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Semelhanças e diferenças das narrativas em grupo:

Semelhanças:
-Todas as narrativas descreveram como os estudantes foram recebidos

- Todas as narrativas abordaram as relações familiares e a vida pessoal dos pacientes

- Todas as narrativas trazem em nível reflexivo sobre a experiência da situação.

- Todas as narrativas descreveram a criação de um vínculo prévio antes de iniciar


perguntas mais sensíveis.

Diferenças:
-A maneira que os pacientes receberam os estudantes.

- Apenas uma narrativa abordou a necessidade de realizar as perguntas de forma


lógica, organizada e seqüencial.

- Cada narrativa descreveu informações diferentes e complementares á respeito do


paciente.

Problemas:
1- Integrar o desafio da entrevista em si com o conteúdo técnico e
biológico que foi extraído dela.
2- Organizar a anamnese de forma completa.
3- Construção do vínculo.
4- Pré- conceito.

Hipóteses:

1- Falta de experiência/prática/conhecimento.
2- Nervosismo e ansiedade. Receio de fazer perguntas sensíveis.
3- Diferentes formas de abordagem e falta de compreensão do
conceito de empatia.
4- Julgamento impulsivo baseado na própria subjetividade e
experiência prévia.

QAS:

1- Como extrair na anamnese o máximo de dados possíveis sobre a


saúde (física, mental e social) do paciente?
2- Quais as etapas que compõem uma anamnese?
3- Como desconstruir pré-conceitos no ambiente profissional?
4- Como a criação do vínculo ajuda na anamnese? (Médico paciente)

Importância ler: habilidades de comunicação clínica

Respostas para as perguntas:


1- Fonte: https://doi.org/10.1590/1981-52712015v43n3RB20180243
Rev. bras. educ. med. 43 (3) • Jul-2019

Para obter adequadamente as informações durante a entrevista e


estabelecer uma boa relação com o paciente, o médico precisa saber
falar de maneira clara e eficaz, e, principalmente e o que é mais
difícil, saber ouvir. Em um estudo clássico, Beckman e
Franke demonstraram que os médicos tendem a interromper os
pacientes em média 18 segundos após o início da conversa , sendo que
somente 23% dos pacientes tiveram a oportunidade de finalizar os
detalhes de sua queixa principal antes de serem interrompidos por
seus médicos.

Pacientes preferem entrevistadores que se apresentem, sejam


autoconfiantes, simpáticos e amigáveis, de fácil diálogo, sabendo
ouvir e responder adequadamente às perguntas, de forma que eles
consigam passar o Maximo de dados possíveis. No entanto, o ensino
de habilidades de comunicação nem sempre está previsto nos
currículos dos cursos de Medicina.

Foi realizado um estudo transversal com alunos do primeiro ano de


um curso de Medicina matriculados na disciplina de Semiologia 1 em
três etapas distintas: discussão e entendimento da teoria, aplicação
prática da teoria por simulação (role-play) entre os alunos e
gravação de vídeo com paciente no hospital-escola. Nas primeiras
semanas da disciplina, foram discutidos os aspectos teóricos da
anamnese, incluindo tipos de perguntas e escuta e a técnica de
entrevista médica. Nesta etapa, o professor auxiliou os estudantes no
entendimento teórico pela exemplificação prática (no papel de
paciente) de situações de como fazer as perguntas adequadas, saber
ouvir, incentivar o paciente a falar, estabelecer um vínculo
psicológico favorável, ler e interpretar as atitudes corporais de uma
linguagem não verbal. A competência clínica dos médicos depende da
integração de diversos aspectos: conhecimento médico, habilidades
de comunicação, exame físico, raciocínio clínico e capacidade de
resolver problemas.
É perceptível que existem elementos essenciais de comunicação e de
relacionamento na consulta médica cujo objetivo primordial é a
construção de uma boa relação médico-paciente. Quanto à
comunicação, é necessário iniciar de maneira adequada a conversa,
obter as informações relevantes, entender a perspectiva do paciente,
dividir informações, definir de comum acordo o plano de ação e
encerrar a sessão sem dúvidas para o paciente. Essas características
de anamnese facilitam o desenvolvimento da comunicação adequada
com pacientes e familiares, incluindo aspectos afetivos, emocionais e
físicos.

4- A criação do vínculo ajuda na anamnese, por vários motivos. Um deles é a


diminuição no risco de medicalização e erro médico ao se considerar um
olhar complexo sobre o paciente (uma vez que o enfoque somente na
parte física pode levar a uma medicação excessiva e principalmente
desnecessária, além de erro diagnóstico); uma maior adesão à terapêutica
recomendada, tendo em vista toda a questão emocional que
experimentam, reflexo de um exame clínico baseado na empatia médica
e grande demanda de atenção e tempo para com o indivíduo trás mais
certeza ao diagnostico.

Além disso, o conhecimento da realidade do paciente é determinante para


se tratar os hábitos de vida e o gerenciamento de recursos, o qual
resultará em um sucesso esperado para com a conduta realizada, de
grande relevância para o paciente e principalmente para o médico.

Discutir a importância da prática semiológica baseada no atendimento


integral é imprescindível na maximização dos benefícios em um exame
clínico, uma vez que o verdadeiro motivo que traz o doente ao
consultório em certas ocasiões, pode ser totalmente distinto ao
expresso na hora da consulta. Somente, se realizado uma abordagem
biopsicossocial e completa, será possível desconstruir uma barreira na
relação médico-paciente, com uma real efetividade no relacionamento
comunicacional entre ambos, em busca da melhor forma de cuidado.

Há também a possibilidade de que por meio do cuidado ampliado e integral à


pessoa, ocorra a descoberta de outras patologias ou problemas que não eram
o motivo inicial pelo qual o paciente procurou ajuda médica, ou até mesmo,
que não conhecia até o momento.

Fonte: revista interdisciplinar do pensamento cientifico v07, n1,10 março 2022.


http://143.244.215.40/index.php/reinpec/article/view/773/571

3-Apenas posso dizer que os preconceitos nascem na cabeça dos homens.


Por isso, é preciso combatê-los na cabeça dos homens, isto é, com o
desenvolvimento das consciências e, portanto, com a educação, mediante a
luta incessante contra toda forma de sectarismo. (Norberto Bobbio, 2002)

O preconceito é um grande problema enraizado em nossa sociedade.

É a forma como julgamos as pessoas antes de conhecê-las conforme nossas


crenças e valores, isso interfere em nosso dia a dia, e até mesmo em nosso
ambiente de trabalho.

Todos nós temos nossos tabus, preconceitos, e maneiras de ver e viver a vida,
mas temos como melhorar, e por isso, a importância de estarmos bem
informados, buscando sempre nos libertar de qualquer tipo de preconceitos,
fazendo uma análise de nós mesmos, quebrando antigos mitos, tabus e
padrões que a sociedade nos impõe, respeitando e aprendendo com as
diversas formas de cada um ser.

Fonte: UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA,CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS


HUMANAS INSTITUTO DE ESTUDOS DE GÊNERO pdf.

https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/173807/Luc%c3%a9lia%20da
%20Rosa-Final.pdf?sequence=1&isAllowed=y

2- Mais do que o exame físico e os exames complementares,


a anamnese é essencial para a formulação diagnóstica e para o
estabelecimento das condutas médicas que irão beneficiar o paciente.
A própria anamnese tem um efeito psicológico positivo e terapêutico
sobre a recuperação do doente. A anamnese deve ser realizada de
acordo com determinadas etapas, necessárias ao estabelecimento de
ordem nas informações.
1-Identificação
2. Queixa Principal (QP)
3. História da Moléstia Atual (HMA)
4. Revisão de Sistemas
5. História Patológica Pregressa
6. História Familiar
7. História Social/ Hábitos de vida
Fonte: pdf universidade federal de ouro preto

https://semiologiamedica.ufop.br/anamnese-

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