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ÍNDICE

. NOTA DESCRITIVA DO PROJECTO


- Centro cultural ( teatro, auditórios, museu, biblioteca, escola de artes),
escritórios, habitação, comércio
- Lugar
- Cliente-estado
. NOTA INTRODUTÓRIA

. ENQUADRAMENTO JURÍDICO DO PROJECTO


- CÓDIGO CIVIL
- LEI DOS SOLOS
- PROTECÇÃO DO PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO
- REGIME JURIDICO DA URBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO
- REGULAMENTO GERAL DAS EDIFICAÇÕES URBANAS

- PDM, PU
- DGESP
- PROGRAMAÇÃO PARA BIBLIOTECAS PÚBLICAS

. NOTA FINAL
- COMPETÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS
- ESTATUTO DA ORDEM DOS ARQUITECTOS
- CÁLCULO DE HONORÁRIOS

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NOTA DESCRITIVA DO PROJECTO

O trabalho realizado no âmbito da cadeira de arquitectura, consiste na elaboração de um


projecto para o Parque Mayer, que se encontra limitado a norte pelas traseiras da rua do
Salitre, a sul pela praça da Alegria, a nascente pelas traseiras da travessa do Salitre e a poente
pelo Jardim Botânico, pertencente à freguesia de S. Mamede na cidade de Lisboa.
O local da intervenção está construído, mas está numa fase muito degradada, existindo a
necessidade de revitalizar e recuperar o espaço.
O contexto programático revela a necessidade de criação de áreas destinadas a escritórios,
habitação, restauração, estacionamento e áreas culturais relacionadas com artes de
espectáculo ( teatro, auditórios, museu, biblioteca, e escola de artes de espectáculo).

NOTA INTRODUTÓRIA

Existe um conjunto de regras técnicas, referentes à actual lei portuguesa segundo as


disposições legais, sobre o projecto em si, e ainda regras relativamente ao próprio acto da
construção. Aqui remete-nos directamente para a situação do projectista, do dono do projecto e
ainda de quem o irá executar. Será então aqui necessário o conhecimento das normas jurídicas
que envolvem cada um dos intervenientes.

Com estas normas pretende-se regular a actividade construtiva, propriamente dita, mas
também as normas jurídicas que visam ordenar ou planear essa actividade no seu
desenvolvimento e ocupação espacial.
Estamos assim a falar do direito da arquitectura, podendo-o aqui encontrar nas seguintes
formas:
- Direito da arquitectura;
- Regime Jurídico da Propriedade Imóvel;
- Protecção do Património Arquitectónico;
- Regime Jurídico da Ocupação, Uso e Transformação dos solos;
- Regime Jurídico da Preservação do Solo e Defesa do Ambiente;
- Regime Jurídico da Edificação e Urbanização;
- Regime Jurídico do Ordenamento e Planeamento Territorial;

ENQUADRAMENTO JURÍDICO DO PROJECTO

Código civil

Em primeiro lugar parece-me fundamental focar, a legislação existente (código civil – D.L. n.º
47 344 de 25 de Novembro de 1966) em relação ao direito de propriedade. Visto que o terreno
(bem imóvel) a utilizar é propriedade de alguém. Neste caso considera-se esta propriedade
domínio do Estado. Aqui será necessário um olhar sobre os seguintes artigos:

Artigo 1304.º, do código civil – “ O domínio das coisas pertencentes ao Estado ou a quaisquer
outras pessoas colectivas públicas, está igualmente sujeito às disposições deste código em
tudo o que não for especialmente regulado e não contrarie a natureza própria daquele
domínio”.

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Artigo 1305.º, do código civil – “O proprietário goza de modo pleno e exclusivo dos direitos de
uso, fruição e disposição das coisas que lhe pertencem, dentro dos limites da lei e com
observância das restrições por ela impostas”.

Aqui podemos ainda referir o Direito de Superfície, visto que este direito aparece para propiciar
a construção – antes de 1966 no domínio da propriedade pública. Tendo o intuito dos terrenos
serem urbanizados, permitindo mais tarde esse proprietário público tomar a plenitude dos
poderes da construção.
Ao proprietário do terreno chama-se fundeiro, e ao proprietário do edifício chama-se
superficiário. Estamos aqui a referir o seguinte artigo:

Artigo 1524.º, do código civil – “O direito de superfície consiste na faculdade de construir ou


manter, perpétua ou temporariamente, uma obra em terreno alheio, ou de nele fazer ou manter
plantações”.

PLANO DIRECTOR MUNICIPAL – PDM

Disposições Gerais

Art. 1º ( Objectivo e Âmbito)

1- O P.D.M. de Lisboa tem por objectivo estabelecer as regras a que deve obedecer a
ocupação, uso e transformação do território municipal, e definir as normas gerais de
gestão urbanística a utilizar na execução do plano.
2- O P.D.M. é aplicável na totalidade da área do território do município.

Art. 2º (Composição e Utilização)

1- O P.D.M. é constituído pelos seguintes elementos fundamentais:

a) Regulamento traduzido graficamente nas plantas referidas nas alíneas b) e c)


do presente número ;
b) Planta de Ordenamento, desagregada nas seguintes plantas:

b1) Planta de Classificação do Espaço Urbano (esc. 1/10 000)


b2) Planta de Componentes Ambientais Urbanas (esc. 1/10 000)
b3) Planta de Unidades Operativas de Planeamento e Gestão (esc. 1/10 000)
b4) Inventário Municipal do Património (esc. 1/5 000)

c) Planta de Condicionantes, esc. 1/10 000, desagregada nas seguintes plantas:


c1) Imóveis Classificados e em vias de Classificação
c2) Outras Servidões e Restrições de Utilidade Pública.

2- Constituem elementos complementares do P.D.M. :

a) O relatório;
b) A Planta de Enquadramento, (esc. 1/100 000) ;

3- Constituem Anexos ao P.D.M. , os seguintes elementos:

a) Os estudos de caracterização física, social, económica e urbanística, e os


estudos preliminares da Carta Municipal do Património;
b) A Planta da Situação Existente, esc. 1/10 000.

4- Para efeitos da definição dos condicionamentos à edificabilidade, devem ser


sempre considerados cumulativamente os referentes à Planta de Ordenamento e à
Planta de Condicionantes, prevalecendo os mais restritivos.

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SERVIDÕES ADMNISTRATIVAS E OUTRAS RESTRIÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA AO
USO DOS SOLOS

- regista-se apenas a zona de protecção do Aeroporto de Lisboa.

Artigo 8º - Âmbito e objectivos


“1- Regem-se pelo dispositivo no presente titulo e legislação aplicável as servidões
administrativas e restrições de utilidade publica ao uso dos solos seguidamente identificadas:
f) protecção ao aeroporto de Lisboa.”

Artigo 9º - Uso e Construções


“ Nas áreas ou edifícios objecto de servidões administrativas ou de outras restrições de
utilidade publica, os usos e construções que vierem a merecer parecer favorável das entidades
competentes, nos termos da legislação aplicável, ficam sujeitos ao cumprimento das regras
constantes do presente regulamento.”

DO USO DOS SOLOS

Art. 10º ( Classe do Espaço)

O perímetro urbano da cidade de Lisboa abrange a totalidade do território municipal, o qual


constitui um único Espaço Urbano, delimitado na Planta de Classificação do Espaço Urbano, a
que se refere a alínea b1), do nº1 do art. 2º.

Art. 13º (Inventário Municipal do Património)

1- O Inventário Municipal do Património, assinala os imóveis e conjuntos edificados com


interesse histórico, arquitectónico e/ou ambiental, assim como as áreas de potencial
valor arqueológico.

A zona edificada q delimita o Parque Mayer é considerada um imóvel.


Código Civil art. 204º , “ 1- São coisas imóveis: a)os prédios rústicos e urbanos.
2- Entende-se por prédio rústico uma parte delimitada do solo e as construções nele
existentes que não tenham autonomia económica, e por prédio urbano qualquer
edifício incorporado no solo, com os terrenos que lhe sirvam de logradouro.”

Art. 14º ( Imóveis e Conjuntos Edificados Integrados no Inventário Municipal do Património)


1- Os imóveis e conjuntos edificados constantes do Inventário Municipal do Património
devem ser considerados nos Planos de Urbanização e de Pormenor e nos
Regulamentos Municipais para efeitos de regulamentação, tendo em atenção o
interesse histórico, arquitectónico, urbanístico e ambiental.
2- Até à publicação da Carta Municipal do Património, a demolição de edifícios isolados
ou integrados em conjuntos edificados constantes do Inventário Municipal do
Património só se pode fazer :
a) Quando previsto em Plano de Urbanização ou de Pormenor aprovado;
b) Quando disponha de parecer favorável da estrutura consultiva criada nos
termos do disposto no n.º 2 do art. 4º.

A zona em questão encontra-se num nível de intervenção 1

Art.15º , áreas de potencial valor arquitectónico, “ 1- Na planta do inventário municipal do


património são delimitadas áreas de potencial valor arqueológico , as quais se classificam em :
a) área de nível 1 de intervenção – delimitada pela muralha Fernandina incluindo o bairro da
moraria.
2 – Os planos de urbanização e de pormenor devem estabelecer condicionamentos ao uso e
ocupação do solo e à realização de obras, tendo em vista a salvaguarda e valorização do
património arqueológico das e áreas de interesse arqueológico com base em elementos
descritivos e cartográficos mandados elaborar pela Câmara Municipal e tendo em consideração
o disposto nos números seguintes.

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3- na área de nível 1, os projectos de obras q indiquem escavações ou remeximento do
subsolo devem ser acompanhados de relatório realizado por técnico especializado que
descreva e fundamente as acções e medidas a adoptar para assegurar a identificação,
preservação e/ou registo de valores arqueológicos cuja a existência seja conhecida ou
considerada provável.
4- Na área de nível 1, o licenciamento de projectos fica sujeito a parecer, da comissão
municipal especifica, podendo a realização das obras ser condicionada á previa realização de
trabalhos arqueológicos de acordo com parecer do IPPAR, normas municipais de protecção e
valorização do património ou aprovação do relatório a que se refere o numero anterior.

DO ESPAÇO URBANO

Art. 28º ( Âmbito)


O Espaço Urbano integra as seguintes áreas delimitadas na Planta de Classificação do Espaço
Urbano:
a) Áreas Históricas .

DAS ÁREAS HISTÓRICAS

Art. 29º (Âmbito e Objectivo)


As Áreas Históricas são Espaços Urbanos cujas características morfológicas, arquitectónicas e
ambientais se pretende preservar, constituídos por:
a) Áreas de formação pré-pombalina e pombalina, em geral configuradas até ao
final do séc. XVIII e edificadas até final do séc. XIX.
Art. 30º (Categorias)
As Áreas Históricas são constituídas pelas seguintes categorias, em função do respectivo uso
predominante, conforme delimitação na Planta de Classificação de Espaço Urbano:
a) Áreas Históricas Habitacionais, centrais ou periféricas, onde se mantém o uso
habitacional predominante e que se pretende revitalizar nos aspectos demográfico,
social e funcional.

Artigo 31º- Obras de Construção


“1- Nas obras de construção, quer se destinem ou não a substituir edifícios demolidos é
utilizado o nivelamento da cércea e da altura total pelas médias respectivas dos edifícios da
frente edificada do lado do arruamento onde se integra novo edifício, no troço entre duas
transversais ou no troço de rua que apresente características morfológicas homogéneas.
2- A demolição para substituição dos edifícios existentes só é autorizada nos seguintes casos,
depois de licenciada a obra de construção para o local:
a) Em caso de ruína eminente do edifício , comprovado por vistoria municipal;
b) Quando o edifício for considerado de manutenção inconveniente perante a
apresentação de elementos elucidativos da pretensão, devendo ser consultada a estrutura
consultiva criada nos termos do disposto ( Artigo 4º n.º2)”

Artigo 4º - (Gestão Urbanística)


“2- Para o exercício dos poderes não vinculados previstos neste regulamento , a Câmara
poderá criar estruturas consultivas, ou socorrer-se das existentes, compostas por técnicos do
município e por personalidades e entidades tecnicamente qualificadas, nomeadamente nas
áreas do património reabilitação urbana e estética urbana.
d) Quando a Câmara Municipal, com base em parecer da estrutura consultiva criada nos
termos do disposto n.º 2 do artigo 4º, considerar q o edifício existente não represente o
elemento com interesse urbanístico arquitectónico ou cultural, tanto individualmente como para
o conjunto em q se integra, e q o projecto apresentado contribui para a valorização
arquitectónica, urbanística e ambiental da área e do conjunto edificado em que se integra,
representando a substituição total ou parcial do edifício existente uma vantagem cultural e
urbanística evidente.
4- As obras de construção de edifícios em substituição dos demolidos nos casos referidos no
n.º 2 do presente artigo, quando não se verifique a situação referida no artigo 35º, ficam
sujeitos aos seguintes condicionamentos:

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a) Manutenção do alinhamento edificado, salvo em casos especiais devidamente
fundamentados relativamente aos quais a Câmara Municipal fixe o novo alinhamento.

a) Se forem diferentes as profundidades das empenas dos edifícios confinantes e a


profundidade de um ou de ambos for superior a 15 m e nos casos que a estrutura
consultiva criada nos termos do disposto no n.º 2 do artigo 4º considere que as
fachadas de tardoz dos confinantes são de manter, pode admitir-se que o novo edifício
alinhe por aquele q apresente maior profundidade de empena, desde que fiquem
asseguradas as boas condições de exposição, insolação e ventilação dos espaços
habitáveis, nos termos da legislação em vigor.”

DOS PLANOS DE URBANIZAÇÃO E DE PORMENOR E DOS REGULAMENTOS

Art. 118º ( Planos)


1- Os Planos de Urbanização e os Planos de Pormenor, devem ser realizados de acordo
com as regras e condicionamentos urbanísticos definidos no Regulamento, na Planta
de Ordenamento e na Planta de Condicionantes do P.D.M. , não podendo ultrapassar
os máximos e os mínimos definidos para os diversos parâmetros urbanísticos.
4-Os Planos de Urbanização e os Planos de Pormenor, podem ajustar os limites das
categorias do Espaço Urbano definidas na Planta de Classificação de Espaço Urbano ou
das Componentes Ambientais Urbanas ou das UOP definidas nas plantas respectivas, em
função da definição permitida pela respectiva escala cartográfica e pela informação obtida
nos respectivos estudos e levantamentos, devendo adoptar , para tal os conceitos e
critérios utilizados no P.D.M. .

Art. 119º ( Regulamentos Específicos)


1- Nas Áreas Históricas e nas Áreas Consolidadas a definição de condicionamentos
específicos, dentro dos parâmetros máximos e mínimos definidos no presente
regulamento, que atendam às especiais condições do local, pode ser efectuada através
de regulamento, designadamente quanto a :
a) equilíbrio e repartição de usos
b) alinhamentos e cérceas;
c) profundidade de empenas;
d) características estéticas e construtivas das edificações
2- as disposições a integrar nestes regulamentos, não podem ultrapassar os parâmetros
máximos e mínimos definidos no P.D.M. .

PU
REGULAMENTO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO

Artigo 2º (Constituição)

1- O Plano de Urbanização é constituído pelos seguintes elementos:

a) Relatório composto por : Memória Descritiva e Justificativa, Plano Financeiro,


Regulamento
b) Elementos Cartográficos : Localização na carta das U.O. P. G. do P.D.M. ,
Carta de Componentes Ambientas Urbanas, Carta de Condicionantes, Carta
de Classificação do Espaço Urbano, Carta de Síntese I – Zonamento e Carta
de Síntese II – Inventário do Património
c) Anexos : Extracto do P.D.M., Carta da Situação Existente, Caracterização
Urbana

Artigo 3º (Vinculação)

Todas as intervenções quer de iniciativa pública, quer privada a realizar na área abrangida pelo
P.U. , obedecerão obrigatoriamente ás presentes disposições, sem prejuízo das atribuições e
competências cometidas pela lei em vigor às demais entidades de direito público.

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DO ESPAÇO URBANO

Artigo 5º (Âmbito)

1- Para efeito das presentes normas, a área de intervenção é considerada globalmente


como área histórica habitacional, dotada de infra-estruturas urbanísticas consolidadas,
de formação pré-pombalina, em geral consolidada até finais de séc. XVIII, podendo o
seu edificado ser agrupado de acordo com a identidade das suas características
tipológicas em quatro zonas homogéneas.

1.1- ZHH I caracteriza-se pela existência de um tecido urbano de malha apertada, com
quarteirões fechados e de pequena dimensão, lotes pequenos com frentes de ruas
reduzidas, edifícios reconstruídos após o terramoto de tipologia construtiva
semelhante à pré-pombalina, de alvenaria pobre, frontal e tabique, de tipo popular.
Nesta zona são previstas intervenções por edifício e por conjunto, sendo abrangida
pela Categoria de Protecção I :

b) Nas intervenções por conjunto, decorrentes de acções de planeamento,


justificadas por operações de reabilitação e com caracter excepcional, é permitido
o emparcelamento e novas soluções construtivas mantendo-se as condicionantes
patrimoniais, recorrendo a um desenho contextual, integrado num estudo de
conjunto, configurado na volumetria, no vocabulário arquitectónico e na relação
com a rua e com os espaços envolventes.

A zona em estudo encontra-se na situação anteriormente referidas

DAS OBRAS

Artigo 10º (Demolições)

1- Demolição total ou parcial para substituição dos edifícios existentes,


independentemente do seu uso, só será autorizado depois de licenciada uma
nova construção para o local, o nos seguintes casos :
a) Ruína eminente do edifício e/ou impossibilidade técnica da sua
recuperação comprovada por prévia vistoria municipal.

Artigo 11º (Novas Construções)

1- As obras de novas construções ou de reconstrução nos casos previstos no


artigo 10º ficarão sujeitas aos seguintes condicionamentos.
a) Manutenção do alinhamento dos planos das fachadas (...)

d) Quando existam edifícios confinantes, a profundidade das empenas será igual


à desses edifícios, com o máximo de 15m

2- Na construção de um novo edifício em lote vago ou em substituição de um


demolido, a cércea e a altura da fachada de um novo edifício não poderão em
caso algum, ultrapassar as médias respectivas dos edifícios da frente edificada
do lado do arruamento onde se integra o edifício (...) nem constituir um
obstáculo ao usufruto público de vistas panorâmicas.
3- Os projectos de obras novas deverão traduzir a comtemporaneidade em
formas e técnicas arquitectónicas, respeitando as condições de uso, de

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volumetria e estética do conjunto, nomeadamente o ritmo, escala de vãos e a
configuração dos telhados.

Artigo 14º (Materiais e Acabamentos Exteriores)

Os materiais e acabamentos exteriores dos edifícios deverão ser aplicados de acordo com os
Regulamentos Municipais em vigor.

Artigo 15º (Instalações Especiais )

2- Nas obras de construção de um novo edifício (...) não será permitida a instalação de :

a) equipamentos de ar condicionado salientes em relação ao plano da


fachada;
b) antenas ou outros elementos afins em varandas, beirados,
platibandas ou cornijas;
c) condutas de ventilação ou de exaustão de fumos nas fachadas
principais;

Artigo 21º (Edifícios Classificados e Oficialmente Em Vias de Classificação)

1- A listagem de património classificado e oficialmente em vias de


classificação, na área de intervenção do IPAAR :

Art.º 23 ( bens a integrar por avaliação do inventário municipal do património)

1- Os imóveis e conjuntos edificados constantes do inventário municipal do património


devem ser considerados nos planos de urbanização e de pormenor e nos
regulamentos municipais para efeitos de regulamentação, tendo em atenção o
interesse histórico, arquitectónico, urbanístico e ambiental.

2- Até à publicação da carta municipal do património, a demolição de edifícios isolados ou


integrados em conjuntos edificados constantes do inventário municipal do património
só se pode fazer;
a) Quando previsto em plano de urbanização ou de pormenor
aprovado.
b) Quando disponha de parecer favorável da estrutura consultiva

3- As alterações de edifícios integrados nos conjuntos edificados identificados devem


garantir a homogeneidade e identidade arquitectónica e urbanística desses conjuntos.

4- Exceptuam-se do disposto nos números anteriores os imóveis e conjuntos edificados


situados na área de jurisdição da APL.

-CAPITÓLIO

A freguesia de S. Mamede contempla os seguintes troços classificados e


constantes do Inventário Municipal do Património:

- PARQUE MAYER, entrada/ Travessa do Salitre


- Cinema Capitólio/ PARQUE MAYER (IIP)
- Cineteatro Capitólio (IIP)

Artigo 22º (Património Arqueológico)

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1- O licenciamento de projectos ficará sujeito a parecer da estrutura consultiva , podendo
a realização de obras ser condicionada à prévia realização de trabalhos arqueológicos,
de acordo com o parecer do IPPAR, normas municipais de protecção e valorização do
património, ou aprovação do relatório referido na alínea a);

2- Em qualquer intervenção, os projectos deverão incluir extractos da Carta Arqueológica


Municipal ou, na ausência desta, de outros elementos descritivos e cartográficos que
identifiquem áreas ou elementos de interesse arqueológico.

3- Nos casos em que forem encontrados elementos arqueológicos, deverão as obras ser
imediatamente suspensas até que o serviço municipal competente tome as
providências convenientes.

Art.º 25 ( proposta de classificação)

Os imóveis seguidamente listados, contam no presente plano como propostas de classificação


oficial, como Imóveis de Interesse Público e de Valor Concelhio:

I- COMO IMÓVEL DE INTERESSE PÚBLICO:

- CAPITÓLIO

EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS PÚBLICOS:

Art.27º (estatuto)
As áreas de equipamento e serviços públicos ficaram sujeitas á elaboração de projecto Urbano,
de acordo com as condições e regras previstas nos artigos 88 e 89 do PDM.

ESPAÇOS PÚBLICOS

Art.28º (estatuto)
Nos espaços públicos- largos praças e jardins- existentes ou a criar, delimitados em planta
síntese, expecto se houver projecto de espaço público aprovado que a justifique, não serão
permitidas as seguintes acções:
a) execução de quaisquer construções, excepto as que visem dotar o espaço de
equipamentos de apoio, nomeadamente destinados a descanso, recreio ou de
prevenção contra incêndio;
b) alteração á modelação do solo;
c) destruição ou alteração de elementos construídos, com excepção de construções
clandestinas ou outras que sejam adulteradoras dos espaço e da fruição de vistas;
Art.29º (arruamentos, pavimentos e passeios)
1-nas obras de repavimentação, deverão ser mantidos os materiais tradicionais e o seu
desenho ou padrão

Artº.30 (iluminação)
A instalação de projectores ou outros dispositivos para iluminação de fachadas de edifícios,
ficará sujeita a parecer prévio de serviço municipal competente.

DOS USOS
Artº.31 (edifícios classificados e oficialmente em vias de comunicação)
É permitida a total afectação dos edifícios classificados ou oficialmente em vias de
classificação, ou de edifícios de interesse identificados no Inventário Municipal, aos usos
terciários e habitacional ou equipamentos colectivos, desde que sujeitos a obras de
restauro, beneficiação ou reabilitação compatíveis com critérios definidos pela ficha de
catalogação e desde que mereçam parecer favorável da estrutura consultiva.

Artº.32 (edifícios novos)


1-nos novos edifícios (...) para além do uso habitacional são permitidos os seguintes usos:

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c)equipamentos colectivos

DISPOSIÇÕES FINAIS
Artº38 (servidões e restrições de utilidade pública)
Serão cumpridas todas as servidões administrativas e restrições de utilidade pública em
vigor.

PROTECÇÃO DO PATRIMÓNIO ARQUITECTÓNICO:

Aqui teremos que ter em consideração o regime jurídico do património cultural português e
ainda o regime especifico do património arqueológico, visto que para acontecer as obras de
realização da cidade terão quer ser feitas escavações. Como à partida, nós não sabemos o que
poderá estar “escondido” no subsolo, e como todos nós temos conhecimento, de várias
situações de obra, em que são descobertas grandes e importantes áreas de património
arqueológico, seria imprudente não os mencionar aqui.
Assim é de ter em conta que em situação de um achado arqueológico, pode colocar-se em
causa a realização do projecto.

Numa primeira fase de contacto com os achados arqueológicos deve ter-se em conta o
disposto no artigo 15.º , referente ao regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial –
assinalando-se o seguinte:

“1- Os elementos e conjuntos construídos que representem testemunhos da história da


ocupação e do uso do território e assumem interesse relevante para a memória e a identidade
das comunidades são identificados nos instrumentos de gestão territorial.

2- Os instrumentos de gestão territorial, designadamente através do programa nacional da


política de ordenamento do território, dos planos regionais e planos intermunicipais de
ordenamento do território e dos planos sectoriais relevantes, estabelecem medidas
indispensáveis à protecção e valorização daquele património, acautelando o uso dos espaços
envolventes.
3- No quadro definido por lei e pelos instrumentos de gestão territorial cuja eficácia condicione
o respectivo conteúdo, os planos municipais de ordenamento do território estabelecerão os
parâmetros urbanísticos aplicáveis e a delimitação de zonas de protecção.”.

Aqui remete-nos para a lei n.º13/85- referente ao património cultural português, destacando os
seguintes artigos:

Artigo 2.º - Todo o cidadão tem o dever de preservar, defender e valorizar o património cultural,
sendo que o Estado e as demais entidades públicas, têm a obrigação de promover a
salvaguarda e valorização do património cultural do povo português.

Artigo 3.º - “O levantamento, estudo, protecção, valorização e divulgação do património cultural


incumbe especialmente ao Estado, às regiões autónomas, às autarquias locais, aos
proprietários possuidores ou detentores de quaisquer suas parcelas e, em geral, às instituições
culturais, religiosas, militares ou de outro tipo, às associações para o efeito constituídas e ainda
aos cidadãos. (...)”

Artigo 4.º - “Compete ao governo, através do ministério da cultura, promover a protecção legal
do património cultural. (...)”

Artigo 9.º - aqui estabelece competências para o processo de classificação.

Em relação ao regime especifico do património arqueológico temos:

Artigo 36.º - “Os bens arqueológicos, imóveis ou móveis, são património nacional.”.

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Artigo 39.º - Quem encontrar em terreno público ou particular, incluindo em meio submerso,
testemunhos arqueológicos fica obrigado a informar de imediato o Ministério da Cultura, ficando
responsável por assegurar a protecção, as entidades locais.

Artigo 40.º - Prevê indemnização, para qualquer particular que prove ter sido prejudicado, pelo
facto de se ter constituído reserva arqueológica de protecção.

Artigo 41.º - Refere a necessidade do acompanhamento de técnicos especializados, aquando


da realização de obras em zonas onde se presuma a existência de monumentos ou sítios
arqueológicos.(...)

Referente a este diploma são previstas garantias e sanções.

REGIME JURIDICO DA URBANIZAÇÃO E EDIFICAÇÃO


Decreto-lei n.º555/99, de 16 de Dezembro:

Aqui pretende-se fazer um breve enquadramento jurídico do projecto, em relação à


urbanização e edificação (artigo 1.º do presente diploma). Assim este será um projecto
promovido pela a administração, no entanto como se trata de um centro cultural (biblioteca,
museu, teatro, auditórios, atelies de artes).

Operações urbanísticas promovidas pela administração pública

Em primeiro lugar temos no artigo 4.º(deste diploma)- referente ao controle prévio- temos uma
distinção entre licença e autorização para edificar, falando o artigo 5.º das respectivas
competências.

Em relação ao projecto em análise, e segundo o disposto no artigo 7.º deve ler-se que:
“1- Estão isentas de licença ou autorização:

b) As operações urbanísticas promovidas pelo Estado relativas a equipamentos ou infra-


estruturas destinados à instalação de serviços públicos ou afectos ao uso directo e imediato do
público, sem prejuízo do disposto no n.º4;
c) As obras de edificação promovidas pelos institutos públicos que tenham por atribuições
especificas a promoção e gestão do parque habitacional do Estado e que estejam directamente
relacionadas com a prossecução destas atribuições;
e) As obras de edificação promovidos por entidades concessionárias de obras ou serviços
públicos, quando se reconduzem à prossecução do objecto da concessão.
, nos termos estabelecidos na lei para a discussão pública dos planos de pormenor, quando
promovidas em áreas não abrangidas por plano de urbanização ou plano de pormenor.

Ao abrigo do disposto no nº3 do artigo 128º do Decreto-Lei nº 555/99, de 16 de Dezembro, na


redacção que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei nº 177/2001, de 4 de Junho:

Manda o Governo, pelo Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território, o seguinte:

1- Os parâmetros para o dimensionamento das áreas destinadas a espaços verdes e de


utilização colectiva, infra-estruturas viárias e equipamentos de utilização colectiva.
2- Os valores seguintes são os mínimos a considerar, atendendo ao tipo de espaço.
3- O dimensionamento de número de lugares de estacionamento necessários ao uso
habitacional deve ser determinado em função da tipologia dos fogos e, na ausência
desta indicação, deve ser considerado o valor da área média do fogo.

ESTACIONAMENTO

Área por lugar de estacionamento:

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1- Para efeitos de cálculo da área de estacionamento necessária a veículos ligeiros, deve
considerar-se:
a)Uma área bruta mínima de 20 m2 por cada lugar de estacionamento á superfície;
b)Uma área bruta mínima de 25 m2 por cada lugar de estacionamento em estrutura
edificada, enterrada ou não.

2- Para efeitos de cálculo da área de estacionamento necessária a veículos pesados,


deve considerar-se:
a) Uma área bruta mínima de 75 m2 por cada lugar de estacionamento á superfície;
b) Uma área bruta mínima de 130 m2 por cada lugar de estacionamento em estrutura
edificada, enterrada ou não.

Habitação colectiva - 1 lugar/fogo T0 e T1

- 1,5 lugares/fogo T2 e T3

Comércio - 1 lugar/30 m2 a. c. para establ. < 1000 m2

- 1 lugar/25 m2 a. c. para establ. 1000 < 2500 m2

- 1 lugar/15 m2 a. c. para establ. > 2500 m2

Serviços - 3 lugares/100 m2 a. c. establ. < 500 m2

- 5 lugares/100 m2 a. c. establ. > 500 m2

Salas de espectáculos - 2 lugares por 25 lugares sentado, com mais de 250 lugares

REGULAMENTO GERAL DAS EDIFICAÇÕES URBANAS


Decreto-lei n.º38 382, de 7 de Agosto de 1951

NORMAS TÉCNICAS APLICÁVEIS

Relativamente ao licenciamento municipal de qualquer projecto, os técnicos responsáveis


pelos mesmos, terão de juntar ao processo dos seus projectos, uma declaração de que neles
se observam as normas técnicas gerais e específicas de construção aplicáveis
designadamente às fundações, paredes, pavimentos, coberturas, comunicações verticais,
interiores e espaços livres, evacuação de fumos e acessibilidade a pessoas com mobilidade
reduzida.
Destes regulamentos, podem-se distinguir o Regulamento Geral dos chamados
Regulamentos Específicos. O primeiro, caracterizado pelo D.L. 38.282 de 7 de Agosto de 1951
sob designação de RGEU, Regulamento Geral das Edificações Urbanas, que se destina a
regular a execução de novas edificações ou quaisquer obras de construção civil, e os
Regulamentos Específicos que destinam-se à construção ou obras com determinadas
características, por sua localização, natureza ou finalidade.

Sendo assim, na elaboração do projecto referente ao exercício proposto foi respeitado estes
mesmos regulamentos relativamente às seguintes componentes dos quais destacamos os
seguintes artigos:

Art. 15.º Todas as edificações, seja qual for a sua natureza, deverão ser construídas com
perfeita observância das melhores normas da arte de construir
Com todos os requisitos necessários para que lhes fiquem asseguradas, de modo duradoiro as
condições de segurança, salubridade e estética mais adequadas à sua utilização e às funções
educativas que devem exercer.

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Art. 16.º A qualidade, a natureza e o modo de aplicação dos materiais utilizados na
construção das edificações deverão ser de molde a que satisfaça às condições estabelecidas
no artigo anterior e às especificações oficiais aplicáveis.

Em relação às fundações estas devem obedecer ao disposto no seguinte artigo:

Art. 18.º As fundações dos edifícios serão estabelecidas sobre terreno estável e
suficientemente firme, por natureza ou por consolidação artificial, para suportar com segurança
as cargas que lhes são transmitidas pelos elementos da construção, nas condições mais
desfavoráveis.

As paredes devem por sua vez obedecer:

Art. 23.º As paredes das edificações serão constituídas tendo em vista não só as exigências
de segurança, como também as de salubridade, especialmente no que respeita à protecção
contra a humidade, as variações de temperatura e a propagação de ruídos e vibrações.

Art. 24.º Na construção das paredes de edificações de caracter permanente utilizar-se-ão


materiais adequados à natureza, importância, caracter, destino e localização dessas
edificações, os quais devem oferecer, em todos os casos, suficientes condições de segurança
e durabilidade.

Art. 31.º As paredes das casas de banho, retretes, copas, cozinhas e locais de lavagem serão
revestidas até, pelos menos á altura de 1,50m, com materiais impermeáveis, de superfície
aparente lisa e facilmente lavável.

Art. 32.º Os paramentos exteriores das fachadas que marginam com as vias públicas mais
importante designadas em postura municipal serão guarnecidos inferiormente de pedra
aparelhada ou de outro material resistente ao desgaste e fácil de conservar limpo e em bom
estado.

No que diz respeito a pavimentos destaca-se :

Art. 35.º Na constituição dos pavimentos das edificações deve atender-se não só as
exigências de segurança, como também as de salubridade e à defesa contra a propagação de
ruídos e vibrações.

De realçar também os artigos 40.º ( pavimentos de andares térreos) e 41.º ( pavimentos de


casas de banho, retretes, copas, cozinhas e outros locais onde forem de recear infiltrações.

No que diz respeito a coberturas destaca-se :

Art. 42.º As coberturas das edificações serão construídas com materiais impermeáveis,
resistentes ao fogo e à acção dos agentes atmosféricos, e capazes de garantir o isolamento
calorífico adequado ao fim a que se destina a edificação.

De realçar também o artigo 43.ºe o 44.º

Comunicações Verticais:

Art. 45.º As escadas de acesso aos diferentes andares das edificações devem ser seguras,
suficientemente amplas, bem iluminadas e ventiladas e proporcionar cómoda utilização.

De referir o artigo 51.º e 52.º ( edificações de características especiais e não destinadas a


habitação.

CONDIÇÕES ESPECIAIS RELATIVAS À SALUBRIDADE DAS EDIFICAÇÕES E DOS


TERRENOS DE CONSTRUÇÃO

Salubridade dos Terrenos:

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Art. 53.º Nenhuma edificação poderá ser construída ou reconstruída em terreno que não seja
reconhecidamente salubre ou sujeito previamente às necessárias obras de saneamento.

Edificação de Conjunto:

Art. 58.º A construção ou reconstrução de qualquer edifício deve executar-se por forma que
fiquem assegurados o arejamento, iluminação natural e exposição prolongada à acção directa
dos raios solares, e bem assim o seu abastecimento de água potável e evacuação inofensiva
dos esgotos.

De referir o conteúdo Art. 59.º, nomeadamente o ponto 1.º referente a construções sobre
terrenos em declive.

Segurança Contra Incêndios :

Art. 140.º Todas as edificações deverão ser delineadas e construídas tendo em atenção a
segurança dos seus futuros ocupantes em caso de incêndio. Adoptar-se-ão as disposições
necessárias para facilitar a extinção do fogo, impedir ou retardar o seu alastramento e evitar a
propagação aos prédios vizinhos.

Destacamos igualmente os artigos 142.º,

INTERIORES DA EDIFICAÇÃO E ESPAÇOS LIVRES

O regeu regula de modo pormenorizado os aspectos relacionados com a altura mínima piso a
piso, áreas dos compartimentos ventilação dos espaços.
O pé direito de grande parte do edifício é de............ estando este conforme e coerente
com art. 65º

D.L-nº38.382, de 7 de Agosto de 1951.


Art.65º (REGEU) Disposições interiores das edificações e espaços livres:

1-"A altura mínima piso a piso em edificações destinadas á habitação é de 2,70m


(27M), não podendo ser o pé-direito livre mínimo inferior a 2,40m(24M)."
2-"Excepcionalmente, em vestíbulos, corredores, instalações sanitárias, despensas e
arrecadações será admissível que o pé direito se reduza ao mínimo 2,20m(22M)."
3-"O pé direito livre mínimo dos pisos destinados a estabelecimentos comerciais é de
3m(30M)."
4-"Nos tectos com vigas inclinados ou abobadados, em geral, contendo superfícies
salientes, altura piso a piso e ou o pé direito mínimos definidos nos números 1 e 3 devem ser
mantidos, pelo menos em 80% da superfície, do tecto, admitindo-se na superfície restante que
o pé direito livre possa descer até ao ponto mínimo de 2,20m ou de 2,70m, respectivamente
nos casos de habitação e de e de comércio."

EVACUAÇÃO DE FUMOS

Nos espaços destinados á permanência de pessoas, nos quais venham a funcionar


aparelhos de aquecimento por combustão, são providos de dispositivos necessários para a sua
ventilação e evacuação de fumos.
As condutas destinadas á evacuação desses fumos, elevam-se acima da parte mais
elevada da cobertura a uma altura superior a 0.50m, referida em regulamento.

D.L-nº38.382, de 7 de Agosto de 1951.


Art.113º (REGEU) Evacuação de fumos e gases:

"As condutas de fumo elevar-se-ão, em regra pelo menos, 0,50m acima da parte mais
elevada das coberturas do prédio e, bem assim, das edificações contíguas existentes num raio

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de 10m. As bocas não deverão distar menos de 1,50m de quaisquer vãos de compartimentos
de habitação e serão facilmente acessíveis para limpeza."

ACESSIBILIDADE DE PESSOAS COM MOBILIDADE CONDICIONADA

Os acessos e percursos existentes no edifício, garantem uma boa


acessibilidade e mobilidade das pessoas com mobilidade condicionada, através da supressão
de barreiras arquitectónicas.
As escadas de acesso, respeitam as características técnicas definidas por
regulamento, sendo a sua largura sempre superior a 1,20m e equipadas com corrimões de
ambos os lados a uma altura de 0,90m. Estas são sempre conjugadas por rampas de acesso,
com inclinações sempre inferiores a 6% e comprimento máximo dos lanços de 6 metros.

D.L-nº123/97, de 22 de Maio.
Anexo I, Capítulo I (REGEU) Urbanismo:

2.2.1.2-"A largura mínimas das rampas é de 1,50m, devendo ambos os lados ser
ladeados por cortinas com duplo corrimão, um a 0,90m e o outro a 0,75m, respectivamente da
superfície da rampa. Os corrimões devem prolongar-se em 1m para além da rampa, sendo as
extremidades arredondadas.
Pode ser dispensada a exigência de corrimãos quando o desnível a vencer pelas
rampas seja inferior a 0,40m."
2.2.1.4- "A textura dos revestimentos das superfícies dos pisos das rampas deve ser de
material que proporcione uma boa aderência e com diferenciação de textura e cor amarela no
início e no fim das rampas."

D.L-nº123/97, de 22 de Maio.
Anexo I, Capítulo II (REGEU) Acesso aos edifícios:

1-"rampas de acesso--as características técnicas das rampas de acesso aos edifícios


são idênticas ás previstas no capítulo anterior, devendo observar-se que a inclinação máxima
não pode ultrapassar 6% e os lanços deverão ter uma extensão máxima de 6m, considerando-
se a largura mínima de 1m."
2-"Escadas --as escadas de acesso aos edifícios devem igualmente respeitar as
características técnicas definidas no capítulo anterior, considerando-se, nestes casos uma
largura mínima de 1,20m e sempre a conjugação com as rampas."

Os vãos das portas da entrada do edifício são constituídas por ...........,situando-se os


manípulos a uma altura superior de 0,90m. As suas soleiras têm uma altura máxima de 0,02m.

D.L-nº123/97, de 22 de Maio.
Anexo I, Capítulo III (REGEU) Mobilidade nos edifícios:

1-Entradas dos edifícios:


1.1-"A largura útil mínima dos vãos das portas de entrada nos edifícios abertos ao
público é de 0,90m, devendo evitar-se a utilização de maçanetas e de portas giratórias, salvo
se houver portas com folha de abrir contíguas."
1.2-"A altura máxima das soleiras das portas de entrada é de 0,02m, devendo ser
sustadas em toda a largura do vão que abre em caso impossibilidade de respeitar aquela
dimensão.
1.5-"As fechaduras e os manípulos das portas devem situar-se a uma altura entre
0,90m, e 1,10m do solo."

No interior do edifício teve-se em conta a não existência de desníveis acentuados


desde o átrio da entrada até ás portas dos ascensores, de modo a possibilitar o acesso,
manobra e entrada de uma pessoa em cadeira de rodas.

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D.L-nº123/97, de 22 de Maio.
Anexo I, Capítulo III (REGEU) Mobilidade nos edifícios:

1.3-"Os átrios das entradas dos edifícios ,desde a soleira da porta de entrada até á
porta dos ascensores e dos vãos de porta de acesso ás instalações com as quais comunicam,
devem estar livres de degraus ou de desníveis acentuados."

2-Ascensores:
2.1-"A dimensão mínima do patamar localizado diante da porta do ascensor é de
1,50mx1,50m, devendo as áreas situadas em frente das respectivas porta ser de nível sem
degraus ou obstáculos que possam impedir o acesso, manobras e entra de uma pessoa em
cadeira de rodas."

Todos os balcões existentes no edifício como os de atendimento e de bilheteira,


apresentam uma altura de 0,80m.

D.L-nº123/97, de 22 de Maio.
Anexo I, Capítulo III (REGEU) Mobilidade nos edifícios:

4-"Balcões ou guichets a altura máxima dos balcões e guichets situa-se, pelo menos
numa extensão de 2m, entre 0,70m e 0,80m. O mínimo de espaço livre em frente aos balcões
ou guichets de atendimento é de 0,90mx1m."

Em relação ao estacionamento automóvel, já referenciado anteriormente neste


relatório, foram reservados lugares a veículos com ocupantes de cadeiras de rodas, em que o
seu número varia consoante a lotação do parque. Estes lugares são demarcados no pavimento
de forma a assinalar o espaço reservado e a distinguirem-se dos outros.

D.L-nº123/97, de 22 de Maio.
Anexo I, Capítulo IV (REGEU) áreas de intervenção específica:

5-Parques de estacionamento:
5.1-"Os acessos ao parque de estacionamento, quando implantados em pisos situados
acima ou abaixo do nível do pavimento das ruas, serão garantidos por rampas e ou
ascensores.
5.2-"Quando o número de lugares for superiores a 25 lugares, deverá aplicar-se: de
25 a 100=3 espaços mínimos reservados e acessíveis; de 101 a 500= 4; acima de 500=5."
5.3-"Os lugares reservados são marcados a amarelo sobre a superfície do pavimento e
assinalados com uma placa indicativa de acessibilidade (símbolo internacional de acesso)."
5.4-"As dimensões, em planta, de cada um dos espaços a reservar devem ser, no
mínimo, de 5,50mx3,30m."

REGULAMENTO DE CONDIÇÕES TÉCNICAS E DE SEGURANÇA DOS RECINTOS


DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS

Decreto-Lei nº 315/95, de 28 de Novembro, cabe a verificação à Direcção-Geral dos


Espectáculos (DGESP)

1- O presente Regulamento tem por objectivo definir as condições a que devem


satisfazer os recintos para espectáculos e divertimentos públicos, com vista a
proporcionar condições de utilização satisfatórias, a limitar os riscos de
ocorrência de acidentes, nomeadamente de incêndios, a facilitar a evacuação
dos ocupantes e a favorecer a intervenção dos meios de socorro.

2- Em imóveis classificados é dispensada a aplicação de algumas disposições do


presente diploma no caso de estas serem de execução manifestamente difícil

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ou lesiva do património. ( Como é o caso do Capitólio, onde existe uma
intenção de recuperar o projecto original)

Artigo 2º ( classificação dos locais dos recintos em função da utilização)

1 - Locais de tipo A ( locais de acessíveis ao público)

a) Tipo A1 (salas de espectáculos)- locais situados em edificações permanentes,


fechadas e cobertas, destinadas à assistência pelo público a espectáculos de
natureza artística, culturar e recreativa, nos quais os espectadores se
mantenham em lugares fixos.
b) Tipo A6 (locais de circulação) – caminhos de circulação horizontal ou vertical
acessíveis ao público, incluindo átrios e vestíbulos, bem como zonas de
acesso a vestiários, bilheteiras, bares e outros.

2 - Locais do tipo B (espaços cénicos) – locais destinados à exibição pública de espectáculos


de natureza artística, cultural, desportiva ou recreativa.

a) Tipo B1 (espaços cénicos isoláveis) - espaços cénicos situados em


edificações fechadas e cobertas, isoláveis em caso de incêndio;
b) Tipo B3 (espaços cénicos ao ar livre) – espaços cénicos situados ao ar livre.

3 – Locais do tipo C (locais não acessíveis ao público) – locais reservados a artistas e a


pessoal.

a) Tipo C1 (locais de projecção e comando) – locais de instalação de


equipamentos de projeção ou comando de iluminação, sonorização ou efeitos
especiais, construíndo ou não unidades independentes da sala;
b) Tipo C2 (locais de apoio) – locais de apoio destinados a artistas, desportistas,
pessoal técnico ou administrativo;
c) Tipo C3 (locais técnicos e de armazenagem) – locais destinados à instalação
de equipamentos técnicos, desde que não classificados nos tipos B ou C1, a
actividades de manufactura, reparação e manutenção ou armazenagem e
depósito, incluindo a recolha de animais.

Artigo 3º ( Classificação dos recintos em função da lotação)

1 – Os recintos, ou conjuntos de recintos, são clasificados em categorias, consoante a lotação


máxima que lhes for atribuída, a qual é determinada a partir do número de lugares sentados, ou
das áreas dos locais destinados ao público, ou pelos conjunto dos dois parâmetros.

2 – Segundo a lotação N que lhes for afixada, os recintos classificam-se em:


a) 1º categoria N > 1000
b) 2º categoria 500 < N >1000
c) 3º categoria 200 < N <500
d) 4º categoria 50 < N 200
e) 5º categoria N < 50

O teatro está projectado para 900 lugares sentados 2º categoria


Auditórios têm perto de 200 lugares sentados 4º categoria
Anfiteatro têm perto de 500 lugares sentados 3º categoria

Artigo 4º ( determinação da lotação dos recintos)

1 – A lotação dos recintos deve ser determinada de acordo com os critérios indicados nos
números seguintes.
2 – O número de ocupantes a considerar em cada local deve ser obtido pela razão entre a sua
área interior e o índice de ocupação a seguir indicada, em função do seu tipo, arredondado
para o inteiro superior:

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a) Tipos A1, A3, A4 e A5.
Zonas reservadas a lugares sentados individualizados – número de lugares.
Zonas reservadas a lugares sentados não individualizados – 2 pessoas por
metro de banco ou bancada.
Zonas reservadas a lugares em pé – 3 pessoas por m2 de área ou 5 pessoas
por metro de frente.
b) Tipo A2 – 4 pessoas por 3 m2 de área total do local, deduzida a
correspondente aos espaços cénicos enventualmente integrados no local e a
do mobiliáruio fixo, exceptuando mesas, bancos, cadeiras e poltronas.
c) Tipo A6 – 4 pessoas por m2 de área exclusivamente destinada a entrada
temporária de público.

Artigo 5º ( Qualificação dos materiais e dos elementos de construção).

A qualificação da reacção ao fogo dos materiais de construção, da resistência ao


fogo dos elementos estruturais e de compartimentação e, em geral, do
comportamento ao fogo das paredes exteriores e de outros componentes de
construção é feita de acordo com o disposto no anexo t ao presente diploma.

Artigo 6º ( Critérios de segurança)

1 - os recintos para espectáculos e divertimentos públicos devem ser situados em zonas onde
o público não seja afectado ou incomodado por influência de actividades exercidas na sua
proximidade.
2 – nos recintos devem ser tomadas todas as medidas para que os espectáculos, as diversões
ou qual outras actividades neles exercidas não possam constituir incomodo para a vizinhança.
3 – os recintos devem ser servidos por vias que permitam a aproximação, o estacionamento e
a manobra das viaturas de socorro.
4 – as paredes exteriores através das quais se preveja ser possível realizar operações de
salvamento de pessoas e de combate ao incêndio devem dispor de vãos, dotados de
características adequadas à sua transposição pelos bombeiros.

Artigo 7ª (número e extensão das paredes exteriores e acessíveis).

1 – os recintos da 1º categoria devem ter duas paredes exteriores e acessíveis, servidas por
vias de aproximação a viaturas de socorro.
2 – os recintos das 2º e 3º categorias devem ter, no mínimo, uma parede exterior acessível,
servida por vias de aproximação a viaturas de socorro.
3 – no caso dos recintos das 4º e 5º categorias pode ser dispensada a exigência de paredes
exteriores acessíveis pelos meios de socorro, desde que existam circulações horizontais de
acesso adequadas que facilitem as operações de salvamento.

Artigo 8º (vãos para penetração no recinto).

1 – os pontos de penetração no recinto podem constituir em vãos de porta ou de janela,


eventualmente ligados a varandas ou galerias, e devem ser previstos em todos os pisos do
recinto dentro do alcance das auto-escada dos bombeiros.
2 – os pontos de penetração não devem dispor de grades, grelhagens ou vedações que
impeçam ou dificultem a sua transposição e, apartir deles, deve ser assegurada a facil
progressão no recinto,
3 – Quando os pontos de penetração forem vãos de janela, o pano de peito não deve ter
expessura superior a 0,30 m numa extensão de 0,50 m abaixo do peitoral, no mínimo, para
permitir o engate das escadas de ganchos.

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4 – As paredes exteriores não devem comportar elementos que possam impedir ou dificultar os
acessos aos pontos de penetração no recinto

Artigo 9º ( vias de acesso a recintos alojados em edificações permanentes)

1 – As vias de acesso devem ter ligação permanente á via pública, mesmo que estabelecidas
em domínio privado.
2 – As vias de acesso devem possibilitar o estacionamento das viaturas de socorro e uma
distância não superior a 30 m dos acessos aos ascensores, para uso dos bombeiros em caso
de incêndio, quando existam.
3 – nos recintos cujo os pisos acessíveis ao público se situem a uma altura não superior a 9
metros, as vias de acesso devem possuir uma faixa, situada nas zonas adjacentes ás paredes
exteriores referidas no numero 4 do artigo 6º, destinada á manobra das viaturas de socorro,
apresentando as seguintes características.
a) Largura livre mínima de 3,50m. Que na vias em impasse deve ser aumentada
para 7 m.
b) Altura livre mínima de 4 m.
c) Raio de curvatura mínima ao eixo, de 13 m.
d) Inclinação máxima de 15%.
e) Capacidade para suportar um veículo de peso total de 130 KN correspondendo
a 40 % á carga do eixo dianteiro e 90 KN à carga do eixo traseiro e sendo 4,5 a
distância entre eixos.

4 – Nos recintos com pisos acessíveis ao público situados a uma altura superior a 9 m, a faixa
referida no número anterior deve satisfazer o disposto nas alineas b), c) e e) no mesmo número
e ainda as seguintes condições.

a) Distância do bordo da faixa á parede do recinto compatível com a


operacionalidade das auto-escadas dos bombeiros.
b) Comprimento mínimo de 10 m.
c) Largura livre mínima 4 m, que nas vias em impasse deve ser aumentada para
7 metros.
d) Inclinação máxima de 10 %.
e) Capacidade para resistir ao punçoamento de uma força de 100 KN aplicada
numa área circular com 0,20 m de diâmetro.

Artigo 14º (critérios de segurança)

1 – Os elementos estruturais dos recintos devem apresentar resistência mecânica compatível


as acções e as solicitações a que são sujeitos, bem como resistência ao fogo suficiente para
mínimizar o risco de colapso, nomeadamente durante o periodo necessário à evacuação do
público em caso de emergência.
2 – Os recintos fechados e cobertos de grandes dimensões devem ser divididos em espaços
delimitados por elementos de construção com resistência ao fogo para fracionar a carga
calorífica no seu conteúdo.
3 – As comunicações horizontais e verticais, bem como as canalizações e as condutas técnicas
dos recintos, não devem comprometer a comparticipação dos espaços, o isolamento dos locais
e a protecção das vias de evacuação.
4 – A reacção ao fogo dos materiais utilizados nos acabamentos, nos elementos de decoração
e no mobiliário príncipal fixo deve ser controlada para limitar o risco de deflagração e a
velocidade do desenvolvimento do incêndio.
5 – A constituição e a configuração das paredes exteriores e da cobertura dos recintos, quando
existam, assim como a disposição dos vãos nelas existentes, devem ser concebidas de modo
a dificultar a propagação do fogo pelo exterior entre os locais do mesmo recinto, ou entre o
recinto e terceiros.

Artigo 18º ( condições de estabelecimento)

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1 – deve ser prevista compartimentação corta-fogo em recintos de grandes dimensões, sempre
que exigida pela DGESP.
2 – A compartimentação corta-fogo entre pisos deve ser assegurada por pavimentos que
respeitem as disposições da anterior.
3 – Na compartimentação corta-fogo de recintos com pisos de grande desenvolvimento em
planta devem ser considerados elementos verticais destinados a retardar a progressão
horizontal do incêndio, facilitando a evacuação dos ocupantes e a intervenção dos bombeiros.

Artigo 21º ( Revestimentos dos tectos e tectos falsos)

1 – Os materiais do revestimento dos tectos, ou constituintes dos tectos falsos, e os materiais


de isolamento térmico ou acústico neles aplicados, quer em contecto com os locais de
permanência ou circulação dos recintos, quer ns espaços entre os tectos e os tectos falso,
devem ser de classe MI.
2 – As superfícies translúcidas ou transparentes em tectos ou tectos falsos, para iluminação
natural ou artificial dos locais podem ser constituídas por materiais da classe M2 ou M3,
consuante se trate de caminhos de evacuação ou de locais de permanência, numa proporção
não superior a 25% da área total, medida em planta.

Artigo 35º ( coberturas)

1 – As estruturas de suporte das coberturas dos recintos devem ser construídas com materiais
da classe M0, com lamelados de madeira colados, ou com madeira maciça, e apresentar
classe de resistência ao fogo EF 60.
2 – Os materiais de revestimento das coberturas dos recintos devem ser de classe M0, ou da
classe M3, se fixadas em suporte contínuo, construído com materiais da classe M0.
3 – Com a excepção prevista no número 6, os elementos de obturação de vãos praticados nas
coberturas para iluminação zenital, ventilação, ou evacuação de fumos em caso de incêndio,
devem ser construídos com materiais da classe M0.
4 – Se os elementos referidos no número anterior contiverem vidros, devem ser tomadas
providências para que estes não caiam sobre os ocupantes quando estilhaçados ou quebrados
por acção do incêndio, considerando-se esta exigência satisfeita se aqueles elementos forem
constituídos por vidro aramado ou por vidro comum disposto sobre grelhagens ou redes
metálicas com malha não superior a 30 mm.

Artigo 38º ( meios de isolamento)

O isolamento das condutas e das canalizações do recinto, quando exigida pode ser obtido por:
a) alojamento em ductos
b) atribuição de resistência ao fogo ás próprias canalizações ou conductas.
c) Instalação de dispositivos no interior das conductas para obturação em caso de
incêndio.

Artigo 43º ( Caracterização das câmaras porta corta-fogo)

1 – As câmaras corta-fogo devem possuir paredes e pavimentos construídos com materiais da


classe M0, apresentando classe de resistência ao fogo CF 90, e comportar apenas duas
portas, da classe PC 60.
2 – As suas dimensões devem satisfazer as seguintes condições:

a) A área interior da câmara deve estar compreendida entre 31 m2 e 6 m2 ;


b) Distância a percorrer no seu interior para a transpor não deve ser inferior a
1,20m;
c) O pé-direito não deve ser inferior a 2 m

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3 – No interior das câmaras não devem existir quaisquer objectos ou equipamentos, com
excepção de extintores portáteis ou de bocas de incêndio, nem acesso a qualquer ductos,
canalizações ou conductas com excepção de hidrantes ou dispositivos para controlo de fumos
em caso de incêndio.

4 – As portas das câmaras corta-fogo incluídas nos caminhos da evacuação devem abrir no
sentido da saída, devendo nos outros casos abrir para o seu interior.

5 – As portas referidas devem ser mantidas fechadas em permanência, não sendo permitida a
instalação de qualquer dispositivo de detenção, devendo nas suas faces exteriores ser afixada
a seguinte inscrição “ CÂMARA CORTA-FOGO. MANTER A PORTA FECHADA”

Artigo 49º ( Medição da largura útil das saídas e dos caminhos de evacuação)

A largura útil das saídas e dos caminhos de evacuação é medida em unidades de passagem e
deve ser assegurada desde o pavimento, ou do focinho dos degraus das escadas, até a altura
de 2 m.

Artigo 52º ( Guardas das vias de circulação elevadas)

1 – Nos percursos em escadas, rampas, balcões, galerias e bancadas, em que exista risco de
queda, devem ser instalada guardas com resistência e altura adequada para suportar o
impacto de uma pessoa que, em desiquilíbrio, se projecte contra elas.

2 – A altura mínima das guardas referidas no número anterior, medida em relação ao


pavimento ou focinho dos degraus da via, não deve ser inferior a 0,90 m.

Artigo 53º ( Localização)

1 – Os locais de permanência de público não se podem situar para além de um piso abaixo do
solo.
2 – A diferença entre a cota média ponderada das saídas para o exterior do recinto, tendo em
conta as unidades de passagem de cada uma delas, e a cota do ponto mais baixo do
pavimento dos locais de permanência do público não pode exceder:

a) 6 m para locais do tipo A1;


b) 3,5 m para locais dos tipos A2, A3, A4 e A5.

Artigo 58º ( Instalações de apoio ao público)

1 – Nos recintos em que se exibam espectáculos devem ser previstas zonas livres que
permitam aos espectadores de cada piso a livre movimentação durante os intervalos.
2 – A área mínima das zonas referidas deve ser determinada pela formula:

S = n/4

Em que n representa o número de espectadores a que as mesmas se destinam e S a área


correspondente em m2.
3 – Os recintos devem em geral dispor de vestuários ( bengaleiros) para uso do público, com
frentes livres correspondentes a 1 m por 200, no mínimo.
4 – Os recintos devem ser dotados de instalações sanitárias destinadas ao público.
5 – No caso de recintos alojados em edificações permanentes, as instalações sanitárias devem
ser separadas por sexo providas de antecâmara e dotadas de equipamento para uso por
deficientes.
6 – As instalações sanitárias referidas no número anterior devem ser dimensionadas de acordo
com os seguintes critérios:

a) Sanitários para homens;

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 1 urinol por 40 pessoas
 1 retrete por 100 pessoas

b) Sanitário para senhoras;

 1 retrete por 50 pessoas

Artigo 61º ( Cadeiras destinadas a espectadores)

1 – As cadeiras destinadas a espectadores, o assento deve ficar acima do pavimento 45 cm e


ter, pelo menos, 45 cm de largura e 45 cm de fundo.
2 – Quando os assentos forem móveis, devem ser providos de contrapesos que garantam o
seu rápido levantamento.
3 – O modelo de cadeiras deve ser submetido a prévia aprovação da DGESP ou da Câmara
Municipal.

Artigo 64º ( Camarotes e frisas)

Os camarotes e as frisas devem possuir as seguintes dimensões mínimas:

a) largura de boca 1,50 m;


b) profundidade 1,40 m;
c) altura do peitoril 0,80 m

Artigo 73º ( número e localização das saídas)

1 – No caso de locais com lotações superiores a 500 e não superior a 1000 pessoas devem ser
previstas, no mínimo 3 saídas, repartidas pelo seu perímetro, nas condições do número
anterior.

BASES PARA PROGRAMAÇÃO DE BIBLIOTECAS PÚBLICAS

A programação das bibliotecas deverá contar desde o seu início com a colaboração de um
Bibliotecário, uma vez que se trata de equipamentos que requerem um contributo técnico
específico para a elaboração dos respectivos Programas Preliminares. (1)

Estabelecem-se a seguir os princípios gerais que devem presidir á elaboração desses


Programas, caracterizando os diferentes espaços e correspondentes funções.

1. Localização relação com a envolvente urbana

Na relação com a envolvente urbana é importante ter em conta as bibliotecas municipais,


enquanto unidades de equipamento colectivo/ edifícios públicos, deverão ser consideradas
como elementos simbólicos estruturantes do tecido urbano, como imagem bem identificada
sobre o ponto de vista arquitectónico e volumétrico, quer se trate de construção de raiz ou de
adaptação de edifico existente.

O terreno ou edifício existente terão de ser já propriedade da Câmara Municipal.

A instalação da biblioteca em edifícios já existentes só e possível quando este for considerado


património arquitectónico e se adequar as exigências de áreas e de funcionalidade constantes
do presente documento, tendo em conta a sua localização e o seu potencial impacto no meio.

Com efeito, o edifício – de preferencia com uma zona de estacionamento própria ou próxima –
deverá localizar-se em local habitualmente frequentado pela população ou em núcleo de forte

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expansão urbana e deverá exercer uma forte atracção sobre o publico. É importante a imagem
arquitectónica que ele projecta de si mesmo enquanto edifício publico com uma função
especifica, sem duvida relevante para a comunidade, na qual merece especial relevo a
marcação da entrada como elemento determinante da composição da fachada principal e do
próprio edifício. A entrada deve permitir uma fácil percepção do interior do edifício. Os acessos
exteriores e interiores deverão respeitar a legislação respectiva a pessoas portadoras de
deficiência.

(1) Recorda-se que, nos termos da Portaria do M.O.P.T.C. de 7 de Fevereiro de 1972,


publicado no Suplemento á II Serie do Diário d Governo, n.º 35 , de 11 de Fevereiro de 1972,
por Programa Preliminar entende-se o “documento fornecido pelo dono da obra ao autor do
projecto para definição dos objectivos, características orgânicas e funcionais e
condicionamentos financeiros da obra, bem como respectivos custos e prazos de execução a
observar".

2. Serviços Públicos

2.1 Atiro

É através do atiro quase estabelece a relação interior/exterior do edifício e se tem acesso a


todas as áreas do serviço público. É, pois, o grande espaço distribuidor do edifício, uma
espécie de “praça” interior, na qual deverá ser acentuada a dimensão tridimensional, por forma
a permitir uma leitura clara do modo de funcionamento da biblioteca.
Em termos funcionais o átrio é, por excelência, um espaço de acolhimento, informação e
orientação do utilizador.

Nele será colocado o balcão – que deverá ser amovível – onde se procede ao atendimento,
orientação e primeira informação do público e ao controle automatizado do serviço de
empréstimo. Atendendo a essas funções o balcão deverá possuir dimensões suficientes para
albergar no mínimo dois postos de trabalho e dois computadores. Deverá ainda ter alturas
diversificadas – não excedendo 1,10cm – de modo a facilitar o atendimento de adultos como de
crianças e também de deficientes. Na retaguarda deverá haver espaço suficiente para uma
primeira reorganização dos documentos devolvidos com possibilidade de fácil escoamento dos
mesmos em carrinhos, para a zona de serviços internos e para as secções. Nas bibliotecas de
maior dimensão será mesmo desejável a existência de uma zona ampla, atrás de um balcão de
maiores dimensões.

No átrio deverão também poder situar-se – para além dos habituais painéis informativos
(regulamento da biblioteca, novas aquisições, informações sobre actividades culturais da
biblioteca e de outras instituições, etc.,) – diferentes instrumentos de informação ao público,
tais como terminais para consulta do catalogo e, eventualmente outro tipo de pontos de
informação.

Pelas suas dimensões – e sempre que não haja um espaço próprio para o efeito – o átrio
deverá também permitir a realização de exposições eventuais relacionadas com a vida da
biblioteca. Poderá ainda incluir uma zona de leitura informal, para o que poderá dispor de
alguns sofás e mesas baixas.

Deverá ter telefone publico e também máquina distribuidora de bebidas, no caso das
bibliotecas em que não esteja previsto bar.

2.2 Secção de Adultos

Esta secção, em grande parte ocupada por estantes de livro acesso contendo a documentação
destinada a empréstimo, deverá também ter zonas destinadas à consulta de periodizas, para a
consulta local, para a consulta de documentos sonoros e audiovisuais ,para o serviço de
referencia/informação à comunidade e para a auto-formação e aprendizagem á distancia que
correspondem a áreas de actividade relacionadas entre si e que, como tal, não deverão dar
origem a espaços fechados, podendo ser organizadas – sobretudo em bibliotecas construídas
de raiz e ou /de menor dimensão – num único espaço dividido pela disposição de próprio
mobiliário.

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Deverá também comportar uma área vocacionada para os adolescentes, em função dos seus
interesses informativos e formativos.

É indispensável disponibilizar computadores para a consulta dos catálogos, acesso a fontes de


informação na Internet, consulta na Internet, consulta de DVD-ROMs, etc... distribuídos pela
secção dos adultos.

Dependendo da dimensão da biblioteca, no balcão de atendimento – de preferencia junto à


entrada – apetrechado com computador e telefone, poderá ser assegurado o serviço de
referencia e ainda disponibilizados os documentos audiovisuais, no caso da biblioteca optar por
não oferecer esses documentos em livre acesso. Para assegurar tais funções, este posto de
trabalho deverá ainda ser apetrechado com os aparelhos de leitura e distribuição de sinal
necessários à consulta dos documentos áudio e vídeo, bem como mobiliário especifico para o
seu armazenamento.

Deve prever-se igualmente uma fotocopiadora, para utilização do publico, mediante sistema de
cartão ou de moedas, salvaguardando no entanto o respeito pela ligação vigente.

Junto da entrada desta Secção deverá ser previsto um bengaleiro que poderá ser apenas uma
prateleira corrida, cabides e local para deixar guarda-chuvas.

a) Periódicos

Espaço individualizado, tendo em conta o tipo de documentos e as características da sua


consulta.

Por aí se desenvolver uma actividade particularmente atractiva, poderá situar-se junto à


entrada da secção, estabelecendo a transição entre esta e o atiro.

Deve conter expositores apropriados, mesas e sofás.

b) Empréstimo

Zona constituída basicamente pela apresentação de documentos em livre acesso, num


conjunto de estantes (simples ou duplas, podendo algumas destas ser moveis) relativamente
massificado, mas que deverá ser intervalado por alguns lugares (sofás ou cadeiras e mesas
adequadas) para consulta rápida de livros ou para adição de CDs, mediante aparelhos
portáveis a fornecer pela biblioteca.

c) Consulta Local

Zona destinada à leitura no local. É nesta zona que se consultam as obras de referencia
(dicionários, enciclopédias, anuários, atlas etc.) e as obras que estão excluídas do empréstimo
domiciliário e se encontram guardadas no deposito (obras antigas ou raras,etc.), pelo que deve
existir uma boa ligação com este ultimo, directamente ou através de monta-livros.

É predominantemente construída por mesas (para duas ou para quatro pessoas, embora se
admita a possibilidade de incluir algumas mesas individuais), por cadeiras e por estantes para
as obras de referencia. Poderá estar separada da zona de empréstimo pela própria disposição
do mobiliário, ou de outra forma, mas sempre de maneira a permitir uma boa permeabilidade
visual.

Deverá prever-se a audição e o visionamento – quer individual, quer colectivo – dos


documentos áudio (CD’s, etc.), audiovisuais (videocassetes, DVD’s,etc.), para o qual deverão
ser disponibilizados computadores.

Estes documentos, quer para consulta no local quer para empréstimo, deverão estar
organizados em expositores adequados.

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Deverá também prever-se a colocação de uma estante própria para a exposição de
publicações especializadas (som e imagem) e para conter partituras, se for caso disso.

Excepcionalmente, nas bibliotecas de maior dimensão, e apenas quando as características dos


fundos e/ou dos utilizadores o justifiquem, admite-se a criação de uma zona de estudo e
trabalho em sala própria, proporcionando a consulta de documentos raros ou preciosos e
fundos especiais. Quando tal se justifique, será aqui que deverão ser colocados os aparelhos
de leitura de microfilmas. Uma sala deste tipo não substitui, porém, a zona destinada à leitura
no local e de consulta das oras de referencia, devendo ambas funcionar articuladamente.

O serviço de referencia/informação à comunidade deverá localizar-se preferencialmente junto


do balcão de atendimento da secção. Aí devem existir, de forma concentrada, expositores e
estantes que contenham documentos de referencia especializada, designadamente na âmbito
da formação, do emprego, da informação empresarial, dos assuntos comunitários (União
Europeia) e de caracter local ou regional.

Quando se justifique, o Fundo Local deverá ser objecto de um destaque especial, ocupando
estantes próprias.

d) Auto-formação e Aprendizagem á distância.

Na secção de adultos, preferencialmente junto da consulta local, deve existir uma área
destinada à auto-afirmação e à aprendizagem aberta, com computadores dispostos em
bancada corrida – ou individualizados através de separadores e uma impressora.

Esta área deverá conter uma estante com capacidade para albergar os correspondentes
materiais, em diferentes suportes.

2.3 Secção Infantil

Não tem grande importância, visto que a biblioteca destina-se a adultos, tendo como principal
tema as artes de espectáculo.

2.4 área Polivalente

Trata-se de uma zona destinada à realização de um heterogéneo de actividades, mas tendo


todas elas um denominador comum: a promoção da biblioteca, tendo em vista, por um lado, a
divulgação dos seus serviços e do seu fundo documental e, por outro, contribuir para a sua
inserção na comunidade.

São exemplo dessas actividades os debates, as conferencias, os encontros de leitores (clubes


de leitura), o acolhimento de grupos específicos (estudantes, professores, membros de
associações culturais ou de qualquer outro tipo) e mesmo acções de formação, por exemplo na
utilização das tecnologias da informação.

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NOTA FINAL

Para concluir; se este projecto não fosse um trabalho meramente académico, teríamos a
considerar que existe um autor, e que através do regime jurídico da propriedade intelectual,
referente aos direitos de autor, estavam os direitos salvaguardados.
Não esquecendo que para elaborar o projecto (referente à arquitectura) terá que ser licenciado
e inscrito no Ordem dos arquitectos, conforme o artigo 42.º do estatuto da Ordem dos
Arquitectos.
No que diz respeito ao licenciamento, respeitar-se-ão a legislação do Decreto-Lei nº 555/ 99,
de 16 de Dezembro.
Fazendo o requerimento de licença ou autorização administrativa, como é o caso, à Câmara
Municipal. Onde o termo de responsabilidade está instruído com a declaração de autores de
projecto, afirmando que foram aplicadas as formas legais e regulamentares, designadamente
técnicas de construção, de forma a obter o alvará de licença de construção.
Ao iniciar-se a obra, é da responsabilidade do director técnico alguma anomalia que possa
surgir. Quando a obra estiver concluída e a vistoria der parecer positivo, que está tudo como é
referido no projecto e que cumpre os regulamentos, é dado a licença ou autorização de
utilização ou funcionamento consuante o tipo de edifício.

Ainda no que diz respeito ao pagamento do projecto, existem igualmente regras (cálculo de
honorários – portaria de 7 de Fevereiro de 1972), realçando aqui as seguintes:

Os Honorários são estabelecidos, regra geral, em percentagem do custo estimado da obra e de


acordo com a tabela constante nesta portaria (artigo 11.º n.º1).

Às várias fases do projecto correspondem, em percentagem, a seguinte tabela de honorários


(artigo 12.º):

- Programa-base...................................................20%
- Estudo prévio......................................................15%
- Projecto base......................................................25%
- Projecto de execução.........................................30%
- Assistência técnica.............................................10%

Temos por sua vez, em relação aos pagamentos, o seguinte escalonamento (artigo 13.º n.º1):

- Assinatura do contrato........................................10%
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- Aprovação do programa base.............................10%
- Aprovação do estudo prévio...............................15%
- Aprovação do projecto base...............................25%
- Aprovação do projecto de execução...................30%
- Assistência técnica.............................................10%

Os pagamentos devem ser efectuados imediatamente depois da aprovação de cada fase do


projecto. Os pagamentos relativos à assistência técnica serão repartidas por períodos mensais,
se outra forma não for convencionado pelas partes (artigo 13.º n.º2 e n.º3).

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