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RELATÓRIO DE ESTÁGIO

NOME: Renan Leal Moura Fé

MATRÍCULA: 201909073415 TURMA: Estágio II

PROFESSOR ORIENTADOR: Jason Sintra Sampaio

ESTÁGIO EM: Direito do Trabalho

RESUMO DAS ATIVIDADES REALIZADAS (APRESENTAR ASPECTOS RELEVANTES)

No primeiro plantão fora lecionado temas sobre: A primeira peça, de como produzir e os pontos para atingir a devida
aprovação nesse módulo de estágio.
Na aula o professor abordou de como elaborar uma petição sobre RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, seus requisitos, bem
como a sua estrutura mediante ao caso concreto exposto.
Concluindo que a RECLAMAÇÃO TRABALHISTA é uma petição inicial que dará início a provocação do juízo e da forma
ção de todo o aparato jurídico. Nela deve conter todo o rol como elementos, testemunhas, provas, leis, direitos, entendiment
os dos tribunais, súmulas e etc.
Ela deve acontecer sempre que houver um aferimento da relação trabalhista entre empregado e empregador em r
elação ao caso concreto.

A atividade envolvida no dia 20/03/2023 – Auditório da Estácio – Palestra sobre a VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
com 3 palestrantes dentre elas estavam a delegada Eugênia, a advogada Michele e a promotora de justiça Amparo.
No qual foram abordados formas de agressão, meios de denúncia, incentivo ao mesmo, falta da estrutura e presença do
Estado, o entendimento de abusos, iguldade de direitos, dentre outros tópicos.

JUNTAR ANEXOS (PETIÇÕES, AUDIÊNCIAS, PARTICIPAÇÕES EM PALESTRAS, ETC)

Data: 05 /04 /2023

Renan Leal Moura Fé

Assinatura Estagiário
NÚCLEO DE PRÁTICAS JURÍDICAS ESTÁCIO TERESINA
AV. EXPEDICIONÁRIOS, 790, RECANTO DAS PALMEIRAS – TERESINA/PI
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA ...ª VARA
DO TRABALHO DE TERESINA - PI

SUZANA, brasileira, [estado civil], [data de nascimento], [nome da mãe], portadora de cédula de
identidade nº ..., inscrita no CPF/MF sob o nº ..., número da CTPS ..., número do PIS ..., [endereço
completo com CEP], por meio de seu advogado [nome completo], abaixo subscrito, nos termos do
instrumento de outorga de mandato em anexo (documento 01), vem, com base no artigo 840, § 1º, da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), combinado com o art. 319 do Código de Processo Civil
(CPC), propor

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
pelo rito sumaríssimo, em face de Família Moraes, brasileiro, [estado civil], [data de nascimento],
portador de cédula de identidade nº ..., inscrito no CPF/MF sob o nº ..., [endereço completo com CEP],
pelas razões de fato e de direito a seguir apresentadas.

I – DA ASSISTIÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

A reclamante não possui condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários sem
prejuízo do seu sustento. Por estas razões, pleiteiam-se os benefícios de justiça gratuita nos termos do
artigo 5º, LXXIV da CF, c/c artigo 790, § 3º da CLT. A declaração de pobreza encontra-se em anexo.

II. DOS FATOS

Suzana, foi contratada através do contrato de experiência para prestar serviços para família Moraes, pela
qual nesse período a reclamante fazia diversas atividades do lar. Em determinada ocasião, a mesma foi
acionada para acompanhar o casal em viagem para Gramado/RS, sob a responsabilidade de babá.
Nesse tempo, o empregador no ato de sua demissão nem se quer cogitou em pagar o adicional previsto
em lei.

III. DO CONTRATO DE TRABALHO

A empregada foi admitida no dia 15.06.2015 para trabalhar como doméstica, a título de experiência, por
45 (quarenta e cinco) dias, na residência da família Moraes em Teresina.
Cumpria a jornada de segunda a sexta-feira, das 07:00 h às 16:00 h, com 30 minutos de intervalo
intrajornada. Foi dispensada em 15.09.2015, recebendo as verbas: férias proporcionais de 3/12 avos,
acrescidas do terço constitucional, e décimo-terceiro salário proporcional de 3/12 avos.

III.I DO CONTRATO POR TEMPO INDETERMINADO


A reclamante foi contratada em 15.06.2022 para trabalhar como doméstica, por meio de contrato de
experiência, por 45 dias, findo os quais nada foi tratado, e foi dispensada em 15.09.2022. Deve-se
considerar que o contrato de experiência não deve ultrapassar 90 dias.
Porém, caso este contrato seja pactuado por período menor, havendo continuidade do serviço, terá de ser
prorrogado até completar os 90 dias. Como não houve tratativa alguma a este respeito, após os 45 dias, o
contrato passou a vigorar tacitamente por tempo indeterminado, conforme assegura o art. 5º, § 2º, da Lei
Complementar 150 de 2015.
Nesse contexto, a reclamante pleiteia que seu contrato de trabalho seja reconhecido, para todos os efeitos
legais, por prazo indeterminado e que sua dispensa seja reconhecida sem justo causa.

III.II. DO AVISO PRÉVIO

A empregada foi dispensada em 15.09.2022 sem o aviso prévio, tampouco recebeu a indenização
correspondente, entre as verbas rescisórias.
Em razão de ser o contrato de trabalho considerado por prazo indeterminado, e de a empregada ter sido
dispensada sem justa causa com menos de 1 ano de serviço, a empregada faz jus ao aviso prévio de 30
dias, como alude o art. 23, § 1º, da LC 150 de 2015. Na falta do aviso prévio por parte do empregador, o
empregado tem direito à indenização correspondente, com reflexos nas férias e terço constitucional, bem
como no décimo-terceiro salário, de acordo com o art. 23, § 3º, do mesmo diploma.
Portanto, a reclamante requer o recebimento do aviso prévio de 30 dias, férias e terço constitucional,
assim como o décimo-terceiro salário.

III.III. DOS DESCONTOS

O empregador descontava 25% do valor da alimentação consumida pela empregada e 10% do salário a
título de vale-transporte.
Ora Excelência, o desconto de alimentação foi taxativamente vedado pelo legislador, por meio do art.
18, caput, da LC 150 de 2015. Além disso, o desconto de 10% do salário a título de vale-transporte
revela-se excessivo, pois o art. 4º, parágrafo único, da Lei 7.418 de 1985 atribui a este desconto o valor
de 6% do salário base do empregado. Sendo assim, a reclamante requer a devolução do desconto de 25%
do valor da alimentação e da diferença de 4% descontada a mais do seu salário, durante todo o período
trabalhado.

III.IV. DO INTERVALO INTRAJORNADA

A empregada laborava de segunda a sexta-feira, das 07:00 h às 16:00 h, com 30 minutos para descanso
ou alimentação.
Como não foi acordado expressamente o intervalo de 30 minutos, é obrigatória conceder de, no mínimo,
1 hora, conforme o art. 13, caput, da LC 150 de 2015. Com efeito, a concessão parcial do intervalo
intrajornada implica no pagamento do período total mínimo correspondente em forma de hora extra, com
acréscimo de 50% sobre o valor da hora normal, segundo a Súmula 437, I, do Tribunal Superior do
Trabalho.
Dessa forma, a empregada faz jus ao pagamento de 1 hora extra diária durante o período trabalhado e, por
habitual, os reflexos sobre as férias e décimo-terceiro salário.

III. V. DA JORNADA DIÁRIA

A Reclamante trabalhava das 07:00 h às 16:00 h, com 30 minutos de intervalo intrajornada, totalizando
uma jornada diária de 8 horas e 30 minutos.
Cabe ressaltar que não houve qualquer referência em acordo escrito relativo a regime de compensação de
horas, como exige o art. 2º, § 4º, da LC 150 de 2015, vez que a jornada diária ultrapassava as 8 horas
diárias, em desacordo com o prescrito no caput deste mesmo artigo, ao limitar em 8 horas diárias a
duração normal do trabalho doméstico. A não observância destas prescrições implica no direito de a
empregada receber 30 minutos diários a título de hora extra, com acréscimo de 50% superior ao valor da
hora normal, em conformidade com o art. 2º, § 1º, do referido diploma.
Assim, a Reclamante requer o pagamento de 30 minutos diários de hora extra e os reflexos sobre as férias
e décimo-terceiro salário.

III. VII. DO SERVIÇO EM VIAGEM

A empregada viajou com a família por 4 dias a trabalhar como babá das 08:00 h às 17:00 h, com 1 hora
de intervalo intrajornada.
A trabalhadora, por acompanhar o empregador prestando serviços em viagem, faz jus ao recebimento
de remuneração-hora de 25%, no mínimo, superior ao valor do salário-hora normal, segundo dispõe o art.
11, § 2º, da LC 150 de 2015, percentual que deve prevalecer sobre as horas trabalhadas no período de
viagem a serviço.
Destarte, a Reclamante requer o pagamento de 25% sobre as 32 horas trabalhadas no período da viagem.

III. VII. DA MULTA DO ART 477, § 8º, DA CLT


A empregada foi dispensada em 15.09.2022 sem aviso prévio e sem receber a indenização
correspondente, entre as verbas rescisórias.
Pelo fato de a empregada ter sido dispensada sem justo motivo, como analisado no ITEM II desta inicial,
e da ausência do aviso prévio, tampouco o recebimento da indenização correspondente entre as verbas
rescisórias, conforme analisado no ITEM III, a Reclamante tem direito à multa do art. 477, § 8º, da CLT.
É que o dispositivo do § 6º deste artigo impõe a quitação total das verbas, até o décimo dia da data da
demissão, quando da ausência do aviso prévio, o que não ocorreu no caso em tela.
Destarte, requer o pagamento da indenização no valor de um salário mensal, prevista no art. 477, § 8º, da
CLT.

IV. DO PEDIDO

Diante dos fatos e fundamentos expostos, é o presente para requerer a procedência da ação, para o fim de
condenar o Reclamado nos seguintes pedidos, que, quando couber, deverão ser acrescidos de correção
monetária e juros:

a) concessão, de plano, dos benefícios da justiça gratuita;

b) que o contrato de trabalho seja reconhecido, para todos os efeitos legais, por prazo indeterminado, e
que a dispensa da Reclamante seja considerada sem justo motivo;

c) pagamento do aviso prévio de 30 dias e os reflexos nas férias e terço constitucional, bem como no
décimo-terceiro salário... R$...;

d) devolução do desconto de 25% (vinte e cinco por cento) do valor da alimentação e da diferença de 4%
(quatro por cento), descontada a mais do seu salário, durante todo o período trabalhado. R$...;

e) pagamento de 1 hora extra diária durante o período trabalhado e, por habitual, os reflexos sobre as
férias e terço constitucional, assim como no décimo-terceiro salário... R$...;

f) pagamento de 30 (trinta) minutos diários de hora extra e, por habitual, os reflexos sobre as férias e
terço constitucional, bem como no décimo-terceiro salário... R$...;

g) pagamento de 25% (vinte e cinco por cento) sobre as 32 (trinta e duas) horas trabalhadas no período de
viagem a serviço... R$...;

h) pagamento da indenização no valor de um salário mensal, prevista no art. 477, § 8º, da CLT... R$....

TOTAL DAS VERBAS LÍQUIDAS... R$....

V. DA NOTIFICAÇÃO

Requer, por fim, se digne Vossa Excelência a determinar a notificação do Reclamado e sua intimação
para comparecer em audiência a ser designada por este digno Juízo e, nesta ocasião, apresentar defesa nos
termos do art. 844 da CLT, combinado com o art. 336 do CPC, sob pena de revelia e confissão, conforme
Súmula 74, I, do TST.

VII. DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente o
depoimento pessoal do reclamado, que fica, desde já, requerido, bem como os de caráter documental,
testemunhal, pericial e o que mais for necessário para aludir os fatos.

VIII. DO VALOR DA CAUSA

Dá à presente causa o valor de R$...

Nesses termos,
pede deferimento.

Local e data.

Advogado...
OAB...

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