Você está na página 1de 4

LOTEAMENTO

O que é?

Considera-se loteamento a subdivisão de gleba em lotes destinados a edificação, com


abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento,
modificação ou ampliação das vias existentes.
O loteamento urbano ou remanejado, em qualquer das zonas do município, deverão
ser aprovados pela SECRETARIA DE OBRAS DA PREFEITURA, e estarão sujeitas
as diretrizes estabelecidas na Lei nº 6.766/79 e na lei municipal nº 3.077.
Considera-se lote o terreno servido de infra-estrutura básica cujas dimensões atendam
aos índices urbanísticos definidos pelo plano diretor ou lei municipal para a zona em
que se situe.

Infra - estrutura

A infra-estrutura básica dos parcelamentos é constituída pelos equipamentos urbanos


de escoamento das águas pluviais, iluminação pública, esgotamento sanitário,
abastecimento de água potável, energia elétrica pública e domiciliar e vias de
circulação.

A infra-estrutura básica dos parcelamentos situados nas zonas habitacionais


declaradas por lei como de interesse social (ZHIS) consistirá, no mínimo, de:

I - vias de circulação;

II - escoamento das águas pluviais;

III - rede para o abastecimento de água potável; e

IV - soluções para o esgotamento sanitário e para a energia elétrica domiciliar.

Requisitos Urbanísticos para Loteamentos

Os loteamentos deverão atender aos seguintes requisitos:

a) as áreas destinadas ao sistema de circulação, de recreação, e de uso


institucional, serão, no mínimo, de 40% do total da gleba ou área parcelada;
b) áreas verdes e espaços livres de lazer deverão corresponder no mínimo 5% das
áreas descritas no item “a)”, sendo previsto projeto de paisagismo e
equipamentos urbanos apropriados, mediante a doação dessa área para o
município que se encarregará de fazer a manutenção, vedada a contagem e a
inclusão de áreas de preservação permanente como áreas verdes;
c) a margem de águas correntes ou dormentes, lagoas naturais ou artificiais,
haverá faixas com largura mínima de 30,00m no perímetro urbano;
d) as vias do loteamento deverão articular-se com o sistema viário existente e
harmonizar-se com a topografia local.

 A Secretaria de Obras poderá exigir no loteamento, reserva de faixa “non


aedificandi” para rede de água, serviço de esgotos, energia elétrica, coleta de
águas pluviais, rede telefônica ou outros equipamentos urbanos.

Dimensão mínima dos lotes

 Os lotes deverão ter as seguintes medidas:


a) Mínimo de 300,00m²
b) Frente e fundo mínimo de 10,00m

 No caso de ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social), terão as seguintes medias:


a) as dimensões mínimas dos lotes, serão de 200m²;
b) Com frente e fundo mínimos de 10,00m

Deverá conter ainda, os índices multiplicadores e recuos obrigatórios das edificações.

Projeto de Loteamento

 Antes da elaboração do projeto, deverá o interessado solicitar junto a


Prefeitura Municipal, as diretrizes para uso e ocupação do solo, traçado dos
lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para
equipamento urbano e comunitário, apresentando para este fim:

a) Requerimento devidamente assinado;


b) Planta do imóvel em escala mínima de 1:100.

Documentos necessários

1. Prefeitura (Secretaria de Obras):


 Requerimento devidamente assinado;
 Projeto Urbanístico do loteamento composto por planta e memorial descritivo
atendendo os requisitos dos artigos 15 ao 18 da Lei municipal 3.077.
 Título de propriedade do imóvel;

2. Cartório:

 Requerimento do(s) proprietário(s) ou de seu representante legal, com firma


reconhecida, indicando expressamente em qual imóvel requer o registro do
loteamento;

 Diário Oficial do Município, contendo a publicação do Decreto do loteamento


OU Certidão do Decreto de loteamento, na forma original ou em cópia
autenticada;

 Memorial descritivo de todas as áreas do loteamento, inclusive as


remanescentes, assinado pelo responsável técnico e pelo(s) proprietário(s),
com suas firmas reconhecidas;

 Levantamento topográfico das áreas do loteamento, inclusive as


remanescentes, assinado pelo responsável técnico e pelo(s) proprietário(s),
com suas firmas reconhecidas;

 ART ou RRT do profissional responsável pelo trabalho técnico (memorial


descritivo e levantamento topográfico), assinada por este e pelo(s)
loteador(es), com suas firmas reconhecidas, na forma original ou cópia
autenticada, acompanhada do comprovante de pagamento;

 Certidões:

I – título de propriedade do imóvel ou certidão da matrícula;

II – certidões negativas de:

a) tributos federais em nome do(s) proprietário(s)/loteador(es);


b) tributos estaduais em nome do(s) proprietário(s)/loteador(es);
c) tributos municipais em nome do(s) proprietário(s)/loteador(es);
d) tributos municipais referente ao imóvel;
e) ações reais referentes ao imóvel, pelo período de 10 anos;

III – certidões de ações cíveis pelo período de 10 anos em nome do(s)


proprietário(s)/loteador(es):

a) na Justiça Estadual da comarca da localidade do imóvel e na comarca do


domicílio do(s) loteador(es);
b) na Justiça Federal da circunscrição da localidade do imóvel e na
circunscrição do domicílio do(s) loteador(es);

IV – certidões de ações penais pelo período de 10 anos em nome do(s)


proprietário(s)/loteador(es):

a) na Justiça Estadual da comarca da localidade do imóvel e na comarca do


domicílio do(s) loteador(es);
b) na Justiça Federal da circunscrição da localidade do imóvel e na
circunscrição do domicílio do(s) loteador(es);

V – certidões de ações trabalhistas em nome do(s) proprietário(s)/loteador(es):

a) no Tribunal Regional do Trabalho da circunscrição da localidade do imóvel


e na circunscrição do domicílio do(s) loteador(es);

VI – certidões do Tabelionato de Protesto de Títulos pelo período de 10 anos


em nome do(s) proprietário(s)/loteador(es):

a) da localidade do imóvel;
b) da comarca do domicílio do loteador; VII – certidões de ônus reais relativos
ao imóvel;

 Histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos 20


(vinte) anos, acompanhado dos respectivos comprovantes (certidão
vintenária);

 Exemplar do contrato-padrão de promessa de compra e venda, ou de cessão


ou promessa de cessão do qual devem constar as indicações do art. 26 da Lei
n. 6.766/1979;

 Termo de verificação da execução das obras do loteamento emitido pela


Prefeitura Municipal – obras concluídas OU cronograma de execução do
loteamento, aprovado pela Prefeitura Municipal acompanhado do instrumento
de garantia dos lotes (hipoteca ou alienação fiduciária) – obras em execução;

Você também pode gostar