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Ensino de Historia
Historia das instituições politicas
4º Ano
Docente: MA. Ricardo Mussa Buanar
Conclusão.................................................................................................................... 10
Objectivo geral:
Analisar o processo da construção do nacionalismo moçambicano.
Objectivos específicos:
Descrever o nacionalismo moçambicano;
Explicar o contexto da construção do nacionalismo moçambicano.
Metodologia
1.1 Nacionalismo
Eduardo Mondlane define o nacionalismo como uma consciência por parte de indivíduos
ou grupos afiliados de uma nação, de um desejo de desenvolver a força, a liberdade ou a
prosperidade de uma nação, com essa definição, ele não se restringe somente ao
nacionalismo africano ou moçambicano, Mondlane sustenta a tese de que a definição dada
ao nacionalismo se aplica em todas as circunstâncias ou fases de desenvolvimento de
qualquer povo. Poderia se aplicar ao nacionalismo europeu, como um fenômeno
continental, ou ao francês, americano, russo, chinês, brasileiro, se considerar os
nacionalismos como expressões das aspirações de determinadas entidades étnicas ou
nacionais.
Segundo B. Olatunji Oloruntimehin (1991), a maior parte das colônias criadas abrigava
grupos nacionais cultural e historicamente diferentes, cuja unidade derivava
principalmente do fato de estarem igualmente submetidos a um senhor estrangeiro. A
situação colonial representava para todos um quadro novo, onde era preciso forjar
identidades novas que os sustentassem na luta contra as atrocidades da dominação
estrangeira.
Tendo em vista as recentes circunstâncias históricas que afetaram as vidas de vários povos
dentro do continente africano, é necessário acrescentar que o nacionalismo africano é
também caracterizado pelo desenvolvimento de atitudes, atividades e programas mais ou
menos estruturados, visando à mobilização de forças para a obtenção do autogoverno e
da independência.
i) É uma reação contra controles políticos impostos pelos europeus sobre os povos
africanos;
ii) É uma reação contra a exploração econômica estrangeira, especialmente a
ocidental, dos recursos humanos e naturais da África;
iii) Naquelas áreas da África onde uma combinação de populações europeias e
asiáticas veio assentar-se ao lado dos povos africanos, o nacionalismo africano
teve que incluir também uma reação contra barreiras socioeconômicas culturais
locais, criadas pelos membros destas comunidades não africanas;
iv) Simultaneamente ao surgimento do nacionalismo africano, desenvolveu-se um
outro tipo de nacionalismo - o nacionalismo cultural - epitomizado pela
proliferação de todos os tipos de teorias a respeito do homem africano, rotulado
de ‘personalidade africana’ pelos anglófilos e ‘negritude’ ou ‘africanidade’ pelos
francófilos. ” (MONDLANE, 1964).
O povo moçambicano veio a se considerar uma nação da mesma maneira que os povos
da Índia, China, União Soviética e outras nações que se consideram agora uma nação. Foi
sobretudo nos últimos setenta e cinco anos (século XX), conforme postula Eduardo
Mondlane, que os moçambicanos aprenderam a lição da unidade.
(1924-1969)
Dado que o interesse principal dos reis portugueses que patrocinaram estas
viagens era conseguir uma rota para a Índia que fosse mais segura do que a então
perigosa rota terrestre através do Próximo Oriente, durante muitos anos os
portugueses contentaram-se em criar estações de abastecimento ao longo da costa
oriental africana, deixando o interior intacto (WALLERSTEIN, 1978).
M´BOKOLO, E. África negra. História e Civilização. Do século XIX aos nossos dias.
Tomo II. Lisboa: Colibri, 2007.