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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VALENÇA

CURSO DE MEDICINA

DISCIPLINA SAÚDE DA FAMÍLIA E COMUNIDADE IV

5º período

Aluno: Renata Macedo Calderaro Vieira


Preceptor(a): Silvia Santos

2020

O começo ...

Meu nome é Renata Macedo Calderaro Vieira, tenho 23 anos, nasci em Duque de Caxias (RJ) e moro no Rio de Janeiro. Desde pequena pensava em ser médica,
falava para minha família que ia ser ‘’médica de velhinho’’. Meu pai é médico e teve grande influência nisso tudo também, me deu bastante apoio quando decidi prestar o vestibular para
medicina. Ingressei na faculdade de Valença com 21 anos e desde então, cada dia que passa, tenho mais certeza de que fiz a escolha certa. Me sinto empolgada com o curso e todo período é um
novo aprendizado e amadurecimento. Em relação à disciplina de Saúde da Família e Comunidade IV, tenho grandes expectativas, visto que acho de extrema importância a questão da
humanização do paciente, a necessidade do olhar empático e da análise de todo contexto o qual cada paciente se insere .

O caminho...

 1ª Quinzena de atividades

O que vocês aprenderam nos últimos quinze dias?


Na primeira semana de aula, tivemos a oportunidade de rever e fixar os atributos da atenção primaria a saúde e os princípios da medicina da família e comunidade. A Atenção Primária
à Saúde tem como atributos essenciais a atenção no primeiro contato, a longitudinalidade, a integralidade, a coordenação, e como atributos derivados, a orientação familiar e comunitária e a
competência cultural. O médico especialista em medicina da família e Comunidade apresenta muitas habilidades em entrevista clínica, uma vez que se utiliza de técnicas para realizar consultas
efetivas e com raciocínio clínico e manejo adequados. O principal cenário de atuação deste é a Atenção Primária em Saúde (APS) , onde é possível investir desde o espaço ambulatorial até a
abordagem comunitária. E para isso é de extrema importância que o médico de família utilize os princípios da medicina de família como ferramenta para prática e formação, além de, por meio
de um estudo prévio de território, conhecer as especificidades de cada área, como os hábitos culturais e de vida. Portanto, faz-se necessário desenvolver muitas competências: capacidade de
gestão de tempo e agenda, usando como ferramenta a longitudinalidade; aprender a compartilhar o cuidado; habilidades de comunicação verbal e não verbal; autorreflexão do seu estado
emocional e capacidade de reconhecer seus limites. Outro ponto favorável é uma postura empática, atenta e disponível, permite que o andamento da consulta seja terapêutico, resolutivo e,
portanto, eficaz. Por último, não devemos esquecer que cada pessoa que chega e senta-se ao nosso lado tem suas próprias experiências e marcas. Afinal de contas, o paciente é o seu próprio
perito e o profissional que vai atendê-lo deve aprender a entendê- lo em seu contexto de vida, buscando ajudá-lo a decodificar o que o mesmo não compreende ou sente

Na segunda semana, tivemos aula a respeito da importância da comunicação clínica e sobre a consulta em 7 passos. Abordamos a diferença entre comunicação e informação e pude
compreender o quão eficaz é a comunicação constante do médico com o paciente. Essa aproximação médico-paciente facilita não só o entendimento do paciente como também o atendimento,
evitando que a informação seja passada de forma passiva. Outra questão abordada foram as barreiras de comunicação que contribuem para o distanciamento médico para com o paciente. Disso
pude absorver que para uma boa comunicação é necessário clareza e objetividade, ouvir e analisar o ponto de vista do receptor, ficar atento ao impacto das informações, evitar envolvimento
emocional, barulho, interrupções, falta de confiança, respeitar os sentimentos e saber negociar caminhos alternativos para o tratamento. E a respeito do tema da consulta em 7 passos, que
também foi abordado nessa mesma aula, pude aprender a direciona a consulta promovendo o engajamento do paciente, de modo que a assistência tenha melhor qualidade; fortalecer a
capacidade de decisão conjunta e melhorar desfechos e a adesão do paciente ao plano de ação, o que reforça o vínculo médico-paciente. Os passos 1 e 2 estão inclusos na fase inicial da
consulta onde realizaremos respectivamente a preparação para a consulta e o acolhimento ao paciente, deixando ele confortável para falar abertamente nos primeiros minutos da consulta e
nesse momento podemos também perceber aspectos do comportamento, como timidez ou humor deprimido. Os passos 3, 4 e 5 se inserem na fase intermediaria da consulta, onde devemos
realizar a exploração, avaliação e o plano de cuidados; já os passos 6 e 7 se localizam na fase final, onde encerraremos a consulta e em seguida fazemos uma autorreflexão, onde podemos
completar o prontuário e anotar as pendências para o próximo encontro.

Na terceira semana de atividades, vimos sobre a importância do protocolo SPIKES na transmissão de más notícias. Aprendemos que o protocolo se faz bastante eficiente na transmissão
da má notícia de forma menos agressiva e mais empática o possível, facilitando assim a aceitação da notícia pelo paciente e a transmissão dela pelo médico. Vimos, que o protocolo consiste em
recolher informações dos pacientes, transmitir informações médicas, proporcionar suporte aos pacientes e induzir sua colaboração no desenvolvimento de uma estratégia terapêutica para o
futuro, mesmo que paliativa. A necessidade de aprimorar a habilidade médica em discutir más notícias com os pacientes e seus familiares deve ser uma prioridade na formação desses
profissionais, uma vez que a medicina não é uma ciência exata e, por isso, um paciente pode evoluir melhor ou pior do que outro apesar de terem o mesmo diagnóstico e estarem fazendo o
mesmo tratamento. Então, é essencial que esse assunto seja abordado durante a graduação.

Na quarta semana de aula, nós pudemos rever e fixar o tema à respeito dos níveis de prevenção da saúde que de forma bem resumida podem ser divididos em três fases: Fase Primária,
que inclui ações voltadas para impedir a ocorrência das doenças. Como por exemplo, vacinação, tratamento de água para consumo humano, uso de preservativos, mudanças nos hábitos de vida
(incentivo a uma boa alimentação, realização de exercícios físicos). Fase Secundária, onde ocorrem em situações nas quais o processo de doença já está instaurado, logo, visa um diagnóstico
imediato e um tratamento para evitar a prevalência da doença no indivíduo. E a fase terciária que aborda ações preventivas que ocorrem quando o quadro patológico já evoluiu a ponto de se
manifestar de uma forma estável a longo prazo; ações de reabilitação, caracteriza-se por ações que tem como objetivo a reabilitação do indivíduo.

Na quinta semana, tivemos uma aula que abordava a ideia de promover mudanças de comportamento e estilo de vida com o objetivo de prevenir doenças e melhorar a saúde geral das
pessoas. Conscientizar o paciente sobre a importância da mudança de hábitos para que ele tenha uma vida longa e saudável. Vimos que dependendo do nível de bem-estar de cada indivíduo, a
adoção de novos padrões de comportamento pode não só reverter o aparecimento de doenças, mas também aumentar os níveis de energia e melhorar o humor no dia a dia. Pudemos aprender
que num primeiro momento se faz necessário, que o médico faça um levantamento do perfil epidemiológico do paciente e tente reunir informações sobre os hábitos mais críticos entre ele, ou
seja, horários de sono desregulados, alimentação descuidada, vida sedentária, excesso de trabalho e outros hábitos considerados normais em nossa sociedade, mas que cobram seu preço com o
passar do tempo. Aprendemos também que a mudança de hábitos é um processo em várias etapas e às vezes pode demorar um pouco antes que as mudanças se tornem novos hábitos. Mas, se
houver persistência por parte do indivíduo e apoio por parte da operadora de saúde, com o tempo as mudanças podem se tornar parte da rotina diária dos beneficiários, contribuindo para
melhorar sua saúde, nível de energia e bem-estar.

Na sexta semana, tivemos aula sobre abordagem à pessoa tabagista. Nesta aula vimos como funciona a síndrome de abstinência e como se dá essa abordagem. Vimos que o primeiro
passo para poder abordar o tabagista é: avaliar doenças e fatores de risco associados ao tabagismo, a história pessoal pregressa (saber quantos cigarros fumava antes e quantos fuma agora,
entender se houve um aumento grande ao longos dos anos e calcular a carga tabágica), o grau de dependência física a nicotina e o estágio motivacional. Aprendemos que o grau de dependência
ao tabagismo se baseia na ‘’Escala de Fargerstrom’’, escala de 0 a 10 que avalia compulsão e tolerância com base num questionário.

• Muito baixa: 0-2

• Baixa: 3-4

• Média: 5

• Elevada: 6-7

• Muito elevada: 8-10

Aprendemos também sobre como se dá os estágios motivacionais e que estes podem ser aplicados por qualquer profissional de saúde. Vimos a respeito das etapas na vontade de modificar um
hábito, da Roda ou ciclo de Prochaska e como identificar no discurso após questionar sobre parar de fumar. Diante disso, gostaria de compartilhar uma imagem bastante útil nessa questão:

Nós aprendemos nessa aula que existem alguns tipos de abordagem e que as estratégias variam conforme os estágios que o paciente se encontra e pela capacitação da equipe em atender esse
indivíduo. Nós temos a abordagem mínima ou breve, abordagem básica, e abordagem intensiva (individual ou coletiva). Por fim, nós vimos como a terapia medicamentosa pode contribuir na
síndrome de abstinência. Assim, é necessário para o médico conhecer os mecanismos de dependência ao cigarro e saber como abordar os indivíduos tabagistas da melhor maneira possível. Ter
conhecimento das diferentes linhas terapêuticas disponíveis para, dessa maneira, determinar o melhor tratamento para o paciente.

Na sétima semana, nós tivemos aula sobre a prevenção quaternária e polifarmácia. Nessa aula, pudemos rever os quatro domínios de prevenção para a prática clínica, rever o conceito de
prevenção quaternária e defini-la como “Ação feita para identificar uma pessoa ou população em risco de supermedicalização, para protegê-los de uma intervenção médica invasiva e sugerir
procedimentos científica e eticamente aceitáveis.”; pudemos também, refletir sobre a medicalização da sociedade e suas consequências e dialogar sobre polifarmácia, sobrerastreamento,
sobrediagnóstico e suas consequências. Por fim, vimos quais ferramentas são utilizadas na Prevenção Quaternária: Método clinico centrado na pessoa (MCCP); Decisão compartilhada; CIAP
(o médico de saúde da família consegue registrar não só a doença, mas também condições como luto, abandono, etc.); Estratégia da demora permitida, na qual se diz sobre a utilização do
tempo como instrumento de trabalho desde que o médico esteja convencido de que não está diante de uma urgência e que tenha uma ideia formada sobre o tempo que lhe é permitido esperar
sem risco para o paciente.

Como vocês aprenderam?

Na primeira semana, após presenciar as aulas teóricas, procurei aprofundar meus estudos por meio de artigos científicos. Gosto bastante de procurar artigos e fazer essa leitura devido ao seu
embasamento científico e aprofundamento no conteúdo, além de ajudar bastante a consolidar o nosso estudo. Pude perceber por meio dessa leitura que a atenção primaria a saúde vem
enfrentando desafios para conseguir desempenhar seu papel de organizadora do sistema e coordenadora do cuidado em saúde, assim como vemos no seguinte trecho do artigo “A carência de
infraestrutura adequada nas unidades da ESF, a baixa densidade tecnológica, a falta de profissionalização da gestão, a ausência de equipes multiprofissionais, a precarização nas relações de
trabalho, a fragilidade do modelo de atenção para dar conta de uma situação com forte prevalência de condições crônicas, a fragmentação da oferta de ações e serviços de saúde e o
subfinanciamento são os principais entraves para que a APS seja uma realidade no Brasil” (OLIVEIRA; PEREIRA).

Na segunda semana de atividades, além de assistir as aulas, também busquei me inteirar mais no assunto novamente através dos artigos científicos. De acordo com Dubé CE; O’Donnell JF;
Novack DH (2000, p.45-54): A efetiva comunicação, relevante para os serviços de prevenção e para a prática diária, está na base das habilidades do médico, não somente para o levantamento
da história básica e demais dados, como para a construção da relação com o paciente, a facilitação, a negociação e a parceria no processo de tratamento. E essa foi a melhor definição que achei
para concluir esse assunto. No meu ponto de vista, é de extrema importância a correta comunicação e interação médico-paciente para que assim consigamos bons resultados e eficiência no
atendimento e diagnóstico.

Na terceira semana, tivemos aulas práticas remotas, Oficina 1 e 2, e ao final da Oficina 1 o professor pediu que fizéssemos uma atividade extra classe e que esta fosse respondida neste
portifólio. O combinado era de montarmos um registro, um SOAP, de um vídeo sobre simulação de consulta - MCCP apresentado em aula, e minha conclusão sobre a questão é:

S: Paciente relata que a 3 dias está com infecção urinária, relata dor, ardência, aumento da frequência urinária e corrimento esbranquiçado de aspecto leitoso e sem odor. Paciente refere
corrimento a 5 dias, seguido de coceira na vagina iniciada a 3 dias e que vem aumentando até hoje e relata também vermelhidão na região vaginal. Paciente, ainda em entrevista, relata também
que está se sentindo estressada e cansada ultimamente depois de sua mãe vir morar em sua casa.

O: Ausculta cardíaca sem alterações, pressão normal, ao exame ginecológico presença de corrimento vaginal e vermelhidão da região vaginal.

A: Candidíase.

P: antifúngico de dose única; higienização adequada da região; dormir sem calcinha. Seguimento: retorno para consulta na próxima semana, afim de continuar a consulta e traçar estratégias
para a questão do estresse. Educação em saúde: uso de preservativo nas relações sexuais. Seguimento: retorno a consulta na próxima semana.

Depois de assistir as aulas e revisar a matéria, pude consolidar meu aprendizado nesse exercício e isso me ajudou a aprender de fato o conteúdo.

Na quarta semana vimos a importância de estudar os níveis de prevenção e fui me aprofundar no caderno de atenção primária onde li bastante e pude consolidar meu aprendizado e
concluir que através da prevenção é possível reduzir riscos de se adquirir uma enfermidade. ‘’Diferentemente da promoção da saúde, a prevenção de enfermidades tem como objetivo a redução
do risco de se adquirir uma doença específica por reduzir a probabilidade de que uma doença ou desordem venha a afetar um indivíduo’’ (CZERESNIA, 2003).

Na quinta semana, assisti as aulas teóricas, utilizei de resumos na internet, busquei rever a aula e as minhas anotações como forma de estudo. Pesquisei mais algumas informações na
internet a respeito do tema e consegui fazer uma revisão geral do conteúdo. Ao final, fiz a constatação de que o protocolo de SPIKES é essencial na vida do médico e que através desse
mecanismo se torna possível uma boa comunicação focada na empatia.

Na sexta semana, novamente, busquei me aprofundar no caderno de atenção básica e aprimorar os meus conhecimentos. Achei de suma importância e bem interessante o tema abordado
sobre os estágios de motivação para cessação do tabagismo. Prochaska, DiClemente e Norcross (1992) desenvolveram um Modelo de Avaliação do Grau de Motivação para a Mudança,
descrevendo etapas que podem ser identificadas no discurso da pessoa quando indagada acerca de sua vontade de mudança de hábito e de seus planos para buscar tratamento. A aplicação deste
método no contexto da cessação do tabagismo é simples,baseando-se em informações que podem ser coletadas por qualquer profissional da equipe de saúde no acolhimento ao usuário. Cabe ao
profissional identificar quais os elementos que mais surgem na fala da pessoa e aplicá-los a um dos seis estágios, descritas a seguir e esquematizadas na Roda de Prochaska (PROCHASKA;
DICLEMENTE; NORCROSS, 1992):
Pré-contemplação (“Eu não vou”) – Não considera a possibilidade de mudar, nem se preocupa com a questão.

“Eu não quero parar de fumar”.

• Contemplação (“Eu poderia”) – Admite o problema, é ambivalente e considera adotar mudanças eventualmente.

“Eu quero parar de fumar, mas não sei quando”.

• Preparação (“Eu vou / Eu posso”) – Inicia algumas mudanças, planeja, cria condições para mudar, revisa tentativas passadas.

“Eu tenho tentado parar de fumar de um tempo para cá” ou “Eu tenho uma data e um esquema para começar nos próximos 30 dias”.

• Ação (“Eu faço”) – Implementa mudanças ambientais e comportamentais, investe tempo e energia na execução da mudança.

“Eu tenho feito uso descontínuo do cigarro de um mês para cá, ficando sem fumar pelo menos um dia inteiro durante este período”.

• Manutenção (“Eu tenho”) – Processo de continuidade do trabalho iniciado com ação, para manter os ganhos e prevenir a recaída.

“Eu parei de fumar”.

• Recaída – Falha na manutenção e retomada do hábito ou comportamento anterior – retorno a qualquer dos estágios anteriores.

“Eu voltei a fumar regularmente”.

Na sétima semana, além de assistir as aulas, busquei mais informações na internet a respeito da polifarmácia na atenção primária e os impactos que ela pode trazer e me aprofundei num
artigo que abordava a polifarmácia nas interações e reações adversas no uso de medicamentos por idosos. ‘’A poli farmácia está associada ao aumento do risco e da gravidade das RAM, de
precipitar IM, de causar toxicidade cumulativa, de ocasionar erros de medicação, de reduzir a adesão ao tratamento e elevar a morbimortalidade’’ (PRYBYS; MELVILLE; HANNA; GEE;
CHYKA, 2002). Essa passagem do artigo me chamou bastante atenção e ao meu ver, precisamos nos atentar a essa questão. Por isso é de suma importância que o médico consiga racionalizar o
uso de medicamentos e evitar os agravos advindos da poli farmácia, minimizando assim os desafios da saúde pública.

Quais foram os significados deste novo conhecimento para o grupo e individualmente, como vocês o aplicaram?

Na terceira semana, eu e meu grupo começamos a ter aula prática nas UBS e eu tive o privilégio de o conhecer a UBS do centro. Lá, estou tendo contato com alunos do internato,
enfermeiras e agentes de saúde e enxergar de perto como funciona o dia a dia de todos ali. Neste dia aferi a pressão de uma senhora e me senti bastante empolgada por poder começar a por em
prática alguns dos ensinamentos. E nesse mesmo dia, por fim, tivemos as Oficinas 1 e 2 e ambas foram remotas. Na oficina 1, realizamos uma breve revisão sobre SOAP, em seguida, o
professor mostrou um caso clínico para nós identificarmos cada elemento no texto que fazia parte de cada um dos componentes do SOAP. Já na oficina 2, pudemos observar duas consultas por
vídeo para avaliar como é realizado o método clínico centrado na pessoa. O professor mostrou o que fazer ou não, como abordar alguns assuntos, em busca do melhor atendimento possível
para o paciente da atenção primaria e isso nos orientou bastante. Consegui aprender e fixar conteúdo durante essa aula.

Na quinta semana, nós participamos da quarta oficina, onde o tema abordado foi a respeito do protocolo SPIKES. E nesse dia, vimos como funciona na prática esse procedimento, as
habilidades necessárias ao comunicar as más notícias, em quais situações necessitaremos dar as más notícias. E aprendemos também quais são essas más notícias. Além da revisão de conteúdo
realizada, assistimos um vídeo, onde deveríamos apontar onde o profissional errou quando deu uma má notícia para o paciente e o que ele deveria ter feito para que estivesse correto, de acordo
com o protocolo SPIKES. Depois disso, realizamos uma atividade onde, em duplas, escolheríamos uma situação e realizaríamos uma dramatização de como informaríamos uma má notícia,
escolhida pelo grupo, a um paciente, dentro do padrão do protocolo SPIKES. E por fim, pude constatar que o protocolo de SPIKES é de suma importância na vida do médico, dessa forma é
possível realizar uma melhor comunicação, focalizando na empatia e na saúde mental daquele paciente. Essa aula foi uma ótima experiencia para mim e para minha futura vida profissional
pois consegui consolidar o que foi aprendido e pude também perder o receio de machucar alguém dando uma má notícia. Assim, posso ficar mais tranquila quanto essa questão e terei
consciência de como saber usar desta incrível ferramenta.

Na sétima semana de atividades, foi realizada mais uma atividade prática na UBS do centro e neste dia pude acompanhar os internos nos atendimentos, observar como se realiza um
atendimento na atenção primária, aprimorar meus aprendizados, pude acompanhar a realização de um SOAP e absorver bastante conhecimento. A professora e os colegas de curso
compartilharam de informações importantes para a realização de um atendimento e acompanhamento. Foi bastante gratificante para mim este dia. Além disso, tivemos também, aula presencial
na UNIFAA, onde realizamos uma dramatização de comunicação clínica de uma consulta na atenção primaria a saúde. Ficamos divididos por grupos em estandes, onde uma atriz foi convidada
para fazer o papel de uma paciente e um dos outros alunos agiu como o médico, realizando perguntas e colhendo informações do paciente da atenção primaria. Essa aula contribuiu bastante
para o nosso aprendizado, uma vez que nos direcionou a como agir em diferentes situações frente ao paciente, as perguntas que precisamos fazer e como fazer e a forma como atender um
paciente desde sua entrada no consultório até a finalização do atendimento

Referências Bibliográficas

1 – OLIVEIRA, M. A. C; PEREIRA, I. C. Atributos essenciais da Atenção Primária e a Estratégia Saúde da Família. São Paulo: Rev Bras Enferm. 2013;66(esp):158-64.
Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/reben/v66nspe/v66nspea20.pdf

2 - Dubé CE; O’Donnell JF; Novack DH. Communication skills for preventive interventions. Acad. Med 2000;75(7)45-54

3- CZERESNIA, D.; FREITAS, C.M. (Org.) Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de

Janeiro: Editora Fiocruz, 2003.

4 - PROCHASKA, J.O.; DICLEMENTE, C. C. Stages and processes of self-change of smoking: toward

an integrative model of change. J. Consult. Clin. Psychol., v. 51, n. 3, p. 390-395, 1983

5 - PROCHASKA, J. O.; DICLEMENTE, C. C.; NORCROSS, J. C. In search of how people change:

applications to addictive behaviors. Am. Psychol., Washington, DC, v. 47, n. 9, p. 1102, 1992.

6 - Prybys KM, Melville K, Hanna J, Gee A, Chyka P. Polypharmacy in the elderly: clinical challenges in emergency practice: part 1 overview, etiology, and drug
interactions. Emerg Med Rep 2002;23(8) :145-53.
Abaixo segue os critérios que serão usados na correção semanal dos portfólios para direcioná-los ainda mais na confecção do material (este item não deve fazer parte do documento que
vocês enviarão aos preceptores).

Critérios INSUFICIENTE BOM MUTO BOM EXCELENTE Total


0 0,5 1,0 1,5
Conteúdo / relato As atividades relatadas não A maioria das atividadesTodas as atividades relatadas tem relação com o 1
do aprendizado tem relação com o objetivo relatadas tem relação com oobjetivo do portfólio. Os relatos são consistentes.
do portfólio. objetivo do portfólio.
Reflexão e Não há pensamento Há esboço de pensamentoHá reflexões e estas demonstram claramente o 1
autocrítica reflexivo. Não há reflexivo que se correlacionaprocesso de aprendizado, aquisição de competências,
estabelecimento de metas de com o crescimento do aluno econquistas e inclui metas para o aprendizado
aprendizado continuado. com alguma inclusão de metascontinuado.
As reflexões não de aprendizado continuado. Demonstra autocrítica refinada e capacidade de
demonstram habilidade de As reflexões demonstrampropor mudanças.
autocrítica e nem sugestões parcialmente habilidade de
de mudanças. autocrítica e sugestões de
mudanças.
Fontes de Não há citações. As citações Há alguma citação, a fonte éHá citações, as fontes são cientificamente confiáveis, a 1
estudo/ Citações não são de fontes científicas cientificamente confiável, hácorrelação com o aprendizado é precisa e as fontes são
confiáveis. As citações não correlação com o aprendizado.claramente identificáveis. Os relatos das fontes de
estão claramente Há algum relata de fontes deestudo são consistentes e se relacionam com o
identificáveis. Não há relata estudo. aprendizado.
de fontes de estudo.
Organização/ A leitura é difícil devido a Há problemas com a formataçãoÓtima formatação e caligrafia é hábil em transmitir o 1
Estrutura inadequada formatação e caligrafia. Consegueaprendizado.
(tamanho e tipo de letra, parcialmente transmitir o
espaçamento e organização aprendizado.
do texto), caligrafia.
Inabilidade em transmitir o
aprendizado.
Gramática e Há mais do que 6 erros de Há até 6 erros de ortografia,Não há erros de ortografia, gramática, pontuação e/ou 1,5
ortografia ortografia, gramática, gramática, pontuação e/ouedição.
pontuação e/ou edição. edição.

Correlação Não demonstra correlação Demonstra parcialmenteÉ hábil em demonstrar correlação dos aprendizados 1
teórico-prática dos aprendizados teórico correlação dos aprendizadosteórico com o prático.
com o prático. teórico com o prático.

Renata Macedo Calderaro Vieira ( total 1,1)

Renata, Primeiramente parabéns pelo texto, bem estruturado. Percebi que o pouco tempo que você passou na unidade te fez refletir sobre o sistema, e a atuação futura. Mas e a consulta
em 7 passos, conseguiu praticar neste dia? Sobre o MCCP, o que você achou? Quando você estrutura teus tópicos, descreve muito bem em ordem cronológica as atividades em sala de aula e
a forma como o conteúdo foi aprofundado. Sobre as oficinas, coloca os casos e a síntese do SOAP, mas o que você achou de cada caso? Qual sua visão crítica? Você não conclui teu texto,
seria bom concluir com esses aspectos. Sobre a APS, sim verdade que são muitos os desafios, mas a APS é uma realidade no Brasil, em lugares que investem de verdade ela consegue sim ser
resolutiva. O enfrentamento às dificuldades é observado diariamente por nossas equipes, mas ainda com poucos recursos somos capazes de mudar realidades. Abraços. Silvia

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