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indd 53 03/12/15 10:50


A rua é de todos
Segundo as Nações Unidas (2007), uma “Cidade
Segura” é uma “Cidade Justa”, e tal só é possível
se as pessoas forem o elemento central do
desenho urbano, traduzindo-se então esta ordem
de prioridades na qualidade do espaço público.

Lisboa – avenida da liberdade


introdução

A edição do Manual de apoio a projeto e obra de espaço público – “Lisboa:


o desenho da rua” – é um contributo no caminho para a concretização da
cidade que todos ambicionamos vir a ter e constitui uma ferramenta de
trabalho que coloca um conjunto amplo e diversificado de recomendações
e boas práticas à disposição de todos aqueles que têm como missão e
responsabilidade a construção e a gestão do espaço público. É um contributo
para a adoção e utilização das soluções mais inovadoras e criativas no
desenho de um espaço público mais atrativo, funcional e coerente.

As ruas são a rede que suporta as dinâmicas de uma cidade. No que


respeita a Lisboa, existe uma Visão clara e um Modelo de Governo para
a cidade: mais pessoas e mais emprego para uma melhor cidade. Uma
cidade mais habitada, mais reabilitada, mais regenerada e com melhor
qualidade de vida; uma cidade para o futuro e, acima de tudo, uma cidade
para as pessoas.

Hoje existem novas e melhores condições para aplicar, de forma eficaz,


uma estratégia de desenvolvimento assente em cinco grandes eixos –
uma cidade mais próxima, mais inclusiva, mais empreendedora, mais
sustentável e mais global.

Tendo por base uma agenda política assente no desenvolvimento, na


criação de emprego, no bem-estar, nos direitos sociais, na acessibilidade,
na segurança, na promoção da cultura e na defesa, proteção e valorização
patrimonial e ambiental, o desenho das ruas, das avenidas, dos largos e
das praças assume uma primordial importância.

A dimensão humana da cidade, o entendimento da importância da rua


como elemento estruturante e agregador do espaço público, o respeito
pelas pessoas, seus principais utilizadores, e o reconhecimento das funções
urbanas da rua como ponto de encontro, local de comércio e espaço de
ligação, são determinantes para tornar, ainda mais, Lisboa numa cidade
para todos, assegurando, entre outros, o direito à sua ação cívica e à
dignidade social.

Fernando Medina
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
introdução

Porquê redesenhar o Espaço Público?

O carácter da cidade é o reflexo da forma como os cidadãos, de todas as


gerações e classes sociais, utilizam o espaço público. Cultura, tradições,
usos e costumes, mas também conflitos no modo como são utilizadas as
ruas, os largos e os jardins, revelam o carácter da cidade

Nos últimos 150 anos três inovações tecnológicas revolucionaram as


cidades: o elevador, o automóvel e o frigorífico. O primeiro permitiu o
crescimento em altura e a densificação dos centros urbanos. O segundo
atenuou as distâncias, assegurou a liberdade de movimento, acelerou a
vida urbana e alastrou a cidade para novos territórios. O terceiro trouxe
autonomia às famílias tornando-as menos dependentes da aquisição
diária de alimentos frescos. A conjugação do automóvel com o frigorífico
permitiu o abastecimento mensal, impulsionando o aparecimento das
grandes superfícies isoladas nas periferias urbanas, rodeadas de grandes
parques de estacionamento. Esta metamorfose alterou costumes, hábitos e
relações sociais.

Após a II Guerra Mundial, a democratização do automóvel mudou


radicalmente os padrões de mobilidade urbana. Da densificação resultante
da construção em altura passou-se à especialização, com novas áreas
centrais mono funcionais que vieram substituir os centros históricos como
o verdadeiro centro da cidade. Em Lisboa o centro migrou da Baixa-Chiado
para norte do Marquês de Pombal. As relações de vizinhança nos modernos
conjuntos residenciais, em que se entra de carro pela garagem, perderam
consistência. A emergência das grandes superfícies comerciais na periferia
puseram em crise o comércio de proximidade. A vida urbana tornou-se
mais individualista, perdendo-se a coesão social e territorial da cidade
como um todo

No século XX o automóvel tomou conta do espaço público. Era preciso


andar rápido e os padrões de segurança eram avaliados principalmente
à medida do automobilista. As faixas de rodagem alargaram e ocuparam
cada vez mais espaço, os passeios encolheram, por todo o lado os espaços
livres deram lugar a vagas de estacionamento. Os novos bairros foram
projetados com ruas cada vez mais largas e, para descongestionar as
áreas centrais ou criar grandes eixos de penetração, construíram-se vias
rápidas e viadutos e rasgaram-se túneis ao longo da cidade. A rua, que até
então era partilhada pelos vários modos de locomoção, foi espartilhada em
canais reservados e segregados. Surgiu uma nova especialidade a projetar
a cidade: a engenharia de tráfego.

Mas como a oferta induz a procura, vias de maior capacidade e mais


lugares de estacionamento atraíram ainda mais carros para as cidades,
que, como tal, estão cada vez mais congestionadas. Lisboa não é exceção.

Hoje, não obstante os investimentos feitos desde os anos 60 em


grandes infraestruturas rodoviárias, a redução de inúmeros passeios
para criar novos lugares de estacionamento e os milhares de lugares
de estacionamento criados no subsolo, a cidade está congestionada e a
oferta de estacionamento é sempre insuficiente. O trânsito em Lisboa está
mais agressivo, o transporte público perdeu passageiros para o transporte
individual, há vias congestionadas e os passeios em geral são estreitos,
inseguros, desconfortáveis e demasiadas vezes ocupados por carros mal
estacionados Em suma, perdeu-se qualidade de vida. Lisboa está mais
introdução

segregada, menos coesa e cada vez menos amigável para uma população
cada vez mais idosa.

O anos 80 marcaram na Europa um ponto de viragem. Percebeu-se que o


caminho prosseguido na mobilidade urbana era insustentável, mas mais do
que isso ganhou força a ideia da reconquista do espaço público da cidade
como um espaço de partilha e socialização, inclusivo e seguro. Os peões,
o transporte público e os modos de locomoção suave – a bicicleta e a
marcha a pé – conquistaram um novo protagonismo

As emissões de CO2 têm de ser reduzidas, a qualidade do ar que


respiramos tem de ser melhorada, o ruído provocado pelo tráfego
automóvel tem de ser atenuado e, sobretudo, os passeios têm de ser
mais seguros e confortáveis. A rua tem de voltar a ser acessível para
todos, independentemente da sua idade e maior ou menor dificuldade de
locomoção, permanente ou temporária.

Hoje o desafio não é apenas o de reconstruir as ruas tal e qual como


estão, mas de redesenhá-las para construirmos uma cidade mais coesa e
inclusiva.

A largura dos passeios, os materiais de pavimento, as passadeiras


para atravessamento de peões, a geometria das vias, a localização dos
obstáculos como sinais verticais, candeeiros e marcos de incêndio, a
iluminação, as árvores de alinhamento e os elementos decorativos tais
como fontes e esculturas, são os materiais do projeto da rua que este
Manual se propõe sistematizar

Elaborar este documento foi um longo trabalho de equipa que envolveu


quase todos os Serviços Municipais, do Urbanismo à Mobilidade, do
Desenho do Espaço Público ao Ambiente Urbano e às Infraestruturas de
Subsolo. Numa abordagem integrada, sistematizou-se informação mas
também se inovou. E como o caminho se faz andando, este é um Manual
aberto que se pretende ir aperfeiçoando com o trabalho que estamos a
fazer para construir uma melhor cidade.

Manuel Salgado
Vereador do Urbanismo e Espaço Público
introdução

Introdução
Conteúdos
Uma Visão Estratégica para a Mobilidade

Uma Cidade Acessível para Todos

Estrutura do Manual

A Enquadramento

B Porquê um Manual?

B.1 Âmbito de aplicação

B.2 Articulação com o Plano Diretor


Municipal, os Regulamentos Municipais
e outros diplomas legais em vigor

C Objetivos

C.1 Objetivos gerais

C.2 Objetivos específicos

D Princípios

D.1 Princípios de intervenção


no espaço público

D.2 Princípios gerais de desenho

D.3 Princípios específicos de desenho

E Componentes

E.1 Espaços de circulação pedonal


Conceito de percurso acessível

E.2 Espaços de circulação ciclável

E.3 Espaços de circulação rodoviária

E.4 Espaços de circulação partilhada

E.5 Espaços de estacionamento

E.6 Mobiliário e equipamento urbano

E.7 Valores culturais


introdução

1 Geometria 4 Iluminação pública


4.1 Princípios gerais
Critérios-base para as opções de diferenciação
entre os espaços de circulação pedonal e os 4.2 Recomendações para a elaboração
espaços de circulação rodoviária do projeto

1.1 Espaços de circulação pedonal 4.3 Recomendações para a execução


da obra
1.2 Espaços de circulação ciclável

1.3 Espaços de circulação rodoviária

1.4 Espaços de estacionamento 5 Sinalização


1.5 P endentes transversais 5.1 Sinais verticais
e drenagem pluvial
5.2 Marcas rodoviárias
1.6 P endentes longitudinais
e entradas de edifícios 5.3 Sinais luminosos

5.4 Sinalização temporária de obra

5.5 Sinalização informativa direcional


2 Materiais
2.1 Pavimentos

2.2 remates de pavimentos 6 Arborização


2.3 r eabilitação e conservação de pavimentos 6.1 Objetivos

6.2 Princípios

6.3 Espécies arbóreas e as condições


3 Infraestruturas da Cidade de Lisboa
no subsolo 6.4 Espécies arbóreas e espaço público
3.1 i mplantação de infraestruturas no 6.5 Espécies arbóreas e dimensões
subsolo dos arruamentos
3.2 i nfraestruturas aptas ao alojamento de 6.6 C
 aracterísticas físicas das
redes de comunicações eletrónicas árvores a utilizar

6.7 transplante e abate de árvores

6.8 Caldeiras

6.9 Floreiras

6.10 Coberturas ajardinadas


introdução

7 Mobiliário 8 Arte pública


e equipamento urbano 8.1 Conceito e estratégia

Princípios gerais de implantação 8.2 Objetivos


do mobiliário urbano
8.3 Funções
7.1 Abrigos e paragens de 8.4 Arte em espaço público
transportes públicos
8.5 Galeria de Arte Urbana
7.2 e stacionamento de bicicletas
“Reciclar o olhar”
7.3 Parquímetros “Segue a arte e logo verás o rio”

7.4 Pilaretes e guarda-corpos

7.5 Bancos, cadeiras e mesas


Referências bibliográficas
7.6 Parklets

7.7 Esplanadas

7.8 Toldos, alpendres, palas e sanefas

7.9 Exposições no espaço público Créditos fotográficos


7.10 Bancas

7.11 Quiosques

7.12 Sanitários

7.13 Sinalização informativa pedonal e


ciclável

7.14 M UPIs | Mobiliário Urbano


Para Informação

7.15 Painéis publicitários

7.16 C ontentores RSU |


Resíduos Sólidos Urbanos

7.17 Ecopontos

7.18 Papeleiras

7.19 Hidrantes

7.20 Acessos

7.21 Armários, caixas e quadros técnicos


de infraestruturas

7.22 Wi-Fi na Rua


introdução

Existe hoje um entendimento crescente de


que as ruas não são apenas corredores de
circulação viária mas que, acima de tudo, são
espaços de suporte à vida urbana, matriz da
construção da cidade e da cidadania. A rua não
deve ser um local perigoso e de conflito entre
diferentes modos de deslocação e transporte
mas sim um espaço seguro e de partilha.
Investir num espaço público de qualidade –
bem projetado e bem construído – reforça a
coesão social, atrai investimento e gera retorno
económico para a cidade.

Lisboa – Praça D. Pedro IV [Rossio]


introdução

Este Manual pretende ser um do- A revisão das prioridades que


cumento aberto e em construção, foram seguidas nas últimas dé-
Introdução atento a todas as formas inova- cadas em que o automóvel foi o
doras de pensar e desenhar a rua, principal protagonista e a adoção
que tem como objectivo contribuir de princípios de desenho para uma
para uma mudança da forma de rua integrada e partilhada, mais
abordagem ao projeto e à obra agradável e atraente, têm a capa-
de espaço público, estimulando a cidade de melhorar as condições
utilização de soluções de desenho de habitabilidade, estimulando
que priorizem uma abordagem a identidade local, induzindo a
sustentável, que protejam os utili- noção de comunidade, potencian-
zadores mais vulneráveis – aqueles do a apropriação das ruas como
que se deslocam a pé, de bicicleta espaços de convívio e tornando a
ou de transportes públicos – e que cidade mais competitiva do ponto
promovam a consolidação de um de vista económico e sociocultural.
sentido de lugar:
A adoção deste novo conceito de
●● apresenta um conjunto de desenho da rua para a cidade
orientações e recomendações irá contribuir, de forma decisiva,
aplicáveis ao desenho da rua mas para uma Cidade mais próxima,
deixa espaço aberto à procura de mais inclusiva, mais sustentável
soluções específicas para os pontos e segura. Uma Cidade melhor que
e momentos notáveis da malha favorece a circulação pedonal,
urbana, nomeadamente largos e os modos ativos de deslocação,
praças; os utilizadores dos transportes
públicos e a fluidez do tráfego
●● potencia uma alteração na ma- de pessoas e mercadorias, que
neira como entendemos o espaço proporciona melhores espaços de
público e pensamos o desenho da fruição e de convívio para os resi-
rua, promovendo o entendimento dentes, melhores condições para
das nossas ruas não como um acolher os turistas, mais seguran-
mero espaço canal mas sim como ça para todos, e maior facilidade
um local dotado de carácter e de orientação no espaço público,
identidade, promovendo a criação para uma mais fácil leitura, perce-
de espaços públicos sustentáveis e ção, entendimento e usufruto da
inclusivos. cidade.

Por um lado, a recente reforma


administrativa do município de
Lisboa transferiu para as Juntas
de Freguesia novas competências
de intervenção e gestão do espaço
público da cidade; por outro, a ne-
cessidade de modernizar as infra-
estruturas da cidade vai implicar a
realização de obras profundas no
subsolo, pelo que maior deve ser
a acuidade na função normativa
da Câmara Municipal contribuindo
assim para definir um conceito de
espaço público para a cidade.

Karl Jilg – Vägverket | Trafikverket


[Swedish Transport Administration]
introdução

Com este Manual pretende-se veis, mais sustentáveis e mais


Uma Visão Estratégica também contribuir para melhorar a competitivas, e nessa medida
para a Mobilidade qualidade dos serviços urbanos, de- promover a acessibilidade é
fender o comércio de rua e abrir a defender a Cidadania e qualifi-
O sistema de mobilidade de cidade às empresas, tornar Lisboa car a Cidade.
Lisboa tem de ser dimensio- numa Cidade ainda mais solidária,
nado (..), com o objetivo de au- intergeracional e coesa, uma Cida- O conceito ”Cidade Acessível para
mentar o nível de acessibilidade de reabilitada e reabitada, com um Todos” define, nos termos do
dos seus habitantes e visitantes espaço público amigável, ecológica, Plano de Acessibilidade Pedonal
a serviços, escolas, emprego, acessível para todos, uma Cidade de Lisboa (PAPL), uma cidade que
zonas de lazer ou à informação da cultura e da criatividade, do tem a capacidade de “proporcio-
e cultura, fazendo com que o diálogo e da interculturalidade, e nar a todas as pessoas uma igual
elemento central devam ser as do turismo - Lisboa uma Cidade oportunidade de uso, de uma forma
pessoas e não os automóveis. Metropolitana! direta, imediata, permanente e o
mais autónoma possível”.
A dimensão humana da cidade, o
respeito pelas pessoas enquanto Uma Cidade Acessível A elaboração e adoção de um Ma-
principais utilizadores da rua, o para Todos nual de apoio ao projeto e obra de
entendimento da importância da espaço público constitui uma forma
rua como elemento estruturante Numa Cidade Acessível, qual- de contribuir para a promoção da
e agregador do espaço público da quer pessoa pode, independen- acessibilidade e para a implemen-
cidade, e o reconhecimento das temente das suas capacidades tação do PAPL que se irá traduzir
suas funções urbanas tradicionais físicas, sensoriais ou cognitivas, em maior segurança, conforto e
- como ponto de encontro, local de participar na vida da comunida- funcionalidade para o peão, e, con-
trocas e espaço de ligação - são de e usufruir dos espaços, bens sequentemente, em maior satisfa-
determinantes para tornar Lisboa e serviços que estão ao dispor ção para um universo mais amplo
uma Cidade de Bairros, mais próxi- de todos. Cidades acessíveis de utilizadores.
ma dos cidadãos. são cidades mais confortá-

Lisboa – Bicicleta Lisboa – Transportes Públicos


introdução

A experiência prática de várias segunda parte onde é apresentado


cidades tem demonstrado que a um conjunto de recomendações e
promoção da acessibilidade tem indicações práticas relativamente à
impactos positivos ao nível da geometria, materiais, infraestrutu-
mobilidade pedonal e da sustenta- ras no subsolo, iluminação pública,
bilidade – melhorar as condições sinalização, arborização, mobiliário
de deslocação para os peões com urbano e equipamento, e arte pú-
a mobilidade condicionada tem be- blica, que deverão ser observadas
nefícios reais para todos os peões e na conceção e no desenho da rua
encoraja o uso da rede de transpor- na Cidade de Lisboa, acompanha-
tes públicos. das, sempre que tal se justifique,
das necessárias remissões para as
normas e regulamentos aplicáveis.
Estrutura do Manual
As recomendações técnicas apre-
O Manual estrutura-se em duas sentadas neste Manual são com-
partes: uma primeira parte onde plementadas por imagens de boas
são apresentados os seus ob- e más práticas e por desenhos
jectivos gerais e específicos, de técnicos que fornecem indicações
intervenção no espaço público e precisas relativamente às soluções
do desenho da rua, e os compo- e ao dimensionamento a adotar em
nentes do espaço público, e uma cada uma das situações.

Lisboa – Avenida Duque d’Ávila


introdução

A Cidade de Lisboa é o resultado existente e servem de referência a


de um processo, de vários séculos, intervenções pontuais ou a proces-
de consolidação. Acresce a isto a sos de transformação urbanística
A geografia e a topografia de Lisboa
– Cidade das Sete Colinas – e o rio
mais alargados.

Enquadramento que impõe fortes condicionantes à


forma urbana e à acessibilidade.
Se por um lado, a regulação das
intervenções no edificado privado
se encontra hoje adequadamente
Da conjugação deste longo proces- estabelecida através da fixação de
so de consolidação com a oro- regras e parâmetros urbanísticos
grafia resultou uma cidade muito definidos nos diversos tipos de
fragmentada onde, ao contrário Planos Municipais de Ordenamento
de outras cidades europeias como do Território, já no que refere ao
Barcelona ou Paris, são poucas domínio público – o espaço da rua
as malhas urbanas contíguas e entre fachadas – reconhece-se
homogéneas. A Baixa Pombalina, a necessidade de fixar critérios e
as Avenidas Novas, Alvalade e os regras quer para as intervenções
novos bairros de Telheiras, Parque executadas pelo Município e pelas
das Nações e Alta de Lisboa são, Juntas de Freguesia, quer para as
em Lisboa, a exceção. resultantes da cedência ao domínio
público municipal de novas áreas
Existe, por isso, razão para a valo- em prédios objeto de operações
rização das pré-existências urba- urbanísticas desenvolvidas por pro-
nísticas mais significativas, desig- motores privados ou para as obras
nadamente dos traçados urbanos realizadas pelos concessionários de
que conformam o espaço público serviços e infraestruturas urbanas.

Lisboa – largo de camões


introdução

Pela sua natureza e funções, o as diferentes intervenções – de


espaço público corresponde a uma diferentes projetistas ou concessio-
componente do espaço urbano que nárias – e de assegurar uma maior
se sujeita necessariamente a con- agilização dos procedimentos de
tinuadas intervenções, sejam elas acompanhamento e controlo.
de natureza temporária ou pontual
– eventos organizados, atividades Neste âmbito, por iniciativa própria,
de recreio e lazer, fruição de espla- a Câmara Municipal de Lisboa tem
nadas –, sejam elas de natureza vindo a desenvolver um esforço na
continuada ou recorrente - nomea- requalificação de alguns espaços
damente ao nível das intervenções públicos mais importantes para
de conservação e manutenção das a projeção da imagem da Cida-
infraestruturas nele alojadas ou de e melhoria do quadro de vida
ao nível da sua adaptação a novas dos seus cidadãos – do qual as
exigências funcionais. intervenções de requalificação da
Avenida Duque d’Ávila e da Frente
Também por isso, se torna impe- Ribeirinha da Baixa Pombalina são
rativo dispor de critérios e regras exemplo.
de conceção que possam orientar
os diversos tipos de intervenção É agora tempo de empreender
– desde a simples otimização da um novo conjunto de operações,
passadeira de peões ou da sinali- envolvendo todos os atores que
zação de exigências particulares, à participam na gestão da cidade,
manutenção ou reconstrução das cuja qualidade de conceção e exe-
infraestruturas – no sentido de cução importa balizar dentro de um
harmonizar, dentro de um mesmo conjunto de orientações, critérios e
conceito e imagem geral da cidade, regras de natureza técnica.

Lisboa – bica
introdução

“Lisboa: O Desenho da Rua – Ma- Trata-se, como não poderia deixar


nual de apoio a projeto e obra de de ser, de um documento em con-
espaço público” pretende constituir- tínua atualização que incorporará
B -se como um guião para as in-
tervenções na rua da Cidade de
gradualmente todas as alterações
que decorram da monitorização
Porquê Lisboa, através da apresentação,
descrição e sistematização de um
das várias intervenções na rua da
cidade, do ponto de vista do projeto
um Manual? conjunto, claro e exequível, de re-
comendações e boas práticas para
e da obra mas também do pon-
to de vista da sua manutenção e
a elaboração do projeto e execução conservação.
da obra.
A configuração e o tratamento do
Este Manual não pretende substi- espaço público da Cidade de Lis-
tuir os diplomas legais ou regula- boa, bem como a sua capacidade
mentos, com implicações ou reflexo de representação, são ações estru-
no espaço público, atualmente em turantes das operações de desenho
vigor, assumindo-se antes como urbano e de reabilitação urbana e,
um documento complementar que como tal, devem ser objeto de de-
pretende, de forma facilmente talhada atenção. Os projetos de es-
compreensível, difundir pelo maior paço público devem ser concebidos
número de intervenientes possível e executados de modo a correspon-
– decisores, técnicos, munícipes der às expectativas, necessidades
– um conjunto de preocupações e liberdade de fruição da cidade
que deverão estar presentes nas pelos seus utilizadores, devendo ser
intervenções nas ruas da Cidade de dada particular atenção às seguin-
Lisboa. tes vertentes:

Lisboa – bica
introdução

durabilidade, assim como a versa-


●● adequação à hierarquia do tilidade na adaptação a uso diverso
espaço público, conforme o seu uso
do inicialmente proposto;
e a sua utilização, caracterizando
e tornando legível e significante a
●● equilíbrio entre o espaço urbano
estrutura urbana; construído e os sistemas naturais,
promovendo a sua valorização am-
●● promoção da segurança de uso biental e a sua interligação numa
e da igualdade de oportunidades
estrutura contínua de proteção,
para todos os seus utilizadores.
regulação climática, recreio e lazer,
integrada no tecido edificado.
●● integração na envolvente, no-
meadamente na sua forma urbana,
O espaço público, do qual a rua é a
no contexto social, cultural e da
sua primeira expressão, é a pedra
memória histórica do local;
angular da estrutura das cidades,
é o ponto de encontro de todos os
●● adequação ao fim para que é
cidadãos e de confluência de todas
concebido, garantindo a atrativida-
as funções urbanas.
de, o estímulo visual, a fácil utili-
zação por todos, a manutenção e

lisboa – baixa
introdução

O manual exclui do seu âmbito de


aplicação direto espaços urbanos
B.1 singulares – alguns largos e praças –
Âmbito de que poderão vir a ser objeto de inter-
venção que utilize mobiliário urbano
aplicação ou equipamento diferenciados mas
que deverá ter sempre a preocupação
de estabelecer a necessária ligação
com as orientações que aqui são
estabelecidas para toda a cidade.

O Manual não pretende espartilhar a


criatividade no desenho do espaço pú-
blico da Cidade de Lisboa mas antes
que essa mesma criatividade resul-
te da adoção e ponderação de um
conjunto de critérios operativos e fun-
cionais, claros e objectivos, com vista
a possibilitar uma correta e adequada
articulação entre as diferentes áreas
da Cidade, a sua optimização funcio-
nal e uma manutenção eficiente.

As recomendações deste Manual


deverão ser consideradas em todas
lisboa – mouraria
as intervenções no domínio público
municipal ou no domínio privado de
uso público, em áreas urbanas conso-
lidadas ou a consolidar.

Tendo em conta as especificidades


dos espaços urbanos consolidados
existentes na cidade, essas interven-
ções não dispensam a necessária
ponderação de todas as possíveis op-
ções e soluções de projeto, as quais,
em face das condicionantes especí-
ficas de cada espaço. poderão, por
vezes, não compreender a aplicação
direta da totalidade das orientações
constantes deste Manual. Contudo,
tal não implica a adulteração do seu
sentido mas tão somente o necessá-
rio ajustamento dos seus parâmetros
ao que mais importará salvaguardar
– a qualidade do espaço público e a
possibilidade de ser versátil e global-
mente acessível.

O Manual pretende assim contribuir


para a aferição e desenvolvimento de
uma metodologia para intervenção
nos espaços públicos da Cidade de
Lisboa, através da sistematização
de um conjunto claro e exequível de
recomendações específicas.
introdução

O presente Manual é uma ferra- condicionada, designadamente


menta de trabalho que articula um as constantes do Decreto-Lei n.º
B.2 conjunto muito variado de aspectos
com vista a orientar a atuação dos
163/2006, de 8 de agosto, apre-
sentando a sua tradução ao nível
Articulação com diversos agentes com responsabi- do desenho de espaço público;
o Plano Diretor lidades na concepção, na realiza-
ção e na decisão sobre o espaço ●● sintetiza as regras e as re-
Municipal, público. comendações já constantes dos
os Regulamentos vários Regulamentos Municipais em
Para atingir esse objetivo, o Manual: vigor;
Municipais
e outros diplomas ●● sistematiza o conjunto de objec- ●● releva os aspectos e disposi-
tivos e regras aplicáveis constantes ções legais do Código da Estrada
legais em vigor do Plano Diretor Municipal (PDM); e do Regulamento de Sinalização
do Trânsito, e normativas do IMT
●● sintetiza um conjunto de opções | Instituto da Mobilidade e dos
de projeto relativas à melhoria das Transportes, relativas a sinalização
condições de acessibilidade pedo- vertical, sinalização horizontal e
nal, decorrentes do Plano de Aces- estacionamento – características
sibilidade Pedonal de Lisboa (PAPL), dimensionais, critérios de utilização
no sentido da sua sistematização e e colocação na via pública – expli-
articulação com as restantes com- citando a sua aplicação em meio
ponentes do espaço público; urbano.

●● releva um conjunto de regras e Importará também realçar a neces-


boas práticas relativas à acessibi- sidade e a importância de, aquando
lidade de pessoas com mobilidade do desenvolvimento do projeto ou

lisboa – baixa
introdução

da realização da obra, articular as


orientações e recomendações deste ●● Regulamento Municipal de
Cargas e Descargas e Bolsas de
Manual com as informações dispo-
Estacionamento para Comerciantes
níveis na base de dados LXSubsolo,
de forma a garantir a necessária
●● Regulamento de Infraestruturas
compatibilização entre os trabalhos
em Espaço Público
à superfície e as condicionantes
resultantes das infraestruturas no
●● Regulamento Municipal de
subsolo. Proteção de Espécimes Arbóreos e
Arbustivos

Mais informações ●● Regulamento Geral de Mobi-


liário Urbano e Ocupação da Via
●● Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 Pública
de agosto
●● Regulamento de Mobiliário
●● Plano Diretor Municipal de Urbano, Ocupação de Via Pública e
Lisboa Publicidade dos Bairros Históricos
●● Regulamento Municipal da Ur- ●● Plano de Acessibilidade Pedonal
banização e Edificação de Lisboa de Lisboa
●● Regulamento de Ocupação de ●● Edital n.º 29/2004, Regulamento
Via Pública com Estaleiros de Obras para a Promoção da Acessibilidade
e Mobilidade Pedonal
●● Regulamento Geral de Estacio-
namento e Paragem na Via Pública

lisboa – parque das nações


introdução

C.1 C.2
C Objectivos Objectivos
Objetivos gerais específicos
●● Tornar as ruas mais seguras e ●● Fornecer um quadro de referên-
inclusivas; cia para as decisões de projeto e
obra;
●● Melhorar as condições de aces-
sibilidade aos transportes públicos ●● Estabelecer um processo claro e
e aos equipamentos. consistente de projeto e respectiva
apreciação e revisão;
●● Garantir boas condições de
mobilidade e fluidez de pessoas e ●● Servir como um guião para
tráfego, essenciais à economia da todas as intervenções no espaço
cidade; público da Cidade de Lisboa.

●● Aumentar a permeabilidade
do solo e a arborização no espaço
público, contribuir para a melhoria
do ambiente urbano e atenuar os
efeitos das alterações climáticas;

●● Sistematizar as opções de proje-


to com vista à otimização das con-
dições de utilização e manutenção;

●● Articular corretamente os novos


espaços públicos com os espaços
públicos existentes;

●● Criar uma imagem identitária


do espaço de rua da Cidade de
Lisboa.

lisboa – largo do intendente


introdução

D.1 D.2
D Princípios de Princípios gerais
Princípios intervenção de desenho
no espaço público
Contexto e Carácter do Lugar
●● Abordagem em rede, numa
ótica de continuidade e interligação O espaço público urbano deverá ser
entre os vários lugares; um lugar dotado de uma identidade
própria. Todas as intervenções no
●● Abordagem integrada e sus- espaço público deverão contribuir
tentável, tendo em conta a escala para a promoção do carácter do
local e as escala da cidade; lugar e para a melhoria da paisa-
gem urbana. Cada intervenção de-
●● Abordagem interdisciplinar, em verá respeitar o valor patrimonial,
face da multiplicidade e disparida- histórico e simbólico do lugar em
de de variáveis presentes e nomea- causa, e as soluções funcionais e
damente articular todos os interve- construtivas de projeto deverão ser
nientes no projeto e na gestão do ajustadas à sua forma e topografia.
espaço público.

Coesão, Inclusão Social e


Acessibilidade

O desenho do espaço público, lugar


de afluência e de convergência por
excelência, deverá ser concebido de
forma adequada para ter a capa-
cidade de ser utilizado por todos,
independentemente do sexo, idade,
classe social, raça ou etnia.

O espaço público deverá criar as


condições adequadas de acessibili-
dade para que todos os utilizadores
se possam movimentar livremente
pela cidade, nomeadamente todos
aqueles que sejam detentores de
uma qualquer limitação à sua mo-
bilidade, permanente ou temporária.

Continuidade e Legibilidade

O espaço público deverá ser uma


rede urbana, contínua e conexa,
transversal a toda a cidade. Por
esta razão, qualquer intervenção
deverá preservar a sua continuida-
de e integridade, e assegurar a sua
articulação com as pré-existências
e a área envolvente.

lisboa – elevador da glória


introdução

Para isso, será necessário ter


presente que o espaço público Sustentabilidade e Melhoria
compreende diferentes tipos de Ambiental
espaços – usos e formas – que, em
conjunto, estruturam todo o espaço O desenho do espaço público
urbano da cidade; devendo adotar- deverá ser concebido por forma a
-se de uma gama de soluções de adotar soluções duradouras que
projeto e de materiais capazes tenham um impacto positivo no
de assegurar a construção de combate às alterações climáticas,
uma rede urbana, dotada de uma à proteção do meio ambiente, e à
imagem global e de uma coerência promoção dos recursos – materiais
formal e funcional que possibilite a e mão-de-obra
sua clara e fácil leitura e uma boa – e da economia locais.
apreensão e compreensão por par-
te de todos os seus utilizadores. O desenho do espaço público deve-
rá adotar soluções construtivas que
contribuam para reduzir o ruído,
Mobilidade e Acessibilidade diminuir as vibrações, aumentar
a permeabilidade do solo e para
O espaço público deverá ser ade- melhorar as condições de regula-
quado à circulação de peões e de ção térmica do espaço urbano da
todos os meios de transporte cidade, reduzindo a bolha de calor.
– públicos e privados –, conside-
rando a partilha racional do espaço
pelos vários modos de locomoção, Economia de Recursos
garantido a necessária fluidez a
todas as formas de deslocação. De- O desenho do espaço público deverá,
verá ser incentivada a marcha a pé sempre que possível, optar por solu-
e o uso da bicicleta também como ções já testadas adotando soluções
modo de combater o sedentarismo ajustadas em função das necessida-
e a obesidade. des e dos custos manutenção.

Sendo os elementos que compõem


o espaço público sujeitos a uma
utilização intensa e forte desgaste,
deverão ser utilizadas soluções de
grande durabilidade e com baixos
custos de manutenção.
Lisboa – Ribeira das Naus
introdução

Adaptabilidade e Flexibilidade
D.3
Princípios O espaço público deverá assumir-
-se como um palco para as mais
específicos diversas atividades que nele pos-
de desenho sam vir a ocorrer. Deverão ser ado-
tadas soluções que permitam uma
utilização versátil e a alteração
Qualidade temporária dos seus usos, nomea-
damente a reconfiguração rápida e
Na intervenção no espaço público
fácil em função dessas alterações
deverão ser adotadas soluções de
das formas de uso.
desenho construtivas e materiais
de construção comprovadamente
adequados aos objectivos e aos
Diversidade
princípios estabelecidos neste
Manual, e que permitam assegurar
Embora o espaço público constitua
uma elevada qualidade na resposta
uma rede urbana, dotada de coe-
às necessidades dos utilizadores.
rência formal e funcional, deverá
existir a capacidade de adequar
cada uma das intervenções às
Segurança necessidades e expectativas locais,
oferecendo uma variedade de
O espaço público deverá possibi-
opções capazes de responder às
litar a todos a sua utilização e o
necessidades de uma população
seu usufruto em total segurança,
diversificada.
nomeadamente no que se refere a
condições de circulação, de visibili-
dade, de iluminação e de proteção.
Conservação e Manutenção
Deverão ser sempre adotadas
soluções de projeto que potenciem
Para as intervenções no espaço
a redução da velocidade de circula-
público deverão ser utilizados ma-
ção no meio urbano e não deverão
teriais de reconhecida qualidade e
existir áreas que possam constituir
soluções construtivas devidamente
um entrave à plena utilização do
testadas, por forma a assegurar
espaço público ou que possam
uma maior longevidade e uma me-
transmitir alguma sensação de
lhor resposta às diversas solicita-
insegurança.
ções a que está sujeito.

Deverão, igualmente, ser adotadas


Ergonomia e Conforto soluções construtivas e tomadas
opções de escolha para o mobiliá-
O desenho do espaço público e o rio urbano a utilizar que permitam
mobiliário urbano nele implantado uma manutenção eficaz – manuse-
deverão responder às característi- amento, limpeza e conservação – e,
cas ergonómicas e às necessidades se necessário, a sua fácil substitui-
de conforto dos seus utilizadores, ção sem comprometer a solução
possibilitando a todos o desem- global de projeto.
penho das suas atividades com o
mínimo esforço.
introdução

O espaço público é na sua essência ter formas e dimensões diversas


constituído por uma rede de ruas e a maior parte do seu contorno é
que – através do seu estreita- delimitado por edifícios. As praças
E mento ou alargamento, dos quais
resultam praças, largos, pracetas
e os largos são os espaços para os
quais, normalmente, convergem
Componentes ou terreiros – compreendem, em
simultâneo ou em exclusividade, os
as ruas, as linhas de transportes
públicos e os trajetos pedonais; são
dois tipos principais de espaços: naturalmente lugares de forte ca-
pacidade de atração e centralidade.
●● espaços de circulação pedonal; As pracetas são espaços híbridos,
residuais, de menos capacidade de
●● espaços de circulação rodoviá- atração mas, ainda assim, capazes
ria. de acolher alguma permanência.
Os terreiros são espaços públicos
Existem ainda espaços de circula- singulares, multifuncionais e poli-
ção ciclável, espaços de circulação valentes, são normalmente cons-
partilhada e espaços de estaciona- tituídos por amplas plataformas,
mento. mais ou menos planas, capazes de
acolher um alargado conjunto de
As praças, os largos, as pracetas e funções públicas urbanas – festas,
os terreiros são, por excelência, os feiras, mercados de ar livre ou
espaços livres da Cidade; podem estacionamento, entre outras.

Lisboa – Largo do Intendente


introdução

A rede de espaços de circulação pe-


donal constitui a principal estrutura ●● escadarias, escadarias em ram-
E.1 de suporte e garante de acesso
pa e rampas;

Espaços de quer aos espaços edificados quer


●● outros espaços de circulação e
aos diferentes modos de transporte
circulação pedonal inerentes a uma mobilidade e aces-
permanência de peões.
sibilidade urbanas mais alargadas. Na conceção de qualquer espaço
de circulação pedonal devem ser
Para isso, os espaços de circulação
garantidos:
pedonal, tal como os espaços de
circulação ciclável ou os espaços de
●● as condições de segurança físi-
circulação rodoviária, devem: ca e de conforto adequadas;
●● salvaguardar e garantir a sua ●● um adequado nível de legibili-
autonomia, legibilidade funcional, dade do espaço;
articulação e ligação física;
●● a total compatibilidade entre o
●● obedecer a exigências espe- modo de circulação pedonal e os
cíficas, tanto de natureza técnica restantes modos de circulação, se-
como de natureza funcional. jam eles motorizados ou não, como
a bicicleta.
Os espaços de circulação pedonal
incluem: Os espaços de circulação pedo-
nal integram a rede de percursos
●● passeios; pedonais acessíveis, estabelecida
e definida pelo Decreto-Lei n.º
●● passadeiras de peões;
163/2006, de 8 de agosto, como

Lisboa – avenida da liberdade


introdução

uma rede contínua e coerente que Neste âmbito, o conceito de mobi- No projeto dos espaços de cir-
abrange toda a área urbanizada e lidade condicionada tem uma im- culação pedonal, impõe-se uma
que deve estar articulada com as portância fundamental, obrigando conceção de acessibilidade mais
atividades e funções urbanas rea- o projeto a definir respostas para abrangente na qual o peão media-
lizadas tanto no solo público como todos, incluindo “o conjunto das namente habilitado é substituído
no solo privado. pessoas com necessidades espe- por um outro peão com necessi-
ciais” de que “fazem parte pessoas dades especiais, para o qual se
No projeto dos espaços de circula- com mobilidade condicionada, isto desenham as soluções a adotar e
ção pedonal existem necessidades é, pessoas em cadeiras de rodas, que são capazes de satisfazer as
especiais que importa considerar pessoas incapazes de andar ou que necessidades de todos os peões.
e que decorrem da condição e da não conseguem percorrer grandes
capacidade dos peões, a qual pode distâncias, pessoas com dificul- Os espaços de circulação pedonal
variar significativamente em fun- dades sensoriais, tais como as não podem ser entendidos apenas
ção da idade, de eventuais insufi- pessoas cegas ou surdas, e ainda como os passeios que comple-
ciências ou incapacidades físicas, aquelas que, em virtude do seu mentam as faixas de rodagem ou,
e também do tipo de desempenho percurso de vida, se apresentam como muitas vezes acontece, como
- como o carregamento de pesos transitoriamente condicionadas, o espaço sobrante depois de con-
ou a condução de um carrinho de como as grávidas, as crianças e os cebidos os espaços de circulação
bebé. idosos.”. rodoviária de um arrumamento.

Lisboa – praça do comércio


introdução

Pelo contrário, os espaços públi- por isso, como boa prática, que a
cos reservados aos peões devem, ●● locais de paragem temporária sua colocação seja concentrada
de viaturas para entrada e saída de
desde logo, ser caracterizados numa única faixa para implantação
passageiros;
e programados no quadro dos de infraestruturas, libertando assim
objetivos de planeamento defini- a restante área do passeio de
●● paragens de transportes públicos.
dos anteriormente à elaboração quaisquer obstáculos.
dos projetos de espaço público, e o Na rede de percursos pedonais
desenho dos espaços de circulação Caso não sejam possível cumprir
acessíveis devem ser incluídos:
pedonal deverá sempre entender estas disposições em todos os
o peão como o utente primordial percursos pedonais acessíveis, deve
●● os passeios;
da cidade e procurar as melhores existir pelo menos um percurso
e mais aprazíveis soluções para a ●● as escadas, as escadas em pedonal acessível que as satisfaça,
sua deslocação em meio urbano. rampa e as rampas; garantindo os critérios definidos
e assegurando que as distâncias
As prioridades que neste Manual ●● as passadeiras de peões; de percurso, medidas segundo o
se atribuem a peões e veículos não trajeto real no terreno, não são
ignoram a importância de uns e de ●● outros espaços de circulação e superiores ao dobro da distância
outros na vida urbana mas, acima permanência de peões. percorrida pelo trajeto mais direto.
de tudo, procuram compatibilizar
do melhor modo a sua presença si- Os percursos pedonais acessíveis Ao nível do espaço público da
multânea nas diferentes situações. devem ter em todo o seu desen- cidade de Lisboa, este princípio é
volvimento um canal de circula- aplicável, incondicionalmente, a to-
ção contínuo e desimpedido de dos os novos arruamentos; contu-
Conceito de percurso pedonal obstruções com uma largura não do, no que refere aos arruamentos
acessível inferior a 1,20m, medida ao nível já existentes, terá forçosamente
do pavimento, com as seguintes de se admitir, sob fundamenta-
O conceito de percurso pedonal caraterísticas: ção decorrente das características
acessível corresponde, no âmbito morfológicas da Cidade de Lisboa e
dos espaços de circulação pedonal ●● desenho com forma e geo- com carácter excepcional, que esta
e de circulação partilhada, ao espa- metria que permitam minorar o largura possa ser reduzida até um
ço-canal destinado exclusivamente esforço empreendido na circulação, valor mínimo de 0,90m, sempre
a assegurar as condições para uma assegurar as melhores condições integrada em passeio com largura
adequada mobilidade pedonal. de conforto e segurança, e garan- mínima de 1,20m, salvaguardando-
tir uma correta drenagem da sua -se assim a circulação de pessoas
Todas as áreas urbanizadas devem superfície; em cadeiras de rodas.
ser servidas por uma rede de
percursos pedonais acessíveis que ●● pavimento com estabilidade A colocação de obstáculos e a
proporcionem acesso seguro e e resistência adequados a todos abertura de valas na via pública
confortável de todas as pessoas, os tipos de circulação pedonal, é condicionada, sobretudo em
nomeadamente daquelas com mo- incluindo circulação assistida de passadeiras e passagens de peões,
bilidade condicionada, a todos os peões - cadeira de rodas, próteses, devendo ser rigorosamente con-
pontos relevantes da sua estrutura cães-guia, carrinhos de bebé. trolada a duração da mesma bem
ativa, tais como: como as condições de sinalização
Devem incluir-se nas obstruções e de proteção contra quedas, sem
●● edifícios; a acautelar a iluminação pública, prejuízo da aplicação das normas
a sinalização vertical, luminosa e em vigor para a ocupação da via
●● equipamentos colectivos; informativa, as árvores, as caldei- pública e da legislação em matéria
ras e as floreiras sobrelevadas, o de acessibilidade para pessoas com
●● espaços públicos de recreio e mobiliário e equipamento urbano, e mobilidade condicionada e elimina-
lazer; todos os outros elementos que pos- ção de barreiras arquitetónicas.
sam bloquear ou prejudicar a circu-
●● espaços de estacionamento de lação das pessoas. Recomenda-se
viaturas;
introdução

A rede de mobilidade ativa constitui


uma componente do Plano Diretor ●● os respetivos parâmetros e
E.2 Municipal de Lisboa que tem como
critérios de dimensionamento e
conforto.
Espaços de objetivo promover a opção pelos
modos ativos de deslocação, com
circulação ciclável especial destaque para os modos
Os modos ativos de circulação
incluem outros veículos para além
pedonal e ciclável, devendo a mes-
da bicicleta, devendo os projetos
ma garantir o acesso aos principais
de espaço público garantir a sua
geradores de viagens - interfaces
adequada compatibilização, quer
de transportes, equipamentos,
com a circulação pedonal quer com
zonas de comércio e de serviços, e
a circulação rodoviária.
zonas residenciais densas.
Neste âmbito, os projetos de es-
A constituição e o completamen-
paço público deverão vir a adotar,
to progressivo desta rede deve
designadamente ao nível das
observar:
opções relativas ao desenho, aos
tipos de pavimento, ao dimensio-
●● as orientações estabelecidas
namento e à implantação das vias
para ligação aos geradores de
e sua sinalização, soluções que per-
procura relevantes, a continuidade
mitam minimizar as questões que
das redes e a sua articulação com
resultam:
as redes de transporte público e os
espaços de circulação rodoviária;
●● dos conflitos entre a circulação
rodoviária e a circulação ciclável
●● os critérios de planeamento
no espaço de circulação rodoviário,
aplicáveis aos espaços de circula-
com particular atenção ao potencial
ção ciclável, nos quais se procede à
conflito entre os veículos motoriza-
sua hierarquização e caracterização
dos e as bicicletas;
em três tipologias - via banalizada,
faixa ciclável e pista ciclável;
●● dos conflitos entre peões e
bicicletas nas pistas cicláveis e nos
passeios.

Lisboa – ribeira das naus


introdução

Por outro lado, para que a pro-


gressiva adoção destes modos de Faixa ciclável
circulação possa vir a tornar-se
uma realidade mais expressiva, Percurso realizado em espaço
os projetos de espaço público não delimitado, ao nível do pavimento
poderão deixar de incluir opções rodoviário, com sinalização hori-
de grande acerto no que refere zontal e sem barreiras físicas – não
ao conveniente estacionamento é segregado mas também não é
das bicicletas - entendido também partilhado. É, na maior parte das
como mais um fator de vantagem situações, unidirecional, seguindo
da bicicleta sobre o automóvel - e à o sentido da corrente de tráfego,
correta sinalização das vias, faixas mas poderá ser em contra-sentido
e pistas - fator igualmente deci- se for assegurada a sinalização
sivo para o seu sucesso, tanto no adequada.
que refere ao recreio e lazer como,
acima de tudo, às deslocações
pendulares quotidianas. Pista ciclável

Percurso realizado em canal pró-


Via partilhada prio, segregado do tráfego rodo-
viário. Pode ser realizado parale-
Percurso onde a circulação de bici- lamente à rua – acompanhando o
cletas ocorre em convivência com espaço pedonal – ou ter um tra-
o trafego rodoviário. Estas vias são çado autónomo em relação à rede
obrigatoriamente identificadas com viária – no caso das pistas cicláveis
sinalização horizontal e, facultati- em áreas verdes. Desejavelmente
vamente, vertical. É, na maior parte será unidirecional mas poderá ser
das situações, unidirecional, seguin- bidirecional.
do o sentido da corrente de tráfego.

Lisboa – avenida duque d’ávila


introdução

Os espaços de circulação rodoviária As exigências particulares de cada


constituem uma rede autónoma nível da rede viária,
E.3 da rede de espaços de circulação no que se refere à necessidade de
Espaços de pedonal - ainda que naturalmente separação ou
articulada com aquela -, tradu- protecção da envolvente e à neces-
circulação zindo uma estratégia territorial sidade de introdução de medidas
rodoviária de mobilidade capaz de atender de acalmia de tráfego, implicam
às necessidades suscitadas ao diferentes tipos de abordagem de-
nível da habitação, do trabalho e correntes dos objetivos funcionais
da acessibilidade a equipamentos fixados para cada um dos níveis.
colectivos, serviços e espaços de Estas
recreio e lazer. diferentes abordagens traduzem-
-se na maior importância a conferir
A rodovia é essencialmente con- às exigências do tráfego rodoviário
dicionada pelas exigências espe- nos primeiros níveis da rede viária
cíficas levantadas pela dimensão e, por oposição, à introdução de
e peso dos veículos automóveis - soluções de desenho mais flexíveis
ligeiros e pesados, de mercadorias que reflitam, substantivamente, a
ou de transporte público, e outros maior importância dada ao peão
veículos especiais -, pela frequência nos níveis inferiores, em particular,
do tráfego de atravessamento e, ao nível das redes de proximidade
noutro plano particularmente rele- e acesso local.
vante num contexto de limitação do
espaço público, pelas exigências e
soluções adoptadas para o estacio-
namento.
Rede Estruturante
O Plano Diretor Municipal de Lisboa
hierarquiza a rede viária em cinco 1.º Nível
níveis, em função dos seus objecti- Assegura os percursos de longa
vos e das suas funções no funcio- distância; suporta a ligação à rede
namento da Cidade, estabelecendo nacional fundamental; suporta as
as exigências particulares, as ligações inter-concelhias e de atra-
regras e os parâmetros a observar. vessamento da cidade de Lisboa.
Lisboa – 2.ª circular
introdução

Rede de Distribuição Principal

2.º Nível
Assegura a distribuição inter e intra
setores; suporta as ligações à rede
estruturante da cidade; suporta a
coleta e distribuição do tráfego dos
sectores urbanos.

Lisboa – avenida da república

Rede de Distribuição Secundária

3.º Nível
Assegura a distribuição de proximi-
dade; suporta a coleta e distribui-
ção do tráfego dos setores urbanos;
suporta o encaminhamento dos
fluxos de tráfego para as vias de
nível superior.

Lisboa – avenida almirante reis

Rede de Proximidade

4.º Nível
Assegura a distribuição no bairro;
suporta a coleta e distribuição do
tráfego de bairro; suporta o acesso
local; é constituída pelas vias estru-
turantes de cada bairro.

Lisboa – avenida praia da vitória

Rede de Acesso Local

5.º Nível
Assegura a protecção e incentivo
do modo pedonal; suporta o acesso
local; garante o acesso rodoviário
ao edificado.

Lisboa – rua do mirante


introdução

De acordo com o Plano Diretor Muni-


cipal de Lisboa, os espaços de circu- ●● a moderação do tráfego au-
E.4 lação partilhada correspondem aos
tomóvel, através da adoção de
medidas de alcamia de tráfego –
Espaços de espaços públicos para os quais não
estreitamentos da largura das vias,
é prevista uma delimitação física
circulação entre o espaço dedicado à circulação
diminuição dos raios de curvatura,
chicanes, sobrelevações da via, pa-
partilhada pedonal e o espaço dedicado à circu-
vimentos diferenciados, sinalização
lação rodoviária, isto é, trata-se de
vertical adequada – que promovam
um espaço em que ambos os modos
uma efetiva redução da sua veloci-
de circulação partilham o mesmo
dade e intensidade.
espaço - zonas de coexistência.
Nos espaços de circulação partilha-
A partilha do mesmo espaço por
da deverá também ser dada uma
todos os modos de deslocação im-
especial atenção às questões de
põe a necessidade de atribuir uma
legibilidade global do espaço, sal-
especial importância à sua compa-
vaguardando sempre a acessibili-
tibilização.
dade plena e a segurança do peão,
Os espaços de circulação partilhada devendo os mesmos apresentar um
implicam por isso que, no âmbito pavimento confortável na totalida-
dos projetos de espaço público, seja de da sua área.
garantida:

●● a prioridade efetiva aos modos


não motorizados de circulação
- pedonal e clicável – sobre os
modos motorizados;

holanda – rijswijk suíça – bienne

holanda – delft holanda – oosterwolde


introdução

A definição e integração dos dife-


rentes tipos de espaço de estacio- ●● da sua posição em relação à
E.5 namento decorre sempre de uma
via - longitudinal, transversal ou
oblíqua, em ângulos de 45º ou 60º
Espaços de programação preliminar, a qual tem
- a qual, pelas exigências levanta-
necessariamente em consideração
estacionamento as características funcionais da via,
das ao nível de manobra – tempo
e espaço -, varia em função do
a oferta de transportes públicos, as
funcionamento - fluidez e veloci-
exigências funcionais do edificado
dade média de circulação – que
adjacente e a disponibilidade de
se pretender para cada espaço de
espaço no arruamento.
circulação rodoviária.
O estacionamento na via pública
Os espaços de estacionamento
– bicicletas, motociclos e veículos
de veículos ligeiros, motociclos e
ligeiros – é permitido em todos os
bicicletas são assinalados através
níveis da rede viária, com exceção
de sinalização horizontal, podendo
da Rede Estruturante [1.º Nível], e
ser complementada por sinalização
o seu desenho e dimensionamento
vertical, localizando-se:
deverá considerar a largura e as
restrições operacionais de cada via.
●● em faixa contígua à via, assi-
nalada exclusivamente através de
Os espaços de estacionamento
pintura e/ ou mudança de pavimen-
apresentam características muito
to;
diversas, as quais variam essen-
cialmente em função:
●● em recorte específico do espaço
de circulação pedonal.
●● do tipo de veículo a que se des-
tinam - veículos ligeiros, motociclos
ou bicicletas;

lisboa – praça do município


introdução

No caso dos espaços de estacio- A definição e localização destes boa, assim como as limitações de
namento para bicicletas admite- lugares decorre: espaço existentes nos arruamentos
-se que a sua localização possa consolidados – que em Lisboa
também ser feita no passeio, desde ●● de solicitação ao Município constituem a maioria das situações
que tal não perturbe a fluidez da pelas pessoas com mobilidade con- -, deverão os projectos de espaços
circulação pedonal, nomeadamente dicionada, obedecendo aos critérios público prever que as faixas de
junto à entrada dos principais equi- estabelecidos; estacionamento possam, com as
pamentos públicos – escolas, bi- devidas regras, vir a acomodar a
bliotecas, hospitais, polidesportivos, ●● da programação estabelecida instalação de espécies arbóreas.
interfaces de transportes públicos -; para os projectos de espaço públi-
em qualquer das situações, estará co, a qual deverá sempre assegurar Rede ciclável
sempre associada aos espaços de a plena acessibilidade aos equi- No mesmo sentido, para efeitos
estacionamento para bicicletas a pamentos e aos espaços públicos de constituição ou ampliação da
instalação do necessário dispositivo existentes na envolvente. rede ciclável, os projectos poderão
de suporte para bicicletas. estabelecer a reconversão, com
A programação do número de lu- custos significativamente inferiores
gares reservados para veículos em à nova construção, das faixas de
Lugares para cargas e que um dos ocupantes seja uma estacionamento existentes em vias,
descargas pessoa com mobilidade condicio- faixas ou pistas cicláveis, se se
nada deve ter como referência os verificar um decréscimo acentuado
Na programação dos espaços de seguintes parâmetros: da procura de estacionamento, se
estacionamento em áreas com forem asseguradas alternativas de
maior concentração de atividades ●● um lugar em espaços de esta- estacionamento ou se tal opção for
de comércio e serviços, deve- cionamento com uma capacidade de manifesto interesse público.
rá atender-se à necessidade de não superior a 10 lugares;
reserva de lugares especificamente Utilização pedonal / parklets
destinados às operações pontuais ●● dois lugares em espaços de A programação dos espaços de
de logística para carga e descarga estacionamento com uma capaci- estacionamento deve também ter
de mercadorias. dade compreendida entre 11 e 25 em consideração a possibilidade
lugares; da sua apropriação, permanente ou
Estes lugares têm característi- temporária, pelas pessoas, no âm-
cas posicionais e dimensionais ●● três lugares em espaços de bito de programas de regeneração
idênticas aos lugares destinados estacionamento com uma capaci- urbana ou de animação do espaço
a estacionamento – excepto nas dade compreendida entre 26 e 100 público.
situações em que seja necessária a lugares;
paragem e manobra de veículos de Esta reversão da utilização destes
maiores dimensões –, podendo a ●● quatro lugares em espaços de espaços poderá ter:
estacionamento com uma capa-
sua identificação ser feita comple-
cidade compreendida entre 101 e ●● um carácter permanente,
mentarmente através de sinaliza-
500 lugares; através de intervenções pontuais
ção vertical, a qual deverá também
estabelecer, se aplicável, o horário de adaptação dos pavimentos
●● um lugar por cada 100 lugares e nivelamento com os passeios
no qual as operações de carga/ em espaços de estacionamento
descarga são permitidas. existentes;
com uma capacidade superior a
500 lugares. ●● um carácter temporário, asso-
Lugares para pessoas com ciado a períodos específicos - fins
mobilidade condicionada de semana, estações do ano,
Reversibilidade dos espaços de festividades, eventos específicos -,
estacionamento fazendo uso de estruturas ligeiras,
Na programação do estacionamen-
to deve também ser considerada designadas parklets, que deverão
Alinhamentos arbóreos garantir o prolongamento nivelado
a necessidade de implantação Tendo presente o objetivo de
de estacionamento destinado a dos espaços pedonais e as adequa-
implantação de novos eixos e das condições de conforto e segu-
veículos em que um dos ocupantes alinhamentos arbóreos nos diver-
seja uma pessoa com mobilidade rança, designadamente, ao nível
sos traçados urbanos definidos no da sua fácil instalação e posterior
condicionada. Plano Director Municipal e especifi- remoção.
cados no Plano de Arvoredo de Lis-
introdução

O conceito de mobiliário urbano e Os diversos elementos de mobiliário


equipamento compreende todos os urbano deverão ser adequados, quer
E.6 equipamentos instalados no espaço na sua conceção quer na sua locali-
Mobiliário público com funções de suporte às zação, à envolvente urbana, devendo
atividades ali desenvolvidas, incluindo privilegiar-se, sempre que possível,
e equipamento recreio, lazer, circulação ou estadia. a sua polivalência, de forma a evitar
urbano a ocupação excessiva dos espaços
Para concretização do interesse públi- públicos
co deve procurar-se sempre compa-
tibilizar a finalidade da ocupação do A instalação dos diferentes tipos de
espaço público por mobiliário urbano mobiliário urbano não pode, em qual-
e equipamento com as necessidades quer caso, comprometer a salvaguar-
sociais e as características do meio da dos percursos acessíveis necessá-
envolvente. rios à circulação e acessibilidade às
diferentes áreas do espaço público,
aos equipamentos e aos edifícios,
nem criar quaisquer obstáculos à livre
circulação de qualquer peão, incluindo
peões com mobilidade condicionada.

lisboa – rossio

lisboa – praça do comércio


introdução

Ao nível dos valores culturais, o de forma a assegurar a sua identi-


Plano Diretor Municipal de Lisboa dade e a evitar a sua descaracteri-
E.7. define uma Estrutura Patrimonial zação, devendo ter como princípios
Valores culturais Municipal que integra os bens orientadores das intervenções
culturais imóveis de interesse o respeito pela forma como os
arquitetónico, histórico, paisagísti- bens se inscrevem na morfologia
co, arqueológico e geológico, e que e na estrutura urbana, conferindo
se sujeita a um regime específico identidade cultural e histórica às
com vista à respetiva valorização e unidades urbanas, e reconhecendo
integração urbana. o seu papel para a compreensão do
seu sentido e relevância – privile-
As intervenções no espaço públi- giando a valorização articulada dos
co com impacto sobre os bens da bens classificados e dos edifícios de
Estrutura Patrimonial Municipal acompanhamento.
devem potenciar a sua valorização,

lisboa – alfama
introdução

Centro Português de Design. (2002). O Chão da Cidade


– Guia de avaliação do design de espaço público.
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introdução

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introdução

Lisboa – Avenida Duque d’Ávila


Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Créditos fotográficos Lisboa – 2.ª Circular
Introdução Fonte: Imagem cedida por Vasco Costa Martins
Lisboa – Avenida da República
Lisboa – Avenida da Liberdade
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Lisboa – Avenida AlMirante Reis
Lisboa – Praça D. Pedro IV [Rossio]
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Fonte: Arquivo fotográfico da CML
Lisboa – Avenida Praia da Vitória
Karl Jilg – Vägverket | Trafikverket
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Swedish Transport Administration
Fonte: https://urbanful.org/ Lisboa – Rua do Mirante
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Lisboa – Bicicleta
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito Holanda – Rijswijk
Fonte: IMTT. (2011). Acalmia de Tráfego – Zonas 30 e
Lisboa – Transportes Públicos
zonas residenciais ou de coexistência.
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Holanda – Delft
Lisboa – Avenida Duque d’Ávila
Fonte: IMTT. (2011). Acalmia de Tráfego – Zonas 30 e
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
zonas residenciais ou de coexistência.
Lisboa – largo de camões
Suíça – Bienne
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Fonte: IMTT. (2011). Acalmia de Tráfego – Zonas 30 e
Lisboa – Bica zonas residenciais ou de coexistência.
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Holanda – Oosterwolde
Lisboa – Bica Fonte: IMTT. (2011). Acalmia de Tráfego – Zonas 30 e
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito zonas residenciais ou de coexistência.
Lisboa – Baixa Lisboa – Praça do Município
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Lisboa – Mouraria Lisboa – Rossio
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Lisboa – Baixa Lisboa – Praça do Comércio
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Fonte: Imagem cedida por Larus Design
Lisboa – Parque das Nações Lisboa – Alfama
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Lisboa – Largo do Intendente Capítulo 1
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Lisboa – Marquês de Pombal
Lisboa – Elevador da Glória Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Santa Mónica – Califórnia
Lisboa – Ribeira das Naus Fonte: http://nacto.org/
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
San Francisco – Califórnia
Lisboa – Largo do Intendente Fonte: http://nacto.org/
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Lisboa – Baixa
Lisboa – Avenida da Liberdade Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Lisboa – Avenida Infante dom Henrique
Lisboa – Praça do Comércio Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Pormenor – faixa de alerta
Lisboa – Ribeira das Naus Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
introdução

Pormenor – guia de encaminhamento Aplicação de betão “in situ” – Costa de Caparica


Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Lisboa – Praça do Comércio Lisboa – Campo Pequeno
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito Fonte: Imagens cedidas por João Marrana
Madison – Wisconsin Porto – São Nicolau
Fonte: http://nacto.org/ Fonte: Imagens cedidas por João Marrana
Missoula – Massachusetts Lisboa - Calçada do Mirante
Fonte: http://nacto.org/ Fonte: Imagens cedidas por João Marrana
Chicago – Illinois Lisboa - Avenida da Liberdade
Fonte: http://nacto.org/ Fonte: Imagens cedidas por Pedro Serranito & João
Marrana
Seattle – Washington
Fonte: http://nacto.org/ Lisboa – Alvalade
Fonte: Imagens cedidas por João Marrana
Missoula – Massachussets
Fonte: http://nacto.org/ Lisboa – Areeiro
Fonte: Imagens cedidas por João Marrana
Chicago – Illinois
Fonte: http://nacto.org/ Lisboa - Calçada da Ajuda
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Lisboa – Chiado
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Lajeta pitonada
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Lisboa – Ribeira das Naus
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito Lajeta estriada
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Lisboa – Olaias
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito Lisboa - Ribeira das Naus
Fonte: Imagem cedida por António Pinheiro & João
Lisboa – Ribeira das Naus
Marrana
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Lisboa – MonSanto
Lisboa – 2.ª Circular
Fonte: Imagens cedidas por João Marrana
Fonte: Imagem cedida por Vasco Costa Martins
Lisboa - Campo de Ourique
Lisboa – Avenida da Liberdade
Fonte: Imagens cedidas por João Marrana
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Lisboa – Amoreiras
Lisboa – Bairro do Charquinho
Fonte: Imagens cedidas por João Marrana
Fonte: Imagem cedida por Jorge Jordão
Lisboa - Campo Grande
Almada – zona de prioridade ao peão
Fonte: Imagens cedidas por Pedro Serranito & João
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Marrana
Almada – Cova da Piedade
Lisboa - Jardim Botto Machado
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Fonte: http://www.neoasfalto.com/
Almada - Avenida Dom Nuno Álvares Pereira
Lisboa - Calçada do Mirante
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Fonte: Imagens cedidas por João Marrana
Lisboa – Baixa
Lisboa - Campo Pequeno
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Capítulo 2
Lisboa - Campo Pequeno
Betuminoso sobre cubo de basalto - Bairro dos Atores Fonte: Imagens cedidas por Jorge Bonito & João
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Marrana
Calçada artística – miradouro de São Pedro de Lisboa - Praça do Comércio
Alcântara Fonte: Imagens cedidas por Jorge Bonito & João
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito Marrana
Novos materiais de pavimentos – Largo do Intendente Porto – Santo Ildefonso
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito Fonte: Imagens cedidas por João Marrana
introdução

Almada – Pragal Comunicação da CML


Fonte: Imagens cedidas por João Marrana
Lisboa – Praça D. Pedro IV (Rossio), Teatro D. Maria II
Lisboa - Campo Pequeno Fonte: Imagem cedida pelo Departamento de Marca e
Fonte: Imagens cedidas por João Marrana Comunicação da CML
Porto - São Nicolau Boa prática – postes de iluminação pública alinhados
Fonte: Imagem cedida por João Marrana com a implantação dos pilaretes e restantes elementos
urbanos
Lisboa – Amoreiras
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Má prática – a evitar
Lisboa - Calçada do Mirante
O maciço e os pernes de fixação não devem ressaltar
Fonte: Imagens cedidas por João Marrana
da cota do pavimento
Lisboa - Ribeira das Naus Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Fonte: Imagens cedidas por António Pinheiro
Boa prática
Lisboa – Campo de Ourique A adotar em Calçadas
Fonte: Imagens cedidas por João Marrana Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Capítulo 3 Boa prática
A adotar em pavimentos contínuos
Lisboa – Ribeira das Naus Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Fonte: Imagem cedida por António Pinheiro
Capítulo 5
Lisboa – Baixa pombalina
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito Lisboa – Avenida AlMirante Reis
Lisboa – Rossio Fonte: Imagens cedidas pelo Arquivo Fotográfico da
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito CML

Lisboa – Rossio Lisboa – Arroios


Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito

Lisboa – Baixa pombalina Lisboa – Baixa


Fonte: Imagem cedida por António Pinheiro Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Má prática – a evitar
Lisboa – Ribeira das Naus sinal com características, dimensões e colocação,
Fonte: Imagem cedida por António Pinheiro inadequadas a situações de âmbito urbano
Lisboa – Bairro do Arco do Cego Fonte: Imagens cedidas por Jorge Bonito
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Boa prática – a adotar
Lisboa – Bairro dos Atores colocação alinhada com os pilaretes
Fonte: Imagens cedidas por João Marrana Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito

Lisboa – Bairro do Arco do Cego Boa prática – a adotar


Fonte: Imagem cedida por João Marrana utilização do equipamento de iluminação pública
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Lisboa – Bairro dos Atores
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Porto – Miragaia
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Capítulo 4
Passadeira (Marca M11) – Cubos em pedra
Lisboa – Praça de Londres Fonte: Imagens cedidas por Jorge Bonito
Fonte: Imagem cedida pelo Arquivo Fotográfico da CML
Passadeira (Marca M11) – Pintura
Lisboa – Largo do Intendente Fonte: Imagens cedidas por Jorge Bonito
Fonte: Imagem cedida pelo Departamento de Marca e
Lisboa – Avenida da Liberdade
Comunicação da CML
Fonte: Imagens cedidas pelo Arquivo Fotográfico da
Lisboa – Bairro da Bica CML
Fonte: Imagens cedidas por Fernando Guerra
Lisboa – Cidade Universitária
Lisboa – Largo dona Estefânia Fonte: Imagens cedidas por Jorge Bonito
Fonte: Imagem cedida pelo Departamento de Marca e
introdução

Boa prática – a adotar Lisboa – Praça Duque de Saldanha


Fonte: Imagens cedidas por Jorge Bonito Fonte: Imagem cedida pelo Arquivo Fotográfico da CML
Boa prática – a adotar Lisboa – Avenida da Liberdade
Fonte: Imagens cedidas por Jorge Bonito Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
San Luis Obispo – California Boas práticas – a adotar
Fonte: http://nacto.org/ Fonte: Imagens cedidas por Jorge Bonito & Manuel
Salgado
New York City – New York
Fonte: http://nacto.org/ Floreira alta – Guimarães
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Madison – Wisconsin
Fonte: http://nacto.org/ Floreira Baixa – São Paulo
Fonte: Imagem cedida por Manuel Salgado
Portland – Oregon
Fonte: http://nacto.org/ Lisboa – Lapa
Fonte: http://www.archdaily.com.br/br
Boa prática – a adotar
Colocação alinhada com os restantes elementos Lisboa – Alcântara
Fonte: Imagens cedidas por Jorge Bonito Fonte: Imagem cedida por Fernando Guerra
Má prática – a evitar Capítulo 7
Colocação aleatória no espaço público
Fonte: Imagens cedidas por Jorge Bonito Lisboa – Largo da Rosa
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Capítulo 6
Má prática
Lisboa – Avenida Duque d’Ávila implantação desregrada de objetos
Fonte: Imagem cedida pelo Arquivo Fotográfico da CML Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Lisboa – Avenida da Liberdade Má prática
Fonte: Imagem cedida pelo Arquivo Fotográfico da CML implantação com redução significativa da zona livre de
circulação
Lisboa – Avenida da Liberdade
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Fonte: Imagem cedida pelo Arquivo Fotográfico da CML
Má prática – a evitar
Lisboa – Jardim do Príncipe Real
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Fonte: Imagem cedida pelo Arquivo Fotográfico da CML
Boa prática – a adotar em passeios estreitos
Lisboa – Miradouro Nossa Senhora do Monte
Fonte: Imagem cedida por Manuel Salgado
Fonte: Imagem cedida pelo Arquivo Fotográfico da CML
Lisboa – Avenida da Liberdade
Cerquinho
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Fonte: http://arvoresdeportugal.free.fr/IndexArborium/
index0arborium.htm Lisboa – Parque das Nações
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Freixo
Fonte: http://arvoresdeportugal.free.fr/IndexArborium/ Lisboa – Calçada do Mirante
index0arborium.htm Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Olaia Lisboa – Santo António
Fonte: http://arvoresdeportugal.free.fr/IndexArborium/ Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
index0arborium.htm
Lisboa – Parque das Nações
Cerejeira Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Fonte: http://arvoresdeportugal.free.fr/IndexArborium/
San Francisco – Califórnia
index0arborium.htm
Fonte: San Francisco Parklet Manual
Zambujeiro
San Francisco – Califórnia
Fonte: http://arvoresdeportugal.free.fr/IndexArborium/
Fonte: San Francisco Parklet Manual
index0arborium.htm
Lisboa – Largo do Camões
Loureiro
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Fonte: http://arvoresdeportugal.free.fr/IndexArborium/
index0arborium.htm
introdução

Lisboa – Santo António Ecopontos subterrâneos – marcos de deposição


Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito Fonte: Imagens cedidas pela DLU
Lisboa Lisboa – Avenida da Liberdade
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Lisboa – Arroios Papeleira Minerva 130l
Fonte: Imagem cedida por Luís Cabaça Fonte: http://www.contenur.com/
Lisboa – Rossio Papeleira Prima Línea 50l
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Lisboa – Rossio Papeleira Itálica 50l
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito Fonte: http://www.contenur.com/
Lisboa – Baixa Hidrante junto ao limite exterior do passeio
Fonte: Imagens cedidas por Jorge Bonito Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Lisboa – Rossio Hidrante junto à fachada do edifício
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Lisboa – Santo António Lisboa – Estação Cabo Ruivo
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Lisboa – Rato Lisboa – Praça da Figueira
Fonte: Imagem cedida pelo Arquivo Fotográfico da CML Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Lisboa – Avenida da Liberdade Lisboa – Rossio
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Lisboa – Campo Grande Má prática – armário disperso no passeio
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Sidney Boa prática – armário adossado ao edifício
Fonte: Imagem cedida por Manuel Salgado Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Sidney – Hyde Park Má prática – colocação dispersa
Fonte: Imagem cedida por Manuel Salgado Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Lisboa – Restauradores Boa prática – alinhado com demais elementos urbanos
Fonte: Imagem cedida por João Marrana Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Má prática – a evitar Boa prática – diferentes armários agrupados e
Fonte: Imagem cedida por João Marrana implantados no limite do percurso acessível
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Boa prática – a adotar
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito Boa prática – armários agrupados e alinhados com a
arborização
Lisboa – Parque das Nações
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Má prática – a evitar
Lisboa – Avenida da Liberdade
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Fonte: Imagem cedida por João Marrana
Boa prática – a adotar
Lisboa – Alcântara
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Fonte: Imagem cedida pela DLU
Boa prática – a adotar
Má prática
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
numa esquina, com a boca virada para o espaço de
circulação rodoviária e no enfiamento de uma galeria Boa prática – a adotar
de um edifício Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Fonte: Imagem cedida pela DLU
Lisboa – Wi-Fi no espaço público
Boa prática Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
junto a uma passadeira, com iluminação e área de
Ponto Wi-Fi integrado em poste de iluminação pública
circulação pedonal
Fonte: Imagem cedida por Jorge Bonito
Fonte: Imagem cedida pela DLU
introdução

Capítulo 8

Tim Etchells – artista na cidade 2014


Fonte: Imagem cedida por José Vicente
Hugo Lucas – Reciclar o Olhar
Fonte: Imagem cedida por José Vicente
Rui chafes – Horas de Chumbo – Parque das Nações
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
José Pedro Croft – sem título – Parque das Nações
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Jorge Vieira – Homem Sol – Parque das Nações
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
aka Corleone – I’m from Lisbon
Fonte: Imagem cedida por José Vicente
Vihls – Pixel Pancho – Projecto Underdogs 2013
Fonte: Imagem cedida por José Vicente
José Cutileiro – Lago das Tágides - Parque das Nações
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Nicolae Negura - Mostra de Arte Urbana 2012
Fonte: Imagem cedida por José Vicente
Fernanda Fragateiro – Espelhos | Jardins de Água –
Parque das Nações
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Marcelo Dantas – Mostra de Arte Urbana 2012
Fonte: Imagem cedida por José Vicente
Fernando Conduto – Mar Largo – Parque das Nações
Fonte: Imagem cedida por Pedro Serranito
Odeith – Rostos do Muro Azul
Fonte: Imagem cedida por José Vicente
Odeith – Boogie Down Lisbon
Fonte: Imagem cedida por José Vicente
Aheneah | Galego – Reciclar o Olhar
Fonte: Imagem cedida por José Vicente
José Carvalho – Reciclar o Olhar
Fonte: Imagem cedida por José Vicente
Ricardo Xavier Antunes – Reciclar o Olhar
Fonte: Imagem cedida por José Vicente
Alexandra Bodianu – Reciclar o Olhar
Fonte: Imagem cedida por José Vicente
Uat – Segue a arte e logo verás o rio!
Fonte: Imagem cedida por José Vicente
Uat – Segue a arte e logo verás o rio!
Fonte: Imagem cedida por José Vicente
Drawing jesus – Festival TODOS 2014
Fonte: Imagem cedida por José Vicente
separadores_CML.indd 55 03/12/15 10:50
separadores_CML.indd 56 03/12/15 10:50
GEOMETRIA

A partir de meados do Séc. XX, as A voracidade do automóvel nunca


cidades passaram a ser desenha- será saciada. Por mais vias que

1
das para o automóvel. se adicionem e mais lugares de
estacionamento que se ofereçam, a
As teorias funcionalistas no procura será sempre maior. Apesar
urbanismo, com relevo para a de todas as modernas técnicas de
influência da Carta de Atenas, e o gestão da via pública, as cidades
crescimento exponencial do parque estão congestionadas.
automóvel – cada família aspirava
a ter um ou mais carros - levaram A partir dos anos 70 do século pas-
a um penoso, e por vezes violento, sado, desencadeia-se na Europa um
processo de adaptação das cidades movimento para a “reconquista” do
ao automóvel. espaço público pelo peão. Barcelona
foi, nos anos 1980, o esteio desse
Espaços que anteriormente eram movimento.
partilhados pelos peões, pelos
Geometria transportes públicos e pelos mais
diversos veículos de tracção animal,
Os malefícios para a saúde pública
decorrentes das emissões de CO2 e
foram progressivamente apropria- de partículas com origem nos moto-
dos pelos automóveis particulares. res de explosão, o ruído provocado
pelo tráfego automóvel e a sinis-
Segregaram-se as faixas de cir- tralidade, a par do reconhecimento
culação porque a velocidade dos da importância da marcha a pé e
automóveis tornava-os perigo- do uso da bicicleta no combate ao
sos, diminuíram-se passeios para sedentarismo e à obesidade, vieram
reservar espaço ao estacionamen- reforçar a necessidade de alterações
to, rasgaram-se tecidos urbanos, profundas na mobilidade urbana.
construíram-se viadutos, túneis e
vias rápidas urbanas para tornar Ganhar espaço para os peões, para
as deslocações mais rápidas e o os ciclistas e para o transporte pú-
trânsito mais fluído. blico, bem como regular a circulação
automóvel, reduzindo emissões e
A cidade moderna foi desenhada velocidade de circulação, através da
para o seu novo “dono” – o auto- recalibragem das vias e da utiliza-
móvel - e a cidade antiga muitas ção de novos materiais de pavimen-
vezes resistiu mal a esta alteração. tação, é uma exigência das interven-
Em muitos casos, as ruas, largos ções no espaço público da cidade.
e praças transformaram-se em
depósitos de automóveis e, no caso Nesta perspectiva a optimização do
de Lisboa, a densa rede de eléc- espaço público através da geometria
tricos foi sacrificada à circulação dos traçados viários, ganha uma
automóvel. nova acuidade.

lisboa – marquês de pombal


GEOMETRIA

As soluções de desenho a adoptar Assim, embora se reconheça como


nos arruamentos dependem, em pri- desejável que a forma de segrega-
Critérios-base meira instância, do espaço disponí- ção mais usual dos dois principais
para as opções vel, em particular da largura disponí- tipos de circulação - pedonal e
vel, para a definição dos espaços de rodoviária - se faça com recur-
de diferenciação circulação pedonal e rodoviária. so à delimitação de passeios e
entre os espaços vias através da existência de um
Embora a hierarquia viária esta- desnível – lancil -, haverá situa-
de circulação belecida no PDM proceda a uma ções em que se julga desejável e
pedonal e os diferenciação dos diferentes arrua- mais adequada a supressão desse
espaços de mentos de acordo com a sua função;
contudo, esta hierarquia poderá, em
desnível, solução que terá reflexos
positivos na liberdade de circulação
circulação muitos arruamentos, não ter corres- dos peões, na redução da velocida-
rodoviária pondência entre a largura disponível
e a desejável para a adopção das
de de circulação e no potenciar de
uma utilização mais versátil e/ ou
dimensões recomendáveis nos diver- reversível do espaço disponível.
sos tipos de espaço que compõem o
seu perfil. Por isso, sem prejuízo de outras
situações específicas devidamente
Por outro lado, embora nos arrua- fundamentadas, deve adotar-se
mentos de menor largura as inter- como princípio a possibilidade de
venções se devam sempre orientar supressão de lancis e a sua substi-
para a minimização do tráfego de tuição por outras formas e/ ou por
atravessamento ou, quando possí- outros dispositivos que, se necessá-
vel, para a sua supressão, o acesso rio, tornem percetível a delimitação
automóvel deverá ser sempre acau- dos espaços de circulação pedonal
telado ainda que, no caso da sua e de circulação viária sem recorrer
supressão, somente para efeitos de a desnível, nomeadamente nas vias
acesso a veículos de socorro e emer- das Redes de Proximidade e de
gência, pelo que o seu dimensiona- Acesso Local – 4.º e 5.º Nível.
mento deve ser o adequado para o
efeito.Neste sentido, torna-se impe- Como referência para as opções
rativo garantir em todos os casos a de diferenciação entre os espaços
melhor utilização dos arruamentos de circulação pedonal e os espaços
pelos peões, implicando, para isso, a de circulação rodoviária devem ser
adoção de soluções que garantam a adotados os limites decorrentes
sua segurança e conforto. dos seguintes critérios-base:

santa monica – califórnia san francisco – califórnia


GEOMETRIA

●● Não devem ser aplicados


pilaretes para estabelecer a delimi-
tação entre o espaço de circulação
pedonal e o espaço de circulação
rodoviária, se não ficar assegurado
um percurso acessível com uma lar-
gura útil mínima de 1.20m medida
entre o eixo do pilarete e o plano
marginal do percurso pedonal, seja
ele definido por fachada, muro ou
canteiro;

●● Não deve ser utilizado um desní-


vel para estabelecer a delimitação
entre o espaço de circulação pedo-
nal e o espaço de circulação rodovi-
ária nos passeios com largura igual
ou inferior a 1,20m, sendo para
esse efeito recomendável a utiliza-
ção de uma guia ou marcação;

●● Nos espaços de circulação pedo-


nal com largura igual ou inferior a
0,90m não deve ser utilizado des-
nível nem guia ou marcação, para
estabelecer a delimitação entre o
espaço de circulação pedonal e o
espaço de circulação rodoviária;

●● Nos espaços de circulação


partilhada - zonas de coexistência -,
independentemente da sua dimen- espaços de circulação pedonal espaços de circulação pedonal
largura útil mínima de 1,20m delimitação com rodovia sem desnível
são, não deve ser utilizada nenhu-
ma guia ou marcação no pavimento
para estabelecer a delimitação en-
tre o espaço de circulação pedonal
e o espaço de circulação rodoviária.

Nas ruas existentes, em particular


na zona histórica da cidade, admi-
te-se que a largura útil do passeio
possa ser pontualmente reduzida
em resultado da existência de
sinalização vertical e/ou armários
técnicos.

Independentemente das soluções a


adoptar deve ser sempre garantida,
e sem prejuízo das regras aplicáveis
ao percurso acessível, a existência
de um corredor livre de todo o tipo
de obstáculos, com uma largura
mínima de 3,50m, para acesso e
circulação de veículos de socorro e espaços de circulação pedonal espaços de circulação pedonal
largura útil menor ou igual que 0,90m redução pontual da largura útil mínima
emergência.
1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA

Os espaços de circulação pedonal O conceito de percurso acessível


a criar ou a renovar devem ser visa assegurar que, na impossibi-
concebidos de forma a permitir a lidade de assegurar em todos os
1.1 circulação e mobilidade universais,
nomeadamente a pessoas com
espaços de circulação pedonal as
exigências relativas à acessibilida-
Espaços de mobilidade condicionada, através
da eliminação das barreiras físicas
de de pessoas com mobilidade con-
dicionada, exista pelo menos um
circulação que constituam obstáculo à mobi-
lidade.
percurso acessível que as satisfaça,
assegurando:
pedonal Por forma a garantir a acessibili- ●● o acesso universal a todos os
dade e mobilidade universais deve espaços construídos e de utilização
ser assegurada a interligação e pública;
a compatibilização dos espaços
públicos objecto de intervenção ●● distâncias de percurso, medidas
com as áreas urbanas adjacentes, segundo o trajeto real no terreno,
promovendo a criação de percursos não superiores ao dobro da dis-
contínuos com informação específi- tância percorrida pelo trajeto mais
ca e adequada. direto.

Lisboa – baixa
Largura não inferior a 1.20m
Largura não inferior a 1.50m
GEOMETRIA Esc. 1 / 75 Esc. DE
1.1 ESPAÇOS 1 / CIRCULAÇÃO
75 PEDONAL

Passeios
Superfícies da via pública espe-
cialmente destinadas ao trânsito
de peões que ladeiam o espaço
de circulação rodoviária e que,
geralmente, são sobrelevadas em
relação a este.

Os passeios adjacentes a vias de


distribuição principal e secundá-
ria existentes, que correspondem
às vias de 2.º a 3.º Níveis, devem ESQ.01c - Passeios
ter de uma largura não inferior a Redução pontual da largura minima para 0.90m
1,50m e uma largura mínima livre
Esc. 1 / 75
de qualquer obstáculo não inferior
a 1,20m, correspondente ao percur-
Passeios de largura não inferior a 1,5m Passeios de largura não inferior a 1,2m
so pedonal acessível e que deve ser
sempre garantido.

Os passeios adjacentes a vias de


proximidade e acesso local existen-
tes, que correspondem às vias de
4.º a 5.º Níveis, devem ter de uma
largura não inferior a 1,20m e uma
largura mínima livre não inferior a
1,20m, correspondente ao percurso
pedonal acessível e que deve ser
sempre garantido.

Em face das características morfo-


lógicas da Cidade de Lisboa, poderá
aceitar-se, a título excepcional e ESQ.01d - Passeios
Novos arruamentos - Largura maior ou igual que 3.00m
desde que devidamente justificado
e fundamentado, que nas vias de Esc. 1 / 75
4.º e 5.º Níveis existentes a largura
mínima do percurso pedonal aces- Redução pontual da LARGURA MÍNIMA PARA 0,90M
sível seja reduzida, em situações
pontuais, para 0,90m.

Nos novos arruamentos a largura


mínima de passeios é sempre de
3,00 m –, mantendo-se a salva-
guarda da necessidade de existên-
cia de um corredor livre de obstá-
culos com uma largura mínima de
1,50m.

NOVOS ARRUAMENTOS
LARGURA MAIOR OU IGUAL QUE 3,00M
1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA

Sempre que possível, os passeios •  deverá, sempre que possível,


devem organizar-se em três com- dispor de uma largura superior
ponentes: à largura mínima definida de
1,20m ou 1,50m, salvaguardando
●● uma faixa contígua aos edifí- que os rampeamentos necessá-
cios, existentes ou propostos, com rios ao rebaixamento dos pas-
uma largura de 0,50m destinada: seios para a travessia de peões
•  à transição entre as cotas de não colide ou interfere com a sua
soleira e o percurso acessível; continuidade;
•  à instalação de armários – •  nos restantes casos, a largura
quando não embutidos nas mínima definida é acrescida de
fachadas -, hidrantes e outros larguras complementares, livres
equipamentos de superfície de obstáculos, que permitam a
relativos às infraestruturas transição entre a faixa contígua
instaladas no sub-solo; aos edifícios e a faixa de passeio
•  à instalação de papeleiras contígua aos lancis;
cujo diâmetro ou profundi-
dade não poderá ser superior ●● uma faixa contígua ao lancil/
a 0,40m, e cuja implantação via de circulação automóvel, de
deverá salvaguardar a distância dimensão variável, a qual se destina
mínima possível ao plano de à implantação dos alinhamentos
fachada; arbóreos e do mobiliário urbano e
equipamento necessário
●● uma faixa contígua à referida
faixa de transição, que deverá sal- Nos passeios em arruamentos pré-
vaguardar e satisfazer as funções -existentes a faixa contígua ao lancil
e as características físicas ineren- pode ser eliminada de forma a pri-
tes ao percurso pedonal acessível, vilegiar a circulação nos passeios, o
a qual: que constitui a sua principal função.

ESQ.02a - Passeios ESQ.02b - Passeios


As 3 componentes dos passeios As 3 componentes dos passeios
Esc. 1 / 75 Passeios pré-existentes
Esc. 1 / 75

AS COMPONENTES nOS PASSEIOS


AS 3 COMPONENTES DOS PASSEIOS PRÉ-EXISTENTES
GEOMETRIA 1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL

ções de acessibilidade ou seguran-


Passadeiras de peões ça para o peão, e pode envolver: ●● Ressalto zero, que corresponde
à transição entre o percurso acessí-
As passadeiras, também designa- vel e a rodovia;
●● relocalizar a passadeira - mudar
das como passagens para peões, a sua localização;
correspondem a locais destinados ●● Área de atravessamento, que
corresponde a uma área sobre a
a travessias pedonais na faixa de ●● reorientar a passadeira - alterar
a direção do seu eixo; rodovia, que determina o prolon-
rodagem, realizadas à superfí-
gamento do espaço de circulação
cie, integrando sempre a rede de
●● redimensionar a passadeira pedonal.
percursos acessíveis e permitindo,
assim, a sua continuidade de um - alterar a sua largura ou compri-
mento; As passadeiras para peões devem
lado para o outro do arruamento.
assegurar as condições necessárias
●● fasear o atravessamento - in- de segurança, as quais incluem a
A implantação ou adaptação de
troduzir um ou mais refúgios. opção por materiais adequados à
uma passadeira de peões deve ser
sua sinalização táctil e uma correta
antecedida de uma ponderação
As passadeiras para peões compre- sinalização vertical e horizontal.
que considere a necessidade ou as
vantagens das seguintes acções: endem as seguintes componentes:
Nas situações onde ocorra desnive-
●● Área de protecção no passeio, lamento do passeio, devem ser ga-
●● reconfigurar a passadeira, se
que representa uma superfície de rantidas na zona de rebaixamento
esta já existir;
protecção, livre de obstáculos que as seguintes inclinações máximas:
●● substituir a passadeira pela possam prejudicar o avistamento
continuidade do passeio; do peão pelos condutores; ●● 8% no sentido da passadeira -
perpendicular ao lancil;
●● efectuar arranjos ou melhora- ●● Piso táctil, que representa um
mentos complementares na passa- tipo de revestimento, específico e ●● 10% no sentido do limite da
inconfundível, que permita ao peão largura da passadeira - paralelo ao
deira ou na sua envolvente.
detectar de forma clara a existên- lancil (quando aplicável).
A reconfiguração da passadeira de cia da passagem de peões, a sua
largura e a direção do seu atraves- Em alternativa, poderá ser adop-
peões deve ter por objectivo prin-
samento; tada a sobreelevação da via nas
cipal a criação de melhores condi-
travessias de peões.

lisboa – avenida infante dom henrique


1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA

Área de protecção ●● de uma forma geral, até ao


limite oposto do passeio;
No passeio adjacente à passadeira
de peões deve existir uma área de ●● por uma extensão de 5,00m, se
o passeio tiver uma largura bruta
protecção, livre de obstáculos que
maior;
possam prejudicar o avistamento
do peão pelos condutores, ou com
●● por uma extensão de 5,00m, se
os quais o peão possa colidir nos
a passadeira se localizar no topo de
movimentos de aproximação e de
um passeio e a faixa do enfiamen-
saída da passadeira.
to não tiver limite oposto ao qual
ligar-se.
No interior da área de protecção
devem ser considerados como
No enfiamento da passagem de
obstáculos a evitar todos os vo-
peões não deve ser implantado
lumes colocados sobre o passeio,
nenhum obstáculo, com a excepção
quer sejam móveis ou fixos, per-
de pilaretes que sejam considera-
manentes ou temporários, opacos
dos indispensáveis para prevenir a
ou transparentes.
circulação ou estacionamento de
veículos sobre o passeio.
A área de protecção da passadeira
de peões é composta pelo enfia-
Lateral do enfiamento
mento, pelas laterais do enfiamen-
Entende-se por lateral do enfia-
to e pelo triângulo de visibilidade
mento uma faixa que é lateral e
no passeio.
adjacente ao enfiamento da passa-
deira de peões e que se prolonga
Enfiamento
com a mesma direção, a mesma
Entende-se por enfiamento da
extensão e uma largura de 1,00m
passadeira de peões uma faixa
para cada um dos lados.
que tem a mesma largura e a
mesma direção da marca rodoviá-
Só podem ser colocados na lateral
ria M11 e que se prolonga desde
do enfiamento obstáculos que sejam
o lancil adjacente à passadeira de
indispensáveis para a regulação do
peões da seguinte forma:
tráfego, como coluna e/ ou báculo
de semáforo, sinalização rodoviária

ESQ.03 - Área de proteção no passeio


Esc. 1 / 150

área de protecção no passeio


GEOMETRIA 1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL

vertical, pilaretes ou guarda corpos; Este espaço rectangular deverá


e outros obstáculos igualmente ter um comprimento não inferior
indispensáveis para a regulação a 7.50 metros, e uma largura
do tráfego, desde que não provo- mínima de 1.50 metros, podendo
quem um estreitamento do canal em alguns casos justificar-se o
de circulação pedonal, não tenham prolongamento da sua largura até
nenhuma dimensão em planta supe- à fachada dos edifícios.
rior a 30cm, tenham altura igual ou
superior a 90cm, sejam detetáveis Neste espaço, só devem ser
com uma bengala a 30cm de altura localizados obstáculos que sejam
do piso, não tenham partes salientes indispensáveis para a regulação
do suporte, e possuam um contraste do tráfego, como coluna e/ ou
visual - claro/ escuro - com o piso báculo de semáforo, sinalização
adjacente. rodoviária vertical, pilaretes ou
guarda corpos; e outros obstáculos
Perímetro de visibilidade no igualmente indispensáveis para a
passeio regulação do tráfego, desde que
Entende-se por perímetro de visibili- não tenham nenhuma dimensão
dade no passeio um espaço rectan- em planta superior a 30cm.
gular demarcado em planta, com
os lados definidos pelo lancil, pelo Mais informações
plano marginal do percurso pedonal,
(fachada, muro ou canteiro) e pela ●● Decreto-Lei nº163/2006, de 8
lateral da passadeira de peões (coin- de Agosto
cide com o limite das marca M11).
●● Modelo de Passagem de Pe-
Esta área tem como objectivo asse- ões – Especificações Técnicas de
gurar a adequada visibilidade entre Acessibilidade e Segurança, DMMT,
peão e automóvel, procurando desta CML, 2012
forma minimizar possíveis acidentes.

ESQ.04 - Visibilidade no passeio


Esc. 1 / 150

visibilidade no passeio
1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA

A cor da faixa de alerta e da guia


Piso táctil de encaminhamento deve assegu- ●● fissuração ou quebra do piso táctil
por deficiente resistência mecânica;
rar o contraste visual claro/ escuro
Na zona do passeio adjacente à com o piso adjacente – por exem-
passagem de peões deve existir um ●● alteração da cor por via da
plo, poderá ser grená se o piso
exposição aos raios solares e às
tipo de revestimento específico e adjacente for mais claro ou poderá
intempéries;
inconfundível, designado piso táctil, ser amarela se o piso adjacente for
com cor contrastante e/ ou textura mais escuro.
●● escorregamento na presença de
bem diferenciada, que permita ao
água;
peão detectar a existência da pas- O piso táctil deve ser resistente à
sagem de peões, a sua largura e a acção do tráfego pedonal intenso,
●● dificuldade de manutenção.
direção de atravessamento. à acção do acesso ocasional de
veículos motorizados e à exposição Deve evitar-se a interrupção da
O piso táctil deve conjugar três aos elementos naturais. Deve, para faixa de alerta e da guia de enca-
componentes: esse efeito, recorrer-se a materiais minhamento por tampas - ener-
e processos construtivos que, no gia eléctrica, gás, água, Sistemas
●● faixa de alerta; seu conjunto, previnam as seguin- Luminosos Automáticos de Trânsito
tes ocorrências: (SLAT), telecomunicações -, podendo
●● guia de encaminhamento;
em alternativa, onde possível, insta-
ESQ.15a - Piso
●● desgaste acelerado da super- tátil
lar-se tampas rebaixadas revestidas
●● moldura de contraste. Esc. 1 / com
fície, com redução acentuada dos 100 uma textura com o mesmo
relevos; padrão e a mesma orientação.

piso táctil
GEOMETRIA 1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL

Faixa de alerta marca rodoviária M11, e o extremo A guia de encaminhamento pode


A faixa de alerta deve permitir ao oposto a uma distância do lancil ser revestida por um piso estriado,
peão detectar a localização exacta igual ou inferior a 0,40m; devendo as respectivas estrias pos-
de uma passadeira de peões e a suir as seguintes características:
sua largura total. ●● se a distância for superior a
0,40m, a faixa de alerta deve ser ●● altura compreendida entre 5mm
A faixa de alerta deve ter uma rectangular e estar colocada de e 6mm;
largura mínima de 0,40m e ser forma oblíqua ao eixo da passa-
constituída por um material de deira de peões, com ambos os ●● secção trapezoidal com topo
textura e/ ou cor contrastante com seus extremos a tocar no lancil, no achatado e chanfro a 45º;
o pavimento do passeio. prolongamento dos limites laterais
da marca rodoviária M11, e todos ●● diâmetro da base compreendido
A faixa de alerta pode ser revesti- os seus pontos intermédios a uma entre 25mm e 35mm;
da por um piso pitonado, devendo distância do lancil igual ou inferior
os respectivos pitons possuir as a 0,40m; ●● disposição em linhas paralelas
seguintes características: alinhadas com os lados da peça;
●● se também essa distância for
●● altura compreendida entre 5mm superior a 0,40m, a faixa de alerta ●● distância entre eixos longitu-
e 6mm; deve ter o seu lado maior em curva dinais das estrias compreendida
e integralmente encostado ao entre 40mm e 80mm.
●● secção trapezoidal, com topo lancil.
achatado e chanfro a 45º; A guia de encaminhamento deve
Quanto às suas dimensões, a faixa iniciar-se no limite da faixa de
●● diâmetro da base compreendido de alerta deve: alerta mais afastado da faixa de
entre 20mm e 25mm; rodagem.
●● no seu lado maior, ter a dimen-
●● disposição em quadrícula são necessária para abranger toda Quanto à sua configuração, a guia
alinhada com os lados da faixa de a largura da marca rodoviária M11; de encaminhamento deve:
alerta;
●● no seu lado menor, medir no ●● ter o seu eixo longitudinal coin-
●● distância entre centros geomé- mínimo 0,40m; cidente com o eixo da passagem
tricos compreendida entre 40mm e de peões, devendo todas as suas
80mm. ●● nos seus pontos intermédios, peças ter as estrias orientadas na
ter uma medida não constante, se mesma direção;
Entre a faixa de alerta e a faixa de dessa forma se ajustar melhor à
rodagem deve existir um intervalo, geometria do passeio e se forem ●● ter uma largura mínima de
à mesma cota, em piso liso e de respeitados os valores mínimos. 0,20m, medida perpendicularmente
cor clara, que pode ser constituído ao eixo da guia;
pelo topo do lancil. No interior do refúgio para peões a
faixa de alerta deve também existir ●● de uma forma geral, ter o
Quanto à geometria da faixa de e ter igualmente uma profundida- comprimento suficiente para ligar
alerta e à sua relação com o lancil: de mínima de 0,40m, medida na o limite da faixa de alerta ao limite
direção do atravessamento ao qual do percurso acessível ou ao limite
●● se o lancil for recto em toda a é adjacente. oposto do passeio;
largura da marca rodoviária M11 a
faixa de alerta deve ser rectangular Guia de encaminhamento ●● se o passeio tiver uma largura
e estar encostada ao lancil em todo A guia de encaminhamento deve bruta superior a 5,00m, ter o com-
o seu comprimento; permitir ao peão detectar a presen- primento mínimo de 4,00m, medido
ça de uma passagem de peões e a partir do limite da faixa de alerta;
●● se o lancil for total ou parcial- a respectiva direção de atravessa-
mente curvo na largura da passa- mento. ●● se existir uma zona de estacio-
deira, a faixa de alerta deve ser namento delimitada em recorte no
rectangular e estar colocada na A guia de encaminhamento deve passeio, o comprimento mínimo
perpendicular ao eixo da passa- ter uma largura mínima de 0,20m e referido na alínea anterior deve ser
deira de peões, com um dos seus ser constituída por um material de medido a partir do limite da zona
extremos a tocar no lancil, no textura e/ ou cor contrastante com de estacionamento mais afastado
prolongamento de um dos lados da o pavimento do passeio. da faixa de rodagem, acrescendo
1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA

ao comprimento necessário para gurando-se todavia uma extensão um revestimento que garanta o
ligar esse limite da zona de esta- não inferior a 1,00m, ou através do necessário contraste visual - claro/
cionamento ao limite da faixa de afastamento das guias ao eixo da escuro - e de textura - liso/ textura
alerta. respectiva passagem. regular - com a faixa de alerta e a
guia de encaminhamento.
A guia de encaminhamento pode No interior do refúgio para peões
não ser colocada quando o espaço deve: A chamada moldura de contraste
disponível para a sua implantação pode ser em tudo igual ao re-
obrigar a um comprimento inferior ●● evitar-se que a disposição das vestimento do passeio, se esse
a 0,50m. guias de encaminhamento possa revestimento garantir o necessário
confundir ou induzir em erro o peão contraste visual - claro/ escuro - e
Em esquinas deve evitar-se que com deficiência visual, efectuando- de textura - liso/ textura regular -
a implantação da guia de enca- -se os ajustes necessários ao com a faixa de alerta e a da guia
minhamento possa confundir ou comprimento e ao alinhamento das de encaminhamento.
induzir em erro o peão com defici- guias, designadamente para evitar
ência visual, devendo efectuar-se a sobreposição de guias ou a liga- Quando se justificar a adoção de
os ajustes necessários ao compri- ção de uma guia a uma passagem um revestimento diferente do
mento e ao alinhamento da guia, de peões com direção distinta; restante passeio, a moldura de
de acordo com uma ou ambas as contraste deve, quanto à sua confi-
seguintes condições: ●● assegurar-se a ligação entre as guração:
passagens de peões por uma guia
●● se a passagem de peões se de encaminhamento, se o inter- ●● envolver a figura formada pela
localizar no topo de um passeio e a valo entre as faixas de alerta for conjugação da faixa de alerta com
guia não tiver limite oposto ao qual superior a 4,00m e igual ou inferior a guia de encaminhamento;
ligar-se, a guia deve desenvolver- a 15,00m; ao longo dessa guia de-
-se na direção do atravessamento vem ser minimizadas as mudanças ●● se existir rebaixamento do pas-
e até ao prolongamento do plano de direção; em cada mudança de seio, abranger toda a área ocupada
da fachada, numa extensão não direção deve ser colocado um qua- pelos planos inclinados de rebaixa-
inferior a 1,00m, medida no lado drado de piso igual ao da faixa de mento.
mais curto; alerta e com a mesma dimensão.
A moldura de contraste deve, com-
●● se a proximidade de passagens Moldura de contraste plementarmente, permitir executar
de peões implicar a intersecção das Entende-se por moldura de con- e fiscalizar com o máximo rigor as
respectivas guias, evitar essa inter- traste a área do passeio adjacente inclinações e os recortes dos rebai-
secção, através do encurtamento à faixa de alerta e à guia de en- xamentos.
de uma guia ou de ambas, asse- caminhamento e que deve possuir

pormenor – faixa de alerta pormenor – guia de encaminhamento


GEOMETRIA 1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL

Ressalto zero ●● sobrelevação da passadeira de


peões;
Em toda a largura da passagem
de peões, o desnível entre o topo ●● rebaixamento parcial do passeio;
do lancil e a faixa de rodagem
●● rebaixamento total do passeio.
deve ser igual a zero - “ressalto
zero”. Estas medidas podem ser conjuga-
das - por exemplo, a sobrelevação
O “ressalto zero” deve ser asse-
da passagem de peões pode elimi-
gurado ao longo de todo o atra-
nar parte do desnível, e o rebaixa-
vessamento, incluindo ambos os
mento parcial do passeio eliminar o
extremos da passagem de peões
desnível sobrante.
e, quando existam, as intersecções
com separadores, ilhas e refúgios. A implementação do” ressalto zero”
numa passagem de peões deve ser
O “ressalto zero” pode ser obtido
acompanhada pela introdução de
através das seguintes medidas:
piso táctil.

lisboa – praça do comércio


1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA

rodagem, compreendida entre 6cm


Sobrelevação e 12cm. ●● 5% e 15%, se o limite de ve-
locidade definido para a via for de
da passadeira 30km/h ou 40km/h.
As rampas laterais da lomba, que
A sobrelevação da passadeira fazem a transição da plataforma
As rampas laterais da lomba de-
obtém-se através da sua instala- superior para o plano da faixa de
vem ser sinalizadas com marcas
ção sobre uma lomba redutora de rodagem, devem ter uma inclina-
transversais idênticas, constituídas
velocidade. Esta solução poderá ser ção, medida na direção do eixo da
cada uma delas por duas ou três fi-
adoptada se: via, compreendida entre:
las de quadrados de 0,50m de lado,
ESQ.05 - Sobrelevação da passadeira
alternando a cor branca com a do
●● for compatível com a classifica- ●● 3% e 9%, se o limiteESQ.05
de ve-- Sobrelevação
Esc. 1 / 150da passadeira
pavimento,
locidade definido para a via for Esc. 1 / 150 de forma a produzir um
ção da via e respectiva função na
50km/h; efeito de xadrez.
rede viária;

●● a via não estiver integrada num


itinerário prioritário de veículos de
socorro;

●● a inclinação longitudinal da via


for inferior a 10%.

A lomba deve ser instalada e sina-


lizada de forma a fomentar a redu-
ção da velocidade na aproximação
à passagem de peões, e pode ser
conjugada com outras medidas de
acalmia de tráfego. A configuração
da lomba deve cumprir todos os
seguintes requisitos:

●● perfil trapezoidal, na direção do


eixo da via;

●● faces perpendiculares ao eixo


da via em que está contida;

●● ocupar toda a largura da faixa


de rodagem;

●● conter inteiramente a marca


rodoviária M11 na sua plataforma
superior;

●● de uma forma geral, plataforma


superior com uma profundidade, me-
dida na direção do eixo da via, com-
preendida entre 5,00m e 15,00m;

●● se a via for utilizada com regu-


laridade por veículos pesados de
transporte colectivo de passageiros,
a profundidade indicada em deve
estar compreendida entre 6,00m e
15,00m;

●● ter uma altura, medida rela-


tivamente ao plano da faixa de sobrelevação da passadeira
GEOMETRIA 1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL

Rebaixamento parcial ●● se o ressalto vertical for conju-


gado, nos pontos de maior desnível,
do passeio com um ou mais elementos fixos
de mobiliário urbano – por exemplo
O rebaixamento parcial do passeio
semáforo, papeleira, sinalização
consiste na introdução de um plano
vertical.
inclinado na parte do passeio ime-
diatamente adjacente à passagem
de peões

Se o plano inclinado do rebaixa-


mento provocar um estreitamento ESQ.08 - Rebaixamento parcial com ressalto vertical
do canal de circulação pedonal Esc. 1 / 150
no passeio, a largura livre desse
estreitamento deve ser:

●● igual ou superior a 1,20m;

●● igual ou superior a 0,80m, se Lancil 15cm


uma largura superior implicar obras Lancil 12cm
desproporcionadamente difíceis ou Lancil 8cm
dispendiosas. 8%

O plano inclinado deve ter uma


inclinação igual ou inferior a 8%,
medida na perpendicular à faixa de
alerta.

O lancil deve ficar à face com a


faixa de rodagem, e não deve ser
considerado no cálculo da inclina-
ção anteriormente referida.

A transição lateral entre o plano


inclinado e o passeio adjacente 8%
deve ser feita por meio de um ram-
peamento lateral, que deve ter uma Lancil 8cm
Lancil 12cm
inclinação igual ou inferior a 10%, Lancil 15cm
medida na direção do lancil.

As duas transições laterais da mes-


ma passadeira podem ser diferen-
tes entre si.

A transição lateral pode ser feita


por meio de ressalto vertical, se
forem cumpridos todos os seguin-
tes requisitos:

●● se a criação do rampeamento
lateral for desnecessária -conside-
rando a posição do canal pedonal
-, ou inviável – por falta de espaço
no passeio -, ou desproporcionada
- prolongar-se por uma extensão
superior a 2,00m;
rebaixamento parcial com ressalto vertical
1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA

Lancil 15cm
Lancil 12cm
Lancil 8cm 8%

10% 10%

10%

m 8%

xamento parcial com abas abertas


Esc. 1 / 150

10% 10%

Lancil 8cm 8%
Lancil 12cm
Lancil 15cm

m 8%
ESQ.06 - Rebaixamento parcial com abas abertas
10% Esc. 1 / 150

rebaixamento parcial com abas fechadas

Lancil 15cm
Lancil 12cm
Lancil 8cm 8%

10% 10%

10%

m 8%

10% 10%

Lancil 8cm 8%
Lancil 12cm
Lancil 15cm

rebaixamento parcial com abas abertas


GEOMETRIA 1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL

Rebaixamento ●● criar ou agravar desníveis entre


a área de passeio rebaixada e as
total do passeio cotas de soleira imediatamente
adjacentes;
O rebaixamento total do passeio
consiste no rebaixamento de toda a
●● prejudicar o sistema de drena-
área do passeio que se encontra no
gem das águas pluviais.
enfiamento da passagem de peões.
O plano inclinado para acesso à
O rebaixamento total do passeio
área rebaixada não deve penetrar
não deve:
no enfiamento da passagem de
peões.

ESQ.09 - Rebaixamento total do passeio


Esc. 1 / 150

Lancil 15cm
Lancil 12cm
Lancil 8cm
8% 8%

Lancil 8cm
Lancil 12cm
8% 8%
Lancil 15cm

rebaixamento total do passeio


1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA

Estatísticas recentes da sinistrali- Na área ocupada pela marca ro-


Área de dade rodoviária em meio urbano doviária M11 na faixa de rodagem
atravessamento revelam que a maioria dos atrope- deve ter um revestimento ade-
lamentos de peões se verificam em quado às necessidades de peões,
A área de atravessamento cor- passadeiras semaforizadas. Por essa ciclistas e condutores, devendo
responde ao espaço na faixa de razão, para uma melhor percepção assegurar-se, nomeadamente:
rodagem utilizado pelos peões para por parte de todos, as passadeiras,
atravessarem a via de forma segu- semaforizadas ou não, devem ser ●● ao peão, condições optimizadas
ra e cómoda. sempre sinalizadas pela marca ro- para um atravessamento rápido,
doviária M11 –ESQ.10a
zebra - Refugio
marcada parano
peões confortável e com um risco de
pavimento da faixa deEsc. 1 / 150
rodagem. queda - por escorregamento ou

refúgio para peões – ilha com largura maior que 1.50m


GEOMETRIA ESQ.10c - Refugio para peões 1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL
Esc. 1 / 150

refúgio para peões – ilha com mudança de direção


1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA

tropeção - tão pequeno quanto melhorar as condições de visibilida- O refúgio para peões pode ser
possível; de do peão. aplicado em faixas de rodagem com
menor número de vias de trânsito,
●● ao condutor, condições optimi- A sinalização horizontal deve tam- como medida de acalmia de tráfego.
zadas para o bom avistamento da bém proibir a ultrapassagem nas
marca rodoviária M11 e, em caso de zonas de aproximação à passadeira O refúgio para peões pode provocar,
imprevisto, para travagem. de peões. de forma pontual, o estreitamento
da faixa de rodagem na zona de
Para estes efeitos, o revestimento da Em arruamentos muito largos, atravessamento ou o desvio do eixo
faixa de rodagem na área ocupada nomeadamente aqueles que apre- das vias de trânsito.
pela marca rodoviária M11 deve sentem três ou mais vias de trânsito,
cumprir estes requisitos: deverão ser salvaguardados espaços A profundidade do refúgio para
de refúgio que possibilitem ao peão peões, medida na direção de cada
●● ser regular; realizar de forma faseada o atraves- passadeira de peões e em toda a
samento da via, percorrer em cada respectiva largura, deve ser igual ou
●● assegurar o bom contraste das fase uma distância mais reduzida, superior a:
marcas rodoviárias. gerir em cada fase o conflito com
apenas um sentido de trânsito, e ●● 1,50m, de uma forma geral;
A largura da passadeira de peões, as- encontrar refúgio seguro entre fases
sinalada pela marca rodoviária M11, consecutivas. ●● 2,00m, se no percurso de ligação
e medida na perpendicular ao eixo da entre as passagens houver mudan-
passagem deve: Deve evitar-se que o peão seja ças de direção abruptas;
induzido em erro por um espaço que
●● de uma forma geral, ter uma não proporciona as condições de se- ●● 2,40m, se o refúgio também
dimensão igual a 4,00m; gurança necessárias para aguardar servir uma ciclovia, ou se o tráfego
pela fase seguinte de atravessamen- pedonal for especialmente intenso.
●● pode ser inferior a 4,00m, se no to ou para circular entre passadeiras
local existir baixo volume de tráfego de peões. Para esse efeito deverão Se o espaço resultante da inter-
de peões ou restrições físicas, deven- ser salvaguardados os seguintes secção do atravessamento com o
do nesse caso ser igual ou superior a aspectos: separador ou ilha não tiver profun-
2,75m; didade suficiente para instalar um
●● só deve ser designado e tratado refúgio para peões, deve assumir-se
●● pode ser superior a 4,00m, se no como refúgio para peões um espaço a inexistência de condições de refú-
local existir elevado volume de trá- que cumpra as dimensões mínimas gio e assegurar-se a continuidade da
fego pedonal ou maior conveniência de profundidade; passagem de peões nesse espaço,
para a segurança rodoviária. cumprindo todos os necessários
●● se o espaço não cumprir as requisitos:
A marca rodoviária M11 deve ser dimensões mínimas de profundidade
constituída por barras longitudinais deve assumir-se a inexistência de ●● prolongamento da marca rodovi-
paralelas ao eixo da via, com uma condições de refúgio e proceder-se ária M11;
espessura de 50cm, alternadas por em conformidade.
intervalos regulares com a mesma ●● não haver mudança de direção ao
medida. Esta marca deve ser com- O refúgio para peões deve ser longo do atravessamento;
plementada por linhas de paragem, sempre assegurado se no atravessa-
marca M8, que deve ter a seguinte mento da via se verificar pelo menos ●● se existir semáforo, cálculo do
geometria: uma das seguintes situações: tempo de verde para o peão com
base na extensão total da passagem
●● espessura de 50cm; ●● travessia de quatro ou mais vias de peões;
de trânsito, se a via tiver um sentido;
●● uma distância à passagem de ●● piso idêntico ao da passagem de
peões de 2,00m, medida entre ●● travessia de três ou mais vias de peões e à mesma cota;
os limites laterais de ambas as trânsito, se a via tiver dois sentidos;
marcas (i.e., “de fora a fora”). ●● não haver nenhum tipo de obstá-
Esta distância pode ser superior a ●● mudança de direção entre pas- culo no interior do atravessamento.
2,00m, quando tal for necessário sadeiras de peões consecutivas na
para compatibilidade com a gestão intersecção do atravessamento com No interior do refúgio para peões, o
do tráfego nas intersecções ou para um separador ou ilha. percurso que liga as passadeiras de
GEOMETRIA 1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL

peões deve cumprir todos os seguin- Se houver um desfasamento entre


tes requisitos: ●● ser delimitado por guarda-corpos as passagens de peões para forçar
nos pontos em que houver uma mu-
a interrupção do atravessamento,
dança abrupta de direção, de forma a
●● estar à mesma cota que a faixa o percurso de ligação no interior do
de rodagem, livre de ressaltos e evitar a entrada involuntária do peão
refúgio deve, para além dos requi-
rebaixamentos, se a distância entre na faixa de rodagem.
sitos anteriormente definidos, cum-
passadeiras for inferior a 5,00m. prir também todos os seguintes:
De forma a tornar o percurso mais
legível e funcional para todos os
●● no enfiamento de cada uma das ●● canalizar o fluxo pedonal
passadeiras, ter uma largura livre peões, os limites laterais podem ser
mediante a instalação de guarda
igual ou superior à da marca rodovi- marcados por lancis sobrelevados
corpos;
ária M11; relativamente ao percurso, com
espelho igual ou superior a 10cm e
●● se existir semáforo com dis-
●● se houver mudança de direção traçado recto ou com um número positivo de accionamento manual,
entre passagens, ter uma largura mínimo de ângulos - os quais devem ter esse dispositivo conjugado
livre igual ou superior a 1,50m na ser sempre côncavos relativamente com a barreira lateral, para que o
parte que não se localiza sobre ne- ao percurso -, devendo salvaguardar- peão com deficiência visual possa
nhum dos enfiamentos de cada uma -se uma sobrelargura de 0,50m num encontrá-lo com mais facilidade.
das passadeiras; lado em que seja instalado semáforo.

refúgio para peões – ilha com largura menor que 1.50m

ESQ.10b - Refugio para peões


Esc. 1 / 150
1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA

através da ampliação do passeio


Relação com a ●● corresponder ao percurso na direção do atravessamento;
natural do peão, entendido como
geometria da via percurso mais curto e lógico de
●● redução do raio de curvatu-
atravessamento. ra nos limites laterais da faixa
A localização da passadeira de
peões deve: de rodagem, em cruzamentos e
Deve procurar reduzir-se a dis-
entroncamentos;
tância a percorrer pelo peão na
●● respeitar o alinhamento do
faixa de rodagem, se necessário
corredor pedonal existente nos ●● faseamento da travessia me-
através das seguintes medidas: diante introdução de refúgio para
passeios, especialmente nas vias
distribuidoras locais, nas vias de peões a meio do atravessamento.
●● estreitamento pontual da
acesso local e nos atravessamen-
faixa de rodagem, nomeadamen-
tos com grande volume de tráfego
te junto à passagem de peões,
pedonal;

relação com geometria da via – cruzamento ESQ.11b - Relação com geometria da via
Cruzamento
Esc. 1 / 300
GEOMETRIA 1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL

condutor, dos peões em aproxima- do na direção do atravessamento e


Relação com o ção à passagem, especialmente os numa largura que abranja a marca
estacionamento peões de baixa estatura. rodoviária M11 e todo o intervalo
marginal à via entre o limite lateral desta marca e o
Entre o final da zona de estaciona- topo da zona de estacionamento.
A implantação da passagem de pe- mento e o início da marca rodoviária
ões e da zona de estacionamento M11 deve respeitar-se uma distân- Se no curto prazo for tecnicamen-
marginal à via deve ser conjugada cia mínima de 7,50m, medida no te ou financeiramente difícil ou
de forma a ficarem salvaguardas sentido de aproximação dos veículos. impossível realizar a ampliação do
as devidas condições de visibili- passeio na direção do atravessa-
dade, evitando-se nomeadamente Se os lugares de estacionamento não mento, a mesma deve ser concreti-
que as viaturas estacionadas pos- estiverem delimitados em recorte no zada através da sua pintura na via
sam dificultar o avistamento, pelo passeio, o passeio deve ser amplia- como marca rodoviária.
ESQ.12b - Relação com o estacionamento marginal à via
Proteção e enquadramento da travessia de peões em áreas de estacionamento transversal
Esc. 1 / 150

relação com o estacionamento


marginal à via
protecção e enquadramento
da travessia de peões em áreas
de estacionamento transversal
1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA

Proteção e enquadramento da travessia de peões em áreas de estacionamento obliquo


Esc. 1 / 150
relação com o estacionamento marginal à via
protecção e enquadramento da travessia de peões em áreas de estacionamento oblíquo

Proteção e enquadramento da travessia de peões em áreas de estacionamento longitudinal


Esc. 1 / 150

relação com o estacionamento marginal à via


protecção e enquadramento da travessia de peões em áreas de estacionamento longitudinal
GEOMETRIA 1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL

Proteção e enquadramento da travessia de peões em curva com estacionamento longitudinal


ESQ.12g - Relação com o estacionamento marginal à via
Esc. 1 / 150
Proteção e enquadramento da travessia de peões em curva com estacionamento longitudinal convergente

relação com o estacionamento marginal à via


protecção e enquadramento da travessia de peões em curva com estacionamento longitudinal
ESQ.12i - Relação com o estacionamento marginal à via

Esc. 1 / 150

relação com o estacionamento marginal à via


protecção e enquadramento da travessia de peões em curva com estacionamento longitudinal convergente
1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA

Relação com
as paragens de
transportes públicos
A implantação das passadeiras de

ESQ.13c - Relação com paragens de transportes público ESQ.13d - Relação com paragens de transportes público
peões e das paragens de transpor-
tes públicos - autocarro ou eléctrico
- deve ser conjugada de forma a:

●● salvaguardar as devidas con-


dições de visibilidade, evitando-se

Esc. 1 / 300
nomeadamente que os veículos loca-
lizados na paragem possam dificul-
tar o avistamento, pelo condutor, dos
peões em aproximação à passadeira;

●● possibilitar um atravessamento
simples e seguro no transbordo
entre paragens que servem carrei-
ras distintas.

Esc. 1 / 300
ESQ.13e - Relação com paragens de transportes público
Esc. 1 / 300

relação com paragens de transportes públicos


GEOMETRIA 1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL

De uma forma geral, as passadei- deve interditar-se a ultrapassagem


ras de peões devem localizar-se: nas vias de trânsito mais próxi-
mas do lancil onde se localizam as
●● antes das paragens de trans- paragens de transportes públicos;
portes públicos, se as duas vias de a interdição de ultrapassagem
trânsito mais próximas do lancil deve abranger toda a extensão
onde se localiza a paragem tiverem compreendida entre a paragem de
o mesmo sentido; transportes públicos e a passagem
de peões.
●● depois das paragens de trans-
portes públicos, se as duas vias de Se for regulada por semáforo, a
trânsito mais próximas do lancil passadeira de peões pode localizar-
onde se localiza a paragem tiverem -se depois da paragem de trans-
sentidos opostos. Nesta situação portes públicos.

ESQ.13a - Relação com paragens de transportes público


Esc. 1 / 300

relação com paragens de transportes públicos


1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA

Se ambos os passeios ligados de transportes públicos e o mais


pela passadeira de peões tiverem próximo possível da intersecção;
paragens de transportes públicos,
a passadeira deve localizar-se ●● a passadeira de peões pode
entre as paragens. localizar-se de uma forma dife-
rente para evitar atravessamen-
Na proximidade de cruzamentos tos no transbordo entre carreiras,
ou entroncamentos: se forem asseguradas as devidas
condições de segurança.
●● a passadeira de peões deve
localizar-se antes da paragem

ESQ.13b - Relação com paragens de transportes público


Esc. 1 / 300

relação com paragens de transportes públicos


GEOMETRIA 1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL

res - M10 ou M10a - deverão ser


Relação com a rede pintadas – na cor RAL 6028 verde
ciclável - por forma a garantir a elevada
visibilidade das mesmas (mesmo
A implantação das passadeiras nas situações em que a faixa ou a
de peões e da rede ciclável deve pista ciclável não seja pintada ao
ser conjugada de forma a evitar longo do percurso, no cruzamento
o conflito entre peões e ciclistas, deverá sempre ser pintada).
e a salvaguardar a prioridade do
peão em todas as áreas pedonais, Por sua vez, as passadeiras de pe-
nomeadamente nas passadeiras de ões devem atravessar a faixa ou a
peões e nas respectivas áreas de pista, sobrepondo-se - com pintura
protecção no passeio. - à mesma.

O atravessamento da faixa de Ainda que não recomendado, se es-


rodagem pela ciclovia deve pro- tiver implantada à cota do passeio,
cessar-se numa passagem própria, a ciclovia deve, junto à passagem
devidamente sinalizada para o de peões:
efeito pela marca rodoviária M10
ou M10a. A passagem para ciclistas ●● interromper-se ao intersectar
pode ser paralela à passagem de a lateral do enfiamento da passa-
peões mas não se deve sobrepor a deira;
esta.
●● respeitar uma distância mínima
As passagens para ciclistas, para de 2,00m até à faixa de alerta e à
além das marcações regulamenta- guia de encaminhamento.

madison – wisconsin seattle – washington

missoula – massachussets missoula – massachussets

chicago – illinois chicago – illinois


1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA
ESQ.14a - Relação com rede ciclável - Atravessamento bidireccional com ilha
Esc. 1 / 150

ESQ.14b - Relação com rede ciclável - Atravessamento unidireccional


Esc. 1 / 150

relação com rede ciclável – atravessamento bidireccional

relação com rede ciclável – atravessamento unidireccional


GEOMETRIA 1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL

uma largura, na direção do per-


Escadarias curso, não inferior a 0,40m, e que
fique afastada 0,40m do primeiro
As escadarias devem ser constituí- degrau.
das por degraus que cumpram uma
das seguintes relações dimensio- Se vencerem desníveis maiores que
nais: 0,40m, as escadarias devem:

altura comprimento ●● ter corrimãos de ambos os la-


(espelho) (cobertor) dos ou um duplo corrimão central,
0,10m 0,40m a 0,45m no caso de a sua largura ser supe-
0,125m 0,35m a 0,40m rior a 3,00m;

As escadarias na via pública devem ●● ter corrimãos de ambos os


possuir patamares superior e infe- lados e um duplo corrimão central,
rior com uma faixa de aproximação no caso de a sua largura ser supe-
constituída por um material de rior a 6,00m.
revestimento de textura diferente
e cor contrastante com o restante As escadarias deverão contemplar
piso. a instalação de uma calha auxiliar
para bicicletas, implantada em
É recomendável que a faixa de linha com o corrimão, de forma a
aproximação, a colocar em ambos não constituir obstáculo à circula-
os sentidos da escadaria, tenha ção pedonal.

lisboa – chiado
1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA
ESQ.16 - Escadarias
Esc. 1 / 100

ESQ.18b - Corrimãos
escadarias
Esc. 1 / 100
ESQ.18a - Corrimãos
Esc. 1 / 100

ESQ.18a - Corrimãos
Esc. 1 / 100

Corrimão de ambos os lados duplo Corrimão central


GEOMETRIA 1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL

vestimento de textura diferente e cor


Escadarias em rampa contrastante com o restante piso.

As escadarias em rampa devem É recomendável que a faixa de


ser constituídas por degraus que aproximação, a colocar em ambos
cumpram a seguinte relação di- os sentidos da escadaria em ram-
mensional: pa, tenha uma largura, na direção
do percurso, não inferior a 0,40m,
altura comprimento e que fique afastada 0,75m do
(espelho) (cobertor) primeiro degrau.
0,125m a 0,15m 0,75m
Se vencerem desníveis maiores que
As escadarias em rampa na via 0,40m, as escadarias em rampa
pública devem ter uma inclinação devem:
nominal não superior a 6% e um
desenvolvimento, medido entre ●● ter corrimãos de ambos os la-
o focinho de um degrau e a base dos ou um duplo corrimão central,
do degrau seguinte, não inferior a no caso de a sua largura ser supe-
0,75m ou múltiplos inteiros deste rior a 3,00m;
valor.
●● ter corrimãos de ambos os
A projecção horizontal dos troços lados e um duplo corrimão central,
em rampa entre patins, troços no caso de a sua largura ser supe-
de nível ou patamares, com uma rior a 6,00m.
profundidade não inferior a 1,50m,
não deve ser superior a 20,00m. As escadarias em rampa deverão
contemplar a instalação de uma
As escadarias em rampa devem calha auxiliar para bicicletas, im-
possuir patamares superior e inferior plantada em linha com o corrimão,
com uma faixa de aproximação de forma a não constituir obstáculo
constituída por um material de re- à circulação pedonal.

ESQ.17 - Escadarias em rampa


Esc. 1 / 100

escadarias em rampa lisboa – ribeira das naus


1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA

Em casos devidamente fundamen- Se existirem rampas em curva,


Rampas tados e justificados por limitações o raio de curvatura não deve
do espaço existente, as rampas ser inferior a 3,00m, medido no
As rampas devem ter a menor in- podem ter inclinações superiores perímetro interno da rampa, e a
clinação possível e satisfazer uma se satisfizerem uma das seguintes inclinação não deve ser superior
das seguintes situações ou valores situações ou valores interpolados a 8%.
interpolados dos indicados: dos indicados:
As rampas devem possuir uma ESQ.1
●● ter uma inclinação não superior ●● ter uma inclinação não superior largura livre não inferior a 1,20m, Esc
a 6%, vencer um desnível não su- a 10%, vencer um desnível não su- correspondente à largura mínima
perior a 0,60m e ter uma projecção perior a 0,20m e ter uma projecção do percurso acessível. Em face
horizontal não superior a 10,00m; horizontal não superior a 2,00m; das características morfológi-
cas da Cidade de Lisboa, poderá
●● ter uma inclinação não superior ●● ter uma inclinação não superior aceitar-se, a título excepcional e
a 8%, vencer um desnível não su- a 12%, vencer um desnível não su- desde que devidamente justifica-
perior a 0,40m e ter uma projecção perior a 0,10m e ter uma projecção do e fundamentado por limitações
horizontal não superior a 5,00m. horizontal não superior a 0,83m. do espaço existente, que a largura

inclinação projecção horizontal máxima desnível máximo


6% 10,00m 0,60m
8% 5,00m 0,40m
ESQ.19 - Rampas
10% ESQ.19 -2,00m
Rampas 0,20m
Esc. 1 12%
/ 100 Esc. 10,83m
/ 100 0,10m

rampas
GEOMETRIA 1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL

livre mínima das rampas seja


reduzida, em situações pontuais, ●● se vencerem um desnível não
superior a 0,20m podem não ter
para 0,90m.
corrimãos;
As rampas devem possuir plata-
formas horizontais de descanso ●● se vencerem um desnível com-
preendido entre 0,20m e 0,40m e
– na base e no topo de cada lanço
não tiverem uma inclinação superior
– quando tiverem uma projec-
a 6% podem ter apenas corrimão de
ção horizontal total superior ao
um dos lados.
especificado para cada inclinação
e também nos pontos em que
As rampas e as plataformas hori-
exista uma mudança de direção,
zontais de descanso com desníveis
com um ângulo igual ou inferior
relativamente aos pisos adjacentes
a 90º. As plataformas horizon-
superiores a 0,10m e que vençam
tais de descanso devem ter uma
desníveis superiores as 0,30m
largura não inferior à da rampa
devem ser ladeadas, em toda a sua
e um comprimento não inferior a
extensão, com pelo menos de um
1,50m.
dos seguintes tipos de elementos de
protecção:
As rampas devem possuir, no seu
início e fim, faixas com um ma-
●● rebordos laterais com uma altura
terial de revestimento de textura
não inferior a 0,05m;
diferente e cor contrastante com o
restante piso, e uma largura reco-
●● paredes ou muretes sem interrup-
mendada, na direção do percurso, ções com extensão superior a 0,30m;
não inferior a 0,40m.
●● extensão lateral do pavimento
Se vencerem desníveis maiores da rampa com uma dimensão não
que 0,40m, as rampas devem inferior a 0,30m do lado exterior ao
ter corrimãos de ambos os lados plano do corrimão;
ou um duplo corrimão central –
devendo garantir-se o percurso ●● ou outras barreiras com uma
acessível de ambos os lados do distância entre o pavimento e o seu li-
corrimão -, contudo: mite mais baixo não superior a 0,05m.

lisboa - olaias
1.1 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO PEDONAL GEOMETRIA

cuja área seja igual ou superior a


Outros espaços 100,00m2, deve ser dada especial
de circulação e atenção às seguintes condições:
permanência de peões
●● assegurar a drenagem das
Nos espaços de circulação e per- águas pluviais, através de dispo-
manência de peões na via pública sições técnicas e construtivas que
que não se enquadrem especifica- garantam o rápido escoamento e
mente numa das tipologias anterio- secagem dos pavimentos;
res devem contudo ser utilizadas,
se aplicáveis, as recomendações ●● proporcionar a legibilidade
indicadas para escadarias, escada- do espaço, através da adoção de
rias em rampa e rampas. elementos e texturas de pavimento
que forneçam, nomeadamente às
Nos espaços de circulação e per- pessoas com deficiência da visão, a
manência de peões na via pública indicação dos principais percursos
de atravessamento.

Lisboa – ribeira das naus


GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL

Visando a promoção do uso da


bicicleta, como modo de transporte ●● a segurança e o conforto dos
utilizadores, nomeadamente no
não poluente, silencioso, económico
1.2 e acessível a todos, em alternativa
ao transporte motorizado individual,
que respeita ao perfil longitudinal,
à abordagem aos cruzamentos,
à adequação da pavimentação, à
Espaços e seguindo as orientações que ema-
nam dos documentos estratégicos
correta iluminação, à ausência de
obstáculos à fluidez de circulação
de circulação de mobilidade nacionais e da Comis-
são Europeia, os projetos de inter-
e à utilização de vegetação para
criação de ensombramento.
ciclável venção no espaço público devem
adotar soluções que proporcionem a
O utilizador de bicicleta é, junta-
circulação quotidiana de bicicleta em
mente com o peão, um dos atores
segurança e conforto, em compatibi-
mais frágeis do espaço viário. Para
lidade com a circulação rodoviária e
a sua circulação em conforto e
com o tráfego pedonal.
segurança, ele necessita de uma
largura dinâmica superior à estática,
A rede viária deve ser tenden-
com um mínimo de 1,00m de largu-
cialmente preparada para o uso
ra mas idealmente com 1,50m.
generalizado da bicicleta. Na
ausência de qualquer outra re-
Em meio urbano devem ser privi-
gulamentação específica para a
legiadas soluções de partilha do
área abrangida, deve privilegiar-se
espaço rodoviário entre os veículos
sempre a circulação da bicicleta em
motorizados e as bicicletas, sendo
espaço rodoviário, em coexistência
para tal necessário garantir condi-
ou em faixa ciclável, desde que
ções de segurança (zonas 30, zonas
este garanta volumes e velocida-
des de tráfego reduzidos, devendo
procurar disponibilizar-se espaços
fisicamente segregados sempre
que o volume e velocidades do
fluxo automóvel o justifique. Deve
evitar-se a coexistência com peões,
exceto nas zonas de moderação da
circulação automóvel definidas no
PDM. Os percursos cicláveis devem
respeitar os seguintes critérios:

●● a salvaguarda da continuidade,
de modo a possibilitar, sem inter-
rupção, a deslocação de bicicleta
entre os locais servidos, sendo par-
ticularmente importante a ligação
à rede de transportes públicos, às
zonas residenciais, à rede escolar e
à rede de emprego;

●● a funcionalidade dos percursos,


devendo os percursos ser directos
e os declives ser inferiores a 3% espaços mínimos de manobra dos
ou, no limite, atingir os 5%, sendo ciclistas . Recommandations pour les
apenas aceites declives até 8% em itinéraires cyclabes, CERTU, 2005 – Cycle
Infrastructure Design, Department of
espaços cicláveis de ligação e em
Transport , 2008 [IMTT]
distâncias até 125,00m;
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA

Primeira solução de coexistência…). Em muitas situa-


a considerar ções é possível e preferível optar-se
•  Redução de volumes de tráfego motorizado por soluções de acalmia de tráfego
•  Redução da velocidade de circulação motorizada que promovam a redução dos volu-
•  Tratamento das intersecções e gestão de tráfego mes e velocidades de circulação
•  Redistribuição do espaço afecto à circulação motorizada
A velocidade de circulação dos
•  Implementação de pistas cicláveis
veículos motorizados e o volume
•  Conversão dos passeios em espaços partilhados entre peões e cilcistas de tráfego existente na via são os
Última solução principais critérios de escolha da
a considerar
tipologia do percurso ciclável.

hierarquia da tomada de decisão na implementação de percursos cicláveis Outros critérios incluem:


Cycle Infrastructure Design, Department for Transport, 2008 [IMTT]

●● as características do tráfego
- na presença de autocarros ou
veículos pesados, a necessidade de
tráfego (veículos/dia)
introduzir uma separação (visual ou
física) aumenta;
via partilhada
●● orografia/ relevo - para desní-
faixa ciclável
veis superiores a 3% é necessário
pista ciclável prever uma separação na subida,
uma vez que a velocidade do utili-
zador de bicicleta diminui e o risco
de oscilação é maior;

●● estacionamento - na envolvente
de estacionamento automóvel sur-
gem vários problemas (manobras
frequentes, estacionamento em
segunda fila, abertura das portas…),
podendo ser necessário implemen-
tar uma pista ciclável;
velocidade (km/h)
●● dimensão do arruamento - se o
espaço rodoviário é reduzido, não
permite criar uma separação visual
ou física, sendo necessário encon-
Tipo de infraestrutura ciclável em ambiente urbano,
de acordo com o volume e a velocidade do tráfego rodoviário
trar uma solução de partilha;

●● frequência de intersecções - o
excesso de intersecções, ou de en-
Volume de tráfego Velocidade do tráfego tradas e saídas, pode por em causa
Circulação de bicicletas
(TMDA 2 sentidos) rodoviário as soluções segregadas.
Em via partilhada ≤ 8.000 ≤ 30 km/h
A criação de espaço para a imple-
> 8.000 e ≤ 12.000 ≤ 30 km/h mentação de percursos cicláveis
Em faixa ciclável deve ser sempre garantida com
≤ 8.000 > 30 km/h e ≤ 50 km/h
recurso a espaços mortos ou ro-
> 12.000 Qualquer velocidade doviários, não devendo nunca ser
Em pista ciclável > 8.000 e ≤ 12.000 > 30 km/h e ≤ 50 km/h feita à custa de espaço pedonal.
≤ 8.000 > 50 km/h Permitem-se excepções quando
justificadas e apenas quando a lar-
gura do perfil garante qualidade de
critérios para a implementação das diferentes tipologias de percursos cicláveis
Recommandations pour les itinéraires cyclabes, CERTU, 2005 [IMTT] circulação aos peões (>2,50m livres
de obstáculos).
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL

ESQ.01 - Espaços de circulação ciclável - Via banalizada não segregada - Bici + Bus
Vias partilhadas Esc. 1 / 150

Nas vias ou faixas de rodagem


partilhadas, as bicicletas partilham
o espaço rodoviário com os veículos
motorizados, coincidindo o espaço
ciclável com a largura da rodovia,
devendo no entanto ser dada priori-
dade à circulação de bicicletas.

Normalmente é unidirecional –
seguindo o sentido do tráfego
–, mas podem ser consideradas
situações bidireccionais em vias de
sentido único, em que a bicicleta
pode circular também no sentido
contrário ao tráfego automóvel –
contra-sentido –, desde que sejam
garantidas condições de segurança
e de sinalização adequadas.

A implementar em vias de reduzido


tráfego motorizado e de reduzida
velocidade, nomeadamente no
interior da malha urbana, nos bair-
ros e nas áreas centrais (redes de
proximidade e de acesso local).

Nestas vias, de forma a desencora-


jar a circulação de veículos moto-
rizados, criando assim percursos
mais seguros e confortáveis para
a circulação de ciclistas, deve-se
recorrer a medidas especificas de
gestão e acalmia de tráfego, nome-
adamente:

●● Sinalização e pintura de pavi-


mento;
Esta medida tem como princi-
pal objetivo anunciar que a via
onde se circula é partilhada com
bicicletas e que a circulação de
veículos motorizados deve ser
feita a velocidade reduzida e
com maior atenção, devendo
ser dada prioridade à circulação
Espaços de circulação ciclável – via partilhada não segregada – bici + bus
de bicicletas.
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
ESQ.02 - Espaços de circulação ciclável - Via banalizada segregada - Bici + Bus
ESQ.02 - Espaços de circulação ciclável - Via banalizada segregada - Bici + Bus
Esc. 1 / 150
Esc. 1 / 150

●● Gestão de tráfego;
Esta medida visa dissuadir o
recurso por parte de veículos
motorizados, a vias partilhadas,
contribuindo desta forma para a
redução do volume de tráfego.
As vias partilhadas deveriam
ser desenhadas considerando
um fluxo de tráfego que não
exceda os 3000 veículos dia,
mas que preferencialmente
estabilize este valor nos 2000
veículos dia.

●● Gestão de velocidade;
Esta medida tem como objetivo
reduzir a velocidade praticada
por automobilistas e motoci-
clistas nas vias partilhadas,
aproximando-a da velocida-
de praticada pelos ciclistas,
nomeadamente os que circu-
lam em tráfego profissional
(casa-trabalho). Desta forma
é possível melhorar a capaci-
dade de observação e reação
de parte a parte, prevenindo
potenciais conflitos, ou em caso
de acidente, reduzindo substan-
cialmente a probabilidade de
danos graves.

Nestas vias, por regra, deverão ser


praticadas velocidades que não
excedam os 30 km/h.

Estas medidas são consideradas


determinantes para a criação de
percursos cicláveis em via partilha-
da, que sejam confortáveis e segu-
ros, contribuindo desta forma para
encorajar a circulação de ciclistas
nestas vias, independentemente da
sua experiência e/ou idade. Espaços de circulação ciclável – via partilhada não segregada – bici + bus
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
ESQ.03 - Espaços de circulação ciclável - Via banalizada não segregada - Bici + 30
Esc. 1 / 150

Espaços de circulação ciclável – via partilhada não segregada – bici + 30


1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA

visual, sendo a diferenciação de de estacionamento e a faixa de


Faixas cicláveis espaços assegurada por sinalização rodagem; pode também ser usada
horizontal, através de marcações em contra-sentido se as condições
A faixa ciclável é um espaço próprio no pavimento - não é segregado de segurança o permitirem.
e exclusivo destinado a bicicletas, mas também não é partilhado.
que é parte integrante da faixa de A implementar especialmente nas
rodagem. É unidirecional, geralmente no ligações entre bairros e em meio
sentido da corrente de tráfego e urbano.
Não existe, neste caso, uma se- localiza-se habitualmente no lado
paração física entre os espaços direito da viaESQ.04 - Espaços de circulação ciclável
rodoviária,
ESQ.04 encos-
- Espaços de circulação ciclável
- Faixa
Deve ter
- Faixa
ciclável
1,50m de-- largura,
ciclável
V.01
V.01 admi-
Esc. 1 / 150
rodoviários e clicáveis mas apenas tado ao lancil ou entre o espaço Esc. 1 / 150 tindo-se uma largura mínima de

Espaços de circulação ciclável – faixa ciclável


GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL

1,20m desde que a segurança dos


utilizadores de bicicleta não seja ●● permitir segregar o tráfego ●● contribuir para comunicar a
ciclável do tráfego rodoviário; automobilistas e motociclistas que
posta em risco. Caso exista estacio-
na via circulam ciclistas;
namento, deve ser criado um buffer
●● reduzir a circulação de bici-
de segurança com uma dimensão
cletas em espaços de circulação ●● orientar os fluxos de tráfego,
mínima de 0,80m – em situações
pedonal; ciclável e rodoviário, minimizando
justificáveis, este buffer poderá ter
possíveis conflitos;
uma dimensão mínima de 0,50m.
●● aumentar o conforto e seguran-
ça dos- Faixa
ciclistas, em- V.02
particular em ●● encorajar a circulação ciclável,
Entre outras,ESQ.05 - Espaços de circulação ciclável
destacam-se
ESQ.05 - Espaçosas
ciclável
de circulação ciclável - Faixa ciclável - V.02
Esc. 1 / 150
vias de maior fluxo viário; independentemente da experiência
seguintes vantagens da implemen- Esc. 1 / 150
e/ou idade dos ciclistas.
tação de faixas cicláveis:

Espaços de circulação ciclável – faixa ciclável


1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
os de circulação ciclável - Faixa ciclável bidireccional ESQ.07 - Espaços de circulação ciclável - Via banalizada e faixa ciclável em contra-sentido
Esc.ciclável
os de circulação 1 / 150 - Faixa ciclável bidireccional Esc. 1 / 150
Esc. 1 / 150 ESQ.07 - Espaços de circulação ciclável - Via banalizada e faixa ciclável em contra-sentido
Esc. 1 / 150

Espaços de circulação ciclável Espaços de circulação ciclável


faixa ciclável bidireccional via partilhada e faixa ciclável em contra-sentido
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL
ESQ.08 - Espaços de circulação ciclável - Pista ciclável unidireccional - V.01
ESQ.08 - Espaços de circulação Esc. 1 / 150
ciclável - Pista ciclável unidireccional - V.01
Esc. 1 / 150

Pistas cicláveis
A pista ciclável é um canal se-
gregado do tráfego motorizado,
preferencialmente com separação
física do espaço rodoviário.

Deve ser preferencialmente


unidirecional mas, em situações
excecionais, pode ser bidirecio-
nal se o percurso apresentar um
número reduzido de cruzamentos
com outros eixos rodoviários, não
representado perigo para os ciclis-
tas, e o volume e a velocidade de
tráfego forem reduzidos.

Estas pistas cicláveis bidirecionais,


quando implementadas em vias
de sentido único, ajudam a reduzir
a distância e tempo de viagem
e minimizam o conflito com o
tráfego rodoviário dada a circula-
ção ser feita em canal dedicado e
segregado.

Deve ser implementada em faixa


lateral à rodovia ou, na ausência
de rodovia, em percurso próprio –
por exemplo em parques.

A implementar especialmente em
vias estruturantes, de hierarquia
superior, ou quando os volumes e
velocidades reais do tráfego assim
o recomendem.

Se unidirecional, deve ter 1,50m


de largura, admitindo-se uma
largura mínima de 1,20m quando
devidamente fundamentada e
justificada.

Se bidirecional, deve ter 2,60m de


largura, admitindo-se a sua redu-
ção para 2,20m quando devida- espaços de circulação ciclável
Pista ciclável unidireccional
mente fundamentada e justificada.
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA

ESQ.09 - Espaços de circulação ciclável - Pista ciclável unidireccional - V.02


ESQ.09 - Espaços de circulação Esc. 1 / 150
ciclável - Pista ciclável unidireccional - V.02
Esc. 1 / 150
Entre outras, destacam-se as
seguintes vantagens da implemen-
tação deste modelo de percursos
cicláveis:

●● permitir segregar o tráfego ci-


clável do tráfego rodoviário, criando
um circuito dedicado e protegido
para ciclistas, aumentando assim
o conforto e segurança dos destes,
em particular em vias de maior
fluxo viário;

●● reduzir a circulação de bicicletas


em espaços de circulação pedonal;

●● eliminar o conflito entre ciclistas


e outros modos de tráfego rodoviá-
rio, em particular com veículos que
se encontram estacionados (aber-
tura de portas);

●● encorajar a circulação ciclável,


independentemente da experiência
e/ou idade dos ciclistas.

espaços de circulação ciclável


Pista ciclável unidireccional
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL

ESQ.10 - Espaços de circulação ciclável - Pista ciclável unidireccional - V.03


ESQ.10 - Espaços de circulação Esc. 1 / 150
ciclável - Pista ciclável unidireccional - V.03
Esc. 1 / 150

espaços de circulação ciclável


Pista ciclável unidireccional
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA

ESQ.11 - Espaços de circulação ciclável - Pista ciclável bidireccional


Esc.ciclável
ESQ.11 - Espaços de circulação 1 / 150 - Pista ciclável bidireccional
Esc. 1 / 150

espaços de circulação ciclável


Pista ciclável bidireccional
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS
ESQ.19a - Espaços de circulação ciclável - Caixa deDE CIRCULAÇÃO
viragem - V.01 CICLÁVEL
Esc. 1 / 150

Caixas de viragem
As caixas de viragem têm como
objectivo facilitar manobras de
viragem em cruzamentos. Esta me-
dida simplifica o processo de vira-
gem em zonas de cruzamento, dos
ciclistas que circulam em faixas ou
pistas cicláveis dando-lhes tempo
de paragem de forma a prepara-
rem de modo seguro a mudança
de direção. Estas caixas facilitam
ainda a navegação na rede ciclá-
vel, orientando os ciclistas quanto
às opções de circulação na rede.
Entre as principais vantagens desta
medida facilitadora de circulação
ciclável destacam-se:

●● Melhoria da habilidade e con-


fiança dos ciclistas de “negociarem”
viragens ou inversões de sentido de
circulação de forma mais segura e
confortável;

●● proporciona um espaço seguro


de paragem que lhes permite ava-
liar o melhor momento de “atacar”
o cruzamento;

●● reduz os conflitos entre ciclistas


e automobilistas nas viragens à
esquerda;

●● reduz os conflitos entre ciclistas


que querem virar ou inverter o sen-
tido de circulação, dos que querem
seguir em frente.

No entanto, apesar das vanta-


gens identificadas, esta medida
pode promover algum atraso na
circulação, nomeadamente para
que circula em tráfego profissional
(cas-trabalho), em virtude de os ci-
clistas terem de aguardar o melhor
momento para procederem à vira-
gem à esquerda nos cruzamentos,
em particular em cruzamentos não
espaços de circulação ciclável – caixa de viragem
semaforizados.
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA

ESQ.19b - Espaços de circulação ciclável - Caixa de viragem - V.02


Esc. 1 / 150

espaços de circulação ciclável


caixa de viragem
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL

Perante o semáforo vermelho


Bike Boxes ESQ.17 - Espaçososdeciclistas
circulaçãodevem
ciclável -parar
Bike-Box - V.01
dentro
Esc. 1 / 150
da caixa demarcada na faixa de
As “bike boxes” são caixas de segu- rodagem, logo antes do semáforo.
rança para os ciclistas e têm como Os restantes veículos devem parar
principal objectivo atribuir priorida- na primeira linha de stop, não
de de passagem às bicicletas em sendo permitida a sua paragem
interseções semaforizadas. dentro da caixa de segurança para
bicicletas.
Esta medida visa aumentar a
segurança e visibilidade perante os Entre as principais vantagens da
restantes condutores, dando aos aplicação desta medida faci-
ciclistas a vantagem de arrancarem litadora de circulação ciclável,
primeiro com a mudança de sinal destacam-se:
nos semáforos.

espaços de circulação ciclável


bike box
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA

de cruzamentos por parte do tráfego equacionar-se a inclusão de motos


●● aumento da visibilidade dos ciclável, minimizando assim conflitos no lado esquerdo da caixa, o que
ciclistas em relação ao automóvel e
comESQ.18
veículos motorizados; ajudará
- Espaços de circulação ciclável - Bike-Box a garantir maior utilização
- V.02
vice-versa;
Esc. 1 / 150 das caixas enquanto o volume de
●● prevenir conflitos na viragem à bicicletas na cidade for pequeno.
●● facilitar o posicionamento para direita entre velocípedes e veículos
viragens à esquerda nos cruzamen-
motorizados; Mais informações
tos e/ou inversão do sentido de
circulação;
●● facilitar a transição de faixas ●● “Infraestruturas para Bicicletas:
cicláveis localizadas à direita para Manual de princípios, estratégias e
●● dar prioridade aos ciclistas em faixas cicláveis localizadas à esquer- soluções tipo”, CML
vias partilhadas com sinalização
da do arruamento
luminosa;
●● Brochura Técnica do Pacote de
Em vias com duas faixas de rodagem Mobilidade “Rede Ciclável – Princípios
●● possibilitar através do agrupa- por sentido de circulação poderá de planeamento e desenho”, IMTT
mento de ciclistas, um rápido alivio

espaços de circulação ciclável


bike box
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL

Entre as principais vantagens desta


Atravessamentos medida facilitadora de circulação
ciclável destacam-se:
Os atravessamentos são espaços
protegidos reservados para facilitar ●● facilitar o atravessamento e
o atravessamento das faixas de ro- mudanças de direção;
dagem por parte dos ciclistas. São
usualmente implantados próximos ●● proporcionar um espaço pro-
de passagens pedonais, de forma a tegido para ciclistas enquanto
minimizar o conflito com os peões. aguardam por uma oportunidade
de passagem;
Estes espaços visam igualmente
facilitar manobras de mudança de ●● permitir aos ciclistas tirar van-
direção e/ou inversão de sentido de tagem nas entradas em mão no
circulação, à semelhança do que sentido de circulação, em particu-
acontece com as caixas de viragem. lar em vias com dois sentidos de
circulação;

ESQ.13 - Espaços de circulação ciclável - Atravessamento bidireccional


Esc. 1 / 150

espaços de circulação ciclável


atravessamento bidireccional
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA

Em ruas que pela sua dimensão ou Outra das medidas utilizadas


elevado fluxo de tráfego se justi- para facilitar o atravessamento
fique o recurso à implantação de dos ciclistas são as marcações no
um separador central, este deverá pavimento. Esta medida tem como
ter uma dimensão que possibilite principal objetivo comunicar e
ao ciclista aguardar a sua oportu- orientar o ciclista no seu percurso,
nidade de atravessar (mínimo de proporcionando uma “fronteira”
2.40m de largura). Destacam-se as clara entre o percurso ciclável e
seguintes vantagens na utilização as vias reservadas à circulação de
destas ilhas, nomeadamente: veículos motorizados. Esta solução
apresenta, entre outras, as seguin-
●● reduzir a extensão do atraves- tes vantagens:
samento e a exposição do ciclista
ao tráfego rodoviário; ●● aumentar a consciência de
automobilistas e ciclistas quanto às
●● reduzir o tempo de espera dos áreas de possível conflito;
ciclistas ao atravessarem a faixa
de rodagem.

ESQ.14 - Espaços de circulação ciclável - Atravessamento unidireccional - V.01


Esc. 1 / 150

espaços de circulação ciclável


atravessamento unidireccional
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL

●● reforçar que nos cruzamento ●● aumentar a visibilidade sobre os


deverá ser dada prioridade aos ciclistas;
utilizadores mais vulneráveis, neste
caso particular os ciclistas (excepto ●● Reduzir o conflito entre ciclistas
nos casos em que exista sinaliza- e automobilistas.
ção a informar o contrário);
Estas passagens para ciclistas
●● orientar os ciclistas nos cruza- devem, por questões de segurança
mentos; e de forma a garantir a elevada vi-
sibilidade das mesmas, ser sempre
●● aumentar a segurança e o con- pintadas na cor verde – RAL 6028,
forto sensorial dos ciclistas; mesmo nas situações em que a
faixa ou a pista ciclável não se
●● tornar os movimentos dos ciclis- encontra pintada ao longo do seu
tas mais previsíveis, contribuindo percurso.
desta forma para mitigar eventuais
conflitos;

ESQ.15 - Espaços de circulação ciclável - Atravessamento unidireccional - V.02


Esc. 1 / 150

espaços de circulação ciclável


atravessamento unidireccional
1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
ESQ.16 - Espaços de circulação ciclável - Atravessamento bidireccional com ilha
Esc. 1 / 150

espaços de circulação ciclável


atravessamento bidireccional com ilha
GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL

A integração do percurso ciclável


Cruzamentos nas intersecções deve sempre que ●● são minimizados desvios,
distâncias de atravessamento e
possível garantir que:
A implementação de cruzamentos tempos de espera para os ciclistas;
que incluem percursos cicláveis e ●● este é claramente visível para
faixas rodoviárias é particularmen- todos os utilizadores; ●● a configuração da intersecção, a
sinalização vertical e horizontal e a
te delicada, pois é aqui ocorrem
tipologia de percurso ciclável mos-
mais de metade dos acidentes que ●● há contacto visual entre os
vários actores (especialmente nas trem de forma inequívoca o regime
envolvem automóveis e bicicletas.
pistas bidirecionais); de prioridade implementado;
Os princípios fundamentais a ter
em consideração em intersecções ●● as pistas cicláveis devem ser ●● seja dada especial atenção ao
contíguas ao eixo rodoviário pelo movimento de viragem à esquerda
são:
menos 15,00m a 30,00m antes da dos ciclistas.
●● assegurar a boa visibilidade da intersecção;
Em toda a lógica de planeamento
intersecção e entre todos os dife-
e desenho, a prioridade deve ser
rentes utilizadores; ●● exista um canal onde a bicicleta
tenha prioridade face ao automó- dada aos utilizadores mais vulnerá-
veis: peões > velocípedes > veículos
●● reduzir o número de pontos de vel;
conflito potenciais; motorizados. O espaço canal de
●● as velocidades de circulação cada modo de circulação, quando
●● evitar o sobredimensionamento, automóvel sejam reduzidas; segregado, deve também respeitar
desenhando intersecções compac- esta ordem.
tas que promovam velocidades
moderadas.

espaços de circulação ciclável – cruzamentos


1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
ESQ.21 - Espaços de circulação ciclável - Cruzamentos - V.02
Esc. 1 / 300

espaços de circulação ciclável – cruzamentos


GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL

ESQ.22 - Espaços de circulação ciclável - Cruzamentos - V.03


Esc. 1 / 300

espaços de circulação ciclável – cruzamentos


1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
ESQ.23 - Espaços de circulação ciclável - Cruzamentos - V.04
Esc. 1 / 300

espaços de circulação ciclável – cruzamentos


GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL

ESQ.24- Espaços de circulação ciclável - Cruzamentos - V.05


Esc. 1 / 300

espaços de circulação ciclável – cruzamentos


1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL GEOMETRIA
ESQ.25 - Espaços de circulação ciclável - Cruzamentos - V.06
Esc. 1 / 300

espaços de circulação ciclável – cruzamentos


GEOMETRIA 1.2 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO CICLÁVEL

ESQ.26 - Espaços de circulação ciclável - Cruzamentos - V.07


Esc. 1 / 300

espaços de circulação ciclável – cruzamentos


1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

O conceito, o traçado e caracterís- As exigências particulares de cada


ticas da rede viária deve responder nível da rede viária, no que se refe-
aos seguintes objetivos urbanísticos: re à necessidade de separação ou
1.3 ●● assegurar uma correta articu-
protecção da envolvente e à neces-
sidade de introdução de medidas
Espaços lação e uma clara hierarquização
e continuidade entre as diversas
de acalmia de tráfego, implicam
diferentes tipos de abordagem de-
de circulação tipologias de vias; correntes dos objetivos funcionais
fixados para cada um dos níveis.
rodoviária ●● garantir a segurança e funcio-
nalidade da circulação de peões, Estas diferentes abordagens
bicicletas e veículos motorizados, traduzem-se na maior importância
incluindo transportes públicos, a conferir às exigências do tráfe-
considerando o efeito do desenho go rodoviário nos primeiros níveis
e calibragem das vias na fluidez do da rede viária e, por oposição, à
tráfego; introdução de soluções de desenho
mais flexíveis que reflitam, subs-
●● gerar fluxos de tráfego rodo- tantivamente, a maior importância
viário que minimizem a poluição dada ao peão nos níveis poste-
atmosférica e o ruído, em níveis riores, em particular, ao nível das
adequados aos usos e dentro dos redes de proximidade e acesso
valores legais estabelecidos; local.

●● promover o uso do transporte Nas vias que integram a Rede de


público como parte fundamental Proximidade [4.º Nível] e a Rede
na estratégia de acessibilidade de Acesso Local [5.º Nível] deverá
associada à implementação dos ser adoptado um raio de curva-
projectos de espaço público; tura mínimo de 6,00m, podendo
ser inferior quando devidamente
fundamentado.

Nas vias que integram a circulação


de transportes colectivos [1.º, 2.º e
3.º Níveis] deverá ser adotado um
raio de curvatura de 12,00m, po-
dendo ser inferior quando devida-
mente fundamentado.

Mais informações:

●● Regulamento do Plano Diretor


Municipal de Lisboa, Artigo 70.º.

●● Regulamento do Plano Diretor


Municipal de Lisboa, Anexo VI.

●● Regulamento Municipal de Ur-


banização e Edificação de Lisboa
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

Rede Estruturante

1.º Nível

Características físicas Coexistência com bicicletas

●● 1 sentido de circulação, 2 ou ●● proibida


mais faixas de rodagem
Coexistência com peões
●● 2 sentidos de circulação, 3
ou mais faixas de rodagem por ●● proibida
sentido
Estacionamento
●● separação física dos sentidos de
circulação obrigatória ●● proibido

●● largura da via 3,25m; recomen- Exigências particulares


dável 3,00m
●● separação completa da envol-
Coexistência com transportes vente
colectivos

●● corredor TCSP permitido

●● corredor BUS permitido

●● paragem proibida

lisboa – 2.ª CIRCULAR


1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

Rede de Distribuição
Principal

2.º Nível
Coexistência com transportes
Características físicas colectivos Coexistência com peões

●● 1 sentido de circulação, 2 ou ●● corredor TCSP permitido ●● permitida, segregada


mais faixas de rodagem
●● corredor BUS permitido Estacionamento
●● 2 sentidos de circulação, 2
ou mais faixas de rodagem por ●● paragem permitida em sítio ●● permitido, sujeito às restrições
sentido próprio operacionais da via

●● separação física dos sentidos de Coexistência com bicicletas Exigências particulares


circulação desejável
●● permitida, segregada ●● proteção da envolvente
●● largura da via 3,00m; 3,25m
para faixas Bus ●● passeio mínimo 1,50m em vias
ESQ.01 - Rede de distribuição principal - 2º Nível -Esc.
2 sentidos
existentes e 3,00m em vias novas
ESQ.01 - Rede de distribuição principal - 2º Nível - 2 sentidos circulação c/ 3 faixas rodagem p/ sentido trânsito
1 / 200 circulação c/ 3 faixas rodagem p/ sentido trânsito
Esc. 1 / 200

rede de distribuição principal – 2.º nível – 2 sentidos de circulação com 3 faixas de rodagem por sentido do trânsito
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

ESQ.02 - Rede de distribuição principal - 2º Nível - 2 sentidos circulação c/ 2 faixas rodagem p/ sentido trânsito
ESQ.02 - Rede de distribuição principal - 2º Nível -Esc. 1 / 150 circulação c/ 2 faixas rodagem p/ sentido trânsito
2 sentidos
Esc. 1 / 150

rede de distribuição principal – 2.º nível – 2 sentidos de circulação com 2 faixas de rodagem por sentido do trânsito
1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

ESQ.03 - Rede de distribuição principal - 2º Nível - 1 sentido circulação c/ 2 faixas rodagem


ESQ.03 - Rede de distribuição principal Esc. 1 / 150
- 2º Nível - 1 sentido circulação c/ 2 faixas rodagem
Esc. 1 / 150

rede de distribuição principal – 2.º nível – 1 sentido de circulação com 2 faixas de rodagem
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

Rede de Distribuição
Secundária

3.º Nível
Coexistência com transportes
Características físicas colectivos Coexistência com peões

●● 1 sentido de circulação, 2 faixas ●● corredor TCSP permitido ●● permitida, segregada


de rodagem
●● corredor BUS permitido Estacionamento
●● 2 sentidos de circulação, 2
ou mais faixas de rodagem por ●● paragem permitida desejavel- ●● permitido, sujeito às restrições
sentido mente em sítio próprio operacionais da via

●● separação física dos sentidos de Coexistência com bicicletas Exigências particulares


circulação facultativa
●● permitida, segregada ou livre ●● passeio mínimo 1,50m em vias
●● largura da via 3,00m; 3,25m existentes e 3,00m em vias novas
ESQ.04 - Rede de distribuição secundária - 3º Nível - 2 sentidos circulação c/ 3 faixas rodagem p/ sentido trânsito
para faixas Bus Esc. 1 / 200

ESQ.04 - Rede de distribuição secundária - 3º Nível - 2 sentidos circulação c/ 3 faixas rodagem p/ sentido trânsito
Esc. 1 / 200

rede de distribuição secundária – 3.º nível – 2 sentidos de circulação com 3 faixas de rodagem por sentido de trânsito
1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA
ESQ.05 - Rede de distribuição secundária - 3º Nível - 2 sentidos circulação c/ 2 faixas rodagem p/ sentido trânsito
ESQ.05 - Rede de distribuição secundária - 3º NívelEsc. 1 / 150 circulação c/ 2 faixas rodagem p/ sentido trânsito
- 2 sentidos
Esc. 1 / 150

rede de distribuição secundária – 3.º nível – 2 sentidos de circulação com 2 faixas de rodagem por sentido de trânsito
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA
ESQ.06 - Rede de distribuição principal - 3º Nível - 1 sentido circulação c/ 2 faixas rodagem
ESQ.06 - Rede de distribuição principal Esc. 1 / 150
- 3º Nível - 1 sentido circulação c/ 2 faixas rodagem
Esc. 1 / 150

rede de distribuição principal – 3.º nível – 1 sentido de circulação com 2 faixas de rodagem
1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA
ESQ.07 - Rede de distribuição principal - 3º Nível - 2 sentidos circulação c/ 1 faixa rodagem
ESQ.07 - Rede de distribuição principal Esc. 1 / 150
- 3º Nível - 2 sentidos circulação c/ 1 faixa rodagem
Esc. 1 / 150

rede de distribuição principal – 3.º nível – 2 sentidos de circulação com 1 faixa de rodagem
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

Rede de Proximidade Coexistência com transportes


Características físicas colectivos

4.º Nível ●● 1 sentido de circulação, 1 faixa ●● corredor TCSP não desejável


de rodagem
●● corredor BUS não desejável
●● 2 sentidos de circulação, 1 ou 2
faixas de rodagem por sentido ●● paragem permitida na via

●● separação física dos sentidos de Coexistência com bicicletas


circulação a evitar
●● recomendável, segregada ou
●● largura da via 3,00m; largura de livre
3,50m em via de sentido único.

rede de proximidade – 4.º nível – 2 sentidos de circulação com 2 faixas de rodagem

ESQ.08 - Rede de proximidade - 4º Nível - 2 sentidos circulação c/ 2 faixas rodagem - V.01


Esc. 1 / 150
1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

Coexistência com peões Exigências particulares

●● permitida, segregada ou livre ●● introdução de medidas de acal-


mia de tráfego e de zonas 30
Estacionamento
●● passeio mínimo 1,20m em vias
●● permitido existentes e 3,00m em vias novas

rede de proximidade – 4.º nível – 2 sentidos de circulação com 2 faixas de rodagem

ESQ.09 - Rede de proximidade - 4º Nível - 2 sentidos circulação c/ 2 faixas rodagem - V.02


Esc. 1 / 150
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

ESQ.10 - Rede de proximidade - 4º Nível - 1 sentido circulação c/ 1 faixa rodagem - V.01


Esc.
ESQ.10 - Rede de proximidade - 4º Nível - 11sentido
/ 150 circulação c/ 1 faixa rodagem - V.01
Esc. 1 / 150

rede de proximidade – 4.º nível – 1 sentido de circulação com 1 faixa de rodagem


1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

Rede de Acesso Local


ESQ.14 - Rede de acesso local - 5º Nível - 2 sentidos circulação c/ 2 faixas rodagem - V.01
5.º Nível Esc. 1 / 150

Características físicas

●● 1 sentido de circulação, 1 faixa


de rodagem

●● 2 sentidos de circulação, 1 faixa


de rodagem por sentido

●● separação física dos sentidos de


circulação proibida

●● largura da via 3,00m; largura de


3,50m se existir só 1 via.

Nos casos em que exista mais de


uma via com o mesmo sentido de
circulação, poder-se-á, se devi-
damente justificado, aceitar uma
largura de via mínima de 2,75m.

Coexistência com transportes


colectivos

●● corredor TCSP proibido

●● corredor BUS proibido

●● paragem proibida, excepto ser-


viços especiais de Bairro

Coexistência com bicicletas

●● livre

Coexistência com peões

●● livre

Estacionamento

●● permitido

Exigências particulares

●● introdução de medidas de
acalmia de tráfego e de zonas de
coexistência
rede de acesso local – 5.º nível
●● passeio mínimo 1,20m em vias
2 sentidos de circulação com 2 faixas de rodagem
existentes e 3,00m em vias novas
ESQ.15 - Rede de acesso local - 5º Nível - 2 sentidos circulação c/ 2 faixas rodagem - V.02
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA
Esc. 1 / 150

ESQ.13 - Rede de acesso local - 5º Nível - 1 sentido circulação c/ 1 faixa rodagem - V.


Esc. 1 / 150

ESQ.13 - Rede de acesso local - 5º Nível - 1 sentido circulação c/ 1 faixa rodagem - V.02
Esc. 1 / 150
rede de acesso local – 5.º nível
2 sentidos de circulação com 2 faixas de rodagem

rede de acesso local – 5.º nível


1 sentido de circulação com 1 faixa de rodagem
1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

ESQ.12 - Rede de acesso local - 5º Nível - 1 sentido circulação c/ 1 faixa rodagem - V.01
Esc. 1 / 150
ESQ.12 - Rede de acesso local - 5º Nível - 1 sentido circulação c/ 1 faixa rodagem - V.01
Esc. 1 / 150

rede de acesso local – 5.º nível


1 sentido de circulação com 1 faixa de rodagem
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

A limitação da velocidades a 30km/h


Zonas 30 visa promover uma mudança de
comportamento dos condutores
Conceito implementado na Euro- promovendo uma circulação mais
pa à vários anos e que tem como segura, menos ruidosa e com menos
objetivo principal devolver o espaço poluição, proporcionando assim uma
público à população (residente e utilização mais equitativa do espaço
visitante) através da implementação público. Para tal são introduzidas
de medidas de acalmia de tráfego. medidas de acalmia de tráfego que
promovam os seguintes objetivos:
Países como França, Alemanha,
Suíça, Reino Unido e Bélgica, onde ●● Reduzir a velocidade de circulação;
todo o centro da cidade é uma zona
de 30, adotaram este conceito no ●● Reduzir a ocorrência e a gravida-
desenho e requalificação das suas de de acidentes;
cidades. A implementação destas
zonas é inclusivamente aconselhada ●● Diminuir o tráfego de atravessa-
quer pela Comissão Europeia que mento indesejado;
pela Organização Mundial de Saúde.
●● Reduzir a poluição sonora e
As Zonas 30 devem ser implemen- ambiental;
tadas preferencialmente em zonas
residenciais, em áreas com elevada ●● Garantir a segurança rodoviária.
atividade comercial, na proximidade
de equipamentos, nomeadamente Uma vez alcançados estes objeti-
equipamentos escolares e de saúde vos consegue-se uma substancial
(lares e hospitais, entre outros), e na redução na ocorrência e gravidade
proximidade de itinerários cicláveis. dos atropelamentos, estimando-se

lisboa – avenida da liberdade


1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

que em caso de atropelamento num


embate a 30 km/h a taxa de sobre- ●● Diminuição dos raios de curvatura;
vivência seja de 90%, valor muito
●● Descontinuidade no alinhamento
superior à de um embate a 45-50
do eixo rodoviário;
km/h que é apenas de 60%.
●● Disposição alternada dos lugares
Igual redução acontece ao nível
de estacionamento;
da poluição atmosférica e sonora,
estimando-se uma redução do ruído
●● Sobrelevação da via e conse-
em aproximadamente 2,5 dB(A) em quente nivelamento dos atravessa-
relação a ruas em que se praticam mentos pedonais;
velocidades de cruzeiro até 50 km/h.
●● Partilha dos espaços de circulação.
No interior da Zona 30 a sinalização
vertical deve ser reduzida ao míni- Regra geral existe separação do es-
mo, devendo a acalmia de tráfego paço destinado aos peões do espaço
ser garantida através de alterações reservado para os restantes modos.
físicas no espaço urbano, que condu-
zam à sua requalificação, tais como: Para a criação de uma Zona 30 é
conveniente a definição de uma área
●● Redução da largura da via e urbana homogénea, sendo necessário
aumento do espaço pedonal; assinalar as “entradas” e “saídas”,
quer através da construção de medi-
●● Introdução de elementos que das que obriguem ao abrandamento,
transmitam a perceção de redução como as acima identificadas, quer
da largura da via aos automobilistas através de sinalização horizontal e
(arbustos/árvores, mobiliário urbano, vertical.
entre outros);

lisboa – bairro do charquinho


GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

Nestas áreas, dada a sua particu-


Zonas de coexistência laridade, devem ser observadas as ●● O condutor que saia de uma
zona de coexistência deve ceder
seguintes normas:
As zonas de coexistência são passagem aos restantes veículos.
áreas de acalmia de tráfego que, à ●● Os utilizadores vulneráveis
Nas zonas de coexistência é dada
semelhança das zonas 30, procu- podem utilizar toda a largura da via
total prioridade aos modos não
ram promover uma mudança de pública;
motorizados, tendo por base os
comportamento dos condutores
princípios do desenho inclusivo,
promovendo uma circulação mais ●● É permitida a realização de
jogos na via pública; com possibilidade de definição de
segura, menos ruidosa e com
uma plataforma única, onde não
menos poluição, proporcionando
●● Os condutores não devem existam separações físicas de nível
assim uma utilização mais justa do
comprometer a segurança ou a entre os espaços destinados aos
espaço público.
comodidade dos demais utentes diferentes modos de deslocação
Estas zonas são especialmente da via pública, devendo parar se e onde a velocidade máxima de
concebidas para utilização parti- necessário; circulação autorizada deverá ser de
lhada por peões e veículos (moto- 20km/h.
rizados e não motorizados), tendo ●● Os utilizadores vulneráveis de-
vem abster-se de atos que impe- Devem ser utilizados pavimentos
como objetivos dissuadir o tráfego
çam ou embaracem desnecessaria- regulares, que assegurem o confor-
de atravessamento e estimular a
mente o trânsito de veículos; to de peões e ciclistas, e reforcem o
convivência social. Nelas devem
caráter pedonal destas zonas, onde
vigorar regras particulares de
●● É proibido o estacionamento e a circulação pedonal e ciclável é
trânsito, necessitando portanto de
paragem, salvo nos locais onde tal prioritária.
ser sinalizadas/identificadas em
conformidade. for autorizado por sinalização;
Independentemente da sua dimen-
são, preferencialmente não devem
ser utilizadas guias ou marcações
no pavimento para estabelecer
a delimitação entre os espaços
de circulação (pedonal, ciclável e
rodoviária) e estacionamento. No
entanto, o recurso a mobiliário
urbano e arborização e vegetação
de pequeno porte pode ajudar a
delinear, ainda que de forma subtil,
os espaços partilhados dos espaços
exclusivos do peão.

Em ruas estreitas, que detenham


apenas um sentido de circulação
para tráfego rodoviário, deverá ser
permitida a circulação bidirecional
de bicicletas. Em ruas mais largas,
que possibilitem a circulação bidi-
recional de veículos motorizados, é
recomendada a criação de medidas
de acalmia como “chicanes”, recor-
rendo a mobiliário urbano, vegeta-
ção e bolsas de estacionamento e
paragem.

almada – zona de prioridade ao peão


1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

Em zonas comerciais, deverão ser


devidamente identificadas através
de sinalização vertical e/ou hori-
zontal, os espaços reservados para
cargas e descargas de mercadorias.

Devem ser implementadas prefe-


rencialmente em zonas residenciais
e comerciais, e também na proxi- ESQ.12 - Espaços de circulação ciclável - Zonas de prioridade ao peão
ESQ.12 - Espaços de circulação ciclável - Zonas de prioridade ao peão
midade de equipamentos, nomea- Esc. 1 / 150
Esc.
ESQ.12 - Espaços de circulação 1 / 150- Zonas de prioridade ao peão
ciclável
damente equipamentos escolares Esc. 1 / 150
e de saúde. A implementação de
zonas de coexistência no interior de
zonas 30 tem tido enorme popula-
ridade nos últimos anos na Europa,
e já se encontra prevista na recente
revisão do código de estrada por-
tuguês.

ESQ.17 - Rede de acesso local - Coexistência - 1 sentido circulação c/ 1 faixa rodagem - V.02
Esc. 1- 1/ 150
ESQ.17 - Rede de acesso local - Coexistência sentido circulação c/ 1 faixa rodagem - V.02
Esc. 1 / 150

rede de acesso local – coexistência


1 sentido de circulação com 1 faixa de rodagem – v.02 espaços de circulação ciclável – zonas de prioridade ao peão
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

O Plano Diretor Municipal de


Acalmia de tráfego Lisboa determina a introdução de
medidas de acalmia de tráfego
A redução de velocidade de circu- nas vias de proximidade e aces-
lação na Cidade de Lisboa é uma so local - onde ocorrem mais de
prioridade para a CML, por ser a metade dos atropelamentos -,
maneira mais eficaz de reduzir o deixa em aberto a possibilidade
número de atropelamentos e a sua da sua introdução nas vias de 3.º
gravidade. nível - que atravessam algumas
zonas residenciais e registam 1/3
Introdução de medidas de acalmia dos atropelamentos -, e prevê
de tráfego - geralmente medidas de igualmente a criação de Zonas de
natureza física como sobrelevações Moderação da Circulação – zonas
da via, pavimentos diferenciados, onde se pretende reduzir a velo-
estreitamentos ou chicanes - nos cidade de circulação e eliminar o
espaços de circulação rodoviária, tráfego de atravessamento, atra-
com o objetivo de reduzir a veloci- vés da criação de Zonas 30 ou de
dade de circulação e o volume do Zonas de Coexistência.
tráfego rodoviário, são a melhor
forma de o conseguir, nomeada- A medida de acalmia de tráfego a
mente em zonas residenciais, em adotar – sobrelevação da via, cru-
centros históricos, na envolvente zamento sobrelevado, passadeira
de escolas e em ruas com muitos de peões sobrelevada ou passeio
peões. Têm também a vantagem contínuo – deverá ser devidamen-
adicional de reduzir o tráfego de te adequada às características do
atravessamento, o qual é habitual- local e a sua escolha e implanta-
mente mais veloz e perigoso. ção deve ter em conta a hierar-
quia da rede viária, as ligações de
As experiências de sucesso em acesso a Hospitais, os itinerários
várias outras cidades demonstram dos autocarros, as condições de
claramente que, quando aplica- iluminação pública, a inclinação
das corretamente, estas medidas da via e o sistema de drenagem
apresentam poucos ou nenhuns existente.
inconvenientes. Mas apresentam
muitos benefícios, ao nível da segu- A escolha dos materiais a utilizar
rança, da convivência entre todos deve garantir a qualidade dos aca-
os utilizadores da rua, do ambiente bamentos e salvaguardar a segu-
urbano e da qualidade de vida dos rança física de todos os utilizadores
residentes. da via.

almada – cova da piedade


B

1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

Sobrelevação da via
ESQ.18 - Acalmia de tráfego - sobrelevação de via - V.01
Esc. 1 / 150
Descrição
Elevação do pavimento da faixa de
rodagem até à altura do passeio,
de modo a forçar o condutor a
reduzir a velocidade de circulação B

para subir a rampa e passar pela


plataforma sobrelevada. A A

Objetivos

●● Reduzir as velocidades de circu-


lação.

●● Desencorajar o tráfego de atra-


vessamento.

Localização
Esta medida não deve ser implan-
tada:

●● em vias de 1.º e 2.º nível; B

●● em vias de 4.º e 5.º nível que A A


façam a ligação entre as entradas
dos Hospitais e as vias de nível
superior;

●● em locais onde a inclinação lon-


gitudinal da via é igual ou superior
a 8%;

●● em locais sem iluminação


pública;

●● em locais com pouca visibilida-


de, por exemplo em curvas.

Em vias de 3.º nível a implantação


desta medida deve ter em conta os
volumes de tráfego rodoviário, as
velocidades de circulação, os fluxos
pedonais e o registo de atropela-
mentos.

Caso sejam introduzidas sobreleva-


ções sucessivas, estas não devem
distar entre si menos de 30,00m,
perdendo-se o efeito de conjunto se
acalmia de tráfego – sobrelevação da via
distarem mais de 150,00m.
B

GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

O espaçamento entre as sobreleva-


ções depende da velocidade que se
ESQ.19 - Acalmia de tráfego - sobrelevação de via - V.02 pretende induzir; isto é, quanto me-
Esc. 1 / 150
nor for a distância entre as sobrele-
vações menor será a velocidade de
circulação.

B Configuração
A sobrelevação da via deve ser
A A constituída por:
B

●● plataforma sobrelevada;

●● rampas.

A sobrelevação da via deve ocupar


toda a largura da faixa de roda-
gem, exceto nas seguintes situa-
ções, só admissíveis para sobre-
levações da via que não estejam
associadas a passadeiras de peões:

●● se existir uma faixa ciclável;


B

●● se existir um canalete de dre-


nagem.
A A

A plataforma sobrelevada deve


reunir as seguintes características:

●● comprimento, medido na dire-


ção do eixo da via, deve ser entre
4,00m a 8,00m;

●● caso a via seja utilizada com


regularidade por autocarros, o com-
primento, medido na direção do eixo
da via, deve ser superior a 6,00m;

●● altura, medida relativamente ao


plano da faixa de rodagem, entre
5cm a 12cm.

As rampas devem ser perpendi-


culares ao eixo da via onde estão
contidas e reunir as seguintes
características:

●● comprimento, medido na dire-


ção do eixo da via, igual ou superior
a 50cm;
acalmia de tráfego – sobrelevação da via
1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

Infraestruturas
●● uma inclinação entre 3% a Drenagem:
12%. A inclinação das rampas é o
principal indicador de desconforto, ●● a introdução desta medida de
quanto maior for a inclinação me- acalmia não pode piorar o sistema
nor será a velocidade. de drenagem existente na via e
deve adequar-se o mesmo caso
Pavimentos
seja necessário;
O revestimento da plataforma
sobrelevada e das rampas deve ●● deve evitar-se acumulação de
ser adequado ao tipo de tráfego e água nos pontos baixos, através
cargas a que irá estar sujeita. da introdução de sumidouros ou
canalete de drenagem;
Para aumentar a visibilidade desta
medida de acalmia e contribuir ●● os sumidouros devem ser colo-
para a mudança de comportamen- cados junto aos lancis, de ambos
to dos condutores, pode utilizar-se os lados da faixa de rodagem,
um revestimento de cor ou textura a montante da sobrelevação no
diferente do existente na faixa de sentido do escoamento superficial
rodagem. da via;
Sinalização Horizontal ●● o canalete de drenagem inter-
As rampas devem ser sinalizadas rompe a plataforma sobrelevada,
com marcas transversais idênticas, de ambos os lados da faixa de
constituída cada uma delas por fi- rodagem, numa faixa de normal-
las de quadrados de 50cm de lado, mente 20cm;
alternando a cor branca com a do
pavimento, de forma a produzir um ●● caso seja necessário devem ser
efeito xadrez: previstas as devidas adaptações
das infraestruturas existentes - al-
●● deve proibir-se a ultrapassagem teamento de tampas e/ ou altera-
no mínimo 10,00m antes, depois ção do revestimento das tampas de
e durante a sobrelevação da via, acordo com o material utilizado.
através da marca rodoviária M1;

●● a marca rodoviária M1 separa


os sentidos de trânsito e deve ser
constituída por linha contínua, com
largura de 20cm.

rede viária 3.º nível 4.º nível 5.º nível


velocidade máxima
50km/h 30km/h 30km/h
desejada no arruamento
inclinação 6% 8% 12%
comprimento 1,00m 2,00m 0,75m 1,5m 0,50m 1,00m
altura 6cm 12cm 6cm 12cm 6cm 12cm

adequação da inclinação das rampas à velocidade desejada


GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

A sobrelevação das vias deve ocu-


Cruzamento sobrelevado ●● em locais onde a inclinação lon- par todo o cruzamento ou entron-
gitudinal da via é igual ou superior
camento, em particular se existirem
a 8%;
Descrição percursos cicláveis;
Elevação do pavimento do cruza-
mento ou entroncamento até à ●● em locais sem iluminação A plataforma sobrelevada deve
pública;
altura do passeio, de modo a forçar reunir as seguintes características:
o condutor a reduzir a velocidade
●● em locais com pouca visibilida-
de circulação para subir a rampa ●● comprimento, medido na dire-
de, por exemplo em curvas.
e passar pela plataforma sobrele- ção do eixo da via, deve ser entre
vada. 4,00m a 8,00m;
Em vias de 3.º nível a implantação
desta medida deve ter em conta os
Objetivos ●● caso a via seja utilizada com
volumes de tráfego rodoviário, as
regularidade por autocarros, o
velocidades de circulação, os fluxos
●● Reduzir as velocidades de circu- comprimento, medido na direção
pedonais e o registo de atropela-
lação. do eixo da via, deve ser superior a
mentos.
6,00m;
●● Facilitar a circulação ciclável,
Caso sejam introduzidas sobreleva-
nomeadamente manobras de ●● altura, medida relativamente ao
ções sucessivas, estas não devem
viragem, em particular em vias plano da faixa de rodagem, entre
distar entre si menos de 30,00m,
partilhadas (vias onde as bicicletas 5cm a 12cm.
perdendo-se o efeito de conjunto se
partilham o espaço rodoviário com
distarem mais de 150,00m. As rampas devem ser perpendi-
os veículos motorizados).
culares ao eixo da via onde estão
O espaçamento entre as sobreleva-
●● Desencorajar o tráfego de atra- contidas e reunir as seguintes
ções depende da velocidade que se
vessamento. características:
pretende induzir; isto é, quanto me-
nor for a distância entre as sobrele-
Localização ●● comprimento, medido na dire-
Esta medida não deve ser implan- vações menor será a velocidade de ção do eixo da via, igual ou superior
tada: circulação. a 50cm;
Configuração
●● em vias de 1.º e 2.º nível; ●● uma inclinação entre 3% a
A sobrelevação da via deve ser 12%. A inclinação das rampas é o
●● em vias de 4.º e 5.º nível que constituída por: principal indicador de desconforto,
façam a ligação entre as entradas quanto maior for a inclinação me-
dos Hospitais e as vias de nível ●● plataforma sobrelevada; nor será a velocidade.
superior;
●● rampas.

acalmia de tráfego – soblelevação de cruzamento


1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA
ESQ.23 - Acalmia de tráfego - sobrelevação de cruzamento
Esc. 1 / 150

acalmia de tráfego – soblelevação de cruzamento


GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

Pavimentos Infraestruturas
O revestimento da plataforma Drenagem:
sobrelevada e das rampas deve
ser adequado ao tipo de tráfego e ●● a introdução desta medida de
cargas a que irá estar sujeita. acalmia não pode piorar o sistema
de drenagem existente na via e
Para aumentar a visibilidade desta deve adequar-se o mesmo caso
medida de acalmia e contribuir seja necessário;
para a mudança de comportamen-
to dos condutores, pode utilizar-se ●● deve evitar-se acumulação de
um revestimento de cor ou textura água nos pontos baixos, através
diferente do existente nas faixas de da introdução de sumidouros ou
rodagem. canalete de drenagem;

Sinalização Horizontal ●● os sumidouros devem ser colo-


As rampas devem ser sinalizadas cados junto aos lancis, de ambos
com marcas transversais idênticas, os lados da faixa de rodagem,
constituída cada uma delas por fi- a montante da sobrelevação no
las de quadrados de 50cm de lado, sentido do escoamento superficial
alternando a cor branca com a do da via;
pavimento, de forma a produzir um
efeito xadrez: ●● o canalete de drenagem inter-
rompe a plataforma sobrelevada,
●● deve proibir-se a ultrapassagem de ambos os lados da faixa de
no mínimo 10,00m antes e depois, rodagem, numa faixa de normal-
através da marca rodoviária M1; mente 20cm;

●● a marca rodoviária M1 separa ●● caso seja necessário devem ser


os sentidos de trânsito e deve ser previstas as devidas adaptações
constituída por linha contínua, com das infraestruturas existentes - al-
largura de 20cm. teamento de tampas e/ ou altera-
ção do revestimento das tampas de
acordo com o material utilizado.

rede viária 3.º nível 4.º nível 5.º nível


velocidade máxima
50km/h 30km/h 30km/h
desejada no arruamento
inclinação 6% 8% 12%
comprimento 1,00m 2,00m 0,75m 1,5m 0,50m 1,00m
altura 6cm 12cm 6cm 12cm 6cm 12cm

adequação da inclinação das rampas à velocidade desejada


B

1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

Passadeira de peões
sobrelevada
ESQ.20 - Acalmia de tráfego - sobrelevação de passadeira - V.01
Descrição Esc. 1 / 150
Elevação do pavimento da faixa de
rodagem até à altura do passeio,
conjugada com uma passagem de B

peões.
A A

Esta medida força o condutor a


reduzir a velocidade de circulação B

para subir a rampa e passar pela


plataforma sobrelevada e o peão
percorre a passagem de peões
sempre ao mesmo nível.

Objetivos

●● Reduzir as velocidades de circu-


lação.

●● Desencorajar o tráfego de atra-


vessamento.
B

Localização
Esta medida não deve ser implan-
A A
tada:

●● em vias de 1.º e 2.º nível;

●● em vias de 4.º e 5.º nível que


façam a ligação entre as entradas
dos Hospitais e as vias de nível
superior;

●● em locais onde a inclinação lon-


gitudinal da via é igual ou superior
a 8%;

●● em locais sem iluminação


pública;

●● em locais com pouca visibilida-


de, por exemplo em curvas.

Em vias de 3.º nível a implantação


desta medida deve ter em conta os
volumes de tráfego rodoviário, as
velocidades de circulação, os fluxos
pedonais e o registo de atropela-
acalmia de tráfego – sobrelevação de passadeira
mentos.
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA
ESQ.21 - Acalmia de tráfego - sobrelevação de passadeira - V.02
Esc. 1 / 150

Deve procurar-se manter o alinha-


mento do canal pedonal existente.

Caso sejam introduzidas sobreleva-


ções sucessivas, estas não devem
distar entre si menos de 30,00m,
perdendo-se o efeito de conjunto se
distarem mais de 150,00m.

O espaçamento entre as sobreleva-


ções depende da velocidade que se
pretende induzir; isto é, quanto me-
nor for a distância entre as sobrele-
vações menor será a velocidade de
circulação.

Configuração
A sobrelevação da via com passa-
gem de peões é constituída por:

●● plataforma sobrelevada;

●● rampas.

A sobrelevação da via com passa-


gem de peões deve ocupar toda a
largura da faixa de rodagem.

A plataforma sobrelevada deve


reunir as seguintes características:

●● comprimento, medido na dire-


ção do eixo da via, deve ser entre
4,00m a 8,00m;

●● caso a via seja utilizada com


regularidade por autocarros, o
comprimento, medido na direção
do eixo da via, deve ser superior a
6,00m;

●● altura, medida relativamente ao


plano da faixa de rodagem, entre
5cm a 10cm.

As rampas devem ser perpendi-


culares ao eixo da via onde estão
contidas.

acalmia de tráfego – sobrelevação de passadeira


1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

As rampas devem ser perpendi- Na zona do passeio adjacente à Deve introduzir-se uma linha de
culares ao eixo da via onde estão passagem de peões deve existir um paragem com as seguintes carac-
contidas e reunir as seguintes tipo de revestimento específico e terísticas:
características: inconfundível, designado piso táctil,
com cor contrastante e/ ou textura ●● marca rodoviária M8, constituí-
●● comprimento, medido na dire- bem diferenciada, que permita ao da por barra transversal ao eixo da
ção do eixo da via, igual ou superior peão detectar a existência da pas- faixa de rodagem, com largura de
a 50cm; sagem de peões, a sua largura e a 50cm;
direção de atravessamento.
●● uma inclinação entre 6% a ●● a marca rodoviária M8 deve
12%. A inclinação das rampas é o O piso táctil deve conjugar a faixa distar 50 cm do final das rampas.
principal indicador de desconforto, de alerta, a guia de encaminha-
quanto maior for a inclinação me- mento e a moldura de contraste. As rampas devem ser sinalizadas
nor será a velocidade. com marcas transversais idênticas,
Sinalização Horizontal constituída cada uma delas por fi-
Deve igualmente existir uma área A plataforma sobrelevada deve las de quadrados de 50cm de lado,
de protecção, livre de obstáculos conter a passagem de peões defi- alternando a cor branca com a do
que possam prejudicar o avista- nida através das seguintes marcas pavimento, de forma a produzir um
mento do peão pelos condutores. rodoviárias: efeito xadrez.

Pavimentos ●● marca rodoviária M11; Infraestruturas


O revestimento da plataforma Drenagem:
sobrelevada e das rampas deve ser ●● a marca rodoviária M11 deve
adequado ao tráfego automóvel e ser constituída por barras longitu- ●● a introdução desta medida de
seguro e confortável para o peão. dinais paralelas ao eixo da via, com acalmia não pode piorar o sistema
largura de 50cm, alternadas por de drenagem existente na via e
Para aumentar a visibilidade desta intervalos regulares com a mesma deve adequar-se o mesmo caso
medida de acalmia e contribuir medida; seja necessário;
para a mudança de comportamen-
to dos condutores, pode utilizar-se O início das rampas deve distar ●● deve evitar-se acumulação de
um revestimento de cor ou textura 50cm do fim da marca rodoviária água nos pontos baixos, através da
diferente do existente na faixa de M11. introdução de sumidouros;
rodagem.
●● os sumidouros devem ser colo-
cados junto aos lancis, de ambos
os lados da faixa de rodagem,
a montante da sobrelevação no
sentido do escoamento superficial
rede viária 3.º nível 4.º nível 5.º nível da via;
velocidade máxima
50km/h 30km/h 30km/h
desejada no arruamento ●● caso seja necessário devem ser
inclinação 6% 8% 10% previstas as devidas adaptações
comprimento 1,00m 2,00m 0,75m 1,5m 0,60m 1,20m das infraestruturas existentes –
nomeadamente, alteamento de
altura 6cm 12cm 6cm 12cm 6cm 12cm
tampas e/ ou alteração do revesti-
mento das tampas de acordo com
adequação da inclinação das rampas à velocidade desejada
o material utilizado.
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

partilham o espaço rodoviário com


Gincana (Chicane) os veículos motorizados).

Descrição ●● Desencorajar o tráfego de atra-


Medida que promove a deflexão ho- vessamento.
rizontal da via, ou seja, a alteração
do alinhamento horizontal do eixo Localização
do espaço de circulação rodoviário, Esta medida não deve ser implan-
com o intuito de forçar os veículos tada:
que nela circulam a pontualmente
alterar a sua trajetória, contribuin- ●● em vias de 1.º e 2.º nível;
do assim para a redução da sua
velocidade de circulação. ●● em locais onde a inclinação lon-
gitudinal da via é igual ou superior
Objetivos a 8%;

●● Tornar o espaço de circulação ●● em locais sem iluminação


mais sinuoso. pública;

●● Reduzir as velocidades de ●● em locais com pouca visibilida-


circulação, ajustando-as ao espaço de, por exemplo em curvas.
em que os veículos se encontram a
circular. Em vias de 3.º nível a implantação
desta medida deve ter em conta os
●● Facilitar a circulação ciclável, volumes de tráfego rodoviário, as
nomeadamente manobras de velocidades de circulação, os fluxos
viragem, em particular em vias pedonais e o registo de atropela-
partilhadas (vias onde as bicicletas mentos.

almada
avenida dom nuno álvares pereira
1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

O espaçamento entre as deflexões


depende da velocidade que se pre-
tende induzir; isto é, quanto menor
for a distância entre as deflexões
horizontais menor será a velocida-
de de circulação.

Configuração
As deflexões horizontais podem
ser desenhadas recorrendo a uma
ângulo de 30º, ou, em casos onde
se pretenda reduzir substancial-
mente a velocidade de circulação,
utilizar ângulos mais acentuados
(45º) o que irá conduzir a uma rua
de desenho mais sinuoso (desen-
volvimento linear em “S”).

A alteração do alinhamento hori-


zontal das vias pode ser consegui-
do recorrendo também a mobiliário
urbano (pilaretes e floreiras, entre
outros), implantação de bolsas de
estacionamento (veículos motoriza-
dos e não motorizados), vegetação
(canteiros e arborização) e pintura
de pavimento.

Pavimentos
O revestimento deve ser adequado
ao tipo de tráfego e cargas a que
irá estar sujeita. Para aumentar
a visibilidade desta medida de
acalmia e contribuir para a mudan-
ça de comportamento dos condu-
tores, nas zonas de deflexão pode
utilizar-se um revestimento de cor
ou textura diferente do existente na
faixa de rodagem.

Sinalização
É recomendável o recurso a sina-
lização horizontal e vertical com
o intuito de alertar os condutores
da inflexão existente no espaço de
circulação rodoviário.

Infraestruturas
A introdução desta medida de acal-
mia não pode piorar o sistema de
drenagem existente na via e deve
adequar-se o mesmo caso seja
necessário.

acalmia de tráfego
gincana
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

Passeio contínuo ESQ.22 - Acalmia de tráfego - passeio contínuo


Esc. 1 / 150
Descrição
A continuidade do passeio consiste
na interrupção da faixa de rodagem
pelo passeio, e implica a circulação
dos veículos por travessia pontual
do espaço do peão.

Esta medida força o condutor a


reduzir a velocidade de circulação
para passar pelo passeio, dando
prioridade ao peão que o percorre
sempre ao mesmo nível.

A continuidade do passeio só pode


ser adoptada se for assegurada
a sua compatibilidade com as se-
guintes características da via:

●● classificação e respectiva fun-


ção na rede viária;

●● volume de tráfego, que pode


ser alterado através da redução do
tráfego de atravessamento;

●● velocidade limite, que pode ser


alterada através da introdução
de medidas físicas de acalmia de
tráfego.

A adopção da continuidade do
passeio implica, em coerência, o
seguinte:

●● homogeneidade visual do
espaço do peão, não se materiali-
zando no passeio nenhuma marca
rodoviária;

●● adequação do pavimento aos


esforços provocados pela travessia
de veículos;

●● revestimento do passeio ade-


quado ao conforto e à segurança
do peão.

Objetivos

●● Reduzir as velocidades de circu-


lação;

●● Desencorajar o tráfego de atra- acalmia de tráfego – passeio contínuo


vessamento;
1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

●● Evitar interrupções no percurso ●● rampas, que podem ser substi- ●● em vias de sentido único, quan-
do peão. tuídas por lancil boleado ou ram- do do atravessamento do passeio
peado. contínuo por veículos motorizados
Tem as vantagens de permitir ao poder-se-á considerar recorrer a
peão andar sempre ao mesmo O passeio contínuo deve ocupar um lancil rampeado de 30cm quan-
nível, de criar uma continuidade toda a largura da faixa de roda- do da entrada, com o intuito de
visual do espaço do peão e de gem. acalmar a velocidade, e de 50cm
dispensar a sinalização vertical, a de comprimento na saída do pas-
sinalização horizontal e o piso tátil. A plataforma sobrelevada deve seio de forma a facilitar a referida
reunir as seguintes características: saída desta zona de acalmia.
Localização
Esta medida não deve ser implan- ●● comprimento, medido na dire- Pavimentos
tada: ção do eixo da via, deve ser entre O revestimento da plataforma
4,00m a 8,00m; sobrelevada e das rampas deve ser
●● em vias de 1.º, 2.º e 3.º nível; adequado ao tráfego automóvel e
●● caso a via seja utilizada com seguro e confortável para o peão.
●● em vias de 4.º e 5.º nível que regularidade por autocarros, o
façam a ligação entre as entradas comprimento, medido na direção É recomendável a utilização de
dos Hospitais e as vias de nível do eixo da via, deve ser superior a pavimento com material e cor
superior; 6,00m; idêntica à dos passeios adjacen-
tes, para assegurar a pretendida
●● em locais onde a inclinação lon- ●● altura, medida relativamente ao continuidade do espaço do peão,
gitudinal da via é igual ou superior plano da faixa de rodagem, igual comunicando desta forma ao con-
a 8%; à do passeio adjacente - ressalto dutor que está a atravessar uma
zero -, sendo recomendável que zona pedonal.
●● em locais sem iluminação não exceda os 10cm; se altura for
pública; superior a 10cm, deve adequar-se Infraestruturas
o comprimento das rampas/lancis Drenagem:
●● em locais com pouca visibilida- rampeados.
de, por exemplo em curvas. ●● a introdução desta medida de
As rampas, em particular os lancis acalmia não pode piorar o sistema
Deve procurar-se manter o alinha- rampeados, devem ser perpendi- de drenagem existente na via e
mento do canal pedonal existente. culares ao eixo da via onde estão deve adequar-se o mesmo caso
contidas e reunir as seguintes seja necessário;
Configuração características:
O passeio contínuo é constituída
●● deve evitar-se acumulação de
por: ●● comprimento, medido na dire- água nos pontos baixos, através da
ção do eixo da via, igual ou superior introdução de sumidouros;
●● plataforma continua; a 50cm;
●● os sumidouros devem ser colo-
cados junto aos lancis, de ambos
os lados da faixa de rodagem,
a montante da sobrelevação no
rede viária 4.º nível 5.º nível sentido do escoamento superficial
velocidade máxima desejada no arruamento 30km/h 30km/h da via;
velocidade máxima desejada
10km/h 10km/h
na aproximação à medida ●● caso seja necessário devem ser
inclinação 16% 24% previstas as devidas adaptações
comprimento 0,50m 0,75m 0,25m 0,50m
das infraestruturas existentes –
nomeadamente, alteamento de
altura 8cm 12cm 6cm 12cm
tampas e/ ou alteração do revesti-
mento das tampas de acordo com
adequação da inclinação das rampas à velocidade desejada
o material utilizado.
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

A experiência demonstra que a


Paragens de autocarro paragem em recorte fomenta a
prática de velocidades elevadas,
dificulta a reinserção do autocarro
Tipo de Paragem na corrente de tráfego, dificulta a
acostagem, fomenta o estaciona-
A configuração da paragem, do mento ilegal, tornando a acostagem
lado da faixa de rodagem, deve: mais difícil ou impossível, consome
espaço pedonal, dificulta a instala-
●● Facilitar a acostagem do auto- ção de abrigos (por falta de espaço
carro nas portas de entrada e saída no passeio) e torna a mudança de
(i.e., integral); paragens mais onerosa e difícil.

●● Minimizar o intervalo horizontal Estas desvantagens prejudicam a


entre os pisos do autocarro e da segurança rodoviária, a velocidade
paragem; comercial dos autocarros e a aces-
sibilidade pedonal. A paragem em
●● Facilitar a reinserção do auto- via própria implica ainda manobras
carro na corrente de tráfego; mais difíceis para os motoristas,
dificulta a acostagem, consome
●● Desencorajar o estacionamento espaço pedonal, dificulta a instala-
abusivo na faixa de acostagem. ção de abrigos (por falta de espaço
no passeio) e torna a mudança de
A paragem deve seguir um dos
paragens mais onerosa e difícil.
seguintes tipos:
Estas desvantagens prejudicam a
segurança rodoviária, a velocidade
●● Paragem em plena via
comercial dos autocarros e a aces-
sibilidade pedonal.
●● Paragem em recorte
A paragem em plena via pode ser
●● Paragem em via própria
obtida mediante preenchimento de
O tipo de paragem deve ser com- recorte ou via própria pré-existentes.
patível com o nível da via, de acor-
do as recomendações apresentadas O recorte ou a via própria não de-
no documento (ver rede viária) e de vem prejudicar o percurso pedonal
acordo com a hierarquia da rede no passeio, o qual deve possuir a
viária definida pelo Plano Director seguinte largura livre:
Municipal.
●● Em novos arruamentos, 1,50m
O recurso a paragem em recorte ou superior;
ou em via própria deve ser limitado
aos locais onde se conjuguem as ●● Em passeios adjacentes a vias
já existentes, de 2.º ou 3.º nível,
seguintes três condições:
1,50m ou superior;
●● Volume de tráfego elevado;
●● Em passeios adjacentes a vias
já existentes, de 4.º nível, 1,20m ou
●● Frequência de autocarros ele-
vada; superior;

●● Paragem servida por mais de ●● Nas restantes situações, 1,50m


duas carreiras. ou superior.

Nota: aplica-se a hierarquia viária


definida pelo PDM.
1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA ESQ.24 - Paragem de autocarro - Paragem em plena via GEOMETRIA
Esc. 1 / 150

Paragem em Plena Via


A paragem em plena via deve per-
mitir ao autocarro:

●● Realizar a acostagem integral


com uma mudança de direção
mínima;

●● Efectuar os embarques e
desembarques com o autocarro
imobilizado na via de trânsito,
mesmo que isso implique (caso da
via única) interrupção do restante
tráfego rodoviário.

Se existir estacionamento marginal


à via, no lado da paragem, a para-
gem em plena via

deve possuir um avanço saliente.


Na tomada desta decisão deve
considerar-se da mesma forma
a existência de estacionamento
demarcado ou não demarcado, e
legal ou ilegal.

Quando exista, o avanço saliente


deve ter as seguintes dimensões:

●● Largura igual ou superior à


largura da zona de estacionamento
adjacente;

●● Se a paragem servir autocarros


articulados, comprimento de 18
metros;

●● Nos restantes casos, compri-


mento de 12 metros;

●● Se houver condicionantes de
grande escala (por ex., árvores ou
candeeiros de iluminação pública),
o comprimento referido no ponto
anterior pode ser reduzido para 10
metros.

paragem de autocarro em plena via


GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

ESQ.25 - Paragem de autocarro - Paragem em recorte


Paragem em Recorte Esc. 1 / 150
A paragem em recorte deve permi-
tir ao autocarro:

●● Sair completamente da faixa de


rodagem;

●● Realizar a acostagem integral


com uma manobra única (i.e., sem
marcha-atrás);

●● Efectuar os embarques e
desembarques com o autocarro
parado no recorte.

A posição do ponto de paragem no


recorte deve ser a mais favorável à
manobra de acostagem.

O ângulo de saída do recorte deve


facilitar a reinserção na corrente de
tráfego. Os ângulos de entrada e
saída no recorte podem ser assimé-
tricos, sendo o ângulo de saída do
recorte formado pelo lado de saída
do recorte e o eixo da via. Quanto
menor, melhor será a visibilidade
para o motorista do autocarro, e
mais fácil a reinserção na corrente
de tráfego.

paragem de autocarro em recorte


1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

ESQ.27 - Paragem de autocarro - Paragem em via própria - V.02


Paragem em Via Própria Esc. 1 / 150
A paragem em via própria deve per-
mitir ao autocarro:

●● Sair completamente da faixa de


rodagem;

●● Manobrar dentro do espaço deli-


mitado pelo passeio e pelo separador;

●● Realizar a acostagem integral;

●● Efectuar os embarques e desem-


barques com o autocarro parado na
via própria;

●● Estar parado por períodos de tem-


po mais longos (por ex., em estação
terminal).

A paragem em via própria deve estar


separada fisicamente da faixa de
rodagem por meio de uma ilha.

A posição do ponto de paragem na


via própria deve ser a mais favorável
à manobra de acostagem.

O ângulo de saída do recorte deve


facilitar a reinserção na corrente de
tráfego. Os ângulos de entrada e saí-
da no recorte podem ser assimétricos,
sendo o ângulo de saída do recorte
formado pelo lado de saída do recorte
e o eixo da via. Quanto menor, melhor
será a visibilidade para o motorista
do autocarro, e mais fácil a reinser-
ção na corrente de tráfego.

paragem de autocarro em via própria


GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

Implantação Relação com


a Geometria da Via
A implantação da paragem deve
otimizar, pela seguinte ordem de A paragem de autocarro é compa-
prioridades: tível com medidas de acalmia de
tráfego, devendo:
●● A segurança rodoviária, nomea-
damente dos peões; ●● Nos estreitamentos, salvaguar-
dar-se uma largura livre igual ou
●● A facilidade de transbordo para superior a 2,75m;
outras carreiras de autocarro;
●● Nas mudanças de direção (por
●● A facilidade de transferência de ex., mini rotundas), salvaguardar-se
e para outras interfaces de trans- o espaço necessário à manobra do
porte público; autocarro;

●● A proximidade aos principais Deve evitar-se a implantação de


polos geradores de viagens (por ex., paragens em curva.
escolas);
Devem assegurar-se as seguintes
●● O conforto e perceção de segu- distâncias mínimas à interseção:
rança dos passageiros em espera;
●● Antes da entrada, 15m;
●● A minimização do impacto na
fluidez do tráfego pedonal; ●● Depois da saída, 10m a 50m.

●● A minimização do Impacto na
fluidez do tráfego rodoviário. Relação com o Estacionamento

Deve evitar-se a implantação de Junto à paragem de autocarro deve


paragem em vias com uma in- haver proibição de paragem e esta-
clinação longitudinal superior a cionamento, da seguinte forma:
5%. Deve igualmente evitar-se a
implantação de paragens junto a ●● Sinalização vertical com painel
obstáculos de grande porte que C16;
impeçam ou prejudiquem a visi-
bilidade dos passageiros para o ●● Início da proibição a 15 metros
autocarro em aproximação, ou do (antes) do ponto de paragem;
motorista do autocarro para os
passageiros em espera. ●● Final da proibição a final 5 (de-
pois) do ponto de paragem.
O pavimento das faixas de roda-
gem junto às paragens de autocar- A paragem e suas zonas adjacentes
ro deverá ser reforçado, devendo, devem ser configuradas de forma
para tal, ser adotado um pavimento a impedir a paragem ou estaciona-
capaz responder às situações par- mento sobre a faixa de acostagem,
ticularmente exigentes do ponto de nomeadamente através da elimina-
vista da capacidade de resistência ção de espaço livre fora da via de
à acção dos autocarros. trânsito. A medida referida pressu-
põe que, para estacionar ou parar, o
condutor em transgressão tenha de
o fazer sobre a via de trânsito, com
imediato transtorno para o tráfego
automóvel e consequente pressão
social dos seus pares (buzinadelas,
etc.).
1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

A distância entre a paragem de


Relação com Passagens autocarro e a passagem de peões
de Peões deve ser:

A implantação da paragem de ●● Medida entre o ponto de pa-


autocarro e da passagem de peões ragem e o limite mais próximo da
deve ser conjugada de forma a: passagem de peões;

●● Salvaguardar as devidas con- ●● Igual ou superior a 10m;


dições de visibilidade, evitando-se
nomeadamente que a imobilização ●● Ser definida da forma mais
do autocarro na paragem possa adequada a casa caso, conside-
dificultar o avistamento, pelo con- rando a linha de desejo do peão
dutor, dos peões em aproximação à (nomeadamente o movimento de
passagem de peões; transbordo, quando exista), a visibi-
lidade da passagem e a segurança
●● Possibilitar um atravessamento do conjunto.
simples e seguro no transbordo
entre paragens que servem carrei-
ras distintas. Relação com o Passeio

De uma forma geral, a paragem de Deve evitar-se que a implantação


autocarro deve localizar-se: da paragem de autocarro no pas-
seio prejudique o percurso pedonal
●● Depois da passagem de peões, ou a melhoria futura das suas
se as duas vias de trânsito mais condições de acessibilidade.
próximas do lancil onde se loca-
liza a paragem tiverem o mesmo O ponto de paragem deve respeitar
sentido; uma distância igual ou superior a
3,00m de:
●● Antes da passagem de peões,
se as duas vias de trânsito mais ●● Entradas de edifícios;
próximas do lancil onde se loca-
liza a paragem tiverem sentidos ●● Montras de comércio local;
opostos.
●● Esplanadas.
Na situação anterior deve interdi-
tar-se a ultrapassagem nas vias A implantação da paragem deve
de trânsito mais próximas do lancil considerar a área disponível para
onde se localiza a paragem de a estadia de passageiros em
autocarro, por meio de sinalização espera (por ex., formação da fila)
rodoviária. A interdição de ultrapas- e prevenir o constrangimento da
sagem deve abranger, pelo menos, circulação pedonal no passeio pela
toda a extensão compreendida acumulação de passageiros em
entre a paragem de autocarro e a espera.
passagem de peões.
A implantação de abrigo no passeio
Se for regulada por semáforo, deve salvaguardar uma largura
a paragem de autocarro pode livre para o percurso pedonal de:
localizar-se antes da passagem de
peões. Se os passeios ligados pela ●● Em novos arruamentos, 1,50m
passagem de peões tiverem para- ou superior;
gens de autocarro a servir carreiras
diferentes, a passagem de peões ●● Nos passeios adjacentes a vias
deve localizar-se preferencialmente já existentes de 2.º ou 3.º nível,
entre as paragens. 1,50m ou superior;
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

●● Nos passeios adjacentes a vias ●● Evitar o encaminhamento de Ponto de Paragem


já existentes de 4.º ou 5.º nível, velocípedes para a Zona de Embar-
1,20m ou superior; que e Desembarque. Dever ser assinalado como ponto
de paragem o ponto exacto em
●● Nas restantes situações, 1,50m que o autocarro se deve imobilizar
ou superior. Componentes Funcionais e com o qual o motorista deve ali-
nhar a parte frontal do veículo.
Nas paragens servidas por mais de A paragem de autocarros deve
uma carreira, recomenda-se a criação conjugar as seguintes componentes O ponto de paragem deve ser to-
ou salvaguarda, na área envolvente, funcionais: mado como referência para:
de área de acolhimento eventual
para volumes elevados de passagei- ●● Ponto de paragem; ●● Fixação da bandeira com
ros em espera, nomeadamente: indicação da carreira que serve a
●● Faixa de acostagem; paragem;
●● Salvaguarda de espaço livre;
●● Lancil; ●● A implantação da paragem por
●● Criação de superfícies usáveis relação com os restantes elemen-
como assento temporário; ●● Faixa de Proteção do Autocarro;
tos da via;
●● Salvaguarda de linha de visão ●● Zona de Embarque e Desembar-
que (ZED); ●● O posicionamento e o dimen-
desimpedida para a faixa de acos-
sionamento das componentes da
tagem.
paragem;
●● Abrigo;
A área de acolhimento eventual
●● Informação ao passageiro ●● A previsão da paragem em ins-
permite acolher em segurança (por
trumentos de planeamento;
ex., sem ocupação da faixa de roda-
gem ou corte do percurso pedonal) A conjugação das componentes
funcionais referidas em 5.1.1 deve ●● A georreferenciação da paragem.
valores muito elevados de passagei-
ros (por ex., horas de ponta, greves, garantir e otimizar as condições
O ponto de paragem deve ser im-
atrasos, grupos escolares, etc.). necessárias para a realização
plantado:
funcional e segura das seguintes
Nas paragens localizadas junto a in- ações:
●● Junto ao lancil, do lado do
terfaces de grande escala (estações passeio;
de Metro, comboio e fluviais e cen- ●● Realização de acostagem inte-
trais de camionagem) recomenda-se gral;
●● A uma distância igual ou supe-
a realização de melhorias específicas rior a 90cm do rebordo exterior do
nos percursos pedonais que fazem a ●● Operação da rampa de acesso
lancil.
ligação mais direta entre a paragem do autocarro (manual ou mecâni-
e as entradas/ saídas das interfaces. ca);
Faixa de Acostagem
●● Deteção da paragem pelo pas-
sageiro;
Relação com a Rede Ciclável A zona da faixa de rodagem adja-
cente à paragem de autocarro deve
Os percursos cicláveis, quando ●● Estadia de passageiros em es-
pera (indivíduos ou grupos); integrar uma faixa de acostagem.
existam, devem:
A faixa de acostagem deve possuir
●● Avistamento atempado do auto-
●● Interromper-se ao longo da fai- a seguinte configuração:
carro em aproximação à paragem;
xa de acostagem, se a intersetar;
●● Entrada e saída do autocarro. ●● Comprimento de 18,00m, do
●● Interromper-se ao longo da ponto de paragem para trás;
Zona de Embarque e Desembarque,
Os materiais e os processos cons-
se a intersetar; ●● Comprimento de 4,00m, do pon-
trutivos aplicados na paragem de
autocarro devem garantir acessi- to de paragem para a frente;
●● Evitar o encaminhamento de
bilidade, segurança e conforto a
velocípedes para dentro do recorte ●● Na paragem em plena via,
todos os seus utilizadores.
ou via própria; largura igual ou superior a 2,50m,
1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

medido do lancil para dentro da


faixa de rodagem; ●● Boleamento das arestas supe- ●● Equipamento do Sistema de
rior e inferior; Ajuda à Exploração e Informação
aos Passageiros (SAEIP);
●● Na paragem em recorte, ocupar
todo o recorte; ●● Regular;
●● Pilaretes;
●● Juntas com abertura igual ou
●● Na paragem em via própria,
inferior a 2mm. ●● Papeleira ou vidrão;
ocupar toda a via própria.
No troço adjacente à Zona de ●● Poste de iluminação pública;
As referências “para trás” e “para
Embarque e Desembarque (ZED), o
a frente consideram o sentido de
lancil deve garantir um desnível de ●● Sinalização vertical;
circulação.
15cm (dimensionamento adequado
a autocarros de piso rebaixado ) ●● Árvores e respectivas ramagens.
A estrutura construtiva da faixa
de acostagem deve assegurar, de entre a ZED e a faixa de acosta-
forma durável: gem, admitindo-se uma tolerância
de aproximadamente 2cm. Zona de Embarque e
Desembarque (ZED)
●● Capacidade de carga face às
solicitações horizontais e verticais
Faixa de Proteção do Autocarro A ZED deve assegurar as condições
dos autocarros, independentemen-
necessárias:
te da frequência de passagem
prevista; A faixa de proteção do autocar-
ro deve assegurar as condições ●● À entrada e saída de passagei-
necessárias: ros na paragem;
●● Indeformabilidade face a der-
rame continuado de derivados de
●● Ao varrimento da parte frontal ●● À estadia de passageiros em
petróleo; espera;
da ZED e passeio adjacente, pelo
●● Manutenção do desnível do lancil; autocarro (parte frontal e espelho
retrovisor) durante a acostagem; ●● Ao embarque e desembarque
no autocarro, nas duas portas mais
●● Inexistência de desníveis entre à frente;
a faixa de acostagem e a restante ●● Ao lançamento da rampa de
faixa de rodagem. acesso ao veículo.
●● Ao lançamento e apoio da ram-
Em toda a extensão da faixa de pa de acesso ao veículo, em todas
acostagem, a faixa de proteção do as portas.
Lancil
autocarro deve possuir as seguin-
tes características: Relativamente ao uso das portas é
A configuração e instalação do lan- de notar que a definição das portas
cil da paragem deve assegurar: para entrada e saída no autocarro
●● Largura livre de 50cm, medida
do bordo do lancil para o interior do e para instalação da rampa são
●● A proteção dos pneus do decisões do operador, cabendo à pa-
autocarro durante a operação de passeio;
ragem manter as opções em aberto.
acostagem integral;
●● Altura livre de 2,50m, medida
do bordo do lancil para cima; A ZED deve possuir a seguinte geo-
●● A existência e manutenção do metria (em planta):
desnível do lancil.
●● Na paragem em via própria,
ocupar dimensões idênticas no ●● Ter um lado adjacente ao lancil;
Em toda a extensão da faixa de
acostagem, o lancil deve possuir as separador.
●● Ter os dois topos perpendicula-
seguintes características: res ao lancil;
Deve evitar-se a ocupação total ou
●● Largura mínima de 20cm; parcial da faixa de proteção do au-
tocarro por obstáculos físicos fixos, ●● Largura igual ou superior a
nomeadamente: 3,40m, medida perpendicularmen-
●● Contraste claro/ escuro com o te ao lancil no ponto de paragem
piso da faixa de acostagem;
●● Postelete; (para dentro do lado do passeio);
●● Antiderrapante, mesmo quando
●● Abrigo; ●● Em geral, comprimento total
molhado;
de 10,00m, medido na direção do
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

ESQ.28 - Paragem de autocarro - Componentes funcionais


Esc. 1 / 200

eixo da via, sendo 1,00m para a Na implantação da ZED sobre o


frente do ponto de paragem e o passeio, ou junto ao passeio, deve:
restante para trás desse ponto;
●● Alargar-se o revestimento da
●● Se a paragem servir autocar- ZED a toda a secção do passeio,
ros articulados, comprimento to- se essa secção tiver largura bruta
tal de 20,00m, medido na direção igual ou inferior a 4,00m;
do eixo da via, sendo 1,00m para
a frente do ponto de paragem e o ●● Entre a ZED e o percurso pedo-
restante para trás desse ponto. nal, assegurar o ressalto zero;

A inclinação do piso da ZED deve ●● Entre a ZED e a restante área


ser: de passeio adjacente, assegurar o
ressalto zero ou a existência de con-
●● Na direção do lancil, igual ou traste claro/ escuro nos ressaltos.
inferior a 5%;
Podem ser implantados sobre a
●● Na direção perpendicular ao ZED os seguintes elementos:
lancil, igual ou inferior a 2%.
●● Postelete;
A ZED deve possuir uma super-
fície plana, devendo evitar-se, ●● Abrigo;
nomeadamente, irregularidades
superiores a 5mm quando veri- ●● Equipamento do Sistema de
ficadas com régua de 50cm de Ajuda à Exploração e Informação
extensão. aos Passageiros (SAEIP);

O revestimento da ZED deve pos- ●● Assento


suir as seguintes características:
●● Papeleira ou vidrão.
●● Regularidade, recomendando-
-se piso contínuo; A implantação na ZED dos elemen-
tos acima referidos deve salva-
●● Antiderrapante, mesmo quan- guardar a zona de projeção da
do molhado; rampa de acesso ao veículo. Esta
deve:
●● Juntas com abertura inferior
a 2mm; ●● Ter um dos lados adjacente ao
lancil;
●● Facilidade na limpeza (no-
meadamente baixa absorção de ●● Localizar-se junto a pontos
líquidos e gorduras); onde se prevê abertura de portas
de entrada e saída;
●● Possibilidade de limpeza
mecânica (nomeadamente com ●● Possuir uma largura de 1,20m,
varredouras mecânicas ou lava- medida na direção do lancil;
gem com jacto de água a alta
pressão); ●● Possuir uma profundidade de
2,50m, medida na perpendicular ao
lancil, a partir do seu bordo (para paragem de autocarro
●● Estar livre de ressaltos com componentes funcionais
altura superior a 5mm. dentro do lado do passeio).
1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA GEOMETRIA

Abrigo ●● salvaguardar entradas e saídas ●● Cor clara (recomenda-se ama-


edifícios; relo ou laranja vivo);
O abrigo deve conjugar as seguin-
tes componentes funcionais: ●● prevenir possibilidade de esca- ●● Posição horizontal;
lamento e invasão de propriedade
privada; ●● Percorrer toda a largura do
●● Área coberta;
plano transparente;
●● Entrada e saída do abrigo; ●● prevenir abalroamento da estru-
tura por veículos a entrar ou sair de ●● Traço de espessura igual ou
garagens. superior a 30mm;
●● Zona de rotação no abrigo;

●● Zona de permanência no abrigo; O lado do abrigo mais próximo da ●● A uma altura do piso de 30cm
porta de entrada do autocarro deve (marca inferior) e 1,20m (marca
●● Assento; coincidir com o ponto de paragem. superior).
A chapa identificadora das carrei-
●● Papeleira. ras deverá ser fixada no mesmo Deve estar assegurada a ilumi-
lado do abrigo. O topo do abrigo nação de toda a área coberta no
O abrigo deve ser assegurado por deve estar virado para o extremo período noturno, com um nível de
uma estrutura fixa, resistente e du- de entrada da faixa de acostagem iluminância igual ou superior a 140
rável, podendo ser constituído por: de forma a manter desimpedida a lux, medido a 1,00m de altura do
linha de visão para o autocarro em piso.
●● Estrutura autónoma; aproximação. Este lado é usual-
mente designado por “bandeira de
●● Elemento fixo a uma outra entrada do autocarro”. Espaço Livre para o Passageiro
estrutura (por ex., pala fixa a muro
ou fachada); A implantação do abrigo sobre a
Área Coberta ZED deve salvaguardar, dentro da
●● Parte de edificação que propor- área coberta, todos os seguintes
cione as condições adequadas. O abrigo deve proporcionar uma espaços livres para manobra e
área coberta, para movimentação estadia do passageiro:
Se o abrigo for constituído por e estadia de passageiros, igual
estrutura autónoma, recomenda-se ou superior a 12,00m2, devendo ●● Entrada e saída do abrigo;
que o sistema construtivo seja mo- tomar-se por referência a área livre
dular e permita futuros acréscimos (i.e., sem obstáculos, com excepção ●● Zona de rotação no abrigo;
(ampliações) a custo reduzido. do assento) localizada dentro dos
limites laterais do abrigo. ●● Zona de permanência no abrigo.
Se o abrigo for constituído por
estrutura autónoma, deve assegu- A entrada e saída do abrigo devem
A área coberta do abrigo deve pro-
rar-se um afastamento igual ou ser constituídas pelas ligações mais
longar-se o suficiente para abran-
superior a 3,00m entre o abrigo directas entre o percurso pedonal
ger os movimentos de entrada e
(laterais e cobertura) e: no passeio e os pontos em que está
saída das duas primeiras portas do
prevista a abertura das portas de
autocarro., sem prejuízo da faixa de
●● Fachadas e respetivos elemen- entrada e de saída do autocarro,
proteção do autocarro.
tos salientes (por ex., varandas); considerando dois movimentos:
Em toda a área coberta destinada
●● Entradas de lotes ou edifícios ao movimento ou estadia de pas- ●● Para a entrada, o movimento
(incluindo entradas de garagem); passeio – abrigo – autocarro;
sageiros, deve assegurar-se uma
altura livre de 2,40m.
●● Montras e janelas. ●● Para a saída, o movimento au-
tocarro – abrigo – passeio.
Os lados com plano transparen-
Devem ser entendidos como fac-
te (por ex., envidraçado) devem
tores determinantes para a correta Em toda a extensão das ligações
possuir duas marcas de segurança
implantação do abrigo: de entrada e saída deve assegurar-
que as tornem bem visíveis, com as
-se:
seguintes características:
●● Salvaguardar circulação pedo-
nal; ●● Largura livre igual ou superior a
●● Opacas (i.e., sem transparência); 90cm;
GEOMETRIA 1.3 ESPAÇOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA

●● Zona de rotação onde o mo- Mobiliário e informação ao ●● Distância de 50cm à entrada e


vimento implique mudança de saída do abrigo.
passageiro
direção.
Os pilaretes, preferencialmente,
O abrigo deve estar equipado, pelo
As zonas de entrada e saída podem não devem ser localizados sobre
menos, com o seguinte mobiliário:
sobrepor-se à faixa de protecção do a ZED. Os pilaretes implantados
autocarro. no troço de passeio adjacente à
●● Assento;
faixa de acostagem (com excep-
Deve prever-se a entrada no abrigo ção da ZED) devem possuir as
●● Papeleira;
por uma das seguintes formas: seguintes características:
●● Pilaretes;
●● Pela frente do abrigo, se houver ●● Altura igual ou superior a
largura livre entre o abrigo e o ●● Chapa identificadora. 90cm,
lancil;
O assento deve possuir as seguintes ●● Sem arestas vivas;
●● Nos restantes casos, pela lateral características:
ou pela parte posterior do abrigo. ●● Contraste claro/ escuro com
●● Plano de nível (inclinação 0%); o piso adjacente (este contraste
Deve prever-se a saída do abrigo pode ser assegurado por marcas
por uma das seguintes formas: ●● Altura ao piso compreendida entre horizontais de cor viva, junto ao
30cm e 40cm; topo e junto à base do pilarete).
●● Pela frente do abrigo, se houver
largura livre entre o abrigo e o ●● Profundidade igual ou superior Se os pilaretes estiverem ligados
lancil; a 30cm, medida a partir do bordo entre si, os elementos de ligação
frontal; devem:
●● Nos restantes casos, pela lateral
do abrigo. ●● Revestimento em material lavá- ●● Ser rígidos (por ex., evitar cor-
vel. rentes ou cabos);
Deve existir pelo menos uma zona
de rotação dentro da área coberta, Se o abrigo for constituído por ●● Ser detetáveis por toque de
com a seguinte geometria: elemento fixo a outra estrutura ou bengala aos 30cm de altura;
por parte de edificação (cf. 6.1.3),
●● Diâmetro livre de 1,50m; pode, em alternativa ao assento, ser ●● Possuir rebordo superior a
servido por superfície usável como altura igual ou superior a 90cm.
●● Altura livre de 2,40m. assento, se esta superfície possuir as
características já referidas anterior- Na paragem deve estar disposta,
A zona de rotação pode sobrepor-se em local bem visível, uma chapa
mente.
à faixa de protecção do autocarro. identificadora com as seguintes
A papeleira deve possuir as seguintes indicações:
Deve existir pelo menos uma zona
características:
de permanência dentro da área ●● Código de identificação da
coberta, com a seguinte geometria: paragem;
●● Depósito coberto com tampa fixa
(ou trancada);
●● Comprimento livre de 1,30m; ●● Identificação do operador que
●● Bordo inferior da abertura a uma serve a paragem;
●● Largura livre de 0,80m; altura do piso compreendida entre
90cm e 1,40m; ●● Código das carreiras que ser-
●● Visível pelo motorista do auto- vem a paragem.
carro na aproximação à paragem;
●● Capacidade de 50 litros.
Esta chapa identificadora pode
●● Posicionada de forma a não A papeleira deve localizar-se da ser fixa ao abrigo, em suporte
se sobrepor à entrada e saída do próprio (postelete) ou a um su-
seguinte forma:
abrigo. porte vertical localizado no ponto
●● Distância ao assento e à zona de paragem (por ex., candeeiro de
O espaço livre da zona de perma- iluminação pública).
de permanência igual ou superior a
nência pode não estar demarcado.
1,50m;
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO GEOMETRIA

O estacionamento na via pública Nos parques e zonas de estaciona-


– bicicletas, motociclos e veículos mento podem, mediante sinaliza-
ligeiros – é autorizado em todos os ção própria, ser reservados lugares
1.4 níveis da rede viária, com exceção
da Rede Estruturante - 1.º Nível, e
ao estacionamento de veículos
afetos ao serviço de determinadas
Espaços de deverá considerar a largura e as
restrições operacionais de cada via.
entidades ou utilizados no trans-
porte de pessoas com deficiência.
estacionamento Os parques, as zonas e os luga- Os espaços de estacionamento de
res de estacionamento podem ser veículos ligeiros, motociclos e bici-
afetos a veículos de certas catego- cletas são assinalados através de
rias, podendo a sua utilização ser sinalização horizontal, podendo, se
limitada no tempo ou sujeita ao pa- necessário, ser complementada por
gamento de uma taxa, nos termos sinalização vertical, localizando-se:
fixados em regulamento municipal.
●● em faixa contígua à via, assi-
nalada exclusivamente através de
pintura e/ ou mudança de pavimen-
to;

●● em recorte específico do espaço


de circulação pedonal.

lisboa – baixa
GEOMETRIA 1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO

Os espaços para estacionamento bém ocorrer no espaço de circula-


de bicicletas são assinalados atra- ção pedonal - passeio -, desde que
Estacionamento vés de sinalização horizontal na cor tal se justifique pela proximidade
de bicicletas RAL 6028, podendo, se necessário, à entrada dos principais equipa-
ser complementada por sinalização mentos públicos – escolas, biblio-
vertical, localizando-se: tecas, hospitais, polidesportivos,
interfaces de transportes públicos
●● em faixa contígua à via, assina- -, e desde que tal não perturbe
lada através de pintura ou mudan- a fluidez da circulação pedonal,
ça de pavimento e pintura; nomeadamente a continuidade do
percurso acessível; nesta situação
●● em recorte específico do espaço não deverá ser utilizada a sinaliza-
de circulação pedonal, assinalado ção horizontal.
através de pintura ou mudança de
pavimento e pintura. Em qualquer das situações, estará
sempre associada aos espaços de
No caso dos espaços de estacio- estacionamento para bicicletas a
namento para bicicletas admite-se instalação do necessário dispositivo
que a sua localização possa tam- de suporte para bicicletas.

ESQ.01C - Estacionamento de bicicletas


Esc. 1 / 100

A A
B

Planta

Corte AA

Corte BB

estacionamento de bicicletas longitudinal – no passeio


1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO
ESQ.01A - Estacionamento de bicicletas GEOMETRIA
Esc. 1 / 100

A A
B

Planta

Corte AA

ESQ.01B - Estacionamento de bicicletas


Corte BB Esc. 1 / 100
estacionamento de bicicletas – no passeio

A A
B

Planta

Corte AA

Corte BB

estacionamento de bicicletas – em bolsa de estacionamento à cota de via


GEOMETRIA 1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO

Os espaços para estacionamento Os lugares para estacionamento


de motociclos são assinalados de motociclos pode ser individua-
Estacionamento através de sinalização horizon- lizados, no caso do seu posiciona-
de motociclos tal na cor RAL 1034, podendo, se mento longitudinal relativamente à
necessário, ser complementada por via, ou agrupados num só espaço
sinalização vertical, localizando-se: de estacionamento, no caso do seu
posicionamento transversal relati-
●● em faixa contígua à via, assina- vamente à via.
lada através de pintura ou mudan-
ça de pavimento e pintura;
Longitudinal
●● em recorte específico do espaço
de circulação pedonal, assinalado Dimensões do lugar:
através de pintura ou mudança de 1,00m de largura x 1,80m a 2,50m
pavimento e pintura. de comprimento

Transversal

Dimensões de referência do
espaço:
2,00m de largura x 5,00m de com-
primento

ESQ.02A - Estacionamento de motociclos ESQ.02B - Estacionamento de motociclos


Esc. 1 / 100 Esc. 1 / 100

B B
A A
A A

B B

Planta Planta

Corte AA Corte AA

Corte BB Corte BB

estacionamento de motociclos
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO GEOMETRIA

Os espaços para estacionamento


de veículos ligeiros são assinalados ●● em recorte específico do espaço
Estacionamento através de sinalização horizontal,
de circulação pedonal, assinalado
através de pintura e/ ou mudança
de veículos podendo, se necessário, ser com-
de pavimento e pintura.
plementada por sinalização vertical,
ligeiros localizando-se:
Os lugares para estacionamento de
veículos ligeiros devem ser individu-
●● em faixa contígua à via, assi-
alizados e ter posicionamento longi-
nalada através de pintura e/ ou
tudinal, oblíquo | 45º, oblíquo | 60º
mudança de pavimento;
ou transversal relativamente à via.
ESQ.03 - Estacionamento de veículos ligeiros - Longitudinal - via c/ dois sentidos
Esc. 1 / 150

estacionamento de veículos ligeiros


longitudinal – via com dois sentidos
GEOMETRIA 1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO

Longitudinal

Dimensões do lugar: Largura da via de acesso:


1,80m a 2,50m de largura x 5,00m entre 3,00m [mínimo] e 3,20m
de comprimento. O primeiro e [recomendado] em vias com dois
o último lugar de cada faixa de sentidos de trânsito e 3,50m [míni-
estacionamento devem ter um mo], no caso de vias de apenas um
comprimento de 5,50m. No caso sentido de trânsito.
de lugares isolados o comprimen-
to deve aumentar para 6,00m de
ESQ.04 - Estacionamento de veículos ligeiros - Longitudinal - via sentido unico
forma a facilitar a manobra. Esc. 1 / 150

estacionamento de veículos ligeiros


longitudinal – via de sentido único
ESQ.05 - Estacionamento de veículos ligeiros - 45º - via c/ dois sentidos
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO
Esc. 1 / 150
GEOMETRIA
ESQ.05 - Estacionamento de veículos ligeiros - 45º - via c/ dois sentidos
Esc. 1 / 150

estacionamento de veículos
ligeiros – 45º – via com dois
sentidos
ESQ.06 - Estacionamento de veículos ligeiros - 45º - via sentido único
GEOMETRIA Esc. 1 / 150
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO
ESQ.06 - Estacionamento de veículos ligeiros - 45º - via sentido único
Esc. 1 / 150

Oblíquo | 45º

Dimensões do lugar:
2,30m a 2.50m de largura
•  sem barreira física que impeça
o avanço dos veículos sobre os
passeios, faixa de estacionamen-
to com 4,20m de profundidade
•  com barreira física que impeça
o avanço dos veículos sobre os
passeios, faixa de estacionamen-
to com 4,50m de profundidade

Largura da via de acesso:


•  entre 3,00m [mínimo] e 3,20m
[recomendado] em vias com dois
sentidos de trânsito. Nas vias
que integram a rede de acesso
Local [5.º Nível], poder-se-á, se
devidamente justificado, aceitar
uma largura de via mínima de
2,75m.
•  e entre 3,70m [mínimo] e
4,20m [recomendado], no caso
de vias de apenas um sentido de
trânsito.

estacionamento de veículos ligeiros


45º – via de sentido único
ESQ.07 - Estacionamento de veículos ligeiros - 60º - via c/ dois sentidos
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO
Esc. 1 / 150
GEOMETRIA
ESQ.07 - Estacionamento de veículos ligeiros - 60º - via c/ dois sentidos
Esc. 1 / 150

estacionamento
de veículos ligeiros
60º – via com 2 sentidos
ESQ.08 - Estacionamento de veículos ligeiros - 60º - via sentido único
GEOMETRIA Esc. 1 / 150
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO
ESQ.08 - Estacionamento de veículos ligeiros - 60º - via sentido único
Esc. 1 / 150

Oblíquo | 60º

Dimensões do lugar:
2,30m a 2.50m de largura
•  sem barreira física que impeça
o avanço dos veículos sobre os
passeios, faixa de estacionamen-
to com 4,20m de profundidade
•  com barreira física que impeça
o avanço dos veículos sobre os
passeios, faixa de estacionamen-
to com 4,50m de profundidade

Largura da via de acesso


•  entre 3,00m [mínimo] e 3,20m
[recomendado] em vias com dois
sentidos de trânsito. Nas vias
que integram a rede de acesso
Local [5.º Nível] e que tenham
mais de uma via com o mesmo
sentido de circulação, poder-se-
-á, se devidamente justificado,
aceitar uma largura de via míni-
ma de 2,75m.
•  entre 4,20m [mínimo] e 4,50m
[recomendado], no caso de vias
de apenas um sentido de trân-
sito.

estacionamento de veículos ligeiros


60º – via de sentido único
ESQ.09 - Estacionamento de veículos ligeiros - 90º - via sentido único
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO GEOMETRIA
Esc. 1 / 150
ESQ.09 - Estacionamento de veículos ligeiros - 90º - via sentido único
Esc. 1 / 150

Transversal | 90º

Dimensões do lugar:
2,30m a 2.50m de largura
•  sem barreira física que impeça
o avanço dos veículos sobre os
passeios, faixa de estacionamen-
to com 4,50m de profundidade
•  com barreira física que impeça
o avanço dos veículos sobre os
passeios, faixa de estacionamen-
to com 5,00m de profundidade

Largura da via de acesso:


Esta solução de estacionamento,
apesar de garantir uma maior
oferta de estacionamento apre-
senta alguns condicionamentos ao
nível da entrada, mas sobretudo na
saída do parqueamento. Nesse sen-
tido, e com o intuito de minimizar
possíveis conflitos com os restantes
veículos que circulam na faixa de
rodagem, esta solução de estacio-
namento deverá ser preferencial-
mente utilizada apenas em vias
de sentido único e com uma única
faixa de rodagem. Deverá ser igual-
mente considerada a sua utilização
em parques de estacionamento.
A via de acesso deverá ter uma lar-
gura de 4,50m [mínimo] ou 5,00m
[recomendado].

estacionamento de veículos ligeiros – 90º


via de sentido único
GEOMETRIA 1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO

Mobilidade Condicionada

Os lugares de estacionamento A faixa de acesso lateral pode ser


reservados ao estacionamento de partilhada por dois lugares desde
veículos ligeiros em que um dos que sejam contíguos.
ocupantes seja uma pessoa com
mobilidade condicionada, devem Apesar de menos usual poder-
ser preferencialmente oblíquos -se-á considerar a criação de
ou transversais e apresentar as parqueamentos de mobilidade
seguintes características; condicionada dispostos longitu-
dinalmente em relação à via de
●● ter uma largura útil não infe- acesso se forem asseguradas as
rior a 2,50m; características acima identifica-
das.
●● possuir uma faixa de acesso
lateral com uma largura útil não Em casos particulares, como
inferior a 1,00m e ligada à rede zonas urbanas consolidadas,
de percursos acessíveis, devendo, onde seja impraticável incluir a
em caso de diferença de cotas, faixa de acesso lateral, deverão
apresentar soluções que a ven- os lugares ser dimensionados
çam; de forma a que o seu compri-
mento apresente uma dimensão
●● ter um comprimento útil não não inferior a 5,50m de forma a
inferior a 5,00m; facilitar a manobra de entrada e
a circulação do condutor em torno
●● estar localizados ao longo do da viatura.
percurso acessível mais curto até
à entrada/ saída do espaço de es-
tacionamento ou do equipamento Mais informações
que servem;
●● Políticas de Estacionamento,
●● se existir mais de um local de Colecção de Brochuras Técnicas
entrada/ saída no espaço de es- / Temáticas, Pacote da Mobilida-
tacionamento, estarem dispersos de - Território, Acessibilidade e
e localizados perto dos referidos Gestão de Mobilidade, Instituto
locais; da Mobilidade e dos Transportes
Terrestres.
●● ter os seus limites demarca-
dos por linhas pintadas no piso ●● Regulamento do Plano Diretor
em cor contrastante com a da Municipal de Lisboa, Anexo XI.
restante superfície;

●● ser reservados por um sinal


horizontal com o símbolo interna-
cional de acessibilidade, pintado
no piso em cor contrastante com
a da restante superfície e com
uma dimensão não inferior a
1,00m de lado, e por um sinal
vertical com o símbolo de aces-
sibilidade, visível mesmo quando
o veículo se encontra estacionado.
ESQ.14 - Estacionamento para pessoas com mob. condicionada - Perpendicular - V.01 ESQ.15 - Estacionamento para pessoas com mob. condicionada - Perpendicular - V.02
Esc. 1 / 150 Esc. 1 / 150
GEOMETRIA

estacionamento de mobilidade condicionada – perpendicular

estacionamento de mobilidade condicionada – perpendicular


1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO
ESQ.12 - Estacionamento para pessoas com mob. condicionada - Oblíquo - V.01 ESQ.13 - Estacionamento para pessoas com mob. condicionada - Oblíquo - V.02
Esc. 1 / 150 Esc. 1 / 150
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO

estacionamento de mobilidade condicionada – oblíquo (45º e 60º)

estacionamento de mobilidade condicionada – oblíquo (45º e 60º)


GEOMETRIA
1.4 ESPAÇOS DE ESTACIONAMENTO GEOMETRIA

ESQ.10 - Estacionamento para pessoas com mob. condicionada - Longitudinal


Esc. 1 / 150
estacionamento de mobilidade
condicionada – longitudinal

ESQ.11 - Estacionamento para pessoas com mob. condicionada - Longitudinal


Esc. 1 / 150
estacionamento de mobilidade
condicionada – longitudinal
- Estacionamento para pessoas com mob. condicionada - Longitudinal
Esc. 1 / 150

estacionamento de mobilidade
condicionada – longitudinal
GEOMETRIA 1.5 PENDENTES TRANSVERSAIS E DRENAGEM PLUVIAL

Os passeios e faixas de roda- O sistema de drenagem das águas


gem deverão sempre assegurar pluviais deve prevenir a acumula-
a adequada drenagem das águas ção e o fluxo superficial de águas
1.5 pluviais, adotando para isso nos
seus perfis transversais pendentes
sobre a passadeira de peões e
respectiva área de protecção no
Pendentes compreendidas entre uma inclina-
ção máxima de 2% e mínima de
passeio, em conformidade com o
disposto na regulamentação nacio-
transversais 1%. nal e municipal relativa a sistemas
de águas residuais pluviais.
e drenagem Nos casos em que haja necessi-
dade de compatibilizar cotas de A localização do sumidouro, deve,

pluvial soleira, desníveis entre passeios


opostos ou salvaguardar elemen-
relativamente à passadeira de
peões, cumprir os seguintes requisi-
tos físicos pré-existentes, poderão tos:
admitir-se, pontualmente, inclina-
ções superiores a 2%, A inclinação ●● a montante da passadeira, con-
dos pisos e dos seus revestimentos siderando o sentido de drenagem
deve ser não superior a 2% na dire- superficial;
ção transversal ao percurso.
●● fora da largura da passadeira,
Deve ser dada especial atenção à com um afastamento aos limites
drenagem junto aos abrigos e para- laterais da marca rodoviária M11
gens BUS e passadeiras de peões. que seja igual ou superior a 1,00m.

01a - pendentes transversais e ESQ.01b - pendentes transversais e ESQ.01a - pendentes transversais e ESQ.01b - pendentes t
drenagem pluvial. drenagem pluvial. drenagem pluvial. drenagem plu
Esc. 1 / 150 Esc. 1 / 150 Esc. 1 / 150 Esc. 1 / 15

PENDENTES TRANSVERSAIS E DRENAGEM PLUVIAL


1.5 PENDENTES TRANSVERSAIS E DRENAGEM PLUVIAL GEOMETRIA

Se a passagem de peões for im- Quando integradas em calçadas,


plantada sobre uma lomba redutora os sumidouros ou caleiras contí-
de velocidade, ou se o passeio for nuas devem ser contornados por
ampliado na direção do atravessa- uma fileira de peças de pavimen-
mento, devem tomar-se as precau- to, dispostas de forma paralela
ções necessárias para salvaguardar ou perpendicular, que assegurem
a drenagem superficial a sua estabilidade e evitem o
destaque ou desgaste das peças
A drenagem dos espaços públi- - resultante da diferença entre as
cos deve ser garantida através de fundações do pavimento e dos
sumidouros e, nas áreas consoli- sumidouros ou caleiras contínuas.
dadas onde ainda não tenham sido
substituídas, através de sarjetas, as Os sumidouros e as caleiras con-
quais se devem localizar preferen- tínuas devem dispor de grelhas
cialmente nos espaços de circulação com:
automóvel e, obrigatoriamente, junto
aos pontos acima indicados, admi- ●● capacidade para suportar as
tindo-se em espaços de especial cargas a que são sujeitos, desig-
relevância patrimonial ou quando as nadamente de veículos pesados,
condições topográficas o justifiquem, quando localizados na rodovia
a utilização de caleiras contínuas. ou espaços onde se exija a sua
circulação para manutenção de
Nos espaços de circulação pedonal, infraestruturas; quando sujeitos a
quando integradas em calçadas ou carga de veículos pesados, ain-
lajeados, a orientação dos sumidou- da que pontual, os modelos de
ros ou caleiras contínuas - isto é, o sumidouros ou caleiras contínuas
seu lado mais comprido - deve ser deverão obedecer à norma DIN
feitaESQ.02 - sumidouro em espaços de
no sentido do principal sentido calçada.
400;
de circulação dos peões ou no senti-
Esc. 1 / 100
do da disposição das lajes ou lajetas, ●● tampas basculantes e disposi-
sendo de evitar orientação perpendi- tivos antirroubo.
cular aos edifícios, lancis e guias.

sumidouro em espaços de calçada


GEOMETRIA 1.6 PENDENTES LONGITUDINAIS E ENTRADAS DE EDIFÍCIOS

Onde não existam razões con-


trárias, a modelação longitudinal ●● as rampas deverão corresponder
a elementos ligeiros e removíveis
dos arruamentos deve sempre
1.6 procurar assegurar a maior
constância das pendentes entre
fora do horário de funcionamento
dos serviços a que se pretende criar
acesso;
Pendentes arruamentos.
●● a sua colocação não deverá com-
longitudinais A concordância entre as cotas de
prometer a continuidade do percurso
soleira dos edifícios, entradas de ESQ.03 - rampeado de acesso a edificio
acessível, circunscrevendo-se, sempre
e entradas de serviço ou de garagens e o perfil
dos arruamentos não poderá
(em espaço
que possível, publico).
à faixa de 0,5m prevista
no ponto 1.1 (entrada100
Esc. 1 / preferencial-
edifícios comprometer a regularidade da
pendente longitudinal dos mes-
mente perpendicular aos edifícios);
mos, devendo esta concordância,
●● quando não seja possível as-
sempre que tal se revelar neces-
segurar a entrada nos edifícios da
sário, ser assegurada no interior
forma prevista no ponto anterior e
da parcela ou do lote.
não seja possível realizar as obras
de adaptação necessárias no interior
Da mesma forma, o acesso aos
dos lotes ou parcelas, o nivelamento
edifícios públicos ou de utilização
do passeio deverá realizar-se a toda
pública de pessoas com neces-
a largura do percurso acessível, e a
sidades especiais, através dos
concordância com o ponto mais baixo
dispositivos previstos no Decreto-
deverá realizar-se na maior extensão
-Lei nº163/2006, designadamen-
possível para suavização da penden-
te de rampas, deverá ser sempre
te final.
assegurado no interior da parcela
ou lote. Nos casos em que tal não
A inclinação dos pisos e dos seus
seja possível,
ESQ.03 a implantação
- rampeado de acesso adeedificio revestimentos deve ser inferior a 5%
rampas deverá sempre obedecer
(em espaço publico).
às seguintes regras:
na direção do percurso, com exceção
Esc. 1 / 100 das rampas.

rampeado de acesso a edifício (em espaço público)


separadores_CML.indd 57 03/12/15 10:50
separadores_CML.indd 58 03/12/15 10:50
Materiais

Por outro lado, o “saber” da execu-


ção da calçada foi-se perdendo e

2
a dureza da atividade de calceteiro
Introdução torna a profissão muito pouco atra-
tiva para as novas gerações, pelo
que é atualmente difícil mobilizar
Os materiais a utilizar nos pavi- os meios necessários para, siste-
mentos dos arruamentos – pas- maticamente, reparar os passeios
seios e faixas de rodagem – são da Cidade de Lisboa.
um elemento marcante da paisa-
Hoje, grande parte das calçadas
gem urbana.
da Cidade estão danificadas e são
Em Lisboa, as calçadas de calcário perigosas para populações mais
branco e de basalto são utilizadas envelhecidas e com maior dificul-
há séculos em passeios e faixas dade em se locomover.
de rodagem. E, no caso particular
Materiais das calçadas de calcário branco, a
Encontrar novos materiais e novas
soluções construtivas, que conci-
introdução de desenhos decorativos
liem a segurança e o conforto dos
– a calçada artística – tornou-se
peões com a identidade da paisa-
uma marca identitária de Lisboa,
gem lisboeta, é um desafio para
reproduzida noutros locais do mun-
a reabilitação das ruas nas zonas
do onde os portugueses estiveram
antigas da cidade e para a constru-
presentes.
ção de novos arruamentos.
Porém, ao longo do último meio sé-
Os materiais dos pavimentos
culo, com o aumento da circulação
devem ser escolhidos em função
automóvel, a calçada de basalto
de objetivos de uso, acessibilidade,
começou a ser revestida por tapete
durabilidade e manutenção, e ter
betuminoso, para a tornar mais
presente as características físicas
regular, e os passeios em calcário
e patrimoniais da área de interven-
degradaram-se.
ção e da sua envolvente.
O peso dos rodados dos automó-
Todos os materiais a utilizar devem
veis mal estacionados em cima dos
ser conformes às exigências de
passeios, o desgaste superficial, e,
qualidade previstas na legislação
em muitos casos, o desenvolvimen-
portuguesa e europeia, no que se
to das raízes das árvores deforma-
refere à sua certificação e homolo-
ram-nos, tornando-os acidentados
gação, e adequados às exigências
e escorregadios.
betuminoso sobre cubo de basalto de segurança, ruído e conforto para
bairro dos atores todos os seus utilizadores – peões
ou condutores.

calçada artística – miradouro de são pedro de alcântara novos materiais de pavimentos – largo do intendente
INTRODUÇÃO materiais

Lisboa é uma cidade secular em


que um elevado número de ar- ●● nas ruas com inclinação igual
Princípios-base ruamentos necessitam de ser
ou superior a 5%, dever-se-á
utilizar pedra de calcário e granito
de intervenção reabilitados ou reconstruídos em
claro na proporção de 2 pedras de
consequência da utilização intensi-
calcário para 1 pedra de granito,
va pelos automóveis e necessidade
assente aleatoriamente;
de substituir ou construir novas
infraestruturas do subsolo.
●● nas restantes calçadas, a uma
distância correspondente a 1 passo
Com a experiência acumulada em
(0,60m), deverão ser intercaladas,
décadas da manutenção dos arru-
no sentido da largura do passeio,
amentos e com a necessidade de
travessas em pedra natural ou
responder às exigências de mobili-
artificial, de cor clara, antiderrapan-
dade das pessoas com maior difi-
te, para travar as pedras e reduzir o
culdade de locomoção, que exigem
risco de escorregamento;
pavimentos seguros e confortáveis,
foram estabelecidos os seguintes
●● em situações de menos inclina-
princípios gerais para a escolha de
ção e, consequentemente, menor
materiais de pavimento:
risco de escorregamento, poderá
ser utilizado um tratamento por
●● a calçada artística, elemento da
jato de areia, para aumentar a
identidade de Lisboa, deverá ser,
rugosidade da pedra.
em regra, conservada e restaurada;
Nas restantes freguesias da cidade
●● nas freguesias identificadas
deverá adaptar-se o princípio de
como Centro Histórico - Santa
instalar sempre uma faixa de
Maria Maior, São Vicente, Santo
pavimento confortável, contínuo e
António, Misericórdia e Estrela - o
antiderrapante, formando um per-
princípio geral é o da manutenção
curso pedonal acessível, de largura
ou reconstrução da calçada de
não inferior de 1,20m, adaptável à
vidraço branco.
largura efetiva do passeio.
Porém, para tornar o pavimento
Na parte sobrante do passeio
mais seguro e confortável, deve-
poder-se-á optar por diferentes
rá haver cuidados particulares na
materiais, incluindo a calçada de
escolha da pedra, na execução e na
vidraço.
certificação dos calceteiros execu-
tantes. Em situações particulares,
Nas faixas de rodagem em cubo
outros materiais ou soluções cons-
de granito ou basalto que, por se
trutivas, com recurso a pavimentos
encontrarem deformadas necessi-
contínuos, poderão ser adotadas.
tam de ser intervencionadas, como
regra geral, a calçada deverá ser
Nas áreas de maior declive e em
substituída por betuminoso.
todas em que seja maior o risco de
escorregamento, deverão ser adap-
tadas medidas especificas como:
Materiais 2.1 PAVIMENTOS

A Cidade de Lisboa é, à escala Em termos técnicos, os revestimen-


mundial, uma das metrópoles cuja tos de piso devem estar integrados
imagem urbana está fortemente numa estrutura coerente, devendo
2.1 Pavimentos associada aos materiais que reco-
brem o seu solo, em particular a pe-
ser conjugados com as camadas
subjacentes mais adequadas às
dra de vidraço, de lioz e de basalto. solicitações expectáveis.

São vários os tipos de pavimento O revestimento e as camadas


utilizados que recorrem a estes subjacentes devem ser definidos e
materiais, sendo de destacar as construídos de forma a prolongar
calçadas. a vida do revestimento, a preve-
nir roturas ou assentamentos, a
Em termos funcionais, os pavi- reduzir a deterioração funcional e
mentos descritos, admitidos na estrutural.
reconstrução ou construção de
ruas, devem assegurar, de acordo Se existirem grelhas, buracos ou
com a natureza da sua utilização frestas no piso – aberturas para
– espaços de circulação pedonal, escoamento de águas pluviais ou
ciclável ou rodoviária, de paragem ventilação –, os espaços vazios
ou estacionamento - as adequadas não devem permitir a passagem de
condições de segurança e conforto; uma esfera rígida com um diâ-
para isso devem ter uma superfície: metro superior a 0,02m; se esses
espaços vazios tiverem uma forma
●● estável – que não se desloca alongada, devem estar dispostos
quando sujeita às acções mecâni- de modo que a sua dimensão mais
cas decorrentes do uso normal; longa seja perpendicular à direção
dominante da circulação.
●● durável – que não se desgasta
pela ação da utilização corrente e Mudanças abruptas de nível devem
dos agentes naturais; ser evitadas – ressaltos de solei-
ra, desníveis de piso, alteração do
●● firme – que não se deforma material de revestimento, degraus,
quando sujeito às acções mecâni- tampas de caixas de inspeção e vi-
cas decorrentes do uso normal; sita –; se tiverem mesmo de existir,
as mudanças de nível devem ter
●● contínua – que não possui um tratamento adequado à sua
juntas não preenchidas com uma altura.
profundidade superior a 0,005m;
Para seleção do material de re-
●● aderente/ antiderrapante – vestimento devem aplicar-se, na
que garanta boa aderência, durante avaliação e comparação de opções,
toda a sua vida útil e na presença os seguintes critérios objetivos:
de humidade ou água;
●● resistência inicial ao escorrega-
●● drenante – que tenha boas mento;
qualidades de drenagem superficial
e de secagem, possuindo, para isso, ●● resistência ao polimento;
uma inclinação compreendida entre
0,5% (1,0% no caso de calçadas) ●● regularidade;
e 2,0%, no sentido do escoamento
das águas pluviais; ●● reflectância;

●● com refletâncias corresponden- ●● irradiação de calor;


tes a cores nem demasiado claras
nem demasiado escuras e com ●● facilidade de construção;
acabamento não polido.
2.1 PAVIMENTOS materiais

dimensionadas salvaguardando a cimento ou betão pobre ou mesmo


●● adequação a superfícies empe- necessária compatibilidade com a betão, cujas características técnicas
nadas;
utilização prevista. Todas as pedras e dimensionamento devem ser ob-
e agregados (pó de pedra/areão jeto de estudo estrutural específico.
●● facilidade em remates, recortes
calcário, areias lavadas e agre-
e reparações;
gados de granulometria extensa) ●● Além da utilização de agregado
deverão ser fornecidos isentos de natural britado de granulometria
●● facilidade de limpeza
terras e acondicionados em obra de extensa, admite-se a utilização de
modo a não serem contaminados agregado reciclado de granulometria
●● dependência do fabricante ou
fornecedor. de forma a não inviabilizar a sua extensa dos tipos AGER2, B ou C.
ligação com o ligante.
Às questões relativas ao tipo de ●● As argamassas das calçadas
revestimento/camada de desgaste, Nas intervenções em pavimentos devem permitir presa ajustada às
o qual deve obedecer sobretudo às nos tecidos urbanos consolidados exigências, não sendo permitido tra-
exigências funcionais e de conforto e nos novos espaços públicos, as ço de cimento/ areia inferior a 1/ 3.
associadas ao tipo de utilização áreas de intervenção dos projetos
deverão ser objeto de estudos es- Sempre que as condições do terre-
prevista, acrescem as questões
pecíficos, os quais deverão carateri- no ou dos pavimentos existentes,
relativas às bases e sub-bases de
zar, de um ponto de vista técnico, o nos casos em que haja substituição
assentamento, as quais devem dar
estado geral das bases, sub-bases parcial dos extratos, apresentem
resposta às exigências de resistên-
e terreno de fundação, e dimensio- significativo grau de incerteza
cia necessárias ao seu bom funcio-
nar e definir os diferentes extratos quanto às suas propriedades mecâ-
namento.
das bases e sub-bases dos pavi- nicas perante as exigências pro-
Nas bases de pavimentos devem mentos a executar de acordo com gramadas, deverão ser realizados
ser adotadas soluções construtivas as solicitações do uso previsto. ensaios que permitam aferir estas
diferenciadas consoante as seguin- características.
tes situações: A adoção de pavimentos rígidos
deverá ser circunscrita aos espa- Para definição das camadas
ços onde se prevejam situações subjacentes devem aplicar-se, na
●● espaços de circulação pedonal,
exclusiva; particularmente exigentes do ponto avaliação e comparação de opções,
de vista da capacidade resistente à os seguintes critérios objetivos:
●● espaços de circulação pedonal, ação de veículos pesados, designa-
sujeitos a tráfego de veículos; damente: ●● resistência estrutural;

●● espaços de circulação ciclável - ●● áreas de paragem de transporte ●● possibilidade de limpeza mecâ-


faixas cicláveis; público (sempre); nica;

●● espaços de circulação ciclável - ●● faixas de rodagem em terminais ●● dificuldade de abertura de valas;


pistas cicláveis; de transporte público rodoviário;
●● possibilidade de reutilização do
●● áreas em espaços de circula- revestimento.
●● espaços de circulação rodoviá-
ria; ção pedonal, onde seja necessário
salvaguardar o acesso, ainda que A reposição ou reconstrução da
estrutura do pavimento é execu-
●● espaços de circulação rodoviária pontual, a veículos pesados para
– zonas de coexistência; efeitos de manutenção de infraes- tada atendendo à sua utilização,
truturas ou outros fins que assim o especificidade do local e posição
●● espaços de circulação rodoviária exijam. da via na hierarquia da rede viária
- paragens de autocarros, que são da CML conforme definido nas
sujeitos a esforços mais elevados e Nestas áreas: especificações indicadas nas fichas
frequentes; de materiais que em seguida se
●● As sub-bases e bases dos pavi- apresentam.
●● espaços de estacionamento. mentos dos exemplos apresentados
deverão ser substituídos por extra- Nas
As sub-bases, bases e argamassas tos em ABGE – Agregado Britado de
a utilizar devem ser definidas e Granulometria Extensa tratado com
Materiais 2.1 PAVIMENTOS

Calçadas Lajeados Blocos


As calçadas em pedra – correspon- Os lajeados correspondem a pavi- Correspondem a pavimentos cuja
dem a pavimentos cuja superfície mentos cuja superfície resulta da superfície resulta da justaposição
resulta da justaposição de peças justaposição de peças de maior de peças de pequena ou média
de pedra natural de pequena di- dimensão, geralmente de pedra na- dimensão, cuja moldagem resulta
mensão, cujo corte em bloco pode tural ou artificial, cujo corte resulta de processo mecânico, gerando
resultar de processo manual ou de processo mecânico, gerando superfícies de textura regular.
mecânico, gerando superfícies de superfícies regulares, lisas ou ru-
textura irregular. Esta tipologia de gosas dependendo do acabamento. Os pavimentos em blocos pré-fa-
pavimento é efetivamente a forma Os materiais mais usados na sua bricados, são hoje a solução mais
mais usual de pavimentação dos fabricação são o calcário (lioz), o versátil - formas, estereotomia,
espaços de circulação pedonal da granito e o betão. cores, variedade de materiais e
cidade já que permitem: acabamentos, facilidade de exe-
Atualmente, os pavimentos em cução de padrões e/ ou motivos,
●● uma maior plasticidade e, pela lajetas de betão pré-fabricadas, mistura de elementos de formas
menor dimensão dos seus elemen- constituem uma solução mais e cores diferentes, facilidade de
tos, adaptar com grande versatilida- versátil, de menor custo e de mais cortes em remates e aplicabilida-
de os passeios a diversas situações, fácil manutenção e reparação que de a qualquer utilização: pedonal,
designadamente rebaixamentos para os lajedos ou calçadas em pedra, ciclável ou rodoviária -, de menor
travessias de peões, ajustamentos a tendo como principais vantagens: custo e de fácil manutenção e
soleiras e entradas de garagem; reparação.
●● Maior controlo das propriedades
●● quando sujeitas a levantamento físicas e de resistência do betão; Estes pavimentos constituem uma
para manutenção de infraestrutu- alternativa à utilização da pedra
ras, as quais se localizam na sua ●● O processo de produção dos em espaço público, tendo como
maioria sob os passeios, o reapro- blocos, o qual sendo mecanizado vantagens principais:
veitamento das peças; permite um controlo mais rigoroso
das suas propriedades geométricas; ●● Maior controlo das propriedades
●● uma maior indiferenciação das físicas e de resistência do betão;
zonas recentemente intervencio- ●● As possibilidades inerentes à
nadas relativamente ao existente coloração dos blocos em fábrica; ●● O processo de produção dos
circundante e uma maior indife- blocos, o qual sendo mecanizado
renciação dos remates nos limites ●● Menor custo e menores exigên- permite um controlo mais rigoroso
do pavimento, especialmente se as cias técnicas no assentamento; das suas propriedades geométricas;
peças forem de pequena dimensão,
se as juntas não forem retas e se ●● Maior variedade de cores e ●● As possibilidades inerentes à
existir mistura de peças de cores acabamentos; coloração dos blocos em fábrica;
ou tons diferentes;
●● Maior facilidade de execução de ●● Menor custo e menores exigên-
●● a reparação e reposição de áre- padrões e/ ou motivos; cias técnicas no assentamento.
as mais circunscritas, minimizando
as necessidades de intervenção; ●● Maior facilidade de cortes e Uma peça é reconhecida como
remates. bloco quando a sua altura (h) for
●● dispor de menores meios técni- maior ou igual que um quarto do
cos, já que o seu assentamento é, Uma peça é identificada como seu comprimento (c), ou seja, h>c/4.
sobretudo, manual. lajeta quando a sua dimensão
em altura (h) seja menor que um
quarto do seu comprimento (c), ou
seja, h<c/4.
2.1 PAVIMENTOS materiais

tenção das infraestruturas exis-


“In Situ” tentes no subsolo, também deve ●● a utilização prevista, designa-
damente se se trata de um espaço
ter-se presente que a reposição dos
Correspondem a pavimentos de de circulação pedonal, ciclável ou
pavimentos contínuos deixa marcas
diversos materiais, executados na rodoviária, paragem ou estaciona-
de “remendos” relativamente ao
área em intervenção, gerando su- mento;
existente e poderá, por isso, obrigar
perfícies lisas ou de textura regular. a maiores áreas de intervenção
●● as necessidades de manutenção
para minimizar o seu impacto. Por
Os pavimentos contínuos podem das infraestruturas alojadas no
estas razões, deverá sempre ser
ser individualmente desenvolvidos subsolo;
ponderada a sua aplicação e o
(cor, textura, acabamento, en- desenho deverá sempre antecipar
tre outros) para cada projeto. Os ●● a disponibilidade local de recur-
estas situações. sos materiais e de mão-de-obra
pavimentos contínuos destinam-
qualificada para garantir a sua
-se à pavimentação de áreas de A opção por cada um dos tipos de
boa execução e a sua manutenção
tráfego intenso, onde o conforto, a pavimento apresentados deverá
futura;
segurança e a durabilidade estejam ter em consideração os seguintes
associados à estética e à harmonia aspetos:
●● os custos iniciais de execução e
com o ambiente envolvente.
de manutenção futura.
●● a história do lugar e sua ade-
Na utilização de pavimentos quação ao valor patrimonial do
contínuos deve ter-se em conta as espaço de intervenção;
exigências funcionais e de manu-

Aplicação de betão “in situ” – costa de caparica


Materiais 2.1 PAVIMENTOS

Espaços de Circulação Pedonal

Escadas em Outros
Passeios Passadeiras Escadas Rampas
Rampa Espaços

Descontínuos Calçadas Vidraço ● ● ● ●

Granito ● ● ● ● ● ●

Mista ● ● ● ● ●

Portuguesa ● ●

Lajeados Lioz ● ●

Granito ● ● ● ● ●

Grés ● ● ● ● ●

Betão ● ● ● ● ● ●

Blocos Granito ● ● ● ● ●

Betão ● ● ● ● ●

Contínuos “In Situ” Betão ● ● ●

Betuminoso (Quente) ●

Betuminoso (Frio) ● ● ● ●

Resinas ● ● ● ●

Espaços de Circulação Ciclável

Via Faixa Pista


banalizada ciclável ciclável

Descontínuos Calçadas Vidraço

Granito

Mista

Portuguesa

Lajeados Lioz ● ●

Granito ● ●

Grés ● ●

Betão ● ●

Blocos Granito ● ● ●

Betão ● ● ●

Contínuos “In Situ” Betão ● ●

Betuminoso (Quente) ●

Betuminoso (Frio) ● ●

Resinas ● ●
2.1 PAVIMENTOS materiais

Espaços de Circulação Rodoviária

Rede Zonas de Acalmia de


Estruturante Coexistência Tráfego

Descontínuos Calçadas Granito ● ●

Mista ● ●

Lajeados Lioz

Granito ● ●

Grés

Betão

Blocos Granito ● ●

Betão ● ●

Contínuos “In Situ” Betão ● ●

Betuminoso (Quente) ●

Betuminoso (Frio)

Resinas ●

Espaços de Paragem e Estacionamento

Veículos Veículos Motociclos Bicicletas


Ligeiros Pesados

Descontínuos Calçadas Vidraço ●


Granito ● ●
Mista ●

Lajeados Calcário ● ● ●
Granito ● ● ●
Grés ● ● ●
Betão ● ● ●

Blocos Granito ● ● ● ●
Betão ● ● ● ●

Contínuos “In Situ” Betão ● ● ● ●


Betuminoso (Quente) ● ● ● ●
Betuminoso (Frio) ● ●
Resinas ● ● ●
Materiais 2.1 PAVIMENTOS

varia consoante o tipo de calçada a


Descrição aplicar, nomeadamente:
Calçada
de vidraço Entre os diversos tipos de calçadas,
a calçada de vidraço constitui na
Calçada Miudinha
Pavimento composto por cubos
Cidade de Lisboa a solução domi- com uma dimensão de 4 a 5 cm.
nante adoptada desde o século XIX,
para a pavimentação dos passeios. Calçada Miúda
Pavimento composto por cubos
A calçada de vidraço é um pavi- com uma dimensão de 5 a 7 cm.
mento cuja superfície resulta da
justaposição de peças de pedra Calçada a Meia Pedra
natural de pequena dimensão, Pavimento composto por cubos
cujo corte em bloco pode resultar com uma dimensão de 9 a 11 cm.
de processo manual ou mecânico,
gerando superfícies de textura ir- Calçada Grossa
regular ou regular consoante o seu Pavimento composto por cubos
acabamento. com uma dimensão de 12 a 13 cm.

Este pavimento é composto por É igualmente utilizada como sinali-


cubos em boas condições, novos zação horizontal, designadamente
ou reutilizados, preferencialmen- passadeiras, através da combi-
te aparelhados, compactos e de nação com pedras de coloração
dureza média. A sua dimensão contrastante.

lisboa – campo pequeno


2.1 PAVIMENTOS materiais

Nas zonas pedonais sujeitas pontu- Em ruas de reduzida inclinação,


Execução almente ao tráfego de veículos (en- com pendentes inferiores a 5%,
tradas especiais), deverá ser previs- onde o risco de deslizamento é
Na execução das calçadas, por ta uma camada de assentamento menor, deverão no entanto ser
regra considera-se uma caixa com em mistura de cimento e areia do considerados acabamentos que
uma profundidade aproximada de rio, lavada ao traço 1:3 (volume) aumentem a rugosidade da pedra
0,24m para zonas de utilização com espessura de 0,04 m. Deverão minimizando o risco de escorrega-
exclusivamente pedonal; e para as ainda ser consideradas uma cama- mento, nomeadamente:
zonas de circulação automóvel, a da base em betão uma espessura
profundidade da caixa aumenta mínima de 0,15 m, armada infe- Serrado
para os 0,34m. riormente com rede eletro soldada Acabamento em que a chapa é
em malha quadrada e uma camada unicamente cortada com as dimen-
As juntas entre as pedras não de sub-base em agregado britado, sões pretendidas e é lavada com
poderão, depois de executado o natural ou reciclado de granulome- máquina de pressão para retirar o
assentamento, ter uma profundida- tria extensa com espessura mínima pó e vestígios abrasivos durante a
de superior entre 0,003m e 0,005m de 0,15 m. operação. Este acabamento apre-
em relação à face superior dos senta uma superfície ligeiramente
blocos e deverão ter uma abertura De salientar que as peças devem rugosa.
máxima entre 0,003m e os 0,005m apresentar dimensões semelhantes
preenchidas com pó de pedra de forma a assegurar um bom en- Areado ou jacteado
calcária. caixe e uma resistência final ajus- Acabamento que confere mais
tada ao tipo de utilização prevista. rugosidade que o serrado. Essa
Em alternativa, poder-se-á con- rugosidade é-lhe conferida através
siderar uma abertura máxima de Todos os materiais utilizados serão de um jato de areia a alta pressão
0,008m preenchida com mistura de aplicados limpos, isentos de terras direcionado para a face da pedra
cimento e areia fina do rio, lavada, e detritos. até a mesma ficar com a superfície
ao traço 1:4. mais irregular.

A camada de assentamento deverá Acabamento Bujardado


ser em pó de pedra calcária ou em É o mais rugoso dos acabamentos
mistura de cimento e areia do rio, Os tratamentos superficiais não industriais sendo por isso o que
lavada, ao traço 1:4. aumentam a capacidade estrutu- permite a superfície mais agressiva
ral do pavimento, tendo apenas de todas. A chapa entra num tapete
A camada de base deverá ser como objetivo fornecer-lhe uma para a máquina e uma série de bu-
em agregado britado, natural ou maior qualidade nas características jardas vão picando o material. Pode
reciclado, de granulometria extensa superficiais como textura e imper- aplicar-se a todo o tipo de pedras
com espessura mínima de 0,20m meabilização. sendo necessário regular a inten-
nos espaços de circulação pedonal sidade dos movimentos e a espes-
e de 0,30m nos espaços de circula- Nesse sentido, as calçadas em sura tem obrigatoriamente que ser
ção rodoviária e estacionamentos pedra de vidraço deverão ter um igual ou superior a 2,0cm.
(aplicada em 2 subcamadas devi- acabamento adequado à função
damente compactadas). que desempenham nunca devendo
apresentar superfícies polidas.
Materiais 2.1 PAVIMENTOS

arestas paralelas, possibilitam as-


Descrição sentamentos em junta travada ou
Calçada em espinha;
de granito A calçada em pedra de granito é, à
semelhança da calçada de vidraço, ●● Por uma maior aderência, já que
um pavimento cuja superfície resul- a textura e a maior resistência ao
ta da justaposição de peças de pe- desgaste do granito evita durante
dra natural de pequena dimensão, mais tempo o escorregamento;
cujo corte em bloco pode resultar
de processo manual ou mecânico, ●● Pela possibilidade de se obte-
gerando superfícies de textura ir- rem peças de corte industrial, numa
regular ou regular consoante o seu ou mais faces, e, consequentemen-
acabamento. te, pisos mais lisos.

Os pavimentos de granito consti- Estes pavimentos devem ser com-


tuem uma alternativa muito viável postos por cubos de granito em
ao pavimento em cubos de calcário boas condições, novos ou reutiliza-
em virtude das seguintes caracte- dos, usualmente na cor cinza claro.
rísticas físicas e funcionais, nome- Podem ser consideradas outras
adamente: cores como o amarelo e porrinho e
o granito preto que em virtude da
●● Pela possibilidade de uma maior sua extração ser mais parca detém
dimensão dos cubos; um custo mais elevado.

●● Pela maior resistência conse- A sua dimensão varia consoante o


guida no assentamento dos blocos tipo de calçada a aplicar, nomeada-
já que estes, apresentando sempre mente:

porto – são nicolau


2.1 PAVIMENTOS materiais

Calçada Miúda tradas especiais), deverá ser previs-


Pavimento composto por cubos ta uma camada de assentamento Acabamento
com uma dimensão de 5 a 7 cm. em mistura de cimento e areia do
rio, lavada ao traço 1:3 (volume) Os tratamentos superficiais não
Calçada a Meia Pedra com espessura de 0,04 m. Deverão aumentam a capacidade estrutu-
Pavimento composto por cubos ainda ser consideradas uma cama- ral do pavimento, tendo apenas
com uma dimensão de 9 a 11 cm. da base em betão uma espessura como objetivo fornecer-lhe uma
mínima de 0,15 m, armada infe- maior qualidade nas características
Calçada Grossa riormente com rede eletro soldada superficiais como textura e imper-
Pavimento composto por cubos em malha quadrada e uma camada meabilização.
com uma dimensão de 12 a 13 cm. de sub-base em agregado britado,
natural ou reciclado de granulome- Nesse sentido, as calçadas em
tria extensa com espessura mínima pedra de granito deverão ter um
Execução de 0,15 m. acabamento adequado à função
que desempenham nunca devendo
Na execução das calçadas, por Nas bolsas ou faixas de rodagem apresentar superfícies polidas.
regra considera-se uma caixa com contíguas a zonas de paragem de
uma profundidade aproximada de autocarro, o pavimento deverá Em ruas de reduzida inclinação,
0,24m para zonas de utilização ser reforçado de forma a respon- com pendentes inferiores a 5%,
exclusivamente pedonal; e para as der às situações particularmente onde o risco de deslizamento é
zonas de circulação automóvel, a exigentes do ponto de vista da menor, deverão no entanto ser
profundidade da caixa aumenta capacidade de resistência à ação considerados acabamentos que
para os 0,34m. dos autocarros. Para tal devem aumentem a rugosidade da pedra
ser salvaguardadas as seguintes minimizando o risco de escorrega-
As juntas entre as pedras não características: mento, nomeadamente:
poderão, depois de executado o
assentamento, ter uma profundida- ●● A pedra de calçada nas faixas Serrado
de superior entre 0,003m e 0,005m de rodagem deve ser de 1.ª quali- Acabamento em que a chapa é uni-
em relação à face superior dos dade, em granito, com dimensão de camente cortada com as dimensões
blocos e deverão ter uma abertura 11cm de aresta; pretendidas e é lavada com máquina
máxima entre 0,003m e os 0,005m de pressão para retirar o pó e vestí-
preenchidas com pó de pedra ●● Deve ser aplicada uma funda- gios abrasivos durante a operação.
calcária. ção de areão com uma espessura Este acabamento apresenta uma
de 0,10m após recalque; superfície ligeiramente rugosa.
Em alternativa, poder-se-á con-
siderar uma abertura máxima de ●● A fundação da calçada deve ser Areado ou jacteado
0,008m preenchida com mistura de convenientemente compactada; Acabamento que confere mais
cimento e areia fina do rio, lavada, rugosidade que o serrado. Essa
ao traço 1:4. ●● Deve ser aplicado sobre a calça- rugosidade é-lhe conferida através
da um traço de cimento e areia na de um jato de areia a alta pressão
A camada de assentamento deverá proporção de 1:6; direcionado para a face da pedra
ser em pó de pedra calcária ou em até a mesma ficar com a superfície
mistura de cimento e areia do rio, ●● As juntas entre as pedras mais irregular.
lavada, ao traço 1:4. devem ser uniformes e não podem
exceder 8mm de afastamento. Bujardado
A camada de base deverá ser É o mais rugoso dos acabamentos
em agregado britado, natural ou Todos os materiais utilizados serão industriais sendo por isso o que
reciclado, de granulometria extensa aplicados limpos, isentos de terras permite a superfície mais agressiva
com espessura mínima de 0,20m e detritos. de todas. A chapa entra num tapete
nos espaços de circulação pedonal para a máquina e uma série de bu-
e de 0,30m nos espaços de circula- De salientar que as peças devem jardas vão picando o material. Pode
ção rodoviária e estacionamentos apresentar dimensões semelhantes aplicar-se a todo o tipo de pedras
(aplicada em 2 subcamadas devi- de forma a assegurar um bom en- sendo necessário regular a inten-
damente compactadas). caixe e uma resistência final ajus- sidade dos movimentos e a espes-
tada ao tipo de utilização prevista. sura tem obrigatoriamente que ser
Nas zonas pedonais sujeitas pontu- igual ou superior a 2,0cm.
almente ao tráfego de veículos (en-
Materiais 2.1 PAVIMENTOS

Relativamente a estas calçadas, é


Descrição ainda de salientar que nas ruas de
Calçada mista maior declive e em todas em que
Pavimento composto por cubos de seja maior o risco de escorrega-
calcário de vidraço e por cubos de mento superficial, e onde não seja
granito que em virtude de propor- possível a implantação de uma fai-
cionar maior aderência é usado em xa de pavimento confortável e anti-
zonas com inclinações superiores a derrapante, para além da utilização
5%. A proporção das pedras é esti- de pedra granítica com a pedra
pulada de acordo com a pendente de vidraço, poderão ser adaptadas
do terreno, nunca devendo atingir medidas especificas para assegurar
uma proporção superior a 1 cubo a segurança e conforto dos peões,
de granito para 1 cubo de vidraço. nomeadamente:

A sua dimensão varia também con- Utilização de tratamento superficial


soante o tipo de calçada a aplicar, que aumente a rugosidade da pe-
nomeadamente: dra de calcário, minimizando o risco
de escorregamento.
Calçada Miúda
Pavimento composto por cubos Utilização de travessas em pedra
com uma dimensão de 5 a 7 cm. natural ou artificial, de cor clara, e
características antiderrapantes, in-
Calçada a Meia Pedra tercaladas no sentido da largura do
Pavimento composto por cubos passeio com uma distância corres-
com uma dimensão de 9 a 11 cm. pondente a 0,60m, com o objetivo
de suster a calçada e reduzir o
Calçada Grossa risco de escorregamento.
Pavimento composto por cubos
com uma dimensão de 12 a 13 cm.

lisboa - calçada do mirante


2.1 PAVIMENTOS materiais

com espessura de 0,04 m. Deverão


Execução ainda ser consideradas uma cama-
da base em betão uma espessura
Na execução das calçadas, por mínima de 0,15 m, armada infe-
regra considera-se uma caixa com riormente com rede eletro soldada
uma profundidade aproximada de em malha quadrada e uma camada
0,24m para zonas de utilização de sub-base em agregado britado,
exclusivamente pedonal; e para as natural ou reciclado de granulome-
zonas de circulação automóvel, a tria extensa com espessura mínima
profundidade da caixa aumenta de 0,15 m.
para os 0,34m.
Todos os materiais utilizados serão
As juntas entre as pedras não aplicados limpos, isentos de terras
poderão, depois de executado o e detritos.
assentamento, ter uma profundida-
de superior entre 0,003m e 0,005m De salientar que as peças devem
em relação à face superior dos apresentar dimensões semelhantes
blocos e deverão ter uma abertura de forma a assegurar um bom en-
máxima entre 0,003m e os 0,005 caixe e uma resistência final ajus-
m preenchidas com pó de pedra tada ao tipo de utilização prevista.
calcária.

Em alternativa, poder-se-á conside- Acabamento


rar uma abertura máxima de 0,008
m preenchida com mistura de Os tratamentos superficiais não
cimento e areia fina do rio, lavada, aumentam a capacidade estrutu-
ao traço 1:4. ral do pavimento, tendo apenas
como objetivo fornecer-lhe uma
A camada de assentamento deverá maior qualidade nas características
ser em pó de pedra calcária ou em superficiais como textura e imper-
mistura de cimento e areia do rio, meabilização.
lavada, ao traço 1:4.
Nesse sentido, as calçadas em
A camada de base deverá ser pedra de granito e vidraço deverão
em agregado britado, natural ou ter um acabamento adequado à
reciclado, de granulometria extensa função que desempenham nunca
com espessura mínima de 0,20m devendo apresentar superfícies
nos espaços de circulação pedonal polidas.
e de 0,30m nos espaços de circula-
ção rodoviária e estacionamentos Em ruas de reduzida inclinação,
(aplicada em 2 subcamadas devi- com pendentes inferiores a 5%,
damente compactadas). onde o risco de deslizamento é
menor, deverão no entanto ser
Nas zonas pedonais sujeitas pontu- considerados acabamentos que
almente ao tráfego de veículos (en- aumentem a rugosidade da pedra
tradas especiais), deverá ser previs- de vidraço, minimizando o risco de
ta uma camada de assentamento escorregamento, nomeadamente o
em mistura de cimento e areia do acabamento bujardado.
rio, lavada ao traço 1:3 (volume)
Materiais 2.1 PAVIMENTOS

Descrição Execução
Calçada
portuguesa / A calçada portuguesa mais típica
resulta do calcetamento com pe-
Á semelhança do que aconte-
ce com a calçada de vidraço, na
artística dras de formato geralmente irregu- execução da calçada artística, por
lar de calcário branco e negro. regra considera-se uma caixa com
uma profundidade aproximada de
As cores mais tradicionais são 0,24m para zonas de utilização
o preto e o branco, embora se- exclusivamente pedonal.
jam também utilizados o bege-
-acastanhado e o rosa-alaranjado As juntas entre as pedras não
ou avermelhado. O contraste de poderão, depois de executado o
tonalidades destas pedras permite assentamento, ter uma profundida-
formar os padrões decorativos que de superior entre 0,003m e 0,005m
deram origem à designação de em relação à face superior dos
Calçada Artística. blocos e deverão ter uma abertura
máxima entre 0,003m e os 0,005
A sua dimensão apresenta os se- m preenchidas com pó de pedra
guinte valores: calcária.

Calçada Miudinha A camada de assentamento deverá


Pavimento composto por cubos ser em pó de pedra calcária ou em
com uma dimensão de 4 a 5 cm. mistura de cimento e areia do rio,
lavada, ao traço 1:4.
Calçada Miúda
Pavimento composto por cubos A camada de base deverá ser
com uma dimensão de 5 a 7 cm. em agregado britado, natural ou

lisboa - avenida da liberdade


2.1 PAVIMENTOS materiais

reciclado, de granulometria extensa


com espessura mínima de 0,20m Acabamento
(aplicada em 2 subcamadas devi-
damente compactadas). Os tratamentos superficiais não
aumentam a capacidade estrutu-
Nas zonas pontualmente sujeitas ral do pavimento, tendo apenas
ao tráfego de veículos (entradas como objetivo fornecer-lhe uma
especiais), deverá ser prevista maior qualidade nas características
uma camada de assentamento em superficiais como textura e imper-
mistura de cimento e areia do rio, meabilização.
lavada ao traço 1:3 (volume) com
espessura de 0,04 m. Em ruas de reduzida inclinação,
com pendentes inferiores a 5%,
Deverão ainda ser consideradas onde o risco de deslizamento é
uma camada base em betão uma menor, deverão ser considerados
espessura mínima de 0,15 m, acabamentos que aumentem a
armada inferiormente com rede rugosidade da pedra minimizando
eletro soldada em malha quadra- o risco de escorregamento, nomea-
da e uma camada de sub-base damente:
em agregado britado, natural ou
reciclado de granulometria extensa Serrado
com espessura mínima de 0,15 m. Acabamento em que a chapa é
unicamente cortada com as dimen-
Todos os materiais utilizados serão sões pretendidas e é lavada com
aplicados limpos, isentos de terras máquina de pressão para retirar o
e detritos. pó e vestígios abrasivos durante a
operação. Este acabamento apre-
No caso de calçadas com motivos senta uma superfície ligeiramente
decorativos devem ser salvaguar- rugosa.
dados os seguintes aspetos:
Areado ou jacteado
Após a colocação do molde - ma- Acabamento que confere mais
deira, pvc ou metal -, o assen- rugosidade que o serrado. Essa
tamento das pedras deverá ser rugosidade é-lhe conferida através
iniciado pelo espaço exterior ao de um jato de areia a alta pressão
motivo - a cada área de uma cor direcionado para a face da pedra
deverá corresponder um molde; até a mesma ficar com a superfície
mais irregular.
Só após o assentamento da área
exterior se deverá retirar o molde e Bujardado
preencher o espaço em negativo. É o mais rugoso dos acabamentos
industriais sendo por isso o que
permite a superfície mais agressiva
de todas. A chapa entra num tapete
para a máquina e uma série de bu-
jardas vão picando o material. Pode
aplicar-se a todo o tipo de pedras
sendo necessário regular a inten-
sidade dos movimentos e a espes-
sura tem obrigatoriamente que ser
igual ou superior a 2,0cm.

Nunca, em qualquer caso deverá a


calçada artística apresentar super-
fícies polidas.
Materiais 2.1 PAVIMENTOS

Um pavimento composto por peças


Descrição de lioz deverá ser dimensionado,
Lajeado de lioz considerando o seu uso e função. A
O Lioz é uma pedra calcária fre- sua espessura deverá ser determi-
quentemente utilizada no espaço nada de acordo com a resistência
público, particularmente em lajea- mecânica pretendida. No entanto,
dos, sendo frequentemente encon- considera-se que uma lajeta nunca
trada em zonas mais nobres da deverá ter uma espessura inferior
cidade como largos, praças e áreas a 4cm.
envolventes a edifícios emblemá-
ticos. De fato, estes pavimentos devem
ser resistentes à ação do tráfego
Apesar da sua resistência e dureza, pedonal intenso, à ação do acesso
é um material poroso com desgas- ocasional de veículos motorizados
te algo acentuado, que necessita de e à exposição aos elementos natu-
alguns cuidados especiais ao nível rais, devendo para tal ser acautela-
da sua transformação e acabamen- das as seguintes ocorrências:
to e na sua manutenção e limpeza.
●● Desgaste acelerado da super-
Os lajeados de Lioz, correspon- fície, com redução acentuada dos
dem a pavimentos cuja superfície relevos;
resulta da justaposição de peças
de maior dimensão, e cujo corte ●● Fissuração ou quebra do pavi-
resulta de processo mecânico, mento por deficiente resistência
gerando superfícies regulares, lisas mecânica;
ou rugosas dependendo do seu
acabamento.

lisboa - alvalade
2.1 PAVIMENTOS materiais

Deverão ainda ser consideradas Serrado


●● Alteração da cor por via da uma camada base em betão com Acabamento em que a chapa é
exposição aos raios solares e às unicamente cortada com as dimen-
uma espessura mínima de 0,15 m,
intempéries; sões pretendidas e é lavada com
armada inferiormente com rede
eletro soldada em malha quadra- máquina de pressão para retirar o
●● Escorregamento na presença de pó e vestígios abrasivos durante a
da, e uma camada de sub-base
água;
em agregado britado, natural ou operação. Este acabamento apre-
reciclado de granulometria extensa senta uma superfície ligeiramente
●● Dificuldade de manutenção.
com espessura mínima de 0,15 m. rugosa.
Para os devidos efeitos, uma peça
é identificada como lajeta quando Para este caso em particular, as Areado ou jacteado
peças deverão ter uma altura que Acabamento que confere mais
a sua dimensão em altura (h) for
possibilite a passagem de veículos, rugosidade que o serrado. Essa
menor que um quarto do seu com-
ligeiros e/ou pesados, sem que as rugosidade é-lhe conferida através
primento (c), ou seja, h<c/4.
mesmas se partam. de um jato de areia a alta pressão
direcionado para a face da pedra
De salientar que as peças devem até a mesma ficar com a superfície
Execução apresentar um corte que assegure mais irregular.
um bom encaixe e uma resistência
Na execução dos lajeados, por
final ajustada ao tipo de utilização Bujardado
regra considera-se uma caixa com É o mais rugoso dos acabamentos
prevista.
uma profundidade aproximada de industriais sendo por isso o que
0,23m para zonas de utilização Todos os materiais utilizados serão permite a superfície mais agressiva
exclusivamente pedonal. aplicados limpos, isentos de terras de todas. A chapa entra num tapete
e detritos. para a máquina e uma série de bu-
As juntas entre as pedras não
jardas vão picando o material. Pode
poderão, depois de executado o
aplicar-se a todo o tipo de pedras
assentamento, ter uma profundida-
de superior a 0,003m em rela- Acabamento sendo necessário regular a inten-
sidade dos movimentos e a espes-
ção à face superior dos blocos e
Os tratamentos superficiais não sura tem obrigatoriamente que ser
deverão ter uma abertura máxima
aumentam a capacidade estrutu- igual ou superior a 2,0cm.
de 0,003m preenchida com pó de
ral do pavimento, tendo apenas
pedra calcária ou areia fina. Deverá ser prevista a aplicação de
como objetivo fornecer-lhe uma
maior qualidade nas características um hidrófugo com propriedades
A camada de assentamento, com
superficiais como textura e imper- “anti-grafitti”.
uma espessura de 0.03m, deve-
rá ser em mistura de areia do rio meabilização.
lavada ou em mistura de cimento e
Nesse sentido, os lajeados em
areia do rio, lavada, ao traço 1:4.
pedra de lioz deverão ter um
A camada de base deverá ser acabamento adequado à função
em agregado britado, natural ou que desempenham nunca devendo
reciclado, de granulometria extensa apresentar superfícies polidas.
com espessura mínima de 0,20m
Em ruas de reduzida inclinação,
(aplicada em 2 subcamadas devi-
com pendentes inferiores a 5%,
damente compactadas).
onde o risco de deslizamento é
Nas zonas pedonais sujeitas pon- menor, deverão no entanto ser
tualmente ao tráfego de veículos considerados acabamentos que
(entradas especiais), deverá ser aumentem a rugosidade da pedra
prevista uma camada de assen- minimizando o risco de escorrega-
tamento em mistura de cimento mento, nomeadamente:
e areia do rio, lavada ao traço 1:3
(volume) com espessura de 0,03 m.
Materiais 2.1 PAVIMENTOS

Pela possibilidade de se obterem


Descrição peças de corte industrial, numa ou
Lajeado de granito mais faces, e, consequentemente,
Os lajeados em pedra de granito pisos mais lisos e confortáveis com
são, à semelhança dos lajeados em características antiderrapantes.
lioz, um pavimento cuja superfície
resulta da justaposição de peças de Um pavimento composto por peças
pedra natural de média ou grande de granito deverá ser dimensio-
dimensão, cujo corte pode resultar nado, considerando o seu uso e
de processo manual ou mecânico, função. A sua espessura deverá
gerando superfícies de textura ir- ser determinada de acordo com a
regular ou regular consoante o seu resistência mecânica pretendida.
acabamento. No entanto, considera-se que uma
lajeta nunca deverá ter uma espes-
O granito é uma rocha cristalina sura inferior a 4cm.
de elevada dureza e resistência ao
desgaste, sendo muito utilizada De fato, estes pavimentos devem
em espaço público devido às suas ser resistentes à ação do tráfego
características físicas e funcionais, pedonal intenso, à ação do acesso
nomeadamente: ocasional de veículos motorizados
e à exposição aos elementos natu-
Pela possibilidade de uma maior rais, devendo para tal ser acautela-
dimensão das peças; das as seguintes ocorrências:

Por uma maior aderência, já que ●● Desgaste acelerado da super-


a textura e a maior resistência ao fície, com redução acentuada dos
desgaste do granito evita durante relevos;
mais tempo o escorregamento;

lisboa - areeiro
2.1 PAVIMENTOS materiais

Nas zonas pedonais sujeitas pon- Apesar de ser uma pedra rugosa,
●● Fissuração ou quebra do pavi- tualmente ao tráfego de veículos em ruas de reduzida inclinação,
mento por deficiente resistência
(entradas especiais), deverá ser com pendentes inferiores a 5%,
mecânica;
prevista uma camada de assen- onde o risco de deslizamento é
tamento em mistura de cimento menor, deverão ser considerados
●● Alteração da cor por via da
e areia do rio lavada, ao traço 1:3 acabamentos que aumentem a
exposição aos raios solares e às
(volume) com espessura de 0,03 m. rugosidade da pedra minimizando
intempéries;
o risco de escorregamento, nomea-
Deverão ainda ser consideradas damente:
●● Escorregamento na presença de
uma camada base em betão com
água;
uma espessura mínima de 0,15 m, Serrado
armada inferiormente com rede Acabamento em que a chapa é
●● Dificuldade de manutenção.
eletro soldada em malha quadra- unicamente cortada com as dimen-
Para os devidos efeitos, uma peça da, e uma camada de sub-base sões pretendidas e é lavada com
é identificada como lajeta quando em agregado britado, natural ou máquina de pressão para retirar o
a sua dimensão em altura (h) for reciclado de granulometria extensa pó e vestígios abrasivos durante a
menor que um quarto do seu com- com espessura mínima de 0,15 m. operação. Este acabamento apre-
primento (c), ou seja, h<c/4. senta uma superfície ligeiramente
Para este caso em particular, as rugosa.
peças deverão ter uma altura que
possibilite a passagem de veículos, Areado ou jacteado
Execução ligeiros e/ou pesados, sem que as Acabamento que confere mais
mesmas se partam. rugosidade que o serrado. Essa
Na execução dos lajeados, por
rugosidade é-lhe conferida através
regra considera-se uma caixa com
De salientar que as peças devem de um jato de areia a alta pressão
uma profundidade aproximada de
apresentar um corte que assegure direcionado para a face da pedra
0,23m para zonas de utilização
um bom encaixe e uma resistência até a mesma ficar com a superfície
exclusivamente pedonal.
final ajustada ao tipo de utilização mais irregular.
pretendido.
As juntas entre as pedras não
Bujardado
poderão, depois de executado o
Todos os materiais utilizados serão É o mais rugoso dos acabamentos
assentamento, ter uma profundida-
aplicados limpos, isentos de terras industriais sendo por isso o que
de superior a 0,003m em rela-
e detritos. permite a superfície mais agressiva
ção à face superior dos blocos e
de todas. A chapa entra num tapete
deverão ter uma abertura máxima
para a máquina e uma série de bu-
de 0,003m preenchida com pó de
pedra calcária ou areia fina. Acabamento jardas vão picando o material. Pode
aplicar-se a todo o tipo de pedras
A camada de assentamento, com Os tratamentos superficiais não sendo necessário regular a inten-
uma espessura de 0.03m, deve- aumentam a capacidade estrutu- sidade dos movimentos e a espes-
rá ser em mistura de areia do rio ral do pavimento, tendo apenas sura tem obrigatoriamente que ser
lavada ou em mistura de cimento e como objetivo fornecer-lhe uma igual ou superior a 2,0cm.
areia do rio, lavada, ao traço 1:4. maior qualidade nas características
superficiais como textura e imper- Deverá ainda ser prevista a aplica-
A camada de base deverá ser meabilização. ção de um hidrófugo com proprie-
em agregado britado, natural ou dades “anti-grafitti”.
reciclado, de granulometria extensa Nesse sentido, os lajeados em gra-
com espessura mínima de 0,20m nito deverão ter um acabamento
(aplicada em 2 subcamadas devi- adequado à função que desempe-
damente compactadas). nham nunca devendo apresentar
superfícies polidas.
Materiais 2.1 PAVIMENTOS

Descrição ●● Maior controlo das propriedades


Lajeado de betão físicas e de resistência do betão;
Os lajeados em betão são, à
semelhança dos anteriores, um ●● O processo de produção das
peças, o qual sendo mecanizado
pavimento cuja superfície resulta
permite um controlo mais rigoroso
da justaposição de peças de betão
das suas propriedades geométricas;
produzidas por vibro compactação,
de média ou grande dimensão, cujo
●● As possibilidades inerentes à
corte resulta de processo mecâni-
coloração dos blocos em fábrica;
co, gerando superfícies de textura
irregular ou regular consoante o
●● Menor custo e menores exigên-
seu acabamento. cias técnicas no assentamento;
Para os devidos efeitos, uma peça
●● Maior variedade de cores e
é identificada como lajeta quando acabamentos;
a sua dimensão em altura (h) for
menor que um quarto do seu com- ●● Maior facilidade de execução de
primento (c), ou seja, h<c/4. padrões e/ ou motivos;
Os pavimentos em lajetas de betão ●● Maior facilidade de cortes e
pré-fabricadas, constituem uma remates.
solução mais versátil, de menor
custo e de mais fácil manutenção e Os lajeados em betão devem ser
reparação que os lajedos em pedra, resistentes à ação do tráfego pedo-
tendo como vantagens principais: nal intenso, à ação do acesso oca-
sional de veículos motorizados e à

lisboa - calçada da ajuda


2.1 PAVIMENTOS materiais

exposição aos elementos naturais. O betão desativado é um betão


●● Escorregamento na presença de especial fabricado em central em
Para esse efeito, recorrer-se-á a água;
que a desativação da camada
materiais e processos construtivos superficial confere ao pavimento
que, no seu conjunto, acautelem as ●● Dificuldade de manutenção.
um aspeto ornamental de agre-
seguintes ocorrências: gado à vista, o que possibilita a
Neste universo de lajeado, desta-
cam-se as lajetas em betão colo- personalização de espaços, graças
●● Desgaste acelerado da super- às múltiplas soluções possíveis de
rido e em betão desativado, bem
fície, com redução acentuada dos textura.
como as lajetas com características
relevos;
superficiais (pitonado e estriado),
As suas principais vantagens são
utilizadas como faixas de alerta e
●● Fissuração ou quebra do pavi- ter um aspeto natural e rústico;
mento por deficiente resistência guias de encaminhamento.
a existência de variados tipos de
mecânica; agregado à escolha e a possibilida-
O betão colorido resulta da incor- ESQ.01a - Lajeta
poração de pigmentos especiais ao de de adicionar cor.pitonada
●● Alteração da cor por via da
betão corrente, os quais conferem
Esc. 1 / 10
exposição aos raios solares e às As lajetas com características
intempéries; ao betão cores de diferentes tona-
superficiais, produzidas por vibro-
lidades.
-compactação do betão, possibi-

ESQ.01b - Lajeta estriada


Esc. 1 / 10

lajeta pitonada

lajeta estriada
Materiais 2.1 PAVIMENTOS

litam a identificação de zonas de ção rodoviária e estacionamentos


passagem de peões, mudanças de (aplicada em 2 subcamadas devi-
nível no pavimentos e limites de damente compactadas).
plataforma, entre outras. Apesar da
possibilidade de adicionar cor à la- Nas zonas pedonais sujeitas pontu-
jeta, a cor preferencial de utilização almente ao tráfego de veículos (en-
é o cinza escuro, caso a moldura de tradas especiais), deverá ser previs-
contraste seja feita com materiais ta uma camada de assentamento
de tonalidade clara, ou na cor bran- em mistura de cimento e areia do
ca, caso a moldura de contraste rio, lavada ao traço 1:3 (volume)
seja feita com materiais de tonali- com espessura de 0,03 m. Deverão
dade escura. ainda ser consideradas uma cama-
da base em betão uma espessura
Estes pavimentos deverão ser mínima de 0,15 m, armada infe-
dimensionados, considerando o riormente com rede eletro soldada
seu uso e função. A sua espessura em malha quadrada e uma camada
deverá ser determinada de acordo de sub-base em agregado britado,
com a resistência mecânica preten- natural ou reciclado de granulome-
dida, no entanto, considera-se que tria extensa com espessura mínima
uma lajeta em betão nunca deverá de 0,15 m.
ter uma espessura inferior a 6cm
para uma utilização exclusivamen- De salientar que as peças devem
te pedonal e inferior a 10cm para apresentar dimensões semelhantes
uma utilização rodoviária. de forma a assegurar um bom en-
caixe e uma resistência final ajus-
tada ao tipo de utilização prevista.
Execução
Todos os materiais utilizados serão
Na execução destes pavimentos, aplicados limpos, isentos de terras
por regra considera-se uma caixa e detritos.
com uma profundidade aproximada
de 0,24m para zonas de utilização
exclusivamente pedonal; e para as Acabamento
zonas de circulação automóvel, a
profundidade da caixa aumenta Os tratamentos superficiais não
para os 0,34m. aumentam a capacidade estrutu-
ral do pavimento, tendo apenas
As juntas entre as pedras não como objetivo fornecer-lhe uma
poderão, depois de executado o maior qualidade nas características
assentamento, ter uma profundida- superficiais como textura e imper-
de superior a 0,003m em relação à meabilização.
face superior dos blocos e deve-
rão ter uma abertura máxima de No fabrico das lajetas de betão co-
0,003m preenchidas com areia fina. lorido pode ser utilizado o cimento
cinzento, indicado para cores mais
A camada de assentamento deverá escuras, sendo que para cores mais
ser em areia do rio, fina, lavada, claras se recomenda a utilização de
com espessura de 0.03m. cimento branco.

A camada de base deverá ser Nas peças de betão desativado,


em agregado britado, natural ou deverá ser prevista a aplicação de
reciclado, de granulometria extensa um desativante de superfície bem
com espessura mínima de 0,20m como um hidrófugo com proprieda-
nos espaços de circulação pedonal des “anti-grafitti”.
e de 0,30m nos espaços de circula-
2.1 PAVIMENTOS materiais

Descrição ●● Pela possibilidade de uma maior


Blocos de granito dimensão dos cubos;
A calçada em blocos de granito é, à
semelhança da calçada de granito, ●● Pela maior resistência conse-
guida no assentamento dos blocos
um pavimento cuja superfície resul-
já que estes, apresentando sempre
ta da justaposição de peças de pe-
arestas paralelas, possibilitam as-
dra natural de pequena dimensão,
sentamentos em junta travada ou
cujo corte em bloco pode resultar
em espinha;
de processo manual ou mecânico,
gerando superfícies de textura ir-
●● Por uma maior aderência, já que
regular ou regular consoante o seu
a textura e a maior resistência ao
acabamento.
desgaste do granito evita durante
mais tempo o escorregamento;
Para os devidos efeitos, uma peça
é identificada como bloco quando
●● Pela possibilidade de se obte-
a sua dimensão em altura (h) for
rem peças de corte industrial, numa
maior que um quarto do seu com-
ou mais faces, e, consequentemen-
primento (c), ou seja, h>c/4.
te, pisos mais lisos.
Os pavimentos de granito consti-
Estes pavimentos devem ser resis-
tuem uma alternativa muito viável
tentes à ação do tráfego pedonal
ao pavimento em cubos de calcário
intenso, à ação do acesso ocasio-
em virtude das seguintes caracte-
nal de veículos motorizados e à
rísticas físicas e funcionais, nome-
exposição aos elementos naturais,
adamente:
devendo para tal ser acauteladas
as seguintes ocorrências:

lisboa - ribeira das naus


Materiais 2.1 PAVIMENTOS

cimento e areia fina do rio, lavada, Nesse sentido, os pavimentos em


●● Desgaste acelerado da super- ao traço 1:4. blocos de granito deverão ter um
fície, com redução acentuada dos
acabamento adequado à função
relevos; A camada de assentamento deverá que desempenham nunca devendo
ser em pó de pedra calcária ou em apresentar superfícies polidas e/
●● Fissuração ou quebra do pavi- mistura de cimento e areia do rio, ou escassilhadas em virtude de no
mento por deficiente resistência
lavada, ao traço 1:4. primeiro caso reduzir-se substan-
mecânica;
cialmente a rugosidade natural da
A camada de base deverá ser pedra, enquanto que no segundo
●● Alteração da cor por via da em agregado britado, natural ou
exposição aos raios solares e às caso a irregularidade do pavimento
reciclado, de granulometria extensa torna-o desconfortável para circu-
intempéries;
com espessura mínima de 0,20m lação pedonal e também rodoviária
nos espaços de circulação pedonal dado aumentar o ruído provocado
●● Escorregamento na presença de
e de 0,30m nos espaços de circula- pelos veículos quando em circula-
água;
ção rodoviária e estacionamentos ção.
(aplicada em 2 subcamadas devi-
●● Dificuldade de manutenção.
damente compactadas). Em ruas de reduzida inclinação,
Estes pavimentos devem ser com- com pendentes inferiores a 5%,
postos por paralelos de granito em Nas zonas pedonais sujeitas pontu- onde o risco de deslizamento é
boas condições, novos ou reuti- almente ao tráfego de veículos (en- menor, deverão no entanto ser
lizados, usualmente na cor cinza tradas especiais), deverá ser previs- considerados acabamentos que
claro e/ou escuro. A sua dimensão ta uma camada de assentamento aumentem a rugosidade da pedra
pode variar ligeiramente consoan- em mistura de cimento e areia do minimizando o risco de escorrega-
te o tipo uso e função, mas tendo rio, lavada ao traço 1:3 (volume) mento, nomeadamente:
como dimensão usual os 20cm de com espessura de 0,04 m. Deverão
comprimento por 10 a 12 cm de ainda ser consideradas uma cama- Serrado
largura e 6, 8 ou 10cm de altura da base em betão uma espessura Acabamento em que a chapa é
(consoante a resistência mecânica mínima de 0,15 m, armada infe- unicamente cortada com as dimen-
pretendida). riormente com rede eletro soldada sões pretendidas e é lavada com
em malha quadrada e uma camada máquina de pressão para retirar o
de sub-base em agregado britado, pó e vestígios abrasivos durante a
natural ou reciclado de granulome- operação. Este acabamento apre-
Execução tria extensa com espessura mínima senta uma superfície ligeiramente
de 0,15 m. rugosa.
Na execução das calçadas em blo-
cos de granito, por regra considera-
Todos os materiais utilizados serão Areado ou jacteado
-se uma caixa com uma profundi-
aplicados limpos, isentos de terras Acabamento que confere mais
dade aproximada de 0,24m para
e detritos. rugosidade que o serrado. Essa
zonas de utilização exclusivamente
rugosidade é-lhe conferida através
pedonal; e para as zonas de circu- De salientar que as peças devem de um jato de areia a alta pressão
lação automóvel, a profundidade apresentar dimensões semelhantes direcionado para a face da pedra
da caixa aumenta para os 0,34m. de forma a assegurar um bom en- até a mesma ficar com a superfície
caixe e uma resistência final ajus- mais irregular.
As juntas entre as pedras não
tada ao tipo de utilização prevista.
poderão, depois de executado o
Bujardado
assentamento, ter uma profundida-
É o mais rugoso dos acabamentos
de com valor superior a 0,003m ou
0,005m em relação à face supe- Acabamento industriais sendo por isso o que
permite a superfície mais agressiva
rior dos blocos e deverão ter uma
Os tratamentos superficiais não de todas. A chapa entra num tapete
abertura máxima entre os 0,003m
aumentam a capacidade estrutu- para a máquina e uma série de bu-
e os 0,005m preenchidas com pó
ral do pavimento, tendo apenas jardas vão picando o material. Pode
de pedra calcária.
como objetivo fornecer-lhe uma aplicar-se a todo o tipo de pedras
Em alternativa, poder-se-á con- maior qualidade nas características sendo necessário regular a inten-
siderar uma abertura máxima de superficiais como textura e imper- sidade dos movimentos e a espes-
0,008m preenchida com mistura de meabilização. sura tem obrigatoriamente que ser
igual ou superior a 2,0cm.
2.1 PAVIMENTOS materiais

Descrição ●● O processo de produção das


Blocos de betão peças, o qual sendo mecanizado
permite um controlo mais rigoroso
Correspondem a pavimentos cuja
superfície resulta da justaposição das suas propriedades geométricas;
de peças de pequena ou média
dimensão, cuja moldagem resulta ●● As possibilidades inerentes à
coloração dos blocos em fábrica;
de processo mecânico, gerando
superfícies de textura regular.
●● Menor custo e menores exigên-
cias técnicas no assentamento;
Para os devidos efeitos, uma peça
é identificada como bloco quando
●● Maior variedade de cores e
a sua dimensão em altura (h) for
acabamentos;
maior que um quarto do seu com-
primento (c), ou seja, h>c/4.
●● Maior facilidade de execução de
padrões e/ ou motivos;
Os pavimentos em blocos pré-fa-
bricados de betão vibro-prensado,
●● Maior facilidade de cortes e
são actualmente a solução mais remates.
versátil de construção de pavimen-
tos em espaço público, em virtude Os blocos em betão devem ser re-
das suas características físicas e sistentes à ação do tráfego pedonal
funcionais e por apresentarem as intenso, à ação do acesso ocasional
seguintes vantagens: de veículos motorizados e à exposi-
ção aos elementos naturais.
●● Maior controlo das propriedades
físicas e de resistência do betão; Para esse efeito, recorrer-se-á a

lisboa - monsanto
Materiais 2.1 PAVIMENTOS

materiais e processos construtivos De salientar que as peças devem


que, no seu conjunto, acautelem as Execução apresentar dimensões semelhantes
seguintes ocorrências: de forma a assegurar um bom en-
Na execução destes pavimentos, caixe e uma resistência final ajus-
●● Desgaste acelerado da super- por regra considera-se uma caixa tada ao tipo de utilização prevista.
fície, com redução acentuada dos com uma profundidade aproximada
relevos; de 0,24m para zonas de utilização
exclusivamente pedonal; e para as Acabamento
●● Fissuração ou quebra do pavi- zonas de circulação automóvel, a
mento por deficiente resistência profundidade da caixa aumenta Os tratamentos superficiais não
mecânica; para os 0,34m. aumentam a capacidade estrutu-
ral do pavimento, tendo apenas
●● Alteração da cor por via da As juntas entre as pedras não como objetivo fornecer-lhe uma
exposição aos raios solares e às poderão, depois de executado o maior qualidade nas características
intempéries; assentamento, ter uma profundida- superficiais como textura e imper-
de superior a 0,003m em relação à meabilização.
●● Escorregamento na presença de face superior dos blocos e deve-
água; rão ter uma abertura máxima de No fabrico das lajetas de betão co-
0,003m preenchidas com areia fina. lorido pode ser utilizado o cimento
●● Dificuldade de manutenção. cinzento, indicado para cores mais
A camada de assentamento deverá escuras, sendo que para cores mais
As suas formas, estereotomia, co- ser em areia do rio, fina, lavada, claras se recomenda a utilização de
res, variedade de materiais e aca- com espessura de 0.03m. cimento branco.
bamentos, facilidade de execução
de padrões e/ou motivos, mistura A camada de base deverá ser As arestas da face à superfície do
de elementos de formas e cores em agregado britado, natural ou pavimento deverão ser chanfradas
diferentes, facilidade de cortes em reciclado, de granulometria extensa e apresentar uma altura máxima
remates e aplicabilidade a qualquer com espessura mínima de 0,20m do chanfre de 0,005m.
utilização, seja ela pedonal, ciclá- nos espaços de circulação pedonal
vel ou rodoviária contribuem para e de 0,30m nos espaços de circula-
a sua versatilidade e utilização, ção rodoviária e estacionamentos
constituindo assim uma alternativa (aplicada em 2 subcamadas devi-
muito credível à utilização da pedra damente compactadas).
em espaço público.
Nas zonas pedonais sujeitas pontu-
Neste universo destacam-se os almente ao tráfego de veículos (en-
blocos em betão colorido, que re- tradas especiais), deverá ser previs-
sultam da incorporação de pigmen- ta uma camada de assentamento
tos especiais ao betão corrente, os em mistura de cimento e areia do
quais conferem ao betão cores de rio, lavada ao traço 1:3 (volume)
diferentes tonalidades. com espessura de 0,03 m. Deverão
ainda ser consideradas uma cama-
Estes pavimentos deverão ser da base em betão uma espessura
dimensionados, considerando o seu mínima de 0,15 m, armada infe-
uso e função, bem como a inten- riormente com rede eletro soldada
sidade de tráfego prevista. Nesse em malha quadrada e uma camada
sentido, a sua espessura deverá de sub-base em agregado britado,
ser determinada de acordo com a natural ou reciclado de granulome-
resistência mecânica pretendida, tria extensa com espessura mínima
considerando-se no entanto que de 0,15 m.
um bloco em betão nunca deverá
deter uma espessura inferior a Todos os materiais utilizados serão
6cm. aplicados limpos, isentos de terras
e detritos.
2.1 PAVIMENTOS materiais

Descrição ●● Alteração da cor por via da


“In Situ” em betão exposição aos raios solares e às
intempéries;
O betão é um material formado
pela mistura de cimento, agregados
grossos e finos e de água, que, para ●● Escorregamento na presença de
água;
além destes componentes básicos,
pode também conter adjuvantes e
●● Dificuldade de manutenção.
adições (ex. cinzas volantes).
A sua utilização em espaço público
Os pavimentos contínuos em betão
tem vindo a ser intensificada em
devem ser resistentes à ação do
virtude das suas características
tráfego pedonal intenso, à ação do
físicas, nomeadamente a sua du-
acesso ocasional de veículos moto-
rabilidade, facilidade de limpeza e
rizados e à exposição aos elemen-
reduzida manutenção, dos quais se
tos naturais.
destacam o betão poroso, o betão
colorido e o betão desativado.
Para esse efeito, recorrer-se-á a
materiais e processos construtivos
O betão poroso é um betão dre-
que, no seu conjunto, acautelem as
nante e antiderrapante. Trata-se de
seguintes ocorrências:
uma mistura de base comentícia,
composto por um ligante hidráuli-
●● Desgaste acelerado da super-
co, agregados grossos, agregados
fície, com redução acentuada dos
finos, adjuvantes e água. A grande
relevos;
quantidade de vazios resulta num
produto permeável e de baixa
●● Fissuração ou quebra do pavi-
mento por deficiente resistência densidade.
mecânica;

lisboa - campo de ourique


Materiais 2.1 PAVIMENTOS

O betão colorido resulta da incor- como o processo a utilizar - como


poração de pigmentos especiais ao referência, devem existir sempre
betão corrente, os quais conferem juntas de retração distanciadas de
ao betão cores de diferentes tona- aproximadamente vinte vezes a
lidades. espessura da laje.

O betão desativado é um betão A sua aplicação dever estar sempre


especial fabricado em central em sujeita à verificação das condições
que a desativação da camada su- climatéricas, nomeadamente tem-
perficial confere ao pavimento um peratura e pluviosidade.
aspeto ornamental de agregado à
vista, o que possibilita a personali-
zação de espaços, graças às múlti- Acabamento
plas soluções possíveis de textura.
As suas principais vantagens são Os tratamentos superficiais não
ter um aspeto natural e rústico; aumentam a capacidade estrutu-
a existência de variados tipos de ral do pavimento, tendo apenas
agregado à escolha e a possibilida- como objetivo fornecer-lhe uma
de de adicionar cor. maior qualidade nas características
superficiais como textura e imper-
meabilização.
Execução
No fabrico do betão colorido pode
A execução de pavimentos de base ser utilizado o cimento cinzento,
cimentícia betonados “in situ”, indicado para cores mais escuras,
deverá ser executada e dimensio- sendo que para cores mais cla-
nada de forma a assegurar uma ras se recomenda a utilização de
resposta capaz considerando a cimento branco.
sua função. Para tal deverá ser
preparada um base em ABGE, sob Nas peças de betão desativado,
betão de limpeza, sobre o qual será deverá ser prevista a aplicação de
aplicado o betão. Este revestimento um desativante de superfície bem
superficial deverá ter uma espes- como um hidrófugo com proprieda-
sura de 6cm a 8cm para tráfego des “anti-grafitti”.
pedonal e 10cm a 12cm para
tráfego rodoviário ligeiro, não se Para além destes, as superfícies
recomendando a sua aplicação em em betão podem ter como acaba-
espaços de circulação de veículos mento de superfície os seguintes
pesados. materiais:

Nos espaços de circulação pedonal ●● Argamassas sintéticas, como as


e ciclável o betão deverá ser ar- argamassas acrílicas (slurry’s) e os
mado com rede eletro soldada tipo betumes sintéticos resinosos com
“malhasol  AR30” ou equivalente. agregados finos.

A estereotomia de juntas deve ser ●● Tintas termoplásticas, utilizadas


definida em projeto, com um afas- sobretudo em sinalização horizon-
tamento máximo de 3,00m, bem tal.
2.1 PAVIMENTOS materiais

acordo com o tipo de aglomerado


Descrição britado utilizado (basalto, granito
“In Situ” ou calcário). Estas misturas betu-
em mistura As misturas betuminosas são utili-
zadas na execução de pavimentos
minosas a quente podem ainda
ter outras cores, nomeadamente
betuminosa a flexíveis, sendo a utilização mais através de misturas onde o betume
quente comum a da construção de estra- convencional é substituído por um
das destinadas a fluxos de tráfego ligante sintético pigmentável com
rodoviário (ligeiros e pesados) performances comprovadas.
relativamente elevados.
Conforme acima referido, a sua
Resultam de uma mistura de um utilização mais comum em espaço
ligante hidrocarbonado, agrega- público está associada a espaços
dos, fíler e aditivos, fabricada de de circulação rodoviários em virtu-
modo a que todas as partículas de das suas características físicas,
de agregado sejam cobertas com nomeadamente a sua durabilidade,
uma película ligante. Neste caso resistência, facilidade de limpeza e
em particular, estas misturas são reduzida manutenção. Das misturas
preparadas e aplicadas a quente, existentes presentes na Cidade de
processo nas quais o seu fabrico Lisboa, destacam-se:
implica o aquecimento do ligante
e dos agregados. A sua aplicação
em obra é igualmente realizada a Micro Betão Betuminoso Rugoso
temperaturas significativamente (mBBR)
superiores à temperatura ambiente.
Esta mistura betuminosa proporcio-
Apresenta uma tonalidade cinzen- na camadas de desgaste com uma
to-escuro, podendo esta variar de excelente macro textura, melhoran-

lisboa - amoreiras
Materiais 2.1 PAVIMENTOS

do a segurança da circulação com tável com performances compro- A dimensão estas camadas poderá
chuva e com pavimento molhado, vadas. A sua aplicação é em tudo variar, consoante a sua hierarquia
reduzindo também o ruído de igual à de qualquer mistura betu- na rede rodoviária municipal.
circulação. Este tipo de misturas é minosa a quente sendo os cuidados
geralmente aplicado em estradas e a ter na sua aplicação ligeiramente A execução do tapete betuminoso
auto-estradas destinadas a tráfe- superiores aos das misturas con- deverá, sempre que tal se justi-
gos relativamente elevados. vencionais (equipamento e ferra- ficar, prever a junção de aditivos
mentas devem estar devidamente que permitam a realização de um
Em Portugal, o Micro-Betão Betu- limpos). pavimento com capacidade de
minoso Rugoso é aplicado em es- diminuição do ruído provocado pela
pessuras de 2,5 a 3,5 cm e o Betão Como principais propriedades des- passagem dos veículos.
Betuminoso Rugoso em espessuras taca-se a sua elevada resistência
um pouco superiores. ao calor e aos raios ultra violetas,
os seus elevados valores de resis- Acabamento
tência mecânica, vasta gama de
Betão Betuminoso com alto cores possíveis e a diversidade de Os tratamentos superficiais não
conteúdo de agregado graúdo acabamentos mediante a granulo- aumentam a capacidade estrutu-
britado (SMA – Stone Mastic metria dos agregados utilizados. ral do pavimento, tendo apenas
Asphalt) como objetivo fornecer-lhe uma
maior qualidade nas características
Esta mistura betuminosa apresenta Execução superficiais como textura e imper-
uma elevada resistência à defor- meabilização.
mação permanente em rodovias de Nos pavimentos resultantes de
pesado tráfego que resulta de uma misturas betuminosas a quente As misturas betuminosas a quente
alta taxa de agregados graúdos. devem ser consideradas as seguin- podem ter como acabamento de
Não existem limites para o uso do tes camadas: superfície os seguintes materiais:
SMA. Este tipo de revestimento é
resistente às condições adversas ●● Camada de desgaste em betão ●● Argamassas sintéticas, como as
de clima, desde o mais quente e betuminoso de tipologia análo- argamassas acrílicas (slurry’s) e os
húmido até as mais baixas tempe- ga à existente e com espessura betumes sintéticos resinosos com
raturas. Como principais vantagens de 0,04/0,05 m. Não se admite a agregados finos.
podemos identificar a sua alta utilização de inertes de natureza
resistência à deformação perma- calcária à exceção do fíler e do ●● Tintas termoplásticas, utilizadas
nente; elevada resistência à fadiga; agregado fino; sobretudo em sinalização horizon-
maior vida útil; elevada resistência tal.
a derrapagens; redução de ruído; e ●● Rega de colagem com emulsão
aplicação em camadas delgadas. betuminosa; Para além destes, em casos parti-
culares, poder-se-á ainda conside-
●● Camada de ligação/ base em rar acabamentos por ranhuragem;
Betão Betuminoso Colorido mistura betuminosa a quente do por escovagem; por denudagem
tipo AC20 base ligante (MB) (Ma- química; ou por incrustação de
No espaço público, a sua utilização cadame Betuminoso Fuso A com gravilhas.
tem sido sobretudo associada à betume 35/50) com espessura de
segurança rodoviária, sendo estas 0,16 m (aplicada em 2 subcama-
misturas sobretudo aplicadas em das e com rega de colagem).
cruzamentos, corredores de bus,
passagens de peões, entre outras; ●● Rega de colagem com emulsão
e à valorização da imagem urbana, betuminosa;
sendo verificadas aplicações em
espaços de circulação pedonal e ●● Camada de sub-base em
ciclável. agregado britado de granulometria
extensa (ABGE) tratado com 3%
As misturas betuminosas a quen- de cimento / m3 de mistura com
te coloridas, são misturas onde o espessura mínima de 0,30 m (apli-
betume convencional é substituído cada em 2 subcamadas).
por um ligante sintético pigmen-
2.1 PAVIMENTOS materiais

pigmento colorante com emulsão


Descrição betuminosa (preta ou descolorada).
“In Situ”
em mistura Neste caso, as misturas betumino-

betuminosa a frio
sas, são fabricadas em central, a Execução
frio, sem aquecimento do agrega-
do e resultam da combinação de Camadas de desgaste (betuminoso
um agregado com uma emulsão colorido); de ligação (rega de cola-
betuminosa, permitindo que o gem); e camada de base composta
seu manuseamento, aplicação e por aglomerado britado de granulo-
respetiva compactação seja feito à metria extensa (ABGE).
temperatura ambiente.
Deve proceder-se à compacta-
Este é um material de fácil aplica- ção da base, seguida da rega de
ção, quer em pequenas e grandes colagem, espalhamento da massa
extensões, recorrendo-se aos meios betuminosa e compactação da
tradicionais de aplicação de betu- camada de revestimento.
minoso.
A cura parcial do betuminoso após
Pavimentos em misturas betumino- aplicação leva cerca de 15 dias,
sas a frio apresentam uma espes- pelo que devera ser feita uma rega
sura variável mas nunca inferior a diária (em períodos de elevado
2cm de espessura. calor 2 regas/dia) com água para
impedir que o pó e outros micro-
A sua utilização permite ainda -detritos contaminem a cor do
a criação de pavimentos colori- pavimento.
dos, através da aplicação de um

lisboa - campo grande


Materiais 2.1 PAVIMENTOS

Acabamento
Os tratamentos superficiais não
aumentam a capacidade estrutu-
ral do pavimento, tendo apenas
como objetivo fornecer-lhe uma
maior qualidade nas características
superficiais como textura e imper-
meabilização.

As misturas betuminosas a frio


podem ter como acabamento de
superfície os seguintes materiais:

●● Argamassas sintéticas, como as


argamassas acrílicas (slurry’s) e os
betumes sintéticos resinosos com
agregados finos.

●● Tintas termoplásticas, utilizadas


sobretudo em sinalização horizon-
tal.

Para além destes, em casos parti-


culares, poder-se-á ainda conside-
rar acabamentos por ranhuragem;
por escovagem; por denudagem
química; ou por incrustação de
gravilhas.
2.1 PAVIMENTOS materiais

3.5cm de espessura em espaços


Descrição rodoviários) em suportes tão dis-
“In Situ” tintos como o betão betuminoso, o
em resina Estes pavimentos resultam de uma
mistura de argamassas sintéticas
betão ou o metal, e também como
camada de revestimento, quando
sintética de aplicação a frio, com inertes de aplicados sobre uma base em tout-
diferente natureza e cor, britados -venant (15cm a 20cm espessura
ou rolados e que podem deter dife- consoante o uso) ou em brita (uso
rentes granulometrias. estritamente pedonal, com 25cm
espessura). A base deve apresen-
A nível estético, estes pavimen- tar-se devidamente seca, coesa,
tos oferecem um aspeto natural, regular e limpa de pó, gordura e
realçando a beleza dos agregados, detritos.
e protege o ambiente, dado tratar-
-se de um pavimento drenante
(permite o escoamento das águas Acabamento
superficiais).
Os tratamentos superficiais não
São caracterizados por uma ex- aumentam a capacidade estrutu-
celente resistência química, ade- ral do pavimento, tendo apenas
quadas propriedades mecânicas como objetivo fornecer-lhe uma
e grande longevidade, sendo por maior qualidade nas características
isso utilizados preferencialmente superficiais como textura e imper-
em espaços de circulação pedonal meabilização.
como praças, jardins e passeios,
entre outros. O pavimento é acabado com
recurso a agregados de granulo-
metria diversa como seixo rolado,
Execução calcário (rosa e amarelo), granito e
basalto entre outros. Estes inertes
Podem ser aplicados como aca- são ligados com betume sintético
bamento de superfície (2.5cm de sendo ainda aplicado endurecedor
espessura em espaços pedonais e de superfície.

lisboa - jardim botto machado


Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

Na transição entre diferentes tipos Devem assegurar a estabilidade


de pavimentos e entre os espaços dos materiais utilizados nas cama-
de circulação pedonal e ciclável das superficiais dos pavimentos em
2.2 com os espaços de circulação viária
e os espaços de estacionamento,
espaço público, garantindo assim
a sua qualidade construtiva. Estes
Remates devem ser adoptados elementos
construtivos que garantam a esta-
elementos construtivos devem
apresentar grande resistência
de Pavimento bilidade das camadas de revesti-
mento dos pavimentos e, quando
mecânica dado serem usualmen-
te sujeitos a grandes pressões e
necessário, anunciem a transição cargas.
entre espaços funcionalmente
distintos. O material e a dimensão dos lancis
deverá ser estabelecido em confor-
Para além de sinalizar a transição midade com o material e dimen-
entre as diferentes funções e usos sões de lancis existentes no espa-
existentes no espaço público, os ços públicos envolvente, devendo:
remates de pavimento detêm ainda
os seguintes objetivos: ●● a sua largura ser igual ou su-
perior a 0,13m, quando se trate de
●● Regrar e orientar a circulação remate de passeios;
em espaço público;
●● a sua largura ser igual ou su-
●● Conter materiais de diferente perior a 0,20m, quando se trate de
natureza; separadores ou ilhas.

●● Garantir a estabilidade e quali- ●● a sua largura ser igual ou su-


dade construtiva dos pavimentos; perior a 0,30m, quando se trate de
lancis rampeados.
●● Minimizar o risco da água das
chuvas atingirem as soleiras dos A altura dos lancis deve ser ade-
edifícios. quada à sua utilização, sendo
definida de acordo com as neces-
Num nível mais particular, alguns sidades de segregação do trânsi-
dos modelos de remate de pa- to pedonal, ciclável e rodoviário,
vimentos usualmente utilizados devendo ser adotadas:
detêm ainda outras utilidades
como facilitar a drenagem super- ●● Na transição entre o espaço
ficial e promover a dissuasão de rodoviário, espaços de estaciona-
velocidade do tráfego rodoviário, mento e os passeios, deverá ser
dado a sua aplicação provocar a considerada uma altura para o
sensação de estreitamento da faixa lancil entre os 0,08m e os 0,15m;
de rodagem.
●● Na transição entre o espaços
Nas ruas de Lisboa, podem ser cicláveis e os passeios, deverá
identificadas as seguintes tipolo- ser igualmente considerada uma
gias de remate de pavimentos: altura de lancil entre os 0,08m e os
0,15m;

Lancis ●● Nas zonas de prioridade ao


peão (coexistência), o lancil não
Os lancis são peças delgadas e deverá apresentar uma altura su-
longas, em pedra ou betão, utiliza- perior a 0,02m;
das normalmente para remate de
passeios e transição entre outros ●● Nas paragens de transportes
usos do espaço público. coletivos, recomenda-se uma altura
2.2 REMATES DE PAVIMENTO materiais

de 0,15m, nivelada com a altura de As contra-guias visam ainda asse-


entrada nos autocarros e eléctricos; ●● A sua largura ser de 0,10m nos gurar a estabilidade dos materiais
casos em que a guia é composta
utilizados nas camadas superficiais
Nas passadeiras dever-se-á asse- por cubos de pedra;
dos pavimentos em espaço público,
gurar o ressalto zero, ou seja, os garantindo assim a sua qualidade
lancis deverão ser alinhados pela ●● A sua largura ser de 0,13m,
construtiva.
0,20m ou 0,25m nos casos em que
altura do pavimento da faixa de
a guia é composta por lancil ou
circulação rodoviária. Os elementos construtivos utili-
blocos de pedra ou betão;
zados na contra-guia devem ter
●● Em situações particulares, os grande resistência mecânica dado
lancis podem/devem ser duplos, no- ●● A sua largura ser maior ou igual
serem usualmente sujeitos a gran-
a 0,40m nos casos em que a guia
meadamente para limitar o galgar des pressões e cargas.
é composta por lajetas de pedra,
dos passeios e/ou separadores por
blocos de betão ou betão moldado
parte dos veículos, evitando assim O seu material e dimensão deverá
“in situ”;
a necessidade de colocação de ser estabelecido em conformidade
pilaretes. com os materiais e dimensões de
●● A sua largura ser menor ou
outras contra-guias já existentes no
igual que 0,01m nos casos em
espaço público envolvente, devendo
que a guia é composta por perfis
Guias metálicos.
a sua largura ser maior ou igual a
0,40m, sendo composta por lajetas
Elementos contínuos ou por ele- A altura deve ser definida de acor- de pedra, blocos de betão ou betão
mentos, em pedra ou betão, que do com as necessidades de segre- moldado “in situ”.
são construídos ao longo da faixa gação do trânsito pedonal, ciclável
de rodagem, preferencialmente im- Em termos funcionais, os remates
e rodoviário, nunca devendo exce-
plantados de nível com a camada descritos, admitidos na reconstru-
der uma altura superior a 0,02m.
de revestimento do pavimento. ção ou construção de ruas, devem
assegurar, de acordo com a natu-
São preferencialmente utilizados reza da sua utilização – espaços
nos espaços de circulação pedonal,
Contra-Guias de circulação pedonal, ciclável ou
também na transição entre pas- rodoviária, de paragem ou estacio-
Elemento contíguo e paralelo ao
seios e faixas de rodagem e esta- namento - as adequadas condições
lancil ou guia, implantado de nível
cionamento em zonas de prioridade de segurança e conforto; para isso
com a camada de revestimento do
ao peão. devem ser salvaguardados os se-
pavimento existente nas faixas de
guintes aspetos:
rodagem.
Devem assegurar a estabilidade
dos materiais utilizados nas cama- ●● Nas vias com segregação de
São preferencialmente utilizadas
das superficiais dos pavimentos em usos em que o passeio e a faixa de
na transição entre as faixas de
espaço público, garantindo assim a rodagem estejam ao mesmo nível,
rodagem, zonas de estacionamento
sua qualidade construtiva. Os ele- o remate deve possuir contraste
e passeios.
mentos construtivos utilizados nas de textura suficientemente acen-
guias devem ter resistência mecâ- tuado para possibilitar a deteção
Esta tipologia de remate promove
nica ajustada ao uso para o qual podo táctil em pelo menos um dos
ainda a dissuasão de velocidade do
estão a ser fixados, podendo ser revestimentos adjacentes;
tráfego rodoviário (a sua aplicação
pontualmente sujeitos a grandes provoca a sensação de estreita-
pressões e cargas. ●● Os remates devem possuir con-
mento da faixa de rodagem), e
traste claro/escuro em pelo menos
facilita a drenagem superficial de
O material e a dimensão das guias um dos revestimentos adjacentes,
águas pluviais e de limpeza dada
deverá ser estabelecida em confor- nas seguintes situações:
ser um espaço adequado para a
midade com os materiais e dimen-
instalação de sumidouros.
sões de outras guias já existentes ●● Entre o passeio e a faixa de
no espaço público envolvente, rodagem;
podendo:
●● Entre o passeio e zonas ajardi-
nadas (por ex., canteiro);
Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

•  Lancil de vidraço ou lioz, de


●● No passeio, onde existam de- seção retangular, sotado ou ●● Seção mínima resistente (a
graus ou ressaltos com altura igual qual é definida, quando o lancil ou
boleado. Usado para delimitar
ou superior a 2cm. guia sejam de pedra, através das
a pista a implantar na faixa de
fórmulas constantes do Anexo B da
rodagem;
●● Os remates do revestimento Norma Portuguesa EN1343);
com elementos de confinamento e •  Lancil de betão branco, de
seção retangular, sotado ou
fixações no pavimento devem ser Os materiais mais utilizados na
boleado. Usado preferencialmen-
executados de forma a assegurar produção destes elementos são
te na delimitação de percursos
a durabilidade do revestimento e a a pedra natural, nomeadamente
cicláveis a implantar nas faixas
compatibilidade com o comporta- o vidraço, o lioz e o granito, e o
de rodagem;
mento expectável dos elementos betão pré-fabricado. Nestes casos,
fixos; •  Perfil metálico, devidamen- as arestas devem ser boleadas ou
te tratado e acabado. Usado
sotadas (dimensão mínima igual a
preferencialmente para delimitar
●● Relativamente aos pavimentos 0.005m).
que lhe são adjacentes, o elemento percursos cicláveis a implantar
de confinamento deve estar à face nos passeios. Os remates de pavimento podem
com: igualmente ser feitos nos mesmos
Quanto às especificações técnicas
materiais que o revestimento do
relativas a remates de pavimento,
●● Ambos os revestimentos, se não pavimento ou noutro material,
existir desnível entre os revesti- estas devem definir:
dependendo sempre da solução
mentos; de projeto e da sua adequação ao
●● Material, cor e acabamento das
•  O revestimento mais eleva- local.
peças;
do, se existir desnível entre os
revestimentos. Em espaços de circulação pedonal
●● Classe referente à carga de
•  Em todo o perímetro do pas- são igualmente utilizados perfis
rotura mínima à flexão definida a
seio deve existir um elemento em aço corten e em aço inox, em
partir da utilização prevista, desig-
de confinamento, que assegure particular na execução de remates
nadamente:
o travamento do revestimento, em pavimentos contínuos.
•  Classe 1 - Uso exclusivo de
podendo os muros e muretes,
peões;
bem como os planos de fachada A utilização de perfis metálicos tem
•  Classe 2 - Uso pedonal e vindo a ser intensificada em virtude
ser considerados elementos de
ciclável;
confinamento; das suas características físicas,
•  Classe 3 - Acesso ocasional nomeadamente a sua durabilidade,
de veículos ligeiros e motociclos,
●● Dentro do passeio, deve intro- resistência e reduzida manutenção.
designadamente entradas de
duzir-se um elemento de confina-
garagens; Deve evitar-se a aplicação de peças
mento sempre que possa ocorrer
mudanças respeitantes ao: •  Classe 4 - Áreas com cir- que estejam partidas ou fissuradas;
culação ocasional de veículos recortadas com o comprimento su-
•  Nível do piso;
de emergência e transporte e perior ao dobro da largura; recorta-
•  Material de revestimento;
veículos ligeiros, designada- das com estreitamentos; e recorta-
•  Tipo de cargas (por ex., acesso
mente áreas de utilização mista das para uma dimensão inferior a
a garagem);
(arruamentos pedonais); ¼ da sua seção.
•  Tipo de uso;
•  Classe 5 - Áreas com cir-
•  Dimensionamento de peças.
culação frequente de veículos Os lancis e suas fundações são re-
pesados, designadamente faixas postos ou reconstruidos de acordo
●● Na delimitação das pistas ciclá-
veis recomenda-se a utilização dos bus e terminais de transporte com o definido nas especificações
seguintes remates: publico; indicadas nas fichas de materiais
•  Classe 6 - Estradas e arrua- que em seguida se apresentam.
mentos.
2.2 REMATES DE PAVIMENTO materiais

Lancis Guias Contra Guias

Pedra Natural Lancil em Vidraço ● ●

Cubos em Vidraço ●

Lancil em Lioz ●

Lajetas em Lioz ● ●

Lancil em Granito ● ●

Cubos de Granito ● ●

Blocos de Granito ● ●

Lajetas em Granito ● ●

Betão Lancil ● ●

Lajetas ●

Blocos ●

“in situ” ●

Metal Aço corten ● ●

Aço inox ● ●
Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

Para além da função, a dimensão


Descrição dos lancis deverá igualmente ser
Lancil em vidraço estabelecida em conformidade com
Os lancis em vidraço são compos- os lancis já existentes nos espaços
tos por peças em boas condições públicos contíguos.
cuja dimensão pode variar conso-
ante a transição entre diferentes
funções e usos que se pretende Execução
sinalizar, devendo para tal ser con-
sideradas as seguintes dimensões: Os lancis em vidraço, reutilizados
ou novos, em material, seção e
●● uma largura igual ou superior a acabamento análogos aos exis-
0,13m, quando se trate de tran- tentes, devem apresentar juntas
sições entre passeios e espaços de abertura máxima de 0,005 m
cicláveis, rodoviários e de estacio- preenchidas com argamassa fluída
namento; de cimento e areia fina, de esboço,
lavada ao traço 1:2. O assentamen-
●● uma largura igual ou superior a to deverá ser feito com argamassa
0,20m, quando se trate de separa- hidráulica de cimento e areia de rio
dores ou ilhas. lavada ao traço 1:3 (volume).
●● uma largura igual ou superior A fundação de lancil, de largura
a 0,30m, quando se trate de lancis não inferior a 0,30 m, excedendo
rampeados, (acessos especiais e a largura do lancil e a espessura
passadeiras em continuidade de do pavimento, no mínimo 0,10 m e
passeio). 0,20 m, em betão C16/20 (cimento:
areia: brita ao traço 1:2:4.

lisboa - calçada do mirante


2.2 REMATES DE PAVIMENTO materiais

Os troços retos e curvos de lan- maior qualidade nas características


cil de raio superior a 12m serão superficiais como textura e imper-
executados com elementos de meabilização.
lancil retos. Já os troços curvos
de lancil de raio até 12m serão Nesse sentido, os lancis em vidraço
executados com elementos de deverão ter um acabamento ade-
lancil curvos com o raio maior mais quado à função que desempenham
próximo de 0,50 / 1,00 / 2,00 / 3,00 nunca devendo apresentar super-
/ 4,00 / 5,00 / 6,00 / 8,00 / 10,00 / fícies polidas. Nos lancis os acaba-
12,00m. Raios menores que 0,50m mento superficiais mais utilizados
serão analisados caso a caso, mas são:
executados sempre com elementos
curvos; Escovado
O acabamento rústico não sendo
Os elementos de lancil terão com- liso ao toque é porém totalmen-
primento 1,00m. Nos troços curvos te adequado para pavimentação
e ligações ao existente admite-se a plana. De superfície semi-rugosa e
utilização de elementos de compri- comparativamente mais suave do
mento mínimo 0,50m. que o acabamento a jato de areia.
Este acabamento de superfície
Os novos elementos de lancil de deixa transparecer mais a colora-
pedra natural serão fornecidos ção original do material ao mesmo
com seção e resistência à flexão tempo que o torna antiderrapante
declarada para as quais a carga
de rotura será adequada para as Bujardado
diferentes classes de utilização É o mais rugoso dos acabamentos
conforme a norma NP EN 1343. industriais sendo por isso o que
permite a superfície mais agressiva
Em obra, deverá ainda ser sempre de todas. A chapa entra num tapete
garantida a compatibilidade das para a máquina e uma série de bu-
exigências definidas em projeto, jardas vão picando o material. Pode
com a etiqueta de marcação CE, aplicar-se a todo o tipo de pedras
exigível em todo o material forne- sendo necessário regular a inten-
cido. sidade dos movimentos e a espes-
sura tem obrigatoriamente que ser
igual ou superior a 2,0cm.
Acabamento
Amaciado
Os tratamentos superficiais não Uma superfície suave, totalmente
aumentam a capacidade estrutu- lisa e plana, que mostra a verda-
ral do pavimento, tendo apenas deira coloração dos materiais sem
como objetivo fornecer-lhe uma o brilho e a pormenorização do
acabamento polido.
Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

com argamassa fluída de cimento


Descrição e areia fina, de esboço, lavada ao
Cubos em vidraço traço 1:2. O assentamento deverá
Os lancis em cubo são compostos ser feito com argamassa hidráulica
por peças em boas condições, no- de cimento e areia de rio lavada ao
vas ou reutilizadas, cuja dimensão traço 1:3 (volume).
pode variar consoante a transição
entre as diferentes funções e usos A fundação de lancil, de largura
que se pretendem sinalizar, sendo não inferior a 0,30 m, excedendo a
no entanto usualmente utilizados largura do lancil e a espessura do
para o efeito cubos de vidraço com pavimento, em no mínimo 0,10 m e
12 a 13 cm. 0,20 m, em betão C16/20 (cimento:
areia: brita ao traço 1:2:4.
Poderão eventualmente ser consi-
deradas e aceites outras peças de De salientar que as peças devem
maior dimensão, desde que apre- apresentar dimensões semelhantes
sentem um acabamento superficial de forma a assegurar um bom en-
que atribua ao material caracterís- caixe e uma resistência final ajus-
ticas antiderrapantes. tada ao tipo de utilização prevista.

Todos os materiais utilizados serão


Execução aplicados limpos, isentos de terras
e detritos.
Os lancis em cubos de vidraço, de-
vem apresentar juntas de abertura
máxima de 0,005m preenchidas

lisboa - campo pequeno


2.2 REMATES DE PAVIMENTO materiais

máquina de pressão para retirar o


Acabamento pó e vestígios abrasivos durante a
operação. Este acabamento apre-
Os tratamentos superficiais não senta uma superfície ligeiramente
aumentam a capacidade estrutu- rugosa.
ral do pavimento, tendo apenas
como objetivo fornecer-lhe uma Areado ou jacteado
maior qualidade nas características Acabamento que confere mais
superficiais como textura e imper- rugosidade que o serrado. Essa
meabilização. rugosidade é-lhe conferida através
de um jato de areia a alta pressão
Nesse sentido, os cubos em vidraço direcionado para a face da pedra
deverão ter um acabamento ade- até a mesma ficar com a superfície
quado à função que desempenham mais irregular.
nunca devendo apresentar superfí-
cies polidas. Bujardado
É o mais rugoso dos acabamentos
Á semelhança do que acontece com industriais sendo por isso o que
a calçada de vidraço, quando se permite a superfície mais agressiva
pretende utilizar o cubo de vidraço de todas. A chapa entra num tapete
como lancil, os acabamento super- para a máquina e uma série de bu-
ficiais preferencialmente utilizados jardas vão picando o material. Pode
são: aplicar-se a todo o tipo de pedras
sendo necessário regular a inten-
Serrado sidade dos movimentos e a espes-
Acabamento em que a chapa é sura tem obrigatoriamente que ser
unicamente cortada com as dimen- igual ou superior a 2,0cm.
sões pretendidas e é lavada com
Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

Para além da função, a dimensão


Descrição dos lancis deverá igualmente ser
Lancil em lioz estabelecida em conformidade com
Os lancis em lioz são compostos os lancis já existentes nos espaços
por peças em boas condições cuja públicos contíguos.
dimensão pode variar consoante
a separação entre funções e usos Os lancis em lioz são frequente-
que se pretende sinalizar, deven- mente encontrados em espaços
do para tal ser consideradas as mais nobres da cidade como largos,
seguintes dimensões: praças e áreas envolventes a edifí-
cios emblemáticos.
●● uma largura igual ou superior a
0,13m, quando se trate de tran- Apesar da sua resistência e dureza,
sições entre passeios e espaços é um material poroso com desgas-
cicláveis, rodoviários e de estacio- te algo acentuado, que necessita de
namento; alguns cuidados especiais ao nível
da sua transformação, acabamen-
●● uma largura igual ou superior a to, bem como na sua manutenção
0,20m, quando se trate de separa- e limpeza.
dores ou ilhas.

●● uma largura igual ou superior


a 0,30m, quando se trate de lancis
rampeados, (acessos especiais e
passadeiras em continuidade de
passeio).

lisboa - campo pequeno


2.2 REMATES DE PAVIMENTO materiais

Em obra, deverá ainda ser sempre


Execução garantida a compatibilidade das
exigências definidas em projeto,
Os lancis, reutilizados ou novos, com a etiqueta de marcação CE,
em material, seção e acabamento exigível em todo o material forne-
análogos aos existentes, devem cido.
apresentar juntas de abertura
máxima de 0,005m preenchidas
com argamassa fluída de cimento Acabamento
e areia fina, de esboço, lavada ao
traço 1:2. O assentamento deverá Os tratamentos superficiais não
ser feito com argamassa hidráulica aumentam a capacidade estrutu-
de cimento e areia de rio lavada ao ral do pavimento, tendo apenas
traço 1:3 (volume). como objetivo fornecer-lhe uma
maior qualidade nas características
A fundação de lancil, de largura superficiais como textura e imper-
não inferior a 0,30 m, excedendo meabilização.
a largura do lancil e a espessura
do pavimento, no mínimo 0,10 m e Nesse sentido, os lancis deverão ter
0,20 m, em betão C16/20 (cimento: um acabamento adequado à fun-
areia: brita ao traço 1:2:4. ção que desempenham, sem nunca
apresentarem superfícies polidas.
Os troços retos e curvos de lan- Os acabamento superficiais mais
cil de raio superior a 12m serão utilizados são:
executados com elementos de
lancil retos. Já os troços curvos Escovado
de lancil de raio até 12m serão O acabamento rústico não sendo
executados com elementos de liso ao toque é porém totalmen-
lancil curvos com o raio maior mais te adequado para pavimentação
próximo de 0,50 / 1,00 / 2,00 / 3,00 plana. De superfície semi-rugosa e
/ 4,00 / 5,00 / 6,00 / 8,00 / 10,00 / comparativamente mais suave do
12,00m. Raios menores que 0,50m que o acabamento a jato de areia.
serão analisados caso a caso, mas Este acabamento de superfície
executados sempre com elementos deixa transparecer mais a colora-
curvos; ção original do material ao mesmo
tempo que o torna antiderrapante
Os elementos de lancil terão com-
primento 1,00m. Nos troços curvos Bujardado
e ligações ao existente admite-se a É o mais rugoso dos acabamentos
utilização de elementos de compri- industriais sendo por isso o que
mento mínimo 0,50m. permite a superfície mais agressiva
de todas. A chapa entra num tapete
Os novos elementos de lancil de para a máquina e uma série de bu-
pedra natural serão fornecidos jardas vão picando o material. Pode
com seção e resistência à flexão aplicar-se a todo o tipo de pedras
declarada para as quais a carga sendo necessário regular a inten-
de rotura será adequada para as sidade dos movimentos e a espes-
diferentes classes de utilização sura tem obrigatoriamente que ser
conforme a norma NP EN 1343. igual ou superior a 2,0cm.
Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

Os remates em lioz devem ser re-


Descrição sistentes à ação do tráfego pedonal
Lajetas em lioz intenso, à ação do acesso ocasio-
O Lioz é uma pedra calcária fre- nal de veículos motorizados e à
quentemente utilizada no espaço exposição aos elementos naturais,
público, particularmente em lajea- devendo para tal ser acauteladas
dos, mas também pontualmente no as seguintes ocorrências:
remate de lajeados de lioz.
●● Desgaste acelerado da super-
Na utilização de lajetas de lioz fície, com redução acentuada dos
como remate, a espessura deverá relevos;
ser determinada de acordo com a
resistência mecânica pretendida, ●● Fissuração ou quebra do pavi-
considerando-se no entanto que mento por deficiente resistência
cada peça nunca deverá apresentar mecânica;
uma espessura inferior a 10cm.
A aresta da face que fica exposta ●● Alteração da cor por via da
deve ser boleada ou sotada (di- exposição aos raios solares e às
mensão mínima de 0.01m). intempéries;

Apesar da sua resistência e dureza, ●● Escorregamento na presença de


é um material poroso com desgas- água;
te algo acentuado, que necessita de
alguns cuidados especiais ao nível ●● Dificuldade de manutenção.
da sua transformação e acabamen-
to e na sua manutenção e limpeza.

lisboa - praça do comércio


2.2 REMATES DE PAVIMENTO materiais

utilização de elementos de compri- menor, deverão no entanto ser


Execução mento mínimo 0,50m. considerados acabamentos que
aumentem a rugosidade da pedra
Os remates em lajetas de lioz, Os novos elementos serão for- minimizando o risco de escorrega-
reutilizados ou novos, em material, necidos com seção e resistência mento, nomeadamente:
seção e acabamento análogos à flexão declarada para as quais
aos existentes, devem apresentar a carga de rotura será adequa- Serrado
juntas de abertura máxima de da para as diferentes classes de Acabamento em que a chapa é
0,005m preenchidas com arga- utilização conforme a norma NP EN unicamente cortada com as dimen-
massa fluída de cimento e areia 1343. sões pretendidas e é lavada com
fina, de esboço, lavada ao traço máquina de pressão para retirar o
1:2. O assentamento deverá ser Em obra, deverá ainda ser sempre pó e vestígios abrasivos durante a
feito com argamassa hidráulica de garantida a compatibilidade das operação. Este acabamento apre-
cimento e areia de rio lavada ao exigências definidas em projeto, senta uma superfície ligeiramente
traço 1:3 (volume). com a etiqueta de marcação CE, rugosa.
exigível em todo o material forne-
A fundação deve ter uma dimen- cido. Todos os materiais utilizados Areado ou jateado
são adequada à largura da peça, serão aplicados limpos, isentos de Acabamento que confere mais
devendo exceder a largura da terras e detritos. rugosidade que o serrado. Essa
lajeta no mínimo em 0,10m para rugosidade é-lhe conferida através
cada lado da peça, e ser feita em de um jato de areia a alta pressão
betão C16/20 (cimento: areia: brita Acabamento direcionado para a face da pedra
ao traço 1:2:4. até a mesma ficar com a superfície
Os tratamentos superficiais não mais irregular.
Os troços retos e curvos de lancil aumentam a capacidade estrutu-
de raio superior a 12m serão exe- ral do pavimento, tendo apenas Bujardado
cutados com elementos de lancil como objetivo fornecer-lhe uma É o mais rugoso dos acabamentos
retos. Já os troços curvos de lancil maior qualidade nas características industriais sendo por isso o que
de raio até 12m serão executados superficiais como textura e imper- permite a superfície mais agressiva
com elementos de lancil curvos meabilização. de todas. A chapa entra num tapete
com o raio maior mais próximo de para a máquina e uma série de bu-
0,50 / 1,00 / 2,00 / 3,00 / 4,00 / Nesse sentido, as lajetas em pedra jardas vão picando o material. Pode
5,00 / 6,00 / 8,00 / 10,00 / 12,00m. de lioz deverão ter um acabamento aplicar-se a todo o tipo de pedras
Raios menores que 0,50m se- adequado à função que desempe- sendo necessário regular a inten-
rão analisados caso a caso, mas nham nunca devendo apresentar sidade dos movimentos e a espes-
executados sempre com elementos superfícies polidas. sura tem obrigatoriamente que ser
curvos. igual ou superior a 2,0cm.
Em ruas de reduzida inclinação,
Os elementos terão comprimento com pendentes inferiores a 5%, Deverá ser prevista a aplicação de
1,00m. Nos troços curvos e liga- onde o risco de deslizamento é um hidrófugo com propriedades
ções ao existente admite-se a “anti-grafitti”.
Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

Para além da função, a dimensão


Descrição dos lancis deverá igualmente ser
Lancil em granito estabelecida em conformidade com
Os lancis em granito são compos- os lancis já existentes nos espaços
tos por peças em boas condições públicos contíguos.
cuja dimensão pode variar conso-
ante as diferentes funções e usos
que se pretendem sinalizar. Para tal Execução
devem ser consideradas as seguin-
tes dimensões: Os lancis graniticos, reutilizados ou
novos, em material, seção e acaba-
●● uma largura igual ou superior a mento análogos aos existentes, de-
0,13m, quando se trate de tran- vem apresentar juntas de abertura
sições entre passeios e espaços máxima de 0,005m preenchidas
cicláveis, rodoviários e de estacio- com argamassa fluída de cimento
namento; e areia fina, de esboço, lavada ao
traço 1:2. O assentamento deverá
●● uma largura igual ou superior a ser feito com argamassa hidráulica
0,20m, quando se trate de separa- de cimento e areia de rio lavada ao
dores ou ilhas. traço 1:3 (volume).
●● uma largura igual ou superior A fundação de lancil, de largura
a 0,30m, quando se trate de lancis não inferior a 0,30m, excedendo
rampeados, (acessos especiais e a largura do lancil e a espessura
passadeiras em continuidade de do pavimento, no mínimo 0,10m e
passeio). 0,20m, em betão C16/20 (cimento:
areia: brita ao traço 1:2:4.

porto – santo ildefonso


2.2 REMATES DE PAVIMENTO materiais

Os troços retos e curvos de lancil


de raio superior a 12m serão exe- Acabamento
cutados com elementos de lancil
retos. Já os troços curvos de lancil Os tratamentos superficiais não
de raio até 12m serão executados aumentam a capacidade estrutu-
com elementos de lancil curvos ral do pavimento, tendo apenas
com o raio maior mais próximo de como objetivo fornecer-lhe uma
0,50 / 1,00 / 2,00 / 3,00 / 4,00 / maior qualidade nas características
5,00 / 6,00 / 8,00 / 10,00 / 12,00 superficiais como textura e imper-
m. Raios menores que 0,50m meabilização.
serão analisados caso a caso, mas
executados sempre com elementos Nesse sentido, os lancis deverão
curvos; ter um acabamento adequado à
função que desempenham nunca
Os elementos de lancil terão com- devendo apresentar superfícies
primento 1,00m. Nos troços curvos polidas. Nos lancis em granito os
e ligações ao existente admite-se a acabamento superficiais mais utili-
utilização de elementos de compri- zados são:
mento mínimo 0,50m.
Escovado
Os novos elementos de lancil de O acabamento rústico não sendo
pedra natural serão fornecidos liso ao toque é porém totalmen-
com seção e resistência à flexão te adequado para pavimentação
declarada para as quais a carga plana. De superfície semi-rugosa e
de rotura será adequada para as comparativamente mais suave do
diferentes classes de utilização que o acabamento a jato de areia.
conforme a norma NP EN 1343. Este acabamento de superfície
deixa transparecer mais a colora-
Em obra, deverá ainda ser sempre ção original do material ao mesmo
garantida a compatibilidade das tempo que o torna antiderrapante
exigências definidas em projeto,
com a etiqueta de marcação CE, Bujardado
exigível em todo o material forne- É o mais rugoso dos acabamentos
cido. industriais sendo por isso o que
permite a superfície mais agressiva
de todas. A chapa entra num tapete
para a máquina e uma série de bu-
jardas vão picando o material. Pode
aplicar-se a todo o tipo de pedras
sendo necessário regular a inten-
sidade dos movimentos e a espes-
sura tem obrigatoriamente que ser
igual ou superior a 2,0cm.
Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

com argamassa fluída de cimento


Descrição e areia fina, de esboço, lavada ao
Cubos de granito traço 1:2. O assentamento deverá
Os lancis em cubo são compostos ser feito com argamassa hidráulica
por peças em boas condições, no- de cimento e areia de rio lavada ao
vas ou reutilizadas, cuja dimensão traço 1:3 (volume).
pode variar consoante a transição
entre as diferentes funções e usos A fundação de lancil, de largura
que se pretendem sinalizar, sendo não inferior a 0,30m, excedendo a
no entanto usualmente utilizados largura do lancil e a espessura do
para o efeito cubos de granito com pavimento, em no mínimo 0,10m e
12 a 13cm. 0,20m, em betão C16/20 (cimento:
areia: brita ao traço 1:2:4.
Poderão eventualmente ser consi-
deradas e aceites outras peças de De salientar que as peças devem
maior dimensão, desde que apre- apresentar dimensões semelhantes
sentem um acabamento superficial de forma a assegurar um bom en-
que atribua ao material caracterís- caixe e uma resistência final ajus-
ticas antiderrapantes. tada ao tipo de utilização prevista.

Todos os materiais utilizados serão


Execução aplicados limpos, isentos de terras
e detritos.
Os lancis em cubos de granito, de-
vem apresentar juntas de abertura
máxima de 0,005m preenchidas

almada - pragal
2.2 REMATES DE PAVIMENTO materiais

Areado ou jacteado
Acabamento Acabamento que confere mais
rugosidade que o serrado. Essa
Os tratamentos superficiais não rugosidade é-lhe conferida através
aumentam a capacidade estrutu- de um jato de areia a alta pressão
ral do pavimento, tendo apenas direcionado para a face da pedra
como objetivo fornecer-lhe uma até a mesma ficar com a superfície
maior qualidade nas características mais irregular.
superficiais como textura e imper-
meabilização. Bujardado
É o mais rugoso dos acabamentos
Nesse sentido, os cubos em vidraço industriais sendo por isso o que
deverão ter um acabamento ade- permite a superfície mais agressiva
quado à função que desempenham de todas. A chapa entra num tapete
nunca devendo apresentar superfí- para a máquina e uma série de bu-
cies polidas. jardas vão picando o material. Pode
aplicar-se a todo o tipo de pedras
Á semelhança do que acontece com sendo necessário regular a inten-
a calçada de granito, quando se sidade dos movimentos e a espes-
pretende utilizar o cubo de granito sura tem obrigatoriamente que ser
como lancil, os acabamentos super- igual ou superior a 2,0cm.
ficiais preferencialmente utilizados
são:

Serrado
Acabamento em que a chapa é
unicamente cortada com as dimen-
sões pretendidas e é lavada com
máquina de pressão para retirar o
pó e vestígios abrasivos durante a
operação. Este acabamento apre-
senta uma superfície ligeiramente
rugosa.
Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

Descrição Execução
Blocos de granito
Os lancis em blocos de granito Os lancis em blocos de granito, de-
são compostos por peças em boas vem apresentar juntas de abertura
condições, novas ou reutilizadas, máxima de 0,005m preenchidas
cuja dimensão pode variar conso- com argamassa fluída de cimento
ante a transição entre as diferentes e areia fina, de esboço, lavada ao
funções e usos que se pretendem traço 1:2. O assentamento deverá
sinalizar, em particular em guias e ser feito com argamassa hidráulica
contra-guias. de cimento e areia de rio lavada ao
traço 1:3 (volume).
São usualmente utilizados blocos
de granito com uma dimensão de A fundação de lancil, de largura
20cm de comprimento por 10 a não inferior a 0,30m, excedendo a
12cm de largura e 10 a 12cm de largura do lancil e a espessura do
altura. Poderão eventualmente pavimento, em no mínimo 0,10m e
ser consideradas e aceites outras 0,20m, em betão C16/20 (cimento:
peças de maior dimensão, desde areia: brita ao traço 1:2:4.
que apresentem um acabamento
superficial que atribua ao material De salientar que as peças devem
características antiderrapantes apresentar dimensões semelhantes
e garanta uma espessura que de forma a assegurar um bom en-
garanta a resistência das peças à caixe e uma resistência final ajus-
ação do tráfego pedonal ou viário tada ao tipo de utilização prevista.
intenso.
Todos os materiais utilizados serão
aplicados limpos, isentos de terras
e detritos.

lisboa - CAMPO PEQUENO


2.2 REMATES DE PAVIMENTO materiais

Areado ou jacteado
Acabamento Acabamento que confere mais
rugosidade que o serrado. Essa
Os tratamentos superficiais não rugosidade é-lhe conferida através
aumentam a capacidade estrutu- de um jato de areia a alta pressão
ral do pavimento, tendo apenas direcionado para a face da pedra
como objetivo fornecer-lhe uma até a mesma ficar com a superfície
maior qualidade nas características mais irregular.
superficiais como textura e imper-
meabilização. Bujardado
É o mais rugoso dos acabamentos
Nesse sentido, os cubos em vidraço industriais sendo por isso o que
deverão ter um acabamento ade- permite a superfície mais agressiva
quado à função que desempenham de todas. A chapa entra num tapete
nunca devendo apresentar superfí- para a máquina e uma série de bu-
cies polidas. jardas vão picando o material. Pode
aplicar-se a todo o tipo de pedras
Á semelhança do que acontece com sendo necessário regular a inten-
a calçada de granito, quando se sidade dos movimentos e a espes-
pretende utilizar blocos de granito sura tem obrigatoriamente que ser
como lancil, os acabamento super- igual ou superior a 2,0cm.
ficiais preferencialmente utilizados
são:

Serrado
Acabamento em que a chapa é
unicamente cortada com as dimen-
sões pretendidas e é lavada com
máquina de pressão para retirar o
pó e vestígios abrasivos durante a
operação. Este acabamento apre-
senta uma superfície ligeiramente
rugosa.
Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

Na utilização de lajetas de granito


Descrição como remate de pavimentos, a
Lajetas espessura deverá ser determinada
em granito O granito é uma rocha cristalina
de elevada dureza e resistência ao
de acordo com a resistência mecâ-
nica pretendida, considerando-se
desgaste, sendo muito utilizada em no entanto que cada peça nunca
espaço público, particularmente em deverá apresentar uma espessura
guias e contra-guias, mas também inferior a 10cm. A aresta da face
em lajeados, e no remate desses que fica exposta devem ser bolea-
lajeados (lancil), devido às suas da ou sotada (dimensão mínima de
características físicas e funcionais, 0.01m).
nomeadamente:
De fato, estes pavimentos devem
●● Pela possibilidade de uma maior ser resistentes à ação do tráfego
dimensão das peças; pedonal intenso, à ação do acesso
ocasional de veículos motorizados
●● Por uma maior aderência, já que e à exposição aos elementos natu-
a textura e a maior resistência ao rais, devendo para tal ser acautela-
desgaste do granito evita durante das as seguintes ocorrências:
mais tempo o escorregamento;
●● Desgaste acelerado da super-
●● Pela possibilidade de se obte- fície, com redução acentuada dos
rem peças de corte industrial, numa relevos;
ou mais faces, e, consequentemen-
te, pisos mais lisos e confortáveis ●● Fissuração ou quebra do pavi-
com características antiderrapan- mento por deficiente resistência
tes. mecânica;

PORTO - SÃO NICOLAU


2.2 REMATES DE PAVIMENTO materiais

Os elementos terão comprimento rugosidade da pedra minimizando


●● Alteração da cor por via da 1,00m. Nos troços curvos e liga- o risco de escorregamento, nomea-
exposição aos raios solares e às
ções ao existente admite-se a damente:
intempéries;
utilização de elementos de compri-
mento mínimo 0,50m. Serrado
●● Escorregamento na presença de Acabamento em que a chapa é
água;
Os novos elementos serão for- unicamente cortada com as dimen-
necidos com seção e resistência sões pretendidas e é lavada com
●● Dificuldade de manutenção.
à flexão declarada para as quais máquina de pressão para retirar o
a carga de rotura será adequa- pó e vestígios abrasivos durante a
da para as diferentes classes de operação. Este acabamento apre-
Execução utilização conforme a norma NP EN senta uma superfície ligeiramente
1343. rugosa.
Os remates em lajetas de granito,
reutilizados ou novos, em material, Em obra, deverá ainda ser sempre Areado ou jateado
seção e acabamento análogos aos garantida a compatibilidade das Acabamento que confere mais
existentes, devem apresentar jun- exigências definidas em projeto, rugosidade que o serrado. Essa
tas de abertura máxima de 0,005m com a etiqueta de marcação CE, rugosidade é-lhe conferida através
preenchidas com argamassa fluída exigível em todo o material forne- de um jato de areia a alta pressão
de cimento e areia fina, de esboço, cido. Todos os materiais utilizados direcionado para a face da pedra
lavada ao traço 1:2. O assentamen- serão aplicados limpos, isentos de até a mesma ficar com a superfície
to deverá ser feito com argamassa terras e detritos. mais irregular.
hidráulica de cimento e areia de rio
lavada ao traço 1:3 (volume). Bujardado

A fundação deve ter uma dimensão Acabamento É o mais rugoso dos acabamentos
industriais sendo por isso o que
adequada à largura da peça, de- permite a superfície mais agressiva
Os tratamentos superficiais não
vendo exceder a largura da lajeta de todas. A chapa entra num tapete
aumentam a capacidade estrutu-
no mínimo em 0,10m para cada para a máquina e uma série de bu-
ral do pavimento, tendo apenas
lado da peça, e ser feita em betão jardas vão picando o material. Pode
como objetivo fornecer-lhe uma
C16/20 (cimento: areia: brita ao aplicar-se a todo o tipo de pedras
maior qualidade nas características
traço 1:2:4. sendo necessário regular a inten-
superficiais como textura e imper-
meabilização. sidade dos movimentos e a espes-
Os troços retos e curvos de lan-
sura tem obrigatoriamente que ser
cil de raio superior a 12m serão
Nesse sentido, os lajeados em gra- igual ou superior a 2,0cm.
executados com elementos de
nito deverão ter um acabamento
lancil retos. Já os troços curvos Deverá ainda ser prevista a aplica-
adequado à função que desempe-
de lancil de raio até 12m serão ção de um hidrófugo com proprie-
nham nunca devendo apresentar
executados com elementos de dades “anti-grafitti”.
superfícies polidas.
lancil curvos com o raio maior mais
próximo de 0,50 / 1,00 / 2,00 / 3,00
Apesar de ser uma pedra rugosa,
/ 4,00 / 5,00 / 6,00 / 8,00 / 10,00 /
em ruas de reduzida inclinação,
12,00m. Raios menores que 0,50m
com pendentes inferiores a 5%,
serão analisados caso a caso, mas
onde o risco de deslizamento é
executados sempre com elementos
menor, deverão ser considerados
curvos.
acabamentos que aumentem a
Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

Para além da função, a dimensão


Descrição dos lancis deverá igualmente ser
Lancil em betão estabelecida em conformidade com
Os lancis em betão produzidos os lancis já existentes nos espaços
por vibro compactação, devem ser públicos contíguos.
compostos por peças em boas con-
dições cuja dimensão pode variar
consoante as diferentes funções e Execução
usos que se pretendem sinalizar,
devendo para tal ser consideradas Os lancis, reutilizados ou novos, em
as seguintes dimensões: material, seção e acabamento aná-
logos aos existentes, devem apre-
●● uma largura igual ou superior a sentar juntas de abertura máxima de
0,13m, quando se trate de tran- 0,005m cheias com calda de cimento
sições entre passeios e espaços pigmentada da cor da peça. O assen-
cicláveis, rodoviários e de estacio- tamento deverá ser feito com arga-
namento; massa hidráulica de cimento e areia
de rio lavada ao traço 1:3 (volume).
●● uma largura igual ou superior a
0,20m, quando se trate de separa- A fundação de lancil, de largura
dores ou ilhas. não inferior a 0,30m, excedendo
a largura do lancil e a espessura
●● uma largura igual ou superior do pavimento, no mínimo 0,10m e
a 0,30m, quando se trate de lancis 0,20m, em betão C16/20 (cimento:
rampeados, (acessos especiais e areia: brita ao traço 1:2:4.
passadeiras em continuidade de
passeio). Os troços retos e curvos de lan-
cil de raio superior a 12m serão

lisboa - AMOREIRAS
2.2 REMATES DE PAVIMENTO materiais

executados com elementos de Em obra, deverá ainda ser sempre


lancil retos. Já os troços curvos garantida a compatibilidade das
de lancil de raio até 12m serão exigências definidas em projeto,
executados com elementos de com a etiqueta de marcação CE,
lancil curvos com o raio maior mais exigível em todo o material forne-
próximo de 0,50 / 1,00 / 2,00 / 3,00 cido.
/ 4,00 / 5,00 / 6,00 / 8,00 / 10,00 /
12,00m. Raios menores que 0,50m
serão analisados caso a caso, mas Acabamento
executados sempre com elementos
curvos; Os tratamentos superficiais não
aumentam a capacidade estrutu-
Os elementos de lancil terão com- ral do pavimento, tendo apenas
primento 1,00m. Nos troços curvos como objetivo fornecer-lhe uma
e ligações ao existente admite-se a maior qualidade nas características
utilização de elementos de compri- superficiais como textura e imper-
mento mínimo 0,50m. meabilização.

Os novos elementos de lancil de be- No fabrico dos lancis de betão, de-


tão pré-fabricados serão fornecidos verá ser utilizado cimento cinzento,
com Resistência à Flexão = 5,0 MPa evendo as peças apresentar um
(mín.) (Classe 2, Marcação T) e Ab- acabamento liso, com as arestas
sorção de Água = 6% (Máx.) (Classe da face boleadas ou sotadas, com
2, Marcação B) declaradas confor- uma altura máxima do chanfre de
me a norma NP EN 1340 e com, 0,005m.
no mínimo, 21 dias de idade sendo
acompanhados de documento com
identificação do lote e sua data de
fabrico, além da marcação CE.
Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

Descrição ●● Desgaste acelerado da super-


Lajetas em betão fície, com redução acentuada dos
relevos;
As lajetas em betão devem ser
utilizadas como guias de pavimen-
to. Definem uma superfície que ●● Fissuração ou quebra do pavi-
mento por deficiente resistência
resulta da justaposição de peças
mecânica;
produzidas por vibro compactação,
de média ou grande dimensão, cujo
●● Alteração da cor por via da
corte resulta de processo mecâni-
exposição aos raios solares e às
co, gerando superfícies de textura
intempéries;
irregular ou regular consoante o
seu acabamento.
●● Escorregamento na presença de
água;
Os pavimentos em lajetas de betão
pré-fabricadas, constituem uma
●● Dificuldade de manutenção.
solução mais versátil, de menor
custo e de mais fácil manutenção e Neste universo de lajeado, desta-
reparação que os lajedos em pedra, cam-se as lajetas em betão colori-
tendo como vantagens principais: do e em betão desativado.

●● Maior controlo das propriedades O betão colorido resulta da incor-


físicas e de resistência do betão; poração de pigmentos especiais ao
betão corrente, os quais conferem
●● O processo de produção das ao betão cores de diferentes tona-
peças, o qual sendo mecanizado lidades.
permite um controlo mais rigoroso
das suas propriedades geométricas; O betão desativado é um betão
especial fabricado em central em
●● As possibilidades inerentes à que a desativação da camada
coloração dos blocos em fábrica; superficial confere ao pavimento
um aspeto ornamental de agre-
●● Menor custo e menores exigên- gado à vista, o que possibilita a
cias técnicas no assentamento;
personalização de espaços, graças
às múltiplas soluções possíveis de
●● Maior variedade de cores e
textura.
acabamentos;
As suas principais vantagens são
●● Maior facilidade de execução de
ter um aspeto natural e rústico;
padrões e/ ou motivos;
a existência de variados tipos de
agregado à escolha e a possibilida-
●● Maior facilidade de cortes e
remates. de de adicionar cor.

Os lajeados em betão devem ser Estes pavimentos deverão ser


resistentes à ação do tráfego pedo- dimensionados, considerando o
nal intenso, à ação do acesso oca- seu uso e função. A sua espessura
sional de veículos motorizados e à deverá ser determinada de acordo
exposição aos elementos naturais. com a resistência mecânica preten-
dida, no entanto, considera-se que
Para esse efeito, recorrer-se-á a uma lajeta em betão nunca deverá
materiais e processos construtivos ter uma espessura inferior a 6cm
que, no seu conjunto, acautelem as para uma utilização exclusivamen-
seguintes ocorrências: te pedonal e inferior a 10cm para
uma utilização rodoviária.
2.2 REMATES DE PAVIMENTO materiais

da base em betão uma espessura


Execução mínima de 0,15 m, armada infe-
riormente com rede eletro soldada
Na execução das guias em lajetas em malha quadrada e uma camada
de betão, por regra considera-se de sub-base em agregado britado,
uma caixa com uma profundidade natural ou reciclado de granulome-
aproximada de 0,24m para zonas tria extensa com espessura mínima
de utilização exclusivamente pedo- de 0,15 m.
nal; e para as zonas de circulação
automóvel, a profundidade da caixa De salientar que as peças devem
aumenta para os 0,34m. apresentar dimensões semelhantes
de forma a assegurar um bom en-
As juntas entre as pedras não caixe e uma resistência final ajus-
poderão, depois de executado o tada ao tipo de utilização prevista.
assentamento, ter uma profundida-
de superior a 0,003m em relação à Todos os materiais utilizados serão
face superior dos blocos e deve- aplicados limpos, isentos de terras
rão ter uma abertura máxima de e detritos.
0,003m preenchidas com areia fina.

A camada de assentamento deverá Acabamento


ser em areia do rio, fina, lavada,
com espessura de 0.03m. Os tratamentos superficiais não
aumentam a capacidade estrutu-
A camada de base deverá ser ral do pavimento, tendo apenas
em agregado britado, natural ou como objetivo fornecer-lhe uma
reciclado, de granulometria extensa maior qualidade nas características
com espessura mínima de 0,20m superficiais como textura e imper-
nos espaços de circulação pedonal meabilização.
e de 0,30m nos espaços de circula-
ção rodoviária e estacionamentos No fabrico das lajetas de betão co-
(aplicada em 2 subcamadas devi- lorido pode ser utilizado o cimento
damente compactadas). cinzento, indicado para cores mais
escuras, sendo que para cores mais
Nas zonas pedonais sujeitas pontu- claras se recomenda a utilização de
almente ao tráfego de veículos (en- cimento branco.
tradas especiais), deverá ser previs-
ta uma camada de assentamento Nas peças de betão desativado,
em mistura de cimento e areia do deverá ser prevista a aplicação de
rio, lavada ao traço 1:3 (volume) um desativante de superfície bem
com espessura de 0,03 m. Deverão como um hidrófugo com proprieda-
ainda ser consideradas uma cama- des “anti-grafitti”.
Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

Os blocos em betão devem ser re-


Descrição sistentes à ação do tráfego pedonal
Blocos em betão intenso, à ação do acesso ocasional
Os blocos de betão, devem ser uti- de veículos motorizados e à exposi-
lizados como guias ou contra-guias. ção aos elementos naturais.
Apresentam uma superfície que
resulta da justaposição de peças Para esse efeito, recorrer-se-á a
de pequena ou média dimensão, materiais e processos construtivos
cuja moldagem resulta de processo que, no seu conjunto, acautelem as
mecânico, gerando superfícies de seguintes ocorrências:
textura regular.
●● Desgaste acelerado da super-
Os pavimentos em blocos pré-fa- fície, com redução acentuada dos
bricados de betão vibro-prensado, relevos;
são actualmente a solução mais
versátil de construção de pavimen- ●● Fissuração ou quebra do pavi-
tos em espaço público, em virtude mento por deficiente resistência
das suas características físicas e mecânica;
funcionais e por apresentarem as
seguintes vantagens: ●● Alteração da cor por via da
exposição aos raios solares e às
●● Maior controlo das propriedades intempéries;
físicas e de resistência do betão;
●● Escorregamento na presença de
●● O processo de produção das água;
peças, o qual sendo mecanizado
permite um controlo mais rigoroso ●● Dificuldade de manutenção.
das suas propriedades geométricas;
As suas formas, estereotomia, co-
●● As possibilidades inerentes à res, variedade de materiais e aca-
coloração dos blocos em fábrica; bamentos, facilidade de execução
de padrões e/ ou motivos, mistura
●● Menor custo e menores exigên- de elementos de formas e cores
cias técnicas no assentamento; diferentes, facilidade de cortes em
remates e aplicabilidade a qualquer
●● Maior variedade de cores e utilização, seja ela pedonal, ciclá-
acabamentos; vel ou rodoviária contribuem para
a sua versatilidade e utilização,
●● Maior facilidade de execução de constituindo assim uma alternativa
padrões e/ ou motivos; muito credível à utilização da pedra
em espaço público.
●● Maior facilidade de cortes e
remates.
2.2 REMATES DE PAVIMENTO materiais

Neste universo destacam-se os Nas zonas pedonais sujeitas pon-


blocos em betão colorido, que re- tualmente ao tráfego de veículos
sultam da incorporação de pigmen- (entradas especiais), deverá ser
tos especiais ao betão corrente, os prevista uma camada de assen-
quais conferem ao betão cores de tamento em mistura de cimento
diferentes tonalidades. e areia do rio, lavada ao traço 1:3
(volume) com espessura de 0,03m.
Estes pavimentos deverão ser Deverão ainda ser consideradas
dimensionados, considerando o seu uma camada base em betão uma
uso e função, bem como a inten- espessura mínima de 0,15m, arma-
sidade de tráfego prevista. Nesse da inferiormente com rede eletro
sentido, a sua espessura deverá soldada em malha quadrada e uma
ser determinada de acordo com a camada de sub-base em agregado
resistência mecânica pretendida, britado, natural ou reciclado de
considerando-se no entanto que granulometria extensa com espes-
um bloco em betão nunca deverá sura mínima de 0,15m.
deter uma espessura inferior a
6cm. Todos os materiais utilizados serão
aplicados limpos, isentos de terras
e detritos.
Execução
De salientar que as peças devem
Na execução de guias ou contra- apresentar dimensões semelhantes
-guias em blocos de betão, por de forma a assegurar um bom en-
regra considera-se uma caixa com caixe e uma resistência final ajus-
uma profundidade aproximada de tada ao tipo de utilização prevista.
0,24m para zonas de utilização
exclusivamente pedonal; e para as
zonas de circulação automóvel, a Acabamento
profundidade da caixa aumenta
para os 0,34m. Os tratamentos superficiais não
aumentam a capacidade estrutu-
As juntas entre as pedras não ral do pavimento, tendo apenas
poderão, depois de executado o como objetivo fornecer-lhe uma
assentamento, ter uma profundida- maior qualidade nas características
de superior a 0,003m em relação à superficiais como textura e imper-
face superior dos blocos e deve- meabilização.
rão ter uma abertura máxima de
0,003m preenchidas com areia fina. No fabrico das lajetas de betão co-
lorido pode ser utilizado o cimento
A camada de assentamento deverá cinzento, indicado para cores mais
ser em areia do rio, fina, lavada, escuras, sendo que para cores mais
com espessura de 0.03m. claras se recomenda a utilização de
cimento branco.
A camada de base deverá ser
em agregado britado, natural ou As arestas da face à superfície do
reciclado, de granulometria extensa pavimento deverão ser chanfradas
com espessura mínima de 0,20m e apresentar uma altura máxima
nos espaços de circulação pedonal do chanfre de 0,005m.
e de 0,30m nos espaços de circula-
ção rodoviária e estacionamentos
(aplicada em 2 subcamadas devi-
damente compactadas).
Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

Descrição ●● Fissuração ou quebra do pavi-


Betão moldado mento por deficiente resistência
mecânica;
“in situ” O betão é um material formado
pela mistura de cimento, agregados
grossos e finos e de água, que, para ●● Alteração da cor por via da
exposição aos raios solares e às
além destes componentes básicos,
intempéries;
pode também conter adjuvantes e
adições (ex. cinzas volantes).
●● Escorregamento na presença de
água;
As guias e contra-guias em betão
contínuo devem ser resistentes à
●● Dificuldade de manutenção.
ação do tráfego pedonal intenso, à
ação do acesso ocasional de veícu- A sua utilização em espaço público
los motorizados e à exposição aos tem vindo a ser intensificada em
elementos naturais. virtude das suas características
físicas, nomeadamente a sua du-
Para esse efeito, recorrer-se-á a
rabilidade, facilidade de limpeza e
materiais e processos construtivos
reduzida manutenção, dos quais se
que, no seu conjunto, acautelem as
destacam o betão poroso, o betão
seguintes ocorrências:
colorido e o betão desativado.
●● Desgaste acelerado da super- O betão poroso é um betão dre-
fície, com redução acentuada dos
nante e antiderrapante. Trata-se de
relevos;
uma mistura de base comentícia,
composto por um ligante hidráuli-

lisboa - CALÇADA DO MIRANTE


2.2 REMATES DE PAVIMENTO materiais

co, agregados grossos, agregados A estereotomia de juntas deve ser


finos, adjuvantes e água. A grande definida em projeto, com um afas-
quantidade de vazios resulta num tamento máximo de 3,00m, bem
produto permeável e de baixa como o processo a utilizar - como
densidade. referência, devem existir sempre
juntas de retração distanciadas de
O betão colorido resulta da incor- aproximadamente vinte vezes a
poração de pigmentos especiais ao espessura da laje.
betão corrente, os quais conferem
ao betão cores de diferentes tona- A sua aplicação dever estar sempre
lidades. sujeita à verificação das condições
climatéricas, nomeadamente tem-
O betão desativado é um betão peratura e pluviosidade.
especial fabricado em central em
que a desativação da camada su-
perficial confere ao pavimento um Acabamento
aspeto ornamental de agregado à
vista, o que possibilita a personali- Os tratamentos superficiais não
zação de espaços, graças às múlti- aumentam a capacidade estrutu-
plas soluções possíveis de textura. ral do pavimento, tendo apenas
As suas principais vantagens são como objetivo fornecer-lhe uma
ter um aspeto natural e rústico; maior qualidade nas características
a existência de variados tipos de superficiais como textura e imper-
agregado à escolha e a possibilida- meabilização.
de de adicionar cor.
No fabrico do betão colorido pode
ser utilizado o cimento cinzento,
Execução indicado para cores mais escuras,
sendo que para cores mais cla-
A execução de pavimentos de base ras se recomenda a utilização de
cimentícia betonados “in situ”, cimento branco.
deverá ser executada e dimensio-
nada de forma a assegurar uma Nas peças de betão desativado,
resposta capaz considerando a sua deverá ser prevista a aplicação de
função. Para tal deverá ser prepa- um desativante de superfície bem
rada um base em tout-venant, sob como um hidrófugo com proprieda-
betão de limpeza, sobre o qual será des “anti-grafitti”.
aplicado o betão. Este revestimento
superficial deverá ter uma espes- Para além destes, as superfícies
sura de 6cm a 8cm para tráfego em betão podem ter como acaba-
pedonal e não menos que 10cm mento de superfície os seguintes
a 12cm para tráfego rodoviário materiais:
ligeiro, não se recomendando a sua
aplicação em espaços de circula- Argamassas sintéticas, como as
ção de veículos pesados. Em casos argamassas acrílicas (slurry’s) e os
particulares a espessura destes betumes sintéticos resinosos com
elementos poderá ser de 0,20m. agregados finos.
O betão deverá ser armado com
rede eletro soldada tipo “malhasol  Tintas termoplásticas, utilizadas so-
CQ30” ou equivalente. bretudo em sinalização horizontal.
Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

ra, chamada de pátina, que atua


Descrição reduzindo a velocidade do ataque
Perfil dos agentes corrosivos presentes
em aço corten Os perfis em aço corten (aço
patinável), deverão ser compostos
no meio ambiente.

por peças em boas condições cuja Na aplicação deste material são


dimensão pode variar consoante as utilizadas chapas de aço, de altura
diferentes funções e usos que se variável, ajustada à função do per-
pretendem sinalizar. fil, sendo invariavelmente disposta
a cutelo, com uma espessura que
São utilizados como lancis mas varia entre os 5 e 10mm. O compri-
sobretudo como guias no remate e mento das peças é também variá-
transição de pavimentos. vel, não devendo a sua dimensão
ser inferior a 1,00m.
Uma de suas principais caracterís-
ticas do aço patinável, é que sob A dimensão dos perfis metálicos
certas condições ambientais de poderá ser estabelecida em con-
exposição aos agentes corrosivos, formidade com os lancis do mes-
este tipo de aço pode desenvol- mo tipo já existentes nos espaços
ver uma película de óxido de cor públicos contíguos.
avermelhada aderente e proteto-

lisboa - RIBEIRA DAS NAUS


2.2 REMATES DE PAVIMENTO materiais

corrosivos presentes no meio am-


Execução biente. Neste caso, os elementos de
ligação (chapas, parafusos, soldas,
Os lancis em chapa corten deverão …) deverão possuir composição quí-
ser fixos em fundação corrida de mica semelhante à do aço corten.
betão C16/20 (cimento: areia: brita
ao traço 1:2:4), de largura não infe- Em atmosferas muito agressivas,
rior a 0,15 m, excedendo a largura poder-se-á recorrer a pintura, sen-
do perfil e a espessura do pavimen- do aconselhável a preparação da
to em pelo menos 0,10 m. superfície a pintar. Neste caso, os
elementos de ligação (chapas, pa-
rafusos, soldas, …) deverão possuir
Acabamento igual acabamento.

Nestes perfis, e conforme referi- Sempre que possível as peças


do anteriormente, o acabamento numa direcção única serão consti-
preferencial será o acabamento tuídas por uma única chapa. Quan-
próprio do material, nomeadamen- do tal não for possível deverão ser
te uma película de óxido de cor feitas junções em remate perfeito,
avermelhada que atua reduzindo a em termos de alinhamento plani-
velocidade do ataque dos agentes métrico e cotas de coroamento.
Materiais 2.2 REMATES DE PAVIMENTO

Descrição Execução
Perfil em chapa
metálica Os perfis em chapa metalizada a
frio, deverão ser compostos por
Os lancis em chapa metálica deve-
rão ser fixos em fundação corrida
peças em boas condições cuja de betão C16/20 (cimento: areia:
dimensão pode variar consoante as brita ao traço 1:2:4), de largura
diferentes funções e usos que se não inferior a 0,15 m, excedendo a
pretendem sinalizar. largura do perfil e a espessura do
pavimento em pelo menos 0,10 m.
Estes perfis devem ser utilizados
exclusivamente como guias no
remate de pavimentos, devendo Acabamento
o seu topo ficar nivelado com o
pavimento. Para este tipo de perfil metálico, e
conforme referido anteriormente,
Na utilização deste material são o acabamento preferencial será
utilizadas chapas de altura variável, a metalização a frio, conseguida
ajustada à função do perfil, sendo através da aplicação de um forte
invariavelmente disposta a cutelo, jato de ar que faz pulverizar o me-
com uma espessura que varia entre tal fundido e este, ao bater contra
os 5 e 10mm. O comprimento das a superfície, é esfriado de tal forma
peças é também variável, não de- que o revestimento não aquece em
vendo a sua dimensão ser inferior demasia a peça, evitando altera-
a 1,00m. ções morfológicas de sua estrutura.
Os elementos de ligação (chapas,
A dimensão dos lancis metálicos parafusos, soldas, …) deverão ser
poderá ser estabelecida em con- alvo de igual acabamento.
formidade com os lancis do mes-
mo tipo já existentes nos espaços Sempre que possível as peças
públicos contíguos. numa direcção única serão consti-
tuídas por uma única chapa. Quan-
do tal não for possível deverão ser
feitas junções em remate perfeito,
em termos de alinhamento plani-
métrico e cotas de coroamento.

lisboa – campo de ourique


2.3 REABILITAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE PAVIMENTOS materiais

Ao longo da sua vida útil os pavi- É por isso frequente que necessi-
mentos em espaço público estão tem de intervenções de conserva-
sujeitos à ação do intenso tráfego, ção ou reabilitação, mesmo antes
2.3 seja de natureza pedonal, ciclá-
vel ou rodoviário, e das condições
de atingirem o período de vida para
o qual foram projetados e constru-
Reabilitação e climáticas. ídos.

Conservação de Para além destas acções, a má


apropriação dos espaços públicos,
As acções de substituição, recons-
trução e proteção dos pavimentos
Pavimentos em particular por parte do carro
que frequentemente se apropria
são imprescindíveis tendo em vista
a preservação de um património
dos passeios provocando o acelerar tão valioso como os pavimentos,
do seu desgaste superficial e em independentemente da sua função
subsolo. e quer pelas suas características
técnicas e funcionais ou simples-
O desenvolvimento das raízes das mente artísticas e identitárias.
árvores é outro dos problemas
identificados, conduzindo à defor- Nesse sentido e considerando a
mação dos pavimentos, tornando- rede de pavimentos em espaço
-os acidentados e dificultando a público existente na cidade de
circulação de pessoas e veículos. Lisboa, identificam-se as seguintes
acções prioritárias no processo de
conservação deste extenso bem
patrimonial:
Materiais 2.3 REABILITAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE PAVIMENTOS

Sem prejuízo de outros fins re- As intervenções nos pavimentos


levantes para a prossecução do existentes, para efeitos de repa-
Substituição interesse público, a substituição ração ou manutenção das infra-
progressiva do revestimento dos estruturas alojadas no subsolo
passeios deve ter como fim fun- devem, excepto quando exista
damental promover a criação de indicação em contrário, assegurar
percursos pedonais e a garantir a sua correta reposição, sempre
a acessibilidade e segurança dos que possível, designadamente
passeios. quando se trate da reposição de
calçadas, reutilizando os mesmos
A substituição progressiva deve ser materiais.
assegurada pela Câmara Municipal
de Lisboa nas seguintes situações: Os cubos das calçadas de calcário
que sejam repostos deverão ser
●● Obras de requalificação de es- obrigatoriamente rodados, poden-
paços públicos; do existir a necessidade de serem
aparelhados, pois devem apresen-
●● Obras de adaptação de equi- tar a face superior completamente
pamentos municipais (na área polida.
adjacente à entrada principal e
ligações à passadeira, paragem de Na remoção dos pavimentos
autocarro e estacionamento); existentes e a sua substituição por
pavimentos com novos materiais é
●● Obras de reconstrução após de adoptar nas seguintes situações:
intervenções de subsolo nas condi-
ções definidas acima. ●● Em espaços públicos conso-
lidados, quando as intervenções
A substituição progressiva pode ser incidam sobre áreas de significativa
operada pelas Juntas de Freguesia, dimensão;
com devido enquadramento da
CML e de forma compatível com o ●● Em novos espaços públicos;
presente Modelo.
●● Quando resultem benefícios
A substituição progressiva pode objetivos da não reprodução das
ser operada de forma pró-ativa por soluções adotadas nas áreas con-
entidades particulares, nas seguin- tíguas;
tes situações:
●● Quando as intervenções te-
●● Eliminação de barreiras no nham como objetivo o ajustamento
acesso a edifícios; das situações existentes a novas
exigências funcionais ou a corre-
●● Melhoria da imagem urbana ção de situações manifestamente
junto ao edifício; desadequadas ou contrárias à
melhor utilização do espaço público
●● Adequação do passeio fronteiro existente.
aos usos a realizar no âmbito de
ocupação de via pública (por ex., No caso da calçada de calcário, é de
instalação de esplanada, floreiras, promover a sua progressiva substi-
etc.). tuição nas seguintes situações:

Para contribuir para a substituição ●● Quando a inclinação for superior


progressiva o particular deve sub- a 6%, situação em que se deve
meter proposta à CML, cumprir o adoptar calçadas mistas de calcário
presente Modelo, assumir os custos e granito;
e as responsabilidades compatí-
veis, e doar o resultado ao domínio ●● Em arruamentos com larguras
público. inferiores a 9m e em áreas de
2.3 REABILITAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE PAVIMENTOS materiais

circulação partilhada;
●● Terão grau de dureza não infe-
rior a F-G na escala EPC, ou seja,
●● Para introdução de faixas
confortáveis em lajedos de pedra são riscadas por lâmina de aço
natural ou artificial; mas lâmina de bronze de alumínio
deixa traço sem riscar;
●● Para introdução de sinalização
táctil para invisuais; ●● Serão acompanhadas de decla-
ração de conformidade CE segun-
●● Áreas de utilização pedonal do a NP EN 1342 explicitando as
muito intensa, com exigências de seguintes características:
circulação específicas, designa- •  Resistência característica à
damente interfaces de transporte compressão = 100 MPa (mín.);
público e áreas envolventes (com •  Resistência ao escorregamento
exceção, devidamente justificada, (dos peões) = 45 USRV (mín.);
das interfaces localizadas nos tra- •  Resistência ao deslizamento/
çados urbanos do tipo A e B). derrapagem (dos veículos) = 50
USRV (mín.);
Na reposição da calçada de calcário •  Resistência à abrasão/ desgas-
existente, deve ser assegurado que te = 21,5 mm (máx.);
as pedras: •  Absorção de água = 3% (máx.).

●● Terão cor análoga às existentes, Na reposição da calçada de granito


serão duras, de grão homogéneo, existente, deve ser assegurado que
inatacáveis pelo ar ou pela água, as pedras:
não geladiças, isentas de cavida-
des, lesins ou outros defeitos ou ●● Terão cor análoga às existentes,
matérias estranhas; serão duras, de grão homogéneo
e textura compacta, sonoras à
●● Terão arestas vivas e faces pancada do martelo, inatacáveis
de fratura recente apresentando pelo ar ou pela água, não geladiças,
forma sensivelmente cúbica, não isentas de cavidades, lesins ou ou-
se admitindo pedras talhadas em tros defeitos ou matérias estranhas
cunha nem com faces polidas e e não apresentarão grandes cristais
não se dispensando os trabalhos de feldspatos;
manuais necessários à sua correta
instalação e articulação com as ●● Terão arestas vivas e faces
restantes peças; de fractura recente apresentando
forma cúbica, não se admitindo pe-
dras talhadas em cunha nem com
faces polidas.
Materiais 2.3 REABILITAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE PAVIMENTOS

As obras que incidam sobre ou afe- A reconstrução na sequência de


tem os passeios devem contribuir obras nas redes de subsolo ou
Reconstrução para a melhoria do percurso pedo- retirada de estaleiro deve abran-
nal, dentro da sua área de interven- ger toda a área afetada pela obra,
ção, nomeadamente quando ocorra incluindo, nomeadamente:
reconstrução do pavimento.
●● Áreas abertas por valas;
A reconstrução de pavimentos deve
ser feita de forma a cumprir os re- ●● Em todo o perímetro das áreas
quisitos definidos no presente Mo- referidas no ponto anterior, deve
delo, podendo recorrer-se à recons- ser salvaguardada uma margem
trução com soluções de pavimentos com largura igual ou superior a
e estereotomias iguais ou distintos 50cm;
dos pré-existentes, tendo em vista
o cumprimento das obrigações le- ●● Áreas sujeitadas a cargas de
gais e regulamentares vigentes em andaimes;
matéria de acessibilidade.
●● Áreas ocupadas com depósitos
No âmbito da reconstrução, devem de materiais ou equipamentos;
ser especificamente consideradas
como oportunidades para altera- ●● Áreas de passagem ou esta-
ção do revestimento as seguintes cionamento de viaturas de apoio à
situações: obra;

●● Obras de manutenção em pas- ●● Outras áreas incluídas na área


seios promovidas pelas Juntas de vedada, quando existam.
Freguesia, nomeadamente em face
da degradação do revestimento ou Na reconstrução já referida an-
camadas subjacentes; teriormente, deve proceder-se à
substituição de todos os pavimen-
●● Obras de reconstrução após in- tos, nomeadamente a sua camada
tervenção em redes de subsolo (por de revestimento e respetivas ca-
ex., aquando do fecho de valas); madas de assentamento. A recons-
trução do passeio deve ser feita em
●● Obras de reconstrução após toda a sua seção.
ocupação do passeio com estalei-
ros de obra.
2.3 REABILITAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE PAVIMENTOS materiais

A calçada portuguesa - distinta da As obras de reconstrução ou con-


calçada de vidraço ou lioz por via servação de calçada artística de re-
Proteção da utilização simultânea de calcá- conhecido valor patrimonial devem
rios com colorações distintas com procurar reconstituir a qualidade
fins decorativos e pela utilização de artística e construtiva pré-existente,
pedras de dimensões mais irregu- devendo, para esse efeito:
lares, com faces em bico - detém
um papel de especial importância ●● Recorrer a materiais do mesmo
histórica e artística marcando tipo, qualidade e formato;
de forma singular a própria ima-
gem de algumas das zonas mais ●● Aplicar as mesmas técnicas
interessantes de Lisboa, pelo que construtivas, com o mesmo rigor na
a sua manutenção – quando de execução dos trabalhos manuais;
reconhecido valor artístico – deve
ser assegurada. ●● Se recriarem ou completarem
desenhos pré-existentes, recorrer a
No entanto, a preservação de áreas moldes exatos.
de calçada artística de reconhecido
valor patrimonial não deve implicar A CML possui moldes que podem
a preservação de áreas adjacentes ser disponibilizados ou replicados
sem qualidade construtiva. Nestes no sentido de assegurar que o
casos em particular, a preservação processo de reconstrução mantém
de apontamentos como os “comer- as características estéticas pré-
ciais” não deverá implicar necessa- -existentes.
riamente a preservação nas condi-
ções atuais da área envolvente. A intervenção em calçada artística
de reconhecido valor patrimonial
Para proteção da calçada artísti- deve seguir uma metodologia pró-
ca devem evitar-se as seguintes pria, pré-definida, disposta, nomea-
acções: damente, sobre:

●● Arranque, incluindo o arranque ●● As medidas de proteção a


pontual para fixação de obstáculos; implementar no decurso da inter-
venção;
●● Reposição com menor qualidade
(por ex., juntas mais abertas); ●● A qualificação dos calceteiros;

●● Reposição sem coerência com o ●● A supervisão dos trabalhos;


desenho original;
●● O registo fotográfico, antes,
●● Introdução de materiais incom- durante e após a intervenção.
patíveis com o sistema construtivo;
A criação no passeio de novas
●● Ocupação com usos prejudiciais áreas de calçada artística deve
à sua preservação (por ex., que assegurar:
impliquem cargas excessivas ou
provável derramamento de gordu- ●● A preservação da arte, por re-
ras). curso a calceteiros qualificados;

Se for inevitável o arranque de cal- ●● A qualidade construtiva;


çada artística de reconhecido valor
patrimonial, a área afetada deve ●● O cumprimento dos requisitos
aplicáveis ao percurso pedonal.
ser reduzida ao mínimo indispen-
sável.
Materiais 2.3 REABILITAÇÃO E CONSERVAÇÃO DE PAVIMENTOS

Uma das estratégias para garantir com mais de uma faixa por sentido
um desenvolvimento sustentável é nas quais as degradações mais
Reutilização a reciclagem que reutiliza os ma- evidentes são na faixa onde circula
teriais existentes em alternativa ao mais tráfego pesado;
uso constante de novos materiais e
ainda à consequente colocação em ●● Colocação de uma camada de
depósito dos materiais não reutili- reforço sobre um pavimento não
záveis. deteriorado com vista a um au-
mento do período da sua vida útil;
A reciclagem assume particular
destaque para a manutenção e ●● Diminuição dos problemas
reabilitação das estruturas viárias causados à normal circulação do
ao diminuir os custos, minimizar os tráfego por não se tornar neces-
tempos de intervenção e optimizar sário fechar a estrada à circulação
características físicas e funcionais nas faixas adjacentes durante as
dos pavimentos a reabilitar. operações construtivas;

Para além disso, reduz fortemente ●● Rapidez de execução associada


os impactos negativos no meio am- aos novos equipamentos de reci-
biente possibilitando a redução da clagem, espalhamento e pavimen-
extração de materiais granulares tação.
em pedreiras ou seixeiras, evitando
a colocação dos materiais degra- A reciclagem possibilita ainda o
dados em depósitos e reduzindo aumento da capacidade estrutural
também o consumo de energia. e da homogeneidade do pavimento
com recurso a uma utilização míni-
De fato, os materiais granulares ma de agregados.
já são escassos em várias zonas
do país, o que traz a necessidade Apesar de ser utilizada sobretu-
de usar materiais provenientes de do na reabilitação de pavimentos
pedreiras mais distantes tornando- flexíveis, em estado de degradação
-os mais caros. com bases granulares e pavimen-
tos betuminosos num estado limite
Se as vantagens da reciclagem do de conservação, igual procedimento
ponto de vista energético, económi- deverá ser sempre que possível
co e ambiental são incontestáveis, considerado para outros pavimen-
existem também muitas outras tos, contínuos ou por elementos,
vantagens técnicas, nomeadamen- nomeadamente as calçadas, lajea-
te: dos e blocos em pedra e em betão.

●● Aproveitamento dos materiais Os pavimentos em resinas sintéti-


envelhecidos, contaminados ou de cas e em betão, betonados “in situ”
características inadequadas, do deverão igualmente ser alvo de
pavimento existente; igual procedimento.

●● Possibilidade de reabilitação
estrutural de uma só via da estrada
que se torna importante em vias
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infraestruturas no subsolo

Este subsolo urbano apresenta


igualmente vários desafios, na me-

3
dida em que as suas características
Introdução topográficas e geológicas determi-
nam, por vezes, a sua apropriação,
condicionando a sua futura função
O espaço público pode ser en- e utilização.
tendido como o espaço coletivo
A constituição deste “sistema de
que estrutura uma infinidade de
raízes” urbano é bastante mais
unidades autónomas existentes na
complexa do que aparenta, não
cidade – as parcelas. Esse espaço
sendo a sua a dimensão, comple-
colectivo, elemento de ligação do
xidade e eficiência percetíveis nem
tecido urbano, tem como uma das
entendíveis pelos cidadãos que dela
suas principais componentes a rede
usufruem.
de infraestruturas em subsolo.

Infraestruturas Sujeitos a inúmeras exigências e


O presente subcapítulo irá precisa-
mente abordar as condições técni-
solicitações servem de suporte
no subsolo aos fluxos diários existentes nas
cas mais adequadas à implantação
de infraestruturas em subsolo, o
cidades, assegurando o correto
papel que as entidades responsá-
funcionamento do modo de vida da
veis detêm nessa implantação, e de
população, residente ou visitante.
que forma deve ser salvaguardada
a sua futura ocupação e utilização.

lisboa – ribeira das naus


3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO infraestruturas no subsolo

A instalação de novas infraestruturas A CML, em parceria com as entida-


no subsolo, nomeadamente redes des utilizadoras do subsolo, disponi-
de abastecimento de água, de gás, biliza uma base de dados informá-
3.1 de drenagem de águas residuais
domésticas e pluviais, de energia
tica do cadastro das infraestruturas
de subsolo de Lisboa - LX Subsolo -,
Implantação de elétrica, telecomunicações, de com-
bustíveis e de sinalização luminosa e
a qual visa assegurar a programa-
ção, coordenação e calendarização
infraestruturas outras, deve garantir a minimização
da abertura de novas valas e criação
das intervenções na via pública de
uma forma uniforme, expedita e
no subsolo de novas condutas, coletores e ra-
mais, procurando a rentabilização e
transparente.

aproveitamento de valas e tubagens Na instrução do pedido de informa-


já existentes. ção prévia, da comunicação prévia e
do licenciamento de obras no sub-
A rede de infraestruturas do subsolo solo, as operadoras/ concessionárias
deve promover a partilha de espaços das redes de abastecimento de água,
que evite a disseminação de infra- energia elétrica, telecomunicações e
estruturas, assegurando a instalação de combustíveis, devem ser consul-
de valas ou galerias técnicas que tadas sobre a existência ou planea-
garantam o adequado tratamento e mento das respetivas infraestruturas
disponibilidade de acessos de super- nos locais a intervencionar. Neste
fície e que permitam, sem constran- caso, as operadoras/ concessionárias,
gimentos ou interferências, a reali- a pedido dos interessados, facultam
zação das operações de manutenção a informação cadastral relevante.
de cada infraestrutura, assim como
a preservação das faixas de terre- A ocupação da via pública, incluindo
no natural afetas ao enraizamento por motivo de contenção de fachada
de espécies arbóreas ou arbustivas ou instalação de esplanadas com
existentes ou a plantar. estrado, não pode comprometer
ou danificar as infraestruturas no
Os equipamentos das infraestruturas subsolo preexistentes no local, nem
no subsolo que, pela sua natureza, impedir o acesso à infraestrutura
se destinem a montagem acima do para operações de manutenção ou
solo, devem ser implantados fora reparação.
dos espaços de circulação existentes
ou previstos em projeto, devendo A implantação das diferentes infra-
ainda ser objeto de tratamento estruturas no subsolo em espaço pú-
equiparável ao de mobiliário urbano blico municipal sujeita-se às regras e
e equipamento. normas em vigor:

●● do Regulamento Municipal de
Infraestruturas em Espaço Público;

●● das diferentes entidades opera-


doras, gestoras ou concessionárias
dos vários sectores, nomeadamente
do sector elétrico, do sector das
telecomunicações/ comunicações
eletrónicas, do sector do gás natural
e do sector das águas.

As tampas de acesso às diferentes


infraestruturas alojadas no subsolo,
designadamente de abastecimento
lisboa – baixa pombalina
de água, drenagem de águas plu-
viais, elétricas, de telecomunicações
infraestruturas no subsolo 3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO

e de gás, devem estar niveladas com


o passeio contíguo e, nas áreas pe- Obrigações das ●● garantir um correto acondicio-
namento dos resíduos produzidos;
donais, ser revestidas com o mesmo entidades públicas ou
tipo de pavimento. privadas que realizem ●● assegurar a localização, inte-
obras ou trabalhos no gridade e proteção da estatuária
espaço público bem como garantir o restauro de
eventuais danos consequentes da
Todas as entidades que realizem execução das obras ou trabalhos.
obras ou trabalhos de implanta-
ção de infraestruturas no subsolo O restauro de eventuais danos con-
devem, no decurso dos mesmos, sequentes da execução das obras
observar, para além das normas ou trabalhos causados em obras
legais e regulamentares aplicáveis, de arte e peças únicas, deve ser
lisboa – rossio
as seguintes regras: efetuado de acordo com as orien-
tações técnicas fornecidas pelos
●● executar e conservar em boas serviços municipais competentes
As dimensões e características das
condições os desvios provisórios para o efeito. 
tampas de acesso às infraestruturas
de trânsito automóvel e pedonal,
são definidas por cada operadora/
incluindo a garantia de circulação
concessionária, devendo estas ser
sempre ajustadas às cargas e utili-
segura dos utilizadores com mobili- Estrutura verde:
dade condicionada; espaços verdes e
zações previstas nos diferentes tipos
de pavimento.
●● instalar e conservar, em boas
estrutura arbórea
condições de visibilidade, toda a
Na colocação das caixas, deverá ser Se os trabalhos afetarem zonas
sinalização diurna e noturna e/ ou
conferida, após abertura da vala, verdes, a reposição ou a recons-
outros equipamentos de segurança,
especial atenção à compactação da trução ou a substituição das áreas
adequados à garantia de segurança
zona envolvente de forma a evitar ou espécies afetadas pelas obras
do trânsito de peões e veículos, na
assentamentos - problema comum, ou trabalhos deve ser efetuada de
zona afetada pelos trabalhos, de
sobretudo em calçadas - pela dife- acordo com as condições técnicas
acordo com o previsto na lei e nos
rença entre a respetiva estrutura, fornecidas pelos serviços munici-
regulamentos aplicáveis;
rígida, e as camadas compactadas pais ou pela Junta de Freguesia,
envolventes, flexíveis. consoante aquela que tenha com-
●● garantir a limpeza de todos os
petência para o efeito.
espaços da obra ou dos trabalhos e
das zonas limítrofes afetadas pela
As medidas cautelares para pro-
obra ou pelos trabalhos;
teção de árvores e sua reposição
após a obra ou trabalhos estão de
●● assegurar a limpeza dos siste-
acordo com as seguintes condições:
mas de drenagem de águas residu-
ais existentes na zona da obra ou
Limites de intervenção
dos trabalhos e nas zonas limítro-
fes afetadas pela obra ou pelos
●● entende-se como zona de segu-
trabalhos, até a sua conclusão; rança da árvore a zona interior da
caldeira e a zona que compreende
●● reparar ou substituir todos os o volume de subsolo da projeção
elementos de mobiliário urbano e
vertical dos limites da caldeira;
equipamento, arborização, ilumina-
esta não deve ser ocupada por
ção pública, pavimentos, lancis ou
qualquer infraestrutura ou sujeita a
quaisquer outros eventualmente
intervenção de qualquer natureza a
afetados pela execução dos traba-
menos de 1,20m de profundidade
lhos;
- considera-se como profundidade,
a distância entre a cota do aterro
●● assegurar a integridade das
sobre as infraestruturas e a cota de
espécies arbóreas existentes;
lisboa – rossio
superfície.
3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO infraestruturas no subsolo

O recobrimento da vala sobre o Os cortes em pavimentos com


●● no interior da caldeira não aterro da infraestrutura, dentro das revestimento/ camada de desgas-
podem ser depositados quaisquer
áreas ou zonas de proteção radicu- te do tipo contínuo – betuminoso,
tipos de materiais resultantes da
lar, é feito com terra de plantação betão, betonilha – para abertura de
obra ou trabalhos.
com textura franca. valas, devem ser executados com
recurso a equipamento mecânico
Abertura de valas em áreas
O tempo limite para o tapamento de corte.
ou zonas de proteção
da vala é de três dias. 
radicular

●● entende-se como zona de pro-


teção radicular uma circunferência Abertura de valas
de raio 2,50m medidos desde o
extremo do colo da árvore. A abertura de valas ou trinchei-
ras para a realização de obras ou
●● as valas abertas dentro da zona trabalhos é realizada por troços de
de proteção radicular são obrigato- uma extensão compatível com o
riamente executadas manualmente. ritmo de concretização dos tra-
balhos e execução do pavimento,
●● todas as raízes com diâmetro sendo a extensão máxima de
superior a 2cm são obrigatoria- abertura de vala de 100,00m para
mente preservadas. cada frente de trabalho. A extensão
máxima pode ser reduzida para a
●● durante a obra e enquanto a extensão de quarteirão ou inferior,
vala se mantiver aberta com as ra- atendendo à localização da obra ou
ízes expostas, estas são envolvidas dos trabalhos e às condicionantes
em manta geotêxtil humedecida de circulação de peões e veículos. lisboa – ribeira das naus
em permanência.
Nas travessias, a escavação para
Nas situações em que as dimen- abertura de valas é realizada em
sões do passeio ou do arruamento, metade da faixa de rodagem, por
onde haja já arvoredo, não permi- forma a permitir a circulação alter-
tem assegurar a zona de proteção nada de veículos e peões através
radicular ou a zona de segurança da outra metade da faixa. Apenas
da árvore, bem como o afasta- após reposta a circulação na pri-
mento mínimo que garanta a não meira metade da faixa de rodagem
afetação dos sistemas, infraestru- - com reposição do pavimento ou
turas ou redes que se pretendem mantendo a vala aberta mas enti-
implantar, deverão ser previstas vada para as ações do tráfego de
medidas de proteção a estes siste- veículos pesados e com cobertura
mas, infraestruturas ou redes e de provisória de chapas de aço não
proteção ou encaminhamento de passíveis de deslocação devido à
raízes do arvoredo, nomeadamen- passagem dos veículos - se poderá
te através da criação de galerias, abrir vala na segunda metade da
cortinas, mantas ou outras conso- faixa de rodagem.
lisboa – baixa pombalina
ante o porte e o tipo de arvoredo,
tendo sempre como princípio a Caso o troço da vala coberto provi-
sustentabilidade e a preservação A frente de escavação da vala não soriamente com chapas de aço se
do arvoredo, devendo estas medi- deve ir avançada em relação ao localize em zona de circulação de
das ser previamente submetidas assentamento dos tubos/ condutas/ peões insuscetível de ser desviada,
à aprovação do serviço municipal cabos, com uma duração superior a devem ser colocados os materiais e
competente. um dia de trabalho, salvo situações os equipamentos necessários à sua
técnicas especiais justificadas a segurança, nomeadamente, coloca-
analisar pelos serviços municipais dos guarda corpos, e rodapés, ten-
competentes. do em especial atenção as neces-
sidades específicas dos utilizadores
com mobilidade condicionada.
infraestruturas no subsolo 3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO

A abertura de valas ou trincheiras Atendendo à ocorrência ao longo do


junto a fundações de elementos de tempo de intervenções no subsolo Reposição
mobiliário e equipamento urbano, num mesmo local, com abertura e reconstrução
árvores, sinalização ou ilumina- de valas muito próximas por várias de pavimentos
ção pública, deve ser antecedida entidades, e a possibilidade de em valas e lancis
da avaliação da possibilidade das percolação com arrastamento de
escavações afetarem a sua esta- materiais finos, a camada de aterro A CML pode solicitar ao requerente
bilidade, devendo ser adotadas as principal não deve ser efetuada da licença de ocupação e utilização
medidas necessárias à sua segu- com material granular fino sem do domínio público que proceda
rança, designadamente a entivação coesão – areia. à reposição e à reconstrução dos
específica da vala para o efeito e/ pavimentos com soluções de pavi-
ou o escoramento ou recalçamento/ Caso o projeto das entidades mentos e estereotomias distintos
reforço da fundação dos equipa- promotoras das obras ou trabalhos dos existentes, tendo em vista, no-
mentos referidos. não estabeleça condições espe- meadamente, o cumprimento das
cíficas mais exigentes, o aterro e obrigações legais e regulamentares
A zona da obra ou dos trabalhos compactação de valas é executado vigentes em matéria de acessibi-
deve estar completamente isolada de acordo com o definido no esque- lidade, devendo indicar, para esse
e protegida com barreiras rígidas ma próprio. efeito, orientações e especificações
que possuam as seguintes caracte- técnicas compatíveis com essas
rísticas: Dependendo do tipo de obra ou tra-
obrigações, atendendo, nomeada-
balhos e da zona intervencionada,
mente, ao disposto na Deliberação
●● rígidas; a CML pode exigir como condição
n.º 41 /AML/2014, que aprovou o
de emissão da licença, a realização
Plano de Acessibilidade Pedonal de
●● contínuas; e apresentação dos resultados dos
Lisboa.
ensaios de compactação labora-
●● com altura mínima igual ou toriais e de verificação do grau de Salvo indicação em contrário
superior a 0,90m; compactação em obra. estipulada na licença, a reposição
ou a reconstrução de pavimentos e
●● com volume detetável por Sempre que a CML o solicite, são
bengala a uma altura máxima de lancis deve ser efetuada de acordo
executados ensaios para avaliar a
0,30m; com a seguinte metodologia:
qualidade da execução dos traba-
lhos, nomeadamente ensaios de
●● de cor contrastante - claro/ ●● regra geral, os pavimentos
compactação de solos e de quali- arrancados são reconstruídos com
escuro - com o fundo contra o qual dade das misturas betuminosas, os
serão avistadas.  revestimento compatível com as
quais são efetuados e custeados normas técnicas de acessibilidade e
pelo requerente da licença de ocupa- estrutura com capacidade resis-
ção e utilização do domínio público. tente não inferior à pré-existente
Aterro e compactação e à estrutura tipo mínima definida
de valas As situações de recobrimento
nos esquemas constantes neste
atípico - pequenos recobrimentos
Manual;
A execução das várias partes da inferiores aos indicados nos Perfis
vala, em particular as camadas Tipo de Implantação de Infraestru-
●● os pavimentos a repor ou a
de leito de assentamento, assen- turas deste regulamento – serão reconstruir devem ter a sua ligação
tamento, aterro lateral e aterro definidas caso a caso pela entidade perfeita com o pavimento limítrofe,
inicial – designação conforme NP a quem pertence a rede de subsolo, de modo a que entre ambos não
EN 1610 indicada no esquema de com o acordo dos serviços compe- se verifiquem irregularidades ou
Vala Tipo deste regulamento - dos tentes da CML. fendas, nem ressaltos ou assenta-
tubos/condutas/cabos, bem como mentos diferenciais;
a montagem dos vários equipa-
mentos, deve seguir as técnicas
definidas no projeto apresentado
à CML, tendo em conta as técnicas
recomendadas pelos fabricantes e/
ou fornecedores e operadores.
3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO infraestruturas no subsolo

inclinadas, em zonas de carris, podem ficar tapadas e devem estar


●● nos pavimentos em calçada e sempre que tal se justifique e niveladas com o pavimento contí-
artística, de reconhecido valor
conforme condições a definir na guo e, nas áreas exclusivamente
patrimonial, onde o levantamento
licença; pedonais, ser rebaixadas e revesti-
ou perfuração sejam inevitáveis, o
das com o mesmo tipo de revesti-
pavimento é reposto em condições
●● quando haja reconstrução de mento do pavimento;
tão idênticas quanto possível às revestimento em calçada, não obs-
pré-existentes, do ponto de vista da tante o seu estado anterior e a sua ●● antes da abertura da área de
sua qualidade artística e constru- qualidade artística pré-existente, a intervenção à utilização normal,
tiva, nomeadamente em termos mesma é obrigatoriamente reali- a sinalização horizontal e vertical
de materiais, desenho, processos e zada com materiais de qualidade, e equipamentos de segurança e
técnicas de execução, tipo de corte, preferencialmente novos e sempre todos os demais equipamentos e
dimensões de juntas e regularidade que necessário substituindo os mobiliário urbano são repostos de
da superfície resultante, nos termos materiais degradados por novos, acordo com o existente antes da
das medidas de salvaguarda que a com técnicas de execução próprias intervenção, salvo indicação ex-
CML vier a definir; deste tipo de pavimentos e quali- pressa em contrário da CML e nas
dade construtiva compatível com situações em que a conformidade
●● nas passagens especiais – as boas práticas; com as normas técnicas de acessi-
nomeadamente nas entradas de
bilidade obrigue ao seu reposicio-
garagens que atravessem passeios
●● quando haja lugar à recons- namento; caso não se execute a si-
– a reposição dos pavimentos, trução de calçada artística de nalização horizontal definitiva logo
respetivas bases e altimetrias deve reconhecido valor patrimonial, ou à após a pavimentação, é realizada
garantir a necessária adequação construção de novos revestimentos de imediato a sua pré-marcação; a
ao tipo de circulação previsto, em calçada artística com a devi- sinalização horizontal definitiva é
nomeadamente pedonal, podendo a da qualidade e rigor construtivos, executada no mais breve espaço de
estrutura, revestimento e a respeti- a CML disponibilizará os moldes tempo aconselhado tecnicamente;
va estereotomia ser de igual modo necessários, sempre que existam,
indicados pela CML em substituição devendo a entidade, em caso con-
dos existentes; quando as obras na
via incidirem em locais ocupados
trário, assumir a expensas próprias Pavimentos provisórios
a sua realização, a sua sujeição
por passagens para peões ou em a aprovação prévia pelos servi- Nas intervenções que interce-
áreas de passeio adjacentes às ços competentes da CML, e a sua tem áreas da faixa de rodagem é
mesmas, devem ser realizadas as entrega à CML, após final da obra, colocado um pavimento provisório
obras necessárias à eliminação das acompanhados de identificação do logo após o aterro e compactação
desconformidades com as normas local da sua utilização, passando da vala, de forma a ser possível
técnicas de acessibilidade, nomea- a ser propriedade da CML a partir manter as condições de circulação
damente em termos de eliminação dessa data; em segurança de peões e veícu-
do ressalto entre passeio e faixa de
los até à colocação do pavimento
rodagem, ajustamento da locali- ●● os lancis existentes coincidentes definitivo, devendo atender-se, em
zação de sumidouros, inserção de com limites da zona de intervenção particular, às necessidades especí-
piso tátil e desvio ou eliminação de e que estejam partidos e identifi- ficas dos utentes com mobilidade
obstáculos localizados no enfia- cados em vistoria prévia ao início condicionada, designadamente no
mento da passagem de peões, da obra são substituídos por novos que se refere à necessidade de
devendo a CML indicar, para esse ou reutilizados, desde que em bom assegurar a ausência de ressaltos.
efeito, as orientações e especifica- estado;
ções técnicas compatíveis; a CML
A estrutura do pavimento provi-
pode, ainda, exigir que a reposição ●● as tampas de acesso às dife- sório é a do pavimento definitivo,
e reconstrução dos pavimentos e rentes infraestruturas alojadas no exceto nas vias onde a camada de
lancis se faça de forma diferente subsolo, designadamente de redes desgaste existente seja em mistura
da existente e dos tipos definidos de transporte e/ ou distribuição de betuminosa. Nessas situações, a
em regulamento, nomeadamente energia elétrica e de iluminação camada de desgaste provisória é
em zonas da cidade cuja fundação pública, redes de comunicações preferencialmente executada em
esteja sujeita a efeito de maré, eletrónicas, redes de abastecimen- macadame betuminoso e é aplica-
em zonas de passagens de peões to de água, redes de abastecimento da apenas na largura da secção da
a adaptar, em zonas de paragem de gás, sistemas de drenagem e vala. Outras soluções para a cama-
de transportes públicos, em zonas tratamento de águas residuais, não da de desgaste provisória, obrigato-
infraestruturas no subsolo 3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO

riamente com baixa permeabilidade


e deformabilidade adequada e com ●● Não comprometer a integridade ●● Coletores com problemas estru-
estrutural dos sistemas de drena- turais e/ou hidráulicos identificados.
ligante, terão de ser previamente
gem;
acordadas com os serviços da CML
As operadoras de RCE devem as-
em função do local.
●● Não constituir constrição ao segurar o cumprimento das regras
escoamento, ou comprometer o de segurança aplicáveis a trabalhos
funcionamento hidráulico dos siste- em espaços confinados, ficando
Interferência com mas de drenagem; obrigadas a proceder, por sua
as infraestruturas conta, à remoção e reposição das
existentes ●● Não comprometer a estanqui- infraestruturas instaladas sempre
dade dos sistemas de drenagem; que a CML tenha necessidade de
Se, no decurso de obra de instala- realizar intervenções de reparação,
ção ou remodelação de infraestru- ●● Não constituir impedimentos renovação, substituição ou outras
turas no domínio municipal, ocorre- aos métodos utilizados na deso- que tenham interferência nas RCE.
rem danos nas redes de drenagem bstrução, limpeza e inspeção dos
de águas residuais o dono de obra sistemas de drenagem. Os sistemas de drenagem de águas
fica obrigado à sua reparação, nos residuais são construídos para
seguintes termos: As empresas detentoras de RCE que seja assegurado o seu bom
procedem à reparação de anoma- funcionamento, preservando-se a
●● ramais de ligação e coletores - lias ou de danos resultantes da ins- segurança, a saúde pública e o con-
substituição integral dos elementos talação / alojamento, e/ou deficiente forto dos utentes. A colocação ou
de tubo ou manilha que tenham manutenção da sua infraestrutura, instalação / alojamento de cabos
sido afetados; sob pena de ser acionado o respeti- de comunicações eletrónicas nos
vo seguro de responsabilidade civil. coletores não pode comprometer os
●● sarjetas, sumidouros, câmaras princípios estabelecidos em legis-
de visita ou outros órgãos - con- A CML não se responsabiliza por lação aplicável (Regulamento Geral
forme a gravidade dos danos, quaisquer danos ou quebras de dos Sistemas Públicos e Prediais de
avaliada pelos serviços competen- serviço nas redes de comunicações Distribuição de Água e de Drena-
tes da CML, a entidade responsável eletrónicas resultantes de even- gem de Águas Residuais).
procederá apenas à reparação da tuais colapsos dos sistemas de
sua área afetada, substituirá o drenagem ou de outras anomalias, A atribuição de direitos de passa-
elemento afetado desse equipa- de intervenções de manutenção e gem e de acesso nos sistemas de
mento ou substituirá integralmente conservação, bem como as resul- drenagem de águas residuais para
o equipamento; tantes da intervenção de terceiros. as RCE, estão sujeitas às condições
de aprovação constantes do Regula-
●● em nenhum caso a reparação Não se consideram aptas para mento de Infraestruturas em Espaço
diminuirá a seção interna e a capa- instalação / alojamento de redes Público da Câmara de Lisboa. 
cidade de escoamento originalmen- de comunicações eletrónicas as
te existentes. seguintes infraestruturas:

●● Ramais de ligação domésticos e


Limpeza da zona dos
unitários; trabalhos
Direitos de
passagem e acesso Todos os produtos não reutilizá-
●● Coletores domésticos;
a infraestruturas veis na obra – sobrantes - serão
municipais aptas ao ●● Coletores unitários e pluviais removidos dos locais dos trabalhos
alojamento de redes com secção equivalente ou inferior no máximo até ao final de cada dia
de comunicações ao diâmetro de 500 mm; de trabalho. No que se refere aos
produtos provenientes da abertura
eletrónicas de valas, consideram-se sobrantes,
●● Coletores com secção retangu-
A atribuição de direitos de passa- lar em alvenaria (vulgo cascões); todos os que não estiverem de
gem e de acesso nos sistemas de acordo com as condições explicita-
drenagem de águas residuais para ●● Coletores com influência de das no esquema da vala tipo.
as redes de comunicações eletró- maré;
nicas (RCE) obedece aos seguintes
princípios gerais:
3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO infraestruturas no subsolo

Admite-se a deposição temporária A manufatura de argamassas, de


de produtos a utilizar na obra e no qualquer tipo, é feita com recur-
local dos trabalhos desde que: so à utilização de um estrado de
madeira ou de chapa de aço como
●● devidamente separados e acon- amassadouro, devendo ser de
dicionados, incluindo quando neces- imediato, abundantemente lavado,
sário a sua cobertura, de modo o pavimento inadvertidamente sujo
a não serem contaminados nem por forma a evitar-se a sedimenta-
arrastados pelo vento ou chuva; ção dos materiais, no pavimento e
na rede de coletores de drenagem
●● fique garantida a segurança de de águas residuais existente.
circulação dos peões, atendendo
em particular à necessidades espe- Concluídos os trabalhos, todos os
cíficas dos utentes com mobilidade materiais que ainda subsistam
condicionada, e veículos. devem ser retirados do local, bem
como vedações, máquinas, ferra-
Caso contrário, a armazenagem mentas e outros utensílios, deixan-
desses produtos será efetuada na do em perfeito estado de utilização
zona do estaleiro da obra sendo as áreas de intervenção, do esta-
descarregados no local dos traba- leiro da obra ou dos trabalhos, e a
lhos à medida da sua utilização envolvente da obra se afetada, e de
imediata. acordo com as condições previstas
na licença. Incluem-se aqui even-
A execução dos trabalhos deve tuais resíduos que ainda se encon-
incluir a limpeza da área onde os trem no local e que deverão ser
mesmos decorrem, tendo parti- devidamente encaminhados para o
cularmente em vista garantir a operador autorizado.
segurança, minimizar os incómodos
e reduzir o impacto visual negativo.
infraestruturas no subsolo 3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO

Implantação das
infraestruturas de
subsolo nos passeios

Em passeiosFIG.01de largura
- Passeios de largurainferior
2.00 m

ou igual a 2,00mEsc. 1 / 25

Nas situações em que a largura


do passeio seja inferior a 2,00m
aplicam-se, proporcionalmente, as
medidas referidas à largura do pas-
seio igual a 2,00m, salvaguardando
necessariamente a minimização
dos impactes de manutenção das
diferentes redes e a sua compati-
bilidade com o funcionamento do
arruamento.

Em passeios de largura
FIG.02 - Passeios de largura 2.00 m
Esc. 1 / 25
superior a 2,00m

passeios largura dos passeios (m)


2,00 2,10 2,20 2,30 >2,40
distâncias A 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50
B 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90
C 1,30 1,30 1,40 1,40 1,40
D 1,60 1,60 1,80 1,80 1,80
profundidades Baixa Tensão (BT) 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80
Média Tensão (MT) 1,20 1,20 1,20 1,20 1,20
Água (A) 0,90 0,90 0,90 0,90 0,90
Gás (G) 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60
Comunicações 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80
Eletrónicas (CE)
3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO infraestruturas no subsolo

Nas travessias de entradas de


Áreas de intervenção garagem, a instalação das infraes-
nos pavimentos truturas de subsolo será efetuada
existentes de modo que a sua reparação ou
substituição se possa efetuar sem
necessidade de abertura de vala, a
Zonas de circulação pedonal menos que a entidade responsável
Todas as áreas intervencionadas pela infraestrutura em questão
terão lados de extensão mínima submeta, à consideração da CML
2,00m ou a largura total do passeio e previamente ao início da inter-
quando esta for inferior a 2,00m. venção, justificação técnica em
Todas as áreas intervencionadas contrário.
terão a largura mínima de 0,50m
para cada lado da vala. Nas travessias de entradas de
garagem, a base a executar, em
As áreas dos passeios e refú- betão, terá largura no mínimo de
gios, em ilhas ou separadores, 0,30m para cada lado da vala.
das passagens para peões serão
adaptadas em conformidade com o
disposto no Plano de Acessibilidade
Áreas de Intervenção nos Pavimentos Existentes
FIG.03 - Esquema 2 - Zonas Pedonais
Pedonal da CML. Esc. 1 / 400

90º 90º

≥ 0,50 ≥ 0,50

≥ 0,50

≥0
,50

90º 90º
A
≤0,50

≥ 0,50
≥0
,50
90
º
A

90
º

Revestimento

Assentamento

Base

≥ 0,50 ≥ 0,50

Corte A-A'

áreas de intervenção nos pavimentos existentes – Zonas pedonais


infraestruturas no subsolo 3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO

A distância mínima de 10,00m As juntas longitudinais na camada


Zonas de circulação de veículos aplica-se à abertura de duas valas de desgaste não ocorrerão sob as
Pavimentos em betuminoso numa mesma intervenção, sendo marcas rodoviárias.
a distância medida entre juntas de
Todas as áreas intervencionadas pavimentação. Além do cumprimento das dimen-
terão, em face dos trabalhos a sões mínimas esquematizadas,
realizar, como largura mínima a As juntas transversais da camada a área total mínima intervencio-
largura de uma via/ fila de trânsito de desgaste ficarão com viés, rela- nada será dada pela utilização
ou os respetivos múltiplos. tivamente à secção transversal da de 1,2ton de mistura betuminosa
faixa Existentes
Áreas de Intervenção nos Pavimentos de rodagem, dado por 0,30m
FIG.04 - Esquema 2.1 - Zonas de Circulação de Veículos - Betuminosos
quente (1 amassadura).
por cada via/ fila de trânsito.
Esc. 1 / 400

Em qualquer intervenção com


abertura de vala em zona de
passagem para peões, indepen-
< 10,00
dentemente da extensão da vala,
os limites/ juntas de reconstrução
da camada de desgaste serão ex-
teriores e paralelos, a toda a área
A

da marca rodoviária de acordo


0,25

≥ 0,25
≥ 0,25
com o indicado, se o revestimento
B pré-existente da passagem de
0,3
0 peões for constituído por calçada
0,25
A

≥ 3,00 ≥ 10,00
90º de pedra, deve a obra reconstruí-
-lo com mistura betuminosa.
B

Em zona de estacionamento
longitudinal à faixa de rodagem a
reconstrução da camada de des-
gaste atingirá toda a largura des-
se estacionamento e, no mínimo, o
comprimento de um lugar.

Em arruamento com camada de


Desgaste
desgaste aplicada há menos de 5
Ligação / Base

≥ 0,25 ≥ 0,25 ≥ 0,25 ≥ 0,25


anos a reconstrução da camada
de desgaste ocorrerá em toda
a largura da faixa de rodagem
e num comprimento mínimo de
10,00m.
Corte A-A'

Nas travessias das faixas de


rodagem e das áreas de estacio-
namento de veículos, a instalação
Marca Rodoviária
das infraestruturas de subsolo
Desgaste será efetuada de modo que a
Ligação / Base sua reparação ou substituição se
≥ 0,25 ≥ 0,25 ≥ 0,25 ≥ 0,25
possa efetuar sem necessidade de
abertura de vala, a menos que a
entidade responsável pela infra-
estrutura em questão submeta,
Corte B-B' à consideração da CML e previa-
mente ao início da intervenção,
áreas de intervenção nos pavimentos existentes
Zonas de circulação de veículos – betuminosos
justificação técnica em contrário.
3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO infraestruturas no subsolo

Pavimentos em calçada para peões, independentemente da efetuada de modo que a sua repa-
Todas as áreas intervencionadas extensão da vala, os limites/ juntas ração ou substituição se possa efe-
terão uma extensão mínima de de reconstrução do revestimento tuar sem necessidade de abertura
2,00m. serão exteriores e paralelos, a toda de vala, a menos que a entidade
a área da marca rodoviária de responsável pela infraestrutura em
Todas as áreas intervencionadas acordo com o indicado. questão submeta, à consideração
terão a largura mínima de 0,50m da CML e previamente ao início da
para cada lado da vala. Nas travessias das faixas de intervenção, justificação técnica em
rodagem e das áreas de estacio- contrário.
Em qualquer intervenção com aber- namento de veículos, a instalação
tura de vala em zona de passagem das infraestruturas de subsolo Áreas deserá
Intervenção nos Pavimentos Existentes
FIG.05 - Esquema 2.2 - Zonas de Circulação de Veículos - Calçadas
Esc. 1 / 400

C C ≥
0,

A
50

50

50
0,

0,


90º 90º
≥0
,50

A

2,
≥ 2,00 00

Assentamento

Base

≥ 0,50 ≥ 0,50

Corte A-A'

Marca Rodoviária

Assentamento
Base
≥ 0,00 ≥ 0,50 ≥ 0,50 ≥ 0,00

Corte C-C'

áreas de intervenção nos pavimentos existentes


Zonas de circulação de veículos – calçadas
infraestruturas no subsolo 3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO

Pavimentos tipo em Zonas de Estacionamento


valas de Veículos Ligeiros

Os pavimentos tipo seguintes são Pavimentos em cubos de pedra


apenas para aplicação em valas. natural
1
Cubos de pedra natural,
Pressupõem a existência de fun- reutilizados da obra ou novos,
dação de elevadas características idênticos aos existentes, limpos,
mecânicas dadas pela aplicação de isentos de terras e não polidos,
agregado britado de granulometria com aresta mínima de 0,10m e
extensa, simples ou com cimento, estereotomia análoga à existen-
na camada de aterro principal, em te, salvo se forem dadas outras
conformidade com a vala tipo. indicações pela CML nas condições
de licença. Estereotomia análoga à
existente, caso não seja estabele-
cida outra pela CML nas condições
de licença.

2
Juntas de abertura máxima de
0,005m preenchidas com pó
de pedra.

3
Camada de assentamento em
mistura de pó de pedra com
3% de cimento/m3 mistura – traço
1:30 (volume) com espessura de
0,04m.

4
Camada de base em agregado
britado, natural ou reciclado
de granulometria extensa com
espessura mínima de 0,30m (apli-
cada em subcamadas) ou igual à
Áreas de Intervenção nos Pavimentos Existentes
existente
FIG.06 - Esquema 3A1 se esta for superior.
Zonas de Estacionamento de Veículos Ligeiros
Cubos de Pedra Natural
Esc. 1 / 150

0,005 ou 0,008 (máx)


0,10(mín)

1 2 3 4

0,04
0,30(mín)

aterro principal de vala


áreas de intervenção nos pavimentos existentes
Zonas de estacionamento de veículos ligeiros – cubos de pedra natural
Zonas de Estacionamento de Veículos Ligeiros
Cubos de Pedra Natural
Esc. 1 / 150
3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO infraestruturas no subsolo

Pavimentos em blocos de 0,003 (máx)


betão

0,08(mín)
Blocos de betão, reutilizados 1 2 3 4
1
da obra ou novos, limpos e
isentos de terras, com camada de
revestimento/ acabamento superior, 0,03

0,30(mín)
geometria em planta e estereoto-
mia análogos aos existentes e de
espessura não inferior a 0,08m,
salvo se forem dadas outras indi-
cações pela CML nas condições de
licença. Os novos blocos de betão, aterro principal de vala
além das características definidas
áreas de intervenção nos pavimentos existentes
na parte escrita deste regulamento,
Zonas de estacionamento de veículos ligeiros – cubos de pedra natural
terão Carga de Rotura = 450 N/mm
(mín.) declarada.

2
Juntas de abertura máxima
de 0,003m preenchidas com
areia de esboço, lavada.
4
Camada de base em agregado
3
Camada de assentamento em britado, natural ou reciclado
mistura de areia grossa, do de granulometria extensa com
rio, lavada, com 3% de cimento/m3 espessura mínima de 0,30m (apli-
de mistura – traço 1:30 (volume) cada emÁreas de Intervenção nos Pavimentos Existentes
subcamadas) ou igual à
FIG.08 - Esquema 3A3
com espessura de 0,03m. existenteZonas
sedeesta for superior.
estacionamento de veículos ligeiros
Betuminosos
Esc. 1 / 150

Pavimentos em betuminoso
Betão betuminoso com espes- 1 2 3
1
0,05

sura de 0,05m.

2
Rega de colagem em emulsão
betuminosa catiónica rápi-
0,30(mín)

da modificada do tipo C 60 BP 4
(ECR1-mod) com taxa de aplicação
de 0,8 Kg/m2.

3
Camada de base em agregado aterro principal de vala
britado, natural ou reciclado
áreas de intervenção nos pavimentos existentes
de granulometria extensa com Zonas de estacionamento de veículos ligeiros – betuminoso
espessura mínima de 0,30m (apli-
cada em subcamadas) ou igual à
existente se superior.

Abertura à utilização no mínimo 2


horas após a conclusão do pavi-
mento.


FIG.09 - Esquema 3B1
Zonas exclusivamente pedonais
Cubos de pedra natural de aresta até 7 cm
infraestruturas no subsolo 3.1 IMPLANTAÇÃO Esc. 1 /DE
150 INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO

0,003 ou 0,005 (max)

idêntico ao
Zonas exclusivamente pedonais

existente
1 2 3 4
Pavimentos em pedra natural
de aresta até 7cm
1
Pedras, reutilizadas da obra 0,04
ou novas, idênticas às exis-

0,20(mín)
tentes, limpas, isentas de terras,
não polidas e estereotomia análoga
à existente, salvo se forem dadas
outras indicações pela CML nas
condições de licença. aterro principal de vala

2
Juntas de abertura máxima áreas de intervenção nos pavimentos existentes
de 0,003m preenchidas com Zonas exclisivamente pedonais – cubos de pedra natural de aresta até 7cm

pó de pedra calcária limpo, isento


de terras, em geral. Em faixa de
1,00m na vertical de beirais ou
quando a calçada existente circun-
dante à área de intervenção tiver traço 1:30 (volume) com espessura 4
Camada de base em agregado
as juntas com mistura de cimento, de 0,04m, em geral. Em faixa de britado, natural ou reciclado
com juntas de abertura máxima de 1,00m na vertical de beirais ou de granulometria extensa com
0,005m e preenchidas com mistura quando a calçada existente circun- espessura mínima de 0,20m (apli-
de cimento e areia fina do rio lava- dante à área de intervenção tiver cada em subcamadas) ou igual à
da ao traço 1:2 (volume). as juntas com cimento, camada de existente se superior.
assentamento emÁreas
mistura de nos
de Intervenção ci-Pavimentos Existentes
FIG.10 - Esquema 3B2
Camada de assentamento em mento e areia grossa do
Zonasrio lavadapedonais
exclusivamente
3 Blocos de betão
mistura de pó de pedra com ao traço 1:3 (volume) com espessu-
Esc. 1 / 150
3% de cimento/m3 de mistura – ra de 0,04m.  

Pavimentos em blocos 0,003 (máx)


de betão
0,06(mín)

Blocos de betão, reutilizados da 1 2 3 4


1
obra ou novos, limpos, isentos
de terras com camada de revesti-
mento/ acabamento superior, geome- 0,03
tria em planta e estereotomia aná-
0,20(mín)

logos aos existentes, de espessura


não inferior a 0,06m, salvo se forem
dadas outras indicações pela CML
nas condições de licença. Os novos
blocos de betão, além das caracterís- aterro principal de vala
ticas definidas na parte escrita deste áreas de intervenção nos pavimentos existentes
regulamento, terão Carga de Rotura Zonas exclisivamente pedonais – blocos de betão
= 390 N/mm (mín.) declarada.

2
Juntas de abertura máxima
de 0,003m preenchidas com
areia fina, de esboço, lavada.
4
Camada de base em agregado
Camada de assentamento em britado, natural ou reciclado
3 de granulometria extensa com
mistura de areia grossa, do
rio, lavada, com 3% de cimento/m3 espessura mínima de 0,20m (apli-
de mistura – traço 1:30 (volume) cada em subcamadas) ou igual à
com espessura de 0,03m. existente se superior.
Zonas pedonais sujeitas a tráfego de veículos (Entradas de Garagem)
Cubos de pedra natural
Esc. 1 / 150
3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO infraestruturas no subsolo

0,008 (máx)

0,10(mín)
Zonas pedonais sujeitas a
tráfego de veículos [entradas 6 1 2 3 4 5
de garagem]

Pavimentos em cubos de pedra 0,04

0,15(mín) 0,15(mín)
natural de aresta 10/10cm ou
9/11cm
1
Cubos de pedra natural,
reutilizados da obra ou novos,
idênticos aos existentes limpos,
isentos de terras e não polidos,
com aresta mínima de 0,10m e
estereotomia análoga à existen-
te, salvo se forem dadas outras aterro principal de vala
indicações pela CML nas condições
áreas de intervenção nos pavimentos existentes – Zonas pedonais sujeitas a tráfego de
de licença. veículos (entradas de garagem) – cubos de pedra natural

2
Juntas de abertura máxima
de 0,008m preenchidas com
Camada de base em betão Camada de sub-base em
mistura de cimento e areia, do rio, 4 5
pobre cilindrado com espes- agregado britado, natural ou
lavada ao traço 1:2 (volume).
sura mínima de 0,15m, armada reciclado, de granulometria extensa
inferiormente com 6 rede eletros- com espessura mínima de 0,15m
Camada de assentamento em Áreas de Intervenção nos Pavimentos Existentes
3 soldada em malha quadrada com ou igual à existente se superior.
mistura de cimento e areia FIG.12 - Esquema 3B4
arames de
Zonas pedonais em aço A500sujeitas
Áreas Históricas de diâmetro
a tráfego de veículos ligeiros (Entradas de Garagem)
grossa do rio lavada ao traço 1:3 Cubos de pedra natural (de aresta até 7 cms em calçada com motivos)
3,8mm e 0,15m de afastamento.
Esc. 1 / 150
Abertura ao trânsito, no mínimo, 3
(volume) com espessura de 0,04m.
dias após a conclusão do pavimento.

Pavimentos em pedra natural 0,005 (máx)


idêntico ao

de aresta até 7cm


existente

6 1 2 3 4 5
1
Pedras, reutilizadas da obra
ou novas, idênticas às exis-
tentes, limpas, isentas de terras e 0,04
não polidas e estereotomia análoga
0,15(mín) 0,15(mín)

à existente, salvo se forem dadas


outras indicações pela CML nas
condições de licença.

2
Juntas de abertura máxima de
0,003m (pedra de aresta 3/5
cm) ou 0,005m (pedra de aresta
5/7 cm) preenchidas com mistura
aterro principal de vala
de cimento e areia, do rio, lavada
ao traço 1:2 (volume). áreas de intervenção nos pavimentos existentes – Zonas pedonais em áreas históricas
sujeitas a tráfego de veículos ligeiros (entradas de garagem) – cubos de pedra natural
(de aresta até 7cm em calçada com motivos)
3
Camada de assentamento em
mistura de cimento e areia
grossa, do rio, lavada ao traço 1:3 soldada em malha quadrada com com espessura mínima de 0,15m
(volume) com espessura de 0,04m. arames de aço A500 de diâmetro ou igual à existente se superior.
3,8mm e 0,15m de afastamento.
Camada de base em betão Abertura ao trânsito, no mínimo, 3
4
pobre cilindrado com espes- 5
Camada de sub-base em dias após a conclusão do pavimen-
sura mínima de 0,15m, armada agregado britado, natural ou to.
inferiormente com 6 rede eletros- reciclado de granulometria extensa
Zonas pedonais sujeitas a tráfego de veículos (Entradas de Garagens)
Blocos de betão
Esc. 1 / 150
infraestruturas no subsolo 3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO

Pavimentos em blocos de 0,003 (máx)

0,08(mín)
betão
Blocos de betão, reutilizados 6 1 2 3 4 5
1
da obra ou novos, limpos e
isentos de terras, com camada de
revestimento/ acabamento supe- 0,03

0,15(mín) 0,15(mín)
rior, geometria em planta e este-
reotomia análogas à existente em
planta, de espessura não inferior a
0,08m, salvo se forem dadas ou-
tras indicações pela CML nas condi-
ções de licença. Os novos blocos de
betão terão Carga de Rotura = 450
N/mm (mín.) declarada.
aterro principal de vala
2
Juntas de abertura máxima
áreas de intervenção nos pavimentos existentes – Zonas pedonais sujeitas a tráfego de
de 0,003m preenchidas com veículos (entradas de garagem) – blocos de betão
mistura de cimento e areia fina,
de esboço, lavada, ao traço 1:2
(volume).
4
Camada de base em betão 5
Camada de sub-base em
pobre cilindrado com espes- agregado britado, natural ou
Camada de assentamento em
3 sura mínima de 0,15m, armada reciclado, de granulometria extensa
mistura de cimento e areia 6 Pavimentos
inferiormente com nos
Áreas de Intervenção rede eletros-
Existentes com espessura mínima de 0,15m
grossa, do rio, lavada, ao traço 1:3 FIG.14 - Esquema 3C1
soldada em malha quadrada com ou igual à existente se superior.
(volume) com espessura de 0,03m. Vias/filas da Rede Rodoviária de 2º Nível (Rede de Distribuição Principal)
arames de aço A500 de
Betuminosos
Esc. 1 / 150
diâmetro
3,8mm e 0,15m de afastamento. Abertura ao trânsito, no mínimo, 3
dias após a conclusão do pavimento.
0,04/0,05

0,20(mín)

Vias/ filas da Rede Rodoviária 1 2 3 4 5


de 2.º Nível | Rede de
Distribuição Principal

Pavimentos em betuminoso
Camada de desgaste em 0,16
1
betão betuminoso de tipologia
0,30(mín)

análoga à existente e com espes-


sura de 0,04m/ 0,05m, salvo se
forem dadas outras indicações pela
CML nas condições de licença.
aterro principal de vala
2
Rega de colagem com emul-
áreas de intervenção nos pavimentos existentes – vias/filas da rede rodoviária de 2.º
são betuminosa catiónica
nível (rede de distribuição principal) – betuminosos
rápida modificada do tipo C 60 BP
4 (ECR1–mod) com taxa de aplica-
ção de 0,6Kg/m2. 4
Rega de colagem com emul- de cimento/m3 de mistura (60Kg/
são betuminosa catiónica m3 de mistura) com espessura
Camada de ligação/ base em rápida modificada do tipo C 60 BP mínima de 0,30m (aplicada em
3
mistura betuminosa a quen- 4 (ECR1–mod) com taxa de aplica- subcamadas) ou igual à existente
te do tipo AC20 base ligante (MB) ção de 0,8Kg/m2. se superior.
(Macadame Betuminoso Fuso A)
com espessura de 0,17m/ 0,16m 5
Camada de sub-base em Abertura ao trânsito, no mínimo, 2
(aplicada em 2 subcamadas). agregado britado de granu- horas após a conclusão do pavi-
lometria extensa tratado com 3% mento.
Betuminosos
Esc. 1 / 150
3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO infraestruturas no subsolo

0,04/0,05

0,17(mín)
Vias/ filas da Rede Rodoviária 1 2 3 4 5
de 3.º e 4.º Nível | Rede de
Distribuição Secundária e Rede
de Proximidade
0,13
Pavimentos em betuminoso
Camada de desgaste em

0,30(mín)
1
betão betuminoso de tipologia
análoga à existente e com espes-
sura de 0,04m/ 0,05m, salvo se
forem dadas outras indicações pela
CML nas condições de licença. aterro principal de vala
áreas de intervenção nos pavimentos existentes
2
Rega de colagem com emul-
vias/filas da rede rodoviária de 3.º e 4.º nível (rede de distribuição secundária
são betuminosa catiónica e de distribuição local/rede de proximidade) – betuminosos
rápida modificada do tipo C 60 BP
4 (ECR1–mod) com taxa de aplica-
ção de 0,6Kg/m2. Rega de colagem com emul- de cimento/m3 de mistura (60 Kg/
4
são betuminosa catiónica m3 de mistura) com espessura
3
Camada de ligação/ base em rápida modificada do tipo C 60 BP mínima de 0,30m (aplicada em
mistura betuminosa a quen- 4 (ECR1–mod) com taxa de aplica- subcamadas) ou igual à existente
te do tipo AC20 base ligante (MB) ção de 0,8Kg/m2. se superior.
Áreas de Intervenção nos Pavimentos Existentes
(Macadame Betuminoso Fuso A) FIG.16 - Esquema 3C3
Vias/filas da Rede Rodoviária de 4º Nível (Rede de Distribuição Local / Rede de Proximidade)
com espessura de 0,12m/ 0,13m Camada de sub-base em Abertura ao trânsito, no mínimo, 2
Cubos de pedra natural
5 Esc. 1 / 150
(aplicada em 2 subcamadas). agregado britado de granu- horas após a conclusão do pavi-
lometria extensa tratado com 3% mento.

0,005 ou 0,008 (máx)


Vias/ filas da Rede Rodoviária
0,10(mín)
de 4.º Nível | Rede de 1 2 3 4
Proximidade

Pavimentos em cubos de pedra 0,04


0,30(mín)

natural de aresta 10cm,


11/12cm ou 12/13cm
1
Cubos de pedra natural,
reutilizados da obra ou novos,
idênticos aos existentes, limpos,
isentos de terras e não polidos, aterro principal de vala
com aresta mínima de 0,10m lim- áreas de intervenção nos pavimentos existentes
pos e estereotomia análoga à exis- vias/filas da rede rodoviária de 4.º nível (rede de distribuição
tente, salvo se forem dadas outras local/rede de proximidade) – cubos de pedra natural
indicações pela CML nas condições
de licença.

3
Camada de assentamento 4
Camada de sub-base em
2
Juntas de abertura máxima em mistura de pó de pedra agregado britado de granu-
de 0,005m preenchidas com com 3% de cimento/m3 de mis- lometria extensa com espessura
pó de pedra. Quando a calçada tura – traço 1:30 (volume) com mínima de 0,30m (aplicada em
existente circundante à área de espessura de 0,04m. Quando a subcamadas) ou igual à existente
intervenção tiver as juntas preen- calçada existente circundante à se superior.
chidas com mistura de cimento área de intervenção tiver a camada
serão executadas de modo análogo de assentamento executada com
às existentes. mistura de cimento será executada
de modo análogo à existente.
Vias/filas da Rede Rodoviária de 5º Nível (Rede de Acesso Local)
Betuminosos
Esc. 1 / 150
infraestruturas no subsolo 3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO

0,04/0,05

0,11(mín)
Vias/ filas da Rede Rodoviária
1 2 3 4 5
de 5.º Nível | Rede de Acesso
Local

Pavimentos em betuminoso
Camada de desgaste em 0,07
1
betão betuminoso de tipologia
análoga à existente e com espes-
sura de 0,04m /0,05m, salvo se

0,20(mín)
forem dadas outras indicações pela
CML nas condições de licença. aterro principal de vala

2
Rega de colagem com emul-
são betuminosa catiónica áreas de intervenção nos pavimentos existentes
vias/filas da rede rodoviária de 5.º nível (rede de acesso local) – betuminosos
rápida modificada do tipo C 60 BP
4 (ECR1–mod) com taxa de aplica-
ção de 0,6Kg/m2. Rega de colagem com emul- cimento/m3 de mistura (60 Kg/m3
4
são betuminosa catiónica de mistura) com espessura mínima
3
Camada de ligação/ base em rápida modificada do tipo C 60 BP de 0,20m ou igual à existente se
mistura betuminosa a quen- 4 (ECR1–mod) com taxa de aplica- superior.
te do tipo AC20 base ligante (MB) ção de 0,8Kg/m2.
(Macadame Betuminoso Fuso A) Abertura ao trânsito, no mínimo, 2
Áreas de Intervenção nos Pavimentos Existentes
com espessura de 0,07m/ 0,06m. Camada de sub-base em horas
FIG.18 - Esquema 3C5 após a conclusão do pavi-
5 Vias/filas da Rede Rodoviária de 5º Nível (Rede de Acesso Local)
agregado britado de granulo- mento.
Cubos de pedra natural
metria extensa tratado com 3% deEsc. 1 / 150

Pavimentos em cubos de pedra 0,005 ou 0,008 (máx)


natural de aresta 10cm,

0,10(mín)
9/11cm ou 12/13cm (Esq.18) 1 2 3 4
1
Cubos de pedra natural,
reutilizados da obra ou novos,
idênticos aos existentes, limpos, 0,04
isentos de terras e não polidos,
com aresta mínima de 0,10m lim-
pos e estereotomia análoga à exis-
0,20(mín)

tente, salvo se forem dadas outras


indicações pela CML nas condições aterro principal de vala
de licença.
áreas de intervenção nos pavimentos existentes

2
Juntas de abertura máxima de vias/filas da rede rodoviária de 5.º nível (rede de acesso local) – cubos de pedra natural

0,005m preenchidas com pó


de pedra.
4
Camada de sub-base em
3
Camada de assentamento em agregado britado de granulo-
mistura de pó de pedra com metria extensa com espessura mí-
3% de cimento/m3 de mistura – nima de 0,20m ou igual à existente
traço 1:30 (volume) com espessura se superior.
de 0,04m.
FIG.19 - Esquema 3C6
Vias/filas da Rede Rodoviária de 5º Nível (Rede de Acesso Local)
Blocos de betão
3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO Esc. 1 / 150 infraestruturas no subsolo

Pavimentos em blocos de 0,003 (máx)


betão

0,08(mín)
Blocos de betão, reutilizados 1 2 3 4
1
da obra ou novos, limpos e
isentos de terras, com camada de
revestimento/ acabamento superior, 0,03
geometria em planta e estereoto-
mia análogos aos existentes, de es-
pessura não inferior a 0,08m, salvo

0,20(mín)
se forem dadas outras indicações
pela CML nas condições de licença. aterro principal de vala
Os novos blocos de betão terão
Carga de Rotura = 450 N/mm (mín.) áreas de intervenção nos pavimentos existentes
declarada. vias/filas da rede rodoviária de 5.º nível (rede de acesso local) – blocos de betão

Juntas de abertura máxima


2 Camada de assentamento em Camada de sub-base em
de 0,003m preenchidas com 3 4
mistura de areia grossa, do agregado britado de granulo-
areia fina, de esboço, lavada.
rio, lavada, com 3% de cimento/m3 metria extensa com espessura mí-
de mistura – traço 1:30 (volume) nima de 0,20m ou igual à existente
com espessura de 0,03m. se superior.
infraestruturas no subsolo 3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO

Vala tipo 1 2 3
0,00
As manchas de maus solos serão
substituídas até ao fundo da vala;
na faixa de rodagem ou estaciona-
mento no mínimo até à profundida-
de mínima de 1,20m mesmo que a Pavimento
cota do fundo da vala seja superior.

Materiais a aplicar sob o -1,20


pavimento:

Camada de aterro principal


Não deve ser efetuada com ma-
terial granular fino sem coesão –
areia. Aterro Principal

Caso o projeto não estabeleça


Aterro Inicial
condições específicas mais exigen-
Aterro Lateral
tes, é obrigatório, quando as valas
Camada de Assentamento
ocorram em zonas de circulação Leito de Assentamento
de veículos, de estacionamento ou
de circulação pedonal, cumprir as áreas de intervenção nos pavimentos existentes – vala tipo
seguintes condições:

●● em toda sua espessura ou até densificação, é efetuada no interior


à profundidade de 1,20m, confor- da vala apenas se esta tiver declive
me o que ocorrer primeiro - agre- que permita o escoamento das
gado britado de granulometria águas sobrante, caso contrário, o
extensa com características de sub- material é humidificado no exterior
-base, ou agregado de granulome- da vala;
tria extensa tratado com cimento
(AGEC); a aplicação de um ou outro ●● compactação: por processo me-
material será acordada previamen- cânico com equipamento compa-
te como a CML. tível com as dimensões da esca-
vação e com as caraterísticas do
●● para profundidade superior a material de enchimento e do tubo/
1,20m, produtos da escavação conduta instalado – a maço, placa
da própria vala isentos de detri- vibratória, cilindro vibratório; 0 grau
tos orgânicos, argilas, pedras ou de compactação mínimo será 98%
torrões de dimensões superiores da baridade máxima obtida no
a 3cm, caso estejam em condi- ensaio Proctor Normal.
ções de humidade que garantam a
compactação requerida; saibros de Camada de desgaste ou
1
boa qualidade; agregado britado de revestimento e camada de
granulometria extensa. assentamento

Outras camadas Camada de ligação/ base


2
Conforme condições específicas do
projeto.
3
Camada de sub-base [se
Processos construtivos: existente]
●● espalhamento: a humidificação
dos materiais não ligados, para
3.1 IMPLANTAÇÃO DE INFRAESTRUTURAS NO SUBSOLO infraestruturas no subsolo
Áreas de Intervenção nos Pavimentos Existentes
FIG.21 - Lancil tipo
Esc. 1 / 150

Passeio Faixa de rodagem


Lancil tipo Estacionamento

Os novos elementos de lancil de


pedra natural serão fornecidos 1
com secção e resistência à flexão
2
declarada para as quais a carga de
rotura será adequada para as dife-
rentes classes de utilização confor- Análogo
me a norma NP EN 1343. Em alter- ao existente
nativa, serão fornecidos com carga
de rotura declarada adequada para
as diferentes classes de utilização
conforme a mesma norma. 3

0,20
Os novos elementos de lancil de be- 0,30
(mín)
tão pré-fabricados serão fornecidos
com Resistência à Flexão = 5,0 MPa
(mín.) (Classe 2, Marcação T) e Ab-
sorção de Água = 6% (Máx.) (Classe áreas de intervenção nos pavimentos existentes – lancil tipo
2, Marcação B) declaradas confor-
me a norma NP EN 1340 e com,
Lancil, reutilizado da obra ou
no mínimo, 21 dias de idade sendo 1
novo, em material, seção e
acompanhados de documento com
acabamento análogos aos existen-
identificação do lote e sua data de
tes, salvo se forem dadas outras
fabrico, além da marcação CE;
indicações pela CML nas condições
de licença, com juntas de abertura
Os troços retos e curvos de lancil
máxima de 0,005 m preenchidas
de raio superior a 12 m serão exe-
com argamassa fluída de cimento
cutados com elementos de lancil
e areia fina, de esboço, lavada ao
retos;
traço 1:2 (volume).
Os troços curvos de lancil de raio
até 12 m serão executados com 2
Argamassa hidráulica de
elementos de lancil curvos com o cimento e areia de rio lavada
raio maior mais próximo de 0,50 ao traço 1:3 (volume).
/ 1,00 / 2,00 / 3,00 / 4,00 / 5,00 /
Fundação de lancil, de largura
6,00 / 8,00 / 10,00 / 12,00 m. Raios 3
não inferior a 0,30 m, exce-
menores que 0,50 m serão analisa-
dendo a largurado lancil e a espes-
dos caso a caso, mas executados,
sura do pavimento, no mínimo 0,10
sempre, com elementos curvos;
m e 0,20 m conforme esquemati-
Os elementos de lancil terão com- zado, em betão C16/20 (cimento:
primento 1,00 m. Nos troços curvos areia: brita ao traço 1:2:4 (volume)).
e ligações ao existente, admite-se
a utilização de elementos de com-
primento mínimo 0,50 m.
infraestruturas no subsolo 3.2. INFRAESTRUTURAS APTAS AO ALOJAMENTO DE REDES DE COMUNICAÇÕES ELECTRÓNICAS

A crescente evolução verificada nas


tecnologias de informação e comu- Ocupação e utilização
nicação tem contribuído de forma do espaço público com
3.2. significativa e positiva para uma
alteração do nosso modo de vida,
redes de comunicações
electrónicas
Infraestruturas em virtude de facilitar o acesso
imediato à informação, no espaço A ocupação e utilização do espaço
aptas ao público bem como nos nossos lares. público com redes de comunica-
ções eletrónicas está sujeita ao
alojamento Infelizmente, tal processo evolutivo
acarreta custos. Nas ultimas déca-
cumprimento das normas regula-
mentares concretas, constantes do
de redes de das, na cidade de Lisboa, tem-se
assistido a um crescendo na insta-
Regulamento de Infraestruturas em
Espaço Publico (RIEP) da Câmara
lação de cablagem de telecomuni-
comunicações cações nas fachadas dos edifícios,
Municipal de Lisboa.
públicos e privados, contribuindo
electrónicas desta forma para a descaracteri-
A ocupação e utilização do espa-
ço público, por qualquer entidade
zação do edificado e consequente- pública ou privada, com infraestru-
mente para um reforço significativo turas aptas ao alojamento de redes
da “poluição visual” existente no de comunicações eletrónicas só são
espaço público da cidade. permitidas caso se situem no solo
ou subsolo, sendo expressamente
É no sentido de suprimir ou mitigar interdita a sua utilização no espaço
o impacto que estas redes atual- aéreo.
mente detêm na imagem urbana
de Lisboa, que a Câmara Municipal A ocupação e utilização do espa-
instituiu e regulamentou normas e ço público inerente à construção,
boas práticas de intervenção, tendo ampliação e remodelação ou re-
em vista a correcta implementação paração das infraestruturas acima
e utilização destas infraestruturas referida está ainda sujeita aos
na cidade. seguintes condicionamentos:

lisboa – bairro do arco do cego


3.2. INFRAESTRUTURAS APTAS AO ALOJAMENTO DE REDES DE COMUNICAÇÕES ELECTRÓNICAS infraestruturas no subsolo

Quando sejam detetadas infra-


●● deve observar as normas legais estruturas sem utilização, nome- Prazo para remoção de
e regulamentares em vigor, no-
meadamente o regime de acessi-
adamente cablagens instaladas cabos e equipamentos
em fachadas, com prejuízo para o
bilidade constante do Decreto-Lei
interesse público, nomeadamente Todas as redes aéreas ou as
n.º 163/2006, de 8 de agosto, o
para o arranjo estético do edifício instaladas à vista em fachadas de
previsto no Plano Diretor Municipal
ou para a qualidade da paisagem edifícios, pelos operadores de co-
e em planos municipais em vigor
urbana, a Câmara Municipal, comu- municações eletrónicas, de energia
para o local, o Regulamento Munici-
nica a situação ao ICP-ANACOM e elétrica ou outros, terão que ser
pal de Urbanização e Edificação de
pode intimar à realização de obras removidas pelos proprietários das
Lisboa (RMUEL);
de conservação, com remoção das redes até 31 de maio de 2017,
cablagens, de acordo com legisla- passando-as para as redes subter-
●● não pode prejudicar a utilização
ção em vigor (artigo 89.º do RJUE). râneas através da opção entre as
ou as condições de acesso a infra-
seguintes soluções:
estruturas existentes ou a instalar
A Câmara Municipal de Lisboa
no local.
notifica o proprietário do edifício ou, ●● ITUR, caleiras / galerias técnicas
no caso de não se tratar de infraes- ou multitubos municipais;
truturas que pertençam ao proprie-
Remoção de cabos, tário do edifício ou ao condomínio, a ●● Nova infraestrutura de comu-
equipamentos entidade titular ou gestora da rede nicações eletrónicas a executar
ou quaisquer de comunicações eletrónicas, para pelo(s) operador(es) nos passeios
elementos das redes proceder aos trabalhos de remoção ou vias, consoante a zona da cida-
de comunicações das cablagens necessários à conser- de;
electrónicas vação e arranjo estético do edifício.
●● Sistemas de drenagem de
Os cabos, equipamentos ou quais- Os trabalhos de remoção referidos águas residuais municipais com Ø≥
quer elementos das redes de no número anterior, por qualquer 500 mm;
comunicações eletrónicas que não entidade pública ou privada, estão
estejam a ser efetivamente utili- sujeitos ao disposto em legislação ●● Acesso a infraestruturas de co-
aplicável, nomeadamente o RIEP. municações eletrónicas já existen-
zados e cuja utilização não esteja
tes do(s) operador(es).
prevista no período de 1 ano se-
guinte, independentemente, da sua
localização ou alojamento devem
ser removidos.

lisboa – bairro dos atores


FIG.22 - Instalação tipo de rede de telecomunicações
Em fundação de lancil
Esc. 1 / 150
infraestruturas no subsolo 3.2. INFRAESTRUTURAS APTAS AO ALOJAMENTO DE REDES DE COMUNICAÇÕES ELECTRÓNICAS

Independentemente da sua locali- Passeio Faixa de rodagem


zação ou alojamento, as entidades Estacionamento
titulares ou gestoras de redes ou
infraestruturas estão obrigadas à
remoção de cabos, equipamentos
ou quaisquer elementos das suas
redes que não estejam a ser efeti-
vamente utilizados.

No caso de as entidades titulares 1


ou gestoras de redes ou infraestru-

0,20
turas não realizarem as obras ou 0,30
trabalhos necessários, a CML pode (mín)
executá-los coercivamente.

1
Multitubo de PEAD de diâme- instalação tipo de redes de telecomunicações em fundação de lancil
tro nominal 40 mm.

Número de tubos meramente


Áreas de Intervenção nos Pavimentos Existentes
indicativo. O lancil e respectiva FIG.23 - Instalação tipo de rede de telecomunicações
fundação a executar deverão estar Em atravessamento viário sob a passadeira
Esc. 1 / 150
em conformidade com o definido
no esquema com lancil tipo.

Obras em fachadas de
edifícios
As obras de conservação, alteração, Tritubo atravessamento
ampliação ou reabilitação de edi-
fícios que incidam sobre as facha-
das incluem, obrigatoriamente, a
remoção de cabos, equipamentos
ou quaisquer elementos das redes
de comunicações eletrónicas que P1

estejam apostas sobre as mesmas


e à vista, caso existam, por forma a A A

dar cumprimento ao Manual de In-


fraestruturas de Telecomunicações
em Edifícios (ITED) e ao RMUEL.

Acesso a
infraestruturas
aptas ao alojamento
de comunicações
eletrónicas propriedade Marca Rodoviária

do Município de Lisboa Desgaste

Ligação / Base
1,00

A reserva de espaço em condutas


e outras infraestruturas existen-
tes no espaço público é efetuada Tritubo (126x40mm)

em função do respetivo limite de


capacidade. Corte A-A'

instalação tipo de redes de telecomunicações em atravessamento viário sob a passadeira


3.2. INFRAESTRUTURAS APTAS AO ALOJAMENTO DE REDES DE COMUNICAÇÕES ELECTRÓNICAS infraestruturas no subsolo

As ligações para uso exclusivo do 21 de Maio, na redação que lhe foi


Município, no âmbito dos sistemas dada pela Lei n.º 47/2013, de 10
nacional, regional ou municipal de de Julho.
proteção civil ou equiparado, preva-
lecem sobre as demais. A atribuição de direito de passa-
gem em bens de domínio público
A atribuição de direito de acesso a municipal, às empresas de comu-
infraestruturas aptas ao alojamen- nicações eletrónicas, é realizada
to de comunicações eletrónicas que através de licença de ocupação e
sejam propriedade do Município utilização do domínio público, sen-
de Lisboa, depende de aprovação do a sua autorização decorrente de
do Presidente da Câmara Munici- autorização municipal, de acordo
pal de Lisboa e, além do presente com o estipulado nos art.º 30º e
regulamento, observa o disposto 31º do RIEP.
no Decreto-Lei n.º 123/2009, de

lisboa – bairro do arco do cego

lisboa – bairro dos atores


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iluminação pública 4

Esta questão é hoje tão importante


para a vida urbana que algumas ci-

4
dades europeias dispõem já de pla-
Introdução nos de iluminação, sendo de des-
tacar o “Plan Lumière” da cidade
francesa de Lyon que é atualmente
A iluminação pública constitui um uma referência mundial em termos
importante elemento de valorização de paisagem urbana noturna.
do espaço urbano nas suas múlti-
Entende-se como iluminação públi-
plas vertentes, entre elas a per-
ca todo o tipo de iluminação que se
ceção e o uso da cidade; é graças
destina a satisfazer as necessida-
à iluminação pública que o tempo
des de funcionamento e utilização
da vida da cidade pode ser fluido
do espaço público ou dos espaços
e contínuo, tendo deixado de ser
privados com uso público de acesso
condicionado pelas horas
livre. A iluminação pública é, na Ci-
de sol e passou a depender daquilo
Iluminação que todos nós queiramos nela fazer.
dade de Lisboa, da responsabilida-
de do Município, estando a gestão
Pública A iluminação pública é por isso um da rede de abastecimento atribuída
à respetiva concessionária.
bem essencial à qualidade de vida
e à fruição do espaço público em
Tratando-se de um serviço público
condições de segurança – pedonal
que encerra em si uma reserva
e viária –, constituindo ainda um
significativa de eficiência, cabe ao
factor de valorização estética de
Município ter um papel interventivo,
edifícios, monumentos e bairros,
quer em termos da qualidade da
influenciando significativamente a
iluminação quer ao nível energéti-
leitura da cidade.

Lisboa – Praça de Londres


INTRODUÇÃO iluminação pública

co-ambiental, mediante a definição Os projetos de iluminação pública


das tecnologias a instalar, de modo deverão ser devidamente integra-
a contribuir para a redução da fatu- dos no projeto de espaço público e
ra energética. tirar partido de recursos partilha-
dos decorrentes dessa integração,
O sistema de iluminação pública nomeadamente no que concerne
é composto por equipamentos de ao índice de reflexão dos materiais
iluminação pública alimentados a aplicados e aos contributos lumino-
partir da rede pública de energia sos e reflexivos de outros compo-
elétrica, constituídos, regra geral, nentes do projecto e da envolvente
por luminária, apoio, maciço de construída, bem como à localização
fundação, acessórios e respetiva ou utilização de elementos obs-
instalação elétrica. trutivos do fluxo luminoso, relati-
vamente ao que se relaciona com
Contudo, conforme a especificidade a implantação da arborização e
da situação em presença, nomea- escolha da sua espécie.
damente a largura do arruamento
em causa, devem ser adotados os Nas zonas históricas e no caso da
equipamentos de iluminação pú- realização de obras de recupera-
blica mais adequados – em coluna ção/ beneficiação do edificado ou
com ou sem braço, fixos nas facha- da rede de distribuição e ilumi-
das, suspensos por cabos, encastra- nação públicas, deve procurar-se
dos nas fachadas ou encastrados embutir as eventuais caixas e
no pavimento -, de forma a ajudar à tubagens que se encontrem nas
concretização do percurso pedonal fachadas. Este trabalho deve ser
acessível e a possibilitar a diminui- apoiado e acompanhado pelos ser-
ção do número de obstáculos no viços municipais competentes.
espaço de circulação pedonal.

Lisboa – Largo do Intendente


iluminação pública 4.1 PRINCÍPIOS GERAIS

em nenhuma circunstância, colocar


em causa os requisitos mínimos
Segurança inerentes.
4.1 Princípios Garantir a circulação segura aos Considerar a contribuição de ou-
gerais diversos utentes, com especial inci-
dência nas zonas de conflito, as quais
tras fontes de luz, existentes ou a
implantar.
devem ser destacadas, por variação
da intensidade luminosa. Considerar e propor a utilização de
A iluminação pública, enquanto pontos e/ ou superfícies retrorrefle-
componente do projeto de espaço Garantir a inexistência de zonas não toras - “olhos de gato”, balizadores,
público ou alvo de projeto indepen- iluminadas, potenciadoras de vanda- mosaicos -, colocados estrategica-
dente, deverá sempre responder a lismo e/ ou criminalidade na área de mente no espaço público, em com-
quatro objetivos principais. influência da iluminação pública. plemento à luz resultante do projeto
de iluminação pública.
Garantir a inexistência de situações
de encandeamento dos utentes dos
espaços de circulação pedonal e dos
espaços de circulação viária.
Valorização
e fruição do
espaço público
Eficiência
energética Assegurar uma adequada ilumina-
ção dos espaços de uso pedonal,
Utilizar tecnologia com uma boa atendendo às exigências específicas
relação qualidade/ custo no trinómio da sua natureza, permitindo a sua
eficiência energética, durabilidade e fruição em adequadas condições de
segurança. segurança e conforto visual.

Utilizar equipamentos dotados de sis- Destacar, por aumento ou redução da


temas reguladores de fluxo luminoso, intensidade luminosa, consoante o
remoto e/ ou local, integrados num uso previsível e sem prejuízo deste, o
sistema global de telegestão que mobiliário urbano de recreio e lazer,
permita a sua redução para os níveis os locais de estacionamento e os
mínimos admissíveis, não podendo, espaços de apoio aos utentes.

Lisboa – bairro da bica


4.1 PRINCÍPIOS GERAIS iluminação pública

Apontar, de forma integrada e não considerar a implantação dos equi- sejam de reconhecida qualidade,
intrusiva, os principais percursos e pamentos de iluminação pública de devidamente testado e certificado,
destinos. forma articulada e compatibilizada de forma a assegurar uma maior
com o arvoredo, sinalética, ventila- longevidade, uma melhor resposta
Possibilitar o destaque de pontos e ções, armários, caixas e quadros téc- às solicitações a que estão sujeitos e
elementos de interesse, sem prejuízo nicos de infraestruturas - à superfície uma optimização funcional, garan-
da sua envolvente, garantido uma ou no subsolo-, e restantes peças tindo uma fácil e pouco onerosa
melhor legibilidade e expressão no de mobiliário urbano. Com o mesmo manutenção.
tecido urbano, valorizando a sua lei- objetivo, admite-se a utilização de
tura sem esbater ou deformar a sua iluminação pública através de braços Garantir a uniformidade de equi-
volumetria. de suporte fixos nas fachadas dos pamentos de iluminação pública a
edifícios confinantes com o espaço aplicar, e dos seus diversos compo-
Garantir que a iluminação pública público ou através de luminárias sus- nentes, com vista a uma eficiente
tenha a intensidade adequada e que pensas por cabos sobre a via pública, manutenção.
não seja intrusiva para o espaço de modo a garantir a existência e
privado. continuidade do percurso acessível Utilizar equipamentos de iluminação
liberto de quaisquer obstáculos. pública equivalentes aos já utilizados
na cidade de Lisboa e que, compro-
Garantir que os equipamentos de vadamente, sejam adequados ao uso
Integração e iluminação pública a instalar consti- previsto e às intenções de projeto,
tuem um elemento neutro ou dissi- por forma a facilitar a logística ine-
manutenção dos mulado, podendo servir de suporte ou rente às operações de manutenção e
equipamentos integrar-se com outro equipamento substituição.
ou mobiliário urbano presente, sem-
Garantir que a implantação dos equi- pre que tal seja possível ou justificá- Sempre que as intervenções incidam
pamentos de iluminação pública não vel, contribuindo para a diminuição sobre áreas onde existe equipamento
constitui obstáculo ao uso do espaço da ocupação do espaço público por de iluminação pública que se revista
público, nem à sua versatilidade. Para equipamento disperso. de interesse histórico ou referencial a
isso e estando a sua implantação opção de projeto deverá ser condu-
condicionada ao respetivo traçado da Utilizar equipamentos de iluminação cente à sua conservação e adaptação
rede, bem como à área a iluminar e pública coerentes com a envolvente, técnica, recorrendo à instalação de
correspondentes efeitos luminotécni- quer em relação ao equipamento já componentes com melhor eficiência
cos pretendidos e exigíveis, a mesma existente quer em relação ao edifica- energética e, se necessário, à sua
deverá constituir um regulador ou do e mobiliário urbano em presença. eventual redistribuição espacial, em
condutor da implantação dos outros consonância com os objetivos do
equipamentos, pelo que o projeto, Garantir que os equipamentos de ilu- projeto e com as regras e critérios
preferencialmente integrado, deverá minação pública previstos no projeto, conceptuais presentes neste Manual.
incluindo todos os seus componentes,

Lisboa – Largo dona Estefânia

Lisboa – Praça D. Pedro IV (Rossio),


Teatro D. Maria II
iluminação pública 4.2 RECOMENDAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO

Recolha prévia Parâmetros


4.2 de dados técnicos
Recomendações Numa fase preliminar da elabo-
ração do projeto de iluminação
Na elaboração do projeto devem
ser considerados os parâmetros
para a pública deve ser adotada a base de
dados LX Subsolo como ferramen-
técnicos e os respetivos valores de
referência indicados no “Documen-
elaboração ta para obtenção de informação
relativamente a cadastros de redes
to de Referência para a Eficiência
Energética na Iluminação Pública”,
do projeto e demais condicionantes e, comple-
mentarmente, devem ser estabele-
de modo a se obter uma maior
eficiência energética na ilumina-
cidos os necessários contactos com ção pública da Cidade de Lisboa.
os vários agentes que, de um modo Deverá igualmente ser observada
direto ou indireto, venham a ter a “Norma Europeia de Iluminação
influência nas opções a tomar, com Pública EN 13201”.
vista a atingir o melhor resultado
final. Relativamente à temperatura de
cor, ao índice de proteção, à classe
Para o efeito, e sem prejuízo de de isolamento e ao índice de re-
outros, deverá ser obtida toda a in- sistência aos impactos, devem ser
formação necessária junto dos ser- considerados os seguintes valores:
viços municipais responsáveis pela
iluminação pública bem como junto Temperatura de Cor (K)
das várias concessionárias, nome- ●● 4000º K ± 300.º K
adamente junto da concessionária
da rede de iluminação pública. Índice de Reprodução de Cor (IRC)
●● IRC ≥ 70
Durante o trabalho de levantamen-
to de campo, deverão ser regis- Índice de Proteção (IP)
tadas todas as situações físicas ●● Luminárias de encastrar – IP ≥
passíveis de interferir com a ilumi- 67;
nação do local e que deverão ser ●● Luminárias em espaços de cir-
consideradas no desenvolvimento culação viária – IP ≥ 66;
do projeto. ●● Luminárias em espaços de cir-
culação pedonal– IP ≥ 65.
Sempre que esteja em causa a re-
moção de equipamentos de ilumi- Classe de Isolamento
nação pública existentes na área de ●● Luminárias de encastrar – Clas-
intervenção deverá essa situação se II;
ser considerada no projeto. ●● Luminárias nos restantes casos
– Classe I ou II.

Resistência aos Impactos (IK)


●● Luminárias em zonas poten-
cialmente sujeitas a vandalismo
– IK10++;
●● Luminárias nos restantes casos
– IK ≥ 08.

Boa prática – postes de iluminação pú-


blica alinhaods com a implantação dos
pilaretes e restantes elementos urbanos
4.2 RECOMENDAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO iluminação pública

●● Rácio BUG mínimo B1 U0 G1 ●● A pormenorização construtiva


Requisitos (B – Backlight / U-Uplight / G-Glare),
segundo IES TM 15-11.
deve prever uma solução de projeto
que nivele o sistema de fixação
com o pavimento e não permita
Equipamento ●● A pintura das luminárias deve que, em caso algum, os pernes de
ter em consideração as caracte- fixação possam ressaltar da cota
Além dos parâmetros técnicos rísticas da área de intervenção e do pavimento. Igual cuidado deve
anteriormente referidos, e salvo as dos equipamentos já existentes na ser garantido aquando da realiza-
situações especiais e devidamente sua envolvente, devendo utilizar- ção de obras de reperfilamento alti-
justificadas, devem, na generali- -se a cor RAL 6009 – verde, nas métrico do pavimento já existente,
dade, ser observados os seguintes Freguesias de Estrela, Misericórdia, através da realização da necessária
requisitos: Santa Maria Maior, Santo António correcção altimétrica dos candeei-
e São Vicente, e a cor RAL 7011 ros
– cinzento, em todas as restantes
Luminárias Freguesias. ●● A fixação de consolas deve ser
executada com bucha química, de
●● Corpo e capô das luminárias em forma a garantir a impermeabiliza-
liga de alumínio (injetado/ fundido). Apoios ção/ estanquicidade dos pontos de
fixação.
●● Acoplamento das luminárias ●● Alturas padronizadas de 4,00m,
compatível com o remate do apoio 6,00m, 8,00m, 10,00m e 12,00m. ●● O equipamento deve ser dotado
- tubo circular com diâmetro de de chapa numérica - numeração a
60mm -, permitindo instalação no ●● Os braços das colunas devem entregar pelos serviços municipais
topo do apoio ou em braço ou em ser rectos, ter uma inclinação de responsáveis pela iluminação públi-
consola. 5º, um comprimento de 0,50m ou ca durante a realização da obra.
1,20m e possuírem acabamento
●● Equipadas com tecnologia led idêntico ao das colunas. ●● As colunas metálicas devem ser
adequada para iluminação pública fabricadas em chapa de aço S235,
ou outra com melhor desempenho ●● O remate final cilíndrico deverá com espessura mínima de 3mm,
energético. ser constituído por um encavadouro galvanizado por imersão a quente e
de diâmetro de 60mm, para fixação a pintura ter uma espessura média
●● Equipadas com Driver regulável, de uma luminária ou de um braço. de filme seco de 170microns.
com sistema 1-10 V ou sistema
tipo “Dali”, e com sistema de comu- ●● A fixação deverá ser através de ●● A pintura dos apoios deve ter
nicação para telegestão bidirecional falange, com distâncias entre per- em consideração as característi-
em plataforma aberta. nes de 0,20m (para colunas com cas da área de intervenção e dos
altura inferior ou igual a 4,00m) e equipamentos já existentes na
●● Corrente de alimentação não de 0,30m (para colunas com altura sua envolvente, devendo utilizar-
superior a 700mA. superior a 4,00m e inferior ou igual -se a cor RAL 6009 – verde, nas
a 12,00m). Freguesias de Estrela, Misericórdia,
●● Garantia de que às 50.000 Santa Maria Maior, Santo António
horas o fluxo luminoso não seja ●● Os maciços devem respeitar as e São Vicente, e a cor RAL 7011
inferior a 70%, a uma temperatura dimensões e as distância reco- – cinzento, em todas as restantes
média ambiente de 25ºC (L70 a mendadas pelos representantes do Freguesias.
Ta=25º). equipamento de iluminação pública,
em função da altura das colunas, e ●● Em áreas ajardinadas deverá
●● Proteção contra sobretensões, dispor de pernes de fixação em aço privilegiar-se a utilização de colu-
externas ao Driver, de 10 KV que
galvanizado. nas de poliéster.
cumpra as normas EN 60598-1 e
EN 60598-2-3.
iluminação pública 4.2 RECOMENDAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO

forma a evitar a ascensão de humi-


Instalação elétrica dades ou outros elementos causa-
dores de deterioração do apoio e
●● A eletrificação das colunas deve respetiva instalação elétrica.
ser feita com cabo flexível H05VV-
-F3G2.5mm2, protegido mecanica-
mente por tubo tipo Rinoflex. Parecer Prévio
●● As caixas de portinhola ou cai- Concluído o estudo prévio, ou seja,
xas de interface EDP/ CML, a colo- definidos os tipos de equipamen-
car no interior das colunas, deverão tos, sua localização e os estudos
ser equipadas com seccionadores luminotécnicos, deverá o mesmo
porta-fusível, com corte neutro ser submetido a comunicação/
equipado com fusível cilíndrico tipo consulta prévia dos serviços muni-
gG (um por luminária) e interruptor cipais responsáveis pela iluminação Má prática – a evitar.
diferencial rearmável. pública, para efeitos de articulação O maciço e os pernes de fixação não
devem ressaltar da cota do pavimento
e compatibilização com a envolven-
●● As consolas e luminárias de te, tendo em vista à elaboração da
fixação à fachada/ muro deverão versão final do projeto a submeter
ser alimentadas por cabo A05VV- a aprovação.
-U3G2,5mm2, protegido por tubo
VD16mm.

●● A canalização elétrica e a caixa


Documentação
de ramal, para a alimentação das do projeto
consolas e luminárias de fixação à
fachada/ muro, devem ser embu- O projeto de iluminação pública
tidas. deverá ser instruído de acordo com
o estipulado no Decreto-Lei n.º
●● As luminárias de fixação a 517/80, de 31 de outubro, e conter:
fachada/ muro ou de encastrar são
obrigatoriamente alimentadas por ●● suporte digital do estudo lu-
caixa(s) de alimentação ou caixa(s) minotécnico em formato editável
de interface EDP/ CM, com as (Dialux); Boa prática
A adoptar em calçadas
mesmas proteções das caixas de
portinhola das colunas. ●● certificados e testes relativos ao
cumprimento de todas as normas
nacionais e europeias aplicáveis;
●● As luminárias de encastrar no
pavimento deverão ser alimentadas
com cabo flexível de silicone-borra- ●● certificado ENEC, para as lumi-
nárias;
cha resistente a altas temperaturas
(tipo H07RN-F), protegido em tubo
●● certificado de acabamento
corrogado (vermelho).
geral, com testes segundo a norma
ISO 12944-6, para a classe de cor-
●● Em cada coluna ou caixa de
rosividade até (C5-I) e durabilidade
alimentação deve ser colocado um
elevada (H);
sistema de terra de proteção, com
um valor máximo de 20Ω.
●● relatório fotométrico de labora-
tório independente, segundo a LM-
●● O interior da base da coluna
79-08, para todas as fotometrias
deverá ser protegida com uma ca- Boa prática
utilizadas. A adoptar em pavimentos contínuos
mada de isolamento adequado, de
4.3 RECOMENDAÇÕES PARA A EXECUÇÃO DA OBRA iluminação pública

Ligação dos
Requisitos equipamentos
4.3 à rede de alimentação
Realização da obra
Recomendações No final da obra a empresa instala-
dora deverá providenciar todos os
Os serviços municipais responsá-
para a veis pela Iluminação Pública e a
concessionária deverão ser infor-
meios técnicos e humanos para a
realização da vistoria final da obra,
execução mados antes do início da obra para
o devido acompanhamento;
com a presença de um técnico dos
serviços municipais responsáveis
da obra O equipamento e a marcação da
pela iluminação pública, tendo em
conta a necessidade de efetuar os
sua localização no terreno têm ensaios, medições e verificações.
obrigatoriamente de ser validados
pelos serviços municipais responsá- No final da obra, para efeitos
veis pela iluminação pública, antes de ligação dos equipamentos à
da sua instalação; rede de alimentação e receção
das infraestruturas, deverão ser
Em caso de intervenções que impli- apresentados e entregues todos os
quem retirada de equipamento de elementos previstos no Regulamen-
iluminação pública existente, o ma- to de Infraestruturas em Espaço
terial retirado deverá ser entregue Público, nomeadamente as telas
em depósito municipal ou em outro finais e as plantas de cadastro em
local a indicar pelos serviços muni- suporte digital, utilizando para o
cipais responsáveis pela iluminação efeito a plataforma electrónica
pública; destinada ao registo e coordenação
das intervenções no espaço público
A realização de qualquer obra de - LX Subsolo -, e ainda os seguintes
construção, ampliação, remode- documentos:
lação ou reparação da rede de
iluminação pública deverá cumprir ●● registo das medições de terra,
todas as disposições regulamen- autenticado pelo técnico responsá-
tares aplicáveis constantes do vel pela execução da instalação;
Regulamento de Infraestruturas em
Espaço Público. ●● auto de entrega do equipamen-
to de iluminação pública;

●● termo de responsabilidade pela


execução da instalação.
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sinalização

Nos locais da via pública que pos- A sinalização informativa tem por
sam oferecer perigo para o trânsito objectivo orientar quem se desloca

5
ou em que este esteja sujeito a e pretende atingir um local ou des-
precauções ou restrições especiais tino, orientando a circulação para
e sempre que se mostre aconselhá- determinados percursos na comple-
vel ou necessário dar aos utentes xa rede de caminhos alternativos.
quaisquer indicações úteis, devem
ser utilizados os respetivos sinais Sem sinalética seria mais difícil e
de trânsito. perigoso deslocarmo-nos na cidade.
Porém, o excesso de sinais e de
A sinalização do trânsito compre- informação torna a mensagem con-
ende os sinais verticais, as marcas fusa e o excesso de suportes ver-
rodoviárias, os sinais luminosos – ticais provoca o congestionamento
Sinalização Luminosa Automática dos passeios, com obstáculos que
de Trânsito (SLAT) –, a sinalização dificultam a circulação dos peões.
temporária, os sinais dos agentes
Sinalização reguladores do trânsito e os sinais
dos condutores.
Num cuidado desenho de rua,
deve-se:

Este Manual apresenta um conjun- ●● privilegiar, sempre que possí-


to de recomendações e orientações vel, a sinalização e a informação
para a sinalização do trânsito re- horizontais;
alizada através de sinais verticais,
marcas rodoviárias, sinais lumino- ●● evitar a redundância dos sinais
sos (SLAT), sinalização temporária verticais com repetições inúteis;
de obra e também para a sinaliza-
ção informativa direcional. ●● utilizar, sempre que possível, o
mesmo suporte para fixar diferente
A sinalização rodoviária, na qual informação, utilizar os de postes de
se inclui a sinalização luminosa, iluminação pública ou de semáfo-
destina-se a regular a circulação, ros como suporte da sinalização
fluxos, velocidades, interdições e a vertical, ou concentrar diferente
compatibilizar os vários modos de informação de trânsito e direcional
transporte. num mesmo suporte.

Lisboa – avenida almirante reis


SINALIZAÇÃO sinalização

Os sinais de trânsito não podem ser Mais informações


acompanhados de motivos deco- ●● perturbar a atenção do condu-
tor, prejudicando a segurança da ●● Lei n.º 72/2013, de 3 de Setem-
rativos ou de qualquer espécie de
condução; bro – Código da Estrada
publicidade comercial.

Nas vias públicas, sobre os sinais ●● dificultar, restringir ou compro- ●● Decreto Regulamentar n.º 22-
meter a comodidade e segurança A/98, de 1 de Outubro – Regula-
de trânsito ou na sua proximidade,
da circulação de peões nos pas- mento de Sinalização do Trânsito
não podem ser colocados quadros,
seios. (RST)
painéis, cartazes, focos luminosos,
inscrições, outros objetos ou meios
Os sinais de trânsito são fixados ●● Decreto Regulamentar n.º
de publicidade que possam:
no Regulamento de Sinalização do 41/2002, de 20 de Agosto – altera
Trânsito, no qual, de harmonia com o RST
●● confundir-se com os sinais de
as convenções internacionais em
trânsito ou prejudicar a sua visibili-
vigor, se especificam as formas, as ●● Decreto Regulamentar n.º
dade ou reconhecimento;
cores, as inscrições, os símbolos e 13/2003, de 26 de Junho – altera
as dimensões, bem como os respe- o RST
●● prejudicar a visibilidade nas
curvas, cruzamentos ou entronca- tivos significados e os sistemas de
mentos; colocação. ●● Regulamento de Ocupação de
Via Pública com Estaleiros de Obras
As inscrições constantes nos sinais
são escritas em português, salvo o ●● CML/ DMMT/ DGMT/ Especifica-
que resulte das convenções inter- ção Técnica ET SRT - 01
nacionais.
●● CML/ DMMT/ DGMT/ Especifica-
ção Técnica ET SRT - 05

●● CML/ DMMT/ DGMT/ Especifica-


ção Técnica ET SRT - 06

●● CML/ DMMT/ DGMT/ Especifica-


ção Técnica ET SRT - 08

lisboa – arroios lisboa – baixa


sinalização 5.1 SINAIS VERTICAIS

A utilização de sinais verticais em Os sinais verticais são colocados do


meio urbano deve, sempre que pos- lado direito ou por cima da via, no
sível do ponto de vista funcional e sentido do trânsito a que respei-
5.1 regulamentar, constituir um recurso
complementar à interpretação
tam, e orientados pela forma mais
conveniente ao seu pronto reconhe-
Sinais verticais das regras impostas pelas marcas
rodoviárias.
cimento pelos utentes.

Dentro das localidades a distância


Neste sentido, a colocação de si- entre o eixo dos postes dos sinais
nais verticais deve sempre limitar- verticais e a vertical do limite da
-se às estritas necessidades de faixa de rodagem, deverá ter como
regulação do trânsito e informação referência os 0,50m previstos no
dos condutores, devendo evitar-se Código da Estrada mas, sempre
quaisquer redundâncias ou excesso que possível e justificável, deve-
de informação. rá ser adotada uma distância de
0,30m, por forma a libertar a maior
Os sinais devem ser colocados de largura de passeio possível e a pos-
forma a garantir boas condições de sibilitar o alinhamento dos postes
legibilidade das mensagensFIG.01a,
neles 01b,
FIG.01a,
FIG.01a,
01c,sinais
dos 01d,
01b,
01b,verticais
01e
01c,
01c,-01d,
Sinais
01d,01e
pelos01e
verticais
- Sinais
- Sinaisverticais
demais verticai
contidas e a acautelar a normal cir- Dimensões Dimensões
elementos Dimensões
e implantação
e eimplantação
existentes –implantação
pilaretes,
culação e segurança dos utentes do guarda-corpos e equipamentos de
Esc. 1 / 75Esc.Esc.1 1/ 75
/ 75
espaço público – peões e veículos. iluminação pública.

01e
, 01e- Sinais
- Sinaisverticais
verticais
emplantação
implantação
/175
/ 75

Sinais Verticais – implantação


5.1 SINAIS VERTICAIS sinalização

má prática – a evitar
sinal com características, dimensões e colocação, inadequadas a situações de âmbito urbano

boa prática – a adotar boa prática – a adotar


colocação alinhada com os pilaretes utilização do equipamento de iluminação pública

Em alternativa, e igualmente com o rio, convenientemente protegidos, A altura dos sinais acima do solo
objectivo de libertar espaço no pas- por forma a garantir a segurança conta-se entre o bordo inferior do
seio quando o mesmo é estreito ou dos utentes. sinal e o ponto mais alto do pavi-
inexistente, deverá ser equacionada, mento, devendo, salvo casos excep-
caso a caso, a possibilidade e/ ou a Sempre que possível deverá cionais de absoluta impossibilidade,
vantagem de utilizar postes coloca- procurar-se, dentro dos limites manter-se uma altura uniforme dos
dos junto às fachadas dos edifícios – estabelecidos no Regulamento de sinais que, em caso algum, poderá
suporte em bandeira – ou a fixação Sinalização do Trânsito, proceder à ser inferior a 2,40m.
do sinal diretamente à fachada. concentração de vários sinais num
único poste ou à utilização de um Dentro das localidades deverá
Quando se trate de sinais coloca- outro poste já existente – equipa- evitar-se a utilização de sinais ver-
dos sobre a via, devem os mon- mento de iluminação pública ou ticais com características – forma,
tantes ou pilares ser implantados sinal luminoso – para colocação do dimensão e conteúdo – adequadas
devidamente alinhados com os sinal ou sinais. a situações de estrada e não a situ-
restantes elementos e, se necessá- ações de âmbito urbano.
sinalização 5.1 SINAIS VERTICAIS

Estes acrescentos deverão permitir


a sua aplicação em combinação
Caraterísticas Caraterísticas para os casos em que seja neces-
dos sinais dos postes sário colocar mais que um sinal em
bandeira.
Os sinais de direção devem obser- Os postes para fixação dos sinais
var as dimensões e as caraterísti- verticais devem ser em tubo de Os tubos devem ser direitos, sem
cas definidas nos quadros X e XVI ferro galvanizado de 1½”, com emendas nem soldaduras de topo
do Regulamento de Sinalização do pequenos espigões soldados numa ou orifícios, podendo estas existir
Transito (Decreto Regulamentar n.º das extremidades. apenas junto aos espigões e nos
22-A/98, de 1 de outubro). acrescentos.
Os eventuais acrescentos devem
Os símbolos e cores das setas de- ser constituídos por um tubo de fer- A pintura deve ser anticorrosiva,
vem estar de acordo com o estipu- ro galvanizado de 1½” de diâmetro executada por imersão no interior e
lado no quadro XX do Regulamento e 60cm de comprimento e por um exterior dos tubos de 1½” e no de
de Sinalização de Trânsito (Decreto tubo de 1” de diâmetro de 30cm de reforço.
Regulamentar n.º 22-A/98, de 1 de comprimento, o qual deverá estar
outubro). soldado ao primeiro por forma a Os postes devem ser pintados com
ficarem 15cm por dentro deste e uma demão de subcapa e duas
Todos os sinais, paneis e sinaléti- 15cm por fora. demãos de tinta de esmalte para
ca de direção devem ter inscrito acabamento, na cor RAL 6009 –
na sua face posterior a indicação Os acrescentos em bandeira para verde, nas Freguesias de Estrela,
“CML”, a identificação da série e poste deverão ser igualmente em Misericórdia, Santa Maria Maior,
o numero de série; esta inscrição ferro galvanizado e possuir uma Santo António e São Vicente, e na
deverá ser realizada com o mate- forma e estrutura tal que permitam cor RAL 7011 – cinzento, em todas
rial e pelo método mais adequado a fixação, nas devidas condições as restantes Freguesias.
de modo a que a sua leitura seja de segurança, de um sinal (de
possível durante todo o período de 60cm de diâmetro) e um adicional, Uma das extremidades do poste,
garantia da sinalização respectiva. devendo o tubo onde será fixada a que corresponderá à sua base,
sinalização distar 35cm do poste devera estar munida de abas, de
Os sinais são em chapa de alumí- ao qual o acrescento será aplicado. forma a prevenir, uma vez insta-
nio de liga AlMg com, pelo menos, lado, a rotação do poste sobre si
2,0mm de espessura. mesmo.

Os bordos dos sinais devem estar


eficientemente protegidos através
de moldura e aba com, pelo menos,  
1,0cm de largura.

A face principal é refletora atra-


vés da aplicação integral de telas
retrorrefletorizadas de H.I. (High
Intensity – nível 2).

A face posterior dos sinais deve ser


na cor cinzento, RAL 7047.
5.2. MARCAS RODOVIÁRIAS sinalização

As marcas rodoviárias destinam-se namento e paragem e à sinalização


a regular a circulação e a advertir e temporária, que deverão ser na cor
orientar os utentes das vias públi- amarela.
5.2. cas, podendo ser complementadas
com outros meios de sinalização. As marcas rodoviárias podem ser
Marcas As marcas rodoviárias têm sempre
materializadas por pinturas, lancis,
fiadas de calçada ou elementos
rodoviárias cor branca, com as exceções cons-
tantes do Regulamento de Sinali-
metálicos, ou de outro material,
fixados no pavimento.
zação Rodoviária e que se aplicam
às marcas reguladoras de estacio-
porto – miragaia
sinalização 5.2. MARCAS RODOVIÁRIAS

As marcas rodoviárias longitudinais As marcas longitudinais são as


distinguem-se de acordo com os seguintes:
Marcas seguintes tipos:
longitudinais ●● M1 — linha contínua: signifi-
●● MR - marcas reguladoras ou ca para o condutor proibição de
As marcas rodoviárias longitudinais prescritivas; a pisar ou transpor e, bem assim,
são linhas apostas na faixa de ro- o dever de transitar à sua direita,
dagem, separando sentidos ou vias ●● MA - marcas de advertência ou quando aquela fizer a separação de
de trânsito, e delimitando corredo- de aviso; sentidos de trânsito;
res de circulação.
●● MO - marcas de orientação ou ●● M2 — linha descontínua: signi-
De acordo com as orientações guiamento. fica para o condutor o dever de se
do Instituto da Mobilidade e dos manter na via de trânsito que ela
A necessidade ou a obrigação de delimita, só podendo ser pisada ou
Transportes as marcas rodoviárias
utilização de uma determinada transposta para efectuar manobras;
longitudinais servem:
marca rodoviária longitudinal deve
ser estabelecida de acordo com a ●● M3 — linha mista, constituída
●● para clarificar o traçado de uma
via e a largura da sua faixa de seguinte hierarquia: por uma linha contínua adjacente a
rodagem; outra descontínua: tem para o con-
●● MR – utilização necessária, dutor o significado referido em M1
com exceções ao nível da rede de ou M2, consoante a linha que lhe
●● para realçar as dimensões do
perfil transversal de uma via; acesso local; estiver mais próxima for contínua
ou descontínua;
●● para indicar a função das dife- ●● MA – utilização desejável, de-
rentes zonas da faixa de rodagem pendendo das situações; ●● M4 — linha descontínua de
– vias de trânsito, zonas de esta- aviso: é constituída por traços de
cionamento, vias de aceleração e ●● MO – utilização desejável mas largura normal com intervalos
não estritamente necessária. curtos, com o mesmo significado
de abrandamento, vias de viragem,
etc.; que a marca M2, e indica a aproxi-
Em determinadas situações a mação de uma linha contínua ou de
ausência de uma determinada passagem estreita;
●● para acentuar descontinuidades;
marca rodoviária longitudinal pode
mostrar-se, em termos de segu- ●● M5 — linhas de sentido re-
●● para melhorar a identificação de
pontos de tomada de decisão; rança rodoviária, mais eficaz do versível: são linhas delimitadoras
que a sua presença, pelo que a sua de vias de trânsito com sentido
●● para indicar possíveis opções; efetiva pertinência e necessidade reversível, constituídas por duas
deverá ser sempre ponderada caso linhas descontínuas adjacentes, e
●● para alertar os condutores para a caso. destinam-se a delimitar, de ambos
as zonas em que podem circular, os lados, as vias de trânsito nas
em que podem parar ou estacionar, Uma linha axial, por exemplo, quais o sentido de trânsito pode ser
em que a circulação dos diferentes apesar de definir claramente o alterado através de outros meios
tipos de veículos é segregada e traçado de uma via pode ter, de sinalização;
ainda para as regras de cedência simultaneamente, o efeito secun-
de passagem e para os limites de dário de aumentar as velocidades ●● M6 e M6a — linha descontínua
velocidade a respeitar; praticadas para além do desejável, de abrandamento ou de aceleração:
nomeadamente nas vias da rede de é constituída por traços largos, com
●● como ajuda para determinar acesso local. o mesmo significado que a marca
a posição relativa em relação a M2, e delimita uma via de trânsito
outros utentes da via; em que se pratica uma velocidade
diferente;
●● como ajuda para determinar a
posição de obstáculos na faixa de
rodagem ou fora dela.
5.2. MARCAS RODOVIÁRIAS sinalização

no início do corredor e repetida logo


●● M7 e M7a — linhas contínua após os cruzamentos ou entronca-
e descontínua delimitadoras de
mentos.
corredores de circulação: são cons-
tituídas por linhas largas, contínuas Na proximidade de locais que ofe-
ou descontínuas, delimitando uma reçam particular perigo para a cir-
via de trânsito e com o mesmo culação, designadamente lombas,
significado que as marcas M1 e cruzamentos, entroncamentos e lo-
M2, respectivamente; estas marcas cais de visibilidade reduzida, podem
destinam-se a identificar aquela ser utilizadas, excepcionalmente,
via de trânsito como corredor de duas linhas contínuas adjacentes,
circulação para veículos de- Marcas
FIG.02
FIG.02trans-
- Marcas
longitudinais
longitudinais
FIG.02 -que
FIG.02 Marcas têm
- Marcas o mesmo significado que a
longitudinais
longitudinais
porte público, devendo ser Esc. comple-
Esc.
1 / 200
FIG.02
1 / 200
FIG.02
FIG.02
FIG.02
- Marcas
- -Marcas
-Marcas
Marcas
Esc.Esc.
marca
longitudinais
1 / 200
longitudinais
longitudinais
1 / 200
longitudinais M1.
tadas pela inscrição «BUS», aposta Esc.
Esc.
Esc.
Esc.
1 1/ 1200
/1/200
/200
200

m1 m2 m3 m4 m5

Marcas rodoviárias longitudinais:

M1 - Linha contínua
M2 - Linha descontínua
M3 - Linha mista
M4 - Linha descontínua de aviso
M5 - Linha de sentido reversível
M6 - Linha descontínua de abrandamento
M6a - Linha descontínua de aceleração
M8 - Linha contínua
M9 - Linha descontínua

Largura das marcas longitudinais:

0,15m na Rede Viária de 1º e 2º Nível


0,10m na Rede Viária de 3º, 4º e 5º Nível m6 m6a m7 m7a
e arruamentos locais
Marcas
Marcas
rodoviárias
rodoviárias
longitudinais:
longitudinais:
Marcas
Marcas
rodoviárias
rodoviárias
longitudinais:
longitudinais:

M1 -M1
Linha
- LinhaMarcas
Marcas
Marcas
Marcas
contínua
contínua rodoviárias
rodoviárias
rodoviárias
rodoviárias
M1 -M1 longitudinais:
- longitudinais:
Linha longitudinais:
longitudinais:
Linha
contínua
contínua
M2 -M2
Linha
- Linha
descontínua
descontínua M2 -M2Linha
- Linha
descontínua
descontínua
M3 -M3
Linha
- LinhaM1
M1
M1
mista -M1
Linha
-
mista -Linha
-Linha
Linha
contínua
contínua
contínua
contínua
M3 -M3Linha
- Linha
mista mista
M4 -M4
Linha
- LinhaM2
M2
M2-M2
Linha
- -
descontínuaLinha
-Linha
descontínuaLinha
descontínua
descontínua
descontínua
deM4descontínua
aviso
de-M4
Linha
aviso
- Linha
descontínua
descontínua
de aviso
de aviso
M5 -M5
Linha
- LinhaM3
M3
M3-M3
Linha
-
de sentido-Linha
-Linha
de sentido Linha
mista
mista
mista
mista
reversível
M5
reversível
-M5
Linha
- Linha
de sentido
de sentido
reversível
reversível
M6 -M6
Linha
- LinhaM4
M4
M4-M4
Linha
- -Linha
descontínua -Linha
descontínuaLinha
descontínua
descontínua
de descontínua
M6descontínua
abrandamento
de-M6
Linha dede
abrandamento
- Linha de
aviso
de
aviso
aviso
aviso de abrandamento
descontínua
descontínua de abrandamento
M6a M6a
- Linha M5
M5
- LinhaM5-M5
Linha
- -Linha
descontínua-Linha
Linha
descontínua de
de
dede
sentido
de
M6asentido
sentido
-sentido
aceleração
de
M6a
Linha-reversível
reversível
reversível
aceleraçãoreversível
Linha
descontínua
descontínua
de aceleração
de aceleração
M8 -M8
Linha
- LinhaM6
M6
M6-M6
contínuaLinha
- -Linha
-Linha
Linha
descontínua
contínua M8 -M8descontínua
descontínua
descontínua
Linha
- Linhadede
de
abrandamento
de
abrandamento
abrandamento
contínua abrandamento
contínua
Limite
da curva

sinalização 5.2. MARCAS RODOVIÁRIAS

FIG.03 - Marcas rodoviárias transversais


Esc. 1 / 200

Eixo de via Eixode


Eixo devia
via

Marcas Alinhamento

transversais do lancil

As marcas rodoviárias transversais,


apostas no sentido da largura das
faixas de rodagem e que podem
Limite
ser complementadas por símbolos
Limite
da curva
Limite
dacurva
da curva
ou outras inscrições, são as seguin-
tes:
m8
●● M8 e M8a — linha de paragem
e linha de paragem com símbo-
lode«STOP»:
Eixo via consiste numa linha Eixo de via Mediana do raio de curvatura

transversal contínua e indica o


local de paragem obrigatória; esta Alinhamento
linha pode, em entroncamentos e do lancil

cruzamentos localizados na rede


viária de 1.º, 2.º e 3.º Níveis, ser
reforçada pela inscrição «STOP» no
pavimento;
Limite Limite
da curva da curva
●● M9 e M9a — linha de cedência
de passagem e linha de cedência
de passagem com símbolo triangu-
lar: consiste numa linha transversal FIG.03 - Marcas rodoviárias transversais m8a
descontínua e indica o local da Esc. 1 / 200

eventual paragem para cedência


Eixo de via Eixo de via
de passagem; esta linha pode, em
entroncamentos ou cruzamentos
Alinhamento
localizados na rede viária de 1.º, do lancil
2.º e 3.º Níveis, ser reforçada pela
marca no pavimento do símbolo
constituído por um triângulo com a
base paralela à mesma;
Limite Limite
da curva da curva

m9a FIG.03 - M

Eixo de via Eixo de via Mediana do raio de curvatura


Eixo de via

Alinhamento
do lancil

Limite Limite
da curva Limite
da curva
da curva

m9

Eixo de via
FIG.04a - Marcas rodoviárias transversais
5.2. MARCAS RODOVIÁRIAS sinalização

Esc. 1 / 200
●● M10 e M10a — passagem para
ciclistas: é constituída por quadra-
dos ou paralelogramos e indica o
local por onde os ciclistas devem
fazer o atravessamento da faixa de

FIG.04a - Marcas rodoviárias transversais


rodagem;

●● M11 — passagem para peões: é

Esc. 1 / 200
constituída por barras longitudinais
paralelas ao eixo da via, alternadas
por intervalos regulares, e indica
o local por onde os peões devem
efetuar o atravessamento da faixa
de rodagem.

As passagens para ciclistas que


atravessam os espaços de circula-
ção rodoviária devem, para além m10

das marcas regulamentares– M10


e M10a –, por questões de se-
gurança e de forma a garantir a
elevada visibilidade das mesmas,
ser sempre pintadas na cor verde

FIG.04b - Marcas rodoviárias transversais


– RAL 6028. Mesmo nas situações
em que a faixa ou a pista ciclável
não se encontra pintada ao longo

Esc. 1 / 200
do seu percurso, no cruzamento
deverá sempre sê-lo.

As passadeiras de peões devem


sempre atravessar a faixa ou a pis-
ta ciclável, devendo a pintura das
barras longitudinais e das linhas de
paragem – marcas M8, M8a e M11

FIG.04b - Marcas rodoviárias transversais


– sobrepor-se à pintura da faixa ou
FIG.05 - Marcas rodoviárias transversaisFIG.05 m10A
- Marcas rodoviárias transversais
da pista ciclável. Esc. 1 / 200 Esc. 1 / 200

Esc. 1 / 200

m11 m11
sinalização 5.2. MARCAS RODOVIÁRIAS

FIG.06 - Marcas rodoviárias transversais


Esc. 1 / 200

marcas rodoviárias tranversais


passagem para ciclistas
5.2. MARCAS RODOVIÁRIAS sinalização

A proibição imposta pelas marcas


●● M13 – linha descontínua junto M12 e M13 pode também limitar-
Marcas ao limite da faixa de rodagem: indi-
ca que é proibido estacionar desse
-se no tempo ou a determinada
reguladoras de lado da faixa de rodagem e em
espécie de veículos, de acordo com
as indicações constantes de sinali-
estacionamento toda a extensão dessa linha;
zação vertical.
e paragem ●● M13a – linha descontínua sobre Para delimitar os lugares destina-
o bordo do passeio: indica que é
Para regular o estacionamento e a dos ao estacionamento de veículos
proibido estacionar sobre o passeio
paragem podem ser utilizadas as podem ser utilizadas linhas contí-
e em toda a extensão dessa linha;
seguintes marcas rodoviárias, de nuas ou descontínuas de cor bran-
cor amarela: ca, paralelas, perpendiculares ou
●● M14 – linha em ziguezague:
oblíquas ao eixo da via e definindo
significa a proibição de estacionar
●● M12 – linha contínua junto ao espaços com forma de rectângulo
do lado da faixa de rodagem em
limite da faixa de rodagem: indica ou de paralelogramo [ver 1.4. Espa-
que se situa esta linha e em toda a
que é proibido parar ou estacionar ços de estacionamento].
extensão da mesma;
desse lado da faixa de rodagem e
em toda a extensão dessa linha; ●● M14a – paragem e estaciona-
mento para cargas e descargas: área
●● M12a – linha contínua sobre constituída e delimitada por linhas
o bordo do passeio: indica que é contínuas de cor amarela; significa a
proibido parar ou estacionar sobre proibição de paragem e estaciona-
o passeio e em toda a extensão mento na área demarcada, excepto
dessa linha; para efectuar cargas e descargas.

FIG.07
FIG.07
FIG.07---Marcas
Marcas
Marcasrodoviárias
rodoviárias
rodoviáriastransversais
transversais
transversais FIG.08
FIG.08
- Marcas
- Marcas
rodoviárias
rodoviárias
transversais
transversais
Esc.
Esc.
Esc.111/ //200
200
200 Esc.Esc.
1 / 200
1 / 200

m12 m12a m13 m13a m14 m14a


linha
Marcas
Marcas
Marcas contínua
rodoviárias
rodoviárias
rodoviárias junto
longitudinais
longitudinais
longitudinais linha contínua linha descontínua linha descontínua Marcas
Marcas
rodoviárias
rodoviárias
longitudinais
longitudinais Paragem e
ao limite da faixa de sobre o bordo do junto ao limite da sobre o bordo do Linha em estacionamento para
M12
M12
M12---Linha
Linha
Linhacontínua
contínua
contínuajunto
junto
juntoao
ao
aolimite
limite
limiteda
da
dafaixa
faixa
faixade
de
derodagem
rodagem
rodagem M14M14
- Linha
- Linha
em ziguezague
em ziguezague
rodagem
M12a
M12a
M12a---Linha
Linha
Linhacontínua
contínua
contínuasobre
sobre
sobrebordo
bordo
bordodo do
passeio
dopasseio
passeio
passeio
faixa de rodagem passeio ziguezague cargas e descargas
M14a
M14a
- Paragem
- Paragem
e estacionamento
e estacionamento
parapara
cargas
cargas
e descargas
e descargas
M13
M13
M13---Linha
Linha
Linhadescontínua
descontínua
descontínuajunto
junto
juntoao
ao
aolimite
limite
limiteda
da
dafaixa
faixa
faixade
de
derodagem
rodagem
rodagem
M13s
M13s
M13s---Linha
Linha
Linhadescontínua
descontínua
descontínuasobre
sobre
sobrebordo
bordo
bordodo do
dopasseio
passeio
passeio Largura
Largura
das das
marcas
marcas
longitudinais:
longitudinais:
Largura das marcas: 0,15m
0,15m
na Rede
na Rede
Viária
Viária
de 1ºdee 1º
2º eNível
2º Nível
0,10m
0,10m
na Rede
na Rede
Viária
Viária
de 3º,
de4º3º,e 4º
5º eNível
5º Nível
e e
Largura
Largura
Larguradas
das
dasmarcas
marcas
marcaslongitudinais:
longitudinais:
longitudinais: arruamentos
arruamentos
locais
locais
0,15m
0,15m
0,15mna
na
naRede
Rede
RedeViária
Viária
Viáriadede
de1º1º
1ºeee2º2º
2ºNível
Nível
Nível
0,15m na Rede Viária de 1º e 2º Nível
0,10m na Rede Viária de 3º, 4º e 5º Nível e arruamentos locais
sinalização FIG.09
FIG.09
FIG.09
5.2. MARCAS - Marcas
- Marcas
- Marcas
RODOVIÁRIASorientador
orientad
orient
Setas
Setas
Setas
modelo
modelo
modelo
para
para
para
pintura
pintura
pintura
nono
pan
Esc.
Esc.
Esc.
1 /1200
/1200
/ 200

Marcas
orientadoras
de sentidos de
trânsito
As marcas rodoviárias orientado-
ras de sentidos de trânsito são as
seguintes: FIG.09
FIG.09
- Marcas
- Marcas
orientadoras
orientadoras FIG.09
FIG.09- -Marcas
Marcasorieor
Setas
Setas
modelo
modelo
para
para
pintura
pintura
nono
pavimento
pavimento Setas
Setasmodelo
modeloparaparapintur
pintu
●● Setas de selecção — M15, Esc.
Esc.
1 /1200
m15
/ 200
m15a m15b Esc.
Esc.11/ /20
20
M15a, M15b, M15c, M15d, M15e e
M15f: utilizam-se para orientar os
sentidos de trânsito na proximidade
de cruzamentos ou entroncamentos
e significam, quando apostas em
vias de trânsito delimitadas por
linhas contínuas, obrigatoriedade
de seguir no sentido ou num dos
sentidos por elas apontados; estas
setas podem ser antecedidas de
outras com igual configuração e
com função de pré-aviso, as quais
podem conter a indicação de via
sem saída; m15c m15d

●● Setas de desvio — M16, M16a


e M16b: são de orientação oblíqua
ao eixo da via e repetidas, indican-
do a conveniência de passar para a
via de trânsito que elas apontam,
ou mesmo a obrigatoriedade de o
fazer em consequência de outra
sinalização. A marca M16b deve
ser utilizada conjuntamente com a
marca M4.

Em vias de sentido único podem


ser utilizadas setas de configuração
m16 m16A
igual às de seleção, com a fina-
lidade de confirmar o sentido de
marcas orientadoras – setas modelo para pintura no pavimento
circulação.
5.2. MARCAS RODOVIÁRIAS sinalização

la, definindo a intersecção das vias


nos cruzamentos e entroncamen-
Marcas diversas tos: significa proibição de entrar
e guias na área demarcada, mesmo que o
direito de prioridade ou a sinaliza-
Para fornecer determinadas indica- ção automática autorize a avançar,
ções específicas podem ser utiliza- se for previsível que a intensidade
das as marcas seguintes: do trânsito obrigue à imobilização
do veículo dentro daquela área;
●● M17 e M17a — raias oblíquas
delimitadas por uma linha contínua: ●● M19 — guias: utilizam-se para
significam proibição de entrar na delimitar mais visivelmente a faixa
área por elas abrangida; as raias de rodagem, podendo ser utilizadas
oblíquas podem ser delimitadas por junto dos bordos da mesma, e são
uma linha descontínua: nesse caso constituídas por linhas que não são
significam proibição de estacionar e consideradas marcas longitudinais;
de entrar na área por elas abrangi-
da, a não ser para a realização de ●● M20 — bandas cromáticas:
manobras que manifestamente não alertam para a necessidade de
apresentem perigo; praticar velocidades mais reduzidas
em determinados locais, consis-
●● M17b — cruzamento ou entron- tindo numa sequência de pares de
camento facilmente congestioná- linhas transversais contínuas com
vel: área constituída e delimitada espaçamentos degressivos.
por linhas contínuas de cor amare-

FIG.10 - Marcas diversas e guias


Esc. 1 / 200

Eixo de via

Eixo de via

Limite
da curva

m17b – Cruzamento ou entroncamento facilmente congestionável


sinalização 5.2. MARCAS RODOVIÁRIAS

FIG.11 - Marcas diversas e guias


Inscrições no pavimento Esc. 1 / 200 Atentas às indicações e limitações
legais e regulamentares aplicá-
veis, podem utilizar-se inscrições
no pavimento para transmitir aos
utentes indicações e informações
C
úteis; os caracteres e símbolos
K
A
R
utilizados nestas inscrições devem
I
S
G ser alongados, por forma a serem
A
S
S facilmente legíveis pelos conduto-
A
D res a que se destinam, como por
N
D
E
S
exemplo:
8 C
1 R
A
P - I
D
R ●● cargas e descargas;
A C G
G L E
A
O -
2
S ●● kiss and ride (tomada e largada
4 de passageiros);

●● estacionamento pago;
Inscrições no pavimento:
Estacionamento
estacionamento pago
Inscrições no pavimento:
Simbolo internacional de
estacionamento
Inscrições no pavimento:
Kiss and Ride
Inscrições no pavimento:
Cargas e descargas
●● símbolo internacional de acessi-
pago
acessibilidade
mob. condicionada kiss and ride cargas e descargas bilidade;
FIG.12 - Marcas diversas e guias
Esc. 1 / 200 ●● faixa com limite de velocidade
de 30km/h e velocípedes, sinaliza-
ção horizontal de percurso ciclável
partilhado e de limite de velocida-
de;

●● faixa BUS e velocípedes, si-


nalização horizontal de percurso
ciclável partilhado e de via BUS;

●● faixa ciclável, sinalização hori-


zontal de percurso ciclável;

●● faixa ciclável, pintura integral;

●● caixa de viragem para bicicletas


(Two-stage turn queue box);

●● caixa para bicicletas (Bike Box).

Em vias com duas faixas de ro-


dagem por sentido de circulação
poderá equacionar-se a inclusão de
motos no lado esquerdo da caixa,
o que ajudará a garantir maior
utilização das caixas enquanto o
volume de bicicletas na cidade for
pequeno.

Faixa com limite de Faixa BUS e velocípedes Faixa ciclável Faixa ciclável
velocidade
faixa com de 30km/h e
limite (pintura parcial) (pintura integral)
velocípedes
de velocidade
de 30Km/h e faixa bus e faixa ciclável faixa ciclável
velocípedes velocípedes (pintura parcial) (pintura integral)
5.2. MARCAS RODOVIÁRIAS sinalização
FIG.13a - Bike Box FIG.14a - Bike Box
Faixa ciclável Faixa ciclável com inclusão de motociclos
Dimensões e implantação Dimensões e implantação
Esc. 1 / 100 Esc. 1 / 100

FIG.13b - Bike Box FIG.14b - Bike Box


Via banalizada com limite de velocidade de 30 km/h Via banalizada com limite de velocidade de 30 km/h
bike box – faixa ciclável Dimensões e implantação bike box – faixa ciclável com com inclusão dede
inclusão motociclos
motociclos
Esc. 1 / 100 Dimensões e implantação
Esc. 1 / 100

FIG.15 - Caixa de viragem para bicicletas


(Two-stage turn queue boxes)
Dimensões e implantação
Esc. 1 / 100

bike box – via partilhada Bike box – via partilhada (com inclusão de motociclos)

caixa de viragem para bicicletas


sinalização 5.2. MARCAS RODOVIÁRIAS

●● termoplástico, aplicado por ●● apresentar, depois de aplicado,


Caraterísticas extrusão em passagens para peões,
barras de STOP, símbolos, inscri-
contornos nítidos e regulares;

dos materiais ções, lugares de estacionamento, ●● secagem quase instantânea, de


raias, bandas cromáticas/ ópticas, modo a não interromper o tráfego
Para realização das marcas rodovi- setas de selecção, yellow boxes, aquando da sua aplicação;
árias na cor branca podem ser uti- linhas em ziguezague (marcações
lizados cubos em pedra de vidraço, M14), marcações de traços contí- ●● espessura de aplicação do
na dimensão 10cm x 10cm x 10cm, nuos e descontínuos junto ao lancil termoplástico de 3,0mm, com a
ou podem ser utilizadas pinturas. e faixas e pistas cicláveis (pintura excepção das bandas cromáticas/
integral ou rectângulo com símbo- ópticas que deverão ter uma espes-
Para realização da marca M11 – sura de 6,0mm;
los).
passagem para peões, constituída
por barras longitudinais paralelas O spray plástico e o termoplástico ●● espessura de aplicação do spray
ao eixo da via, alternadas por a aplicar devem possuir as seguin- plástico de 1,5mm;
intervalos regulares – devem, pre- tes características:
ferencialmente, ser utilizados cubos ●● incorporação de microsferas de
em pedra de vidraço bujardado, na ●● ser de cor nitidamente definida; vidro, devidamente calibradas e
dimensão 10cm x 10cm x 10cm, seleccionadas;
alternados com cubos em pedra de ●● ter boa e contínua aderência,
granito serrado, também na dimen- qualquer que seja a natureza e ●● o termoplástico deverá apresen-
são 10cm x 10cm x 10cm. estado da superfície onde vai ser tar boas características de visibili-
aplicado; dade diurna e nocturna, com coe-
No caso da utilização de pinturas, o ficiente de luminância retroflectida
material e método de aplicação da ●● modificar o menos possível de classe elevada entre 159MCD e
sinalização horizontal estão esta- as características superficiais do 300MCD;
belecidos de acordo com a nature- pavimento;
za do trabalho a realizar: ●● o termoplástico deverá apresen-
●● possuir elasticidade que permita tar uma boa resistência ao desliza-
●● spray plástico, aplicado por as- suportar a dilatação térmica e a so- mento, com uma classe de STR que
persão a quente, em eixos de divi- licitação tangencial de tráfego sem esteja, pelo menos, compreendida
são das filas de trânsito, restantes fissuração; entre STR≥55 e STR≥65.
marcações longitudinais, símbolos
e inscrições no pavimento; ●● não estar sujeito a envelheci-
mento rápido – manter inalteráveis
as características ópticas e mecâni-
cas durante o tempo de vida útil;

passadeira [marca M11] – Cubos em pedra passadeira [marca M11] – Pintura


5.3. SINAIS LUMINOSOS sinalização

Os Sistemas Luminosos Automá- quada em algumas situações mas


ticos de Trânsito (SLAT) corres- sempre uma opção que deverá ser
pondem a um tipo específico de devidamente ponderada.
5.3. sinalização vertical que se integra
num sistema de controle integrado O recurso a semáforos implica um
Sinais de tráfego – no caso da cidade de
Lisboa é, desde 1985, o GERTRUDE
importante investimento público na
instalação, manutenção e gestão
luminosos (Gestion Electronique de Régulation
du Trafic Routier Urbain Défiant les
da respetiva infraestrutura. En-
quanto opção que é, esse investi-
Embouteillages). mento só se justifica se contribuir,
de facto, para a prossecução do
Este sistema de controle automati- interesse público. Para compreen-
zado de tráfego integra essencial- der corretamente esse interesse
mente, ao nível do espaço público, público, importa considerar três
dois tipos de dispositivos: objetivos fundamentais a que um
sistema de semáforos deve respon-
●● semáforos, os quais corres- der e com base nos quais se deve
pondem à sinalização vertical do avaliar o investimento público.
trânsito;
Segurança
●● órgãos complementares, neces- O investimento público em semáfo-
sários ao seu funcionamento, os ros é justificado pelo seu potencial
quais incluem as redes e as caixas de benefício ao nível da seguran-
de acesso, assim como outros ça. Os semáforos podem ajudar a
dispositivos de monitorização do prevenir atropelamentos e colisões
tráfego. entre veículos. Podem também
apoiar o controlo de velocidade, o
A principal função de um semáfo- que, tendo em vista o cumprimento
ro é gerir os conflitos de tráfego, dos limites estabelecidos para cada
nomeadamente os conflitos entre via, é, comprovadamente, uma
peões e veículos e entre veículos e forma de reduzir a sinistralidade
veículos. Existe mais de uma forma rodoviária, nomeadamente o núme-
de gerir estes conflitos, a sema- ro de atropelamentos e respetiva
forização é uma dessas formas gravidade.
mas não é a única. Nessa medida,
é uma opção: talvez a mais ade-

Lisboa – avenida da liberdade

Lisboa – Cidade Universitária


sinalização 5.3. SINAIS LUMINOSOS

Eficiência cas desses utilizadores e proteger As caixas devem ser agrupadas com
Pela sua automatização e, nas os mais vulneráveis. outros armários técnicos, se exis-
últimas décadas, pela sua ligação tentes, e implantadas embutidas,
em rede os semáforos permitem No caso específico da semafo- os se tal não for possível, adossa-
hoje gerir com maior eficiência a rização, a sua implantação e a das à fachada dos edifícios que se
rede viária. Essa eficiência pode escolha dos modelos de semáforo localizem na proximidade, mesmo
comportar uma dupla vantagem, a adoptar – simples ou com braço que tal implique um maior custo de
ao reduzir o consumo – de tempo – deverá sempre atender à salva- instalação; em alternativa, devem
despendido, de tempo de resposta guarda da sua boa visibilidade, pelo as caixas ser implantadas segundo
e de recursos humanos – e permitir que não são admitidos quaisquer o alinhamento dos demais elemen-
assim uma maior rentabilização da obstáculos visuais entre aquele e o tos existentes no espaço público.
rede viária. condutor do veículo, numa distância
de 28,00m. Os postes e as caixas do sistema
Equidade de sinalização devem ser pinta-
Usados como forma de gerir o con- Deverá igualmente ser salvaguar- dos na cor RAL 6009 – verde, nas
flito entre os diferentes utilizadores dado que a implantação dos postes Freguesias de Estrela, Misericórdia,
da via, os semáforos justificam-se do sistema de semaforização não Santa Maria Maior, Santo António
na medida em que contribuírem interfere com a normal circulação e São Vicente, e na cor RAL 7011
para a equidade no usufruto da e segurança dos utentes do espaço – cinzento, em todas as restantes
rede viária, na medida em que público – peões e veículos –, de- Freguesias.
contribuem para o reconhecimen- vendo para isso, tal como acontece
to e salvaguarda dos direitos de com os postes dos sinais verticais,
cada um – peões e condutores. É a sua implantação ser seguida para Passadeiras de peões
importante assegurar um equilíbrio alinhamento dos demais elementos
entre as necessidades dos diferen- existentes – pilaretes, guarda-cor- As passadeiras de peões reguladas
tes utilizadores mas, para haver pos e equipamentos de iluminação por semáforo devem proporcionar
equidade, esse equilíbrio tem de pública. a todos os peões condições ade-
atender às diferentes característi- quadas para um atravessamento

boa prática – a adotar boa prática – a adotar


5.3. SINAIS LUMINOSOS sinalização

seguro nos momentos definidos


para esse efeito. Essa função é ●● os semáforos que sinalizam a
travessia de peões instalados em
prejudicada quando o sinal não
vias com grande volume de tráfe-
é percetível para os peões com
go de veículos ou intensidade de
deficiência visual – que precisam
uso por pessoas com deficiência
de indicação complementar – ou
visual devem ser equipados com
quando o tempo de verde é insu-
mecanismos complementares que
ficiente – para a velocidade que o
emitam um sinal sonoro quando o
peão médio consegue praticar.
sinal estiver verde para os peões.
Caso as passadeiras de peões
estejam dotadas de dispositivos
semafóricos de controlo da circula- Circulação ciclável
ção, devem satisfazer as seguintes
condições: Poderá existir sinalização luminosa
específica para ciclistas.
●● nos semáforos que sinalizam a
travessia de peões de acionamento Em algumas situações, a sinali-
manual, o dispositivo de aciona- zação luminosa específica para
mento deve estar localizado a uma ciclistas poderá ter funcionamentos
altura do piso compreendida entre e/ ou temporizações distintos da
0,80m e 1,20m; sinalização luminosa para o tráfego
automóvel – por exemplo: abertura
●● o sinal verde de travessia de mais cedo, à semelhança do que
peões deve estar aberto o tempo sucede com alguns semáforos BUS,
suficiente para permitir a travessia, intermitência em semáforos apenas
a uma velocidade de 0,4m/s, de com travessia de peões, intermitên-
toda a largura da via ou até ao se- cia nas viragens à direita.
parador central, quando ele exista;

SAN LUIS OBISPO – CALIFORNIA MADISON – WISCONSIN

NEW YORK CITY – NEW YORK PORTLAND – OREGON


sinalização 5.4. SINALIZAÇÃO TEMPORÁRIA DE OBRA

A realização de obras nas vias Pode ser efectuada com recurso a


públicas e a sua utilização para a sinais verticais e luminosos, bem
realização de atividades de caráter como a marcas rodoviárias e a
5.4. desportivo, festivo ou outras que
possam afetar o trânsito normal ou
dispositivos complementares.

Sinalização colocar restrições ao trânsito dos


peões nos passeios, só é permi-
Os sinais e marcas utilizados em
sinalização temporária têm o mesmo
temporária tida desde que autorizada pelas
entidades competentes e com a
significado e valor que os sinais e
marcas correspondentes em sinaliza-
de obra correspondente aplicação local de
sinalização temporária e identifica-
ção permanente, ainda que apresen-
tem cor ou dimensões diferentes.
ção de eventuais obstáculos.

Nesse troço de via pública passam Domínio de aplicação


a vigorar as regras especiais de
circulação impostas por sinalização As obras e obstáculos ocasionais
temporária, compreendidas entre na via pública devem ser conve-
o primeiro sinal da sinalização de nientemente sinalizados, tendo
aproximação e o último sinal da em vista prevenir os utentes das
sinalização final. condições especiais de circulação
impostas na zona regulada pela
A suspensão ou condicionamento sinalização temporária.
do trânsito só podem ser ordena-
dos por motivos de segurança, de A sinalização temporária deve ser
emergência grave ou de obras ou retirada imediatamente após a
com o fim de prover à conservação conclusão da obra ou a remoção
dos pavimentos, instalações e obras do obstáculo ocasional, restituindo-
de arte e podem respeitar apenas a -se a via às normais condições de
parte da via ou a veículos de certa circulação.
espécie, peso ou dimensões. Podem,
ainda, ser ordenados sempre que
exista motivo justificado e desde Dispositivos complementares
que fiquem devidamente assegu-
radas as comunicações entre os A sinalização temporária pode
diversos locais servidos pela via. ser completada com raquetas de
sinalização, baias direcionais, baia
A suspensão e o condicionamento de posição, baliza de alinhamento,
são sempre divulgados através da balizas de posição, cones, pórticos
afixação de painéis de informação que indiquem a altura livre limita-
que explicitem de forma adequada da, conjuntos de lanternas sequen-
as alternativas à circulação pedonal ciais, perfil móvel de plástico ou de
e rodoviária. betão, robot, atrelado de baliza-
mento e seta luminosa.

Princípios gerais
Circulação de peões
A sinalização temporária destina-se
a prevenir os utentes da existência Sempre que exista um obstáculo
de obras ou obstáculos ocasionais ocasional ou uma zona de obras
na via pública e a transmitir as que pela sua natureza possa con-
obrigações, restrições ou proibições dicionar o trânsito de peões deve
especiais que temporariamente existir e ser devidamente sinaliza-
lhes são impostas. Esta sinalização da, através do sinal D7b, uma pista
não pode constituir, ela própria, um obrigatória para peões, cuja largura
obstáculo à circulação, nomeada- mínima deve corresponder a 0,65m
mente pedonal, na via pública. para cada 30 peões por minuto.
5.5. SINALIZAÇÃO INFORMATIVA DIRECIONAL sinalização

A sinalização informativa direcional colocados, no caso geral, nas vias


destina-se a ser assimilada pelos afluentes das intersecções ime-
utentes das rodovias e nunca deve diatamente antes da intersecção.
5.5. ser vista de modo isolado mas sim
de maneira integrada e coerente,
No caso das rotundas e de outras
situações pontuais sem indicação
Sinalização em grupos de várias setas informa-
tivas e painéis distribuídos por cada
de destinos sobre o itinerário, têm
critério de colocação idêntico aos
informativa zona. das setas de direcção.

direcional São consideradas ilegais todas as


informações rodoviárias que não
Devem ser adotadas e cumpridas
regras para seleção da informação
cumpram com as regras técnicas que passam pelo estabelecimen-
estipuladas na legislação em vigor to de uma hierarquia, segundo o
– normas sobre dimensões, cores, seu grau de importância, que vai
tamanho de letra e inscrições con- desde auto-estradas e itinerários
forme o Regulamento do Código da principais, passando pelas zonas
Estrada, Decreto Regulamentar n.º da cidade e bairros, até informa-
22-A/98, alterado pelo Decreto Re- ções de interesse do utente da
gulamentar n.º 41/2002 –, devendo via e informações locais de índole
ter em conta que a sinalização in- rodoviária.
formativa direcional se vai destinar
aos automobilistas e não pode ter Deverão ser verificadas e salva-
cariz publicitário nem possuir infor- guardadas as condições de com-
mações destinadas a peões. patibilidade com outra sinalização
– verificação da não existência de
Os sinais informativos destinam-se conflito com outra sinalização -,
ao encaminhamento dos conduto- de compatibilidade com o meio -
res dos veículos automóveis e não verificação da não existência de
a peões. conflito com a largura dos passeios
e corpos balançados de edifícios
A instalação de sinais direcionais -, e de contenção e Integração da
organizados em grupos de infor- informação - integração em grupos
mação (denominada originalmente com outras indicações
sinalização unitária), com cores e
ícones simbólicos, veio revolucionar Em alternativa à solução aqui
o tema das instalações de sinali- descrita com detalhe, poderão ser
zação informativa ao normalizar e utilizados os sinais e os postes
reforçar o papel de orientação do standard disponíveis no mercado,
tráfego rodoviário. com iluminação interior, desde que
os mesmos cumpram os princípios
Os sinais de indicação de âmbito de localização, implantação e as
urbano, por terem uma valência regras de comunicação da informa-
adicional que é a indicação dos ção estabelecidas na legislação em
destinos sobre o itinerário, são vigor.
sinalização 5.5. SINALIZAÇÃO INFORMATIVA DIRECIONAL

sinalização informativa e direccional – implantação

boa prática – a adotar má prática – a evitar


colocação alinhada com os restantes elementos colocação aleatória no espaço público
5.5. SINALIZAÇÃO INFORMATIVA DIRECIONAL sinalização

Estes acrescentos deverão permitir


a sua aplicação em combinação
Caraterísticas Caraterísticas para os casos em que seja neces-
dos sinais dos postes sário colocar mais que um sinal em
bandeira.
Os sinais de direção devem obser- Os postes para fixação dos sinais
var as dimensões e as caraterísti- verticais devem ser em tubo de Os tubos devem ser direitos, sem
cas definidas nos quadros X e XVI ferro galvanizado de 1½”, com emendas nem soldaduras de topo
do Regulamento de Sinalização do pequenos espigões soldados numa ou orifícios, podendo estas existir
Transito (Decreto Regulamentar n.º das extremidades. apenas junto aos espigões e nos
22-A/98, de 1 de outubro). acrescentos.
Os eventuais acrescentos devem
Os símbolos e cores das setas de- ser constituídos por um tubo de fer- A pintura deve ser anticorrosiva,
vem estar de acordo com o estipu- ro galvanizado de 1½” de diâmetro executada por imersão no interior e
lado no quadro XX do Regulamento e 60cm de comprimento e por um exterior dos tubos de 1½” e no de
de Sinalização de Trânsito (Decreto tubo de 1” de diâmetro de 30cm de reforço. (fig.16)
Regulamentar n.º 22-A/98, de 1 de comprimento, o qual deverá estar
outubro). soldado ao primeiro por forma a Os postes devem ser pintados com
ficarem 15cm por dentro deste e uma demão de subcapa e duas
Os sinais são em chapa de alumí- 15cm por fora. demãos de tinta de esmalte para
nio de liga AlMg com, pelo menos, acabamento, na cor RAL 6009 –
2,0mm de espessura. Os acrescentos em bandeira para verde, nas Freguesias de Estrela,
poste deverão ser igualmente em Misericórdia, Santa Maria Maior,
Os bordos dos sinais devem estar ferro galvanizado e possuir uma Santo António e São Vicente, e na
eficientemente protegidos através forma e estrutura tal que permitam cor RAL 7011 – cinzento, em todas
de moldura e aba com, pelo menos, a fixação, nas devidas condições as restantes Freguesias.
1,0cm de largura. de segurança, de um sinal (de
60cm de diâmetro) e um adicional, Uma das extremidades do poste,
A face principal é refletora atra- devendo o tubo onde será fixada a que corresponderá à sua base,
vés da aplicação integral de telas sinalização distar 35cm do poste deverá estar munida de abas, de
retrorrefletorizadas de H.I. (High ao qual o acrescento será aplicado. forma a prevenir, uma vez insta-
Intensity – nível 2). lado, a rotação do poste sobre si
mesmo.
A face posterior dos sinais deve ser
na cor cinzento, RAL 7047.
separadores_CML.indd 65 03/12/15 10:50
separadores_CML.indd 66 03/12/15 10:50
arborização

Na tradição das cidades mediter- A presença das árvores no interior


râneas, na Lisboa pré-pombalina das nossas cidades é uma antiga

6
– nas colinas do Castelo, do Carmo tradição que não só tem vindo a
e na Madragoa – a presença da ser respeitada como tem vindo a
árvore nos arruamentos não é fre- ser desenvolvida enquanto ele-
quente, com a excepção de alguns mento indispensável da paisagem
largos e praças. Aí a árvore surge urbana.
sempre como um elemento singu-
lar, identificador do lugar e refe- A presença de elementos e de es-
rência no espaço urbano e, quando truturas naturais contribuem para
a dimensão o permite, a natureza o carácter do espaço público e da
está presente no interior dos quar- paisagem urbana. A presença das
teirões, quase sempre através de árvores tráz consigo uma variedade
pequenas hortas e árvores de fruto. inumerável de volumes, formas,
cores, texturas e cheiros que se
A tradição das árvores de alinha- insinuam nos elementos urbanos,
Arborização mento desponta em Lisboa, com
os traçados iluministas de Ressa-
transformando-os e complemen-
tando-os. No entanto, o papel da
no Garcia, em espaços singulares árvore na cidade transcende, larga-
como o Passeio Público, o Aterro da mente, o impacto visual e decorati-
Boavista e o Campo Santana, na vo que lhe é intrínseco.
Lisboa romântica do século XIX.
A vegetação é um dos elementos
Na cidade moderna, primeiro com que mais contribui para a caracteri-
o edifício isolado e mais tarde zação da paisagem urbana, desem-
com a recuperação dos traçados penhando um importante papel no
reguladores, a árvore surge, de espaço público devido à sua capaci-
novo, como um elemento essencial dade de configurar o espaço.
na desmineralização da paisagem
urbana.

Lisboa – Avenida Duque d’Ávila


ARBORIZAÇÃO arborização

A utilização de arborização nas construído e os sistemas naturais Uma estratégia de arborização


ruas da cidade potencia a redução pré-existentes. Para isso deverá para a cidade de Lisboa abordará
da radiação solar direta sobre as considerar, aquando da sua elabo- necessariamente conceitos como
fachadas dos edifícios e demais ração, o quadro e as necessidades diversidade – estética, ecológica,
superfícies, a redução da reflexão, climatéricas do lugar, nomeada- cultural –, permanência – continui-
o aumento da humidade relativa, o mente a temperatura, a humidade, dade ao longo do ano –, duração,
efeito guarda-vento e uma me- a radiação, a sombra, o vento e a dinâmica da paisagem, economia,
lhor regulação térmica do espaço poluição atmosférica. pedagogia, pesquisa e inovação.
urbano.
A configuração, o porte e a den- A responsabilidade nos proces-
A árvore é um ser vivo complexo, sidade das plantações originam sos de planeamento e gestão da
composto por um sistema aé- diferentes níveis de permeabilidade, arborização deve ser assumida, de
reo, tronco, ramos e folhas e um física e visual, no espaço público, forma partilhada, pelo Município e
sistema subterrâneo igualmente pelo que as opções de escolha de- pelas Juntas de Freguesia.
hierarquizado de raízes e radículas. verão sempre considerar o resulta-
O sistema radicular tende a ocupar do final do ponto de vista estético, Mais informações
uma área semelhante ou superior de conforto e de segurança.
à projeção da copa, interagindo no ●● Plano Regional de Ordenamento
espaço urbano com as bases dos A arborização das ruas com árvores Florestal da Área Metropolitana de
pavimentos contíguos. As raízes de alinhamento permite a existên- Lisboa (PROF-AML), 2006
necessitam tanto de aceder à hu- cia de uma estrutura verde contí-
midade como as folhas ao oxigénio, nua que se articula com as restan- ●● Plano Diretor Municipal de
sem os quais as árvores não conse- tes estruturas verdes existentes na Lisboa
guem sobreviver. Neste sentido, a cidade, criando corredores verdes
implantação das árvores no espaço estruturantes fundamentais para ●● Regulamento Municipal de
público pavimentado deve ter em a climatização e harmonização da Proteção de Espécimes Arbóreos e
igual conta o desenvolvimento ecologia do meio urbano, sendo Arbustivos
aéreo e o desenvolvimento subter- um dos principais componentes na
râneo, explorando novas formas de melhoria da qualidade do ambiente ●● Projeto de Regulamento Munici-
urbano – ar, climatização, ruído, va- pal do Arvoredo de Lisboa
materialização dos pavimentos e
das suas bases. lorização patrimonial, identificação
social – mas também um elemento ●● Proposta de Plano do Arvoredo
de Lisboa
O projeto de espaço público deve cultural essencial.
procurar soluções que fomentem o
●● Projeto Biodiversidade Lisboa
equilíbrio entre o ambiente urbano
2010-2020

Lisboa – Avenida da Liberdade


arborização 6.1 OBJETIVOS

Os eixos arborizados asseguram a


continuidade da estrutura ecológica, ●● nos Regulamentos Municipais
aplicáveis, designadamente no
contribuindo para a qualificação do
6.1 espaço público e para a melhoria da
qualidade ambiental. Para além des-
Regulamento Municipal de Proteção
de Espécimes Arbóreos e Arbusti-
vos;
Objetivos sas funções, a continuidade arbórea
assegura a continuidade natural/
●● no Projeto de Regulamento Mu-
biológica no interior do espaço urba-
nicipal do Arvoredo de Lisboa;
no mais mineralizado, funcionando
como um corredor de apoio a todas
●● na Proposta de Plano do Arvore-
as formas de vida, incluindo a nossa. do de Lisboa.
A conceção e o projecto de eixos Desses documentos, decorre um
arbóreos e a introdução de vegeta- conjunto de objectivos específicos
ção no espaço público da cidade de relativos à arborização na cidade
Lisboa, designadamente no que se de Lisboa, no âmbito da requalifica-
refere à escolha das espécies ar- ção dos seus espaços públicos:
bóreas a utilizar nos arruamentos,
devem por isso ter em considera- ●● fomentar a arborização dos es-
ção os critérios estabelecidos: paços públicos existentes e garantir
a presença da arborização nos no-
●● no Plano Diretor Municipal, vos espaços públicos, maximizando
designadamente no que refere a assim a presença de arborização
Valores e Recursos Ambientais e na cidade de Lisboa;
a Valores Culturais (Secções I e II,
respetivamente, do Capítulo II do ●● melhorar a integração das
Título III do Regulamento do PDM); espécies arbóreas nos espaços
públicos, ajustando-a às suas exi-
gências funcionais, ambientais e de
conforto urbano;

●● preservar os eixos arborizados


existentes, através da manutenção
e consolidação dos alinhamen-
tos arbóreos em caldeira ou em
canteiro;

●● implementar, sempre que


possível, novos eixos arborizados
nos passeios ou a eixo dos arrua-
mentos;

●● minimizar os inconvenientes
causados pelas árvores no espaço
urbano;

●● reduzir os custos de manuten-


ção do arvoredo, através de uma
melhor selecção das espécies arbó-
reas a utilizar e de uma adequada
inserção das mesmas no espaço
público.

Lisboa – Avenida da Liberdade


6.2 PRINCÍPIOS arborização

Inerente a todos os princípios a ob- com a regularização das superfí-


servar na implantação de espécies cies, e atendendo à:
arbóreas no espaço público, deverá
6.2 sempre observar-se o princípio
geral de “a árvore certa para o local
●● compatibilidade com os obje-
tivos estabelecidos para as estru-
Princípios certo”. Este princípio é aplicável
quer às novas urbanizações quer às
turas ecológicas - Fundamental e
Integrada - que constituem a Estru-
áreas urbanas consolidadas onde tura Ecológica Municipal e pelos di-
preexistam, ou não, eixos arbóreos ferentes sistemas correspondentes
ou espécies isoladas. às demais componentes ambientais
urbanas, designadamente no que
Na conceção geral, projeto e execu- refere à preservação dos siste-
ção, dos projectos de espaço públi- mas de vistas e à acessibilidade e
co que envolvam a implementação valorização de outros elementos de
de eixos arbóreos o princípio geral significativo valor histórico, arqueo-
atrás referido deve ser assegurado lógico ou paisagístico;
tendo em conta o desenvolvimento
aéreo e o desenvolvimento sub- ●● salvaguarda e correcta articula-
terrâneo das árvores; explorando ção da arborização com as dife-
novas formas de materialização rentes infraestruturas alojadas no
dos pavimentos e das suas bases, subsolo e elementos instalados na
no sentido de melhor acolher o sua projecção vertical, existentes e
sistema radicular e minimizar os propostos, através de uma correcta
conflitos com as infraestruturas e selecção das espécies arbóreas,

Lisboa – Jardim do Príncipe Real


arborização 6.2 PRINCÍPIOS

designadamente no que refere ao designadamente no que refere


desenvolvimento, respectivamente, ao adequado distanciamento das
das suas raízes e copas; árvores aos edifícios, assegurando
o seu pleno desenvolvimento sem
●● minimização de possíveis de- obstáculos e/ ou interferências
formações dos pavimentos envol- sobre as fachadas;
ventes, decorrentes do processo de
crescimento das espécies arbóreas ●● valorização e correcta legibili-
adoptadas, através de soluções dade de monumentos, designada-
construtivas adequadas; mente edifícios e obras de natureza
artística;
●● correcta articulação das árvores,
isoladas ou em alinhamento, com ●● compatibilidade das espécies
os percursos e espaços de circu- arbóreas e arbustivas com uma
lação pedonal, de modos ativos e adequada utilização do mobiliário
automóvel, salvaguardando sempre urbano existente ou proposto e com
a segurança e plena compatibilida- o normal funcionamento e acesso
de entre as diferentes formas de às infraestruturas instaladas no
circulação; subsolo;

●● compatibilidade das espé- ●● optimização, nos projetos de


cies arbóreas propostas, com as rega, do consumo de água.
condições exigíveis de iluminação,
segurança e conforto dos edifícios,

Lisboa – Miradouro Nossa Senhora do Monte


6.3 ESPÉCIES ARBÓREAS E AS CONDIÇÕES DA CIDADE DE LISBOA arborização

Algumas espécies de árvores são A proporção do elenco das espécies


consensuais quanto à sua adapta- tem variado, com a introdução e a
bilidade ao meio urbano de Lisboa, supressão de algumas espécies e
6.3 tanto do ponto de vista biofísico
como formal. São exemplo disso
a prevalência de outras. Parte por
adaptações à evolução das carac-
Espécies o Lodão (19,2%), a Tilia (9,9%), a
Olaia (2,8%), o Pinheiro Manso e
terísticas do clima, aos níveis de
poluição, à tipologia da infraestru-
arbóreas exóticas do hemisfério sul como
o Jacarandá (6,3%) ou a Tipuana
tura dedicada, outras por doenças,
muitas vezes fulminantes, como
e as condições (2,4%). Esse consenso no contexto
actual está expresso na percenta-
foi o caso do Ulmeiro no passado
recente, e a ocorrência que hoje
da Cidade gem que estas árvores ocupavam
no elenco da cidade em 2003, a
podemos observar nas palmeiras
- principalmente na Palmeira das

de Lisboa soma destas seis árvores ultrapas-


sa os quarenta por cento da arbori-
Canárias - e ainda por questões de
moda.
zação. Estas percentagens de-
monstram que a cidade de Lisboa A cidade é feita de toda esta com-
soube evoluir na direcção certa na plexidade e a arborização beneficia
proporção de espécies bem adapta- com isso. A possibilidade de limitar
das e com elevada percentagem de a plantação a algumas espécies
autóctones, talvez só a proporção eleitas levará, a prazo, a problemas
de Jacarandá, sendo uma exótica e fitossanitários e à ausência da ex-
com alguma propensão para lidar perimentação que permita planear
mal com a poluição esteja dema- o futuro. As preocupações com a
siado elevada. diversidade da arborização urbana
são idênticas às preocupações com

cerquinho freixo
arborização 6.3 ESPÉCIES ARBÓREAS E AS CONDIÇÕES DA CIDADE DE LISBOA

a biodiversidade global. A biodiver-


sidade é um bem maior que deve ●● promover novas/ antigas do- ●● recusar a dominância das per-
minâncias de autóctones como o sistentes nos passeios laterais dos
ser defendido por conter em si
Freixo, a Cerejeira, o Zambujeiro e o arruamentos, nomeadamente das
soluções para o futuro. O Ulmeiro
Cerquinho; coníferas - as marcescentes como
terá sido uma importante árvore na
o Zambujeiro e o Cerquinho não
cidade; quando foi dizimada pela
●● fornecer um elenco actualizado fazem parte deste grupo;
doença Lisboa teve a sorte de já ter
da proporção da arborização e da
outras espécies experimentadas,
sua evolução; ●● azer valer a proibição, já exis-
o que fez com que a sua ausência
tente a nível nacional, de planta-
não se tornasse um desastre ainda
●● editar uma lista das espécies já ção de espécies invasoras como a
maior. experimentadas e que comprova- Acácia ou o Ailanthus;
damente se adaptaram bem aos
Será por isso fundamental avaliar e
principais arruamentos de Lisboa, ●● solicitar fundamentação de
monitorizar a proporção do elenco
como por exemplo o Lodão, o adaptabilidade para a introdução
desejável no contexto actual sem o
Freixo de folha estreita, a Tília sp., a de novas espécies ainda não expe-
limitar a um elenco ou uma propor-
Zelkova e as fruteiras bravas – Ce- rimentadas.
ção estática:
rejeira Brava, Pereira Brava, etc. -;
●● definir linhas estratégicas/ ten-
●● associar estas dominâncias às
dências da arborização atual;
diferentes condições edafoclimáti-
cas da Cidade de Lisboa, já iden-
●● preservar a dominâncias exis-
tificadas, em parte, pela Estrutura
tentes de autóctones, como por
Ecológica – sistema húmido e siste-
exemplo o Lódão;
ma seco;

olaia cerejeira
6.4 ESPÉCIES ARBÓREAS E ESPAÇO PÚBLICO arborização

Características gerais e específicas


das espécies arbóreas a utilizar na ●● frutos pequenos e silvestres;
arborização do espaço público da
●● deve ser evitada a utilização de
6.4 cidade de Lisboa:
espécies que comprovadamente
tenham impacto na integridade das
Espécies ●● porte adequado ao espaço
disponível;
pessoas nomeadamente pela pre-
sença muito marcada de espinhos
arbóreas e ●● porte das suas componentes -
perigosos ou de elementos tóxicos
com causa/ efeito evidente.
espaço público raiz, tronco e copa - adequado à
tipologia dos arruamentos e aos
Nas áreas adjacentes aos percursos
elementos construídos e naturais
acessíveis, não devem ser utilizados
existentes na envolvente;
elementos vegetais com as seguin-
tes características: com espinhos ou
●● podas bem formadas e próxi-
mas do desenvolvimento natural da que apresentem elementos contun-
espécie; dentes; produtoras de substâncias
tóxicas; que desprendam muitas
●● compatibilidade com a normal folhas, flores, frutos ou substâncias
utilização do espaço público, desig- que tornem o piso escorregadio, ou
nadamente no que refere à produ- cujas raízes possam danificar o piso.
ção de resíduos e necessidades de
limpeza dos pavimentos envolven- Os elementos da vegetação (exem-
tes e dos sumidouros adjacentes; plos: ramos pendentes de árvores,
galhos projectados de arbustos) e
●● elevada resistência mecânica; suas protecções (exemplos: muretes,
orlas, grades) não devem interferir
●● boa adaptação climática e edáfica; com os percursos acessíveis nem
com as faixas de rodagem.

zambujeiro loureiro
arborização 6.5 ESPÉCIES ARBÓREAS E DIMENSÕES DOS ARRUAMENTOS

Na construção e planeamento do O Plano Diretor Municipal estabele-


espaço público, tanto em zonas ce como objetivos, no âmbito da re-
consolidadas como em zonas não qualificação dos espaços públicos, a
6.5 consolidadas, dever-se-á ter sem-
pre presente que a árvore partilha
preservação dos eixos arborizados
existentes, através da manutenção
Espécies o espaço com os restantes elemen-
tos urbanos que são igualmente
e consolidação dos alinhamen-
tos arbóreos em caldeira ou em
arbóreas e importantes na cidade – candeei-
ros, mobiliário urbano, paragens de
canteiro e, sempre que possível, a
implementação de novos eixos ar-
dimensões dos autocarro, infraestruturas de sa-
neamento, água, gás, eletricidade,
borizados nos passeios ou no eixo
dos arruamentos.
arruamentos telecomunicações, etc. – pelo que a
sua implantação deverá ser sempre Sempre que possível, devem ser
compatibilizada com os elementos privilegiadas soluções de plantação
existentes à superfície, com as in- que permitam afastamentos su-
fraestruturas subterrâneas e com a periores a 6,00m às fachadas dos
largura do arruamento – distância edifícios adjacentes; se necessário,
à fachada, distância entre fachadas recorrendo à plantação de alinha-
e dimensões dos passeios. mentos ou ziguezagues ao longo
do espaço de estacionamento e/
O projeto de espaço público deve ou do separador central, quando o
contribuir para uma correta ar- mesmo exista.
ticulação de todos os elementos
urbanos, entre os quais se inclui a De forma a garantir condições mí-
estrutura arbórea; é fundamental nimas de salubridade – iluminação
que o resultado final seja o mais natural e ventilação – deve, quando
funcional e harmonioso possível, possível, optar-se pela plantação,
e que se traduza, no futuro, num junto das fachadas dos edifícios, de
menor custo de gestão e de manu- espécies arbóreas de folha caduca.
tenção.
A escolha da espécie para cada
A plantação sistemática de alinha- local terá com um dos principais
mentos de árvores nas ruas e ave- fatores base a dimensão da árvore
nidas da Cidade de Lisboa deverá no seu estado adulto. Será tido
considerar e adotar as espécies em conta a dimensão do passeio,
arbóreas mais adequadas a cada o diâmetro da copa e a altura da
situação urbanística. Esta opção árvore adulta. O compasso de plan-
permite aumentar o sucesso da tação deve ser escolhido de acordo
política de arborização da Cidade e com as características da via e da
minimizar os custos de manuten- espécie arbórea escolhida.
ção e gestão.

Lisboa – praça duque de saldanha


6.5 ESPÉCIES ARBÓREAS E DIMENSÕES DOS ARRUAMENTOS arborização

Para efeito de plantações novas, Perenifólias


definem-se três grupos de espécies ●● Aveleira [Coryllus colurna]
arbóreas, de acordo com o seu porte: ●● Medronheiro [Arbutus unedo]
●● Amieiro- negro [Frangula alnus]
●● Palmeira das vassouras [Cha-
maerops humilis] ●● Freixo das flores [Fraxinus ornus]
Árvores de pequeno porte
●● Laranja azeda [Citrus aurantium] ●● Amoreira [Morus alba var. “Frui-
Espécies que no seu estado adul- tless”]
to tenham diâmetro de copa até
4,00m e altura até 6,00m, das ●● Ligustro [Ligustrum japonicum]
●● Amendoeira [Prunus dulcis]
quais se destacam:
●● Loendro [Nerium oleander]
●● Pereira de jardim [Pyrus cal-
Caducifólias (no inverno) leryana var. “Chanticleer”]
●● Photinia [Photinia fraseri var.
Red Robin]
●● Bauhinia [Bauhinia variegata] ●● Salgueiro [Salix matsudana]

●● Pilriteiro [Crataegus monogyna Perenifólias


Jacq. subsp. brevispina (Kunze) Árvores de médio porte
Franco] ●● Oliveira do paraíso [Elaeagnus
Espécies que no seu estado adulto
angustifólia]
●● Pilriteiro ou Espinheiro-branco tenham diâmetro de copa entre
[Crategus laevigata var. “Paul’s 4,00m e 6,00m e altura entre
●● Loureiro [Laurus nobilis]
Scarlet”] 6,00m e 12,00m, das quais se
destacam: ●● Oliveira [Olea europea]
●● Lagestroemia [Lagestroemia
ESQ.01a - Árvores de pequeno porte ESQ.01b - Árvores de médio porte
indica] Caducifólias (no inverno)
Esc. 1 / 100 Esc. 1[Prunus
/ 100
●● Loureiro laurocerasus]

●● Ameixoeira bastarda [Prunus ●● Vidoeiro [Betula celtibérica]


cerassifera var. pissardii]
●● Olaia [Cercis siliquastrum]
●● Carvalho roble ou carvalho co-
mum [Quercus robur var. fastigiata]

●● Tamargueira [Tamarix africana]

●● Tamargueira [Tamarix gálica]

Árvores de pequeno porte Árvores de médio porte


arborização 6.5 ESPÉCIES ARBÓREAS E DIMENSÕES DOS ARRUAMENTOS

Árvores de grande porte ●● Ulmeiro [Ulmus “Sapporo Au- ●● Cipreste [Cupressus sempervi-
tumn Gold”] rens]
Espécies que no seu estado adulto
tenham diâmetro de copa supe-
Perenifólias ●● Magnólia [Magnolia grandiflora]
rior a 6,00m e altura superior a
●● Casuarina [Casuarina equiseti- ●● Amargoseira [Melia azedarach]
12,00m, das quais se destacam:
folia]
●● Metrosídero ou árvore de fogo
Caducifólias (no inverno)
●● Cedro [Cedrus atlântica] [Metrosideros excelsa]
●● Bordo [Acer pseudoplatanus]
●● Cipreste português [Cupressus ●● Pinheiro das canárias [Pinus
lusitânica] canariensis]
●● Acér ou bordo comum [Acer negund]
ESQ.01c - Árvores de grande porte
●● Alfarrobeira [Ceratonia síliqua]Esc. 1 / 100
●● Pinheiro manso [Pinus pinea]
●● Castanheiro-da-índia [Aesculus
hippocastanum]

●● Castanheiro vermelho da índia


[Aesculus X carnea]

●● Castanheiro vermelho da índia


[Aesculus Xcarnea “Briotii”]

●● Lodão [Celtis australis]

●● Lodão americano [Celtis occi-


dentalis]

●● Freixo [Fraxinus sp.]

●● Jacarandá [Jacaranda mimosi-


folia]

●● Tipuana [Tipuana tipu]

●● Coelreutéria [Koelreuteria pani-


culata]

●● Coelreutéria [Koelreuteria pani-


culata Fastigiata]

●● Liquidambar [Liquidambar
styraciflua]

●● Plátano [Platanus hybrida]

●● Carvalho americano [Quercus


rubra]

●● Carvalho dos pântanos [Quercus


palustris]

●● Salgueiro [Salix babylonica]

●● Acácia [Stiphnolobium japonicum]

●● Tília [Tilia cordata]


Árvores de grande porte
●● Tília argentea [Tilia argentea]
6.5 ESPÉCIES ARBÓREAS E DIMENSÕES DOS ARRUAMENTOS arborização

Para efeito de conjugação entre


o porte das árvores e as dimen-
sões dos espaços de implantação,
agrupam-se os perfis das ruas
em três situações relativamente à
dimensão do passeio e à distância
possível das árvores às fachadas
de edifícios:

Ruas de largura pequena

Ruas onde os passeios têm uma


largura inferior a 3,50m; nestas
ruas a plantação admitida é de
espécies de pequeno porte e o com-
passo de plantação admitido deverá
estar entre os 6,00m e os 7,00m.
lisboa – avenida da liberdade

Ruas de largura média

Ruas onde os passeios têm uma


largura entre 3,50m e 6,00m; nes-
ESQ.02a é
- Ruas ESQ.02b - Ruas de largura média
tas ruas a plantação admitida de de largura pequena Esc. 1 / 100
Esc. 1 / 100
espécies de porte médio e o com-
passo de plantação admitido deverá
estar entre os 8,00m e os 9,00m.

ruas de largura pequena ruas de largura média


arborização 6.5 ESPÉCIES ARBÓREAS E DIMENSÕES DOS ARRUAMENTOS

Ruas de largura grande

Ruas onde os passeios tenham


uma largura superior a 6,00m;
nestas ruas a plantação admitida
é de árvores de grande porte e o
compasso de plantação admitido
deverá estar entre os 12,00m e os
13,00m.

Em todas as tipologias a distância ESQ.02c - Ruas de largura grande


mínima a semáforos, sinalização Esc. 1 / 100
vertical e candeeiros deverá ser de
3,00m.

ruas de largura grande


6.6 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS ÁRVORES A UTILIZAR arborização

Todos os exemplares deverão ter


Material Vegetal uma fita com a cor correspondente
à medida do perímetro ou altura,
6.6 As árvores são fornecidas pelo ad-
judicante e terão de ser levantadas
identificando a dimensão de cada
exemplar.
Características diariamente nos viveiros munici-
pais, de acordo com o planeamento
físicas das dos trabalhos a efetuar e de acordo
com as indicações da fiscalização.
Parâmetros de
qualidade
árvores a A dimensão dos exemplares é va-
riável, podendo haver árvores com As árvores deverão apresentar-se
utilizar raiz nua, em torrão ou envasadas.
O perímetro à altura do peito (PAP)
de acordo com as características
da espécie, quer quanto à estrutu-
pode ir até 20/ 25cm. ra principal e secundária, quer na
forma geral da copa.

Tutoragem
Parte aérea
A tutoragem far-se-á com varas de
pinho em tripé. A altura das varas
deverá ser de 2,50m e diâmetro Folhosas com fuste elevado
de 6 a 8 cm. Os tutores devem ter
uma superfície regular e de diâme- Características morfológicas
tro uniforme, devem igualmente ter externas
tratamento antifúngico. A estrutura principal da copa deve
apresentar-se equilibrada quanto
As varas devem ser enterradas ao número de pernadas e à sua
1,00m no solo ficando 1,50m disposição à volta do eixo, apre-
desde o colo da árvore ao ponto de sentando os ângulos de inserção
amarração; as varas são ligadas correspondentes às características
entre si com traves de 40 a 60 cm de cada espécie.
de comprimento.
As árvores de dominância apical
A amarração da árvore ao tripé forte devem manter o eixo e a
far-se-á em três pontos (um para flecha intacta.
cada vara) com cinta elástica de 8
a 10 cm de largura. As cintas são As árvores de dominância apical
presas com agrafos. média e fraca devem manter a fle-
cha até 3,00m/ 3,50m, sem ramos
ou pernadas codominantes.
Dimensões
A altura do fuste deverá ser igual
As árvores deverão apresentar as ou inferior a 40% da altura total da
seguintes dimensões: árvore.

●● folhosas e coníferas com fuste Os gomos devem apresentar-se


elevado - perímetros em cm, me- intactos e vigorosos.
didos a 1,00m de altura medido a
partir do colo; Vigor
A relação entre o DAP (diâmetro
●● coníferas revestidas da base – medido a um metro do colo) e a
altura da parte aérea em metros. altura total deverá ser igual ou
inferior a 1/100 (a 1cm do DAP
deverá corresponder a uma altura
igual ou inferior a 1,00m).
arborização 6.6 CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS ÁRVORES A UTILIZAR

Enxertia
As árvores enxertadas devem apre- Coníferas revestidas da base Contentor
sentar o enxerto na base do fuste
com a ligação da porta enxerto No caso das árvores revestidas da Volume mínimo de 50litros.
acima do colo da raiz. base devem apresentar a flecha
intacta. As ramificações laterais O envasamento deve ter ocorrido
devem apresentar-se com vigor num período superior a um ano e
Folhosas revestidas da base proporcional entre si. As restantes inferior a dois. Não deve ter raízes
características exigidas anterior- espiraladas.
No caso das árvores revestidas da mente deverão ser consideradas.
base devem apresentar a flecha Deve ser suficientemente rígido
intacta. As ramificações laterais para manter a forma do torrão.
devem apresentar-se com vigor Parte subterrânea A planta deverá estar no centro do
proporcional entre si. As restantes
características exigidas anterior- contentor.
mente deverão ser consideradas. Folhosas
Não deve ter raízes à saída do
dreno.
O diâmetro do torrão deve ser
Coníferas com fuste elevado igual ou superior a 3x o perímetro
do fuste medido a 1,00m do colo,
Características morfológicas e a altura é igual ou superior ao  
externas diâmetro x0,7.
A estrutura principal da copa deve
apresentar-se equilibrada quanto Os torrões devem estar acondicio-
ao número de pernadas e à sua nados com serapilheira envolvida
disposição à volta do eixo, apre- por malha de arame degradável.
sentando os ângulos de inserção
correspondentes às características A terra que forma o torrão deve ter
de cada espécie. estrutura franca argilosa.

Devem manter o eixo e a flecha


intacta. Coníferas

A altura do fuste deverá ser igual O diâmetro do torrão, com malha


ou inferior a 40% da altura total da envolvida em gesso, deve ser igual
árvore. ou superior a 0,2x a altura da parte
aérea;
Os gomos devem apresentar-se
intactos e vigorosos. A altura do torrão deve ser a medi-
da do diâmetro x1,2.
A cor das folhas deve corresponder
às características da espécie e ser Os torrões devem estar acondicio-
homogénea em toda a copa. nados por malha de arame degra-
dável envolvido em gesso.
Vigor
A relação entre o DAP (diâmetro O torrão não deve apresentar
medido a um metro do colo) e a gretas.
altura total deverá ser igual ou
inferior a 1/100 (a 1cm do DAP
deverá corresponder a uma altura
igual ou inferior a 1,00m).
6.7 TRANSPLANTE E ABATE DE ÁRVORES arborização

As pessoas desenvolvem relações Toda a informação deve igual-


de afeto com as árvores, sendo mente constar de microsite a criar
particularmente sensível a gestão especificamente para o efeito, com
6.7 da sua remoção. Por outro lado,
a remoção de qualquer árvore
um endereço de domínio alusivo
ao assunto, e que deve estar em
Transplante provoca uma alteração do ambien-
te urbano que só a prazo é mino-
destaque na página de entrada no
site oficial da CML.
e abate de rada, atento o tempo necessário
ao normal desenvolvimento dos Os serviços municipais publicitam
árvores espécimes. também a intenção mediante afi-
xação de placa junto à arvore com
O abate de árvores na Cidade os dizeres: «Árvore para abate» ou
de Lisboa só pode acontecer e «Árvore a transplantar», seguido
justificar-se por as árvores estarem de «Consulte toda a informação
decrépitas, apresentarem proble- em destaque no portal da Câmara
mas fitossanitários ou poderem Municipal de Lisboa» seguido do
representar um risco grave para a endereço do site.
segurança de peões e/ ou veículos
por falta de resistência mecânica, Será ainda distribuído nas caixas
determinadas por técnico com- de correio da vizinhança folheto
petente, ou, excecionalmente, por informativo sobre a ação prevista,
necessidade imperiosa decorrente seu fundamento e demais informa-
da realização de obra de interesse ções úteis, designadamente locais
público e seja tecnicamente inviá- onde é possível obter informação
vel o seu transplante; complementar e meios graciosos
ao dispor dos munícipes para se
Assim, as árvores só poderão ser opor, querendo.
removidas – transplantadas ou
abatidas - quando tal seja abso- Estas comunicações e ações de
lutamente indispensável e após têm lugar com, pelo menos, 15
ampla e transparente informação dias de antecedência relativamente
dos interessados, que devem ser à data prevista para a remoção,
devida e previamente informados e salvo em situações de comprovada
esclarecidos dos motivos determi- urgência em que esteja em causa
nantes de tal remoção, e o que está perigo para a segurança de pesso-
previsto quanto à sua substituição. as e bens.

A intenção e data prevista para o O abate de árvores deverá ser feito


abate ou remoção de árvores deve com desenraizamento obrigatório,
ser comunicada previamente à de forma a evitar futuros assenta-
Junta de Freguesia do local, acom- mentos dos pavimentos devidos ao
panhada de toda a documentação posterior apodrecimento das raízes.
técnica relevante, e solicitando
que a disponibilize para consulta a
qualquer interessado.

arborização 6.8 CALDEIRAS

Características Implantação

6.8 As caldeiras deverão ter uma


dimensão suficiente que permita a
Quando localizadas em espaços
de circulação pedonal as caldeiras
Caldeiras plantação de árvores sem o risco
de danificar os pavimentos adja-
deverão ser localizadas de acordo
com os seguintes critérios:
centes e deverão ter uma secção
suficiente para o porte futuro da ●● junto ao lancil ou guia de tran-
árvore existente ou prevista, asse- sição com a rodovia, assegurando
gurando, em qualquer caso, uma uma distância mínima do eixo da
profundidade mínima de terra com caldeira à rodovia de 0,80m;
1,00m.
●● noutros pontos, conquanto
As caldeiras deverão dispor de seja garantida a continuidade do
grelhas ou de outra solução que percurso acessível, salvaguardando
impeçam a sua invasão ou pisoteio uma distância mínima de 1,50m
por veículos, pessoas ou animais, entre o contorno da copa da árvore
e permitam que a caldeira não a plantar (no seu estado adulto) e o
constitua um obstáculo ao percurso perímetro exterior de implantação
acessível. A caldeira da árvore deve dos edifícios.
ser dotada de um dispositivo de
contenção de raízes e, nos pas-
seios, recomenda-se o recurso a
espécies arbóreas com raízes não
superficiais.

boas práticas – a adotar


6.8 CALDEIRAS arborização

Quando localizadas em espaços de As caldeiras devem ter dimensões


circulação rodoviária as caldeiras compatíveis com o saudável e ple- ●● os seus limites exteriores de-
vem estar sobrelevados em relação
deverão ser localizadas de acordo no crescimento das espécies arbó-
aos pavimentos contíguos, numa
com os seguintes critérios: reas ali plantadas, sendo recomen-
altura nunca inferior a 0,30m;
dável que o espaço disponível para
●● a eixo dos separadores, quando o efeito, isto é, a área permeável:
os mesmos disponham de uma ●● quando não exista ressalto da
caldeira com o pavimento envol-
largura livre mínima entre lancis ou ●● não tenha uma largura inferior
vente, a área permeável deve ser
guias igual ou superior a 1,20m; a 1,20 m, no caso de adoptar um
coberta por grade, grelha ou outro
formato quadrado ou rectangular;
elemento, preferencialmente metá-
●● nos limites das vias, designa-
damente ao longo das faixas de lico, que garanta a penetração da
●● não tenha um raio inferior a
estacionamento, assegurando uma 0,50m, no caso de adoptar um for- água no solo e ofereça condições
distância mínima do eixo ao limite mato circular ou não rectangular. de segurança e estabilidade, de-
da via de 1,00m; vendo ainda dispor de sistema anti-
No sentido de garantir a sua cor- -roubo, ficando o topo da caldeira
●● não é permitida a instalação de reta perceção enquanto obstáculo, da árvore à face com o revestimen-
caldeiras em pontos que possam designadamente por invisuais, as to do passeio; admitindo-se, em
pôr em causa a continuidade e caldeiras devem obedecer ainda alternativa, a utilização de agrega-
segurança das faixas ou pistas aos seguintes parâmetros, quando dos permeáveis.
cicláveis. localizadas em espaços de utiliza-
ção pedonal:

ESQ.03b - Caldeiras ESQ.03a - Caldeiras


Esc. 1 / 100 Esc. 1 / 100

caldeiras
arborização 6.9 FLOREIRAS

A localização de floreiras ou vasos Não devem ser colocadas floreiras


para plantação de arbustos ou a montante de passagens para
árvores de pequeno porte deve peões para não causar a perda de
6.9 sempre realizada numa das seguin-
tes situações:
visibilidade.

Floreiras ●● sobre o passeio, na faixa con- Características


tígua ao lancil ou guia, preferen-
cialmente junto a estes, com uma Floreiras junto a fachadas
distância de 0,30m em relação ao Condições de instalação e manu-
desnível; tenção de uma floreira adossada
ao edifício:
●● sobre o passeio, na faixa con-
tígua aos edifícios, quando a sua ●● a floreira deve ser instalada jun-
largura não seja superior a 0,40m; to à fachada do edifício e ter uma
largura máxima de 0,40m;
●● nos arruamentos podem ser
utilizadas em substituição de ●● as plantas utilizadas nas flo-
pilaretes ou outros dispositivos de reiras não podem ter espinhos ou
segregação dos diferentes tipos bagas venenosas;
de circulação, desde que a largura
livre de qualquer tipo de obstáculos ●● o proprietário da floreira deve
cumpra com as dimensões mínimas proceder à sua limpeza, rega e
para a circulação pedonal, ciclável substituição das plantas, sempre
ou rodoviária. que necessário.

floreira alta – guimarães

floreira baixa – são paulo


6.9 FLOREIRAS arborização

Floreiras afastadas
das fachadas
O comprimento mínimo admiti-
do para as floreiras a utilizar no
espaço público é de 1,00m (prefe-
rencialmente 1,20m) e a largura
mínima de 0,40m.

Quando de forma circular os vasos


deverão ter um diâmetro mínimo
de 1,50m e, no caso de se destina-
rem à implantação de árvores, uma
altura não inferior a 1,20m.

Implantação

A implantação de floreiras no es-


paço público deve sempre fazer-se
segundo um alinhamento formal
e visual e não deve constituir um
obstáculo à livre circulação pedo-
nal, particularmente dos utentes
com mobilidade condicionada.

Mais informações

●● Regulamento Geral de Mobi-


liário Urbano e Ocupação da Via
Pública (Edital n.º 101/91) ESQ.04b - Floreiras
floreiras em espaços de circulação partilhada
Esc. 1 / 100
ESQ.04a - Floreiras
●● Proposta de Plano Estratégico Esc. 1 / 100
para o Espaço Público de Lisboa
– Matriz Geral (CML/DMAU/DEP,
Agosto de 2007)

●● Projecto de Regulamento de
Ocupação do Espaço Público com
Mobiliário Urbano (Dezembro de
2006)

floreiras
arborização 6.10 COBERTURAS AJARDINADAS

Na construção de parques de
estacionamento subterrâneos ou ●● mitigação dos picos de cheias –,
capacidade de retenção de água no
de túneis rodoviários, cuja cober-
6.10 tura se integre no domínio público
municipal ou constitua um espaço
solo, retardando a sua entrada na
rede pluvial ;

Coberturas do domínio privado de uso público


de acesso livre, deve, na área do
●● redução do volume das águas
pluviais a escoar – capacidade de
ajardinadas parque ou do túnel não seja cons-
truída sob a faixa de rodagem, ser
armazenamento de água no solo,
posteriormente utilizada pelas
tomada a opção pela utilização de
plantas;
uma cobertura ajardinada, uma vez
que a mesma apresenta vantagens
●● melhoria da qualidade do ar –
do ponto de vista urbano e am- captura de poeiras e aumento da
biental quando comparada com a humidade atmosférica através da
utilização de uma cobertura inerte: evapotranspiração;
●● redução da temperatura – efeito ●● biorremediação – participação,
bolha de calor – e da amplitude ainda que limitada, na despoluição
térmica; dos solos por metais;

●● captação de CO2.

lisboa – lapa
6.10 COBERTURAS AJARDINADAS arborização

A utilização de árvores Espessura do composto


de médio/grande vegetal
porte em coberturas
plantadas
30cm 100cm
O desenvolvimento das árvores é
directamente proporcional ao de- Vantagens Vantagens
senvolvimento radicular, o cresci-
mento das árvores e consequentes ●● poupança de recursos utilizados; ●● maior capacidade de retenção e
necessidades hídricas e edáficas estruturas mais ligeiras, menores depuração da água;
é exponencial até ao seu declínio. quantidades de composto vegetal.
Uma árvore folhosa em contexto ●● menor gasto de água por
favorável ocupa 5,00m3 de solo Desvantagens evaporação devido à maior degra-
nos primeiros três anos. Mesmo dação da temperatura no composto
pensando em taxas de renovação – ●● menor capacidade de retenção vegetal;
e depuração da água;
replantação – de 10 anos, são ne-
cessários volumes mínimos iniciais ●● permite a plantação de vege-
●● maior gasto de água por eva- tação de maior porte: arbustos de
de 15,00m3/ árvore.
poração devido à menor degrada- grande porte e árvores de pequeno
ção da temperatura no composto porte.
Apesar de grande parte do sis-
vegetal;
tema radicular depender, na sua
Desvantagens
dimensão fisiológica, apenas das
●● permite apenas a plantação de
camadas superficiais do solo até
vegetação de pequeno porte. ●● maior gasto de recursos utili-
1,00m de profundidade, as árvores
zados; estruturas mais pesadas,
de médio e grande porte poderão
maiores quantidades de composto
necessitar de maiores profundida-
vegetal.
des para garantir, por si só, a sua
estabilidade e não caírem; por essa
razão, as boas práticas não reco-
mendam a utilização de profundi-
dades menores do que 1,50m de
solo para a sua plantação.

Assim, a utilização de uma profun-


didade de 1,00m para plantação de
árvores de médio ou grande porte
implicará sempre uma adequada
ponderação dessa opção e a ado-
ção de soluções técnicas e cons-
trutivas para amarração das suas
raízes.

lisboa - alcântara
separadores_CML.indd 67 03/12/15 10:50
separadores_CML.indd 68 03/12/15 10:50
mobiliário urbano

Para que a rua se torne no espaço várias ações que nele se desenvol-
de encontro e socialização há que vem e deverão estar perfeitamen-

7
torná-la atrativa, acolhedora, segu- te integrados no espaço público,
ra e confortável, mobilá-la. proporcionando conforto, utilidade,
informação, segurança, proteção e
Foi no Séc. XIX, em França, quando apoio às diversas necessidades dos
se desenharam os grandes “bou- seus utilizadores.
levard” como espaços de ar livre
onde as pessoas se encontravam,
eram vistas e se davam a ver, que Princípios gerais
a rua começou a ser concebida de implantação
como o “salão”, em que todos se
encontram e convivem. É então que
do mobiliário urbano
surge o tema do “embelezamen- A instalação de mobiliário urbano
to” das ruas, praças e jardins da e equipamento deve pautar-se
cidade. por exigências de salvaguarda dos
Mobiliário Iluminações públicas, arvoredo,
equilíbrios ambiental e estético, da
segurança e fluidez do trânsito de
Urbano jogos de água, bancos e mesas,
obras de arte e quiosques, ga-
viaturas e peões, e dos legítimos
interesses de terceiros.
nharam então protagonismo e
passaram a ser peças essenciais A implantação de elementos de
no desenho do espaço público da mobiliário urbano e equipamento
cidade. deve ser efetuada em locais que
não impeçam, nem dificultem a
O mobiliário urbano e os equi-
visibilidade de sinais de trânsito ou
pamentos existentes no espaço
o correto uso de outros elementos
público servem de suporte às
já existentes.

Lisboa – largo da rosa


mobiliário urbano

A implantação de mobiliário urbano A instalação de mobiliário e equi-


deverá obedecer, em todos os pamento urbano no espaço público
projetos de espaço público, a prin- deve garantir a não existência de
cípios de racionalidade os quais se infraestruturas de eletricidade, água
consubstanciam: ou gás sobre a sua base. As infra-
estruturas de comunicações eletró-
●● na ocupação mais racional do nicas, como estão instaladas em
espaço disponível, procurando o condutas, podem coincidir com a ins-
alinhamento dos diversos elemen- talação do mobiliário ou equipamen-
tos por forma a permitir uma maior to, desde que a profundidade dos
largura disponível para a circulação maciços de suporte não interfiram
dos peões; com as infraestruturas. A localiza-
ção do mobiliário e do equipamento
●● na localização criteriosa dos urbano não pode impedir o acesso a
diversos elementos, por forma a válvulas, armários ou caixas de pavi-
maximizar a sua utilização; mento, nem afetar as instalações de
subsolo ou a acessibilidade aos seus
●● na utilização diversificada de órgãos de manobra.
um mesmo elemento para diversos
fins, designadamente ao nível da A decisão da sua localização carece
instalação de papeleiras as quais obrigatoriamente da verificação
deverão ser associadas, sempre da existência de infraestruturas no
que possível, a postes existentes subsolo, por consulta do cadastro
quer de iluminação quer de sinali- – LX Subsolo – e por verificação
zação vertical. prévia no local, através da execu-
ção de sondagem até 1,50m de
profundidade.

má prática má prática
implantação desregrada de objetos implantação com redução significativa da zona livre de circulação
mobiliário urbano

chumbados ao pavimento ou, no históricos, sociais e afetivos do lo-


Parâmetros para caso de aparafusamento, garan- cal, bem como estar em articulação
análise e escolha tir mecanismos anti-roubo. Não com o espaço público da envolven-
é aconselhável a utilização de te em que se inserem. Os objetos
Todos os modelos de mobiliário objetos dotados de mecanismos, devem ser sempre um fator de
urbano e equipamento devem ser por os mesmos estarem sujeitos a valorização do meio urbano.
conformes às exigências de quali- uma maior facilidade de degrada-
dade previstas na legislação portu- ção. Os objetos com peças metá- Coerência formal
guesa e europeia, no que refere à licas devem ser sempre sujeitos a Os objetos não devem ser disso-
sua certificação e homologação. tratamento de metalização. nantes quanto à sua composição; a
sua forma, os seus materiais e as
Os parâmetros para análise e Funcionalidade suas cores devem ser equilibrados
escolha do mobiliário urbano e dos Os objetos devem sempre assegu- e formar um conjunto coerente em
equipamentos a utilizar no espaço rar o cumprimento do fim a que se si e entre si.
público devem incidir sobre três destinam, possibilitando a todos
aspetos gerais fundamentais – o os utilizadores o desempenho das Acessibilidade
desenho do objeto e adequação à suas atividades sem qualquer Os objetos devem permitir a sua
função, o seu enquadramento ur- esforço. Poderão contemplar tam- utilização por “todos”, respeitando
bano e arquitetónico, e o seu custo. bém alguma polivalência de uso, os princípios do Design Universal e,
deixando lugar à livre apropriação mais especificamente, a legislação
Estes parâmetros de análise e por parte dos utilizadores. portuguesa aplicável.
escolha do mobiliário urbano e dos
equipamentos a utilizar devem ser Conforto | Ergonomia
considerados por todas as enti- Os objetos devem ser confortáveis Custo
dades, públicas ou privadas, com no uso e na relação que esta-
intervenção no espaço público da belecem com o corpo, devendo Custo inicial
cidade de Lisboa. responder de forma positiva às Devem sempre ser tidos em con-
características ergonómicas e às sideração os custos iniciais dos
Este Manual não pretende limitar necessidades de conforto dos seus objetos em face do orçamento
a escolha dos objetos mas sim utilizadores. As funções básicas disponível, da sua função e da sua
garantir padrões mínimos de quali- de uso, como agarrar ou sentar, posição no espaço público, e da
dade do mobiliário e equipamento deverão ser cumpridas sem qual- oferta existente no mercado.
urbano, e a sua adequada implan- quer dificuldade e deve sempre ser
tação no espaço público. considerada e ponderada a inércia Custo de manutenção
térmica dos materiais face às con- Devem sempre ser tidos em consi-
dições climatéricas. deração os custos de manutenção
Objeto e adequação à função associados aos objetos, uma vez
Segurança que um acréscimo no seu custo
Legibilidade Os objetos devem sempre transmi- inicial poderá ser compensado com
Os objetos devem ser facilmente tir e oferecer segurança aos seus um decréscimo nos seus custos de
identificáveis e reconhecíveis, não utilizadores, tanto no que se refere manutenção ou vice-versa.
possibilitando qualquer confusão à sua utilização como no que se
quanto à sua função nem contri- refere à sua forma de colocação/
buindo para proporcionar acidentes fixação no espaço público. Cor
decorrentes de um uso inadequado.
No sentido de conferir uma ima-
Resistência | Durabilidade dos Enquadramento urbano e gem e identidade à cidade de Lis-
materiais arquitetónico boa, bem como numa tentativa de
Devem ser utilizados objetos otimizar recursos e reduzir custos
compostos por materiais dura- Identidade de manutenção, concluiu-se que
douros e de construção sólida e Os objetos devem contribuir para deverão ser adotados na cidade
robusta, como forma de resistência criar uma identidade do local e da duas cores distintas para o mobiliá-
ao clima, ao uso prolongado e ao cidade, devendo para isso estar rio e equipamento urbano.
vandalismo. Os objetos devem ser associados aos fatores culturais,
mobiliário urbano

Lisboa - identificação de cores por freguesia

Tendo-se verificado a existência Areeiro, Arroios, Avenidas Novas,


de vários tons de cinzento e vários Beato, Belém, Benfica, Campo
tons de verde como cores predomi- de Ourique, Campolide, Carnide,
nantes, sendo a maior predominân- Lumiar, Marvila, Olivais, Parque das
cia de verde nas zonas históricas, Nações e Penha de França.
definiu-se um tom de cinza e um
tom de verde a utilizar.
Mais informações
Assim, nos materiais passíveis de
serem pintados, deverá ser uti- ●● Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8
lizado a cor RAL 6009 – verde, de agosto.
se localizados nas Freguesias de
Estrela, Misericórdia, Santa Maria ●● Define as condições de acessi-
Maior, Santo António e São Vicente, bilidade a satisfazer na construção
e na cor RAL 7011 – cinzento, se de espaços públicos, equipamen-
localizados nas restantes Fregue- tos coletivos e edifícios públicos e
sias da Ajuda, Alcântara, Alvalade, habitacionais
mobiliário urbano 7.1 ABRIGOS E PARAGENS DE TRANSPORTES PÚBLICOS

Descrição Implantação

7.1 Na cidade de Lisboa são atualmen-


te utilizados alguns modelos de
●● Sempre que se verifique a
necessidade, por razões funcionais
Abrigos abrigos de transportes públicos em
resultado dos contratos de conces-
e para melhoria das condições de
circulação pedonal, é admitida a
e paragens são anteriormente estabelecidos;
contudo, em espaços públicos de
utilização de abrigos de transportes
públicos com projeto e dimensiona-
de transportes relevante valor patrimonial ou por
motivos devidamente fundamen-
mento adaptado.

●● Nos passeios de largura reduzi-


públicos tados poderão vir a ser utilizados
outros modelos. da deverão ser adotados modelos
de abrigo de transportes públicos
Os abrigos devem ser pintados na com cobertura mais reduzida e sem
cor RAL 6009 – verde, se localiza- painéis laterais.
dos nas Freguesias de Estrela, Mi-
sericórdia, Santa Maria Maior, Santo ●● Quando não for possível asse-
António e São Vicente, e na cor RAL gurar uma largura livre de obstá-
7011 – cinzento, se localizados nas culos de pelo menos 1,20m entre
restantes Freguesias. a fachada do edifício e o painel de
sustentação da cobertura do abrigo
A sinalização das paragens de de transportes públicos e, simul-
autocarro, designadamente no que taneamente uma largura livre de
refere ao poste ou postalete com obstáculos de pelo menos 1,00m
indicação dos autocarros e elétri- entre o limite do lancil e o mes-
cos com paragem, é sempre feita mo painel deverá a paragem ser
através de sinalética específica, assinalada somente por postalete,
conforme os modelos adotados sendo interdita a implantação de
pela Carris, devendo ser sempre abrigo.
salvaguardada a sua implantação
de acordo com as regras relativas à
sinalização rodoviária vertical.

má prática – a evitar boa prática – a adotar em passeios estreitos


MOBILIÁRIO URBANO ESQ.01a - Abrigos ESQ.01b - Abrigos
mobiliário urbano
Implantação de abrigo com cobertura standart Implantação de abrigo com cobertura reduzida
Esc. 1 / 75 Esc. 1 / 75

ESQ.01c - Abrigos ESQ.01d - Abrigos


Paragem com postalete Implantação de abrigo invertido com cobertura reduzida
Esc. 1 / 75 Esc. 1 / 75

abrigos abrigos
implantação de abrigo com cobertura standart implantação de abrigo com cobertura reduzida

abrigos abrigos
paragem com postalete implantação de abrigo invertido com cobertura reduzida
mobiliário urbano 7.2 SUPORTES PARA ESTACIONAMENTO DE BICICLETAS

Para que a utilização da bicicleta Em qualquer das situações, estará


no dia-a-dia se possa afirmar como sempre associada aos espaços de
vantajosa relativamente ao automó- estacionamento para bicicletas a
7.2 vel é crucial a existência de uma boa
oferta de pontos para estacionamen-
instalação do necessário dispositivo
de suporte para bicicletas.
Suportes para to de bicicletas, os quais deverão
ser localizados, preferencialmente,
estacionamento na rodovia, em linha com o estacio-
namento automóvel, em local bem
Descrição

de bicicletas visível - para minimizar os riscos de


furto - e devidamente sinalizado.
Os suportes a utilizar nos estacio-
namentos de bicicletas deverão
obedecer às seguintes caracterís-
Em situações devidamente justi- ticas:
ficadas a sua localização pode tam-
bém ocorrer no espaço de circula- ●● permitir que tanto o quadro
ção pedonal - passeio -, desde que como ambas as rodas da bicicleta
tal se justifique, nomeadamente sejam fixas ao suporte;
junto às entradas dos equipamen-
tos de utilização coletiva - públicos ●● permitir que a fixação do quadro
ou privados - e dos interfaces de e de ambas as rodas da bicicleta
transporte público, e desde que tal possa ser feita com cadeados do
não perturbe a fluidez da circulação tipo “U” ou “D”;
pedonal, nomeadamente a conti-
nuidade do percurso acessível. ●● permitir o apoio do quadro
no suporte em pelo menos dois
ESQ.01c - Estacionamento de bicicletas
pontos;
Esc. 1 / 100
●● garantir que se evitem situ-
ações de fixação em que a roda
dianteira possa rodar sobre si
própria;
B

●● dispor de barra de segurança/


deteção para invisuais, quando os
suportes forem colocados no passeio,
sendo obrigatório apenas para os
A A
que se situarem nas extremidades do
B
sistema/ conjunto;
Planta
●● ser fabricados em material resis-
tente ao corte;

●● ser fixos ao pavimento de forma


a que seja impossível de removê-los
do local.

Corte AA
Os modelos de suporte a adotar para
o estacionamento de bicicletas no
espaço público são do tipo “Sheffield”.

Os suportes devem ser pintados na


cor RAL 6009 – verde, se localizados
nas Freguesias de Estrela, Misericór-
dia, Santa Maria Maior, Santo António
Corte BB
e São Vicente, e na cor RAL 7011 –
cinzento, se localizados nas restantes
estacionamento de bicicletas longitudinal – no passeio
Freguesias.
ESQ.01b - Estacionamento de bicicletas mobiliário urbano
7.2 SUPORTES PARA ESTACIONAMENTO DE BICICLETAS

Esc. 1 / 100

Implantação
A implantação dos suportes a utilizar B

nos estacionamentos de bicicletas


deve obedecer às seguintes regras:

●● quando os suportes sejam loca-


A A
B

lizados em via ou estacionamento


suprimido, deve ser garantido um
Planta
espaço dedicado, devidamente assi-
nalado e com uma largura mínima de
1,80m.

●● quando os suportes sejam coloca-


dos nos passeios e dispostos parale-
los aos lancis, deve ser assegurada
uma distância de 0,30m ao limite
da rodovia, devendo sempre ser, Corte AA

após a consideração de uma faixa


lateral destinada à bicicleta com
0,60m, salvaguardada a continuida-
de do percurso acessível referido no
Decreto-Lei nº46/2006;

No que refere à sua implantação ESQ.01a - Estacionamento de bicicletas


em passeios inclinados, os suportes Corte BB

deverão ser colocados perpendicular-


Esc. 1 / 100
estacionamento de bicicletas – no passeio
mente ao plano inclinado, para evitar
que as bicicletas deslizem.

A A
B

Planta

Corte AA

Corte BB

estacionamento de bicicletas – em bolsa de estacionamento à cota de via


mobiliário urbano 7.3 PARQUÍMETROS

Descrição Implantação

7.3 Os parquímetros correspondem a


dispositivos automáticos destina-
A localização de parquímetros deve
garantir que a maior distância real
Parquímetros dos ao controle do estacionamento
em vias públicas, designadamente
entre os lugares de estacionamento
e o parquímetro não é superior a
nas zonas de estacionamento de 100,00m.
duração limitada, com o fim de
garantir, designadamente através A implantação de parquímetros
da diferenciação de tarifas, a sua sujeita-se às seguintes regras:
rotatividade.
●● nos passeios, na área desti-
Na cidade de Lisboa, estes equi- nada à implantação de mobiliário
pamentos são geridos pela EMEL urbano, numa distância de 0,30m
– Empresa Municipal de Mobilidade do lancil, ou na faixa contígua ao
e Estacionamento de Lisboa, E.M. plano de fachada dos edifícios, de-
S.A, a qual opera de acordo com vendo ser garantido com o mesmo
o sistema global de mobilidade e alinhamento;
acessibilidades definido pela Câma-
ra Municipal de Lisboa. ●● na faixa destinada a estacio-
namento, em espaço próprio com
uma largura mínima de 1,20m,
assinalado através de pavimento
ou pintura específica, numa distân-
cia não inferior ao limite da via de
0,50m, e orientado no sentido do
passeio.

lisboa – avenida da liberdade


7.3 PARQUÍMETROS ESQ.01c - Parquimetrosmobiliário urbano
Implantação em zona de estacionamento
ESQ.01a - Parquimetros ESQ.01b - Parquimetros
Esc. 1/75
Implantação em canal de equipamentos Implantação junto à fachada
Esc. 1/75 Esc. 1/75

ESQ.01c - Parquimetros
Implantação em zona de estacionamento
Esc. 1/75

parquímetros parquímetros
implantação em canal de equipamentos implantação junto à fachada

parquímetros – implantação em zona de estacionamento


mobiliário urbano 7.4 PILARETES E GUARDA-CORPOS

Se existir elemento de ligação entre


Pilaretes pilaretes, esse elemento deve ser
rígido e o conjunto deve cumprir
7.4 Descrição
todos os requisitos aplicáveis aos
guarda-corpos.
Pilaretes e Os pilaretes correspondem a ele- Com exceção da envolvente de
guarda-corpos mentos cuja função é a de asse-
gurar:
equipamentos públicos ou de
utilização coletiva, em particular
estabelecimentos de ensino e de
●● a proteção e salvaguarda dos saúde, a instalação de pilaretes
espaços de circulação pedonal e nos diferentes tipos de espaço
dos peões relativamente ao esta- público deve corresponder a uma
cionamento abusivo; medida excecional, devidamente
fundamentada. Neste âmbito, a sua
●● em conjunto com a sinaliza- utilização deve circunscrever-se às
ção horizontal a delimitação dos seguintes situações:
espaços-canal.
●● áreas sujeitas a forte pressão
Na cidade de Lisboa, o modelo de de estacionamento abusivo;
pilarete a adotar deverá correspon-
der às seguintes características: ●● zonas mistas.

●● garantir a resistência a eventu- Os pilaretes devem ser pintados na


ais impactos resultantes da circula- cor RAL 6009 – verde, se localiza-
ção e estacionamento automóvel; dos nas Freguesias de Estrela, Mi-
sericórdia, Santa Maria Maior, Santo
●● possuir uma altura do rebordo António e São Vicente, e na cor RAL
superior ao piso de 0,90m; 7011 – cinzento, se localizados nas
restantes Freguesias.
●● » secção constante, tubular, em
metal, com diâmetro não inferior a ●● Nos espaços de circulação parti-
0,075m; lhada e em zonas de especial valor
patrimonial podem ser admitidos
●● não possuir arestas vivas. outros modelos, designadamente
em pedra, desde que assegurem as
seguintes condições:

lisboa – parque das nações


7.4 PILARETES E GUARDA-CORPOS mobiliário urbano

●● preservem a resistência a even- ●● a distância entre pilaretes deve- Implantação em área de


tuais impactos; rá ser de 1,50m;
proteção de passadeira
●● tenham uma altura mínima ●● a sua implantação nunca deve A colocação de pilaretes na área de
relativamente ao pavimento en- colocar em causa a existência do
proteção de uma passadeira de pe-
volvente de 0,30m e um volume percurso acessível com uma dimen-
ões deve ser efetuada da seguinte
detetável por bengala. são mínima de 1,20m.
forma:
A utilização de pilaretes retráteis só Nos espaços de circulação parti-
●● o pilarete deve ficar a uma
é permitida nas seguintes situa- lhada:
distância igual a 0,30m da faixa de
ções:
rodagem;
●● os pilaretes devem ser dispos-
●● nas zonas de acesso automóvel tos ao longo dos percursos pedo-
●● se forem colocados pilare-
condicionado - definidas no Regula- nais, salvaguardando sempre uma
tes sobre a faixa de alerta, estes
mento Geral de Estacionamento e distância superior a 0,30m à faixa
devem ser implantados de forma
Paragem na Via Pública; dedicada aos percursos acessíveis;
simétrica relativamente ao eixo
da passadeira de peões, com um
●● para acesso a equipamentos ●● a distância entre pilaretes não
afastamento de 0,80m para cada
públicos ou de utilização coletiva deverá ser superior a 2,00m nem
lado desse eixo, e a partir daí para
ou espaços verdes públicos. inferior a 1,50m;
fora a intervalos regulares, com
um afastamento igual ou menor a
●● a sua implantação nunca deve
colocar em causa a existência do 1,50m;
Implantação
percurso acessível com uma dimen-
Nos arruamentos onde haja delimi- são mínima de 1,20m. ●● se for necessário colocar mais
de um pilarete, o conjunto deve ser
tação da faixa de rodagem:
alinhado com a mesma direção do
lancil.
●● os pilaretes devem ser dispos-
tos ao longo das vias, no espaço de
circulação pedonal, a uma distância
igual a 0,30m da faixa de rodagem,

lisboa – calçada do mirante


mobiliário urbano 7.4 PILARETES E GUARDA-CORPOS

ESQ.01b - Pilaretes
Implantação na área de proteção das passadeiras
Esc. 1/75

ESQ.01b - Pilaretes
Implantação na área de proteção das passadeiras
Esc. 1/75

pilaretes – implantação nos arruamentos

pilaretes – implantação na área de protecção das passadeiras


7.4 PILARETES E GUARDA-CORPOS mobiliário urbano

Nos espaços de circulação parti-


Guarda-corpos ●● ser vazado, de forma a não lhada e em zonas de especial valor
diminuir a visibilidade;
patrimonial podem ser admitidos
outros modelos, designadamente
●● se for dotado de uma ou mais
Descrição em pedra, desde que assegurem as
travessas, fixação da travessa aos
seguintes condições:
montantes por encaixe que não
Os guarda-corpos correspondem
permita a rotação.
a elementos cuja função é a de ●● preservem a resistência a even-
assegurar a intransponibilidade tuais impactos;
Com exceção da envolvente de
dos diferentes tipos de espaço, equipamentos públicos ou de
impedindo o atravessamento das ●● tenham uma altura mínima
utilização coletiva, em particular
vias de circulação automóvel ou a relativamente ao pavimento en-
estabelecimentos de ensino e de
invasão dos espaços de circulação volvente de 0,30m e um volume
saúde, a instalação de guarda-cor-
pedonal por veículos de menor detetável por bengala.
pos nos diferentes tipos de espaço
dimensão, incluindo motociclos e público deve corresponder a uma
bicicletas. medida excecional, devidamente
Implantação
fundamentada. Neste âmbito, a sua
Na cidade de Lisboa, o modelo de
utilização deve circunscrever-se às Nos arruamentos onde haja delimi-
guarda-corpos a adotar deverá
seguintes situações: tação da faixa de rodagem:
corresponder às seguintes caracte-
rísticas:
●● áreas sujeitas a tráfego intenso; ●● os guarda-corpos devem ser
●● garantir a resistência a eventu- dispostos ao longo das vias, no es-
●● áreas sujeitas a forte pressão paço de circulação pedonal, a uma
ais impactos resultantes da circula- de estacionamento abusivo de
ção e estacionamento automóvel; distância igual a 0,30m da faixa de
motociclos e bicicletas;
rodagem;
●● possuir uma altura do rebordo ●● zonas mistas.
superior ao piso de 0,90m; ●● a sua implantação nunca deve
Os guarda-corpos devem ser colocar em causa a existência do
●● possuir em toda a sua extensão, pintados na cor RAL 6009 – verde, percurso acessível com uma dimen-
um volume detetável por bengala se localizados nas Freguesias de são mínima de 1,20m.
a uma altura do piso máxima de Estrela, Misericórdia, Santa Maria
0,30m; Implantação em área de proteção
Maior, Santo António e São Vicente,
de passadeira
e na cor RAL 7011 – cinzento, se
●● não possuir arestas vivas;
localizados nas restantes Fregue- A colocação de guarda-corpos na
sias. área de proteção de uma passadei-
ra de peões deve ser efetuada da
seguinte forma:

●● o guarda-corpos deve ficar a


0,30m da faixa de rodagem;

●● se forem colocados guarda-


-corpos na direção do lancil, estes
devem ser implantados com um
afastamento aos limites laterais da
marca rodoviária M11 (passadeira)
igual ou superior a 0,50m.

lisboa – santo antónio


mobiliário urbano 7.4 PILARETES E GUARDA-CORPOS

ESQ.01d - Guarda corpos


Implantação na área de proteção das passadeiras
Esc. 1/75

ESQ.01d - Guarda corpos


Implantação na área de proteção das passadeiras
Esc. 1/75
guarda corpos
implantação
nos
arruamentos

guarda corpos
implantação
na área de
protecção das
passadeiras
7.5 BANCOS, CADEIRAS E MESAS mobiliário urbano

Descrição ●● Quando os elementos sejam


pintados, deverão sê-lo na cor RAL

7.5 Preferencialmente, devem ser


adotados assentos com encosto,
6009 – verde, se localizados nas
Freguesias de Estrela, Misericórdia,
Santa Maria Maior, Santo António
Bancos, procurando-se dar resposta a uma
forma de estar mais confortável, e São Vicente, e na cor RAL 7011 –
cinzento, se localizados nas restan-
cadeiras principalmente em zonas onde se
prevê maior uso por parte de popu- tes Freguesias.

e mesas lação idosa (nestes casos a exis-


tência de braços em complemento
é de maior pertinência), zonas de Implantação
espera, como interfaces de trans-
porte público, ou zonas onde o ca- A localização de bancos e cadeiras
ráter do espaço induza ao descanso deverá obedecer aos seguintes
ou a um tempo de permanência critérios de localização:
prolongado.
●● interfaces de transporte público
Admite-se que os assentos não (para além dos assentos incluídos
tenham costas quando: nos abrigos de transportes públi-
cos), preferencialmente associados
●● nas situações em que o objetivo a elementos que assegurem um
da sua colocação não seja o estar correcto abrigo do sol e da chuva;
mas apenas o descanso pontual;
●● praças, largos e jardins públicos
●● quando da articulação intrínseca com funções de recreio e lazer, pre-
entre os objetos e o espaço em que ferencialmente associados a zonas
se insere, podendo ser importante de ensombramento por árvore;
minimizar a presença visual destes
objetos no espaço ou relacioná-los ●● espaços públicos cuja dimen-
diretamente com a envolvente e são, configuração ou interesse
arquitetura; histórico permita cumprir funções
de descanso pontual do peão e/ ou
●● em situações que induzam contemplação de edifícios, circui-
à apropriação livre, como zonas tos pedonais ou da paisagem;» em
informais de convívio, ou quando o arruamentos, preferencialmente
objeto possa estar a dar resposta a associados a zonas de ensombra-
várias funções; mento por árvore.

lisboa – parque das nações


mobiliário urbano 7.5 BANCOS, CADEIRAS E MESAS

ESQ.01b - Bancos
Implantação nos arruamentos
Esc. 1/75

bancos – ergonomia

ESQ.01c - Bancos sem costas


Implantação nos arruamentos
Esc. 1/75

bancos – implantação nos arruamentos

bancos sem costas – implantação nos arruamentos


7.6 PARKLETS mobiliário urbano

Estrela, Misericórdia, Santa Maria


Descrição Maior, Santo António e São Vicente,
e na cor RAL 7011 – cinzento, se
7.6 Os parklets correspondem a estru-
turas ligeiras que possibilitam a
localizados nas restantes Fregue-
sias.
Parklets ampliação pontual da área pedonal,
sobre os espaços de estacionamen- Os parklets têm como objetivos:
to que lhes são contíguos.
●● ampliar a área de espaço públi-
O parklet é uma extensão tempo- co de uso pedonal
rária do passeio. Trata-se de uma A cidade de Lisboa apresenta em
ampliação do passeio público, alguns bairros uma carência de es-
realizada por meio da implantação paços públicos que possam ser uti-
de um estrado ou de plataforma lizados como espaços de recreio e
sobre a área antes ocupada pelo lazer pela população. Disponibilizar
espaço de estacionamento na via áreas nalguns dos bairros centrais
pública, que pode ser equipada com da cidade é muitas vezes inviável;
bancos, floreiras, mesas e cadeiras, a facilidade de implantação e o seu
guarda-sóis, aparelhos de exercí- baixo custo são vantagens que via-
cios físicos ou outros elementos bilizam a adoção de parklets - de-
de mobiliário, dependendo da sua vido ao seu tamanho relativamente
função de estadia, recreio ou lazer. pequeno, baixo custo de instalação
e manutenção, natureza temporária
Quando os elementos constituintes da intervenção e pelas parcerias
dos parklets sejam pintados, deve- que se podem estabelecer com
rão sê-lo na cor RAL 6009 – verde, instituições e empresas.
se localizados nas Freguesias de

San Francisco – california San Francisco – california


mobiliário urbano 7.6 PARKLETS

As vantagens do parklet prendem-


●● promover espaços de encontro e -se essencialmente com: Implantação
convívio na rua
A oferta de espaços públicos que Na instalação dos parklets deve ser
●● a possibilidade de reversão
proporcionem o encontro e convívio pontual da utilização dos espaços assegurado:
da população, induz a uma maior destinados a estacionamento ou,
interação social, capaz de estabele- de alguns dos espaços de circula- ●● o nivelamento do piso do park-
cer laços, relações de vizinhança e ção rodoviária; let com o passeio envolvente – a
consequentemente, aumenta a se- altura do parklet deve, para isso,
gurança, funciona como motor para ●● a facilidade da sua instalação e ser igual à altura do lancil;
o comércio local e contribui para remoção (intervenção reversível);
desenvolver o sentido de bairro. ●● as necessárias condições de
●● a facilidade do seu transporte e conforto e segurança dos seus
Em face da uniformidade das armazenamento; utilizadores, através da adoção de
dimensões dos lugares de esta- modelos com características de
cionamento, os parklets podem, e ●● o seu baixo custo de fabrico e resistência mecânica adequadas
devem, corresponder a unidades de instalação. aos usos previstos;
com as mesmas dimensões e que
em face da disponibilidade de es- A instalação de parklets pode ser ●● salvaguardar o acesso a todas
paço ou da pressão da procura, vão colocada por empresas e institui- as caixas de visita das infraestrutu-
ocupando de forma gradual alguns ções ou autarquias, sendo a sua ras no subsolo;
dos lugares de estacionamento. autorização da responsabilidade
do Município, em articulação com ●● a melhor preservação e manu-
as Juntas de Freguesia, e sujeita
ESQ.01a - Parklets tenção dos pavimentos
ESQ.01b - Parklets existentes,
ao pagamento de taxa a fixar em sem prejuízo da sua melhor fixação
Implantação em arruamentos Implantação em arruamentos
regulamento municipal. a estes quando se justifique.
Esc. 1/75 Esc. 1/75
Os modelos e características dos  
parklets a adotar no espaço público
da cidade de Lisboa, são os defini-
dos pelos serviços municipais.

parklets – implantação em arruamentos (antes) parklets – implantação em arruamentos (depois)


7.7 ESPLANADAS mobiliário urbano

sias de Estrela, Misericórdia, Santa


Descrição Maria Maior, Santo António e São
Vicente, e na cor RAL 7011 – cin-
7.7 Entende-se por esplanada a ins-
talação na via pública de mesas
zento, se localizados nas restantes
Freguesias.
Esplanadas e cadeiras destinadas a apoiar
exclusivamente estabelecimentos
de hotelaria ou similares. Implantação
Todo o mobiliário – mesas e ca- A instalação de esplanadas só é
deiras – que constitua a esplanada autorizada em frente dos respeti-
deve ficar circunscrito à sua área vos estabelecimentos.
de implantação.
Em situações especiais, devida-
Podem ainda integrar a área da mente fundamentadas, pode ser
esplanada outros elementos de autorizada a instalação de espla-
mobiliário urbano, como por exem- nadas afastadas das fachadas dos
plo, carrinhos de apoio ao serviço, respetivos estabelecimentos desde
expositores de ementas, aquecedo- que fiquem assegurados corredo-
res verticais, floreiras, contentores res para a circulação de peões de
para resíduos, guarda-ventos ou largura não inferior a 2,00m.
guarda-sóis.
Pode ser autorizada a instalação
ESQ.01b - Esplanadas Em substituição das cadeiras, ESQ.01a - Esplanadas
de esplanadas independentes
Implantação em arruamentospodem opcionalmente ser conside-
Implantação em arruamentos
de qualquer estabelecimento e
rados para as esplanadas, bancos, situadas em praças, largos, ruas ou
Esc. 1/75 pufes e/ ou outros modelos de
Esc. 1/75
alamedas. Em casos em que seja
assentos. necessário o atravessamento de
via com fluxo rodoviário relevan-
Quando os elementos sejam pinta- te será necessário obter parecer
dos, deverão sê-lo na cor RAL 6009 favorável dos serviços responsáveis
– verde, se localizados nas Fregue- pelo tráfego.

esplanadas – implantação em arruamentos esplanada – implantação em arruamentos


mobiliário urbano 7.7 ESPLANADAS

Planos de esplanada paço não inferior a 0,80m. Quando


existentes e a considerar a fachada do estabelecimento for
Esplanadas comum a outros estabelecimentos
●● Avenida Conde de Valbom abertas é indispensável a autorização de
todos.
●● Avenida Duque D’Ávila
Descrição Excecionalmente poderão ser
●● Avenida Guerra Junqueiro excedidos estes limites quando tal
Esplanada sem qualquer tipo de não prejudique o acesso a esta-
●● Bairro Alto proteção frontal. belecimentos e/ ou prédios contí-
guos sempre que o requerimento
●● Baixa Pombalina seja acompanhado da necessária
Implantação autorização do proprietário ou pro-
●● Calçada do Duque
prietários em causa. Quando pelas
A ocupação não pode prejudicar
dimensões da rua resultar eventual
●● Largo do Carmo a circulação de peões reservan-
conflito de interesses entre comer-
do sempre para tal corredores de
●● Parque das Nações ciantes de estabelecimentos fron-
circulação, de largura não inferior a
teiros, deverá aquele ser dirimido
2,00m contado:
●● Portas de Santo Antão segundo as normas de equidade.
●● a partir do rebordo exterior do Nos passeios com paragens de
●● Praça de São Paulo lancil do passeio, em passeio sem
veículos de transportes coletivos de
caldeiras;
●● Rua Nova do Carvalho [troço 1] passageiros não é permitida a ins-
talação de esplanada aberta numa
●● a partir do limite interior ou ba-
zona de 5,00m para cada lado da
lanço do respetivo elemento mais
Mais informações paragem.
próximo da fachada do estabeleci-
mento, em passeios com caldeiras
Câmara Municipal de Lisboa, Edital
ou outros elementos ou tipos de
nº101/91; Regulamento Geral de Mais informações
equipamento urbano.
Mobiliário Urbano e Ocupação da
Via Pública – Artigos 47.º e 48.º  Câmara Municipal de Lisboa, Edital
As instalações não podem exce-
nº101/91; Regulamento Geral de
der a fachada do estabelecimento
Mobiliário Urbano e Ocupação da
respetivo, nem dificultar o acesso
Via Pública – Artigos 49.º e 51.º
livre e direto ao mesmo em toda a
largura do vão da porta, num es-

lisboa – largo do camões


7.7 ESPLANADAS mobiliário urbano

mais de metade da largura do


Implantação passeio, com o limite máximo de
Esplanadas 3,50m.
fechadas A instalação de esplanadas fecha-
das deve deixar livre para a circula- No fecho de esplanadas não é
ção de peões um espaço de passeio autorizada a utilização de alumínio
Descrição nunca inferior a 2,00m, medido: anodizado, o pavimento deverá
obrigatoriamente manter o empe-
Esplanada efetuada em espaço ●● a partir do rebordo exterior do drado de vidraço, se não for utili-
totalmente protegido, ainda que lancil do passeio, em passeio sem zado estrado, e os vidros a utilizar
qualquer dos elementos da estrutu- caldeiras; deverão ser obrigatoriamente lisos
ra sejam retráteis ou móveis. e transparentes.
●● a partir do limite interior ou ba-
Trata-se de uma solução que deve- lanço do respetivo elemento mais
rá ser evitada por sistema, pelo que próximo da fachada do estabeleci- Mais informações
carece sempre de uma apreciação mento, em passeios com caldeiras
cuidada por parte da entidade ou outros elementos ou tipos de Câmara Municipal de Lisboa, Edital
licenciadora. equipamento urbano. nº101/91; Regulamento Geral de
Mobiliário Urbano e Ocupação da
Nos bairros históricos é interdita a Em caso algum será autorizada Via Pública – Artigos 54.º a 58.º
instalação de esplanadas fechadas. uma esplanada fechada que ocupe

lisboa – santo antónio


mobiliário urbano 7.7 ESPLANADAS

Nos bairros históricos é interdita a


instalação de guarda-ventos.
Estrados Guarda-ventos
Descrição Descrição Implantação

A utilização de estrados só poderá O guarda-vento é um dispositivo A instalação de guarda-ventos só


ser autorizada se aqueles forem amovível, rígido e transparente, pode ocorrer junto de esplanadas e
construídos em madeira e por que funciona como proteção lateral durante a época do seu funciona-
módulos com a área máxima de contra agentes climatéricos, de mento.
3,00m2. apoio a esplanadas abertas.
O guarda-vento deve ser amovível
Os estrados devem ser amovíveis Quando o guarda-vento possua e ser retirado quando o estabeleci-
de modo a serem assegurados uma parte opaca, esta não pode mento se encontra encerrado.
os acessos às infraestruturas de ultrapassar a altura de 0,60m,
subsolo e permitir a lavagem/ ma- contada a partir do solo. Os guarda-ventos devem ser colo-
nutenção do pavimento, de modo a cados perpendicularmente ao plano
evitar a insalubridade. Os vidros a utilizar deverão ser in- marginal da fachada, sem ocultar
quebráveis e não poderão exceder referências de interesse público e
Os estrados devem garantir a aces- as seguintes dimensões: sem prejudicar a segurança, salu-
sibilidade de pessoas com mobili- bridade e boa visibilidade do local
dade reduzida. ●● altura máxima de 1,35m; ou as árvores porventura existentes
na envolvente.
●● largura máxima de 1,00m.
Implantação A distância do seu plano inferior
As partes metálicas pintadas dos ao pavimento deve ser no mínimo
A altura máxima dos estrados será guarda-ventos devem ser pintadas de 0,05m, não podendo a altura
definida pela cota máxima da solei- na cor RAL 6009 – verde, se loca- total dos mesmos exceder 2,00m,
ra da porta de entrada. lizados nas Freguesias de Estrela, contados a partir do solo.
Misericórdia, Santa Maria Maior,
Os estrados só poderão ser utiliza- Santo António e São Vicente, e na Os guarda-ventos não podem ter
dos quando o desnível do pavimen- cor RAL 7011 – cinzento, se locali- um avanço superior ao da esplana-
to for superior a 5,0%. zados nas restantes Freguesias. da nem, em qualquer caso, superior

Mais informações

Câmara Municipal de Lisboa, Edital


nº101/91; Regulamento Geral de
Mobiliário Urbano e Ocupação da
Via Pública – Artigo 52.º

lisboa lisboa – arroios


7.7 ESPLANADAS mobiliário urbano

a 3,00m. Entre o guarda-vento e


qualquer outro obstáculo, elemen- Implantação
to de mobiliário ou equipamento Contentor de
urbano deve obrigatoriamente resíduos O contentor para resíduos deve
ser instalado contiguamente ao
existir uma distância nunca inferior
a 2,00m. respetivo estabelecimento, servindo
Descrição exclusivamente para seu apoio.
A colocação de guarda-ventos na
proximidade de outros estabeleci- O contentor para resíduos deve A instalação de um contentor para
mentos só pode fazer-se desde que estar sempre em bom estado de resíduos no espaço público não
entre eles e as montras ou acessos conservação, nomeadamente no pode causar qualquer perigo para a
daqueles fique salvaguardada uma que respeita a pintura, higiene e higiene e limpeza do espaço.
distância não inferior a 0,80m. limpeza.

O contentor de resíduos deve ser Mais informações


pintado na cor RAL 6009 – verde,
Mais informações
se localizado nas Freguesias de Câmara Municipal de Lisboa, Edital
Câmara Municipal de Lisboa, Edital Estrela, Misericórdia, Santa Maria nº101/91; Regulamento Geral de
nº101/91; Regulamento Geral de Maior, Santo António e São Vicente, Mobiliário Urbano e Ocupação da
Mobiliário Urbano e Ocupação da e na cor RAL 7011 – cinzento, se Via Pública – Artigo 53.º 
Via Pública – Artigo 53.º localizado em qualquer uma das
restantes Freguesias.

ESQ.01c - Esplanadas - Guarda Vento


Implantação em arruamentos
Esc. 1/75

esplanadas – GUARDA VENTO – implantação em arruamentos lisboa – rossio


mobiliário urbano 7.8 TOLDOS, ALPENDRES, PALAS E SANEFAS

Descrição
Toldos
7.8 Elementos de proteção contra
É proibido afixar ou pendurar quais-
quer objetos nos toldos, alpendres,
Toldos, agentes climatéricos feitos de lona
ou material idêntico, rebatíveis,
palas e sanefas.

alpendres, aplicáveis a vãos de portas, janelas


e montras de estabelecimentos
Exceptua-se a afixação de men-
sagens publicitárias licenciadas
comerciais, nos quais pode estar in-
palas e sanefas serida uma mensagem publicitária.
pela Câmara Municipal de Lisboa
nos termos do Regulamento sobre
Publicidade.

Só poderão ser autorizadas sanefas


Alpendres ou após o licenciamento do respetivo
toldo, alpendre ou pala.
palas
Elementos rígidos, com predomínio
da dimensão horizontal, fixos aos
paramentos das fachadas, com
função decorativa e de proteção
contra agentes climatéricos.

Lisboa – rossio
7.8 TOLDOS, ALPENDRES, PALAS E SANEFAS mobiliário urbano

adequadas à tonalidade do toldo,


Implantação ●● os toldos têm que ser rebatíveis; com qualidade própria e o mínimo
de dizeres, devendo restringir-se à
Na instalação de toldos, alpendres ●● só serão permitidas superfícies
aba do mesmo;
curvas nos casos em que o vão
ou palas, e respetivas sanefas, ob-
seja em arco;
servar-se-ão os seguintes limites: ●● só poderão ser autorizadas sa-
nefas em arcadas ou vãos vazados;
●● as estruturas de suporte não
●● os toldos amovíveis em mate-
poderão sobrepor cunhais, emol-
riais não rígidos podem projetar–se ●● é interdita a instalação de tol-
duramentos de vãos, gradeamen-
fora do plano de fachada até um dos acima do nível do piso térreo;
tos, bases de varandas, cornijas e
máximo de 3,00m, não podendo
outros elementos com interesse
ultrapassar a superfície vertical pa- ●● é interdita a instalação de al-
arquitetónico e decorativo; pendres e palas nos bairros histó-
ralela ao bordo do passeio, distan-
do dele 0,80m; ricos.
●● a cor do toldo deve conjugar-se
com as características do ambiente
●● a instalação deve fazer-se a
urbano local;
uma distância do solo igual ou Mais informações
superior a 2,40m e nunca acima do
●● o limite interior das abas deverá Câmara Municipal de Lisboa, Edital
nível do tecto do estabelecimento a
ficar a uma distância ao solo de
que pertençam. nº101/91; Regulamento Geral de
2,40m ou igual à altura da parte
Mobiliário Urbano e Ocupação da
inferior da verga dos vãos do esta-
Na instalação de toldos em bairros Via Pública – Artigos 70.º a 75.º
belecimento;
históricos devem ser observadas as
ESQ.01a - Toldos
seguintes regras: Câmara Municipal de Lisboa, Edital
Implantação em arruamentos ●● a inscrição de publicidade só nº35/92; Regulamento de Publici-
poderá ser autorizada se tiver cores
Esc. 1/75 dade.

TOLDOS – IMPLANTAÇÃO EM ARRUAMENTOS Lisboa – baixa


mobiliário urbano 7.9 EXPOSIÇÕES NO ESPAÇO PÚBLICO

Expositores Grandes
7.9 de apoio a exposições
Exposições no estabelecimentos As ocupações da via pública ou em
áreas expectantes com estruturas
Expositores são estruturas próprias
espaço público para apresentação de produtos
de exposição destinadas à pro-
moção de marcas, campanhas de
comercializados no interior dos es-
sensibilização ou qualquer outros
tabelecimentos comerciais, instala-
eventos, podem ser autorizadas
das no espaço público.
desde que obedeçam às condições
As ocupações com estruturas de seguintes:
exposição, quando destinadas a
apoio de estabelecimentos, po- ●● as estruturas de apoio ou quais-
quer dos elementos expostos não
derão ser autorizadas desde que
podem exceder a altura de 5,00m;
respeitem as condições seguintes:
●● toda a zona marginal da via
●● a ocupação não pode prejudi-
pública deverá ser protegida em
car o trânsito de peões, deixando
relação à área de exposição sem-
sempre livre, para esse efeito, um
pre que as estruturas ou o equipa-
corredor de largura não inferior a
mento exposto possam, pelas suas
2,00m, definido entre o lancil e a
características, afectar direta ou
zona ocupada;
indiretamente a envolvente am-
biental.
●● a ocupação não pode exceder
0,60m ou 0,80m a partir do plano
As autorizações referidas no nú-
marginal da edificação conforme a
mero anterior não deverão exceder
largura do passeio for até 5,00m
o prazo de 60 dias, acrescido do
ou superior, respetivamente;
período necessário à montagem e
desmontagem que será fixado caso
●● a distância do plano inferior dos
expositores ao pavimento será, no a caso.
mínimo de 0,40m sempre que se
trate de produtos alimentares, não
podendo, em nenhum caso, a altura Mais informações
das instalações exceder 1,50m a
partir do solo; Câmara Municipal de Lisboa, Edital
nº101/91; Regulamento Geral de
●● a colocação dos expositores não Mobiliário Urbano e Ocupação da
pode, em qualquer caso, dificultar Via Pública – Artigos 76.º a 78.º
o acesso livre e direto ao próprio
estabelecimento em toda a largura
do vão da entrada, nem prejudi-
car o acesso ao prédio em que o
estabelecimento se integre ou os
prédios adjacentes.

No caso de inexistência de pas-


seios, ou quando a largura destes
seja inferior a 2,00m, a ocupação
pode, ainda assim, ser autorizada,
desde que fundamentada e avalia-
da em função das características
específicas de cada caso.
7.10 BANCAS mobiliário urbano

Descrição
Bancas de venda
7.10 Entende-se por banca de venda
toda a estrutura amovível, fixa ao
de jornais e
Bancas solo que não possa ser engloba- revistas
da na noção de quiosque, a partir
da qual é prestado um serviço ou Implantação
são expostos artigos para comér-
cio, manufaturados ou não pelo A instalação de bancas de venda de
vendedor. jornais e revistas só é autorizada
nas seguintes condições:
Nestas estruturas poderão ser
exercidos os seguintes ramos de ●● a ocupação deve garantir um
comércio ou serviço: corredor livre para o trânsito de
peões de largura não inferior a
●● venda de jornais, revistas e 2,00m;
lotaria;
●● a ocupação deve fazer-se a par-
●● artesanato; tir do plano marginal das edifica-
ções próximas, não sendo autoriza-
●● engraxadores; da a meio dos passeios, nem perto
do lancil dos mesmos;
●● todos os ramos autorizados no
âmbito da regulamentação da ven- ●● a ocupação não pode dificultar o
da ambulante, desde que integrada acesso a estabelecimentos ou edifí-
em aglomerados de venda ambu- cios em geral, nem pode ter lugar a
lante ou mercados de levante. uma distância inferior a 1,50m das
respetivas entradas;

Mais informações ●● a ocupação não pode verificar-


-se a uma distância inferior a
Câmara Municipal de Lisboa, Edital 1,50m de esplanadas, vitrinas de
nº101/91; Regulamento Geral de estabelecimentos ou, de um modo
Mobiliário Urbano e Ocupação da geral, de outras ocupações ou obs-
Via Pública – Artigo 63.º táculos existentes na via pública.

Mais informações

Câmara Municipal de Lisboa, Edital


nº101/91; Regulamento Geral de
Mobiliário Urbano e Ocupação da
Via Pública – Artigo 64.º

Lisboa – rossio
mobiliário urbano 7.10 BANCAS

Bancas de venda Bancas de Bancas de apoio à


de artesanato engraxadores venda ambulante
Implantação Implantação
ou a mercados de
levante
A instalação de bancas de venda de A ocupação de passeios e pla-
artesanato só poderá ser autoriza- cas da via pública para exercício Implantação
da quando se destinarem a zonas da atividade de engraxador só é
objeto de projeto específico, previa- autorizada nos locais previamente A ocupação de locais na via pública
mente elaborado pelos serviços. estabelecidos. com bancas de apoio à venda
ambulante só poderá ser autoriza-
da em locais previamente estabe-
Mais informações Mais informações lecidos, em resultado de projeto
de ordenamento do espaço e do
Câmara Municipal de Lisboa, Edital Câmara Municipal de Lisboa, Edital mobiliário e equipamento urbano
nº101/91; Regulamento Geral de nº101/91; Regulamento Geral de correspondente.
Mobiliário Urbano e Ocupação da Mobiliário Urbano e Ocupação da
Via Pública – Artigo 65.º Via Pública – Artigo 66.º
Mais informações

Câmara Municipal de Lisboa, Edital


nº101/91; Regulamento Geral de
Mobiliário Urbano e Ocupação da
Via Pública – Artigo 67.º

Lisboa – santo antónio


7.10 BANCAS mobiliário urbano

Máquinas/ arcas Brinquedos


de gelados mecânicos
A ocupação do espaço público A instalação de um brinquedo
com máquinas ou arcas de gela- mecânico ou de um equipamento
dos, quando destinadas a apoio similar deve respeitar as seguintes
de estabelecimentos, poderão ser condições:
autorizadas desde que respeitem
as condições seguintes: ●● por cada estabelecimento ape-
nas é permitida a instalação de um
●● a ocupação não pode prejudi- brinquedo mecânico ou equipamen-
car o trânsito de peões, deixando to similar, servindo exclusivamente
sempre livre, para esse efeito, um como apoio ao estabelecimento;
corredor de largura não inferior a
2,00m, definido entre o lancil e a ●● ser contígua à fachada do
zona ocupada; estabelecimento, preferencialmente
junto à entrada;
●● a ocupação não pode exceder
0,75m ou 1,00m, a partir do plano ●● não exceder 1,00m de avanço
marginal da edificação conforme a contado a partir do plano da facha-
largura do passeio for até 5,00m da do edifício;
ESQ.01b - Bancas
ou superior, respetivamente. ESQ.01a - Bancas
Máquinas / Arcas de gelados ●● Brinquedos mecânicos
deixar livre um corredor no pas-
seio com uma largura não inferior
Esc. 1/75   Esc. 1/75
a 2,00m. 

BANCAS – MÁQUINAS/ARCAS DE GELADOS BANCAS – BRINQUEDOS MECÂNICOS


mobiliário urbano 7.11 QUIOSQUES

Os quiosques, pequenos espaços lisboetas é uma realidade. Existem


comerciais destinados à venda de mais de 40 em pleno funcionamen-
tabaco, revistas, jornais, lotarias, to, em várias zonas da cidade.
7.11 refrescos e petiscos, surgem em
Lisboa nos finais do século XIX, nas Nalguns quiosques os tradicionais
Quiosques principais praças e largos, Avenida
da Liberdade e Zona Ribeirinha.
refrescos de limonada chic, orchata,
groselha, chá gelado, leite perfu-
Nalguns casos, como por exemplo mado, mazagrã e capilé podem ser
o quiosque “Rei dos Torresmos” no novamente saboreados.
Cais do Sodré, também vendiam
peixe frito, azeitonas, torresmos e Muitos dos novos quiosques apre-
filetes de bacalhau. sentam também uma programação
regular de animação cultural.
Funcionavam como um ponto de
encontro obrigatório, no início de
um dia de trabalho para o chamado Descrição
mata bicho - gíria para a primeira
refeição do dia -, ou, ao fim do dia Nos quiosques poderá ser autoriza-
e pela noite dentro, para conviver. do o exercício de todos os ramos de
comércio que não sejam vedados,
Nos anos 80 do século XX, a tradi- por regulamentação própria, aos
ção dos quiosques foi retomada pela vendedores ambulantes.
Câmara Municipal de Lisboa, recu-
perando os antigos espaços, ainda O comércio em quiosques é exten-
em funcionamento, e criando novos, sível ao ramo alimentar desde que
com espaço de esplanada. Desde o cumpridos os requisitos exigidos
início do século XXI que o regresso ao nível da segurança e higiene
dos quiosques ao quotidiano dos alimentar.

Implantação

A instalação de quiosques deve


respeitar uma distância não inferior
a 0,80m ao lancil do passeio respe-
tivo ou do plano marginal das edi-
ficações, devendo em qualquer dos
casos ficar assegurado um corredor
desimpedido de largura não inferior
a 2,00m. Os toldos ou palas dos
quiosques não podem projetar-se
para lá do bordo do passeio.

Quando da instalação dos quios-


ques, a sapata de fundação deverá
ficar nivelada com o pavimento.

Mais informações

Câmara Municipal de Lisboa, Edital


nº101/91; Regulamento Geral de
Mobiliário Urbano e Ocupação da
Via Pública – Artigo 59.º a 62.º

Lisboa – rato
ESQ.01a - Quiosques
7.11 QUIOSQUES Implantação em arruamentos
mobiliário urbano
Esc. 1/75

quiosque – IMPLANTAÇÃO EM ARRUAMENTOS

Lisboa – avenida da liberdade


mobiliário urbano 7.12 SANITÁRIOS

Implantação ●● a sua implantação deverá ser


feita no sentido em que resultar

7.12 A instalação de blocos sanitários só


é permitida quando a largura dos
menor obstrução da secção de
passeio disponível;

Sanitários passeios seja superior a 5,00m e


salvaguardando a continuidade do ●● a instalação do bloco sanitário
só é permitida na faixa destinada à
percurso acessível.
implantação do mobiliário urba-
A localização dos blocos sanitários no, entre o percurso acessível e o
sujeita-se, cumulativamente, às lancil;

seguintes regras:
●● deverá ser assegurada uma dis-
tância mínima ao rebordo do lancil
●● a sua implantação deverá ser
feita de forma paralela ao sentido de 0,30m;
do lancil;
●● a entrada deverá estar orienta-
da para o percurso acessível.

Os sanitários devem ser pinta-


dos na cor RAL 6009 – verde, se
localizados nas Freguesias de
Estrela, Misericórdia, Santa Maria
Maior, Santo António e São Vicente,
e na cor RAL 7011 – cinzento, se
localizados em qualquer uma das
restantes Freguesias.

lisboa – campo grande


7.13 SINALIZAÇÃO INFORMATIVA PEDONAL E CICLÁVEL mobiliário urbano

A sinalização informativa pedonal é nem abreviaturas ou quaisquer


essencial para a compreensão do, outros elementos de difícil leitura
cada vez mais complexo, sistema e/ ou compreensão.
7.13 urbano. A sinalização informati-
va pedonal tem como prioridade A sinalização informativa pedonal
Sinalização passar para os peões – residentes
ou turistas –, de uma forma clara,
e ciclável deve contribuir para a
imagem da cidade e deverá ser
informativa eficaz e articulada com o contexto
urbano em que se insere, as indica-
facilmente reconhecida e identifi-
cável.
pedonal e ções necessárias para que todos se
orientem na cidade. Os suportes para a sinalização
informativa pedonal e ciclável de-
ciclável A sinalização informativa ciclável vem ser pintados na cor RAL 6009
que esteja associada às pista ciclá- – verde, se localizados nas Fregue-
veis deverá apresentar um conjunto sias de Estrela, Misericórdia, Santa
de informações sobre o seu percur- Maria Maior, Santo António e São
so e a sua utilização. Vicente, e na cor RAL 7011 – cin-
zento, se localizados em qualquer
uma das restantes Freguesias.
Caraterísticas

A sinalização informativa – tipogra- Implantação


fia, pictogramas, mapas e outros
elementos – deve ser desenhada A sinalização informativa pedonal
e construída para ser legível e deve ser implantada no espaço
compreensível por todos, inclusive público em alinhamento com os
por pessoas com visão reduzida - demais equipamentos e de forma
no caso da sinalização informativa a ser facilmente legível e percetí-
pedonal. vel para os peões, não devendo a
mesma constituir um obstáculo à
Não devem ser utilizadas palavras circulação pedonal.
desnecessárias ou desconhecidas,

Sidney Sidney – Hyde Park


mobiliário urbano 7.14 MUPIS | MOBILIÁRIO URBANO PARA INFORMAÇÃO

Descrição Implantação

7.14 Normalmente, os modelos de MUPI


a adotar são os que resultam do
A instalação dos MUPIs só é permi-
tida na faixa destinada à instalação
MUPIs | acordado entre o Município e as
entidades concessionárias.
do mobiliário urbano ou quando
a mesma não ponha em causa a
Mobiliário Podem admitir-se a adoção de
plena continuidade ou a largura do
percurso acessível e não prejudique
Urbano Para outros modelos, sujeitos a prévia
aprovação pelo Município, quando
a visibilidade das pessoas e veícu-
los nas passadeiras de peões.
o MUPI se destinar a publicidade
Informação institucional ou a informação de A sua implantação nos passeios
caráter público. deverá fazer-se sempre na proxi-
midade do lancil e a sua orientação
Os MUPIs devem ser pintados na deverá ser perpendicular a este,
cor RAL 6009 – verde, se locali- salvo casos excecionais em que
zados nas Freguesias de Estrela, a sua implantação segundo outra
Misericórdia, Santa Maria Maior, direção possa ser vantajosa.
Santo António e São Vicente, e
na cor RAL 7011 – cinzento, se A instalação de um MUPI deve
localizados em qualquer uma das salvaguardar sempre a manuten-
restantes Freguesias. ção de um passeio com a largura
mínima de 0,90m e a sua implan-
tação deverá ser alinhada com os
restantes elementos de mobiliário e
equipamento urbano.

lisboa – restauradores
7.14 MUPIS | MOBILIÁRIO URBANO PARA INFORMAÇÃO mobiliário urbano

ESQ.01a - Mupis ESQ.01b - Mupis


Implantação em arruamentos Implantação em arruamentos
Esc. 1/75 Esc. 1/75

MUPIS – IMPLANTAÇÃO EM ARRUAMENTOS

má prática – a evitar boa prática – a adotar


mobiliário urbano 7.15 PAINÉIS PUBLICITÁRIOS

Características Implantação

7.15 Na colocação de painéis publicitá-


rios e informativos, deve evitar-se
As estruturas de suporte dos
anúncios publicitários não podem
Painéis a obstrução visual e a poluição do
ambiente com informação imper-
constituir perigo ou obstáculo para
a circulação pedonal, ciclável ou
publicitários tinente ou com intensidade exces-
siva.
rodoviária, nem ocultar ou prejudi-
car a leitura da sinalização rodoviá-
ria, devendo ser mantidos em bom
A instalação de qualquer tipo de estado de conservação.
suporte para publicidade no espaço
público deverá garantir de forma Os suportes de anúncios publicitá-
rigorosa a salvaguarda dos valores rios em edifícios não podem cobrir
arquitetónicos e urbanísticos do nenhum dos vãos de habitação da
local, preservando a visibilidade de edificação, prejudicar o nível de
fachadas, bem como a funcionali- serviço das vias onde se inserem,
dade dos espaços afetados, assim restringir, ou dificultar a mobilidade
como a sua adequada integração pedonal e a acessibilidade, bem
urbanística e arquitetónica. como a intervenção dos serviços de
emergência.
As estruturas dos painéis publicitá-
rios devem ser pintados na cor RAL Os suportes de anúncios publicitá-
6009 – verde, se localizados nas rios em edifícios devem respeitar
Freguesias de Estrela, Misericórdia, os aspetos característicos da zona
Santa Maria Maior, Santo António da cidade onde se inserem, nomea-
e São Vicente, e na cor RAL 7011 – damente a sua identidade histórica
cinzento, se localizados em qual- sociocultural e arquitetónica.
quer uma das restantes Freguesias.
Nos paramentos das empenas
laterais não colmatáveis por encos-
tos de construções, existentes ou
futuras, é admitida a afixação de
publicidade, nos termos definidos
em regulamento municipal.

lisboa – parque das nações


7.16 CONTENTORES RSU | RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS mobiliário urbano

Características Implantação

7.16 Os modelos de contentores de mé-


dia capacidade são utilizados em
Com a aposta na recolha seletiva
porta-a-porta de uma forma gene-
Contentores áreas com sistema de recolha cole-
tiva através de ecoilhas - baterias
ralizada e na instalação de ecoilhas
nalgumas áreas da cidade, os eco-
RSU | Resíduos de contentores para a deposição
indiferenciada e seletiva de papel,
pontos têm vindo a ser retirados da
via pública, mantendo-se apenas os
Sólidos Urbanos embalagens e vidro. vidrões.

Atualmente existem contentores de O ano 2001 marcou o início de


carga traseira, de quatro rodas, de uma nova estratégia ao nível do
1.000 e 1.100 litros de capacidade sistema de remoção de resíduos ur-
nas ecoilhas. Prevê-se no futuro banos, de reformulação do sistema.
continuar a adotar este modelo e Definiu-se então que se deveria
capacidades. Também são utiliza- avançar no sentido de uniformizar
dos contentores de 660 litros para o tipo de recolha para resíduos
a recolha de orgânicos. indiferenciados e recicláveis:

Todos os contentores devem res- ●● nas áreas em que a recolha


peitar a Norma EN 840. indiferenciada é porta-a-porta,
está em estudo a recolha seletiva
também porta-a-porta - de papel e
embalagens;

●● nas áreas em que existe recolha


indiferenciada coletiva, através
da deposição em contentores de
1.000/ 1.100 litros de capacidade,
deverá passar a existir o mes-
mo tipo de equipamento para a
deposição seletiva, lado a lado,
designando-se estas “baterias” de
contentores por “ecoilhas”.

lisboa – avenida da liberdade lisboa – alcântara


mobiliário urbano 7.17 ECOPONTOS

A Entidade Reguladora de Serviços


de Águas e Resíduos define um raio Implantação
de influência máximo de 200,00m
7.17 por equipamento de deposição co-
letiva para materiais recicláveis.
As grandes condicionantes à im-
plantação dos ecopontos na cidade
Ecopontos Sempre que possível, e no caso
de Lisboa, enquanto mobiliário
urbano, são, essencialmente, os
da cor base dos ecopontos não seguintes:
corresponder integralmente à cor
do tipo de reciclagem de cada um ●● o espaço público disponível
dos módulos, deve ser usado o RAL para a instalação do ecoponto com
6009 – verde, se localizados nas cantos e sinalética, cuja área total
freguesias de Estrela, Misericórdia, mínima de implantação é de 1,16m
Santa Maria Maior, Santo António e x 4,80m;
São Vicente, e o RAL 7011 – cin-
zento, se localizados nas restantes ●● a morfologia do terreno que
freguesias. condiciona a acessibilidade das via-
turas de remoção e dos munícipes;

De superfície ●● o seu enquadramento paisagís-


tico na cidade, devido às dimensões
do equipamento de deposição
(1,85m x 1,06m x 1,3m) e remoção
Características
(viaturas de 10/ 11m3 e viaturas
Os modelos de ecopontos de su- ampliroll equipadas com caixas de
perfície utilizados em Lisboa são o 18m3);
modelo tipo CYCLEA de 2,5 m3 de
capacidade - para os módulos de ●● acessibilidade e operacionalida-
de das viaturas de remoção.
papel, embalagens e vidro.

O modelo tipo utilizado para a


deposição de pilhas acopladas à
sinalética é o “Capitole” de 50 litros
de capacidade.

má prática boa prática


numa esquina, com a boca virada para o espaço de circulação junto a uma passadeira, com iluminação
rodoviária e no enfiamento de uma galeria de um edifício e área de circulação pedonal
7.17 ECOPONTOS mobiliário urbano

Critérios técnicos utilizados na defi- de estacionamento, desde que


nição das localizações dos ecopon- não tenham restrições - cargas e
tos multimateriais de superfície: descargas, lugares para deficientes,
praças de táxis, embaixadas, etc.;
●● preferência por locais próximos
de entidades produtoras de mate- ●● os ecopontos não devem tirar
riais recicláveis, tais como: edifícios a visibilidade aos automobilistas à
com elevada densidade popula- saída das garagens, nem à saída
cional, serviços de restauração e/ dos lugares de estacionamento,
ou outras atividades económicas, tendo em consideração o sentido
universidades, escolas primárias e do trânsito, devendo ficar localiza-
secundárias, etc; do no sentido oposto aquele para o
qual se tem de olhar;
●● verificar a ausência de linhas
aéreas, copas de árvores e/ ou ●● os ecopontos não devem tirar a
candeeiros; visibilidade aos peões na altura do
atravessamento das passadeiras,
●● instalar os ecopontos, sempre devendo ficar localizado no pri-
que possível, paralelamente ao meiro lugar de estacionamento do
lancil e ao eixo de via; sentido oposto aquele para o qual
se tem de olhar ao atravessar;
●● instalar os ecopontos, sempre
que possível, no primeiro lugar de ●● garantir a acessibilidade das
estacionamento a seguir à passa- viaturas de remoção, tendo em
deira; consideração as dimensões das
viaturas de remoção utilizadas;
●● quando o ecoponto for instalado
sobre o passeio, deverá ficar ins- ●● os ecopontos não podem obs-
talado paralelamente ao lancil, no truir sarjetas nem sumidouros;
alinhamento do restante mobiliário
urbano e salvaguardando o corre- ●● a boca de receção de resíduos
dor pedonal; deve ser acessível a partir da zona
de circulação pedonal.
●● os ecopontos não devem ficar
localizados no raio de influência De acordo com os critérios defini-
de edifícios classificados, igrejas e dos pelo Departamento de Con-
embaixadas; trolo e Planeamento Ambiental da
Direção Municipal de Ambiente e
●● os ecopontos não devem dificul- Espaços Verdes, em 1997, deve
tar o acesso a bocas de incêndio, ainda ser evitada a instalação de
armários técnicos, entradas de ecopontos em:
edifícios, etc.;
●● praças, largos e alamedas;
●● os ecopontos não devem tirar a
visibilidade às montras dos estabe- ●● placas e separadores centrais;
lecimentos comerciais;
●● arruamentos fundamentais e
●● os ecopontos não devem ficar principais;
instalados junto de janelas de R/C
baixas; ●● arruamentos estruturantes do
tecido urbano - com maior seção
●● os ecopontos não devem tirar a que qualquer transversal;
visibilidade aos semáforos nem aos
sinais de trânsito; ●● campos visuais de monumentos
e edifícios classificados;
●● devem-se instalar os ecopon-
tos preferencialmente em lugares ●● corredores pedonais.
mobiliário urbano 7.17 ECOPONTOS

Subterrâneos ●● a tampa deverá permitir o


revestimento similar ao existente
no local da instalação. Este reves-
timento deverá ser fixado naque-
Características
la tampa de modo a que com a
Os modelos de ecopontos subterrâ- abertura desta aquele não seja
neos utilizados em Lisboa são o mo- projetado;
delo tipo SUBTAINER de 3,0 m3 de
capacidade, com sistema de remo- ●● uma vez instalada a plataforma
tem de ficar à cota do pavimento;
ção “KINSHOFER” - para os módulos
de papel, embalagens e vidro.
●● deverá permitir a fácil adapta-
ção às diferentes inclinações dos
Câmara enterrada
arruamentos;
A câmara enterrada deverá possuir
as seguintes características:
●● deverá ser estanque, possuindo
juntas de borracha que impeçam a
●● os materiais a utilizar na pro-
libertação de odores e infiltração de
dução das cubas deverão ter em
líquidos;
consideração os níveis freáticos
existentes na cidade, de modo a
●● a abertura da plataforma deve-
que a estanquicidade e resistência rá ser efetuada por recurso a um
do fosso seja assegurada; sistema hidráulico, constituído por
dois cilindros ativados por injeção
●● a laje da cuba terá que possuir
de óleo hidráulico proveniente do
0,20m de espessura mínima;
motor instalado no camião de re-
colha, cujo acionamento é efetuado
●● as paredes da cuba terão que
possuir uma espessura mínima na com recurso à tomada de força.
base de 0,20m e 0,15m no topo O sistema deverá ser dotado de
das mesmas; válvulas limitadoras de pressão e
anti rotura.
●● as cubas terão de permitir a
Marcos de deposição
sucção de lixiviados e águas resi-
duais resultantes de lavagem dos Os marcos de deposição deverão
contentores e da própria câmara obedecer às seguintes caracterís-
enterrada; ticas:

●● no caso de equipamento para ●● terão que ser de construção


alojar no seu interior mais do que um paralelipipédica e terá que ser
contentor, a cuba pré fabricada para constituído pelo corpo externo e por
seu alojamento terá que ser de fosso um tambor de deposição;
único e alojar no seu interior a totali-
dade dos contentores solicitados. ●● o corpo terá que ser construído
em chapa de aço de 3 mm de es-
Plataforma
pessura galvanizado a quente (não
A estrutura da plataforma deverá será permitido o uso de chapa de
ser construída em perfis de chapa aço pré galvanizado) e com acaba-
de aço, de acordo com as caracte- mento final por pintura electrostáti-
rísticas seguintes: ca em tinta epoxy;

●● construção em perfil estrutural ●● o corpo do marco terá que


qualidade ST-42 solidário com o ser equipado com uma porta de
sistema de abertura; grandes volumes com fechadura
de modelo igual ao utilizado pelos
●● a plataforma terá que ser inde- serviços de limpeza urbana (chave
pendente do contentor de recolha; triangular);
7.17 ECOPONTOS mobiliário urbano

Contentor
●● o tambor de deposição terá que Os contentores de deposição deve-
ser de forma cilíndrica, construído rão obedecer às seguintes caracte-
em chapa de aço inoxidável AISI rísticas:
304 pintado no exterior da mesma
cor e tinta do corpo; ●● deverão ter capacidades vo-
lumétricas de 2,00m3; 3,00m3;
●● o tambor terá que permitir a 4,00m3 e 5,00m3;
deposição dos resíduos no seu
interior sem que exista possibili- ●● deverão ser construídos em po-
dade de quebra de segurança para lietileno de alta densidade (P.E.A.D),
os transeuntes (nomeadamente composto da seguinte forma:
por exposição do fosso). Terá ainda •  aro superior em perfil tubu-
que ser equipado com sistema de lar com sistema de asa única
fecho automático de forma a evitar rebatível;
o contacto com os odores dos •  aro inferior em perfil tubular,
resíduos bem como a reforçar a com sistema de abertura do
segurança passiva do equipamento fundo por cabo;
aos transeuntes;
●● o contentor terá que ser inde-
●● deverá ser aplicada uma placa, pendente da plataforma exterior,
rebitada no marco, em alumínio, tendo o processo de elevação do
com informação do resíduo a contentor ser independente da
colocar, cujas inscrições deverão plataforma exterior bem como o
ser em cor associada ao tipo de marco de deposição.
resíduo, amarelo - embalagens,
azul - papel/ cartão, verde – vidro, e
cinza - indiferenciado, bem como o Implantação
logótipo da entidade adjudicante.
O local para instalação dos ecopon-
●● no caso da cor base dos marcos tos (diferenciados) deverá conside-
de deposição não corresponder rar uma área livre de obstáculos de
integralmente à cor do tipo de 2,00mx7,00m, em passeio ou via/
reciclagem, deverão os mesmo ser zona de estacionamento, salva-
pintados na cor RAL 6009 – verde, guardando que os mesmos não
se localizados nas freguesias de constituam um obstáculo à circula-
Estrela, Misericórdia, Santa Maria ção pedonal e permitam o acesso
Maior, Santo António e São Vicente, seguro por parte dos peões, nomea-
e na cor RAL 7011 – cinzento, se damente que tenham a boca de re-
localizados nas restantes fregue- ceção de resíduos acessível a partir
sias. do espaço de circulação pedonal.

ecopontos subterrâneos – marcos de deposição


mobiliário urbano 7.18 PAPELEIRAS

Características ●● estrutura de fixação indepen-


dente e robusta, que permita uma

7.18 ●● facilidade e segurança no pro-


cesso de limpeza - formas suaves,
instalação simples em qualquer
suporte, dotada com sistema de
fecho e chapa apaga-cigarros;
Papeleiras ausência de arestas vivas;

●● estrutura lisa que reduza a su- ●● acabamento com garantia de


jidade e facilite a limpeza, e forma resistência à corrosão, ao vandalis-
ondulada que dificulte a colagem mo, e aos detergentes de lavagem;
de publicidade;
●● durabilidade ajustada a uma
utilização e manutenção intensivas
●● estabilidade e resistência, mes-
mo quando indevidamente cheias; (vida útil);

●● área de enchimento acessível ●● material de fabrico do conten-


e coberta por tampa integrada no tor: PEAD (Polietileno de Alta Den-
suporte de fixação; sidade), garantindo resistência a
temperaturas elevadas, a esforços
●● passíveis de instalação direta de tensão, compressão e tração,
em qualquer poste; bem como a impermeabilidade do
contentor.

lisboa – avenida da liberdade


7.18 PAPELEIRAS mobiliário urbano

Os modelos de papeleiras usados


de forma corrente em Lisboa, são
para 50L o modelo tipo PRIMA
LINEA e o modelo tipo ITÁLICA, am-
bos na cor cinza. Em novas urbani-
zações está a ser utilizado somente
o modelo tipo PRIMA LINEA.

Para papeleiras de 130L, é usado o


modelo tipo MINERVA.

Implantação

Essencialmente vocacionadas para


os espaços de circulação pedonal,
a sua implantação deve ser asso-
papeleira minerva 130l ciada a elementos verticais pré-
-existentes ou na ausência destes
recorrendo a troço próprio, cons-
truído em material não corrosivo e
de fácil instalação, obedecendo a
determinados critérios:

●● na proximidade de abrigos, pa-


ragens e terminais de transportes
públicos;

●● próximo de grandes áreas


comerciais, de áreas turísticas e de
lazer;

●● nas passadeiras, de um lado ou


de ambos os lados, atendendo ao
fluxo de circulação de peões;

papeleira prima línea 50l ●● garantindo a sua adequação


à produção de resíduos em cada
local;

●● a boca das papeleiras deverá


permitir o melhor acesso por parte
dos peões e a sua implantação
deve respeitar o regulamento sobre
mobilidade.

papeleira itálica 50l


mobiliário urbano 7.19 HIDRANTES

Nos projetos de espaço público em


Caraterísticas tecidos urbanos consolidados deve
ser preservada a localização dos hi-
7.19 Os hidrantes, ou bocas de incêndio,
correspondem a equipamentos
drantes já existentes, salvo quando
dela decorra prejuízo manifesto
Hidrantes fixos de tomada de água cuja pre-
sença no espaço público tem como
para uma adequada utilização dos
espaços de circulação pedonal ou
objetivos principais assegurar: seja incompatível com as regras
em vigor.
●● as necessárias condições de
combate a incêndios; Nos restantes casos, sempre que
houver lugar à implantação de
●● a limpeza e manutenção dos novos hidrantes esta deve ser feita,
espaços públicos; sem prejuízo da normativa aplicá-
vel e da melhor compatibilidade
●● o acesso pontual e excepcional com as infraestruturas instaladas
para efeitos de rega e abasteci- no subsolo:
mento de água.
●● junto ao limite exterior dos
passeios, em posição paralela aos
Implantação lancis, a uma distância de 0,30m
do seu limite com a via ou alinhado
A localização, a instalação e os com outros elementos, designada-
modelos de hidrantes a adotar mente pilaretes e guarda-corpos,
deve ser ponderada em função do com a sua boca de serviço orienta-
melhor e mais ágil acesso em caso da no sentido da via;
de incêndio e deve salvaguardar
a inexistência de quaisquer obs- ●● junto às fachadas dos edifícios
táculos físicos que prejudiquem e com a boca orientada no sentido
ou comprometam a sua mais fácil oposto, não podendo ultrapassar
operação, devendo, se necessário, a faixa que lhes é contígua com a
ser adoptadas as medidas que se largura de 0,50m.
justificarem para o garantir, desig-
nadamente a eventual interdição A localização e a instalação de
de estacionamento na área envol- hidrantes carece de parecer da Au-
vente. toridade Nacional de Proteção Civil.

hidrante junto ao limite exterior do passeio hidrante junto à fachada do edifício


Esc. 1/75
7.18 PAPELEIRAS mobiliário urbano

ESQ.01b - Hidrantes
Implantação em arruamentos
Esc. 1/75

HIDRATANTES – IMPLANTAÇÃO EM ARRUAMENTOS


mobiliário urbano 7.20 ACESSOS

Ascensores Implantação

7.20 Descrição
O espaço livre diante das portas
dos ascensores deve:
Acessos Os ascensores devem: ●● ter dimensões que permitam
inscrever zonas de manobra para
●● ter uma precisão de paragem rotação de 360°, com um mínimo
relativamente ao nível do piso da de 1,50m;
rua não superior a ±0,02m;
●● possuir uma inclinação não su-
●● ter um espaço entre o piso da perior a 2,0% em qualquer direção;
rua e o piso da cabina não superior
a 0,035m. ●● estar desobstruídos de degraus
ou outros obstáculos que possam
Os dispositivos de comando dos impedir ou dificultar a manobra de
ascensores devem ser instalados a uma pessoa em cadeira de rodas.
uma altura, medida entre o pavi-
mento e o eixo do botão, compre-
endida entre 0,90m e 1,20m.

Lisboa – Estação Cabo Ruivo


7.20 ACESSOS mobiliário urbano

Caso as plataformas elevatórias


Plataformas sejam instaladas sobre escadas, Mais informações
elevatórias devem ser rebatíveis de modo a
permitir o uso de toda a largura da Decreto_lei n.º 163/2006, de 8 de
escada quando a plataforma não agosto
Caraterísticas está em uso.
Define as condições de acessibi-
As plataformas elevatórias devem O controlo do movimento da plata- lidade a satisfazer na construção
possuir dimensões que permitam forma elevatória deve estar colo- de espaços públicos, equipamen-
a sua utilização por um indivíduo cado de modo a ser visível e poder tos coletivos e edifícios públicos e
adulto em cadeira de rodas e nunca ser utilizado por um utente sentado habitacionais
serem inferiores a 0,75mx1,00m. na plataforma e sem a assistência
de terceiros.
Se o desnível entre a plataforma
elevatória e o piso for superior a
0,75m, devem existir portas ou Implantação
barras de proteção no acesso à
plataforma, as portas ou barras de A precisão de paragem das plata-
proteção devem poder ser aciona- formas elevatórias relativamente
das manualmente pelo utente. ao nível do pavimento não deve ser
superior a ±0,02m.
Todos os lados da plataforma
elevatória, com exceção dos que Devem existir zonas livres para
permitem o acesso, devem possuir entrada/ saída das plataformas
anteparos com uma altura não elevatórias com uma profundidade
inferior a 0,10m. mínima de 1,20m, desejável de
1,50m, e uma largura não inferior à
da plataforma.

Lisboa – PRAÇA DA FIGUEIRA


mobiliário urbano 7.21 ARMÁRIOS, CAIXAS E QUADROS TÉCNICOS DE INFRAESTRUTURAS

Caso tal não seja possível, deverão


ficar localizados nos passeios, pre-
À superfície ferencialmente agrupados no canal
7.21 Os armários, caixas e quadros
de infraestruturas (faixa contígua
às fachadas dos edifícios), ou em
Armários, técnicos de infraestruturas (ex-
ceto SLAT – Sistemas Luminosos
alternativa, agrupados na área des-
tinada à implantação de mobiliário
caixas e Automáticos de Trânsito) necessá-
rios devem, sempre que possível,
urbano, numa distância de 0,30m
do lancil, ou com o mesmo alinha-
localizar-se no interior dos edifí-
quadros cios, em salas técnicas ou nichos
mento dos restantes equipamentos;

técnicos, acessíveis pelo exterior,


técnicos de que permitam a fácil instalação
Os armários, caixas e quadros téc-
nicos de infraestruturas devem ser
e manutenção dos equipamentos pintados na cor RAL 6009 – verde,
infraestruturas técnicos de distribuição. se localizados nas Freguesias de
Estrela, Misericórdia, Santa Maria
Em casos excecionais, quando seja Maior, Santo António e São Vicente,
necessária a localização de armá- e na cor RAL 7011 – cinzento, se
rios ou quadros técnicos na via pú- localizados em qualquer uma das
blica, estes devem cumprir a legis- restantes Freguesias.
lação aplicável sobre mobilidade e,
sempre que possível, ser embutidos
nos muros ou paredes adjacentes,
com um adequado enquadramento
construtivo com o edificado.

lisboa – rossio
7.21 ARMÁRIOS, CAIXAS E QUADROS TÉCNICOS DE INFRAESTRUTURAS mobiliário urbano

má prática – colocação dispersa

má prática – armário disperso no passeio boa prática – alinhado com demais elementos urbanos

boa prática – diferentes armários agrupados e implantados


no limite do percurso acessível

boa prática – armário adossado ao edifício boa prática – armários agrupados e alinhados com a arborização
Esc. 1/75
mobiliário urbano 7.21 ARMÁRIOS, CAIXAS E QUADROS TÉCNICOS DE INFRAESTRUTURAS

ESQ.01b - Armários Técnicos


Implantação em arruamentos
Esc. 1/75

armários técnicos – IMPLANTAÇÃO EM ARRUAMENTOS


7.21 ARMÁRIOS, CAIXAS E QUADROS TÉCNICOS DE INFRAESTRUTURAS mobiliário urbano

No subsolo
Caraterísticas

Os armários, caixas e quadros téc-


nicos de infraestruturas instalados
no subsolo devem ser instalados
de tal modo que não hajam ressal-
tos no pavimento, ou seja, as tam-
pas destas infraestruturas deverão
estar de nível com o pavimento e
não constituir um obstáculo à circu-
lação pedonal.

Estas tampas devem reproduzir o


pavimento envolvente de modo a
diluírem a sua presença no meio
urbano.

má prática – a evitar boa prática – a adotar

boa prática – a adotar boa prática – a adotar


mobiliário urbano 7.22 WI-FI NA RUA

No âmbito do acesso de todos os A implementação do acesso à rede


cidadãos às tecnologias de infor- Wi-Fi deverá ser gradual e deverá
mação e comunicação, do combate começar pelos lugares abrangidos
7.22 à infoexclusão e da valorização do
espaço público, será disponibiliza-
pelo Programa “Uma Praça em
cada Bairro”, contribuindo assim
Wi-Fi na Rua do o acesso a uma rede Wireless,
também conhecida como Wi-Fi, em
para conferir ao espaço público
um caráter de contemporaneida-
Banda Larga, através de uma tec- de, conceito que, quando aplicado
nologia sem fios de curto alcance aos tecidos urbanos consolidados,
via rádio, nas principais ruas, pra- contribui para a implementação
ças, avenidas ou largos da cidade e concretização de um processo
de Lisboa, de modo a proporcionar integrado e global de regeneração
aos seus utilizadores acesso à in- urbana.
ternet de forma livre e gratuita.

O objetivo de garantir cobertura de


rede Wi-Fi no espaço público pro-
cura contribuir para a atratividade
dos lugares e fomentar o usufruto
e permanência nos espaços públi-
cos de estadia, oferecendo condi-
ções para a realização de ativida-
des de estudo, trabalho e lazer.

Lisboa – Wi-Fi no espaço público Ponto Wi-Fi integrado em poste de iluminação pública
separadores_CML.indd 69 03/12/15 10:50
separadores_CML.indd 70 03/12/15 10:50
arte pública 8.1 Conceito e estratégia

●● exposições, performances e

8
instalações;

8.1 ●● colaborações entre urbanistas,


arquitetos, artistas, sociólogos e
Conceito antropólogos na criação de am-
bientes construídos únicos que inte-
e estratégia grem a arte na malha urbana da
cidade, com a possibilidade de um
maior ou menor envolvimento da
A definição do conceito de arte pú- comunidade no seu desenvolvimen-
blica não é simples nem consensual to e concretização.
mas poderá ser entendido, no seu
sentido mais lato, como as obras A arte pública pode abranger
artísticas localizadas e/ou criadas esculturas, murais, arte decorativa,
no espaço público e, por isso, uni- objetos comemorativos, fotografia,
Arte Pública versalmente acessíveis. desenho de pavimentos, dese-
nho de jogos de água, luz e som,
Um espaço urbano de qualidade trabalhos efémeros, performances,
permite o desenvolvimento e su- graffiti e toda a restante street art.
porte do turismo, torna as cidades
atrativas ao investimento e, acima O facto de a arte pública poder
de tudo, contribui para um melhor estar presente em qualquer lugar e
lugar para trabalhar, estudar, viver. ter tantas e tão diferentes formas
Neste contexto, a arte pública tem de expressão, implica que ela não
um papel fundamental, acessível se esgota nas intervenções físicas
a todos, devendo ser pensada, sobre a paisagem urbana mas
programada e debatida urbanística que acrescenta igualmente uma
e culturalmente. dimensão psicológica e cultural
ao território onde se insere. A arte
Localizada em espaços urbanos pública pode, ao mesmo tempo,
acessíveis e visíveis por todos, a seduzir o público e embelezar a
arte pública encontra-se sempre cidade mas também atrair investi-
aberta à apreciação de todos, entre mento e constituir forma de revelar
residentes e visitantes. Dos monu- e transmitir opiniões e valores.
mentos e estátuas representativas
da história da cidade até às mais A ambição da arte pública pode ser
recentes peças integradas em mais lúdico-social – a criação e o
novos espaços urbanos ou requali- uso de um ambiente urbano que
ficados, a arte pública deve sempre enriqueça e aumente a satisfação
contribuir para uma identidade, social; mais económico-institucional
diversidade e qualidade da envol- – a promoção da cidade; mais edu-
vente, celebrando o passado e o cativo-cultural – o desenvolvimento
presente da cidade, distinguindo-a da literacia dos seus habitantes e
das outras, através da criação de utilizadores; mais cívico – o expres-
referências espaciais e geográficas, sar de valores políticos ou morais,
aproximando-a de quem a usufrui. questionando ou não convicções;
ou mais ambiental – transformar
A arte pública inclui elementos de uma paisagem e intensificar a sua
natureza permanente ou temporá- urbanidade.
ria, localizados no espaço público:

●● obras de arte criadas para lo-


tim etchells – artista na cidade 2014
cais específicos – site specific;
8.2 OBJETIVOS arte pública

●● Democratizar o acesso à arte ●● Potenciar a arte em espaço


e à cultura, aproximar as pessoas público enquanto expressão da

8.2 das artes, aproximar as artes das


pessoas.
diversidade cultural e da identidade
local.

Objetivos ●● Preservar e promover a criação ●● Proporcionar aos cidadãos uma


artística contemporânea nas suas cidade culturalmente ativa e parti-
diferentes expressões. cipada.

●● Valorizar e preservar a memória ●● Preservar e proteger as obras


coletiva. de arte em espaço público para as
futuras gerações.
●● Promover a requalificação do
espaço urbano. ●● Promover a imagem da cidade.

●● Promover o reconhecimento da
cidade em relação à universalidade
da obra de arte, do artista ou do
retratado.

hugo lucas – reciclar o olhar


arte pública 8.3 FUNÇÕES

De uma forma geral, a arte pública


tem, de acordo com o livro O chão ●● tornar os locais mais interes-
santes e apelativos, estimulando as
da cidade – Guia de avaliação do
8.3 design de espaço público, as se-
guintes funções:
expetativas relativas à qualidade
de vida;

Funções ●● acrescentar novos significados


●● criar oportunidades para uma
aproximação do público em geral
sociais, culturais e/ou políticos aos
à arte;
espaços públicos, e/ou abordar
novos temas e valores públicos,
●● ajudar a regeneração cultural
facilitando a sua apropriação;
e artística da cidade e dos seus
habitantes;
●● unificar e reforçar a identidade
dos edifícios e do espaço público;
●● potenciar o aumento dos inves-
timentos públicos e corporativos na
arte;

●● acrescentar vitalidade económi-


ca aos locais através do enriqueci-
mento da atmosfera visual na re-
qualificação dos espaços públicos;

●● potenciar o aumento das opor-


tunidades dos artistas, dos produ-
tores e dos promotores para uma
intervenção construtiva e enrique-
cedora da cidade;

●● reforçar os elos de ligação entre


os artistas, os urbanistas, os arqui-
tetos, os engenheiros, os designers,
os antropólogos, os sociólogos e os
outros profissionais que intervêm
na cidade.
rui chafes – horas de chumbo – parque da nações

josé pedro croft – sem título – parque da nações


8.4 ARTE EM ESPAÇO PÚBLICO arte pública

A arte pública implica uma visão


plural do espaço, diferentes enten-
Descrição dimentos e abordagens sobre a
8.4 A arte pública engloba todas as
natureza da obra ou projeto artísti-
co, pelo que se torna necessário ter
Arte em intervenções artísticas de natureza
permanente ou efémera que têm
consciência dos impactes, não só
de caráter artístico e cultural, mas
espaço público lugar no espaço público e que, por
essa razão, são de livre acesso e
também de caráter social e político,
que as intervenções, por serem de
usufruto. livre acesso, podem provocar.
Tradicionalmente associada à Os projetos de intervenção artísti-
estatuária e a monumentos de ca em espaço público podem ser
caráter comemorativo ou evocativo, de iniciativa pública – da Câmara
localizados em espaços simbóli- Municipal de Lisboa ou de entida-
cos da cidade, a arte pública tem des do universo municipal, outras
vindo a alargar-se a outros géne- entidades públicas nacionais ou es-
ros artísticos e a outras formas de trangeiras – ou privada – projetos
expressão, incluindo tanto obras de apresentados por agentes culturais,
cariz erudito como obras de cariz nacionais ou estrangeiros, grupos
mais popular e/ou massificado, de cidadãos, entidades coletivas,
bem como obras de materialização decorrentes ou não de parcerias
diversificada. com a Câmara Municipal de Lisboa.

A gestão da arte pública requer


profissionalismo e subtileza na
jorge vieira – homem sol – parque das nações coordenação entre a criatividade
artística e os objetivos e interesses
que se manifestam no domínio
público.

A pluralidade artística e cultural


das propostas em causa e a neces-
sidade de garantir bons níveis de
adequação e de qualidade artística
e técnica das intervenções a reali-
zar exige que as propostas sejam
sempre analisadas e avaliadas
por um conjunto de elementos e/
ou entidades com conhecimentos e
competências específicas.

aka corleone – i’m from lisbon


arte pública 8.4 ARTE EMESPAÇO PÚBLICO

espaços consolidados, deverá ser cadas ou retiradas do local para o


sempre redefinido o seu desenho qual foram concebidas, excepto em
Instalação em função dos novos elemen- circunstâncias especiais devida-
tos a instalar, no sentido da sua mente justificadas e que impliquem
A arte pública pressupõe uma integração/identidade no local. As a impossibilidade da sua perma-
responsabilidade política, moral e referidas peças deverão sempre nência no local.
estética por parte de quem a pro- considerar na sua conceção, nome-
move, gere e cria. A implementação adamente na sua forma, dimensão, Poderão existir programas de in-
da arte no domínio público deve cores, localização, as características centivos a patrocinadores privados,
promover e encorajar o envolvi- da envolvente. no sentido de uma maior contri-
mento dos artistas em projetos que buição para a concepção e insta-
reforcem o ambiente e fortaleçam A arte pública pode ser diferente lação de novas peças na cidade ou
o caráter e a identidade dos locais. na sua forma ou função, abrangen- manutenção das existentes, sempre
do também elementos integrados integradas num programa de valo-
A instalação de peças de arte em edifícios, pavimentos, muros, rização do espaço público.
pública deve, sempre que possí- mobiliário urbano, sinalética ou
vel, ser considerada desde o início iluminação. Poderão ser obras A escolha dos elementos de arte
do processo, em projeto de novos permanentes, efémeras ou eventos pública deve ser precedida da
espaços urbanos ou na sua requa- ocasionais. elaboração de programas ou de
lificação, num processo conjunto referências de objetivos, com even-
envolvendo todos os intervenientes, Todas as peças a colocar na cidade tual participação de um comissá-
das diversas áreas profissionais e deverão ser originais, concebidas rio, curador ou crítico, que poderá
serviços. para o local ou acontecimento, e ajudar a identificar e indicar as
não deverão ser reproduzidas de preferências programáticas a trans-
Na colocação de obras comemo- forma indiscriminada. As obras mitir aos artistas.
rativas ou representativas em existentes não poderão ser deslo-

vihls – pixel pancho – projecto underdogs 2013


8.4 ARTE EMESPAÇO PÚBLICO arte pública

●● promover esteticamente o espa-


Caraterísticas ço público em que se inserem;

As peças de arte pública a instalar ●● ser adequadas na sua forma


devem: e na sua função ao local onde se
localizam;
●● ser especificamente desenhadas
para o local onde vão ser implan- ●● ser de fácil visibilidade e acessi-
tadas; bilidade para a população;

●● reforçar e promover a identida- ●● ser resistentes às intempéries e


de local; ao vandalismo;

●● contribuir para a consciência ●● ser de fácil manutenção e con-


cívica da população; servação.

●● envolver a comunidade da sua


promoção e/ ou no seu usufruto;

josé cutileiro – lago das tágides


parque das nações

nicolae negura
mostra de arte urbana 2012
arte pública 8.4 ARTE EMESPAÇO PÚBLICO

de obstruções com uma largura


não inferior a 1,20m, medida ao
Implantação nível do pavimento.

A distribuição e implantação das A altura livre de obstruções em


obras de arte pública no espaço toda a largura do percurso pedonal
público deve ocorrer em todas as não deve ser inferior a
2,40m.
zonas da cidade e contribuir para
reforçar a identidade e o significado Se existirem peças de arte públi-
dos sítios. Deve igualmente ocor- ca adossada a paredes não pode
rer em locais adequados ao seu possuir elementos que se projetem
simbolismo e que não interfiram mais do que 0,10m, se o seu limite
com atividades urbanas ou com ou inferior estiver a uma altura do
sistema de vistas e eixos visuais. piso compreendida entre 0,70m
e 2,00m; podem projetar-se a
A implantação da arte pública não qualquer dimensão se estiverem
deve por em causa o percurso pe- colocados a uma altura do piso não
donal, o qual deve manter em todo superior a 0,7m.
o seu desenvolvimento um canal de
circulação contínuo e desimpedido

fernanda fragateiro – espelhos | jardins de água – parque das nações


8.4 ARTE EMESPAÇO PÚBLICO arte pública

Se existirem peças de arte públi-


ca soltas no espaço público, ou
assentes em pilares ou colunas,
não podem possuir elementos que
se projetem mais de 0,30m da sua
base ou suporte, se o seu 
limite
inferior estiver a uma altura do
piso compreendida entre 0,70m
e 2,00m; podem projectar-se a
qualquer dimensão se estiverem
colocados a uma altura do piso não
superior a 0,70m.

Os objetos salientes que se proje-


tem mais de 0,10m ou estiverem a
uma altura do piso inferior a 0,7m
devem ser considerados ao deter-
minar a largura livre do percurso
pedonal acessível ou dos espaços
de manobra.

marcelo dantas – mostra de arte urbana 2012

fernando conduto – mar largo – parque das nações


arte pública 8.5. GALERIA DE ARTE URBANA

A Galeria de Arte Urbana da Câma- ao longo do ano nos painéis da


ra Municipal de Lisboa integra-se Galeria, localizados na Calçada da
no objetivo de sensibilizar todos Glória e no Largo da Oliveirinha,
8.5. para a riqueza e diversidade do
património artístico e cultural da
local de partida desta aventura
artística.
Galeria de Arte Cidade de Lisboa e para a premên-
cia da sua salvaguarda enquan- A Galeria de Arte Urbana cumpre
Urbana to herança a legar às gerações
vindouras.
assim a sua prioridade de dar uma
oportunidade à comunidade do
graffiti e do street art de desenvol-
Com essa finalidade, a Galeria ver as suas expressões, técnicas
de Arte Urbana tem apostado no e registos, numa Lisboa que se
reforço da divulgação do graffiti e pretende livre, contemporânea e
da street art, nomeadamente com criativa.
a realização de duas exposições

odeith – rostos do muro azul

odeith – boogie down lisbon


8.5. GALERIA DE ARTE URBANA arte pública

“Reciclar o Olhar”
A iniciativa “Reciclar o Olhar”,
promovida pela Galeria de Arte
Urbana, e que, em face da popula-
ridade entretanto alcançada, teve
já várias fases, tem como objetivo
dinamizar intervenções artísticas
em vidrões espalhados por toda a
cidade de Lisboa.

As proveniências das propostas


e a diversidade de discursos são
assinaláveis – desde um conjunto
de crianças de um infantário a um
grupo de escuteiros, entre outros
ricardo xavier antunes
iniciados e recorrentes, as sucessi-
vas edições reafirmam a “Reciclar
o Olhar” como um exercício de
cidadania artística.

aheneah galego alexandra bodianu

josé carvalho
arte pública 8.5. GALERIA DE ARTE URBANA

A intervenção artística foi realizada


pelo coletivo UAT – União Artística
“Segue a arte e do Trancão e baseou-se na diver-
logo verás o rio” sidade de culturas que convivem
nesta área da cidade, evocada
Com o objetivo de explorar a por um conjunto de máscaras de
diversificação dos suportes para o inspiração étnica. “Segue a arte
graffiti, a Galeria de Arte Urbana e logo verás o rio” traçou assim,
promoveu, com o apoio da EDP, entre vielas e becos, o fio de um
uma intervenção de arte urbana percurso feito de pequenos grandes
num conjunto de armários técnicos apontamentos artísticos que nos
existentes ao longo do eixo deline- conduzem ao Tejo, lugar de partida
ado pela Rua de São Bento / Rua para o mundo.
do Poço dos Negros / Largo Conde
Barão / Rua D. Luís I / Av. 24 de
Julho. Mais informações
www.galeriaurbana.com.pt

uat uat

drawing jesus

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