado. Tanto é verdade que o parágrafo único do mesmo dispositivo reza
que, com ou sem o parecer do Ministério Público, os autos serão conclusos ao juiz para a
decisão.
Com efeito, a intervenção ministerial em sede de mandado de segurança só se

afigura plausível quando presente interesse público primário (o bem comum). Não se
justifica, pois, nas hipóteses em que o direito em discussão refira-se a interesse disponível das
partes, como no caso dos autos.
Trata-se, sim, de demanda que versa sobre direito individual e disponível da
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parte que está devidamente representada.
Diante de todo o exposto, o Ministério Público Federal, considerando a

inexistência de interesse público primário que justifique sua intervenção, bem como em
atenção ao contido na Recomendação nº 34/2016 do Conselho Nacional do Ministério
Público, deixa de manifestar-se quanto ao mérito da demanda.
São Paulo, data da assinatura eletrônica.
KAREN LOUISE JEANETTE KAHN

Procuradora da República
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Certifico que nesta data junto a estes autos carta precatória nº 111/2021 cumprida.
Certifico que nesta data junto a estes autos carta precatória cumprida.
PEDIDO DE IMPOSIÇÃO DE ASTREINTES
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL
DA 8ª VARA CÍVEL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO
PAULO-SP
URGENTE
Autos de origem Nº 5020609-92.2021.4.03.6100
PATRICIA PINHEIRO CABRAL, já devidamente qualificada nos autos, do processo

em epígrafe, que move em face do FUNDO NACIONAL DE
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (FNDE), e seu PRESIDENTE Sr.
CARLOS ALBERTO DECOTELLI; BANCO DO BRASIL S.A., e seu DIRETOR
PRESIDENTE Sr. FAUSTO DE ANDRADE RIBEIRO, todos devidamente
qualificados, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado
infra-assinado, informar o DESCUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL, e requerer
a imposição de multa diária nos termos do artigo 139, IV, do CPC, pelas seguintes
razões de fato e de direito:
DO DESCUMPRIMENTO DA MEDIDA LIMINAR E NECESSIDADE DE

IMPOSIÇÃO DE ASTREINTES – ARTIGO 139, IV, DO CPC:
Em 09 de Agosto de 2021, em Agravo de Instrumento de nº

5018100-58.2021.4.03.0000, fora concedida medida liminar em favor da
Impetrante, determinando a prorrogação da carência do FIES pelo período de
duração de sua residência médica, obrigando os Impetrados a cessarem as cobranças
relativas ao débito estudantil. (doc. 01).
Intimados para tomar ciência e cumprir a determinação judicial, quedaram
inertes, efetuando normalmente as cobranças indevidas sobre o contrato aqui
discutido, conforme comprova cobrança em conta corrente de titularidade da
Impetrante (doc. 02):
Assim, deliberadamente sonegam o direito da Impetrante, que mesmo após ter a

defesa de seus interesses confirmada em liminar, segue sofrendo os efeitos da torpeza
dos entes requeridos.
Lamentavelmente, o caso dos autos não é uma situação isolada, os Impetrados

agem de igual maneira em outros processos do mesmo tema: tentam vencer pelo
cansaço, postergando o cumprimento de suas obrigações e negando o direito aquela que
o detêm.
In casu, trata-se de direito que perece parcialmente a cada mensalidade

indevida que é paga, sobretudo diante de seu caráter finito, afinal, com o fim da
residência médica, cessa-se a suspensão dos pagamentos.
Agrava-se o fato de a Impetrante não possuir condições de arcar com os valores

cobrados, inclusive com iminente risco de ser inserida em cadastro de inadimplentes,
inclusive dos seus fiadores.
Nesta senda, não resta outra alternativa, senão requerer a este respeitável Juízo a
adoção de medidas coercitivas para o efetivo cumprimento de sua decisão, nos termos
do Código de Processo Civil:
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste

Código, incumbindo-lhe:
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas,

mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o
cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por
objeto prestação pecuniária;
Com a aptidão habitual, ministra Nelson Nery Junior e Rosa Maria de Andrade
que:
‘’o objetivo das astreintes não é obrigar o réu a pagar o valor da

multa, mas obriga-lo a cumprir a obrigação na forma especifica.
A pena é inibitória. Deve ser alta para que o devedor desista de seu
intento de não cumprir a obrigação especifica. Vale dizer, o
devedor deve sentir ser preferível cumprir a obrigação na forma
específica a pagar o alto valor da multa fixada pelo Juiz.’’ (Código de
Processo Civil Comentado. 13ª edição. Revista dos Tribunais, pág.
808).
Por se tratar de medida coercitiva necessária a satisfação do direito da

Impetrante, tem-se pela sua aplicabilidade, inclusive em face da Administração Pública,
conforme precedentes do Egrégio Tribunal Regional desta 3ª Região sobre o tema:
PREVIDENCIÁRIO. ATRASO NA IMPLANTAÇÃO DE

BENEFÍCIO. MULTA DIÁRIA CONTRA A FAZENDA
PÚBLICA. CABIMENTO. EXCESSO RECONHECIDO.
1. Resta pacificado nesta Corte Regional entendimento segundo o qual

é possível a imposição de multa diária contra a Fazenda Pública na
hipótese de atraso no cumprimento de decisão judicial.
2. Do cotejo dos dispositivos legais, mostra-se justificada a aplicação

da multa, uma vez que, além de a providência independer da
intervenção dos procuradores federais, seu cumprimento ocorreu com
atraso de 15 (quinze) dias, pois a entrega do ofício ocorreu em
29.03.2018 e o cumprimento da obrigação de fazer deu-se somente em
03.05.2018.
3. No entanto, ainda que razoável a manutenção das astreintes,

concluo haver excesso no saldo devedor pleiteado (...).
(TRF-3. AI 503047647201940300000 SP. Relator Desembargador

Federal Nelson de Freitas Porfirio Junior. 10ª Turma. Julgado em
01/04/2020).
Tais multas devem ser suficientemente severas a ponto de evitar que a mora lhe
seja benéfica, conforme destaca consagrada doutrina sobre a matéria:
Para que a sentença mandamental tenha força persuasiva suficiente

para coagir alguém a fazer ou não fazer, realizando assim a tutela
prometida pelo direito material, permite-se ao juiz, de ofício ou a
requerimento da parte, a imposição de multa coercitiva – astreintes
(art. 537, CPC). A finalidade da multa é coagir ao demandado ao
cumprimento do fazer ou do não fazer, não tendo caráter punitivo.
Constitui forma de pressão sobre a vontade do réu, destinada a
convencê-lo a cumprir a ordem jurisdicional.’’ (MITIDO, Daniel.
ARENHART, Sérgio Cruz e MARINONI, Luiz Guilherme: Novo
Código de Processo Civil Comentado, Revista dos Tribunais: 2017).
Ademais, importa ainda considerar que a ineficácia da medida imposta agrava

o já existente risco de dano, vez que compromete a subsistência da Impetrada,
resultando na dificuldade da conclusão de sua formação, dada a dedicação integral
e exclusiva exigidos durante a residência médica, além de aumentar as chances de
inadimplência, em prejuízo do próprio programa.
Portanto, para fins de garantir a plena efetividade da via jurisdicional, bem

como para afastar os danos que a Impetrada vem sofrendo mesmo depois da segurança
liminar, requer a imposição da aplicação de MULTA DIÁRIA no valor de R$ 3.000,00
(Três mil reais).
Nesses termos,
Pede deferimento.
Brasília-DF, 15 de setembro de 2021.
Hyago Alves Viana

OAB/DF 49.122
(assinado digitalmente)
13/09/2021
Número: 5018100-58.2021.4.03.0000
Classe: AGRAVO DE INSTRUMENTO
Órgão julgador colegiado: 2ª Turma
Órgão julgador: Gab. 05 - DES. FED. COTRIM GUIMARÃES
Processo referência: 5020609-92.2021.4.03.6100
Assuntos: Financiamento Público da Educação e/ou Pesquisa
PATRICIA PINHEIRO CABRAL (AGRAVANTE) HYAGO ALVES VIANA (ADVOGADO)
EDUCACAO (AGRAVADO)
BANCO DO BRASIL SA (AGRAVADO) NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a)
civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
(ADVOGADO)
Documentos
Assinatura
17041 09/08/2021 14:54 Decisão Decisão
6474
PODER JUDICIÁRIO
2ª Turma

D E C I S ÃO

PATRÍCIA PINHEIRO CABRAL contra FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA
EDUCAÇÃO, buscando reformar decisão que indeferiu o pedido de tutela de urgência,
negando ao autor a obtenção junto ao FNDE da prorrogação de seu período de carência
do FIES enquanto perdurasse sua residência médica na área de cirurgia básica.

cirurgia básica é pré-requisito e condição indispensável ao início da capacitação em áreas
da cirurgia.”
É o relatório.
Assinado eletronicamente por: LUIZ PAULO COTRIM GUIMARAES - 09/08/2021 14:54:41 Num. 170416474 - Pág. 1
Público Municipal de SP, com início em 01/03/2020 e termino previsto para 28/02/2022”.


dada pela Lei n. 12.202/2010, “o estudante graduado em Medicina que optar por ingressar
em programa credenciado Medicina pela Comissão Nacional de Residência Médica, de
que trata a Lei no 6.932, de 7 de julho de 1981, e em especialidades prioritárias definidas
em ato do Ministro de Estado da Saúde terá o período de carência estendido por todo o
período de duração da residência médica.”
Nesta toada, a residência em Cirurgia Geral está indicada como prioritária pelo
Ministério da Saúde no art. 5º e Anexo II da Portaria Conjunta nº 03, de 19 de fevereiro de
2013.
Pois bem.
Em busca no site do MEC, é possível visualizar que, a partir da Resolução nº

48, de 28 de junho de 2018, do CNRM, estabeleceu-se que o programa de residência
médica em Cirurgia Geral passaria a ter duração de 3 (três) anos; enquanto o Programa
de Pré-requisito em Cirúrgica Básica teria duração de 2 (dois) anos.

(...)
6- O Programa de Cirurgia Geral é acesso direto? Sim, para ingresso no programa só é

necessário ter concluído a graduação em Medicina.
(...)
cirúrgicas.
R: Todas exigem o Pré Requisito em Área Cirúrgica Básica, porém o Médico Residente
que concluir a Cirurgia Geral também terá acesso.
(...)

permite que o candidato concorra para residência em outras especialidades cirúrgicas.

prérequisito.
18- Se ao final do segundo ano (pré-requisito) o residente quiser fazer o terceiro ano
ele poderá?
Sim. Terá de prestar prova para o terceiro anos, se houver vaga disponível em algum
programa.
(...)
20- A Matriz de Competências é diferente para o pré-requisito e para a Residência (3

anos)?

O programa de Pré-requisito na Área Cirúrgica Básica é um programa de Residência

Médica, como tal é uma pós graduação, sob a forma de especialização, caracterizada
por treinamento em serviço. A semelhança ao Programa de Residência Médica de Ano
opcional ou adicional, não confere título de especialista, sim um certificado de
capacitação das competências constituídas nestes dois anos. O Programa de
Pré-requisito na Área Cirúrgica Básica é pré-requisito, assim como o Programa de
Cirurgia Geral, ao ingresso nas nove especialidades cirúrgicas. Dessa forma ao término
do Programa o médico interessado deverá ser submetido ao processo seletivo da
especialidade desejada.”
É de se ressaltar, ademais, que até 2016 a Residência de Cirurgia Geral

também tinha a duração de 2 (dois) anos.

Cirurgia do Aparelho Digestivo, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Plástica, Cirurgia
Vascular, Urologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia Oncológica, Cirurgia Pediátrica e Cirurgia
Coloproctológica”. (Resolução nº 48, de 28 de junho de 2018, do CNRM).
A propósito, já há decisão proferida no E. TRF da 4ª Região:
(...)
Com efeito, a Comissão Nacional de Residência Médica aprovou, em 2016, o aumento

da duração dos Programas de Residência de Cirurgia Geral de 2 para 3 anos. O antigo
programa de residência em Cirurgia Geral, com duração de 2 anos, ainda será
oferecido com o nome de Área Cirúrgica Básica. Assim, somente o Programa de
Residência Médica (3 anos) pode oferecer o Título de Especialista em Cirurgia Geral. O
residente em Área Cirúrgica Básica poderá, ao final do segundo ano, concorrer a uma
vaga para o terceiro ano. Porém, ambos os programas poderão ser utilizados como
pré-requisito para acesso às especialidades cirúrgicas que não são de acesso direto. A
diferença existente é que apenas o Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral
(3 anos) servirá como pré-requisito para acesso às Áreas de Atuação (Vídeo e Trauma)
e o Programa Avançado em Cirurgia Geral. Como dito acima, a Área de Cirurgia
Básica, com duração de dois anos, é considerada um pré-requisito para as demais
áreas cirúrgicas, como Cirurgia do Aparelho Digestivo, Cirurgia de Cabeça e Pescoço,
Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Urologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia Oncológica,
Cirurgia Pediátrica e Cirurgia Coloproctológica). Neste sentido, verifica-se que para
exercer algumas das especialidades médicas elencadas no anexo II da Portaria
conjunta SGTES/SAS nº 3, de 19 de fevereiro de 2013, o candidato deve ter
obrigatoriamente cursado Cirurgia Geral ou Cirurgia Básica, não fazendo sentido,
portanto, distingui-las para efeito de obter a extensão do período de carência para
pagamento do FIES. Assim, a Cirurgia Básica não é considerada especialidade em si
(art. 3º-§2º), mas um programa de dois anos pré-requisito para outras especializações
cirúrgicas. Como exposto anteriormente, a prorrogação da carência pressupõe o
requerimento antes da fase de amortização. Logo, obstar a continuidade neste
momento importaria negar o direito no momento do ingresso em especialização
prevista na Portaria Conjunta SGTES/SAS nº 3, de 19/2013. Portanto, considerando
que o programa de Cirurgia Básica é pré-requisito para as especializações previstas na
Portaria Conjunta SGTES/SAS nº 3, deve ser estendido o período de carência. (...)”
(AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 5032716-45.2020.4.04.0000 – Rel. VÂNIA HACK
Ante o exposto, defiro o pedido liminar para prorrogar a carência do

financiamento estudantil (FIES) da agravante pelo período de duração da residência
médica para qual foi admitida.
Intime-se a parte agravada para apresentação de contrarrazões nos termos do

art. 1.019, II, do CPC.
Pub. Int.
peça pdf
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 8ª VARA FEDERAL DA COMARCA
DE SAO PAULO - SP
AUTOS DO PROCESSO N.º 50206099220214036100
BANCO DO BRASIL S/A, sociedade de economia mista, inscrito no CNPJ/MF sob nº

00.000.000/0001-91, com sede no Setor Bancário Sul, Quadra 4, Bloco c, Lote 32, Edifício Sede III, , Brasília
– DF, com endereço eletrônico: cenopserv.oficioscwb@bb.com.br para receber intimações e ofícios, neste
ato representado por seu advogado e bastante procurador que esta subscreve (doc. 1), com endereço
profissional que segue no rodapé desta página, onde recebe intimações e notificações, nos autos da AÇÃO
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR em que é parte adversa PATRICIA PINHEIRO CABRAL,
vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência
PRESTAR INFORMAÇÕES NO MANDADO DE SEGURANÇA
pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.
I - DA TEMPESTIVIDADE
Realça-se que o processo fora recebido pelo rito comum, sendo que o início da
contagem do prazo para a contestação começa a fluir a partir da data de juntada aos autos do mandado
cumprido, consoante preceitua o artigo 231, II, do mesmo diploma.
Considerando que o ato processual supracitado se deu na data de 06/09/2021, tem-se

que o termo final para apresentação da defesa dar-se-á dia 20/09/2021, portanto, tempestiva a
contestação manejada.
Importante ressaltar que a contagem do prazo observou ao disposto no artigo 219 do

CPC/2015, que determina a contagem em dias úteis.
Assim, em razão da suspensão do expediente forense estabelecido em decorrência do

feriado nacional do dia 07.09.2021, não se computa para fins de contagem de prazo, e por via
consequência, prorroga-se o prazo processual para o dia útil subsequente.
Para esclarecer, a doutrina expressa o entendimento a seguir disposto:
“(...) Isso porque, por força do art. 224, § 1º do novo CPC, [o]s dias do começo e do
vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem
com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora
normal Fernando da Fonseca Gajardoni et al., Teoria Geral do Processo – Comentários
ao CPC de 2015. São Paulo: Método, 2015, p. 701-702”.(grifo nosso).
Assim, temos que o início do prazo para Prestar Informações em 06/09/2021, o qual
findar-se-á em 20/09/2021.
Isto posto, verifica-se a tempestividade da contestação, pugna-se assim, pelo seu

regular recebimento e processamento.
II - DA SÍNTESE DOS FATOS
Alega a Autora, na peça exordial, que firmou com o Fundo Nacional de Desenvolvi-
mento da Educação - FNDE, CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO PARA O FINANCIAMENTO DE ENCAR-
GOS EDUCACIONAIS AOS ESTUDANTES DO ENSINO SUPERIOR e seus respectivos ADITAMENTOS, relativos
ao curso de Medicina, com recursos do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES)
em 26/03/2014, contrato nº 440500694.
Informa que se formou médica pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás em 06 de
janeiro de 2020 e foi aprovada no Programa de Pós-Graduação em Residência Médica (doc. 06) na área de
CIRURGIA, no Hospital do Servidor Público Municipal de SP, com início em 01/03/2020 e termino previsto
para 28/02/2022.
Aduz que a requerente havia solicitado a prorrogação do período de carência em 25 de

março de 2021 para pagamento das parcelas do Financiamento Estudantil tenha início somente após a
conclusão da residência médica, no entanto, esta especialidade não está elencada no rol taxativo contido
no Anexo II, da Portaria conjunta SGTES/SAS Nº 3 de 19 de fevereiro de 2013.
Irresignada, pretende a parte obter, através da presente demanda:
• A antecipação dos efeitos da tutela;

• A suspensão do débito do contrato de financiamento estudantil;
• a extensão do período de carência de seu financiamento estudantil pela duração
de sua residência médica e
• A declaração da ilegalidade das cobranças efetuados pela Casa Bancária.
Deu à causa o valor de R$ 1.045,00 (mil, quarenta e cinco reais).
Contudo razão não lhe assiste, conforme restará demonstrado a seguir.
III - PRELIMINARMENTE
1) DA ANTECIPAÇÃO DA TUTELA: DA MANUTENÇÃO DA DECISÃO LIMINAR
Inicialmente, cumpre salientar que o MM. Juízo indeferiu o pedido de antecipação dos
efeitos da tutela pleiteada pela Autora:
“Resta evidente, portanto, que programa de Cirurgia Básica não pode ser consi-
derada nem como especialidade médica e nem como residência médica para to-
dos os efeitos legais.
Assim, o pleito da parte impetrante carece da necessária plausibilidade jurídica.
Ante o exposto, INDEFIRO o pedido de medida liminar..”
Nesse sentido, há que se ressalvar que a Autora pretende suspender o débito oriundo
do contrato de financiamento estudantil firmado com o ora Réu.
Ocorre que, resta evidente que a antecipação de tutela pretendida pela Autora não
merece acolhimento, eis que ausentes os pressupostos que autorizam sua concessão, conforme restará
cabalmente demonstrado a seguir.
1.1) DA LICITUDE NA CONDUTA DO BANCO DO BRASIL
Compulsando a Inicial e os documentos com ela carreados, verifica-se que a Autora

pretende antecipação de tutela para suspender a cobrança efetuada pela Casa Bancária.
Note-se que as cobranças dos valores decorrem de contrato de financiamento

estudantil - FIES entabulado pela Autora de livre e espontânea vontade, sem qualquer vício de
consentimento, erro, dolo, coação ou fraude.
Nessa esteira, dispõe o Art. 6° da Lei 10.260/2001:
“Art. 6°Na hipótese de inadimplemento das prestações devidas pelo estudante

financiado pelo FIES, o agente financeiro promoverá a cobrança administrativa
das parcelas vencidas, com o rigor praticado na cobrança dos créditos próprios,
e adotará as medidas cabíveis com vistas à recuperação das parcelas em atraso,
nos termos do que for aprovado pelo CG-FIES, incluídos os encargos contratuais
incidentes”. (Redação dada pela Medida Provisória 78512017) (grifo nosso).
Com efeito, o Banco do Brasil agiu no cumprimento estrito de suas atribuições,

enquanto agente financeiro prestador de serviços ao FNDE, com a cobrança do financiamento estudantil,
conforme regras de negócios do produto, sendo certo que a anuência das cobranças foi firmada pela
própria Autora!
É certo que as cláusulas que autorizam a cobrança das parcelas contratuais firmadas
pela Autora não padecem de abusividade, pois atendem os interesses de ambos os contratantes e, por
essa razão, não desequilibra a equação contratual. Todavia, com o inadimplemento das parcelas, o credor
pode buscar meios para a satisfação de crédito, como a inscrição do nome do devedor nos cadastros de
restrição ao crédito.
Desta forma, Cláusula Quarta, Parágrafo Terceiro do contrato firmado entre o Banco do
Brasil e o FNDE, assevera que “é obrigação do Agente Financeiro providenciar o registro dos nomes do
devedor e do fiador inadimplentes no Cadastro lnformativo dos Créditos Não Quitados de órgãos e Enti-
dades Federais (Cadin), nos termos da Lei nº 10.522, de 19 de julho de 2002, e, no mínimo, em um dos
cadastros restritivos de abrangência nacional, este em prazo não superior a 30 (trinta) dias da data do
vencimento da obrigação".
Ora, a inscrição retrocitada é legítima e legal e decorre do inadimplemento do negócio

entabulado pela Autora, que ao firmar o negócio jurídico, anuiu aos termos e condições do mesmo, com
ciência inequívoca dos direitos e obrigações envolvidos.
Nessa esteira, frise-se que a pretensão da Autora carece de pressupostos para a

antecipação de tutela que pleiteou.
Logo, o pedido da Autora em relação ao lançamento de seu nome nos cadastros de

restrição não pode prosperar, eis que decorre de um financiamento entabulado e assinado por ela
mesma!
Portanto, as assertivas acima aduzidas retiram da Autora os elementos necessários

para a concessão da antecipação de tutela, sendo inevitável o desfecho da decisão antecipatória.
1.2) DO DESFECHO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PRETENDIDA: INVIABILIDADE JURÍDICA E PROCESSUAL
Sintetizando a tese desenhada nas linhas pretéritas, conclui-se que a Autora pretende
amparo jurisdicional, de forma liminar, sem, contudo, comprovar os requisitos necessários para a
obtenção da tutela pretendida, cabendo, portanto, a manutenção da decisão que indeferiu o pedido.
Na sistemática do NCPC, o acolhimento do pedido de tutela antecipada pressupõe a

ocorrência dos seguintes requisitos, os quais devem estar presentes cumulativamente:
1) Probabilidade do Direito;
2) Perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo;
3) que a medida pretendida não seja irreversível.
É essa a conclusão que se extrai do art. 300, caput e § 3º do CPC:
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado
útil do processo; (...)
§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando
houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão”.
Segundo o professor Elpídio Donizetti Nunes, na obra Curso Didático de Direito
Processual Civil (2004) sobre a probabilidade do direito “entende-se a prova suficiente para levar o juiz a
acreditar que a parte é titular do direito material disputado. Trata-se de um juízo provisório. Basta que no
momento da análise do pedido de antecipação, todos os elementos convirjam no sentido de aparentar a
probabilidade das alegações”.
Como bem explicita o Professor Humberto Theodoro Júnior:
“Justifica-se a antecipação de tutela pelo princípio da necessidade, a partir da

constatação de que sem ela a espera pela sentença de mérito importaria
denegação de justiça, já que a efetividade da prestação jurisdicional restaria
gravemente comprometida. Reconhece-se, assim, a existência de casos em que
a tutela somente servirá ao demandante se deferida de imediato”.
“Receio fundado é o que não provém de simples temor subjetivo da parte, mas
que nasce de dados concretos, seguros, objeto de prova suficiente para autorizar
o juízo de verossimilhança, ou de grande probabilidade em torno do risco de
prejuízo grave”. (Curso de Direito Processual Civil – Processo de Execução e
Cumprimento da Sentença, Processo Cautelar e Tutela de Urgência – volume II –
Humberto Theodoro Júnior. – Rio de Janeiro: Forense, 2014.).
No presente caso, os requisitos imprescindíveis não restaram satisfeitos, cabendo a

manutenção da r. decisão que indeferiu a antecipação dos efeitos da tutela pretendida.
2) DA CARÊNCIA DE AÇÃO
2.1) DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO RÉU
Primeiramente cumpre ressaltar a pertinência do presente tópico, eis que prescreve o

art. 337, XI do Código de Processo Civil:
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:

(...)
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
O Banco é parte ilegítima para figurar no polo passivo da presente ação, tendo em vista
que apenas o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) tem competência para autorizar a
contratação de operações, aditamentos e alterações contratuais, dentre outras prerrogativas, conforme
exposto a seguir.
O Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) é um programa do Ministério da Educação
destinado a financiar a graduação na educação superior de estudantes matriculados em instituições não
gratuitas, tendo o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal como meros Agentes Financeiros.
Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores

que tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação.
Regulado pela Lei nº 10.260, de 07/2001 e pelas Portarias do MEC/FNDE nº 1, de

22.01.2010 e nº 10, de 30.04.2010, o FIES é um programa do Ministério da Educação, cujo Agente
Operador é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), sendo o Banco do Brasil mero
Agente Financeiro, na qualidade de mandatário do FNDE.
O risco de crédito dos financiamentos é assumido pelas mantenedoras de instituições

de ensino, como devedoras solidárias, nas condições e percentuais definidos na Lei nº 10.260/2001 e nas
demais normas que regulamentam o FIES.
Os recursos do Fundo são exclusivamente oriundos de títulos públicos emitidos pelo

FNDE, repassados diretamente para as universidades, sem interveniência do Agente Financeiro. Ao Banco
do Brasil cabe apenas o risco operacional referente ao processo de contratação do financiamento, nada
mais.
Para operacionalizar o FIES, o Banco do Brasil celebrou com o FNDE Contrato de

Prestação de Serviços nº 03/2016, para contratação de operação de crédito, custódia de título da dívida
pública e administração, cobrança e arrecadação referente à carteira de crédito no âmbito do FIES. A título
de remuneração pelos serviços prestados ao FIES, o FNDE paga mensalmente ao Banco do Brasil um
percentual calculado sobre o saldo devedor dos financiamentos, conforme metodologia constante na
cláusula sexta do citado Contrato.
Dentre as obrigações do Agente Financeiro, formalizadas no Contrato de Prestação de

Serviços, está a de contratar e aditar as operações de crédito, sendo vedado ao Agente Financeiro
contratar e aditar operações de crédito após o decurso dos prazos fixados pelo Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Qualquer demanda judicial deve sempre ter o Fundo Nacional de Desenvolvimento da

Educação (FNDE) como parte, por ser este o Agente Operador do FIES e único ente competente para:
autorizar a contratação de operações, efetuar troca de garantia, ajustar os dados cadastrais das propostas,
flexibilizar as condições contratuais, repassar recursos às faculdades, e efetuar demais providências
necessárias, dentro do fluxo de contratação e condução das operações do FIES.
Daí a ilegitimidade passiva “ad causam” do Banco do Brasil.
Pelo exposto, requer a exclusão do Banco do Brasil da lide, com o reconhecimento da

sua ilegitimidade passiva e a consequente extinção do feito, nos termos do artigo 485, VI, do CPC, assim
como, nos termos do artigo 339 do Diploma Processual Cível, requer seja a parte Autora intimada para
promover a substituição processual do polo passivo da demanda, a fim de constar o FNDE como parte
legítima para responder aos termos da presente ação, por ser o agente operador do FIES.
2.2) DO PEDIDO DE EXTENSÃO DO PERÍODO DE CARÊNCIA ATÉ O FINAL DA RESIDÊNCIA MÉDICA
Excelência, pretende a parte autora, com base na previsão legal do §3º do art. 6º-B, da
Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, com a redação dada pela Lei nº 12.202, de 2010, a extensão do
período de carência de seu financiamento estudantil pela duração de sua residência médica.
Conforme preconiza o artigo 6-Bº da Lei supramencionada, existem requisitos a serem

cumpridos para que seja concedida a extensão, vejamos:
Art. 6o-B.
(...)
credenciado Medicina pela Comissão Nacional de Residência Médica, de que trata a Lei
no 6.932, de 7 de julho de 1981, e em especialidades prioritárias definidas em ato do
Ministro de Estado da Saúde terá o período de carência estendido por todo o período
de duração da residência médica.
Assim, o estudante que comprovar estar regulamente matriculado em programa de

residência médica, em uma das especialidades definidas pelo Ministro da Saúde, terá direito à extensão
da carência.
Importa ainda destacar que as especialidades médicas consideradas prioritárias ao SUS

– Sistema Único de Saúde, tem seus critérios definidos pela Portaria nº 1.377, de 13 de junho de 2011,
que em seu artigo 3-A, parágrafo 1º, determina que:
Art. 3º-A O requerimento de carência estendida de que trata o art. 3º deverá ser
recursos do FIES por meio de solicitação expressa, em sistema informatizado específico
disponibilizado pelo Ministério da Saúde, contendo, dentre outras, as seguintes
informações:
(...)
(grifos nossos)
Dessa forma, cabe ao estudante sua vinculação à programa de residência médica

durante o período de carência de seu contrato de financiamento estudantil para desfrutar da extensão do
período de carência até a conclusão de sua especialização.
Cumpre esclarecer também que além das condições acima o artigo 7º da Portaria
Normativa nº 7, de 26/04/2013, prevê que deverá estar o estudante adimplente com o pagamento de seu
contrato para poder solicitar a extensão do período de carência:
“Art. 7o Para solicitar o abatimento, suas renovações ou o período de carência

estendido, o estudante com financiamento em atraso ou inadimplente com o Fies
deverá regularizar o pagamento dos juros e das prestações do financiamento, devendo
permanecer nesta situação até a sua concessão”.
Não obstante, é competência do Ministério da Saúde indicar os médicos aptos à

concessão da extensão da carência ao FNDE, e compete ao FNDE informar ao agente financeiro a
concessão da extensão do período de carência, conforme artigo 3-A, da Portaria nº 1.377, de 13 de junho
de 2011:
informações:
I - nome completo;
II - CPF;
IV - e-mail; e
financiamento.
§ 4º Após ser comunicado, nos termos do § 3º, o FNDE notificará o agente financeiro
responsável para a efetivação das medidas relativas à concessão da carência estendida.
(grifos nossos)
Portanto, ainda que comprovadas as condições para concessão, o Banco Réu é mero
agente financeiro, e apenas poderia adotar qualquer medida referente a extensão da carência após
notificação enviada pelo FNDE, órgão competente pela operacionalização do FIES.
Logo, ainda que, hipoteticamente, a parte autora cumprisse todas condições acima
descritas, o Banco réu não tem competência, ou capacidade de decidir sobre a concessão da extensão do
período de carência devendo obedecer às determinações e orientações do FNDE, devendo ser julgado
totalmente improcedente o pedido contra o Banco réu.
IV - DO MÉRITO
1) DA REALIDADE DOS FATOS
Conforme noticiado linhas acima, a Autora postula a suspensão do débito do contrato

de financiamento estudantil; a declaração da ilegalidade das cobranças efetuados pela Casa Bancária e a
extensão do período de carência de seu financiamento estudantil pela duração de sua residência médica.
Contudo, como se verá adiante, a conduta da Casa Bancária é legítima, o que afasta a pretensão autoral e
os pressupostos da responsabilidade civil.
Antes de adentrar no mérito, imperioso tecer algumas considerações sobre os aspectos

negociais do financiamento estudantil, bem como sua natureza jurídica, com o escopo de melhor
tangenciar a sentença a ser prolatada por esta Emérita Corte.
Isto porque, o financiamento estudantil que rege o vínculo entre os litigantes, ou seja,
o direito material em si, serve como esteio da tutela jurisdicional que resolverá a lide e, em última análise,
confere legitimidade às decisões proferidas pelo Poder Judiciário.
Daí a necessidade de expor a natureza do financiamento.
Nessa esteira, o FIES destina-se a financiar a graduação na educação superior de

estudantes matriculados em instituições não gratuitas, tendo o Banco do Brasil como Agente Financeiro,
na qualidade de mandatário do FNDE. Regulado pela Lei n.º 10.260, de 07/2001 e pelas Portarias do
MEC/FNDE n.º 1, de 22.01.2010 e n.º 10, de 30.04.2010, o FIES é um programa do Ministério da Educação,
cujo Agente Operador é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Para atuação como Agente Financeiro, o Banco do Brasil celebrou com o FNDE Contrato
de Prestação de Serviços nº 3/2016, em 14/11/2016, publicado em 17/11/2016, no Diário Oficial da União
nº 220 - Seção 3 - Pág. 52, em substituição ao Contrato anteriormente vigente (Contrato de Prestação de
Serviços nº 03/2016), cujo objeto é a contratação de operações de crédito, custódia de título da dívida
pública e administração, cobrança e arrecadação referente à carteira de crédito no âmbito do FIES.
Destaca-se que a operação de FIES não guarda relação com o crédito bancário
oferecido pelo Banco do Brasil, peculiar às relações de consumo, pois se trata de crédito estudantil
concedido no âmbito do Programa Governamental, cujo gestor dos ativos e passivos é o FNDE.
A contratação e os aditamentos das operações de crédito ocorrem mediante o envio

de informações pelo FNDE em meio eletrônico e em layouts previamente definidos (Cláusula Segunda,
item li, alínea "I") com prazos fixos que devem ser observados pelo Banco (Cláusula Segunda,§4°).
O risco de crédito dos financiamentos é compartilhado entre o Fundo de

Financiamento Estudantil- FIES e as mantenedoras de instituições de ensino superior, nas condições e
percentuais definidos na Lei nº 10.260/2001 e nas demais normas que regulamentam o FIES. Trata-se,
portanto, de operação risco União, cabendo ao Banco do Brasil, apenas, o risco operacional referente ao
processo de contratação do financiamento.
O repasse de recursos às entidades mantenedoras das instituições de ensino, relativos

aos encargos educacionais financiados por intermédio dos Contratos de FIES, é providenciado pelo Agente
Operador do FIES, o FNDE, conforme previsão da Portaria Normativa MEC nº 01 de 22 de janeiro de 2010
e da Portaria/MF nº 505, de 07 de outubro de 2010, sem interveniência do Banco.
Por isso, as demandas judiciais devem sempre ter o FNDE como parte, por ser este o
Agente Operador do FIES, responsável pelos ativos e passivos do Fundo, e único agente competente
para: autorizar a contratação, o aditamento, o cancelamento e o encerramento de operações, efetuar
troca de garantia, ajustar os dados cadastrais das propostas, flexibilizar as condições contratuais e
providenciar o repasse de recursos às instituições de ensino que aderiram ao programa.
Superados os aspectos negociais do financiamento estudantil, convém esclarecer que
a natureza jurídica do FIES se consubstancia num típico contrato de mútuo, não podendo ser confundido
como um benefício social, sendo a única modalidade de política estudantil praticada pelo Poder Público
Federal que se destina a financiar estudantes universitários. Portanto, possui natureza contábil, nos
termos do art. 1º da Lei 10.260/2001:
“Art.1º - Fica instituído nos termos desta lei, o Fundo de Financiamento ao

Estudante do Ensino Superior (FIES), de natureza contábil, destinado à concessão
de financiamento a estudantes regularmente matriculados em cursos superiores
não-gratuitos e com avaliação positiva de acordo com a regulamentação
próprias nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação (MEC)”. (g.n.)
Prosseguindo, para maior elucidação da situação explanada, faz-se necessário

descrever o procedimento necessário a ser adotado para inscrição e contratação do FIES, de acordo com
os ditames da Portaria Normativa nº 10, de 30 de abril de 2010:
“Art. 2º A inscrição no FIES será efetuada exclusivamente pela internet, em

qualquer período do ano, de janeiro a junho, para o financiamento relativo ao
primeiro semestre, e de julho a dezembro, para o financiamento relativo ao
segundo semestre do ano, por meio do Sistema Informatizado do FIES - SISFIES,
disponível nas páginas eletrônicas do Ministério da Educação e do Fundo
Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. (Redação dada pela Portaria
Normativa nº 28, de 28 de dezembro de 2012).
§ 1º Para efetuar a inscrição no FIES, o estudante deverá informar seu número
do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da Secretaria da Receita Federal do Brasil
(RFB) e prestar todas as informações solicitadas pelo Sistema.
§ 3º A concessão de financiamento de que trata esta Portaria é condicionada à
existência de limite de recurso disponível da mantenedora no momento da
inscrição do estudante, no caso de adesão com limite prevista no art. 26 da
Portaria Normativa MEC nº 1, de 2010, bem como à disponibilidade
orçamentária e financeira do FIES.
§ 9º Para efetuar a inscrição no FIES o estudante deverá conferir todas as
informações e manifestar sua concordância com as condições para o
financiamento, a qual será considerada ratificada para todos os fins de direito
com a conclusão da sua inscrição no SISFIES.”
Por conseguinte, a Portaria descreve a conclusão da inscrição:
“Art. 4º Após a conclusão da inscrição no FIES, o estudante deverá:
I - validar suas informações na Comissão Permanente de Supervisão e
Acompanhamento (CPSA) em até 10 (dez) dias, contados a partir do dia
imediatamente subsequente ao da conclusão da sua inscrição; e (Redação dada
pela Portaria Normativa nº 12, de 07 de maio 2010).
II - comparecer a um agente financeiro do FIES em até 10 (dez) dias, contados a
partir do terceiro dia útil imediatamente subsequente à data da validação da
inscrição pela CPSA, com a documentação exigida no art. 15, e, uma vez
aprovada pelo agente financeiro, formalizar a contratação do financiamento.
(Redação dada pela Portaria Normativa nº 12, de 06 de junho de 2011).
“Art. 5º A emissão do Documento de Regularidade de Inscrição (DRI) é

condicionada à validação da inscrição do estudante pela CPSA do local de oferta
do curso a ser financiado, conforme disposto na Seção II do Capítulo II da Portaria
Normativa MEC nº 1, de 2010 e demais normas que regulamentam o FIES.
Parágrafo único. Para emitir o DRI a CPSA deverá confirmar a veracidade das
informações prestadas pelo estudante por ocasião da sua inscrição com base nos
documentos referidos nos Anexos I a IV e outros eventualmente julgados
necessários, bem como solicitar ao estudante alterações das informações, se for
o caso.”
“Art. 14 O estudante habilitado para o FIES nos termos do art. 5°, seu(s) fiador(es)
e representante legal, se for o caso, deverão comparecer na agência de agente
financeiro do FIES, no prazo previsto no inciso II do art. 4º, para formalização do
contrato de financiamento, atendidas as condições previstas no art. 5º da Lei nº
10.260, de 2001 e demais normas que regulamentam o FIES.”
Assim, verifica-se que todo o procedimento de inscrição é realizado via internet com
base nos dados fornecidos pelo estudante e confirmados com relação nos dados disponibilizados pela
Receita Federal do Brasil.
Portanto, no caso concreto, é necessário deixar claro, Excelência, que o Banco do Brasil
não cometeu nenhuma irregularidade, não devendo ser responsabilizado pelo que foi alegado pela Autora.
Em que pese à argumentação empreendida pela Autora, imperioso evidenciar que

meras alegações desprovidas de elementos probatórios não possuem o condão de alicerçar pretensões
descabidas. Conforme preceitua o artigo 373, inciso I, do Novo Código de Processo Civil, é ônus da Autora
comprovar a existência/ocorrência do fato constitutivo de seu direito.
Pelo exposto, não há qualquer elemento que ampare a pretensão da Autora, razão pela
qual a improcedência da ação é medida que se impõe.
1.1) DA EXTENSÃO DO PERÍODO DE CARÊNCIA ATÉ O FINAL DA RESIDÊNCIA MÉDICA
Como já demonstrando, o Banco do Brasil não tem ingerência sobre a contratação,

aditamentos e alterações contratuais dos contratos de financiamento estudantil celebrados com o FIES,
atuando meramente como agente financeiro, ou seja, o Banco do Brasil está adstrito operacionalizar os
contratos, custodiando títulos de dívida pública, e administrando a cobrança e arrecadação dos valores
devidos pelos estudantes ao Fundo.
Destacada tal informação, o Banco do Brasil não tem competência para conceder a
extensão do pedido de carência solicitada nesses autos pelo autor, o pedido deveria ser realizado pelo
estudante diretamente ao FNDE seguindo o determinado pela Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, com
a redação dada pela Lei nº 12.202, de 2010, bem como as demais Portarias e Instruções, disponibilizadas
no sítio do FNDE (http://fiesmed.saude.gov.br/).
Abaixo destacamos informação retirada do site http://fiesmed.saude.gov.br/ que

indica de maneira muito clara as condições para a concessão da extensão:
• matrícula em programa de residência médica, em uma das especialidades defini-

das pelo Ministro da Saúde como prioritárias;
O parágrafo 3º do artigo 6º-B, da Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, alterada pela
Lei nº 12.202, determina que:
Art. 6o-B.
(...)
Ministro de Estado da Saúde terá o período de carência estendido por todo o período
de duração da residência médica.
Logo, não basta apenas a matricula do estudante em qualquer programa de residência

médica, mas sim sua matricula em programas específicos e selecionados pelo Ministério Público em razão
do relevante interesse público na formação de profissionais daquelas áreas, sendo tais graduações
prioritárias ao SUS – Sistema Único de Saúde, essas áreas são estabelecidas pelo Anexo II da Portaria
conjunta da SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE e da SECRETARIA DE
ATENÇÃO À SAÚDE nº 3, de 19 de fevereiro de 2013, nessa Portaria são estabelecidas 19 especialidade
prioritárias, sendo elas:
1. Clínica Médica
2. Cirurgia Geral
4. Pediatria
5. Neonatologia
9. Psiquiatria
10. Anestesiologia
11. Nefrologia
12. Neurocirurgia
19. Radioterapia
Cumpre ressaltar que a parte Impetrante está cursando residência média em área não
prevista no anexo supracitado:
Logo, não realizada a matrícula em qualquer uma das áreas acima elencadas não é
possível a concessão da extensão do pedido de carência.
• Pedido de extensão da carência deve ser realizado durante o período em que o

contrato está em carência.
Além da matrícula em residência de uma das áreas indicadas no Anexo II da Portaria

conjunta SGTES/SAS Nº 3, de 19 de fevereiro de 2013, é necessário também que o contrato esteja em seu
período de carência, ou seja, o período compreendido entre a conclusão do curso e o início do pagamento
da amortização do contrato.
Essa condição é descrita na Portaria nº 1.377, de 13 de junho de 2011, que em seu

artigo 3-A, parágrafo 1º, determina que:
informações:
(...)
(grifos nossos)
A condição é clara, para solicitar a extensão da carência, o contrato deve ainda estar
em seu pedido de carência, caso o contrato já esteja em fase de amortização não é possível a concessão
de novo período de carência, devendo o estudante realizar o pagamento conforme pactuado.
• Adimplemento dos juros trimestrais
Além da matrícula em programa de residência prioritária ao SUS, e do contrato em fase

de carência, e também condição para a concessão de extensão do período de carência a situação de
adimplência do estudante com os pagamentos dos juros trimestrais.
Caso o estudante esteja inadimplente, não é possível a concessão antes da

regularização da situação, conforme previsão do artigo 7º da Portaria Normativa nº 7, de 26/04/2013:
“Art. 7o Para solicitar o abatimento, suas renovações ou o período de carência

estendido, o estudante com financiamento em atraso ou inadimplente com o Fies
deverá regularizar o pagamento dos juros e das prestações do financiamento, devendo
permanecer nesta situação até a sua concessão”.
A comprovação de adimplência e quitação dos juros trimestrais do contrato é condição

essencial para a concessão do pedido de extensão do período de carência, verificada a condição de
inadimplência não é possível a concessão da extensão.
• Elaboração do requerimento na data e meio correto
Cumpre ainda destacar que, por se tratar de faculdade do estudante a requisição da

extensão do período de carência, cabe ao interessado realizar a solicitação que será aprovada pelo FNDE
caso o estudante se enquadre em todos os requisitos necessários.
Dessa forma, o estudante que comprovar sua formação em faculdade de medicina,

matrícula em programa de residência de uma das especialidades consideradas prioritárias ao SUS, que
esteja com seu contrato de FIES em período de carência e esteja adimplente com suas obrigações
financeiras poderá solicitar a extensão de seu período de carência.
O pedido deverá obedecer às determinações do artigo 3-A, da Portaria nº 1.377, de 13

de junho de 2011:
informações:
I - Nome completo;
II - CPF;
IV - E-mail; e
financiamento.
(grifos nossos)
Cabendo ainda destacar que nos casos em que o Banco do Brasil seja o agente
financeiro além da inscrição é necessário o envio da documentação pelo meio físico dos documentos ao
Ministério da Saúde, havendo inclusive destaque à essa informação no site de inscrição do FIES
(http://fiesmed.saude.gov.br/):
Ora, resta claro portanto que, ainda que cumprida as condições para a concessão de
extensão do período de carência, é necessária correta elaboração de pedido e envio de toda a
documentação pertinente para a concessão.
Impende ainda lançar luz sobre a ausência de qualquer ingerência do Banco do Brasil
sobre o pedido ou concessão da extensão da carência, isso porque, como acima exposto, após efetuado o
pedido pelo estudante compete ao Ministério da Saúde avaliar se o estudante está apto à concessão.
Após a avaliação do Ministério da Saúde, o FNDE recebe a relação com os estudantes

aptos e informa ao agente financeiro sobre a concessão para que esse implemente as medidas necessárias.
Assim, resta claro que o Banco do Brasil apenas operacionaliza a decisão emanada pelo Ministério da
Saúde e pelo FNDE, não participando de qualquer forma da decisão sobre a concessão ou não da extensão
de carência dos contratos.
Frise-se, ainda que comprovados os requisitos necessários à obtenção da extensão, e

realizado a tempo e modo o pedido, o Banco do Brasil não tem competência para conceder a extensão do
contrato de carência, dependendo de determinação do FNDE para que possa manter o contrato na fase
de carência.
Dessa forma, deve ser julgada totalmente improcedente a presente em face do Banco
do Brasil, posto que demonstrando a ausência de responsabilidade dessa instituição quanto aos fatos
alegados.
1.2) DA LEGALIDADE DA CONDUTA DO BANCO DO BRASIL EM CASO DE INADIMPLEMENTO CONTRATUAL
Dispõe o Art. 6º da Lei 10.260/2001:
“Art. 6º Na hipótese de inadimplemento das prestações devidas pelo estudante

financiado pelo FIES, o agente financeiro promoverá a cobrança administrativa
das parcelas vencidas, com o rigor praticado na cobrança dos créditos próprios,
e adotará as medidas cabíveis com vistas à recuperação das parcelas em atraso,
nos termos do que for aprovado pelo CG-FIES, incluídos os encargos contratuais
incidentes”. (Redação dada pela Medida Provisória 78512017) (grifo nosso).
Dessa forma, em caso de inadimplência observada nos contratos de financiamento es-

tudantil, o Banco do Brasil, em decorrência de obrigação legal, assim como definição explicita do Contrato
de Prestação de Serviços celebrado com o FNDE, deve realizar a cobrança administrativa e, adicional-
mente, promover a inclusão do mutuário e de seus respectivos coobrigados nos cadastros restritivos, vide
reprodução parcial do Contrato de Prestação de Serviços:
"CLÁUSULA SEGUNDA - DAS OBRIGAÇÕES DAS PARTES
(...)
II - São obrigações do Agente Financeiro:
(...)
t) efetuar a cobrança administrativa e judicial das obrigações em atraso e de
todos os encargos contratuais incidentes, observando o disposto na CLÁUSULA
QUARTA;
(...)
CLÁUSULA QUARTA - DA COBRANÇA ADMINISTRATIVA
imediatamente seguinte à data do vencimento e se estender até o 359º (trecen-
tésimo quinquagésimo nono) dia de vencido e, imediatamente após esse prazo,
o Agente Financeiro deverá iniciar a cobrança judicial do débito.
Parágrafo primeiro. Durante o período de cobrança administrativa, o Agente
Financeiro deverá adotar todas as medidas cabíveis e efetuar tantas cobranças
quanto forem necessárias com a recuperação dos créditos em atraso, seja medi-
ante contato pessoal, telefônico ou por comunicação postal. (...)
Parágrafo terceiro. É obrigação do Agente Financeiro providenciar o registro dos
nomes do devedor e do fiador inadimplentes no Cadastro lnformativo dos Crédi-
tos Não Quitados de órgãos e Entidades Federais (Cadin), nos termos da Lei nº
10.522, de 19 de julho de 2002, e, no mínimo, em um dos cadastros restritivos
de abrangência nacional, este em prazo não superior a 30 (trinta) dias da data
do vencimento da obrigação".
Há que se observar, ainda, que o estudante, quando da assinatura do contrato de fi-

nanciamento estudantil, declara ter ciência sobre a forma de cobrança e das implicações da inadimplência
na operação, vide reprodução da Cláusula Contratual abaixo:
“CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - DA IMPONTUALIDADE - Fica caracterizada a im-

pontualidade quando não ocorrer o pagamento das obrigações na data de seus
vencimentos ou no primeiro dia útil subsequente, se o vencimento ocorrer em
dia não útil. (...)
PARÁGRAFO QUARTO - O(A) FINANCIADO(A) e o(s) FIADOR(ES) estão cientes de
que, na hipótese de inadimplemento de qualquer obrigação decorrente do finan-
ciamento, seus nomes e CPF(s) serão incluídos em cadastros restritivos de cré-
dito”(g.n.).
Diante do exposto, demonstrada a legitimidade das ações praticadas pelo Banco do
Brasil, a partir da legislação (Lei 10.260/2001), da previsão contratual a qual o Banco está vinculado pe-
rante o FNDE (Contrato de Prestação de Serviços), da previsão contratual a qual o estudante está vincu-
lado ao FNDE (Contrato de Financiamento Estudantil) e, principalmente, com a constatação inequívoca
da inadimplência, mediante análise do extrato da operação de FIES, evidente que a Casa Bancária agiu no
estrito cumprimento legal e contratual.
1) DA AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO
O presente mandado de segurança não se encontra revestido do princípio basilar de

sua constituição, ou seja, se encontra ausente o direito líquido e certo conforme preceitua o artigo 1º:
LEI Nº 12.016/2009
Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso
de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de
sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as
funções que exerça.
Conforme traz no bojo da própria exordial, a parte autora, assevera que possui direito
subjetivo, diante do preenchimento dos requisitos, para a obtenção da carência estendida.
Diante destas alegações a parte autora demonstra que inexiste direito líquido e certo,
uma vez que o intuito do Mandado de Segurança impetrado é o não cumprimento dos trâmites
burocráticos determinado pelo Ministério da Saúde, tentando utilizar o judiciário como atalho.
Portanto, não apresenta negativa após cumprimento dos trâmites burocráticos
determinados pelo Ministério da Saúde, se verifica que não houve nenhuma recusa ou aceite na
carência estendida pleiteada.
O conceito de direito líquido e certo é tipicamente processual e só pode ser

reconhecido se os fatos em que se funda puderem ser provados de forma incontestável, inexistindo o ato
abusivo ou ilegal, em concreto, promanado do agente coator, investido de autoridade pública, é descabida
a impetração da segurança.
Portanto, constituem pressupostos da segurança: a) o direito líquido e certo

do impetrante; b) o ato abusivo praticado por autoridade pública.
Inexiste direito certo se não emanado da Lei ou da Constituição. Normas meramente
programáticas protegem um interesse geral, mas não conferem aos respectivos beneficiários o poder de
exigir a sua satisfação antes que o legislador cumpra o dever de complementá-las com a
legislação integrativa.
Direito líquido e certo é aquele evidente de imediato, que resulta de fatos que
podem ser provados de maneira incontestável. A petição inicial (exordial) deverá trazer, portanto,
prova pré-constituída. Não há dilação probatória em mandado de segurança, ou seja, não haverá
fase de produção de provas.
Diante de todo o exposto, não existindo a demonstração de direito líquido e certo e não permitindo a
dilação probatória, pois não existe nos autos nenhum documento que demonstre a recusa do pedido da
carência estendida, mas somente a recusa da parte autora de tomar as medidas necessárias e providên-
cias administrativas para análise da extensão da carência pretendida, é mister a TOTAL IMPROCEDÊNCIA
da ação interposta.
2) DO PREQUESTIONAMENTO
Por oportuno e ad cautelam, ainda que possa parecer prematuro, mas objetivando tão
somente o atendimento das Súmulas 282 e 356 do E. STF, e diante da hipótese, mesmo remota, de vir a
ser julgada procedente a ação, fica aqui desde já prequestionada a negativa de vigência dos dispositivos
legais e teses jurídicas acima abordadas, bem como a existência de dissídio jurisprudencial,
consubstanciada nos v. acórdãos retro mencionados, inclusive Súmulas, a fim de resguardar, desde já, as
prerrogativas e o direito do Réu à eventual, futura e oportuna interposição de Recurso, mormente os
dispositivos abaixo indicados:
• Lei 10.260, de 12 de julho de 2001

• Portaria lnterministerial nº 177, de 08 de julho de 2004
• Portaria Normativa nº 2, de 31de março de 2008
• Lei 12.087, de 11 de novembro de 2009
• Portaria Normativa nº 1, de 22 de janeiro de 2010
• Portaria Normativa nº 10, de 30 de abril de 2010
• Portaria Normativa nº 15, de 8 de julho de 2011
• Portaria Normativa nº 23, de 10 de novembro de 2011
• Portaria Normativa nº 25, de 22 de dezembro de 2011
• Portaria Normativa nº 16, de 4 de setembro de 2012
• Portaria Normativa nº 19, de 31de outubro de 2012
• Resolução Bacen nº 4.432, de 23 de julho de 2015
• Portaria MEC nº 314, de 31de julho de 2015
Esclareça-se que o presente prequestionamento explícito não implica em renúncia ou

desistência a outro que possa vir a ser implementado, complementarmente, acaso necessário, inclusive
através da apresentação de embargos de declaração ou outra medida recursal que se julgue pertinente.
V - CONCLUSÃO
Diante de todo o exposto e por tudo mais que dos autos consta, evidente que a pre-
sente ação não encontra amparo jurídico e processual, pois, a pretensão da Autora colide com o positi-
vismo e a melhor hermenêutica jurídica, motivo pelo qual requer o banco Réu:
1) Seja acolhida a preliminar de carência da ação arguida pelo Banco réu, julgando extinto o processo sem
julgamento do mérito nos termos do artigo 485, VI, do Código de Processo Civil;
2) Seja acolhida a preliminar de ilegitimidade passiva arguida pelo Banco réu, julgando extinto o processo
sem julgamento do mérito nos termos do artigo 485, VI, do Código de Processo Civil, assim como, nos
termos do artigo 339 do Diploma Processual Cível, que a parte Autora seja intimada para promover a
substituição processual do polo passivo da demanda, para que conste o FNDE como parte legítima para
responder aos termos da presente ação;
3) Seja Indeferido o pedido de extenção de Carência, visto que o Banco Réu é mero agente financeiro, e
apenas poderia adotar qualquer medida referente a extensão da carência após notificação enviada pelo
FNDE, órgão competente pela operacionalização do FIES; e
4) Caso não seja acolhida a preliminar acima, no mérito requer seja julgada totalmente improcedente a
pretensão da Autora, por ser medida de Justiça, extinguindo-se o processo com o julgamento do mérito,
fundamentado no artigo 487, I do Código de Processo Civil, rejeitando todos os pedidos relacionados na
exordial, haja vista a ausência de fundamentação fática e legal passível de amparar a pretensão da Autora,
inclusive.
Protesta provar o alegado por todos os meios admitidos em direito, principalmente

pela juntada de novos documentos, oitiva de testemunhas e depoimento pessoal da Autora caso se faça
necessário, conforme artigo 435 do Código de Processo Civil.
Por fim, requer seja anotado na contracapa dos autos exclusivamente o nome do Dr.
NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES, inscrito na OAB/SP sob o nº 128.341, e-mail:
nwbbintimacoes@nwadv.com.br, bem como que sejam feitas as publicações de todos os atos processuais
em nome do mesmo, sob pena de nulidade nos termos do §5º do art. 272 do CPC.
Para fins de cumprimento do artigo 287 do CPC indica o seguinte endereço eletrônico
do patrono do réu: nwbbintimacoes@nwadv.com.br.
Nesses termos,
Pede deferimento,
São Paulo/SP, 14 de setembro de 2021.

OAB/SP Nº 128.341
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09/09/2021 13:37 Tribunal de Justiça de São Paulo
EXPEDIENTE FORENSE/SUSPENSÃO DE PRAZOS
Atenção:
Dúvidas relativas à indisponibilidade do Sistema SAJ para peticionamento eletrônico devem ser dirimidas
através do link
Indisponibilidade de Sistemas (/Indisponibilidade)

e por meio do telefone: 0800-797-9918
Para informações sobre suspensão de prazos de Segundo Grau, clique aqui (/CanaisComunicacao/Feriados/Suspensao).
Para informações sobre suspensão de prazos de Processos Físicos, clique aqui (/CanaisComunicacao/Feriados/ProcessosFisicos).
Município:
São Paulo
Ano:
2021
Feriados Pesquisar
Data Descrição
01/01/2021 CONFRATERNIZAÇÃO UNIVERSAL
25/01/2021 FUNDAÇÃO DA CIDADE DE SÃO PAULO
01/04/2021 ENDOENÇAS
02/04/2021 SEXTA-FEIRA SANTA
21/04/2021 TIRADENTES
01/05/2021 DIA DO TRABALHO
03/06/2021 CORPUS CHRISTI
09/07/2021 DATA MAGNA DO ESTADO DE SÃO PAULO
07/09/2021 INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
12/10/2021 NOSSA SENHORA APARECIDA
28/10/2021 DIA DO FUNCIONÁRIO PÚBLICO
02/11/2021 FINADOS
15/11/2021 PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA
20/11/2021 CONSCIÊNCIA NEGRA
08/12/2021 DIA DA JUSTIÇA
24/12/2021 VÉSPERA DE NATAL
25/12/2021 NATAL
31/12/2021 VÉSPERA DE ANO NOVO
Suspensões
Data Descrição DJE
01/01/2021 a
Recesso
06/01/2021 (http://www.tjsp.jus.br/Download/pdf/Mensa
07/01/2021 a
Art. 116, § 2º, RITJSP (Ressalvado o disposto no Comunicado Conjunto nº 2542/2018).
FORO REGIONAL II – SANTO AMARO – ANEXO UNISA (1ª VARA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL) –
07/01/2021 a suspensão do expediente e dos prazos processuais nos dias 07 e 08/01/2021, sem prejuízo da
08/01/2021 apreciação das medidas urgentes, que serão atendidas na respectiva Vara (DJE 05/11/2020, pág. (http://www.tjsp.jus.br/Download/pdf/Mensa
04)
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FORO REGIONAL III - JABAQUARA - antecipação do encerramento do expediente forense, a
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11/02/2021 partir das 18h15, e suspensão dos prazos processuais no dia 11/02/2021 (DJE 15/02/2021, pág.
Privacidade e Proteção de Dados Pessoais (https://www.tjsp.jus.br/LGPD/LGPD/ProtecaoDadosPessoais) do (http://www.tjsp.jus.br/Download/pdf/Mensa
TJSP
03).
https://www.tjsp.jus.br/CanaisComunicacao/Feriados/ExpedienteForense 1/3
CAPITAL – ANEXO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL MACKENZIE – suspensão do expediente forense

15/02/2021 a
e dos prazos processuais nos dias 15 e 16/02/2021 e prorrogação do início do expediente no dia
17/02/2021, a partir das 13 horas. (DJE 09.02.2021, pág. 02).
CAPITAL – PRÉDIO DO FÓRUM I DAS EXECUÇÕES FISCAIS - antecipação do encerramento do

24/02/2021 expediente forense, a partir das 17h15, e suspensão dos prazos processuais no dia 24/02/2021
(http://www.tjsp.jus.br/Download/pdf/Mensa
(DJE 25/02/2021, pág. 11).
FÓRUM REGIONAL DE SANTO AMARO - PRÉDIO NAÇÕES UNIDAS – antecipação do

03/03/2021 encerramento do expediente forense, a partir das 18h35, e suspensão dos prazos processuais no
dia 03/03/2021. (DJE de 05/03/2021, pág. 11)
Provimento CSM nº 2603/2021 (DJE de 23/03/2021, págs. 01/02) Art. 1º. Nos dias 26, 29, 30 e 31
de março de 2021, haverá expediente forense no âmbito do Tribunal de Justiça de São Paulo, em
primeiro e segundo graus, em Sistema Remoto de Trabalho. Parágrafo único. Nesses dias, ficarão
suspensos os prazos processuais, em primeiro e segundo graus, na comarca da Capital.
FORO
REGIONAL DE PINHEIROS - ANEXO MACKENZIE – suspensão do expediente forense e dos
26/03/2021 a prazos processuais nos dias 26, 29, 30 e 31/03/2021, porque, a despeito do estabelecido pelo
31/03/2021 Provimento CSM nº 2603/2021, a Universidade aderirá à antecipação desses feriados, conforme (http://www.tjsp.jus.br/Download/pdf/Mensa
Decreto Municipal nº 60.131/2021. (DJE 25/03/2021, pág. 02).
ANEXO FAAP - FÓRUM DO
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL CENTRAL – suspensão do expediente forense e dos prazos processuais
nos dias 26, 29, 30 e 31/03/2021, porque, a despeito do estabelecido pelo Provimento CSM nº
2603/2021, a Universidade aderirá à antecipação desses feriados, conforme Decreto Municipal nº
60.131/2021. (DJE 29/03/2021, pág. 02).
PETICIONAMENTO INICIAL DE 1ª E 2ª INSTÂNCIAS - INDISPONIBILIDADE SEVERA – suspensão

dos prazos processuais no âmbito do Tribunal de Justiça de São Paulo no dia 08/04/2021, nos
08/04/2021 termos artigo 2º do Provimento CSM Nº 2537/2019 e do Provimento CG Nº 15/2020
(indisponibilidade ou intermitência severa das aplicações por tempo superior a 3 (três) horas).
(DJE de 09/04/2021, pág. 11)

09/04/2021 termos artigo 2º do Provimento CSM Nº 2537/2019 e do Provimento CG Nº 15/2020
(DJE de 12/04/2021, pág. 08)

termos artigo 2º do Provimento CSM Nº 2537/2019 e do Provimento CG Nº 15/2020
12/04/2021 (DJE de 13/04/2021, pág. 01)
O Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do Tribunal de
Justiça, em 08/04/2021, considerando o disposto no Provimento CSM 2603/2021, manteve o
expediente forense, em Sistema Remoto de Trabalho, suspendendo, no entanto, os prazos
processuais dos processos físicos e digitais nos seguintes períodos e Comarcas: ITARIRI –
12/04/2021. (DJE de 09/04/2021, pág. 11)
COMUNICADO CONJUNTO Nº 912/2021

(Processo nº 2018/106937)
A Presidência do Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo e a Corregedoria Geral da Justiça COMUNICAM aos Senhores
Magistrados, Membros do Ministério Público, da Defensoria Pública, das Procuradorias,
26/04/2021 a Advogados, Dirigentes das Unidades Judiciais, servidores e público em geral que, no período de
28/04/2021 26 a 28 de abril de 2021, estarão suspensos os prazos processuais e o atendimento ao público (http://www.tjsp.jus.br/Download/pdf/Mensa
das 16ª a 20ª Varas Cíveis do Foro Central, em virtude da implantação da UPJ – Unidade de
Processamento Judicial. Fica mantido o atendimento dos casos urgentes. (DJE de 23/04/2021,
pág. 10)
O Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça, em 19/05/2021, no

uso de suas atribuições legais, autorizou o que segue:
FORO REGIONAL DE PINHEIROS - ANEXO
19/05/2021
MACKENZIE – antecipação do encerramento do expediente forense, a partir das 16h, e (http://www.tjsp.jus.br/Download/pdf/Mensa
suspensão dos prazos processuais no dia 19/05/2021. (DJE de 20/05/2021, pág. 02)
04/06/2021 Suspensão de expediente – Prov. CSM n° 2584/2020

O Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça, em 21/06/2021, no

15/06/2021 a uso de suas atribuições legais, autorizou o que segue:
FORUM REGIONAL X - IPIRANGA -
16/06/2021 suspensão dos prazos processuais dos processos físicos e digitais nos dias 15 e 16/06/2021. (DJE (http://www.tjsp.jus.br/Download/pdf/Mensa
em 22/06/2021, pág. 13)
30/07/2021 Antecipação de encerrameto de expediente - DJE de 02.08.2021, pág. 09.

Antecipação do encerramento do expediente - DJE de 02.08.2021, pág. 09

CAPITAL – FÓRUM
CRIMINAL MINISTRO MÁRIO GUIMARÃES (BARRA FUNDA) - antecipação do encerramento do
30/07/2021
expediente
O Tribunal de Justiça deforense,
São Pauloa partir
utilizadas 16h30armazenados
cookies, horas, e suspensão
apenasdos
emprazos
caráterprocessuais
temporário,no dia de obter estatísticas
a fim (http://www.tjsp.jus.br/Download/pdf/Mensa
para
30/07/2021.
aprimorar a experiência (DJE de A
do usuário. 02/08/2021,
navegaçãopág. 09) implica concordância com esse procedimento, em linha com a Política de
no portal Ciente
Privacidade e Proteção de Dados Pessoais (https://www.tjsp.jus.br/LGPD/LGPD/ProtecaoDadosPessoais) do TJSP
SANTO AMARO (PRÉDIO III) - antecipação do encerramento do expediente forense, a partir das
17/08/2021
16h45, e suspensão dos prazos processuais - DJE de 18.08.2021, pág. 06. (http://www.tjsp.jus.br/Download/pdf/Mensa


CAPITAL – ANEXO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL MACKENZIE – suspensão do expediente forense

18/10/2021
e dos prazos processuais no dia 18/10/2021 (DJE 11/01/2021, pág. 03). (http://www.tjsp.jus.br/Download/pdf/Mensa

20/12/2021 a
Recesso.
Tribunal de Justiça de São Paulo
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Num. 105733668 - Pág. 1

BANCO DO BRASIL S.A
Advogado do(a) IMPETRADO: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES - SP128341-A
DESPACHO
Altero a conclusão para despacho.
Intimem-se os impetrados para que se manifestem, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre o alegado
descumprimento da tutela concedida em sede de agravo de instrumento, conforme noticiado pela
impetrante (ID 105448694).
Após, conclusos.

BANCO DO BRASIL S.A
Autoridade a ser intimada:
70040-912
Judiciária de Brasilia/DF.
Excelência a intimação das autoridades impetradas da decisão proferida no mandado de segurança acima
referido, nos seguintes termos:
"...Intimem-se os impetrados para que se manifestem, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre o
alegado descumprimento da tutela concedida em sede de agravo de instrumento, conforme
noticiado pela impetrante (ID 105448694)..."

http://web.trf3.jus.br/anexos/download/B0722A4A52

EXPEDIDA nesta cidade de São Paulo, em 27 de setembro de 2021.

CERTIDÃO
Certifico e dou fé que encaminhei a carta precatória para o Juízo deprecado por malote
digital.
São Paulo, 29 de setembro de 2021.
29/09/2021 12:35 https://malotedigital.cjf.jus.br/malotedigital/popup.jsf
Impresso em: 29/09/2021 às 12:35

Código de
40320219213073
rastreabilidade:
)
Data de Envio: 29/09/2021 12:33:45
Anexos:
Assunto:
http://web.trf3.jus.br/anexos/download/B0722A4A52


CERTIDÃO
Certifico e dou fé que junto ao processo informações sobre a distribuição da CP 123/2021.
São Paulo, 4 de outubro de 2021.
04/10/2021 16:14 Email – DANIELA PIRANI ESBIZERA – Outlook
ENC: CP 123/2021 - 8ª VF - SP
CIVEL - SECRETARIA 8ª VARA - SE08 <CIVEL-SE08-VARA08@trf3.jus.br>

Sex, 01/10/2021 17:06
Para: DANIELA PIRANI ESBIZERA <DESBIZER@trf3.jus.br>
De: SJDF/Seção de Classificação e Distribuição <secla.df@trf1.jus.br>

Enviado: quinta-feira, 30 de setembro de 2021 18:22
Para: CIVEL - SECRETARIA 8ª VARA - SE08 <CIVEL-SE08-VARA08@trf3.jus.br>
Assunto: CP 123/2021 - 8ª VF - SP

Prezado(a) Senhor(a), Boa tarde!
Informamos a Vossa Senhoria que a Carta Precatória anexa foi cadastrada no Sistema SEI sob nº
0017988-75.2021.4.01.8005.
Comunicamos ainda que foi disponibilizado acesso externo ao processo para acompanhamento
pelo sítio do TRF 1ª Região - SJDF.
Contato CENTRAL DE MANDADOS: (61) 3221-6240 - ceman.df@trf1.jus.br
Atenciosamente,
Seção de Classificação e Distribuição - SECLA
Seção Judiciária do Distrito Federal - SJDF
https://outlook.office365.com/mail/inbox/id/AAQkAGMwZGY5MzQyLTJjYjEtNDRmNy1hMmJiLWFiMGZjODliODk5ZQAQABcjE3sNdK1Dqnk2E5vAnGQ%3D 1/1
04/10/2021 16:14 Email – DANIELA PIRANI ESBIZERA – Outlook
ENC: Acesso Externo ao Processo SEI 0017988-75.2021.4.01.8005
CIVEL - SECRETARIA 8ª VARA - SE08 <CIVEL-SE08-VARA08@trf3.jus.br>

Sex, 01/10/2021 17:06
Para: DANIELA PIRANI ESBIZERA <DESBIZER@trf3.jus.br>
De: SJDF/Seção de Classificação e Distribuição <secla.df@trf1.jus.br>

Enviado: quinta-feira, 30 de setembro de 2021 18:23
Para: CIVEL - SECRETARIA 8ª VARA - SE08 <CIVEL-SE08-VARA08@trf3.jus.br>
Assunto: Acesso Externo ao Processo SEI 0017988-75.2021.4.01.8005

Esta mensagem fornece acesso ao Processo Administrativo Nº 0017988-75.2021.4.01.8005 do

Sistema Eletrônico de Informações e é destinada para 8ª VF - SP.
O acesso será válido até 30/09/2022 e poderá ser realizado através do link abaixo:
https://sei.trf1.jus.br/sei/processo_acesso_externo_consulta.php?
id_acesso_externo=133905&infra_hash=103bdc5331c38301c13d2246fe84a4db
ATENÇÃO: A informação contida nesta mensagem de e-mail, incluindo quaisquer anexos, pode ser
confidencial e estar reservada apenas à pessoa ou entidade para a qual foi endereçada. Se você
não é o destinatário ou a pessoa responsável por encaminhar esta mensagem ao destinatário,
você está, por meio desta, notificado que não deverá rever, retransmitir, imprimir, copiar, usar ou
distribuir esta mensagem de e-mail ou quaisquer anexos. Caso você tenha recebido esta
mensagem por engano, por favor, contate o remetente imediatamente e apague esta mensagem
de seu computador ou de qualquer outro banco de dados.
Seção Judiciária do Distrito Federal

www.trf1.jus.br/sjdf/
https://outlook.office365.com/mail/inbox/id/AAQkAGMwZGY5MzQyLTJjYjEtNDRmNy1hMmJiLWFiMGZjODliODk5ZQAQAIH4yyGmVoFMherVm3xZufo%3D 1/1
peça pdf
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 08ª VARA CÍVEL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA
DE SÃO PAULO
Processo nº: 5020609-92.2021.4.03.6100
BANCO DO BRASIL S/A, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe,

neste ato representado por seu advogado que esta subscreve, que lhe move PATRICIA PINHEIRO CABRAL,
vem, respeitosamente a presença de Vossa Excelência, em atenção ao r. despacho de fls., informar que o
Banco do Brasil é parte ilegítima para figurar no polo passivo da ação, sendo que o responsável pelo
cumprimento da liminar é o FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FNDE.
DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO RÉU


(...)
exposto a seguir.

Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que

tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação.
22.01.2010 e nº 10, de 30.04.2010, o FIES é um programa do Ministério da Educação, cujo Agente Operador
é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), sendo o Banco do Brasil mero Agente
Financeiro, na qualidade de mandatário do FNDE.


mais.


Serviços, está a de contratar e aditar as operações de crédito, sendo vedado ao Agente Financeiro contratar
e aditar operações de crédito após o decurso dos prazos fixados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educação (FNDE).


sua ilegitimidade passiva e a consequente extinção do feito, nos termos do artigo 485, VI, do CPC.
DA RESPONSABILIDADE DO FNDE
O FIES destina-se a financiar a graduação na educação superior de estudantes

matriculados em instituições não gratuitas, tendo o Banco do Brasil como Agente Financeiro, na qualidade
de mandatário do FNDE. Regulado pela Lei n.º 10.260, de 07/2001 e pelas Portarias do MEC/FNDE n.º 1, de
22.01.2010 e n.º 10, de 30.04.2010, o FIES é um programa do Ministério da Educação, cujo Agente Operador
é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Destaca-se que a operação de FIES não guarda relação com o crédito bancário oferecido
pelo Banco do Brasil, peculiar às relações de consumo, pois se trata de crédito estudantil concedido no
âmbito do Programa Governamental, cujo gestor dos ativos e passivos é o FNDE.
A contratação e os aditamentos das operações de crédito ocorrem mediante o envio de

informações pelo FNDE em meio eletrônico e em layouts previamente definidos (Cláusula Segunda, item li,
alínea "I") com prazos fixos que devem ser observados pelo Banco (Cláusula Segunda,§4°).
O risco de crédito dos financiamentos é compartilhado entre o Fundo de Financiamento

Estudantil- FIES e as mantenedoras de instituições de ensino superior, nas condições e percentuais definidos
na Lei nº 10.260/2001 e nas demais normas que regulamentam o FIES. Trata-se, portanto, de operação risco
União, cabendo ao Banco do Brasil, apenas, o risco operacional referente ao processo de contratação do
financiamento.

Operador do FIES, o FNDE, conforme previsão da Portaria Normativa MEC nº 01 de 22 de janeiro de 2010 e
da Portaria/MF nº 505, de 07 de outubro de 2010, sem interveniência do Banco.
Agente Operador do FIES, responsável pelos ativos e passivos do Fundo, e único agente competente para:
autorizar a contratação, o aditamento, o cancelamento e o encerramento de operações, efetuar troca de
garantia, ajustar os dados cadastrais das propostas, flexibilizar as condições contratuais e providenciar o
repasse de recursos às instituições de ensino que aderiram ao programa.
Superados os aspectos negociais do financiamento estudantil, convém esclarecer que a
natureza jurídica do FIES se consubstancia num típico contrato de mútuo, não podendo ser confundido
Federal que se destina a financiar estudantes universitários. Portanto, possui natureza contábil, nos termos
do art. 1º da Lei 10.260/2001:
“Art.1º - Fica instituído nos termos desta lei, o Fundo de Financiamento ao Estudante do
Ensino Superior (FIES), de natureza contábil, destinado à concessão de financiamento a
estudantes regularmente matriculados em cursos superiores não-gratuitos e com
avaliação positiva de acordo com a regulamentação próprias nos processos conduzidos
pelo Ministério da Educação (MEC)”. (g.n.)
Prosseguindo, para maior elucidação da situação explanada, faz-se necessário descrever

o procedimento necessário a ser adotado para inscrição e contratação do FIES, de acordo com os ditames
da Portaria Normativa nº 10, de 30 de abril de 2010:
“Art. 2º A inscrição no FIES será efetuada exclusivamente pela internet, em qualquer

período do ano, de janeiro a junho, para o financiamento relativo ao primeiro semestre,
e de julho a dezembro, para o financiamento relativo ao segundo semestre do ano, por
meio do Sistema Informatizado do FIES - SISFIES, disponível nas páginas eletrônicas do
Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE.
(Redação dada pela Portaria Normativa nº 28, de 28 de dezembro de 2012).
§ 1º Para efetuar a inscrição no FIES, o estudante deverá informar seu número do
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e
prestar todas as informações solicitadas pelo Sistema.
§ 3º A concessão de financiamento de que trata esta Portaria é condicionada à existência
de limite de recurso disponível da mantenedora no momento da inscrição do estudante,
no caso de adesão com limite prevista no art. 26 da Portaria Normativa MEC nº 1, de
2010, bem como à disponibilidade orçamentária e financeira do FIES.
§ 9º Para efetuar a inscrição no FIES o estudante deverá conferir todas as informações e
manifestar sua concordância com as condições para o financiamento, a qual será
considerada ratificada para todos os fins de direito com a conclusão da sua inscrição no
SISFIES.”
I - validar suas informações na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento
(CPSA) em até 10 (dez) dias, contados a partir do dia imediatamente subsequente ao da
conclusão da sua inscrição; e (Redação dada pela Portaria Normativa nº 12, de 07 de
maio 2010).
II - comparecer a um agente financeiro do FIES em até 10 (dez) dias, contados a partir do
terceiro dia útil imediatamente subsequente à data da validação da inscrição pela CPSA,
com a documentação exigida no art. 15, e, uma vez aprovada pelo agente financeiro,
formalizar a contratação do financiamento. (Redação dada pela Portaria Normativa nº
12, de 06 de junho de 2011).
“Art. 5º A emissão do Documento de Regularidade de Inscrição (DRI) é condicionada à

validação da inscrição do estudante pela CPSA do local de oferta do curso a ser
financiado, conforme disposto na Seção II do Capítulo II da Portaria Normativa MEC nº
1, de 2010 e demais normas que regulamentam o FIES.
documentos referidos nos Anexos I a IV e outros eventualmente julgados necessários,
bem como solicitar ao estudante alterações das informações, se for o caso.”
“Art. 14 O estudante habilitado para o FIES nos termos do art. 5°, seu(s) fiador(es) e
representante legal, se for o caso, deverão comparecer na agência de agente financeiro
do FIES, no prazo previsto no inciso II do art. 4º, para formalização do contrato de
financiamento, atendidas as condições previstas no art. 5º da Lei nº 10.260, de 2001 e
demais normas que regulamentam o FIES.”
não cometeu nenhuma irregularidade, não devendo ser responsabilizado pelo que foi alegado pela Autora.
Em que pese à argumentação empreendida pela Autora, imperioso evidenciar que meras
alegações desprovidas de elementos probatórios não possuem o condão de alicerçar pretensões
descabidas. Conforme preceitua o artigo 373, inciso I, do Novo Código de Processo Civil, é ônus da Autora
comprovar a existência/ocorrência do fato constitutivo de seu direito.
Pelo exposto, não há qualquer elemento que ampare a pretensão da Autora, razão pela
qual reitera todos os termos da contestação e reforça o pedido de improcedência da ação.
Por fim, requer seja anotado na contracapa e/ou habilitação nos autos eletrônicos
exclusivamente o nome do advogado NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES, inscrito na OAB/SP sob o
nº 128.341, constituído na procuração outorgada e já colacionada aos autos, bem como que sejam feitas
as publicações de todos os atos processuais em nome do mesmo, sob pena de nulidade nos termos do §5º
do art. 272 do CPC. * Para fins de cumprimento do artigo 287 do CPC indica o seguinte endereço eletrônico
Nesses termos,
Pede deferimento.
São Paulo, 04 de outubro de 2021.

OAB/SP Nº 128.341
NÚMERO: 5020609-92.2021.4.03.6100

presença de Vossa Excelência, requerer a juntada dos documentos anexos, que comprovam o cumprimento da liminar
na parte que cabia à autarquia.
Brasília, 12 de outubro de 2021.
Juliana Rovai Rittes de Oliveira Silva

Procuradora Federal
OAB/SP 156.412
Assinado eletronicamente por: JULIANA ROVAI RITTES DE OLIVEIRA SILVA - 12/10/2021 17:20:15 Num. 130569283 - Pág. 1
PROCURADORIA FEDERAL JUNTO AO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
SERVIÇO DE ACOMPANHAMENTO JURÍDICO AO FIES
OFÍCIO n. 07719/2021/SFIES/PFFNDE/PGF/AGU
Brasília, 08 de outubro de 2021.
À EQUIPE NACIONAL ESPECIALIZADA EM MATÉRIA DE EDUCAÇÃO ESTAGIÁRIOS EN-EDU
NUP: 00792.005508/2021-68 (REF. 00409.656473/2021-14)

INTERESSADOS: PATRICIA PINHEIRO CABRAL E OUTROS
ASSUNTOS: FINANCIAMENTO PÚBLICO DA EDUCAÇÃO E/OU PESQUISA E OUTROS
Trata-se de informação providenciada pela área técnica deste FNDE em atenção à demanda de
competência dessa Procuradoria, conforme sequencial nº 116.
Diante disso, promove-se a juntada do(s) documento(s) informativo(s) para análise e providências
cabíveis.
Permanecemos à disposição.
Atenciosamente,
SERVIÇO DE ACOMPANHAMENTO JURÍDICO DO FIES - SFIES
06/10/2021 16:07 SEI/FNDE - 2583155 - Subsídio Técnico - SIMEC
FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO

DIRETORIA DE GESTÃO DE FUNDOS E BENEFÍCIOS - DIGEF
Setor Bancário Sul, Quadra 2 Bloco F, Edifício FNDE. - Bairro Asa Sul,
Telefone: (061) 2022-4199 - https://www.fnde.gov.br

Subsídio Técnico - SIMEC nº 28467/2021/DIGEF/FNDE
SIMEC 28467
Processo: 5020609-92.2021.4.03.6100
Autor/Estudante: PATRÍCIA PINHEIRO CABRAL
CPF: 111.005.657-52
1. Em complementação aos subsídios anteriormente encaminhados é que esta Procuradoria

Federal no FNDE (PROFE) fornece os esclarecimentos necessários, em atendimentoOFÍCIO n.
00991.2021.ESTAG.EN-EDU.PGF.AGU e a CARTA PRECATÓRIA Nº. 123-2021 - 05.10.2021.
2. Na conformidade dos subsídios anteriormente encaminhados, esclareceu-se que este
FNDE instou o Agente Financeiro, com vistas a cumprir a ordem judicial.
3. Cabe frisar, assim, que é de responsabilidade do Agente Financeiro manter as operações
de crédito do FIES em carteira específica e efetuar o controle da evolução dos financiamentos e das
obrigações deles decorrentes, em todas as suas fases, bem como, efetuar a cobrança administrativa das
obrigações em atraso e de todos os encargos contratuais incidentes.
4. Desta feita, dentro do que lhe era possível executar, este Agente Operador cumpriu a
ordem liminar.
5. Diante disso, ressalta-se que o Agente Financeiro envolvido (BB) se manifestou e informou
que “foi providenciada, em 10/09/2021, a ampliação do período de carência da operação de Fies da
estudante. A próxima cobrança de parcela de capital (fase de amortização) está prevista para a data-base
(data de pagamento da operação) imediatamente posterior à data fim da residência médica, informada
pelo FNDE.”
6. Por fim, ratificamos os termos do subsidio anterior, em especial no sentido de ressaltar
que o Agente Operador do FIES somente oportuniza aos estudantes via sistema – SisFIES -a formalização
dos aditamentos pertinentes à fase de utilização do financiamento. Encerrada essa fase não há
providências a exigir a atuação do Agente Operador, uma vez que a gestão financeira dos contratos
firmados compete aos Agentes Financeiros, responsáveis pela evolução dos encargos educacionais,
acompanhamento das fases de carência e amortização, cobrança das parcelas respectivas até ulterior
liquidação do saldo devedor.
7. Ante o exposto, consideram-se prestadas as solicitações formuladas por essa douta
Procuradoria Federal do FNDE, ao tempo em que nos colocamos à disposição para esclarecimentos
adicionais.
https://www.fnde.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=2919147&infra_sis… 1/2
06/10/2021 16:07 SEI/FNDE - 2583155 - Subsídio Técnico - SIMEC
Atenciosamente,
Documento assinado eletronicamente por RAFAEL RODRIGUES TAVARES, Coordenador(a)-Geral de

Concessão e Controle do Financiamento Estudantil, em 06/10/2021, às 10:35, conforme horário
oficial de Brasília, com fundamento no art. 6º, caput e § 1º, do Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de
2015, embasado no art. 9º, §§ 1º e 2º, da Portaria MEC nº 1.042, de 5 de novembro de 2015,
respaldado no art. 9º, §§ 1º e 2º, da Portaria/FNDE nº 83, de 29 de fevereiro de 2016.
A autenticidade deste documento pode ser conferida no site

https://www.fnde.gov.br/sei/controlador_externo.php?
acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0, informando o código verificador 2583155 e
o código CRC 5AF11886.
Referência: Processo nº 23034.013613/2021-58 SEI nº 2583155
https://www.fnde.gov.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=2919147&infra_sis… 2/2
SABRINA SOARES QUEIROZ
De: drimoreira@bb.com.br em nome de digov.meiospagto@bb.com.br

Enviado em: segunda-feira, 13 de setembro de 2021 13:49
Para: suporte.diges
Cc: drimoreira@bb.com.br
Assunto: Re: SIMEC 28467 _ PATRÍCIA PINHEIRO CABRAL CPF: 111.005.657-52
Prioridade: Alta
Prezados,
Comunicamos que foi providenciada, em 10/09/2021, a ampliação do período de carência da operação

de Fies da estudante.
A próxima cobrança de parcela de capital (fase de amortização) está prevista para a data-base (data
de pagamento da operação) imediatamente posterior à data fim da residência médica, informada pelo
FNDE.
Atenciosamente,
Adriana Moreira
Assessora
Banco do Brasil S.A.

Diretoria de Governo DF
Gerência de Meios de Pagamento e Financiamentos Governamentais
Declaramos que a(s) informação(ões) constante(s) deste documento e de seu(s) eventual(is) anexo(s), requisitados ao
Banco do Brasil S.A., está(ão) protegida(s) pelo sigilo bancário, cuja integridade e preservação ora transferimos para essa
Autoridade.
Não é permitida a reprodução, divulgação ou fornecimento do conteúdo deste e-mail e de seus anexos, sem a prévia e
expressa autorização, por escrito, do Banco do Brasil S.A., bem como sua utilização quando não tenha propósito único e
exclusivo de interesse do Banco do Brasil S.A.
-----suporte.diges <suporte.diges@fnde.gov.br> escreveu: -----

Para: "digov.meiospagto@bb.com.br" <digov.meiospagto@bb.com.br>
De: suporte.diges <suporte.diges@fnde.gov.br>
Data: 20/08/2021 01:04 PM
AO BB,
Prezados, tento em vista o teor da decisão, solicitamos que seja implementado a extensão da carência
durante todo o período de residência médica, previsão de termino em 28/02/2022, mantendo-se
suspensa a cobrança de prestações no período de prorrogação.
PERÍODO DA DATA DA SOLICITAÇÃO

CPF NOME PROFISSIONAL
RESIDÊNCIA
INÍCIO – 20/08/2021
111.005.657-52 PATRÍCIA PINHEIRO CABRAL MÉDICO
01/03/2020/
TÉRMINO –
28/02/2022
Dessa forma, solicitamos a adoção das providências necessárias ao cumprimento da decisão judicial.
Atenciosamente,
[anexo "DECISÃO (23).pdf" removido por F0169761 Adriana Moreira Siqueira de

Morais/BancodoBrasil]
[anexo "DECLARAÇÃO_DE_RESIDÊNCIA_MÉDICA (3).pdf" removido por F0169761 Adriana Moreira
Siqueira de Morais/BancodoBrasil]
peça pdf
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 08ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO
PAULO
Processo nº: 5020609-92.2021.4.03.6100
BANCO DO BRASIL S/A, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe,

neste ato representado por seu advogado que esta subscreve, que lhe move PATRICIA PINHEIRO CABRAL,
vem, respeitosamente a presença de Vossa Excelência, em atenção ao r. despacho de fls., expor e requerer
o que segue:
A parte Autora pleiteou o deferimento de tutela antecipada para que seja suspensa a
cobrança do financiamento durante o período da residência médica, o qual foi deferida nos seguintes
termos:
“Ante o exposto, defiro o pedido liminar para prorrogar a carência do financiamento

foi admitida.”. (g.n.)
O Banco do Brasil cumpriu integralmente as determinações deste juízo conforme se

verifica abaixo:
Diante do exposto, serve a presente para comprovar o cumprimento da liminar deferida,
bem como para reiterar os termos da Contestação apresentada pelo Banco do Brasil, para que a r. decisão
de deferimento de liminar proferida seja reconsiderada.
Nesses termos,
Pede deferimento.
São Paulo, 10 de novembro de 2021.

OAB/SP Nº 128.341

CERTIDÃO
Certifico a juntada, em anexo, da CP devolvida
São Paulo, 12 de novembro de 2021.
Assinado eletronicamente por: MILENA SITTOLIN SETUBAL - 12/11/2021 15:29:38 Num. 150673625 - Pág. 1
PODER JUDICIÁRIO
MALOTE DIGITAL
Tipo de documento: Administrativo

Nome original: RECEBIDO_BANCO_BRASIL_SEI_17988_75.pdf
Data: 05/10/2021 19:52:31
Remetente:
Luiz Fernando Ramos de Ameida
SJDF - Central de Mandados
Prioridade: Normal.
Motivo de envio: Para conhecimento.
Assunto: Certifico que, tendo em vista a devolução da Carta Precatória ao Juízo Deprecant
e, concluo o presente PAe-SEI.
PODER JUDICIÁRIO
MALOTE DIGITAL

Nome original: RECEBIDO_PRESIDENTE_FNDE_SEI_17988_75.pdf
Data: 05/10/2021 19:52:31
Remetente:
Prioridade: Normal.
PODER JUDICIÁRIO
MALOTE DIGITAL

Nome original: cert2.pdf
Data: 05/10/2021 19:52:31
Remetente:
Prioridade: Normal.
PODER JUDICIÁRIO
MALOTE DIGITAL

Nome original: cert.pdf
Data: 05/10/2021 19:52:31
Remetente:
Prioridade: Normal.
BANCO DO BRASIL S.A
Advogado do(a) IMPETRADO: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES - MS13043-A
SENTENÇA
A impetrante postula a concessão da segurança para o fim de que seja estendido o período de carência de
seu contrato de financiamento estudantil, com a consequente suspensão da cobrança das parcelas do FIES
durante o período em que estiver cursando a residência médica.
Afirma que concluiu graduação em Medicina na Pontifícia Universidade Católica de Goiás em

06/01/2020, utilizando o financiamento estudantil do FIES e foi aprovada no Programa de Pós-Graduação
em Residência Médica na área de cirurgia, no Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, com
início em 01/03/2020 e término previsto para 28/02/2022, sendo uma das especialidades definidas como
prioritárias pelo Estado, conforme descrito o Anexo II da PORTARIA CONJUNTA Nº 3, DE 19 DE
FEVEREIRO DE 2013 do Ministério da Saúde.
Sustenta que não conseguiu obter a carência estendida, com a suspensão do pagamento das parcelas
mensais, sob o argumento de que a área “cirúrgica básica” não pode ser enquadrada como especialidade
beneficiada.
Argumenta, contudo, que tal área é entendida como “cirurgia”, nos termos da legislação, inclusive se
constitui como pré-requisito para cursar determinadas áreas da residência de cirurgia, entendimento
consolidado na jurisprudência.
O pedido de liminar foi indeferido (ID 64781899).
O E. TRF da 3ª Região deferiu o pedido de antecipação de tutela recursal no AI nº.

5018100-58.2021.4.03.0000 interposto pela impetrante para: “prorrogar a carência do financiamento
estudantil (FIES) da agravante pelo período de duração da residência médica para qual foi admitida”
(ID 68610639).
O FNDE requereu seu ingresso no feito como assistente litisconsorcial passivo e pugnou pela denegação
da segurança (ID 76662121).
Informações prestadas pelo FNDE, por meio da PRF da 3ª Região, nas quais também comunica a adoção
de providências para o cumprimento da medida deferida pelo TRF3 (ID 84195641 e seguintes).
O presidente do FNDE prestou informações (ID 84389928)
O MPF deixou de se manifestar sobre o mérito da demanda (ID 91726139).
A impetrante noticiou o descumprimento da ordem judicial (ID 105448694).
Informações prestadas pelo representante do Banco do Brasil (ID 105733349).
Determinada a intimação dos impetrados para manifestação, em 5 (cinco) dias, sobre o alegado
descumprimento da tutela recursal (ID 111621557).
O Banco do Brasil reiterou sua preliminar de ilegitimidade passiva (ID 122426390).
O FNDE juntou documentos a fim de comprovar o cumprimento da decisão judicial (ID 130569283).
O Banco do Brasil noticiou o integral cumprimento da tutela recursal (ID 150568492).
É o relato do essencial. Decido.
Afasto as preliminares de ilegitimidade passiva arguidas pelo Presidente do FNDE e pelo Gerente do
Banco do Brasil.
Em relação ao Presidente do FNDE, a legitimidade passiva decorre da sua qualidade de agente operador
do FIES, nos termos do artigo 20-B, § 1º da Lei nº. 10.260/2001:
Art. 20-B. O Ministério da Educação regulamentará as condições e o prazo para a transição do agente
operador, tanto para os contratos de financiamento formalizados até o segundo semestre de 2017 quanto
para os contratos formalizados a partir do primeiro semestre de 2018. (Incluído pela Lei nº 13.530, de
2017)
§ 1º Enquanto não houver a regulamentação de que trata o caput deste artigo, o FNDE dará
continuidade às atribuições decorrentes do encargo de agente operador. (Incluído pela Lei nº 13.530, de
2017).
Desse modo, considerando o pleito formulado no presente caso (extensão do período de carência do
contrato de financiamento estudantil), vislumbra-se que, na hipótese de acolhimento, demandará a adoção
de providências por parte da referida entidade, representada pela sua autoridade máxima.
No que se refere ao Banco do Brasil, este detém a qualidade de agente financeiro do FIES, por força da lei
que instituiu o programa e, além disso, referida instituição financeira é responsável por firmar os contratos
de financiamento dos cursos de graduação, realizar os aditamentos, bem como arrecadar as prestações
amortizadas, razão pela qual é parte legítima para figurar no polo passivo da demanda em que se pretende
a extensão do período de carência do contrato de financiamento estudantil, com a consequente suspensão
da cobrança das respectivas parcelas.
Acerca da legitimidade passiva nas ações que tem por objeto os contratos de financiamento estudantil,
confira-se o seguinte julgado do E. TRF da 3ª Região:
PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. FIES. SUSPENSÃO DO PAGAMENTO.

RESIDÊNCIA MÉDICA. LEGITIMIDADE PASSIVA. FNDE. CEF. LEI 12.202/2010.
1. A Lei 12.202/2010 incluiu o artigo 20-A na Lei 10.260/2001, prevendo o seguinte: Art. 20-A. O
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE terá prazo de até 1 (um) ano para assumir
o papel de agente operador do Fies, cabendo à Caixa Econômica Federal, durante este prazo, dar
continuidade ao desempenho das atribuições decorrentes do encargo.
2. Nesse prisma, são descabidas as alegações da agravante, sendo certo que tanto o FNDE quanto a
Caixa Econômica Federal devem integrar o polo passivo da lide em que se discute o pagamento das
parcelas do contrato de financiamento estudantil. Precedente.
3. Agravo desprovido.
(TRF 3ª Região, 2ª Seção, AI - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 5015504-43.2017.4.03.0000, Rel.

Desembargador Federal ANTONIO CARLOS CEDENHO, julgado em 09/02/2018, e - DJF3 Judicial 1
DATA: 16/02/2018).
Examino o mérito.
A controvérsia posta nos autos restou suficientemente analisada quando da apreciação do pedido de
liminar, motivo pela qual ratifico integralmente o teor da decisão que a indeferiu (ID 64781899), cujos
argumentos adoto como razão de decidir desta sentença:
“… Dispõe o §3º do art. 6º-B da Lei 10.260/2001, norma que regulamenta o FIES:
Art. 6º- B……
...
§ 3o O estudante graduado em Medicina que optar por ingressar em programa credenciado Medicina
pela Comissão Nacional de Residência Médica, de que trata a Lei 6.932, de 7 de julho de 1981, e em
especialidades prioritárias definidas em ato do Ministro de Estado da Saúde terá o período de carência
estendido por todo o período de duração da residência médica.
Em cumprimento ao comando legal, a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do

Ministério da Saúde, editou a Portaria Conjunta 3 de 19/02/2013, nesses termos:
O SECRETÁRIO DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE E O SECRETÁRIO DE

ATENÇÃO À SAÚDE, no uso das atribuições que lhes conferem o parágrafo único do art. 2º e o
parágrafo único do art. 3º da Portaria nº 1.377/GM/MS, de 13 de junho de 2011, alterada pela Portaria
nº 203/GM/MS, de 8 de fevereiro de 2013, e
Considerando o disposto no inciso II e no § 3º do art. 6º-B da Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001,
incluído pela Lei nº 12.202, de 14 de janeiro de 2010;
Considerando a Portaria nº 1.377/GM/MS, de 13 de junho de 2011, alterada pela Portaria nº

203/GM/MS, de 8 de fevereiro de 2013, que estabelece critérios para definição das áreas e regiões
prioritárias com carência e dificuldade de retenção de médico integrante de equipe de saúde da família
oficialmente cadastrada e das especialidades médicas prioritárias de que tratam o inciso II e o § 3º do
art. 6º-B da Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, no âmbito do Fundo de Financiamento Estudantil
(FIES) e dá outras providências; e
Considerando a Portaria nº 2.488 GM/MS, de 21 de outubro de 2011, que aprova a Política Nacional de
Atenção Básica, resolvem:
Art. 1º Esta Portaria dispõe sobre a execução da Portaria nº 1.377/GM/MS, de 13 de junho de 2011,
alterada pela Portaria nº 203/GM/MS, de 8 de fevereiro de 2013, que estabelece critérios para definição
das áreas e regiões prioritárias com carência e dificuldade de retenção de médico integrante de equipe
de saúde da família oficialmente cadastrada e das especialidades médicas prioritárias de que tratam o
inciso II e o § 3º do art. 6º-B da Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, no âmbito do Fundo de
Financiamento Estudantil (FIES) e dá outras providências; as regras para abatimento do saldo devedor
Art. 2º Para fins do disposto no parágrafo único do art. 2º da Portaria nº 1.377/GM/MS, de 2011,
alterada pela Portaria nº 203/GM/MS, de 8 de fevereiro de 2013, as áreas e regiões prioritárias com
carência e dificuldade de retenção de profissional médico integrante de Equipe de Saúde da Família
(ESF) oficialmente cadastrada são as constantes do Anexo I desta Portaria.
§ 1º A definição das áreas e regiões prioritárias de que trata o "caput" foi realizada considerando-se os
seguintes critérios:
§ 2º Excepcionalmente, médicos integrantes de ESF que atuam em áreas e regiões não relacionadas no
Anexo I desta Portaria também poderão requerer o abatimento do FIES, desde que atuem em:
I - modalidade de ESF que atende as populações quilombolas, ribeirinhas, indígenas e situadas em

assentamentos, conforme cadastro no SCNES; ou
II - ESF vinculada às Unidades Básicas de Saúde localizadas em setores censitários, e/ou que façam
parte de seu território adstrito, que compõem os 20% (vinte por cento) mais pobres do Município,
baseado nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a serem informadas pelos
gestores municipais de saúde.
§ 3º As ESF de que trata este artigo devem estar cadastradas e com todos os dados atualizados no
Sistema Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES).
Art. 3º A carga horária de trabalho do profissional médico nas ESF de que trata o art. 2º considerará as
definições previstas na Portaria nº 2.488/GM/MS, de 21 de outubro de 2011, que aprova a Política
Nacional de Atenção Básica, sendo que o médico poderá atuar em, no máximo, 2 (duas) ESF e com
carga horária total de 40 (quarenta) horas semanais de trabalho, exceto os médicos que compõem as
ESF Ribeirinhas, que terão carga horária de 32 (trinta e duas) horas semanais de trabalho.
Art. 4º Para fins do disposto no parágrafo único do art. 3º da Portaria nº 1.377/GM/MS, de 2011,
alterada pela Portaria nº 203/GM/MS, de 8 de fevereiro de 2013, a relação das especialidades médicas
prioritárias é a constante do Anexo II desta Portaria.
Art. 5º A Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS) disponibilizará o
sistema informatizado de que servirá para comunicação sobre eventuais demandas, informações,
interrupções e necessidades no âmbito da ESF ou de Programas de Residência Médica, sobre o disposto
nesta Portaria.
Art. 7º Ficam revogadas a Portaria Conjunta nº 2/SAS/SGTES, de 25 de agosto de 2011, publicada no

Diário Oficial da União nº 165, de 26 de agosto de 2011, Seção 1, página 32; e a Portaria Conjunta nº
3/SAS/SGTES, de 1º de novembro de 2011, publicada no Diário Oficial da União nº 211, de 3 de
novembro de 2011, Seção 1, página 87.
Restaram definidas 19 (dezenove) especialidades médicas, consideradas essenciais (Anexo II da portaria),

passíveis de prorrogação da carência do financiamento pelo FIES:
1. Clínica Médica; 2. Cirurgia Geral; 3. Ginecologia e Obstetrícia; 4. Pediatria; 5. Neonatologia; 6.

Medicina Intensiva; 7. Medicina de Família e Comunidade; 8. Medicina de Urgência; 9. Psiquiatria; 10.
Anestesiologia; 11. Nefrologia; 12. Neurocirurgia; 13. Ortopedia e Traumatologia; 14. Cirurgia do
Trauma; 15. Cancerologia Clínica; 16. Cancerologia Cirúrgica; 17. Cancerologia Pediátrica; 18.
Radiologia e Diagnóstico por Imagem; 19. Radioterapia
Por sua vez, a Portaria 1.377 de 13/06/2011 do Ministro da Saúde, assim regulamenta os critérios para
definição das especialidades médicas:
...
Art. 3º Para obter a extensão do prazo de carência do respectivo financiamento por todo o período de
duração da residência médica, o estudante graduado em Medicina deverá optar pelo ingresso em
programa credenciado pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), de que trata a Lei nº
6.932, de 7 de julho de 1981, e em especialidade médica cuja prioridade para o SUS será definida pelo
Ministério da Saúde com observância dos seguintes critérios:
I - especialidades definidas como pré-requisito para o credenciamento dos serviços, sobretudo na alta
complexidade;
II - especialidade necessária a uma dada região segundo avaliação da demanda decorrente da evolução
do perfil sócio-epidemiológico da população, principalmente relacionadas ao envelhecimento
populacional e ao aumento de morbi-mortalidade decorrente de causas externas;
III - especialidades necessárias à implementação das políticas públicas estratégicas para o SUS, tais
como a Política de Atenção Básica, de Urgência e Emergência, de Saúde Mental, Atenção à Mulher e
Criança, Oncológica e Atenção ao Idoso; e
IV - especialidades consideradas escassas ou com dificuldade de contratação em uma dada região

segundo análise dos sistemas de informação disponíveis, realização de pesquisa ou demanda referida por
gestores da saúde daquela região.
Extrai-se do cotejo das normas acima transcritas, que as especialidades médicas passíveis de gozo do
benefício previsto no §3º do art. 6-B, da Lei 10.260/2001, definidas na Portaria Conjunta 3, foram
determinadas em estrita observância a critérios técnicos, tais como elementos estatísticos e gerenciais e,
em especial, as políticas públicas estratégicas do SUS.
Assim, tratando-se de hipótese que trata da definição de políticas públicas, no caso, a do SUS, a atuação
do Poder Judiciário é meramente periférica, reservada ao controle da legalidade e constitucionalidade
das opções adotadas pelos demais poderes, isolada ou conjuntamente, em respeito ao modelo
constitucional a tripartição de poderes.
No caso, a parte impetrante foi admitida em programa de cirurgia básica, que não está prevista na
portaria conjunta acima transcrita, e sequer é considerada como especialidade médica.
Dispõe a Resolução 48/2018 da CNRM:
A COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA (CNRM), no uso das atribuições que lhe
conferem o Decreto 80.281/1977, a Lei nº 6.932, de 07 de julho de 1981, o Decreto 7.562 de 15 de
setembro de 2011 e o Decreto nº 8.516, de 10 de setembro de 2015,
CONSIDERANDO o disposto no art. 15 do Decreto 8.516/2015, segundo o qual compete à CNRM definir
a matriz de competências para a formação de especialistas no âmbito da residência médica;

de Programa de Residência Médica devidamente credenciado, ou pelas sociedades de especialidades,
por meio da Associação Médica Brasileira;
CONSIDERANDO a Lei nº 6.932/81, que estabelece em seu Art. 5º a jornada semanal dos Programas de
Residência Médica, incluídas as atividades de plantão e teórico-práticas;
CONSIDERANDO que a CNRM possui prerrogativa legal de avaliar e estabelecer as condições de

funcionamento das instituições e dos Programas de Residência Médica, bem como adotar eventuais
CONSIDERANDO que competência profissional consiste na capacidade de mobilizar, articular e colocar

em ação conhecimentos, habilidades, atitudes e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz
de atividades requeridas pela natureza do trabalho e pelo desenvolvimento tecnológico, nos termos da
Resolução CNE/CP nº 3 de 18/12/2002;
CONSIDERANDO que a evolução do conhecimento, da tecnologia em saúde e da complexidade da

terapêutica médica cirúrgica implica na necessidade formação do médico residente mais extensa, a fim

Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Urologia, Cirurgia Torácica,
Cirurgia Oncológica, Cirurgia Pediátrica e Cirurgia Coloproctológica - as quais requerem treinamento
prévio em área cirúrgica básica, como pré-requisito e condição indispensável ao início da capacitação
nestas áreas de especialidade;
CONSIDERANDO que o treinamento adquirido na residência médica capacita os profissionais para a

realização de cirurgias, complementando a formação adquirida no curso de graduação em medicina;
CONSIDERANDO decisão tomada pela plenária da CNRM na 11a Sessão Plenária Ordinária da CNRM
em 22 de novembro de 2017, resolve:
Art. 1º Aprovar a Matriz de Competências dos Programas de Residência Médica em Cirurgia Geral, na
forma do Anexo que integra esta Resolução.
Art. 3º A conclusão do Programa de Pré-requisito em Cirúrgica Básica é condição indispensável para o
ingresso nas especialidades cirúrgicas, que incluem: Cirurgia do Aparelho Digestivo, Cirurgia de
Cabeça e Pescoço, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Urologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia
Oncológica, Cirurgia Pediátrica e Cirurgia Coloproctológica.


básicos listados no anexo.
§ 3º A certificação referida no parágrafo anterior será aceita para fins de aproveitamento em programas
de residência médica de outras especialidades compatíveis, por prazo não superior a cinco anos,
contados da emissão do certificado.
Art. 4º A aplicação da Matriz de Competências no âmbito dos Programas de Residência Médica em

Cirurgia Geral credenciados pela CNRM é obrigatória a partir do ano letivo de 2020.
A Lei 3.268/1957, que regulamenta a estrutura e atribuições do Conselhos Federal e Regionais de

Medicina, bem como o exercício da profissão de médico, prevê em seu art. 17:
Art. 17. Os médicos só poderão exercer legalmente a medicina, em qualquer de seus ramos ou
especialidades, após o prévio registro de seus títulos, diplomas, certificados ou cartas no Ministério da
Educação e Cultura e de sua inscrição no Conselho Regional de Medicina, sob cuja jurisdição se achar o
local de sua atividade.
Assim, por expressa previsão legal, o exercício da medicina e de suas especialidades, fica condicionada à
prévia habilitação técnica e registro/inscrição perante os Conselhos Regionais de Medicina.
A especialização médica, por seu turno, está regulamentado pela Lei 6.932/1981, com as alterações da
Lei 12.871/2013:
Art. 1º - A Residência Médica constitui modalidade de ensino de pós-graduação, destinada a médicos,

sob a forma de cursos de especialização, caracterizada por treinamento em serviço, funcionando sob a
responsabilidade de instituições de saúde, universitárias ou não, sob a orientação de profissionais
médicos de elevada qualificação ética e profissional.
§ 1º - As instituições de saúde de que trata este artigo somente poderão oferecer programas de
Residência Médica depois de credenciadas pela Comissão Nacional de Residência Médica.
§ 2º - É vedado o uso da expressão residência médica para designar qualquer programa de treinamento
médico que não tenha sido aprovado pela Comissão Nacional de Residência Médica.
...
Art. 2º - Para a sua admissão em qualquer curso de Residência Médica o candidato deverá submeter-se
ao processo de seleção estabelecido pelo programa aprovado pela Comissão Nacional de Residência
Médica.
Art. 8º - A partir da publicação desta Lei, as instituições de saúde que mantenham programas de
Residência Médica terão um prazo máximo de 6 (seis) meses para submetê-los à aprovação da
Comissão Nacional de Residência Médica.
E, por fim, o Decreto 8.516/2015, que regulamentou a Lei 6.932/1981 dispõe:
Art. 15. Compete à CNRM definir a matriz de competência para a formação de especialistas na área de
Assim, resta evidenciado que por expressa previsão normativa, tanto da Lei 6.932/1981 (em diversos
dispositivos), quanto do Decreto 8.516/2015, a Comissão Nacional de Residência Médica detém a
atribuição de definir e normatizar a matriz dos programas de formação de especialistas na áreas de
Portanto, sob o aspecto da legalidade, a Resolução 48/2018 não merece qualquer reparo, pois ausente
qualquer indicativo de excesso no exercício do poder regulamentar delegado ao CNRM.
Os motivos técnicos invocados pelo CNRM, cuja clareza é inquestionável, e que constam do corpo da
Resolução, são suficientes para conferir razoabilidade e plausibilidade às alterações introduzidas no
programa de residência médica em cirurgia geral.
Resta evidente, portanto, que programa de Cirurgia Básica não pode ser considerada nem como
especialidade médica e nem como residência médica para todos os efeitos legais.
Assim, o pleito da parte impetrante carece da necessária plausibilidade jurídica (…)” Grifos no original.
Ante o exposto, e por tudo mais que consta dos autos, extinguindo a ação com análise do mérito,
julgo IMPROCEDENTES os pedidos que constam da exordial, e DENEGO a segurança.
Custas na forma da lei.
Honorários advocatícios indevidos.
Sentença não sujeita à remessa necessária. Certificado o trânsito e ausentes requerimentos, arquive-se.
Comunique a Secretaria a prolação desta sentença ao Relator do AI nº. 5018100-58.2021.4.03.0000

(2ªTurma).
Publique-se. Intimem-se. Oficie-se.

CERTIDÃO
Certifico e dou fé que enviei cópia da sentença por correio eletrônico para o TRF3, em
cumprimento à determinação judicial, nesta data.
São Paulo, 9 de dezembro de 2021.
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3Âª RegiÃ£o
2Âª Turma

Advogado do(a) AGRAVADO: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES - SP128341-A
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PODER JUDICIÁRIO
2ª Turma

RELATÓRIO
básica.

O pedido liminar foi deferido para prorrogar a carência do financiamento

foi admitida.
O FNDE interpôs agravo interno.
Com contrarrazões.
É o relatório.
PODER JUDICIÁRIO
2ª Turma

VOTO
O recurso deve ser provido.

28/02/2022”.


É fato que a residência em Cirurgia Geral está indicada como prioritária

fevereiro de 2013.
Pois bem.


(...)
(...)
cirúrgicas.

(...)

cirúrgicas.

prérequisito.

ano ele poderá?
algum programa.
(...)

(3 anos)?



É de se ressaltar que até 2016 a Residência de Cirurgia Geral também

tinha a duração de 2 (dois) anos.

A propósito, o E. TRF da 4ª Região:
(...)

Ante o exposto, dou provimento ao recurso para deferir a liminar pleiteada
na origem, prorrogando a carência do financiamento estudantil (FIES) da agravante
pelo período de duração da residência médica para qual foi admitida.
Julgo prejudicado o agravo interno.
É o voto.
EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO DE SEGURANÇA.

FINANCIAMENTO PÚBLICO DA EDUCAÇÃO. FIES. LEI 10.260/2001.
PRORROGAÇÃO DA CARÊNCIA ATÉ O TÉRMINO DA RESIDÊNCIA. CIRURGIA
GERAL E CIRURGIA BÁSICA. POSSIBILIDADE. AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROVIDO. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO.
1. Restou demonstrado que a recorrente tem direito à carência estendida,

já que preenche os requisitos previstos na Lei n. 10.260/2001 e Portaria Conjunta nº
2/2011, da Secretaria de Atenção à Saúde e da Secretaria de Gestão de Trabalho e da
Educação na Saúde.
2. Cirurgia Geral e Cirurgia Básica. Não se verifica diferença substancial

entre os referidos cursos que justifique a negativa do benefício de extensão de carência
ao último, sob pena de violação do princípio da isonomia.
3. Agravo de instrumento provido.
4. Agravo interno prejudicado.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Segunda Turma
decidiu, por unanimidade, dar provimento ao recurso para deferir a liminar pleiteada na origem,
prorrogando a carÃªncia do financiamento estudantil (FIES) da agravante pelo perÃ-odo de
duraÃ§Ã£o da residÃªncia mÃ©dica para qual foi admitida; e julgar prejudicado o agravo
interno, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
PODER JUDICIÁRIO
2ª Turma

RELATÓRIO

básica.


foi admitida.
Com contrarrazões.
É o relatório.
PODER JUDICIÁRIO
2ª Turma

VOTO

28/02/2022”.


É fato que a residência em Cirurgia Geral está indicada como prioritária

fevereiro de 2013.
Pois bem.


(...)

(...)
cirúrgicas.

(...)

cirúrgicas.

prérequisito.

ano ele poderá?
algum programa.
(...)

(3 anos)?



É de se ressaltar que até 2016 a Residência de Cirurgia Geral também

tinha a duração de 2 (dois) anos.

(...)

Ante o exposto, dou provimento ao recurso para deferir a liminar pleiteada

na origem, prorrogando a carência do financiamento estudantil (FIES) da agravante
pelo período de duração da residência médica para qual foi admitida.
É o voto.
EMENTA

FINANCIAMENTO PÚBLICO DA EDUCAÇÃO. FIES. LEI 10.260/2001.
PRORROGAÇÃO DA CARÊNCIA ATÉ O TÉRMINO DA RESIDÊNCIA. CIRURGIA
GERAL E CIRURGIA BÁSICA. POSSIBILIDADE. AGRAVO DE INSTRUMENTO
PROVIDO. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO.
1. Restou demonstrado que a recorrente tem direito à carência estendida,

já que preenche os requisitos previstos na Lei n. 10.260/2001 e Portaria Conjunta nº
2/2011, da Secretaria de Atenção à Saúde e da Secretaria de Gestão de Trabalho e da
Educação na Saúde.
2. Cirurgia Geral e Cirurgia Básica. Não se verifica diferença substancial

entre os referidos cursos que justifique a negativa do benefício de extensão de carência
ao último, sob pena de violação do princípio da isonomia.
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO ESTADO DE SÃO PAULO
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA 8ª VARA CÍVEL DE SÃO

PAULO/SP
Autos nº 5020609-92.2021.4.03.6100

IMPETRADO: PRESIDENTE DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA
http://www.transparencia.mpf.mp.br/validacaodocumento. Chave 6da4059b.97e6841c.1b06ecea.ebd66f58

EDUCAÇÃO - FNDE; IMPETRADO: DIRETOR PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL
S.A; IMPETRADO: BANCO DO BRASIL SA; IMPETRADO: FUNDO NACIONAL DE
DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO - FNDE
O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL, por meio da Procuradora da

República signatária, no exercício de suas atribuições legais e constitucionais, nos autos do
MANDADO DE SEGURANÇA supra referido, vem, perante Vossa Excelência, dar ciência
do inteiro teor da r.sentença ID nº 171105124 que julgou improcedente o pedido e denegou a
segurança pleiteada julgando extinto o processo pelo mérito, nada requer e protesta pelo
regular andamento do processo.
São Paulo, data da assinatura digital.
KAREN LOUISE JEANETTE KAHN

PROCURADORA DA REPÚBLICA
Página 1 de 1

BANCO DO BRASIL S.A
Autoridades a serem intimadas:
PRESIDENTE DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE
Endereço: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, SBS Quadra 2 Bloco F, Asa Sul,
BRASÍLIA - DF - CEP: 70070-929
7 0 0 4 0 - 9 1 2
Judiciária de Brasília/DF.
Excelência a notificação das autoridades impetradas da sentença proferida no mandado de segurança
acima referido, nos seguintes termos:
"...Ante o exposto, e por tudo mais que consta dos autos, extinguindo a ação com análise do mérito,
julgo IMPROCEDENTES os pedidos que constam da exordial, e DENEGO a segurança..."

http://web.trf3.jus.br/anexos/download/R6EFF4E06D

EXPEDIDA nesta cidade de São Paulo, em 15 de dezembro de 2021.

CERTIDÃO
17/12/2021 13:55 https://malotedigital.cjf.jus.br/malotedigital/popup.jsf
Impresso em: 17/12/2021 às 13:55

Código de
40320219597594
rastreabilidade:
)
Data de Envio: 17/12/2021 13:54:10
Anexos:
Assunto:

EQUIPE NACIONAL ESPECIALIZADA EM MATÃRIA DE EDUCAÃÃO
PRÃ GERENCIAMENTO EM CONTENCIOSO DE MASSA
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DO(A) 8Âª VARA CÃVEL FEDERAL DE SÃO PAULO
NÚMERO: 5020609-92.2021.4.03.6100
PARTE(S): FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÃÃO - FNDE
FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÃÃO - FNDE, pessoa jurídica de

presença de Vossa Excelência, requerer o que segue.
Ciente da sentença proferida.
BrasÃ-lia, 17 de dezembro de 2021.
Alexandre Dorneles Lemos

Procurador Federal
Equipe Nacional Especializada em MatÃ©ria de EducaÃ§Ã£o - EN-EDU
Assinado eletronicamente por: ALEXANDRE DORNELES LEMOS - 17/12/2021 15:08:31 Num. 187193894 - Pág. 1
IMPETRADO: PRESIDENTE DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE, BANCO

DO BRASIL SA, DIRETOR PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL S.A, FUNDO NACIONAL DE
DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO - FNDE
CERTIDÃO
Junto ao processo as informações sobre a distribuição da CP 153/2021.

apelação
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA 8ª
VARA CÍVEL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO-SP.
Prevenção - AI de nº 5018100-58.2021.4.03.0000, Relator: Desembargador Federal

Luiz Paulo Cotrim Guimarães, 2ª Turma - TRF 3
PROCESSO nº: 5020609-92.2021.4.03.6100
PATRICIA PINHEIRO CABRAL, devidamente qualificada nos autos do

processo em epígrafe, por meio de seu advogado que a esta subscreve, vem à presença
de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 1.009 e seguintes do Código de Processo
Civil, interpor:
APELAÇÃO
em face do FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA

EDUCAÇÃO; bem como do seu representante legal, autoridade coatora,
PRESIDENTE DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA
EDUCAÇÃO – FNDE, Sr. Carlos Alberto Decotelli; BANCO DO BRASIL;
DIRETOR PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL, Sr. Fausto de Andrade Ribas,
todos devidamente qualificados nos autos do processo em epígrafe, requerendo o seu
processamento e remessa ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região, pelos motivos de
fato e de Direito expostos a seguir.
Nesses termos,
Pede deferimento.
Brasília-DF, 20 de Dezembro de 2021.
Hyago Alves Viana

OAB/DF 49.122
RAZÕES RECURSAIS
PROCESSO ORIGINÁRIO: 5020609-92.2021.4.03.6100

APELANTE: PATRICIA PINHEIRO CABRAL
APELADOS: FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (FNDE);
BANCO DO BRASIL; DIRETOR-PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL; PRESIDENTE
DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (FNDE);
DIRETOR-PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL.
.
EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA CÂMARA,
NOBRES JULGADORES.
1. DA PREVENÇÃO
Primeiramente, informa a prevenção destes autos ao Relator

Desembargador Cotrim Guimarães (Gabinete 05), e da 2ª Turma, para apreciação do
pedido incidental, em virtude de anterior apreciação de recurso de Agravo de
Instrumento de nº 5018100-58.2021.4.03.0000.
Nos termos do artigo 930, parágrafo único, do CPC/2015, o primeiro

recurso interposto no Tribunal tornará prevento o relator para eventual recurso
subsequente interposto no mesmo processo ou em processo conexo, razão pela qual se
faz necessária a distribuição ao gabinete de relatoria prevento.
2. RESUMO DA DEMANDA:
1 – A Apelante se graduou utilizando recursos oriundos do Financiamento

Estudantil (FIES); 2 - É Médica Residente em área prioritária do SUS reconhecida
pelo Ministério da Saúde (Anexo II, item 4, portaria conjunta 3/2013) ; 3 - Residência
médica é uma pós-graduação médica; 4 – O artigo 6º-B, §3º, da Lei 10.260/01, garante a
prorrogação do período de carência do contrato estudantil a residentes de áreas
prioritárias do SUS; 5 – A carência posterga a amortização mensal do contrato enquanto
durar a residência médica; 6 – Após o termino da residência o médico retorna o
pagamento das parcelas mensais de amortização, sem prejuízo ao erário ou aos
agentes financeiros; 7 – A carência estendida visa o incentivo da especialização
profissional dos médicos em áreas prioritárias do SUS, melhorando o sistema de Saúde
Público; 8 – Cirurgia Geral é área prioritária do SUS (portaria conjunta 3/2013); 9 – Em
2018 a especialidade de Cirurgia Geral passou alteração em sua matriz acadêmica
–Resolução 48/2018; 10 – “ a residência de Cirurgia Geral, da forma em que
prevista na Portaria Conjunta SGTES/SAS nº 3/2013, NÃO EXISTE MAIS, pois
foi desmembrada em dois programas distintos(...)” (TRF1. AI
1041959-02.2019.4.01.0000, Desembargador Federal João Batista Moreira, Julgamento
em 29/01/2020); 11- A então Cirurgia Geral com matriz acadêmica de 2 anos passou a
se chamar Cirurgia Básica (art. 3º, § 1º da resolução 48/2018); 12- Cirurgia Geral
passou a ter em sua matriz um terceiro ano de residência ( art. 2º da Resolução
48/2018); 13- “A conclusão do Programa de Pré-requisito em Cirurgia é condição
indispensável para o ingresso nas especialidades cirúrgicas” ( art. 3 Resolução
48/2018); 14- o termo “CIRURGIA GERAL” abarca totalmente o termo “
CIRURGIA BÁSICA''; 15- Julgado paradigma do Egrégio TRF 1 (TRF1.
APELAÇÃO/REMESSA NECESSÁRIA 1002061-16.2019.4.01.3804. Quinta Turma
Rel. Desembargador Federal Souza Prudente, Julgado em 28/04/2020); 16- Denegada
a segurança sob alegação de Cirurgia Básica não pode ser considerada nem como
especialidade médica e nem residência médica; 17 - Exigência restritiva ilegal não
existente na Lei de Regência; 18 – Após o término de Cirurgia Básica o lapso
temporal para requerer o benefício da carência já se esgotou; 19 – O estudante
segue o aprimoramento profissional nas outras áreas da cirurgia, inclusive pode fazer o
terceiro ano de Cirurgia Geral mas sem poder requerer a carência estendida que é
direito previsto em Lei; 20– Segurança liminar reconhecida por este Egrégio Tribunal
em Agravo de Instrumento nº 5018099-73.2021.4.03.0000; 21– Sem a Carência do
FIES a Apelante não possui condições de continuar a residência; 22- Diversos julgados
do País reconhecem o direito da Apelante; 23– Error in Judicando, necessidade de
reforma da sentença do Juízo de Alçada.
3. SÍNTESE DA DEMANDA
Trata-se de writ impetrado visando garantir direito de prorrogação do

período de carência de contrato de Financiamento Estudantil (FIES), enquanto estiver
cursando a residência médica, conforme prevê a Lei 10.260/2001, com alterações da Lei
12.202/2010, em seu artigo 6º-B, inciso II, § 3º.
A Impetrante, ora Apelante, é Médica Residente em Cirurgia Básica, pelo

Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo, tendo iniciado em 01/03/2020,
com término previsto para 28/04/2022, sendo uma das especialidades definidas como
prioritárias pelo Estado, conforme descrito no Anexo II da portaria conjunta nº 3, de
19 de fevereiro de 2013 do Ministério da Saúde.
Para tanto, colacionou aos autos vasto conjunto probatório demonstrando o

preenchimento dos requisitos elencados em lei.
Em agosto de 2021 fora liminarmente indeferida a extensão do prazo de

carência do FIES pelo Juízo de alçada, o que motivou a interposição de Agravo de
Instrumento (nº. 50180100-58.2021.4.03.0000), no qual fora concedida medida
liminar, concedendo a prorrogação do prazo de carência do FIES, com a consequente
suspensão das cobranças indevidas.
Em seguida, acordaram os Exm. Julgadores da 2ª Turma deste Egrégio

Tribunal na manutenção da decisão monocrática do MM. Relator, ementado com a
seguinte fundamentação:

FINANCIAMENTO PÚBLICO DA EDUCAÇÃO. FIES. LEI
10.260/2001. PRORROGAÇÃO DA CARÊNCIA ATÉ O TÉRMINO
DA RESIDÊNCIA. CIRURGIA GERAL E CIRURGIA BÁSICA.
POSSIBILIDADE. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.
1. Restou demonstrado que a recorrente tem direito à carência
estendida, já que preenche os requisitos previstos na Lei n.
10.260/2001 e Portaria Conjunta nº 2/2011, da Secretaria de Atenção à
Saúde e da Secretaria de Gestão de Trabalho e da Educação na Saúde.
2. Cirurgia Geral e Cirurgia Básica. Não se verifica diferença

substancial entre os referidos cursos que justifique a negativa do
benefício de extensão de carência ao último, sob pena de violação do
(TRF3 - Agravo de Instrumento 5018100-58.2021.4.03.0000.

Segunda Turma. Relator: Desembargador Federal Cotrim
Guimarães. Julgado em 07/12/2021).
Enquanto isso, em Instância Inaugural, instados a se manifestarem, os

Apelados alegaram, em apertada síntese, a ilegitimidade processual passiva e a ausência
do direito líquido e certo pleiteado.
Intimado, manifestou o Parquet pela inexistência de interesse público que

justifique a sua intervenção, pugnando pelo prosseguimento do feito nos ditames legais.
Ao final, o Juízo a quo proferiu sentença em que manteve o entendimento

esboçado anteriormente, denegando a segurança pleiteada pela Apelante, sob a
sustentação de que o Programa de Cirurgia Básica não pode ser considerado nem como
especialidade médica e nem como residência médica.
Assim, resta evidenciado que por expressa previsão normativa, tanto

da Lei 6.932/1981 (em diversos dispositivos), quanto do Decreto
8.516/2015, a Comissão Nacional de Residência Médica detém a
atribuição de definir e normatizar a matriz dos programas de
formação de especialistas na áreas de residência médica.
Portanto, sob o aspecto da legalidade, a Resolução 48/2018 não
merece qualquer reparo, pois ausente qualquer indicativo de excesso
no exercício do poder regulamentar delegado ao CNRM.
Os motivos técnicos invocados pelo CNRM, cuja clareza é

inquestionável, e que constam do corpo da Resolução, são suficientes
para conferir razoabilidade e plausibilidade às alterações
introduzidas no programa de residência médica em cirurgia geral.
Resta evidente, portanto, que o programa de Cirurgia Básica não

pode ser considerado nem como especialidade médica e nem como
residência médica para todos os efeitos legais.
Ante o exposto, e por tudo mais que consta dos autos, extinguindo a
ação com análise do mérito, julgo IMPROCEDENTES os pedidos
que constam da exordial, e DENEGO a segurança.
Com razão, a Apelante interpõe o presente Recurso, buscando a reforma da

sentença e garantia de seus direitos.
É o que cumpre informar.
4. DAS RAZÕES DE REFORMA:
A decisão do MM. Juízo a quo, não observou os fundamentos da Apelante,

tanto que a Apelante não discute a legalidade da Resolução nº 48/2018 (resolução que
transformou a antiga residência de cirurgia geral em cirurgia básica), nem mesmo a
conduta do CNRM, como destacados na sentença de ID 170546807.
Pelo contrário, a Apelante destaca que a Cirurgia Básica não se confunde

com Cirurgia Geral, contudo é pré-requisito para outras especialidades cirúrgicas. Nesse
sentido a Resolução CNRM nº 48/2018.
Assim, Cirurgia Básica não é considerada especialidade em si (art. 3º-§ 2º
Resolução CNRM nº 48/2018.), mas um programa de dois anos pré-requisito para
outras especializações cirúrgicas, até mesmo da própria cirurgia geral, dessa forma,
obstar a continuidade neste momento importaria negar o direito no momento do
ingresso em especialização prevista na Portaria Conjunta SGTES/SAS nº 3, de 19/2013.
Considerando que o programa de Cirurgia Básica é pré-requisito para as

especialização previstas na Portaria Conjunta SGTES/SAS nº 3, de 19/2013 deve ser
estendido o período de carência.
Lembrando que, obviamente a Portaria Conjunta SGTES/SAS nº 3, de

19/2013, não tem como contemplar de forma objetiva Cirurgia Básica porque essa foi
criada pela Resolução CNRM nº 48/2018, que a prever, expressamente como
pré-requisito para cirurgia geral e demais áreas da cirurgia, motivo pelo qual deve ser
estendido o período de carência da Apelante.
Vejamos o entendimento jurisprudencial quanto ao tema:
ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. MANDADO

DE SEGURANÇA. ENSINO SUPERIOR. RESIDÊNCIA MÉDICA.
FIES. BLOQUEIO DA COBRANÇA DE PARCELAS. PRAZO DE
CARÊNCIA. PROVIMENTO. 1. É direito do estudante de medicina a
extensão do prazo de carência para pagamento das parcelas do FIES
pelo tempo em que estiver cursando residência médica (Lei nº
10.260/2001). 2. No caso em tela, a especialização em Cirurgia
Básica é pré-requisito para outras especialidades cirurgicas
(Resolução CNRM nº 48/2018). Logo, considerando que o
programa de Cirurgia Básica é pré-requisito para as
especializações previstas na Portaria Conjunta SGTES/SAS nº 3,
de 19/2013 deve ser estendido o período de carência. 3. Agravo de
instrumento provido.
(TRF-4 - AG: 50322046220204040000 5032204-62.2020.4.04.0000,

Relator: CÂNDIDO ALFREDO SILVA LEAL JUNIOR, Data de
Julgamento: 07/10/2020, QUARTA TURMA) ADMINISTRATIVO.
FIES. RESIDÊNCIA MÉDICA. ESPECIALIZAÇÃO.
PRÉ-REQUISITO. 1. A Cirurgia Básica não é considerada
especialidade em si (art. 3º-§ 2º), mas um programa de dois anos
pré-requisito para outras especializações cirúrgicas. 2. A
prorrogação da carência pressupõe o requerimento antes da fase de
amortização. Logo, obstar a continuidade neste momento importaria
negar o direito no momento do ingresso em especialização prevista na
Portaria Conjunta SGTES/SAS nº 3, de 19/2013. 3. Portanto,
considerando que o programa de Cirurgia Básica é pré-requisito para
as especializações previstas na Portaria Conjunta SGTES/SAS nº 3,
deve ser estendido o período de carência. 4. Já quanto ao risco de
dano, este decorre das condições financeiras demonstradas (a parcela
de amortização consome a bolsa recebida), bem como do risco de
ineficácia.
(TRF-4 - AG: 50327164520204040000 5032716-45.2020.4.04.0000,

Relator: VÂNIA HACK DE ALMEIDA, Data de Julgamento:
15/12/2020, TERCEIRA TURMA)
No mesmo sentido, cita-se o brilhante entendimento do Exmo. Sr

Desembargador João Batista Moreira, Relator do Agravo de Instrumento de n.
1041959-02.2019.4.01.0000, sexta turma do TRF1 in verbis:
[...]
Decido
Nas informações prestadas pelo FNDE, foi alegado que a
especialidade da residência médica do impetrante-agravante não
lhe dá o direito à carência pretendida.
Ocorre que o impetrante-agravante cursou residência na “Área de
Cirurgia Básica”, que pode ser considerada, mesmo sem esforço
interpretativo, no mínimo uma subárea da especialidade prevista
no normativo em questão.
[...]
“ No que diz respeito à especialidade cursada pelo autor, e

conforme já explicado na petição inicial, no ano de 2019
começou a viger a Resolução nº 48, de 28 de junho de 2018,
que promoveu alterações na especialização de Cirurgia Geral,
que passou a ser dividida em duas áreas, quais sejam, a Área
Cirúrgica Básica, com duração de dois anos, e o Programa
de Cirurgia Geral, com duração de três anos. Neste sentido,
a residência de Cirurgia Geral, da forma em que prevista na

Portaria Conjunta SGTES/SAS Nº 3/2013, NÃO EXISTE MAIS,
pois foi desmembrada em dois programas distintos, sendo um
deles o cursado pelo impetrante. Assim, fazendo uma
interpretação extensiva, a Área Cirúrgica Básica, cursada pelo
impetrante, faz parte da residência de Cirurgia Geral,
prevista na Portaria conjunta SGTES/SAS Nº 3 de 19 de
fevereiro de 2013, e portanto, engloba a carência estendida
do FIES. O que sucede, é que como a alteração realizada na
especialização de Cirurgia Geral começou a viger no ano de
2019, a Portaria nº 1.377/2011 do Ministério da Saúde, ainda não
dispôs sobre esta alteração, devendo, portanto, considerar o
programa da Área Básica de Cirurgia, para o fim de aplicação
do art. 6º-B, § 3º, da Lei nº 10.260/2001, dentro da antiga
especialidade de Cirurgia Geral, prevista no anexo II da Portaria
conjunta SGTES/SAS nº 3/2013, que alterou a Portaria nº
1.377/2011. Em exame preliminar, são relevantes os fundamentos
da impetração. (...). Defiro, portanto, o pedido de antecipação da
tutela recursal. Comunique-se ao juízo de origem para imediato
cumprimento.
(AI 1041959-02.2019.4.01.0000, DESEMBARGADOR

FEDERAL JOÃO BATISTA MOREIRA, TRF1, PJe 29/01/2020
PAG.).
No mesmo sentido, por unanimidade, entende a Segunda Turma do Egrégio

Tribunal Federal da 3ª Região:

FINANCIAMENTO PÚBLICO DA EDUCAÇÃO. FIES. LEI
10.260/2001. PRORROGAÇÃO DA CARÊNCIA ATÉ O TÉRMINO
DA RESIDÊNCIA. CIRURGIA GERAL E CIRURGIA BÁSICA.
POSSIBILIDADE. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO.
1. Restou demonstrado que a recorrente tem direito à carência

estendida, já que preenche os requisitos previstos na Lei n.
10.260/2001 e Portaria Conjunta nº 2/2011, da Secretaria de Atenção à
Saúde e da Secretaria de Gestão de Trabalho e da Educação na Saúde.
2. Cirurgia Geral e Cirurgia Básica. Não se verifica diferença

substancial entre os referidos cursos que justifique a negativa do
benefício de extensão de carência ao último, sob pena de violação do
Egrégia Turma, a Apelante legitimamente preenche os requisitos para ter a

prorrogação da carência do FIES o que a possibilita manter a sua especialização, eis que
em função da carga horária de 60 horas semanais da residência, tem na sua bolsa de
residência sua única renda para subsistência, sendo esse justamente o objetivo da Lei
10.260/2001, com alterações da Lei 12.202/2010, em seu artigo 6º-B, inciso II, § 3º.
Como tantos profissionais a Apelante vem somando um sem fim de esforços

para tornar-se uma médica melhor, com especialização, esforço esse que já gera retorno
ao bem coletivo, tendo em vista que cursa sua residência atendendo pacientes do SUS e
buscando aprimoramento profissional, auxiliando a população carente e desamparada
em um momento de maior fragilidade em meio a uma pandemia que atinge o país e o
mundo.
Foi exatamente com esse espírito que o financiamento estudantil foi criado,
portanto, garantir a prorrogação da carência do financiamento estudantil no caso em
comento é garantir também que a pretensão do próprio programa (FIES) se cumpra.
Portanto, considerando o valor elevado das parcelas mensais, e a

impossibilidade momentânea de suportar este ônus em virtude do valor que recebe a
título de bolsa no programa de residência médica ser tão somente para sua subsistência,
o respeitável entendimento Juízo a quo, que negou a prorrogação da carência estendida
deve ser reformado, fazendo valer, junto ao Judiciário, o benefício legal que lhe é
garantido por Lei e constitucionalmente assegurado.
4.1 - DO DIREITO LÍQUIDO E CERTO
O direito a que se busca garantir fundamenta-se em disposição expressa do

§3º do artigo 6º-B, da Lei 10.260/01 (lei de regência do FIES), que traz a possibilidade
de prorrogação do período de carência do FIES enquanto perdurar o aprimoramento
profissional do médico por meio da residência, desde que atue em áreas prioritárias
para o Sistema Único de Saúde, mediante rol elaborado pelo Ministério da Saúde,
constante no anexo II da Portaria Conjunta 3/2013.
Assim, buscou o ordenamento jurídico proteger o acesso à educação (artigo

205, CF/88) e a promoção da igualdade (artigo 5º, caput, CF/88) por meio de duas
políticas públicas: o acesso ao ensino superior do curso de medicina com recursos do
FIES e o acesso a título de especialização com a suspensão do período de amortização
do débito estudantil, visando ainda o direito à saúde de qualidade para a coletividade
(art. 6º, CF/88).
Com isso, preocupou-se o legislador em permitir que os financiados

pudessem permanecer no bojo prático-educacional com a execução da residência
médica sem a preocupação do dispêndio financeiro com recursos que ainda não
possuem, ao mesmo tempo em que privilegia o atendimento em áreas reconhecidamente
prioritárias para a sociedade.
A prorrogação da carência do débito advindo do Financiamento Estudantil

fora acrescentada ao programa através das alterações elencadas pela lei 12.202/2010,
que definiu a garantia da requerida suspensão com o acréscimo do artigo 6º-B e
parágrafos à lei 10.260/2001 (Lei do FIES), in verbis:
Art. 6o-B. O Fies poderá abater, na forma do regulamento,

mensalmente, 1,00% (um inteiro por cento) do saldo devedor
consolidado, incluídos os juros devidos no período e
independentemente da data de contratação do financiamento, dos
estudantes que exercerem as seguintes profissões:
§ 3o O estudante graduado em Medicina que optar por ingressar

em programa credenciado Medicina pela Comissão Nacional de
Residência Médica, de que trata a Lei no 6.932, de 7 de julho de
1981, e em especialidades prioritárias definidas em ato do Ministro
de Estado da Saúde terá o período de carência estendido por todo o
período de duração da residência médica.
Com efeito, buscando regular a aplicação da norma instituidora, as

secretarias de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde,
elaboraram a Portaria Conjunta nº 03/2013, definindo como prioritárias as áreas
acostadas no seguinte rol:
Conforme se observa o rol acima transcrito, há na descrição das

especialidades médicas prioritárias e, portanto, suscetível à prorrogação do prazo de
carência para pagamento do financiamento, a especialidade CIRURGIA GERAL.
Por outro lado, cumpre também esclarecer a necessidade de formação prévia

em CIRURGIA BÁSICA para posterior formação em uma das nove especialidade
cirúrgicas, ou até mesmo para simples especialização para a própria cirurgia geral.
Isto se dá em razão de que o próprio Ministério da Educação, através da

Resolução nº 48/2018, que dispõe sobre a “ Matriz de competências dos Programas de
Residência Médica em Cirurgia Geral e do Programa de Pré-requisito em área
Cirúrgica no Brasil”, entender pela necessidade de treinamento prévio em cirurgia
básica, como pré-requisito e condição sine qua non ao início da capitação em uma
das nove áreas de especialidade cirúrgica, art.3º Resolução nº 48/2018, in verbis.
“Art. 3º A conclusão do Programa de Pré-requisito em Cirúrgica

Básica é condição indispensável para o ingresso nas
especialidades cirúrgicas, que incluem: Cirurgia do Aparelho
Digestivo, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Plástica,
Cirurgia
Vascular, Urologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia Oncológica,

Cirurgia Pediátrica e Cirurgia Coloproctológica.”
Diante disso, tem-se que o termo “CIRURGIA GERAL” abarca totalmente

o termo “CIRURGIA BÁSICA”, pois, conforme frisado acima, a residência em cirurgia
básica é pré-requisito e condição indispensável ao início da capacitação em áreas da
cirurgia.
Com a vigência no ano de 2019 da Resolução nº 48, de 28 de junho de

2018, que promoveu alterações na especialização de Cirurgia Geral, essa passou a
ser dividida em duas áreas, quais sejam, a Área Cirúrgica Básica, com duração de
dois anos, e o Programa de Cirurgia Geral, com duração de três anos. Neste
sentido, a residência de Cirurgia Geral, da forma que é prevista na Portaria Conjunta
SGTES/SAS Nº 3/2013, NÃO EXISTE MAIS.
Ora, se o intuito do Poder Público importa em fomentar existência de

médicos que serão capazes de realizar procedimentos cirúrgicos, aquele que
inicialmente cursa a residência médica em CIRURGIA BÁSICA, recebe IDÊNTICO
APRENDIZADO, em comparação com aquele que está cursando CIRURGIA
GERAL, valendo frisar, que durante os dois primeiros anos, em que as grades
curriculares são IGUAIS, ambos os profissionais, ao final do segundo ano, estão aptos
para realizar os mesmos procedimentos, conforme preceituado pelo MEC no art. 3, § 1º,
da RESOLUÇÃO Nº 48, DE 28 DE JUNHO DE 2018.
Excelência, o Poder Público alterou o programa de residência em cirurgia
geral, para agora também existir o de cirurgia básica, o que não exclui o benefício da
Apelante, que cursa a residência de cirurgia, é estudante, recebe o mesmo aprendizado
e, no fim, estará apta para realizar os mesmos procedimentos, sem se esquivar do fato
principal, o mais importante e o que lei visa resguardar, é que a residente em
função da carga horária exaustiva de 60 horas semanais, não possui condições
financeiras de arcar com o custo da amortização do FIES neste momento.
Neste sentido, máxima vênia, é medida que se impõem a reforma da

sentença exarada pelo Juízo a quo, concedendo o benefício de prorrogação da carência
do contrato FIES da Apelante, com a suspensão dos pagamentos até o fim da residência
médica, tendo em vista o devido preenchimento de todos os requisitos legais para tanto.
4.2 – DO PERÍODO DE CARÊNCIA – ENTENDIMENTO QUE AFASTA

TOTALMENTE A POSSIBILIDADE DE PRORROGAÇÃO EM CASO DE
RESIDÊNCIA CIRÚRGICA
De mais a mais, cumpre demonstrar ainda que a aplicação da interpretação

esboçada no decisum impossibilita não apenas a concessão da prorrogação neste
momento, mas sim, impede a concessão durante todo o período de residência para as
demais especialidades cirúrgicas, conforme se observa na linha temporal abaixa
ilustrada:
O FIES possui carência (dispensa do pagamento mensal devido) pelo

período de 18 meses subsequentes à graduação, sendo este o mesmo período em que é
possível a solicitação do médico residente para a prorrogação da carência (artigo 7º, §1º
da Portaria Normativa nº 3/2013).
Ocorre que a residência em cirurgia básica, possui período de conclusão de

2 anos (24 meses), data em que a possibilidade de pedido para prorrogação estaria
caducada a 6 meses, impossibilitando a Apelante de ter acesso ao benefício mesmo com
o seguimento da especialização em cirurgia geral.
Por todo o exposto, se mostra evidente que os Apelados estão tentando

negligenciar o direito da Apelante, incorrendo em desrespeito aos princípios
constitucionais da administração pública e garantias fundamentais, para impedi-la de
gozar do benefício de prorrogação do prazo de carência até o término do curso de
residência médica para então, sem qualquer tipo de esquiva de suas obrigações, efetuar
o pagamento do financiamento estudantil contratado.
A Apelante iniciou o curso de residência médica e desde então, recebe

apenas uma bolsa auxílio, de modo que resta impossibilitada de arcar com os custos do
financiamento estudantil somados com as suas despesas para manutenção dos seus
estudos e da própria subsistência.
Mesmo porque, apenas uma mensalidade do respectivo financiamento,

compromete consideravelmente o orçamento, posto que se trata de uma despesa fixa
mensal, importando em um percentual considerável da renda mensal.
Registra-se que, o programa de residência médica exige dedicação exclusiva

ao programa, não podendo e, nem tendo condições temporais, físicas ou mentais, para
exercer qualquer outra atividade laboral complementar, pois possui carga horária, na
residência, de no mínimo 60 (sessenta) horas semanais.
Pede-se vênia para repetir o fato de que a Apelante não busca se eximir do
cumprimento de suas obrigações, mas tão somente usufruir de benefício legal já
existente, que possui cunho social de imensa magnitude, e, por fim, atingir o objetivo
final também buscado pelo Poder Público, que importa na formação de médicos
cirurgiões, para o escopo final de salvar vidas.
A carência do FIES não foi criada apenas como um direito individual que
possibilite o aprimoramento profissional através da residência médica, mas
principalmente em função do interesse público originado da necessidade de
profissionais mais capacitados para o melhor atendimento à população.
A lei tem um objetivo claro de possibilitar aos médicos que decidirem se

especializar em áreas prioritárias do SUS, ter condições de se manter no programa de
residência com a bolsa de estudos que é disponibilizada pelo Estado, de maneira que
possam desenvolver o estudo sem ter seus escassos recursos financeiros minados pelo
custo de amortização do débito com o FIES.
5. DOS PEDIDOS E SUAS ESPECIFICAÇÕES:
Ex positis, Requer a Vossa Excelência
A) Ante o exposto, pugna-se pelo CONHECIMENTO E PROVIMENTO deste recurso

a fim de que seja reformada a sentença objurgada, reconhecendo o direito da apelante à
prorrogação da carência do FIES, com vistas a velar os princípios constitucionais da
proporcionalidade, razoabilidade e eficiência da Administração Pública, o acesso à
educação, direito à saúde, boa-fé objetiva, sendo o objetivo do legislador ao criar o
benefício pleiteado.
Termos em que,
Pede deferimento.
Brasília-DF, 20 de dezembro de 2021.
Hyago Alves Viana
OAB/DF 49.122
Gerado a partir de http://web.trf3.jus.br/
Código de
Recolhimento 18710-0
Número do
Processo 5020609-92.2021.4.03.6100
GRU JUDICIAL
Vencimento
Nome
do Contribuinte / Recolhedor :
Nome
da Unidade Favorecida: UG / Gestão 090017 / 00001
Nome do Requerente / Autor: PATRICIA PINHEIRO CABRAL (=) Valor do
Principal 5,75
Seção Judiciária: Vara: Classe: (-) Outras
deduções
Instruções: As informações inseridas nessa guia são de exclusiva responsabilidade

do contribuinte, que deverá, em caso de dúvidas, consultar a Unidade Favorecida (+) Juros /
Encargos
dos recursos.
(+) Outros
Acréscimos
[STNFAF1CF463F38DEFBA0079853454E465B] (=) Valor
Total 5,75
85830000000-9 05750281187-4 10001371000-8 11100565752-2

Código de
Recolhimento 18710-0
Número do
Processo 5020609-92.2021.4.03.6100
GRU JUDICIAL
Vencimento
Nome
do Contribuinte / Recolhedor: CNPJ ou CPF do
Contribuinte 111.005.657-52
Nome
da Unidade Favorecida:
UG / Gestão 090017 / 00001

Nome do Requerente / Autor:
PATRICIA PINHEIRO CABRAL (=) Valor do
Principal 5,75
Seção Judiciária: Vara: Classe: (-) Outras
deduções
Instruções: As informações inseridas nessa guia são de exclusiva responsabilidade

do contribuinte, que deverá, em caso de dúvidas, consultar a Unidade Favorecida (+) Juros /
Encargos
dos recursos.
(+) Outros
Acréscimos
[STNFAF1CF463F38DEFBA0079853454E465B] (=) Valor
Total 5,75
85830000000-9 05750281187-4 10001371000-8 11100565752-2


ATO ORDINATÓRIO
Em conformidade com o disposto no artigo 203, § 4º, do CPC, e com a Portaria n.º 14,
de 24/02/2021, deste Juízo, ficam intimadas as partes impetradas para apresentar
contrarrazões ao recurso de apelação interposto, no prazo de 15 (quinze) dias.
Decorrido o prazo, o processo será remetido ao Tribunal Regional Federal da 3ª

Região, para julgamento do recurso.
São Paulo, 1 de fevereiro de 2022.
IMPETRADO: BANCO DO BRASIL SA, FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO - FNDE,

ATO ORDINATÓRIO
Em conformidade com o disposto no artigo 203, § 4º, do CPC, e com a Portaria n.º 14, de
24/02/2021, deste Juízo, fica(m) intimada(s) a(s) autoridade(s) impetrada(s) da decisão proferida em sede
de agravo de instrumento (Tutela Antecipada Antecedente nº 5031911-85.2021.4.03.0000), para
cumprimento.
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CERTIDÃO
Junto ao processo a carta precatória n. 153/2021 cumprida.
PODER JUDICIÁRIO
MALOTE DIGITAL

Nome original: CP_153_2021.pdf
Data: 17/01/2022 16:38:22
Remetente:
Prioridade: Normal.
Assunto: Certifico que, tendo em vista a devolução do cumprimento ao Juízo, concluo o pre
sente PA-SEI.
PODER JUDICIÁRIO
MALOTE DIGITAL
Tipo de documento: Carta Precatória

Nome original: c.prec.153-21.pdf
Data: 17/12/2021 13:55:02
Remetente:
SJSP
Prioridade: Normal.
Motivo de envio: Para providências.
Assunto: Anexa carta precatória nº 153 2021 para livre distribuição. Anexos: http: web.tr
f3.jus.br anexos download R6EFF4E06D
17/12/2021 13:53 https://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaProcesso/Detalhe/documentoHTML.seam?ca=21a69f5426cd64d9628855acba…


BANCO DO BRASIL S.A


Autoridades a serem intimadas:
PRESIDENTE DO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE
Endereço: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, SBS Quadra 2 Bloco F, Asa Sul, BRASÍLIA -
DF - CEP: 70070-929
Endereço: SAUN Quadra 5 Lote B Torre I, S/N, 3 ANDAR, Asa Norte, BRASÍLIA - DF - CEP: 70040-912
Ao(À) Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) Federal de uma das Varas Federais da Seção Judiciária
de Brasília/DF.

Excelência a notificação das autoridades impetradas da sentença proferida no mandado de segurança acima
referido, nos seguintes termos:
"...Ante o exposto, e por tudo mais que consta dos autos, extinguindo a ação com análise do mérito, julgo
IMPROCEDENTES os pedidos que constam da exordial, e DENEGO a segurança..."

https://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaProcesso/Detalhe/documentoHTML.seam?ca=21a69f5426cd64d9628855acba5926821a403489a0… 1/2
17/12/2021 13:53 https://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaProcesso/Detalhe/documentoHTML.seam?ca=21a69f5426cd64d9628855acba…
A autoridade impetrada deverá prestar as informações, bem como comunicar eventual cumprimento
de decisão judicial, diretamente no processo eletrônico, por meio do sistema PJe, por intermédio do
painel do usuário, perfil jus postulandi. Caso não possua certificação digital, caberá à autoridade
impetrada solicitar ao órgão de representação judicial a inserção do(s) documento(s) no processo
eletrônico.
EXPEDIDA nesta cidade de São Paulo, em 15 de dezembro de 2021.
Assinado eletronicamente por:

HONG KOU HEN
16/12/2021 05:07:08
https://pje1g.trf3.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam
ID do documento:
171776379
21121605070831700000165420631

https://pje1g.trf3.jus.br/pje/Processo/ConsultaProcesso/Detalhe/documentoHTML.seam?ca=21a69f5426cd64d9628855acba5926821a403489a0… 2/2
PODER JUDICIÁRIO
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Nome original: Recebimento__Banco_do_Brasil__Presidente__5020609_92.2021.4.03.6100__S
EI_22838_75.2021.4.01.8005_.pdf
Data: 17/01/2022 16:38:22
Remetente:
Prioridade: Normal.
sente PA-SEI.
10/01/2022 09:13 Email – Paulo Sylvio Uchôa Mascarenhas – Outlook
Re: Processo nº 5020609-92.2021.4.03.6100 (SEI 0022838-75.2021.4.01.8005 / SJDF) 8ª

Vara Federal Cível de São Paulo / SJSP
victor.ancay@bb.com.br <victor.ancay@bb.com.br>
em nome de
cenopserv.oficioscwb@bb.com.br <cenopserv.oficioscwb@bb.com.br>
Seg, 10/01/2022 04:05
Para: Paulo Sylvio Uchôa Mascarenhas <paulo.mascarenhas@trf1.jus.br>
Acusamos recebimento.
At.te,
Banco do Brasil S.A.

Diretoria de Operações - DIOPE
Centro de Serviços Judiciais Curitiba
Central de Ofícios
(41) 3259-0001
cenopserv.oficioscwb@bb.com.br
_______________________________________________________________________________
______________________
AVISO: Esta mensagem é destinada exclusivamente à(s) pessoa(s) indicada(s) como

destinatário(s), podendo conter
informações confidenciais, protegidas por lei. A transmissão incorreta da mensagem não acarreta a
perda de sua
confidencialidade. Caso esta mensagem tenha sido recebida por engano, solicitamos que seja
devolvida ao remetente
e apagada imediatamente de seu sistema. É vedado a qualquer pessoa que não seja destinatário
usar, revelar,
distribuir ou copiar ainda que parcialmente esta mensagem.

DISCLAIMER: This message is destined exclusively to the intended receiver. It may contain
confidential or legally
protected information. The incorrect transmission of this message does not mean loss of its
confidentiality. If
this message is received by mistake, please send it back to the sender and delete it from your
system immediately.
It is forbidden to any person who is not the intended receiver to use, reveal, distribute, or copy any
part of
this message.
-----"Paulo Sylvio Uchôa Mascarenhas" <paulo.mascarenhas@trf1.jus.br> escreveu: -----

Para: "cenopserv.oficioscwb@bb.com.br" <cenopserv.oficioscwb@bb.com.br>
De: "Paulo Sylvio Uchôa Mascarenhas" <paulo.mascarenhas@trf1.jus.br>
Data: 08/01/2022 17:40
Assunto: Processo nº 5020609-92.2021.4.03.6100 (SEI 0022838-75.2021.4.01.8005 / SJDF) 8ª

Vara Federal Cível de São Paulo / SJSP
Processo nº 5020609-92.2021.4.03.6100 (SEI 0022838-75.2021.4.01.8005 / SJDF)

8ª Vara Federal Cível de São Paulo / SJSP
Senhores, boa tarde!
https://outlook.office.com/mail/inbox/id/AAQkADUzNzJiYTdjLWIzYWEtNDUzMS1hMjc4LTkwNjQ4NjgzYTAwZgAQAGWaIJSgi9FGjJMFSjzyoEo%3D 1/2
Considerando a necessidade de conciliar as recomendações das autoridades públicas no que diz

respeito ao isolamento social, com vistas a evitar a proliferação do vírus causador da COVID-19,
em conformidade com a Portaria NUCOV nº 04/2021, editada pelo Juiz Federal Marcelo Velasco
Nascimento Albernaz, Juiz Federal Diretor do Foro da Seção Judiciária do Distrito Federal, que
autoriza a transmissão por e-mail institucional de mandados, encaminho o mandado anexo para
as devidas providências e cumprimento, com a observação de que o órgão/autoridade deverá
em até 24 horas responder o presente expediente confirmando o seu recebimento.
Informo que as informações em Mandado de Segurança, ou em qualquer outro tipo de Ação,

bem como as demais peças, devem ser protocoladas diretamente nos autos do processo. Não
tem valor legal o envio de manifestações ao Oficial de Justiça.
Atenciosamente,
Paulo Sylvio Uchôa Mascarenhas, Matrícula DF891503 (Fone: 61 992114182)
Oficial de Justiça-Avaliador Federal
[anexo "Banco do Brasil, Presidente 5020609-92.2021.4.03.6100 (SEI 22838-

75.2021.4.01.8005) - MANDADO DE NOTIFICAÇÃO e INTIMAÇÃO.pdf" removido por F9518899
Victor Hugo Ancay/BancodoBrasil]
https://outlook.office.com/mail/inbox/id/AAQkADUzNzJiYTdjLWIzYWEtNDUzMS1hMjc4LTkwNjQ4NjgzYTAwZgAQAGWaIJSgi9FGjJMFSjzyoEo%3D 2/2
PODER JUDICIÁRIO
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Nome original: Recebimento__FNDE__Presidente__5020609_92.2021.4.03.6100__SEI_22838_75
.2021.4.01.8005_.pdf
Data: 17/01/2022 16:38:22
Remetente:
Prioridade: Normal.
sente PA-SEI.
ENC: Processo nº 5020609-92.2021.4.03.6100 (SEI nº 0022838-75.2021.4.01.8005 /

SJDF) - 8ª Vara Federal Cível de São Paulo / SJSP
DIJUR <dijur@fnde.gov.br>
Seg, 10/01/2022 05:59
Para: Paulo Sylvio Uchôa Mascarenhas <paulo.mascarenhas@trf1.jus.br>
Cc: DIOGO RABELO CUNHA FERRANDINI <diogo.ferrandini@fnde.gov.br>; MILA ROMEIRO TAVEIROS
<mila.taveiros@fnde.gov.br>; LEIANNE SILVA DE ALECRIM <leianne.alecrim@fnde.gov.br>
Bom dia,

Confirmamos o recebimento do e-mail abaixo, bem como do(s) documento(s) anexo(s), retransmitido(s) ao
setor competente desta Procuradoria, para providências.

Atenciosamente,

Divisão de Assuntos Jurídicos – DIJUR
Procuradoria Federal junto ao FNDE – PF-FNDE
Setor Bancário Sul, Qd. 2, Bl. F, Brasília/DF - CEP: 70070-929
E-mail: dijur@fnde.gov.br
Telefone: (61) 2022 4862/ 4775

De: Paulo Sylvio Uchôa Mascarenhas <paulo.mascarenhas@trf1.jus.br>
Enviada em: sábado, 8 de janeiro de 2022 17:14
Para: DIJUR <dijur@fnde.gov.br>
Assunto: Processo nº 5020609-92.2021.4.03.6100 (SEI nº 0022838-75.2021.4.01.8005 / SJDF) - 8ª Vara

Federal Cível de São Paulo / SJSP

Processo nº 5020609-92.2021.4.03.6100 (SEI nº 0022838-75.2021.4.01.8005 / SJDF)
- 8ª Vara Federal Cível de São Paulo / SJSP

Senhores, boa tarde!
Considerando a necessidade de conciliar as recomendações das autoridades públicas no que diz

respeito ao isolamento social, com vistas a evitar a proliferação do vírus causador da COVID-19,
em conformidade com a Portaria NUCOV nº 04/2021, editada pelo Juiz Federal Marcelo Velasco
Nascimento Albernaz, Juiz Federal Diretor do Foro da Seção Judiciária do Distrito Federal, que
autoriza a transmissão por e-mail institucional de mandados, encaminho o mandado anexo para
as devidas providências e cumprimento, com a observação de que o órgão/autoridade deverá em
até 24 horas responder o presente expediente confirmando o seu recebimento.

Informo que as informações em Mandado de Segurança, ou em qualquer outro tipo de Ação, bem
como as demais peças, devem ser protocoladas diretamente nos autos do processo. Não tem valor
legal o envio de manifestações ao Oficial de Justiça.
Atenciosamente,
https://outlook.office.com/mail/inbox/id/AAQkADUzNzJiYTdjLWIzYWEtNDUzMS1hMjc4LTkwNjQ4NjgzYTAwZgAQAHd%2BswFqBNNBjNXOcRJd… 1/2
Paulo Sylvio Uchôa Mascarenhas, Matrícula DF891503 (Fone: 61 992114182)
Oficial de Justiça-Avaliador Federal
https://outlook.office.com/mail/inbox/id/AAQkADUzNzJiYTdjLWIzYWEtNDUzMS1hMjc4LTkwNjQ4NjgzYTAwZgAQAHd%2BswFqBNNBjNXOcRJd… 2/2
PODER JUDICIÁRIO
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Nome original: SEI_TRF1 - 14797364 - Certidão.pdf
Data: 17/01/2022 16:38:22
Remetente:
Prioridade: Normal.
sente PA-SEI.
17/01/2022 16:37 SEI/TRF1 - 14797364 - Certidão
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
CERTIDÃO - SJDF-SERAPO
Processo nº 5020609-92.2021.4.03.6100 8ª VF Cível de São Paulo / SJSP

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que, em 08 de janeiro passado, às 17h40, em cumprimento ao mandado
expedido nos autos do processo acima mencionado, em concordância à Portaria nº 12/2021
editada pelo Exmo. Sr. Juiz Federal Diretor do Foro Marcelo Velasco Nascimento Albernaz,
que viabiliza o cumprimento de mandados, pelas vias eletrônicas, em observância à
Resolução n° 354/2020 do CNJ e ao Artigo 338 do Provimento COGER nº 10126799, de 19
de abril de 2020, foi enviada uma mensagem eletrônica ao Banco do Brasil S/A, contendo
uma via do mandado de Notificação e Intimação extraído do processo em epígrafe. A
mensagem de recebimento do expediente foi encaminhada pelo órgão/autoridade
notificando/intimando em 10 de janeiro, às 09h05, conforme o comprovante anexo. Sendo
assim, dou por NOTIFICADO e INTIMADO o PRESIDENTE DO BANCO DO BRASIL
S/A.
Brasília-DF, 10 de janeiro de 2022.

Paulo Sylvio Uchôa Mascarenhas
Oficial de Justiça-Avaliador
Matr. 8915/03
Documento assinado eletronicamente por Paulo Sylvio Uchoa Mascarenhas, Oficial(a) de Justiça
Avaliador(a) Federal, em 10/01/2022, às 10:22 (horário de Brasília), conforme art. 1º, § 2º, III, "b",
da Lei 11.419/2006.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://sei.trf1.jus.br/autenticidade

informando o código verificador 14797364 e o código CRC ADCE44A7.
SAU/SUL - Quadra 2, Bloco G, Lote 8 - CEP 70070-933 - Brasília - DF - www.trf1.jus.br/sjdf/

0022838-75.2021.4.01.8005 14797364v2
https://sei.trf1.jus.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=16015092&infra_sistema=1000001… 1/1
PODER JUDICIÁRIO
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Nome original: SEI_TRF1 - 14798109 - Certidão.pdf
Data: 17/01/2022 16:38:22
Remetente:
Prioridade: Normal.
sente PA-SEI.
17/01/2022 16:37 SEI/TRF1 - 14798109 - Certidão
SEÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL
CERTIDÃO - SJDF-SERAPO
Processo nº 5020609-92.2021.4.03.6100 8ª VF Cível de São Paulo / SJSP

CERTIDÃO

Certifico e dou fé que, em 08 de janeiro, às 17h14, em cumprimento ao mandado expedido
nos autos do processo acima mencionado, em concordância à Portaria nº 12/2021 editada pelo
Exmo. Sr. Juiz Federal Diretor do Foro Marcelo Velasco Nascimento Albernaz, que viabiliza
o cumprimento de mandados, pelas vias eletrônicas, em observância à Resolução n° 354/2020
do CNJ e ao Artigo 338 do Provimento COGER nº 10126799, de 19 de abril de 2020, foi
enviada uma mensagem eletrônica à Divisão de Assuntos Jurídicos do Fundo Nacional do
Desenvolvimento da Educação – FNDE, contendo uma via do mandado de Notificação e
Intimação extraído do processo em epígrafe. A mensagem de recebimento do expediente foi
encaminhada pelo órgão/autoridade notificando/intimando em 10 de janeiro, às 10h59,
conforme o comprovante anexo. Sendo assim, dou por NOTIFICADO e INTIMADO o
PRESIDENTE DO FUNDO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO –
FNDE.

Brasília-DF, 10 de janeiro de 2022.

Paulo Sylvio Uchôa Mascarenhas
Oficial de Justiça-Avaliador
Matr. 8915/03
Documento assinado eletronicamente por Paulo Sylvio Uchoa Mascarenhas, Oficial(a) de Justiça
Avaliador(a) Federal, em 10/01/2022, às 11:23 (horário de Brasília), conforme art. 1º, § 2º, III, "b",
da Lei 11.419/2006.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site https://sei.trf1.jus.br/autenticidade

informando o código verificador 14798109 e o código CRC 20D5F1D6.
SAU/SUL - Quadra 2, Bloco G, Lote 8 - CEP 70070-933 - Brasília - DF - www.trf1.jus.br/sjdf/
17/01/2022 16:37 SEI/TRF1 - 14798109 - Certidão
0022838-75.2021.4.01.8005 14798109v2
petição intercorrente em anexo.
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL
DA 8ª VARA CÍVEL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO
PAULO-SP
URGENTE
PROCESSO Nº 5020609-92.2021.4.03.6100
PATRICIA PINHEIRO CABRAL, já devidamente qualificada nos autos,

do processo em epígrafe, que move em face do FUNDO NACIONAL DE
DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO (FNDE), e seu PRESIDENTE Sr.
CARLOS ALBERTO DECOTELLI; BANCO DO BRASIL S.A., e seu DIRETOR
PRESIDENTE Sr. FAUSTO DE ANDRADE RIBEIRO, todos devidamente
qualificados, vêm, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seu advogado
infra-assinado, informar o DESCUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL, e
requerer a imposição de multa diária nos termos do artigo 139, IV, do CPC, pelas
seguintes razões de fato e de direito:
DO DESCUMPRIMENTO DA MEDIDA LIMINAR E NECESSIDADE DE

IMPOSIÇÃO DE ASTREINTES – ARTIGO 139, IV, DO CPC:
Em que pese os argumentos expostos durante a marcha processual, em

07/12/2021, a demanda fora julgada improcedente por este Douto Juízo, denegando a
segurança pleiteada.
Buscando a reforma do decisum, foi interposto recurso de apelação perante
este Exm. Juízo, seguido de protocolo de antecipação de tutela no Egrégio Tribunal
Federal da 3ª Região, distribuída sob o nº 5031911-85.2021.4.03.0000 (Comprovante de
protocolo em anexo, Doc. 01).
Assim, em 27/01/2022, fora concedida medida liminar determinando a

suspensão da cobrança das parcelas do financiamento estudantil (FIES) em favor
da Impetrante, obrigando os Impetrados a cessarem as cobranças relativas ao débito
estudantil (Doc. 02):
Todavia, mesmo estando devidamente cientificados da decisão, os

Impetrados - sem qualquer comunicação prévia - não apenas voltaram a cobrar a
parcela mensal, como também todas as parcelas anteriormente suspensas,
lançando as cobranças "EMPRÉSTIMOS", valor corresponde a mais a cerca de
quatro meses de bolsa de estudo da impetrante que é sua única renda. (Doc. 03):
Excelência, além de efetuar o débito de valores que não poderiam ser
expurgados da conta da Impetrante, também a impedem indiscriminadamente de utilizar
sua conta corrente.
De fato, tratam-se de valores que não podem ser legalmente exigidos da

Impetrante, vez que carecem de autonomia para tanto até que seja proferida decisão
ulterior a respeito da demanda, quedando em patente ilegalidade e abuso de poder
econômico do Agente Financeiro Impetrado.
Vossa Excelência, a atitude dos Impetrados demonstra total descaso com o

cumprimento da lei, ferindo de morte o Princípio da Cooperação exposto no artigo 6º do
CPC, além de contrariar com a própria justiça e os princípios democráticos de respeito
aos mandamentos oriundos de decisões judiciais.
Assim, deliberadamente sonegam o direito da Impetrante, que mesmo após

ter a defesa de seus interesses confirmada em liminar, segue sofrendo os efeitos da
torpeza do Impetrado.
Lamentavelmente, o caso dos autos não é uma situação isolada, o Impetrado

age de igual maneira em outros processos do mesmo tema: tentam vencer pelo cansaço,
postergando o cumprimento de suas obrigações e negando o direito àqueles que o
detêm.
Agrava-se o fato de a Impetrante não possuir condições de arcar com os

valores cobrados, inclusive com iminente risco de ser inserida em cadastro de
inadimplentes, inclusive dos seus fiadores.
Conforme demonstrado, o benefício de suspensão pleiteado tem fundamento

justamente no fato de que durante a Residência Médica, a Impetrante percebe apenas
bolsa de estudos, tendo direito a extensão de carência contratual para que possa se
especializar em área prioritária para o Sistema Único de Saúde, prestigiando, ao final, a
própria sociedade.
Inclusive, buscando se proteger da deliberada desídia, bem como

prestigiando a solução amigável da questão, se dirigiu até a Agência da Instituição,
tentativa que, infelizmente, restou infrutífera.
Nesta senda, não resta outra alternativa, senão requerer a este respeitável
Juízo a adoção de medidas coercitivas para o efetivo cumprimento de sua decisão, nos
termos do Código de Processo Civil:
Art. 139. O juiz dirigirá o processo conforme as disposições deste

Código, incumbindo-lhe:
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o
cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por
objeto prestação pecuniária;
Com a aptidão habitual, ministra Nelson Nery Junior e Rosa Maria de

Andrade que:
“o objetivo das astreintes não é obrigar o réu a pagar o valor da

multa, mas obriga-lo a cumprir a obrigação na forma especifica.
A pena é inibitória. Deve ser alta para que o devedor desista de seu
intento de não cumprir a obrigação específica. Vale dizer, o
devedor deve sentir ser preferível cumprir a obrigação na forma
específica a pagar o alto valor da multa fixada pelo Juiz.’’ (Código de
Processo Civil Comentado. 13ª edição. Revista dos Tribunais, pág.
808).
Por se tratar de medida coercitiva necessária a satisfação do direito da

Impetrante, tem-se pela sua aplicabilidade, inclusive em face da Administração Pública
quando se tratar de obrigação de fazer não cumprida, conforme precedentes do
Superior Tribunal de Justiça, bem como Deste Egrégio Tribunal Federal da 3ª
Região sobre o tema:
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. FAZENDA

PÚBLICA. OBRIGAÇÃO DE FAZER. DESCUMPRIMENTO
DE DECISÃO JUDICIAL. MULTA DIÁRIA. CABIMENTO.
1. O Tribunal de origem se posicionou no sentido de que não se
admite a fixação da multa diária em face da Fazenda Pública por
descumprimento de ordem judicial com base na interpretação da
norma contida no art. 461, § 4º, do Código de Processo Civil.
2. Na espécie, ao decidir a controvérsia, não se analisou
questões de natureza probatória como faz crer a União, mas
somente se determinou o alcance dos efeitos normativos
conferidos pelo mencionado dispositivo da legislação processual
quanto à possibilidade de aplicação da multa diária em desfavor
da Fazenda Pública.
3. A jurisprudência desta Corte firmou-se contrariamente à tese
esposada pela Corte de origem, segundo a qual é possível ao
juiz, de ofício ou a requerimento da parte, fixar multa diária
cominatória – astreintes –, ainda que contra a Fazenda Pública,
em caso de descumprimento de obrigação de fazer.
4. Agravo regimental não provido
(STJ. AgRg no Resp nº 1.311.567 PB. Segunda Turma. Relator
Ministro Castro Meira. Julgado em 06/09/2012).
PREVIDENCIÁRIO. EXECUÇÃO. OBRIGAÇÃO DE FAZER.

MULTA. É possível a fixação de multa diária cominatória
(astreintes) contra a Fazenda Pública, por atraso na
implantação de benefício previdenciário, em razão de
tratar-se de obrigação de fazer.
(TRF4. AC 212152020094047000 PR. 5ª Turma. Relator Juiz
Federal Roberto Fernandes Júnior. Julgado em 16/12/2010).
3. No entanto, ainda que razoável a manutenção das astreintes,

concluo haver excesso no saldo devedor pleiteado (...).
(TRF-3. AI 503047647201940300000 SP. Relator Desembargador

Federal Nelson de Freitas Porfirio Junior. 10ª Turma. Julgado em
01/04/2020).
Tais multas devem ser suficientemente severas a ponto de evitar que a

mora lhe seja benéfica, conforme destaca consagrada doutrina sobre a matéria:
Para que a sentença mandamental tenha força persuasiva suficiente

para coagir alguém a fazer ou não fazer, realizando assim a tutela
prometida pelo direito material, permite-se ao juiz, de ofício ou a
requerimento da parte, a imposição de multa coercitiva – astreintes
(art. 537, CPC). A finalidade da multa é coagir ao demandado ao
cumprimento do fazer ou do não fazer, não tendo caráter punitivo.
Constitui forma de pressão sobre a vontade do réu, destinada a
convencê-lo a cumprir a ordem jurisdicional.’’ (MITIDO, Daniel.
ARENHART, Sérgio Cruz e MARINONI, Luiz Guilherme: Novo
Código de Processo Civil Comentado, Revista dos Tribunais: 2017).
Portanto, para fins de garantir a plena efetividade da via jurisdicional,

bem como para afastar os danos que a Impetrante vem sofrendo mesmo depois da
segurança liminar, requer a imposição da aplicação de MULTA DIÁRIA no valor de
R$ 3.000,00 (três mil reais).
Nesses termos,
Pede deferimento.
Brasília-DF, 07 de Fevereiro de 2022.
Hyago Alves Viana

OAB/DF 49.122
Processo Judicial Eletrônico - TRF3 - 2º Grau
Tribunal Regional Federal da 3ª Região - 2º grau
Comprovante de protocolo
Processo
Número do processo: 5031911-85.2021.4.03.0000
Órgão julgador
Colegiado: 2ª Turma
Jurisdição: Tribunal Regional Federal da 3ª Região
Classe: TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE (12135)
Assunto principal: FIES
Medida de urgência: Sim
Partes: PATRICIA PINHEIRO CABRAL (111.005.657-52)
FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO (00.378.257/0001-81) e
outro
Audiência
Documentos protocolados Tipo Tamanho (KB)

DOC.14 - Lei 12202 de 2010 carencia Documento Comprobatório 240,68
estendida.pdf
DOC.12- Ultimo aditamento do contrato do Documento Comprobatório 176,28
FIES pela medica.pdf
Petição Inicial Petição Inicial 0,04
Doc. 17 - Comprovante juntada apelação e Documento Comprobatório 138,79
preparo recursal.pdf
DOC.03- Comprovante de inscricao Documento Comprobatório 141,66
FIES.pdf
DOC.08-Requerimento Administrativo para Documento Comprobatório 54,53
a concessao da Carencia Estendida.pdf
DOC.07- Portaria Conjunta 03 2013 - anexo Documento Comprobatório 2483,93
1.pdf
DOC.09-Negativa ao beneficio de Carencia Documento Comprobatório 85,03
Estendida.pdf
Doc. 16 - Sentença denegatória.pdf Documento Comprobatório 47,50
DOC.13- Cedula de Identidade Medica.pdf Documento Comprobatório 711,50
DOC. 01 - PROCURACAO.pdf Procuração/Habilitação 67,75
TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE - Petição inicial - PDF 392,43
PATRICIA PINHEIRO.pdf
DOC.10- RESOLUCAO 48, DE 28 DE Documento Comprobatório 98,10
JUNHO DE 2018 - Imprensa Nacional.pdf
DOC.06-Declaracao de que a medica esta Documento Comprobatório 349,51
cursando Residencia medica.pdf
DOC.02- Documento de Identificacao e Documento de Identificação 1119,65
Comprovante de Residencia.pdf
DOC.11- Comprovante de vinculo com o Documento Comprobatório 55,34
FIES.pdf
DOC.04- Diploma de Conclusao de Curso Documento Comprobatório 482,80
de Medicina.pdf
Doc. 15 - Acordão que antecipou a Documento Comprobatório 52,61
tutela.pdf
DOC.05- Saldo Devedor.pdf Documento Comprobatório 83,34
Assuntos Lei
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / Tutela Provisória (9192) / CPC
Liminar (9196
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO (8826) / Tutela Provisória (9192) /
Tutela de Urgência (12416 CPC
DIREITO À EDUCAÇÃO (12775) / PERMANÊNCIA (12794) / Programas de bolsas e
financiamento estudantil com recursos públicos (12843) / FIES (12844 Lei 13.570/2017
REQUERENTE REQUERIDO
EDUCACAO
HYAGO ALVES VIANA (Advogado) BANCO DO BRASIL SA
PATRICIA PINHEIRO CABRAL NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
registrado(a) civilmente como NELSON WILIANS
FRATONI RODRIGUES (Advogado)
Distribuído em: 23/12/2021 10:40

Protocolado por: HYAGO ALVES VIANA
04/02/2022
Número: 5031911-85.2021.4.03.0000
Classe: TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE
Órgão julgador colegiado: 2ª Turma
Processo referência: 5020609-92.2021.4.03.6100
Assuntos: Liminar, Tutela de Urgência, FIES
PATRICIA PINHEIRO CABRAL (REQUERENTE) HYAGO ALVES VIANA (ADVOGADO)
EDUCACAO (REQUERIDO)
BANCO DO BRASIL SA (REQUERIDO) NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES registrado(a)
civilmente como NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES
(ADVOGADO)
Documentos
Assinatura
25209 27/01/2022 14:03 Decisão Decisão
6351
PODER JUDICIÁRIO
2ª Turma
TUTELA ANTECIPADA ANTECEDENTE (12135) Nº 5031911-85.2021.4.03.0000

REQUERENTE: PATRICIA PINHEIRO CABRAL
Advogado do(a) REQUERENTE: HYAGO ALVES VIANA - DF49122
REQUERIDO: FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCACAO, BANCO DO BRASIL SA
Advogado do(a) REQUERIDO: NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES - SP128341-A
D E C I S ÃO
Trata-se de pedido de “tutela recursal antecipada antecedente”, promovida por

PATRICIA PINHEIRO CABRAL contra FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA
EDUCAÇÃO e OUTROS, “a fim de que seja prorrogado o período de carência,
suspendendo o pagamento das parcelas mensais, sem prejuízo ao pagamento posterior
com as correções legais, enquanto não houver julgamento definitivo acerca do feito, com
fulcro nos artigos 303 do Código Processo Civil e artigo 33 do Regimento Interno deste
Tribunal.”
Em síntese, a requerente alega que, muito embora o Juízo a quo tenha

julgado improcedentes os pedidos constantes na inicial e denegado a segurança, faz jus à
extensão do período de carência de seu contrato de financiamento estudantil, com a
consequente suspensão da cobrança das parcelas do FIES durante o período em que
Num. 252096351 - Pág. 1
estiver cursando a residência médica. Alega ainda que, nos termos do agravo de
instrumento no. 5018100-58.2021.4.03.0000, já provido por este Tribunal, conta com
probabilidade do direito e perigo de dano, razão pela qual a tutela deve ser concedida.
É o relatório.
Uma vez que o tema trazido à baila pela requerente já foi analisado por este
mesmo Relator no âmbito do Agravo de instrumento supracitado, reproduzo o respectivo
voto para deferir a tutela recursal antecedente:
(…)
Segundo consta, a impetrante (ora agravante) “se formou médica pela Pontifícia
Universidade Católica de Goiás em 06 de janeiro de 2020, utilizando o financiamento
estudantil do FIES e foi aprovada no Programa de Pós-Graduação em Residência
Médica (doc. 06) na área de CIRURGIA BÁSICA, no Hospital do Servidor Público
Municipal de SP, com início em 01/03/2020 e termino previsto para 28/02/2022”.
Pleiteou, então, a carência estendida de seu financiamento FIES durante o período de

residência, nos termos da Lei 10.2060/2001.
Conforme previsto no §3º do art. 6º B da Lei n. 10.260/2001, com a redação dada pela
Lei n. 12.202/2010, “o estudante graduado em Medicina que optar por ingressar em
programa credenciado Medicina pela Comissão Nacional de Residência Médica, de
que trata a Lei no 6.932, de 7 de julho de 1981, e em especialidades prioritárias
definidas em ato do Ministro de Estado da Saúde terá o período de carência estendido
por todo o período de duração da residência médica.”
É fato que a residência em Cirurgia Geral está indicada como prioritária pelo Ministério
da Saúde no art. 5º e Anexo II da Portaria Conjunta nº 03, de 19 de fevereiro de 2013.
Pois bem.
Em busca no site do MEC, é possível visualizar que, a partir da Resolução nº 48, de 28

de junho de 2018, do CNRM, estabeleceu-se que o programa de residência médica em
Cirurgia Geral passaria a ter duração de 3 (três) anos; enquanto o Programa de
Pré-requisito em Cirúrgica Básica teria duração de 2 (dois) anos.
A par disso, não verifico diferença substancial entre os referidos cursos que justifique a
negativa do benefício de extensão de carência, sob pena de violação do princípio da
isonomia.
Segundo as informações do Portal do Ministério da Educação, até o final do segundo

ano da Residência em Cirurgia Geral, os currículos são idênticos. Ademais, outras
informações merecem destaque:
(...)
6- O Programa de Cirurgia Geral é acesso direto? Sim, para ingresso no programa só é

necessário ter concluído a graduação em Medicina.
Num. 252096351 - Pág. 2
(...)
cirúrgicas.
R: Todas exigem o Pré Requisito em Área Cirúrgica Básica, porém o Médico Residente
que concluir a Cirurgia Geral também terá acesso.
(...)

permite que o candidato concorra para residência em outras especialidades cirúrgicas.

prérequisito.
18- Se ao final do segundo ano (pré-requisito) o residente quiser fazer o terceiro ano
ele poderá?
Sim. Terá de prestar prova para o terceiro anos, se houver vaga disponível em algum
programa.
(...)
20- A Matriz de Competências é diferente para o pré-requisito e para a Residência (3

anos)?

O programa de Pré-requisito na Área Cirúrgica Básica é um programa de Residência

Médica, como tal é uma pós graduação, sob a forma de especialização, caracterizada
por treinamento em serviço. A semelhança ao Programa de Residência Médica de Ano
opcional ou adicional, não confere título de especialista, sim um certificado de
capacitação das competências constituídas nestes dois anos. O Programa de
Pré-requisito na Área Cirúrgica Básica é pré-requisito, assim como o Programa de
Cirurgia Geral, ao ingresso nas nove especialidades cirúrgicas. Dessa forma ao término
Num. 252096351 - Pág. 3
do Programa o médico interessado deverá ser submetido ao processo seletivo da
especialidade desejada.”
Como se observa, não há distinção relevante entre os cursos para fins de extensão da
carência do financiamento estudantil.
É de se ressaltar que até 2016 a Residência de Cirurgia Geral também tinha a

duração de 2 (dois) anos.
Não bastasse, verifica-se que o programa de Cirurgia Básica é, hoje, pré-requisito

“indispensável para o ingresso nas especialidades cirúrgicas, que incluem: Cirurgia do
Aparelho Digestivo, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular,
Urologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia Oncológica, Cirurgia Pediátrica e Cirurgia
Coloproctológica”. (Resolução nº 48, de 28 de junho de 2018, do CNRM).
(...)
Com efeito, a Comissão Nacional de Residência Médica aprovou, em 2016, o aumento

da duração dos Programas de Residência de Cirurgia Geral de 2 para 3 anos. O antigo
programa de residência em Cirurgia Geral, com duração de 2 anos, ainda será
oferecido com o nome de Área Cirúrgica Básica. Assim, somente o Programa de
Residência Médica (3 anos) pode oferecer o Título de Especialista em Cirurgia Geral. O
residente em Área Cirúrgica Básica poderá, ao final do segundo ano, concorrer a uma
vaga para o terceiro ano. Porém, ambos os programas poderão ser utilizados como
pré-requisito para acesso às especialidades cirúrgicas que não são de acesso direto. A
diferença existente é que apenas o Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral
(3 anos) servirá como pré-requisito para acesso às Áreas de Atuação (Vídeo e Trauma)
e o Programa Avançado em Cirurgia Geral. Como dito acima, a Área de Cirurgia
Básica, com duração de dois anos, é considerada um pré-requisito para as demais
áreas cirúrgicas, como Cirurgia do Aparelho Digestivo, Cirurgia de Cabeça e Pescoço,
Cirurgia Plástica, Cirurgia Vascular, Urologia, Cirurgia Torácica, Cirurgia Oncológica,
Cirurgia Pediátrica e Cirurgia Coloproctológica). Neste sentido, verifica-se que para
exercer algumas das especialidades médicas elencadas no anexo II da Portaria
conjunta SGTES/SAS nº 3, de 19 de fevereiro de 2013, o candidato deve ter
obrigatoriamente cursado Cirurgia Geral ou Cirurgia Básica, não fazendo sentido,
portanto, distingui-las para efeito de obter a extensão do período de carência para
pagamento do FIES. Assim, a Cirurgia Básica não é considerada especialidade em si
(art. 3º-§2º), mas um programa de dois anos pré-requisito para outras especializações
cirúrgicas. Como exposto anteriormente, a prorrogação da carência pressupõe o
requerimento antes da fase de amortização. Logo, obstar a continuidade neste
momento importaria negar o direito no momento do ingresso em especialização
prevista na Portaria Conjunta SGTES/SAS nº 3, de 19/2013. Portanto, considerando
que o programa de Cirurgia Básica é pré-requisito para as especializações previstas na
Portaria Conjunta SGTES/SAS nº 3, deve ser estendido o período de carência. (...)”
(AG - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 5032716-45.2020.4.04.0000 – Rel. VÂNIA HACK
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Ante o exposto, dou provimento ao recurso para deferir a liminar pleiteada na origem,
prorrogando a carência do financiamento estudantil (FIES) da agravante pelo período
de duração da residência médica para qual foi admitida.
É o voto.
(…)”.
Ante o exposto, defiro a tutela pleiteada para prorrogar o período de carência

do financiamento estudantil, suspendendo o pagamento das parcelas mensais, sem
prejuízo ao pagamento posterior com as correções legais, até o julgamento definitivo do
feito por este Tribunal.
Intime-se a parte ré para apresentação de contraminuta.
Pub. Int.
São Paulo, 26 de janeiro de 2022.
Num. 252096351 - Pág. 5
NÚMERO: 5020609-92.2021.4.03.6100
PARTE(S): PATRICIA PINHEIRO CABRAL E OUTROS

direito público, representado(a) pelo membro da Advocacia-Geral da União infra assinado(a), vem, respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, apresentar,
CONTRARRAZÕES
à apelação interposta pela parte Autora/Recorrente.
Após, requer a remessa dos autos ao Egrégio Tribunal Regional Federal.
Brasília, 10 de fevereiro de 2022.

Procuradora Federal
OAB/SP 156.412
CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO
NÚMERO: 5020609-92.2021.4.03.6100
PARTE(S): PATRICIA PINHEIRO CABRAL (111.005.657-52), BANCO DO BRASIL SA,
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL

COLENDA CORTE,
EMÉRITOS JULGADORES,
1. DOS FATOS
Trata-se de ação em que se busca a concessão de provimento judicial, no sentido de que seja
assegurado à parte autora suspensão da cobrança das parcelas de amortização de seu contrato de financiamento
estudantil através da EXTENSÃO DO PERÍODO DE CARÊNCIA até a conclusão da Residência Médica.
A sentença julgou improcedente o pedido. Recorreu a parte autora.
Inconformado, recorre a Autora para o Egrégio Tribunal, pedindo a reforma total da Sentença.
Contudo, em que pese a irresignação, a sentença deve ser mantida, como restará demonstrado.
2. DA NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO DA SENTENÇA

2.1 DA SITUAÇÃO DA PARTE AUTORA
Em recente consulta ao SISFIES, verificou-se que a situação da inscrição do estudante é de

Contratado com referência ao 1° semestre de 2014, para o curso de Medicina, financiamento estudantil formalizado
perante o Banco do Brasil para a cobertura de 100% (cem por cento) dos encargos educacionais cobrados do
estudante, cuja garantia escolhida foi a da "Fiança Convencional + FGEDUC".
Além do semestre de inscrição no financiamento, há registro de aditamento de renovação,

sequencialmente nos semestres que vão do 2°/2014 ao 2°/2019, contratados.
Ademais, foi observada a realização de repasse dos encargos educacionais à Mantenedora da IES, com
referência aos semestres formalizados.
Para melhor compreensão acerca das fases do contrato de FIES, em especial, no caso em comento, o
contrato da autora encerrou-se no 2°/2019, portanto, a fase de carência iniciou-se no 1°/2020 e se estendeu até o
1°/2021, quando então, no 2°/2021, o contrato migrou para a fase de amortização.
3. ATRIBUIÇÕES EXCLUSIVAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE
Preliminarmente, informamos que não há solicitação administrativa para extensão do prazo de

carência do estudante/médico.
A extensão de carência contraído no âmbito do FIES está prevista no art.6º-B, § 3°, da Lei nº 10.260,
de 12 de julho de 2001, regulamentado pela Portaria Normativa MEC nº 07, de 26 de abril de 2013.
No caso vertente, verifica-se que não há solicitação administrativa, requisito essencial para recorrer ao
poder judiciário.
No que se refere ao ponto central da demanda, qual seja, o enquadramento do estudante na faculdade
prevista no artigo 6º - B, da Lei 10.260/2001, que concede carência estendida a médicos residentes que tenham
ingressado em programa credenciado, importante trazer o contexto jurídico de onde emergiu a referida faculdade.
Vide o que dispõe a Lei:
Art. 6º-B O Fies poderá abater, na forma do regulamento, mensalmente, 1,00% (um inteiro
por cento) do saldo devedor consolidado, incluídos os juros devidos no período e
independentemente da data de contratação do financiamento, dos estudantes que exercerem
as seguintes profissões: (Acrescentado pela Lei 12.202/2010)
I - professor em efetivo exercício na rede pública de educação básica com jornada de, no
mínimo, 20 (vinte) horas semanais, graduado em licenciatura; e (Acrescentado pela Lei
12.202/2010)
II - médico integrante de equipe de saúde da família oficialmente cadastrada, com atuação
em áreas e regiões com carência e dificuldade de retenção desse profissional, definidas como
prioritárias pelo Ministério da Saúde, na forma do regulamento. (Acrescentado pela Lei
12.202/2010) § 1º (VETADO) (Acrescentado pela Lei 12.202/2010)
§ 2º O estudante que já estiver em efetivo exercício na rede pública de educação básica com
jornada de, no mínimo, 20 (vinte) horas semanais, por ocasião da matrícula no curso de
licenciatura, terá direito ao abatimento de que trata o caput desde o início do curso.
(Acrescentado pela Lei 12.202/2010)
§ 3º O estudante graduado em Medicina que optar por ingressar em programa credenciado
Medicina pela Comissão Nacional de Residência Médica, de que trata a Lei nº 6.932, de 7
de julho de 1981, e em especialidades prioritárias definidas em ato do Ministro de Estado da
Saúde terá o período de carência estendido por todo o período de duração da residência
médica. (Acrescentado pela Lei 12.202/2010)
De acordo com a dicção do artigo reproduzido será possívela extensão do período de carência aos
médicos, desde que atendidos os requisitos de ingresso em programa de Residência Médica devidamente
credenciado junto ao Conselho Nacional de Residência Médica, em especialidade prioritária em determinada
região.
Assim, a extensão do período de carência está condicionada, preliminarmente, à verificação e

preenchimento das condições estabelecidas para os estudantes graduados em Medicina, que serão aferidas pelo
Ministério da Saúde, as quais estão detidamente delineadas na Portaria MS nº 1.377, de 13 de junho de 2011, in
verbis:
Art. 1º Esta Portaria estabelece critérios para definição das áreas e regiões prioritárias com
carência e dificuldade de retenção de médico integrante de equipe de saúde da família
oficialmente cadastrada e das especialidades médicas prioritárias de que tratam o inciso II e
o § 3º do art. 6º B da Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, no âmbito do Fundo de
Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES).
(...)
Art. 3º Para obter a extensão do prazo de carência do respectivo financiamento por todo o
período de duração da residência médica, o estudante graduado em Medicina deverá optar
pelo ingresso em programa credenciado pela Comissão Nacional de Residência Médica
(CNRM), de que trata a Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, e em especialidade médica cuja
prioridade para o SUS será definida pelo Ministério da Saúde com observância dos
seguintes critérios:
II - especialidade necessária a uma dada região segundo avaliação da demanda decorrente
da evolução do perfil sócio-epidemiológico da população, principalmente relacionadas ao
envelhecimento populacional e ao aumento de morbi-mortalidade decorrente de causas
externas;
III - especialidades necessárias à implementação das políticas públicas estratégicas para o
SUS, tais como a Política de Atenção Básica, de Urgência e Emergência, de Saúde Mental,
Atenção à Mulher e Criança, Oncológica e Atenção ao Idoso; e
IV - especialidades consideradas escassas ou com dificuldade de contratação em uma dada
região segundo análise dos sistemas de informação disponíveis, realização de pesquisa ou
demanda referida por gestores da saúde daquela região.
Parágrafo único. Caberá à Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde
(SGTES/MS) publicar a relação das especialidades médicas prioritárias de que trata o caput
no prazo de 30 (trinta) dias a partir da data de publicação desta Portaria.
Coordenações dos Programas de Residência Médica deverão validar e manter cadastro com
informações atualizadas dos financiados do FIES sobre o seu exercício profissional nas
equipes de saúde da família ou sua participação em Programa de Residência Médica,
respectivamente.
(FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), as Secretarias ou as
Coordenações deverão avaliar se as informações prestadas pelo financiado do FIES àquela
entidade, referentes ao seu exercício profissional nas equipes de saúde da família ou à sua
participação em Programa de Residência Médica, estão em consonância com o cadastro de
que trata o caput.
O procedimento para o requerimento da carência, por sua vez, está disciplinado na Portaria Normativa
n. 203/2013, do Ministério da Saúde, que assim estabelece:
"Art. 3º-A O requerimento de carência estendida de que trata o art. 3º deverá ser preenchido
pelo profissional médico beneficiário de financiamento concedido com recursos do FIES por
meio de solicitação expressa, em sistema informatizado específico disponibilizado pelo
Ministério da Saúde, contendo, dentre outras, as seguintes informações:
I - nome completo;
II - CPF;
IV - e-mail; e
§ 2º O coordenador da Comissão de Residência Médica (COREME) da instituição a qual está
vinculado o Programa de Residência Médica é responsável pela validação e atualização das
informações prestadas pelo profissional médico beneficiário do financiamento.
(MEC), a relação de médicos considerados aptos para a concessão da carência estendida por
todo o período de duração da residência médica.
4. DAS ATRIBUIÇÕES EXCLUSIVAS DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Após a análise dos requisitos pelo Ministério da Saúde e se preenchidos os critérios cuja análise são de
competência do Ministério da Saúde, o FNDE é instado a analisar o preenchimento dos requisitos exigidos pelo
Ministério da Educação, previstos na Portaria Normativa MEC n. 07/2013, constantes do § 1º, do artigo 6º-B e do
artigo 7º, a saber:
Vide o que dispõe a referida Portaria:
Art. 6º O período de carência estendido de que trata o § 3º do art. 6º-B da Lei nº 10.260, de
2001, será concedido a médico integrante de equipe prevista no inciso II do art. 2º desta
Portaria que vier a estar regularmente matriculado e frequentando programa de residência
médica:
§ 1º Poderá solicitar o período de carência estendido o médico que não integre equipe
prevista na forma do inciso II do art. 2º, regularmente matriculado em residência médica que
atenda às condições previstas nos incisos I e II do caput, desde que o contrato não esteja na
fase de amortização do financiamento.
§ 2º O período de carência estendido deverá ser solicitado de acordo com o inciso II do art.
5º, observando as seguintes condições e prazos:
b) término: no mês em que finalizar a residência médica ou a fase de carência do
financiamento, o que ocorrer por último;
II - para o contrato que não contemplar a fase de carência:
a) início: no mês imediatamente seguinte ao término da fase de utilização do financiamento;
b) término: no mês em que finalizar o período da residência médica.
§ 3º O período de carência estendido não será considerado para fins de concessão do
abatimento e, enquanto vigente, o financiado ficará desobrigado do pagamento do
financiamento, não incidindo juros e encargos financeiros sobre o saldo devedor.
§ 4º Findo o período de carência estendido, caso o médico não esteja em efetivo exercício em
equipe prevista no inciso II do art. 2º, deverá retomar o pagamento do financiamento.
(...)
Art. 7º Para solicitar o abatimento, suas renovações ou o período de carência estendido, o
estudante com financiamento em atraso ou inadimplente com o Fies deverá regularizar o
pagamento dos juros e das prestações do financiamento, devendo permanecer nesta situação
até a sua concessão.
Os requisitos de observância pelo FNDE, portanto, se resumem à conferência da data do

requerimento formulado pelo autor, junto ao Ministério da Saúde, que deve estar compreendida dentro do período
contratual de carência e à verificação se o estudante está adimplente com o pagamento relativo aos juros
trimestrais devidos na constância das fases de utilização e carência do contrato, medidas estas que somente podem ser
adotadas após Oficio do Ministério da Saúde, afirmando o preenchimento dos requisitos prévios, de sua competência.
Insta salientar que, para efeito desta conferência, o FNDE já teve acesso à situação contratual (fase do
contrato e adimplência) dos estudantes cujos financiamentos foram efetivados junto á CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL, que disponibilizou acesso para consulta pela área responsável.
Não obstante, para os contratos formalizados junto ao Banco do Brasil, em virtude deste agente
financeiro não ter disponibilizado acesso pelo FNDE aos referidos dados, a autarquia não possui condições de
verificação imediata quanto à delimitação das fases contratuais e adimplência.
Nesse sentido, feita a análise prévia, pelo Ministério da Saúde, dos requisitos para a concessão do
benefício e após comunicação daquele Ministério, o FNDE, com referência aos estudantes vinculados à CAIXA, de
pronto, já possui condições de analisar os requisitos de requerimento de sua competência, bastando, se reconhecido o
preenchimento pelo autor, notificar o banco, nos termos do disposto no § 4º, do artigo 3º- A, da Portaria Normativa
203/2013, do Ministério da Saúde, abaixo descrito, para a implementação, com a suspensão das cobranças e extensão
da carência:
responsável para a efetivação das medidas relativas à concessão da carência estendida ."
Com referência aos estudantes vinculados ao Banco do Brasil, no entanto, considerando que o FNDE
não possui acesso à base de dados do banco, sendo impedido de analisar se o requerimento formulado pelo autor se
deu dentro do período de carência e se o autor está adimplente com as parcelas de juros trimestrais, feita a análise
prévia, pelo Ministério da Saúde, dos requisitos para a concessão do benefício e após comunicação daquele Ministério,
o FNDE encaminha a solicitação ao Banco do Brasil, para que este faça a análise do preenchimento dos requisitos e,
se preenchidos, implemente a carência estendida, determinando, igualmente, a suspensão das cobranças.
Cabe esclarecer que, a parte que compete ao FNDE na extensão de carência é a notificação do agente
financeiro para a observância desta extensão, conforme previsão contida no já referido § 4º, do artigo 3º- A, da
Portaria Normativa 203/2013, do Ministério da Saúde, abaixo descrito, para a implementação, com a suspensão das
cobranças.
Nesse ponto, conforme mencionado, uma autarquia tem como escopo de criação execução de serviços
públicos de natureza social e de atividades administrativas, com a exclusão dos serviços e atividades de cunho
econômico e mercantil. Assim, a fim de prestar serviço de natureza especializada, afastada da burocracia
administrativa central, o FNDE necessita de parceiras de outras instituições para, então, alcançar seu objetivo central.
Com base nessa ideia, para a execução satisfatória da política pública nos aspectos técnicos que
envolvem questões financeiras é que o FNDE, firma contratos de gestão com pessoas da Administração Indireta, no
caso os agentes financeiros, Caixa Econômica Federal (CAIXA) e Banco do Brasil (BB).
Além disso, há que falar ser obrigação dos agentes financeiros o controle da evolução dos
financiamentos e das obrigações deles decorrentes, em todas as suas fases. Assim, não há, também, como prever a
operacionalização do sistema de extensão de carência para os estudantes de Medicina que estejam em residência
médica, preenchidas as condições exigidas, sem a participação direta dos agentes financeiros.
Isso, por que, é o agente financeiro que acompanha a evolução contratual e informa o FNDE sobre as
fases em que se encontram cada um dos contratos. Assim, por se tratar esta demanda sobre a extensão do período de
carência, por óbvio que aquele a quem incube o registro da evolução das fases deve participar diretamente de tais
questões, inclusive. Desse modo, qualquer que seja a ordem judicial sobre este ponto em específico, deve ser
direcionada, especificamente, ao agente financeiro do contrato de financiamento estudantil.
5. DA SITUAÇÃO DO PRESENTE CASO - AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO JUNTO AO

MINISTÉRIO DA SAÚDE
Vide, portanto, que para a concessão do benefício, os requisitos de enquadramento relativos à
residência médica devem ser verificados pelo Ministério da Saúde e, nesse sentido, a carência estendida deverá ser
solicitada em sistema específico, gerenciado pelo Ministério da Saúde, denominado FIESMED.
No entanto, o FNDE não foi notificado de solicitação de carência pelo autor pelo Ministério da Saúde,
de modo que se subentende que, se houve requerimento, o que não restou comprovado, o indeferimento ocorreu na
origem, no Ministério da Saúde.
Para a autarquia ainda não houve preenchimento dos requisitos para a análise da extensão da carência,
visto que não foi notificado pelo Ministério da Saúde, não tendo o estudante ultrapassado a fase dos procedimentos
necessários previstos na Portaria MS nº 1.377, de 13 de junho de 2011, não podendo a análise prévia do Ministério da
Saúde, a quem compete a verificação do enquadramento do estudante no benefício trazido pela Lei, ser suprimida.
Vide que o Ministério da Saúde não oficiou ao FNDE, na conformidade do disposto na legislação,
acerca do preenchimento dos requisitos para a concessão da carência estendida. Desta feita, não há qualquer ação ou
omissão sendo praticada pelo FNDE por meio de seu presidente, obstando o direito do estudante na obtenção da
carência estendida.
Ao contrário, na situação vertente, o FNDE está impedido de dar seguimento aos demais
procedimentos para a concessão do benefício, tendo em vista a ausência de esgotamento de fase prévia de
competência do Ministério da Saúde.
No caso em espeque, não é da competência do FNDE avaliar se o Programa de Residência Médica ao

qual está vinculado o estudante está credenciado junto à Comissão Nacional de Residência Médica, conforme
preconiza a Lei 10.260/2001 e as retro citadas Portarias. Também não é possível ao FNDE estabelecer se a
especialidade médica cursada, ainda que dentro das prioritárias definidas pelo Ministério da Saúde, enquadra-se em
especialidade necessária à região, visto que esta análise é atribuída ao Ministério da Saúde, o qual, apenas se
verificado o atendimento dos requisitos para a concessão da garantia estendida comunicará ao FNDE para que
notifique ao agente financeiro responsável para a efetivação das medidas relativas à concessão da carência.
Nesse viés, o direcionamento da demanda ao FNDE é equivocado, visto que quem detém a atribuição
de verificar preliminarmente o preenchimento dos requisitos legais para a concessão da garantia, é o Ministério da
Saúde, cabendo ao FNDE e a CAIXA ou o BB, apenas, a concretização da medida.
Assim, feitas essas considerações, conclui-se que o FNDE e/ou seu presidente não são competentes
para figurar no polo passivo da ação em epígrafe, pois à luz dos dispositivos normativos acima transcritos, a
operacionalização do sistema e avaliação dos requisitos, de forma preliminar, cabe, in casu, ao Ministério da Saúde, a
quem compete a gestão do sistema FIESMED, onde o suposto requerimento do autor não teria evoluído.
Saliente-se, ademais, que o estudante, após o devido direcionamento do requerimento à autoridade

correta, deverá comprovar, ademais, que intentou realizar o requerimento do pedido de extensão de carência dentro do
período de carência do seu contrato, visto que este é um dos requisitos analisados posteriormente, pelo agente
financeiro por solicitação do FNDE.
O estudante deverá, após o preenchimento dos requisitos a cargo do Ministério da Saúde, atender,
também, o requisito constante do artigo 6º, da Portaria Normativa MEC n. 07/2013, qual seja, de ter requerido o
benefício dentro do período de carência, vejamos:
Art. 6º O período de carência estendido de que trata o § 3o do art. 6o-B da Lei no 10.260, de
2001, será concedido a médico integrante de equipe prevista no inciso II do art. 2o desta
Portaria que vier a estar regularmente matriculado e frequentando programa de residência
médica:
§ 1o Poderá solicitar o período de carência estendido o médico que não integre equipe
prevista na forma do inciso II do art. 2o, regularmente matriculado em residência médica que
atenda às condições previstas nos incisos I e II do caput, desde que o contrato não esteja na
fase de amortização do financiamento.
Saliente-se, por cautela, que o estudante, após o devido direcionamento do requerimento à autoridade
correta, deverá comprovar, que intentou realizar o requerimento do pedido de extensão de carência dentro do período
de carência do seu contrato, visto que este é um dos requisitos analisados posteriormente, pelo agente financeiro por
solicitação do FNDE (artigo 6º, da Portaria Normativa MEC n. 07/2013).
Neste sentido, colaciono os seguintes julgados:
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. CONTRATO DE

FINANCIAMENTO ESTUDANTIL - FIES. PRORROGAÇÃO DA CARÊNCIA PARA
PAGAMENTO DAS PRESTAÇÕES ATÉ A CONCLUSÃO DO CURSO DE RESIDÊNCIA
MÉDICA. IMPOSSIBILIDADE. APELO DESPROVIDO.
1. Apela-se de sentença que julgou improcedente o pleito de suspensão da cobrança das
prestações do FIES, durante o período de duração da residência médica.
2. Na hipótese, a impetrante firmou Contrato de Financiamento Estudantil com a Caixa
Econômica Federal, em 25/01/2007, a fim de cursar Medicina, destinado ao custeio de 50%
(cinquenta por cento) dos encargos educacionais, requerendo, com esteio no art. 6º-B, § 3º, da
Lei nº. 10.260/2001, incluído pela Lei 12.202/2010, o beneficio da carência durante o tempo
residência médica em Anestesiologia (março/2015 a março/2018).
3. Compulsando os autos, observa-se que o contrato nº 13.0041.185.0003623-47 foi firmado
na forma da Lei nº 10.260/2001, alterada pela Lei nº 11.552/2007, que prevê (inciso IV do art.
5º) apenas a carência de 6 (seis) meses, para o pagamento das parcelas do FIES, a contar do
mês imediatamente subsequente ao da conclusão do curso.
4. Os contratos - que se qualificam como atos jurídicos perfeitos (RT 547/215) - acham-se
protegidos, em sua integralidade, inclusive quanto aos efeitos futuros, pela norma de
salvaguarda constante do art. 5º.XXXVI, da Constituição da República (STJ. Processo AI
363159-SP. DJ: 03.02.2006. Relator Ministro Celso de Mello). Impossibilidade de a lei
retroagir para alterar cláusula contratual anterior a sua vigência.
5. Verifica-se, ainda, que a impetrante colou grau em 18/11/2011 e somente foi aprovada na
residência médica em março/2015, quando de há muito já ultrapassado o período de carência
inicialmente previsto no referido instrumento contratual, não havendo, portanto, que se falar
em prorrogação.
(...)
7. Apelação desprovida.
TRF5. PROCESSO Nº: 0800963-12.2015.4.05.8200 - APELAÇÃO APELANTE: YANA
RODRIGUES DE OLIVEIRA ADVOGADO: FELIPPE GONÇALVES GARCIA DE
ARAUJO APELADO: CAIXA ECONOMICA FEDERAL - CEF RELATOR(A):
DESEMBARGADOR(A) FEDERAL RUBENS DE MENDONÇA CANUTO NETO - 4ª
TURMA
EMENTA PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.

FNDE - FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO. CONTRATO
DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL. ESTUDANTE DE MEDICINA. PRORROGAÇÃO
DE CARÊNCIA. ART. 6º-B, § 3º, DA LEI Nº. 10.260/01, INCLUÍDO PELA LEI Nº.
12.202/2010 E PORTARIA NORMATIVA Nº. 07/2013, DO MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. RESIDÊNCIA MÉDICA APÓS ULTRAPASSADO O
PERÍODO DE CARÊNCIA. AGRAVO PROVIDO.
1. Agravo de instrumento interposto pelo FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação contra decisão que, nos autos de ação ordinária, deferiu a tutela de urgência
requestada para assegurar ao autor, ora agravado, a suspensão das cobranças de parcelas
mensais do FIES, provenientes do contrato de financiamento nº 13.0732.185.0003857-42, até
a conclusão da residência médica em clínica médica junto ao Centro de Ciências
Médicas/Hospital Universitário Lauro Wanderley, da Universidade Federal da Paraíba. 2.
Decisão agravada que concedeu a antecipação de tutela em favor da parte agravada sob o
argumento de que a possibilidade de prorrogação da carência estaria prevista no art. 6º-B, §3º
da Lei 10.260/2001, incluído pela Lei 12.202/2010. 3. Contrato de Financiamento Estudantil
que foi firmado pelo recorrido em 20.05.2010, cujo prazo de utilização seria de, no máximo,
11 (onze) semestres, com período de carência de 18 (dezoito) meses. 4. O art. 6º, § 1º, da
Portaria Normativa nº 07, de 26/04/2013, do Ministério da Educação - que regulamenta o
disposto no art. 6º-B da Lei nº 10.260/2001 - estabelece, como condição para se solicitar o
período de carência estendido, que o contrato não esteja na fase de amortização do
financiamento. Já o contrato de financiamento celebrado pelo agravado (cláusula oitava)
prescreve que a fase de amortização se inicia imediatamente após finda a fase de carência.
5. Caso em que o recorrido colou grau em 05.06.2014, iniciando-se, dessa data, a carência
contratual de 18 (dezoito) meses que teria fim em dezembro/2015. Por outra lado, o estudante
iniciou sua residência médica em 01.03.2017, quando de há muito já ultrapassado o período de
carência previsto inicialmente no instrumento contratual de financiamento.
6. Na espécie, ainda que o contrato de financiamento estudantil tenha sido firmado na vigência
da Lei nº. 12.202/2010 - que inseriu a possibilidade de carência estendida aos estudantes de
Medicina até o término do curso de residência, não se mostra possível manter o direito
reconhecido na decisão agravada, ante a impossibilidade de prorrogar algo que já se expirou.
(TRF5. PROCESSO: 08051488420174050000, AGRAVO DE INSTRUMENTO,
DESEMBARGADOR FEDERAL RUBENS DE MENDONÇA CANUTO NETO, 4ª
TURMA, JULGAMENTO: 17/10/2017)
EMENTA AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONTRATO DE

FINANCIAMENTO ESTUDANTIL. CURSO DE MEDICINA. PRORROGAÇÃO DA
RESIDÊNCIA MÉDICA. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO PROVIDO.
1. Agravo de instrumento contra decisão que deferiu pedido de tutela antecipada para
determinar que o recorrente se abstenha de incluir o nome da estudante e fiador nos cadastros
restritivos de crédito até que seja concluída a sua residência médica.
2. No caso concreto, não há como prorrogar o prazo de carência do contrato de financiamento
estudantil da agravada, eis que iniciada a fase de amortização do mesmo, vez que o transcurso
do período de carência contratual ocorreu anteriormente ao ingresso da autora no programa de
3. Ainda que o contrato de financiamento em questão tenha sido celebrado sob a vigência da
Lei nº 10.260/2001, alterada pela Lei nº12.202, de 14 de janeiro de 2010 - que inseriu a
possibilidade de carência estendida para os estudantes de Medicina até o término do curso de
residência -, não se mostra viável a extensão da carência, na presente hipótese, com base na
aludida lei.
4. Isso porque afigura-se descabido falar em prorrogação de algo que já cessou, situação que
configuraria, em verdade, a concessão de um novo período de carência ao agravante. Além
disso, o eventual deferimento da medida requestada acarretaria também a violação das
disposições contratuais atinentes à amortização, eis que repercutiria no início e/ou
desdobramento dessa fase, havendo, assim, malferimento do ato jurídico perfeito.
5. Agravo de instrumento do FNDE provido. Agravo interno do particular prejudicado.
DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS VINICIUS CALHEIROS NOBRE
(CONVOCADO), 4ª TURMA, JULGAMENTO: 23/06/2020)
EMENTA PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.

CONTRATO DE FINANCIAMENTO ESTUDANTIL (FIES). CURSO DE MEDICINA.
PRORROGAÇÃO DA CARÊNCIA PARA PAGAMENTO DAS PRESTAÇÕES ATÉ A
CONCLUSÃO DA RESIDÊNCIA MÉDICA. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO DE
INSTRUMENTO IMPROVIDO. AGRAVO INTERNO PREJUDICADO. 1. Agravo de
instrumento interposto pelo particular contra decisão que, nos autos de ação ordinária,
indeferiu pedido de tutela antecipada que visava à sustação das cobranças mensais referentes
ao financiamento estudantil, desde o início até o término da residência médica na qual está
matriculado, bem como a exclusão de seu nome dos cadastros de proteção ao crédito (SPC/
SERASA), caso já tenha sido incluído.
2. Na espécie, não há como prorrogar o prazo de carência do contrato de financiamento
estudantil do agravante, eis que iniciada a fase de amortização da dívida, vez que o transcurso
do período de carência contratual ocorreu anteriormente ao ingresso do recorrente no
programa de residência médica.
3. Ainda que o contrato de financiamento em questão tenha sido celebrado sob a vigência da
Lei nº 10.260/2001, alterada pela Lei nº12.202, de 14 de janeiro de 2010 - que inseriu a
possibilidade de carência estendida para os estudantes de Medicina até o término do curso de
residência -, não se mostra viável a extensão da carência, na presente hipótese, com base na
aludida lei.
4. Isso porque afigura-se descabido falar em prorrogação de algo que já cessou, situação que
configuraria, em verdade, a concessão de um novo período de carência ao agravante. Além
disso, o eventual deferimento da medida requestada acarretaria também a violação das
disposições contratuais atinentes à amortização, eis que repercutiria no início e/ou
desdobramento dessa fase, havendo, assim, mal ferimento do ato jurídico perfeito.
5. Precedentes desta egrégia Corte (TRF-5ªR, PJe (AGTR) nº. 0803475-51.2020.4.05.0000,
Rel. Des. Fed. Carlos Vinícius Calheiros Nobre (Convocado), 4ª Turma, j. 26.06.2020; PJe
(AC) n°. 0800963-12.2015.4.05.8200, Rel. Des. Fed. Rubens de Mendonça Canuto Neto, 4ª
Turma, j. 30.06.2016; PJe (AC) n°. 0801083-51.2017.4.05.8308, Rel. Des. Fed. Rubens de
Mendonça Canuto Neto, 4ª Turma, j. 03.08.2018 e PJe (AC) n°. 0805148-84.2017.4.05.0000,
Rel. Des. Fed. Rubens de Mendonça Canuto Neto, 4ª Turma, j. 20.10.2017).
6. Agravo de instrumento improvido; agravo interno do particular prejudicado.
DESEMBARGADOR FEDERAL CARLOS VINICIUS CALHEIROS NOBRE
(CONVOCADO), 4ª TURMA, JULGAMENTO: 08/09/2020)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. FIES. EXTENSÃO DA

CARÊNCIA. RESIDÊNCIA MÉDICA. FASE DE AMORTIZAÇÃO.
A Lei nº 10.260/2001, que dispõe sobre o Fundo de Financiamento ao estudante do Ensino
Superior e dá outras providências, prevê um prazo de carência, bem como a possibilidade de
extensão, desta em caso de o estudante de medicina estar cursando residência médica (§ 3º do
artigo 6º B). A Portaria Normativa nº 7, de 2013, do Ministério da Educação, regulamentou o
dispositivo estabelecendo que pode ser solicitada a extensão do prazo de carência "desde que
o contrato não esteja na fase de amortização do financiamento", como no caso dos autos (
TRF4, AG 5002959-69.2021.4.04.0000, TERCEIRA TURMA, Relatora VÂNIA HACK DE
ALMEIDA, juntado aos autos em 13/04/2021)
DIREITO ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. FIES. RESIDÊNCIA

MÉDICA. EXTENSÃO DO PRAZO DE CARÊNCIA. IMPOSSIBILIDADE DE
PRORROGAÇÃO.
1. O art. 6º-B, § 3º, da Lei 10.260/01, que regula o FIES, prevê a possibilidade de prorrogação
da carência do financiamento aos graduados em medicina que ingressarem em programa
credenciado pela Comissão Nacional de Residência Médica e em especialidades prioritárias
definidas em ato do Ministro de Estado da Saúde. Ademais, dispõe a Portaria Normativa n°
7/2013 do MEC, que regulamenta o disposto no art. 6°-B da Lei n° 10.260/2001, que poderá
ser solicitado o período de carência estendido mencionado, desde que o contrato não esteja na
fase de amortização do financiamento, ou seja, desde que o período de carência não tenha se
esgotado. 2. Na situação em tela, o contrato da autora já se encontrava na fase de amortização
na data da solicitação do requerimento de ampliação do período de carência, motivo pelo não
qual prevalece a irresignação.
(TRF4, AC 5002136-39.2020.4.04.7111, TERCEIRA TURMA, Relatora MARGA INGE
BARTH TESSLER, juntado aos autos em 24/03/2021)
MANDADO DE SEGURANÇA. RESIDÊNCIA MÉDICA. PEDIDO DE PRORROGAÇÃO
DA CARÊNCIA. O pedido de prorrogação da carência é intempestivo. Além disso, não
estando a especialidade do impetrante dentre aquelas constantes do Anexo II da PORTARIA
CONJUNTA Nº 3, DE 19 DE FEVEREIRO DE 2013, do Ministério da Saúde, consideradas
prioritárias, não se cogita de direito líquido e certo.
(TRF4, AC 5007046-45.2020.4.04.7003, TERCEIRA TURMA, Relatora MARGA INGE
BARTH TESSLER, juntado aos autos em 07/12/2020)
Logo, deve ser mantida a sentença.
6. CONCLUSÃO
Por conseguinte, requer não seja provido o recurso aviado, mantendo-se a sentença guerreada, uma
vez demonstrada a escorreita aplicação do direito.
Ademais, que sejam majorados os honorários fixados em sentença, nos termos do art. 85, §11, do
CPC.
Brasília, 10 de fevereiro de 2022.

Procuradora Federal
OAB/SP 156.412
peça pdf
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 08ª VARA CÍVEL FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA
DE SÃO PAULO
PROCESSO Nº 5020609-92.2021.4.03.6100
BANCO DO BRASIL, sociedade de economia mista sediada no setor bancário Sul, Quadra
04, Bloco C, Lote 32, Edifício Sede III, em Brasília – DF, devidamente inscrito no CNPJ sob o no.
00.000.000/0001-91, com seus atos constitutivos registrados e arquivados no Departamento Nacional do
Registro do Comércio sob no. 83, neste ato representado por seu advogado, nos autos do processo em
epígrafe, que lhe move PATRICIA PINHEIRO CABRAL, vem, respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, com fundamento nos artigos 1.010 § 1º e seguintes do Novo Código de Processo Civil,
apresentar suas
CONTRARRAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO
requer que sejam recebidas com as razões anexas para apreciação quando do
julgamento em Superior Instância.
Nesses termos,
Pede deferimento.

OAB/SP SOB O Nº 128.341
CONTRARRAZÕES AO RECURSO DE APELAÇÃO
Recorrente: PATRICIA PINHEIRO CABRAL
Recorrido: BANCO DO BRASIL S/A
Processo nº 5020609-92.2021.4.03.6100
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA,
COLENDA CÂMARA,
ÍNCLITOS DESEMBARGADORES!
DA TEMPESTIVIDADE
Importa ressaltar que em face das particularidades do caso em comento, cumpre

enfatizar a tempestividade do presente nos termos dispostos a seguir.
O Recorrido foi intimado para apresentar Contrarrazões em 03/02/2022, sendo que o

primeiro dia útil subsequente foi 04/02/2022 e o prazo fatal em 24/02/2022.
Outrossim, imperioso consignar, a tempestividade das presentes contrarrazões, como

forma de salvaguardar seu direito recursal.
Vislumbra-se pela tempestividade das presentes contrarrazões, tendo em vista o

disposto em concreto no Artigo 219 do Código de Processo Civil de 2015, in verbis:
“Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-
ão somente os dias úteis”.
Desta feita, como se verifica a presente contrarrazões ao recurso encontra-se

tempestivo, salientando que o intuito de evitar qualquer prejuízo, o recorrente afirma a necessidade de tal
medida, postulando o processamento e recebimento do presente recurso.
DA SÍNTESE DOS FATOS
Trata-se de Mandado de Segurança que foi julgado improcedente nos seguintes termos:
“Ante o exposto, e por tudo mais que consta dos autos, extinguindo a acao com analise
do merito, julgo IMPROCEDENTES os pedidos que constam da exordial, e DENEGO a
seguranca.”.
DA ILEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO RÉU


(...)
exposto a seguir.

Podem recorrer ao financiamento os estudantes matriculados em cursos superiores que

tenham avaliação positiva nos processos conduzidos pelo Ministério da Educação.

22.01.2010 e nº 10, de 30.04.2010, o FIES é um programa do Ministério da Educação, cujo Agente Operador
é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), sendo o Banco do Brasil mero Agente
Financeiro, na qualidade de mandatário do FNDE.

mais.


Serviços, está a de contratar e aditar as operações de crédito, sendo vedado ao Agente Financeiro contratar
e aditar operações de crédito após o decurso dos prazos fixados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento
da Educação (FNDE).


sua ilegitimidade passiva e a consequente extinção do feito, nos termos do artigo 485, VI, do CPC.
DA IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE GRATUIDADE JUDICIÁRIA
Verifica-se que a parte Apelante visa o benefício da gratuidade da Justiça, porém,

embora tenha o MM Juízo concedido o benefício, como será demonstrado a seguir, tal pleito não pode
prosperar, pelas razões abaixo aduzidas.
Inicialmente, cabe salientar que o direito ao benefício da gratuidade de Justiça só

favorece aquele que fizer prova da sua necessidade, consoante reza o art. 5°, LXXIV, da CF.
Ademais a decisão que deferir o benefício, deve ser feita em atenção ao quanto disposto
na Lei 1.060/50, e ainda na Lei 10.537/2002, respectivamente:
“Art. 2º. Gozarão dos benefícios desta Lei os nacionais ou estrangeiros residentes no
país, que necessitarem recorrer à Justiça penal, civil, militar ou do trabalho.
Parágrafo único. Considera-se necessitado, para os fins legais, todo aquele cuja
situação econômica não lhe permita pagar as custas do processo e os honorários de
advogado, sem prejuízo do sustento próprio ou da família.”.
“Art. 790.(...)
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de
qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita,
inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou
inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão
em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de
sua família." (NR) Ressalva dos Grifos.
Todavia, com a vigência do novo CPC foram revogados os arts. 2º, 3º, 4º, 6º, 7º, 11, 12
e 17 da Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, nos termos do artigo 1.072, III.
Assim, o NCPC expressamente permite ao juiz indeferir a gratuidade quando há nos

autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão desta, conforme indica
o artigo 99, § 2º do referido diploma.
O artigo 98 do novo CPC define aqueles que podem ser beneficiários da justiça gratuita,
determinando que, seja pessoa física ou jurídica, deve haver a insuficiência de recursos para pagar as custas,
as despesas processuais e os honorários advocatícios.
Por conseguinte, no presente processo, deve ser exigido à parte Apelante a

comprovação documental de fazer jus à gratuidade, para que assim não restem dúvidas acerca da ausência
de condições que consubstanciem o deferimento da assistência gratuita.
Pelo exposto, requer seja revogada a decisão que concedeu a gratuidade judiciária à
parte Apelante, condenando-a em honorários advocatícios no percentual máximo permitido, bem como
seja o polo ativo intimado a recolher as custas processuais, sob pena de extinção do presente processo, nos
termos do art. 337, XIII, do CPC/2015.
Por fim, caso seja revogada a assistência judiciária gratuita deferida, requer a aplicação
de multa por litigância de má-fé da parte Apelante, conforme previsão do artigo 100, parágrafo único do
Código de Processo Civil.
DO MÉRITO
DA REALIDADE DOS FATOS
Conforme noticiado linhas acima, a parte Apelante postula a suspensão do débito do

contrato de financiamento estudantil; a declaração da ilegalidade das cobranças efetuados pela Casa
Bancária; a extensão do período de carência de seu financiamento estudantil pela duração de sua residência
médica; impedimento para a inscrição de seu nome dos cadastros restritivos; gratuidade judiciária e
condenação do polo passivo nos ônus sucumbenciais. Contudo, como se verá adiante, a conduta da Casa
Bancária é legítima, o que afasta a pretensão autoral e os pressupostos da responsabilidade civil.
Antes de adentrar no mérito, imperioso tecer algumas considerações sobre os aspectos

negociais do financiamento estudantil, bem como sua natureza jurídica, com o escopo de melhor tangenciar
a sentença a ser prolatada por esta Emérita Corte.
Isto porque, o financiamento estudantil que rege o vínculo entre os litigantes, ou seja, o
direito material em si, serve como esteio da tutela jurisdicional que resolverá a lide e, em última análise,
confere legitimidade às decisões proferidas pelo Poder Judiciário.
Daí a necessidade de expor a natureza do financiamento.
Nessa esteira, o FIES destina-se a financiar a graduação na educação superior de

estudantes matriculados em instituições não gratuitas, tendo o Banco do Brasil como Agente Financeiro, na
qualidade de mandatário do FNDE. Regulado pela Lei n.º 10.260, de 07/2001 e pelas Portarias do MEC/FNDE
n.º 1, de 22.01.2010 e n.º 10, de 30.04.2010, o FIES é um programa do Ministério da Educação, cujo Agente
Operador é o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Destaca-se que a operação de FIES não guarda relação com o crédito bancário oferecido
pelo Banco do Brasil, peculiar às relações de consumo, pois se trata de crédito estudantil concedido no
âmbito do Programa Governamental, cujo gestor dos ativos e passivos é o FNDE.
A contratação e os aditamentos das operações de crédito ocorrem mediante o envio de

informações pelo FNDE em meio eletrônico e em layouts previamente definidos (Cláusula Segunda, item li,
alínea "I") com prazos fixos que devem ser observados pelo Banco (Cláusula Segunda,§4°).
O risco de crédito dos financiamentos é compartilhado entre o Fundo de Financiamento

Estudantil- FIES e as mantenedoras de instituições de ensino superior, nas condições e percentuais definidos
na Lei nº 10.260/2001 e nas demais normas que regulamentam o FIES. Trata-se, portanto, de operação risco
União, cabendo ao Banco do Brasil, apenas, o risco operacional referente ao processo de contratação do
financiamento.

Operador do FIES, o FNDE, conforme previsão da Portaria Normativa MEC nº 01 de 22 de janeiro de 2010 e
da Portaria/MF nº 505, de 07 de outubro de 2010, sem interveniência do Banco.
Agente Operador do FIES, responsável pelos ativos e passivos do Fundo, e único agente competente para:
autorizar a contratação, o aditamento, o cancelamento e o encerramento de operações, efetuar troca de
garantia, ajustar os dados cadastrais das propostas, flexibilizar as condições contratuais e providenciar o
repasse de recursos às instituições de ensino que aderiram ao programa.
Superados os aspectos negociais do financiamento estudantil, convém esclarecer que a

natureza jurídica do FIES se consubstancia num típico contrato de mútuo, não podendo ser confundido
Federal que se destina a financiar estudantes universitários. Portanto, possui natureza contábil, nos termos
do art. 1º da Lei 10.260/2001:
“Art.1º - Fica instituído nos termos desta lei, o Fundo de Financiamento ao Estudante do
Ensino Superior (FIES), de natureza contábil, destinado à concessão de financiamento a
estudantes regularmente matriculados em cursos superiores não-gratuitos e com
avaliação positiva de acordo com a regulamentação próprias nos processos conduzidos
pelo Ministério da Educação (MEC)”. (g.n.)
Prosseguindo, para maior elucidação da situação explanada, faz-se necessário descrever
o procedimento necessário a ser adotado para inscrição e contratação do FIES, de acordo com os ditames
da Portaria Normativa nº 10, de 30 de abril de 2010:
“Art. 2º A inscrição no FIES será efetuada exclusivamente pela internet, em qualquer

período do ano, de janeiro a junho, para o financiamento relativo ao primeiro semestre,
e de julho a dezembro, para o financiamento relativo ao segundo semestre do ano, por
meio do Sistema Informatizado do FIES - SISFIES, disponível nas páginas eletrônicas do
Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE.
(Redação dada pela Portaria Normativa nº 28, de 28 de dezembro de 2012).
§ 1º Para efetuar a inscrição no FIES, o estudante deverá informar seu número do
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e
prestar todas as informações solicitadas pelo Sistema.
§ 3º A concessão de financiamento de que trata esta Portaria é condicionada à existência
de limite de recurso disponível da mantenedora no momento da inscrição do estudante,
no caso de adesão com limite prevista no art. 26 da Portaria Normativa MEC nº 1, de
2010, bem como à disponibilidade orçamentária e financeira do FIES.
§ 9º Para efetuar a inscrição no FIES o estudante deverá conferir todas as informações e
manifestar sua concordância com as condições para o financiamento, a qual será
considerada ratificada para todos os fins de direito com a conclusão da sua inscrição no
SISFIES.”

I - validar suas informações na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento
(CPSA) em até 10 (dez) dias, contados a partir do dia imediatamente subsequente ao da
conclusão da sua inscrição; e (Redação dada pela Portaria Normativa nº 12, de 07 de
maio 2010).
II - comparecer a um agente financeiro do FIES em até 10 (dez) dias, contados a partir do
terceiro dia útil imediatamente subsequente à data da validação da inscrição pela CPSA,
com a documentação exigida no art. 15, e, uma vez aprovada pelo agente financeiro,
formalizar a contratação do financiamento. (Redação dada pela Portaria Normativa nº
12, de 06 de junho de 2011).
“Art. 5º A emissão do Documento de Regularidade de Inscrição (DRI) é condicionada à

validação da inscrição do estudante pela CPSA do local de oferta do curso a ser
financiado, conforme disposto na Seção II do Capítulo II da Portaria Normativa MEC nº
1, de 2010 e demais normas que regulamentam o FIES.
documentos referidos nos Anexos I a IV e outros eventualmente julgados necessários,
bem como solicitar ao estudante alterações das informações, se for o caso.”
“Art. 14 O estudante habilitado para o FIES nos termos do art. 5°, seu(s) fiador(es) e
representante legal, se for o caso, deverão comparecer na agência de agente financeiro
do FIES, no prazo previsto no inciso II do art. 4º, para formalização do contrato de
financiamento, atendidas as condições previstas no art. 5º da Lei nº 10.260, de 2001 e
demais normas que regulamentam o FIES.”
não cometeu nenhuma irregularidade, não devendo ser responsabilizado pelo que foi alegado pela parte
Apelante.
Em que pese à argumentação empreendida pela parte Apelante, imperioso evidenciar

que meras alegações desprovidas de elementos probatórios não possuem o condão de alicerçar pretensões
descabidas. Conforme preceitua o artigo 373, inciso I, do Novo Código de Processo Civil, é ônus da parte
Apelante comprovar a existência/ocorrência do fato constitutivo de seu direito.
Ora, conforme restará demonstrado o adimplemento das amortizações relativas ao

financiamento estudantil são exigíveis da parte Apelante e dão azo à inscrição de seu nome nos cadastros
de proteção ao crédito.
Pelo exposto, não há qualquer elemento que ampare a pretensão da parte Apelante,
razão pela qual a improcedência da ação é medida que se impõe.
DA EXTENSÃO DO PERÍODO DE CARÊNCIA ATÉ O FINAL DA RESIDÊNCIA MÉDICA
Como já demonstrando, o Banco do Brasil não tem ingerência sobre a contratação,

aditamentos e alterações contratuais dos contratos de financiamento estudantil celebrados com o FIES,
atuando meramente como agente financeiro, ou seja, o Banco do Brasil está adstrito operacionalizar os
contratos, custodiando títulos de dívida pública, e administrando a cobrança e arrecadação dos valores
devidos pelos estudantes ao Fundo.
Destacada tal informação, o Banco do Brasil não tem competência para conceder a
extensão do pedido de carência solicitada nesses autos pela parte Apelante, o pedido deveria ser realizado
pelo estudante diretamente ao FNDE seguindo o determinado pela Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001,
com a redação dada pela Lei nº 12.202, de 2010, bem como as demais Portarias e Instruções,
disponibilizadas no sítio do FNDE (http://fiesmed.saude.gov.br/).
Abaixo destacamos informação retirada do site http://fiesmed.saude.gov.br/ que indica

de maneira muito clara as condições para a concessão da extensão:
• matrícula em programa de residência médica, em uma das especialidades definidas

pelo Ministro da Saúde como prioritárias;
Cumpre ressaltar que a parte Apelante está cursando residência médica em área não
prevista no anexo supracitado:
No rol supracitado as especialidades devem estar expressas, não cabendo uma
interpretação análoga dos casos elencados.
Ademais, a extensão do período de carência está condicionada, antes, à verificação e

preenchimento das condições estabelecidas para os estudantes graduados em Medicina, as quais estão
delineadas na Portaria do Ministério da Saúde nº 1.377, de 13 de junho de 2011, in verbis:
Art. 1º Esta Portaria estabelece critérios para definição das áreas e regiões prioritárias
com carência e dificuldade de retenção de médico integrante de equipe de saúde da
família oficialmente cadastrada e das especialidades médicas prioritárias de que tratam
o inciso II e o § 3º do art. 6º B da Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, no âmbito do
Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES). (...)
Art. 3º Para obter a extensão do prazo de carência do respectivo financiamento por todo
o período de duração da residência médica, o estudante graduado em Medicina deverá
optar pelo ingresso em programa credenciado pela Comissão Nacional de Residência
Médica (CNRM ), de que trata a Lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, e em especialidade
médica cuja prioridade para o SUS será definida pelo Ministério da Saúde com
observância dos seguintes critérios:
II - especialidade necessária a uma dada região segundo avaliação da
demanda decorrente da evolução do perfil sócio-epidemiológico da população,
principalmente relacionadas ao envelhecimento populacional e ao aumento de morbi-
mortalidade decorrente de causas externas;
III - especialidades necessárias à implementação das políticas públicas estratégicas para
o SUS, tais como a Política de Atenção Básica, de Urgência e Emergência, de Saúde
Mental,
Atenção à Mulher e Criança, Oncológica e Atenção ao Idoso; e
IV - especialidades consideradas escassas ou com dificuldade de contratação em uma
dada região segundo análise dos sistemas de informação disponíveis, realização de
pesquisa ou demanda referida por gestores da saúde daquela região.
Parágrafo único. Caberá à Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (
SGTES /MS) publicar a relação das especialidades médicas prioritárias de que trata o
caput no prazo de 30 (trinta) dias a partir da data de publicação desta Portaria.
Coordenações dos Programas de Residência Médica deverão validar e manter cadastro
com informações atualizadas dos financiados do FIES sobre o seu exercício profissional
nas equipes de saúde da família ou sua participação em Programa de Residência
Médica,respectivamente.
(FNDE ), autarquia vinculada ao Ministério da Educação (MEC), as Secretarias ou as
Coordenações deverão avaliar se as informações prestadas pelo financiado do FIES
àquela entidade, referentes ao seu exercício profissional nas equipes de saúde da família
ou à sua participação em Programa de Residência Médica, estão em consonância com o
cadastro de que trata o caput.
O parágrafo 3º do artigo 6º-B, da Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, alterada pela Lei
nº 12.202, determina que:
Art. 6o-B.
(...)
Ministro de Estado da Saúde terá o período de carência estendido por todo o período de
duração da residência médica.
Logo, não basta apenas a matricula do estudante em qualquer programa de residência

médica, mas sim sua matricula em programas específicos e selecionados pelo Ministério da Saúde em razão
do relevante interesse público na formação de profissionais daquelas áreas, sendo tais graduações
prioritárias ao SUS – Sistema Único de Saúde, essas áreas são estabelecidas pelo Anexo II da Portaria
conjunta da SECRETARIA DE GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE e da SECRETARIA DE
ATENÇÃO À SAÚDE nº 3, de 19 de fevereiro de 2013, nessa Portaria são estabelecidas 19 especialidade
prioritárias, sendo elas:
1. Clínica Médica
2. Cirurgia Geral
4. Pediatria
5. Neonatologia
9. Psiquiatria
10. Anestesiologia
11. Nefrologia
12. Neurocirurgia
19. Radioterapia
• Pedido de extensão da carência deve ser realizado durante o período em que o

contrato está em carência.
Além da matrícula em residência de uma das áreas indicadas no Anexo II da Portaria

conjunta SGTES/SAS Nº 3, de 19 de fevereiro de 2013, é necessário também que o contrato esteja em seu
período de carência, ou seja, o período compreendido entre a conclusão do curso e o início do pagamento
da amortização do contrato.
Essa condição é descrita na Portaria nº 1.377, de 13 de junho de 2011, que em seu artigo
3-A, parágrafo 1º, determina que:
informações:
(...)
deverá ter início no período de carência previsto no contrato de financiamento. (grifos
nossos)
A condição é clara, para solicitar a extensão da carência, o contrato deve ainda estar em
seu pedido de carência, caso o contrato já esteja em fase de amortização não é possível a concessão de
novo período de carência, devendo o estudante realizar o pagamento conforme pactuado.
• Adimplemento dos juros trimestrais
Além da matrícula em programa de residência prioritária ao SUS, e do contrato em fase

de carência, e também condição para a concessão de extensão do período de carência a situação de
adimplência do estudante com os pagamentos dos juros trimestrais.
Caso o estudante esteja inadimplente, não é possível a concessão antes da regularização

da situação, conforme previsão do artigo 7º da Portaria Normativa nº 7, de 26/04/2013:
“Art. 7o Para solicitar o abatimento, suas renovações ou o período de carência estendido,

o estudante com financiamento em atraso ou inadimplente com o Fies deverá regularizar
o pagamento dos juros e das prestações do financiamento, devendo permanecer nesta
situação até a sua concessão”.
A comprovação de adimplência e quitação dos juros trimestrais do contrato é condição

essencial para a concessão do pedido de extensão do período de carência, verificada a condição de
inadimplência não é possível a concessão da extensão.
• Elaboração do requerimento na data e meio correto
Cumpre ainda destacar que, por se tratar de faculdade do estudante a requisição da

extensão do período de carência, cabe ao interessado realizar a solicitação que será aprovada pelo FNDE
caso o estudante se enquadre em todos os requisitos necessários.
Dessa forma, o estudante que comprovar sua formação em faculdade de medicina,

matrícula em programa de residência de uma das especialidades consideradas prioritárias ao SUS, que
esteja com seu contrato de FIES em período de carência e esteja adimplente com suas obrigações
financeiras poderá solicitar a extensão de seu período de carência.
O pedido deverá obedecer às determinações do artigo 3-A, da Portaria nº 1.377, de 13

de junho de 2011:
informações:
I - Nome completo;
II - CPF;
IV - E-mail; e
financiamento.
(grifos nossos)
Cabendo ainda destacar que nos casos em que o Banco do Brasil seja o agente financeiro
além da inscrição é necessário o envio da documentação pelo meio físico dos documentos ao Ministério da
Saúde, havendo inclusive destaque à essa informação no site de inscrição do FIES
(http://fiesmed.saude.gov.br/):
Ora, resta claro portanto que, ainda que cumprida as condições para a concessão de
extensão do período de carência, é necessária correta elaboração de pedido e envio de toda a
documentação pertinente para a concessão.
Impende ainda lançar luz sobre a ausência de qualquer ingerência do Banco do Brasil
sobre o pedido ou concessão da extensão da carência, isso porque, como acima exposto, após efetuado o
pedido pelo estudante compete ao Ministério da Saúde avaliar se o estudante está apto à concessão.
Após a avaliação do Ministério da Saúde, o FNDE recebe a relação com os estudantes

aptos e informa ao agente financeiro sobre a concessão para que esse implemente as medidas necessárias.
Assim, resta claro que o Banco do Brasil apenas operacionaliza a decisão emanada pelo Ministério da Saúde
e pelo FNDE, não participando de qualquer forma da decisão sobre a concessão ou não da extensão de
carência dos contratos.
Frise-se, ainda que comprovados os requisitos necessários à obtenção da extensão, e

realizado a tempo e modo o pedido, o Banco do Brasil não tem competência para conceder a extensão do
contrato de carência, dependendo de determinação do FNDE para que possa manter o contrato na fase de
carência.
Dessa forma, deve ser julgada totalmente improcedente a presente em face do Banco
do Brasil, posto que demonstrando a ausência de responsabilidade dessa instituição quanto aos fatos
alegados.
DA LEGALIDADE DA CONDUTA DO BANCO DO BRASIL EM CASO DE INADIMPLEMENTO CONTRATUAL
Dispõe o Art. 6º da Lei 10.260/2001:
“Art. 6º Na hipótese de inadimplemento das prestações devidas pelo estudante
financiado pelo FIES, o agente financeiro promoverá a cobrança administrativa das
parcelas vencidas, com o rigor praticado na cobrança dos créditos próprios, e adotará as
medidas cabíveis com vistas à recuperação das parcelas em atraso, nos termos do que
for aprovado pelo CG-FIES, incluídos os encargos contratuais incidentes”. (Redação dada
pela Medida Provisória 78512017) (grifo nosso).
Dessa forma, em caso de inadimplência observada nos contratos de financiamento

estudantil, o Banco do Brasil, em decorrência de obrigação legal, assim como definição explicita do Contrato
de Prestação de Serviços celebrado com o FNDE, deve realizar a cobrança administrativa e, adicionalmente,
promover a inclusão do mutuário e de seus respectivos coobrigados nos cadastros restritivos, vide
reprodução parcial do Contrato de Prestação de Serviços:
"CLÁUSULA SEGUNDA - DAS OBRIGAÇÕES DAS PARTES

(...)
II - São obrigações do Agente Financeiro:
(...)
t) efetuar a cobrança administrativa e judicial das obrigações em atraso e de todos os
encargos contratuais incidentes, observando o disposto na CLÁUSULA QUARTA;
(...)
CLÁUSULA QUARTA - DA COBRANÇA ADMINISTRATIVA
imediatamente seguinte à data do vencimento e se estender até o 359º (trecentésimo
quinquagésimo nono) dia de vencido e, imediatamente após esse prazo, o Agente
Financeiro deverá iniciar a cobrança judicial do débito.
Parágrafo primeiro. Durante o período de cobrança administrativa, o Agente Financeiro
deverá adotar todas as medidas cabíveis e efetuar tantas cobranças quanto forem
necessárias com a recuperação dos créditos em atraso, seja mediante contato pessoal,
telefônico ou por comunicação postal. (...)
Parágrafo terceiro. É obrigação do Agente Financeiro providenciar o registro dos nomes
do devedor e do fiador inadimplentes no Cadastro lnformativo dos Créditos Não
Quitados de órgãos e Entidades Federais (Cadin), nos termos da Lei nº 10.522, de 19 de
julho de 2002, e, no mínimo, em um dos cadastros restritivos de abrangência nacional,
este em prazo não superior a 30 (trinta) dias da data do vencimento da obrigação".
Há que se observar, ainda, que o estudante, quando da assinatura do contrato de
financiamento estudantil, declara ter ciência sobre a forma de cobrança e das implicações da inadimplência
na operação, vide reprodução da Cláusula Contratual abaixo:
“CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA - DA IMPONTUALIDADE - Fica caracterizada a

impontualidade quando não ocorrer o pagamento das obrigações na data de seus
vencimentos ou no primeiro dia útil subsequente, se o vencimento ocorrer em dia não
útil. (...)
PARÁGRAFO QUARTO - O(A) FINANCIADO(A) e o(s) FIADOR(ES) estão cientes de que, na
hipótese de inadimplemento de qualquer obrigação decorrente do financiamento, seus
nomes e CPF(s) serão incluídos em cadastros restritivos de crédito”(g.n.).
Diante do exposto, demonstrada a legitimidade das ações praticadas pelo Banco do

Brasil, a partir da legislação (Lei 10.260/2001), da previsão contratual a qual o Banco está vinculado perante
o FNDE (Contrato de Prestação de Serviços), da previsão contratual a qual o estudante está vinculado ao
FNDE (Contrato de Financiamento Estudantil) e, principalmente, com a constatação inequívoca da
inadimplência, mediante análise do extrato da operação de FIES, evidente que a Casa Bancária agiu no
estrito cumprimento legal e contratual.
DO PREQUESTIONAMENTO
Por oportuno e ad cautelam, ainda que possa parecer prematuro, mas objetivando tão
somente o atendimento das Súmulas 282 e 356 do E. STF, e diante da hipótese, mesmo remota, de vir a ser
julgada procedente a ação, fica aqui desde já prequestionada a negativa de vigência dos dispositivos legais
e teses jurídicas acima abordadas, bem como a existência de dissídio jurisprudencial, consubstanciada nos
v. acórdãos retro mencionados, inclusive Súmulas, a fim de resguardar, desde já, as prerrogativas e o direito
do Réu à eventual, futura e oportuna interposição de Recurso, mormente os dispositivos abaixo indicados:
• Lei 10.260, de 12 de julho de 2001

• Portaria lnterministerial nº 177, de 08 de julho de 2004
• Portaria Normativa nº 2, de 31de março de 2008
• Lei 12.087, de 11 de novembro de 2009
• Portaria Normativa nº 1, de 22 de janeiro de 2010
• Portaria Normativa nº 10, de 30 de abril de 2010
• Portaria Normativa nº 15, de 8 de julho de 2011
• Portaria Normativa nº 23, de 10 de novembro de 2011
• Portaria Normativa nº 16, de 4 de setembro de 2012
• Portaria Normativa nº 19, de 31de outubro de 2012
• Resolução Bacen nº 4.432, de 23 de julho de 2015
• Portaria MEC nº 314, de 31de julho de 2015
Esclareça-se que o presente prequestionamento explícito não implica em renúncia ou

desistência a outro que possa vir a ser implementado, complementarmente, acaso necessário, inclusive
através da apresentação de embargos de declaração ou outra medida recursal que se julgue pertinente.
CONCLUSÃO
Posto isto, requer se digne esse Egrégio Tribunal se digne a negar provimento ao Recurso
interposto, pois assim, estar-se-á realizando indiscutivelmente a mais lídima J U S T I Ç A!
Nesses termos,
Pede deferimento.

OAB/SP SOB O Nº 128.341
Nº 14, sexta-feira, 19 de janeiro de 2018 21
dos acionistas titulares de ações depositadas em depositário central; ou ainda 3) diretamente à Companhia. independentes, eleitos pela maioria dos acionistas minoritários: BENY PARNES, brasileiro, divorciado,
Para informações adicionais, observar as regras previstas na Instrução CVM nº 481/2009 e os pro- economista, inscrito no CPF/MF sob o nº 729.641.627-00, portador da Carteira Nacional de Habilitação nº
cedimentos descritos no boletim de voto a distância disponibilizado pelo Banco; a) A documentação 04.116.256-1, expedida pelo Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro. Endereço: Rua Sambaiba 587,
relativa às propostas a serem apreciadas está disponível na sede do Banco do Brasil, na Secretaria aptº. 1002, Leblon - Rio de Janeiro (RJ); LUIZ SERAFIM SPINOLA SANTOS, brasileiro, casado,
Executiva - SAUN, quadra 5, lote B - Ed. Banco do Brasil - Torre Sul, 13º andar, em Brasília (DF); na engenheiro civil, inscrito no CPF/MF sob o nº 093.068.627-68, portador da Carteira de Identidade nº
página de relações com investidores (www.bb.com.br/ri) e na página da Comissão de Valores Mobiliários 2.081.890, expedida em 20.12.1971 pela Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro. Endereço:
(www.cvm.gov.br) na rede mundial de computadores. b) Eventuais esclarecimentos poderão ser obtidos no Rua Tabapuã, 1123, conjunto 158 - São Paulo (SP). e) fixar, por maioria dos votos, em até R$
site de Relações com Investidores (www.bb.com.br/ri) ou por intermédio do e-mail secex.assem- 80.222.878,47 (oitenta milhões, duzentos e vinte e dois mil, oitocentos e setenta e oito reais e quarenta e
bleia@bb.com.br. Brasília (DF), 28 de março de 2017 Paulo Rogério Caffarelli Conselheiro de Ad- sete centavos), a remuneração global a ser paga aos administradores do Banco do Brasil S.A., no período
ministração ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA A Assembleia Geral Extraordinária decidiu: a) de abril de 2017 a março de 2018; f) aprovar, por maioria dos votos, a observância dos limites individuais
retirar da ordem do dia, por maioria dos votos, o pedido de adesão do Banco do Brasil ao Programa definidos pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, ressaltada a sua com-
Destaque em Governança de Estatais da BM&FBovespa, por iniciativa do acionista majoritário, sob petência para fixar esses limites para o período de doze meses, por rubrica e por cargo, com manifestação
conforme tabela anexa, atendo-se ao limite global definido na alínea "e"; g) aprovar, por maioria dos votos,
justificativa de não ter havido tempo hábil para apreciação da matéria; b) aprovar, por maioria dos votos, a delegação de competência ao Conselho de Administração para autorizar o pagamento efetivo mensal da
a alteração do Estatuto Social do Banco do Brasil, nos termos da redação proposta pela Administração, remuneração, observados os limites global e individual previstos mas alíneas "e" e "f"; h) aprovar, por
com as alterações sugeridas pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, Secretaria do Tesouro Nacional maioria dos votos, a vedação do pagamento de gratificação natalina, salvo se houver manifestação
e Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, conforme anexo; c) retirar da ordem do favorável final e transitada em julgado proveniente do TCU no Processo de nº03000.003329/2016-96; i)
dia, por maioria dos votos, a proposta de criação do Programa de Matching para membros da Diretoria fixar, por maioria dos votos, os honorários mensais dos membros do Conselho de Administração e dos
Executiva, por iniciativa do acionista majoritário, sob justificativa da matéria ainda encontrar-se sob titulares do Conselho Fiscal em um décimo da remuneração média mensal dos membros da Diretoria
análise pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. ASSEMBLEIA GERAL ORDI- Executiva, excluídos os valores relativos a adicional de férias e benefícios; j) fixar, por maioria dos votos,
NÁRIA A Assembleia Geral Ordinária decidiu: a) aprovar, por maioria dos votos, as demonstrações os honorários mensais dos membros do Comitê de Auditoria em 90% da remuneração média mensal do
financeiras da Companhia relativas ao exercício de 2016, acompanhadas da Manifestação do Conselho de cargo de Diretor, excluídos os valores relativos a adicional de férias e benefícios; k) vedar expressamente,
Administração, dos Pareceres do Conselho Fiscal e dos Auditores Independentes e dos Relatórios da por maioria de votos, o repasse de quaisquer benefícios que, eventualmente, vierem a ser concedidos aos
Administração e do Comitê de Auditoria, todos publicados em 09.03.2017 no Diário Oficial da União e no empregados da empresa por ocasião da formalização do Acordo Coletivo de Trabalho - ACT na sua
Jornal Valor Econômico - Centro Oeste; b) aprovar, por maioria dos votos, a destinação do lucro líquido respectiva data-base; l) vedar, por maioria dos votos, o pagamento de qualquer item de remuneração não
do exercício de 2016, conforme proposta da Administração da Companhia, na forma do quadro a seguir: deliberado nesta assembleia aos administradores, inclusive benefícios de qualquer natureza e verbas de
Em R$ representação, nos termos da Lei nº 6.404/76, art. 152; m) condicionar, por maioria dos votos, o pagamento
da Remuneração Variável Anual - RVA dos diretores à rigorosa observância dos termos e condições
constantes de Programa de Metas Corporativas aprovado previamente pela Secretaria de Coordenação e
.Lucro Líquido 7.930.113.891,32 Governança das Empresas Estatais, para essa Companhia; n) condicionar, por maioria dos votos, o
Lucros Acumulados 12.082.608,47 pagamento da "quarentena" à aprovação da Comissão de Ética Pública da Presidência da República -
CEP/PR, nos termos da legislação vigente. A Companhia registra o recebimento, entre 28.03.2017 e
.
Lucro Líquido Ajustado 7.942.196.499,79

20.04.2017, de 554 votos a distância, devidamente computados, conforme se verifica no Mapa Final de
.
.Reserva Legal 396.505.694,57 Votação em anexo.Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente agradeceu a presença dos Srs. Acionistas
.Remuneração aos acionistas 2.354.607.495,21 e deu por encerrados os trabalhos das Assembleias Gerais Ordinária e Extraordinária dos Acionistas do
Juros Sobre Capital Próprio 2.354.607.495,21 Banco do Brasil S.A., da qual eu, Shirley da Rosa Maria Kudo, Segunda Secretária, fiz lavrar esta Ata de
Dividendos -- forma sumária, como determina o § 3º, do art. 9.º do Estatuto Social, que, lida e achada conforme, é
.Utilização da Reserva p/ Equalização de Dividendos -- devidamente assinada. Ass.) Antonio Gustavo Matos do Vale, Vice-Presidente de Tecnologia do Banco do
Reservas Estatutárias 5.191.083.310,01 Brasil S.A., Presidente da Assembleia, Liana do Rêgo Motta Veloso, Representante da União, Pablo
Sanches Braga, Primeiro Secretário e visto de Alexandre Bocchetti Nunes, OAB RJ 93294, CPF/MF
.
para Margem Operacional 4.931.529.144,51

para Equalização de Dividendos 259.554.165,50 981.753.277-15 . ESTE DOCUMENTO É CÓPIA FIEL TRANSCRITA DO LIVRO PRÓPRIO DE Nº 18,
FOLHAS 09 A 53. Atestamos que este documento foi submetido a exame do Banco Central do Brasil em
c) eleger, por maioria dos votos, os membros do Conselho Fiscal, abaixo qualificados, para processo regular e a manifestação a respeito dos atos praticados consta de carta emitida à parte. De-
cumprirem o mandato 2017/2019, esclarecido que os eleitos atendem às exigências do Estatuto Social e da partamento de Organização do Sistema Financeiro - DEORF - 8.350.709-4 - Priscila Guerra Barbosa da
legislação em vigor: CONSELHO FISCAL - Mandato 2017/2019 Representantes do Tesouro Nacional Silva - Analista. A Junta Comercial do Distrito Federal certificou o registro em 05.12.2017 sob o número
indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda Titular: FELIPE PALMEIRA BARDELLA, brasileiro, 20171009924.
casado, engenheiro eletrônico, inscrito no CPF/MF sob o nº 510.806.132-34, portador da Carteira de
Identidade nº 3.041.874, expedida em 21.01.2009 pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. SAULO IZIDORIO VIEIRA
Endereço: Esplanada dos Ministérios, bloco P, anexo, 1º andar - Brasília (DF); Suplente: LUIZ FER- Secretário-Geral
NANDO ALVES, brasileiro, casado, economista, inscrito no CPF/MF sob o nº 000.260.116-89, portador
da Carteira de Identidade nº M-8.598.879, expedida em 24.06.1994 pela Secretaria de Segurança Pública
de Minas Gerais. Endereço: Esplanada dos Ministérios, bloco P, anexo, 1º andar - Brasília (DF); Re- CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
presentantes da União indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda Titular: CHRISTIANNE DIAS
FERREIRA, brasileira, casada, advogada, inscrita no CPF/MF sob o nº 692.577.951-87, portadora da ATA DA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA
Carteira de Identidade nº 1532417, expedida em 11.12.2008 pela Secretaria de Segurança Pública do REALIZADA EM 30 DE JUNHO DE 2017
Distrito Federal. Endereço: Praça dos Três Poderes, Palácio do Planalto, Anexo II, 1º andar - Brasília (DF);
Suplente: VAGO - Por iniciativa da acionista majoritário, a indicação do Sr. Rafael Brigolini como Em trinta de junho de dois mil e dezessete, às dezessete horas, no Setor de Autarquias Norte,
suplente do Conselho Fiscal, divulgada no Boletim de Voto a Distância, foi retirada da ordem do dia, sob Quadra 5, Lote B, Torre Sul, 15º andar, Asa Norte - Brasília (DF), sob presidência do Sr. Fabrício da
justificativa de potencial conflito de interesse em razão do cargo ocupado pelo indicado na Secretaria do Soller, realizou-se reunião extraordinária não presencial do Conselho de Administração do Banco do Brasil
Tesouro Nacional; Titular: ALDO CÉSAR MARTINS BRAIDO, brasileiro, separado judicialmente, ad- S.A. (CNPJ: 00.000.000/0001-91; NIRE: 5330000063-8) com a participação dos Conselheiros Beny Par-
vogado, inscrito no CPF/MF sob o nº 064.456.448-21, portador da Carteira de Identidade nº 18.023.404- nes, Daniel Sigelmann, Fabiano Felix do Nascimento, Julio Cesar Costa Pinto, Luiz Serafim Spinola
3, expedida em 09.02.1999 pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Endereço: Esplanada dos Santos e Paulo Rogério Caffarelli. O Conselho de Administração aprovou a eleição da Sra. Lucinéia
Ministérios, bloco P, 8º andar - Brasília (DF); Suplente: IEDA APARECIDA DE MOURA CAGNI, Possar, indicada pelo Presidente do Banco do Brasil, conforme dispõe o artigo 30, inciso I, alínea "b" do
brasileira, casada, advogada, inscrita no CPF/MF sob o nº 820.132.251-72, portadora da Carteira de Estatuto Social, a seguir qualificada, para cumprir o mandato 2017/2019 como Diretora Jurídica, em razão
Identidade nº 31937, expedida em 23.11.2012 pela Ordem dos Advogados do Brasil/DF. Endereço: do pedido de renúncia do Sr. Antonio Pedro da Silva Machado apresentado em 20.06.2017, com efeitos a
Esplanada dos Ministérios, bloco P, 8º andar - Brasília (DF); Membros eleitos pela maioria dos acionistas partir de 26.06.2017, esclarecido que a eleita atende às exigências legais e estatutárias: Lucinéia Possar,
minoritários Titular: GIORGIO BAMPI, brasileiro, casado, contador, inscrito no CPF/MF sob o nº brasileira, solteira, bancária, inscrita no CPF/MF sob o nº 540.309.199-87, portadora da Carteira de
005.167.759-87, portador da Carteira de Identidade nº 535.971-6, expedida em 06.07.2012 pela Secretaria Identidade nº 19.599, expedida em 31.03.2009 pela Ordem dos Advogados do Brasil do Paraná. Endereço:
de Segurança Pública do Paraná. Endereço: Rua João Américo de Oliveira, 903, apt. 101 A, Hugo Lange Setor de Autarquias Norte, Quadra 5, Lote B, Torre Sul, 8º andar, Asa Norte, Brasília (DF). Nada mais
- Curitiba (PR); Suplente: PAULO ROBERTO FRANCESCHI, brasileiro, casado, contador, inscrito no havendo a tratar, o Sr. Presidente deu por encerrada a reunião, da qual eu, Ana Cláudia Kakinoff,
CPF/MF sob o nº 171.891.298-72, portador da Carteira de Identidade nº 669.976-6, expedida em Secretária, mandei lavrar esta ata que, lida e achada conforme, vai assinada pelos conselheiros. Ass.)
22.02.2013 pela Secretaria de Segurança Pública do Paraná. Endereço: Rua Marechal Deodoro, 630, Fabrício da Soller, Beny Parnes, Daniel Sigelmann, Fabiano Felix do Nascimento, Julio Cesar Costa Pinto,
conjunto 1303 - Curitiba (PR); Titular: MAURICIO GRACCHO DE SEVERIANO CARDOSO, brasileiro, Luiz Serafim Spinola Santos e Paulo Rogério Caffarelli. ESTE DOCUMENTO É PARTE TRANSCRITA
casado, economista, inscrito no CPF/MF sob o nº 315.096.737-68, portador da Carteira de Identidade nº DO LIVRO 28 PÁGINA 297. Atestamos que este documento foi submetido a exame do Banco Central do
8.644, expedida em 11.09.2015 pelo Conselho Regional de Economia do Rio de Janeiro. Endereço: Rua Brasil em processo regular e a manifestação a respeito dos atos praticados consta de carta emitida à parte.
Visconde de Pirajá, 589/802 - Rio de Janeiro (RJ); Suplente: ALEXANDRE GIMENEZ NEVES, bra- Departamento de Organização do Sistema Financeiro - DEORF - 6.350.709-4 - Priscila Guerra Barbosa da
sileiro, casado, contador, inscrito no CPF/MF sob o nº 707.072.007-68, portador da Carteira de Identidade Silva - Analista. A Junta Comercial do Distrito Federal certificou o registro em 28/11/2017 sob o número
nº 053473/0-2, expedida em 12.03.2012 pelo Conselho Regional de Contabilidade - RJ. Endereço: Rua 20170987825 -
Bartolomeu Mitre, 405, aptº 103 - Leblon, Rio de Janeiro (RJ); d) eleger, por maioria dos votos, os
membros do Conselho de Administração, abaixo qualificados, para cumprirem o mandato 2017/2019, SAULO IZIDORIO VIEIRA
esclarecido que os eleitos atendem às exigências do Estatuto Social e da legislação em vigor: Re- Secretário-Geral
presentantes da União indicados pelo Ministro de Estado da Fazenda JÚLIO CÉSAR COSTA PINTO,
brasileiro, casado, advogado, inscrito no CPF/MF sob o nº 579.940.641-91, portador da Carteira de
Identidade nº 1395052, expedida em 31.05.1990 pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. BESC DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS S.A. - BESCVAL
Endereço: Esplanada dos Ministérios, bloco P, 4º andar - Brasília (DF); ODAIR LUCIETTO, brasileiro,
casado, administrador, inscrito no CPF/MF sob o nº 604.411.738-00, portador da Carteira de Identidade nº ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA
391.011, expedida em 31.05.1990 pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Endereço: REALIZADA EM 13 DE JUNHO DE 2017
SHIS QL 2, conjunto 3, casa 9 - Brasília (DF); FABRÍCIO DA SOLLER, brasileiro, casado, advogado,
inscrito no CPF/MF sob o nº 912.223.979-00, portador da Carteira de Identidade nº 8080312682, expedida Aos treze dias do mês de junho do ano de dois mil e dezessete, às quinze horas, na Praça XV
em 18.12.1997 pela Secretaria da Justiça e da Segurança do Rio Grande do Sul. Endereço: Esplanada dos de Novembro, nº 329, Centro - Florianópolis (SC), reuniram-se, em Assembleia Geral Extraordinária, os
Ministérios, bloco P, 8º andar - Brasília (DF); FABIANO FELIX DO NASCIMENTO, Representante dos acionistas da Companhia. Verificando o Livro de Presença dos Acionistas apurou-se que havia quorum
empregados, brasileiro, casado, advogado, inscrito no CPF/MF sob o nº 822.817.934-00, portador da legal para a instalação da Assembleia, pois estava presente acionista detentor de 10.168.639 ações
Carteira de Identidade nº 4244805, expedida em 21.09.1989 pela Secretaria de Segurança Pública de ordinárias nominativas, todas com direito a voto (representando 99,6% do capital votante). Em ob-
Pernambuco. Endereço: Av. Rio Branco nº 240, 10º andar, Recife Antigo - Recife (PE); PAULO RO- servância ao disposto no artigo 128 da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, foi designado para
GÉRIO CAFFARELLI, brasileiro, casado, bancário, inscrito no CPF/MF sob o nº 442.887.279-87, por- presidir os trabalhos o Sr. Antonio Jonas Madruga, representante do acionista majoritário, que declarou
tador da Carteira de Identidade nº 3.381.390-2, expedida em 25.07.2012 pela Secretaria de Segurança instalada a Assembleia, em 1ª convocação, convidando para compor a mesa André Luiz Valença da
Pública do Paraná. Endereço: SAUN, Quadra 5, Lote B, 15º andar, Torre Sul, Asa Norte - Brasília (DF). Cruz, para servir como Secretário. Composta a mesa, o Presidente comunicou que a Assembleia havia
Representante da União indicado pelo Ministro de Estado do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão: sido regularmente convocada por edital publicado na forma do artigo 124, da Lei n.º 6.404/76, nas
DANIEL SIGELMANN, brasileiro, solteiro, economista, inscrito no CPF/MF sob o nº 021.484.577-05, edições de 05, 06 e 07.06.2017, no Diário Oficial da União (pags. 105, 75 e 81, respectivamente) e do
portador da Carteira de Identidade nº 084975432, expedida em 20.06.1989 pelo Instituto Félix Pacheco do jornal Notícias do Dia - SC (pags. 17, 18 e 13, respectivamente), solicitando ao Secretário que
Rio de Janeiro. Endereço: Praça dos Três Poderes, Palácio do Planalto, 4º andar - Brasília (DF). Membros procedesse à sua leitura, cujo teor é o seguinte: BESC DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES
Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a
pelo código 00012018011900021 Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
Estatuto Social
ESTATUTO SOCIAL
Aprovado pela Assembleia Geral Extraordinária realizada em 10.3.1942, arquivada no

Registro do Comércio, sob o número 17.298, em 7.4.1942; e modificado pelas seguintes
Assembleias Gerais com seus respectivos registros: 24.6.1952 (23.896 de 15.07.52), 19.4.1956
(43.281 de 29.05.56), 03.08.1959 (68.010 de 09.10.1959), 15.05.1961 (122 de 14.07.61), 06.11.1961 (205
de 15.12.61), 25.4.1962 (291 de 27.06.62), 26.4.1963 (439 de 29.05.63), 03.08.1964 (675 de 10.09.64),
01.02.1965, (836 de 18.03.65) 04.02.1966 (1.162 de 29.03.66), 08 .07.1966 (1.305 de 18.08.66),
20.04.1967 (1.513 de 06.09.67), 15.08.1967 (1544 de 11.10.67) 25 .02.1969 (2.028 de 22.05.69)
18.12.1969 (2.360 de 19.02.70), 31.07.1970 (2.638 de 06.10.70), 24.11.1971 (3.241 de 28.12.71),
17.04.1972, (3.466 de 11.07.72) 01.09.1972 (3.648 de 21.11.72), 18.09.1973 (4.320 de 18.10.73)
09.10.1974 (5.121 de 12.11.74), 15.04.1975 (5.429 de 22.04.75), 23.10.1975 (5.853 de 25.11.75),
02.04.1976,(6.279 de 15.06.76) 08.11.1976 (6.689 de 02.12.76), 18.04.1977 (7.078 de 19.05.77),
10.11.1977 (7.535 de 09.12.77), 12.03.1979 (8.591 de 08.05.79), 23.04.1980 (53.925.4 de 09.05.80),
28.04.1981 (53.1002.9 de 01.06.81), 31.03.1982 (53.1.2908 de 03.06.82), 27.04.1983 (53.1.3670 de
25.07.83), 29.03.1984 (53.1.4194 de 21.05.84), 31.07.1984 (53.1.4440 de 21.09.84), 05.03.1985
(53.1.4723 de 08.04.85), 23.12.1985 (15361 de 16.04.86) 07.04.1986 (15420 de 15.05.86), 27.04.1987
(16075 de 04.06.87), 05.08.1987 (16267 de 10.09.87), 20.04.1988 (16681 de 26.05.88), 15.02.1989
(531711.0 de 10.03.89), 19.04.1989 (531719.1 de 22.05.89), 08.03.1990 (531712.4 de 24.04.90),
14.05.1990 (531727.8 de 02.07.90), 29.06.1990 (531735.6 de 01.08.90), 24.04.1991 (531780.2 de
31.05.91), 12.11.1991 (539724.2 de 06.12.91), 29.04.1992 (5310645.4 de 22.05.92), 10.12.1992
(5312340,0 de 01.02.93), 30.12.1992 (5312485,0 de 01.03.93), 30.04.1993 (5313236,6 de 24.06.93),
05.10.1993 (5314578,8 de 07.12.93), 27.12.1993 (5314948,6 de 28.01.94), 27.01.1994 (5312357,1 de
10.03.94), 28.04.1994 (5315254.1 de 20.07.94), 25.04.1995 (5317742,5 de 14.09.95), 14.11.1995
(5318223,1 de 13.12.95), 29.03.1996 (5318902,9 de 09.05.96), 23.04.1996 (5319068,7 de 12.06.96),
17.06.1996 (5319241,0 de 05.07.96), 25.09.1996 (960476369 de 13.11.96), 23.04.1997 (970343256 de
20.06.97), 13.10.1997 (970662831 de 13.11.97), 24.04.1998 (980316812 de 02.07.98), 29.09.1998
(980531535 de 09.11.98), 30.04.1999 (990269655 de 15.06.99), 25.04.2000 (000288004 de 26.05.2000),
30.04.2001 (20010388893 de 13.07.2001), 27.08.2001 (20010578382 de 8.10.2001), 29.11.2001
(20020253346 de 10.5.2002), 07.06.2002 (20020425961, de 30.07.2002), 22.04.2003 (20030387515, de
18.07.2003), 12.11.2003 (20030709806 de 11.12.2003), 22.12.2004 (20050003739 de 04.01.2005),
26.04.2005 (20050420810 de 11.07.2005), 28.04.2006 (20060339098 de 07.08.2006), 22.05.2006
(20060339101 de 07.08.2006), 24.08.2006 (20060482842 de 05.10.2006), 28.12.2006 (20070117900 de
05.04.2007), 25.04.2007 (2007034397, de 14.06.2007), 12.07.2007 (20070517410 de 16.08.2007),
23.10.2007 (20070819807 de 19.12.2007), 24.01.2008 (20080389414, de 19.05.2008), 17.04.2008
(20080635695, de 14.08.2008), 23.04.2009 (20091057000, de 10.12.2009), 18.08.2009 (20091057477,
de 10.12.2009), 30.11.2009 (20100284574, de 22.04.2010), 13.04.2010 (20100628060, de 12.08.2010),
05.08.2010 (20100696040, de 02.09.2010), 06.09.2011 (20110895207, de 31.01.2012), 26.04.2012
(20120445450, de 28.06.2012), 19.09.2012 (20120907496, de 20.11.2012), 18.12.2012 (20130248410,
de 12.03.2013), 19.12.2013 (20140228632, de 01.04.2014), 29.04.2014 (20140529101, de 07.07.2014),
28.04.2015 (20150701756, de 26.08.2015), 27.04.2017 (20170701468, de 05.12.2017) e 25.04.2018
(1106583, de 10.10.2018), 26.04.2019 (a registrar), 27.11.2019 (a registrar).
Estatuto Social
CAPÍTULO I – DENOMINAÇÃO, CARACTERÍSTICAS E NATUREZA DO BANCO
Art. 1º O Banco do Brasil S.A., pessoa jurídica de direito privado, sociedade anônima aberta, de economia
mista, que explora atividade econômica, na forma do artigo 173 da Constituição Federal,
organizado sob a forma de banco múltiplo, está sujeito ao regime jurídico próprio das empresas
privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários,
sendo regido por este Estatuto, pelas Leis nº 4.595/64, nº 6.404/76, nº 13.303/16 e seu respectivo
Decreto regulamentador, e demais normas aplicáveis.
§1º O prazo de duração da Sociedade é indeterminado.
§2º O Banco tem domicílio e sede em Brasília, podendo criar e suprimir sucursais, filiais ou
agências, escritórios, dependências e outros pontos de atendimento nas demais praças do País e
no exterior.
§3º Com a admissão do Banco do Brasil no segmento especial de listagem denominado Novo
Mercado, da B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão (B3), o Banco, seus acionistas, administradores e
membros do Conselho Fiscal sujeitam-se às disposições do Regulamento do Novo Mercado da
B3.
§4º As disposições do Regulamento do Novo Mercado prevalecerão sobre as disposições

estatutárias, nas hipóteses de prejuízo aos direitos dos destinatários das ofertas públicas previstas
nos artigos 57 e 58 deste Estatuto.
CAPÍTULO II – OBJETO SOCIAL
Seção I – Objeto social e vedações

Objeto social
Art. 2º O Banco tem por objeto a prática de todas as operações bancárias ativas, passivas e acessórias,
a prestação de serviços bancários, de intermediação e suprimento financeiro sob suas múltiplas
formas e o exercício de quaisquer atividades facultadas às instituições integrantes do Sistema
Financeiro Nacional.
§1º O Banco poderá, também, atuar na comercialização de produtos agropecuários e promover a

circulação de bens.
§2º Compete-lhe, ainda, como instrumento de execução da política creditícia e financeira do

Governo Federal, exercer as funções que Ihe são atribuídas em lei, especialmente aquelas
previstas no artigo 19 da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, observado o disposto nos
artigos 5º e 6º deste Estatuto.
Art. 3º A administração de recursos de terceiros será realizada mediante a contratação de sociedade

subsidiária, controlada ou coligada do Banco.
Estatuto Social
Vedações
Art. 4º Ao Banco é vedado, além das proibições fixadas em lei:
I – realizar operações com garantia exclusiva de ações de outras instituições financeiras;
II – comprar ou vender bens de qualquer natureza a membros do Conselho de Administração e

dos comitês a ele vinculados, da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal.
III - realizar transferências de recursos, serviços ou outras obrigações entre o Banco e suas Partes
Relacionadas em desconformidade com sua Política de Transações com Partes Relacionadas.
IV – emitir ações preferenciais ou de fruição, debêntures e partes beneficiárias.

V – participar do capital de outras sociedades, salvo em:
a) sociedades das quais o Banco participe na data da aprovação do presente Estatuto;
b) instituições financeiras e demais entidades autorizadas a funcionar pelo Banco Central do
Brasil;
c) entidades de previdência privada, sociedades de capitalização, de seguros ou de
corretagem, financeiras, promotoras de vendas, sociedades de processamento de serviços de
suporte operacional e de processamento de cartões, desde que conexas às atividades
bancárias.
d) câmaras de compensação e liquidação e demais sociedades ou associações que integram
o sistema de pagamentos;
e) sociedades ou associações de prestação de serviços de cobrança e reestruturação de
ativos, ou de apoio administrativo ou operacional ao próprio Banco;
f) associações ou sociedades sem fins lucrativos;
g) sociedades em que a participação decorra de dispositivo legal ou de operações de
renegociação ou recuperação de créditos, tais como dação em pagamento, arrematação ou
adjudicação judicial e conversão de debêntures em ações; e
h) outras sociedades, mediante aprovação do Conselho de Administração.
§1º As participações de que trata a alínea “g”, do inciso V, deste artigo, decorrentes de operações
de renegociação ou recuperação de créditos, deverão ser alienadas no prazo fixado pelo Conselho
de Administração.
§2º É permitido ao Banco constituir controladas, inclusive na modalidade de subsidiárias integrais

ou sociedades de propósito específico, que tenham por objeto social participar, direta ou
indiretamente, inclusive minoritariamente e por meio de outras empresas de participação, dos entes
listados no inciso V.
Seção II – Relações com a União
Art. 5º. O Banco contratará, na forma da lei ou regulamento, diretamente com a União ou com a sua
interveniência:
Estatuto Social
I – a execução dos encargos e serviços pertinentes à função de agente financeiro do Tesouro

Nacional e às demais funções que lhe forem atribuídas por lei;
II – a realização de financiamentos de interesse governamental e a execução de programas oficiais

mediante aplicação de recursos da União ou de fundos de qualquer natureza; e
III – a concessão de garantia em favor da União.
Parágrafo único. A contratação de que trata este artigo fica condicionada, conforme o caso:
I – à colocação dos recursos correspondentes à disposição do Banco e ao estabelecimento da

devida remuneração;
II – à prévia e formal definição dos prazos e da adequada remuneração dos recursos a serem
aplicados em caso de equalização de encargos financeiros;
III – à prévia e formal definição dos prazos e da assunção dos riscos e da remuneração, nunca
inferior aos custos dos serviços a serem prestados; e
IV – à prévia e formal definição do prazo para o adimplemento das obrigações e das penalidades
por seu descumprimento.
Seção III – Relações com o Banco Central do Brasil
Art. 6º O Banco poderá contratar a execução de encargos, serviços e operações de competência do Banco
Central do Brasil, desde que observado o disposto no parágrafo único do artigo 5º deste Estatuto.
CAPÍTULO III – CAPITAL E AÇÕES
Capital social e ações ordinárias
Art.7º O Capital Social é de R$ 67.000.000.000,00 (sessenta e sete bilhões de reais), dividido em

2.865.417.020 (dois bilhões, oitocentos e sessenta e cinco milhões, quatrocentos e dezessete mil e
vinte) ações ordinárias representadas na forma escritural e sem valor nominal.
§1º Cada ação ordinária confere ao seu titular o direito de um voto nas deliberações da Assembleia
Geral, salvo na hipótese de adoção do voto múltiplo para a eleição de Conselheiros de
Administração.
§2º As ações escriturais permanecerão em depósito neste Banco, em nome dos seus titulares, sem
emissão de certificados, podendo ser cobrada dos acionistas a remuneração prevista em lei.
§3º O Banco poderá adquirir as próprias ações, mediante autorização do Conselho de

Administração, a fim de cancelá-las ou mantê-las em tesouraria para posterior alienação.
Estatuto Social
§4º. O capital social poderá ser alterado nas hipóteses previstas em lei, vedada a capitalização direta
do lucro sem trâmite pela conta de reservas.
Capital autorizado
Art. 8º. O Banco poderá, independentemente de reforma estatutária, por deliberação da Assembleia Geral
e nas condições determinadas por aquele órgão, aumentar o capital social até o limite de R$
120.000.000.000,00 (cento e vinte bilhões de reais), mediante a emissão de ações ordinárias,
concedendo-se aos acionistas preferência para a subscrição do aumento de capital, na proporção
do número de ações que possuírem.
Parágrafo único. A emissão de ações, até o limite do capital autorizado, para venda em Bolsas de
Valores ou subscrição pública, ou permuta por ações em oferta pública de aquisição de controle,
poderá ser efetuada sem a observância do direito de preferência aos antigos acionistas, ou com
redução do prazo para o exercício desse direito, observado o disposto no inciso I do artigo 10
deste Estatuto.
CAPÍTULO IV – ASSEMBLEIA GERAL
Convocação e funcionamento
Art. 9º A Assembleia Geral de Acionistas será convocada com, no mínimo, 30 dias de antecedência, por
deliberação do Conselho de Administração, ou, nas hipóteses admitidas em lei, pelo Conselho
Diretor, pelo Conselho Fiscal, por grupo de acionistas ou por acionista isoladamente.
§1º Os trabalhos da Assembleia Geral serão dirigidos pelo Presidente do Banco, por seu substituto
ou, na ausência ou impedimento de ambos, por um dos acionistas ou administradores do Banco
presentes, escolhido pelos acionistas. O presidente da mesa convidará dois acionistas ou
administradores do Banco para atuarem como secretários da Assembleia Geral.
§2º Nas Assembleias Gerais Extraordinárias, tratar-se-á, exclusivamente, do objeto declarado nos
editais de convocação, não se admitindo a inclusão, na pauta da Assembleia, de assuntos gerais.
§3º As atas das Assembleias Gerais serão lavradas de forma sumária no que se refere aos fatos
ocorridos, inclusive dissidências e protestos, e conterão a transcrição apenas das deliberações
tomadas, observadas as disposições legais.
Competência
Art. 10. Compete à Assembleia Geral, dentre outras atribuições previstas na Lei 6.404/76 e demais normas
aplicáveis, deliberar sobre:
I – alienação, no todo ou em parte, de ações do capital social do Banco ou de suas controladas,

abertura do capital, aumento do capital social por subscrição de novas ações, renúncia a direitos
de subscrição de ações ou debêntures conversíveis em ações de empresas controladas, venda de
debêntures conversíveis em ações de titularidade do Banco de emissão de empresas controladas,
ou, ainda, emissão de quaisquer outros títulos ou valores mobiliários, no País ou no exterior;
II – transformação, fusão, incorporação, cisão, dissolução e liquidação da empresa;
Estatuto Social
III – permuta de ações ou outros valores mobiliários;
IV – práticas diferenciadas de governança corporativa e celebração de contrato para essa

finalidade com bolsa de valores.
Parágrafo único. A escolha da instituição ou empresa especializada para apuração do preço

justo do Banco, nas hipóteses previstas nos artigos 57 e 58 deste Estatuto, é de competência
privativa da Assembleia Geral, mediante apresentação de lista tríplice pelo Conselho de
Administração, e deverá ser deliberada pela maioria dos votos dos acionistas representantes
das ações em circulação, presentes na respectiva Assembleia Geral, não computados os votos
em branco. Se instalada em primeira convocação, deverá contar com a presença de acionistas
que representem, no mínimo, 20% (vinte por cento) do total das ações em circulação ou, se
instalada em segunda convocação, poderá contar com a presença de qualquer número de
acionistas representantes dessas ações.
CAPÍTULO V – ADMINISTRAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO BANCO
Seção I – Normas Comuns aos Órgãos de Administração
Requisitos
Art. 11 São órgãos de administração do Banco:
I – o Conselho de Administração; e
II – a Diretoria Executiva, composta pelo Conselho Diretor e pelos demais Diretores, na forma
estabelecida no artigo 24 deste Estatuto.
§1º O Conselho de Administração tem, na forma prevista em lei e neste Estatuto, atribuições
estratégicas, orientadoras, eletivas e fiscalizadoras, não abrangendo funções operacionais ou
executivas.
§2º A representação do Banco é privativa da Diretoria Executiva, na estrita conformidade das
competências administrativas estabelecidas neste Estatuto.
§3º Os cargos de Presidente e de Vice-Presidente do Conselho de Administração não poderão ser
acumulados com o de Presidente do Banco, ainda que interinamente.
§4º Os órgãos de administração do Banco serão integrados por brasileiros, todos residentes no
país, dotados de notórios conhecimentos, inclusive sobre as melhores práticas de governança
corporativa, compliance, integridade e responsabilização corporativas, experiência, idoneidade
moral, reputação ilibada e capacidade técnica compatível com o cargo, observados os requisitos
impostos pela Lei nº 6.404/76, Lei nº 13.303/16 e seu respectivo Decreto regulamentador, demais
normas aplicáveis, e pela Política de Indicação e Sucessão do Banco.
§5º Sempre que a Política de Indicação pretender impor requisitos adicionais àqueles constantes
da legislação aplicável para os Conselheiros de Administração e para os Conselheiros Fiscais, tais
requisitos deverão ser encaminhados para deliberação dos acionistas, em Assembleia Geral.
Investidura
Art. 12. Os membros dos órgãos de Administração serão investidos em seus cargos mediante assinatura
de termos de posse, no livro de atas do Conselho de Administração, da Diretoria Executiva ou do
Conselho Diretor, conforme o caso, no prazo máximo de até 30 dias, contados a partir da eleição
ou nomeação.
Estatuto Social
§1º Os eleitos para os órgãos de Administração tomarão posse independentemente da prestação

de caução.
§2º O termo de posse mencionado no caput contemplará sujeição à cláusula arbitral referida
no artigo 54 deste Estatuto, em conformidade com o Regulamento do Novo Mercado da B3.
Impedimentos e vedações
Art. 13. Não podem ingressar ou permanecer nos órgãos de Administração, os impedidos ou vedados pela
Lei nº 6.404/76, Lei nº 13.303/16 e seu respectivo Decreto regulamentador, demais normas
aplicáveis, pela Política de Indicação e Sucessão do Banco e, também:
I – os que estiverem inadimplentes com o Banco ou que lhe tenham causado prejuízo ainda não
ressarcido;
II – os que detenham controle ou participação relevante no capital social de pessoa jurídica
inadimplente com o Banco ou que lhe tenha causado prejuízo ainda não ressarcido, estendendo-
se esse impedimento aos que tenham ocupado cargo de administração em pessoa jurídica nessa
situação, no exercício social imediatamente anterior à data da eleição ou nomeação;
III – os que houverem sido condenados, por crime de sonegação fiscal, corrupção, lavagem ou
ocultação de bens, direitos e valores, contra o Sistema Financeiro Nacional, contra a administração
pública ou contra a licitação, bem como por atos de improbidade administrativa;
IV – os que sejam ou tenham sido sócios ou acionistas controladores ou participantes do controle
ou com influência significativa no controle, administradores ou representantes de pessoa jurídica
condenada, cível ou administrativamente, por atos lesivos à administração pública, nacional ou
estrangeira, referente aos fatos ocorridos no período de sua participação e sujeitos ao seu âmbito
de atuação;
V – os declarados inabilitados para cargos de administração em instituições autorizadas a funcionar
pelo Banco Central do Brasil ou em outras instituições sujeitas à autorização, controle e fiscalização
de órgãos e entidades da Administração Pública direta e indireta, incluídas as entidades de
previdência privada, as sociedades seguradoras, as sociedades de capitalização e as companhias
abertas;
VI – os que estiverem respondendo pessoalmente, como controlador ou administrador de pessoa
jurídica, por pendências relativas a protesto de títulos, cobranças judiciais, emissão de cheques
sem fundos, inadimplemento de obrigações e outras ocorrências ou circunstâncias análogas;
VII – os declarados falidos ou insolventes;
VIII – os que detiveram o controle ou participaram da administração de pessoa jurídica em
recuperação judicial ou extrajudicial, falida ou insolvente, no período de cinco anos anteriores à
data da eleição ou nomeação, salvo na condição de síndico, comissário ou administrador judicial;
IX – sócio, ascendente, descendente ou parente colateral ou afim, até o terceiro grau, cônjuge ou
companheiro de membro do Conselho de Administração ou da Diretoria Executiva;
X – os que ocuparem cargos em sociedades que possam ser consideradas concorrentes no
mercado, em especial, em conselhos consultivos, de administração ou fiscal, ou em comitês
vinculados ao Conselho de Administração, e os que tiverem interesse conflitante com o Banco.
Parágrafo único. É incompatível com a participação nos órgãos de administração do Banco a
candidatura a mandato público eletivo, devendo o interessado requerer seu afastamento, sob pena
de perda do cargo, a partir do momento em que tornar pública sua pretensão à candidatura. Durante
o período de afastamento não será devida qualquer remuneração ao membro do órgão de
administração, o qual perderá o cargo a partir da data do registro da candidatura.
Estatuto Social
Art. 14. Aos integrantes dos órgãos de administração é vedado intervir no estudo, deferimento, controle ou
liquidação de qualquer operação em que:
I – sejam interessadas, direta ou indiretamente, sociedades de que detenham, ou que seus

cônjuges ou parentes consanguíneos ou afins até terceiro grau detenham, o controle ou
participação igual ou superior a 10% (dez por cento) do capital social;
II – tenham interesse conflitante com o do Banco.
Parágrafo único. O impedimento de que trata o inciso I deste artigo se aplica, ainda, quando se
tratar de empresa em que ocupem, ou tenham ocupado, cargo de administração nos seis meses
anteriores à investidura no Banco.
Perda do cargo
Art. 15. Perderá o cargo:
I – salvo motivo de força maior ou caso fortuito, o membro do Conselho de Administração que
deixar de comparecer, com ou sem justificativa, a três reuniões ordinárias consecutivas ou a quatro
reuniões ordinárias alternadas durante o prazo de gestão; e
II – o membro da Diretoria Executiva que se afastar, sem autorização, por mais de trinta dias.
Remuneração
Art. 16. A remuneração dos integrantes dos órgãos de Administração será fixada anualmente pela
Assembleia Geral, observadas as disposições da legislação e das demais normas aplicáveis.
§1º A Assembleia Geral, nos exercícios em que forem pagos o dividendo obrigatório aos acionistas
e a participação de lucros aos empregados, poderá atribuir participação nos lucros do Banco aos
membros da Diretoria Executiva, desde que o total não ultrapasse a remuneração anual dos
membros da Diretoria Executiva e nem um décimo dos lucros (artigo 152, §1º, da Lei nº 6.404/76),
prevalecendo o limite que for menor.
§2º A proposta de remuneração dos integrantes dos órgãos de administração seguirá os princípios
estabelecidos pela Política de Remuneração de Administradores do Banco do Brasil e atenderá aos
interesses da companhia.
Art. 17. Sem prejuízo das vedações e dos procedimentos de autorregulação previstos nas normas e
regulamentos aplicáveis, bem como na política específica do Banco sobre negociação dos valores
mobiliários de sua emissão, os membros do Conselho de Administração, da Diretoria Executiva do
Banco e de quaisquer órgãos com funções técnicas ou consultivas criados por disposição
estatutária deverão:
I – comunicar ao Banco e à Comissão de Valores Mobiliários - CVM:
Estatuto Social
a) até o primeiro dia útil após a investidura no cargo, a quantidade e as características dos
valores mobiliários ou derivativos de que sejam titulares, direta ou indiretamente, de
emissão do Banco e de suas controladas, além daqueles de titularidade de seus
respectivos cônjuges do qual não estejam separados judicial ou extrajudicialmente, de
companheiros e de quaisquer dependentes incluídos na declaração anual do imposto de
renda;
b) b) as negociações com os valores mobiliários de que trata a alínea “a” deste inciso, até o
quinto dia após a negociação.
II - restringir suas negociações com os valores mobiliários de que trata a alínea “a” do inciso I
deste artigo de acordo com Plano de Negociação elaborado com seis meses de antecedência da
negociação.
Seção II – Conselho de Administração
Art. 18. O Conselho de Administração, órgão independente de decisão colegiada, será composto por
pessoas naturais, eleitas pela Assembleia Geral e por ela destituíveis, e terá oito membros, com
prazo de gestão unificado de dois anos, dentre os quais um Presidente e um Vice-Presidente,
sendo permitidas até três reconduções consecutivas. O prazo de gestão estender-se-á até a
investidura dos novos membros.
§1º É assegurado aos acionistas minoritários o direito de eleger ao menos dois conselheiros de
administração, se maior número não lhes couber pelo processo de voto múltiplo.
§2º A União indicará, à deliberação da Assembleia Geral, para o preenchimento de seis vagas no
Conselho de Administração:
I – o Presidente do Banco;
II – quatro representantes indicados pelo Ministro de Estado da Economia;
III – um representante eleito pelos empregados do Banco do Brasil S.A., na forma do §4º deste
artigo;
§3º O Presidente e o Vice-Presidente do Conselho de Administração serão escolhidos pelo próprio

Conselho, na forma da legislação vigente, observado o previsto no §3º do artigo 11 deste Estatuto.
§4º O representante dos empregados será escolhido pelo voto direto de seus pares, dentre os
empregados ativos da empresa, em eleição organizada e regulamentada pelo Banco, em conjunto
com as entidades sindicais que os representam, observadas as exigências e procedimentos
previstos na legislação e o disposto nos parágrafos 5º e 6º deste artigo.
§5º Para o exercício do cargo, o conselheiro representante dos empregados está sujeito a
todos os critérios, exigências, requisitos, impedimentos e vedações previstas em lei,
regulamento e neste Estatuto.
§6º Sem prejuízo dos impedimentos e vedações previstos nos artigos 13 e 14 deste Estatuto,
o conselheiro representante dos empregados não participará das discussões e deliberações
sobre assuntos que envolvam relações sindicais, remuneração, benefícios e vantagens,
inclusive matérias de previdência complementar e assistenciais, bem como nas demais
hipóteses em que ficar configurado o conflito de interesse.
§7º Na composição do Conselho de Administração, observar-se-ão, ainda, as seguintes
regras:
Estatuto Social
I - no mínimo 30% (trinta por cento) dos membros do Conselho de Administração deverão
ser Conselheiros Independentes, assim definidos na legislação, no Regulamento do Novo
Mercado da B3 e no Programa Destaque em Governança de Estatais da B3, estando nessa
condição os conselheiros eleitos nos termos do §1º deste artigo;
II - a condição de Conselheiro Independente será deliberada na Assembleia Geral que o
eleger, observado o disposto no Regulamento do Novo Mercado da B3; e
III - quando, em decorrência da observância do percentual referido no inciso I deste
parágrafo, resultar número fracionário de conselheiros, proceder-se-á ao arredondamento,
conforme a seguir:
a) para o número inteiro imediatamente superior, quando a fração for igual ou superior
a 0,5 (cinco décimos);
b) para o número inteiro imediatamente inferior, quando a fração for inferior a 0,5 (cinco
décimos).
IV – O Ministro de Estado da Economia deverá indicar os membros independentes do
Conselho de Administração, caso os demais acionistas não o façam, de forma a garantir o
atingimento do percentual de que trata o inciso I deste parágrafo.
§8º Na hipótese de adoção do processo de voto múltiplo previsto no §1º deste artigo, não
será considerada a vaga destinada ao representante dos empregados.
Voto múltiplo
Art. 19. É facultado aos acionistas, observado o percentual mínimo estabelecido pela Comissão de Valores
Mobiliários – CVM, solicitar, em até 48 horas antes da Assembleia Geral, mediante requerimento
escrito dirigido ao Presidente do Banco, a adoção do processo de voto múltiplo para a eleição dos
membros do Conselho de Administração, de acordo com o disposto neste artigo.
§1º Caberá à mesa que dirigir os trabalhos da Assembleia Geral informar previamente aos
acionistas, à vista do “Livro de Presença”, o número de votos necessários para a eleição de cada
membro do Conselho.
§2º Adotado o voto múltiplo, em substituição às prerrogativas previstas no §1º do artigo 18 deste
Estatuto, os acionistas que representem, pelo menos, 15% (quinze por cento) do total das ações
com direito a voto, terão direito de eleger e destituir um membro do Conselho de Administração,
em votação em separado na Assembleia Geral, excluído o acionista controlador.
§3º Somente poderão exercer o direito previsto no §2º acima os acionistas que comprovarem a
titularidade ininterrupta da participação acionária ali exigida durante o período de três meses, no
mínimo, imediatamente anterior à realização da Assembleia Geral.
§4º Será mantido registro com a identificação dos acionistas que exercerem a prerrogativa a que
se refere o §2º deste artigo.
Art. 20. Excetuada a hipótese de destituição de membro do Conselho de Administração eleito pelo processo
de voto múltiplo, no caso de vacância do cargo de conselheiro, os membros remanescentes no
Colegiado nomearão substituto para servir até a próxima Assembleia Geral, observados os
requisitos, impedimentos, vedações e composição previstos nos artigos 11, 13 e 18 deste Estatuto.
Se houver a vacância da maioria dos cargos, estejam ou não ocupados por substitutos nomeados,
a Assembleia Geral será convocada para proceder a uma nova eleição.
10
Estatuto Social
Parágrafo único. O Presidente do Conselho será substituído pelo Vice-Presidente e, nas ausências
deste, por outro conselheiro indicado pelo Presidente. No caso de vacância, a substituição dar-se-
á até a escolha do novo titular do Conselho, o que deverá ocorrer na primeira reunião do Conselho
de Administração subsequente.
Atribuições
Art. 21. Compete ao Conselho de Administração, dentre outras atribuições previstas na Lei nº 6.404/76, na
Lei nº 13.303/16 e seu Decreto regulamentador, nas demais normas aplicáveis e no seu Regimento
Interno:
I – aprovar as Políticas, o Código de Ética, as Normas de Conduta, o Código de Governança

Corporativa, a Carta Anual de Políticas Públicas e Governança Corporativa, o Informe sobre o
Código Brasileiro de Governança Corporativa, o Regulamento de Licitações, a Estratégia
Corporativa, o Plano de Investimentos, o Plano Diretor e o Orçamento Geral do Banco;
II – deliberar sobre:
a) distribuição de dividendos intermediários, inclusive à conta de lucros acumulados ou de
reservas de lucros existentes no último balanço anual ou semestral;
b) pagamento de juros sobre o capital próprio;
c) aquisição das próprias ações, em caráter não permanente;
d) participações do Banco em sociedades, no País e no exterior;
e) captações por meio de instrumentos elegíveis ao capital principal; e
f) alteração dos valores estabelecidos nos incisos I e II do artigo 29 da Lei nº 13.303/16.
III - analisar, ao menos trimestralmente, as demonstrações contábeis e demais demonstrações
financeiras, sem prejuízo da atuação do Conselho Fiscal;
IV - manifestar-se sobre as propostas a serem submetidas à deliberação dos acionistas em
Assembleia;
V - supervisionar os sistemas de gerenciamento de riscos e de controles internos;
VI. definir os assuntos e valores para sua alçada decisória e dos membros da Diretoria Executiva,
por proposta do Conselho Diretor;
VII - identificar a existência de ativos não de uso próprio do Banco e avaliar a necessidade de
mantê-los, de acordo com as informações prestadas pelo Conselho Diretor;
VIII – definir as atribuições da Auditoria Interna, regulamentar o seu funcionamento, bem como
nomear e dispensar o seu titular;
IX – escolher e destituir os auditores independentes, cujos nomes poderão ser objeto de veto,
devidamente fundamentado, pelo Conselheiro eleito na forma do §2º do artigo 19 deste Estatuto,
se houver;
X – fixar o número, eleger os membros da Diretoria Executiva, definir suas atribuições e fiscalizar
sua gestão, observado o artigo 24 deste Estatuto e o disposto no artigo 21 da Lei nº 4.595, de 31
de dezembro de 1964;
XI – aprovar o seu regimento interno e decidir sobre a criação, a extinção e o funcionamento de
comitês de assessoramento não estatutários no âmbito do próprio Conselho de Administração;
XII – aprovar os Regimentos Internos dos comitês de assessoramento a ele vinculados, bem como
os Regimentos Internos da Diretoria Executiva e do Conselho Diretor;
XIII – decidir sobre a participação dos empregados nos lucros ou resultados do Banco;
11
Estatuto Social
XIV – apresentar à Assembleia Geral lista tríplice de empresas especializadas para

determinação do preço justo da companhia, para as finalidades previstas no parágrafo único do
artigo 10;
XV – estabelecer meta de rentabilidade que assegure a adequada remuneração do capital
próprio;
XVI – eleger e destituir os membros dos comitês constituídos no âmbito do próprio Conselho;
XVII – avaliar formalmente, ao término de cada ano, o seu próprio desempenho, o da Diretoria
Executiva, da Secretaria Executiva, dos comitês a ele vinculados e do Auditor Geral e, ao final
de cada semestre, o desempenho do Presidente do Banco;
XVIII – manifestar-se formalmente quando da realização de ofertas públicas de aquisição de
ações de emissão do Banco; e
XIX – deliberar sobre os casos omissos neste Estatuto Social, limitado a questões de natureza
estratégica de sua competência.
§1º A Estratégia Corporativa do Banco será fixada para um período de cinco anos, devendo ser
revista anualmente. O Plano de Investimentos será fixado para o exercício anual seguinte.
§2º Para assessorar a deliberação do Conselho de Administração, as propostas de fixação das
atribuições e de regulamentação do funcionamento da Auditoria Interna, referidas no inciso VIII,
deverão conter parecer prévio das áreas técnicas envolvidas e do Comitê de Auditoria.
§3º A fiscalização da gestão dos membros da Diretoria Executiva, de que trata o inciso X deste
artigo, poderá ser exercida isoladamente por qualquer conselheiro, o qual terá acesso aos livros
e papéis do Banco e às informações sobre os contratos celebrados ou em via de celebração e
quaisquer outros atos que considere necessários ao desempenho de suas funções, podendo
requisitá-los, diretamente, a qualquer membro da Diretoria Executiva. As providências daí
decorrentes, inclusive propostas para contratação de profissionais externos, serão submetidas
à deliberação do Conselho de Administração.
§4º A manifestação formal, favorável ou contrária, de que trata o inciso XVIII realizar-se-á
mediante parecer prévio fundamentado, que tenha por objeto as ações de emissão do Banco,
divulgado em até 15 (quinze) dias da publicação do edital da oferta pública de ações, abordando,
pelo menos:
I – a conveniência e a oportunidade da oferta pública de ações quanto ao interesse do Banco e
do conjunto dos acionistas, inclusive em relação ao preço e aos potenciais impactos para a
liquidez das ações;
II – as repercussões da oferta pública de aquisição de ações sobre os interesses do Banco;
III – os planos estratégicos divulgados pelo ofertante em relação ao Banco;
IV – as alternativas à aceitação da oferta pública de aquisição de ações disponíveis no mercado;
V – outros pontos que o Conselho de Administração considerar pertinentes, bem como as
informações exigidas pelas regras aplicáveis estabelecidas pela CVM;
VI – alerta aos acionista de que são responsáveis pela decisão final sobre a aceitação da oferta
pública de aquisição de ações.
§5º O processo de avaliação de desempenho citado no inciso XVII deste artigo, no caso de
administradores e dos membros de comitês, será realizado de forma individual e coletiva,
conforme procedimentos previamente definidos pelo próprio Conselho de Administração,
devendo ser avaliados na forma prevista na legislação.
Funcionamento
12
Estatuto Social
Art. 22. O Conselho de Administração reunir-se-á com a presença de, no mínimo, a maioria dos seus
membros:
I – ordinariamente, pelo menos uma vez por mês; e

II – extraordinariamente, sempre que convocado pelo seu Presidente, ou a pedido de, no mínimo,
dois conselheiros.
§1º As reuniões do Conselho de Administração serão convocadas pelo seu Presidente.

§2º A reunião extraordinária solicitada pelos conselheiros, na forma do inciso II deste artigo, deverá
ser convocada pelo Presidente nos sete dias que se seguirem ao pedido. Esgotado esse prazo sem
que o Presidente a tenha convocado, qualquer conselheiro poderá fazê-lo.
§3º O Conselho de Administração delibera por maioria de votos, sendo necessário:
I – o voto favorável de cinco conselheiros para a aprovação das matérias de que tratam os incisos
I, VIII, IX e XI do artigo 21; ou
II – o voto favorável da maioria dos conselheiros presentes para a aprovação das demais matérias,
prevalecendo, em caso de empate, o voto do Presidente do Conselho, ou do seu substituto no
exercício das funções.
§4º Fica facultada eventual participação dos conselheiros na reunião, por telefone,
videoconferência, ou outro meio de comunicação que possa assegurar a participação efetiva e a
autenticidade do seu voto, que será considerado válido para todos os efeitos legais e incorporado
à ata da referida reunião.
Avaliação
Art. 23. O Conselho de Administração realizará anualmente uma avaliação formal do seu desempenho.
§1º O processo de avaliação citado no caput deste artigo será realizado conforme procedimentos
previamente definidos pelo próprio Conselho de Administração e que deverão estar descritos em
seu regimento interno.
§2º Caberá ao Presidente do Conselho conduzir o processo de avaliação.
Seção III – Diretoria Executiva
Art. 24. A administração do Banco competirá à Diretoria Executiva, que terá entre dez e trinta e sete
membros, sendo:
I - o Presidente, nomeado e demissível “ad nutum” pelo Presidente da República, na forma da

lei;
II - até nove Vice-Presidentes, eleitos na forma da lei; e
III – até vinte e sete Diretores, eleitos na forma da lei.
§1º No âmbito da Diretoria Executiva, o Presidente e os Vice-Presidentes formarão o Conselho
Diretor.
13
Estatuto Social
§2º O cargo de Diretor é privativo de empregados da ativa do Banco.

§3º Os eleitos para a Diretoria Executiva terão prazo de gestão unificado de dois anos, sendo
permitidas até três reconduções consecutivas, observado, além do disposto na legislação e
nas demais normas aplicáveis, que:
I - não é considerada recondução a eleição de membro para atuar em outra área da Diretoria
Executiva;
II - uma vez realizada a eleição, o prazo de gestão estender-se-á até a investidura dos novos
membros;
§4º Além dos requisitos previstos nos artigos 11 e 13 deste Estatuto, é condição para o
exercício de cargos na Diretoria Executiva do Banco ser graduado em curso superior e ter
exercido nos últimos cinco anos, por pelo menos dois anos, cargo de direção ou gestão
superior em:
I – sociedade empresária integrante do Sistema Financeiro Nacional; ou
II – sociedade empresária cujas atividades sejam reguladas ou fiscalizadas pelo Banco Central
do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários ou pela Superintendência de Seguros
Privados; ou
III – entidades ligadas ao Banco do Brasil S.A., compreendendo suas controladas e coligadas,
direta ou indiretamente, administradas, patrocinadas e fundações; ou
IV – sociedade empresária, em atividades que guardem afinidade com as atribuições do cargo
para o qual se deu a indicação; ou
V – órgão ou entidade da administração pública cujas atividades guardem afinidade com as
atribuições do cargo para o qual se deu a indicação.
§5º Para as hipóteses objeto dos incisos I, II e IV do §4º deste artigo, a sociedade empresária
deverá apresentar capital social igual ou superior a 1% do capital social do Banco do Brasil
S.A.
§6º Ressalvam-se em relação às condições previstas nos incisos I a V do §4º deste artigo os:
I – membros da Diretoria Executiva em exercício no Banco; ou
II – ex-administradores que tenham exercido por mais de cinco anos cargo de diretor
estatutário ou de sócio-gerente em outras instituições do Sistema Financeiro Nacional,
observado o que dispõe o §5º deste artigo.
§7º Após o término da gestão, os ex-membros da Diretoria Executiva ficam impedidos, por um
período de seis meses, contados do término da gestão, se maior prazo não for fixado nas
normas regulamentares, de:
I - exercer atividades ou prestar qualquer serviço a sociedades ou entidades concorrentes das
sociedades integrantes do Conglomerado Banco do Brasil;
II - aceitar cargo de administrador ou conselheiro, ou estabelecer vínculo profissional com
pessoa física ou jurídica com a qual tenham mantido relacionamento oficial direto e relevante
nos seis meses anteriores ao término da gestão, se maior prazo não for fixado nas normas
regulamentares; e
III – patrocinar, direta ou indiretamente, interesse de pessoa física ou jurídica, perante órgão
ou entidade da Administração Pública Federal com que tenha tido relacionamento oficial direto
e relevante nos seis meses anteriores ao término da gestão, se maior prazo não for fixado nas
normas regulamentares.
14
Estatuto Social
§8º Durante o período de impedimento de que trata o §7º deste artigo, os ex-membros da Diretoria
Executiva fazem jus à remuneração compensatória equivalente à da função que ocupavam nesse
órgão, observado o disposto no §9º deste artigo.
§9º Não terão direito à remuneração compensatória de que trata o §8º deste artigo os ex-membros
do Conselho Diretor não oriundos do quadro de empregados do Banco que, respeitado o §7º,
deste artigo, optarem pelo retorno, antes do término do período de impedimento, ao desempenho
da função ou cargo, efetivo ou superior, que, anteriormente à sua investidura, ocupavam na
administração pública ou privada.
§10 Finda a gestão, os ex-membros da Diretoria Executiva oriundos do quadro de funcionários do
Banco sujeitam-se às normas internas aplicáveis a todos os empregados, observado o disposto
no §8º deste artigo.
§11 Salvo dispensa do Conselho de Administração, na forma do §13, o descumprimento da
obrigação de que trata o §7º implica, além da perda da remuneração compensatória prevista no
§8º, a devolução do valor já recebido a esse título e o pagamento de multa de 20% (vinte por
cento) sobre o total da remuneração compensatória que seria devida no período, sem prejuízo do
ressarcimento das perdas e danos a que eventualmente der causa.
§12 A configuração da situação de impedimento dependerá de prévia manifestação da Comissão
de Ética Pública da Presidência da República.
§13 O Conselho de Administração pode, a requerimento do ex-membro da Diretoria Executiva,
dispensá-lo do cumprimento da obrigação prevista no §7º, sem prejuízo das demais obrigações
legais a que esteja sujeito. Nessa hipótese, não é devido o pagamento da remuneração
compensatória a que alude o §8º, a partir da data em que o requerimento for recebido.
Vedações
Art. 25. A investidura em cargo da Diretoria Executiva requer dedicação integral, sendo vedado a qualquer
de seus membros, sob pena de perda do cargo, o exercício de atividades em outras sociedades
com fim lucrativo, salvo:
I – em sociedades subsidiárias ou controladas do Banco, ou em sociedades das quais este

participe, direta ou indiretamente, observado o §1º deste artigo; ou
II – em outras sociedades, por designação do Presidente da República, ou por autorização prévia
e expressa do Conselho de Administração.
§1º É vedado, ainda, a qualquer membro da Diretoria Executiva o exercício de atividade em
instituição ou empresa ligada ao Banco que tenha por objeto a administração de recursos de
terceiros, exceto na qualidade de membro de Conselho de Administração.
§2º Para efeito do disposto no parágrafo anterior, consideram-se ligadas ao Banco as instituições
ou empresas assim definidas pelo Conselho Monetário Nacional.
Art. 26. Serão concedidos (as):
I – afastamentos de até 30 dias, exceto licenças, aos Vice-Presidentes e Diretores, pelo
Presidente, e ao Presidente, pelo Conselho de Administração; e
II – licenças ao Presidente do Banco, pelo Ministro de Estado da Economia; aos demais membros
da Diretoria Executiva, pelo Conselho de Administração.
§1º As atribuições individuais do Presidente do Banco serão exercidas, durante seus
afastamentos e demais licenças:
I – de até trinta dias consecutivos, por um dos Vice-Presidentes por ele designado; e
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Estatuto Social
II – superiores a trinta dias consecutivos, por quem, na forma da lei, for nomeado interinamente
pelo Presidente da República.
§2º No caso de vacância, o cargo de Presidente será ocupado, até a posse do seu sucessor, pelo
Vice-Presidente mais antigo; se de igual antiguidade, pelo mais idoso.
§3º As atribuições individuais dos Vice-Presidentes e dos Diretores serão exercidas por outro
Vice-Presidente ou Diretor, respectivamente, nos casos de afastamentos e demais licenças, bem
como no caso de vacância, sendo:
I – até trinta dias consecutivos, mediante designação do Presidente;
II – superior a trinta dias consecutivos, ou em caso de vacância, até a posse do substituto eleito,
mediante designação do Presidente e homologação, dentro do período em que exercer as
funções do cargo, pelo Conselho de Administração.
§4º Nas hipóteses previstas nos §§1º a 3º deste artigo, o Vice-Presidente ou Diretor acumulará
suas funções com as do Presidente, do Vice-Presidente ou do Diretor, conforme for designado,
sem acréscimo de remuneração.
Representação e constituição de mandatários
Art. 27. A representação judicial e extrajudicial e a constituição de mandatários do Banco competem,

isoladamente, ao Presidente ou a qualquer dos Vice-Presidentes e, nos limites de suas atribuições
e poderes, aos Diretores. A outorga de mandato judicial compete ao Presidente, aos Vice-
Presidentes e ao Diretor Jurídico.
§1º Os instrumentos de mandato devem especificar os atos ou as operações que poderão ser
praticados e a duração do mandato, podendo ser outorgados, isoladamente, por qualquer membro
da Diretoria Executiva, observada a hipótese do §2º do art. 29 deste Estatuto. O mandato judicial
poderá ser por prazo indeterminado.
§2º Os instrumentos de mandato serão válidos ainda que o seu signatário deixe de integrar a
Diretoria Executiva do Banco, salvo se o mandato for expressamente revogado.
Atribuições da Diretoria Executiva
Art. 28. Cabe à Diretoria Executiva cumprir e fazer cumprir este Estatuto, as deliberações da Assembleia
Geral de Acionistas e do Conselho de Administração e exercer as atribuições que lhe forem
definidas por esse Conselho, observando os princípios de boa técnica bancária e de boas práticas
de governança corporativa, e, também, o disposto na Lei nº 6.404/76, Lei nº 13.303/16 e seu
respectivo Decreto regulamentador, demais normas aplicáveis e em seu Regimento Interno.
Competências do Conselho Diretor
Art. 29. São competências do Conselho Diretor:

I – submeter ao Conselho de Administração, por intermédio do Presidente do Banco, ou pelo
Coordenador por este designado, propostas à sua deliberação, em especial sobre as matérias
relacionadas nos incisos I, II, XII e XIII do artigo 21 deste Estatuto;
II – fazer executar as Políticas, a Estratégia Corporativa, o Plano de Investimentos, o Plano Diretor
e o Orçamento Geral do Banco;
III – aprovar e fazer executar o Plano de Negócios dos Mercados e o Acordo de Trabalho;
IV – aprovar e fazer executar a alocação de recursos para atividades operacionais e para
investimentos;
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Estatuto Social
V – autorizar a alienação de bens do ativo não circulante, a constituição de ônus reais, a prestação
de garantias a obrigações de terceiros, a renúncia de direitos, a transação e o abatimento negocial,
facultada a outorga desses poderes com limitação expressa;
VI – decidir sobre os planos de cargos, salários, vantagens e benefícios e aprovar o Regulamento
de Pessoal do Banco, observada a legislação vigente;
VII – distribuir e aplicar os lucros apurados, na forma da deliberação da Assembleia Geral de
Acionistas ou do Conselho de Administração, observada a legislação vigente;
VIII – decidir sobre a criação, instalação e supressão de sucursais, filiais ou agências, escritórios,
dependências e outros pontos de atendimento no País e no exterior, facultada a outorga desses
poderes com limitação expressa;
IX – decidir sobre a organização interna do Banco, a estrutura administrativa das diretorias e das
demais unidades e a criação, extinção e funcionamento de comitês no âmbito da Diretoria
Executiva;
X – fixar as atribuições e alçadas dos comitês e das unidades administrativas, dos órgãos regionais,
das redes de distribuição e dos demais órgãos da estrutura interna, bem como dos empregados do
Banco, facultada a outorga desses poderes com limitação expressa;
XI – autorizar, verificada previamente a segurança e a adequada remuneração em cada caso, a
concessão de créditos a entidades assistenciais e a empresas de comunicação, bem como o
financiamento de obras de utilidade pública, facultada a outorga desses poderes com limitação
expressa;
XII – decidir sobre a concessão, a fundações criadas pelo Banco, de contribuições para a
consecução de seus objetivos sociais, limitadas, em cada exercício, a 5% (cinco por cento) do
resultado operacional;
XIII – aprovar os critérios de seleção e a indicação de conselheiros e diretores, observadas as
disposições legais e regulamentares aplicáveis, para integrarem os conselhos e as diretorias de
empresas e instituições das quais o Banco, suas subsidiárias, controladas ou coligadas participem
ou tenham direito de indicar representante; e
XIV - decidir sobre situações não compreendidas nas atribuições de outro órgão de administração
e sobre casos extraordinários, no âmbito de sua competência.
§1º As decisões do Conselho Diretor obrigam toda a Diretoria Executiva.
§2º As outorgas de poderes previstas nos incisos V, VIII, X e XI deste artigo, quando destinadas a
produzir efeitos perante terceiros, serão formalizadas por meio de instrumento de mandato
assinado pelo Presidente e um Vice-Presidente ou por dois Vice-Presidentes.
Atribuições individuais dos membros da Diretoria Executiva

Art. 30. Cabe a cada um dos membros da Diretoria Executiva cumprir e fazer cumprir este Estatuto, as
deliberações da Assembleia Geral de Acionistas e do Conselho de Administração e as decisões
colegiadas do Conselho Diretor e da Diretoria Executiva, observando os princípios de boa técnica
bancária e de boas práticas de governança corporativa, e, também, o disposto na Lei nº 6.404/76,
Lei nº 13.303/16 e seu respectivo Decreto regulamentador, demais normas aplicáveis e em seu
Regimento Interno. Além disso, são atribuições:
I – do Presidente:
a) presidir a Assembleia Geral de Acionistas, convocar e presidir as reuniões do Conselho
Diretor e da Diretoria Executiva e supervisionar a sua atuação;
b) propor, ao Conselho de Administração, o número de membros da Diretoria Executiva,
indicando-lhe, para eleição, os nomes dos Vice-Presidentes e dos Diretores;
c) propor ao Conselho de Administração as atribuições dos Vice-Presidentes e dos Diretores,
bem como eventual remanejamento;
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Estatuto Social
d) supervisionar e coordenar a atuação dos Vice-Presidentes, dos Diretores e titulares de

unidades que estiverem sob sua supervisão direta;
e) nomear, remover, ceder, promover, comissionar, punir e demitir empregados, podendo
outorgar esses poderes com limitação expressa;
f) indicar, dentre os Vice-Presidentes, coordenador com a finalidade de convocar e presidir,
em suas ausências ou impedimentos, as reuniões do Conselho Diretor e da Diretoria
Executiva.
II – de cada Vice-Presidente:
a) administrar, supervisionar e coordenar as áreas que lhe forem atribuídas e a atuação dos
Diretores e dos titulares das unidades que estiverem sob sua supervisão direta;
b) coordenar as reuniões do Conselho Diretor e da Diretoria Executiva, quando designado pelo
Presidente.
III – de cada Diretor:
a) administrar, supervisionar e coordenar as atividades da diretoria e unidades sob sua
responsabilidade;
b) prestar assessoria aos trabalhos do Conselho Diretor no âmbito das respectivas atribuições;
e
c) executar outras tarefas que lhe forem atribuídas pelo membro do Conselho Diretor ao qual
estiver vinculado.
§1º O Coordenador designado pelo Presidente para convocar e presidir as reuniões do Conselho
Diretor e da Diretoria Executiva não proferirá voto de qualidade no exercício dessa função.
§2º As atribuições individuais do Presidente, dos Vice-Presidentes e dos Diretores serão
exercidas, nas suas ausências ou impedimentos, na forma do artigo 26, observado o que
dispuserem os Regimentos Internos da Diretoria Executiva e do Conselho Diretor, as normas
sobre competências, as alçadas decisórias e demais procedimentos fixados pelo Conselho
Diretor.
Funcionamento
Art. 31. O funcionamento da Diretoria Executiva e do Conselho Diretor será disciplinado por meio dos seus
Regimentos Internos, observado o disposto neste artigo.
§1º A Diretoria Executiva reunir-se-á, ordinariamente, uma vez a cada três meses e,
extraordinariamente, sempre que convocada pelo Presidente do Banco ou pelo Coordenador por
este designado.
§2º O Conselho Diretor:
I – é órgão de deliberação colegiada, devendo reunir-se, ordinariamente, pelo menos uma vez por
semana e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo Presidente ou pelo Coordenador por
este designado, sendo necessária, em qualquer caso, a presença de, no mínimo, a maioria de seus
membros;
II – as deliberações exigem, no mínimo, aprovação da maioria dos membros presentes; em caso
de empate, prevalecerá o voto do Presidente; e
III – uma vez tomada a decisão, cabe aos membros do Conselho Diretor a adoção das providências
para sua implementação.
§3º O Conselho Diretor será assessorado por uma Secretaria Executiva, cabendo ao Presidente
designar o seu titular.
Seção IV – Segregação de funções
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Estatuto Social
Art. 32. Os órgãos de Administração devem, no âmbito das respectivas atribuições, observar as seguintes
regras de segregação de funções:
I – as diretorias ou unidades responsáveis por funções relativas à gestão de riscos e controles
internos não podem ficar sob a supervisão direta de Vice-Presidente a que estiverem vinculadas
diretorias ou unidades responsáveis por atividades negociais.
II – as diretorias ou unidades responsáveis pelas atividades de análise de risco de crédito não
podem ficar sob a supervisão direta de Vice-Presidente a que estiverem vinculadas diretorias ou
unidades responsáveis por atividades de concessão de créditos ou de garantias, exceto nos casos
de recuperação de créditos; e
III – os Vice-Presidentes, Diretores ou quaisquer responsáveis pela administração de recursos
próprios do Banco não podem administrar recursos de terceiros.
Seção V – Comitês vinculados ao Conselho de Administração
Comitê de Auditoria
Art. 33. O Comitê de Auditoria, com as prerrogativas, atribuições e encargos previstos na Lei nº 13.303/16
e seu respectivo Decreto regulamentador, demais normas aplicáveis e no seu Regimento Interno,
será composto por no mínimo três e no máximo cinco membros efetivos, em sua maioria
independentes, e mandato de três anos não coincidente para cada membro.
§1º É permitida uma única reeleição, observadas as seguintes condições:
I - até 1/3 (um terço) dos membros do Comitê de Auditoria poderá ser reeleito para o mandato de
três anos;
II – os demais membros do Comitê de Auditoria poderão ser reeleitos para o mandato de dois anos.
§2º Os membros do Comitê de Auditoria serão eleitos pelo Conselho de Administração e
obedecerão as condições mínimas de elegibilidade e as vedações para o exercício da função
dispostas na Política de Indicação e Sucessão do Banco e nas normas aplicáveis, bem como ao
disposto neste Estatuto e em seu Regimento Interno, e, adicionalmente, aos seguintes critérios:
I – ao menos um membro será escolhido dentre os indicados pelos Conselheiros de Administração
eleitos pelos acionistas minoritários;
II – os demais membros serão escolhidos pelos Conselheiros de Administração indicados pela
União.
III - pelo menos um membro deverá possuir comprovados conhecimentos nas áreas de
contabilidade societária e auditoria.
IV – pelo menos um membro será um Conselheiro de Administração Independente, assim definido
no artigo 18, §7º, inc. I deste Estatuto.
§3º O mesmo membro pode acumular as características referidas nos incisos III e IV do §2º deste
artigo.
§4º O membro do Comitê de Auditoria somente poderá voltar a integrar tal órgão após decorridos,
no mínimo, três anos do final de seu mandato anterior, observado o disposto no §1º deste artigo.
§5º É indelegável a função de membro do Comitê de Auditoria.
§6º Perderá o cargo o membro do Comitê de Auditoria que deixar de comparecer, com ou sem
justificativa, a três reuniões ordinárias consecutivas ou a quatro reuniões alternadas durante o
período de doze meses, salvo motivo de força maior ou caso fortuito, e, a qualquer tempo, por
decisão do Conselho de Administração.
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Estatuto Social
§7º O Comitê de Auditoria é um órgão de caráter permanente, ao qual compete assessorar o

Conselho de Administração no que concerne ao exercício de suas funções de auditoria e
fiscalização.
§8º Cabe ao Comitê de Auditoria supervisionar permanentemente as atividades e avaliar os
trabalhos da auditoria independente, bem como exercer suas atribuições e responsabilidades junto
às sociedades controladas que adotarem o regime de Comitê de Auditoria único.
§9º Cabe, ainda, ao Comitê de Auditoria acompanhar e avaliar as atividades de auditoria interna,
avaliar e monitorar exposições de risco do Banco, acompanhar as práticas contábeis e de
transparência das informações, bem como assessorar o Conselho de Administração nas
deliberações sobre as matérias de sua competência, notadamente aquelas relacionadas com a
fiscalização da gestão do Banco e a rigorosa observância dos princípios e regras de conformidade,
responsabilização corporativa e governança.
§10 O funcionamento do Comitê de Auditoria será regulado por meio do seu Regimento Interno,
observado que:
I - reunir-se-á, no mínimo, mensalmente com o Conselho de Administração; trimestralmente com o
Conselho Diretor, com a Auditoria Interna e com a Auditoria Independente, em conjunto ou
separadamente, a seu critério; e com o Conselho de Administração ou Conselho Fiscal, sempre
que por estes solicitado, de modo que as informações contábeis sejam sempre apreciadas antes
de sua divulgação.
II – o Comitê de Auditoria deverá realizar, no mínimo, quatro reuniões mensais, podendo convidar
para participar, sem direito a voto:
a) membros do Conselho Fiscal e do Comitê de Riscos e de Capital;
b) o titular e outros representantes da Auditoria Interna; e
c) quaisquer membros da Diretoria Executiva ou empregados do Banco.
§11 A remuneração dos membros do Comitê de Auditoria, a ser definida pela Assembleia Geral,
será compatível com o plano de trabalho aprovado pelo Conselho de Administração, observado
que:
I – a remuneração dos membros do Comitê não será superior ao honorário médio percebido pelos
Diretores;
II – no caso de servidores públicos, a sua remuneração pela participação no Comitê de Auditoria
ficará sujeita às disposições estabelecidas na legislação e regulamento pertinentes;
III – o integrante do Comitê de Auditoria que for, também, membro do Conselho de Administração,
deverá receber remuneração apenas do Comitê de Auditoria.
§12 Ao término do mandato, os ex-membros do Comitê de Auditoria sujeitam-se ao impedimento
previsto no §7º do artigo 24 deste Estatuto, observados os §§8º a 13 do mesmo artigo.
§13 O Comitê de Auditoria disporá de meios para receber denúncias, inclusive sigilosas, internas e
externas ao Banco, em matérias relacionadas ao escopo de suas atividades, conforme vier a ser
estabelecido em instrumento adequado.
§14 Os membros do Comitê de Auditoria serão investidos em seus cargos independentemente da
assinatura de termo de posse, desde a data da respectiva eleição.
Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade
Art. 34. O Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade com as prerrogativas, atribuições e encargos
previstos na Lei nº 13.303/16 e seu respectivo Decreto regulamentador, demais normas e
regulamentos aplicáveis e no seu Regimento Interno, será formado por cinco membros efetivos,
com mandato de dois anos, sendo permitidas no máximo três reconduções, nos termos das normas
vigentes.
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Estatuto Social
§1º Os membros do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade serão eleitos pelo Conselho
de Administração, obedecendo as condições mínimas de elegibilidade e as vedações para o
exercício da função dispostas na Política de Indicação e Sucessão do Banco e nas normas
aplicáveis, bem como ao disposto neste Estatuto e em seu Regimento Interno.
§2º Pelo menos um dos integrantes do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade não
deverá ser membro do Conselho de Administração ou da Diretoria Executiva.
§3º Os integrantes do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade deverão possuir a
qualificação e a experiência necessárias para avaliar de forma independente as políticas de: gestão
de pessoas; remuneração de administradores; e indicação e sucessão.
§4º Perderá o cargo o membro do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade que deixar de
comparecer, com ou sem justificativa, a três reuniões consecutivas, salvo motivo de força maior ou
caso fortuito, e, a qualquer tempo, por decisão do Conselho de Administração.
§5º São atribuições do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade, além de outras previstas
na legislação própria:
I – avaliar políticas e práticas de gestão de pessoas do Banco;
II – assessorar o Conselho de Administração no estabelecimento da política de gestão de pessoas,
da política de remuneração de administradores e da política de indicação e sucessão do Banco do
Brasil;
III – exercer suas atribuições e responsabilidades relacionadas à remuneração de administradores
junto às sociedades controladas pelo Banco do Brasil que adotarem o regime de Comitê de
Remuneração único.
IV – opinar, de modo a auxiliar os acionistas na indicação de administradores, dos membros dos
comitês de assessoramento ao Conselho de Administração e Conselheiros Fiscais, sobre o
preenchimento dos requisitos e a ausência de vedações para as respectivas eleições;
V – verificar a conformidade do processo de avaliação dos administradores, dos membros dos
comitês de assessoramento ao Conselho de Administração e dos Conselheiros Fiscais.
§6º O funcionamento do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade será regulado por meio
de regimento interno aprovado pelo Conselho de Administração, observado que o Comitê reunir-
se-á:
I – no mínimo semestralmente para avaliar e propor ao Conselho de Administração a remuneração
fixa e variável dos administradores do Banco e de suas controladas que adotarem o regime de
comitê único;
II – nos três primeiros meses do ano para avaliar e propor o montante global anual de remuneração
a ser fixado para os membros dos órgãos de administração, a ser submetido às Assembleias Gerais
do Banco e das sociedades que adotarem o regime de Comitê de Remuneração único;
III – por convocação do coordenador, para opinar sobre o preenchimento dos requisitos e a
ausência de vedações dos indicados para cargos nos órgãos de administração, no Conselho Fiscal
e nos comitês de assessoramento ao Conselho de Administração;
IV – por convocação do coordenador, sempre que julgado necessário por qualquer um de seus
membros ou por solicitação da administração do Banco.
§7º Os membros do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade que forem também
integrantes de outros comitês de assessoramento ao CA, empregados do Banco ou membros da
Diretoria Executiva ou do Conselho de Administração, não receberão remuneração adicional.
§8º Os membros do Comitê de Pessoas, Remuneração e Elegibilidade serão investidos em seus
cargos independentemente da assinatura de termo de posse, desde a data da respectiva eleição.
Comitê de Riscos e de Capital
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Estatuto Social
Art. 35. O Comitê de Riscos e de Capital, com as prerrogativas, atribuições e encargos previstos nas
normas e regulamentos aplicáveis e no seu Regimento Interno, será formado por quatro membros
efetivos, com mandato de dois anos, admitidas até três reconduções consecutivas, nos termos das
normas vigentes.
§1º Os membros do Comitê de Riscos e de Capital serão eleitos e destituídos pelo Conselho de
Administração, obedecendo as condições mínimas de elegibilidade e as vedações para o exercício
da função dispostas na Política de Indicação e Sucessão do Banco e nas normas aplicáveis, bem
como ao disposto neste Estatuto e em seu Regimento Interno.
§2º São atribuições do Comitê de Riscos e de Capital, além de outras previstas na legislação
aplicável e no seu Regimento Interno:
I - assessorar o Conselho de Administração na gestão de riscos e de capital; e
II - avaliar e reportar ao Conselho de Administração relatórios que tratem de processos de gestão
de riscos e de capital.
§ 3º Os membros do Comitê de Riscos e de Capital serão investidos em seus cargos
independentemente da assinatura de termo de posse, desde a data da respectiva eleição.
Comitê de Tecnologia, Estratégia e Inovação
Art. 36. O Comitê de Tecnologia, Estratégia e Inovação com as prerrogativas, atribuições e encargos
previstos nas normas e regulamentos aplicáveis e no seu Regimento Interno, será formado por até
quatro membros efetivos, não remunerados, com mandato de dois anos, admitidas até três
reconduções consecutivas, nos termos das normas vigentes.
§1º Os membros do Comitê de Tecnologia, Estratégia e Inovação serão eleitos e destituídos pelo
Conselho de Administração, obedecendo as condições mínimas de elegibilidade e as vedações
para o exercício da função dispostas na Política de Indicação e Sucessão do Banco e nas normas
aplicáveis, bem como ao disposto neste Estatuto e em seu Regimento Interno.
§2º São atribuições do Comitê de Tecnologia, Estratégia e Inovação, além de outras previstas na
legislação aplicável e no seu Regimento Interno:
I – avaliar cenários, tendências tecnológicas e novos modelos de negócios, bem como seus
impactos sobre o comportamento do consumidor e sobre os negócios do Banco do Brasil;
II – apoiar o Conselho de Administração nas discussões sobre as estratégias de tecnologia e
inovação e emitir pareceres e recomendações para subsidiar as decisões do CA;
III – avaliar projetos, iniciativas e propostas de investimentos em tecnologia e inovação, emitindo
recomendações ao Conselho de Administração; e
IV – acompanhar a execução da Estratégia Corporativa e monitorar a performance de indicadores
e ações estratégicas, em especial os relacionados a iniciativas de tecnologia e inovação.
§3º Os membros do Comitê de Tecnologia, Estratégia e Inovação serão investidos em seus cargos
independentemente da assinatura de termo de posse, desde a data da respectiva eleição.
Seção VI – Auditoria Interna

Art. 37. O Banco disporá de uma Auditoria Interna, vinculada ao Conselho de Administração e responsável
por aferir a adequação do controle interno, a efetividade do gerenciamento dos riscos e dos
processos de governança e a confiabilidade do processo de coleta, mensuração, classificação,
acumulação, registro e divulgação de eventos e transações, visando ao preparo das demonstrações
financeiras, observadas, ainda, demais competências impostas pela Lei nº 13.303/16 e seu
respectivo Decreto regulamentador e demais normas aplicáveis.
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Estatuto Social
§1º O titular da Auditoria Interna será escolhido dentre empregados da ativa do Banco e nomeado
e dispensado pelo Conselho de Administração, observadas as disposições do artigo 22, §3º, I,
deste Estatuto.
§2º O titular da Auditoria Interna terá mandato de três anos, prorrogável por igual período. Finda a
prorrogação, o Conselho de Administração poderá, mediante decisão fundamentada, estendê-la
por mais 365 dias.
Seção VII – Ouvidoria
Art. 38. O Banco disporá de uma Ouvidoria que terá a finalidade de atuar como canal de comunicação com
clientes e usuários de produtos e serviços, permitindo-lhes buscar a solução de problemas no seu
relacionamento com o Banco do Brasil mediante registro de demandas.
§1º Além de outras previstas na legislação, constituem atribuições da Ouvidoria:
I – atender, registrar, instruir, analisar e dar tratamento formal e adequado às demandas dos clientes
e usuários de produtos e serviços;
II - prestar esclarecimentos aos demandantes acerca do andamento das demandas, informando o
prazo previsto para resposta;
III - encaminhar resposta conclusiva para a demanda no prazo previsto;
IV – propor ao Conselho de Administração medidas corretivas ou de aprimoramento dos
procedimentos e rotinas da instituição e mantê-lo informado sobre os problemas e deficiências
detectados no cumprimento de suas atribuições e sobre o resultado das medidas adotadas pelos
administradores da instituição para solucioná-los.
V - elaborar e encaminhar à Auditoria Interna, ao Comitê de Auditoria e ao Conselho de
Administração, ao final de cada semestre, relatório quantitativo e qualitativo acerca das atividades
desenvolvidas pela Ouvidoria no cumprimento de suas atribuições.
§2º A atuação da Ouvidoria será pautada pela transparência, independência, imparcialidade e
isenção, sendo dotada de condições adequadas para o seu efetivo funcionamento.
§3º A Ouvidoria terá assegurado o acesso às informações necessárias para sua atuação, podendo,
para tanto, requisitar informações e documentos para o exercício de suas atividades, observada a
legislação relativa ao sigilo bancário.
§4º O Ouvidor será empregado da ativa do Banco, detentor de função compatível com as
atribuições da Ouvidoria e terá mandato de três anos, prorrogável por igual período, sendo
nomeado e destituído, a qualquer tempo, pelo Conselho de Administração.
§5º Finda a prorrogação referida no §4º deste artigo, o Conselho de Administração poderá,
mediante decisão fundamentada, estendê-la por mais 365 dias.
§ 6º O empregado nomeado para o exercício das funções de ouvidor deverá ter aptidão em temas
relacionados à ética, aos direitos e defesa do consumidor e à mediação de conflitos.
§ 7º Constituem motivos para a destituição do Ouvidor:
I - perda do vínculo funcional com a instituição ou alteração do regime de trabalho previsto no §4º
deste artigo;
II - prática de atos que extrapolem sua competência, nos termos estabelecidos por este artigo;
III - conduta ética incompatível com a dignidade da função;
IV - outras práticas e condutas desabonadoras que justifiquem a destituição.
§ 8º No procedimento de destituição a que se referem as alíneas II, III e IV do parágrafo anterior
será assegurado o contraditório e o direito à ampla defesa.
23
Estatuto Social
§9º O empregado nomeado para o exercício das atribuições de Ouvidor não perceberá outra
remuneração além daquela prevista para a comissão que originalmente ocupa.
Seção VIII - Gestão de Riscos e Controles Internos
Art. 39. O Banco disporá de áreas dedicadas à gestão de riscos e aos controles internos, com liderança de
Vice-Presidente estatutário e independência de atuação, segundo mecanismos estabelecidos no
artigo 32 deste Estatuto, e vinculação ao Presidente do Banco.
§1º São atribuições da área responsável pela gestão de riscos, além de outras previstas na
legislação própria e nas instruções normativas do Banco, a identificação, avaliação, controle,
mitigação e monitoramento de riscos a que estão sujeitos os negócios e processos do Banco.
§2º São atribuições da área responsável pelos controles internos, além de outras previstas na
legislação própria e nas instruções normativas do Banco, a avaliação e o monitoramento da eficácia
dos controles internos e do estado de conformidade corporativo.
§3º A área responsável pelo processo de controles internos deverá se reportar diretamente ao
Conselho de Administração em situações em que se suspeite do envolvimento de integrante da
Diretoria Executiva em irregularidades ou quando um membro se furtar à obrigação de adotar
medidas necessárias em relação à situação de irregularidade a ele relatada.
CAPÍTULO VI – CONSELHO FISCAL
Composição
Art. 40. O Conselho Fiscal, com as prerrogativas, atribuições e encargos previstos na Lei nº 6.404/76, Lei
nº 13.303/16 e seu respectivo Decreto regulamentador, demais normas e regulamentos aplicáveis
e no seu Regimento Interno, funcionará de modo permanente e será constituído por cinco membros
efetivos e respectivos suplentes, eleitos pela Assembleia Geral Ordinária para um prazo de atuação
de dois anos, sendo permitidas até duas reconduções consecutivas. Fica assegurada aos
acionistas minoritários a eleição de dois membros.
§1º Podem ser membros do Conselho Fiscal pessoas naturais, residentes no País, com formação
acadêmica compatível com o exercício da função e que tenham exercido, por prazo mínimo de três
anos, cargo de direção ou assessoramento na administração pública, de conselheiro fiscal ou de
administrador de empresa, observando-se, ainda, o disposto na Lei nº 6.404/76, na Lei nº 13.303/16
e seu respectivo Decreto regulamentador, nas demais normas aplicáveis e na Política de Indicação
e Sucessão do Banco.
§2º Os representantes da União no Conselho Fiscal serão indicados pelo Ministro de Estado da
Economia, dentre os quais um representante do Tesouro Nacional, que deverá ser servidor público
com vínculo permanente com a Administração Pública.
§3º A remuneração dos conselheiros fiscais será fixada pela Assembleia Geral que os eleger.
§4º Além das pessoas a que se refere o artigo 13 deste Estatuto, não podem ser eleitos para o
Conselho Fiscal membros dos órgãos de Administração e empregados do Banco, ou de sociedade
por este controlada, e o cônjuge ou parente, até o terceiro grau, de administrador do Banco.
§5º Os membros do Conselho Fiscal serão investidos em seus cargos mediante assinatura de termo
de posse na data da eleição pela Assembleia Geral.
§6º O termo de posse mencionado no §5º deste artigo contemplará sujeição à cláusula arbitral
referida no artigo 54 deste Estatuto, em conformidade com o Regulamento do Novo Mercado da
B3.
24
Estatuto Social
Funcionamento
Art. 41. Observadas as disposições deste Estatuto, o Conselho Fiscal, por voto favorável de, no mínimo,
quatro de seus membros, elegerá o seu Presidente e aprovará o seu regimento interno.
§1º O Conselho Fiscal reunir-se-á em sessão ordinária, uma vez por mês, e, extraordinariamente,
sempre que julgado necessário por qualquer de seus membros ou pela Administração do Banco.
§2º Perderá o cargo, salvo motivo de força maior ou caso fortuito, o membro do Conselho Fiscal
que deixar de comparecer, sem justificativa, a três reuniões ordinárias consecutivas ou a quatro
reuniões ordinárias alternadas durante o prazo de atuação.
§3º Exceto nas hipóteses previstas no caput deste artigo, a aprovação das matérias submetidas
à deliberação do Conselho Fiscal exige voto favorável de, no mínimo, três de seus membros.
Art. 42. Os Conselheiros Fiscais assistirão às reuniões do Conselho de Administração em que se
deliberar sobre os assuntos em que devam opinar.
Parágrafo único. O Conselho Fiscal far-se-á representar por, pelo menos, um de seus membros
às reuniões da Assembleia Geral e responderá aos pedidos de informação formulados pelos
acionistas.
Art. 43. Os membros do Conselho Fiscal acionistas do Banco devem observar, também, os deveres
previstos no art. 17 deste Estatuto.
CAPÍTULO VII – EXERCÍCIO SOCIAL, LUCRO, RESERVAS E DIVIDENDOS
Exercício social
Art. 44. O exercício social coincidirá com o ano civil, com término no dia 31 de dezembro de cada ano.
Demonstrações financeiras
Art. 45. Serão levantadas demonstrações financeiras ao final de cada semestre e, facultativamente,
balanços intermediários em qualquer data, inclusive para pagamento de dividendos, observadas as
prescrições legais.
§1º As demonstrações financeiras trimestrais, semestrais e anuais, além dos requisitos legais e
regulamentares, devem conter:
I – balanço patrimonial consolidado, demonstrações do resultado consolidado e dos fluxos de caixa;
II – demonstração do valor adicionado;
III – comentários acerca do desempenho consolidado;
IV – posição acionária de todo aquele que detiver, direta ou indiretamente, mais de 5% (cinco por
cento) do capital social do Banco;
V – quantidade e características dos valores mobiliários de emissão do Banco de que o acionista
controlador, os administradores e os membros do Conselho Fiscal sejam titulares, direta ou
indiretamente;
VI – evolução da participação das pessoas referidas no inciso anterior, em relação aos respectivos
valores mobiliários, nos doze meses imediatamente anteriores; e
VII – quantidade de ações em circulação e o seu percentual em relação ao total emitido.
25
Estatuto Social
§2º Nas demonstrações financeiras do exercício, serão apresentados, também, indicadores e

informações sobre o desempenho socioambiental do Banco.
Art. 46. As demonstrações financeiras trimestrais, semestrais e anuais serão também elaboradas em inglês,
sendo que pelo menos as demonstrações financeiras anuais serão também elaboradas de acordo
com os padrões internacionais de contabilidade.
Destinação do lucro
Art. 47. Após a absorção de eventuais prejuízos acumulados e deduzida a provisão para pagamento do
imposto de renda, do resultado de cada semestre serão apartadas verbas que, observados os
limites e condições exigidos na legislação e demais normas aplicáveis, terão, pela ordem, a
seguinte destinação:
I – constituição de Reserva Legal;
II – constituição, se for o caso, de Reserva de Contingência e de Reservas de Lucros a Realizar;
III – pagamento de dividendos, observado o disposto nos artigos 48 e 49 deste Estatuto;
IV – do saldo apurado após as destinações anteriores:
a) constituição das seguintes Reservas Estatutárias:
1 - Reserva para Margem Operacional, com a finalidade de garantir margem operacional
compatível com o desenvolvimento das operações da sociedade, constituída pela parcela
de até 100% (cem por cento) do saldo do lucro líquido, até o limite de 80% (oitenta por
cento) do capital social;
2 - Reserva para Equalização de Dividendos, com a finalidade de assegurar recursos para
o pagamento de dividendos, constituída pela parcela de até 50% (cinquenta por cento) do
saldo do lucro líquido, até o limite de 20% (vinte por cento) do capital social;
b) demais reservas e retenção de lucros previstas na legislação.
Parágrafo único. Na constituição de reservas serão observadas, ainda, as seguintes normas:
I – as reservas e retenção de lucros de que trata o inciso IV não poderão ser aprovadas em prejuízo
da distribuição do dividendo mínimo obrigatório;
II – o saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências e de lucros a realizar, não poderá
ultrapassar o capital social;
III – as destinações do resultado, no curso do exercício, serão realizadas por proposta do Conselho
Diretor, aprovada pelo Conselho de Administração e deliberada pela Assembleia Geral Ordinária
de que trata o §1º do artigo 9º deste Estatuto, ocasião em que serão apresentadas as justificativas
dos percentuais aplicados na constituição das reservas estatutárias de que trata a alínea “a” do
inciso IV do caput deste artigo.
Dividendo obrigatório
Art. 48. Aos acionistas é assegurado o recebimento semestral de dividendo mínimo e obrigatório
equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido ajustado, como definido em lei e neste
Estatuto.
§1º O dividendo correspondente aos semestres de cada exercício social será declarado por ato
do Conselho Diretor, aprovado pelo Conselho de Administração.
26
Estatuto Social
§2º Os valores dos dividendos devidos aos acionistas sofrerão incidência de encargos financeiros
na forma da legislação aplicável, a partir do encerramento do semestre ou do exercício social em
que forem apurados até o dia do efetivo recolhimento ou pagamento, sem prejuízo da incidência
de juros moratórios quando esse recolhimento não se verificar na data fixada em lei, pela
Assembleia Geral ou por deliberação do Conselho Diretor.
§3º É admitida a distribuição de dividendos intermediários em períodos inferiores ao previsto no
caput deste artigo, observado o disposto nos artigos 21, II, “a”, 29, I e VII, e 48, §1º, deste Estatuto.
Juros sobre o capital próprio
Art. 49. Observada a legislação vigente e na forma da deliberação do Conselho de Administração, o

Conselho Diretor poderá autorizar o pagamento ou crédito aos acionistas de juros, a título de
remuneração do capital próprio, bem como a imputação do seu valor ao dividendo mínimo
obrigatório.
§1º Caberá ao Conselho Diretor fixar o valor e a data do pagamento ou crédito de cada parcela
dos juros, autorizado na forma do caput deste artigo.
§2º Os valores dos juros devidos aos acionistas, a título de remuneração sobre o capital próprio,
sofrerão incidência de encargos financeiros, na forma do artigo 48, §2º, deste Estatuto.
CAPÍTULO VIII – RELAÇÕES COM O MERCADO
Art. 50. O Banco:

I – realizará, pelo menos uma vez por ano, reunião pública com analistas de mercado, investidores
e outros interessados, para divulgar informações quanto à sua situação econômico-financeira,
bem como no tocante a projetos e perspectivas;
II – realizará, em até 5 (cinco) dias úteis após a divulgação dos resultados trimestrais,
apresentação pública sobre as informações divulgadas, a ser realizada presencialmente ou por
meio de teleconferência, videoconferência ou qualquer outro meio que permita a participação a
distância dos interessados;
III – enviará à bolsa de valores em que suas ações forem mais negociadas, além de outros
documentos a que esteja obrigado por força de lei:
a) o calendário anual de eventos corporativos;
b) programas de opções de aquisição de ações ou de outros títulos de emissão do Banco,
destinados aos seus empregados e administradores, se houver; e
c) os documentos colocados à disposição dos acionistas para deliberação na Assembleia
Geral;
IV – divulgará, em sua página na Internet, além de outras, as informações:
a) referidas nos artigos 45 e 46 deste Estatuto;
b) divulgadas nas reuniões públicas referidas nos incisos I e II deste artigo; e
c) prestadas à bolsa de valores na forma do inciso III deste artigo;
V – adotará medidas com vistas à dispersão acionária na distribuição de novas ações, tais como:
a) garantia de acesso a todos os investidores interessados; ou
b) distribuição, a pessoas físicas ou a investidores não institucionais, de, no mínimo, 10%
(dez por cento) das ações emitidas.
27
Estatuto Social
Parágrafo único. O disposto no inciso V não se aplica às ofertas públicas de distribuição de ações
com esforços restritos.
CAPÍTULO IX – DISPOSIÇÕES ESPECIAIS
Ingresso nos quadros do Banco
Art. 51. Só a brasileiros será permitido ingressar no quadro de empregados do Banco no País.
Parágrafo único. Os portugueses residentes no País poderão também ingressar nos serviços e
quadros do Banco, desde que amparados por igualdade de direitos e obrigações civis e estejam
no gozo de direitos políticos legalmente reconhecidos.
Art. 52. O ingresso no quadro de empregados do Banco dar-se-á mediante aprovação em concurso público.
§1º Os empregados do Banco estão sujeitos à legislação do trabalho e aos regulamentos internos
da Companhia.
§2º Poderão ser contratados, a termo e demissíveis “ad nutum”, profissionais para exercerem as
funções de assessoramento especial ao Presidente, observada a dotação máxima de três
Assessores Especiais do Presidente e um Secretário Particular do Presidente.
Publicações oficiais
Art. 53. O Conselho Diretor fará publicar, no sítio eletrônico da empresa na internet, o Regulamento de
Licitações do Banco do Brasil, observadas as disposições legais e as melhores práticas
empresarias de contratação preferencial de empresas de que participa.
Arbitragem
Art. 54. O Banco, seus acionistas, administradores e membros do Conselho Fiscal, efetivos e suplentes,
obrigam-se a resolver, por meio de arbitragem, perante a Câmara de Arbitragem do Mercado, na
forma de seu regulamento, toda e qualquer disputa ou controvérsia que possa surgir entre eles,
relacionada ou oriunda da sua condição de emissor, acionistas, administradores e membros do
Conselho Fiscal, e em especial, decorrentes das disposições contidas na Lei 6.385/76, na Lei
6.404/76, no Estatuto Social do Banco, nas normas editadas pelo Conselho Monetário Nacional,
pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários, bem como nas demais
normas aplicáveis ao funcionamento do mercado de valores mobiliários em geral, além daquelas
constantes do Regulamento do Novo Mercado, dos demais regulamentos da B3 e do contrato de
participação no Novo Mercado.
§1º O disposto no caput não se aplica às disputas ou controvérsias que se refiram às atividades
próprias do Banco, como instituição integrante do Sistema Financeiro Nacional, e às atividades
previstas no artigo 19 da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964, e demais leis que lhe atribuam
funções de agente financeiro, administrador ou gestor de recursos públicos.
§2º Excluem-se, ainda, do disposto no caput, as disputas ou controvérsias que envolvam direitos
indisponíveis.
Defesa e contratação de seguro

Art. 55. O Banco, assegurará aos integrantes e ex-integrantes do Conselho de Administração, do Conselho
Fiscal, da Diretoria Executiva e dos demais órgãos de assessoramento técnicos ou consultivos
criados por este Estatuto, bem como aos seus empregados, a defesa em processos judiciais,
administrativos e arbitrais contra eles instaurados pela prática de atos no exercício de cargo ou
função, desde que, na forma definida pelo Conselho de Administração, não haja incompatibilidade
com os interesses do Banco, de suas subsidiárias integrais, controladas ou coligadas.
28
Estatuto Social
Parágrafo único. O Banco contratará seguro de responsabilidade civil em favor de integrantes e

ex-integrantes dos órgãos estatutários identificados no caput, obedecidos a legislação e os
normativos aplicáveis.
CAPÍTULO X – OBRIGAÇÕES DO ACIONISTA CONTROLADOR
Alienação de controle
Art. 56. A alienação do controle acionário do Banco, direta ou indireta, tanto por meio de uma única
operação, quanto por meio de operações sucessivas, somente poderá ser contratada sob a
condição, suspensiva ou resolutiva, de que o adquirente se obrigue a, observando as condições e
prazos previstos na legislação vigente e no Regulamento do Novo Mercado da B3, fazer oferta
pública de aquisição das ações tendo por objeto as ações de emissão do Banco de titularidade dos
demais acionistas, de forma a lhes assegurar tratamento igualitário àquele dado ao acionista
controlador alienante.
Parágrafo único. No caso de alienação indireta de controle, o adquirente deve divulgar o valor
atribuído ao Banco para os efeitos de definição do preço da oferta pública de aquisição das ações
bem como divulgar a demonstração justificada desse valor.
Fechamento de capital
Art. 57. Na hipótese de fechamento de capital do Banco e consequente cancelamento do registro de

companhia aberta, deverá ser ofertado um preço mínimo às ações, correspondente ao preço justo
apurado por empresa especializada escolhida pela Assembleia Geral, na forma da legislação
aplicável e conforme previsto no Parágrafo único do artigo 10 deste Estatuto.
§1º Os custos com a contratação da empresa especializada de que trata o caput deste artigo serão
suportados pelo acionista controlador.
§2º O laudo de avaliação destinado a apurar o preço justo do Banco será elaborado por instituição
ou empresa especializada, com experiência comprovada e independência quanto ao poder de
decisão do Banco, de seus administradores e/ou do(s) acionista(s) controlador(es), além de
satisfazer os requisitos do §1º do artigo 8º da Lei nº 6.404/76, e conter a responsabilidade prevista
no Parágrafo 6º desse mesmo artigo.
Saída do Novo Mercado
Art. 58. Observado o disposto no Regulamento do Novo Mercado, na legislação e na regulamentação em

vigor, a saída do Banco do Novo Mercado pode ocorrer:
I – de forma voluntária, em decorrência da decisão do Banco;
II – de forma compulsória, em decorrência do descumprimento de obrigações do Regulamento do
Novo Mercado; ou
III – em decorrência do cancelamento de registro de companhia aberta do Banco ou da conversão
de categoria do registro na Comissão de Valores Mobiliários – CVM.
§1º A saída do Banco do Novo Mercado, somente será deferida pela B3 caso seja precedida de
oferta pública de aquisição das ações que observe os procedimentos previstos na
regulamentação editada pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM e as disposições do
Regulamento do Novo Mercado.
29
Estatuto Social
§2º A saída voluntária do Banco do Novo Mercado pode ocorrer independentemente da realização
da oferta pública de aquisição das ações mencionada no §1º deste artigo, na hipótese de dispensa
aprovada pela Assembleia Geral.
Reorganização Societária
Art. 59. Na hipótese de reorganização societária que envolva a transferência da base acionária do Banco,
as sociedades resultantes devem pleitear o ingresso no Novo Mercado em até 120 (cento e vinte)
dias da data da Assembleia Geral que deliberou a referida reorganização.
Parágrafo único. Caso a reorganização envolva sociedades resultantes que não pretendam
pleitear o ingresso no Novo Mercado, a maioria dos titulares das ações em circulação da
companhia presentes na Assembleia Geral deve dar anuência a essa estrutura.
Ações em circulação
Art. 60. O acionista controlador promoverá medidas tendentes a manter em circulação, no mínimo, 25%
(vinte e cinco por cento) das ações de emissão do Banco.
Brasília (DF), 27 de novembro de 2019.
30
PODER JUDICIÁRIO
Tribunal Regional Federal da 3Âª RegiÃ£o
2Âª Turma

Advogado do(a) AGRAVANTE: HYAGO ALVES VIANA - DF49122-A
PODER JUDICIÁRIO
2ª Turma

RELATÓRIO

básica.

foi admitida.
Com contrarrazões.
Foi prolatado acórdão pela presente Turma dando provimento ao agravo de

instrumento e julgando prejudicado o agravo interno.
Contra tal decisão o Banco do Brasil opôs embargos de declaração, nos

quais argumenta que “antes da publicação do acórdão supracitado, em 09/12/2021, foi
publicada a sentença que DENEGOU a segurança ao Mandado de Segurança”, daí por
que o agravo de instrumento teria perdido seu objeto.
Sem contrarrazões.
É o relatório.
PODER JUDICIÁRIO
2ª Turma

VOTO
O Exmo. Sr. Desembargador Federal COTRIM GUIMARÃES (Relator) -
Tendo em vista a superveniência de sentença no feito de origem, é o caso

de julgar prejudicado este agravo de instrumento.
Neste sentido:
AGRAVO LEGAL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO

PREJUDICADO EM RAZÃO DE SENTENÇA DE MÉRITO PROFERIDA NA AÇÃO
ORIGINAL. PERDA DO OBJETO. DISCUSSÃO DA MATÉRIA EM SEDE DE
APELAÇÃO OU REEXAME NECESSÁRIO. AGRAVO IMPROVIDO. I - Perde o
objeto o agravo de instrumento por ter sido proferida sentença de mérito na ação
principal. II - A matéria veiculada no presente feito poderá ser discutida em sede de
apelação ou reexame necessário. III - Agravo legal improvido. (TRF 3ª Região,
SEGUNDA TURMA, AI - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 160886 -
0033677-31.2002.4.03.0000, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL COTRIM
GUIMARÃES, julgado em 09/02/2010, e-DJF3 Judicial 1 DATA:25/02/2010
PÁGINA: 140)
DIREITO PROCESSUAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. SENTENÇA PROFERIDA
NO FEITO ORIGINÁRIO. PERDA DO OBJETO DO AGRAVO. OCORRÊNCIA. 1.
Está pacificada no âmbito jurisprudencial a adoção do critério da cognição, de modo
que a prolação de sentença pelo juízo de primeiro grau implica perda do objeto
(carência superveniente) do agravo de instrumento interposto em face de decisão
apreciadora de tutela antecipada ou medida liminar. 2. O presente agravo de
instrumento resta prejudicado em razão da carência superveniente decorrente da
prolação de sentença de mérito na ação na qual proferida a decisão interlocutória
agravada, visto que esta, cuja cognição é de natureza sumária, foi substituída pela
sentença, provimento judicial que consubstancia um juízo de cognição exauriente.
3. Agravo de instrumento prejudicado. (TRF 3ª Região, 3ª Turma, AI - AGRAVO DE
INSTRUMENTO - 5015558-72.2018.4.03.0000, Rel. Desembargador Federal
CECILIA MARIA PIEDRA MARCONDES, julgado em 06/12/2018, e - DJF3 Judicial
1 DATA: 12/12/2018)
Ante o exposto, acolho os embargos de declaração para julgar

prejudicado o presente agravo de instrumento.
É o voto.
EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
PROCESSO CIVIL. TUTELA DE URGÊNCIA. SENTENÇA SUPERVENIENTE
PROFERIDA NA ORIGEM. AGRAVO DE INSTRUMENTO PREJUDICADO.
1. Tendo em vista a superveniência de sentença no feito de origem, é o

caso de julgar prejudicado o presente agravo de instrumento. Precedentes.
2. Embargos de declaração acolhidos para julgar prejudicado o presente

agravo de instrumento.
ACÓRDÃO
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, a Segunda Turma
decidiu, por unanimidade, acolher os embargos de declaraÃ§Ã£o para julgar prejudicado o
presente agravo de instrumento, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo parte
integrante do presente julgado.
EMENTA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.

PROCESSO CIVIL. TUTELA DE URGÊNCIA. SENTENÇA SUPERVENIENTE
PROFERIDA NA ORIGEM. AGRAVO DE INSTRUMENTO PREJUDICADO.
1. Tendo em vista a superveniência de sentença no feito de origem, é o

caso de julgar prejudicado o presente agravo de instrumento. Precedentes.
2. Embargos de declaração acolhidos para julgar prejudicado o presente

agravo de instrumento.
PODER JUDICIÁRIO
2ª Turma

RELATÓRIO

básica.

foi admitida.
Com contrarrazões.
Foi prolatado acórdão pela presente Turma dando provimento ao agravo de
instrumento e julgando prejudicado o agravo interno.
Contra tal decisão o Banco do Brasil opôs embargos de declaração, nos

quais argumenta que “antes da publicação do acórdão supracitado, em 09/12/2021, foi
publicada a sentença que DENEGOU a segurança ao Mandado de Segurança”, daí por
que o agravo de instrumento teria perdido seu objeto.
Sem contrarrazões.
É o relatório.
PODER JUDICIÁRIO
2ª Turma

VOTO
O Exmo. Sr. Desembargador Federal COTRIM GUIMARÃES (Relator) -
Tendo em vista a superveniência de sentença no feito de origem, é o caso

de julgar prejudicado este agravo de instrumento.
Neste sentido:
AGRAVO LEGAL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO

PREJUDICADO EM RAZÃO DE SENTENÇA DE MÉRITO PROFERIDA NA AÇÃO
ORIGINAL. PERDA DO OBJETO. DISCUSSÃO DA MATÉRIA EM SEDE DE
APELAÇÃO OU REEXAME NECESSÁRIO. AGRAVO IMPROVIDO. I - Perde o
objeto o agravo de instrumento por ter sido proferida sentença de mérito na ação
principal. II - A matéria veiculada no presente feito poderá ser discutida em sede de
apelação ou reexame necessário. III - Agravo legal improvido. (TRF 3ª Região,
SEGUNDA TURMA, AI - AGRAVO DE INSTRUMENTO - 160886 -
0033677-31.2002.4.03.0000, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL COTRIM
GUIMARÃES, julgado em 09/02/2010, e-DJF3 Judicial 1 DATA:25/02/2010
PÁGINA: 140)
DIREITO PROCESSUAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. SENTENÇA PROFERIDA

NO FEITO ORIGINÁRIO. PERDA DO OBJETO DO AGRAVO. OCORRÊNCIA. 1.
Está pacificada no âmbito jurisprudencial a adoção do critério da cognição, de modo
que a prolação de sentença pelo juízo de primeiro grau implica perda do objeto
(carência superveniente) do agravo de instrumento interposto em face de decisão
apreciadora de tutela antecipada ou medida liminar. 2. O presente agravo de
instrumento resta prejudicado em razão da carência superveniente decorrente da
prolação de sentença de mérito na ação na qual proferida a decisão interlocutória
agravada, visto que esta, cuja cognição é de natureza sumária, foi substituída pela
sentença, provimento judicial que consubstancia um juízo de cognição exauriente.
3. Agravo de instrumento prejudicado. (TRF 3ª Região, 3ª Turma, AI - AGRAVO DE
INSTRUMENTO - 5015558-72.2018.4.03.0000, Rel. Desembargador Federal
CECILIA MARIA PIEDRA MARCONDES, julgado em 06/12/2018, e - DJF3 Judicial
1 DATA: 12/12/2018)
Ante o exposto, acolho os embargos de declaração para julgar

prejudicado o presente agravo de instrumento.
É o voto.

Fiesmed - 2021

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Justiça Federal da 3ª Região

PJe - Processo Judicial Eletrônico

PATRÍCIA PINHEIRO CABRAL, brasileira, solteira, médica, inscrita no RG n.º

em face do FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO autarquia

A Autora (Doc.02), firmou com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da

Autor Agente Financeiro

Banco: BANCO DO BRASIL

A Autora que se formou médica pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás em

Art. 6o-B. O Fies poderá abater, na forma do regulamento, mensalmente,

“§ 3o O estudante graduado em Medicina que optar por ingressar em

A regulamentação do supracitado benefício se deu através da Portaria Normativa

Art. 6o O período de carência estendido de que trata o §3odo art. 6o -B da

A autora por preencher os requisitos, solicitou em 25 de março de 2021 a carência

“Informamos que o Ministério da Saúde recebeu a solicitação do médico.

Excelência, esse é o ponto controvertido da presente, ÁREA CIRÚRGICA

Portanto, considerando o início das cobranças, e especialmente pelo fato de suas

1. DA ILEGALIDADE DA NEGATIVA AO PEDIDO DE CARÊNCIA

O direito à educação está capitulado na Constituição Federal, e é tratado como

Art. 6o-B. O Fies poderá abater, na forma do regulamento, mensalmente,

“§ 3o O estudante graduado em Medicina que optar por ingressar

O rol de especialidades médicas prioritárias está previsto no anexo II da Portaria

Conforme se observa do rol acima transcrito, há na descrição das especialidades

De outro lado, cumpre também esclarecer a necessidade de formação prévia em

Isto se dá em razão de que o próprio Ministério da Educação, através da

Com a vigência no ano de 2019 da Resolução nº 48, de 28 de junho de 2018, que

Ora, se o intuito do Poder Público importa em fomentar existência de médicos que

Excelência, o Poder Público alterou o programa de residência em cirurgia geral,

Período de carência Área cirúrgica básica – pré Art. 7 § 1o da Portaria

Na prática a negativa da forma que foi feita inviabiliza a concessão do benefício a

Nesse sentido, cita-se brilhante entendimento do Exmo. Sr Desembargador João

“ No que diz respeito à especialidade cursada pelo autor, e conforme já

(AI 1041959-02.2019.4.01.0000, DESEMBARGADOR FEDERAL

Cumpre esclarecer, ainda, que a grade curricular do médico participante, seja da

(...) é forçoso reconhecer que o ingresso do profissional da medicina

Isto porque, nos termos das referidas normas acima transcritas, o

Assim, é de se verificar que a carência contratual normalmente é de

ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. ENSINO

ADMINISTRATIVO. FIES. PRORROGAÇÃO DO PRAZO DE

2. Com efeito, a norma em comento garante aos estudantes graduados

Diante do exposto, considerando todos os elementos já apresentados, importa na

Mesmo porque, apenas uma mensalidade do respectivo financiamento, compromete

Registra-se que, bem como a realidade empírica da residência médica, a residente

Por este motivo, a Autora pleiteou, ainda de forma administrativa, a concessão da

3. DA AFRONTA ÀS NORMAS CONSTITUCIONAIS.

Como é comumente sabido, dentre os diversos Direitos Fundamentais garantidos

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer

Cumpre também mencionar que, em se tratando de Direitos Fundamentais, o acesso

“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,

No caso dos autos, se mostra evidente que as Requeridas estão negligenciando o

III. DA TUTELA DE URGÊNCIA.

Destaca-se ainda, a possibilidade de reversibilidade da decisão, posto que na

IV. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS.

Diante do exposto, requer:

a) Seja concedida a tutela de urgência antecipada em caráter de liminar para DETERMINAR

Dá-se à causa o valor de R$ 1.045,00 para fins fiscais.

Brasília-DF, 31 de julho de 2021.

Hyago Alves Viana

45531137 25720650 26 JUL 2021 80,48 110 30

17 JUN 2021 323542004 B 75,86 12% 9,09

0699 PIS/PASEP (0,59%) 0,42 12% 0,05 0,42

0807 COSIP - SÃO PAULO - MUNICIPAL 9,66

0999 DMIC ABRIL/2021 5,04-

Tarifas aplicadas (sem impostos)