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Por Carolina Delboni
10/04/2023 | 07h50
Em 2019, 21% dos adolescentes entrevistado na pesquisa PenSe disseram que a vida
não valia ser vivida
Veja: "a vida não valia a pena ser vivida". Como pode este
pensamento sair da cabeça de jovens num dos exatos momentos
em que a vida mais pulsa? O que leva adolescentes, aqueles que
a gente julga ser "o futuro", a desistir da vida? A perder o brilho
nos olhos. Não é possível que este fato não te incomode.
O estudo contempla dados de 2019. Estamos falando de antes
da pandemia e é inegável que após dois anos de isolamento
social tivemos pioras significativas no brilho dos olhos de nossos
jovens e eu te pergunto: como permitimos que a luz se apague
justamente numa das fases mais explosivas e empolgantes da
vida? Como?
A pandemia do coronavírus levou esse grupo a novos casos de
ansiedade e depressão, segundo apontou uma pesquisa da
Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), o que só agravou a
fase já conturbada da vida que é a adolescência.
"A gente vem observando um aumento de manifestações de
sofrimento. Há muita decepção e uma sensação de desespero
junto disso", aponta Leila Salomão, professora do Instituto de
Psicologia da USP.
Na busca por alternativas a esse cenário, faz-se necessária a
importância de uma rede de apoio aos adolescentes. Dos pais
aos amigos, educadores e colegas, vários são os pares que
podem ficar atentos à saúde mental desse grupo.
Mas aqui vai um alerta: os pais nem sempre são os mais
preparados e procurados pelos filhos e muito disso está
diretamente relacionado a um descompasso que existe entre os
adultos e os adolescentes. E sabe por quê?