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Entrega Preliminar 

- Documento sem revisão ortográfica

Plano de
Curso
Nome do curso: Cuidador de Idoso

Tipo do Curso: Qualificação


Profissional

Eixo Tecnológico: Ambiente e Saúde


Segmento: Saúde

Ano: 2018

Diretoria de Educação Profissional -


DEP

Setor de Acompanhamento e
Desenvolvimento Educacional -
SADE

Autorizado pelo Conselho Regional do Senac _______ em ___/___/______, pela Portaria ____________.
1. Identificação do Curso

Título do Curso: Cuidador de Idoso


Eixo Tecnológico: Ambiente e Saúde
Segmento: Saúde
Carga Horária: 160 horas
Código DN: 2454
Código CBO: 5162-10
Nº máximo de vagas: 35 vagas
Atualização: 29/05/2019

2. Requisitos e Formas de Acesso1

Requisitos de acesso:
 Idade mínima: 18 anos
 Escolaridade: Ensino Fundamental completo
 Escolaridade EJA: Aprovado em Língua Portuguesa e Biologia.
Documentos exigidos para matrícula:
 Documento oficial de identificação;
 CPF;
 Comprovante de escolaridade;
 Comprovante de residência.

Os demais documentos, conforme Súmula de Documentos vigente na data de abertura da


turma – Senac/SC.
Quando a oferta deste curso ocorrer por meio de parceria, convênio ou acordo de cooperação
com outras instituições, deverão ser incluídas neste item as especificações, caso existirem.

3. Justificativa e Objetivos

Desde a década de 1990, o censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) vem apontando o que configura numa inversão progressiva da pirâmide etária no Brasil,
com uma diminuição nos nascimentos e aumento da população jovem. A projeção é que em
2020 a faixa etária predominante seja a de adultos economicamente ativos. Para 2060 a

1
Os requisitos de acesso indicados neste plano de curso consideram as especificidades técnicas da ocupação e legislações vigentes
que versam sobre idade mínima, escolaridade e experiências requeridas para a formação profissional e exercício de atividade
laboral. Cabe a cada Conselho Regional a aprovação de alterações realizadas neste item do plano de curso, desde que embasados
em parecer da Diretoria de Educação Profissional.
projeção é de uma inversão total da pirâmide 2, com 25,5% dos brasileiros com mais de 65
anos (58,2 milhões de idosos), enquanto em 2018 esse percentual é de 9,2% (19,2 milhões) 3,
apresentando uma tendência irreversível de envelhecimento populacional. A Organização
Mundial da Saúde (OMS), inclusive, alerta que até o ano de 2025, o Brasil será o sexto país no
mundo em número de idosos4.
Essa realidade impõe grandes desafios aos sistemas de saúde público e privado, bem como às
famílias. Segundo a OMS, “quase 16% das pessoas com 60 anos ou mais foram submetidas a
abusos psicológicos (11,6%), abusos financeiros (6,8%), negligência (4,2%), abusos físicos
(2,6%) ou abusos sexuais (0,9%). Publicados em 2018, os dados se baseiam nas melhores
evidências disponíveis de 52 estudos em 28 países de diferentes regiões, incluindo 12 de baixa
e média renda”5.
A própria criação do Estatuto do Idoso, instituído pela Lei nº 10.741, de 01 de outubro de
2003, nasce em resposta à necessidade de se assegurar os direitos das pessoas idosas,
expressos na Constituição Federal de 1988. Políticas dessa natureza reforçam a ideia de que a
atenção à saúde de pessoas idosas é uma importante ação social, o que exige, dos envolvidos,
conhecimentos sobre as alterações decorrentes do processo natural de envelhecimento, sobre
as doenças comuns e síndromes geriátricas, bem como sobre a sutileza dos sinais que os
diferenciam, além da compreensão do contexto emocional, cognitivo e da dinâmica familiar
em que o idoso está inserido. Os cuidados para com essa população, portanto, precisam ser
assumidos por profissionais habilitados a reconhecer e desmistificar os aspectos relacionados
ao processo de senescência e senilidade, de modo a proporcionar melhor atendimento e
qualidade de vida à pessoa idosa, tanto em seu ambiente familiar, quanto nas instituições de
saúde, em geral, ou naquelas destinadas aos idosos.
A oferta do curso de Cuidador de Idoso, nesse sentido, se justifica na necessidade de formar
profissionais que auxiliarão na promoção do envelhecimento saudável, considerando a
heterogeneidade nos processos de senescência e senilidade e as orientações da equipe
multiprofissional. Dessa maneira, atuam para um menor comprometimento funcional,
preservando e valorizando a ética, convivência social e familiar, bem como a independência e
autonomia do idoso.
Oferecer um curso de qualificação profissional de Cuidador de Idoso, no qual esteja previsto o
desenvolvimento de competências que reforcem a promoção da saúde, do bem-estar, e a
ocupação do tempo livre é essencial para a melhoria da qualidade de vida de uma população

2
BRASIL. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Projeção da população por sexo e idade: Brasil 2000 – 2060, Unidades
de Federação 2000 – 2030. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em:<
https://ww2.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/00000014425608112013563329137649.pdf> Acesso em: 02
dez 2018.
3
IBGE. Agencia IBGE Notícias. Projeção da População 2018: número de habitantes do país deve parar de crescer em 2047 .
Agosto/2018. Disponível em: < https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/
releases/21837-projecao-da-populacao-2018-numero-de-habitantes-do-pais-deve-parar-de-crescer-em-2047 >. Acesso:
04.outubro.2018.
4
COSTA, M. F. B. N. A.; CIOSAK, S. I. Atenção integral na saúde do idoso no Programa Saúde da Família: visão dos profissionais de
saúde. Rev. Esc. Enferm. USP, São Paulo, v. 44, n. 2, jun. 2010 [capturado em jul. 2014]. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342010000200028&lng=en&nrm=iso>. Acesso:
04.outubro.2018.
5
ONUBR. Brasil adota recomendações da OMS e lança estratégia para melhorar vida de idosos. Nações Unidas do Brasil, abril
2018. Disponível em: https://nacoesunidas.org/brasil-adota-recomendacoes-da-oms-e-lanca-estrategia-para-melhorar-vida-de-
idosos/. Acesso: 04.outubro.2018.
crescente de pessoas idosas, fortalecendo os elos entre seus familiares, sociedade e
comunidade, além da equipe multiprofissional.

Objetivo geral:
Formar profissionais com competências para atuar e intervir em seu campo de trabalho, com
foco em resultados.
Objetivos específicos:
 Promover o desenvolvimento do aluno por meio de ações que articulem e mobilizem
conhecimentos, habilidades, valores e atitudes de forma potencialmente criativa e que
estimule o aprimoramento contínuo;
 Estimular, por meio de situações de aprendizagens, atitudes empreendedoras,
sustentáveis e colaborativas nos alunos;
 Articular as competências do perfil profissional com projetos integradores e outras
atividades laborais que estimulem a visão crítica e a tomada de decisão para
resolução de problemas;
 Promover uma avaliação processual e formativa com base em indicadores das
competências, que possibilitem a todos os envolvidos no processo educativo a
verificação da aprendizagem;
 Incentivar a pesquisa como princípio pedagógico e para consolidação do domínio
técnico-científico, utilizando recursos didáticos e bibliográficos.

4. Perfil Profissional de Conclusão

O Cuidador de Idoso é o profissional que tem como atribuição os cuidados com a pessoa idosa,
no que diz respeito ao seu bem-estar considerando como fatores a higiene, conforto,
entretenimento, alimentação, mobilidade e saúde, de modo a zelar por sua integridade, física,
emocional e social. Atua na inclusão e na relação entre o idoso, seus familiares e os integrantes
da equipe profissional de saúde.
Esse profissional trabalha em residências, meios de hospedagem, spas, clubes, Centro Dia,
residências terapêuticas, centros de acolhida especial para idosos (residência temporária, casa-
lar, república), instituições de longa permanência para idosos (ILPI), clínicas geriátricas,
hospitais e hospice.
O profissional Cuidador de Idoso qualificado pelo Senac tem como marcas formativas: domínio
técnico-científico, visão crítica, atitude empreendedora, sustentável e colaborativa, com foco
em resultados. Essas marcas reforçam o compromisso da instituição com a formação integral
do ser humano, considerando aspectos relacionados ao mundo do trabalho e ao exercício da
cidadania. Essa perspectiva propicia o comprometimento do aluno com a qualidade do
trabalho, o desenvolvimento de uma visão ampla e consciente sobre sua atuação profissional e
sobre sua capacidade de transformação da sociedade.
A ocupação está situada no eixo tecnológico Ambiente e Saúde cuja natureza é “cuidar” e
pertence ao segmento de Saúde.
A seguir estão as competências que compõem o perfil do Cuidador de Idoso:
 Estimular a independência e autonomia do idoso em suas atividades de vida diária.
 Cuidar da pessoa idosa em suas atividades de vida diária.

5. Organização Curricular6

O Modelo Pedagógico Senac estrutura o currículo do curso Cuidador de Idoso com bases nos
fazeres profissionais – as competências –, organizadas a partir das seguintes Unidades
Curriculares:
Unidades Curriculares Carga horária
UC1: Estimular a independência e autonomia do idoso
UC3: Projeto Integrador

em suas atividades de vida diária.


Cuidador de Idoso

60 horas
(16 horas)

UC2: Cuidar da pessoa idosa em suas atividades de


vida diária.
84 horas

Carga Horária Total 160 horas

 Pré-requisitos:
As Unidades Curriculares não possuem pré-requisitos e podem ser ofertadas de forma
subsequente ou concomitante, segundo a disposição de cada Departamento
Regional.

 Correquisitos:
A UC 3 Projeto Integrador Cuidador de Idoso deve ser ofertada simultaneamente às
demais Unidades Curriculares.

5.1. Detalhamento das Unidades Curriculares:

Unidade Curricular 1: Estimular a independência e autonomia do idoso em suas


atividades de vida diária.
Carga Horária: 60 horas.
Indicadores
1. Acompanha e auxilia o idoso nas suas atividades de vida diária, respeitando as diferenças
individuais do processo de envelhecimento.

2. Realiza ações de prevenção frente a situações de vulnerabilidade social, psicológica e


física a que estão expostas o idoso, considerando as diretrizes do Estatuto do Idoso, de
62
De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 6, de 20 de setembro de 2012, os planos de cursos técnicos de nível médio presenciais
podem prever até 20% (vinte por cento) do total da carga horária do curso em atividades não presenciais, desde que haja suporte
tecnológico e que seja garantido o atendimento por docentes e tutores qualificados. 
Indicadores
acordo com as orientações da equipe multiprofissional.

3. Orienta atividades de lazer e de ocupação do tempo livre de acordo com interesse do


idoso e orientações da equipe multiprofissional.

4. Providencia adaptações no ambiente de acordo com as orientações da equipe


multiprofissional, condições de mobilidade, segurança e valores do idoso e da família.

Elementos da Competência
Conhecimentos
• Legislação vigente relacionada ao idoso: Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741 de outubro de
2003 e suas atualizações) – conceitos, direitos e deveres do idoso; Política Municipal do
Idoso - especificidades locais (como definição de idade para acesso aos direitos); Lei
Orgânica de Assistência Social (LOAS) e Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa:
princípios e diretrizes.
• Política Nacional de Humanização: conceito, diretrizes, definição de acolhimento.
• Envelhecimento ativo: definição e determinantes - culturais, comportamentais, pessoais,
sociais e econômicos.
• Perfil da população idosa: aspectos demográficos do envelhecimento; preconceitos,
mitos e estereótipos; senescência e senilidade: processos naturais e patológicos do
envelhecimento; diversidade no processo de envelhecimento; conceito de identidade,
curso de vida e life span; espiritualidade e valores culturais; trabalho e aposentadoria;
aspectos da sexualidade na velhice; infecções sexualmente transmissíveis: dados
epidemiológicos de prevalência na população idosa, prevenção e cuidados.
• Mercado de trabalho para o Cuidador de Idoso: atribuições, campos e limites de
atuação; Classificação Brasileira de Ocupações - CBO (5162-10), Projetos de Lei vigentes;
empregabilidade, empreendedorismo, apresentação pessoal, e planejamento de
carreira.
• O Cuidador de Idoso: perfil profissional – principais características (escuta ativa,
paciência ativa, controle emocional, organização e planejamento, atuação ética como
elo entre idoso, família, sociedade e equipe multiprofissional); saúde do Cuidador -
qualidade de vida, ergonomia, vacinação, cuidados e acompanhamento de saúde física e
psicológica, autocuidado, fatores de risco (estresse, tabagismo, obesidade,
automedicação, alcoolismo, sedentarismo).
• O Cuidador de Idoso e a equipe multiprofissional: médico, enfermeiro, técnico e auxiliar
de enfermagem, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, nutricionista,
fonoaudiólogo, odontólogo, educador físico, gerontólogo, assistente social,
farmacêutico; funções e acesso aos profissionais; relações de trabalho; busca por
orientação e limites de atuação.
Elementos da Competência
• Atividades de vida diária (AVDs): definição, classificação e tipos: básicas (relacionadas ao
autocuidado, como banhar-se, alimentar-se, vestir-se, caminhar), instrumentais
(mantém o idoso ativo na comunidade como fazer compras, utilizar transporte, preparar
refeições, ir ao banco) e avançadas (realizar viagens, planejamento financeiro, atividades
de ocupação do tempo livre).
• Autocuidado do idoso: definição, finalidade e ações para o desenvolvimento.
• Dependência, independência e autonomia do idoso: conceitos, ações e importância do
estímulo e manutenção.
• Fatores de risco para pessoa idosa,prevenção e cuidados: sedentarismo, obesidade,
quedas, atividades físicas, deficiências visual e auditiva, amputações, consumo de drogas
lícitas e ilícitas, desatualização vacinal.
• Mobilidade funcional reduzida: conceito, ações para o desenvolvimento da mobilidade,
equipamentos relacionados (bengala, muletas, andador, cadeira de rodas, entre outros),
fatores de riscos para quedas e prevenção.
• Ambiência: conceito, mobilidade, segurança, higiene, organização e adaptações no
ambiente respeitando valores morais, culturais, éticos e religiosos.
• Comunicação verbal e não verbal: barreiras comunicacionais (idioma, inibição,
estereótipo, deficiências, agressividade, dentre outros), estratégias de comunicação com
o idoso.
• Relação de ajuda: conceito, importância e como construí-la.
• Vulnerabilidade: social, psicológica e física – definições, ações de prevenção e
encaminhamentos.
• Violência contra o idoso: tipos; indicadores de maus tratos; encaminhamentos.
• Programas voltados ao idoso disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Sistema
Único de Assistência Social (SUAS): definições, ações e acesso.
• Qualidade de vida do idoso: organização da rotina, sono e repouso, alimentação,
hidratação, higiene e imagem pessoal, cuidados estéticos; aspectos culturais e valores
morais e espirituais (gostos, preferências, hábitos); atividades de convívio social:
equipamentos de lazer do município, ocupação do tempo livre, atividades de lazer e
entretenimento; uso de aplicativos, softwares e jogos eletrônicos: cuidados, indicações e
orientações da equipe multiprofissional.
• Hospitalidade: conceito, relação hóspede e anfitrião, regras de convivência.

Habilidades
• Interpretar as orientações da equipe multiprofissional.
• Comunicar-se de maneira assertiva.
• Auxiliar na locomoção e movimentação do idoso.
Elementos da Competência
• Organizar o ambiente de permanência do idoso.
• Identificar situações de risco para o idoso.
• Mediar conflitos nas situações de trabalho.
• Identificar os aspectos do próprio trabalho que interferem na residência.

Atitudes/Valores
• Respeito aos limites de atuação profissional.
• Respeito às orientações da equipe multiprofissional.
• Comprometimento com o cuidado do idoso.
• Cooperação com os membros da família e equipe.
• Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.
• Cordialidade e empatia no trato com as pessoas.
• Proatividade no encaminhamento das informações e resoluções de problemas.
• Sigilo no tratamento de dados e informações.
• Responsabilidade socioambiental.
• Responsabilidade e comprometimento com os acordos estabelecidos.
• Zelo na apresentação pessoal e postura profissional.
• Zelo pelo ambiente e pertencentes do idoso.
• Respeito à privacidade, histórico de vida e aos valores morais, culturais e religiosos do
idoso e da família.
• Iniciativa no planejamento das atividades com o idoso.
• Atitude propositiva no desenvolvimento do trabalho.

Unidade Curricular 2: Cuidar da pessoa idosa em suas atividades de vida diária.


Carga horária: 84 horas.

Indicadores
1. Monitora o estado de saúde do idoso de acordo com orientações da equipe
multiprofissional e premissas do cuidado humanizado.

2. Realiza a higiene corporal e bucal de acordo com autonomia e independência do idoso,


respeitando as orientações da equipe multiprofissional.

3. Proporciona medidas de conforto de acordo com autonomia e independência do idoso,


respeitando as orientações da equipe multiprofissional.

4. Auxilia na alimentação de acordo com autonomia e independência do idoso, respeitando


Indicadores
as orientações da equipe multiprofissional.

5. Auxilia o idoso na administração de medicamentos de acordo com orientação e


prescrição.

6. Registra a rotina e comunica a família e equipe multiprofissional, considerando as


alterações do estado de saúde do idoso.

7. Presta cuidados de primeiros socorros de acordo com a situação de emergência,


solicitando auxílio aos serviços ou profissionais especializados, quando necessário.

Elementos da Competência
Conhecimentos
• Medidas de segurança: contaminação, infecção e infecção cruzada - conceitos e
responsabilidades; higienização das mãos - definição, finalidade e passo a passo de
acordo com o Ministério da Saúde; equipamentos de proteção individual: conceito, tipos
(luvas, máscaras, avental), indicação e formas de utilização.
• Descarte de resíduos: tipos de resíduos e destino.
• Equipamentos e materiais utilizados pelo Cuidador de Idoso – finalidade, tipos, utilização
e limites de atuação: termômetro digital, aparelho de pressão arterial digital, bolsa
térmica, compressas, comadre, papagaio, dispositivo para incontinência urinária
masculino, bolsa coletora de urina, bolsa de colostomia, fralda, luva para higiene
corporal, cadeira higiênica, cama, colchões e lençóis, aspirador nasal, novas tecnologias
facilitadoras para atividades diárias de vida (como porta comprimido digital, aplicativos
de agenda do idoso).
• Equipamentos e materiais apresentados e orientados pelos serviços de saúde: seringas,
agulhas e caneta de aplicação de insulina; aparelho de glicemia capilar; sonda enteral e
de gastrostomia; equipos e frascos para dietas.
• Monitoramento do estado de saúde do idoso: cuidados com a pele (hidratação,
prevenção de lesões, curativos simples para escoriações, feridas pequenas, não
profundas e sem secreções); aplicação de calor e frio (manuseio da bolsa térmica, tempo
e cuidados na aplicação); lesão por pressão (conceito, sinais de identificação,
prevenção); controles da pressão arterial e temperatura corporal (parâmetros de
normalidade, procedimento de verificação, registro, informação das alterações), glicemia
capilar (parâmetros de normalidade).
• Senilidade e síndromes geriátricas - varizes, hipertensão, diabetes, desnutrição,
desidratação, catarata, pneumonia, incontinência urinária e fecal, infecção urinária,
artrose, Parkinson, Acidente Vascular Encefálico (AVE), demências (declínio cognitivo
leve, Alzheimer, Corpos de Lewy, demência frontotemporal): definição, principais sinais
e sintomas, cuidados relacionados.
Elementos da Competência
• Comunicação para idoso com demência: características específicas e abordagem.
• Medidas de higiene: definição, tipos, finalidade e execução - cuidado corporal: cabelos,
unhas, pele, barba, banho (chuveiro, banheira e na cama), higiene oral, higiene íntima,
remoção de secreções de boca e nariz.
• Medidas de conforto: definição, tipos, finalidade, execução, cuidados relacionados e
anotação - hidratação da pele, mudança da posição do corpo, utilização de almofadas e
travesseiros, organização do ambiente, cuidados pelos objetos do idoso, transferência
cama/cadeira higiênica, limpeza de boca e nariz, eliminações fisiológicas (troca de fralda,
esvaziamento e troca de bolsa de colostomia, esvaziamento de bolsa coletora de urina).
• Nutrição, hidratação e alimentação: propriedades nutricionais dos alimentos
(energéticos, construtores e reguladores), vias (oral, nasoenteral); tipos de dieta
(hipossódica, pastosa, líquida, específica para diabético, hipogordurosa, entre outras),
restrições hídricas e alimentares; estímulo e auxílio na hidratação e alimentação por via
oral.
• Cuidados com medicação: medicamentos - diferenças entre comercial (ou de referência),
genérico e similar; administração de medicamentos - leitura e interpretação da
prescrição, tempo de tratamento, horários, dosagem, vias (oral, retal, tópica, instilação
ocular, nasal e inalatória), acondicionamento, validade e descarte; riscos da
automedicação - medicamentos industrializados, “caseiros” e fitoterápicos.
• Cuidados paliativos, finitude e morte: conceitos segundo OMS; cuidados relacionados à
finitude; aspectos culturais e crenças, processo de luto, providencias em relação à morte
em domicilio.
• Primeiros socorros - prevenção de acidentes, precauções e atendimento em caso de
engasgo, intoxicação, queda, reações alérgicas, envenenamento, queimadura,
convulsão, desmaio, hemorragia, fraturas, choque elétrico e parada cardiorrespiratória.
• Tipos de serviços de urgência e emergência disponíveis na comunidade: Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiro, atendimento de
emergência particular, Polícia Militar, entre outros.

Habilidades
• Comunicar-se de maneira assertiva.
• Interpretar prescrição e orientações da equipe multiprofissional.
• Atentar-se a comportamentos, reações, sinais e sintomas do idoso.
• Utilizar materiais e equipamentos.
• Identificar situações de emergência e de risco.
• Adotar boas práticas de higiene no controle e prevenção de doenças.
• Promover condições para as eliminações fisiológicas.
• Verificar temperatura e pressão arterial.
Elementos da Competência
Atitudes/Valores
• Respeito aos limites de atuação profissional.
• Respeito às orientações da equipe multiprofissional.
• Comprometimento com o cuidado do idoso.
• Cooperação com os membros da família e a equipe.
• Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.
• Cordialidade e empatia no trato com as pessoas.
• Responsabilidade e comprometimento com os acordos estabelecidos.
• Zelo pela apresentação pessoal e postura profissional.
• Sigilo no tratamento de dados e informações.
• Responsabilidade socioambiental.
• Proatividade no encaminhamento das informações e resoluções de problemas.
• Zelo pelas medidas de segurança nas diversas situações de trabalho.
• Iniciativa no planejamento das atividades com o idoso.
• Respeito à privacidade, histórico de vida e aos valores morais, culturais e religiosos do
idoso e da família.

Unidade Curricular 3: Projeto Integrador Cuidador de Idoso


Carga horária: 16 horas.
O Projeto Integrador é uma Unidade Curricular de Natureza Diferenciada, baseada na
metodologia de ação-reflexão-ação, que se constitui na proposição de situações
desafiadoras a serem cumpridas pelo aluno. Esta Unidade Curricular é obrigatória nos cursos
de Aprendizagem Profissional Comercial, Qualificação Profissional, Habilitação Profissional
Técnica de Nível Médio e Qualificação Profissional Técnica de Nível Médio.
O planejamento e execução do Projeto Integrador propiciam a articulação das competências
previstas no perfil profissional de conclusão, pois apresenta ao aluno situações que
estimulam o seu desenvolvimento profissional ao ter que decidir, opinar e debater com o
grupo a resolução de problemas a partir do tema gerador.
Durante a realização do Projeto, portanto, o aluno poderá demonstrar sua atuação
profissional pautada pelas marcas formativas do Senac, uma vez que permite o trabalho em
equipe e o exercício da ética, da responsabilidade social e da atitude empreendedora.
O Projeto Integrador prevê:
• articulação das competências do curso, com foco no desenvolvimento do
perfil profissional de conclusão;
• criação de estratégias para a solução de um problema ou de uma fonte
geradora de problemas relacionada à prática profissional;
• desenvolvimento de atividades em grupos realizadas pelos alunos, de
maneira autônoma e responsável;
• geração de novas aprendizagens ao longo do processo;
• planejamento integrado entre todos os docentes do curso;
• compromisso docentes com o desenvolvimento do projeto no decorrer das
unidades curriculares;
• espaço privilegiado para imprimir as Marcas Formativas Senac:
- domínio técnico-científico;
- atitude empreendedora;
- visão crítica;
- atitude sustentável;
- atitude colaborativa.

A partir do tema gerador, são necessárias três etapas para a execução do Projeto
Integrador:
1°. Problematização: corresponde ao ponto de partida do projeto. Na definição do tema
gerador, deve-se ter em vista uma situação plausível, identificada no campo de atuação
profissional e que perpasse as competências do perfil de conclusão. Neste momento, é feito
o detalhamento do tema gerador e o levantamento das questões que irão nortear a
pesquisa e o desenvolvimento do projeto. As questões devem mobilizar ações que articulem
as competências do curso para a resolução do problema.
2°. Desenvolvimento: para o desenvolvimento do Projeto Integrador, é necessário que os
alunos organizem e estruturem um plano de trabalho. Esse é o momento em que são
elaboradas as estratégias para atingir os objetivos e dar respostas às questões formuladas
na etapa de problematização. O plano de trabalho deve ser realizado conjuntamente pelos
alunos e prever situações que extrapolem o espaço da sala de aula, estimulando a pesquisa
em bibliotecas, a visita aos ambientes reais de trabalho, a contribuição de outros docentes e
profissionais, além de outras ações para a busca da resolução do problema.
3º. Síntese: momento de organização e avaliação das atividades desenvolvidas e dos
resultados obtidos. Nesta etapa, os alunos podem rever suas convicções iniciais à luz das
novas aprendizagens, expressar ideias com maior fundamentação teórica e prática, além de
gerar produtos de maior complexidade. É importante que a proposta de solução traga
aspectos inovadores, tanto no próprio produto, quanto na forma de apresentação.

Propostas de Temas Geradores:


• Proposta 1: O Cuidador de Idoso e os desafios éticos do envelhecimento e
longevidade
O processo de envelhecimento é acompanhado por diversos desafios éticos
no trato com o idoso, devido a crenças e valores a respeito do
envelhecimento que, muitas vezes, são acompanhadas por mitos e
estereótipos, fazendo com que o idoso esteja mais vulnerável a ociosidade,
violência e acidentes, culminando em situações em que pode haver
comprometimento de sua segurança e saúde. Neste sentido, existe a
necessidade de positivar a velhice, como uma fase que vai além das
limitações físicas, funcionais e/ou mentais do processo de senescência ou
senilidade.
A partir desse contexto, é proposta a reflexão sobre o papel do Cuidador no
desempenho de suas funções nas diversas atividades diárias do idoso por
meio de situações-problema, visitas técnicas, entrevistas, simulações e
vivências, gerando propostas de atuação do Cuidador de Idoso voltadas ao
estímulo à autonomia, independência, segurança e ocupação do tempo
livre, respeitando os valores culturais de cada idoso.

• Proposta 2: O cuidador de idoso e os recursos de suporte social para


promoção de saúde.
Nas últimas décadas, o envelhecimento populacional resultou no aumento
da demanda de políticas públicas que contemplem as necessidades sociais e
de saúde do idoso. A rede de apoio social contribui para a proteção e
garantia dos direitos ao idoso, promovendo vínculos e proporcionando bem-
estar no atendimento de suas necessidades, por isso, os sistemas de suporte
social, sejam eles formais ou informais, são fundamentais no atendimento à
população idosa.
Consideram-se como suporte social formal, aqueles pautados nas políticas
públicas que compreendem serviços de atendimento ao idoso, serviços à
saúde, serviços sociais e como suporte social informal, as relações marcadas
pelos recursos da comunidade e serviços privados.
Neste sentido, existe a necessidade de identificar e explorar os principais
recursos sociais e serviços de atendimento multiprofissional a saúde
disponíveis para integrar e oferecer suporte ao idoso e familiares.
A partir desse contexto, é proposta a reflexão sobre o papel do Cuidador no
desempenho de suas funções nas diversas atividades diárias do idoso por
meio de situações-problema, visitas técnicas, entrevistas, simulações e
vivências, gerando propostas de atuação do Cuidador de Idoso voltadas à
utilização dos principais recursos sociais que colaborem com a prevenção de
doenças e promoção da saúde.
Outros Temas Geradores podem ser definidos em conjunto com os alunos, desde que
constituam uma situação-problema e atendam aos indicadores para avaliação.
Indicadores para avaliação:
Para avaliação do Projeto Integrador, são utilizados os seguintes indicadores:

• cumpre as atividades previstas no plano de ação, conforme desafio


identificado no tema gerador.
• apresenta resultados ou soluções de acordo com as problemáticas do tema
gerador e objetivos do PI.

6. Orientações Metodológicas

As orientações metodológicas deste curso, em consonância com a Proposta Pedagógica do


Senac, pautam-se pelo princípio da aprendizagem com autonomia e pela metodologia de
desenvolvimento de competências, estas entendidas como ação/fazer profissional observável,
potencialmente criativo(a), que articula conhecimentos, habilidades e atitudes/valores e que
permite desenvolvimento contínuo.
As competências que compõem a organização curricular do curso foram definidas com base no
perfil profissional de conclusão, considerando a área de atuação e os processos de trabalho
deste profissional. Para o desenvolvimento das competências, foi configurado um percurso
metodológico que privilegia a prática pedagógica contextualizada, colocando o aluno frente a
situações de aprendizagem que possibilitam o exercício contínuo da mobilização e articulação
dos saberes necessários para a ação e para a solução de questões inerentes à natureza da
ocupação.
A mobilização e a articulação dos elementos da competência requerem a proposição de
situações desafiadoras de aprendizagem, que apresentem níveis crescentes de complexidade e
se relacionem com a realidade do aluno e com o contexto da ocupação.
As atividades relacionadas ao planejamento de carreira dos alunos devem ocorrer de forma
concomitante ao desenvolvimento da marca formativa Atitude Empreendedora. Recomenda-
se que o tema seja abordado no início das primeiras unidades curriculares do curso e
revisitado no decorrer de toda a formação. A partir da reflexão sobre si mesmo e sobre a
própria trajetória profissional, os alunos podem reconhecer possibilidades de atuação na
perspectiva empreendedora e elaborar estratégias para identificar oportunidades e aprimorar
cada vez mais suas competências. O docente pode abordar com os alunos o planejamento de
carreira a partir dos seguintes tópicos: i) ponto de partida: momento de vida do aluno, suas
possibilidades de inserção no mercado, fontes de recrutamento e seleção, elaboração de
currículo, remuneração oferecida pelo mercado, competências que possui e seu histórico
profissional; ii) objetivos: o que o aluno pretende em relação à sua carreira a curto, médio e
longo prazo, e; iii) estratégias: o que o aluno deve fazer para alcançar seus objetivos.
Esse plano de ação tem como foco a iniciativa, a criatividade, a inovação, a autonomia e o
dinamismo, na perspectiva de que os alunos possam criar soluções e buscar formas diferentes
de atuar em seu segmento.
No que concerne às orientações metodológicas para a Unidade Curricular Projeto Integrador,
ressalta-se que o tema gerador deve se basear em problemas da realidade da ocupação,
propiciando desafios significativos que estimulem a pesquisa a partir de diferentes temas e
ações relacionadas ao setor produtivo ao qual o curso está vinculado. Neste sentido, a
proposta deve contribuir para o desenvolvimento de projetos consistentes, que ultrapassem a
mera sistematização das informações trabalhadas durante as demais unidades curriculares.

Orientações metodológicas específicas para:

UC1: Estimular a independência e autonomia do idoso em suas atividades de vida diária.


Para esta UC, que tem foco nos aspectos sociais e de convivência, bem como no resgate da
independência e autonomia dos idosos, recomenda-se que sejam planejadas situações de
aprendizagem que promovam a vivência dos fazeres profissionais voltados à prática do
Cuidador, dentro de seus limites de atuação, voltadas ao:
• Acompanhamento do idoso nas suas atividades de vida diária;
• Acompanhamento e inserção do idoso nas políticas sociais e de saúde;
• Realização de atividades não terapêuticas de lazer e de ocupação do tempo livre, de
interesse do idoso;
• Sugestão de adaptações no ambiente melhorando a mobilidade e segurança, respeitando
os valores do idoso;
• Identificação, prevenção, comunicação e busca de auxilio em situações de risco de
vulnerabilidade física, psicológica e social.
Para tal, podem ser propostas atividades como pesquisas, estudos de situações-problema,
simulações, visitas técnicas em espaços de lazer públicos e instituições de longa permanência
com o objetivo de identificar adaptações e possibilidades de inclusão do idoso em atividades
de ocupação do tempo livre, minimizando os fatores de risco estimulando a independência e
autonomia. Também podem ser exibidos documentários e veiculados materiais de pesquisa
para discussões sobre o processo de envelhecimento, políticas públicas e estudos de casos
visando a discussão das atribuições do Cuidador e seu papel na equipe multiprofissional, além
de entrevistas com idosos para reconhecer quais mitos e estereótipos impactam mais nas
atividades de vida diária. Outra possibilidade é a promoção de encontros com profissionais que
dão suporte ao idoso como geriatra, gerontólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional,
assistente social, educador físico, entre outros, a fim de contextualizar a equipe
multiprofissional.
As questões comportamentais e valorativas, extremamente relevantes a essa ocupação para
que o Cuidador se reconheça como elo entre o idoso, a família, sociedade e equipe
multiprofissional, podem ser exploradas em atividades como estudos de situações-problema,
simulações, dinâmicas de grupo, palestras com profissionais da área, desenvolvimentos de
ações socioeducativas.

UC2: Cuidar da pessoa idosa em suas atividades de vida diária.


Para esta UC, que tem foco nas questões relacionadas à saúde do idoso, recomenda-se que
sejam planejadas situações de aprendizagem que remetam à vivência dos fazeres profissionais
voltados às ações de cuidado, acompanhamento da saúde e prevenção de doenças,
considerando os limites de atuação do Cuidador, como:
• Mensuração de pressão arterial com aparelho de pulso digital.
• Verificação de temperatura.
• Realização de curativos simples.
• Aplicação de bolsa de calor e frio.
• Remoção de secreções da boca e do nariz.
• Auxilio ou administração de medicamentos por vias oral, auricular, nasal, retal, oftálmica,
inalações e tópica.
• Acompanhamento ou oferecimento de alimentação por boca.
• Coleta de urina e fezes, colocação e retirada de comadre e papagaio, colocação de
dispositivo para incontinência urinária masculino, esvaziamento de bolsa coletora de
urina, realização de troca de fraldas, troca e higiene da bolsa de colostomia.
• Realização de banho na cama, higiene oral, íntima e couro cabeludo.
• Realização de mudanças de posição do corpo para conforto e prevenção de lesão por
pressão.
• Registro da rotina do idoso e das intercorrências.
• Prestação de cuidados de primeiros socorros.
Para tal, recomenda-se que o docente demonstre os fazeres referentes aos cuidados desta UC
e que os alunos os simulem, utilizando manequins específicos para esta finalidade, além de
propor atividades como estudos de situações-problema, pesquisas, discussão de vídeos,
palestras com profissionais e representantes comerciais para demonstração de equipamentos,
materiais e tecnologias assistivas. Podem ser incluídas visitas técnicas à ILPI e Centro Dia
estimulado o voluntariado aos alunos para realizar atividades com os idosos.
É importante salientar a necessidade de o docente constantemente explorar os limites de
atuação com os diversos atores da equipe multidisciplinar de saúde que acompanham o idoso.
Nesse sentido, no que se refere à mensuração da glicemia capilar, aplicação subcutânea de
insulina e administração de alimentação por sonda, o docente deve orientar o aluno, caso se
depare com essas demandas durante sua vida profissional, a buscar orientação da equipe de
saúde nos diversos segmentos, como ambulatório de especialidades, Estratégia da Saúde da
Família, Unidade Básica de Saúde (UBS), consultórios médicos e hospitais.
Da mesma forma que na UC1, as questões comportamentais e valorativas podem ser
exploradas em atividades como estudos de situações-problema, simulações, dinâmicas de
grupo, palestras com profissionais da área, desenvolvimentos de ações socioeducativas.

UC3: Projeto Integrador Cuidador de Idoso


Recomenda-se que o docente responsável apresente o tema gerador no primeiro contato com
os alunos. Estes, por sua vez, devem validar a proposta, podendo sugerir modificação ou
inclusão, a ser acatada pelos docentes, quando pertinente. Ressalta-se que o tema gerador
tem como princípio ser desafiador, portanto deve estimular a pesquisa e a investigação de
outras realidades, transcendendo a mera sistematização de informações já trabalhadas
durante as demais unidades curriculares. Junto com a definição do tema gerador, é necessário
estabelecer o cronograma de trabalho e prazos para as entregas.
Recomenda-se priorizar pesquisas, visitas técnicas, entrevistas com pessoas de mercado, entre
outras estratégias. Entretanto, quando não for possível a vivência em ambiente real de
trabalho, sugere-se a utilização de situações-problema presentes em vídeos, reportagens e
casos fictícios baseados na realidade. As atividades desenvolvidas no decorrer das
competências podem servir de subsídio para o desenvolvimento do projeto.
É fundamental que o docente responsável pelo Projeto Integrador atue de forma articulada
com os demais docentes do curso, incentivando a participação ativa e reforçando as
contribuições de cada Unidade Curricular para sua realização. Além disso, todos os docentes
do curso devem participar da elaboração, execução e apresentação de seus resultados parciais
e finais.
Durante o desenvolvimento do projeto, os docentes devem acompanhar as entregas parciais
conforme previsto no cronograma, auxiliando os grupos na realização e consolidação das
pesquisas.
No momento de síntese, procede-se com a sistematização de todos os dados pesquisados e
atividades realizadas durante o desenvolvimento do projeto para subsidiar a apresentação das
respostas aos desafios gerados. Aspectos como criatividade e inovação devem estar presentes
tanto nos produtos/resultados propriamente ditos, quanto na forma de apresentação desses
resultados. Considerando que o Projeto Integrador é um espaço privilegiado para explorar as
marcas formativas do Senac, recomenda-se que, durante a sua execução, os docentes
propiciem desafios que permitam aos alunos desenvolve-las.
Por fim, tendo em vista que a natureza dessa ocupação traz em seu perfil profissional questões
comportamentais e valorativas fundamentais e indubitáveis, somado ao entendimento de que
cuidar está além da execução de determinada ação com excelência, o Projeto Integrador
torna-se um espaço propício para que o docente explore tais questões e estimule a auto
avaliação nos alunos.

7. Aproveitamento de Conhecimentos e de Experiências Anteriores

De acordo com a legislação educacional em vigor, é possível aproveitar conhecimentos e


experiências anteriores dos alunos, desde que diretamente relacionados com o Perfil
Profissional de Conclusão do presente curso.
O aproveitamento de competências anteriormente adquiridas pelo aluno por meio da
educação formal, informal ou do trabalho, para fins de prosseguimento de estudos, será feito
mediante protocolo de avaliação de competências, conforme as diretrizes legais e orientações
organizacionais vigentes.

8. Avaliação

De forma coerente com os princípios pedagógicos da Instituição, a avaliação tem como


propósitos:
• Ser diagnóstica: Averiguar o conhecimento prévio de cada aluno e seu nível de
domínio das competências, indicadores e elementos, elencar as reais
necessidades de aprendizado e orientar a abordagem docente.
• Ser formativa: Acompanhar todo o processo de aprendizado das competências
propostas neste plano, constatando se o aluno as desenvolveu de forma
suficiente para avançar a outra etapa de conhecimentos e realizando adequações,
se necessário.
• Ser somativa: Atestar o nível de rendimento de cada aluno, se os objetivos de
aprendizagem e competências foram desenvolvidos com êxito e verificar se o
mesmo está apto a receber seu certificado ou diploma.

8.1. Forma de expressão dos resultados da avaliação


• Toda avaliação deve ser acompanhada e registrada ao longo do processo de
ensino e aprendizagem. Para tanto, definiu-se o tipo de menção que será utilizada
para realizar os registros parciais (ao longo do processo) e finais (ao término da
Unidade Curricular/curso).
• As menções adotadas no modelo pedagógico reforçam o comprometimento com
o desenvolvimento da competência e buscam minimizar o grau de subjetividade
do processo avaliativo.
• De acordo com a etapa de avaliação, foram estabelecidas menções específicas a
serem adotadas no decorrer do processo de aprendizagem:

8.1.1. Menção por indicador de competência


A partir dos indicadores que evidenciam o desenvolvimento da competência, foram
estabelecidas menções para expressar os resultados de uma avaliação. As menções que serão
atribuídas para cada indicador são:

Durante o processo
• Atendido - A
• Parcialmente atendido - PA
• Não atendido - NA

Ao final da Unidade Curricular


• Atendido - A
• Não atendido - NA

8.1.2. Menção por Unidade Curricular

Ao término de cada Unidade Curricular (Competência), estão as menções relativas a cada


indicador. Se os indicadores não forem atingidos, o desenvolvimento da competência estará
comprometido. Ao término da Unidade Curricular, caso algum dos indicadores não seja
atingido ou a frequência seja menor que 75%, esta será considerada como não desenvolvida. É
com base nessas menções que se estabelece o resultado da Unidade Curricular. As menções
possíveis para cada Unidade Curricular são
• Desenvolvida - D
• Não desenvolvida – ND

Na modalidade a distância, o controle da frequência é baseado na realização das atividades


previstas.

8.1.3. Menção para aprovação no curso


Para aprovação no curso, o aluno precisa atingir D (desenvolveu) em todas as unidades
curriculares (Competências e Unidades Curriculares de Natureza Diferenciada).
• Aprovado - AP
• Reprovado - RP

8.2. Recuperação
A recuperação será imediata à constatação das dificuldades do aluno, por meio de solução de
situações-problema, realização de estudos dirigidos e outras estratégias de aprendizagem que
contribuam para o desenvolvimento da competência. Na modalidade de oferta presencial, é
possível a adoção de recursos de educação a distância.

9. Estágio Profissional Supervisionado

O Estágio tem por finalidade propiciar condições para a integração dos alunos no mercado de
trabalho. É um “ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho,
que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos” (Lei n° 11.788/08).
Conforme previsto em legislação vigente, o Estágio pode integrar ou não a estrutura curricular
dos cursos. Será obrigatório quando a legislação que regulamenta a atividade profissional
assim o determinar.
Nos cursos em que o Estágio não é obrigatório, pode ser facultada aos alunos a realização do
Estágio, de acordo com a demanda do mercado de trabalho. Desenvolvido como atividade
opcional, a carga horária do estágio é apostilada ao histórico escolar do aluno.
No presente curso, o Estágio não é obrigatório.

10. Instalações, Equipamentos e Recursos Didáticos

10.1. Instalações e equipamentos7:


• Para oferta presencial:
• Sala de aula adequadamente mobiliada, com cadeiras móveis para realização
de atividades, mesa, computador e projetor multimídia.
• Equipamentos:
− aparelho de inalação doméstico;
− aparelho para verificação de pressão arterial digital de pulso;
− aspirador nasal manual;
− bacia para banho;
− bolsa térmica;
− cadeira de rodas;
− cadeira para higiene;

7
É importante que as instalações e equipamentos estejam em consonância com a legislação e atendam às
orientações descritas nas normas técnicas de acessibilidade. Estes aspectos, assim como os atitudinais,
comunicacionais e metodológicos buscam atender as orientações da Convenção de Direitos das Pessoas com
Deficiência da qual o Brasil é signatário.
− cama hospitalar ou cama convencional de solteiro ou maca
dobrável/articulada;
− colchão (para as unidades escolares que possuem cama);
− comadre;
− jarro para banho;
− lixeira;
− manequim adulto para procedimentos básicos;
− manequim dentário;
− papagaio;
− pia com torneira;
− roupas de cama (lençol, fronha, travesseiro, colcha, cobertor);
− simulador de velhice;
− suporte de soro;
− termômetro digital axilar;
− torso ou manequim para massagem cardíaca externa;
− vestuário (camisola, pijama, toalha de banho e de rosto).

Para oferta a distância:


As configurações de infraestrutura para oferta deste curso a distância serão definidas pelo DR
Sede responsável pelo desenvolvimento do título na Rede EaD Senac.

10.2. Recursos didáticos


O Departamento Regional deve especificar o que será adquirido pelo aluno ou fornecido pelo
Senac em caso de alunos do Programa Senac de Gratuidade (PSG).

11
Perfil do Pessoal Docente e Técnico
.

O desenvolvimento da oferta ora proposta requer docentes com experiência profissional no


cuidado com idosos e bacharelado e/ou licenciatura na área de Saúde, Serviço Social ou
Psicologia, preferencialmente com especialização em Gerontologia ou áreas afins.

12
Bibliografia
.
Unidades Curriculares
UC1: Estimular a independência e autonomia do idoso em suas atividades de vida diária.
Carga horária: 60 horas
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
NERI, A. L. Palavras-chave em gerontologia. 4. ed. São Paulo, Campina: Alínea, 2014.
CARVALHO, N. C. Dinâmicas para idosos: 125 jogos e brincadeiras adaptados. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2018.
COURA, D. M. S. & COURA, K. M. S. Psicologia Aplicada ao Cuidador e ao Idoso.1ª Ed. São
Paulo: Érica, 2014.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ARANTES, A. C. Q. A Morte É Um Dia que Vale a Pena Viver. 1ª ed. São Paulo, São Paulo:
LeYa, 2016.
BORN, T. Cuidar Melhor e Evitar a Violência: manual do cuidador da pessoa idosa. Brasília:
Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2008.
SANTOS, S.M.A. Idoso, família e cultura. 3. ed. São Paulo: Alínea, 2010.
TOURELLE, M. L. Convivendo com o Alzheimer: uma perspectiva holística sobre a doença.
São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2017.
Unidades Curriculares
UC2: Cuidar da pessoa idosa em suas atividades de vida diária. Carga Horária: 84 horas
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.
Guia prático do cuidador. 2. ed. Brasília, DF, 2009. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf >.
Acesso em 19 outubro.2018.
LIMA, E. E. P. Cuidador de idosos: práticas e reflexões do cuidar com cuidado. São Paulo: Ed.
Senac São Paulo, 2018.
SENAC. Departamento Nacional. Primeiros socorros: como agir em situações de emergência.
1. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2018.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf>. Acesso em 19
outubro.2018.
MORAES, E.N. Atenção à saúde do idoso: aspectos conceituais. Brasília, DF: Organização
Pan-Americana da Saúde, 2012. Disponível em: <
https://pt.scribd.com/document/301707492/Atencao-a-saude-do-idoso-aspectos-
conceituais-pdf>. Acesso em 19 outubro.2018.
GARCIA, M. N. O silêncio da doença de Alzheimer: manual para fisioterapeutas,
fonoaudiólogos e cuidadores. Brasília: Senac Distrito Federal, 2016.
VONO, Z. E. O bem no mal de Alzheimer. São Paulo: Senac São Paulo, 2009. (Série
Apontamentos).
13
Certificação
.

Àquele que concluir com aprovação este curso, será conferido o respectivo certificado
de Qualificação Profissional em Cuidador de Idoso, com validade nacional.

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