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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

CURSO DE MEDICINA – PASSOS


DIÁRIO PIESC II – Profa. Dra. Fernanda D. Nunes

Aluno: SAIMONTON RIBEIRO DOS REIS 21-56375

Unidade de saúde: ESF Penha I

Equipe: Responsável: Thaisa Krauss de Lima, médica: Carolina Barbosa


Silveira

Grupo 6: Alexandre Baptista, Keliane Gomes, Luana Ferreira, Luiz G. Starling


e Saimonton Reis

Data/Horário: 20 de setembro de 2022

Descrição das atividades:

No dia 20 de setembro, às 8h40min, fomos recebidos pelos funcionários


do ESF Penha I e encaminhados pela Dra. Carolina Silveira, para as salas de
consulta em que os internos estavam realizando atendimento. Na salinha de
consulta, fomos informados de aferiríamos a pressão e outros sinais vitais,
enquanto os internos realizariam o atendimento. A primeira atendida foi uma
mulher, de quem Luiz aferiu 90:70 mmHg. Ela estava internada com infecção
urinária com uso de antibióticos, queixava dor no abdome e episódio febril
(38ºC) e relatou atendimento em Paraíso (Santa Casa), porém evoluindo para
apendicite.
Foi interessante que a interna perguntou o grau da dor (0-10), sendo
respondida com “4”, seguido de exame físico com ausculta e percussão
abdominal e teste de dor na região anteroposterior, sem, contudo, haver uma
queixa de dor aguda. A consulta foi concluída com pedido de hemograma e
urina e, após discussão em presença da médica, um ultrassom renal. Foi
comentado também que episódios de candidíase após uso de antibiótico é
comum e recomendou uso de nistatina.
O segundo atendimento foi de outra mulher, idosa, com queixa de dor
persistente no membro superior esquerdo e logo associou isso às inúmeras
complicações e quadros pós-cirúrgicos que iam desde varizes a uma situação
psiquiátrica que a paciente identificou como depressão, algo representado
pelo uso de vários medicamentos entre relaxantes musculares e
antidepressivos. Quando mostrou os exames, foram vistas alterações de LDL
e TSH (5,63), o que implicou numa conclusão que a dor é advinda do
desgaste e recomendação de sinvastatina 10 mg e Revange.
O último atendimento foi de um homem com queixa de pressão alterada, aferi
150:70 mmHg, sendo o atendimento curto e indicação de anti-hipertensivo.

Análise crítica:

A atividade no ESF Penha I foi nosso primeiro contato com a clínica


médica na prática e por essa razão foi muito interessante e trouxe
experiências relevantes. Primeiramente, a conversa com os internos antes e
após os atendimentos esclareceu como funciona o elo entre o ciclo básico e o
atendimento, sendo que a Luiza apresentou pontos semiológicos e
anamnéticos que veremos apenas no terceiro ano. Por outro lado, quando a
primeira consulta foi assistida, pudemos enxergar o atendimento sob uma
nova ótica, a do profissional de saúde que procura investigar e por em prática
os conhecimentos adquiridos.

Sobre caso clínico:


É importante ressaltar que no caso da consulta da idosa com dor na
mão esquerda foi significativo observar como a abundância de informações
trazidas por ela, segundo um estímulo do interno para recuperar dados do
prontuário, dificultou a linha condutora do diagnóstico, já que a profusão de
queixas confusas e inexatas encaminhou para uma conclusão diagnóstica não
muito diferente de quando ela iniciou o atendimento. Isto é, pode ser visto
como o discurso e as ferramentas de organização do diagnóstico podem
falhar, caso não haja uma intervenção racional e eficiente. No decorrer da
consulta foram abundantes queixas muito amplas, difusas e fragmentadas,
ficando bem visível a dificuldade de uma anamnese e, por essa razão, foi a
consulta mais longa.
Vale o que Andrade et al. afirmam sobre esse detalhe “Portanto,
evidenciamos a urgente necessidade de reflexão sobre a importância dada à
educação permanente, a conscientização para o desenvolvimento de
competências médicas para a atuação neste cenário, para que fiquem atentos
aos registros gerados.”, ou seja, quanto maior a racionalidade em administrar
as etapas da consulta, melhor serão os resultados para o bem mútuo.

Referências bibliográficas:

ANDRADE, Mariângela V. G (org.). Cartilha para orientação do profissional


da saúde: a importância da Comissão de Revisão de Prontuário do
Paciente. São Cristóvão: 2020, Universidade Federal de Sergipe.
Unidade de saúde: ESF Penha I

Equipe: Responsável: Thaisa Krauss de Lima, médica: Carolina Barbosa


Silveira

Grupo 6: Alexandre Baptista, Keliane Gomes, Luana Ferreira, Luiz G. Starling


e Saimonton Reis

Data/Horário: 28 de setembro de 2022

Descrição das atividades:

No segundo dia de atividades, começamos às 8h30min., quando a


médica responsável nos dividiu em dois grupos para, novamente,
acompanharmos os atendimentos dos internos, no caso uma nova dupla em
relação à semana anterior. A primeira consulta foi de uma mulher de 43 anos,
servente de limpeza e solteira (informações requeridas pelo interno). Queixava
mal-estar, “calorão”, “moleza” há mais de seis meses, dor nos membros e
articulações. Também informou um mioma na última gravidez e que seu fluxo
menstrual estava normal e não usava nenhuma medicação. Foi feita ausculta
pela interna, eu aferi a pressão arterial (120:80 mmHg) e foi pesada (72 Kg).
Com a supervisão da médica, os internos prescreveram anticoncepcional para
uma “pré-menopausa” e requerimento de U.S. transvaginal.
Fui convidado a trocar de consultório, onde observei o segundo
atendimento, no qual uma mulher de 51 anos chegou determinada a pedir um
“encaminhamento ao neurologista da Faculdade Atenas” [sic], embora o
interno tenha reagido como se fosse fazer uma consulta e desconhecia o
encaminhamento, a paciente foi renitente no seu pedido, ou seja, não viera
consultar, mas apenas conseguir o formulário, contudo houve menção à
fibromialgia, à dor crônica no braço esquerdo, ao seu trabalho (não
especificado) na Santa Casa e ao uso de duloxetina e ciclobenzapina. Ao fim,
conseguiu o encaminhamento.
O penúltimo atendimento foi de uma paciente com queixa de dor na
mictância, dor contínua, frequência alta de vontade de urinar, contudo sem
febre. Também relatou infecção nos últimos três meses e uso de 1ª linha de
antibiótico, alteração no odor da urina. Luana aferiu a pressão arterial com
120:70 mmHg.

Análise crítica:

No segundo dia, certas peculiaridades mostraram certos detalhes


importantes da consulta, como a demora do interno para preencher o
prontuário e a impertinência da outra interna em pedir que cada um de nós
fizesse a ausculta na paciente sem pedir permissão a esta e objetificando sua
posição no atendimento, além do tom de voz ríspido e classificante na
consulta, sendo que as expressões da paciente eram claramente de
desconforto e resignação. Essa experiência pode revelar como é inútil e
prejudicial tentar reproduzir padrões preconceituosos de uma situação viciada
de médico-superior vs. paciente-inferior já que esse abismo acaba
comprometendo a compreensão na anamnese e na semiologia do caso.
Outro ponto interessante foi a questão da mulher e o encaminhamento,
porque demonstra como a faceta do SUS como uma via burocrática não ser
entendido assim pelo interno realizando o atendimento, uma vez que ao
compreender o caso e identificar que não se tratava de uma consulta inicial ou
urgência, mas apenas uma solicitação, continuou fazendo perguntas
desnecessárias ocupando o tempo do próximo atendimento.
Por fim, a facilidade de identificação do caso de ITU devido ao relato
objetivo, sucinto, claro e útil da paciente, saltou à observação, já que reforçou
como a guia do discurso é crucial para um bom diagnóstico.

Referências bibliográficas:

ANDRADE, Mariângela V. G (org.). Cartilha para orientação do profissional


da saúde: a importância da Comissão de Revisão de Prontuário do
Paciente. São Cristóvão: 2020, Universidade Federal de Sergipe.

Unidade de saúde: ESF Penha III

Equipe:

Grupo 6: Alexandre Baptista, Keliane Gomes, Luana Ferreira, Luiz G. Starling


e Saimonton Reis

Data/Horário: 5 de outubro de 2022

Descrição das atividades:

Nos dois encontros de PIESC II que se seguiram, o tema foi a saúde da


mulher com o acompanhamento de exames. Nesse dia as atividades puderam
ser resumidas em duas partes: na primeira ficamos à espera de alguém para
fazer o “Papanicolau” ou exame citopatológico preventivo do colo do útero, e
na segunda parte visitamos a sala de vacinação sob a orientação da
enfermeira responsável.
No primeiro dia desse tema, não apareceu nenhuma examinada, não
obstante esperarmos por muito tempo por alguém. A professora aproveitou e
explicou os principais pontos técnicos da execução do exame, conforme a
prática recomendada (BVS saúde):

“· para a coleta do material, é introduzido um instrumento chamado espéculo


na vagina (conhecido popularmente como “bico de pato”, devido ao seu
formato);
· o médico faz a inspeção visual do interior da vagina e do colo do útero;
· a seguir, o profissional provoca uma pequena escamação da superfície
externa e interna do colo do útero com uma espátula de madeira e uma
escovinha;
· as células colhidas são colocadas numa lâmina para análise em laboratório
especializado em citopatologia.”

Fonte: https://catalogohospitalar.com.br/kit-papanicolau.html Acesso em novembro 2022.

Sobre a parte técnica fizemos alguma perguntas sobre o modo correto


de encaixar a ponta do espéculo no fórnice vaginal para evitar iatrogenias.
Dessa forma, ativemos a questões importantes no que tange à parte cultural e
psicológica do procedimento. Concluímos que o protocolo de entrevista no
exame é importante, mas não se deve esquecer, como bem lembrado pela
professora, da questão do pudor e da privacidade – a permissão deixada clara
é parte do reconhecimento da condição feminina e sua autonomia no
atendimento, mas também, o papel da mulher no núcleo familiar e a
importância do exame por apresentar a prevenção da pessoa que
desempenha esse papel.

Já na sala de vacinação, ficamos sabendo da oportunidade de nos


vacinarmos contra a meningite, ao paso que a responsável discursou sobre a
importância, os métodos os casos comuns, as queixas e os principais
problemas recentes da vacinação. Após esclarecimento sobre o
armazenamento e manejo das vacinas, tomamos a dose de meningite, todos
do grupo.

Análise crítica:

Logo, em uma breve reflexão, chegamos à conclusão de como a prática


na ESF já é um exercício do papel social na defesa do feminino, no contato
com as construções e fragilidades sociais e subjetivas desse gênero e até
problemas de violência contra mulher e os aspectos especiais de sua saúde,
como o destacado pela prevalência da infecção por HPV e a neoplasia
maligna no tecido uterino.

Unidade de saúde: ESF Penha III

Equipe:
Grupo 6: Alexandre Baptista, Keliane Gomes, Luana Ferreira, Luiz G. Starling
e Saimonton Reis

Data/Horário: 19 de outubro de 2022

Descrição das atividades:

No segundo encontro no ESF Penha III, como não havia visita à sala de
vacina, ficamos apenas na espera de alguém para o exame momento em que
a professora apresentou o fluxograma para manejo clínico de IST, que
consiste em uma forma de oferecer cuidado, prevenção, diagnóstico,
tratamento e vigilância das IST. Como pode ser informado no site
governamental, “Os assuntos são apresentados em forma de quadros e
fluxogramas de fácil acesso e consulta, a fim de organizar e sintetizar os
principais temas no auxílio a gestores e profissionais de saúde que atuam no
cuidado de pessoas com vida sexual ativa sob risco de infecção por IST, além
do manejo clínico das pessoas com diagnóstico de sífilis e outras IST, HIV/aids
e hepatites virais.”
Nesse ínterim, surgiu uma paciente para o exame e a profa. Pediu para
eu e Luiz a chamarmos para a sala. No procedimento pudemos ver na prática
todos os pontos explicados teoricamente, inclusive o manejo psicológico e a
condução para que o exame ocorresse da melhor forma. Seguiu-se uma
entrevista que consistiu em comentários sobre o histórico clínico da paciente,
tópicos sobre menopausa, triagem comum, casamento, menstruação, aborto,
além da necessidade de garantir que não houve relação sexual ou alteração
na mucosa nos últimos três dias.
A profa., então, após explicar como o exame seria feito, pediu nossa ajuda
para manusear os instrumentos, no enfoque da luz, parte considerável do
exame, já que a análise da mucosa é importante. Logo após concluiu o exame
colhendo o material e dispensando a paciente.

Análise crítica:
Foi inusitado notar a variaçâo anatômica, na prática, das estruturas
uterinas, já que o fórnice e óstio do útero da paciente tinha estrutura tao
distinta que a profa. teve de adaptar o ajuste do espéculo no procedimento.
Isso demonstra a importância da racionalização na conduta prática em saúde,
ou seja, é preciso estar sempre alerta para readaptações em improvisos
necessários para o um bom resultado de assistência e prevenção.
Referência:

https://bvsms.saude.gov.br/papanicolau-exame-preventivo-de-colo-de-utero/
https://www.gov.br/aids/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/2021/
fluxogramas-para-manejo-clinico-das-ist/view

Unidade de saúde: ESF Aclimação I

Equipe: médica: Talissa Freitas Martins

Grupo 6: Alexandre Baptista, Keliane Gomes, Luana Ferreira, Luiz G. Starling


e Saimonton Reis

Data/Horário: 26 de outubro de 2022

Descrição das atividades:

Nossa visita no Aclimação ocorreu no dia 26 quando tivemos que


decobrir onde encontrar a médica resposável. Perguntando para os agentes e
funcionários, descobrimos o consultório da Dra. Talissa, a qual nos recebeu e
já indicou que estava com uma turma de internos (T3?) e que deveríamos nos
dividir em duplas para acompanhamento.
Eu e Luiz fomos com uma interna para a sala de consultas onde vimos
entrar uma senhora idosa, paciente de 68 anos, com um semblante triste, com
aparente desânimo e certa apatia e porte bastante franzino. A consulta foi feita
tentando seguir ao máximo o protocolo, isto é, uma bateria de perguntas para
investigar as queixas e o histórico recente, as quais foram respondidas com
reclamações de dores difusas, com o comum discurso impreciso que gera o
labirinto na anamnese. Foram discutidos: o uso de Pregabalina, além do uso
CEFALIN
CITALOPRAM 20 mg
ALPRAZOLAM 2 mg
PANTOPRAZOL 40 mg
DOMPERIDONA 10 mg
a dor no peito tonteira, hemorróida, fissura anal e depressão,
questionário entremeado pelo costumeiro longuíssimo tempo para
preenchimento do prontuário e pedidos de exames. A conclusão da consulta
foi tentar corrigir cada uma das queixa como requisição de colonoscopia,
receita do citalopram e alguns outros medicamentos.
Após isso, a outra paciente atendida foi uma criança que entrou com a
mãe, a qual relatou as queixas da filha: náusea, dores de cabeça, dor forte na
barriga, sintomas que vêm e desaparecem com certa frequência. Mais uma
vez o caso de um paciente que já foi no especialista sem sucesso e volta para
o médico da ESF, sendo que a conclusão da interna também foi a de pedir
exames difusos, após fazer a percursão e demais toques no abdome da
criança.

Análise crítica:

sobre o caso clínico:

É necessário ressaltar sobre a anamnese no acompanhamento das


duas consulta, disciplina da Semiologia Clínica que, embora ainda não
termos estudado, é possível pelo menos dizer que o dito acima “labirinto” na
entrevista dos pacientes acaba sendo um dispositivo inútil. Quando a interna
deu oportunidade para perguntas, questionei sobre esse aspecto ao que ela
respondeu que, na prática, 'acaba' que o médico de posto será sempre esse
mediador entre o especialista. Disto concluí que talvez a posição de eficiência
e treinamento do médico da Saúde da Família deveriam ser revistos. Em um
momento na consulta da criança a interna pediu pra que nós do PIESC I
disséssemos quais exames deveríamos pedir, mesmo que subtendida nossa
incapacidade de fazê-lo o que pode ser interpretado como que aquela consulta
era uma mera encenação, uma vez que não se descobrirá mesmo o que a
menina tem e que todo o ritual é mais uma “cultura do atendimento 'médico de
postinho'”.

Unidade de saúde: ESF São Francisco

Equipe: Responsável: Laura Rodrigues

Grupo 6: Alexandre Baptista, Keliane Gomes, Luana Ferreira, Luiz G. Starling


e Saimonton Reis

Data/Horário: 9 de novembro de 2022

Descrição das atividades:

No dia da visita do ESF São Francisco acabei esquecendo o jaleco,


porque saí distraído pela pressa, mas felizmente um colega da T6 me
emprestou o equipamento e pude, então, acompanhar a primeira consulta pré-
natal da minha vida. Nesse primeiro dos dois dias, pudemos ver a enfermeira
do posto na sala especial para esse tipo de consulta. Portanto podiam ser
vistos os caprichos na decoração, paramentação e equipamento de um dos
mais limpos e organizados postos de saúde que visitamos
Na ocasião, uma mãe bastante jovem trouxe a caderneta do pré-natal
apresentando muito desvelo e uma preocupação notável quanto à gravidez,
embora, infelizmente estivesse desacompanhada. Fiz uma pergunta que
sempre tive curiosidade sobre a eritroblastose fetal, ao que a enfermeira pediu
pra que eu visse a caderneta nos campos onde estavam marcados o exames
das primeiras semanas, entre eles os relacionados a essa doença.
O momento para escutar o coração do feto foi muito interessante, pois a
enfermeira nos ensinou como apalpar da região pélvica até o hipogátrico para
saber localizar a posição do feto e assim colocar propriamente o aparelho
doppler. Logo, o antendimento às gestantes foi o mais comovente para mim,
pois senti que ali havia um sentimento muito específico sendo aplicado na
prática de saúde, isto é o amor materno.

Análise crítica:

Primeiramente é preciso dizer como a humanização, assim como


descrevi as atividades, é impportante nesse tipo de atendimento. Nesse
sentindo é possível também refletir que as mães atendem e complementam
bem as políticas de saúde do SUS, uma vez que trazem impecáveis os
cartões e cadernos todos preenchidos e com atualizações corretas,
perguntam, trazem dúvidas sobre superstições, manifestam seus medos e
receios, algo que ressalta o impacto das campanhas de conscientização do
pré-natal, mutiroẽs que o SUS conduz há anos para diminuir a mortalidade
intantil e das gestantes e puérperas.
Por outro lado é triste notar a ausência do pai ou companheira
acompanhando a gestante, já que nessa prática clínica o núcleo familira tem
papel des taque não só na complementação dos cuidados, mas também na
ajuda psicológica e socioeconômica, etc. todos fatores diretamente
determinantes de uma gravidez saudável.

Unidade de saúde: ESF São Francisco

Equipe: Laura Rodrigues

Grupo 6: Alexandre Baptista, Keliane Gomes, Luana Ferreira, Luiz G. Starling


e Saimonton Reis
Data/Horário: 16 de novembro de 2022

Descrição das atividades:

Esse segundo dia foi um dos mais quentes do ano, quando entramos no
ESF e logo fomos acompanhar, nesse dia não a enfermeira de outrora, mas
uma interna da medicina que levou um tempo realmente considerável na
consulta, isto é, passamos quase que todo o horário da disciplina com a
gestante, e sua acompanhante, uma senhora sua vizinha.
O tempo longo se deveu a uma condução bastante confusa, prolixa e
labiríntica do atendimento, uma vez que foi iniciado com a leitura do caderno,
entrevista respondida com queixas de certa dor ao urinar e dores frequentes.
Aconteceu que a cada frase da paciente a interna cheva a caderneta, fazia
calculos, depois perguntava a mesma coisa, pedia inumeros papeis e ia
abrindo na mesa, até que no fim nao havia mais espaço na mesa e nehuma
conclusão no atendimento. Essa desorganização era vista com certa
impaciencia bastante contida na gestante que esperava um encaminhameno
para a Santa Casa ao fim de tudo. Na ocasião da escuta do coração a interna
pediu para eu e Luiz seguramos o aparelo “no ar” porque a tomada não dava
alcance; pediu que tentássemos o toque, teve grandes dificuldades de achar a
posição e assim conseguiu fazer a escuta com doppler.
Após sair e consultar a médica responsável a internavoltou com o
encaminhamento e uma receita de analgésico. Comentaram ainda sobre o
descaso com gestantes nessa instituição de referência e a consulta acabou.
Sendo essa a única atividade desenvolvida no dia.

Análise crítica:

Como foi descrito, esse dia nos ensinou como a organização a


prudência, o preparo, a confiança e a noção são importantes na conduta
médica no atendimentoo de gestantes. Por acaso, nesse dia não havia mais
gestantes na espera, mas imaginei a demora no atendimento do ponto de vista
das pacientes, como também como seria angustiante passar mais de uma
hora a fio no calor apenas para esperar nenhuma conclusão concreta e
apenas uma folha de encaminhamento. Pois, como afirma Gomes et al.
(2012):
“O estabelecimento de um vínculo requer apoio intensivo às mudanças na
organização dos serviços, com ênfase numa formação profissional que valorize a
cultura, o protagonismo e a reflexão filosófica da convivência humana, visando à
qualificação da atenção primária.”.

Como citado nesse diário, a necessidade dde repensar a otimização e a


dinâmica de atendimentos do médico das ESF é necessária, no mesmo
apreço que se tem com a atenção secundária e terciária.
Referências bibliográficas:

GOMES, Annatali N A. Relação médico-paciente: entre o desejável e o


possível na atenção primária à saúde. Physis: Revista de saúde coletiva.
v.22 (3), 2012 <https://doi.org/10.1590/S0103-73312012000300014 >

Unidade de saúde: ESF Santa Luzia

Equipe: Sérgio Valverde Santos

Grupo 6: Alexandre Baptista, Keliane Gomes, Luana Ferreira, Luiz G. Starling


e Saimonton Reis

Data/Horário: 23 de novembro de 2022

Descrição das atividades:

No dia 23 de novembro, chegamos na ESF Santa Luzia procurando o


prof. Sérgio, o qual estava ajudando alguns alunos da T6. Como alguns
desses precisariam repor horários, o prof achou por bem enviar um deles com
cada duplas nossa para as visitas domiciliares. Para isso foi escolhido pelo
docente um caso de prontuário para cada dupla. Fomos eu e Luana com um
acadêmica para a rua buscar a residência de um casal: Sr. Antonino e D.
Maria de Fátima, levando os paramentos e kits necessários para aferição de
pressão, glicose capilar, pressão parcial de O2, frequência cardíaca e
temperatura.
Após um percurso razoável batemos à porta na Rua Guararapes e o
Sr. Antonino atendeu e chamou a mulher para irmos sentar na sala de visitas.
Após breve conversa perguntamos, segundo orientação do prof. sobre a
alimentação (sódio – hipertenso, carboidratos – diabéticos), ao que
responderam que “pararam até o café”. Infelizmente não usamos corretamente
o aparelho de medir a glicoes, contudo conseguimos os outros dados
ele ela
Temp. 35,6 36,3
PA 120:60 120:60
FC 98 72
Sat 99 97

Eles comentaram sobre o uso de certos medicamentos devido a uma


pergunta do aluno da T6, sendo eles Selosoc, Losartana, sendo que essa
última foi aumentada para regular um aumento na pressão nos últimos dias
(prescrito por médico), também citaram estenose hepática no idoso. Assim,
nos despedimos e fomos ao ESF onde, sob supervisão do docente evoluímos
o caso no prontuário.

Análise crítica:

Essa modalidade de atenção básica para mim é a que melhor expressa


a presença do Sistema Único na gestão da saúde pública “ na ponta”, isto é, a
materialização de todo aquele complexo arcabouço legal discutido e estudado
nas disciplinas de políticas e gestão do SUS. Ao fazermos as visitas, termos
acesso a um prontuário arquivado segundo o nome da rua é, de fato, algo que
gera admiração de ver, diante de nós como alunos, a realização de uma luta
de anos pelo acesso e assistência à saúde ppor todos, no caso ainda mais
específico, aqueles que talvez não poderiam pagar.

Unidade de saúde: ESF Santa Luzia

Equipe: Sérgio V. Santos

Grupo 6: Alexandre Baptista, Keliane Gomes, Luana Ferreira, Luiz G. Starling


e Saimonton Reis

Data/Horário: 30 de novembro de 2022

Descrição das atividades:

Ao contrário das visitas de PIESC I e do dia anterior, no trigésimo de


novembro fomos sozinhos às duas casas escolhidas pelo prof. seguindo todo
mesmo ritual anterior. Fomos dessa vez, eu e Luiz na primeira casa sem,
contudo sermos atendidos, ao que resolvemos voltar depois da outra visita.
Assim caminhamos quase até o fim do bairro onde encontramos a casa do
segundo paciente, o qual veio nos receber na porta. Entramos e conhecemos
sua esposa cadeirante e uma ajudante na casa. Conseguimos comunicar
razoavelmente bem sobre o motivo da visita, explicamos sobre os
procedimentos que seriam feitos,, mas também sobre outros aspecto da vida
recente do doente. Ele informou que é portador de uma forma grave herpes
zóster, condição que o deixou com sequelas mentais, mas também nos nervos
dos membros superiores, tanto que requisitou cirurgia. Fizemos aferições:
Temp. 36, 5 °C,
PA 140:100 mmHg,
glicose capilar for a de jejum 146 dL/g,
pO2: 97 % e
bpm 87.
Sobre a hiperdia informou que estava “regulando a alimentação tirando o
arroz” Contou vários relatos pessoais, um paciente que aprecia bastante a
conversação, algo que achamos muito agradável.
Da mesma forma que na oura semana, voltamos para o ESF e
preenchemos o prontuário do paciente para evolução do caso, no caso eu
redigi e incluí a solicitação de consulta ortopédica.

Análise crítica:

Com certeza a visita sozinho causou uma sensação de


responsabilidade que acrescentou muito à vivência nesse segundo semestre
de PIESC, pois como o próprio nome da da disciplina indica, nessa visita
familiar foi quando ao máximo praticamos o ensino de saúde que aprendemos
diretamente à comunidade. Por essa razão, como comentamos ao fim da
prática, foi um dia muito especial, pois podemos finalmente fazer todas as
conecções esperadas pela ementa da disciplina.

Unidade de saúde: ESF Planalto

Equipe: Policardo G. Silva

Grupo 6: Alexandre Baptista, Keliane Gomes, Luana Ferreira, Luiz G. Starling


e Saimonton Reis
Data/Horário: 7 de dezembro de 2022

Descrição das atividades:

No dia 7 de dezembro foi nosso penúltimo encontro do segundo


semestre. Chegamos na unidade e ficamos surpresos com o tamanho e a
estrutura do ESF Planalto. Procuramos pelo prof. Policardo, o qual, quando
encontrado, pediu que esperássemos em uma salinha, pois estava auxiliando
várias funções inclusive alunos do PIESC IV (T6). Assim que retornou o prof
apresentou a unidade: expurgo, enfermeira Kelly, Dr. Talita, sala de
medicação, sala de vacinação. Ao terminar, ressaltou a importância da
triagem, procedimento que ocuparia quase todo nosso tempo.
Separamos em dois grupos, fiquei com a Keliane, e no primeiro
momento como não havia ação ficamos esperando uma troca de pontos que
seria realizada. Assim que a paciente, uma criança que havia batido a cabeça
em superfície cortante há 10 dias, chegou na sala o prof. Pediu que buscasse
a chave do armário para pegar os paramentos. Quando da retirada, foram
chamados os alunos da T6 para assistir e um deles montou um bisturi para a
retirada a qual observamos com atenção. Como o professor precisava sair
mais cedo, a prática foi terminada antes do previsto.

Análise crítica:

O ponto mais importante desse dia foi a visita a um complexo maior, (o


mais próximo de um hospita) o que nos deixou bastante animados. Portanto,
nesse sentido foi até discutido no final da prática questões envolvendo
justamente esse tipo de posicionamento, isto é, a prontidão e o modo como se
devem portar os profissionais de saúde em situações de muita demanda.

Unidade de saúde: ESF Planalto

Equipe: Policardo G. Silva

Grupo 6: Alexandre Baptista, Keliane Gomes, Luana Ferreira, Luiz G. Starling


e Saimonton Reis

Data/Horário: 14 de dezembro de 2022


Descrição das atividades:

O último encontro do semestre também foi curto como o anterior, mas


pudemos desenvolver ao máximo a prática da triagem. Assim que chegamos o
prof. Nos dividiu em duplas, ficando eu e Luiz juntos na triagem, sendo que ele
na aferição de pressão e temperatura e eu na messa anotando nos
prontuários. No geral os pacientes que chegaram foram idosas para aferir a
pressão com destaque para uma senhora que chegou com um cartão com os
registros de PA e um aparelho eletrônico de pulso, dizendo que o médico teria
recomendado verificar se o aparelho estava calibrado. Medi a pressão com
resultado 190:80 mmHg e a pedido do professor fiz descrilçoes do omod
correto de aferição. Outra idosa veio checar o valor da glicemia capilar, sendo
que fiz a coleta e o valor foi estável 145 dL/g.
Um dos idosos foi um senhor que veio para uma consulta de rotina
acompanhado da neta. Ao olhar o prontuário vi que este paciente segue à
risca os retorno e acompanhamentos. Ademais, fizemos outras aferições e a
prática foi encerrada.

Análise crítica:

Nesse último dia o fato marcante foi um contato maior com um ESF que
possui uma demanda considerável, movientação uma equipe maior e, além
disso pude, ao lidar com vários prontuários, entender a responsabilidade do
registro e evolução dos pacientes. O fato do idoso da descrição ter sido tão
zelhoso e seu acompanhamento estar sendo eficz, algo que ele mesmo
comunicou em uma conversa comigo, certamente se deve a essa organização
de registro, passo impsrecindível e admirável da atenção básica. Pude
perceber a responsabillidade considerável em preencher aquelas linhas.

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