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Nome: Rosa Tomas Saboneti

Curso: Psicologia Clinica


Turma: C
Regime: Semi-presencial
Grupo: 3º

PARTE I
1.0 Situações do cotidiano em as pessoas usam a Psicologia do Senso Comum
Usamos o termo psicologia, no nosso cotidiano, com vários sentidos. Por exemplo,
quando falamos do poder de persuasão do vendedor, dizemos que ele usa de
"psicologia" para vender seu produto; quando nos referimos à jovem estudante que usa
seu poder de sedução para atrair o rapaz, falamos que ela usa de "psicologia"; e quando
procuramos aquele amigo, que está sempre disposto a ouvir nossos problemas, dizemos
que ele tem "psicologia" para entender as pessoas. Certamente essa psicologia, usada no
cotidiano pelas pessoas em geral, é denominada de psicologia do senso comum.

2. Por que falamos em Ciências Psicológicas e não em uma Psicologia única?

O conhecimento psicológico não é uma coisa que está terminada em geral o que se
chama de psicologia, ou conhecimento psicológico, não tem uma única "cara, a
psicologia não tem um objeto único de estudo e não tem uma forma única de aborda-lo.
Pelo fato de que, nas últimas décadas, a comunidade científica reconheceu a Psicologia
como Ciência, principalmente por ter sido capaz de entender o comportamento humano
a partir de bases cognitivas e biológicas. É por esta ambiguidade que não se pode falar
de uma psicologia única e sim ciências psicológicas.

3. Apresentação da psicologia cientifica

3.1 qual é a matéria-prima da psicologia?

A matéria prima da psicologia é o homem em todas as suas expressões, as visíveis


(nosso comportamento) e as invisíveis (nossos sentimentos), as singulares (porque
somos o que somos) e as genéricas (porque somos todos assim) - é o homem - corpo,
homem afeto, homem-ação e tudo isso está sintetizado isso está no termo subjetividade.

3.2 O que é a subjectividade?

A subjetividade é a síntese singular e individual que cada um de nós vai constituindo


conforme vamos nos desenvolvendo e vivenciando as experiências da vida social e
cultural; é uma síntese que nos identifica, de um lado, por ser única, e nos iguala, de
outro lado, na medida em que os elementos que a constituem são experienciados no
campo comum da objetividade social .

Esta síntese mostra-nos que, a subjetividade é o mundo de ideias, significados e


emoções construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais, de suas
vivências e de sua constituição biológica; é, também, fonte de suas manifestações
afetivas e comportamentais.

3.3. Por que dizemos a subjectividade não é inata?

Dizemos que a subjetividade não é inata porque ela é aprendida e desenvolvida ao


longo do tempo, muito diferentemente do desejo de alimentar-se, por exemplo, algo que
um bebê manifesta desde o primeiro dia de vida. De um certo modo, podemos dizer que
a subjetividade não só é fabricada, produzida, moldada, mas também é automoldável ou
seja, o homem pode promover novas formas de subjetividade, recusando-se ao
assujeitamento à perda de memória imposta pela fugacidade da informação; recusando a
massificação que exclui e estigmatiza o diferente, a aceitação condiciona ao consumo, a
medicalização do sofrimento.

3.4 porque as práticas místicas não compõem o campo da psicologia cientifica?

O factor principal que faz com que as práticas místicas não componham o campo da
psicologia cientifica é o facto delas não terem comprovação cientifica, e tendo em
mente que a psicologia cientifica envolve a ciência, e precisa de aprovação de um
método cientifico. Ou seja, “não se deve misturar a Psicologia com práticas
adivinhatórias ou místicas que estão baseadas em pressupostos diversos e opostos ao da
Psicologia”1.
PARTE II

1.0 Diferenças entre a Psicologia como um ramo da Filosofia e a Psicologia Científica

A Psicologia como um ramo de filosofia estuda a alma e a variante do processo de


informação e interações complexas entre o indivíduo e seu ambiente. Já a Psicologia
científica caracteriza-se na percepção sensorial e a natureza da consciência humana, onde
prova-se ser possível o estudo experimental e científico dos processos mentais superiores,
ligando-se à especialidades de Medicina, assumindo antes da Psicologia, o método de
1
investigação das ciências naturais como critério rigoroso de construção do conhecimento.
portanto a diferença é clara, vemos que a psicologia enquanto ciência, se faz crucial no
entendimento da subjetividade do indivíduo, e, como esse entendimento será utilizado
no espaço ao seu redor. Assim, podemos notar que é a partir da introdução do
conhecimento científico, que o profissional terá base para a execução de suas
ferramentas em sociedade, ajudando o indivíduo a se relacionar com suas questões mais
íntimas e colocar em prática no dia a dia; ao passo que a psicologia como ramo da
filosofia  introduz o indivíduo acerca da profundidade da problemática, pois é a partir da
crítica e do questionamento que a dimensão do problema pode ser alcançada, parte de
premissas já passadas por outras gerações sobre os assuntos relacionados ao cotidiano,
não devendo intervir no campo científico.

2.0 Como a produção do conhecimento está relacionada com as condições materiais


do momento histórico em que ela se dá?

A produção do conhecimento está relacionada com as condições materiais do momento


histórico através de seus originadores, sendo eles seres humanos, que para criar
determinados objetos ou feitos de qualquer natureza, precisaram de indagações e
discussões envolvendo inúmeras ideias diferentes, isto se dá com trocas de
conhecimentos, criando assim descobertas históricas, pois cada ser possui experiências de
alguns acontecimentos retrocessos de suas vidas. Ora vejamos:

A história do pensamento humano tem um momento áureo na Antiguidade, entre


os gregos, particularmente no período de 700 a.C. até a dominação romana, às
vésperas da era cristã. Os gregos foram o povo mais evoluído nessa época. Uma
produção minimamente planejada e bem-sucedida permitiu a construção das
primeiras cidades-estados (polis). A manutenção dessas cidades implicava a
necessidade de mais riquezas, as quais alimentavam, também, o poderio dos
cidadãos (membros da classe dominante na Grécia Antiga)2.

Assim, iniciaram a conquista de novos territórios (Mediterrâneo, Ásia Menor, chegando


quase até a China), que geraram riquezas na forma de escravos para trabalhar nas cidades
e na forma de tributos pagos pelos territórios conquistados. As riquezas geraram
crescimento, e este crescimento exigia soluções práticas para a arquitetura, para a agricultura e
para a organização social. Isso explica os avanços na Física, na Geometria, na política
(inclusive com a criação do conceito de democracia). Tais avanços permitiram que o

2
KELLER, F.S. A definição da Psicologia: uma introdução aos sistemas psicológicos. São Paulo, Herder,1972.
cidadão se ocupasse das coisas do espírito, como a Filosofia e a arte. Alguns homens,
como Platão e Aristóteles, dedicaram-se a compreender esse espírito empreendedor do
conquistador grego, ou seja, a Filosofia começou a especular em torno do homem e da sua
interioridade

É entre os filósofos gregos que surge a primeira tentativa de sistematizar uma Psicologia.

3.0. Principais marcos da história da humanidade e os principais momentos da


construção da psicologia
Toda e qualquer produção humana, uma cadeira, uma religião, um computador, uma obra
de arte, uma teoria científica tem por trás de si a contribuição de inúmeros homens, que,
num tempo anterior ao presente, fizeram indagações, realizaram descobertas, inventaram
técnicas e desenvolveram ideias, isto é, por trás de qualquer produção material ou
espiritual, existe a História.

Os principais marcos da história da humanidade são:

 Pré-história;
 Idade antiga;
 Idade média;
 Idade moderna; e
 Idade contemporânea.

No caso da Psicologia, a história tem por volta de dois milênios. Esse tempo
refere-se à Psicologia no Ocidente, que começa entre os gregos, no período
anterior à era cristã. Para compreender a diversidade com que a Psicologia se
apresenta hoje, é indispensável recuperar sua história. A história de sua
construção está ligada, em cada momento histórico, às exigências de
conhecimento da humanidade, às demais áreas do conhecimento humano e aos
novos desafios colocados pela realidade econômica e social e pela insaciável
necessidade do homem de compreender a si mesmo (KELLER,1972).

Compreender, em profundidade, algo que compõe a perspectiva de futuro para


entendermos quem somos e por que somos de uma determinada forma, por trás do
mundo, significa recuperar sua história. O passado e o futuro sempre estão no presente,
enquanto base constitutiva e enquanto projeto. Por exemplo, todos nós temos uma história
pessoal e nos tornamos pouco compreensíveis se não recorremos a ela e à nossa História.
Portanto, os principais momentos da construção da psicologia são:

 A psicologia entre os gregos e os primórdios;


 A psicologia no império romano e na idade média
 A psicologia no renascimento;
 A psicologia cientifica3

3
KELLER, F.S. A definição da Psicologia: uma introdução aos sistemas psicológicos. São Paulo, Herder,1972.
Referência bibliográfica

ARANHA, M. filosofando-introdução a filosofia, 1987.

KELLER, F.S. A definição da Psicologia: uma introdução aos sistemas psicológicos.


São Paulo, Herder,1972.

LEONTIEV, A. N. (2004). O desenvolvimento do psiquismo. São Paulo: Centauro.


(Trabalho original publicado em 1978). 

ROSENFELD, A. O pensamento psicológico. São Paulo, Perspectiva, 1984.

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