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Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região
Partes:
IMPETRANTE: Ministério Público do Trabalho
AUTORIDADE COATORA: Juízo da 6ª Vara do Trabalho de Brasília-DF
AUTORIDADE COATORA: DISTRITO FEDERAL
CUSTOS LEGIS: Ministério Público do Trabalho
PAGINA_CAPA_PROCESSO_PJE
______________________________________________________________________
1912pet20 – OSS
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR RELATOR
PEDRO LUÍS VICENTIN FOLTRAN, DA 2ª SEÇÃO ESPECIALIZADA
DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10ª REGIÃO
AGRAVO REGIMENTAL
SHIS, QL 02 – Conj. 02 – Casa 02 – Brasília – DF - PABX (61) 3346 5008 FAX (61) 3346 5520
CEP 71.610-025 - RS/OAB/DF/373/96 - www.scmf.adv.br
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Número do processo: 0000577-76.2020.5.10.0000
Número do documento: 20081020040032800000009555239
EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10ª REGIÃO
MSCiv nº 0000577-76.2020.5.10.0000
Agravante: SINEPE-DF
Agravado: Ministério Público do Trabalho
Agravado: Distrito Federal
Egrégio Tribunal,
Doutos Julgadores,
PRELIMINAR
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sentença seja favorável a uma delas poderá intervir no processo para assisti-
la”, dispondo seu parágrafo único que “a assistência será admitida em
qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o
assistente o processo no estado em que se encontre”.
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necessários para efetiva instrução processual e sentença, a definição sobre o
retorno efetivo das aulas será levado para dezembro ou até mesmo após
2020, o que acarretará severos prejuízos ao setor educacional do Distrito
Federal. Ademais, o pedido de imposição de medidas na ACP é claramente
inconstitucional, como será melhor detalhado abaixo. Portanto, inegável o
interesse jurídico do SINEPE-DF.
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MÉRITO
I — DOS FATOS
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Não por outro motivo, o Excelso Supremo Tribunal Federal
estabeleceu, na análise da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº
634, que há competência concorrente da União, dos Estados e dos
Municípios para estabelecer atos legislativos e criar políticas
públicas para o controle da pandemia em curso no país. Esta decisão
foi proferida após tensão política entre o Chefe do Executivo Federal
e governadores no tangente ao isolamento social como medida
preventiva no combate ao coronavírus.
O poder regulamentar é exercido pelo Chefe do Poder Executivo e
cabe a ele editar atos administrativos normativos que assumem a
forma de decreto. “Essa competência está prevista no inciso IV do
art. 84 da Constituição Federal para o Presidente da República,
sendo atribuída, por simetria, aos Chefes do Poder Executivo dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios, pelas respectivas
Constituições e Leis Orgânicas “(Marcelo Alexandrino e Vicente
Paulo, Direito Administrativo; Editora Método, 28ª edição, pág. 277).
(...)
Não cabe ao judiciário se imiscuir no mérito das decisões
administrativas, fazendo-se substituir ao administrador público para
impor condições de atuação ou mesmo analisar quais as melhores
medidas a serem tomadas para a população.
Por fim, convém registrar que não há como fazer comparação entre o
prazo para abertura das escolas públicas e escolas particulares, em
razão da diversidade entre as duas realidades.
(...)
Por todo o exposto, REVOGO a decisão liminar concedida em
plantão judiciário, no que tange a suspensão para retorno das
atividades de ensino presencial na rede particular de ensino do
Distrito Federal.
INDEFIRO a tutela de urgência requerida pelo Ministério Público
do Trabalho para que seja suspensa a permissão prevista no Anexo
Único, letra “F”, item 2, do Decreto nº 40.939 de 02 de julho de 2020,
de retorno das aulas presenciais nas escolas particulares do Distrito
Federal a partir de 27.07.2020.
AUTORIZO a imediata reabertura das atividades presenciais na
rede de ensino particular do Distrito Federal, exceto dos
estabelecimentos abrangidos pela decisão judicial proferida na Ação
Civil Pública 254-50-2020.5.10.0007.
MANTENHO NA ÍNTEGRA o Decreto nº 40.939 de 02 de julho de
2020, bem como os poderes do Exmo. Sr. Governador do Distrito
Federal na gestão das medidas de enfrentamento da pandemia do
novo coronavírus na área de educação (...).
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Isto porque, a despeito dos protocolos já adotados por várias das
instituições de ensino particular do Distrito Federal, conforme
noticiado pelo SINEPE/DF, na condição de amicus curiae, se
mostram, em juízo precário, bastante para assegurarem a
saúde dos profissionais da educação no retorno das aulas
presenciais. [GN]
Contudo, não há como se ignorar que são associadas ao aludido
Sindicato apenas 180 das cerca de 400 escolas particulares do
Distrito Federal, o que não se mostra suficiente para garantir a
segurança necessária para o retorno das aulas presenciais neste
momento.
Caso as escolas particulares implementem de imediato o retorno
anunciado, quem corre maior perigo de dano são os trabalhadores.
Ao contrário, aguardar a dilação probatória nos autos principais - de
maneira a se verificar com clareza se os protocolos de segurança
adotados pelas empregadoras são bastante para garantir a
segurança dos trabalhadores - mostra-se a atitude mais prudente,
por ser menos danosa.
Assim, a liminar requerida para suspender as atividades DEFIRO
presenciais na rede de ensino particular do Distrito Federal, como
medida extraordinária em face da pandemia de coronavírus (COVID-
19), até que seja proferida sentença na ação civil pública
correspondente.
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25. Por essa razão, inegável que a situação fática narrada na
inicial demanda dilação probatória, mormente quando a impetrante não
juntou aos autos nenhuma prova de que as medidas e protocolos de saúde e
segurança elencados no item F do Decreto nº 40.939/2020 somados aos
indicados pelo SINEPE-DF são insuficientes para resguardar a saúde dos
trabalhadores dos estabelecimentos de ensino da educação básica do Distrito
Federal. Igualmente, que as escolas não estão cumprindo a norma publicada
pelo Governo local. Como se vê, tudo está amparo no campo das meras
alegações, pois o impetrante pressupõe que o jurisdicionado descumprirá a
norma.
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IV — DA AUSÊNCIA DE OMISSÃO DO GOVERNO DO DISTRITO
FEDERAL EM EDITAR NORMAS DE PROTEÇÃO E PREVENÇÃO
PARA AS ESCOLAS PARTICULARES
1Disponívelem:
http://www.sinj.df.gov.br/sinj/Norma/5bfb368868304acb9d085094acb909dd/Decreto_40939_
02_07_2020.html. Acesso em: 8.8.2020
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ser impedida a sua entrada no estabelecimento, orientando-o a
procurar o sistema de saúde.
§ 2º A febre de que trata o § 1º deste artigo é caracterizado pela
temperatura igual ou superior a 37,8ºC.
§ 3º O empregado, colaborador, terceirizado e prestador de serviço,
que apresentar sintomas da COVID-19, deverá ser orientado a
permanecer em isolamento domiciliar, pelo período de quatorze dias,
exceto se apresentar resultado de exame laboratorial que comprove
ausência de infecção pelo novo Coronavirus.
§ 4º Na falta de regulamentação específica da atividade no Anexo
Único deste Decreto, valem as regras estabelecidas neste artigo.
Seção III - Protocolos e medidas de segurança específicos
(...)
F) Escolas, universidades e faculdades, da rede de ensino
privada [GN]
1. Cumprimento dos protocolos e medidas de segurança gerais
estabelecidos no art. 5º deste Decreto.
2. Autorizado a funcionar a partir de 27 de julho de 2020.
3. Higienizar as cadeiras e mesas de uso coletivo regularmente.
4. Disposição das carteiras, cadeiras e mesas a uma distância de 1,5
metro uma das outras.
5. Proibido o funcionamento dos bebedouros.
6. Privilegiar a ventilação natural do ambiente. No caso do uso de ar-
condicionado, realizar manutenção e limpeza dos filtros diariamente.
7. Priorizar reuniões e eventos a distância.
8. Suspensão da utilização de catracas e pontos eletrônicos cuja
utilização ocorra mediante biometria, especialmente de impressão
digital, para alunos e colaboradores.
9. Readequação dos espaços físicos, respeitando o distanciamento
mínimo de 1,5 metros por estudante.
10. Delimitação, por meio de sinalização, da capacidade máxima de
pessoas nas salas de aula, bibliotecas, ambientes compartilhados e
elevadores, respeitando o distanciamento mínimo obrigatório.
11. Organização dos fluxos de circulação de pessoas nos corredores e
espaços abertos evitando contato e respeitando o distanciamento
mínimo.
12. Escalonamento de horários de intervalo, refeições, saída e
entrada de salas de aula, bem como de horários de utilização de
ginásios, bibliotecas, pátios etc, a fim de preservar o distanciamento
mínimo obrigatório entre pessoas e evitar a aglomeração de alunos e
trabalhadores nas áreas comuns.
13. Modificar as atividades esportivas de forma que sejam realizadas
ao ar livre ou em ambientes ventilados.
14. Limpeza geral e desinfecção das instalações antes da reabertura
da escola.
15. Testagem para Covid-19 dos profissionais da educação, na forma
do protocolo da Secretaria de Estado de Saúde.
16. Fornecimento de instalações de água, de saneamento e de
gerenciamento de resíduos.
17. Disponibilização de locais para a lavagem das mãos com sabão e
toalhas de papel descartáveis ou disponibilização de dispenser com
álcool em gel.
18. Janelas e portas dos ambientes escolares (sala de aula, sala dos
professores, banheiros, cozinha etc.) devem permanecer totalmente
abertas durante as aulas.
19. As turmas devem ser reorganizadas de modo a reduzir o número
de estudantes em sala de aula promovendo a alternância entre o
ensino presencial e o ensino mediado por tecnologias.
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20. Devem ser evitadas aglomerações de pais/responsáveis e
estudantes em frente à escola estabelecendo-se escalonamento para
a entrada e saída dos estudantes.
21. Jogos recreativos, esportivos e outros eventos que criem
condições de aglomeração devem ser cancelados.
22. Estudantes e professores que se enquadram no grupo de risco
atuarão exclusivamente por meio do ensino mediado por tecnologias.
23. Deve-se restringir o uso de objetos que possam ser
compartilhados pelos estudantes.
24. Limpeza e sanitização dos ambientes escolares com maior
frequência.
25. As Escolas Privadas deverão envidar esforços para que o retorno
às aulas se dê de modo gradativo.
26. As escolas deverão adotar programas de conscientização do uso
de máscara, do distanciamento e das demais medidas de prevenção
ao novo Coronavírus.
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escolas das respectivas responsabilidades como quis fazer crer o recorrido
em suas razões, as quais fatalmente levaram o i. Relator ao erro.
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quanto mais cedo as escolas puderem reabrir, menores serão os
riscos de ocorrerem danos de longo prazo nas jornadas de
aprendizagem e no bem-estar de milhões de crianças. Preocupa-nos
o fato de que o fechamento prolongado das escolas exacerbe as
desigualdades, aprofunde a crise de aprendizagem e exponha as
crianças mais vulneráveis a um maior risco de exploração. Devido
a outras crises, nós sabemos que, quanto mais tempo as crianças
vulneráveis estiverem fora da escola, menor será a probabilidade
de elas voltarem a frequentá-la. Após a crise do ebola na África
Ocidental, vimos um aumento nas taxas de exploração sexual e de
gravidez na adolescência, o que demonstra como as meninas
correm maiores riscos durante o fechamento das escolas.
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protocolos de retorno em total atenção aos cuidados necessários com alunos
e profissionais.
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50. Foi destacado o alto investimento das escolas
particulares para o retorno gradual e híbrido das atividades presenciais, que
restaram frustradas pela decisão recorrida6.
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52. Assim, sem proporcionalidade ou razoabilidade, sem a
oitiva do agravante e a determinação de cumprimento imediato, a decisão
monocrática concedeu tutela plenamente satisfativa e irreversível, em
violação ao art. 300, § 3º do CPC. Com isso, restaram violados o art. 5º, inc.
XXXVI, XXXVII, LIII, LIV e LV da Constituição Federal.
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ademais, impor obrigações sem respaldo na lei, como deferido na liminar e
pretendido no mandado de segurança e ação principal.
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64. No tocante à Covid-19 não é diferente, a competência é
concorrente e exclusiva do Poder Executivo para o controle da situação
epidemiológica, a qual tem ocorrido por meio de Decretos para estabelecer o
funcionamento de atividades econômicas, medidas de cunho sanitário e até
mesmo a imposição de equipamentos de proteção. Situação já chancelada
pelo Supremo Tribunal Federal, na ADIN nº 6341 e ADPF nº 672,
sendo nessa última assim decidido.
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concretas. Se ausente a coerência, as medidas estarão viciadas por
infringência ao ordenamento jurídico constitucional e, mais
especificamente, ao princípio da proibição da arbitrariedade dos
poderes públicos que impede o extravasamento dos limites
razoáveis da discricionariedade, evitando que se converta em causa
de decisões desprovidas de justificação fática e, consequentemente,
arbitrárias.
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VI — DOS PEDIDOS
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