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FACULDADE INTEGRADA BRASIL AMAZÔNIA

PAULO VICTOR QUEIROZ DOS SANTOS

JOÃO JORGE HAGE JUNIOR

AS DIVERSAS FORMAS DE COMPREENSÃO DA REALIDADE: as espécies de


conhecimento

BELÉM – PA

2024
PAULO VICTOR QUEIROZ DOS SANTOS

JOÃO JORGE HAGE JUNIOR

AS DIVERSAS FORMAS DE COMPREENSÃO DA REALIDADE: as espécies de


conhecimento

Trabalho apresentado no curso de


Psicologia na Faculdade Integrada Brasil
Amazônia

Professor: Aniceto Cirino da Silva Filho

BELÉM – PA

2024
RESUMO

O texto destaca a diversidade de formas de conhecimento humano, como o senso


comum, o religioso, o científico, o filosófico e o artístico, que oferecem perspectivas
distintas sobre a realidade humana. Cada uma dessas abordagens é explorada em
detalhes, destacando suas características, implicações e relevância na compreensão
da existência humana. O senso comum surge das experiências cotidianas não-
refletidas, enquanto o conhecimento religioso reflete a diversidade cultural e histórica
da humanidade, evoluindo ao longo do tempo. O conhecimento científico busca
compreender os fenômenos naturais e sociais de forma objetiva, desafiando crenças
e valores sociais estabelecidos. A filosofia investiga questões fundamentais da
existência humana, enquanto o conhecimento artístico transcende os limites da razão,
oferecendo uma perspectiva única sobre a realidade. Em suma, reconhecendo e
valorizando a diversidade dessas abordagens, ampliamos nossa compreensão do
mundo ao nosso redor e enriquecemos nossa experiência humana.

Palavras-Chave: Conhecimento. Compreensão. Realidade.


ABSTRACT

The text highlights the diversity of forms of human knowledge, such as common sense,
religious, scientific, philosophical, and artistic, which offer distinct perspectives on
human reality. Each of these approaches is explored in detail, highlighting their
characteristics, implications, and relevance in understanding human existence.
Common sense arises from unreflected daily experiences, while religious knowledge
reflects the cultural and historical diversity of humanity, evolving over time. Scientific
knowledge seeks to understand natural and social phenomena objectively, challenging
established social beliefs and values. Philosophy investigates fundamental questions
of human existence, while artistic knowledge transcends the bounds of reason, offering
a unique perspective on reality. In summary, by recognizing and valuing the diversity
of these approaches, we broaden our understanding of the world around us and enrich
our human experience.

Keywords: Knowledge. Comprehension. Reality.


A compreensão da realidade humana é multifacetada e complexa. Diferentes formas
de conhecimento - senso comum, religioso, científico, filosófico e artístico - oferecem
perspectivas distintas que enriquecem nossa apreciação do mundo ao nosso redor.
Neste ensaio, exploraremos cada uma dessas abordagens, destacando suas
características, implicações e relevância na busca pelo entendimento da existência
humana.

O conhecimento do senso comum é o fundamento sobre o qual muitas pessoas


constroem suas vidas e interações diárias. Surgindo das experiências cotidianas não-
refletidas, é um tipo de sabedoria enraizada na tradição oral e nas práticas culturais.
As crenças, superstições e mitos que permeiam o conhecimento do senso comum
frequentemente não são questionados criticamente; em vez disso, são aceitos como
verdades auto evidentes.

Um exemplo claro do conhecimento do senso comum é a compreensão informal do


ciclo das estações. As pessoas muitas vezes atribuem mudanças no clima a padrões
previsíveis, como a chegada da primavera após o inverno. Embora essa compreensão
seja útil em muitos aspectos da vida cotidiana, ela pode ser limitada quando
confrontada com explicações mais complexas dos fenômenos naturais.

O conhecimento religioso é também um reflexo da diversidade cultural e histórica da


humanidade. Ao longo dos séculos e em diferentes regiões do mundo, uma
multiplicidade de tradições religiosas floresceu, cada uma com suas próprias crenças,
práticas e rituais distintos. Desde as antigas religiões politeístas da Grécia e Roma até
as religiões abraâmicas - Judaísmo, Cristianismo e Islã - e tradições orientais como o
Budismo e o Hinduísmo, a riqueza e a complexidade do conhecimento religioso são
evidentes em toda a sua variedade.

Além disso, o conhecimento religioso muitas vezes influenciou e foi influenciado por
outras esferas da vida humana, incluindo política, economia, ciência e ética. Por
exemplo, o sistema legal em muitas culturas foi moldado por princípios religiosos, e a
arte e a literatura frequentemente encontram inspiração nas narrativas religiosas.

Também é importante notar que o conhecimento religioso está em constante evolução,


respondendo às mudanças sociais, culturais e intelectuais ao longo do tempo. Novas
interpretações de textos sagrados, desenvolvimentos teológicos e avanços na
compreensão da espiritualidade continuam a moldar e transformar as tradições
religiosas, mantendo-as relevantes e significativas para as gerações presentes e
futuras. Assim, o conhecimento religioso é uma parte dinâmica e em constante
mudança da experiência humana.

O conhecimento científico, em contraste com o conhecimento religioso, é uma busca


pela objetividade e compreensão sistemática dos fenômenos naturais e sociais.
Fundamentado em metodologias rigorosas, como experimentação controlada e
análise estatística, e na observação empírica, procura desvendar as leis universais
que regem o funcionamento do universo, desde as partículas subatômicas até as
complexidades do comportamento humano e social. Sua abordagem estruturada e
aberta à revisão constante o torna uma ferramenta poderosa para o avanço do
conhecimento humano e para a resolução de problemas práticos em diversas áreas.

Além da teoria da evolução de Charles Darwin, o conhecimento científico engloba uma


miríade de disciplinas e descobertas que transformaram radicalmente nossa
compreensão do mundo ao nosso redor. Por exemplo, a teoria da relatividade de
Albert Einstein revolucionou a física, ao fornecer uma nova perspectiva sobre o tempo,
o espaço e a gravidade, enquanto a teoria quântica desafiou nossa compreensão das
leis fundamentais da matéria e da energia.

O conhecimento científico também tem implicações profundas na tecnologia e na


sociedade. Descobertas científicas têm levado a avanços tecnológicos que têm
impactado todos os aspectos da vida moderna, desde a comunicação até a medicina,
passando pela exploração espacial e pela produção de energia. Além disso, a ciência
desafia nossas crenças e valores sociais, fornecendo novas perspectivas sobre
questões éticas, políticas e filosóficas.

É importante destacar que o conhecimento científico não é estático, mas sim dinâmico,
sujeito a revisão e refinamento contínuos à medida que novas evidências e teorias
surgem. Essa disposição para questionar e ajustar nossas compreensões existentes
é uma das forças fundamentais da ciência e é essencial para seu progresso contínuo.
Assim, o conhecimento científico representa uma das conquistas mais notáveis e
transformadoras da humanidade, capacitando-nos a explorar e compreender o
universo de maneiras sem precedentes.

A filosofia, como disciplina intelectual, busca entender as questões fundamentais da


existência humana, explorando conceitos como ética, metafísica e epistemologia.
Desde os tempos antigos até os dias atuais, os filósofos têm questionado as
suposições básicas do conhecimento e da realidade, desafiando as estruturas
conceituais que moldam nossa compreensão do mundo e promovendo um exame
crítico das crenças e valores que fundamentam nossa existência.

Além de discutir a natureza da realidade, a filosofia também investiga questões


relacionadas à ética e moralidade. Filósofos como Immanuel Kant exploraram os
fundamentos da moralidade e argumentaram que o imperativo categórico, baseado
na razão prática, é o princípio fundamental da ética. Essas reflexões filosóficas têm
implicações significativas na forma como entendemos o certo e o errado, bem como
nossas responsabilidades morais para com os outros e para com o mundo ao nosso
redor.

Outro campo importante de investigação filosófica é a epistemologia, que se concentra


na natureza do conhecimento e da crença. Filósofos como René Descartes
questionaram a validade do conhecimento humano, propondo o método do ceticismo
metódico para investigar a certeza de nossas crenças. Essas indagações
epistemológicas continuam a desafiar nossa confiança nas fontes e processos do
conhecimento, levantando questões sobre a natureza da verdade e da justificação.

Além disso, a filosofia também se envolve em questões políticas, sociais e estéticas,


explorando temas como justiça, poder, beleza e liberdade. Filósofos como John Rawls
desenvolveram teorias sobre a justiça distributiva, enquanto outros como Michel
Foucault examinaram as relações de poder na sociedade. Essas reflexões filosóficas
contribuem para o debate público e para a formação de políticas e valores sociais.

Assim, a filosofia não apenas busca entender o mundo, mas também busca
transformá-lo, desafiando-nos a questionar nossas suposições e a reconsiderar
nossas perspectivas sobre a vida e o universo. Em um mundo cada vez mais
complexo e interconectado, a importância da filosofia como uma ferramenta para o
pensamento crítico e a reflexão ética só continua a crescer.

O conhecimento artístico oferece uma perspectiva única sobre a realidade, transcende


os limites da linguagem e da razão. Através da expressão criativa, os artistas dão
forma e significado às experiências humanas, transmitindo emoções e ideias de
maneiras que desafiam a compreensão convencional e estimulam a imaginação e a
reflexão.
Além de capturar a beleza e a complexidade do mundo natural, a arte também serve
como um meio poderoso para explorar questões sociais, políticas e pessoais. Por
exemplo, o movimento cubista, liderado por Pablo Picasso e Georges Braque no início
do século XX, desafiou as convenções de representação visual ao fragmentar formas
e perspectivas, refletindo as mudanças tumultuadas da era moderna.

Além disso, a arte contemporânea continua a expandir os limites da expressão


humana, incorporando novas mídias e tecnologias para criar experiências
multissensoriais e interativas. Instalações de arte, arte digital e performances ao vivo
são apenas algumas das formas pelas quais os artistas contemporâneos exploram
conceitos como identidade, globalização e meio ambiente.

O conhecimento artístico também desempenha um papel fundamental na preservação


da cultura e na promoção da diversidade e da inclusão. Por meio da música, dança,
literatura e outras formas de expressão cultural, as comunidades podem compartilhar
suas histórias e tradições, celebrando sua herança única e fortalecendo os laços
sociais.

Assim, a arte não apenas enriquece nossas vidas esteticamente, mas também nos
desafia a ver o mundo de novas maneiras e a nos conectarmos mais profundamente
com nós mesmos e com os outros. Em um mundo cada vez mais tecnológico e
acelerado, a importância da arte como uma fonte de inspiração, reflexão e empatia
nunca foi tão evidente.

Na Teoria do Conhecimento, a relação entre o sujeito cognoscente e o objeto


cognoscível é central para entender o processo do conhecimento humano. A
dualidade sujeito-objeto permeia todas as formas de conhecimento, representando
uma correlação complexa entre a consciência humana e o mundo externo.

Entre os problemas fundamentais da Gnosiologia, encontra-se a questão da


possibilidade do conhecimento humano. O dogmatismo, o ceticismo, o pragmatismo
e o criticismo representam diferentes atitudes em relação à busca pela verdade e à
validade do conhecimento.

Em suma, a busca pelo entendimento da realidade humana é uma jornada


multifacetada e complexa, moldada por diferentes formas de conhecimento e
perspectivas filosóficas. O senso comum, o conhecimento religioso, o conhecimento
científico, o conhecimento filosófico e o conhecimento artístico oferecem insights
únicos que enriquecem nossa compreensão do mundo ao nosso redor. Ao reconhecer
e valorizar a diversidade dessas abordagens, podemos ampliar nossa visão da
realidade e enriquecer nossa experiência humana.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHAUI, M. Convite à filosofia. 13 ed. São Paulo: Ática, 2003.

BOCK, A. M. et al. Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. São


Paulo: Saraiva, 2001.

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