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Senso Comum/Mentira
Até a idade média a religião era quem determinava o que era verdade, e era quem possuía
todas as explicações sobre todos os fenômenos. Atualmente a ciência ocupou o lugar da
religião. E a religião passou a produzir verdades por adesão, ou seja, só as adere quem
acredita nelas. A ciência busca a produção de verdades, e se a teoria em questão é
confirmada de acordo com os procedimentos pertinentes ao conhecimento científico, tal
teoria é tomada como uma verdade, embora na ciência as verdades sejam provisórias,
porque com o passar do tempo elas deixam de ocupar o seu lugar como verdade.
Entretanto, a única verdade da ciência reside no seu método.
A relação entre ciência e senso comum é abordada na concepção de que a ciência se opõe
a opinião. Pois, para essa nada é dado, tudo se constrói. O senso comum representa a
experiência imediata, o conhecimento vulgar, as opiniões. Ou seja, tudo o que se precisa
romper para se tornar possível o conhecimento científico, racional e válido.
A sociologia, por sua vez, busca entender a vida social humana dos grupos e das
sociedades. Dentro de seu método de estudo, a Sociologia abrange um amplo aspeto de
observação do mundo social, abordando tanto acontecimentos individuais como os de
escala global.
A ideia de pensar sociologicamente tem como principal objetivo afastar-se do senso comum
a fim de realizar uma análise mais minuciosa das relações humanas. Não se tem em
consideração a proposta de julgar o senso comum como uma forma totalmente equivocada
de apreender os fenômenos sociais, mas a questão é expor que esse modo de analisar as
relações humanas não é suficiente para compreendê-la, uma vez que o senso comum não
vai à raiz dos fenômenos, assim como não apresenta uma explicação sistematizada e
racionalizada da realidade social, apesar de ser rica e interessante.
Tanto a Sociologia como o sociólogo vivem uma relação de “amor e ódio” com o senso
comum. Se por um lado há uma relação de proximidade, na maioria das vezes existe um
confronto explícito entre eles. Enquanto o senso comum fortalece as suas explicações do
mundo ao longo do tempo, parece-nos bastante interessante a tarefa árdua da Sociologia e
do sociólogo em romper com paradigmas que foram criados pela própria sociedade, que é o
objeto de estudo.
Numa época de acesso fácil à informação, torna-se ainda mais importante saber fazer esta
triagem, do que é verdade ou o que é apenas desinformação. Até porque temos de estar
conscientes das consequências e impactos que essa desinformação pode ter na vida das
pessoas.
Atualmente, existe ainda a agravante destas fake news (notícias falsas), esta informação
incorreta, se disseminarem rapidamente através das redes sociais e, por exemplo, em
situação de pandemia podem influenciar negativamente o comportamento das pessoas.
Quando este vírus surgiu comecei a dar mais atenção ao que se estava a passar em
Portugal e no meu país de origem, República da Moldávia, uma vez que Portugal faz parte
da união europeia e o meu país não é por isso decidi fazer a comparação entre eles no
aspeto de preparação e combate à pandemia que vivemos.
É certo que ambos os países tomaram as medidas necessárias e tentaram sobreviver o
melhor possível, mas em relação à Portugal o meu país que não se encontra ao mesmo
nível passou e ainda passa por dificuldades quanto à procura de equipamento e
medicamentos necessários. Por outro lado as pessoas lá não levaram a sério esta situação
toda no início existindo até agora pessoas que negam a existência desse vírus, para não
falar nas notícias falsas e falta de informação.