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- PDM, PU
- DGESP
- PROGRAMAÇÃO PARA BIBLIOTECAS PÚBLICAS
. NOTA FINAL
- COMPETÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PROJECTOS
- ESTATUTO DA ORDEM DOS ARQUITECTOS
- CÁLCULO DE HONORÁRIOS
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NOTA DESCRITIVA DO PROJECTO
NOTA INTRODUTÓRIA
Com estas normas pretende-se regular a actividade construtiva, propriamente dita, mas
também as normas jurídicas que visam ordenar ou planear essa actividade no seu
desenvolvimento e ocupação espacial.
Estamos assim a falar do direito da arquitectura, podendo-o aqui encontrar nas seguintes
formas:
- Direito da arquitectura;
- Regime Jurídico da Propriedade Imóvel;
- Protecção do Património Arquitectónico;
- Regime Jurídico da Ocupação, Uso e Transformação dos solos;
- Regime Jurídico da Preservação do Solo e Defesa do Ambiente;
- Regime Jurídico da Edificação e Urbanização;
- Regime Jurídico do Ordenamento e Planeamento Territorial;
Código civil
Em primeiro lugar parece-me fundamental focar, a legislação existente (código civil – D.L. n.º
47 344 de 25 de Novembro de 1966) em relação ao direito de propriedade. Visto que o terreno
(bem imóvel) a utilizar é propriedade de alguém. Neste caso considera-se esta propriedade
domínio do Estado. Aqui será necessário um olhar sobre os seguintes artigos:
Artigo 1304.º, do código civil – “ O domínio das coisas pertencentes ao Estado ou a quaisquer
outras pessoas colectivas públicas, está igualmente sujeito às disposições deste código em
tudo o que não for especialmente regulado e não contrarie a natureza própria daquele
domínio”.
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Artigo 1305.º, do código civil – “O proprietário goza de modo pleno e exclusivo dos direitos de
uso, fruição e disposição das coisas que lhe pertencem, dentro dos limites da lei e com
observância das restrições por ela impostas”.
Aqui podemos ainda referir o Direito de Superfície, visto que este direito aparece para propiciar
a construção – antes de 1966 no domínio da propriedade pública. Tendo o intuito dos terrenos
serem urbanizados, permitindo mais tarde esse proprietário público tomar a plenitude dos
poderes da construção.
Ao proprietário do terreno chama-se fundeiro, e ao proprietário do edifício chama-se
superficiário. Estamos aqui a referir o seguinte artigo:
Disposições Gerais
1- O P.D.M. de Lisboa tem por objectivo estabelecer as regras a que deve obedecer a
ocupação, uso e transformação do território municipal, e definir as normas gerais de
gestão urbanística a utilizar na execução do plano.
2- O P.D.M. é aplicável na totalidade da área do território do município.
a) O relatório;
b) A Planta de Enquadramento, (esc. 1/100 000) ;
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SERVIDÕES ADMNISTRATIVAS E OUTRAS RESTRIÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA AO
USO DOS SOLOS
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3- na área de nível 1, os projectos de obras q indiquem escavações ou remeximento do
subsolo devem ser acompanhados de relatório realizado por técnico especializado que
descreva e fundamente as acções e medidas a adoptar para assegurar a identificação,
preservação e/ou registo de valores arqueológicos cuja a existência seja conhecida ou
considerada provável.
4- Na área de nível 1, o licenciamento de projectos fica sujeito a parecer, da comissão
municipal especifica, podendo a realização das obras ser condicionada á previa realização de
trabalhos arqueológicos de acordo com parecer do IPPAR, normas municipais de protecção e
valorização do património ou aprovação do relatório a que se refere o numero anterior.
DO ESPAÇO URBANO
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a) Manutenção do alinhamento edificado, salvo em casos especiais devidamente
fundamentados relativamente aos quais a Câmara Municipal fixe o novo alinhamento.
PU
REGULAMENTO DO PLANO DE URBANIZAÇÃO
Artigo 2º (Constituição)
Artigo 3º (Vinculação)
Todas as intervenções quer de iniciativa pública, quer privada a realizar na área abrangida pelo
P.U. , obedecerão obrigatoriamente ás presentes disposições, sem prejuízo das atribuições e
competências cometidas pela lei em vigor às demais entidades de direito público.
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DO ESPAÇO URBANO
Artigo 5º (Âmbito)
1.1- ZHH I caracteriza-se pela existência de um tecido urbano de malha apertada, com
quarteirões fechados e de pequena dimensão, lotes pequenos com frentes de ruas
reduzidas, edifícios reconstruídos após o terramoto de tipologia construtiva
semelhante à pré-pombalina, de alvenaria pobre, frontal e tabique, de tipo popular.
Nesta zona são previstas intervenções por edifício e por conjunto, sendo abrangida
pela Categoria de Protecção I :
DAS OBRAS
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volumetria e estética do conjunto, nomeadamente o ritmo, escala de vãos e a
configuração dos telhados.
Os materiais e acabamentos exteriores dos edifícios deverão ser aplicados de acordo com os
Regulamentos Municipais em vigor.
2- Nas obras de construção de um novo edifício (...) não será permitida a instalação de :
-CAPITÓLIO
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1- O licenciamento de projectos ficará sujeito a parecer da estrutura consultiva , podendo
a realização de obras ser condicionada à prévia realização de trabalhos arqueológicos,
de acordo com o parecer do IPPAR, normas municipais de protecção e valorização do
património, ou aprovação do relatório referido na alínea a);
3- Nos casos em que forem encontrados elementos arqueológicos, deverão as obras ser
imediatamente suspensas até que o serviço municipal competente tome as
providências convenientes.
- CAPITÓLIO
Art.27º (estatuto)
As áreas de equipamento e serviços públicos ficaram sujeitas á elaboração de projecto Urbano,
de acordo com as condições e regras previstas nos artigos 88 e 89 do PDM.
ESPAÇOS PÚBLICOS
Art.28º (estatuto)
Nos espaços públicos- largos praças e jardins- existentes ou a criar, delimitados em planta
síntese, expecto se houver projecto de espaço público aprovado que a justifique, não serão
permitidas as seguintes acções:
a) execução de quaisquer construções, excepto as que visem dotar o espaço de
equipamentos de apoio, nomeadamente destinados a descanso, recreio ou de
prevenção contra incêndio;
b) alteração á modelação do solo;
c) destruição ou alteração de elementos construídos, com excepção de construções
clandestinas ou outras que sejam adulteradoras dos espaço e da fruição de vistas;
Art.29º (arruamentos, pavimentos e passeios)
1-nas obras de repavimentação, deverão ser mantidos os materiais tradicionais e o seu
desenho ou padrão
Artº.30 (iluminação)
A instalação de projectores ou outros dispositivos para iluminação de fachadas de edifícios,
ficará sujeita a parecer prévio de serviço municipal competente.
DOS USOS
Artº.31 (edifícios classificados e oficialmente em vias de comunicação)
É permitida a total afectação dos edifícios classificados ou oficialmente em vias de
classificação, ou de edifícios de interesse identificados no Inventário Municipal, aos usos
terciários e habitacional ou equipamentos colectivos, desde que sujeitos a obras de
restauro, beneficiação ou reabilitação compatíveis com critérios definidos pela ficha de
catalogação e desde que mereçam parecer favorável da estrutura consultiva.
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c)equipamentos colectivos
DISPOSIÇÕES FINAIS
Artº38 (servidões e restrições de utilidade pública)
Serão cumpridas todas as servidões administrativas e restrições de utilidade pública em
vigor.
Aqui teremos que ter em consideração o regime jurídico do património cultural português e
ainda o regime especifico do património arqueológico, visto que para acontecer as obras de
realização da cidade terão quer ser feitas escavações. Como à partida, nós não sabemos o que
poderá estar “escondido” no subsolo, e como todos nós temos conhecimento, de várias
situações de obra, em que são descobertas grandes e importantes áreas de património
arqueológico, seria imprudente não os mencionar aqui.
Assim é de ter em conta que em situação de um achado arqueológico, pode colocar-se em
causa a realização do projecto.
Numa primeira fase de contacto com os achados arqueológicos deve ter-se em conta o
disposto no artigo 15.º , referente ao regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial –
assinalando-se o seguinte:
Aqui remete-nos para a lei n.º13/85- referente ao património cultural português, destacando os
seguintes artigos:
Artigo 2.º - Todo o cidadão tem o dever de preservar, defender e valorizar o património cultural,
sendo que o Estado e as demais entidades públicas, têm a obrigação de promover a
salvaguarda e valorização do património cultural do povo português.
Artigo 4.º - “Compete ao governo, através do ministério da cultura, promover a protecção legal
do património cultural. (...)”
Artigo 36.º - “Os bens arqueológicos, imóveis ou móveis, são património nacional.”.
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Artigo 39.º - Quem encontrar em terreno público ou particular, incluindo em meio submerso,
testemunhos arqueológicos fica obrigado a informar de imediato o Ministério da Cultura, ficando
responsável por assegurar a protecção, as entidades locais.
Artigo 40.º - Prevê indemnização, para qualquer particular que prove ter sido prejudicado, pelo
facto de se ter constituído reserva arqueológica de protecção.
Em primeiro lugar temos no artigo 4.º(deste diploma)- referente ao controle prévio- temos uma
distinção entre licença e autorização para edificar, falando o artigo 5.º das respectivas
competências.
Em relação ao projecto em análise, e segundo o disposto no artigo 7.º deve ler-se que:
“1- Estão isentas de licença ou autorização:
ESTACIONAMENTO
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1- Para efeitos de cálculo da área de estacionamento necessária a veículos ligeiros, deve
considerar-se:
a)Uma área bruta mínima de 20 m2 por cada lugar de estacionamento á superfície;
b)Uma área bruta mínima de 25 m2 por cada lugar de estacionamento em estrutura
edificada, enterrada ou não.
- 1,5 lugares/fogo T2 e T3
Salas de espectáculos - 2 lugares por 25 lugares sentado, com mais de 250 lugares
Sendo assim, na elaboração do projecto referente ao exercício proposto foi respeitado estes
mesmos regulamentos relativamente às seguintes componentes dos quais destacamos os
seguintes artigos:
Art. 15.º Todas as edificações, seja qual for a sua natureza, deverão ser construídas com
perfeita observância das melhores normas da arte de construir
Com todos os requisitos necessários para que lhes fiquem asseguradas, de modo duradoiro as
condições de segurança, salubridade e estética mais adequadas à sua utilização e às funções
educativas que devem exercer.
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Art. 16.º A qualidade, a natureza e o modo de aplicação dos materiais utilizados na
construção das edificações deverão ser de molde a que satisfaça às condições estabelecidas
no artigo anterior e às especificações oficiais aplicáveis.
Art. 18.º As fundações dos edifícios serão estabelecidas sobre terreno estável e
suficientemente firme, por natureza ou por consolidação artificial, para suportar com segurança
as cargas que lhes são transmitidas pelos elementos da construção, nas condições mais
desfavoráveis.
Art. 23.º As paredes das edificações serão constituídas tendo em vista não só as exigências
de segurança, como também as de salubridade, especialmente no que respeita à protecção
contra a humidade, as variações de temperatura e a propagação de ruídos e vibrações.
Art. 31.º As paredes das casas de banho, retretes, copas, cozinhas e locais de lavagem serão
revestidas até, pelos menos á altura de 1,50m, com materiais impermeáveis, de superfície
aparente lisa e facilmente lavável.
Art. 32.º Os paramentos exteriores das fachadas que marginam com as vias públicas mais
importante designadas em postura municipal serão guarnecidos inferiormente de pedra
aparelhada ou de outro material resistente ao desgaste e fácil de conservar limpo e em bom
estado.
Art. 35.º Na constituição dos pavimentos das edificações deve atender-se não só as
exigências de segurança, como também as de salubridade e à defesa contra a propagação de
ruídos e vibrações.
Art. 42.º As coberturas das edificações serão construídas com materiais impermeáveis,
resistentes ao fogo e à acção dos agentes atmosféricos, e capazes de garantir o isolamento
calorífico adequado ao fim a que se destina a edificação.
Comunicações Verticais:
Art. 45.º As escadas de acesso aos diferentes andares das edificações devem ser seguras,
suficientemente amplas, bem iluminadas e ventiladas e proporcionar cómoda utilização.
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Art. 53.º Nenhuma edificação poderá ser construída ou reconstruída em terreno que não seja
reconhecidamente salubre ou sujeito previamente às necessárias obras de saneamento.
Edificação de Conjunto:
Art. 58.º A construção ou reconstrução de qualquer edifício deve executar-se por forma que
fiquem assegurados o arejamento, iluminação natural e exposição prolongada à acção directa
dos raios solares, e bem assim o seu abastecimento de água potável e evacuação inofensiva
dos esgotos.
De referir o conteúdo Art. 59.º, nomeadamente o ponto 1.º referente a construções sobre
terrenos em declive.
Art. 140.º Todas as edificações deverão ser delineadas e construídas tendo em atenção a
segurança dos seus futuros ocupantes em caso de incêndio. Adoptar-se-ão as disposições
necessárias para facilitar a extinção do fogo, impedir ou retardar o seu alastramento e evitar a
propagação aos prédios vizinhos.
O regeu regula de modo pormenorizado os aspectos relacionados com a altura mínima piso a
piso, áreas dos compartimentos ventilação dos espaços.
O pé direito de grande parte do edifício é de............ estando este conforme e coerente
com art. 65º
EVACUAÇÃO DE FUMOS
"As condutas de fumo elevar-se-ão, em regra pelo menos, 0,50m acima da parte mais
elevada das coberturas do prédio e, bem assim, das edificações contíguas existentes num raio
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de 10m. As bocas não deverão distar menos de 1,50m de quaisquer vãos de compartimentos
de habitação e serão facilmente acessíveis para limpeza."
D.L-nº123/97, de 22 de Maio.
Anexo I, Capítulo I (REGEU) Urbanismo:
2.2.1.2-"A largura mínimas das rampas é de 1,50m, devendo ambos os lados ser
ladeados por cortinas com duplo corrimão, um a 0,90m e o outro a 0,75m, respectivamente da
superfície da rampa. Os corrimões devem prolongar-se em 1m para além da rampa, sendo as
extremidades arredondadas.
Pode ser dispensada a exigência de corrimãos quando o desnível a vencer pelas
rampas seja inferior a 0,40m."
2.2.1.4- "A textura dos revestimentos das superfícies dos pisos das rampas deve ser de
material que proporcione uma boa aderência e com diferenciação de textura e cor amarela no
início e no fim das rampas."
D.L-nº123/97, de 22 de Maio.
Anexo I, Capítulo II (REGEU) Acesso aos edifícios:
D.L-nº123/97, de 22 de Maio.
Anexo I, Capítulo III (REGEU) Mobilidade nos edifícios:
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D.L-nº123/97, de 22 de Maio.
Anexo I, Capítulo III (REGEU) Mobilidade nos edifícios:
1.3-"Os átrios das entradas dos edifícios ,desde a soleira da porta de entrada até á
porta dos ascensores e dos vãos de porta de acesso ás instalações com as quais comunicam,
devem estar livres de degraus ou de desníveis acentuados."
2-Ascensores:
2.1-"A dimensão mínima do patamar localizado diante da porta do ascensor é de
1,50mx1,50m, devendo as áreas situadas em frente das respectivas porta ser de nível sem
degraus ou obstáculos que possam impedir o acesso, manobras e entra de uma pessoa em
cadeira de rodas."
D.L-nº123/97, de 22 de Maio.
Anexo I, Capítulo III (REGEU) Mobilidade nos edifícios:
4-"Balcões ou guichets a altura máxima dos balcões e guichets situa-se, pelo menos
numa extensão de 2m, entre 0,70m e 0,80m. O mínimo de espaço livre em frente aos balcões
ou guichets de atendimento é de 0,90mx1m."
D.L-nº123/97, de 22 de Maio.
Anexo I, Capítulo IV (REGEU) áreas de intervenção específica:
5-Parques de estacionamento:
5.1-"Os acessos ao parque de estacionamento, quando implantados em pisos situados
acima ou abaixo do nível do pavimento das ruas, serão garantidos por rampas e ou
ascensores.
5.2-"Quando o número de lugares for superiores a 25 lugares, deverá aplicar-se: de
25 a 100=3 espaços mínimos reservados e acessíveis; de 101 a 500= 4; acima de 500=5."
5.3-"Os lugares reservados são marcados a amarelo sobre a superfície do pavimento e
assinalados com uma placa indicativa de acessibilidade (símbolo internacional de acesso)."
5.4-"As dimensões, em planta, de cada um dos espaços a reservar devem ser, no
mínimo, de 5,50mx3,30m."
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ou lesiva do património. ( Como é o caso do Capitólio, onde existe uma
intenção de recuperar o projecto original)
1 – A lotação dos recintos deve ser determinada de acordo com os critérios indicados nos
números seguintes.
2 – O número de ocupantes a considerar em cada local deve ser obtido pela razão entre a sua
área interior e o índice de ocupação a seguir indicada, em função do seu tipo, arredondado
para o inteiro superior:
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a) Tipos A1, A3, A4 e A5.
Zonas reservadas a lugares sentados individualizados – número de lugares.
Zonas reservadas a lugares sentados não individualizados – 2 pessoas por
metro de banco ou bancada.
Zonas reservadas a lugares em pé – 3 pessoas por m2 de área ou 5 pessoas
por metro de frente.
b) Tipo A2 – 4 pessoas por 3 m2 de área total do local, deduzida a
correspondente aos espaços cénicos enventualmente integrados no local e a
do mobiliáruio fixo, exceptuando mesas, bancos, cadeiras e poltronas.
c) Tipo A6 – 4 pessoas por m2 de área exclusivamente destinada a entrada
temporária de público.
1 - os recintos para espectáculos e divertimentos públicos devem ser situados em zonas onde
o público não seja afectado ou incomodado por influência de actividades exercidas na sua
proximidade.
2 – nos recintos devem ser tomadas todas as medidas para que os espectáculos, as diversões
ou qual outras actividades neles exercidas não possam constituir incomodo para a vizinhança.
3 – os recintos devem ser servidos por vias que permitam a aproximação, o estacionamento e
a manobra das viaturas de socorro.
4 – as paredes exteriores através das quais se preveja ser possível realizar operações de
salvamento de pessoas e de combate ao incêndio devem dispor de vãos, dotados de
características adequadas à sua transposição pelos bombeiros.
1 – os recintos da 1º categoria devem ter duas paredes exteriores e acessíveis, servidas por
vias de aproximação a viaturas de socorro.
2 – os recintos das 2º e 3º categorias devem ter, no mínimo, uma parede exterior acessível,
servida por vias de aproximação a viaturas de socorro.
3 – no caso dos recintos das 4º e 5º categorias pode ser dispensada a exigência de paredes
exteriores acessíveis pelos meios de socorro, desde que existam circulações horizontais de
acesso adequadas que facilitem as operações de salvamento.
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4 – As paredes exteriores não devem comportar elementos que possam impedir ou dificultar os
acessos aos pontos de penetração no recinto
1 – As vias de acesso devem ter ligação permanente á via pública, mesmo que estabelecidas
em domínio privado.
2 – As vias de acesso devem possibilitar o estacionamento das viaturas de socorro e uma
distância não superior a 30 m dos acessos aos ascensores, para uso dos bombeiros em caso
de incêndio, quando existam.
3 – nos recintos cujo os pisos acessíveis ao público se situem a uma altura não superior a 9
metros, as vias de acesso devem possuir uma faixa, situada nas zonas adjacentes ás paredes
exteriores referidas no numero 4 do artigo 6º, destinada á manobra das viaturas de socorro,
apresentando as seguintes características.
a) Largura livre mínima de 3,50m. Que na vias em impasse deve ser aumentada
para 7 m.
b) Altura livre mínima de 4 m.
c) Raio de curvatura mínima ao eixo, de 13 m.
d) Inclinação máxima de 15%.
e) Capacidade para suportar um veículo de peso total de 130 KN correspondendo
a 40 % á carga do eixo dianteiro e 90 KN à carga do eixo traseiro e sendo 4,5 a
distância entre eixos.
4 – Nos recintos com pisos acessíveis ao público situados a uma altura superior a 9 m, a faixa
referida no número anterior deve satisfazer o disposto nas alineas b), c) e e) no mesmo número
e ainda as seguintes condições.
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1 – deve ser prevista compartimentação corta-fogo em recintos de grandes dimensões, sempre
que exigida pela DGESP.
2 – A compartimentação corta-fogo entre pisos deve ser assegurada por pavimentos que
respeitem as disposições da anterior.
3 – Na compartimentação corta-fogo de recintos com pisos de grande desenvolvimento em
planta devem ser considerados elementos verticais destinados a retardar a progressão
horizontal do incêndio, facilitando a evacuação dos ocupantes e a intervenção dos bombeiros.
1 – As estruturas de suporte das coberturas dos recintos devem ser construídas com materiais
da classe M0, com lamelados de madeira colados, ou com madeira maciça, e apresentar
classe de resistência ao fogo EF 60.
2 – Os materiais de revestimento das coberturas dos recintos devem ser de classe M0, ou da
classe M3, se fixadas em suporte contínuo, construído com materiais da classe M0.
3 – Com a excepção prevista no número 6, os elementos de obturação de vãos praticados nas
coberturas para iluminação zenital, ventilação, ou evacuação de fumos em caso de incêndio,
devem ser construídos com materiais da classe M0.
4 – Se os elementos referidos no número anterior contiverem vidros, devem ser tomadas
providências para que estes não caiam sobre os ocupantes quando estilhaçados ou quebrados
por acção do incêndio, considerando-se esta exigência satisfeita se aqueles elementos forem
constituídos por vidro aramado ou por vidro comum disposto sobre grelhagens ou redes
metálicas com malha não superior a 30 mm.
O isolamento das condutas e das canalizações do recinto, quando exigida pode ser obtido por:
a) alojamento em ductos
b) atribuição de resistência ao fogo ás próprias canalizações ou conductas.
c) Instalação de dispositivos no interior das conductas para obturação em caso de
incêndio.
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3 – No interior das câmaras não devem existir quaisquer objectos ou equipamentos, com
excepção de extintores portáteis ou de bocas de incêndio, nem acesso a qualquer ductos,
canalizações ou conductas com excepção de hidrantes ou dispositivos para controlo de fumos
em caso de incêndio.
4 – As portas das câmaras corta-fogo incluídas nos caminhos da evacuação devem abrir no
sentido da saída, devendo nos outros casos abrir para o seu interior.
5 – As portas referidas devem ser mantidas fechadas em permanência, não sendo permitida a
instalação de qualquer dispositivo de detenção, devendo nas suas faces exteriores ser afixada
a seguinte inscrição “ CÂMARA CORTA-FOGO. MANTER A PORTA FECHADA”
Artigo 49º ( Medição da largura útil das saídas e dos caminhos de evacuação)
A largura útil das saídas e dos caminhos de evacuação é medida em unidades de passagem e
deve ser assegurada desde o pavimento, ou do focinho dos degraus das escadas, até a altura
de 2 m.
1 – Nos percursos em escadas, rampas, balcões, galerias e bancadas, em que exista risco de
queda, devem ser instalada guardas com resistência e altura adequada para suportar o
impacto de uma pessoa que, em desiquilíbrio, se projecte contra elas.
1 – Os locais de permanência de público não se podem situar para além de um piso abaixo do
solo.
2 – A diferença entre a cota média ponderada das saídas para o exterior do recinto, tendo em
conta as unidades de passagem de cada uma delas, e a cota do ponto mais baixo do
pavimento dos locais de permanência do público não pode exceder:
1 – Nos recintos em que se exibam espectáculos devem ser previstas zonas livres que
permitam aos espectadores de cada piso a livre movimentação durante os intervalos.
2 – A área mínima das zonas referidas deve ser determinada pela formula:
S = n/4
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1 urinol por 40 pessoas
1 retrete por 100 pessoas
1 – No caso de locais com lotações superiores a 500 e não superior a 1000 pessoas devem ser
previstas, no mínimo 3 saídas, repartidas pelo seu perímetro, nas condições do número
anterior.
A programação das bibliotecas deverá contar desde o seu início com a colaboração de um
Bibliotecário, uma vez que se trata de equipamentos que requerem um contributo técnico
específico para a elaboração dos respectivos Programas Preliminares. (1)
Com efeito, o edifício – de preferencia com uma zona de estacionamento própria ou próxima –
deverá localizar-se em local habitualmente frequentado pela população ou em núcleo de forte
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expansão urbana e deverá exercer uma forte atracção sobre o publico. É importante a imagem
arquitectónica que ele projecta de si mesmo enquanto edifício publico com uma função
especifica, sem duvida relevante para a comunidade, na qual merece especial relevo a
marcação da entrada como elemento determinante da composição da fachada principal e do
próprio edifício. A entrada deve permitir uma fácil percepção do interior do edifício. Os acessos
exteriores e interiores deverão respeitar a legislação respectiva a pessoas portadoras de
deficiência.
2. Serviços Públicos
2.1 Atiro
Nele será colocado o balcão – que deverá ser amovível – onde se procede ao atendimento,
orientação e primeira informação do público e ao controle automatizado do serviço de
empréstimo. Atendendo a essas funções o balcão deverá possuir dimensões suficientes para
albergar no mínimo dois postos de trabalho e dois computadores. Deverá ainda ter alturas
diversificadas – não excedendo 1,10cm – de modo a facilitar o atendimento de adultos como de
crianças e também de deficientes. Na retaguarda deverá haver espaço suficiente para uma
primeira reorganização dos documentos devolvidos com possibilidade de fácil escoamento dos
mesmos em carrinhos, para a zona de serviços internos e para as secções. Nas bibliotecas de
maior dimensão será mesmo desejável a existência de uma zona ampla, atrás de um balcão de
maiores dimensões.
No átrio deverão também poder situar-se – para além dos habituais painéis informativos
(regulamento da biblioteca, novas aquisições, informações sobre actividades culturais da
biblioteca e de outras instituições, etc.,) – diferentes instrumentos de informação ao público,
tais como terminais para consulta do catalogo e, eventualmente outro tipo de pontos de
informação.
Pelas suas dimensões – e sempre que não haja um espaço próprio para o efeito – o átrio
deverá também permitir a realização de exposições eventuais relacionadas com a vida da
biblioteca. Poderá ainda incluir uma zona de leitura informal, para o que poderá dispor de
alguns sofás e mesas baixas.
Deverá ter telefone publico e também máquina distribuidora de bebidas, no caso das
bibliotecas em que não esteja previsto bar.
Esta secção, em grande parte ocupada por estantes de livro acesso contendo a documentação
destinada a empréstimo, deverá também ter zonas destinadas à consulta de periodizas, para a
consulta local, para a consulta de documentos sonoros e audiovisuais ,para o serviço de
referencia/informação à comunidade e para a auto-formação e aprendizagem á distancia que
correspondem a áreas de actividade relacionadas entre si e que, como tal, não deverão dar
origem a espaços fechados, podendo ser organizadas – sobretudo em bibliotecas construídas
de raiz e ou /de menor dimensão – num único espaço dividido pela disposição de próprio
mobiliário.
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Deverá também comportar uma área vocacionada para os adolescentes, em função dos seus
interesses informativos e formativos.
Deve prever-se igualmente uma fotocopiadora, para utilização do publico, mediante sistema de
cartão ou de moedas, salvaguardando no entanto o respeito pela ligação vigente.
Junto da entrada desta Secção deverá ser previsto um bengaleiro que poderá ser apenas uma
prateleira corrida, cabides e local para deixar guarda-chuvas.
a) Periódicos
b) Empréstimo
c) Consulta Local
Zona destinada à leitura no local. É nesta zona que se consultam as obras de referencia
(dicionários, enciclopédias, anuários, atlas etc.) e as obras que estão excluídas do empréstimo
domiciliário e se encontram guardadas no deposito (obras antigas ou raras,etc.), pelo que deve
existir uma boa ligação com este ultimo, directamente ou através de monta-livros.
É predominantemente construída por mesas (para duas ou para quatro pessoas, embora se
admita a possibilidade de incluir algumas mesas individuais), por cadeiras e por estantes para
as obras de referencia. Poderá estar separada da zona de empréstimo pela própria disposição
do mobiliário, ou de outra forma, mas sempre de maneira a permitir uma boa permeabilidade
visual.
Estes documentos, quer para consulta no local quer para empréstimo, deverão estar
organizados em expositores adequados.
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Deverá também prever-se a colocação de uma estante própria para a exposição de
publicações especializadas (som e imagem) e para conter partituras, se for caso disso.
Quando se justifique, o Fundo Local deverá ser objecto de um destaque especial, ocupando
estantes próprias.
Na secção de adultos, preferencialmente junto da consulta local, deve existir uma área
destinada à auto-afirmação e à aprendizagem aberta, com computadores dispostos em
bancada corrida – ou individualizados através de separadores e uma impressora.
Esta área deverá conter uma estante com capacidade para albergar os correspondentes
materiais, em diferentes suportes.
Não tem grande importância, visto que a biblioteca destina-se a adultos, tendo como principal
tema as artes de espectáculo.
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NOTA FINAL
Para concluir; se este projecto não fosse um trabalho meramente académico, teríamos a
considerar que existe um autor, e que através do regime jurídico da propriedade intelectual,
referente aos direitos de autor, estavam os direitos salvaguardados.
Não esquecendo que para elaborar o projecto (referente à arquitectura) terá que ser licenciado
e inscrito no Ordem dos arquitectos, conforme o artigo 42.º do estatuto da Ordem dos
Arquitectos.
No que diz respeito ao licenciamento, respeitar-se-ão a legislação do Decreto-Lei nº 555/ 99,
de 16 de Dezembro.
Fazendo o requerimento de licença ou autorização administrativa, como é o caso, à Câmara
Municipal. Onde o termo de responsabilidade está instruído com a declaração de autores de
projecto, afirmando que foram aplicadas as formas legais e regulamentares, designadamente
técnicas de construção, de forma a obter o alvará de licença de construção.
Ao iniciar-se a obra, é da responsabilidade do director técnico alguma anomalia que possa
surgir. Quando a obra estiver concluída e a vistoria der parecer positivo, que está tudo como é
referido no projecto e que cumpre os regulamentos, é dado a licença ou autorização de
utilização ou funcionamento consuante o tipo de edifício.
Ainda no que diz respeito ao pagamento do projecto, existem igualmente regras (cálculo de
honorários – portaria de 7 de Fevereiro de 1972), realçando aqui as seguintes:
- Programa-base...................................................20%
- Estudo prévio......................................................15%
- Projecto base......................................................25%
- Projecto de execução.........................................30%
- Assistência técnica.............................................10%
Temos por sua vez, em relação aos pagamentos, o seguinte escalonamento (artigo 13.º n.º1):
- Assinatura do contrato........................................10%
-
- Aprovação do programa base.............................10%
- Aprovação do estudo prévio...............................15%
- Aprovação do projecto base...............................25%
- Aprovação do projecto de execução...................30%
- Assistência técnica.............................................10%
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