Você está na página 1de 123

Tribunal de Justiça do Piauí

PJe - Processo Judicial Eletrônico

24/10/2022

Número: 0802176-73.2022.8.18.0032
Classe: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL
Órgão julgador: 1ª Vara da Comarca de Picos
Última distribuição : 06/05/2022
Valor da causa: R$ 13.979,36
Assuntos: Empréstimo consignado
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM
Partes Procurador/Terceiro vinculado
FRANCISCO FELIX DE MOURA (AUTOR) LUIS ROBERTO MOURA DE CARVALHO BRANDAO
(ADVOGADO)
HENRY WALL GOMES FREITAS (ADVOGADO)
BANCO BRADESCO S.A. (REU) ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO (ADVOGADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
31799 05/10/2022 22:37 Sentença Sentença
388
31520 05/09/2022 11:05 Certidão Certidão
434
30802 17/08/2022 18:05 link de acesso a mídia de audiência Certidão
600
30795 17/08/2022 16:35 Ata da Audiência Ata da Audiência
685
30767 17/08/2022 10:30 Petição Petição
391
30768 17/08/2022 10:30 Replica a contestacao -FRANCISCO FELIX DE Petição
043 MOURA- ausencia de contrato e TED (1)
30764 17/08/2022 10:07 Petição Petição
669
30764 17/08/2022 10:07 petição informando dados para realização de Petição
672 audiência por videoconferência - FRANCISCO
30764 17/08/2022 10:07 Substabelecimento com reserva de poderes - Documentos
673 FRANCISCO
30738 16/08/2022 15:12 PROCURAÇÕES OU SUBSTABELECIMENTOS PROCURAÇÕES OU
259 SUBSTABELECIMENTOS
30738 16/08/2022 15:12 CP - BANCO BRADESCO - Atualizada Documentos
262
30738 16/08/2022 15:12 SUBS - BANCO BRADESCO - Atualizada Documentos
263
30011 27/07/2022 11:30 Diligência Diligência
205
30011 27/07/2022 11:30 francisco 2176 Diligência
207
29129 04/07/2022 19:18 CONTESTAÇÃO CONTESTAÇÃO
784
29129 04/07/2022 19:18 bra-cestas-encargo-iof-parc-cred-pess-banco- CONTESTAÇÃO
786 bradesco-3-1656942405-1656943195
29130 04/07/2022 19:18 log-1654602423-1656943193 DOCUMENTO COMPROBATÓRIO
397
29130 04/07/2022 19:18 extrato-1656943194 DOCUMENTO COMPROBATÓRIO
408
28593 17/06/2022 19:38 Petição Petição
396
28593 17/06/2022 19:38 cumprimento-francisco_1 DOCUMENTO COMPROBATÓRIO
397
28526 15/06/2022 09:27 Sistema Sistema
286
28526 15/06/2022 09:27 Intimação Intimação
283
28506 14/06/2022 15:37 Link de acesso a mídia de audiência Certidão
921
28498 14/06/2022 13:45 Ata da Audiência Ata da Audiência
680
28466 14/06/2022 02:25 Documentos Documentos
258
28466 14/06/2022 02:25 carta de preposicao_Nicole Spencer---- Documentos
259
28466 14/06/2022 02:25 substabelecimento_Hilton Pereira de Lima Júnior Documentos
260
27551 20/05/2022 10:32 Habilitação nos autos Petição
741
27552 20/05/2022 10:32 protocolo-carol-habilitacao-2635623_1652901011 Petição
198
27552 20/05/2022 10:32 ata-diretoria-banco-bradesco-sa_4 Documentos
199
27552 20/05/2022 10:32 do-pg-0023_3 Documentos
200
27552 20/05/2022 10:32 procuracao-bradesco-1_2 Procuração
204
27136 10/05/2022 11:02 Contrafé eletrônica Contrafé eletrônica
204
27041 10/05/2022 09:43 Decisão Decisão
902
27034 06/05/2022 12:56 Petição Inicial Petição Inicial
892
27035 06/05/2022 12:56 03 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS Petição
343 - ANALFABETO - EMPRÉSTIMO CONSIGNADO
ATIVO
27035 06/05/2022 12:56 documentos pessoais Documentos
345
27035 06/05/2022 12:56 extrato consig Comprovante
347
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
1ª Vara da Comarca de Picos
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-470

PROCESSO Nº: 0802176-73.2022.8.18.0032


CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)
ASSUNTO(S): [Empréstimo consignado]
AUTOR: FRANCISCO FELIX DE MOURA
REU: BANCO BRADESCO S.A.

SENTENÇA

1-RELATÓRIO
FRANCISCO FELIX DE MOURA ingressou com AÇÃO DECLARATÓRIA DE
NULIDADE NEGÓCIO JURÍDICO CC REPETIÇÃO DE INDÉBITO CC COM
DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA em face de BANCO
BRADESCO S/A, partes qualificadas.
Colhe-se da inicial que a parte requerente é analfabeta, tendo como única fonte de
renda benefício previdenciário. Que foi surpreendida com descontos de
empréstimo consignado n°0123419505755. Que suspeita de fraude.
E, ao final, requer a concessão da gratuidade judiciária, deferimento do pedido de
tutela antecipada para interrupção dos descontos, a inversão do ônus da prova e
procedência total da ação com declaração de nulidade do contrato
n°0123419505755, restituição em dobro dos valores descontados, indenização em
danos morais no valor de R$10.000,00 (dez mil reais) e condenação em custas e
honorários. Com a inicial vieram documentos.
Em pronunciamento judicial ID27041902, concedeu-se a gratuidade judiciária,
deferiu-se a prioridade da ação com base no art. 71, do Estatuto do Idoso,
concedeu-se a antecipação dos efeitos da tutela e decretou-se a inversão do ônus
da prova com fulcro no artigo 6°, VIII, do CDC.
Ausente a parte autora em audiência de instrução e julgamento, conforme consta
em ata ID28498680, tendo sido intimado pessoalmente ID30011207.
O BANCO BRADESCO S.A informa o cumprimento da liminar ID28593397 e
apresenta contestação sob ID29129786, arguindo preliminares de falta de
interesse de agir ante a ausência de pretensão resistida e conexão com os autos
de n°s 0802178-43.2022.8.18.0032, 0802173-21.2022.8.18.0032, 0802177-
58.2022.8.18.0032, 0802175-88.2022.8.18.0032, 0802629-68.2022.8.18.0032. Em
síntese, assim disserta “Contrato nº 419505755, firmado em 13/10/2020, no valor
de R$ 4.796,82, para pagamento em 84 parcelas de R$ 117,04, tendo parte do
valor sido utilizado para quitar o saldo devedor do contrato nº 418805606 e o saldo
remanescente sido liberado em favor da Parte Autora”. Diz que a contratação
ocorreu através de cartão, senha/biometria, não havendo via física para esse tipo
de contratação. Diz que o contrato objeto da lide goza de legalidade. Impugna os
pedidos indenizatórios formulados na inicial. Ao final, requer o acolhimento das
preliminares arguidas ou a improcedência total da ação.
O autor apresenta réplica ID30768043, reiterando termos de sua peça de ingresso,
apontando para a ausência do contrato e comprovante de disponibilização do
valor.
Termo de audiência de instrução e julgamento ID30795685, colhido o depoimento
do autor que assim respondeu às perguntas: Que confirma os poderes outorgados

Assinado eletronicamente por: FABRICIO PAULO CYSNE DE NOVAES - 05/10/2022 22:37:27 Num. 31799388 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22100522372749200000029944194
Número do documento: 22100522372749200000029944194
à advogada na procuração acostada à inicial. Que não celebrou contrato e nem
recebeu o valor respectivo. Que não sabe ler nem escrever. Que sabe assinar,
mas assina ruim. Na oportunidade, as partes afirmaram não haver mais provas a
produzir e afirmaram que suas alegações finais são remissivas às peças de
ingresso.
São os fatos, decido.
2- FUNDAMENTAÇÃO
PRELIMINARES
FALTA DE INTERESSE DE AGIR POR AUSÊNCIA DE PRETENSÃO RESISTIDA
Sustenta a parte requerida a ausência de interesse de agir da parte requerente por
não ter intentado iniciativa extrajudicial no sentido de resolver a questão exposta
nos autos.
Ao contrário do que afirma a parte requerida, mostra-se desnecessário, no
presente caso, o esgotamento da via administrativa para ajuizamento de ação
judicial, valendo aqui a observância ao princípio da inafastabilidade da jurisdição,
previsto no artigo 5º, inciso XXXV da CF.
Ademais, não apresenta a parte requerida proposta de composição amigável nos
presentes autos.
Destarte, rejeito a preliminar suscitada.
CONEXÃO
Nos presentes autos discute-se negócio jurídico diverso daqueles existentes nos
autos de n°s 0802178-43.2022.8.18.0032, 0802173-21.2022.8.18.0032, 0802177-
58.2022.8.18.0032, 0802175-88.2022.8.18.0032, 0802629-68.2022.8.18.0032, os
quais possuem suas peculiaridades tanto no momento da contratação quanto da
execução, logo os contratos contestados em cada ação também são distintos.
Assim, não vislumbrando a possibilidade de prolação de decisões conflitantes,
rejeito a preliminar suscitada.
MÉRITO
Pretende a autora a anulação do contrato de empréstimo n°0123419505755,
gerado em seu nome, bem como a condenação do requerido ao pagamento de
indenização por danos materiais e morais, repetição indébito, sustentando a
responsabilidade do requerido por cobrança de empréstimos em contratos que há
suspeita de fraude.
A parte contestante, por sua vez, sustenta a legalidade do negócio jurídico
entabulado, afirmando que foram obedecidas as formalidades previstas em lei e
que os valores foram disponibilizados à requerente. Fundamenta sua defesa, ainda
mais, argumentando que não há danos morais e materiais a serem indenizados.
Todavia, apesar de afirmar que o contrato objeto da ação foi celebrado e sustentar
a legalidade de sua conduta, não juntou cópia do contrato. Lado outro, diz que o
contrato foi celebrado mediante cartão, senha/biometria, porém não acosta aos
autos demonstrativo da operação.
Assim, diante da inexistência dos contratos supostamente celebrados entre os ora
litigantes, afigura-se incontroverso o fato de que a parte autora não manteve
qualquer relação contratual com o requerido, inexistindo, assim, a obrigação de
pagar.
Verifica-se, assim, através dos documentos acostados aos autos, que o requerido
agiu de maneira ilícita, pois a parte requerente não firmou contrato de empréstimo
com o requerido, não podendo a instituição financeira ré efetuar descontos em seu
benefício, o que caracterizou ato ilícito do banco demandado.
No caso em tela, o que se verifica é que houve falha na prestação do serviço por
parte do requerido, que é, portanto, responsável pelos danos causados ao autor.
Ademais, no caso sub examine aplica-se o art.14 do Código de Defesa do
Consumidor, que prevê a responsabilidade civil objetiva, veja-se:

Assinado eletronicamente por: FABRICIO PAULO CYSNE DE NOVAES - 05/10/2022 22:37:27 Num. 31799388 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22100522372749200000029944194
Número do documento: 22100522372749200000029944194
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos
à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas
sobre sua fruição e riscos. § 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a
segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as
circunstâncias relevantes, entre as quais: I - o modo de seu fornecimento; II - o
resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi
fornecido. § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas
técnicas. § 3º O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando
provar: I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; II - a culpa exclusiva do
consumidor ou de terceiros. § 4º A responsabilidade pessoal dos profissionais
liberais será apurada mediante a verificação de culpa.
O fornecedor de serviços responde, independentemente de existência de culpa,
pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à
prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas
sobre fruição e riscos. Sendo assim, não há que se discutir culpa do requerido, já
que responde perante os consumidores independentemente de culpa, devendo,
portanto, restituir à autora os valores pagos indevidamente.
Ademais, denota-se que a instituição financeira agiu indevidamente ao debitar
valores no benefício previdenciário do autor. E, ainda, o réu efetuou o desconto, o
qual só poderia ser efetuado com base num contrato válido que o autorizasse.
Dessa maneira, não havendo tal autorização, o desconto é ilegal, padecendo de
invalidade.
É nesse sentido a jurisprudência, verbis:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. EMPRÉSTIMO
CONSIGNADO. INEXISTÊNCIA DO CONTRATO OBJETO DA LIDE. AUSÊNCIA
DE PROVA DO REPASSE, À APELANTE, DO VALOR SUPOSTAMENTE
CONTRATADO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA. MÁ-FÉ CARACTERIZADA. RESTITUIÇÃO EM DOBRO. DANOS
MORAIS DEVIDOS. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO.1 – Considerando a
hipossuficiência da apelante, incidindo sobre a lide a inversão do ônus da prova,
incumbia ao apelado comprovar a existência da relação jurídica entre as partes
litigantes e, ainda, o repasse do valor supostamente contratado à conta bancária
de titularidade da recorrente, na forma prevista no art. 6º, VIII, do CDC, o que não o
fez.2 - Os transtornos causados à apelante, em razão dos descontos indevidos,
são inegáveis e extrapolam os limites do mero dissabor, sendo desnecessária,
pois, a comprovação específica do prejuízo.3 - A restituição em dobro, no caso, é
medida que se impõe.4 - Observados os princípios da razoabilidade e da
proporcionalidade, razoável a quantia de R$ 3.000,00 (três mil reais) e acréscimos
legais, a título de danos morais.5 - Recurso conhecido e provido. Sentença
reformada. (TJPI | Apelação Cível Nº 2018.0001.003655-2 | Relator: Des. Fernando
Lopes e Silva Neto | 4ª Câmara Especializada Cível | Data de Julgamento:
25/09/2018).
RECURSO INOMINADO. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE
NEGÓCIO JURÍDICO C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO E INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO. ANALFABETA. SEM
CONTRATO. SEM PROCURAÇÃO. DESCONTOS INDEVIDOS. SENTENÇA DE
IMPROCEDÊNCIA. REFORMA. FRAUDE. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
BANCO. RESTITUIÇÃO EM DOBRO DO VALOR INDEVIDAMENTE
DESCONTADO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. Sentença reformada.
Recurso conhecido e parcialmente provido. (TJ-PA - RI: 00038671120168140087
BELÉM, Relator: TANIA BATISTELLO, Data de Julgamento: 21/02/2018, TURMA
RECURSAL PERMANENTE, Data de Publicação: 26/02/2018).

Assinado eletronicamente por: FABRICIO PAULO CYSNE DE NOVAES - 05/10/2022 22:37:27 Num. 31799388 - Pág. 3
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22100522372749200000029944194
Número do documento: 22100522372749200000029944194
Assim, delimitada a responsabilidade do requerido, passo à análise do pedido de
repetição de indébito e dos danos morais.
REPETIÇÃO DO INDÉBITO
Tenho que procede a repetição do indébito, ou seja, dos descontos efetuados na
aposentadoria do requerente, referente ao contrato n°0123419505755, deve-se,
portanto, as importâncias descontadas pela instituição financeira serem restituídas
em dobro na seguinte forma: 17 (dezessete) parcelas, data compreendida entre
01.2021 a 05.2022, no valor de R$117,04 (cento e dezessete reais e quatro
centavos) que somam a quantia de R$1.989,68 (mil, novecentos e oitenta e nove
reais e sessenta e oito centavos) restituídos em dobro no valor de R$3.979,36 (três
mil, novecentos e setenta e nove reais e trinta e seis centavos), todavia, deve ser
descontado o valor de R$730,45 (setecentos e trinta reais e quarenta e cinco
centavos), pois conforme extrato bancário colacionado a defesa o autor recebeu
essa quantia em sua conta. Assim, o valor a ser restituído a título de danos
materiais é o valor de R$3.248,91 (três mil, duzentos e quarenta e oito reais e
noventa e um centavos).
DANO MORAL
Os danos morais surgem em decorrência de uma conduta ilícita ou injusta, que
venha a causar forte sentimento negativo em qualquer pessoa do senso comum,
como vexame, constrangimento, humilhação, dor.
Isso se vislumbra no caso dos autos, uma vez que causou angústia e desequilíbrio
no bem-estar da requerente. Neste contexto, o banco agiu ilicitamente, não deveria
ter efetuado desconto no benefício do requerente sem existência de contrato,
ocasionando, assim, constrangimentos ao demandante, uma vez que percebe um
salário-mínimo de aposentadoria, o qual é utilizado para o custeio de suas
despesas como: alimentação, saúde e vestuário.
3 – DISPOSITIVO
Pelo exposto, julgo PROCEDENTE em parte a presente ação, para o fim de
declarar a inexistência do contrato de empréstimo nº0123419505755, e extingo o
feito com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do CPC.
Condeno o banco demandado ao pagamento de indenização por danos materiais,
sendo estes consistentes na devolução em dobro dos valores descontados no
benefício do requerente, que soma a quantia de R$3.248,91 (três mil, duzentos e
quarenta e oito reais e noventa e um centavos), com correção pelo índice da taxa
SELIC, que engloba juros e correção monetária, cujo termo inicial é a citação.
Condeno, ainda, ao pagamento de danos morais no valor de R$2.000,00 (dois mil
reais), com atualização a partir da data da prolação da sentença (art. 407, do CC) e
juros de mora de 1% ao mês desde a data da citação (art. 405, do CC).
Em razão do acolhimento do pedido inicial, condeno, ainda, a requerida ao
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios que fixo em 15%
(quinze por cento) sobre o valor atualizado da condenação, com fundamento no
art. 85, § 2º, do Código de Processo Civil.
Publique-se, Registre-se. Intimem-se.
PICOS-PI, 3 de outubro de 2022.

Fabrício Paulo Cysne de Novaes


Juiz de Direito, em substituição legal

Assinado eletronicamente por: FABRICIO PAULO CYSNE DE NOVAES - 05/10/2022 22:37:27 Num. 31799388 - Pág. 4
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22100522372749200000029944194
Número do documento: 22100522372749200000029944194
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
1ª Vara da Comarca de Picos}
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-470

PROCESSO Nº: 0802176-73.2022.8.18.0032


CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)
ASSUNTO: [Empréstimo consignado]
AUTOR: FRANCISCO FELIX DE MOURA
REU: BANCO BRADESCO S.A.

CERTIDÃO DE CONCLUSÃO

Certifico que, nesta data, faço a conclusão do presente processo para


sentença.
PICOS-PI, 5 de setembro de 2022.

MARIO NARCIO RODRIGUES DE CARVALHO


Secretaria da 1ª Vara da Comarca de Picos

Assinado eletronicamente por: MARIO NARCIO RODRIGUES DE CARVALHO - 05/09/2022 11:05:22 Num. 31520434 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22090511052275100000029684246
Número do documento: 22090511052275100000029684246
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
1ª Vara da Comarca de Picos
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-
470

PROCESSO Nº: 0802176-73.2022.8.18.0032


CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)
ASSUNTO: [Empréstimo consignado]
AUTOR: FRANCISCO FELIX DE MOURA
REU: BANCO BRADESCO S.A.

CERTIDÃO

CERTIFICO QUE, procedi com a inserção dos arquivos de mídia da audiência realizada
em 17/08/2022 nos autos na ferramenta digital onedrive desta Vara, possuindo como
link de acesso o seguinte:
https://midias.pje.jus.br/midias/web/08021767320228180032
O referido é verdade e dou fé.
Picos-PI, 17 de agosto de 2022.

MARIO NARCIO RODRIGUES DE CARVALHO


Secretaria da 1ª Vara da Comarca de Picos

Assinado eletronicamente por: MARIO NARCIO RODRIGUES DE CARVALHO - 17/08/2022 18:05:40 Num. 30802600 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081718054022400000029008470
Número do documento: 22081718054022400000029008470
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
1ª Vara da Comarca de Picos
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-
470

PROCESSO Nº: 0802176-73.2022.8.18.0032


PROCESSO Nº: 0802178-43.2022.8.18.0032
PROCESSO Nº: 0802629-68.2022.8.18.0032
CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)
ASSUNTO(S): [Empréstimo consignado]
AUTOR: FRANCISCO FELIX DE MOURA
REU: BANCO BRADESCO S.A.
AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
Aos 17/08/2022, às 11:55 horas, nesta cidade e Comarca de Picos, Estado do Piauí, na
sala das audiências virtual de videoconferência, através do sistema Microsft Teams
para fins de realização de audiências. Presente a Meritíssima Juíza de Direito da 1ª
Vara, Bela. MARIA DA CONCEIÇÃO GONÇALVES PORTELA, comigo, MÁRIO
NARCIO RODRIGUES DE CARVALHO, Oficial de Gabinete, presente o requerente,
acompanhado da Advogada Dra. JESSICA BRENDA CARVALHO SILVA, OAB/MA
23.621, telefone 86 95013333, presente a parte requerida, representada pela preposta
ROSY NAYRA CARVALHO PAIVA E SILVA, CPF 022.765.063-85, acompanhada da
Advogada Dra. BRENDA NALIGIA DE ALMEIDA CARVALHO, OAB-PI 17958, na
oportunidade em que a MM Juíza declarou aberta audiência dos autos em epígrafe,
sendo realizada por videoconferência. Aberta a audiência, a MM Juíza lançou a
proposta conciliatória, que restou inexitosa. Após, a MM Juíza colheu o depoimento da
autora, conforme mídias em anexo. Em seguida, as partes afirmaram não haver mais
provas a produzir. Em alegações finais, as partes afirmaram ser remissivas a suas
peças de ingresso. A parte requerida requer que todas as intimações sejam feitas
exclusivamente em nome de Antônio de Moraes Dourado Neto, OAB/PE 23.255. Em
seguida, a MM Juíza prolatou o seguinte DESPACHO: “Defiro o pedido de intimações
em nome de Antônio de Moraes Dourado Neto, OAB/PE 23.255. Não havendo mais
provas a serem produzidas, em sede de alegações finais, afirmaram ser remissivas a
suas peças de ingresso, determino que, feitas as devidas anotações no sistema
processual venham os autos conclusos para sentença. Expedientes necessários.”.
Nada mais havendo, a MM. Juíza encerrou a audiência, do que para constar, segue
este termo lavrado e assinado digitalmente.
Bela. Maria da Conceição Gonçalves Portela
Juíza de Direito
Assinado digitalmente

REQUERENTE: FRANCISCO FELIX DE MOURA, já qualificado nos autos. Inquirida


pela MM Juíza e pelos advogados todos presentes pelo sistema Microsft Teams,
conforme dispositivo de mídia em anexo. Nada mais havendo, a MM. Juíza
encerrou a audiência, do que para constar, segue este termo lavrado e assinado
digitalmente.
Bela. Maria da Conceição Gonçalves Portela
Juíza de Direito
Assinado digitalmente

Assinado eletronicamente por: MARIA DA CONCEICAO GONCALVES PORTELA - 17/08/2022 16:35:19 Num. 30795685 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081716351949700000029002701
Número do documento: 22081716351949700000029002701
EM ANEXO.

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30767391 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301453000000028976710
Número do documento: 22081710301453000000028976710
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA COMARCA
DE PICOS– ESTADO DO PIAUÍ

Processo nº 0802176-73.2022.8.18.0032

FRANCISCO FELIX DE MOURA, através de seus procuradores que esta


subscrevem, em ação que promove em face BANCO BRADESCO S.A., já qualificado nos
autos, vem perante Vossa Excelência, apresentar RÉPLICA À CONTESTAÇÃO, fazendo-
o ante os seguintes fundamentos.

Com efeito, analisando-se o ponto fulcral da lide e examinando os


documentos acostados aos autos, constata-se que o requerido acostou a
contestação (ID 29129784), sem apresentar qualquer instrumento contratual ou
comprovação do depósito de valores referentes à contratação sob o nº
0123419505755.

Em contrapartida, a requerente instruiu o feito juntando o extrato de


consignações (ID 27035347 ), atestando a situação ativa do suposto contrato
entabulado entre as partes nº 0123419505755, inclusive com a descrição do valor
total do suposto empréstimo, o valor da parcela a ser debitada (R$ 4.796,82),
indicando como termo inicial do contrato a data de janeiro de 2021.

Quanto ao ponto, reitere-se que o requerido, na oportunidade, não


apresenta qualquer comprovante de pagamento ou depósito do valor
supostamente contratado pela requerente, e nem mesmo o instrumento
contratual entabulado entre as partes, não se desincumbindo, pois, do seu ônus
probatório de desconstituir os fatos elencados pelo requerente em sua peça de
ingresso.

Logo, precisamente o Magistrado primevo, ao julgar a lide, deve entender


que o requerido não comprovou a realização do empréstimo pela requerente, não
justificando a consignação dos descontos em seu benefício, razão pela qual devem
ser julgado procedentes os pedidos contidos na exordial.

Os elementos dos autos atestam que não se desincumbiu o requerido de


apresentar prova razoável da concretização do suposto negócio jurídico encartado
entre as partes e a liberação dos valores eventualmente contratados,
evidenciando-se a falha na prestação dos serviços.

Assim, ante a ausência de contratação, resta configurada a


responsabilidade do requerido no que tange à realização de descontos indevidos
nos proventos da requerente, tendo em vista o risco inerente a suas atividades,
consoante entendimento sedimentado pelo STJ na Súmula nº 497, in verbis:

“Súmula nº 479 – STJ: As instituições financeiras respondem


objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a
fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações
bancárias.”

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30768043 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301465000000028976712
Número do documento: 22081710301465000000028976712
Igualmente, à falência da comprovação do empréstimo consignado, a
denotar a ilegalidade dos descontos realizados sobre os proventos do requerente,
a restituição dos valores cobrados indevidamente está regulamentada pelo art.
42, parágrafo único, do CDC, que assim preceitua, verbis:

“Art. 42 – (…).

Parágrafo único – o consumidor cobrado em quantia indevida tem


direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que
pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais,
salvo engano justificável.”

Logo, face a ausência de qualquer prova da disponibilização de valores


relativos ao suposto mútuo firmado entre as partes, e demonstrada a realização
dos efetivos descontos no benefício previdenciário da requerente, acertada deverá
ser a condenação do requerido na repetição de indébito, na forma dobrada, das
parcelas descontadas na remuneração mensal da requerente.

Nesse sentido, segue precedente do TJPI, inclusive desta 1ª Câmara


Especializada Cível, in litteris:

“PROCESSO CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPETIÇÃO DE


INDÉBITO C/C PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
EMPRÉSTIMO BANCÁRIO CONSIGNADO. PESSOA ANALFABETA.
AUSÊNCIA DE INSTRUMENTO PÚBLICO. NULIDADE DO CONTRATO.
DESCONTOS INDEVIDOS. “CONFIGURAÇÃO DE NEXO CAUSAL.
DANOS MORAIS E REPETIÇÃO DO INDÉBITO EM DOBRO.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO BANCO. APELO CONHECIDO E
PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Sendo ônus da instituição
financeira a comprovação da legalidade dos empréstimos, e
não se desincumbindo a contento, configura-se a existência
de fraude, ante a inexistência de provas nos autos. 2. Para que
um negócio jurídico firmado por pessoa analfabeta tenha validade é
necessário que tenha sido firmado por meio de instrumento público,
o que implica na presença obrigatória das partes perante o tabelião
de cartório devidamente registrado, ou ainda, por intermédio de
procurador constituído, ao qual tenha outorgado poderes por
instrumento público. 3. Deve o banco responder pelos transtornos
causados ao demandante da ação originária, tendo em vista que a
responsabilidade civil decorrente da prestação do serviço bancário a
consumidor é de ordem objetiva. 4. Teor da Súmula “n. 479 do STJ,
“as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos
gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados
por terceiros no âmbito de operações bancárias”. 5. Mais do que um
mero aborrecimento, patente o constrangimento e angústia da
apelada, ante os descontos ilegais em seus proventos. 6. Apelação
cível conhecida e parcialmente provida. (TJPI, Apelação Cível nº.
2013.0001.005086-1, 1ª Câmara Especializada Cível, Des.
FERNANDO CARVALHO MENDES, julgamento em:
30/08/2016).”

Sob este contexto, ante a ilegalidade dos descontos realizados, constata-


se a evidente negligência e má-fé do requerido ao efetuá-los, de forma indevida,
ensejando, com isso, a restituição em dobro.

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30768043 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301465000000028976712
Número do documento: 22081710301465000000028976712
DA AUSÊNCIA DA TED (TRANSFERÊNCIA ELETRÔNICA DISPONÍVEL)

É importante mencionar, que o banco não juntou TED - Transferência Eletrônica


Disponível. Não há nos autos do processo a TED no valor supostamente emprestado. Onde
está o contrato de empréstimo assinado entre as partes?

Já a parte autora na id 27035347 , mostra que houve SIM, descontos mensais:

Outrossim, ainda em decorrência da ausência de qualquer instrumento


de contratação e de disponibilização de qualquer valor monetário e a prova dos
efetivos descontos, levando-se em conta, mais, a situação de hipossuficiência da
requerente, que sobrevive de seu benefício previdenciário, houve falha nos serviços
prestados pelo requerido, razão pela qual deverá responder pelos danos causados,
nos termos do art. 14, do CDC, independentemente da existência de culpa, in verbis:

“Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente


da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
fruição e riscos.”

E no tocante aos direitos da requerente no que pertine a inversão do


ônus probatório, repetição do indébito e danos morais, o TJPI tem jurisprudência
firmada na forma do seguinte precedente desta 1ª Câmara Especializada Cível, in
litteris:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA CUMULADA COM PEDIDO


DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. PRELIMINAR
DE RECONSIDERAÇÃO DA REVELIA REJEITADA. DESCONTOS
INDEVIDOS. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO NÃO AUTORIZADO
PELO BENEFICIÁRIO. RESSARCIMENTO EM DOBRO DOS
VALORES INDEVIDAMENTE DESCONTADOS E COMPENSAÇÃO
POR DANOS MORAIS. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
PROVIDO. 1. Trata-se de Apelação Cível em face de sentença que
julgou parcialmente procedente a Ação Declaratória de Inexistência
de “Débito c/c Pedido de Sustação de Desconto e Indenização por
Danos Morais e Materiais. 2. Preliminar de inexistência de revelia
suscitada pelo Apelante. Equiparando-se a postagem nos correios
ao recebimento no protocolo judicial, nota-se claramente a
intempestividade da contestação, uma vez que a referida “peça só
foi recebida em juízo no último dia do prazo, às 16h50min, ou seja,
em regime de plantão judiciário. Portanto, se o expediente do
Tribunal de Justiça, por ato normativo interno, encerra-se às 14h e
a defesa foi protocolada fora desse horário, correta a aplicação da
intempestividade da manifestação e, consequentemente, perfeita a
aplicação da revelia. Preliminar rejeitada. 3. No caso dos autos, a
conduta ilícita está caracterizada pelos descontos dos valores na
aposentadoria do Autor, sem obedecer ao dever de cuidado
decorrente da boa-fé objetiva, bem como na indevida inscrição

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30768043 - Pág. 3
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301465000000028976712
Número do documento: 22081710301465000000028976712
daquele junto aos órgãos de proteção creditícia. 4. Dessa forma,
uma vez aplicável o Código de Defesa do Consumidor, a
inversão do ônus da prova é medida que se impõe, não só
pela patente hipossuficiência do Autor, ora Apelado, mas,
também, pela impossibilidade deste de produzir prova
negativa, consistente no ato de provar que não contraiu
empréstimo algum com o Apelante. 5. Se o Autor afirmou que
não subscreveu os contratos de empréstimos e pretende o
rompimento de tal relação através do bloqueio dos valores
supostamente devidos, cabe ao Apelante demonstrar a
existência desse negócio para que o pleito autoral seja
inacolhido, ônus este que o Recorrente não se desincumbiu.
6. Resta justo, portanto, que o ressarcimento do valor
indevidamente descontado da conta do Autor deva ser
realizado em dobro, pois, uma vez ausente qualquer
contrato, mesmo que firmado por um falsário, não se pode
dizer que o Banco agiu de boa-fé. 7. Os descontos efetuados
na aposentadoria do Autor “sem sua autorização acarretam
incontestável dano moral indenizável. No caso dos autos,
contudo, entendo que resta excessivo o importe arbitrado pelo
julgador devendo ser reformada a sentença para reduzir o montante
indenizatório para R$ 5.000,00 (cinco mil reais), corrigido
monetariamente, a partir desta data até o efetivo pagamento. 8. As
“astreintes, por sua vez, devem ser calculadas do período de março
a dezembro de 2012, no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais),
enquanto que, de dezembro de 2012 a fevereiro de 2013, incide
sobre o importe de R$ 1.000,00 (um mil reais) por dia de
descumprimento. Dessa forma, em decorrência dos elevados
valores aplicados por dia de descumprimento, ao final do cômputo
das astreintes, estas se revelam num valor exorbitante a ser pago
pela instituição financeira. Portanto, a sentença deve ser reformada
para aplicar o limite da astreintes no importe de R$ 100.000,00
(cem mil reais), valor este que deverá ser pago, de forma
atualizada, quando da liquidação da sentença. 9. Recurso conhecido
e parcialmente provido.” (TJPI, 201300010030138, Des. FERNANDO
CARVALHO MENDES, Classe: Apelação Cível, Julgamento:
07/01/2014).”

Logo, cumpre ao requerido efetuar o pagamento de indenização pelos


danos morais causados à requerente, pois restou demonstrada que a cobrança
indevida das parcelas relativas ao empréstimo não comprovado, importou em
redução dos valores, de caráter alimentar, percebidos por este, consubstanciando
o constrangimento ilegal e abalo psíquico sofrido.

DA NECESSIDADE DE PROCURAÇÃO PÚBLICA EM CONTRATO FIRMADO


POR ANALFABETO
Pois bem. Ainda que se pese no ordenamento jurídico nos casos de natureza como
essa, o ônus da prova recaia sobre o banco, devendo provar a regularidade de contratação,
devendo haver contrato assinado com o polegar do auto com a presença de duas
testemunhas e registrado em cartório, e assinatura a rogo, por outro lado, a ré admite ser
causo de fraude, uma vez que o autor é analfabeto, porém desacompanhado de
procuração pública que legitime-a, razão que se pede pela impugnação de todos
documentos juntados pela ré, tendo em vista que o autor não compactuou com o referido
contrato, podendo ser fruto de uma falsificação grosseira.1

1APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. EMPRESTIMO CONSIGNADO EM FOLHA MEDIANTE


FRAUDE PERPETRADA POR TERCEIRO. APOSENTADO DO INSS. DANO MORAL E MATERIAL
4

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30768043 - Pág. 4
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301465000000028976712
Número do documento: 22081710301465000000028976712
A toda evidência, embora a ré junte documentos pessoais da parte autora em
tentativa desesperada de legitimar contrato que não foi pactuado, conforme se desprende
dos documentos juntados com a inicial que, acostou aos autos documento diverso à lide.

Ora Excelência, todo esse desproperio poderia ser evitado caso o réu tomasse a
devida cautela na hora de formalizar seus negócios.

Ademais, não por mero formalismo, nossos tribunais vêm entendendo que,
analfabetos absolutos, necessitam de procurador devidamente constituído por
meio de instrumento público de procuração, dando plenitude, portanto, ao que propõe
as normas de defesa do Consumidor.

Isto porque, no presente caso, a parte autora e contratante é analfabeta.

Contrato é um acordo de vontades, escrito ou não, que, conforme a lei tem por
finalidade, adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou extinguir direitos. É ato
jurídico (negócio jurídico) que reclama os requisitos de validade do artigo 104 do Código
Civil. A liberdade dos contratantes sobre a criação ou a estipulação de vínculos
obrigacionais está subordinada às normas jurídicas e ao interesse coletivo.

O artigo 166, inciso IV, c. c. artigo 104, do Código Civil, dispõe sobre a nulidade
do ato jurídico quando não se revestir da forma prescrita em lei, uma vez ser esta um
dos requisitos essenciais à validade dos negócios jurídicos em geral.

Desde que escolhida a forma escrita, o contrato deve estar assinado pelas
partes e, não podendo ou não sabendo, cabe assinatura a rogo.

E, no caso do contratante ser analfabeto, a assinatura a rogo deve vir


em instrumento público.

Esta é a lição de Orlando Gomes, Contratos, 26ª edição, Editora Forense, 2008,
p. 62 e 63:

"Embora não exigida para a maioria dos contratos, a forma escrita


é preferida. Sua superioridade sobre a forma verbal é manifesta,
principalmente no que diz respeito à prova do contrato.
Ordinariamente, os contratos celebram-se por instrumento
particular. Para valer, é preciso que seja assinado por pessoa que
esteja na disposição e administração livre de seus bens, sendo
necessário, ainda, que seja subscrito por duas testemunhas. A
assinatura pode ser autógrafa ou hológrafa. No primeiro caso, é do
próprio punho. Quando o contratante não sabe ou não pode assinar
seu nome, a outrem, a seu rogo, é permitido fazê-lo. Diz-se, então,
que a assinatura é hológrafa, ou, vulgarmente, a rogo. Se, porém,

CONFIGURADO. 1. Compulsando os autos, constato que a autora acostou aos autos relatório emitido
pelo INSS comprovando a existência de contrato de empréstimo vinculado ao seu benefício
previdenciário, originando dessa forma o desconto da parcela atacada. 2. O apelado não se
desincumbiu do ônus de provar a regularidade do contrato celebrado. Em outras palavras,
a questão envolvia a distribuição do ônus da prova, que recaia mais sobre o banco, nos
termos do artigo 6°, inciso VIII, do CDC c/c o artigo 373, inciso II, do NCPC. Nos termos
do inc. I do art. 373 do NCPC, a parte autora, através do documento de fl. 11, logrou
comprovar o fato constitutivo de seu direito, ou seja, a realização dos descontos por parte
do banco apelante. 3. Não há que se falar em exercício regular de direito e, uma vez
caracterizada a relação de consumo, a responsabilidade civil do fornecedor é objetiva, ou
seja, independe de culpa, estando em perfeita sintonia com no art. 6º, incisos VI e VII,
que prevê o direito básico do consumidor de prevenção e reparação dos danos individuais
e coletivos. Dano moral que se impõe. 4. É possível constatar-se a ausência de contratação
do aludido empréstimo, com a declaração de inexistência da avença, cabendo ao
demandado a devolução dos valores já descontados dos proventos da autora de forma
indevida. 5. Recurso conhecido e improvido. (Ap 0112322016, Rel. Desembargador(a) JAMIL DE
MIRANDA GEDEON NETO, TERCEIRA CÂMARA CÍVEL, julgado em 23/06/2016, DJe 01/07/2016)
5

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30768043 - Pág. 5
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301465000000028976712
Número do documento: 22081710301465000000028976712
o contratante é analfabeto, a assinatura a rogo deve ser aposta em
instrumento público, substitui-se em alguns contratos, como o de
trabalho, pela impressão digital."

Sem digressão, pode-se sustentar que a falta de assinatura a rogo


acompanhada por instrumento público que legitime-a, no caso de contratante
analfabeto, autoriza a nulidade prevista pelo artigo 166, inciso IV, do Código Civil.

O entendimento jurisprudencial dominante orienta:

"Locação. Contrato. Locador analfabeto. Impressão digital. Nulidade


e anulabilidade. Vícios de vontade. Contrato consensual, todavia,
não adstrito à forma, valendo o instrumento particular tão só como
meio probante. Exegese e aplicação dos arts. 129 e 135, do Código
Civil. Vícios de vontade, outrossim, não demonstrados.
Improcedência mantida" (JTA - Lex - 36/531.).

"Fiança. Fiador analfabeto. Requisito. Instrumento público ou


procurador legalmente constituído. Nula a fiança prestada por
analfabeto em instrumento particular" (2º TACivSP - Ap. c/ Rev.
465.811 - 11ª Câm. Rel. Juiz JOSÉ MALERBI - J. 11.11.96. No
mesmo sentido: JTA (RT) 86/441, 92/359. JTA (Saraiva) 72/264.
RT 454/147, 477/144, 546/143. Ap. c/ Rev. 465.461 - 10ª Câm. -
Rel. Juiz AMARAL VIEIRA - J. 22.10.96. Ap. c/ Rev. 531.150 - 1ª
Câm. - Rel. Juiz RENATO SARTORELLI - J. 20.10.98).

"Resulta a nulidade de contrato de fiança em locação assinado a


rogo por fiadora analfabeta" (2º TACivSP - Ap. c/ Rev. 581.904 - 9ª
Câm. - Rel. Juiz EROS PICELI - J. 14.6.2000).

"É nula a fiança prestada por analfabeto, ou por quem não saiba
escrever. Para ter validade só pode ser por instrumento público" (2º
TACivSP - Ap. c/ Rev. 574.546 - 5ª Câm. - Rel. Juiz LUÍS DE
CARVALHO - J. 13.9.2000).

"APELAÇÃO CÍVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ANULAÇÃO DE


CONTRATO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS.
CONTRATO DE EMPRÉSTIMO BANCÁRIO. DEVER DE CUIDADO DA
INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. PESSOA IDOSA E ANALFABETA.
ASSINATURA A ROGO E DUAS TESTEMUNHAS. NECESSIDADE.
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. É a instituição financeira
parte legítima para integrar o polo passivo em relação ao pedido
objeto da demanda, na medida em que os contratos foram firmados
com o Banco BMC S/A. Desta forma, o apelante tem legitimidade
para figurar em ações que tenham por objeto eventuais defeitos
advindos da contratação. RESPONSABILIDADE DO BANCO. DEVER
DE CUIDADO. A conduta ilícita praticada pelo banco consiste em
haver concedido o empréstimo bancário, consignado em folha de
pagamento de proventos da apelada, que teria possivelmente sido
ludibriada por terceiro, sem tomar os cuidados necessários por se
tratar de uma senhora com idade avançada e analfabeta -
características essas que podem ser facilmente identificadas pela
instituição financeira ao analisar seu documento de identidade.
ANALFABETISMO. Os analfabetos, em regra, não se encontram
impedidos de contratar, necessitando-se, porém, conforme
interpretação analógica do art. 595 doCC/02, que a contratação seja
solene, a fim de resguardar seus interesses. PRELIMINAR
REJEITADA, À UNANIMIDADE. APELO DESPROVIDO, POR MAIORIA.
(Apelação Cível Nº 70034243691, Nona Câmara Cível, Tribunal de
6

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30768043 - Pág. 6
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301465000000028976712
Número do documento: 22081710301465000000028976712
Justiça do RS, Relator: Marilene Bonzanini Bernardi, Julgado em
20/10/2010)"

No mesmo sentido as decisões deste Tribunal:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE


DE NEGÓCIO JURÍDICO C/C REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E
MORAIS - EMPRÉSTIMO CONSIGNADO CELEBRADO POR TERCEIRO
SEM PROCURAÇÃO - VÍTIMA IDOSA E ANALFABETA -
CONTRATAÇÃO
NULA - DEVER DE ORIENTAR E INFORMAR A CONSUMIDORA –
FALHA NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS - DESCONTOS NOS
PROVENTOS DE APOSENTADORIA - RESTITUIÇÃO EM DOBRO -
DANO MORAL CONFIGURAÇÃO - INDENIZAÇÃO DEVIDA - JUROS DE
MORA – TERMO INICIAL. I- O negócio jurídico firmado por pessoa
analfabeta há de ser realizado sob a forma pública ou por procurador
constituído dessa forma, sob pena de nulidade. II- Restando
incontroverso que a autora era analfabeta e idosa, não tendo sido
observadas as formalidades mínimas necessárias à validade do
negócio, e inexistindo provas de que foi prestada qualquer
assistência à autora pelos agentes dos réus, a contratação de
empréstimo consignado deve ser considerada nula. III Impõe-se às
instituições financeiras o dever de esclarecer, informar e assessorar
seus clientes na contratação de seus serviços, sobretudo quando se
trata de pessoa idosa e analfabeta, vítima fácil de estelionatários.
IV- A responsabilidade pelo fato danoso deve ser imputada aos
recorrentes com base no art. 14 do CDC, que atribui
responsabilidade aos fornecedores de serviços, independentemente
da existência de culpa. V- Tem-se por intencional a conduta dos réus
em autorizar empréstimo com base em contrato nulo, gerando
descontos nos proventos de aposentadoria da autora, sem qualquer
respaldo legal para tanto, resultando em má-fé, pois o
consentimento da contratante, no caso, inexistiu impondo-se a
restituição em dobro dos valores descontados indevidamente, nos
termos do parágrafo único do art. 42, do CDC. VI- A privação do uso
de determinada importância, subtraída da parca pensão do INSS,
recebida mensalmente para o sustento da autora, gera ofensa a sua
honra e viola seus direitos da personalidade, na medida em que a
indisponibilidade do numerário reduz ainda mais suas condições de
sobrevivência, não se classificando como mero aborrecimento. VII-
A conduta faltosa dos réus enseja reparação por danos morais, em
valor que assegure indenização suficiente e adequada à
compensação da ofensa suportada pela vítima, devendo ser
consideradas as peculiaridades do caso e a extensão dos prejuízos
sofridos, desestimulando-se a prática reiterada da conduta lesiva
pelos ofensores. VIII- Consoante a Súmula nº54 do Superior
Tribunal de Justiça, em se tratando de indenização por
responsabilidade extracontratual os juros de mora devem incidir a
partir da data do evento danoso. Ausente recurso da parte
interessada e vedada a "reformatio in pejus" há que se manter a
como termo inicial a data da citação, conforme consignado em
sentença. (TJMG - Apelação Cível 1.0701.09.292630-5/001,
Relator(a): Des.(a) João Cancio , 18ª CÂMARA CÍVEL, julgamento
em 28/05/2013, publicação da súmula em 05/06/2013).

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS


MORAIS - CONTRATO CELEBRADO POR ANALFABETO - AUSÊNCIA
DE REQUISITO DE VALIDADE - NULIDADE - DÉBITO INEXISTENTE
- NEGATIVAÇÃO INDEVIDA - CANCELAMENTO - DANO MORAL
7

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30768043 - Pág. 7
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301465000000028976712
Número do documento: 22081710301465000000028976712
CONFIGURADO - QUANTUM INDENIZATÓRIO - RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE - MULTIPLICIDADE DE AÇÕES. - Somente
por
meio de escritura pública ou por intermédio de procurador
constituído por instrumento público, pode o analfabeto contrair
obrigações, sendo nulo de pleno direito o negócio jurídico que não
obedecer tais formalidades. - Revelando-se inexistente o débito, a
anotação irregular deve ser cancelada. - Comprovado o dano
sofrido, devida a indenização por danos morais, que deve ser
estipulada segundo as circunstâncias do caso concreto e
obedecendo aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade,
levando em conta também a multiplicidade de ações ajuizadas pela
requerente, tendo a mesma causa de pedir. (TJMG - Apelação Cível
1.0137.09.011370-5/001, Relator(a): Des.(a) Alberto Diniz Junior ,
11ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 13/11/2014, publicação da
súmula em 25/11/2014).

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DECLARATÓRIA DE


INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
E MATERIAIS - COISA JULGADA - OCORRÊNCIA PARCIAL -
DESCONTO INDEVIDO EM FOLHA DE PAGAMENTO - AUSÊNCIA DE
CONTRATAÇÃO VÁLIDA ENTRE AS PARTES - PESSOA NÃO
ALFABETIZADA - FRAUDE – FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO -
DANOS MORAIS - CONFIGURAÇÃO - REDUÇÃO DO QUANTUM -
CABIMENTO - JUROS DE MORA – TERMO INICIAL - DATA DO
EVENTO DANOSO - SENTENÇA ULTRA PETITA - DETERMINAÇÃO DE
DEVOLUÇÃO EM DOBRO DO INDÉBITO - AUSÊNCIA DE PEDIDO -
DECOTE. O Código de Processo Civil, no §2º, do art. 301, do CPC,
adotou a teoria dos tria eadem, segundo a qual para a configuração
da coisa julgada é necessária a tríplice coincidência dos elementos
de identificação da ação, quais sejam: partes, causa de pedir e
pedido. Assim, existindo coincidência entre partes, causa de pedir,
e entre, apenas, alguns dos pedidos feitos na inicial, deve, somente
em relação a tais pedidos, ser reconhecida a ocorrência de coisa
julgada. O contrato a ser celebrado por pessoa não alfabetizada
deve, para ser válido, ser formalizado por escritura pública ou por
instrumento particular, através de procurador devidamente
constituído por instrumento público. Assim, não observadas tais
formalidades, deve ser reconhecida a invalidade do contrato firmado
com pessoa não alfabetizada. As instituições financeiras respondem
objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a
fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações
bancárias, nos termos da súmula 479, do STJ. O desconto
automático de parcelas mensais de forma indevida, em folha de
pagamento de benefício previdenciário, configura o dever de
indenizar pelos danos morais causados ao consumidor. É possível a
redução do quantum indenizatório arbitrado na sentença a titulo de
indenização por danos morais, se tal valor revela-se excessivo. Os
juros moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de r
esponsabilidade extracontratual, nos termos da Súmula 54, do STJ.
É ultra petita a sentença que determina a repetição em dobro do
indébito sem que houvesse tal pedido na petição inicial, devendo,
por isso, ser decotada a parte que não foi objeto da causa. (TJMG -
Apelação Cível 1.0352.09.052846-9/002, Relator(a): Des.(a)
Luciano Pinto , 17ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 04/02/2016,
publicação da súmula em 23/02/2016).
EMENTA: CONTRATO DE MÚTUO - UTILIZAÇÃO DE TÉCNICA
AGRESSIVA E DESLEAL - DOLO - AUSÊNCIA DE FORMA LEGAL -
CONTRATANTE ANALFABETO - SEM ASSINATURA A ROGO –
8

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30768043 - Pág. 8
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301465000000028976712
Número do documento: 22081710301465000000028976712
NULIDADE - DANO MORAL - INDENIZAÇÃO DEVIDA - VALOR
MANTIDO - A abordagem realizada por preposta da instituição
financeira, fora do estabelecimento e usando de ardil, revela prática
de técnica agressiva e desleal de propositura de negócio. - É fato
público e notório a utilização método de conquista de consumidores
mais desavisados e humildes, vítimas de abordagens realizadas por
"toureiros" que oferecem negócios mediante promessas enganosas,
a fim de cumprir as metas impostas pelas instituições financeiras. -
Tenho que a relação contratual foi estabelecida com vício de
consentimento, mediante o ato ilícito perpetrado pela preposta que,
com dolo, convenceu o consumidor a firmar contrato desastroso. -
Desde que escolhida a forma escrita, o contrato deve estar assinado
pelas partes e, não podendo ou não sabendo, cabe assinatura a
rogo. E, no caso do contratante ser analfabeto, a assinatura a rogo
deve vir em instrumento público. - A jurisprudência de nossos
tribunais tem evoluído no sentido de reconhecer a desnecessidade
de comprovação do dano extrapatrimonial, aceitando como
suficiente a demonstração da existência da conduta irregular,
prescindindo-se de outras provas de sofrimento e dor. - O valor da
indenização não pode ser reduzido, sob pena de perder uma de suas
finalidades, qual seja, a de inibir a prática de convencimento por
meio de técnica agressiva e desleal. (TJMG - Apelação Cível
1.0395.11.003462 - 0/001, Relator(a): Des.(a) Mota e Silva , 18ª
CÂMARA CÍVEL, julgamento em 10/09/2013, publicação da súmula
em 13/09/2013).

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE


NEGÓCIO JURÍDICO C/C REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E
MORAIS. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO CELEBRADO POR TERCEIRO
SEM PROCURAÇÃO. VÍTIMA IDOSA E ANALFABETA. CONTRATAÇÃO
NULA I - O negócio jurídico firmado por pessoa analfabeta há
de ser realizado sob a forma pública ou por procurador
constituído por instrumento público, sob pena de nulidade.
II - Restando incontroverso que o autor é analfabeto e idoso,
e, não tendo sido observadas as formalidades mínimas
necessárias à validade do negócio, e, ainda, inexistindo
provas de que foi prestada qualquer assistência ao autor
pelos agentes do réu, a contratação de empréstimo
consignado deve ser considerada nula. III - Tem-se por
intencional a conduta do réu em autorizar empréstimo com base em
contrato nulo, gerando descontos nos proventos de aposentadoria
da parte, resultando em má-fé, pois o consentimento do
contratante, no caso, inexistiu, impondo-se a restituição em dobro
dos valores descontados indevidamente, nos termos do parágrafo
único do art. 42, do CDC. [...]- Apelaçãodesprovida.(TJ-MA ,
Relator: MARCELO CARVALHO SILVA, Data de Julgamento:
26/08/2014, SEGUNDA CÂMARA CÍVEL)(grifo nosso)

Assim, resta nulo o contrato por falta de requisito essencial à validade dos
negócios jurídicos, qual seja, a forma, razão pela qual o pedido do autor merece ser
acolhido, declarando-se a nulidade do contrato.

Assentado o entendimento quanto à existência de dano moral


reparável, no caso em apreço, passa-se à análise do quantum indenizatório.

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30768043 - Pág. 9
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301465000000028976712
Número do documento: 22081710301465000000028976712
Induvidosamente, ao se valorar o dano moral, deve-se arbitrar uma
quantia que, de acordo com o prudente arbítrio, seja compatível com a
reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração do sofrimento
experimentado pela vítima, a capacidade econômica do causador do dano, as
condições sociais do ofendido, e outras circunstâncias mais que se fizerem
presentes.

A rigor, a indenização por dano moral trata-se mais de uma compensação


do que propriamente de ressarcimento (como no dano material), até porque o bem
moral não é suscetível de ser avaliado, em sua precisa extensão, em termos
pecuniários.

Com efeito, o objetivo da indenização não é o locupletamento da vítima,


mas penalização ao causador do abalo moral, e prevenção para que não reitere os
atos que deram razão ao pedido indenizatório, bem como alcançar ao lesado
reparação pelo seu sofrimento.

Pois, na fixação do valor da indenização por danos morais, tais como as


condições pessoais e econômicas das partes, deve o arbitramento operar-se com
moderação e razoabilidade, atento à realidade da vida e às peculiaridades de cada
caso, de forma a não haver o enriquecimento indevido do ofendido e, também, de
modo que sirva para desestimular o ofensor a repetir o ato ilícito.

Dessa forma, analisando a compatibilidade do valor do ressarcimento


com a gravidade da lesão, tendo em vista que o ônus da prova cabe ao requerido, e
sendo sua responsabilidade objetiva, no caso em comento, reputa-se razoável a
condenação do quantum em R$ 10.000,00 (dez mil reais) relativo a indenização por
dano moral.

Ante o exposto, requer que sejam procedentes os pedidos da inicial.

Nestes termos, pede e espera deferimento.

Picos (PI), 17 de agosto de 2022.

HENRY WALL GOMES FREITAS

OAB-PI 4344-05

10

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:30:14 Num. 30768043 - Pág. 10
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710301465000000028976712
Número do documento: 22081710301465000000028976712
EM ANEXO.

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:07:15 Num. 30764669 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710071510000000028973899
Número do documento: 22081710071510000000028973899
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA DA COMARCA
DE PICOS– PIAUI

FRANCISCO FELIX DE MOURA, devidamente qualificada nos autos, nos autos


do processo em epígrafe, onde contende com BANCO BRADESCO S.A. vem,
respeitosamente, por meio de seus advogados, perante Vossa Excelência, em atendimento
ao despacho retro, informar os números para a Sessão de Conciliação, Instrução e Julgamento
designada para o dia 17/08/2022 às 11:20 H, que será realizada pela JÉSSICA BRENDA
CARVALHO SILVA (OAB-MA nº 23.621), que poderá ser realizada através de
WhatsApp:(86) 99839-1275; ou e-mail: viajuridicapi@hotmail.com.

Por oportuno, requer a juntada do substabelecimento anexo, para a finalidade


específica de realização da audiência designada para 17/08/2022 às 11:20 H.

Postula, ainda, que todas as publicações e notificações referentes ao processo em


epígrafe, sejam realizadas em nome do advogado Henry Wall Gomes Freitas, OAB-PI
4344(procuração nos autos), e-mail: viajuridicama@hotmail.com, na forma do artigo
272 do CPC/2015, sob pena de nulidade.

Nestes termos, pede deferimento.

Picos-PI, 17 de agosto de 2022.

HENRY WALL GOMES FREITAS

OAB/PI 4344-05

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:07:15 Num. 30764672 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710071523300000028973902
Número do documento: 22081710071523300000028973902
SUBSTABELECIMENTO

HENRY WALL GOMES FREITAS, brasileiro, casado, advogado inscrito na


OAB/MA nº 10502-A e OAB/PI 4344/05, SUBSTABELECE na pessoa de
JESSICA BRENDA CARVALHO SILVA, brasileira, solteira, advogada
inscrita na OAB/MA nº 23.621 e LIANA CARLA VIEIRA BARBOSA FREITAS,
brasileira, casada, advogada inscrita na OAB/PI nº 3919 ambos com
escritório profissional na Rua 07 de Setembro, n. 68/norte, Bairro
Centro, Cidade de Teresina, Estado do Piauí, os poderes que lhe
foram conferidos por FRANCISCO FELIX DE MOURA-, já devidamente
qualificado nos autos do processo movida em face de BANCO BRADESCO
S.A.-, processo Nº 0802176-73.2022.8.18.0032 que tramita na 1ª Vara
da Comarca de Picos, com reserva de poderes.

Picos/PI, 17 de agosto de 2022.

HENRY WALL GOMES FREITAS


OAB/PI 4344-05

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 17/08/2022 10:07:15 Num. 30764673 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081710071543700000028973903
Número do documento: 22081710071543700000028973903
Substabelecimento e carta de preposto.

Assinado eletronicamente por: CLEBERT DOS SANTOS MOURA - 16/08/2022 15:12:03 Num. 30738259 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081615120301300000028948954
Número do documento: 22081615120301300000028948954
CARTA DE PREPOSIÇÃO

BANCO BRADESCO S/A, BRADESCO ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS


LTDA, BANCO BRADESCO CARTÕES S/A, BANCO BRADESCO FINANCIA-
MENTO S/A, BANCO BRADESCARD S/A, BANCO BANKPAR S/A, BRADESCO
LEASING S/A – ARRENDAMENTO MERCANTIL, TEMPO SERVIÇOS LTDA, BF
PROMOTORA DE VENDAS LTDA, BP BRADESCO PROMOTORA DE
VENDAS LTD, Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios Não Padronizados
- FIDC - NPL 1, Bradesco Vida e Previdência S/A, Bradesco Auto/RE Companhia de
Seguros, BRADESCARD ELO PARTICIPAÇÕES S.A, Fundo de Investimentos em
Direitos Creditórios Não Padronizados - FIDC - NPL 2, Lojas Americanas e BANCO
MERCANTIL DO BRASIL S/A, neste ato representada pelo URBANO VITALINO DE
MELO NETO, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/PE sob o nº 17.700 e ANTÔ-
NIO DE MORAES DOURADO NETO, brasileiro, casado, advogado, inscrito na OAB/PE
sob o nº 23.255, autorizam e nomeiam pelo presente documento e na melhor forma de direito
a Sra. ROSY NAYRA CARVALHO SILVA, brasileira, inscrita no CPF sob o nº
022.765.063-85 e MARIA DAIANE GONÇALVES GARCIA, brasileira, inscrita no CPF
sob o nº 042.328.243-32, BRUNA EMANUELLY ALENCAR BARBOSA, brasileira, ins-
crita no CPF nº 073.622.603-69, ALANA SOARES GOMES, brasileira, inscrita no CPF nº
074.060.463-59, ANGÉLICA MACHADO NOBRE, brasileira, inscrita no CPF nº
042.560.583-38, MARINALDA VERAS ROCHA, brasileira, inscrita no CPF:
632.103803.25, DAVID JOSÉ RÊGO DIAS, brasileiro, inscrita no CPF: 078.643.763-47,
IARA LACERDA RIBEIRO, brasileira, inscrita no CPF: 064.793.333-06, LETÍCIA MA-
RIA SOARES, brasileira, inscrita no CPF nº 081.686.533-78, GRAZIELY DE SOUSA
VELOSO, brasileira, inscrita no CPF: 064.597.213-43, DAIANE MOURA RIBEIRO bra-
sileira, inscrita no CPF 027.894.331-43, PEDRO GABRIEL BORGES MOREIRA, bra-
sileiro, inscrito no CPF 060.832.885-50, RAVENA MARIA BEZERRA VIEIRA DE
ARAÚJO, brasileira, inscrita no CPF nº 028.557.193-13, MARIA AUXILIADORA DE
MOURA MARTINS, brasileira, inscrita no CPF nº 373.324.303-04, GESSICA RODRI-
GUES SABINO, brasileira, inscrita no CPF nº 086.148.003-12, a representá-los como pre-
posto, na melhor forma de direito, nos autos do processo, com amplos poderes para transigir
em audiência.

Teresina (PI), 01 de junho de 2022.

ANTÔNIO DE MORAES DOURADO NETO


OAB/PE 23.255

Aponte a câmera para o QR Code


ou clique aqui para acessar nossas 1 www.urbanovitalino.com.br
redes sociais.

Assinado eletronicamente por: CLEBERT DOS SANTOS MOURA - 16/08/2022 15:12:02 Num. 30738262 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081615120262500000028948957
Número do documento: 22081615120262500000028948957
ROL DE PERGUNTAS

Aponte a câmera para o QR Code


ou clique aqui para acessar nossas 2 www.urbanovitalino.com.br
redes sociais.

Assinado eletronicamente por: CLEBERT DOS SANTOS MOURA - 16/08/2022 15:12:02 Num. 30738262 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081615120262500000028948957
Número do documento: 22081615120262500000028948957
SUBSTABELECIMENTO

SUBSTABELECENTE: ANTÔNIO DE MORAES DOURADO NETO, brasileiro, casado,


advogado, inscrito na OAB/PE sob o número 23.255, com endereço profissional na Avenida
Visconde de Suassuna, nº 639, Santo Amaro, Recife-PE, CEP: 50050-540.

SUBSTABELECIDO: Edigelson Sousa Mesquita, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/PI


n° 9989, Erika Silva Araujo, brasileira, advogada, inscrita na OAB/PI 12.122, Frederico Va-
lença Dias Filho, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/PI n° 9458; Ezio José Raulino Amaral,
rasileiro, advogado, inscrito na OAB/PI n° 3443, Bruno Melo de Melo Castro, brasileiro, advo-
gado, inscrito na OAB/PI n° 4200, Antônio Cláudio Portella Serra e Silva, brasileiro, advogado,
inscrito na OAB/PI n° 3683-B, Clebert Dos Santos Moura, brasileiro, advogado, inscrito na
OAB/PI n° 9114, Mayara de Moura Martins Neiva, brasileira, advogada, inscrita na OAB/PI
n° 11.257, Andressa Sterphannie Amaral de Escórcio Sousa, brasileira, advogada, inscrita na
OAB/PI n° 14.239, Fábio Soares Gomes, brasileiro, advogado, inscrito na OAB/PI nº 15.459,
Ana Karla de Araujo Campelo Reis, advogada, incrita na OAB/PI nº 14.623, Brenda Naligia de
Almeida Carvalho, advogada, inscrita na OAB/PI nº 17.958, Cássia Dayane dos Anjos Maga-
lhães, advogada, inscrita na OAB/MA nº 18.719, Caio Benvindo Martins Paulo, advogado, in-
crito na OAB/PI 8469, Artur da Silva Barros, advogado, incrito na OAB/PI 13.398, Mayara de
Moura Martins Neiva, brasileira, advogada OAB PI 11.257, Hamilton Coelho Resende Filho, bra-
sileiro, OAB/PI 4165, Maciel Furtado Amorim, advogado, brasileiro, OAB/PI 5286.

PODERES: Substabeleço, com reserva, todos os poderes que foram conferidos pelo BANCO
BRADESCO S/A, BRADESCO ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO LTDA,
BANCO BRADESCO CARTÕES S/A, BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A,
BANCO BRADESCARD S/A, BANCO BANKPAR S/A, BRADESCO LEASING S/A –
ARRENDAMENTO MERCANTIL, TEMPO SERVIÇOS LTDA, BF PROMOTORA DE
VENDAS LTDA, BP BRADESCO PROMOTORA DE VENDAS LTDA E BANCO LO-
SANGO S.A. – BANCO MÚLTIPLO.

Teresina (PI), 01 de junho de 2022.

ANTÔNIO DE MORAES DOURADO NETO


OAB/PE 23.255

ROL DE PERGUNTAS

Aponte a câmera para o QR Code


ou clique aqui para acessar nossas 1 www.urbanovitalino.com.br
redes sociais.

Assinado eletronicamente por: CLEBERT DOS SANTOS MOURA - 16/08/2022 15:12:02 Num. 30738263 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22081615120281800000028948958
Número do documento: 22081615120281800000028948958
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
CENTRAL DE MANDADOS DA COMARCA DE

PROCESSO Nº:
CLASSE:
ASSUNTO(S): []

INFORMAÇÃO DE DEVOLUÇÃO DE MANDADO

Segue em anexo certidão comprobatória da diligência realizada pelo Sr.


Oficial de Justiça e Avaliador, para os devidos fins.

-PI, 27 de julho de 2022.

ANANIAS DE SOUSA FILHO


Central de Mandados da Comarca de

Assinado eletronicamente por: ANANIAS DE SOUSA FILHO - 27/07/2022 11:30:08 Num. 30011205 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22072711300828800000028269687
Número do documento: 22072711300828800000028269687
Assinado eletronicamente por: ANANIAS DE SOUSA FILHO - 27/07/2022 11:30:08 Num. 30011207 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22072711300838100000028269689
Número do documento: 22072711300838100000028269689
Assinado eletronicamente por: ANANIAS DE SOUSA FILHO - 27/07/2022 11:30:08 Num. 30011207 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22072711300838100000028269689
Número do documento: 22072711300838100000028269689
Assinado eletronicamente por: ANANIAS DE SOUSA FILHO - 27/07/2022 11:30:08 Num. 30011207 - Pág. 3
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22072711300838100000028269689
Número do documento: 22072711300838100000028269689
SEGUE EM ANEXO

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:30 Num. 29129784 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183005900000027443093
Número do documento: 22070419183005900000027443093
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
01ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE Picos – PI.

PROCESSO NÚMERO:
0802176-73.2022.8.18.0032

BANCO BRADESCO S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrito


no CNPJ sob o nº 60.746.948/0001-12, com sede na Núcleo Cidade
de Deus, Vila Yara, Osasco, São Paulo, CEP 06454-000, Estado de
São Paulo (doc.01), com o seguinte endereço eletrônico:
4785.advogados@bradesco.com.br, vem, por intermédio de seus
advogados in fine constituídos ut instrumento procuratório
(doc.02), com endereço constante no timbre, onde receberão as
intimações e/ou notificações, apresentar

CONTESTAÇÃO

Aos fatos e pedidos formulados nos autos do processo em epígrafe,


que lhe move FRANCISCO FELIX DE MOURA, o que faz em
consonância com os funda- mentos de fato e de direito abaixo
adunados para ao final requerer.

EMENTA

• Trata-se de título de investimento vinculado à conta corrente.


• Sabidamente é a opção de crédito com baixa liquidez e para uso emergencial.
• Basta que o cliente tenha linha de crédito para contratação os pagamentos serão através da conta
(descontos).

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29129786 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183062700000027443095
Número do documento: 22070419183062700000027443095
CONTESTAÇÃO

Síntese da Contestação



Narrativa e Pedidos Autorais Realidade dos Fatos e Defesa

Alega a parte autora que identificou descontos


i) Fundamental entender o que aconteceu;
em seus proventos decorrentes de parc cred
pess, que não contratou/decorrentes de
contrato eivado de nulidade, por não ter sido ii) Identificar se a quantia do empréstimo foi
firmado mediante instrumento público, apesar recebida;
de se tratar de pessoa analfabeta.
iii) Identificar que não houve qualquer vício de
Assim, requer a antecipação da tutela para que vontade na contratação; e
os descontos sejam suspensos, bem como
pede a anulação do contrato, devolução em iv) Verificar que o consumidor recebeu o que
dobro do que foi pago e danos morais. buscou, foi beneficiado e, agora, quer se
desobrigar.

01 02 03
Preliminares Principais Subsídios e Provas Principais Teses Jurídicas
Log de Contratação
Falta de interesse de Regularidade da contratação
Comprovante de liberação do
agir Venire contra factum proprium
valor objeto do contrato em favor
Conexão
da parte autora

Requerimentos Finais

Acolhimento das preliminares;


Sejam julgados improcedentes os pedidos autorais;
Em remota hipótese de procedência dos pedidos, seja o quantum indenizatório fixado seguindo a
razoabilidade e proporcionalidade.

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29129786 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183062700000027443095
Número do documento: 22070419183062700000027443095
CONTESTAÇÃO

● 01 Foco Inicial

0 O Crédito Pessoal, na forma de CDC, é um dos produtos financeiros mais populares do Brasil:
2│

02 Decisões favoráveis em todo o Brasil

Fora o exposto acima, apresentamos, de logo, Decisões que, por razões diversas:

i) reconhecem a regularidade da contratação pela não contestação do valor recebido, e;


ii) declaram a legitimidade do contrato firmado com parte analfabeta, mediante assinatura a rogo;

Pede-se, por atenção, verificação das razões de decidir apresentadas nos julgados a seguir:

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE NEGÓCIO JURÍDICO CUMULADA COM DANOS MORAIS. PRELIMINAR
DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA DIALETICIDADE ARGUIDA EM CONTRARRAZÕES RECURSAIS. AFASTADA. NULIDADE DA SENTENÇA
POR NECESSIDADE DE PERÍCIA. CERCEAMENTO DE DEFESA. PREJUDICIAL RECHAÇADA. EMPRÉSTIMOS EFETIVAMENTE
CONTRATADOS PELA AUTORA. DISPONIBILIZAÇÃO DO PRODUTO DO MÚTUO. EFETIVA UTILIZAÇÃO PARA PAGAMENTOS E
DIVERSOS SAQUES. CONTRATAÇÃO TÁCITA. SENTENÇA MANTIDA. RECURSO NÃO PROVIDO. Afasta-se a preliminar de ofensa ao
Princípio da Dialeticidade, quando verificado que o apelo encontra-se suficientemente motivado. Não há falar em nulidade da sentença
por cerceamento de defesa, quando ocorre o indeferimento da produção de prova pericial, porquanto o julgador, como destinatário
das provas, possui discricionariedade para indeferir aquelas que entender impertinentes. Mantém-se a sentença que julgou
procedente o requerimento de declaração de inexistência dos empréstimos consignados, bem como os pedidos dele decorrentes
(indenização por dano moral e repetição do indébito), quando efetivamente demonstrada nos autos a contratação tácita pela
parte autora, esta que, após a disponibilização das quantias referentes aos empréstimos, realizou vários pagamentos e diversos
saques, demonstrando ser válida, portanto, a relação jurídica que existiu, restando plenamente afastada a tese de
desconhecimento.

(TJ-MS - AC: 08019539220208120021 MS 0801953-92.2020.8.12.0021, Relator: Des. Sérgio Fernandes Martins, Data de
Julgamento: 19/03/2021, 1ª Câmara Cível, Data de Publicação: 23/03/2021). Grifos nossos.

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO. REGULARIDADE DO CONTRATO. COMPROVAÇÃO DE


DEPÓSITO DOS VALORES EM CONTA CORRENTE. LEGALIDADE DOS DESCONTOS DAS PARCELAS DO EMPÉSTIMO. RECURSO
CONHECIDO E IMPROVIDO. I -As disposições contidas no Código de Defesa do Consumidor são claras no sentido de que, em casos
de empréstimos, compete ao réu, no caso o banco apelado, em razão da inversão do ônus da prova, comprovar a existência de qualquer
fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito do autor, no caso a origem dos valores descontados, o que verifico ter havido no
presente caso, pela comprovação do efetivo depósito do valor na conta corrente da autora. II - O inequívoco comportamento da
apelante fez surgir para o banco a legítima expectativa de confiança quanto à execução do contrato de empréstimo, impedindo
o consumidor, assim, de questionar sua existência, pois exarou sua declaração de vontade no momento em que aceitou
passivamente o depósito do numerário em conta de sua titularidade, não podendo, agora, contestar os descontos das respectivas

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29129786 - Pág. 3
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183062700000027443095
Número do documento: 22070419183062700000027443095
CONTESTAÇÃO

parcelas, por aplicação da teoria do venire contra factum proprium. III - Comprovada a legalidade dos descontos deve ser
mantida a sentença de improcedência da ação. IV - Recurso conhecido e improvido. Unanimidade. TJ-MA - APL: 0483072014 MA
0002552-71.2014.8.10.0040, Relator: MARCELINO CHAVES EVERTON, Data de Julgamento: 24/05/2016, QUARTA CÂMARA CÍVEL,
Data de Publicação: 31/05/2016). Grifos nossos.

0 DIREITO CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO C/C PEDIDOS DE RESTITUIÇÃO
DE VALORES E COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. CONTRATO DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO FIRMADO POR IDOSO INDÍGENA
2│ ANALFABETO. VALIDADE. REQUISITO DE FORMA. ASSINATURA DO INSTRUMENTO CONTRATUAL A ROGO POR TERCEIRO, NA
PRESENÇA DE DUAS TESTEMUNHAS. ART. 595 DO CC/02. PROCURADOR PÚBLICO. DESNECESSIDADE. 1. Ação ajuizada em
● 20/07/2018. Recurso especial interposto em 22/05/2020 e concluso ao gabinete em 12/11/2020. 2. O propósito recursal consiste
em dizer acerca da forma a ser observada na contratação de empréstimo consignado por idoso indígena que não sabe ler e escrever
(analfabeto). 3. Os analfabetos, assim como os índios, detêm plena capacidade civil, podendo, por sua própria manifestação de
vontade, contrair direitos e obrigações, independentemente da interveniência de terceiro. 4. Como regra, à luz dos princípios
da liberdade das formas e do consensualismo, a exteriorização da vontade dos contratantes pode ocorrer sem forma especial
ou solene, salvo quando exigido por lei, consoante o disposto no art. 107 do CC/02. 5. Por essa razão, em um primeiro aspecto,
à míngua de previsão legal expressa, a validade do contrato firmado por pessoa que não saiba ler ou escrever não depende de
instrumento público. 6. Noutra toada, na hipótese de se tratar de contrato escrito firmado pela pessoa analfabeta, é imperiosa
a observância da formalidade prevista no art. 595 do CC/02, que prevê a assinatura do instrumento contratual a rogo por
terceiro, com a subscrição de duas testemunhas. . 7. Embora o referido dispositivo legal se refira ao contrato de prestação de
serviços, deve ser dada à norma nele contida o máximo alcance e amplitude, de modo a abranger todos os contratos escritos firmados
com quem não saiba ler ou escrever, a fim de compensar, em algum grau, a hiper vulnerabilidade desse grupo social. (REsp
1907394/MT, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 04/05/2021, DJe 10/05/2021). Grifos nossos.

03 O que tem acontecido na prática

Existem várias Ações idênticas tramitando no Brasil, todas alegando nulidades. Não é bem assim!

O que acontece é que as Partes Adversas buscam a Instituição Financeira porquê de alguma forma necessitam de
crédito, seja para quitar despesas ordinárias, por vezes com taxas de juros maiores, seja em razão de algum imprevisto
ou necessidade de aquisição de determinado bem, e nestas ocasiões, por livre e espontânea vontade, optam pela
modalidade de crédito que lhe é mais vantajosa ou que lhe é possível.

Contratam, usam o crédito e, após, usam de artifícios para tentar não cumprir com a obrigação que assumiram.

Necessária uma reflexão acerca desse volume de demandas idênticas.

04 Das preliminares

A. Da ausência do interesse de agir

A parte autora jamais acionou o réu a fim de resolver amigavelmente o conflito.

Não se trata da necessidade do exaurimento da via administrativa, mas de encontrar uma resistência à pretensão. Caso
contrário, não haverá lesão ou ameaça a ser apreciada pelo Poder Judiciário.

Ademais, destaca-se que segundo informações disponíveis no endereço eletrônico


https://www.consumidor.gov.br/pages/empresa/20140206000001101/perfil, o Banco Bradesco apresentou
em 2020 índices de 77% de solução das reclamações, 100% das reclamações respondidas e 11,8 dias de
prazo médio para respostas.

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29129786 - Pág. 4
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183062700000027443095
Número do documento: 22070419183062700000027443095
CONTESTAÇÃO

Neste ponto, destaca-se que a moderna jurisprudência tem se firmado pela necessidade de se buscar uma
solução amigável antes da judicialização da demanda, o que se pode verificar através da ratio decidendi
esposada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE nº 631240, de relatoria do Ministro ROBERTO
● BARROSO (Tribunal Pleno), julgado em 03/09/2014 e pela decisão do Superior Tribunal de Justiça no REsp nº
1.310.042 – PR, que teve como relator o Ministro HERMAN BENJAMIN.
0
2│ Assim, considerando que a parte autora:


i. Não comprova tentativa amigável de composição;
ii. Não comprova a existência de pretensão resistida;

A extinção do feito sem resolução do mérito é medida que se impõe, nos termos do art. 485, VI do CPC.

B. Da conexão

A presente ação é conexa ao processo nº. 0802178-43.2022.8.18.0032, 0802173-21.2022.8.18.0032. 0802177-


58.2022.8.18.0032. 0802175-88.2022.8.18.0032. 0802629-68.2022.8.18.0032, haja vista a identidade de partes
e pedidos/causa de pedir – TODOS OS PROCESSOS RECLAMAM DE COBRANÇAS SUPOSTAMENTE INDEVIDAS
RELACIONADAS AO BANCO BRADESCO - razão pela qual se requer a reunião de tais processos a fim de que sejam
estes decididos simultaneamente, nos termos do art. 55, §3º do CPC, evitando decisões contraditórias, bem como a
fragmentação de eventual indenização por danos morais.

03 Detalhamento/Rechaçamento dos fatos

Verifica-se que a parte autora reclama do seguinte contrato:

- Contrato nº 419505755, firmado em 13/10/2020, no valor de R$ 4.796,82, para pagamento em 84 parcelas de R$ 117,04, tendo
parte do valor sido utilizado para quitar o saldo devedor do contrato nº 418805606 e o saldo remanescente sido liberado em favor da
Parte Autora.

Trata-se de um contrato efetuado no Correspondente Bancário, esta modalidade é feita mediante cartão,
senha/biometria, não há via física para esse tipo de contratação. O log de contratação segue em anexo.

Acerca do recebimento do crédito na conta da parte autora, bem como sua utilização, pode-se notar pela simples
conferência do extrato, abaixo:

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29129786 - Pág. 5
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183062700000027443095
Número do documento: 22070419183062700000027443095
CONTESTAÇÃO

É cediço que a contratação do CDC é menos burocrática e realizada diretamente na conta corrente, mas não se trata de
contrato menos seguro que os demais. Portanto, a negociação e adesão ao produto é realizada diretamente nos canais
de atendimento pelo consumidor, ao passo que todas as camadas de segurança precisam ser ultrapassadas.

Assim, a contratação do Crédito Pessoal através dos canais digitais é garantida por rigoroso processo de validação:
0
2│ Dispositivos de Segurança:

Outra forma de Forma mais tradicional,


autenticação das trata-se de cartão

01 transações feitas pelos


canais digitais do banco e
consiste em um cartão
com 70 combinações
03 magnético fornecido pelo
banco para uso pessoal e
intransferível dos seus
clientes, a ser utilizado em
Token
numéricas de 3 dígitos. caixa eletrônico. Além
Biometria Não existem cartões iguais disso o cartão precede a
e não há qualquer dado do utilização de senhas
cliente no cartão, numéricas de 4 e/ou 6
conforme imagem dígitos a depender de qual
exemplificativa abaixo. Pode ser um aparelho operação irá ser feita.
físico concedido ao cliente
Ocorre através de leitura
da palma da mão do ou um programa instalado
cliente, conforme seu no seu celular. Esse
padrão vascular - pré- sistema substitui o TAN
cadastrado junto ao banco CODE e gera as chaves de

02 04
- por meio de um scanner segurança de forma
instalado no caixa automática e temporária,
eletrônico, procedimento através de combinações de
de validação intransferível
números, que valem
e impossível de ser
menos de 1 minuto. Ou
fraudado. Tan code seja, naquela transação. Cartão magnético

Para conclusão do Crédito Pessoal de forma digital, além do uso das ferramentas de segurança acima mencionadas, é
necessário também a indicação da senha numérica de 4 ou 6 dígitos, sendo a de 4 dígitos utilizada para acessar o
aplicativo no celular, internet banking e fone fácil e a de 6 dígitos quando da solicitação por meio de caixas eletrônicos.

No caso da solicitação do empréstimo mediante uso do cartão magnético em caixa eletrônico, além do cartão, é
imprescindível, ainda, da validação da operação por meio do TOKEN ou TAN CODE e da senha de 6 números.

Portanto, Excelência, as medidas de segurança adotadas pelo Bradesco na autenticação das transações feitas nos
canais digitais de atendimento só ratificam a legitimidade da contratação em discussão, frente à segurança dos
ambientes virtuais do banco.

Desta forma, a parte autora detentora de sua senha pessoal e intransferível seria a única a realizar o empréstimo na
modalidade pessoal, vejamos Enunciado do TJMA:

Enunciado n. 8 A senha bancária é de uso pessoal do titular e eventual empréstimo realizado no terminal de autoatendimento, feito
sob sua responsabilidade ou ciência, deve ser considerado válido. (APROVADO POR MAIORIA)

Inequívoco, portanto, a regularidade da contratação.

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29129786 - Pág. 6
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183062700000027443095
Número do documento: 22070419183062700000027443095
CONTESTAÇÃO

● 03 Mérito

0 Acaso não acolhidas as preliminares, passa-se a combater o mérito.


2│
● A. Da legalidade da contratação / cumprimento do direito à informação

O Contrato foi firmado, isso é fato (artigo 373, II do CPC).

Basta, para tanto, ver os documentos colacionados ao final. E a Parte Adversa teve plena ciência do que contratou, o
que se constata após uma análise, mesmo que não detalhada, do que estava escrito no aludido Contrato (artigo 6, III
do CDC).

Primeiro: que se diga não haver nada errado em se tratar de modalidade por adesão. Tal ressalva é posta eis que muitos
ecoam que só isso já seria um prejuízo. Ledo engano! A modalidade é necessária no mundo moderno. Contrata quem
assim o desejar.

Segundo: que a Parte Adversa possui emprego fixo ou é concursada/aposentada, provavelmente sabe ler, escrever e
interpretar, e, ao tempo em que, por vontade própria, contratou com o Banco, por certo que leu e entendeu o que estava
contratando. Afinal, é inadmissível que alguém, nos dias de hoje, ainda mais com o conhecimento da Parte Adversa,
assine qualquer documento sem lê-lo.

Terceiro: porquê ao se debruçar sobre o Contrato e demais documentos, denota-se a ciência da Parte Adversa às
inúmeras explicações que ali se encontram contidas, as quais são claras e de fácil entendimento por qualquer do povo.

O que mais, então, o Banco poderia fazer? Patente que a Parte Adversa teve ciência do que contratou.

B. Da postura / ausência de pedido de devolução das quantias

É no mínimo curioso verificar que os pleitos são lançados ao Poder Judiciário apenas para buscar indenização.

Raríssimos são os pedidos para devolver o que receberam na conta.

Em regra, se alega a não contratação/nulidade dela, mas a intenção é de auferir vantagens com isso.

Tal postura merece ser revista pelo Poder Judiciário, eis que alguns resultados obtidos em demandas têm gerado uma
verdadeira enxurrada de novas ações, assoberbando o Poder Judiciário e onerando todo o sistema financeiro,
prejudicando, na essência, os próprios tomadores de empréstimos.

Necessário adentrar no pedido. Ver o que se busca, sem esquecer de que o bem da vida buscado foi recebido e usado.

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29129786 - Pág. 7
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183062700000027443095
Número do documento: 22070419183062700000027443095
CONTESTAÇÃO

O que tem acontecido normalmente é o seguinte:

● Indenização por danos


morais
0
2│ Consumidor Alegação Indenização por danos mate-
contrata de riais/repetição de indébito

operação de
Manutenção dos valores
recebidos na contratação

Ou seja, não é difícil encontrar situações onde a Parte Adversa, ao final da ação, se viu indenizada em 5 (cinco) ou até
10 (dez) vezes mais do que o valor que ele voluntariamente contratou, prática que deve ser fortemente coibida pelo
judiciário, inclusive, com a imposição de condenações por litigância de má-fé, para o fim de se gerar efeito didático.

Isto porque é considerável o número de aventuras jurídicas hoje propostas perante o judiciário, onde partes que nada
têm a perder, eis se beneficiam da gratuidade da justiça, ingressam com demandas judiciais aguardando que a
instituição financeira, por dificuldades administrativas ou de outra ordem, não identifique, a tempo da apresentação da
contestação, o contrato reclamado.

Resta patente, portanto, a legalidade dos descontos efetivados no benefício da Parte Adversa.

C. Da aplicação dos institutos da supressio e do venire contra factum proprium

Os institutos devem ser aplicados à espécie.

É que como a Parte Adversa já possui o produto há certo tempo, o primeiro instituto tem ligação intrínseca. Já o segundo
possui elementos essenciais envolvendo a matéria de empréstimo consignado:

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29129786 - Pág. 8
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183062700000027443095
Número do documento: 22070419183062700000027443095
CONTESTAÇÃO

D. Da necessidade de instrumento público na contratação com analfabeto

● Destaque-se que:

0 o analfabetismo não faz presumir a existência de incapacidade civil, seja ela relativa ou absoluta;
2│ inexiste na legislação pátria disposição legal que exija procuração pública para validade de contrato firmado
por analfabeto;
● presumir que o simples fato do contratante ser analfabeto gera a nulidade do contrato implica em dizer que
este não tem capacidade para as avenças do dia a dia, como a compra de alimentos em supermercados, por
exemplo. Importa em equipará-lo a uma pessoa totalmente incapaz. Inapta para os atos da vida civil;

A nulidade do contrato depende de prova que ateste eventual vício de vontade na contratação.

Ademais, estamos tratando de produto com os menores juros do mercado.

Acerca do assunto já houve definições em IRDRs:

a) Maranhão: Incidente de Resolução de Demanda Repetitiva Nº 0008932-65.2016.8.10.0000:

A pessoa analfabeta é plenamente capaz para os atos da vida civil (CC, art. 2º) e pode exarar sua manifestação de vontade por
quaisquer meios admitidos em direito, não sendo necessária a utilização de procuração pública de escritura pública para a contratação
de empréstimo consignado, de sorte que eventual vício existente na contratação do empréstimo deve ser discutido à luz das hipóteses
legais que autorizam a anulação por defeito do negócio jurídico (CC, arts. 138, 145, 151, 156, 157 e 158);

b) Ceará: Incidente de Resolução de Demanda Repetitiva Nº. nº 0000708 62.2017.8.06.0147


(53.983/2016):

É CONSIDERADOLEGALO INSTRUMENTO PARTICULAR ASSINADO A ROGO E SUBSCRITO POR DUAS TESTEMUNHAS PARA A
CONTRATAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS ENTRE PESSSOAS ANALFABETAS E INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, NOS DITAMES
DO ART. 595 DO CC, NÃO SENDO NECESSÁRIOINSTRUMENTO PÚBLICO PARA A VALIDADE DA MANIFESTAÇÃODE VONTADE DO
ANALFABETO NEM PROCURAÇÃO PÚBLICADAQUELE QUE ASSINA A SEU ROGO, CABENDO AO PODERJUDICIÁRIO O CONTROLE DO
EFETIVO CUMPRIMENTO DASDISPOSIÇÕES DO ARTIGO 595 DO CÓDIGO CIVIL

c) Além de posicionamento firme do STJ:

É válida a contratação de empréstimo consignado por analfabeto mediante a assinatura a rogo, a qual, por sua vez, não se confunde,
tampouco poderá ser substituída pela mera aposição de digital ao contrato escrito. STJ. 3ª Turma. REsp 1.868.099-CE, Rel. Min. Marco
Aurélio Bellizze, julgado em 15/12/2020 (Info 684).

Por fim, saliente-se que os requisitos dos artigos 104, 107 e 595 do CC estão cumpridos, não se podendo admitir
qualquer alusão ao artigo 37, §1 da lei 6.015/1973, eis que inaplicável à situação (trará de registro e escrituração nos
Cartórios de Registro de Pessoas Naturais).

E. Dos danos morais

Qual, efetivamente, foi o abalo da Parte Adversa? Ele (o suposto abalo), caso tenha ocorrido, foi demonstrado?

É que, sabe-se, para que uma condenação de tal órbita ocorra deve ocorrer um ferimento à honra, à paz, a qual não
se sustenta, apenas, com uma mera insatisfação com o acontecido. Situações chatas todos passam. É o mal (ou
bem), de vivermos num mundo moderno.

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29129786 - Pág. 9
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183062700000027443095
Número do documento: 22070419183062700000027443095
CONTESTAÇÃO

Ademais, ainda que se entenda pela cobrança indevida dos valores reclamados pela Parte Adversa, o que se cogita
apenas por argumentar, não se está diante de hipótese de dano moral in re ipsa, de modo que caberia à Parte
Adversa comprovar que maiores transtornos foram gerados em decorrência dos descontos. Em outras linhas, o
● dano moral necessita de demonstração da ocorrência de constrangimento, angústia e tristeza ao ofendido.

0
F. Do termo inicial dos juros que envolvem danos morais
2│
● Acredita-se que não haverá condenação no caso em tela. Contudo, caso ela venha e tenha arbitramento de valores a
título de danos morais, sinaliza-se, por cautela, acerca da não aplicação dos conteúdos da Súmula 54 do STJ e do artigo
398 do CC. Todo o arrazoado abaixo se resume em algumas perguntas:

1. A Parte Ré poderia pagar antes?


2. A Parte Ré tinha ciência de alguma obrigação judicial no início da demanda?
3. O que a Parte Ré descumpriu? Incidiu em mora?

O Resp 903258/RS1, cujo Voto da Relatora, Ministra Maria Isabel Gallotti, enfrenta e esclarece a questão.

A Ministra discorreu no sentido de que no caso de pagamento de indenização em dinheiro por dano moral puro ‘não há
como considerar em mora o devedor, se ele não tinha como satisfazer obrigação pecuniária não fixada por sentença
judicial, arbitramento ou acordo entre as partes’.

É que o artigo 1.064 do Código Civil de 1916 e o artigo 407 do Código Civil de 2002 estabelecem que os juros de mora
são contados desde que seja fixado o valor da dívida. Desta forma, como os danos morais somente assumem expressão
patrimonial com o arbitramento de seu valor em dinheiro na Sentença de mérito, a Ministra conclui que o não pagamento
desde a data do ilícito não pode ser considerado omissão imputável ao devedor, para efeito de tê-lo em mora. Em suma,
mora não há! E isso porquê...’Mesmo que o quisesse, o devedor não teria como satisfazer obrigação decorrente de dano
moral não traduzida em dinheiro nem por sentença judicial, nem por arbitramento e nem por acordo (CC/16, artigo
1.064)’.

Já quanto à correção monetária – e até mesmo demonstrando a congruência para os casos relacionados ao chamado
‘dano moral puro’ – a Súmula 362 do STJ define que tal deve incidir a partir do arbitramento, entendimento sumular
esse que, diferentemente do acima demonstrado, merece efetiva aplicação.

G. Da impossibilidade de se acolher o pleito de devolução em dobro

Denota-se da análise dos autos que o contestante demonstrou inequivocamente a regularidade da contratação e, por
conseguinte, a ausência de ilicitude na cobrança dos valores referentes ao produto contratado, portanto, inexiste dever
de devolução dos valores cobrados, sobretudo em dobro.

H. Da necessidade de compensação atualizada

Com base no Princípio da Concentração, requer-se que, caso Vossa Excelência, mesmo após todas as explicações
acima, ainda assim entenda por bem em determinar alguma espécie de condenação para esta Instituição Financeira, a
devolução, atualizada (juros e correção monetária), da quantia que foi disponibilizada para a Parte Adversa ou a sua
devida compensação, também de forma atualizada (juros e correção monetária).

I. Da impossibilidade de inversão do ônus da prova

1https://ww2.stj.jus.br/processo/pesquisa/?src=1.1.2&aplicacao=processos.ea&tipoPesquisa=tipoPesquisaGenerica&num_registro
=200601848080

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29129786 - Pág. 10
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183062700000027443095
Número do documento: 22070419183062700000027443095
CONTESTAÇÃO

A parte pede em sua inicial a inversão do ônus da prova. Contudo, deve-se rechaçar esta possibilidade que não pode
ser deferida sem se apurar a hipossuficiência do consumidor. Todavia, ainda que se acolha a inversão do ônus da prova,
isto não isenta a parte autora de arcar com o seu ônus, e de fazer ao seu encargo, prova mínima de suas alegações.
● Aplicação do artigo 373, I do CPC.

0 J. Da litigância de má fé
2│
● A parte adversa alterou os fatos para receber indenização. Requer, assim, a aplicação dos artigos 79 e seguintes do CPC.

K. Dos dados apresentados nestes autos

Por cautela, pede-se a aplicação ao caso da regra do artigo 7, VI da LGPD2.

É que dados serão expostos, mas para a realização da defesa da Peticionante.

Ademais, a apresentação de dados em processos judiciais/administrativos, até mesmo os que envolvem o sigilo
bancário, estão acobertadas pelo Princípio da Ampla Defesa e do Contraditório (artigo 5, LV da CF/1988), consoante
reiteradas Decisões dos Tribunais3, inclusive sedimentadas por Precedente do STJ4.

Caso contudo este Juízo entenda por pertinente, que o feito tramite em segredo de Justiça ou que os documentos
juntados que contém dados sejam tornados indisponíveis para o acesso público.

05 Conclusão

Diante do exposto, requer que se digne V.Exa. a:

a) Acolher as preliminares/prejudiciais de mérito acima suscitadas.

b) Condenar a parte adversa nas penas de litigância de má-fé;

c) Acaso tais pleitos não sejam acolhidos, que os pedidos iniciais sejam, todos, julgados improcedentes;.

d) Acaso não se entenda pela improcedência, o que se cogita por argumentar, requer a compensação do crédito
liberado em favor da parte autora - sempre de forma atualizada (juros e correção monetária) - com a quantia cujo
ressarcimento foi determinado por este juízo, bem como com eventual indenização por danos morais, e que tal
ressarcimento seja determinado em sua forma simples, ante a ausência de má-fé da ré. Requer, ainda, que
eventual condenação por danos morais se atente para os princípios da razoabilidade e proporcionalidade

2 Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado nas seguintes hipóteses: VI - para o exercício regular de direitos em processo
judicial, administrativo ou arbitral, esse último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem);

3 Desta forma, não há que se falar em quebra injustificada de sigilo bancário capaz de ensejar reparação por danos morais, quan do a juntada dos
extratos da conta corrente que demonstram a movimentação financeira do devedor são imprescindíveis ao seu exercíci o do direito de defesa. (TJ-
BA - APL: 04001253120138050001, Relator: Cassinelza da Costa Santos Lopes, Primeira Câmara Cível, Data de Publicação: 20/10/2017)

"Não há que se falar em quebra do sigilo bancário quando a parte juntou os extratos da conta c orrente do devedor com o intuito de provar a
inadimplência contratual. " (TJ-DF 00014528020178070001 DF 0001452-80.2017.8.07.0001, Relator: ANA CANTARINO, Data de Julgamento:
11/05/2018, 8ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE : 16/05/2018 . Pág.: Sem Página Cadastrada.)

4 "Não há que se falar em quebra do sigilo quando a parte juntou os extratos da conta corrente do devedor com o intuito de prov ar a inadimplência
contratual. " (STJ - AREsp: 1350938 DF 2018/0215957-9, Relator: Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, Data de Publicação: DJ 19/10/2018)

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29129786 - Pág. 11
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183062700000027443095
Número do documento: 22070419183062700000027443095
CONTESTAÇÃO

e) Na remota hipótese de se constatar a existência de danos morais, requer que o termo inicial dos juros de mora e
da correção monetária, na hipótese de condenação em dano moral, seja a data do arbitramento.

Pleiteia-se provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, os quais estão, desde já,
0 devidamente requeridos , notadamente no que diz respeito à juntada posterior de documentos e à colheita do
2│ depoimento pessoal da parte autora;


Requer ainda, que, sem prejuízo das intimações eletrônicas expedidas por este juízo, as decisões também sejam pu
blicadas em órgão oficial de imprensa em nome de ANTÔNIO DE MORAES DOURADO NETO, inscrito na OAB/PE sob o
nº 23.255, com endereço profissional na Av. Visconde de Suassuna, nº 639, Boa Vista, Recife/PE - CEP: 50.050-540 e
endereço eletrônico: publicacoes.pe@urbanovitalino.com.br , sob pena de nulidade, nos termos do art. 272, § 2° e §5º,
do Códex Processual Civil.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Picos-PI, 04 de julho de 2022.


ANTÔNIO DE MORAES DOURADO NETO

OAB/PE 23.255

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29129786 - Pág. 12
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183062700000027443095
Número do documento: 22070419183062700000027443095
CHAVE_LOJA BOOK_DEF Cod_Agencia_Cli
84655 CRPE-INSS CONSIGNADO - CORRENTISTAS 937

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Cod_Agencia_Neg Conta_Corr_Cli Cod_PAB_PAE Tipo_PAB_PAE Tipo_Segmento
2856 5972 334 9 0

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 3
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 4
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Nome_Segmento Contrato Cod_Produto Cod_Sub_Produto Cod_Convenio Vl_Contrato
CLIENTE CLASSIC 419505755 12 238 55585 4796,82

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 5
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 6
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Vl_Financiado Tac Qtde_Parcela Tipo_Taxa Dt_Celeb_Contrato Dt_Inclusao_Contrato Dt_Vcto_Contrato
4796,82 0 84 1 13/10/2020 13/10/2020 27/12/2027

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 7
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 8
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Situacao_Contrato Sistema_Orig TAXA_MENSAL Objeto_Finan NOME_OBJETO
15 945 1,79 10 CREDITO PESSOAL

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 9
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 10
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
AGCONTA vl_troco vl_troco_liquido NOME_LOJA Cod_Ag Conta dt_abertura AG_PACB Razao
COMECIAL PROGRESSO 937 5972 26/02/2015 0937334 7050

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 11
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 12
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Tipo_Pessoa tp_conta situacao_conta cpf_cnpj sexo dt_nasc vlr_renda ag_conta
FI 0 1-ATIVA CCMS 0234986530000004 1 08/12/1950 1045 0937005972

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 13
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 14
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
dt_resolucao_2025 titular AnoMes_AbCta cod_tipo_pacb chave_corr
26/02/2015 FRANCISCO FELIX DE MOURA 2015/02 2 84655

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 15
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 16
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Contas_Origem_Trag Contas_Trag_Mortalidade Contas_HSBC AnoMes_DtAbt
201502

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 17
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:31 Num. 29130397 - Pág. 18
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183123400000027443106
Número do documento: 22070419183123400000027443106
Extrato para Extrato para
Simples ConferÊncia Simples ConferÊncia
EmissÁo Folha EmissÁo Folha
08/06/2022 01 08/06/2022 02
Nome AgÊncia Conta Nome AgÊncia Conta
FRANCISCO FELIX DE MOURA 0937-7 5.972-2 FRANCISCO FELIX DE MOURA 0937-7 5.972-2
CONTA CORRENTE CONTA CORRENTE
Data HistÓrico Documento DÈbito/crÈdito/saldo Data HistÓrico Documento DÈbito/crÈdito/saldo
SALDO EM 02/10/2020 9,65CR TRANSPORTE 170,00DV
13/10/20 EMPRESTIMO PESSOAL 9505755 730,45 SALDO EM 09/11/2020 170,00DV
13/10/20 RESGATE INVEST FACIL 5958129 223,59 24/11/20 INSS 0240937 992,10
13/10/20 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 960,00- 24/11/20 TARIFA EMISSAO EXTRATO 0061120 1,35-
ESPECIE EXTRATOmes(E)
SALDO EM 13/10/2020 3,69CR 24/11/20 TARIFA BANCARIA 0161120 27,70-
15/10/20 TARIFA BANCARIA 1000002 4,00- CESTA B.EXPRESSO4
SAQUEcorrespondente 24/11/20 APLIC.INVEST FACIL 6868826 792,05-
15/10/20 TARIFA BANCARIA 0131020 27,70- SALDO EM 24/11/2020 1,00CR
CESTA B.EXPRESSO4 25/11/20 RESGATE INVEST FACIL 6868826 792,05
SALDO EM 15/10/2020 28,01DV 25/11/20 SAQUE COM CARTAO CB 0937392 790,00-
23/10/20 RECEBIMENTO FORNECEDOR 0158902 1.075,00 ESPECIE
TRANSITORIA SAQUE CONSIGNADO SALDO EM 25/11/2020 3,05CR
23/10/20 APLIC.INVEST FACIL 5199269 1.045,99- 27/11/20 TARIFA EMISSAO EXTRATO 0251120 1,35-
SALDO EM 23/10/2020 1,00CR EXTRATOmes(E)
26/10/20 INSS 0260937 1.024,10 SALDO EM 27/11/2020 1,70CR

Número do documento: 22070419183165600000027443117


26/10/20 RESGATE INVEST FACIL 5199269 1.045,99 01/12/20 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 9,03-
26/10/20 SAQUE COM CARTAO CB 0937451 570,00- ENCARGO - 08,00%
ESPECIE SALDO EM 01/12/2020 7,33DV
26/10/20 SAQUE COM CARTAO CB 0937451 1.500,00- 09/12/20 GASTOS CARTAO DE CREDITO 3990344 1,88-
ESPECIE SALDO EM 09/12/2020 9,21DV
SALDO EM 26/10/2020 1,09CR 15/12/20 TARIFA BANCARIA 0101220 27,70-
27/10/20 EMPRESTIMO PESSOAL 0031626 2.310,96 CESTA B.EXPRESSO4
27/10/20 APLIC.INVEST FACIL 6107276 2.311,05- SALDO EM 15/12/2020 36,91DV
SALDO EM 27/10/2020 1,00CR 22/12/20 INSS 0220937 990,22
29/10/20 RESGATE INVEST FACIL 6107276 2.311,06 22/12/20 SAQUE COM CARTAO CB 0937392 950,00-
29/10/20 TRANSF VR ENTRE CTAS CB 0937451 600,00- ESPECIE
MURIEL S ALENCAR BEZERRA ME SALDO EM 22/12/2020 3,31CR
29/10/20 APLIC.INVEST FACIL 7087499 1.711,06- 04/01/21 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 0,91-
SALDO EM 29/10/2020 1,00CR ENCARGO - 07,73%

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:32


30/10/20 RESGATE INVEST FACIL 7087499 10,00 SALDO EM 04/01/2021 2,40CR
30/10/20 TARIFA EMISSAO EXTRATO 0281020 1,35- 05/01/21 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,05-
EXTRATOmes(E)
SALDO EM 30/10/2020 9,65CR SALDO EM 05/01/2021 2,35CR
03/11/20 RESGATE INVEST FACIL 7087499 1.701,07 15/01/21 TARIFA BANCARIA 0120121 27,70-
03/11/20 RECIBO RETIRADA CB 0937334 1.850,00- CESTA B.EXPRESSO4

https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183165600000027443117
ESPECIE SALDO EM 15/01/2021 25,35DV
03/11/20 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 0,56- 25/01/21 INSS 0250937 1.046,00
ENCARGO - 07,73% 25/01/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937392 840,00-
SALDO EM 03/11/2020 139,84DV ESPECIE
09/11/20 GASTOS CARTAO DE CREDITO 3990314 30,16- 25/01/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000025 55,92-
TRANSPORTE 170,00DV TRANSPORTE 124,73CR

EXTRATO SEGUNDA VIA EXTRATO SEGUNDA VIA

0007470 SCEX59 0007471 SCEX59

Num. 29130408 - Pág. 1


Extrato para Extrato para
Simples ConferÊncia Simples ConferÊncia
EmissÁo Folha EmissÁo Folha
08/06/2022 03 08/06/2022 04
Nome AgÊncia Conta Nome AgÊncia Conta
FRANCISCO FELIX DE MOURA 0937-7 5.972-2 FRANCISCO FELIX DE MOURA 0937-7 5.972-2
CONTA CORRENTE CONTA CORRENTE
Data HistÓrico Documento DÈbito/crÈdito/saldo Data HistÓrico Documento DÈbito/crÈdito/saldo
TRANSPORTE 124,73CR TRANSPORTE 0,71CR
CONTR 420031626 PARC 001/084 CONTR 419505755 PARC 003/084
25/01/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000025 117,04- SALDO EM 25/03/2021 0,71CR
CONTR 419505755 PARC 001/084 01/04/21 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 0,60-
SALDO EM 25/01/2021 7,69CR ENCARGO - 07,73%
01/02/21 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 0,60- SALDO EM 01/04/2021 0,11CR
ENCARGO - 07,73% 05/04/21 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,11-
SALDO EM 01/02/2021 7,09CR
02/02/21 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,12- SALDO EM 05/04/2021 0,00CR
07/04/21 LIB EMPRESTIM/FINANCIAM 1731575 3.202,26
SALDO EM 02/02/2021 6,97CR 07/04/21 APLIC.INVEST FACIL 9690026 3.201,26-
12/02/21 TARIFA BANCARIA 0100221 27,70- SALDO EM 07/04/2021 1,00CR
CESTA B.EXPRESSO4 08/04/21 RESGATE INVEST FACIL 9690026 10,00
SALDO EM 12/02/2021 20,73DV 08/04/21 GASTOS CARTAO DE CREDITO 3990098 1,88-
22/02/21 DEP DINH CORRESP BANC 0937334 100,00 SALDO EM 08/04/2021 9,12CR
O PROPRIO FAVORECIDO 15/04/21 RESGATE INVEST FACIL 9690026 1.525,08

Número do documento: 22070419183165600000027443117


22/02/21 INSS 0220937 1.047,88 15/04/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937392 1.500,00-
22/02/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 450,00- ESPECIE
ESPECIE 15/04/21 TARIFA BANCARIA 0120421 33,20-
22/02/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 500,00- CESTA B.EXPRESSO4
ESPECIE SALDO EM 15/04/2021 1,00CR
22/02/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000053 55,92- 16/04/21 RESGATE INVEST FACIL 9690026 1.500,00
CONTR 420031626 PARC 002/084 16/04/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937392 1.500,00-
22/02/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000053 117,04- ESPECIE
CONTR 419505755 PARC 002/084 SALDO EM 16/04/2021 1,00CR
SALDO EM 22/02/2021 4,19CR 19/04/21 RESGATE INVEST FACIL 9690026 166,21
01/03/21 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 0,60- 19/04/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 165,00-
ENCARGO - 08,60% ESPECIE
SALDO EM 01/03/2021 3,59CR SALDO EM 19/04/2021 2,21CR
02/03/21 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,10- 26/04/21 INSS 0260937 1.046,00

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:32


26/04/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937392 875,00-
SALDO EM 02/03/2021 3,49CR ESPECIE
15/03/21 TARIFA BANCARIA 0100321 27,70- 26/04/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000116 55,92-
CESTA B.EXPRESSO4 CONTR 420031626 PARC 004/084
SALDO EM 15/03/2021 24,21DV 26/04/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000116 117,04-
25/03/21 INSS 0250937 1.047,88 CONTR 419505755 PARC 004/084

https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183165600000027443117
25/03/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937392 850,00- SALDO EM 26/04/2021 0,25CR
ESPECIE 28/04/21 TARIFA EMISSAO EXTRATO 0260421 1,35-
25/03/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000084 55,92- EXTRATOmes(E)
CONTR 420031626 PARC 003/084 SALDO EM 28/04/2021 1,10DV
25/03/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000084 117,04- 14/05/21 TARIFA BANCARIA 0120521 33,20-
TRANSPORTE 0,71CR TRANSPORTE 34,30DV

EXTRATO SEGUNDA VIA EXTRATO SEGUNDA VIA

0007472 SCEX59 0007473 SCEX59

Num. 29130408 - Pág. 2


Extrato para Extrato para
Simples ConferÊncia Simples ConferÊncia
EmissÁo Folha EmissÁo Folha
08/06/2022 05 08/06/2022 06
Nome AgÊncia Conta Nome AgÊncia Conta
FRANCISCO FELIX DE MOURA 0937-7 5.972-2 FRANCISCO FELIX DE MOURA 0937-7 5.972-2
CONTA CORRENTE CONTA CORRENTE
Data HistÓrico Documento DÈbito/crÈdito/saldo Data HistÓrico Documento DÈbito/crÈdito/saldo
TRANSPORTE 34,30DV TRANSPORTE 817,50CR
CESTA B.EXPRESSO4 26/07/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937451 700,00-
SALDO EM 14/05/2021 34,30DV ESPECIE
25/05/21 INSS 0250937 1.517,76 26/07/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000207 55,92-
25/05/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937392 1.310,00- CONTR 420031626 PARC 007/084
ESPECIE SALDO EM 26/07/2021 61,58CR
25/05/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000145 55,92- 02/08/21 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 0,88-
CONTR 420031626 PARC 005/084 ENCARGO - 08,00%
25/05/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000145 117,04- SALDO EM 02/08/2021 60,70CR
CONTR 419505755 PARC 005/084 03/08/21 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,16-
SALDO EM 25/05/2021 0,50CR
01/06/21 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 0,99- SALDO EM 03/08/2021 60,54CR
ENCARGO - 08,00% 12/08/21 APLIC.INVEST FACIL 3068997 59,54-
SALDO EM 01/06/2021 0,49DV SALDO EM 12/08/2021 1,00CR
02/06/21 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,16- 13/08/21 RESGATE INVEST FACIL 3068997 33,20
13/08/21 TARIFA BANCARIA 0110821 33,20-

Número do documento: 22070419183165600000027443117


SALDO EM 02/06/2021 0,65DV CESTA B.EXPRESSO4
15/06/21 TARIFA BANCARIA 0100621 33,20- SALDO EM 13/08/2021 1,00CR
CESTA B.EXPRESSO4 25/08/21 INSS 0250937 794,80
SALDO EM 15/06/2021 33,85DV 25/08/21 RESGATE INVEST FACIL 3068997 26,34
24/06/21 INSS 0240937 1.517,76 25/08/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937451 20,00-
24/06/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937517 810,00- ESPECIE
ESPECIE 25/08/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937451 800,00-
24/06/21 TRANSF VR ENTRE CTAS CB 0937517 500,00- ESPECIE
MERCADINHO EDER SALDO EM 25/08/2021 2,14CR
24/06/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000175 55,92- 15/09/21 TARIFA BANCARIA 0100921 33,20-
CONTR 420031626 PARC 006/084 CESTA B.EXPRESSO4
24/06/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000175 117,04- SALDO EM 15/09/2021 31,06DV
CONTR 419505755 PARC 006/084 24/09/21 INSS 0240937 794,80
SALDO EM 24/06/2021 0,95CR 24/09/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 263,00-

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:32


01/07/21 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 0,81- ESPECIE
ENCARGO - 08,00% 24/09/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 500,00-
SALDO EM 01/07/2021 0,14CR ESPECIE
02/07/21 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,16- SALDO EM 24/09/2021 0,74CR
01/10/21 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 0,72-
SALDO EM 02/07/2021 0,02DV ENCARGO - 08,00%

https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183165600000027443117
15/07/21 TARIFA BANCARIA 0120721 33,20- SALDO EM 01/10/2021 0,02CR
CESTA B.EXPRESSO4 05/10/21 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,15-
SALDO EM 15/07/2021 33,22DV
26/07/21 ESTORNO DE PARC CONSIG 0413026 55,92 SALDO EM 05/10/2021 0,13DV
26/07/21 INSS 0260937 794,80 15/10/21 TARIFA BANCARIA 0111021 38,60-
TRANSPORTE 817,50CR TRANSPORTE 38,73DV

EXTRATO SEGUNDA VIA EXTRATO SEGUNDA VIA

0007474 SCEX59 0007475 SCEX59

Num. 29130408 - Pág. 3


Extrato para Extrato para
Simples ConferÊncia Simples ConferÊncia
EmissÁo Folha EmissÁo Folha
08/06/2022 07 08/06/2022 08
Nome AgÊncia Conta Nome AgÊncia Conta
FRANCISCO FELIX DE MOURA 0937-7 5.972-2 FRANCISCO FELIX DE MOURA 0937-7 5.972-2
CONTA CORRENTE CONTA CORRENTE
Data HistÓrico Documento DÈbito/crÈdito/saldo Data HistÓrico Documento DÈbito/crÈdito/saldo
TRANSPORTE 38,73DV TRANSPORTE 55,04DV
CESTA B.EXPRESSO4 27/12/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000361 114,96-
SALDO EM 15/10/2021 38,73DV CONTR 419505755 PARC 012/084
25/10/21 INSS 0250937 794,80 SALDO EM 27/12/2021 170,00DV
25/10/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 56,00- 29/12/21 ESTORNO DE PARC CONSIG 0413029 55,92
ESPECIE 29/12/21 ESTORNO DE PARC CONSIG 0413029 114,96
25/10/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 700,00- SALDO EM 29/12/2021 0,88CR
ESPECIE 03/01/22 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 1,65-
SALDO EM 25/10/2021 0,07CR ENCARGO - 08,00%
01/11/21 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 1,00- SALDO EM 03/01/2022 0,77DV
ENCARGO - 08,00% 04/01/22 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,88-
SALDO EM 01/11/2021 0,93DV
03/11/21 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,19- SALDO EM 04/01/2022 1,65DV
18/01/22 TARIFA BANCARIA 0170122 38,60-
SALDO EM 03/11/2021 1,12DV CESTA B.EXPRESSO4
12/11/21 TARIFA BANCARIA 0101121 38,60- SALDO EM 18/01/2022 40,25DV

Número do documento: 22070419183165600000027443117


CESTA B.EXPRESSO4 25/01/22 INSS 0250937 904,56
SALDO EM 12/11/2021 39,72DV 25/01/22 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 64,00-
24/11/21 INSS 0240937 794,80 ESPECIE
24/11/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 255,00- 25/01/22 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 800,00-
ESPECIE ESPECIE
24/11/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 500,00- SALDO EM 25/01/2022 0,31CR
ESPECIE 01/02/22 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 0,70-
SALDO EM 24/11/2021 0,08CR ENCARGO - 08,00%
01/12/21 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 1,20- SALDO EM 01/02/2022 0,39DV
ENCARGO - 08,00% 02/02/22 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,18-
SALDO EM 01/12/2021 1,12DV
02/12/21 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,20- SALDO EM 02/02/2022 0,57DV
15/02/22 TARIFA BANCARIA 0110222 38,60-
SALDO EM 02/12/2021 1,32DV CESTA B.EXPRESSO4

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:32


15/12/21 TARIFA BANCARIA 0101221 38,60- SALDO EM 15/02/2022 39,17DV
CESTA B.EXPRESSO4 21/02/22 INSS 0210937 904,56
SALDO EM 15/12/2021 39,92DV 21/02/22 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 65,00-
23/12/21 INSS 0230937 794,80 ESPECIE
23/12/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 54,00- 21/02/22 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 800,00-
ESPECIE ESPECIE

https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183165600000027443117
23/12/21 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 700,00- SALDO EM 21/02/2022 0,39CR
ESPECIE 02/03/22 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 0,66-
SALDO EM 23/12/2021 0,88CR ENCARGO - 08,89%
27/12/21 PARCELA CREDITO PESSOAL 7000361 55,92- SALDO EM 02/03/2022 0,27DV
CONTR 420031626 PARC 012/084 03/03/22 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,17-
TRANSPORTE 55,04DV TRANSPORTE 0,44DV

EXTRATO SEGUNDA VIA EXTRATO SEGUNDA VIA

0007476 SCEX59 0007477 SCEX59

Num. 29130408 - Pág. 4


Extrato para Extrato para
Simples ConferÊncia Simples ConferÊncia
EmissÁo Folha EmissÁo Folha
08/06/2022 09 08/06/2022 10
Nome AgÊncia Conta Nome AgÊncia Conta
FRANCISCO FELIX DE MOURA 0937-7 5.972-2 FRANCISCO FELIX DE MOURA 0937-7 5.972-2
CONTA CORRENTE CONTA CORRENTE
Data HistÓrico Documento DÈbito/crÈdito/saldo Data HistÓrico Documento DÈbito/crÈdito/saldo
TRANSPORTE 0,44DV TRANSPORTE 0,52CR
SALDO EM 25/05/2022 0,52CR
SALDO EM 03/03/2022 0,44DV 01/06/22 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 1,32-
16/03/22 TARIFA BANCARIA 0150322 38,60- ENCARGO - 08,00%
CESTA B.EXPRESSO4 SALDO EM 01/06/2022 0,80DV
SALDO EM 16/03/2022 39,04DV
25/03/22 INSS 0250937 904,56
25/03/22 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 65,00-
ESPECIE
25/03/22 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 800,00-
ESPECIE
SALDO EM 25/03/2022 0,52CR
01/04/22 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 0,90-
ENCARGO - 08,00%
SALDO EM 01/04/2022 0,38DV
04/04/22 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,18-

Número do documento: 22070419183165600000027443117


SALDO EM 04/04/2022 0,56DV
18/04/22 TARIFA BANCARIA 0130422 44,50-
CESTA B.EXPRESSO4
SALDO EM 18/04/2022 45,06DV
25/04/22 INSS 0250937 1.510,56
25/04/22 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 465,00-
ESPECIE
25/04/22 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 1.000,00-
ESPECIE
SALDO EM 25/04/2022 0,50CR
02/05/22 ENCARGOS LIMITE DE CRED 6716311 0,84-
ENCARGO - 08,28%
SALDO EM 02/05/2022 0,34DV

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 04/07/2022 19:18:32


03/05/22 IOF S/ UTILIZACAO LIMITE 6716311 0,20-

SALDO EM 03/05/2022 0,54DV


13/05/22 TARIFA BANCARIA 0110522 44,50-
CESTA B.EXPRESSO4
SALDO EM 13/05/2022 45,04DV

https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22070419183165600000027443117
25/05/22 INSS 0250937 1.510,56
25/05/22 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 465,00-
ESPECIE
25/05/22 SAQUE COM CARTAO CB 0937334 1.000,00-
ESPECIE
TRANSPORTE 0,52CR

EXTRATO SEGUNDA VIA EXTRATO SEGUNDA VIA

0007478 SCEX59 0007479 SCEX59

Num. 29130408 - Pág. 5


SEGUE EM ANEXO

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 17/06/2022 19:38:33 Num. 28593396 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061719383348800000026936032
Número do documento: 22061719383348800000026936032
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA
01ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE PICOS – PI.

CUMPRIMENTO LIMINAR

PROCESSO
0802176-73.2022.8.18.0032

BANCO BRADESCO S/A,


já devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe, em que contende com FRANCISCO FELIX DE MOURA,
vem a presença de Vossa Excelência, por intermédio de seus advogados in fine assinados, noticiar o cumprimento da
obrigação de fazer imposta em sede liminar.

Como deferimento do pedido antecipatório do mérito formulado pela parte Autora, este MM Juízo proferiu a seguinte
decisão: Suspender desconto.

Deste modo, vem a parte Ré informar o cumprimento da obrigação imposta, conforme tela comprobatória abaixo cola-
cionada:

Nestes termos, pede deferimento.


PICOS / PI, 17 de junho de 2022.
ANTÔNIO DE MORAES DOURADO NETO nº 23.255 OAB/PI 18573

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 17/06/2022 19:38:33 Num. 28593397 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061719383367000000026936033
Número do documento: 22061719383367000000026936033
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
DA COMARCA DE
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-470

PROCESSO Nº: 0802176-73.2022.8.18.0032


CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)
ASSUNTO(S): [Empréstimo consignado]
AUTOR: FRANCISCO FELIX DE MOURA

REU: BANCO BRADESCO S.A.

CERTIDÃO CENTRAL DE MANDADOS


Certifico que o(s) expediente(s) da opção central de mandados foram enviados para a Central de Mandados
de Picos em 15 de junho de 2022 por MARIA CASSIA DOS SANTOS.
-PI, 15 de junho de 2022.

MARIA CASSIA DOS SANTOS


1ª Vara da Comarca de Picos

Assinado eletronicamente por: Usuário do sistema - 15/06/2022 09:27:27, Usuário do sistema - 15/06/2022 09:27:27 Num. 28526286 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061509272713600000026872184
Número do documento: 22061509272713600000026872184
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
1ª Vara da Comarca de Picos DA COMARCA DE PICOS
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-470

PROCESSO Nº: 0802176-73.2022.8.18.0032


CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)
ASSUNTO(S): [Empréstimo consignado]
AUTOR: FRANCISCO FELIX DE MOURA

REU: BANCO BRADESCO S.A.

MANDADO DE INTIMAÇÃO

De ordem do MM. Juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca de Picos da Comarca de


PICOS, MANDA a qualquer dos Oficiais de Justiça deste Juízo, ou quem suas
vezes fizer e for este apresentado, estando este devidamente assinado, que, em
cumprimento ao presente mandado:

FINALIDADE: INTIMAR a parte abaixo qualificada para comparecer à


audiência de conciliação, instrução e julgamento, no dia 17/08/2022, às
11:20 horas, de acordo com as informações constantes da DECISÃO de
ID 27041902, em anexo.
QUALIFICAÇÃO DA PARTE:
Nome: FRANCISCO FELIX DE MOURA
Endereço: Rua Bela Vista, 51, Lagos Dantas, MONSENHOR HIPÓLITO - PI -
CEP: 64650-000
CUMPRA-SE, observando as formalidades legais e promovendo todas as diligências necessárias à
localização do intimando.
Conforme Provimento Conjunto Nº 29/2020 - PJPI/TJPI/SECPRE as cópias de todos os documentos de
atos processuais até a presente data praticados podem ser visualizadas, utilizando as chaves de acesso
abaixo, acessando o sítio

https://tjpi.pje.jus.br/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam :

Documentos associados ao processo

Assinado eletronicamente por: MARIA CASSIA DOS SANTOS - 15/06/2022 09:27:11 Num. 28526283 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061509271156300000026871431
Número do documento: 22061509271156300000026871431
Título Tipo Chave de acesso**
Petição 2205061251562940000002546
Petição Inicial
Inicial 9058
03 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
2205061251564240000002546
DANOS MORAIS - ANALFABETO - Petição
9059
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO ATIVO
Documento 2205061251567790000002546
documentos pessoais
s 9060
Comprovan 2205061251572670000002546
extrato consig
te 9062
2205100943254520000002547
Decisão Decisão
5451
Contrafé 2205101102122740000002556
Contrafé eletrônica
eletrônica 4403
2205100943254520000002547
Citação Citação
5451
2205100943254520000002547
Intimação Intimação
5451
2205201035006400000002595
Habilitação nos autos Petição
4040
protocolo - carol - habilitacao - 2205201032228410000002595
Petição
2635623_1652901011 4047
ata - diretoria - banco - bradesco - sa Documento 2205201032230050000002595
_4 s 4048
Documento 2205201032232410000002595
do-pg-0023_3
s 4049
2205201032234620000002595
procuracao-bradesco-1_2 Procuração
4053
Documento 2206140225009440000002681
Documentos
s 5449
Documento 2206140225011140000002681
carta de preposicao_Nicole Spencer----
s 5450
substabelecimento_Hilton Pereira de Documento 2206140225013640000002681
Lima Júnior s 5451
Ata da 2206141345152230000002684
Ata da Audiência
Audiência 5702
2206141537110860000002685
Link de acesso a mídia de audiência Certidão
3836

PICOS-PI, 15 de junho de 2022.

MARIA CASSIA DOS SANTOS


Secretaria da 1ª Vara da Comarca de Picos

Ciente em ___/____/_______

___________________________________
Intimado/Citado

Assinado eletronicamente por: MARIA CASSIA DOS SANTOS - 15/06/2022 09:27:11 Num. 28526283 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061509271156300000026871431
Número do documento: 22061509271156300000026871431
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
GABINETE DA 1ª Vara da Comarca de Picos
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-
470

PROCESSO Nº: 0802176-73.2022.8.18.0032


CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)
ASSUNTO(S): [Empréstimo consignado]
AUTOR: FRANCISCO FELIX DE MOURA
REU: BANCO BRADESCO S.A.

CERTIDÃO

CERTIFICO QUE, procedi com a inserção dos arquivos de mídia da audiência realizada
nos autos na ferramenta digital onedrive desta Vara, possuindo como link de acesso o
seguinte:
https://midias.pje.jus.br/midias/web/08021767320228180032
O referido é verdade e dou fé.
Picos-PI, 14 de junho de 2022.

MARIO NARCIO RODRIGUES DE CARVALHO


Secretaria da 1ª Vara da Comarca de Picos

Assinado eletronicamente por: MARIO NARCIO RODRIGUES DE CARVALHO - 14/06/2022 15:37:11 Num. 28506921 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061415371108600000026853836
Número do documento: 22061415371108600000026853836
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
GABINETE DA 1ª Vara da Comarca de Picos
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-
470

PROCESSO Nº: 0802176-73.2022.8.18.0032


CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)
ASSUNTO(S): [Empréstimo consignado]
AUTOR: FRANCISCO FELIX DE MOURA
REU: BANCO BRADESCO S.A.

AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO


Aos 14/06/2022, às 11:30 horas, nesta cidade e Comarca de Picos, Estado do Piauí, na
sala das audiências virtual de videoconferência, através do sistema Microsft Teams
para fins de realização de audiências. Presente a Meritíssima Juíza de Direito da 1ª
Vara, Bela. MARIA DA CONCEIÇÃO GONÇALVES PORTELA, comigo, MÁRIO
NARCIO RODRIGUES DE CARVALHO, Oficial de Gabinete, ausente o requerente,
presente a Advogada Dra. JÉSSICA BRENDA CARVALHO SILVA, OAB/MA 23.621,
presente a parte requerida, representada pela preposta NICOLE SPENCER MACEDO,
CPF 085.233.774-41, acompanhada da Advogada Dra. HILTON PEREIRA DE LIMA
JÚNIOR, OAB/PE 31,135, na oportunidade em que a MM Juíza declarou aberta
audiência dos autos em epígrafe, sendo realizada por videoconferência. Aberta a
audiência, a MM Juíza lançou a proposta conciliatória, que restou inexitosa. Aberta a
audiência, a MM Juíza lançou a proposta conciliatória, que restou inexitosa. Aberta a
audiência, a advogada da parte autora manifestou nos seguintes termos: “A parte
autora requer que seja designada nova audiência de instrução e julgamento uma vez
que este causídico não conseguiu localizar a parte autora. Requer que seja intimado
pessoalmente para comparecer à audiência de instrução e julgamento com a
advertência de que não comparecendo poderia lhe ser aplicado a pena de confesso
conforme Art. 343, parágrafo 2 do NCC. Além disso, informa este causídico que não
pode ser aplicado a pena de multa pelo não comparecimento em audiência porque este
advogado tem procuração ad judicia et extra para representar a parte. Nestes termos,
pede deferimento. Dada a palavra a advogada da parte requerida assim se manifestou:
“Diante da ausência injustificada da parte autora, requer a extinção do feito”. Em
seguida, a MM Juíza prolatou o seguinte DESPACHO: “Em que pese os argumentos do
requerido, antes de extinguir o feito, e considerando a ausência da parte autora à
presente audiência e tendo o advogado informado que o escritório não conseguiu
contactar o autor, nessa mesma oportunidade requereu a redesignação de audiência,
bem como a intimação pessoal do mesmo. Hei por bem acolher a justificativa
apresentada pelo advogado da parte requerente, nos termos do artigo 485, inciso III,
parágrafo 1º do CPC. Determinando a intimação pessoal da parte autora,
comparecimento presencial na sala de audiências do fórum local. De já designo o dia
17/08/2022, às 11:20 horas. Intime-se a autora por oficial de justiça, os presentes
saem intimadas em audiência.”. Nada mais havendo, a MM. Juíza encerrou a
audiência, do que para constar, segue este termo lavrado e assinado digitalmente.
Bela. Maria da Conceição Gonçalves Portela
Juíza de Direito
Assinado digitalmente

Assinado eletronicamente por: MARIA DA CONCEICAO GONCALVES PORTELA - 14/06/2022 13:45:15 Num. 28498680 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061413451522300000026845702
Número do documento: 22061413451522300000026845702
SEGUE ANEXO

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 14/06/2022 02:25:01 Num. 28466258 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061402250094400000026815449
Número do documento: 22061402250094400000026815449
p ara
acessar nossas mídias
sociais.

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 14/06/2022 02:25:01 Num. 28466259 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061402250111400000026815450
Número do documento: 22061402250111400000026815450
SUBSTABELECIMENTO

SUBSTABELECENTE: ANTÔNIO DE MORAES DOURADO NETO , inscrito na OAB/PE, sob o n. 23.255, com endereço profissional
na Avenida Visconde de Suassuna, 639, boa vista, Recife/PE, na conformidade dos poderes que recebeu da Empresa
__, conforme Procuração apresentada.

SUBSTABELECIDO (A): Hilton Pereira de Lima Júnior_, inscrito (a) na OAB/PE__, sob o n. _31,135 _____, telefone: (81) 9 8883 -
2852 , e-mail: hilton.junior87@hotmail.com

PODERES: com reservas, os que me foram outorgados pela empresa outorgante, não podendo, contudo, tomar ciência de
qualquer Decisão, devendo as intimações ser dirigidas ao Substabelecente, sob pena de nulidade.

Recife, _21___ de _junho _____ de 202_1_.

Aponte a câmera para


o QR Code ou clique
https://www.urbanovitalino.com.b r
aqu i p ara acessar
nossas mídias sociais.

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 14/06/2022 02:25:01 Num. 28466260 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22061402250136400000026815451
Número do documento: 22061402250136400000026815451
SEGUE EM AENXO.

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:22 Num. 27551741 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010350064000000025954040
Número do documento: 22052010350064000000025954040
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A)
DE DIREITO DA 01ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE
PICOS – PI.

HABILITAÇÃO

PROCESSO
0802176-73.2022.8.18.0032

Banco Bradesco S/A


vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., nos autos do processo em epígrafe, por intermédio do
advogado que subscreve a presente petição, requerer a juntada a juntada dos instrumentos
procuratórios em anexo, a fim de que produzam os efeitos de direito, pugnando, por conseguinte, pela
habilitação nos presentes autos, como advogado do banco demandado, de:

ANTÔNIO DE MORAES DOURADO NETO, inscrito na OAB/PE nº 23.255 OAB/PI 18573, com endereço
profissional na Av. Visconde de Suassuna, nº 639, Boa Vista, Recife/PE - CEP: 50.050-540, em nome de
quem deverão ser realizadas, exclusivamente, todas as publicações, intimações e demais notificações de
estilo, independentemente de algum outro causídico ter realizado ou vir a realizar algum ato processual
neste caso, tudo isto sob pena de nulidade, nos termos do art. 272, §§ 1º, 2º e 5º, do Códex Processual
Civil e na conformidade do entendimento pacificado pela Corte Especial do STJ no REsp. n. 812.041.

Requer ainda:

Que as intimações eletrônicas sejam dirigidas em nome da sociedade de advogados URBANO VITALINO
ADVOGADOS, inscrita na OAB/PE nº 313, sediada Av. Visconde de Suassuna, 639, Boa Vista Recife-PE – CEP
50.050-540, através do endereço eletrônico: publicacoes.pe@urbanovitalino.com.br. Isto em atenção ao art. 5º,
§4º da Lei 11.419/2006 e art. 270 do CPC, sob pena de nulidade, nos termos do art. 272, §§ 1°, 2º e 5º, do CPC.

Se tratando de autos eletrônicos, seja o Dr. Antônio de Moraes Dourado Neto, OAB/PE 23.255 vinculado como
advogado exclusivo do banco demandado, a fim de viabilizar o direcionamento de todas as intimações ao
referido causídico, conforme acima requerido.

Registre-se que o protocolo da presente peça, colacionando documentos de representação processual,


não significa, de modo algum, estar a ré tomando conhecimento de eventuais atos e prazos
processuais.

Nestes termos,
Pede deferimento.
PICOS / PI, 17 de maio de 2022.

ANTÔNIO DE MORAES DOURADO NETO nº 23.255 OAB/PI 18573

11

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:22 Num. 27552198 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322284100000025954047
Número do documento: 22052010322284100000025954047
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552199 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322300500000025954048
Número do documento: 22052010322300500000025954048
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552199 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322300500000025954048
Número do documento: 22052010322300500000025954048
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552199 - Pág. 3
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322300500000025954048
Número do documento: 22052010322300500000025954048
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552199 - Pág. 4
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322300500000025954048
Número do documento: 22052010322300500000025954048
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552199 - Pág. 5
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322300500000025954048
Número do documento: 22052010322300500000025954048
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552199 - Pág. 6
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322300500000025954048
Número do documento: 22052010322300500000025954048
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552199 - Pág. 7
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322300500000025954048
Número do documento: 22052010322300500000025954048
sexta-feira, 24 de julho de 2020 Diário Oficial Empresarial São Paulo, 130 (137) – 23

Banco Bradesco S.A.


CNPJ nº 60.746.948/0001-12 – NIRE 35.300.027.795 – Companhia Aberta
Ata Sumária da Assembleia Geral Extraordinária, realizada em 10.3.2020
Data, Hora, Local: Em 10.3.2020, às 16h, na sede social, Núcleo Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, no Salão Quarto - Nas hipóteses de afastamento temporário ou definitivo de qualquer dos outros Conselheiros, os demais
Nobre do 5º andar, Prédio Vermelho, CEP 06029-900. Mesa: Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi; Secretário: poderão nomear substituto, para servir em caráter eventual ou permanente, observados os preceitos da lei e
Antonio José da Barbara. Quórum de Instalação: Acionistas da Sociedade representando mais de dois terços deste Estatuto. Artigo 9º) Além das previstas em lei e neste Estatuto, são também atribuições e deveres do
do capital social votante, conforme se verifica do Mapa Final de Votação (Anexo I). Publicações Prévias: O Conselho: a) zelar para que a Diretoria esteja, sempre, rigorosamente apta a exercer suas funções; b) cuidar para
Edital de Convocação foi publicado em 8, 11 e 12.2.2020, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo”, que os negócios sociais sejam conduzidos com probidade, de modo a preservar o bom nome da Sociedade;
Caderno Empresarial, respectivamente, páginas 4, 7 e 27; e “Valor Econômico”, respectivamente, páginas B5, A7 c) sempre que possível, preservar a continuidade administrativa, altamente recomendável à estabilidade,
e B3. Disponibilização de Documentos: Os documentos citados no item “Publicações Prévias”, as propostas prosperidade e segurança da Sociedade; d) fixar a orientação geral dos negócios da Sociedade, inclusive
do Conselho de Administração, bem como as demais informações exigidas pela regulamentação vigente, foram deliberar sobre a constituição e o funcionamento de Carteiras Operacionais; e) autorizar, nos casos de operações
colocados sobre a mesa para apreciação dos acionistas. Lembrou o senhor Presidente que, desde 7.2.2020, com empresas não integrantes da Organização Bradesco, a aquisição, alienação e a oneração de bens
as referidas propostas e respectivos anexos contendo as demais informações exigidas pela regulamentação integrantes do Ativo não Circulante e de participações societárias de caráter não permanente da Sociedade e de
vigente estão disponíveis, na íntegra, nos sites do Bradesco (banco.bradesco/ri), da B3 S.A. - Brasil, Bolsa, suas controladas diretas e indiretas, quando de valor superior a 1% (um por cento) de seus respectivos
Balcão (http://www.b3.com.br/pt_br/produtos-e-servicos/negociacao/renda-variavel/empresas-listadas.htm) e da Patrimônios Líquidos; f) deliberar sobre a negociação com ações de emissão da própria Sociedade, de acordo
CVM (http://sistemas.cvm.gov.br/?CiaDoc). Voto a Distância: Os acionistas presentes dispensaram a leitura do com o Parágrafo Sexto do Artigo 6º; g) autorizar a concessão de qualquer modalidade de doação, contribuição ou
Mapa de Votação Consolidado divulgado ao mercado em 9.3.2020, conforme previsto no Parágrafo Quarto do auxílio, independentemente do beneficiário; h) aprovar o pagamento de dividendos e/ou juros sobre o capital
Artigo 21-W da Instrução CVM nº 481/09, introduzido pela Instrução CVM nº 561/15, o qual também foi colocado próprio propostos pela Diretoria; i) submeter à Assembleia Geral propostas objetivando aumento ou redução do
sobre a mesa para apreciação dos acionistas juntamente com os demais documentos supracitados. Deliberações: capital social, grupamento, bonificação ou desdobramento de suas ações, operações de fusão, incorporação ou
Observada a Ordem do Dia, constante do mencionado Edital, foram aprovadas as propostas do Conselho de cisão e reformas estatutárias da Sociedade; j) manifestar-se em relação a qualquer oferta pública tendo por
Administração para: 1) aumentar o capital social em R$4.000.000.000,00, elevando-o de R$75.100.000.000,00 objeto ações ou valores mobiliários conversíveis ou permutáveis por ações da Sociedade, a qual deverá conter,
para R$79.100.000.000,00, com bonificação em ações, mediante a capitalização de parte do saldo da conta entre outras informações relevantes, opinião da Administração sobre eventual aceitação da oferta pública e sobre
“Reservas de Lucros - Reserva Estatutária”, em conformidade com o disposto no Artigo 169 da Lei nº 6.404/76, o valor econômico da Sociedade; k) manifestar-se sobre eventos societários que possam dar origem a mudança
com a emissão de 806.382.972 ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 403.191.507 ordinárias de controle, consignando se eles asseguram tratamento justo e equitativo aos acionistas da Sociedade;
e 403.191.465 preferenciais, que serão atribuídas gratuitamente aos acionistas na proporção de 1 nova ação l) deliberar sobre associações, envolvendo a Sociedade ou suas Controladas, inclusive participação em acordos
para cada 10 ações da mesma espécie de que forem titulares na data-base, a ser fixada após a homologação de acionistas; m) aprovar a aplicação de recursos oriundos de incentivos fiscais; n) examinar e deliberar sobre os
do processo pelo Banco Central do Brasil, com a consequente alteração do “caput” do Artigo 6º do Estatuto orçamentos e demonstrações contábeis submetidos pela Diretoria; o) avocar para sua órbita de deliberação
Social. Lembrou o senhor Presidente que o aumento de capital social ora aprovado contou com a anuência assuntos específicos de interesse da Sociedade e deliberar sobre os casos omissos; p) limitado ao montante
prévia do Conselho Fiscal, por meio de Parecer registrado na Ata da Reunião Ordinária nº 250, de 4.2.2020, global anual aprovado pela Assembleia Geral, realizar a distribuição das verbas de remuneração e previdenciária
cuja transcrição foi dispensada por tratar-se de documento lavrado em livro próprio e disponibilizado nos sites do aos Administradores; q) autorizar, quando considerar necessária, a representação da Sociedade individualmente
Bradesco, da B3 S.A. - Brasil, Bolsa, Balcão e da CVM, anteriormente informados. 2) alterar o “caput” do Artigo 8º por um membro da Diretoria ou por um procurador, devendo a respectiva deliberação indicar os atos que poderão
do Estatuto Social, visando a elevar de 10 (dez) para 11 (onze) o número máximo de membros no Conselho de ser praticados; r) fixar a remuneração dos membros do Comitê de Auditoria, observando-se parâmetros de
Administração. A transcrição dos dispositivos estatutários acima mencionados, decorrentes das aprovações dos mercado; e s) supervisionar o ambiente de gerenciamento de riscos e de controles internos. Parágrafo Único - O
itens “1” e “2”, foi dispensada, considerando que o Estatuto Social consolidado passa a fazer parte integrante Conselho poderá atribuir funções especiais à Diretoria e a qualquer dos membros desta, bem como instituir
desta Ata como Anexo II. Em seguida, disse o senhor Presidente que as matérias aprovadas somente entrarão comitês para tratar de assuntos específicos no âmbito do Conselho de Administração. Artigo 10) Compete ao
em vigor e se tornarão efetivas depois de homologadas pelo Banco Central do Brasil. Lavratura e Publicação Presidente do Conselho presidir as reuniões do Órgão, observadas as disposições do Parágrafo Terceiro do
da Ata: Autorizada a lavratura da Ata na forma de sumário, bem como a sua publicação com a omissão das Artigo 8º. Parágrafo Único - O Presidente do Conselho poderá convocar a Diretoria e participar, com os demais
assinaturas dos acionistas presentes, na forma prevista nos Parágrafos Primeiro e Segundo do Artigo 130 da Conselheiros, de quaisquer de suas reuniões. Artigo 11) O Conselho reunir-se-á ordinariamente 6 (seis) vezes
Lei nº 6.404/76. Quórum das Deliberações: Aprovadas por maioria absoluta de votos, conforme se verifica do por ano e, extraordinariamente, quando os interesses da sociedade assim o exigirem, por convocação do seu
Mapa Final de Votação (Anexo I), que detalha as quantidades de aprovações, rejeições e abstenções de cada Presidente ou da metade dos demais membros em exercício, lavrando-se ata de cada reunião. Título VI - Da
uma das deliberações, ficando registrado que os resultados já contemplam as votações proferidas por meio: i) da Diretoria - Artigo 12) A Diretoria da Sociedade é eleita pelo Conselho, e será composta de 83 (oitenta e três) a
plataforma eletrônica de votação (www.proxyvoting.com.br) disponibilizada pela Companhia que contabilizou os 108 (cento e oito) membros, distribuídos, a critério do Conselho, da seguinte forma: i) de 17 (dezessete) a
votos recebidos até às 16h do último dia 7.3.2020; e ii) dos Boletins de Voto a Distância que a Companhia recebeu 27 (vinte e sete) Diretores Executivos, sendo 1 (um) Diretor-Presidente e de 16 (dezesseis) a 26 (vinte e
no período de 7.2 a 3.3.2020, conforme estabelecido no Artigo 21-B da Instrução CVM nº 481/09. Aprovação seis) Diretores distribuídos entre os cargos de Diretor Vice-Presidente, Diretor Gerente e Diretor Adjunto; e ii) de
e Assinatura da Ata: Lavrada e lida, foi esta Ata aprovada por todos os acionistas presentes e assinada, em 66 (sessenta e seis) a 81 (oitenta e um) Diretores, distribuídos entre os cargos de Diretor Departamental, Diretor
conformidade com o disposto no “caput” do Artigo 130 da Lei nº 6.404/76. aa) Presidente: Luiz Carlos Trabuco e Diretor Regional. Parágrafo Primeiro - O Conselho fixará, na primeira reunião do Órgão que se realizar após
Cappi; Secretário: Antonio José da Barbara. Declaramos para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Ata a Assembleia Geral Ordinária que o elegeu, e sempre que necessário, as quantidades de diretores a eleger,
lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Banco Bradesco designando-os, nomeadamente, nos cargos previstos no “caput” deste Artigo, observado o disposto no Parágrafo
S.A. aa) André Rodrigues Cano - Diretor Executivo Vice-Presidente e Antonio José da Barbara Diretor Executivo Primeiro do Artigo 7º e os requisitos dos Artigos 17, 18 e 19 deste Estatuto. Parágrafo Segundo - Os requisitos
Adjunto. Certidão - Secretaria de Desenvolvimento Econômico - JUCESP - Certifico o registro sob número previstos nos Artigos 18 e 19 poderão ser dispensados pelo Conselho, em caráter excepcional, até o limite de
210.839/20-0, em 16.6.2020. a) Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral. ¼ (um quarto) dos cargos de Diretoria, salvo em relação aos diretores nomeados para os cargos de Presidente
e de Diretor Vice-Presidente. Artigo 13) Aos diretores compete administrar e representar a Sociedade, com
Anexo I
poderes para obrigá-la em quaisquer atos e contratos de seu interesse, podendo transigir e renunciar direitos e
Ata Sumária da Assembleia Geral Extraordinária do Banco Bradesco S.A.
adquirir, alienar e onerar bens, observando o disposto no Parágrafo Quarto deste Artigo e na alínea “e” do Artigo
realizada em 10.3.2020, às 16h
9º deste Estatuto. Parágrafo Primeiro - Ressalvadas as exceções previstas expressamente neste Estatuto, a
Mapa Final de Votação Sociedade só se obriga mediante assinaturas, em conjunto, de no mínimo 2 (dois) diretores, devendo um deles
Deliberações na AGE ON estar no exercício do cargo de Diretor-Presidente ou Diretor Vice-Presidente. Parágrafo Segundo - A Sociedade
poderá também ser representada por no mínimo 1 (um) diretor e 1 (um) procurador, ou por no mínimo
Ordem do Dia Aprovar Rejeitar Abster-se 2 (dois) procuradores, em conjunto, especialmente constituídos por 2 (dois) diretores, conforme descrito no
Aumento do Capital Social, com a consequente alteração parágrafo anterior, devendo do respectivo instrumento de mandato constar os seus poderes, os atos que poderão
1 3.223.614.654 121 20.512
do “caput” do Artigo 6º do Estatuto Social praticar e o seu prazo. Parágrafo Terceiro - A Sociedade poderá ainda ser representada isoladamente por
2 Alteração do “caput” do Artigo 8º do Estatuto Social 3.223.614.150 625 20.512 qualquer membro da Diretoria ou por procurador com poderes específicos, nos seguintes casos: a) mandatos
com cláusula “ad judicia”, hipótese em que a procuração poderá ter prazo indeterminado e ser substabelecida;
Anexo II - Banco Bradesco S.A. - Estatuto Social b) recebimento de citações ou intimações judiciais ou extrajudiciais; c) participação em licitações; d) em
Título I - Da Organização, Duração e Sede - Artigo 1º) O Banco Bradesco S.A., companhia aberta, doravante Assembleias Gerais de Acionistas ou Cotistas de empresas ou fundos de investimento de que a Sociedade
chamado Sociedade, rege-se pelo presente Estatuto. Parágrafo Único - Com a admissão da Sociedade, em participe, bem como de entidades de que seja sócia ou filiada; e) perante órgãos e repartições públicas, desde
26.6.2001, no segmento especial de listagem denominado Nível 1 de Governança Corporativa da B3 S.A. - Brasil, que não implique na assunção de responsabilidades e/ou obrigações pela Sociedade; f) em depoimentos
Bolsa, Balcão (B3), sujeitam-se a Sociedade, seus acionistas, administradores e membros do Conselho Fiscal às judiciais; g) perante as entidades certificadoras para obtenção de certificados digitais. Parágrafo Quarto - Aos
disposições do Regulamento de Listagem do Nível 1 de Governança Corporativa da B3 (Regulamento do Nível 1). Diretores Departamentais, Diretores e Diretores Regionais são vedados os atos que impliquem em alienar e
A Sociedade, seus administradores e acionistas deverão observar, ainda, o disposto no Regulamento para onerar bens e direitos da Sociedade. Artigo 14) Além das atribuições normais que lhes são conferidas pela lei e
Listagem de Emissores e Admissão à Negociação de Valores Mobiliários, incluindo as regras referentes à retirada por este Estatuto, compete especificamente a cada membro da Diretoria: a) ao Diretor-Presidente: (i) coordenar
e exclusão de negociação de valores mobiliários admitidos à negociação nos Mercados Organizados a execução do planejamento estratégico delineado pelo Conselho de Administração; (ii) promover a distribuição
administrados pela B3. Artigo 2º) O prazo de duração da Sociedade é indeterminado. Artigo 3º) A Sociedade das responsabilidades e das áreas pelas quais responderão os Diretores Executivos; (iii) supervisionar e
tem sede e foro no núcleo administrativo denominado “Cidade de Deus”, situado na Vila Yara, no município e coordenar, diretamente, as ações dos Diretores Vice-Presidentes e, indiretamente, dos demais membros da
comarca de Osasco, Estado de São Paulo. Artigo 4º) Poderá a Sociedade instalar ou suprimir Agências no País, Diretoria Executiva; e (iv) presidir as reuniões da Diretoria Executiva; b) aos Diretores Vice-Presidentes:
a critério da Diretoria, e no Exterior, com a aprovação, adicional, do Conselho de Administração, doravante (i) colaborar com o Diretor-Presidente no desempenho das suas funções; (ii) substituir, quando nomeado pelo
chamado também Conselho, a quem competirá, também, aprovar a constituição e/ou encerramento de quaisquer Conselho de Administração, o Diretor-Presidente em suas ausências ou impedimentos temporários; e
outras Dependências/Subsidiárias do Bradesco fora do território nacional. Título II - Dos Objetivos Sociais - (iii) supervisionar e coordenar, diretamente, as ações dos Diretores Gerentes e, indiretamente, dos demais
Artigo 5º) O objetivo da Sociedade é efetuar operações bancárias em geral, inclusive câmbio, e administrar membros da Diretoria Executiva, no âmbito de sua linha de reporte; c) aos Diretores Gerentes: desempenhar as
carteiras de valores mobiliários, nas categorias administrador fiduciário e gestor de recursos. Título III - Do funções que lhes forem atribuídas, supervisionando e coordenando as ações dos diretores que estejam no
Capital Social - Artigo 6º) O capital social é de R$79.100.000.000,00 (setenta e nove bilhões e cem milhões âmbito de sua linha de reporte; d) aos Diretores Adjuntos: desempenhar as funções que lhes forem atribuídas,
de reais), dividido em 8.870.212.686 (oito bilhões, oitocentos e setenta milhões, duzentas e doze mil e seiscentas supervisionando e coordenando as ações dos diretores que estejam no âmbito de sua linha de reporte; e) aos
e oitenta e seis) ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 4.435.106.575 (quatro bilhões, Diretores Departamentais: conduzir as atividades dos Departamentos que lhes estão afetos; f) aos Diretores:
quatrocentos e trinta e cinco milhões, cento e seis mil e quinhentas e setenta e cinco) ordinárias e 4.435.106.111 desempenhar as funções que lhes forem atribuídas; g) aos Diretores Regionais: orientar e supervisionar os
(quatro bilhões, quatrocentos e trinta e cinco milhões, cento e seis mil e cento e onze) preferenciais. Parágrafo Pontos de Atendimento sob sua jurisdição e cumprir as funções que lhes forem atribuídas. Artigo 15) A Diretoria
Primeiro - As ações ordinárias conferirão aos seus titulares os direitos e vantagens previstos em lei. No caso de Executiva fará reuniões ordinárias semanalmente, e extraordinárias sempre que necessário, deliberando
oferta pública decorrente de eventual alienação do controle da Sociedade, as ações ordinárias não integrantes validamente desde que presente mais da metade dos seus membros em exercício, com a presença obrigatória
do bloco de controle terão direito ao recebimento de 100% (cem por cento) do valor pago por ação ordinária de do titular do cargo de Diretor-Presidente, ou seu substituto, que terá voto de qualidade, no caso de empate. As
titularidade dos controladores. Parágrafo Segundo - As ações preferenciais não terão direito a voto, mas reuniões extraordinárias serão realizadas sempre que convocadas pelo Presidente do Conselho, pelo Presidente
conferirão, aos seus titulares, os seguintes direitos e vantagens: a) prioridade no reembolso do Capital Social, em da Diretoria ou, ainda, pela metade dos demais Diretores Executivos em exercício. Artigo 16) Em caso de vaga,
caso de liquidação da Sociedade; b) dividendos 10% (dez por cento) maiores que os atribuídos às ações ausência ou impedimento temporário do Diretor-Presidente, caberá ao Conselho indicar o seu substituto.
ordinárias; c) inclusão em oferta pública decorrente de eventual alienação do controle da Sociedade, sendo Artigo 17) Para o exercício do cargo de diretor é necessário dedicar-se à Sociedade, devendo observar as suas
assegurado aos seus titulares o recebimento do preço igual a 80% (oitenta por cento) do valor pago por ação normas internas, sendo vedado o exercício de outras atividades que conflitem com os objetivos da Sociedade.
ordinária integrante do bloco de controle. Parágrafo Terceiro - Nos aumentos de capital, a parcela de, pelo Artigo 18) Para ser elegível ao cargo de Diretor Executivo é necessário que o candidato, na data da eleição, faça
menos, 50% (cinquenta por cento) será realizada no ato da subscrição e o restante será integralizado mediante parte dos quadros de empregados ou de administradores da Sociedade ou de empresas a ela ligadas há mais
chamada da Diretoria, observados os preceitos legais. Parágrafo Quarto - Todas as ações da Sociedade são de 10 (dez) anos, ininterruptamente, observado o disposto no Parágrafo Segundo do Artigo 12 deste Estatuto.
escriturais, permanecendo em contas de depósito, nela própria, em nome de seus titulares, sem emissão de Artigo 19) Para ser elegível ao cargo de Diretor Departamental, de Diretor e de Diretor Regional é necessário
certificados, podendo ser cobrado dos acionistas o custo do serviço de transferência da propriedade das referidas que o candidato, na data da eleição, faça parte dos quadros de empregados ou de administradores da Sociedade
ações. Parágrafo Quinto - Não será permitida: a) conversão de ações ordinárias em ações preferenciais e vice- ou de empresas a ela ligadas, observado o disposto no Parágrafo Segundo do Artigo 12 deste Estatuto. Título VII -
versa; b) emissão de partes beneficiárias. Parágrafo Sexto - Poderá a Sociedade, mediante autorização do Do Conselho Fiscal - Artigo 20) O Conselho Fiscal, cujo funcionamento será permanente, compor-se-á de
Conselho, adquirir ações de sua própria emissão, para cancelamento ou permanência temporária em tesouraria, 3 (três) a 5 (cinco) membros efetivos e de igual número de suplentes. Título VIII - Do Comitê de Auditoria -
e posterior alienação. Título IV - Da Administração - Artigo 7º) A Sociedade será administrada por um Conselho Artigo 21) A Sociedade terá um Comitê de Auditoria composto de 3 (três) a 5 (cinco) membros, de reconhecida
de Administração e por uma Diretoria. Parágrafo Primeiro - Os cargos de Presidente do Conselho de competência técnica, sendo 1 (um) designado Coordenador, nomeados e destituíveis pelo Conselho de
Administração e de Diretor-Presidente não poderão ser acumulados pela mesma pessoa, excetuadas as Administração, com mandato de 2 (dois) anos, estendendo-se até a posse dos novos membros nomeados.
hipóteses de vacância que deverão ser objeto de divulgação específica ao mercado e para as quais deverão ser Parágrafo Primeiro - Os membros do Comitê de Auditoria somente poderão voltar a integrar o órgão após
tomadas as providências para preenchimento dos respectivos cargos no prazo de 180 (cento e oitenta) dias. decorridos, no mínimo, 3 (três) anos do término da última recondução permitida. Parágrafo Segundo - Até ѿ (um
Parágrafo Segundo - A posse dos membros do Conselho de Administração e da Diretoria estará condicionada terço) dos integrantes do Comitê de Auditoria poderá ser reconduzido ao órgão para mandato consecutivo único,
à prévia subscrição do Termo de Anuência dos Administradores, nos termos do disposto no Regulamento do dispensado o interstício previsto no Parágrafo Primeiro. Parágrafo Terceiro - Além das previstas em lei ou
Nível 1, bem como ao atendimento dos requisitos legais aplicáveis. Parágrafo Terceiro - Os membros do regulamento, são também atribuições do Comitê de Auditoria: a) recomendar ao Conselho de Administração a
Conselho de Administração e da Diretoria terão prazo de mandato unificado de 2 (dois) anos, permitida a entidade a ser contratada para prestação dos serviços de auditoria independente e a respectiva remuneração,
reeleição, o qual estender-se-á até a posse dos novos administradores eleitos. Parágrafo Quarto - Não obstante bem como a sua substituição; b) revisar, previamente à divulgação ao Mercado, as demonstrações contábeis,
o disposto no Parágrafo anterior, os membros da Diretoria exercerão seus mandatos até a data em que inclusive notas explicativas, relatórios da administração e relatório do auditor independente; c) avaliar a efetividade
completarem 65 (sessenta e cinco) anos de idade. Título V - Do Conselho de Administração - Artigo 8º) O das auditorias independente e interna, inclusive quanto à verificação do cumprimento de dispositivos legais e
Conselho de Administração será composto de 6 (seis) a 11 (onze) membros eleitos pela Assembleia Geral, os normativos aplicáveis à Sociedade, além de regulamentos e códigos internos; d) avaliar o cumprimento, pela
quais escolherão, entre si, observado o disposto no Parágrafo Primeiro do Artigo 7º, 1 (um) Presidente e 1 (um) Diretoria da Sociedade, das recomendações feitas pelos auditores independentes ou internos, bem como
Vice-Presidente. Parágrafo Primeiro - O Conselho deliberará validamente desde que presente a maioria recomendar ao Conselho de Administração a resolução de eventuais conflitos entre os auditores externos e a
absoluta dos membros em exercício, inclusive o Presidente, que terá voto de qualidade no caso de empate. Diretoria; e) estabelecer e divulgar procedimentos para recepção e tratamento de informações acerca do
Parágrafo Segundo - Será admitida a participação de qualquer membro, ausente por motivo justificável, por descumprimento de dispositivos legais e normativos aplicáveis à Sociedade, além de regulamentos e códigos
meio de teleconferência ou videoconferência ou por quaisquer outros meios de comunicação que possam garantir internos, inclusive com previsão de procedimentos específicos para proteção do prestador da informação e da
a efetividade de sua participação, sendo seu voto considerado válido para todos os efeitos legais. Parágrafo sua confidencialidade; f) recomendar à Diretoria da Sociedade correção ou aprimoramento de políticas, práticas
Terceiro - Na vacância do cargo e nas ausências ou impedimentos temporários do Presidente do Conselho, e procedimentos identificados no âmbito de suas atribuições; g) reunir-se, no mínimo, trimestralmente, com a
assumirá o Vice-Presidente. Nas ausências ou impedimentos temporários deste, o Presidente designará Diretoria da Sociedade e auditorias independente e interna; h) verificar, por ocasião de suas reuniões, o
substituto dentre os demais membros. Vagando o cargo de Vice-Presidente, o Conselho nomeará substituto, cumprimento de suas recomendações e/ou esclarecimentos às suas indagações, inclusive no que se refere ao
dentre seus membros, que servirá pelo tempo que faltar para completar o mandato do substituído. Parágrafo planejamento dos respectivos trabalhos de auditoria, formalizando em Atas os conteúdos de tais encontros;
continua...

Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552200 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322324100000025954049
Número do documento: 22052010322324100000025954049
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552204 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322346200000025954053
Número do documento: 22052010322346200000025954053
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552204 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322346200000025954053
Número do documento: 22052010322346200000025954053
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552204 - Pág. 3
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322346200000025954053
Número do documento: 22052010322346200000025954053
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552204 - Pág. 4
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322346200000025954053
Número do documento: 22052010322346200000025954053
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552204 - Pág. 5
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322346200000025954053
Número do documento: 22052010322346200000025954053
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552204 - Pág. 6
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322346200000025954053
Número do documento: 22052010322346200000025954053
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552204 - Pág. 7
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322346200000025954053
Número do documento: 22052010322346200000025954053
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552204 - Pág. 8
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322346200000025954053
Número do documento: 22052010322346200000025954053
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552204 - Pág. 9
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322346200000025954053
Número do documento: 22052010322346200000025954053
Assinado eletronicamente por: ANTONIO DE MORAES DOURADO NETO - 20/05/2022 10:32:23 Num. 27552204 - Pág. 10
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22052010322346200000025954053
Número do documento: 22052010322346200000025954053
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
GABINETE DA 1ª Vara da Comarca de Picos DA COMARCA DE PICOS
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-470

PROCESSO Nº: 0802176-73.2022.8.18.0032


CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)
ASSUNTO(S): [Empréstimo consignado]
AUTOR: FRANCISCO FELIX DE MOURA

REU: BANCO BRADESCO S.A.

CONTRAFÉ ELETRÔNICA

Comunico que tramita nesta 1ª Vara da Comarca de Picos a Ação PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)
(Processo n.o 0802176-73.2022.8.18.0032) que tem como requerente AUTOR: FRANCISCO FELIX DE
MOURA
e como requerido REU: BANCO BRADESCO S.A.
.
Conforme Provimento Conjunto Nº 29/2020 - PJPI/TJPI/SECPRE as cópias de todos os documentos de
atos processuais até a presente data praticados podem ser visualizadas, utilizando as chaves de acesso
abaixo, acessando o sítio

https://tjpi.pje.jus.br/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam :

Documentos associados ao processo

Título Tipo Chave de acesso**


Petição 220506125156294000000254
Petição Inicial
Inicial 69058
03 AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
220506125156424000000254
DANOS MORAIS - ANALFABETO - Petição
69059
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO ATIVO
Document 220506125156779000000254
documentos pessoais
os 69060
Comprova 220506125157267000000254
extrato consig
nte 69062
220510094325452000000254
Decisão Decisão
75451

PICOS-PI, 10 de maio de 2022.

MARIA CASSIA DOS SANTOS


Secretaria da 1ª Vara da Comarca de Picos

Assinado eletronicamente por: MARIA CASSIA DOS SANTOS - 10/05/2022 11:02:12 Num. 27136204 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22051011021227400000025564403
Número do documento: 22051011021227400000025564403
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PIAUÍ
1ª Vara da Comarca de Picos
Rua Professor Porfírio Bispo de Sousa, DNER, PICOS - PI - CEP: 64607-
470

PROCESSO Nº: 0802176-73.2022.8.18.0032


CLASSE: PROCEDIMENTO COMUM CÍVEL (7)
ASSUNTO(S): [Empréstimo consignado]
AUTOR: FRANCISCO FELIX DE MOURA
REU: BANCO BRADESCO S.A.

DECISÃO

Trata-se de AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE NEGÓCIO JURÍDICO CC


REPETIÇÃO DE INDÉBITO CC COM DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA DE
URGÊNCIA, proposta por FRANCISCO FELIX DE MOURA em face do BANCO
BRADESCO S/A.
Requer, em sede de antecipação de tutela, o deferimento de medida tendente a
determinar a suspensão dos descontos efetuados no benefício do(a) requerente.
De fato, é cediço que a legislação processual prevê a possibilidade de antecipação
dos efeitos da tutela, uma vez demonstrados: a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo, conforme se depreende do
art. 300, do Código de Processo Civil:
“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo”.
No caso em debate, ante a negativa autoral em relação à existência de relação
jurídica que justifique o débito relatado, cabe à parte requerida demonstrar ao
longo do feito a legalidade de sua conduta, sendo certo que, para fins de
concessão da medida antecipatória, as alegações contidas na inicial e a ausência
de cópia de contrato celebrado entre as partes evidenciam a probabilidade do
direito expendido na petição inicial.
Por outro lado, é inegável o prejuízo sofrido pela parte requerente por conta de
descontos em seu benefício sem que haja prova de existência de contrato
celebrado entre as partes, sendo cabível a concessão da tutela antecipada
determinando a imediata suspensão dos descontos até o efetivo deslinde do feito
ou deliberação judicial em contrário.
Cumpre salientar que, a antecipação de tutela pretendida consiste em medida
reversível a qualquer momento, inclusive após o estabelecimento do contraditório,
não implicando em prejuízo algum para a promovida, ao passo que, a efetivação de
descontos no benefício do(a) requerente, caso posteriormente constatados
indevidos, implicarão em danos de difícil reparação ou irreparáveis.
Diante das fundamentações acima expostas, hei por bem DEFERIR a antecipação dos
efeitos da tutela pleiteada, no sentido de determinar a intimação da requerida para que
providencie a suspensão dos descontos na conta benefício do(a) requerente pelos
supostos contratos discutido nos autos até ulterior deliberação deste juízo, no
prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de incidência de multa diária no valor de R$
500,00 (QUINHENTOS REAIS), até o limite máximo de R$ 10.000,00 (DEZ MIL
REAIS).
Intime-se as partes para ciência e, apenas o réu, para cumprimento.

Assinado eletronicamente por: FABRICIO PAULO CYSNE DE NOVAES - 10/05/2022 09:43:25 Num. 27041902 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22051009432545200000025475451
Número do documento: 22051009432545200000025475451
Recebo a petição inicial e defiro o pedido nela formulado para concessão de gratuidade
judiciária, bem como o pedido de tramitação prioritária, ex vi do art. 71 do Estatuto do
Idoso: “É assegurada prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na
execução dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente
pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instância.
Registre-se no sistema processual a preferência de tramitação.
CITE-SE o réu, preferencialmente por meio eletrônico, para ter conhecimento dos
termos da presente ação e para, em 15 (quinze) dias, ofertar contestação, sob pena da
decretação de revelia e de seus efeitos.
Lastreado nas regras ordinárias de experiências que se extraem de casos como o
presente, DECRETO a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º do inciso VIII,
do CDC, consoante pleiteado na vestibular, para o fim de determinar a parte ré que
apresente concomitantemente com a contestação o contrato discutido nos autos, para
verificação das cláusulas entabuladas e eventual anuência da parte adversa.
Ademais, visando uma célere prestação jurisdicional, INTIMEM-SE as partes, com
antecedência mínima de 20 (vinte) dias, para comparecerem à audiência una de
CONCILIAÇÃO, INSTRUÇÃO E JULGAMENTO, acompanhadas de seus respectivos
advogados, a ser realizada no dia 14/06/2022, às 11h10min, na sala virtual, a ser
controlada nas dependências deste juízo.
Caso não haja composição amigável da lide, colher-se-á o depoimento da parte autora,
sem prejuízo da audição da outra parte e das testemunhas que vierem a ser arroladas
no prazo de 05 (cinco) dias.
A audiência também servirá para que a autora, pessoa analfabeta, ratifique os poderes
outorgados ao(s) seu(s) advogado(s).
Portanto, a participação da parte autora é OBRIGATÓRIA.
A audiência será realizada em sala virtual criada por meio do Microsoft Teams,
ferramenta de transmissão de som e imagens em tempo real indicada pelo TJPI,
disponível para download gratuito no site https://www.microsoft.com/pt-br/microsoft-
teams/download-app, bem como através das lojas de aplicativos de smartphones
android, IOS, etc.
Link para audiência:
https :// teams . microsoft . com / l / meetup - join /19%3 ameeting _ NDdjYzY 3 N 2
QtZGI 0 ZC 00 MDg 3 LWJmMGMtNzBhOGQ 3 ODY 3 ODlk %40 thread . v 2/0?
context =%7 b %22 Tid %22%3 a %2204112 af 6-22 cf -485 b -87 e 3-75 fa 02 e 5 ddbc
%22%2 c %22 Oid %22%3 a %220 fe 554 fa - a 279-403 e - ada 4- e 1952 a 8 d
3655%22%7 d
Conste da intimação, ainda, que o não comparecimento injustificado das partes à
audiência de conciliação é considerado ato atentatório à dignidade da justiça e será
sancionado com multa de até 2% (dois por cento), nos termos do art. 334, §§ 5º e 8º, do
CPC.
Acrescente-se, também, que a ausência da parte autora culminará na aplicação da
pena de confesso, sem prejuízo da possibilidade de extinção da causa em decorrência
da não ratificação em audiência dos poderes outorgados ao seu advogado.
DETERMINO QUE O PRESENTE DOCUMENTO SIRVA, AO MESMO TEMPO, COMO
DESPACHO E COMO MANDADO/CARTA, PARA CUMPRIMENTO.
Picos/PI, 09 de maio de 2022.

Fabrício Paulo Cysne de Novaes


Juiz de Direito, em Substituição

Assinado eletronicamente por: FABRICIO PAULO CYSNE DE NOVAES - 10/05/2022 09:43:25 Num. 27041902 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22051009432545200000025475451
Número do documento: 22051009432545200000025475451
INICIAL

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27034892 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515629400000025469058
Número do documento: 22050612515629400000025469058
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __º VARA DA CIDADE
E COMARCA DE PICOS - ESTADO DO PIAUÍ

AUSÊNCIA DE INTERESSE NA DESIGNAÇÃO DE


AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO NOS TERMOS DO
ART. 334, § 5º, DO NCPC

FRANCISCO FELIX DE MOURA, brasileiro, solteiro, aposentado, RG nº 4.647.782,


SSP-PI, CPF nº 023.498653-04, residente e domiciliado na Rua Bela Vista, 51, Lagoa
Dantas, Cidade de Monsenhor Hipólito, Estado do Piauí, CEP 64650-000, vem
respeitosamente perante V. Exª propor a presente, por seus procuradores infra-firmados,
conforme instrumento de mandato anexo (documento 01) e endereço eletrônico
hwadvocacia@hotmail.com, vem, com fulcro no art. 5°, inciso X, da Carta Magna, c/c arts.
2º, 3º, 6º, inciso VI, arts. 14, §1º, I, e art. 42, parágrafo único, todos do CDC, art. 186,
927 e 932, III, todos do NCC, mui respeitosamente, perante o Vossa Excelência, propor a
presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE NEGÓCIO JURÍDICO CC REPETIÇÃO DE


INDÉBITO CC COM DANOS MORAIS E PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

Em face de BANCO BRADESCO S/A, instituição financeira de direito privado, inscrita sob
o CNPJ nº 60.746.948/0001-12, com sede no Núcleo Cidade de Deus, S/N, Bairro Vila
Yara, Cidade de Osasco, Estado de São Paulo, CEP: 06.029-900, pelos motivos de fato e
de direito a seguir aduzidos:

PRELIMINARMENTE
1. DA AUTENTICIDADE DAS CÓPIAS DOS DOCUMENTOS E IMPRESSOS
JUNTADOS AOS AUTOS

O advogado que subscreve a presente petição DECLARA, sob as penas da lei, e


com fundamento no inciso IV e V do art. 425 do NCPC, que todas as cópias de
documentos juntados aos presentes autos são autênticas, sendo extraídas de documentos
originais ou impressas de arquivos de órgãos públicos encontradas em seus sítios
eletrônicos.

PRELIMINARMENTE
2. DA JUSTIÇA GRATUITA

Requer a concessão da justiça gratuita, nos moldes da Lei nº 1.060/50 c/c art.
5º, LXXIV da CF/88, tendo em vista, o seu caráter legal, no qual permite às pessoas físicas
e jurídicas que comprovarem insuficiência de recursos irem a juízo, isentas das custas e

Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
1
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
despesas processuais, proporcionando a todos o acesso à justiça. Por fim, importante
frisar, que possui anexado aos autos, no documento 01 a declaração de pobreza.

PRELIMINARMENTE
3. DO DESINTERESSE NA AUTOCOMPOSIÇÃO – DESNECESSIDADE DA
REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO PREVISTA NO
ART. 334 DO CPC

Dispõe o art. 334 do CPC:

Art. 334. Se a petição inicial preencher os requisitos essenciais e


não for o caso de improcedência liminar do pedido, o juiz designará
audiência de conciliação ou de mediação com antecedência mínima
de 30 (trinta) dias, devendo ser citado o réu com pelo menos 20
(vinte) dias de antecedência.

Entretanto, o § 4º de referido dispositivo possibilita a não realização de referida


audiência:

Art. 334. (...)


§ 4º A audiência não será realizada:
I. se ambas as partes manifestarem, expressamente, desinteresse
na composição consensual;
II. quando não se admitir a auto composição.
§ 5º O autor deverá indicar, na petição inicial, seu desinteresse na
auto composição, e o réu deverá fazê-lo, por petição, apresentada
com 10 (dez) dias de antecedência, contados da data da audiência.

Dessa forma, considerando que a prova é essencialmente documental e que a


parte ré não costuma transigir nos processos em que é parte, a parte autora manifesta
expressamente o seu desinteresse na composição consensual do litígio, tendo em
conta a postura usualmente adotada pela parte ré.

Necessário, portanto, que, no momento da citação, seja a requerida também


intimada a manifestar-se acerca de seu interesse na auto composição, devendo, em caso
de negativa, peticionar nos autos com, no mínimo, 10 dias de antecedência da data
designada pelo Juízo.

4- DOS FATOS

A presente ação tem como objetivo reprimir, resguardar e restaurar os direitos


do consumidor lesado e ameaçado de lesões em virtude do descumprimento dos princípios
e regras estabelecidos na Constituição Federal e no Código de Defesa do Consumidor.

Insta salientar que em determinados casos os idosos não firmaram e nem


autorizaram terceiros a firmar contrato de empréstimo, e são surpreendidos por algumas
artimanhas não facilmente detectáveis, principalmente por consumidores tecnicamente
vulneráveis, de modo que se encontram inconteste na condição de hipossuficiência,
materialmente e tecnicamente. Podemos destacar casos de depósitos aquém do
contratado, prestações que extrapolam as avençadas, renovações compulsórias,
contratos que ultrapassam a margem de consignação de 30% (INSTRUÇÃO
NORMATIVA INSS/PRES Nº 28/2008), dentre outros artifícios ardilosos.

Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
2
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
Ressalte-se que a parte requerente não é alfabetizada, tendo como única
fonte de renda o referido benefício.

No caso em epígrafe, a parte requerente é titular de benefício junto à


Previdência Social de número 1720006412 e foi surpreendida com descontos
consignados. Perceba-se Excelência que a parte requerente ficara surpresa com os
excessivos descontos em seu benefício, o que dá ensejo a suspeita de fraude.

Segue abaixo as informações dos contratos objeto da lide:

EMPRESTIMO BANCO: BANCO BRADESCO


INICIO DOS DESCONTOS: 01/2021
FIM DOS DESCONTOS: -
VALOR PARCELA: R$ 117,04
VALOR DO EMPRÉSTIMO: R$ 4.796,82
CONTRATO: 0123419505755

Neste diapasão, não lhe resta alternativa senão recorrer ao Judiciário para ver
sanada tamanha irregularidade, devendo a mesma ser ressarcida em dobro pelo valor pago
indevidamente e ainda pelos danos morais causados.

5- DA INEXISTÊNCIA DE PRESCRIÇÃO

Acerca da prescrição, esta não merece prosperar. Isto porque, o art. 27 do


Código de Defesa do Consumidor dispõe o seguinte:

Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação


pelos danos causados por fato do produto ou do serviço
prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem
do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.

O Egrégio Tribunal de Justiça do Maranhão, seguindo esse entendimento, já se


manifestou:

"DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. APELAÇÃO CÍVEL.


AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS. EMRÉSTIMO FRAUDULENTO. DESCONTO
INDEVIDO SOBRE PROVENTOS DE APOSENTADORIA. ÔNUS
DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. CONTRATANTE PESSOA
IDOSA E ANALFABETA. PRESCRIÇÃO. LITISPENDËNCIA.
INEXISTENCIA. JULGAMENTO EXTRA PETITA.
INOCORRËNCIA. PRELIMINARES REJEITADAS. INCIDÊNCIA
DO CDC. DANO MATERIAL. EXISTÊNCIA. DEVOLUÇÃO DAS
PARCELAS DESCONTADAS. DANOS MORAIS. VALOR
CIRCUNSCRITO AOS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E
PROPORCIONALIDADE. CONDENAÇÃO MANTIDA. APELAÇÃO
CONHECIDA E IMPROVIDA. L Nos casos de responsabilidade
pelo fato do produto e do serviço, aplica-se o prazo
prescricional de 05 anos (artigo 27 do CDC). ("TJMA;
APELAÇÃO CÍVEL N°: 0276912013; Rel. Des. RAIMUNDO José
BARROS de Sousa; Julgado na sessão do dia 09 de junho de
2014).

"DIREITO DO CONSUMIDOR. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE


OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM REPARAÇÃO POR
DANOS. PRAZO DECADENCIAL. INAPLICABILIDADE.

Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
3
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 3
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL NÃO EXPIRADA.
RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO VICIADO. CABIMENTO.
DANO MORAL. EXISTÊNCIA. APELO IMPROVIDO. I. Quando
não se trata de exercício do direito de reclamar ao fornecedor
pelo vício de inadequação do produto, e a demanda é de
reparação por danos supostamente causados pelo vício do
produto, não se aplicam os prazos decadenciais do artigo 26,
incisos I e II, do CDC, mas o da prescrição quinquenal de 05
(cinco) anos, na forma do artigo 27, do mesmo Diploma. II.
Há dever de indenizar por parte de concessionária que
forneceu veículo com vício, quando devidamente
comprovada sua compra, bem como a apresentação de
defeito no prazo da garantia, sem qualquer solução
comprovada por parte da concessionária. III. O valor da
indenização por danos morais foi razoável e proporcional,
não havendo razão para redução. IV. Apeio improvido."
('TJMA; APELAÇÃO CÍVEL N° 10.135/2013 - SÃO LUIS; Rela.
DESA. MARIA DAS GRAÇAS DE CASTRO DUARTE MENDES;
julgado na Sessão do dia 11 de novembro de 2013).

Douto Juiz, a requerente tomou ciência acerca do empréstimo fraudulento


somente em 04/2022, data em que se dirigiu ao INSS, após ser alertado por este
advogado que esta subscreve da possibilidade de existência de fraude, conforme
documento anexado aos autos.

Assim, considerando que o termo a quo da prescrição apenas começou a fluir


naquele dia não há qualquer dúvida de que a questão prejudicial de mérito deve ser
afastada.

Ainda sobre a jurisprudência:

APELAÇÃO CÍVEL Nº 5.822/2014 - BARÃO DE GRAJAÚ/MA


APELANTE: Raimundo de Oliveira Alves dos Santos
ADVOGADOS: Romero Campello Wanderley, Márcia Baião
Ribeiro Wanderley APELADO: Banco Industrial do Brasil S/A
ADVOGADO: Wilson Sales Belchior COMARCA: Barão de
Grajaú/MA VARA: Única JUIZ PROLATOR: Iran Kurban Filho
PROCURADOR DE JUSTIÇA: Marco Antônio Guerreiro
RELATORA: Desembargadora Ângela Maria Moraes Salazar
ACÓRDÃO Nº. _________/2014 EMENTA:APELAÇÃO CÍVEL.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE C/C INDENIZAÇÃO POR
DANOS MATERIAIS E MORAIS. PRESCRIÇÃO.
INOCORRÊNCIA. APLICAÇÃO DA TEORIA DA CAUSA
MADURA. JULGAMENTO DO MÉRITO. CONTRATO BANCÁRIO.
CELEBRAÇÃO POR ANALFABETO. NÃO COMPROVAÇÃO DA
REGULARIDADE DO PACTO. DANOS MORAIS.
CONFIGURAÇÃO. REPETIÇÃO DO INDÉBITO. ART. 42,
PARÁGRAFO ÚNICO. CDC. RECURSO PROVIDO. 1 - Nos casos
de responsabilidade pelo fato do produto e do serviço, aplica-
se o prazo prescricional de 05 anos (artigo 27 do CDC), o qual
começa a fluir a partir da ciência do ato danoso. In casu, o
documento de fls. 22 comprova que o apelante apenas tomou
conhecimento do empréstimo fraudulento realizado no seu
benefício do INSS em 15.02.2013. Assim, considerando que
a ação foi ajuizada em 24.04.2013, não há que se falar em
prescrição. II - No mérito, restou demonstrado que o
apelante é analfabeto, idoso e de condições humildes, o que

Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
4
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 4
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
evidencia a necessidade de um maior cuidado da instituição
financeira no momento da contratação. É cediço que as
pessoas analfabetas são plenamente capazes para exercer
todos os atos da vida civil; todavia, para que certos atos
tenham validade, deve-se observar determinadas
formalidades. III - O apelado, na tentativa de comprovar a
regularidade da contratação, acostou aos autos cópia do
instrumento contratual, mas não trouxe instrumento público
a dar validade ao ato, ou representação por procurador
constituído pela forma pública. VI - Resta evidente a falha na
prestação do serviço pelo Banco apelante, consistente em
não adotar as medidas de cuidado e segurança necessárias à
celebração do instrumento contratual, devendo a instituição
financeira suportar o risco de sua atividade, indenizando os
danos morais sofridos, os quais fixo em R$ 5.000,00 (cinco
mil reais). V - Os danos materiais são evidentes, posto que a
apelada sofreu diminuição patrimonial com os descontos
indevidos em seu beneficio, sendo a repetição do valor
efetivamente descontado dos proventos da apelante devida,
nos termos do art. 42, Parágrafo único, do CDC. VI - No
cálculo do dano moral, a correção monetária conta-se da data
do arbitramento e os juros moratórios são devidos no
percentual de 1% ao mês, a partir do evento danoso. Quanto
aos danos materiais, a correção monetária e os juros
contam-se a partir do efetivo prejuízo. VII- Recurso provido.

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL Sessão do dia 12 de fevereiro de


2015. APELAÇÃO CÍVEL N°46.659/2014 - COLINAS NÚMERO
ÚNICO: 0000438-83.2014.8.10.0033 APELANTE: JOSÉ
PEREIRA DA SILVA Advogado: Dr. Lamarck Cristiny Mendes
e Silva APELADO: BANCO MERCANTIL DO BRASIL S/A.
Advogados: Dr. Felipe Gazola Vieira Marques e outros
Relator: Des. JORGE RACHID MUBÁRACK MALUF Revisor:
Des. KLEBER COSTA CARVALHO ACÓRDÃO Nº
___________________ E M E N T A AçãO DE REPETIÇÃO DE
INDÉBITO c/c Danos Morais. DECADÊNCIA.
INAPLICABILIDADE DO ART. 26 DO CDC. PRESCRIÇÃO.
INOCORRÊNCIA. EMPRÉSTIMO BANCÁRIO. AUSÊNCIA DE
CONTRATAÇÃO DEVIDA. COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS
PARA A INDENIZAÇÃO. dano moral configurado. restituição
em dobro do valor. I - Nos casos de responsabilidade pelo
fato do produto e do serviço, aplica-se o prazo prescricional
de 05 anos (artigo 27 do CDC), o qual começa a fluir a partir
da ciência do ato danoso, que no caso foi à data do
conhecimento do empréstimo fraudulento. II - Encontrando-
se o processo pronto para julgamento vislumbra-se possível
o imediato conhecimento do seu mérito pelo Tribunal (art.
515, §§ 1º e 3º, do CPC). III - A instituição financeira
responde pelos danos causados em decorrência da
contratação indevida de empréstimo por terceiros, causando
descontos nos proventos do autor. IV - Constitui má
prestação do serviço a realização de contrato sem anuência
expressa da parte, que por se tratar de pessoa não
alfabetizada somente se torna válido se firmado por escritura
pública ou procurador. V - Descontos indevidos nos
proventos de aposentadoria do autor ocasionam dano moral.
VI - É possível a devolução em dobro dos valores

Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
5
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 5
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
descontados indevidamente da conta da aposentada, nos
termos do art. 42 do CDC.

Desta feita, a requerente, de fato, só teve conhecimento da existência do


empréstimo fraudulento quando teve acesso às informações de seu benefício e explicado
por este causídico que esta subscreve.

6- DO DIREITO

6.1- DA NULIDADE DO CONTRATO SUB JUDICE. DA VIOLAÇAO AOS PRINCÍPIOS


DA INFORMAÇÃO, DA BOA FÉ OBJETIVA E FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS.

Estatui, claramente, o art. 14, §1º, inciso I, do CDC, que:

Art. 14.O fornecedor de serviços responde,


independentemente de culpa, pela reparação dos danos
causados aos consumidores por defeitos relativos à
prestação de serviços, bem como por informações insuficientes
ou inadequadas sobre sua fruição e riscos:

§1º O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o


consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as
circunstâncias relevantes, entre as quais:

(omissis)
I- o modo de seu fornecimento;

O normativo em comento, consagra, em verdade, a responsabilidade objetiva


baseada na teoria do risco da atividade. Destarte, para se averiguar a responsabilidade
em virtude da “prestação de serviços defeituosos tão-somente é preciso demonstrar o
serviço, o dano e a relação de causalidade entre o defeito do serviço e o dano (nexo
causal)”. Leonardo Garcia Medeiros, Direito do Consumidor, pg.66.

MM.(a) Juiz(a), flagrante foi o defeito na prestação dos serviços do


demandado, precisamente, em relação ao modo de seu fornecimento, sendo certo que a
abertura do contrato de cartão de crédito por parte do demandado está totalmente eivada
de má-fé, visto que menoscaba o Estatuto do Idoso e viola frontalmente os
Princípios da Boa-Fé Objetiva e Função Social dos Contratos, o Princípio da
Informação, os institutos jurídicos da Lesão e da Onerosidade Excessiva, bem
como especialmente as dispostos no Art. 39, IV c/c Art. 51, IV e XV, AMBOS DO
CODECON; ART.30, § 2º, da Lei 6.015/73 (analogia); e Art. 215, § 2º c/c Arts.
221, 104 (analogia), inciso III, 166, inciso IV, todos do NCC, e a Instrução
Normativa de Nº 28 do INSS.

O art. 39 do CDC dispõe o seguinte:

Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços,


dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº
8.884, de 11.6.1994)

IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor,


tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição
social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;

6.2 - DO PAGAMENTO INDEVIDO (DANOS MATERIAIS)

Estatui, claramente, o Código Civil de 2002, que: (grifos nossos).

Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
6
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 6
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
Art. 876. Todo aquele que recebeu o que lhe não era devido
fica obrigado a restituir; obrigação que incumbe àquele que
recebe dívida condicional antes de cumprida a condição.

Art. 884. Aquele que, sem justa causa, se enriquecer à custa


de outrem, será obrigado a restituir o indevidamente
auferido, feita a atualização dos valores monetários.

Art. 402. Salvo exceções expressamente previstas em lei, as perdas


e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente
perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.

Por seu turno, determina o CDC: (grifo nossos)

Art. 42 (...)

Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida


tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro
do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária
e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.

Os preceptivos em apreço, resguardam, expressamente, o direito violado do


demandante, uma vez que, foi descontado, indevidamente, do valor referente do benefício
do autor quantia indevida.

Nesta esteira, não resta outra saída, a não ser afirmar que o demandado está
enriquecendo ilicitamente, devendo o autor ser reembolsada de todas as parcelas
descontadas ilicitamente, em dobro, com os juros legais e correção monetária.

Pelo exposto, não resta balda de dúvidas, que o demandado é devedor das
parcelas que retém sem justa causa, locupletando-se do ilícito, assim sendo, a demandante
lesada é credora das parcelas descontadas indevidamente, fato este decorrente da conduta
dolosa e de má-fé do réu, devendo, assim, ser restituída em dobro de tais parcelas.

6.3 - DOS DANOS MORAIS

De segundo, o direito à reparação por danos morais ao


demandante/consumidor é resguardado pela Carta Maior, em seu art. 5º, inciso X, que:

Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem


das pessoas, assegurado o direito de indenização pelo dano material
ou moral decorrente de sua violação”. (grifos nossos)

Por seu turno, determina o NCC, em seus arts. 186 e 927, que:

Art. 186 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência, ou imprudência, violar direito, ou causar
prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano. A verificação
da culpa e a avaliação da responsabilidade regulam-se pelo disposto
neste Código, arts. 1.518 a 1.532 e 1.537 a 1.553.”

Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
7
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 7
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
Art. 927 –Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.

Ante os preceptivos transcritos, verifica-se que o demandado em sua conduta


dolosa e de má-fé incorreu em ato ilícito, causando prejuízos de cunho material e de
inegável dano moral ao demandante/consumidor.

Portanto, demonstrado o ato ilícito perpetrado por parte do demandado, não


resta outra saída a ele, senão a reparar o dano de ordem material e moral que causara ao
demandante.

É clássico no direito pátrio, a invocação das excelentes palavras de Henry Ford,


com o escopo de ser desnecessário a prova do dano moral perpetrado, a saber:

O consumidor é o elo mais fraco da economia; e nenhuma corrente pode


ser mais forte do que seu elo mais fraco.

Com efeito, a prova do dano moral, que se passa no interior da


personalidade, se contenta com a existência do ilícito. Não há necessidade de
provar o efetivo prejuízo decorrente de toda situação cansativa e constrangedora
que passou a demandante, exaustivamente exposta nesta exordial.

Diante das alegações de fato e de direito – lei transcrita e doutrina autorizada


–, é inegável o dano material advindo, bem como o dano moral sofrido pelo demandante,
traduzido na devastação à sua moral, resultante do constrangimento ocasionado pela
conduta ilícita do demandado.

Sobre o assunto, trazemos à baila a transcrição, em parte, da Sentença do MM.


Juiz Titular da Vara Única de Santa Luzia, Estado do Maranhão, que, nos autos do Processo
nº. 0002023-64.2015.8.10.0057 (20512015), assim se posicionou sobre o dano Moral
em caso análogo ao discutido nestes autos:

Processo n.º 2023-64.2015.8.10.0057 (20512015) S E N T E N Ç A Trata-se de AÇÃO


DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
PELO PROCEDIMENTO SUMÁRIO, proposta por JOÃO MOREIRA DA SILVA, em face de
BANCO BANERJ ITAU BMG, onde se discute a legalidade de quatro contratos bancários
para a realização de empréstimo, pretendendo a parte autora a restituição dos valores
descontados indevidamente sobre o seu benefício, a desconstituição do contrato,
declaração de inexistência do débito, além da condenação por danos morais. Inicial e
documentos às fls. 02/24.Realizada audiência de conciliação, as partes não transigiram, e
informaram que não desejam produzir demais provas em audiência, entretanto a parte
requerida pleiteou que fosse expedido ofício ao banco que recebeu o crédito, para prestar
informações a respeito do referido crédito (fl. 40).O banco requerido apresentou
contestação e documentos (fls. 42/66).É o relatório. Decido. Inicialmente, verifico que a
parte requerida pleiteou a expedição de ofício ao banco que recebeu o crédito para prestar
informações a respeito do referido crédito, entretanto tal diligência torna-se desnecessária
para o deslinde de causa, tendo em vista os demais elementos juntados aos autos, bem
como o pagamento foi realizado mediante ordem de pagamento. Ressalta-se que as partes
informaram que não desejam produzir provas em audiência, bem como não há necessidade
de realização de qualquer perícia, estando, portanto o processo pronto para julgamento
(art. 355, I, CPC).Cumpre destacar que a presente demanda deve ser analisada à luz do
Código de Defesa do Consumidor, na medida em que a relação travada entre a parte
requerente e o requerido é de consumo, posto que a primeira é destinatária da prestação
de serviço que incumbe ao requerido. O ponto nodal da lide reveste-se em saber se o
requerido tinha autorização do requerente para promover descontos mensais nos valores
de R$ 16,70, R$ 13,80, R$ 41,50 e R$ 82,17, em seu benefício, referente aos contratos nº

Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
8
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 8
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
533002294, 540122995, 243032319, 241132531, respectivamente. Nesse sentido, o ônus
da prova incumbe ao requerido, destacando que quanto aos contratos 533002294,
243032319, 241132531 este não trouxe aos autos qualquer contrato assinado entre as
partes autorizando a realização dos empréstimos, arguindo apenas defesa genérica pela
não incidência de danos morais e repetição de indébito, não impugnando as alegações do
autor ou mesmo juntado qualquer documento as contrapondo. Já quanto ao contrato nº
540122995, o ônus da prova incumbe ao requerido, destacando que este trouxe aos autos
um contrato firmado com o autor, contudo este é analfabeto e não consta nos autos
qualquer instrumento para que alguém o represente, não obstante, as cópias dos
documentos do autor e das testemunhas juntadas pelo requerido encontram-se com partes
ilegíveis. Outrossim, o próprio INSS já editou Instrução Normativa visando regulamentar
as consignações feitas nos benefícios previdenciários, de modo que a Instrução Normativa
n.º 121/2005 dispõe sobre a necessidade de efetiva contratação pelo titular do benefício.
Com efeito, incumbe à instituição bancária, enquanto prestadora de serviço, tomar todas
as cautelas necessárias ao exercício de sua atividade, no intento de evitar possíveis erros,
transtornos e aborrecimentos futuros, de sorte que, assim não agindo, deverá responder
objetivamente pelos danos causados, ou seja, independentemente da demonstração de
culpa.Feitas essas considerações, depreende-se dos documentos que guarnecem a inicial
que a autora teve o seu benefício previdenciário indevidamente reduzido em decorrência
de descontos efetivados em seu benefício pela instituição bancária, ora requerida,
decorrente de relação contratual não solicitada, situação esta que demonstra nítida falha
na prestação do serviço.Feito esse registro, entendo inequívoca a evidência de lesão ao
patrimônio jurídico da autora, decorrente da indisponibilidade parcial de seu rendimento,
indispensável a sua subsistência, restando plenamente caracterizada a falha na prestação
de serviço, na forma estipulada no art. 14, § 1º, incisos I e II do Código de Defesa do
Consumidor. Com efeito, incumbe à instituição bancária, enquanto prestadora de serviço,
tomar todas as cautelas necessárias ao exercício de sua atividade, no intento de evitar
possíveis erros, transtornos e aborrecimentos futuros, de sorte que, assim não agindo,
deverá responder objetivamente pelos danos causados, ou seja, independentemente da
demonstração de culpa. Corroborando, segue a jurisprudência nacional: DIREITO CIVIL,
DO CONSUMIDOR E PROCESSUAL CIVIL. EMPRÉSTIMO CONSIGNADO OBTIDO MEDIANTE
FRAUDE - INSTITUIÇÃO FINANCEIRA - FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO -
RESPONSABILIDADE - DEVER DE INDENIZAR. 1. NÃO SE CONHECE DO PEDIDO DE
CONCESSÃO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA EM FASE RECURSAL, POR
AUSÊNCIA DE INTERESSE, QUANDO O PLEITO JÁ FOI DEFERIDO EM PRIMEIRA INSTÂNCIA.
2. NÃO SE APLICA A NORMA INSCRITA NO ARTIGO 18 DA LEI 6.024/74, SEGUNDO O QUAL
A DECRETAÇÃO DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL SUSPENDE AS AÇÕES INICIADAS SOBRE
DIREITOS RELATIVOS AO ACERVO DA ENTIDADE LIQUIDANDA, QUANDO A AÇÃO
ENCONTRA-SE EM FASE PROCESSUAL AVANÇADA, TENDO SIDO AJUIZADA MAIS DE SEIS
ANOS DO DECRETO DE LIQUIDAÇÃO. 3. AS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS RESPONDEM
OBJETIVAMENTE PELOS DANOS CAUSADOS AO CONSUMIDOR EM DECORRÊNCIA DA
FALHA NA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, CONSOANTE PREVISÃO CONSTANTE DO ARTIGO
14 DO CDC, SALVO SE PROVAR A INEXISTÊNCIA DO DEFEITO, O FATO EXCLUSIVO DO
CONSUMIDOR OU A OCORRÊNCIA DE CASO FORTUITO OU FORÇA MAIOR. 4. A
CONTRATAÇÃO DE EMPRÉSTIMO CONSIGNADO MEDIANTE FRAUDE EM DECORRÊNCIA DA
AUSÊNCIA DE CONFERÊNCIA DA VERACIDADE DOS DOCUMENTOS APRESENTADOS GERA
O DEVER DE INDENIZAR. 5. REJEITOU-SE A PRELIMINAR DE SUSPENSÃO DO CURSO DO
PROCESSO E NEGOU-SE PROVIMENTO AO APELO. (TJ-DF - APC: 20060810070562 DF
0001807-55.2006.8.07.0008, Relator: LEILA ARLANCH, Data de Julgamento: 16/01/2014,
1ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE: 04/02/2014. Pág.: 65)
(Grifei)Continuando, os descontos indevidos que foram perpetrados sobre os proventos da
parte autora é fato gerador de dano moral, eis que causador de angústia, aflição e
constrangimento. O dano moral está evidenciado pela lesão a bem imaterial, pois é
evidente que o desconto indevido no provento da requerente é suficiente para se configurar
o dano moral, pois evidente a ofensa aos direitos da personalidade, em especial ao direito
à vida privada (Código Civil, art. 12) e, o que é mais grave, à própria dignidade da pessoa,
considerando o caráter alimentar da quantia que recebe a título de benefício. Continuando,
o desconto indevido que foi perpetrado sobre os proventos do autor é fato gerador de dano

Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
9
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 9
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
moral, devendo por isto ser reparado, o que reputo como justo o valor de R$ 3.000,00
(três mil reais) para cada contrato consignado de forma indevida, totalizando o valor de
R$ 12.000,00 (doze mil reais).Assim, verificado que o empréstimo foi indevido, impende
aplicar-se o art. 42, parágrafo único do CDC: "O consumidor, cobrado em quantia indevida
tem direito a repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso,
acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável". Ante
o exposto JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTES os pedidos constantes na inicial
para: a) DETERMINAR o cancelamento dos contratos nº 533002294, 540122995,
243032319, 241132531, se já não houver sido feito, no prazo de 72 (setenta e
duas) horas da ciência desta sentença, sob pena de multa diária de R$ 50,00
(cinquenta reais), limitada ao máximo de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a ser
revertida em favor da parte requerente. b) Bem como CONDENAR a instituição
bancária requerida ao pagamento em dobro das parcelas descontadas até o
momento no benefício do autor JOÃO MOREIRA DA SILVA, perfazendo o montante
total de R$ 11.226,10 (onze mil duzentos e vinte e seis reais e dez centavos),
com relação aos quatro contratos (R$ 16,70, R$ 13,80, R$ 41,50 e R$ 82,17). c)
Por fim, CONDENO o BANCO BMG S/A. ao pagamento, a título de indenização por
danos morais, a importância de R$ 12.000,00 (doze mil reais). Por fim, condeno
o requerido a pagar custas e honorários advocatícios, os quais arbitro em 10%
(dez por cento) sobre valor da condenação, com os acréscimos legais,
considerando o quantum a ser apurado, em decorrência do trabalho produzido e
o grau de zelo profissional verificado nas peças elaboradas. Publique-se.
Registre-se. Intimem-se. Após o trânsito em julgado, arquivem-se com as
cautelas legais. Santa Luzia/MA, 18 de maio de 2017. CLÉCIA PEREIRA
MONTEIRO Juíza de Direito - 2ª Vara Resp: 164665

6.4- DA JURISPRUDÊNCIA (QUANTUM DEBEATUR)

A Jurisprudência do STJ é no sentido de combater os ilícitos dessa natureza com rigor


e compensação por danos morais em montante razoável e proporcional á lesão sofrida pela
vítima, senão vejamos os brilhantes acórdãos do Superior Tribunal de Justiça,os quais já
se tornaram leading case, in verbis:

STJ. Recurso especial repetitivo. Consumidor. Recurso


especial representativo de controvérsia. Responsabilidade
civil. Dano moral. Banco. Instituições bancárias. Abertura e
conta corrente. Danos causados por fraudes e delitos
praticados por terceiros. Responsabilidade objetiva. Fortuito
interno. Risco do empreendimento. Verba fixada em R$
15.000,00. Precedentes do STJ. Súmula 28/STF. CPC, art.
543-C. CDC, arts. 6º, VIII, 14, 17 e 39, III. CCB/2002, arts.
186 e 927, parágrafo único. CF/88, art. 5º, V e X.1. Para efeitos
do art. 543-C do CPC: As instituições bancárias respondem
objetivamente pelos danos causados por fraudes ou delitos
praticados por terceiros - como, por exemplo, abertura de conta-
corrente ou recebimento de empréstimos mediante fraude ou
utilização de documentos falsos -, porquanto tal responsabilidade
decorre do risco do empreendimento, caracterizando-se como
Fortuito interno. 2. Recurso especial provido. Processo REsp
1238935 / RN
RECURSO ESPECIAL 2011/0041000-1 Relator(a) Ministra NANCY
ANDRIGHI (1118) Órgão Julgador T3 - TERCEIRA TURMA Data do
Julgamento 07/04/2011 Data da Publicação/Fonte DJe 28/04/2011
Ementa. DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL.
COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS. CABIMENTO. CONTRATO DE
EMPRÉSTIMO. INEXISTÊNCIA. DESCONTOS INDEVIDOS DA CONTA
CORRENTE. VALOR FIXADO. MINORAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1.

10
Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 10
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
Como a formalização do suposto contrato de empréstimo
consignado em folha de pagamento não foi demonstrada, a
realização de descontos mensais indevidos, sob o pretexto
de que essas quantias seriam referentes às parcelas do valor
emprestado, dá ensejo à condenação por dano moral. 2. Esta
Corte Superior somente deve intervir para diminuir o valor arbitrado
a título de danos morais quando se evidenciar manifesto excesso do
quantum, o que não ocorre na espécie. Precedentes. 3. Recurso
especial não provido. Acórdão. Vistos, relatados e discutidos estes
autos, acordam os Ministros da Terceira Turma do Superior Tribunal
de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas
constantes dos autos, por unanimidade, negar provimento ao
recurso especial, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)
Relator(a). Os Srs. Ministros Massami Uyeda, Sidnei Beneti, Paulo
de Tarso Sanseverino e Vasco Della Giustina votaram com a Sra.
Ministra Relatora. Notas. Indenização por dano moral mantida
em R$ 20.000,00 (vinte mil reais).Veja . (CARACTERIZAÇÃO DO
DANO MORAL) STJ - REsp 1072308-RS (DANO MORAL IN RE
IPSA) STJ - AgRg no Ag 742489-RJ, REsp 1059663-MS, REsp
773470-PR, REsp 1087487-MA, REsp 582047-RS (DANO
MORAL - REVISÃO EM RECURSO ESPECIAL) STJ - REsp 932334-
RS

Dentro da realidade apresentada até aqui, não resta a mais remota dúvida de
que, os direitos consumeristas do autor foram violados pelo demandado, causando-lhe
transtornos e constrangimentos com a abusiva e ilícita abertura de contrato de
empréstimo consignado em seu nome, fato este que está devidamente provado nos
autos.

7- DA TUTELA DE URGÊNCIA

É cediço que para a concessão da tutela antecipada necessário se faz a presença


do fumus boni iuris e do periculum in mora, entendido aquele como a plausibilidade do
direito pleiteado e este o perigo de dano irreparável ou de difícil reparação.

A antecipação da tutela pretendida encontra-se no art. 300 e seguintes do Novo


Código de Processo Civil.

Tal instrumento de prestação jurisdicional, mediante cognição sumária, toma


maior relevância na medida em que se vê em discussão o interesse público, em que o risco
do prejuízo abrange não apenas um indivíduo, mas toda uma coletividade.

A morosidade do processo é a principal causa da ineficiência, em muitos casos


do procedimento ordinário na obtenção da satisfação do direito material da parte.

O Código de Processo Civil é sensível a essa problemática, acolhendo a tutela


antecipatória como forma de distribuição do ônus do processo, eliminando a vantagem da
ré contra os autores que não podem suportar sem grave prejuízo, o decorrer do tempo
exigido pelo processo.

Deve-se concluir pela antecipação da tutela pleiteada, pois, é perfeitamente


possível no presente caso, uma vez que presentes estão os pressupostos autorizadores da
medida.

Outro requisito para que se conceda a medida de antecipação da tutela é de


natureza negativa, que consiste no pressuposto de reversibilidade da decisão.

11
Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 11
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
Deve o magistrado antecipar a tutela pretendida, se verificada a reversibilidade
da medida e evidenciados, no conjunto fático - probatório, a verossimilhança das alegações
e o fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação a consumidores, que trata
de cartão de crédito a aposentados, idosos e analfabetos, beneficiários do INSS.

No presente caso, os descontos estão prejudicando a subsistência da


requerente sendo premente a necessidade da tutela de urgência.

Analisando a questão à vista dos requisitos exigidos para a concessão da tutela


antecipada, indubitável o fundado receio de dano de difícil reparação, à vista dos descontos
incidirem sobre o benefício previdenciário auferido por aposentado/pensionista. A
circunstância certamente acarretará comprometimento do sustento. Portanto, inexorável
o perigo de dano.

Noutro ângulo, ainda que inexistente a prova inequívoca do alegado, fato a ser
considerado é a plausibilidade do direito em exame, uma vez que o autor nega
peremptoriamente ter contratado qualquer cartão de crédito junto à ré. E, em se tratando
de relação de consumo, releva anotar que a prova da existência do negócio jurídico é da
instituição financeira. Cabe obtemperar que impeditivo à concessão da tutela de urgência
seria a irreversibilidade da medida, circunstância inexistente na hipótese, uma vez que as
parcelas não pagas, se consideradas devidas a final, poderão ser exigidas futuramente,
com correção e sem prejuízo à financeira.

Ora, sopesando-se dos direitos em confronto, tem primazia a tutela da verba


de natureza alimentar, assegurando-se a dignidade da pessoa humana em detrimento do
patrimonial, que não na espécie não corre risco reverso.

Destarte, ainda que não se possa assegurar a certeza do direito posto em


exame para declará-lo antecipadamente, vislumbram-se presentes os requisitos para a
concessão da tutela preventiva de natureza cautelar, figura prevista no ordenamento
processual civil.

Em situações semelhantes, já decidiu o E. Tribunal de Justiça do Estado de São


Paulo:

“TUTELA ANTECIPADA AÇÃO DECLARATÓRIA DE


INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA. Pedido de suspensão
de descontos a título de empréstimo consignado nos
proventos de benefício previdenciário. Indeferimento por
ausência de prova inequívoca. Necessidade de reforma.
Fundado receio de dano de difícil reparação. Descontos
oriundos de contrato impugnado, que poderão comprometer
verba alimentar e consequente sustento do autor.
Reversibilidade da medida que não impede a concessão da
medida antecipatória, de caráter cautelar (art. 273, § 7º, do
CPC) Deferimento da tutela que se impõe para determinar a
suspensão dos descontos, sob pena de multa diária Agravo
provido. (TJ-SP - AI: 20156113720158260000 SP 2015611-
37.2015.8.26.0000, Relator: Percival Nogueira, Data de
Julgamento: 16/03/2015, 6ª Câmara de Direito Privado,
Data de Publicação: 16/03/2015)”

“Agravo de instrumento - Ação declaratória inexistência de débito -


Tutela antecipada autorizando a suspensão do desconto das
parcelas a título de empréstimo consignado no benefício

12
Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 12
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
previdenciário do autor, sob pena de multa diária -
Admissibilidade - Recorrido que não reconhece a dívida cobrada -
Elementos apresentados evidenciam a verossimilhança das
alegações, bem como risco de dano irreparável ou de difícil
reparação - Presença dos requisitos legais previstos no
art. 273 do CPC. Multa diária -Cabimento - Providência que visa
a dar efetividade ao cumprimento da ordem judicial - Decisão
mantida - Recurso desprovido” (AI nº 2127687-38.2014.8.26.0000,
37ª Câmara de Direito Privado, rel. Des. Sergio Gomes, j.
02.09.2014).

O Tribunal de Justiça do Maranhão também dispõe o seguinte:

“TJMA-0059657) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.


TUTELA ANTECIPADA. DESCONTO CONSIGNADO. PEDIDO DE
SUSPENSÃO DOS DESCONTOS. REQUISITOS PREVISTOS NO ART.
273, DO CPC. OCORRÊNCIA. MULTA. RAZOABILIDADE.
OBSERVÂNCIA. DECISÃO DE PRIMEIRO GRAU MANTIDA. I - Não
demonstrada pelo banco réu/agravante a origem lícita do
empréstimo atribuído ao autor/agravado, impõe-se manter
a decisão de primeiro grau que, em sede de antecipação de
tutela, determinou a suspensão imediata dos descontos
consignados. II - A multa diária por descumprimento de
determinação judicial possui caráter coercitivo, que deve agir de
modo a estimular positivamente o obrigado ao cumprimento da
ordem. Não poderá ser irrisória nem elevada, sob pena de não
cumprir o seu objetivo, somente devendo ser alterada no juízo ad
quem quando aplicada em patamares que fogem à razoabilidade,
sem prejuízo de sua majoração, a posteriori, em caso de
recalcitrância ao atendimento do comando da decisão. Inteligência
do art. 461, §§ 5º e 6º, do CPC. III - Agravo desprovido. Sem
manifestação do Ministério Público. (Processo nº 0010904-
39.2013.8.10.0000 (146140/2014), 2ª Câmara Cível do TJMA, Rel.
Marcelo Carvalho Silva. j. 15.04.2014, unânime, DJe28.04.2014).”

Demais Tribunais também julgam na mesma esteira:

TJPE-0082915) RECURSO DE AGRAVO NO AGRAVO DE


INSTRUMENTO. AÇÃO ANULATÓRIA DE EMPRÉSTIMO
CONSIGNADO. DESCONTO INDEVIDO. SUPOSTA FRAUDE
EFETUADA POR TERCEIRO. SUSPENSÃO DOS DESCONTOS EM
SEDE DE TUTELA ANTECIPADA. POSSIBILIDADE.
REQUISITOS VERIFICADOS. IMPOSIÇÃO DE MULTA DIÁRIA
EM CASO DE DESCUMPRIMENTO DA LIMINAR. MEDIDA
ADEQUADA. MULTA FIXADA EM VALOR RAZOÁVEL.
MANUTENÇÃO DA DECISÃO. RECURSO IMPROVIDO. 1.
Presentes os requisitos, deverá ser determinada em
antecipação de tutela a suspensão dos descontos indevidos,
decorrente de empréstimo consignado firmado por terceiro
em nome da vítima, em provável fraude. 2. A fixação de multa
diária é medida adequada para o cumprimento da determinação
judicial. Ademais, o Banco Recorrente somente sofrerá qualquer
prejuízo, caso haja de fato, um contrato de empréstimo consignado
descontado indevidamente, e por óbvio, não ajustado entre as
partes, mas sim, por terceiro fraudador. (Agravo nº 0017324-
38.2012.8.17.0000, 2ª Câmara Cível do TJPE, Rel. Adalberto de
Oliveira Melo. j. 30.07.2014, unânime, DJe 08.08.2014).

13
Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 13
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
TJPE-0070228) AGRAVO LEGAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO.
DECISÃO MONOCRÁTICA. VIOLAÇÃO AO ART. 557 DO CPC. NÃO
OCORRÊNCIA. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NO STJ.
DESCONTO INDEVIDO NA APOSENTADORIA DO AUTOR.
EMPRÉSTIMO CONSIGNADO NÃO REQUERIDO. SUPOSTA
FRAUDE. TUTELA ANTECIPADA DEFERIDA. SUSPENSÃO DOS
DESCONTOS. FIXAÇÃO DE MULTA COMINATÓRIA POR DIA DE
DESCUMPRIMENTO. POSSIBILIDADE. VALOR DA MULTA E
PRAZO ESTIPULADO RAZOÁVEL. RECURSO IMPROVIDO.
DECISÃO UNÂNIME. 1. Primeiramente, quanto a insurgência da
agravante de impossibilidade do julgamento do presente recurso de
forma monocrática pelo relator, é entendimento pacificado no STJ
que não se considera violado o art. 557 do Código de Processo Civil,
quando o Tribunal adota razões jurídicas suficientes para a pronta
rejeição do mérito recursal, após reconhecida a admissibilidade do
apelo. Ademais, eventual nulidade da decisão monocrática fica
superada com a reapreciação do recurso pelo órgão colegiado, na
via de Agravo Regimental. Precedentes. 2. Desta forma, eventual
nulidade da decisão terminativa que foi aplicada ao caso sub
examine, em sede de recurso de apelação, fica superada com o
julgamento deste Recurso de Agravo pelo órgão colegiado. 3. No
que diz respeito ao prazo estipulado para cumprimento da decisão
e o valor da multa cominatória a ser aplicada em caso de
descumprimento, tal aspecto foi muito bem analisado na decisão ora
atacada. 4. A cominação de multa diária para o caso de
descumprimento da obrigação imposta em decisão judicial de
imediata suspensão do desconto efetuado no benefício
previdenciário da agravada é medida cabível com expressa
autorização legal (art. 461, § 4º do CPC), e tem por finalidade
induzir o réu a cumprir o mandado atuando como medida de coerção
indireta imposta com o objetivo de convencer o demandado a
cumprir espontaneamente a obrigação. 5. Em se tratando de
devedor de acentuado poder econômico, o valor fixado não pode ser
singelo, porque, caso contrário, ficaria a seu critério satisfazer a
obrigação ou pagar multa ínfima, nulificando-se, portanto, a coerção
indireta por ela objetivada. Por seu turno, se o devedor, dotado de
notório poder econômico-financeiro, cumprir de pronto a obrigação
de fazer, não terá multa por pagar. 6. Já no que pertine ao prazo
estipulado para o cumprimento da obrigação, ficou consignado na
decisão atacada, segundo orientação do STJ, que a fixação do prazo
é requisito intrínseco temporal das astreintes. Diante disso, foi
estabelecido o prazo de 10 (dez) dias para o cumprimento da
decisão, considerando que esta foi proferida desde 11.09.2012, ou
seja, há quase um ano, sem que haja o cumprimento, não podendo
a parte agravada continuar sofrendo com os prejuízos advindos dos
descontos indevidos. 7. Ademais, levou-se em consideração
também o fato de que o prazo de 10 (dez) dias para que uma
instituição financeira do porte da agravante efetive a ordem judicial,
no tocante à cessão dos descontos no benefício da agravada, se
mostra razoável, já considerando os trâmites operacionais inerentes
às instituições financeiras. 8. Recurso improvido à unanimidade de
votos. (Agravo no Agravo de Instrumento nº 0007985-
21.2013.8.17.0000, 3ª Câmara Cível do TJPE, Rel. Bartolomeu
Bueno. j. 19.09.2013, unânime, DJe 25.09.2013).

14
Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 14
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
Conforme vastamente explanado, para a devida proteção da requerente,
consumidor vulnerável, necessário seja tomados as seguintes medidas, de modo a
estancar a conduta ilícita do Requerido:

Determinando judicialmente que o requerido seja obrigado, de imediato, a tomar as


providências administrativas necessárias, id est, cancelar o contrato de empréstimo
por consignação nº 0123419505755 e, por conseguinte, suspender os respectivos
descontos indevidos, sendo certo, outrossim, que no caso em tela a antecipação de
tutela é medida totalmente reversível, na remota hipótese da demandante não assegurar
o seu direito sub judice, sob pena de aplicação de multa diária na importância sugerida de
R$ 500,00 (quinhentos reais), para o caso de descumprimento, nos termos do artigo 995,
do NCPC.

8- DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, requer a requerente:

a) a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, haja vista tratar-se a autora de


pessoa pobre na forma da Lei n. 1.060/50, dos arts. 98 e seguintes do CPC e do art. 5º,
LXIV, da CF/88, sem condições de arcar com custas processuais e honorários advocatícios,
bem como a prioridade na tramitação do presente feito, por tratar-se de pessoa idosa;

b) A concessão, liminarmente e inaudita altera pars, da TUTELA DE URGÊNCIA, para fins


de determinar que o banco requerido CESSE imediatamente a cobrança de parcela
do contrato de n. 0123419505755 em nome da autora em sua aposentadoria ou
pensão por morte, assim como se abstenha de inserir o nome da autora em
cadastros de inadimplentes, sob pena de cominação de multa diária para caso de
descumprimento da ordem judicial, nos termos do que preceitua os arts. 536 e 537 do CPC
(Lei 13.105/15);

c) a inversão do ônus da prova em favor da consumidora, tendo em vista a sua


hipossuficiência e, ainda, a verossimilhança das suas alegações, a teor do que autoriza o
inciso VIII, do art. 6º, do CODECON, devendo a empresa ré demonstrar, na fase
instrutória, que a autora efetivamente contratou todos os empréstimos relatados,
sob pena de restarem incontroversos os fatos narrados na inicial;

d) Que seja feita a citação da parte requerida no endereço inicialmente indicado;

e) a PROCEDÊNCIA dos pedidos em todos os seus termos, com a consequente:

e.1) nulidade do contrato de n. 0123419505755 em nome da autora com o


requerido, com a consequente declaração da inexistência de todo e qualquer
débito da autora junto à empresa requerida, assim como qualquer aplicação de
juros, correção monetária ou acréscimo sobre este valor, tendo em vista a
inexistência de contrato firmado entre as partes e a não prestação dos serviço decorrente
do referido contrato na forma prescrita em lei que deve ser realizado com analfabetos
contrato bancário mediante escritura pública ou outorga mediante procuração pública;

e.2) determinação para que o requerido proceda a repetição do indébito no valor


de R$ 3.979,36 (três mil, novecentos e setenta e nove reais e trinta e seis
centavos) que corresponde ao dobro de R$ 1.989,68 (mil, novecentos e oitenta e nove
reais e sessenta e oito centavos) referente aos descontos realizados desde o dia
22.01.2021, sendo o valor mensal de R$ 117,04 (cento e dezessete reais e quatro
centavos) multiplicados pelos 17 meses descontados indevidamente até o presente
momento, conforme ficha financeira em anexo;

15
Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 15
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
e.3) condenação da requerida ao pagamento à requerente de indenização por
danos de ordem moral, sugerindo-se o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais)
desde o evento danoso, considerando-se a capacidade financeira das partes, a condição
social e a atividade profissional desenvolvida pela vulnerável consumidora, ex vi do que
determinam os arts. 18, I, e 6º. da Lei n. 8.078/90;

e.4) a confirmação da tutela de urgência pretendida para que o requerido cesse


definitivamente todo e qualquer desconto na aposentadoria ou pensão por morte da parte
autora e não inscreva o nome da mesma em órgãos de restrição ao crédito, sob cominação
de multa diária;

f) a condenação do requerido no pagamento das custas processuais e honorários


advocatícios na base de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação;

g) A parte requerente informa seu desinteresse na audiência de conciliação tendo


em vista que as conciliações no presente caso ocorrem em apenas 5% (cinco por cento)
das demandas;

Protesta provar o alegado por todas as provas admissíveis em direito, em especial e


notadamente, por prova documental, depoimento do representante legal do demandando.

Declara-se, para fins no disposto do artigo 425, inciso IV do Novo Código de


Processo Civil, que as fotocópias que acompanham a inicial são autênticas.

Dá-se à causa o valor de R$ 13.979,36 ( treze mil, novecentos e setenta e


nove reais e trinta e seis centavos).

Nestes termos, pede deferimento.

Picos(PI), 05 de Maio de 2022.

HENRY WALL GOMES FREITAS


OAB-PI 4344/05

16
Endereço: Avenida Colares Moreira, n. 444, Sala 427, Bairro Jardim Renascença, Ed. Monumental, São Luís,
Maranhão, CEP 65.075-441. Telefone: 098 3235-4107; 098 9994-4633; 086 99501-3333. E-mail:
viajuridicama@hotmail.com

Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:56, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035343 - Pág. 16
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515642400000025469059
Número do documento: 22050612515642400000025469059
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:57, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035345 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515677900000025469060
Número do documento: 22050612515677900000025469060
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:57, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035345 - Pág. 2
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515677900000025469060
Número do documento: 22050612515677900000025469060
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:57, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035345 - Pág. 3
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515677900000025469060
Número do documento: 22050612515677900000025469060
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:57, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035345 - Pág. 4
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515677900000025469060
Número do documento: 22050612515677900000025469060
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:57, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035345 - Pág. 5
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515677900000025469060
Número do documento: 22050612515677900000025469060
Assinado eletronicamente por: HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:51:57, HENRY WALL GOMES FREITAS - 06/05/2022 12:50:58
Num. 27035347 - Pág. 1
https://tjpi.pje.jus.br:443/1g/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?x=22050612515726700000025469062
Número do documento: 22050612515726700000025469062

Você também pode gostar