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Universidade Federal Fluminense

Faculdade de Turismo e Hotelaria


Departamento de Turismo
Disciplina: Metodologia da Pesquisa Científica
Professor: Erly Maria de Carvalho
Aluna: Kaylane Siqueira Ferreira

“Ciência, Senso Comum e Revoluções Científicas: Ressonâncias e Paradoxos”

As pesquisas cientificas têm um grande valor para a sociedade. Através delas


descobrimos curas para doenças, desenvolvemos tecnologias novas que ajudam no
crescimento do país, auxiliamos a solucionar problemas que prejudicam a população e
contribuímos na melhor qualidade de vida da sociedade. Apesar disso, alguns desafios
têm afetado diretamente essa área tão importante. A falta de conhecimento das pessoas
sobre os trabalhos científicos desenvolvidos, principalmente nas universidades, é um
desses desafios, o que faz com que os impactos gerados por essas pesquisas não sejam
de conhecimento da população. Dessa forma, foi criada a “metodologia científica” que
veio para nos explicar ao máximo como a ciência se comporta e suas formas dentro da
sociedade.
A mitologia, a religião e a ciência são formas de conhecer o mundo. São modos
do conhecimento, assim como o senso comum, a filosofia e a arte. Todos eles são
formas de conhecimento, pois cada um, a seu modo, desvenda os segredos do mundo,
explicando-o ou atribuindo-lhe um sentido.
Conhecer é perceber o que acontece sempre ou frequentemente. As coisas que
acontecem de modo esporádico ou ao acaso, como o fato de uma pessoa ser baixa ou
alta, ter cabelos castanhos ou escuros, nada disso é essencial. Mas como nós fazemos
para conhecer a definição de algo e separar a essência dos acidentes? Aí se encaixa o
papel da razão. A razão abstrai, ou seja, classifica, separa e organiza os objetos segundo
critérios.
Dessa forma, houve a necessidade de uma mudança de pensamento, que se
nomeou a revolução científica, segundo Morin. Houveram duas revoluções científicas
para de fato essa mudança de pensamento, a primeira trouxe a incerteza que nos faz
buscar informações do meio científico. A segunda trouxe um amplo sistema de relações
e complexidade envolvendo a natureza e o homem, na modernidade.
O modelo de conhecimento traçado pela modernidade é um conhecimento
baseado no rigor do método científico e na crença na razão, privilegiando a ciência
como o lugar da verdade e excluindo as demais formas de saber, tais como o senso
comum. Boaventura de Souza Santos propôs um novo senso comum, em que há uma
diferença entre o conhecimento científico e o conhecimento vulgar dando lugar ao fazer
e o dizer. Unindo o conhecimento científico ao senso comum.
O conhecimento científico e senso comum podem ser definidos como duas
formas distintas com as quais o ser humano se relaciona com a verdade, tendo em vista
que, enquanto o conhecimento científico apoia-se na experimentação dos fenômenos
para a verificação da verdade, o senso comum toma frequentemente como base as
crenças e os hábitos de um determinado povo ou de uma determinada sociedade. Que se
pode ser nomeado como revoluções científicas.
A ciência se desenvolve a partir de revoluções científicas que geralmente
acontece de tempos em tempos. Segundo Popper, as revoluções científicas trazem o que
se foi nomeado como “falseabilidade” ou “falibilismo”, que tem como princípio básico
a contraprova para que algo seja comprovado como verdade. Que é conhecido como um
conceito básico das revoluções científicas.
Kuhn afirmava que a ciência se desenvolve a partir de revoluções científicas que
ocorrem em intervalos específicos. Para ele, a ciência passa, no decorrer de seu
desenvolvimento, por estágios sucessivos, que são ora cumulativos (mudança
intraparadigmática) ora não cumulativos (mudança interparadigmática). Estes últimos se
caracterizam pela substituição de um paradigma por outro, através de uma revolução.

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