Você está na página 1de 10

FACULDADE UNINASSAU

BACHARELADO EM PSICOLOGIA

Maiza Marcela Galvão Ribeiro Martins Barbosa


Léa Regina da Silva Barros Lino
Giulia Tavares Ríspoli de Moraes
Maria Denise de Oliveira
Carolina Leite Reis

ENTENDENDO A PSICOLOGIA ESCOLAR NA PRÁTICA

RECIFE, 2022.

FACULDADE UNINASSAU
BACHARELADO EM PSICOLOGIA
1
Maiza Marcela Galvão Ribeiro Martins Barbosa
Léa Regina da Silva Barros Lino
Giulia Tavares Ríspoli de Moraes
Maria Denise de Oliveira
Carolina Leite Reis

ENTENDENDO A PSICOLOGIA ESCOLAR NA PRÁTICA

Este trabalho tem por


objetivo atender a um
requisito da disciplina
prática integrativa 1 do
professor Anderson Freire.

RECIFE, 2022.
Relatório das visitas técnicas da disciplina Práticas Integrativas I,
apresentado ao Prof. Anderson Freire, para avaliação da nota da primeira
unidade.

1. Introdução
O presente relatório tem por objetivo explanar sobre a visita técnica
realizada no Colégio Piedade, localizada na cidade de Recife-PE. Nesta
oportunidade conversamos com a psicóloga Adriana Carvalho da respectiva
instituição com o objetivo de compreender o que o psicólogo escolar faz em
seu espaço de trabalho.
O relatório faz parte da avaliação da primeira unidade da disciplina
Práticas Integrativas I, cujo objetivo é apresentar o campo de atuação
profissional dos psicólogos de diversas áreas da psicologia.
Assim, no primeiro momento discorreremos sobre os fundamentos teóricos da
psicologia escolar e educacional em seguida apresentamos as observações
realizadas em campo e por último relatamos a análise final para conclusão
deste trabalho.

2. Fundamentos Teóricos

A psicologia escolar inicia suas atividades no século XIX se fortalecendo no


século XX, para atuar em certas dificuldades que surgiram com o aumento do
ensino público na américa e Europa, com essa expansão surgiram dificuldades
como abandono, delinquência entre outros no publico infantil. Com isso, o
psicólogo escolar iniciar seus trabalhos de avaliar e compreender certas
dificuldades, ajudando a entender as causas e a implementar soluções em
escolas e órgãos públicos.
O início a atuação do psicólogo escolar estava ligado a aplicabilidade de
testes psicológicos, buscando a cura da aprendizagem dos alunos com suspeita
de alguma deficiência mental, física ou moral. Com o passar do tempo houve
modificações positivas na atuação, dando visibilidade cada vez mais a área. No
âmbito cientifico, tiveram várias pesquisas em diversos países com foco em
observar, prevenir, intervir e mensurar habilidades dos sujeitos com subdotação

2
e superdotação, além do desenvolvimento infantil, atrasos, diagnósticos,
intervenção e auxilio a crianças com dificuldades escolares.
Consolidando a profissão nas associações como Núcleo Ampliado de Saúde
da Família (NASP) e Associação Americana de Psicologia (APA). No Brasil
temos a Associação Brasileira de Psicologia Escolar – (ABRAPEE), por exemplo.

3. Psicologia Escolar e Educacional


Sobre a psicologia escolar podemos dizer que ela está relacionada com
a parte pratica dos processos, ou seja, é considerada uma sub-área da
psicologia.
Segundo Antunes (2008):

“Psicologia Escolar, diferentemente, define-se pelo âmbito profissional


e refere-se a um campo de ação determinado, isto é, o processo de
escolarização, tendo por objeto a escola e as relações que aí se
estabelecem; fundamenta sua atuação nos conhecimentos
produzidos pela psicologia da educação, por outras sub-áreas da
psicologia e por outras áreas de conhecimento.”

Desta forma, podemos entender que a psicologia educacional e a


psicologia escolar estão relacionadas, mas não são necessariamente iguais.
Sendo assim, a atuação do psicólogo escolar deve ser referente ao domínio da
psicologia referente a necessidade educativa.

4. Observações realizadas no campo


No Colégio Piedade observamos que a psicologia escolar ainda enfrenta
muito do mecanicismo da sociedade moderna como a própria psicóloga
responde sobre as suas atribuições na instituição.

1. Eu gostaria de saber quais funções a senhora tem aqui:


“Minha função é de psicóloga educacional, dentro das minhas
atribuições eu participo da política pedagógica da escola como ações
de inclusão por exemplo, da proposta pedagógica propriamente dita
que é internacionalista, predominantemente tradicional, aqui se tem
muito do tradicionalismo, exemplo disso a fila indiana, fardamento
todo certinho, quem vem se educando desde o infantil na escola, com
muita estrutura e organização, dentre outras atribuições lidero
inúmeros projetos com parceria família-escola, as palestras
educacional, afetividade na relação entre pais e filhos, orientação
profissional, reuniões de capacitações com todos os profissionais da
escola, atendimento aos alunos de forma individual e em grupos,
entre encaminhamento, e muitas coisas.”
É perceptível que existe formação continuada e projetos de formação
para os profissionais da escola em diversas áreas incluindo a psicologia. Além
disso, a escola está mais flexível para trabalhar com crianças diagnosticadas
com TDAH e questões como Bullying, trabalho socioemocional e aos poucos
se adaptando para inclusão de Pessoas com Deficiência (PcD).

Embora a teoria aponte as questões educacionais, pôde-se perceber


que muito é também atuação do pedagogo junto da equipe multidisciplinar e
inclusive a psicologia. Notamos a quantidade de atribuições que se faz
necessário a atuação da psicóloga escolar, que junto com a escola tem projeto
de abrir vagas para estagiários e com isso contribuir na formação do estudante
e nas demandas da escola na área.

5. Análise final

A partir da visita pudemos perceber que a maior barreira para psicóloga


escolar é construir um espaço para que a profissão cresça cada vez mais, com
conscientização da necessidade da atenção à saúde mental e as questões
relacionadas a ela.

Por fim, assim como a psicologia como um todo, por ser uma profissão
relacionada as causas da saúde mental ainda há muita resistência por pais,
pelos próprios profissionais da educação e pela sociedade como um todo,
embora seja importante frisar que isso tem mudado à medida que esforços são
empregados para que a saúde mental, inclusive no âmbito escolar, e questões
como bullying e inclusão tenham a atenção e aplicação prática devida.

6. Referências Bibliográficas
ANTUNES, Mitsuko Aparecida Makino. Psicologia Escolar e Educacional:
história, compromissos e perspectivas. Psicologia escolar e educacional, v. 12,
p. 469-475, 2008.
CASSINS, Ana Maria et al. Manual de psicologia escolar-educacional. gráfica e
editora unificadas. 2007.
GINDRE, Cláudia. A história da psicologia escolar. 03 de nov de 2021. Acesso
em 10 de set de 2022. Disponível em: https://claudiagindre.com.br/historia-
psicologia-escolar/#:~:text=A%20Psicologia%20Escolar%20%C3%A9%20uma
%20%C3%A1rea%20da%20Psicologia,sua%20rela%C3%A7%C3%A3o
%20com%20desenvolvimento%20de%20crian%C3%A7as%20na%20educa
%C3%A7%C3%A3o.
MOREIRA, Marco Antônio; Teorias de Aprendizagens, EPU, São Paulo, 1995
PATTO, Maria Helena Souza. Introdução à psicologia escolar. Casa do
Psicólogo, 1997.
Apêndices

Você também pode gostar