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Plano de
Curso
Nome do curso: Cuidador de Idoso
Ano: 2018
Setor de Acompanhamento e
Desenvolvimento Educacional -
SADE
Autorizado pelo Conselho Regional do Senac _______ em ___/___/______, pela Portaria ____________.
1. Identificação do Curso
Requisitos de acesso:
Idade mínima: 18 anos
Escolaridade: Ensino Fundamental completo
Escolaridade EJA: Aprovado em Língua Portuguesa e Biologia.
Documentos exigidos para matrícula:
Documento oficial de identificação;
CPF;
Comprovante de escolaridade;
Comprovante de residência.
3. Justificativa e Objetivos
Desde a década de 1990, o censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) vem apontando o que configura numa inversão progressiva da pirâmide etária no Brasil,
com uma diminuição nos nascimentos e aumento da população jovem. A projeção é que em
2020 a faixa etária predominante seja a de adultos economicamente ativos. Para 2060 a
1
Os requisitos de acesso indicados neste plano de curso consideram as especificidades técnicas da ocupação e legislações vigentes
que versam sobre idade mínima, escolaridade e experiências requeridas para a formação profissional e exercício de atividade
laboral. Cabe a cada Conselho Regional a aprovação de alterações realizadas neste item do plano de curso, desde que embasados
em parecer da Diretoria de Educação Profissional.
projeção é de uma inversão total da pirâmide 2, com 25,5% dos brasileiros com mais de 65
anos (58,2 milhões de idosos), enquanto em 2018 esse percentual é de 9,2% (19,2 milhões) 3,
apresentando uma tendência irreversível de envelhecimento populacional. A Organização
Mundial da Saúde (OMS), inclusive, alerta que até o ano de 2025, o Brasil será o sexto país no
mundo em número de idosos4.
Essa realidade impõe grandes desafios aos sistemas de saúde público e privado, bem como às
famílias. Segundo a OMS, “quase 16% das pessoas com 60 anos ou mais foram submetidas a
abusos psicológicos (11,6%), abusos financeiros (6,8%), negligência (4,2%), abusos físicos
(2,6%) ou abusos sexuais (0,9%). Publicados em 2018, os dados se baseiam nas melhores
evidências disponíveis de 52 estudos em 28 países de diferentes regiões, incluindo 12 de baixa
e média renda”5.
A própria criação do Estatuto do Idoso, instituído pela Lei nº 10.741, de 01 de outubro de
2003, nasce em resposta à necessidade de se assegurar os direitos das pessoas idosas,
expressos na Constituição Federal de 1988. Políticas dessa natureza reforçam a ideia de que a
atenção à saúde de pessoas idosas é uma importante ação social, o que exige, dos envolvidos,
conhecimentos sobre as alterações decorrentes do processo natural de envelhecimento, sobre
as doenças comuns e síndromes geriátricas, bem como sobre a sutileza dos sinais que os
diferenciam, além da compreensão do contexto emocional, cognitivo e da dinâmica familiar
em que o idoso está inserido. Os cuidados para com essa população, portanto, precisam ser
assumidos por profissionais habilitados a reconhecer e desmistificar os aspectos relacionados
ao processo de senescência e senilidade, de modo a proporcionar melhor atendimento e
qualidade de vida à pessoa idosa, tanto em seu ambiente familiar, quanto nas instituições de
saúde, em geral, ou naquelas destinadas aos idosos.
A oferta do curso de Cuidador de Idoso, nesse sentido, se justifica na necessidade de formar
profissionais que auxiliarão na promoção do envelhecimento saudável, considerando a
heterogeneidade nos processos de senescência e senilidade e as orientações da equipe
multiprofissional. Dessa maneira, atuam para um menor comprometimento funcional,
preservando e valorizando a ética, convivência social e familiar, bem como a independência e
autonomia do idoso.
Oferecer um curso de qualificação profissional de Cuidador de Idoso, no qual esteja previsto o
desenvolvimento de competências que reforcem a promoção da saúde, do bem-estar, e a
ocupação do tempo livre é essencial para a melhoria da qualidade de vida de uma população
2
BRASIL. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Projeção da população por sexo e idade: Brasil 2000 – 2060, Unidades
de Federação 2000 – 2030. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em:<
https://ww2.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/00000014425608112013563329137649.pdf> Acesso em: 02
dez 2018.
3
IBGE. Agencia IBGE Notícias. Projeção da População 2018: número de habitantes do país deve parar de crescer em 2047 .
Agosto/2018. Disponível em: < https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/
releases/21837-projecao-da-populacao-2018-numero-de-habitantes-do-pais-deve-parar-de-crescer-em-2047 >. Acesso:
04.outubro.2018.
4
COSTA, M. F. B. N. A.; CIOSAK, S. I. Atenção integral na saúde do idoso no Programa Saúde da Família: visão dos profissionais de
saúde. Rev. Esc. Enferm. USP, São Paulo, v. 44, n. 2, jun. 2010 [capturado em jul. 2014]. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0080-62342010000200028&lng=en&nrm=iso>. Acesso:
04.outubro.2018.
5
ONUBR. Brasil adota recomendações da OMS e lança estratégia para melhorar vida de idosos. Nações Unidas do Brasil, abril
2018. Disponível em: https://nacoesunidas.org/brasil-adota-recomendacoes-da-oms-e-lanca-estrategia-para-melhorar-vida-de-
idosos/. Acesso: 04.outubro.2018.
crescente de pessoas idosas, fortalecendo os elos entre seus familiares, sociedade e
comunidade, além da equipe multiprofissional.
Objetivo geral:
Formar profissionais com competências para atuar e intervir em seu campo de trabalho, com
foco em resultados.
Objetivos específicos:
Promover o desenvolvimento do aluno por meio de ações que articulem e mobilizem
conhecimentos, habilidades, valores e atitudes de forma potencialmente criativa e que
estimule o aprimoramento contínuo;
Estimular, por meio de situações de aprendizagens, atitudes empreendedoras,
sustentáveis e colaborativas nos alunos;
Articular as competências do perfil profissional com projetos integradores e outras
atividades laborais que estimulem a visão crítica e a tomada de decisão para
resolução de problemas;
Promover uma avaliação processual e formativa com base em indicadores das
competências, que possibilitem a todos os envolvidos no processo educativo a
verificação da aprendizagem;
Incentivar a pesquisa como princípio pedagógico e para consolidação do domínio
técnico-científico, utilizando recursos didáticos e bibliográficos.
O Cuidador de Idoso é o profissional que tem como atribuição os cuidados com a pessoa idosa,
no que diz respeito ao seu bem-estar considerando como fatores a higiene, conforto,
entretenimento, alimentação, mobilidade e saúde, de modo a zelar por sua integridade, física,
emocional e social. Atua na inclusão e na relação entre o idoso, seus familiares e os integrantes
da equipe profissional de saúde.
Esse profissional trabalha em residências, meios de hospedagem, spas, clubes, Centro Dia,
residências terapêuticas, centros de acolhida especial para idosos (residência temporária, casa-
lar, república), instituições de longa permanência para idosos (ILPI), clínicas geriátricas,
hospitais e hospice.
O profissional Cuidador de Idoso qualificado pelo Senac tem como marcas formativas: domínio
técnico-científico, visão crítica, atitude empreendedora, sustentável e colaborativa, com foco
em resultados. Essas marcas reforçam o compromisso da instituição com a formação integral
do ser humano, considerando aspectos relacionados ao mundo do trabalho e ao exercício da
cidadania. Essa perspectiva propicia o comprometimento do aluno com a qualidade do
trabalho, o desenvolvimento de uma visão ampla e consciente sobre sua atuação profissional e
sobre sua capacidade de transformação da sociedade.
A ocupação está situada no eixo tecnológico Ambiente e Saúde cuja natureza é “cuidar” e
pertence ao segmento de Saúde.
A seguir estão as competências que compõem o perfil do Cuidador de Idoso:
Estimular a independência e autonomia do idoso em suas atividades de vida diária.
Cuidar da pessoa idosa em suas atividades de vida diária.
5. Organização Curricular6
O Modelo Pedagógico Senac estrutura o currículo do curso Cuidador de Idoso com bases nos
fazeres profissionais – as competências –, organizadas a partir das seguintes Unidades
Curriculares:
Unidades Curriculares Carga horária
UC1: Estimular a independência e autonomia do idoso
UC3: Projeto Integrador
60 horas
(16 horas)
Pré-requisitos:
As Unidades Curriculares não possuem pré-requisitos e podem ser ofertadas de forma
subsequente ou concomitante, segundo a disposição de cada Departamento
Regional.
Correquisitos:
A UC 3 Projeto Integrador Cuidador de Idoso deve ser ofertada simultaneamente às
demais Unidades Curriculares.
Elementos da Competência
Conhecimentos
• Legislação vigente relacionada ao idoso: Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741 de outubro de
2003 e suas atualizações) – conceitos, direitos e deveres do idoso; Política Municipal do
Idoso - especificidades locais (como definição de idade para acesso aos direitos); Lei
Orgânica de Assistência Social (LOAS) e Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa:
princípios e diretrizes.
• Política Nacional de Humanização: conceito, diretrizes, definição de acolhimento.
• Envelhecimento ativo: definição e determinantes - culturais, comportamentais, pessoais,
sociais e econômicos.
• Perfil da população idosa: aspectos demográficos do envelhecimento; preconceitos,
mitos e estereótipos; senescência e senilidade: processos naturais e patológicos do
envelhecimento; diversidade no processo de envelhecimento; conceito de identidade,
curso de vida e life span; espiritualidade e valores culturais; trabalho e aposentadoria;
aspectos da sexualidade na velhice; infecções sexualmente transmissíveis: dados
epidemiológicos de prevalência na população idosa, prevenção e cuidados.
• Mercado de trabalho para o Cuidador de Idoso: atribuições, campos e limites de
atuação; Classificação Brasileira de Ocupações - CBO (5162-10), Projetos de Lei vigentes;
empregabilidade, empreendedorismo, apresentação pessoal, e planejamento de
carreira.
• O Cuidador de Idoso: perfil profissional – principais características (escuta ativa,
paciência ativa, controle emocional, organização e planejamento, atuação ética como
elo entre idoso, família, sociedade e equipe multiprofissional); saúde do Cuidador -
qualidade de vida, ergonomia, vacinação, cuidados e acompanhamento de saúde física e
psicológica, autocuidado, fatores de risco (estresse, tabagismo, obesidade,
automedicação, alcoolismo, sedentarismo).
• O Cuidador de Idoso e a equipe multiprofissional: médico, enfermeiro, técnico e auxiliar
de enfermagem, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, nutricionista,
fonoaudiólogo, odontólogo, educador físico, gerontólogo, assistente social,
farmacêutico; funções e acesso aos profissionais; relações de trabalho; busca por
orientação e limites de atuação.
Elementos da Competência
• Atividades de vida diária (AVDs): definição, classificação e tipos: básicas (relacionadas ao
autocuidado, como banhar-se, alimentar-se, vestir-se, caminhar), instrumentais
(mantém o idoso ativo na comunidade como fazer compras, utilizar transporte, preparar
refeições, ir ao banco) e avançadas (realizar viagens, planejamento financeiro, atividades
de ocupação do tempo livre).
• Autocuidado do idoso: definição, finalidade e ações para o desenvolvimento.
• Dependência, independência e autonomia do idoso: conceitos, ações e importância do
estímulo e manutenção.
• Fatores de risco para pessoa idosa,prevenção e cuidados: sedentarismo, obesidade,
quedas, atividades físicas, deficiências visual e auditiva, amputações, consumo de drogas
lícitas e ilícitas, desatualização vacinal.
• Mobilidade funcional reduzida: conceito, ações para o desenvolvimento da mobilidade,
equipamentos relacionados (bengala, muletas, andador, cadeira de rodas, entre outros),
fatores de riscos para quedas e prevenção.
• Ambiência: conceito, mobilidade, segurança, higiene, organização e adaptações no
ambiente respeitando valores morais, culturais, éticos e religiosos.
• Comunicação verbal e não verbal: barreiras comunicacionais (idioma, inibição,
estereótipo, deficiências, agressividade, dentre outros), estratégias de comunicação com
o idoso.
• Relação de ajuda: conceito, importância e como construí-la.
• Vulnerabilidade: social, psicológica e física – definições, ações de prevenção e
encaminhamentos.
• Violência contra o idoso: tipos; indicadores de maus tratos; encaminhamentos.
• Programas voltados ao idoso disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) e no Sistema
Único de Assistência Social (SUAS): definições, ações e acesso.
• Qualidade de vida do idoso: organização da rotina, sono e repouso, alimentação,
hidratação, higiene e imagem pessoal, cuidados estéticos; aspectos culturais e valores
morais e espirituais (gostos, preferências, hábitos); atividades de convívio social:
equipamentos de lazer do município, ocupação do tempo livre, atividades de lazer e
entretenimento; uso de aplicativos, softwares e jogos eletrônicos: cuidados, indicações e
orientações da equipe multiprofissional.
• Hospitalidade: conceito, relação hóspede e anfitrião, regras de convivência.
Habilidades
• Interpretar as orientações da equipe multiprofissional.
• Comunicar-se de maneira assertiva.
• Auxiliar na locomoção e movimentação do idoso.
Elementos da Competência
• Organizar o ambiente de permanência do idoso.
• Identificar situações de risco para o idoso.
• Mediar conflitos nas situações de trabalho.
• Identificar os aspectos do próprio trabalho que interferem na residência.
Atitudes/Valores
• Respeito aos limites de atuação profissional.
• Respeito às orientações da equipe multiprofissional.
• Comprometimento com o cuidado do idoso.
• Cooperação com os membros da família e equipe.
• Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.
• Cordialidade e empatia no trato com as pessoas.
• Proatividade no encaminhamento das informações e resoluções de problemas.
• Sigilo no tratamento de dados e informações.
• Responsabilidade socioambiental.
• Responsabilidade e comprometimento com os acordos estabelecidos.
• Zelo na apresentação pessoal e postura profissional.
• Zelo pelo ambiente e pertencentes do idoso.
• Respeito à privacidade, histórico de vida e aos valores morais, culturais e religiosos do
idoso e da família.
• Iniciativa no planejamento das atividades com o idoso.
• Atitude propositiva no desenvolvimento do trabalho.
Indicadores
1. Monitora o estado de saúde do idoso de acordo com orientações da equipe
multiprofissional e premissas do cuidado humanizado.
Elementos da Competência
Conhecimentos
• Medidas de segurança: contaminação, infecção e infecção cruzada - conceitos e
responsabilidades; higienização das mãos - definição, finalidade e passo a passo de
acordo com o Ministério da Saúde; equipamentos de proteção individual: conceito, tipos
(luvas, máscaras, avental), indicação e formas de utilização.
• Descarte de resíduos: tipos de resíduos e destino.
• Equipamentos e materiais utilizados pelo Cuidador de Idoso – finalidade, tipos, utilização
e limites de atuação: termômetro digital, aparelho de pressão arterial digital, bolsa
térmica, compressas, comadre, papagaio, dispositivo para incontinência urinária
masculino, bolsa coletora de urina, bolsa de colostomia, fralda, luva para higiene
corporal, cadeira higiênica, cama, colchões e lençóis, aspirador nasal, novas tecnologias
facilitadoras para atividades diárias de vida (como porta comprimido digital, aplicativos
de agenda do idoso).
• Equipamentos e materiais apresentados e orientados pelos serviços de saúde: seringas,
agulhas e caneta de aplicação de insulina; aparelho de glicemia capilar; sonda enteral e
de gastrostomia; equipos e frascos para dietas.
• Monitoramento do estado de saúde do idoso: cuidados com a pele (hidratação,
prevenção de lesões, curativos simples para escoriações, feridas pequenas, não
profundas e sem secreções); aplicação de calor e frio (manuseio da bolsa térmica, tempo
e cuidados na aplicação); lesão por pressão (conceito, sinais de identificação,
prevenção); controles da pressão arterial e temperatura corporal (parâmetros de
normalidade, procedimento de verificação, registro, informação das alterações), glicemia
capilar (parâmetros de normalidade).
• Senilidade e síndromes geriátricas - varizes, hipertensão, diabetes, desnutrição,
desidratação, catarata, pneumonia, incontinência urinária e fecal, infecção urinária,
artrose, Parkinson, Acidente Vascular Encefálico (AVE), demências (declínio cognitivo
leve, Alzheimer, Corpos de Lewy, demência frontotemporal): definição, principais sinais
e sintomas, cuidados relacionados.
Elementos da Competência
• Comunicação para idoso com demência: características específicas e abordagem.
• Medidas de higiene: definição, tipos, finalidade e execução - cuidado corporal: cabelos,
unhas, pele, barba, banho (chuveiro, banheira e na cama), higiene oral, higiene íntima,
remoção de secreções de boca e nariz.
• Medidas de conforto: definição, tipos, finalidade, execução, cuidados relacionados e
anotação - hidratação da pele, mudança da posição do corpo, utilização de almofadas e
travesseiros, organização do ambiente, cuidados pelos objetos do idoso, transferência
cama/cadeira higiênica, limpeza de boca e nariz, eliminações fisiológicas (troca de fralda,
esvaziamento e troca de bolsa de colostomia, esvaziamento de bolsa coletora de urina).
• Nutrição, hidratação e alimentação: propriedades nutricionais dos alimentos
(energéticos, construtores e reguladores), vias (oral, nasoenteral); tipos de dieta
(hipossódica, pastosa, líquida, específica para diabético, hipogordurosa, entre outras),
restrições hídricas e alimentares; estímulo e auxílio na hidratação e alimentação por via
oral.
• Cuidados com medicação: medicamentos - diferenças entre comercial (ou de referência),
genérico e similar; administração de medicamentos - leitura e interpretação da
prescrição, tempo de tratamento, horários, dosagem, vias (oral, retal, tópica, instilação
ocular, nasal e inalatória), acondicionamento, validade e descarte; riscos da
automedicação - medicamentos industrializados, “caseiros” e fitoterápicos.
• Cuidados paliativos, finitude e morte: conceitos segundo OMS; cuidados relacionados à
finitude; aspectos culturais e crenças, processo de luto, providencias em relação à morte
em domicilio.
• Primeiros socorros - prevenção de acidentes, precauções e atendimento em caso de
engasgo, intoxicação, queda, reações alérgicas, envenenamento, queimadura,
convulsão, desmaio, hemorragia, fraturas, choque elétrico e parada cardiorrespiratória.
• Tipos de serviços de urgência e emergência disponíveis na comunidade: Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Corpo de Bombeiro, atendimento de
emergência particular, Polícia Militar, entre outros.
Habilidades
• Comunicar-se de maneira assertiva.
• Interpretar prescrição e orientações da equipe multiprofissional.
• Atentar-se a comportamentos, reações, sinais e sintomas do idoso.
• Utilizar materiais e equipamentos.
• Identificar situações de emergência e de risco.
• Adotar boas práticas de higiene no controle e prevenção de doenças.
• Promover condições para as eliminações fisiológicas.
• Verificar temperatura e pressão arterial.
Elementos da Competência
Atitudes/Valores
• Respeito aos limites de atuação profissional.
• Respeito às orientações da equipe multiprofissional.
• Comprometimento com o cuidado do idoso.
• Cooperação com os membros da família e a equipe.
• Flexibilidade nas diversas situações de trabalho.
• Cordialidade e empatia no trato com as pessoas.
• Responsabilidade e comprometimento com os acordos estabelecidos.
• Zelo pela apresentação pessoal e postura profissional.
• Sigilo no tratamento de dados e informações.
• Responsabilidade socioambiental.
• Proatividade no encaminhamento das informações e resoluções de problemas.
• Zelo pelas medidas de segurança nas diversas situações de trabalho.
• Iniciativa no planejamento das atividades com o idoso.
• Respeito à privacidade, histórico de vida e aos valores morais, culturais e religiosos do
idoso e da família.
A partir do tema gerador, são necessárias três etapas para a execução do Projeto
Integrador:
1°. Problematização: corresponde ao ponto de partida do projeto. Na definição do tema
gerador, deve-se ter em vista uma situação plausível, identificada no campo de atuação
profissional e que perpasse as competências do perfil de conclusão. Neste momento, é feito
o detalhamento do tema gerador e o levantamento das questões que irão nortear a
pesquisa e o desenvolvimento do projeto. As questões devem mobilizar ações que articulem
as competências do curso para a resolução do problema.
2°. Desenvolvimento: para o desenvolvimento do Projeto Integrador, é necessário que os
alunos organizem e estruturem um plano de trabalho. Esse é o momento em que são
elaboradas as estratégias para atingir os objetivos e dar respostas às questões formuladas
na etapa de problematização. O plano de trabalho deve ser realizado conjuntamente pelos
alunos e prever situações que extrapolem o espaço da sala de aula, estimulando a pesquisa
em bibliotecas, a visita aos ambientes reais de trabalho, a contribuição de outros docentes e
profissionais, além de outras ações para a busca da resolução do problema.
3º. Síntese: momento de organização e avaliação das atividades desenvolvidas e dos
resultados obtidos. Nesta etapa, os alunos podem rever suas convicções iniciais à luz das
novas aprendizagens, expressar ideias com maior fundamentação teórica e prática, além de
gerar produtos de maior complexidade. É importante que a proposta de solução traga
aspectos inovadores, tanto no próprio produto, quanto na forma de apresentação.
6. Orientações Metodológicas
8. Avaliação
Durante o processo
• Atendido - A
• Parcialmente atendido - PA
• Não atendido - NA
8.2. Recuperação
A recuperação será imediata à constatação das dificuldades do aluno, por meio de solução de
situações-problema, realização de estudos dirigidos e outras estratégias de aprendizagem que
contribuam para o desenvolvimento da competência. Na modalidade de oferta presencial, é
possível a adoção de recursos de educação a distância.
O Estágio tem por finalidade propiciar condições para a integração dos alunos no mercado de
trabalho. É um “ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho,
que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos” (Lei n° 11.788/08).
Conforme previsto em legislação vigente, o Estágio pode integrar ou não a estrutura curricular
dos cursos. Será obrigatório quando a legislação que regulamenta a atividade profissional
assim o determinar.
Nos cursos em que o Estágio não é obrigatório, pode ser facultada aos alunos a realização do
Estágio, de acordo com a demanda do mercado de trabalho. Desenvolvido como atividade
opcional, a carga horária do estágio é apostilada ao histórico escolar do aluno.
No presente curso, o Estágio não é obrigatório.
7
É importante que as instalações e equipamentos estejam em consonância com a legislação e atendam às
orientações descritas nas normas técnicas de acessibilidade. Estes aspectos, assim como os atitudinais,
comunicacionais e metodológicos buscam atender as orientações da Convenção de Direitos das Pessoas com
Deficiência da qual o Brasil é signatário.
− cama hospitalar ou cama convencional de solteiro ou maca
dobrável/articulada;
− colchão (para as unidades escolares que possuem cama);
− comadre;
− jarro para banho;
− lixeira;
− manequim adulto para procedimentos básicos;
− manequim dentário;
− papagaio;
− pia com torneira;
− roupas de cama (lençol, fronha, travesseiro, colcha, cobertor);
− simulador de velhice;
− suporte de soro;
− termômetro digital axilar;
− torso ou manequim para massagem cardíaca externa;
− vestuário (camisola, pijama, toalha de banho e de rosto).
11
Perfil do Pessoal Docente e Técnico
.
12
Bibliografia
.
Unidades Curriculares
UC1: Estimular a independência e autonomia do idoso em suas atividades de vida diária.
Carga horária: 60 horas
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
NERI, A. L. Palavras-chave em gerontologia. 4. ed. São Paulo, Campina: Alínea, 2014.
CARVALHO, N. C. Dinâmicas para idosos: 125 jogos e brincadeiras adaptados. Petrópolis, RJ:
Vozes, 2018.
COURA, D. M. S. & COURA, K. M. S. Psicologia Aplicada ao Cuidador e ao Idoso.1ª Ed. São
Paulo: Érica, 2014.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
ARANTES, A. C. Q. A Morte É Um Dia que Vale a Pena Viver. 1ª ed. São Paulo, São Paulo:
LeYa, 2016.
BORN, T. Cuidar Melhor e Evitar a Violência: manual do cuidador da pessoa idosa. Brasília:
Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2008.
SANTOS, S.M.A. Idoso, família e cultura. 3. ed. São Paulo: Alínea, 2010.
TOURELLE, M. L. Convivendo com o Alzheimer: uma perspectiva holística sobre a doença.
São Paulo: Ed. Senac São Paulo, 2017.
Unidades Curriculares
UC2: Cuidar da pessoa idosa em suas atividades de vida diária. Carga Horária: 84 horas
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.
Guia prático do cuidador. 2. ed. Brasília, DF, 2009. (Série A. Normas e Manuais Técnicos).
Disponível em: < http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf >.
Acesso em 19 outubro.2018.
LIMA, E. E. P. Cuidador de idosos: práticas e reflexões do cuidar com cuidado. São Paulo: Ed.
Senac São Paulo, 2018.
SENAC. Departamento Nacional. Primeiros socorros: como agir em situações de emergência.
1. ed. São Paulo: Senac São Paulo, 2018.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2007.
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/abcad19.pdf>. Acesso em 19
outubro.2018.
MORAES, E.N. Atenção à saúde do idoso: aspectos conceituais. Brasília, DF: Organização
Pan-Americana da Saúde, 2012. Disponível em: <
https://pt.scribd.com/document/301707492/Atencao-a-saude-do-idoso-aspectos-
conceituais-pdf>. Acesso em 19 outubro.2018.
GARCIA, M. N. O silêncio da doença de Alzheimer: manual para fisioterapeutas,
fonoaudiólogos e cuidadores. Brasília: Senac Distrito Federal, 2016.
VONO, Z. E. O bem no mal de Alzheimer. São Paulo: Senac São Paulo, 2009. (Série
Apontamentos).
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Certificação
.
Àquele que concluir com aprovação este curso, será conferido o respectivo certificado
de Qualificação Profissional em Cuidador de Idoso, com validade nacional.