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Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios

PJe - Processo Judicial Eletrônico

23/09/2020

Número: 0706287-14.2020.8.07.0018
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
73011774 23/09/2020 Mandado Mandado
20:29
Poder Judiciário da União

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

Cartório Judicial Único - 5ª a 8ª Vara de Fazenda Pública do DF

7ª Vara da Fazenda Pública do DF

Fórum Des. Joaquim de Sousa Neto, Térreo, Setores Complementares BRASÍLIA - DF

CEP: 70620-000. Horário de atendimento: 12:00 às 19:00. Telefone: 3103-4331/4349

MANDADO DE INTIMAÇÃO - SECRETÁRIO DE SAÚDE

URGENTE

O Dr. PAULO AFONSO CAVICHIOLI CARMONA, Juiz de Direito da 7ª Vara da Fazenda


Pública do DF, DETERMINA ao senhor Oficial de Justiça que, nos autos da AÇÃO CIVIL PÚBLICA
CÍVEL (65), processo n° 0706287-14.2020.8.07.0018 em que são partes:

Autor: MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

Réu: DISTRITO FEDERAL

INTIME o SECRETÁRIO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL, ou quem suas vezes fizer,

no seguinte endereço: Parque Estação Biológica SAIN, St de Áreas Isoladas N Bl B Antigo Predio da
CLDF, Asa Norte, BRASÍLIA - DF - CEP: 70770-200

para que assuma o serviço ou efetive, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias contados da intimação
da decisão liminar, o regular andamento e finalização do Pregão Eletrônico nº 318/2017 e, ao fim, a
contratação de solução tecnológica e serviços integrados de atendimento e regulação pela Central de
Operações do SAMU – Central 192, apresentando a esse Juízo, ao final de tal prazo, o respectivo
instrumento contratual, sob pena de multa e apuração de outras sanções cabíveis, consoante decisão
ID 72986581 a seguir transcrita:

"Vistos etc. 1. MINISTÉRIO PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS formula, em caráter


incidental na presente ação civil pública, pedido de tutela provisória de urgência com vistas a compelir
o DISTRITO FEDERAL a assumir o serviço ou proceder à contratação regular de solução tecnológica e
serviços integrados de atendimento e regulação pela Central de Operações do SAMU – Central 192,
considerando as sucessivas contratações emergenciais fora das hipóteses legais. Esclarece que em
fevereiro de 2019, a 4ª Promotoria de Justiça de Defesa da Saúde instaurou o Inquérito Civil nº
08190.023191/19-29, buscando apurar a suposta irregularidade na contratação emergencial da empresa
Inova Comunicações e Sistemas Ltda (07.630.608/0001-49), para a prestação de serviços de manutenção
e garantia de solução tecnológica para a Central de Regulação Médica de Urgência, conhecida como
Central 192 (SAMU); que no Distrito Federal, a Secretaria de Estado de Saúde tem se valido, desde o

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https://pje.tjdft.jus.br:443/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=20092320293489000000069000154
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ano de 2012, da terceirização dos serviços de manutenção e garantia de solução tecnológica para a
Central 192 (SAMU), com recursos completos de hardware, software, comunicação de voz e dados,
imagens, armazenamento, monitoramento remoto, GPS, telefonia celular com minutagem ilimitada, além
de internet fixa e móvel. Mantém por conta própria, outrossim, a atividade médica regulatória e o serviço
de resgate propriamente dito. Afirma que, conforme a Nota Técnica nº 18/2019 – AT/PRODEP, durante o
período de 27/02/2012 a 26/02/2018 vigorou o Contrato nº 011/2012-SES/DF firmado com a sociedade
empresária Inova Comunicações e Sistemas Ltda. O prazo de vigência foi inicialmente fixado em 36
(trinta e seis) meses, a contar da assinatura, mas fora prorrogado por sucessivos períodos de 12 (doze)
meses, tendo a referida empresa recebido um total de R$ 35.760.156,27 (trinta e cinco milhões,
setecentos e sessenta mil, cento e cinquenta e seis reais, e vinte e sete centavos) entre os anos de 2014 e
2018; que, antes de finalizado o Contrato nº 011/2012-SES/DF, a Secretaria de Estado de Saúde
publicou o Aviso de Abertura do Pregão Eletrônico por Sistema de Registro de Preços nº 318/2017
(Processo SEI nº 0060-00025673/2017-13); que, entretanto, o procedimento licitatório foi suspenso por
questões técnicas e diversas impugnações, o que motivou a formalização do primeiro contrato
emergencial – Contrato Emergencial nº 013/2018-SES/DF (Processo SEI nº 0060-00263732/2017-41) –,
com vigência no período de 23/02/2018 a 21/08/2018, com a mesma empresa Inova Comunicações e
Sistemas Ltda, no valor de R$ 3.711.000,00 (três milhões, setecentos e onze mil reais) pelo período de
cento e oitenta dias. Assevera, ainda, que o Pregão Eletrônico nº 318/2017 foi reaberto em 26/11/2018,
contudo foi novamente suspenso para análise de novas impugnações. Findo o prazo do contrato anterior
e contrariando a Lei de Licitações, a Secretaria de Estado de Saúde formalizou o segundo contrato
emergencial – Contrato Emergencial nº 136/2018-SES/DF (Processo SEI nº 0060-003163272018-14) –,
com vigência no período de 27/11/2018 a 25/05/2019, mais uma vez com a empresa Inova Comunicações
e Sistemas Ltda, dessa vez no valor de R$ 3.030.000,00 (três milhões e trinta mil reais) pelo mesmo
período de cento e oitenta dias; que, entre o fim da vigência do Contrato Emergencial nº
013/2018-SES/DF (21/08/2018) e o início da vigência do Contrato Emergencial nº 136/2018-SES/DF
(27/11/2018), a prestação dos serviços por parte empresa Inova Comunicações e Serviços Ltda se deu
sem cobertura contratual, através dos chamados “pagamentos indenizatórios”, uma prática ilegal, mas
comum na Secretaria de Estado de Saúde do DF. Afirma, também, que, mais uma vez sem a finalização
do Pregão Eletrônico nº 318/2017, e tendo em vista que os serviços tecnológicos contratados são
essenciais para a manutenção do atendimento pré-hospitalar por parte do SAMU, e sua paralisação
poderia comprometer seriamente o socorro precoce à população local, a SES/DF instaurou o Processo
SEI nº 00060-00128648/2019-44, visando uma terceira e sucessiva contratação emergencial; que,
curiosamente, embora instaurado em 27/03/2019 – portanto, quase dois meses antes do término do
contrato emergencial anterior –, o Processo SEI nº 00060-00128648/2019-44 somente foi finalizado, com
a subscrição do contrato pelas partes envolvidas, em 23/05/2020. Em outras palavras, durante todo o
período de 26/05/2019 a 22/05/2020, mais uma vez a prestação dos serviços se deu sem cobertura
contratual, tendo a SES/DF se valido ilegalmente dos “pagamentos indenizatórios”; que, em 23/05/2020,
a Secretaria de Estado da Saúde do DF firmou, então, o terceiro contrato emergencial – Contrato
Emergencial nº 081/2020-SES/DF, no valor de R$ 3.151.914,00 (três milhões, cento e cinquenta e um
mil, novecentos e quatorze reais) e pelo período de cento e oitenta dias. Mais uma vez, a empresa
contratada foi a Inova Comunicações e Sistemas Ltda. Tal contratação finaliza em novembro/2020, sem
que o Pregão Eletrônico nº 318/2017 (Processo SEI nº 0060-00025673/2017-13) tenha recebido uma
solução definitiva. A inicial veio instruída com documentos. É a síntese do necessário. Decido. A tutela
antecipada, modalidade de tutela provisória, funda-se em juízo de evidência ou de urgência. Nesta última
hipótese, segundo sistemática prevista no Novo Código de Processo Civil, “a tutela de urgência será
concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo” (art. 300). Ensina Daniel Amorim Assumpção Neves que ”segundo o
art. 300, caput, do Novo CPC, tanto a tutela cautelar como para a tutela antecipada exige-se o
convencimento do juiz da existência de elementos que evidenciem a probabilidade do direito. A norma
encerra existir suficiente para a concessão de tutela cautelar e de tutela antecipada. (...) Numa primeira
leitura pode-se concluir que o perigo de dano se mostraria mais adequado à tutela antecipada, enquanto
o risco ao resultado útil do processo, à tutela cautelar. A distinção, entretanto, não deve ser prestigiada
porque nos dois casos o fundamento será o mesmo: a impossibilidade de espera da concessão da tutela
definitiva sob pena de grave prejuízo ao direito a ser tutelado e de tornar-se o resultado final inútil em
razão do tempo” (NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de Direito Processual Civil, Volume
Único. 8ª Ed. Salvador: JusPodivm, 2016, p. 430-431). Na hipótese dos autos, os documentos que
instruem a inicial revelam a probabilidade do direito invocado. Com efeito, conforme demonstra a tabela

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constante da petição inicial (ID 72811839 - Pág. 7) foram firmadas diversas contratações entre a
SES/DF e a sociedade empresária Inova Comunicações e Sistemas Ltda, no período de 2012 a 2020,
para a prestação de serviços de manutenção e garantia de solução tecnológica para a Central de
Regulação Médica de Urgência, conhecida como Central 192 (SAMU). Isso significa que nos últimos oito
anos vigorou, entre as partes contratantes: (i) Contrato nº 011/2012-SES/DF – de 27/02/2012 a
26/02/2018; (ii) Contrato Emergencial nº 013/2018-SES/DF – de 23/02/2018 a 21/08/2018; (iii) período
sem cobertura contratual – de 22/08/2018 a 26/11/2018; (iv) Contrato Emergencial nº 136/2018-SES/DF
– de 27/11/2018 a 25/05/2019; (v) período sem cobertura contratual - de 26/05/2019 a
22/05/2020; (vi) Contrato Emergencial nº 081/2020-SES/DF – de 23/05/2020 a novembro/2020. Isso tudo
ocorreu sem que o Poder Público conseguisse finalizar o Pregão Eletrônico por Sistema de Registro de
Preços nº 318/2017 (Processo SEI nº 0060-00025673/2017-13), que foi suspenso por questões técnicas e
diversas impugnações, foi reaberto em 26/11/2018, contudo foi novamente suspenso para análise de
novas impugnações. Ora, desde a abertura do Pregão Eletrônico nº 318/2017 ou, ao menos, desde a
finalização da primeira contratação (em 26/02/2018), houve tempo mais do que necessário para o
Distrito Federal resolver as questões pendentes e regularizar, mediante novo contrato administrativo, a
prestação do serviço. Isso demonstra a inércia do Distrito Federal em adotar medidas efetivas para a
solução do problema de forma voluntária, e a necessidade do deferimento da tutela de urgência
postulada na presente ação civil pública, a fim de compelir o réu a regularizar a contratação,
assegurando a quaisquer empresas do ramo a possibilidade de participarem do processo licitatório. A
corroborar a probabilidade do direito alegado na inicial, sobreleva notar que o art. 37, XXI, da
Constituição Federal de 1988 consagrou a ideia de que a regra é a licitação, sendo exceção a
contratação direta, nas hipóteses admitidas pela legislação (tais como as hipóteses de licitação
dispensada, dispensável e inexigível, previstas nos artigos 17, 24 e 25 da Lei nº 8.666/93). Logo, constitui
prática absolutamente ilegal a prestação de serviço sem cobertura contratual, como ocorreu na hipótese
dos autos, por duas ocasiões, sempre com a mesma empresa. Assim, a omissão do Poder Público
constitui ofensa aos princípios da moralidade administrativa, impessoalidade, competitividade e,
portanto, acaba, ao menos em tese, gerando menor vantajosidade para Administração Pública. Note-se
que se trata de serviço de extrema relevância e funciona ininterruptamente 24 (vinte e quatro) horas por
dia, nos sete dias da semana, com equipes de profissionais de saúde compostas, em geral, por médicos,
enfermeiros, auxiliares de enfermagem, farmacêuticos e condutores que atendem às urgências e
emergências de natureza clínica, traumática, pediátrica, gineco-obstétrica e psiquiátrica de toda a
população do Distrito Federal. A CF/88 prescreve, ainda, que o Sistema Único de Saúde _ SUS integram
uma rede regionalizada e hierarquizada, organizado de acordo a diretriz da descentralização, com
direção única em cada esfera de governo (art. 198, I). Diante da competência legislativa concorrente
(art. 24, XII, CF), na qual cabe a União a elaboração das normas gerais, foi editada a Lei nº 8.080/90,
que disciplina o SUS. E na referida Lei Nacional do SUS está previsto que cabe a direção nacional do
SUS, exercida pelo Ministério da Saúde (art. 9º, I), dentre outras inúmeras competências, elaborar
normas para regular as relações entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os serviços privados
contratados de assistência à saúde (art. 16, XIV). Dentro desse contexto, o Distrito Federal deve,
portanto, observar os parâmetros técnicos definidos pelo Ministério da Saúde na Portaria de
Consolidação nº 3, de 28 de setembro de 2007, segundo o qual o serviço de atendimento pré-hospitalar
prestado pelo SAMU deve estar vinculado a uma Central de Regulação Médica de Urgência (Central
192), composta de “estrutura física constituída por profissionais (médicos, telefonistas, auxiliares de
regulação médica e rádio-operadores) capacitados em regulação dos chamados telefônicos que
demandam orientação e/ou atendimento de urgência, por meio de uma classificação e priorização das
necessidades de assistência em urgência, além de ordenar o fluxo efetivo das referências e
contrarreferências dentro de uma Rede de Atenção”. Assim, conforme bem pontuou o promotor de justiça
subscritor da petição inicial, o cerne da eficiência desse serviço de urgência e emergência pressupõe
justamente o cumprimento regular do chamado “tempo-resposta”, ou seja, o tempo adequado
tecnicamente transcorrido entre a ocorrência do evento de urgência e emergência e a necessária
intervenção deve ser o critério utilizado prioritariamente para o correto planejamento, implantação e
efetivação do acesso ao serviço de atendimento pré-hospitalar realizado pelo SAMU. Por isso, a
implantação de uma Central de Regulação Médica de Urgência que gerencie toda a rede de atenção às
urgências nos atendimentos do SAMU deve estar suficientemente estruturada por sistemas de informação
e comunicação, equipamentos e recursos humanos envolvidos na análise e compreensão das várias
situações de agravo à saúde que viabilizem a adequada resposta assistencial (art. 46, § 2ª, da referida
Portaria Consolidadora nº 3/2017). Trata-se, a toda evidência, de serviço de apoio indispensável a

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assegurar direito fundamental de caráter indisponível, corolário do direito à vida e à saúde, sendo dever
indeclinável do Estado, inclusive do Distrito Federal, o desenvolvimento de políticas públicas que
assegurem o pleno acesso da população em geral a esse direito. Em função disso, é necessária uma
contratação estável de longo prazo, dando oportunidade a outras empresas que atuam no mercado a
participarem do certame, sob pena de ofensa a própria lógica da licitação. Neste sentir, destaca-se que o
art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93 estabelece que o prazo máximo de contratação emergencial é de 180
(cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência, vedada a
prorrogação dos respectivos contratos. O perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo
mostram-se evidentes, tendo em vista que a prestação de serviço essencial com cobertura contratual
precária, mediante sucessivos contratos emergenciais ou sem cobertura contratual, pode colocar em
risco a prestação do serviço público essencial. Observe-se, ainda, que a prestação do serviço em tela
torna-se, ainda mais, essencial diante da atual pandemia da COVID-19. Deste modo, o quadro fático
apresentado reclama imediata solução, na medida em que, conforme se relatou, o terceiro Contrato
Emergencial nº 081/2020-SES/DF finaliza no próximo mês de novembro/2020 – portanto, a menos de 1
mês e meio, sem que o Poder Público conseguisse finalizar processo licitatório de pregão aberto em
2017. Quanto à reversibilidade da medida – um dos requisitos para a concessão da tutela provisória de
urgência (art. 300, § 3º, do NCPC) -, constato que a hipótese dos autos caracteriza a chamada
“irreversibilidade recíproca”, de modo que, na ponderação dos valores em jogo, os direitos
fundamentais à saúde e à vida, aliado aos princípios da legalidade, moralidade, impessoalidade e
competitividade, hão de prevalecer. Cabe, por fim, salientar que a presente decisão passa muito longe de
afrontar o campo discricionário reservado ao Poder Público, pois a presente decisão não está impondo
medida concreta que invade os critérios de oportunidade e/ou conveniência administrativas. Por outras
palavras, o Poder Judiciário não está impondo determinada escolha (terceirizar ou retomar o serviço) ou
determinada solução técnica para prestação dos serviços integrados de atendimento e regulação pela
Central de Operações do SAMU – Central 192. À vista do exposto, DEFIRO a tutela provisória de
urgência para determinar ao Distrito Federal, por intermédio de sua Secretaria de Estado de Saúde do
Distrito Federal, a obrigação de fazer consistente em assumir o serviço ou efetivar, no prazo máximo
de 60 (sessenta) dias contados da intimação da decisão liminar, o regular andamento e finalização do
Pregão Eletrônico nº 318/2017 e, ao fim, a contratação de solução tecnológica e serviços integrados de
atendimento e regulação pela Central de Operações do SAMU – Central 192, apresentando a esse
Juízo, ao final de tal prazo, o respectivo instrumento contratual, sob pena de multa e apuração de
outras sanções cabíveis. Intimem-se o Secretário de Estado de Saúde, ou quem lhe faça às vezes, para
que cumpra a presente decisão. 2. Deixo de designar audiência de conciliação/mediação, na medida em
que a natureza da controvérsia instaurada nestes autos não comporta autocomposição. 3. Cite-se o
Distrito Federal, por intermédio da respectiva Procuradoria, para oferecer resposta no prazo legal. 4.
Após, ao Ministério Público para réplica. 5. Em seguida, venham os autos conclusos para julgamento
antecipado de mérito ou decisão de organização/saneamento do processo. Int. CONFIRO À DECISÃO
FORÇA DE MANDADO. BRASÍLIA, DF, 23 de setembro de 2020 17:07:05. PAULO AFONSO
CAVICHIOLI CARMONA Juiz de Direito"

OBSERVAÇÃO:

* Nos termos do art. 212, §2º, do CPC/2015, as citações e intimações, independentemente de autorização
judicial, poderão realizar-se no período de férias forenses, nos feriados ou dias úteis fora do horário de
6hs às 20hs, observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da Constituição Federal.

* O prazo fluirá da data da intimação, consoante o § 3° do art. 231 do Código de Processo Civil -
CPC/2015.

CUMPRA-SE, na forma da lei.

Brasília/DF, 23 de setembro de 2020 19:21:56.

Número do documento: 20092320293489000000069000154


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PAULO AFONSO CAVICHIOLI CARMONA

Juiz de Direito

RI

Documentos associados ao processo

ID Título Tipo Chave de acesso**


Outros
72811840 Doc. 01 - ICP 08190.023191 19-29 20092208230817300000068827031
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Doc. 02 - Portaria-MS Consolidadora Outros
72811841 20092208230836500000068827032
03-2017 Documentos
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72811842 Doc. 03 - NT 18-2019 20092208230864400000068827033
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72811843 Doc. 04 - Portaria GM MS 2657 2004 20092208230868500000068827034
Documentos
72811839 Petição Inicial - Ação Civil Pública Petição Inicial 20092208230810100000068827030
72999893 Decisão Decisão 20092317092109900000068984094
72999893 Decisão Decisão 20092317092109900000068984094
72999893 Citação Citação 20092317092109900000068984094
72999894 Certidão Certidão 20092318544705000000068994971

Obs: Os documentos/decisões do processo, cujas chaves de acesso estão acima descritas, poderão
ser acessados por meio do link:
https://pje.tjdft.jus.br/pje/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam (ou pelo site do TJDFT: "
www.tjdft.jus.br" > Aba lateral direita "Advogados" > item "Processo Eletrônico - PJe" > item
"Autenticação de documentos"; ou também pelo site do TJDFT: "www.tjdft.jus.br" > Aba lateral
direita "Cidadãos" > item "Autenticação de Documentos" > item "Processo Judicial Eletrônico -
PJe [Documentos emitidos no PJe]).

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