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LEI Nº 512/83

DISPÕE SOBRE LOTEAMENTO URBANO CONCESSÃO DE USO COMO


DIREITO REAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Nilton José Fagundes, Prefeito Municipal de Tijucas; faço saber a todos os habitantes deste Município que a Câmara Municipal de
Vereadores aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES.

Art. 1º Os loteamentos urbanos realizados no Município de Tijucas serão regidos por esta Lei.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se loteamento urbano a subdivisão de uma gleba em lotes destinados edificação em
área urbana, que implique em abertura de novas às públicas, (Avenidas e Ruas), ou logradouros públicos (praças e jardins) ou no
prolongamento ou modificação das já existentes.

Art. 3º Para efeito desta Lei, considera-se áreas, as seguintes:

a) a sede do Município e área circunvizinhas de edificação contínua;


b) as áreas de focos de urbanização tais como aquelas em que sejam implantadas, estabelecimentos industriais, comerciais,
educacionais, culturais, recreativas, de Seitas de culto Religioso e terminais de transporte;
c) as áreas de edificação contínua de vilas povoadas.

CAPÍTULO II
DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS PARA LOTEAMENTO.

Art. 4º Os loteamentos deverão atender pelo menos a seguintes requisitos urbanísticos:

a) a área mínima destinada ao sistema viário Municipal (ruas e avenidas) será de 20% do total da gleba a ser loteada;
b) a área mínima destinada ao equipamento comunitário (saúde, educação, administração e equivalentes), ou equipamentos
urbanos (água, esgoto e iluminação pública), será de 5% da gleba a ser loteada;
c) a área mínima destinada aos espaços livres de uso públicos (praças e jardins), excluídos às áreas destinada ao sistema viário
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ao equipamento comunitário urbano será de 10% da gleba a ser loteada;
d) a margens da água correntes e documentos de fixas de domínio público de rodovias bem como junto à orla fluvial serão
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reservadas faixas com largura estabelecida na Legislação competente;
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e) as vias (avenidas e ruas) do loteamento deverão vincular-se com as vias adjacentes e hamonizar-se com a geografia local
havendo sempre, solução de continuidade com ruas e avenidas já existentes na planta da cidade;
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f) as quadras terão uma área máxima de 18.00m² apresentando um comprimento máximo de trezentos (300) metros frente
com sessenta (60) metros de fundo;
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g) as quadras terão uma área mínima de 7.200 metros quadrados apresentando um comprimento mínimo de 120 metros
frente com sessenta (60) metros de fundos;
Rejeitar
h) a largura mínima das vias públicas deverá ser de:
Avenida: 28 metros de largura;
Ruas principais; 16 metros de largura;
Ruas locais ou as de ligação entre as principais; metros de largura;
Ruas secundárias: 10 metros de largura.
i) as novas vias públicas poderão ter largura diante das especificadas no item H, quando se tratar de prolongamento direito de
vias já existentes, sempre que os estudos do Departamento de Obras do Município, assim o permitirem;
j) a largura dos passeios será no mínimo de:
Passeios das Avenidas: 25 metros de largura;
Passeios das Ruas principais: 2 metros de largura;
Passeios das ruas locais: 1,5 de largura;
Passeios das ruas secundárias: 1 metro de largura;
k) os lotes não poderão ter área mínima de 350m de frente não inferior a doze (12) metros, nem fundos inferior a 25 (vinte e
cinco) metros.

Art. 5º Não será permitido loteamento em terrenos alagadiços ou sujeitos a inundações constantes e onde as condições
geológicas não sejam propícias a edificações.

Art. 6º Os loteamentos e conjuntos habitacionais de interesse social integrados no sistema financeiro de habitação previsto na Lei
4380 de 21 de agosto de 1964, poderão ser feitas segundo normas especificadas de órgãos competentes a Governo Federal, desde
que não infrinjam na sua localização o zoneamento estabelecido pelas diretrizes de Planejamento do Município.

Art. 7º Os lotes serão planejados e demarcados sempre em função das vias já existentes ou daquela que forem traçadas pelo
loteamento, nunca em função do formato, direção e localização do terreno a ser loteado, de tal maneira que acompanhe a lateral
de cada lote forme um ângulo de 90º com o alinhamento da rua ou avenida em que se situe o lote.

CAPÍTULO III
DO PROJETO DE LOTEAMENTO E DE SUA APROVAÇÃO.

Art. 8º Antes da elaboração do projeto de loteamento interessado deverá requerer à Prefeitura que define as diretrizes para o
traçado dos lotes, do sistema viário, dos espaços livres e das áreas reservadas para o equipamento urbano e comunitário,
apresentando para esse fim, planta, simples do projeto Contendo:

a) as divisas da gleba a ser loteada;


b) a localização dos cursos de água, bosques e construções existentes;
c) as indicações dos arruamentos a todo o perímetro a localização das vias de comunicações, das áreas livres dos
equipamentos urbanos e comunitários existentes no local ou em suas adjacências, com as respectivas distâncias da área a ser
loteada.

Art. 9º A Prefeitura nas plantas apresentadas, acordo com as diretrizes de planejamento do Município e normas urbanísticas
vigentes:

a) as ruas ou estradas que compõe o sistema viário da cidade e do Município relacionados com o loteamento pretendido;
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b) a localização aproximadas dos terrenos destinados a equipamento urbano e comunitário e das áreas livres de uso público;
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Art. 10 - Orientados pelo traçado dos recursos naturais, projeto contra desenhos na escala de 1:1000 e memorial executivo, sendo
que os desenhos correrão pelo menos:

a) o sistema de vias com a respectiva hierarquia;


b) a subdivisão das quadras em lotes, com as respectivas dimensões e numerações.
Art. 11 - O memorial descritivo deverá conter, pelo menos o seguinte:

a) a descrição sucinta do loteamento, com suas características e destinação;


b) as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e suas construções;
c) a indicação dos espaços livres e das áreas destinadas ao domínio público do Município no ato do Registro do loteamento.

Art. 12 - Organização do Projeto de acordo com o art. 9º o interessado encaminhará as autoridades sanitárias (Posto de Saúde)
para a sua aprovação no próprio Projeto.

Art. 13 - Satisfeitas as exigências do artigo anterior interessado apresentará o Projeto a Prefeitura em 4 (quatro) vias e
acompanhado do título de propriedade, do compromisso da venda ou de cessão, se aprovado assinará termo de acordo no qual se
obrigará:

a) a executar no prazo fixado pelo Prefeito a abertura das vias de circulação e fração com os respectivos marcos do
alinhamento e nivelamento e equipamento de infra estrutura, a luz, esgoto etc.

Previamente aprovados pela Prefeitura, bem como a colocação de meio fios nas ruas e avenidas.
b) facilitar a fiscalização permanente da Prefeitura à colocação das obras e serviços citados;
c) a não outorgar qualquer escritura definitiva de venda dos lotes, antes de concluídas as obras previstas e cumpridas as mais
obrigações impostas por esta Lei ou assinadas no termo de acordo;
d) fazer constar dos compromissos de compra e venda de lotes, a condição de que os mesmos só poderão receber
construções depois de executadas as obras previstas nesta Lei.

Art. 14 - Pagos os emolumentos devidos e assinados o termo de acordo a Prefeitura expedirá o competente alvará, e revogável se
não forem executadas as obras no prazo a que se referem o termo de acordo firmado.

§ 1º - Fica estipulado em 2% do valor de salário mínimo regional. A taxa de registro de loteamento junto a Prefeitura
Municipal, sobre o mínimo de lotes de cada loteamento.

Art. 15 - Todas as obras e serviços exigidos, bem como qualquer outra benfeitoria efetuada interessado nas vias e praças públicas e
nas áreas de usos institucionais, passarão a fazer parte integrante, do Patrimônio do Município, sem qualquer indenização, uma vez
concluídas e declaradas de acordo após vistoria de órgão competente da Prefeitura.

Art. 16 - A Prefeitura só expedirá para construir, demolir, reconstruir, reformar ou ampliar construções, em terrenos de
loteamentos cujas as obras tenham sido vistoriadas e aprovadas pela Prefeitura.

Art. 17 - O projeto de loteamento deverá ser aprovado pelo Departamento de obras públicas da Prefeitura Municipal dentro do
prazo de 30 dias, salvo se houver necessidade de retificação de plantas ou memoriais ou ainda regularização de loteamentos, caso
em que o prazo se estabelecem após o atendimento das exigências legais pelo interessado.

Art. 18 - Não caberá a Prefeitura qualquer responsabilidade pela diferença de medidas dos lotes ou quadras que o interessado
venha a encontrar, em relação às medidas dos loteamentos aprovados.
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de lotes, e o conseqüente aumento e investimento em obra infra-estrutura e custeios de serviços, Decreto Lei Federal nº
271 Poderá também a municipalidade fixar o número máximo destes em que a área poderá ser substituída.

CAPÍTULO IV
DO REGISTRO DO LOTEAMENTO.

Art. 20 - O Projeto aprovado deverá ser submetido ao Registro imobiliário acompanhado dos seguintes documentos:
a) Título de Propriedade ou de compra e venda com reserva de domínio com expressa anuência lotear;
b) Histórico dos títulos de propriedade do imóvel abrangendo os últimos 20 (vinte) anos acompanhado dos respectivos
comprovantes;
c) Certidões negativas:

I - Títulos Federais, Estaduais e Municipal incidentes sobre o imóvel;

II - De ações referentes ao imóvel;

III - De ações penais relativo a crimes contra o patrimônio;

d) Certidões:

I - De ações pessoais relativa ao loteados ao titular de domínio sobre a gleba;

II - Dos cartórios de protesto de título com prazo de 5 (cinco) anos, referentes ao loteador e ao titular do domínio sobre a
gleba;

IV - De ônus relativos ao imóvel.

e) Comprovante de termo de verificação pela Prefeitura, de execução das vias de circulação do loteamento, a demarcação dos
lotes, quadras e logradouros e das obras de escoamento das águas fluviais bem como colocação de meio fio nas ruas e avenidas;
f) Exemplar do contrato padrão do qual constarão obrigatoriamente, as indicações presentes no artigo 17.

Art. 21 - O registro do loteamento será feito por extrato, o livro próprio, no livro de transcrição e a margem do registro de
propriedade loteada, averbar-se-ão a inscrição de loteamento e suas alterações.

Art. 22 - Desde a data de inscrição do loteamento passam a integrar o domínio do Município as vias públicas e praças, os espaços
livres e as águas destinadas a edifícios públicos e outros equivalentes urbanos constantes, de projeto do memorial descritivo.

Art. 23 - É vedado colocar a venda, lotes de loteamento não registrado no órgão competente da Prefeitura Municipal.

CAPÍTULO V
DO CONTRATO DE COMPRA E VENDA

Art. 24 - A vendas de lotes far-se-ão pelo sistema de Reserva de Domínio até o integral pagamento do preço ajustado contrato.

Art. 25 - A venda de lotes com reserva de Domínio, deverá ser feito por instrumento particular ou público constando dos requisitos
exigidos por Lei.

Art. 26 - O contrato deverá ser firmado em ter (3) vias sendo uma para cada parte e a terceira para o arquivo imobiliário, após as
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averbações e anotações devidas.
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de 27Privacidade
- O contrato poderá ser transferido por simples transpasse, lançado no verso das vias em poder das partes ou instrumento

separado, declarando-se o número de inscrição do loteamento, o valor da cessão e a qualificação do cessionário para a devida
averbação.

CAPÍTULO VI
DOS LOTEAMENTOS IRREGULARES
Art. 28 - O adquirente de lote, verificando que o loteamento não se acha inscrito, poderá suspender os pagamentos das prestações
restantes e notificar o loteador cobrador para suprir a falta de inscrição, junto dos órgãos competentes no prazo máximo de três (3)
meses.

Art. 29 - Uma vez isento o loteamento as prestações poderão ser novamente exigidas, não correndo juros nem correção monetária
desde a data da suspensão dos pagamentos.

Art. 30 - Nas desapropriações, não serão considerados como loteados ou loteáveis, para fins de indenização, os terrenos ainda não
comprometidos e objetos de loteamento não inscrito ou irregularmente inscrito.

CAPÍTULO VII
DA CESSÃO DE USO

Art. 31 - É instituído a concessão de uso de terrenos públicos ou particulares, remunerada ou gratuita, por tempo certo ou
indeterminado como direito real resolúvel para fins de urbanização, edificação, cultivo da terra, ou outra utilização de interesse
social específico.

Art. 32 - Os terrenos públicos do Patrimônio da União, do Estado e do Município ou de suas autarquias, quando possíveis de
utilização por particulares, serão de preferência, concedidos ou doados.

Art. 33 - A concessão de uso de terreno não implica na concessão de uso do subsolo e do espaço aéreo.

CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES PENAIS E FINAIS

Art. 34 - É crime contra a economia popular promover loteamento urbano fazendo em proposta, contrato, projetos ou
comunicação ao público ou aos interessados, afirmação falsa sobre a observância dos projetos de Lei.

Art. 35 - É contravenção relativa à economia popular punível na forma de Lei, vender ou receber proposta de compra sem
previamente satisfazer as exigências constantes desta Lei.

Art. 36 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Prefeitura Municipal de Tijucas, 8 de março de 1983.

NILTON JOSÉ FAGUNDES


Prefeito Municipal

Nota: Este texto não substitui o original publicado no Diário Oficial.

Valorizamos sua privacidade Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 31/10/2005

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