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29/01/2024
Número: 0800855-15.2023.8.18.0146
Classe: PROCEDIMENTO DO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA
Órgão julgador: JECC Floriano Anexo I
Última distribuição : 25/07/2023
Valor da causa: R$ 25.095,87
Assuntos: Gratificações da Lei 8.112/1990, Licença Prêmio
Segredo de justiça? NÃO
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
TANIA CRISTINA EVANGELISTA DA SILVA (AUTOR) LUCAS EVANGELISTA SIQUEIRA (ADVOGADO)
LEILISE PEREIRA SANTOS registrado(a) civilmente como
LEILISE PEREIRA SANTOS (ADVOGADO)
MUNICIPIO DE FLORIANO - PROCURADORIA GERAL (REU) VITOR TABATINGA DO REGO LOPES (ADVOGADO)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
44101 25/07/2023 00:49 AÇÃO INDENIZATORIA - CONVERSAO LICENÇAS Petição
131 PREMIO PECUNIA - TANIA CRISTINA
EVANGELISTA DA SILVA
AO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE FLORIANO-PI
No caso em tela, a licença-prê mio foi prevista em diversos atos normativos que
regem os direitos dos servidores pú blicos do município de Floriano-PI. Vejamos.
[...]
VI – especial;
[...]
Art. 96 - Ao servidor pú blico apó s cada quinquê nio de efetivo serviço prestado
exclusivamente ao Município, inclusive nas autarquias e fundaçõ es, será
automaticamente assegurada licença especial de 03 (trê s) meses, mantida a
percepçã o integral do vencimento e vantagens do cargo que estiver ocupando na
data em que entrar em gozo deste benefício.
Ou seja, em suma, defende-se que a licença-prê mio vigeu no regime estatutá rio
municipal para os profissionais do magistério entre 1997 e 2016.
Tema repetitivo n°. 1086: Presente à redaçã o original do art. 87, § 2º, da
lei 8.112/90, bem como a dicçã o do art. 7º da lei 9.527/97, o servidor federal
inativo, sob pena de enriquecimento ilícito da Administração e
independentemente de prévio requerimento administrativo, faz jus à
conversão em pecúnia de licença-prêmio por ele não fruída durante sua
atividade funcional, nem contada em dobro para a aposentadoria,
revelando- se prescindível, a tal desiderato, a comprovação de que a
licença-prêmio não foi gozada por necessidade do serviço. REsp
1.854.662-CE, Rel. Min. Sé rgio Kukina, Primeira Seçã o, por unanimidade,
julgado em 22/06/2022.
Repise-se que o art. 927, do CPC, impõ e ao ó rgã o julgador a observâ ncia aos
temas julgados pelos Tribunais Superiores em sede de recursos repetitivos, o que reforça
o pedido pela procedência desta exordial.
III.3 – Dos períodos aquisitivos – Interpretação conjunta das Leis Municipais n° 166/97,
375/05 e 521/10, juntamente com a Lei Complementar Estadual n° 13:
Quanto ao terceiro quinquê nio, a ser considerado entre o período de 1998 até
2004, cabe maior aprofundamento. É que a legislaçã o vigente e referente a este período
(Lei n°. 166/97) nã o é tã o clara ao tratar acerca do gozo da licença-prê mio, se
reservando a dizer em seu art. 45 que o regime de licenças do profissional do magisté rio
deve seguir “o regime jurídico em vigência da prefeitura”.
Art. 91º Apó s cada quinquê nio ininterrupto de exercício, o servidor fará jus a 3
(trê s) meses de licença, que poderã o ser acumuladas até o má ximo de dois
períodos, a título de prêmio por assiduidade, com a remuneraçã o que percebia
à data do seu afastamento.
§ 1º Os períodos de licença-prê mio já adquiridos e nã o gozados pelo servidor que
vier a falecer ou aposentar - se por invalidez serã o convertidos em pecú nia, em
favor de seus beneficiá rios da pensã o, ou por ocasiã o da aposentadoria.
§ 2º A autoridade deverá conceder a licença prêmio dentro do prazo de até um
ano, se requerida pelo servidor.
IV - A Corte de origem bem analisou a contrové rsia com base nos seguintes
fundamentos: "Nã o merece provimento o apelo. É entendimento assente neste
Tribunal que o cálculo da licença-prêmio convertida em pecúnia deve se
dar com base em todas as verbas de natureza permanente, em quantia
correspondente à da última remuneração do servidor quando em
atividade, inclusive abono permanência, décimo terceiro salário
proporcional, terço constitucional de férias e saúde suplementar, se for o
caso. [...]" Nesse sentido, destacam-se: (AgInt no AREsp 475.822/DF, relator
Ministro Napoleã o Nunes Maia Filho, Primeira Turma, julgado em 6/12/2018,
DJe 19/12/2018, AgRg no REsp. 1.530.494/SC, relator Ministro Sé rgio Kukina,
DJe 29/3/2016 e AgInt no REsp. 1.591.606/RS, relator Ministro Benedito
Gonçalves, DJe 7/12/2016.)