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REPÚBLICA DE ANGOLA

COLEGIO BUEIA & FILHOS LDA


Bairro da Nossa Senhora da Graça-Benguela telef nºs 272201498/272201497

Email-colegiobueia@hotmail.com contribuinte nº5111040587

ELABORADO POR:

LUÍS CELESTINO A.
KIDUANGUI
CAPÍTULO I

FUNDAMENTAÇÃO DA PRÁTICA DE ENFERMAGEM

OBJECTIVO GERAL
Ao final da Disciplina o aluno deverá ser capaz de citar os princípios éticos e
legais da prática da enfermagem, priorizando os valores humanitários e
assumindo um compromisso ético-profissional com a saúde dos indivíduos, dos
grupos e da colectividade.

OBJECTIVOS ESPECÍFICOS:

1 – Reconhecer na história da prática de enfermagem, os valores


humanitários adoptados.
2 – Caracterizar a organização e a divisão do trabalho em saúde e
enfermagem, identificando a parte do trabalho que cabe à enfermagem.
3 – Descrever as atitudes, os valores que amparam o
compromisso prioritário da prática de enfermagem.

4 – Justificar os valores que fundamentam as opções éticas


relacionadas aos aspectos do quotidiano da prática da enfermagem.

5 – Justificar os valores que fundamentam as opções éticas


relacionadas às questões complexas da prática da enfermagem.

6 – Identificar alguns componentes fundamentais que compõem


um código de ética.
 Ética (ORIGEM E CONCEITO)

Ética que etimologicamente provém do termo ETHOS do vocabulário


grego que significa, modo de ser, carácter das pessoas e os bons costumes.
ETHOS, porém não teve apenas um significado em grego, significava também
= residência; mradia= lugar onde se habita, o que é igual a (Polis = Cidade +
Ítica = Ética = Política).

Ética: é o conjunto de normas e condutas que deveram ser postas em


prática no exercício de qualquer profissão.

Ética profissional: modo de ser, carácter do indivíduo na sociedade


perante a profissão.

Objectivo material da ética

O objectivo da ética tomado materialmente, são os actos humanos que


se fazem distinguir dos actos dos homens.

Actos humanos: Esses são reservados para os actos livres que o homem
é capaz de fazer, de omitir, de faze-los de um ou de outro modo.

Actos do homem: São as acções que não são livres, condicionados por
falta de conhecimentos ou vontade, ou também porque procedem de uma
potência não submetida.

FINALIDADE

 Preparar um técnico de enfermagem polivalente e capacitado a prestar


cuidados de enfermagem a pessoas sã ou doentes (dtes) visando a
promoção, previsão e recuperação da saúde.
 Realizar atendimento de crianças do grupo etário dos 0 aos 5 anos para
o controlo do crescimento e do desenvolvimento de acordo com as
normas do programa de saúde da criança referindo-as ao nível de
assistência superior quanto for necessário efectuando os registos
previstos.
 Realizar o atendimento de grávidas de acordo com as normas do
programa de saúde materno, acompanhar a evolução do parto e assistir
o recem-nascido, realizar consultas a doentes de acordo com as
normas do programa de tratamento das doenças correntes.
 Administrar medicamentos por via oral (Boca), Intra-muscular (IM),
Intra-venosa (IV), Intra-dérmica (ID), e Via Subcutânea (SC), previsto
no Kit básico de programas de medicamentos essenciais para o nível
da sua unidade de saúde ou outro medicamento sobre prescrição
médica, orientando sobre sua finalidade e os cuidados a serem
tomados.
 Prestar cuidados de enfermagem a pacientes hospitalizados com inter-
corrência clínica, cirurgia, portadores de doenças transmissíveis, ptes
com situação de emergência e pacientes (ptes) graves, incluindo
controlo de sinais vitais (Temperatura, respiração, pulso, T.A.) e
atendimento de necessidades, administração de medicamentos,
preparação e realização de exames, cuidados pré-natais e pós-
operatórios incluindo planeamento, execução, registos e avaliação de
cuidados prestados.

BREVE HISTORIAL DA ENFERMAGEM

Até os dias actuais a enfermagem passou por muitos obstáculos e dificuldades;


e apesar da profissão de enfermagem já ser definida e regulamentada, ainda
possui a carência de ser bem conceituada e consequentemente mais
valorizada.

Antigamente as doenças eram tidas como um castigo de Deus ou


resultado do poder do demónio. Por isso os sacerdotes e curandeiros
tradicionais acumulavam funções de médicos e enfermeiros.

O tratamento consistia em acalmar as divindades, afastar os maus


espíritos por meio de sacrifícios, usavam massagem, banho de água fria ou
quente, purgativos e substâncias provocadoras de vómitos.
Mas tarde os sacerdotes adquiriam conhecimentos sobre plantas
medicinais e passaram a ensinar pessoas, delegando-lhes funções de
enfermeiros e farmacêuticos.

PRÁTICAS DE SAÚDE NO MUNDO MODERNO

A enfermagem moderna surge com a finalidade de organizar de forma


hierárquica o espaço hospitalar.

- Escola de enfermagem – organizada por Florence Nightingale (preparava


jovens para cuidar de dtes).

Florence, foi uma enfermeira Britânica que ficou famosa por ser pioneira
no tratamento a feridos de guerra durante a guerra da crimeia. Também
contribuiu no campo da estatística, nomeadamente na criação do sistema de
representação gráfica como o gráfico sectorial (vulgarmente conhecido como
gráfico do tipo pizza).

EVOLUÇÃO DA ENFERMAGEM NO MUNDO SÉC. XIX


No inicio deste século, impõem-se com urgência uma reforma de
assistência radical. Foi considerada como o século dos progressos científicos e
da emancipação da mulher, favorável a uma reforma da assistência médica e
social.

Esta reforma foi levada a cabo por Florence Nightingale (F.N.) na


Inglaterra, e num curto espaço de tempo a sua projecção fez-se sentir por toda
parte. Nesta época, um dos precursores de Florence Nightingale, foi o pastor
Fliender que fundou a organização das diaconisas da Alemanha.

A Florence Nightingale, nasceu a 12 de Maio de 1820, filha de pais


aristocratas Ingleses, a sua família deu-lhe a facilidade de contactos com
personalidade de grande influência a ter dados suficientes sobre inúmeros
Hospitais.

Desde aos 17 anos a sua intenção de se dedicar aos enfermos, se


afirma mais ainda aos 30 anos graças a sua força incutida, obteve a
autorização para se pôr em contacto com as irmãs de caridade e diaconisas
em 1854 quando a guerra da Crimeia, onde já dirigia um abrigo para
governantas.

Devido ao estado deplorável dos hospitais Ingleses é encarregada de


partir para a Crimeia com um grupo de enfermeiros para reforços dos grupos ai
existentes, transformou rapidamente o hospital ali existente sem condições,
melhorando todo o seu sistema, mandou reparar os esgotos, fez instalações,
cria e a plica métodos práticos de administração, o que implica oposição por
parte das entidades oficiais. Educava os enfermeiros com paciência e
persistência e os resultados eram notáveis; Onde consegue então provar
através de dados estatísticos que a mortalidade descera de 42% para 22%
graças a novas metodologia de trabalho.

Alguns êxitos alcançados pela F.N.


 Reacondicionamento higiénico dos quartéis.
 Fundação de uma escola de medicina militar.
 Criação de um corpo de enfermeiros no exército.
 Criação de um serviço de estatística no exército.

Esta acção se estende dos hospitais militares para os hospitais civis, onde a
Florence foi considerada a fundadora de enfermagem moderna porque soube
educar a opinião pública e persuadi-la que a profissão de enfermagem rege-se
por uma disciplina seria.

A clareza do seu espírito, permitiu-lhe dominar o complexo, problemas das


condições sanitárias na Índia, por influência dos governantes e também
conseguiu fazer pôr em prática algumas ideias.

 SAÚDE
 ASPECTO BIO-PSICO-SOCIAL

CONCEITO: A saúde é hoje, vista como um equilibrio, entre aspecto bio-psico-


social, espiritual do ser humano dentro do seu ciclo de vida e do meio de vida
onde vive.

Este conceito solicita a visão global do ser humano e de suas


necessidades básicas, incluindo o aspecto psico-espiritual e permite deduzir
que, para existir saúde perfeita deverá haver atendimento de todas as
necessidades básicas, sem excluir as psico-espirituais:

Conclusão Saúde: É o completo bem-estar físico, mental, económico-social,


espiritual e não apenas ausência de doenças.
ASPECTO BIO-PSICO-SOCIAL

Quando falamos ao ser humano entendemos seus níveis: psico-


biológico, psicossocial e psicoespiritual. No nível psicossocial, deparamos com
o ser humano com necessidade de: segurança auto afirmação, liberdade e
outros.

Cada individuo tem suas próprias características o que exige


naturalmente, atenção ao seu preparo psicológico antes de qualquer cuidado
que se lhe preste.

O enfermeiro deve, levar em consideração os valores, as crenças, os


hábitos, o grau de escolaridade e o nível socioeconómico do seu paciente não
esquecendo de que existe uma meta a ser atingida, que é o equilíbrio do
homem como ser biopsico-social.

Ao prestar um cuidado deverá estar atento com a importância da


hospitalização na vida do indivíduo e sua família, aceitar limitações provocadas
pelo seu estado de saúde, suas preocupações, temores e entender o
significado das reacções de queixa, choro, stress frente a dor, angústia medo
de morte, insónias ou mesmo receio a medicação.

Deontologia de Enfermagem: É o conjunto de deveres morais que impõe


aos grupos profissionais o cumprimento das suas funções. Por exemplo;
Deontologia dos médicos, Advogados, Jornalistas e Enfermagem.

A deontologia provém do grego DEONTOS que significa (Dever) e


LOGOS (Tratado).

Divide-se em vários tipos mas para o nosso caso vamos falar da


deontologia de enfermagem que subdivide-se em deontologia individual, social
e profissional.

 DEONTOLOGIA DE INDIVIDUAL: Consiste nos deveres e


obrigações para connosco mesmo.
 DEONTOLOGIA SOCIAL: São deveres e obrigações para com
os nossos semelhantes ou a sociedade.
 DEONTOLOGIA PROFISSIONAL: É a ciência que se encarrega
com os valores e as responsabilidades dos enfermeiros e de toda
equipe de enfermagem.

OBJECTIVO GERAL

Dotar o futuro técnico de enfermagem com conhecimento que lhe


permite reconhecer e respeitar os seus direitos, obrigações e deveres
profissionais bem como do doente, família, colegas, superiores e trabalhadores
de base.

IMPORTANCIA

Consiste em coadjuvar a enfermagem e a medicina nas suas relações


mais íntimas com o doente.

Moral: Derivada da palavra latina (OMORES) que significa costume. É


definida como um conjunto de normas ou regras adquiridas por hábitos;
comportamentos de modo a ser conquistado pelo homem.

Costume: É um conjunto de regras culturais de uma determinada


comunidade, regras para agir bem com os outros e a comunidade aonde
estamos inseridos (Respeitar uns aos outros), Lei consagrado no artigo 7º
reconhecido, validada pela força jurídica do costume.

Pessoa: É um ser ou criatura da espécie humana, é um ser moral ou


jurídico, único com dignidade próprio, consiste no respeitar a pessoa na sua
totalidade, isto é Corpo; Crença; Convicções religiosas; Relações Sociais e
História da vida (Dar lhe atenção e respeitar as suas escolhas de vida, mesmo
quando se encontrar debilitada pela doença, sobre tudo respeitar o seu direito
e fazer com que estes se concretizam mesmo quando a pessoa se encontra
incapacitada pela doença ou quando a morte se aproxima.

OBS: Recordar que a ética tem relação com religião, a teologia e a


filosofia, onde há leis que regulam a convivência entre todos os membros de
uma sociedade (Filósofo Alemão Leibniz) considera que o Direito e as Leis,
decorrem de três preceitos mais básicos:

1º Não prejudicar ninguém;

2º Atribuir a cada um o que lhe é devido;

3º Viver honestamente…

Outro sim, a Ética orienta o ordenamento jurídico e ou legal das Nações e


Políticas, porque quando estas não pautam pela Ética, ocorrem os escândalos,
crimes que habituamos a ver e ouvir, assim urge a as Características da Ética,
que são: Normativas; Práticas; Universais e Absolutas ou Categoria.

 Características Normativas: A ciência ética muito das outras, ocupa se do


que é recto e as suas leis são juízos de realidade que exprimem o que a
observação e a experiencia verificou, a ética ocupa se das leis de juízos
de valor que se aplicam as acções para as regular.

 Características Práticas: As regras prescritas pela ética não são teóricas


mas dizem a respeito ao exercício da nossa actividade livre (uma ciência
é ciência quando tem aplicação prática, não basta ter amplos
conhecimentos teóricos sem aplicação prática).

 Características Universais: Os seus preceitos ou regras são as mesmas


do homem a todos tempos e lugares.

 Características Absolutas ou Categoria: A ética impõem se


incondicionalmente por si mesma. Kant exprime este carácter absoluto
dizendo que a ética se impõem pelo imperativo categórico para a
distinguir dos imperativos hipotéticos das leis civis.

ESTRUTURA DO SISTEMA NACIONAL DE SAÚDE (S.N.S.)


NÍVEIS DE ATENDIMENTO

O SNS em Angola está constituído por uma rede básica de atendimento,


distribuído da seguinte forma: Postos Médicos, Centros de saúde, Hospitais
Municipais, Hospitais Provinciais, Hospitais Regionais e Gerais.

Para o desenvolvimento e execução dos serviços de saúde, o sector conta com


um sistema de atendimento que compreende os seguintes níveis:

 ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA

É aquela em que a doença na sua maioria é simples, engloba os postos e


centros de saúde mais um subsistema de cuidados primários de saúde que
inclui parteiras tradicionais, promotoras de saúde, educadoras
comunitárias e autoridades tradicionais.

 ASSISTÊNCIA SECUNDÁRIA

É aquela em que a doença é de média complexidade que requer


hospitalização. (Centro de Saúde, Posto Médico, Hospital Municipal).

 ASSISTÊNCIA TERCIÁRIA

É aquela que é altamente complexa e que a doença é grave, ou seja, engloba


o atendimento mais complexo a nível Hospitalar compreendendo a assistência
ao parto patológico, tratamento de doenças de maior complexidade, cuidados
intensivos, assistências nas diversas especialidades médicas medicamentosa e
cirúrgicas.

Essas estruturas servem de suporte à assistência a população.

CENTRO DE SAÚDE DO TIPO I AO TIPO IV – mais complexo.

Compete a este Centro de saúde o seguinte:

 Contribuir na redução da morbimortalidade pelas doenças correntes na


sua área de actuação.
 Prestar cuidados de saúde gerais diferenciados no fórum gineco-
obstétrico, pediatria, pequena cirurgia, e medicina aos doentes, tanto
inseridos localmente como transferidos das unidades sanitárias da sua
área periférica.
 Proceder cuidados de saúde na área Materno Infantil e vacinação. //

Aspectos históricos DA bioética

O nascimento da Bioética tem suas raízes ideológicas nas ruínas da 2ª Guerra


Mundial quando se estimulou a consciência dos homens a uma profunda
reflexão, com o intuito de se estabelecer uma fronteira entre a ética e o
comportamento.

Segundo Reich WT, Encyclopedia of Bioethics New York: Mac Millian,


1995 XXI, A Bioética é o estudo sistemático das dimensões morais incluindo
visão moral, decisões, condutas e políticas das ciências da vida e atenção á
saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas em um cenário
interdisciplinar.

Sua tarefa não é elaborar novos princípios éticos gerais mas aplicar esses
princípios ao âmbito das ciências da vida e do cuidado da saúde em especial
aos novos problemas que estão surgindo.

A Bioética discute dentre alguns temas polémicos nas ciências da saúde,


eis: Eutanásia; Distanásia; Autonomia; Como dar más notícias; Alocação de
recursos; Ordens de não ressuscitação; Suspensão ou não instalação de
alimentação e / ou hidratação artificial; Sedação paliativa (Sedaçao controlada)
e finitude da vida.

Van Rensselaer Potter formulou sua definição que trazia o sentido de ética da
terra:

Nós temos uma grande necessidade de uma ética da terra, uma ética para a
vida selvagem, uma ética de populações, uma ética do consumo, uma
ética urbana, uma ética internacional, uma ética geriátrica e assim por
diante; Todas elas envolvem a bioética.

PRINCÍPIOS DA bioética
A Declaração dos direitos humanos, foi proclamada no dia 10 de Dezembro
de1948; assim os cuidados de enfermagem são designados as pessoas e
implicam frequentemente a invasão do corpo, aplicando desta feita o princípio
de autonomia. Kont define que a pessoa é um ser detentor de direitos e de
responsabilidades. Se o doente perguntar ao enfermeiro se vai morrer e se na
verdade está mesmo para morrer, devemos dizer a verdade? Sim devemos
dizer porque pode ser que tenha algo por fazer, deixar um testemunho,
despedir os filhos, família, esposa ou até confissão. O doente tem direito de
saber a verdade a partir dos sete (7) princípios que são: Beneficência; Não
Maleficência; Fidelidade; Justiça; Veracidade; Confidencialidade e Autonomia.

CONCEITO DE PRINCIPIALISMO: É a teoria ética prática e normativa que


estabelece os fundamentos para a bioética e considerada primeira face, isto é,
possuem validade a primeira vista mas não são absolutos.

1. Princípio de Beneficência: Consiste em fazer o bem e evitar o mal para


as pessoas ou sociedade e auxiliar ao outro a obter o que é benéfico
para o seu bem-estar e diminuir os riscos que lhe podem causar dores
físicos e psicológicos. Factores limitantes:
 Definir o que é bom para o paciente.
 A não-aceitação do paternalismo.
 Autonomia do paciente.
 Utilização dos critérios de justiça.
2. Princípio de Não Maleficência: Consiste na distribuição dos benefícios e
recursos entre os utentes (princípio de não causar danos).
3. Princípio de Fidelidade: É o princípio do compromisso de fidelidade entre
o enfermeiro de manter o segredo profissional.
4. Princípio da Justiça: É o princípio da equidade na distribuição dos
cuidados de enfermagem para todos. Este princípio relaciona se com o
de fidelidade e da veracidade, cujo os seus princípios são:
a) Princípio da liberdade igual.
b) Princípio da oportunidade justa.
c) Princípio de igualdade sem diferença.
d) Princípio do direito (Não invadir o espaço do outro).
5. Princípio da Veracidade: É o princípio que consiste em dizer a verdade,
evitando conspiração do silêncio, isto é quando o doente quer saber da
sua situação e o familiar o impede ou recusa.
6. Princípio de Confidencialidade: É o princípio ético do dever de segredo
profissional, o enfermeiro deve pedir a autorização ao doente para
revelar uma informação, relativamente a sua situação clínica.
7. Princípio da Autonomia: É o princípio de liberdade pessoal para tal o
enfermeiro deve respeitar a liberdade da decisão do doente, esta
depende de aptidões mentais, nível de consciência, condições de saúde,
idade, ambiente hospitalar, disponibilidade de recursos, qualidade de
informação fornecida para a tomada de decisão.
DIFERENÇA ENTRE PRINCÍPIO DA Bnfc. E NÃO Mfc.
Estabelece que a acção do médico sempre deve causar o menor
prejuízo ou agravos á saúde do paciente (Acção que não faz o mal) …O
princípio de não maleficência é devida a todas as pessoas, enquanto o
princípio da beneficiência, na prática é menos abrangente.
CONCLUSÃO: O Princípio de não maleficência envolve abstenção,
enquanto o princípio da beneficência requer acção. ///

PAPEL ACTUAL DA ENFERMAGEM EM ANGOLA

 ENFERMAGEM

As competências dispostas na lei implicam que o profissional de


enfermagem, tem responsabilidade legal pelas actividades preconizadas e que
a ele foram atribuídas.
Quando o enfermeiro deixa de cumpri-las ou as delega a outro
integrante da equipe, está infringindo a lei. Portanto, deixar de fazer aquilo que
lhe cabe ou realizar actividades que não são de sua competência, significa não
apenas infringir a Lei do Exercício Profissional, mas também ferir dois preceitos
éticos importantes na prática do cuidado: compromisso e responsabilidade,
que devem ser praticados por todos os que integram a equipe de enfermagem.

CONCEITO Enfermagem: É um conjunto de medidas tomadas pelos


enfermeiros e de toda equipe de enfermagem para manter os doentes (dtes)
sob vigilância, administrando-lhes os medicamentos prescritos, seguir
constantemente a evolução da sua moléstia e relatar ao médico responsável
das intercorrências observadas.

Porem não se pode falar de enfermagem sem falarmos de enfermo e de


enfermaria. Portanto podemos dizer que o enfermo é a pessoa doente (dte).

 Enfermaria: É a casa ou dependência destinadas ao tratamento dos


enfermos nas suas diversas especialidades.
 Enfermidades: É a alteração de uma função como por exemplo a
surdez, cegueira, podendo sair de uma doença (dça).
 Enfermeiro: É um individuo q presta assistência de enfermagem ao
dte, a família e a comunidade, em situações q requer medidas de
promoção, protecção e recuperação da saúde, prevenção de dças,
reabilitação de incapacidade, alivio de sofrimento e produção de
ambiente terapêutico de acordo o dco, plano do tto medico e
cuidados de enfermagem. (Deve ser Leal, Obediente e Respeitador).
 LEALDADE: É a virtude que nos leva a manifestar de modo próprio a
nossa culpa é o confessar voluntário e espontâneo de alguma culpa.

O enfermeiro que só confessa de alguma culpa, é forçada pelos argumentos e


pela realidade dos factos, perde a confiança da equipe, da chefia de
enfermagem e do médico com que trabalha. Porque na lealdade nasce a
confiança de sinceridade, fiel e honesto; logo, é incapaz de se desmentir
mesmo que para isso tenha de se sacrificar.

 Obediência: É cumprir a risca e fielmente as ordens que nos transmitem.


(Não é cumprir servilmente mas executar com correcção).

 RESPEITADOR: É ter a elevada consideração aos superiores


hierárquico e com tal, tratá-los com a diferença que merecem. (Não é
temer a superioridade de outrem mas é conhecê-la).

Se o superior hierárquico se aproxima, o enfermeiro levanta-se e prepara para


lhe fornecer quaisquer dados ou informações de que necessita. Enquanto a
visita do médico ao paciente nas enfermarias, o enfermeiro precisa manter
autoridade (Não arrogância) para isso basta muitas vezes o respeito e a
compostura e outras vezes ainda é necessário ter coragem, tomar
apontamentos sobre as ordens que recebe relativas a cada doente sem nunca
se preocupar com o trabalho que estas ordens darão a cumprir e novamente
acompanha o médico ou superior até a porta.

Certos doentes mentais chegam a dirigir ameaças, ora, se o enfermeiro for


tímido, como há-de guardar o seu doente? Como há-de manter a disciplina nas
enfermarias? Para manter a disciplina deve-se também respeitar o silêncio,
para tal, com os doentes compete o enfermeiro ter: Paciência; Caridade;
Abnegação e Autoridade.

 Paciência: É o dom ou faculdade de suportar sem enfado


(aborrecimento), as canseiras e a ingratidão alheia. Quem trata de
doentes precisa ter a paciência elevada ao mais alto grau porque há
doentes ingratos mas, como ter paciência é ser tolerante, o enfermeiro
receberá sem uma queixa á ingratidão dos seus doentes por quem se
sacrificou, visto que ser tolerante é saber perdoar.
 CARIDADE: É a comoção de que nos achamos tocados pelo sofrimento
do nosso semelhante, o enfermeiro na sua lida com os doentes, deve ter
presente o sentimento de piedade. As virtudes da caridade, se
inspiraram admiráveis vultos da nossa história (FLORENCE
NIGHTINGALLE), a fundadora da verdadeira e moderna enfermagem
hospitalar é o exemplo das virtudes de caridade que todo o enfermeiro
deve seguir, tendo o amor ao próximo.
 ABNEGAÇAO: É o sentimento desinteressado sem recompensas
matérias, sem sentido de sacrifício e de amor ao próximo, onde o
enfermeiro não será abnegado no exercício da sua profissão.
 AUTORIDADE: Perante os doentes e o pessoal subordinado ou
superior, deve o enfermeiro manter autoridade, aliás, todo aquele que
necessita fazer – se obedecer, deve ser obediente.

FUNÇOES E RESPONSABILIDADES DO ENFERMEIRO


1- Colher dados para identificação das necessidades em cuidados de
enfermagem, com base no modelo teórico da enfermagem.
2- Elaborar plano de cuidado de enfermagem em função das necessidades
e estabelecer as prioridades tendo em conta os recursos disponíveis.
3- Executar os cuidados de enfermagem planeados favorecendo um clima
de confiança.
4- Participar das acções que visem a articulação entre os cuidados de
saúde primários e os cuidados de saúde diferenciados.
5- Avaliar os cuidados de enfermagem prestados efectuando os
respectivos registos e analisando os factores que contribuirão para os
resultados obtidos.

Os profissionais de enfermagem são um pilar decisivo na sustentação do


Sistema Nacional de Saúde. Nas equipas multiprofissionais têm um lugar e
muitas vezes fundamental no que se refere a assistência ao paciente.

Os profissionais de enfermagem, inseridos nas instituições de saúde,


têm um papel importante em todos os casos de assistência a saúde, em
estreita operação com outros profissionais de saúde, fazendo face a luta pela
vida de qualquer pte, independentemente de qualquer patologia que o mesmo
apresenta. Por outro lado, no plano de prevenção das dças, trabalham nos
processos de educação da população e na orientação das famílias e
comunidades, relativamente as praticas favoráveis a boa saúde. No plano da
investigação e fusão do conhecimento técnico e cientifico, em função dos perfis
académicos e profissionais de que sejam titulares, os enfermeiros podem e
devem contribuir para o desenvolvimento do pais, realizando e divulgando o
resultado de pesquisas cientificas de sua iniciativa, ou em que participem, e
contribuindo para a multiplicação e diferenciação de quadros de enfermagem e
outros.

PERFIL DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM

Segundo a O.M.S, ao assistente de enfermagem compete-lhe fazer o


dco e tratamento de dças correntes. Ele é auxiliar de um médico e deve
trabalhar sob a supervisão próxima ou distante de um médico ou um membro
mais qualificado da profissão.
 Ele deve ser capaz de reconhecer as doenças (dças) correntes,
de curar as mais simples, encaminhar os casos mais complicados
para o centro de saúde ou Hospital mais próximo, aplicar as
medidas preventivas e promover a saúde, se estiver colocado
num posto ou centro de saúde.
 À nível Hospitalar, o técnico de enfermagem, a sua tarefa
consiste em:
1- Proceder uma anamnese e a um exame físico.
2- Em certos casos efectuar, os testes e exames laboratoriais mais
frequentes exigidos e de rotina.
3- Apresentar os resultados de uma maneira exacta e lógica em vista, ao
seu exame pelo médico.
4- Não dispensar cuidados preventivos e tratamento para uma gama
claramente definida. Ex. Aplicar um tratamento regular.
5- Prestar os cuidados terapêuticos ordenados pelo médico.

6- Detectar os dtes que carecem de um exame ou de tratamento médico


mais complexo.
7- Vigiar o estado dos ptes que sofrem de infecções crónicas estabilizadas.
Ex. Tuberculose osteoarticular.
8- Manter actualizado com precisão um dossier dos actos dispensados.

Portanto o técnico de enfermagem deve ser um quadro intermediário de


saúde situado entre os tradicionais técnicos de saúde, o enfermeiro e o medico.

Ele pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento dos


serviços de saúde ou pelo lugar privilegiado que ele ocupa na colectividade

CAPÍTULO II

ORIENTAÇÃO PARA O ENSINO


Reflectindo o objectivo desta disciplina é de que o estudante identifique
as atitudes e os comportamentos profissionais esperados do técnico
médio de enfermagem.

A formação das atitudes e a adopção do comportamento profissional


deverão ser estimulados no decorrer de todo o curso, sendo esta
disciplina somente uma introdução à discussão de tais temas.

Atitudes e comportamento profissional se formam com a prática de


campo do aluno; se formam também através da análise de observação
das atitudes e comportamento profissional dos professores e dos e dos
enfermeiros de campo. Assim sendo, o profissional mas também como
um incentivador da formação de atitudes e comportamento do aluno e
dos enfermeiros de campo.

Para avaliação desta disciplina, indica-se o método de resolução da


situação – problema, onde o aluno analisará uma situação (hipotética ou
real) descrita pelo professor que envolva atitudes e comportamento de
um enfermeiro em determinado momento e fará os comentários críticos
a respeito.

QUALIDADES EXIGIDAS A TODO BOM TÉCNICO

Não obstante os deveres de um profissional, os quais são obrigatórios, devem


ser levados em conta algumas qualidades pessoais que facilitam o exercício da
profissão. Muitas delas poderão ser adquiridas com esforços e boa vontade
que no decorrer de sua actividade profissional, consegue incorporá-las à sua
personalidade, procurando vivenciá-las ao lado dos deveres profissionais.

Honestidade (seriedade): É a primeira virtude no campo profissional. É um


princípio que não permite relatividade, tolerância ou interpretações
circunstanciais.

Sigilo (segredo, silêncio): O respeito aos segredos das pessoas é muito


importante para o futuro técnico de enfermagem. Uma informação sigilosa é
algo que nos é confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória.

Competência (saber, capacidade): O conhecimento da ciência, das técnicas e


práticas profissionais é pré-requisito para a prestação de serviços de boa
qualidade.

Prudência (precaução, cautela): A prudência contribui para a maior segurança,


principalmente das decisões serias e graves a serem tomadas evitando os
julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis.

Coragem (bravura, audácia): Nos ajuda a reagir as críticas, quando injustas, e


nos defender dignamente quando estamos cientes de nosso dever. Nos ajuda
a não ter medo de defender a verdade e a justiça, principalmente quando forem
de real interesse para outrem ou para o bem comum.

Compreensão (entendimento, percepção): Ajuda muito um profissional, porque é


bem aceite pelos que dele dependem, em termos de trabalho, facilitando a
aproximação e o diálogo, tão importante no relacionamento profissional.

Humildade (inferioridade, submissão): O profissional precisa ter humildade


suficiente para admitir que não é o dono da verdade e que o bom senso
(entendimento) e a inteligência são propriedade de um grande número de
pessoa.

Atitude (disposição; jeito; postura): É uma maneira organizada e coerente de


pensar, sentir e reagir a acontecimentos ocorridos em nosso meio circundante.
Indica o que interiormente estamos dispostos a fazer.
Moral (ético; decente): É um conjunto de regras de condutas validas para
qualquer tempo e lugar, quer para grupos ou pessoas determinadas; ou seja
regras estabelecidas e aceites pelas comunidades humanas.

CÓDIGO DE DEONTOLOGIA DE ENFERMAGEM

RESPONSABILIDADES FUNDAMENTAIS

1º - O enfermeiro presta a assistência de enfermagem ao indivíduo, á família e


a comunidade, em situações que requerem medidas relacionadas com a
promoção, protecção, recuperação da saúde, prevenção de doenças,
reabilitação de incapacitados, alívio de sofrimento, promoção de ambiente
terapêutico, levando em consideração os diagnósticos e planos de tratamento
médico e de enfermagem.

2º - O enfermeiro vela pelo fornecimento e manutenção de adequada


assistência de enfermagem ao paciente.

3º - O enfermeiro programa e coordena todas as actividades de enfermagem


que visam o bem-estar do paciente (pte).

4º - O enfermeiro é responsável pelo aperfeiçoamento técnico e cultural do


pessoal sob sua orientação.

DEVERES (OBRIGAÇÕES; RESPONSABILIDADES) DO


ENFERMEIRO
1º Exercer a sua actividade com cuidado e honestidade, obedecer aos
princípios da ética profissional, da moral, do civismo e da lei em vigor,
preservando a honra, prestígios e as tradições da profissão.

2º Manter segredo sobre facto sigiloso de que tenha conhecimento em razão


de sua actividade profissional e exigir o mesmo comportamento do pessoal sob
tua direcção.

3º Prestar assistência de enfermagem ao indivíduo, respeitando a dignidade e


os direitos da pessoa humana, independentemente de qualquer consideração
relativa a etnia, nacionalidade, credo político, religião, sexo e condição
socioeconómica de modo em que prioridade no atendimento obedeça
exclusivamente a razoes de urgência.

4º Respeitar a vida humana desde a concepção (concebimento) até a morte,


não cooperar em acto que voluntariamente se atente contra a vida, ou que
coloque em risco a integridade física ou psíquica do ser humano.

5º Respeitar os valores culturais e as crenças religiosas do paciente e velar


para que não lhe falte assistência espiritual.

6º Colocar seus serviços profissionais a disposição da comunidade em caso


de guerra, catástrofe (calamidade, desastre), epidemia ou grave crise social,
sem pleitear (disputar) vantagem pessoal.

7º Respeitar o natural pudor e a intimidade do paciente.

PROIBIÇÕES AO ENFERMEIRO NO EXERCÍCIO


PROFISSIONAL
É PROIBIDO AO ENFERMEIRO:

1º Negar a assistência de enfermagem em caso de urgência.

2º Abandonar o paciente (pte) em meio do tratamento, sem a garantia de


continuidade de assistência, salvo em caso de absoluta força maior.

3º Ser cúmplice por qualquer forma, com pessoas que exerçam ilegalmente a
actividade de enfermagem.

4º Prescrever medicamentos ou praticar acto cirúrgico, excepto nas hipóteses


previstas na legislação vigente e em caso de estrema urgência.

5º Administrar terapêutica e colaborar em intervenção cirúrgica ou tratamento,


quando:

a) Desnecessário
b) Proibido pela moral ou por lei
c) Praticado sem o consentimento do paciente (pte), quando se tratar de
menor ou incapaz, de seu representante legal (responsável).

6º Promover aborto, ou cooperar em prática destinada a interromper a


gestação.

7º Promover a eutanásia, ou cooperar em prática destinada a antecipar a morte


do pte.

8º Permitir que trabalho realizado por ele seja assinado por outro profissional,
bem como assinar trabalho que não executou.

9ª Administrar medicamentos sem indicações do nome, formula, identificado


apenas por número ou código, sem certificar-se antes, da natureza das drogas
que o compõem e da ausência de risco para o paciente (pte).

O ENFERMEIRO PERANTE OS COLEGAS

1º - O enfermeiro trata os colegas e outros profissionais com respeito e cortesia


2º - O enfermeiro desempenha com exacção (rigor) sua parte no trabalho
conjunto.

3º - O enfermeiro participa de programa de assistência à comunidade, em


âmbito nacional e internacional.

 É proibido ao enfermeiro

 Prestar ao pte serviços que, por sua natureza, incumbe (compete) o


outro profissional, salvo em caso de urgência, epidemia, guerra,
calamidade pública ou grande crise social.

 Ser conivente (cúmplice), ainda que a titulo de solidariedade, com


crime, contraversão penal, ou ato praticado por colega, que infrinja
(viole) postulado ético-profissional.

 Pleitear cargo, função ou emprego ocupado por colega, bem como


praticar outros actos de concorrência desleal (falso).

 Criticar depreciativamente (desprezo), colega ou outro membro da


equipe de saúde, a entidade onde trabalha ou outra instituição de
assistência a saúde.

CARACTERÍSTICAS DA ÉTICA PROFISSIONAL COM A


FAMILIA
1º Tratar os doentes e seus familiares como amigos com igualdade e não como
pacientes (ptes) por Ex:

a) Primeiro verifique se há lugar para todos se acomodar.


b) Veste-se ou apresenta-se como eles antes de usar uniforme.
c) Senta-se perto deles e não a trás de uma mesa.
d) Use linguagem simples e clara que as pessoas entendem, evite termos
médicos complicados.
e) Pergunte sobre a família e os amigos, não apenas sobre o problema de
saúde, tenha interesse pela vida e pelas ideias dos pacientes e seus
familiares.
f) Não deixe que anotações e registos interfiram na comunicação, não
escreva enquanto estiver falando.
g) Respeite as tradições e crenças das pessoas.
h) Aprenda a escutar seja compreensivo com as esperanças e receio das
pessoas.

CARACTERÍSTICAS DA ÉTICA PROFISSIONAL COM A


COMUNIDADE

-Atenda primeiro os mais necessitados, quando muita gente está ser atendida,
veja quem esta mais dte ou precisa de atenção imediata. As pessoas muito
doentes ou graves, precisam de serem atendidas em primeiro lugar e não
devem esperar sua vez.

- Respeitar as confidencias e as privacidades do dte, isto é muito importante


porque é nas povoações pequenas onde existe muitas fofocas.

- Saber ser sincero com o dte e seus familiares e também seja curioso.

- Quando alguém esta muito dte, morrendo, ou com uma dça que inspire medo
como: lepra ou câncer você fica na dúvida se deve dizer ou não a verdade.
Muitas vezes o dte e a família já estão esperando o pior e sofrem porque tem
que esconder o medo uns dos outros.
Como regra geral é melhor ser mais sincero possível de forma gentil e
carinhosa.

- Ajude a pessoa dte a compreender melhor a sua dça explicando o exame


físico, dco, causa da dça, o tto e prevenção de forma clara e simples. De forma
a ajudar a pessoa assumir consciente a responsabilidade dos problemas.

-Nunca use os seus conhecimentos para dominar uma pessoa.

CARACTERÍSTICAS DA ÉTICA PROFISSIONAL COM A EQUIPE


DE SAÚDE

- Use medicamentos somente quando necessário e mostre as pessoas porque


é importante: não use medicamentos a toa.

-Na educação para saúde é muito importante ajudar as pessoas a aprender,


muitas vezes é mais saudável, mais seguro e mais barato tratar dças sem
medicamentos.

-Reconheça seus próprios limites e soletre quando não sabes; ainda que o
técnico tenha recebido amplo treinamento, sempre há doenças (dças) e casos
que não sabe diagnosticar e tratar. As vezes o problema não tem cura e o
técnico não tem conhecimento dos remédios ou equipamentos necessários. De
qualquer jeito, é importante que conheças as suas próprias limitações e quando
necessário encaminhar o dte para um lugar onde receba a atenção que
precisa.

-Quando em dúvida ou inseguro, saber como agir não finja que sabe, admita
sua dúvida e peça ajuda; isto é importante.

O SEGREDO PROFISSIONAL DO ENFERMEIRO


Considerações preliminares e conceito

Em seus contactos diários com o pacientes, familiares e funcionários, o


enfermeiro, como ser humano e profissional, defronta-se com problemas que
não pode revelar e outros que pode ou deve revelar. O que revelar ou não? A
quem revelar? São perguntas feitas principalmente se levarmos em
consideração que este assunto envolve aspectos humanos, jurídicos e
deontológicos.

Segredo ou sigilo vem do latim sigillum, significando sinal, sinete, selo,


segredo.

Segredo portanto; é tudo aquilo que, ou por sua natureza, ou por um contacto
especial, deve ser conservado oculto. Esta coisa oculta, este segredo,
fundamenta-se na confiança, na confidência e na justiça. Sem confiança, não
há confidência, pelo menos espontânea. E ao se guardar ou revelar um
segredo indevidamente, respeitamos ou desrespeitamos a justiça, pois o
segredo pertence ao dono.

Tipos de segredos

Vários são os tipos de segredos, mas podemos dividi-los em dois principais: o


segredo natural e o profissional.

Segredo natural: Abrange o que vem a conhecer sem estar ao exercício de uma
profissão.

Segredo profissional: Abrange o que se vem a saber exercendo uma actividade


profissional.

Cada profissão, por exemplo, a de um médico, um advogado, um sacerdote,


possui o seu conteúdo específico frente ao segredo.

Para o enfermeiro, o conteúdo do segredo é tudo o que se refere ao paciente, a


família, aos funcionários sob o seu comando e a empresa, ao hospital ou
campo de actividade. Tudo que se refere ao paciente esta contido no seu
prontuário (dco, resultados do exames, prescrição, assuntos particulares etc.).
Problemas dos familiares do paciente, sabidos nos exercícios da profissão,
também fazem parte do segredo, bem como os problemas dos funcionários e
da instituição onde trabalha.

FORMAS DE POSSIVEL REVELAÇÃO DO SEGREDO

O segredo profissional pode ser revelado de forma directa ou indirecta.

A revelação directa: Dá-se quando são publicados o conteúdo e o nome da


pessoa a quem pertence o segredo.

A revelação indirecta: Dá-se a partir do instante em que são oferecidos


indicativos para o conhecimento da coisa secreta e do seu dono. Esta distinção
é feita porque, embora a revelação seja directa ou indirecta, a injustiça é
praticada da mesma forma e as responsabilidades jurídica e deontológica estão
presentes.

QUANDO É PERMITIDA E OBRIGATÓRIA A REVELAÇÃO DO


SEGREDO

Há circunstancias em que o segredo pode ser revelado e outras em que


deve ser manifestado a quem de directo. Este aspecto torna-se importante,
pois podemos ser processados ou ferir a deontologia revelando ou guardando
um segredo.

PODE-SE REVELAR UM SEGREDO (autorização para tal, possibilidade)

a) Quando o dono o permite


b) Quando o bem comum o exige
c) Quando o bem de terceira pessoa o exige
d) Quando o bem do depositário o exige

DEVE-SE REVELAR UM SEGREDO (por obrigação)

a) Ao se tratar de uma declaração de nascimento


b) Para evitar um casamento, em caso de enfermidades que possam por
em risco um dos cônjuges.
c) Na declaração de doenças infecto-contagiosas de notificação
compulsória. (necessário, obrigatória)
d) Ao se tratar de facto delituoso previsto em lei.
e) Em caso de sevícias (maus tratos) de menores.
f) Ao se ter conhecimento de abortadores profissionais.
g) Nas perícias (elevadas competências) médico-legais.
h) Nos serviços de livros Hospitalares.

Diálogo dos médicos e enfermeiros

1- O dte é a pessoa mais importante para nos e para a instituição de


saúde.
2- O dte nunca constitui uma interrupção do nosso trabalho: é o nosso
trabalho.
3- O dte depende de nos, a nossa reputação depende dele;
4- O dte faz-nos um favor quando nos solicita: Nos não lhe fazemos
favores quando o servimos.
5- O dte é um ser importantíssimo da nossa tarefa: Não algo de estranho.
6- Não é alguém com quem discutir: Mas uma pessoa aquém confortar.
7- Não é um ser estatístico: Mas um ser humano completo, feito de
emoções e de sentimentos.
8- Ele conta connosco para a cura, o nosso dever é justificar a confiança
que ele deposita em nos.
9- Recordemos sempre sem dtes não seriamos úteis a sociedade.

Principais direitos da pessoa doente

1- O direito a cuidados de qualidades.


2- Á liberdade de escolha.
3- À decisão.
4- À informação.
5- Ao segredo profissional
6- Á assistência religiosa
7- O direito á dignidade.

CAPÍTULO III

HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO

Higiene e segurança no trabalho: É um conjunto de normas e procedimentos que


visam a protecção do estado físico e mental do trabalhador, preservando-o dos
riscos de saúde ligados as tarefas do cargo e ao ambiente físico onde trabalha.

OBJECTIVOS DA HIGIENE NO TRABALHO

1- Eliminação das causas das dças profissionais


2- Redução dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas
dtes e portadores de deficiências.

RISCOS BIOLÓGICOS

Para nós a exposição ocupacional aos agentes biológicos (microrganismos


geneticamente modificados, parasitas, toxinas etc.) é um risco enorme que é
representado sobre tudo por infecções causadas por bactérias, vírus, fungos
etc. Muitas vezes o próprio rosto (mucosas conjuntivas e oral) ao alcance do ar
por eles expirados, respingo de sangue e de outros fluidos corporais.

É da responsabilidade da equipe de enfermagem, lavar, desinfectar ou


esterilizar os recipientes usados dos fluidos e excreções assim como trocar os
pijamas e roupa de cama dos ptes para evitar as infecções no local de trabalho.

É de salientar que antes e depois de qualquer trabalho deve-se lavar as mãos.


Ter maior atenção com os objectos perfuro-cortantes assim como: Agulhas,
tesouras, bisturis, pinças etc, que fazem parte do nosso trabalho.

PROTECÇÃO INDIVIDUAL

De acordo as estatísticas a maioria de lesões resultantes de acidentes de


trabalho deve-se a falta ou inadequada utilização do equipamento de protecção
individual que deve assentar-se em três ideias:

1- Estabelecer a sua necessidade para determinada tarefa.


2- Seleccionar os equipamentos de protecção individual.
3- Implementar o uso de protecção individual.

O equipamento de protecção individual deve fundamentalmente:

 Proteger adequadamente
 -Ser resistente
 Pratico
 Cómodo
 De fácil manuseio

ACIDENTE DE TRABALHO: É o sinistro, entendido como acontecimento


súbito e imprevisto sofrido pelo trabalhador que se verifique no local e no
tempo de trabalho.

Factores que contribuem para a existência de acidentes de trabalho

Fadiga, distracção ou negligencia, rotina, imprudência face ao perigo, falta de


protecção e ausência de medidas de segurança.

Factores que contribuem para ausência de acidentes de trabalho

Espaço adequado, boa iluminação, ausência de ruídos, ar puro, temperatura


ambiente agradável e higiene.
COMPORTAMENTO EM SITUAÇÕES COMPLEXAS (aborto)

Considerações preliminares.

Problema do aborto, não é novo; constitui sempre num problema para a


humanidade.

Hoje este assunto adquiriu maior amplitude pois se apresenta como uma
justificativa para a liberdade de acção diante uma gravidez indesejada como
ponto central na resolução sexual como alvo de discussões jurídicas na luta da
clandestinidade a legalidade e como causa de revisão ao sentido da vida e da
morte do ser humano indefeso.

Aborto: É a interrupção da gravidez antes do termo normal com a morte e


expulsão do concepto inviável.

Tipos de aborto

É importante, ainda, distinguir entre o aborto espontâneo e o provocado.

Aborto Espontâneo: É o que acontece sem atitude ou intervenção humana.

Aborto Provocado: É o desencadeado por atitude humana podendo ser


intencional ou não.

Para o campo da responsabilidade jurídica e deontológica, é necessário


caracterizar também o aborto directo, o indirecto e o criminoso.

Aborto Directo: É toda acção ou intervenção, que tenha como fim ou como
meio a expulsão do concepto inviável.

Aborto Indirecto: É toda acção ou intervenção que indirectamente tenha como


efeito a expulsão do concepto inviável.

Aborto Criminoso: É a expulsão voluntaria, provocada, do concepto inviável.


Inclui um aspecto subjectivo, a intenção de provocar o aborto, e um aspecto
objectivo a expulsão e a morte do concepto. Segundo podemos observar, tanto
o aborto directo como o indirecto podem ou não ter conotação criminosa.

Indicações de aborto não reconhecidas legalmente

O aborto com frequência, vem sendo indicado por três motivos;


eugenico, social ou sentimental e económico.

Motivo Eugénico: Utilizado para aperfeiçoar a raça humana. Sob este motivo
são incluídos os casos de doenças como (rubéolas e outras) em decorrências
das quis, venha nascer uma criança defeituosa. Neste sentido é confundido
com o terapêutico, legalmente aceite para salvar a vida da mãe e não para
prevenir futuro nascimento de crianças defeituosas.

Motivo Social ou Sentimental: Processa-se para ocultar uma situação ou para


salvar honra. Inclui-se aqui a gravidez indesejada por comprometer o bom
nome da pessoa que engravidou, perante os pais, ambiente de trabalho ou
grupo de convívio social.

Motivo económico: Ocorre pelo facto de mais um filho não ser compatível com a
renda familiar.

Código de ética médica

O medico não devera promover aborto, salvo quando não houver outro meio de
salvar a vida da gestante ou quando a gravidez resultar de estupro mas sempre
depois do consentimento da gestante ou de seu representante legal.

a) Em qualquer destes casos, o medico poderá intervir do parecer de pelo


menos dois colegas ouvidos em conferência.

Onde será lavrada a ata em três vias, uma para o conselho regional de
médicos, outra para o director clínico e a última fica com o profissional que
executará a cirurgia.

Código de deontologia de enfermagem


É proibido ao enfermeiro: Provocar aborto ou cooperar em práticas
destinadas a interromper a gestação.

PREVENÇÃO CONTRA O ABORTO

 Uso de preservativos.
 Dispositivos intra-uterinos (DIU).
 Calendário.
 Amamentação etc.

A Eutanásia

A eutanásia assunto controvertido que nos leva a reflectir sobre temas


como o direito de viver, de morrer, de dispor da própria vida e da vida de
outros.

A eutanásia: É definida como sendo uma prática que abrevia sem dor e
sentimento a vida de um doente, reconhecidamente incurável, pelo sentido
literal de boa morte, para evitar grandes dores e moléstias ao paciente, isto
é a pedido do mesmo, dos seus familiares ou simplesmente por iniciativa de
uma terceira pessoa que presencia, conhece e intervêm no caso concreto
do agonizante.

Actualmente a eutanásia vem sendo analisada e conceituada sob três


aspectos: Eutanásia Positiva, Negativa, Distanásia e Ortotanásia .

Eutanásia positiva: É a instituição planificada de terapia para tornar presente


a morte antes do que seria esperada.

Eutanásia negativa: É conceituada como sendo a omissão planificada de


cuidados que, provavelmente, prolongariam a vida.

Distanásia: É a morte lenta e com muito sofrimento, para manter o paciente


vivo, ser submetido não intencionalmente a tratamentos fúteis (inúteis), não
prolongando propriamente a vida mas o processo de morrer, aplicando
novas biotecnologias á medicina ou retomando o desejo humano de superar
a morte mas sem esperança de recuperação.
Distanásia: É a morte no seu tempo e aparentemente certo, sem
tratamentos desproporcionados e sem abreviação do processo de morrer.

Código penal

O enfermeiro deve agir conforme o código de deontologia de enfermagem


que diz: É proibido o enfermeiro promover a eutanásia ou cooperar em
prática destinada a antecipar a morte do paciente.

Código de ética Medica

O médico não pode contribuir directa ou indirectamente para apressar a


morte do doente.

O ser humano tem o direito de morrer dignamente

A morte é o último acontecimento importante da vida e ninguém pode


privar-se dela, mais antes deve ser ajudado em tal momento. Isto significa,
antes de tudo, aliviar o sofrimento, do enfermo, eventualmente inclusive
com a administração de analgésicos, de forma tal que possa superar
humanamente a ultima fase de sua vida. Isto significa que é necessário dar-
lhe a melhor assistência possível.

Ninguém esta obrigado ao impossível

Sempre se perguntou: Dever-se-á recorrer em todas circunstâncias a toda


classe de medicamentos possível? Em cada caso se pode avaliar bem os
meios colocando-se em comparação o tipo de terapia o grau de dificuldade
e o risco que comporta, os gastos necessários e as possibilidades de
aplicação com o resultado que se pode esperar de tudo isto tendo em conta
as condições do doente e suas forças físicas e morais. É sempre licito
contentar-se com os meios normais que a medicina pode oferecer.

O CHARLATANISMO

CONCEITO
É o exercício de uma profissão qualquer ou actividade ilegalmente ou ainda
uma doença mental que se traduz no conflito de personalidades com
determinada situação.

Em enfermagem, é considerado o método usado por alguns indivíduos que


exercem a actividade de saúde publicamente, vendas de drogas, utilizando na
sua actuação métodos condicionados, herdados ou adquiridos.

São pessoas que querem passar-se por médicos, de enfermeiros, de modo a


atrair a atenção e a confiança da sociedade.

São pessoas inúteis, ao mesmo tempo ignorantes e muito perigosos.

CAUSAS

Causas sociais e económicas.

CONDUTA

Denúncia às instâncias competentes.

SUICÍDIO

As estatísticas indicam que o suicídio é a oitava causa de morte no mundo.

CONCEITO Suicídio

É um fenómeno que ao longo da história da humanidade, que provoca uma


reacção muito especial no ser humano, porque a ideia de deixar a vida adquirir
um significado dramático de rebelião perante a existência.

É necessário desenvolver campanhas preventivas para combater este


fenómeno que alcançou significativamente dimensão nos nossos dias.

Conceito: É a consumação do acto que leva o ser humano a actuar na vida por
uma situação complexa que leva a morte provocada por si mesma.

O suicídio pode ser provocado por:


 Enforcamento
 Envenenamento
 Arma de fogo ou branca etc…

Causas

1- Existência de doenças graves, dificuldades socioeconómicas.


2- A falta de apoio social ou familiar aumenta a possibilidade de suicídio.
3- Uma história familiar que conte casos de suicídio pode predispor alguns
casos para este acto.

Os antigos suicidaram-se por varias razoes mais os mais comuns tem haver
com a sociedade.

Sentem-se isoladas numa sociedade de consumo que não tem em conta


porque os considera improdutivos.

Insignificante remuneração que recebem depois de tantos anos de esforços


e luta, sentem-se decepcionados.

O homem é mais vulnerável em relação a mulher porque a sociedade


machista lhe exige que encare a vida a sério até as últimas consequências.
Por outro lado uma mulher madura é mais vulnerável a ideia de suicídio do
que uma jovem.

Necessidades humanas básicas (nhb)

NHB: são necessidades comuns a qualquer ser humano.

HORTA (1979), conceitua as necessidades humanas básicas como sendo


estado de tensões conscientes ou inconscientes, resultantes dos desequilíbrios
hemodinámicos dos fenómenos vitais.

Considera-se ainda que em estados de equilíbrio dinâmico as necessidades


não de manifestam, neste caso estão lactentes e surgem com maior ou menor
intensidade, dependendo de desequilíbrio instalado.
MASLOV, em teoria de motivações humanas, afirma que todo ser humano
possuí necessidades comuns que motivam o seu comportamento e estão
organizados em cinco (5) níveis distintos e hierarquizados:

1. Necessidades fisiológicas.
2. Necessidades de segurança.
3. Necessidades de associação (amor).
4. Necessidades de estima.
5. Necessidades de auto-realização.

Necessidades Fisiológicas: São bem óbvias e geralmente se referem a requisitos


para a sobrevivência do indivíduo. Alguns exemplos desta categoria são:
Alimentação; Respiração; Reprodução; Descanso; Abrigo, Vestimenta.

Necessidades de segurança: Estas necessidades referem-se a estabilidade ou


manutenção do que se tem. Exemplo: Segurança física pessoal; Segurança
financeira; Segurança de saúde e bem-estar; Segurança da rede de protecção
contra imprevistos.

Necessidades de associação (amor): Esta terceira camada, refere-se as


necessidades do indivíduo em termos sociais. Estas incluem aspectos que
envolvem relacionamentos baseados na emoção. Exemplo: Amizade;
Intimidade (amigos íntimos, mentores, confidentes); Convivência social (circulo
de convivência variados); Organizações (clubes, entidades de classe, torcidas
e gangues). A ausência destes elementos torna as pessoas susceptíveis a
solidão, ansiedade e depressão.

Necessidades de auto-estima: Após alcançar as necessidades fisiológicas, de


segurança e de associação, o ser humano passa a perseguir a necessidade de
ser respeitado, em busca de auto-estima e auto-respeito. A estima é um desejo
humano de ser aceite e valorizado. Neste caso não é apenas a busca de uma
aceitação de um grupo e sim de reconhecimento pessoal.

Quando não se consegue atingir esta necessidade, aparece a baixa estima e o


complexo de inferioridade.
Necessidades de auto-realização: Este é o último patamar da pirâmide de
Moslow e as pessoas para terem esta motivação é necessário que as sejam
satisfeitas. Esta necessidade se refere a motivação para realizar o potencial
máximo do ser, ou seja, o indivíduo percebe que pode explorar suas
habilidades.

Concebe ainda que a necessidade de um nível tem que ser minimamente


satisfeita para que o indivíduo tenha disposição para buscar a satisfação do
nível seguinte.

João MOHANA, classifica necessidades humanas básicas em três (3) níveis:


Necessidades Psicobiológicas; Psicossociais e Psicoespirituais.

Necessidades Psicobiológicas: São essenciais para a manutenção da vida e


estão relacionadas com equilíbrio e bom funcionamento do organismo.
Exemplo: Oxigenação; Hidratação; Nutrição; Eliminação; Sono e repouso;
Exercício físico; Sexualidade; Abrigo, Mecânica Corporal; Locomoção;
Integridade física; Regulação térmica e hormonal; Neurológica; Hidrossalina;
Electrolítica; imunológica; Crescimento celular e vascular.

Necessidades Psicossociais: É a necessidade do indivíduo de conviver, participar


e integrar-se com outros indivíduos. Exemplo: Segurança; Amor; Liberdade;
Comunicação; Criatividade; Aprendizagem; Recreação; Laser; Espaço;
Aceitação; Orientação no tempo e no espaço; Gregária; Auto-estima; Auto-
realização e Auto-imagem; etc.

Necessidades PsicoESpirituais: O homem é o único ser vivo que possuí


necessidades desta ordem e complexidade. Procura a sua origem e questiona
a sua natureza, o seu destino, a razão existência; suas indignações vão além
dos limites da matéria.

OBS: A abordagem descritiva e sequencial das necessidades humanas


básicas, tem apenas carácter didáctico, pois na realidade o homem é um todo
indivisível e as necessidades estão intimamente interligadas.

Pensamento:

« A Enfermagem é algo que se faz com a cabeça, o coração, as mãos »


Autora:

Virgínia Henderson
Bibliografia

 Emílio C. RITO (Secretário C.Fiscal da A.N.E.A.) De 1997.


 Van E THOMPSON. Ética em enfermagem, 4ª edição luso ciência, 2004.
 Barbara F.Weller/ Dicionário de Bolso para enfermeiros, 23ª edição,
lusc.2004.
 Virgínia Henderson/ Princípios Básicos dos cuidados de Enfermagem do
CIE, 2007.
 Valter HESBEEN/ Cuidar no Hospital, Lusociência, 2000.
 João da Cruz Kundongende/ Crise e Resgate dos Valores Morais,
Cívicos e Culturais, 2012.
 Lélia DANIEL/ Legislação da Saúde, Textos e Editores.

ATT:
O COORDENADOR

« LUÍS CELESTINO A.KIDUANGUI »

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