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No primeiro plantão fora lecionado temas sobre: A primeira peça, de como produzir e os pontos para atingir a devida
aprovação nesse módulo de estágio.
Na aula o professor abordou de como elaborar uma petição sobre RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, seus requisitos, bem
como a sua estrutura mediante ao caso concreto exposto.
Concluindo que a RECLAMAÇÃO TRABALHISTA é uma petição inicial que dará início a provocação do juízo e da forma
ção de todo o aparato jurídico. Nela deve conter todo o rol como elementos, testemunhas, provas, leis, direitos, entendiment
os dos tribunais, súmulas e etc.
Ela deve acontecer sempre que houver um aferimento da relação trabalhista entre empregado e empregador em r
elação ao caso concreto.
A atividade envolvida no dia 20/03/2023 – Auditório da Estácio – Palestra sobre a VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
com 3 palestrantes dentre elas estavam a delegada Eugênia, a advogada Michele e a promotora de justiça Amparo.
No qual foram abordados formas de agressão, meios de denúncia, incentivo ao mesmo, falta da estrutura e presença do
Estado, o entendimento de abusos, iguldade de direitos, dentre outros tópicos.
Assinatura Estagiário
NÚCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS ESTÁCIO TERESINA
AV. EXPEDICIONÁRIOS, 790, RECANTO DAS PALMEIRAS – TERESINA/PI
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ...ª VARA
DO TRABALHO DE TERESINA - PI
SUZANA, brasileira, [estado civil], [data de nascimento], [nome da mãe], portadora de cédula de
identidade nº ..., inscrita no CPF/MF sob o nº ..., número da CTPS ..., número do PIS ..., [endereço
completo com CEP], por meio de seu advogado [nome completo], abaixo subscrito, nos termos do
instrumento de outorga de mandato em anexo (documento 01), vem, com base no artigo 840, § 1º, da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), combinado com o art. 319 do Código de Processo Civil
(CPC), propor
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
pelo rito sumaríssimo, em face de Família Moraes, brasileiro, [estado civil], [data de nascimento],
portador de cédula de identidade nº ..., inscrito no CPF/MF sob o nº ..., [endereço completo com CEP],
pelas razões de fato e de direito a seguir apresentadas.
A reclamante não possui condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários sem
prejuízo do seu sustento. Por estas razões, pleiteiam-se os benefícios de justiça gratuita nos termos do
artigo 5º, LXXIV da CF, c/c artigo 790, § 3º da CLT. A declaração de pobreza encontra-se em anexo.
Suzana, foi contratada através do contrato de experiência para prestar serviços para família Moraes, pela
qual nesse período a reclamante fazia diversas atividades do lar. Em determinada ocasião, a mesma foi
acionada para acompanhar o casal em viagem para Gramado/RS, sob a responsabilidade de babá.
Nesse tempo, o empregador no ato de sua demissão nem se quer cogitou em pagar o adicional previsto
em lei.
A empregada foi admitida no dia 15.06.2015 para trabalhar como doméstica, a título de experiência, por
45 (quarenta e cinco) dias, na residência da família Moraes em Teresina.
Cumpria a jornada de segunda a sexta-feira, das 07:00 h às 16:00 h, com 30 minutos de intervalo
intrajornada. Foi dispensada em 15.09.2015, recebendo as verbas: férias proporcionais de 3/12 avos,
acrescidas do terço constitucional, e décimo-terceiro salário proporcional de 3/12 avos.
A empregada foi dispensada em 15.09.2022 sem o aviso prévio, tampouco recebeu a indenização
correspondente, entre as verbas rescisórias.
Em razão de ser o contrato de trabalho considerado por prazo indeterminado, e de a empregada ter sido
dispensada sem justa causa com menos de 1 ano de serviço, a empregada faz jus ao aviso prévio de 30
dias, como alude o art. 23, § 1º, da LC 150 de 2015. Na falta do aviso prévio por parte do empregador, o
empregado tem direito à indenização correspondente, com reflexos nas férias e terço constitucional, bem
como no décimo-terceiro salário, de acordo com o art. 23, § 3º, do mesmo diploma.
Portanto, a reclamante requer o recebimento do aviso prévio de 30 dias, férias e terço constitucional,
assim como o décimo-terceiro salário.
O empregador descontava 25% do valor da alimentação consumida pela empregada e 10% do salário a
título de vale-transporte.
Ora Excelência, o desconto de alimentação foi taxativamente vedado pelo legislador, por meio do art.
18, caput, da LC 150 de 2015. Além disso, o desconto de 10% do salário a título de vale-transporte
revela-se excessivo, pois o art. 4º, parágrafo único, da Lei 7.418 de 1985 atribui a este desconto o valor
de 6% do salário base do empregado. Sendo assim, a reclamante requer a devolução do desconto de 25%
do valor da alimentação e da diferença de 4% descontada a mais do seu salário, durante todo o período
trabalhado.
A empregada laborava de segunda a sexta-feira, das 07:00 h às 16:00 h, com 30 minutos para descanso
ou alimentação.
Como não foi acordado expressamente o intervalo de 30 minutos, é obrigatória conceder de, no mínimo,
1 hora, conforme o art. 13, caput, da LC 150 de 2015. Com efeito, a concessão parcial do intervalo
intrajornada implica no pagamento do período total mínimo correspondente em forma de hora extra, com
acréscimo de 50% sobre o valor da hora normal, segundo a Súmula 437, I, do Tribunal Superior do
Trabalho.
Dessa forma, a empregada faz jus ao pagamento de 1 hora extra diária durante o período trabalhado e, por
habitual, os reflexos sobre as férias e décimo-terceiro salário.
A Reclamante trabalhava das 07:00 h às 16:00 h, com 30 minutos de intervalo intrajornada, totalizando
uma jornada diária de 8 horas e 30 minutos.
Cabe ressaltar que não houve qualquer referência em acordo escrito relativo a regime de compensação de
horas, como exige o art. 2º, § 4º, da LC 150 de 2015, vez que a jornada diária ultrapassava as 8 horas
diárias, em desacordo com o prescrito no caput deste mesmo artigo, ao limitar em 8 horas diárias a
duração normal do trabalho doméstico. A não observância destas prescrições implica no direito de a
empregada receber 30 minutos diários a título de hora extra, com acréscimo de 50% superior ao valor da
hora normal, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do referido diploma.
Assim, a Reclamante requer o pagamento de 30 minutos diários de hora extra e os reflexos sobre as férias
e décimo-terceiro salário.
A empregada viajou com a família por 4 dias a trabalhar como babá das 08:00 h às 17:00 h, com 1 hora
de intervalo intrajornada.
A trabalhadora, por acompanhar o empregador prestando serviços em viagem, faz jus ao recebimento
de remuneração-hora de 25%, no mínimo, superior ao valor do salário-hora normal, segundo dispõe o art.
11, § 2º, da LC 150 de 2015, percentual que deve prevalecer sobre as horas trabalhadas no período de
viagem a serviço.
Destarte, a Reclamante requer o pagamento de 25% sobre as 32 horas trabalhadas no período da viagem.
IV. DO PEDIDO
Diante dos fatos e fundamentos expostos, é o presente para requerer a procedência da ação, para o fim de
condenar o Reclamado nos seguintes pedidos, que, quando couber, deverão ser acrescidos de correção
monetária e juros:
b) que o contrato de trabalho seja reconhecido, para todos os efeitos legais, por prazo indeterminado, e
que a dispensa da Reclamante seja considerada sem justo motivo;
c) pagamento do aviso prévio de 30 dias e os reflexos nas férias e terço constitucional, bem como no
décimo-terceiro salário... R$...;
d) devolução do desconto de 25% (vinte e cinco por cento) do valor da alimentação e da diferença de 4%
(quatro por cento), descontada a mais do seu salário, durante todo o período trabalhado. R$...;
e) pagamento de 1 hora extra diária durante o período trabalhado e, por habitual, os reflexos sobre as
férias e terço constitucional, assim como no décimo-terceiro salário... R$...;
f) pagamento de 30 (trinta) minutos diários de hora extra e, por habitual, os reflexos sobre as férias e
terço constitucional, bem como no décimo-terceiro salário... R$...;
g) pagamento de 25% (vinte e cinco por cento) sobre as 32 (trinta e duas) horas trabalhadas no período de
viagem a serviço... R$...;
h) pagamento da indenização no valor de um salário mensal, prevista no art. 477, § 8º, da CLT... R$....
V. DA NOTIFICAÇÃO
Requer, por fim, se digne Vossa Excelência a determinar a notificação do Reclamado e sua intimação
para comparecer em audiência a ser designada por este digno Juízo e, nesta ocasião, apresentar defesa nos
termos do art. 844 da CLT, combinado com o art. 336 do CPC, sob pena de revelia e confissão, conforme
Súmula 74, I, do TST.
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente o
depoimento pessoal do reclamado, que fica, desde já, requerido, bem como os de caráter documental,
testemunhal, pericial e o que mais for necessário para aludir os fatos.
Nesses termos,
pede deferimento.
Local e data.
Advogado...
OAB...